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XXIII-SNPTEE
SEMINÁRIO NACIONAL
DE PRODUÇÃO E
TRANSMISSÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
16 a 21 de Outubro de 2015
Grupo de Estudo de Impactos Ambientais (GIA)
RELATÓRIO ESPECIAL PRÉVIO
Silvia Helena Pires - CEPEL
André Luiz Mustafá - CESP
Arilde Sutil Gabriel - COPEL
1.0 CONSIDERAÇÕES GERAIS
GRUPO XI
GRUPO DE IM PACTOS AM BIENTAIS – GIA
RELATÓRIO ESPECIAL PRÉVIO
Silvia Helena Pires
Consultora
André Luiz Mustafá
CESP
Arilde Gabriel
COPEL
1.0 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
Os Informes Técnicos apresentados no Grupo de Estudos de Impactos Ambientais - GIA acompanharam as proposições dos Temas Preferenciais, abrangendo as
principais questões socioambientais vivenciadas pelas empresas do setor elétrico brasileiro.
Destaca-se a apresentação de diversos trabalhos voltados para melhoria da gestão ambiental dos empreendimentos, incluindo estudos voltados para o tratamento de
resíduos perigosos, bem como para a preservação da biodiversidade nas áreas de influência dos empreendimentos setoriais. E, ainda, trabalhos que relatam
experiências exitosas de relacionamento com populações indígenas, bem como para proporcionar uma maior interação com as comunidades nas áreas de atuação das
empresas. Registra-se também informes que relatam as iniciativas para quantificar e/ou estimar as emissões de gases do efeito estufa provenientes de reservatórios de
hidrelétricas e a elaboração de inventários de emissões.
Com relação ao tema “Custos Socioambientais”, destaca-se o trabalho que relata a interação entre as empresas do setor e o poder concedente visando a
regulamentação dos custos socioambientais decorrentes da operação dos empreendimentos do setor elétrico.
2.0 CLASSIFICAÇÃO DOS INFORM ES TÉCNICOS
Os 30 (trinta) Informes Técnicos apresentados foram classificados em 8 categorias, de acordo com o seu conteúdo técnico e buscando associá-los aos temas
preferenciais do GIA:
1) Experiências e boas práticas para a melhoria da gestão socioambiental dos empreendimentos de geração e transmissão. Reunindo 7 informes que abordam
tecnologias para redução de geração de resíduos perigosos (2) e contaminação da água por óleo (1), tratamento de efluentes da geração nuclear (1), sensores para
identificação de água contaminada (1), utilização de ferramenta SG para a gestão ambiental e patrimonial.
2) Estudos e programas voltados para populações indígenas, com 2 Informes, um envolvendo programa de fomento da cadeia produtiva do pescado em prol dessas
populações e outro sobre a abordagem participativa para a definiçãos de medidas mitigadoras e compensatórias associadas à implantação de uma de LT 230 kV.
3) Experiência das empresas do setor elétrico com relação à preservação da biodiversidade nas suas áreas de influência dos empreendimentos. Reúne 8 Informes,
sendo 3 relativos à preservação e mitigação dos impactos sobre a fauna ictíca; 3 abordam a proteção de áreas em torno de reservatórios; 1 propõe uma ferramenta
quantitativa para a gestão ambiental das bacias hidrográficas que abrigam UHEs; e um IT enfoca a problemática de compatibilizar LTs já em operação com Unidades de
Conservação.
4) Novos empreendimentos: soluções para os desafios de redução dos impactos socioambientais e para maior interação com atores sociais. Neste tema foram
apresentados 4 ITs sobre redução de impactos de linhas de transmissão: um bom exemplo de aplicação da compensação ambiental para a conservação do cerrado; a
utilização de tecnologia digital a laser para reduzir os impactos da supressão de vegetação de LTs; a melhoria do processo de comunicação socioambiental com o uso
de técnicas audiovisual; e uma proposta de modernização/atualização dos relatórios R3.
5) Emissões de GEE :Foram apresentados 4 Informes: um IT relatando aperfeiçoamento na elaboração de inventário de emissões empresarial; dois outros relacionados
aos estudos de emissões de GEE originadas em reservatórios de UHEs e um outro buscando estimar o aumento das emissões de CO2 em função do aumento de
renda e consequente aumento do consumo de energia elétrica pela da população.
6) Aspectos Regulatórios e aspectos relacionados ao licenciamento vis a vis a gestão ambiental dos empreendimentos. Reúne dois ITs: um deles tem seu foco na
deficiência dos aspectos regulatórios para o efetivo controle das espécies invasoras nos reservatórios da UHEs e o outro aborda a estratégia bem sucedida que
ampliou as áreas de preservação permanente de reservatórios de UHEs.
7) Indicadores para gestão da sustentabilidade dos empreendimentos setoriais. Para este tema foram apresentados 2 ITs: um apresenta o desenvolvimento dos estudos
para a construção de um índice de Inserção Regional Sustentável para UHEs e o outro uma proposta de indicadores de sustentabilidade ambiental para a geração
eólica.
8) Custos socioambientais: continuidade de programas socioambientais considerando custos de operação dos ativos frente ao modelo de renