Apresentação em Slides: Subgrupos Cíclicos
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Apresentação em Slides: Subgrupos Cíclicos
Subgrupos Cı́clicos Prof. Márcio Nascimento [email protected] Universidade Estadual Vale do Acaraú Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Licenciatura em Matemática Disciplina: Estruturas Algébricas II - 2014.2 11 de março de 2015 1 / 15 Sumário 2 / 15 Subgrupos Cı́clicos Considere o grupo Z12 com a operação +. Como seria um subgrupo H de Z12 contendo o elemento 3? 3 / 15 Subgrupos Cı́clicos Considere o grupo Z12 com a operação +. Como seria um subgrupo H de Z12 contendo o elemento 3? Sendo um subgrupo, deve conter o elemento neutro 0; 3 / 15 Subgrupos Cı́clicos Considere o grupo Z12 com a operação +. Como seria um subgrupo H de Z12 contendo o elemento 3? Sendo um subgrupo, deve conter o elemento neutro 0; Deve ser fechado para a operação. Isto é, 3 + 3 = 6 ∈ H; 3 / 15 Subgrupos Cı́clicos Considere o grupo Z12 com a operação +. Como seria um subgrupo H de Z12 contendo o elemento 3? Sendo um subgrupo, deve conter o elemento neutro 0; Deve ser fechado para a operação. Isto é, 3 + 3 = 6 ∈ H; Pelo mesmo motivo, 3 + 6 = 9 ∈ H; 3 / 15 Subgrupos Cı́clicos Considere o grupo Z12 com a operação +. Como seria um subgrupo H de Z12 contendo o elemento 3? Sendo um subgrupo, deve conter o elemento neutro 0; Deve ser fechado para a operação. Isto é, 3 + 3 = 6 ∈ H; Pelo mesmo motivo, 3 + 6 = 9 ∈ H; Dentre os elementos 0, 3, 6 e 9, a soma sempre resultará em um desses elementos! 3 / 15 Subgrupos Cı́clicos Considere o grupo Z12 com a operação +. Como seria um subgrupo H de Z12 contendo o elemento 3? Sendo um subgrupo, deve conter o elemento neutro 0; Deve ser fechado para a operação. Isto é, 3 + 3 = 6 ∈ H; Pelo mesmo motivo, 3 + 6 = 9 ∈ H; Dentre os elementos 0, 3, 6 e 9, a soma sempre resultará em um desses elementos! Os inversos: (0)−1 = 0, (3)−1 = 9, (6)−1 = 6, (9)−1 = 3. 3 / 15 Subgrupos Cı́clicos Considere o grupo Z12 com a operação +. Como seria um subgrupo H de Z12 contendo o elemento 3? Sendo um subgrupo, deve conter o elemento neutro 0; Deve ser fechado para a operação. Isto é, 3 + 3 = 6 ∈ H; Pelo mesmo motivo, 3 + 6 = 9 ∈ H; Dentre os elementos 0, 3, 6 e 9, a soma sempre resultará em um desses elementos! Os inversos: (0)−1 = 0, (3)−1 = 9, (6)−1 = 6, (9)−1 = 3. Conclusão: H = {0, 3, 6, 9} é um subgrupo de (Z12 , +). Na verdade, é o menor subgrupo de Z12 contendo 3. 3 / 15 Subgrupos Cı́clicos Considere o grupo Z12 com a operação +. Como seria um subgrupo H de Z12 contendo o elemento 3? Sendo um subgrupo, deve conter o elemento neutro 0; Deve ser fechado para a operação. Isto é, 3 + 3 = 6 ∈ H; Pelo mesmo motivo, 3 + 6 = 9 ∈ H; Dentre os elementos 0, 3, 6 e 9, a soma sempre resultará em um desses elementos! Os inversos: (0)−1 = 0, (3)−1 = 9, (6)−1 = 6, (9)−1 = 3. Conclusão: H = {0, 3, 6, 9} é um subgrupo de (Z12 , +). Na verdade, é o menor subgrupo de Z12 contendo 3. Veja que H = {(3)0 , (3)1 , (3)2 , (3)3 }, pois (3)4 = (3)0 . 3 / 15 Subgrupos Cı́clicos Exemplo Descreva o menor subgrupo de Z12 que contém 4. 4 / 15 Subgrupos Cı́clicos Exemplo Descreva o menor subgrupo de Z12 que contém 4. H = {(4)0 , (4)1 , (4)2 } = {0, 4, 8} pois (4)3 = 0. 4 / 15 Subgrupos Cı́clicos Teorema Seja G um grupo e a ∈ G . Então H = {an | n ∈ Z} é um subgrupo de G e é o menor subgrupo de G que contém a, isto é, qualquer outro subgrupo de G que contenha a, contém o conjunto H. 5 / 15 Subgrupos Cı́clicos Teorema Seja G um grupo e a ∈ G . Então H = {an | n ∈ Z} é um subgrupo de G e é o menor subgrupo de G que contém a, isto é, qualquer outro subgrupo de G que contenha a, contém o conjunto H. Prova: Sendo x, y ∈ H, tem-se x ∗ y −1 ∈ H? 5 / 15 Subgrupos Cı́clicos Teorema Seja G um grupo e a ∈ G . Então H = {an | n ∈ Z} é um subgrupo de G e é o menor subgrupo de G que contém a, isto é, qualquer outro subgrupo de G que contenha a, contém o conjunto H. Prova: Sendo x, y ∈ H, tem-se x ∗ y −1 ∈ H? H é o conjunto das potências de a. Então x = ar e y = as onde r , s são inteiros. 5 / 15 Subgrupos Cı́clicos Teorema Seja G um grupo e a ∈ G . Então H = {an | n ∈ Z} é um subgrupo de G e é o menor subgrupo de G que contém a, isto é, qualquer outro subgrupo de G que contenha a, contém o conjunto H. Prova: Sendo x, y ∈ H, tem-se x ∗ y −1 ∈ H? H é o conjunto das potências de a. Então x = ar e y = as onde r , s são inteiros. Veja que a−s ∈ H pois −s ∈ Z. Além disso, a−s , por definição, é igual a (a−1 )s . Logo, 5 / 15 Subgrupos Cı́clicos Teorema Seja G um grupo e a ∈ G . Então H = {an | n ∈ Z} é um subgrupo de G e é o menor subgrupo de G que contém a, isto é, qualquer outro subgrupo de G que contenha a, contém o conjunto H. Prova: Sendo x, y ∈ H, tem-se x ∗ y −1 ∈ H? H é o conjunto das potências de a. Então x = ar e y = as onde r , s são inteiros. Veja que a−s ∈ H pois −s ∈ Z. Além disso, a−s , por definição, é igual a (a−1 )s . Logo, x ∗ y −1 = ar ∗ a−s = ar −s ∈ H pois r − s ∈ Z. 5 / 15 Subgrupos Cı́clicos Definição (Subgrupo Cı́clico) Seja G um grupo e a ∈ G . O subgrupo as potências de a é chamado Subgrupo Cı́clico de G gerado por a. Notação: hai = {an | n ∈ Z} Definição (Gerador) Um elemento a ∈ G gera G e é chamado Gerador de G se hai = G . Definição (Grupo Cı́clico) Um grupo G é dito Cı́clico se existe algum elemento a ∈ G que gera G . 6 / 15 Exemplos 1 H = {0, 4, 8} é um subgrupo cı́clico de Z12 pois h4i = H; 7 / 15 Exemplos 1 H = {0, 4, 8} é um subgrupo cı́clico de Z12 pois h4i = H; 2 O conjunto dos números pares, é um subgrupo cı́clico de (Z, +)? 7 / 15 Exemplos 1 H = {0, 4, 8} é um subgrupo cı́clico de Z12 pois h4i = H; 2 O conjunto dos números pares, é um subgrupo cı́clico de (Z, +)? 3 Existe gerador para o grupo (Z, +)? 7 / 15 Exemplos 1 H = {0, 4, 8} é um subgrupo cı́clico de Z12 pois h4i = H; 2 O conjunto dos números pares, é um subgrupo cı́clico de (Z, +)? 3 Existe gerador para o grupo (Z, +)? 4 (R, +) é um grupo cı́clico? 7 / 15 Exemplos 1 H = {0, 4, 8} é um subgrupo cı́clico de Z12 pois h4i = H; 2 O conjunto dos números pares, é um subgrupo cı́clico de (Z, +)? 3 Existe gerador para o grupo (Z, +)? 4 (R, +) é um grupo cı́clico? 5 Qual o subgrupo cı́clico de (Q∗ , ·) gerado por 1 ? 2 7 / 15 Exercı́cio Descreva o subgrupo cı́clico de (Z30 , +) gerado por 25. 8 / 15 Exercı́cio Descreva o subgrupo cı́clico de (C∗ , ·) gerado por i. 9 / 15 Exemplo Seja G o conjunto das matrizes de ordem 2 × 2 com relação a soma de matrizes. Descreva o subgrupo de G gerado pelo elemento 1 1 0 1 10 / 15 Exemplo Seja G o conjunto das matrizes de ordem 2 × 2 com relação a soma de matrizes. Descreva o subgrupo de G gerado pelo elemento 1 1 0 1 n 1 1 1 1 = |n∈Z 0 1 0 1 10 / 15 Exemplo Seja G o conjunto das matrizes de ordem 2 × 2 com relação a soma de matrizes. Descreva o subgrupo de G gerado pelo elemento 1 1 0 1 1 0 1 0 1 = 0 1 n = 1 0 1 1 n |n∈Z n |n∈Z n 1 1 10 / 15 Exercı́cio Todo grupo cı́clico é abeliano. Prova: 11 / 15 Exercı́cio Todo grupo cı́clico é abeliano. Prova: Se G é um grupo cı́clico, então existe um gerador para G , isto é, a ∈ G tal que G = hai = {an | n ∈ Z} 11 / 15 Exercı́cio Todo grupo cı́clico é abeliano. Prova: Se G é um grupo cı́clico, então existe um gerador para G , isto é, a ∈ G tal que G = hai = {an | n ∈ Z} Sejam x, y ∈ G . Devemos mostrar: x ∗ y = y ∗ x. 11 / 15 Exercı́cio Todo grupo cı́clico é abeliano. Prova: Se G é um grupo cı́clico, então existe um gerador para G , isto é, a ∈ G tal que G = hai = {an | n ∈ Z} Sejam x, y ∈ G . Devemos mostrar: x ∗ y = y ∗ x. x ∗ y = ar ∗ as = ar +s = as+r = as ∗ ar = y ∗ x 11 / 15 Definição (Ordem de um elemento) Seja G um grupo e a ∈ G . O menor valor de n ∈ N∗ para o qual an = e é chamado ordem do elemento a em G . Notação: n = o(a). Quando tal n não existir, dizemos que a tem ordem infinita. 12 / 15 Exemplos 1 A ordem de 3 em (Z12 , +) é igual a 4, pois (3)4 = 0; 13 / 15 Exemplos 1 A ordem de 3 em (Z12 , +) é igual a 4, pois (3)4 = 0; 2 A ordem de i em (C∗ , ·) é 4 pois i 4 = 1. 13 / 15 Exemplos 1 A ordem de 3 em (Z12 , +) é igual a 4, pois (3)4 = 0; 2 A ordem de i em (C∗ , ·) é 4 pois i 4 = 1. 3 A ordem de 1 em (Z, +) é infinita pois n.1 6= 0, qualquer que seja n ∈ N∗ . 13 / 15 Exercı́cio Seja a ∈ G com o(a) = n ≤ 1 e m ∈ Z. Se am = e, mostre que n|m. Prova: 14 / 15 Exercı́cio Seja a ∈ G com o(a) = n ≤ 1 e m ∈ Z. Se am = e, mostre que n|m. Prova: Suponha, por absurdo, que n não divide m. Então, a divisão de m por n é não exata, isto é, m = q.n + r com 0 < r < n. 14 / 15 Exercı́cio Seja a ∈ G com o(a) = n ≤ 1 e m ∈ Z. Se am = e, mostre que n|m. Prova: Suponha, por absurdo, que n não divide m. Então, a divisão de m por n é não exata, isto é, m = q.n + r com 0 < r < n. Daı́, e = am = aq.n+r = aq n ∗ ar = (an )q ∗ ar = e ∗ ar = ar 14 / 15 Exercı́cio Seja a ∈ G com o(a) = n ≤ 1 e m ∈ Z. Se am = e, mostre que n|m. Prova: Suponha, por absurdo, que n não divide m. Então, a divisão de m por n é não exata, isto é, m = q.n + r com 0 < r < n. Daı́, e = am = aq.n+r = aq n ∗ ar = (an )q ∗ ar = e ∗ ar = ar Ou seja, ar = e com r < n. Contradição! 14 / 15 Exercı́cio Sejam a, b elementos de um grupo G . Se a ∗ b tem ordem finita, mostre que b ∗ a também tem ordem finita. Prova: 15 / 15 Exercı́cio Sejam a, b elementos de um grupo G . Se a ∗ b tem ordem finita, mostre que b ∗ a também tem ordem finita. Prova: Hipótese: existe n ∈ N∗ tal que (a ∗ b)n = e. Ou seja, 15 / 15 Exercı́cio Sejam a, b elementos de um grupo G . Se a ∗ b tem ordem finita, mostre que b ∗ a também tem ordem finita. Prova: Hipótese: existe n ∈ N∗ tal que (a ∗ b)n = e. Ou seja, (ab)(ab)...(ab) = e | {z } n vezes 15 / 15 Exercı́cio Sejam a, b elementos de um grupo G . Se a ∗ b tem ordem finita, mostre que b ∗ a também tem ordem finita. Prova: Hipótese: existe n ∈ N∗ tal que (a ∗ b)n = e. Ou seja, (ab)(ab)...(ab) = e | {z } n vezes Sendo G um grupo, existem a−1 e b −1 . Isto é, 15 / 15 Exercı́cio Sejam a, b elementos de um grupo G . Se a ∗ b tem ordem finita, mostre que b ∗ a também tem ordem finita. Prova: Hipótese: existe n ∈ N∗ tal que (a ∗ b)n = e. Ou seja, (ab)(ab)...(ab) = e | {z } n vezes Sendo G um grupo, existem a−1 e b −1 . Isto é, a−1 (ab)(ab)...(ab)b −1 = a−1 eb −1 15 / 15 Exercı́cio Sejam a, b elementos de um grupo G . Se a ∗ b tem ordem finita, mostre que b ∗ a também tem ordem finita. Prova: Hipótese: existe n ∈ N∗ tal que (a ∗ b)n = e. Ou seja, (ab)(ab)...(ab) = e | {z } n vezes Sendo G um grupo, existem a−1 e b −1 . Isto é, a−1 (ab)(ab)...(ab)b −1 = a−1 eb −1 (ba)(ba)...(ba) = a−1 b −1 = (ba)−1 | {z } n-1 vezes 15 / 15 Exercı́cio Sejam a, b elementos de um grupo G . Se a ∗ b tem ordem finita, mostre que b ∗ a também tem ordem finita. Prova: Hipótese: existe n ∈ N∗ tal que (a ∗ b)n = e. Ou seja, (ab)(ab)...(ab) = e | {z } n vezes Sendo G um grupo, existem a−1 e b −1 . Isto é, a−1 (ab)(ab)...(ab)b −1 = a−1 eb −1 (ba)(ba)...(ba) = a−1 b −1 = (ba)−1 | {z } n-1 vezes (ba) (ba)(ba)...(ba) = (ba)(ba)−1 | {z } n-1 vezes 15 / 15 Exercı́cio Sejam a, b elementos de um grupo G . Se a ∗ b tem ordem finita, mostre que b ∗ a também tem ordem finita. Prova: Hipótese: existe n ∈ N∗ tal que (a ∗ b)n = e. Ou seja, (ab)(ab)...(ab) = e | {z } n vezes Sendo G um grupo, existem a−1 e b −1 . Isto é, a−1 (ab)(ab)...(ab)b −1 = a−1 eb −1 (ba)(ba)...(ba) = a−1 b −1 = (ba)−1 | {z } n-1 vezes (ba) (ba)(ba)...(ba) = (ba)(ba)−1 | {z } n-1 vezes n (ba) = e 15 / 15
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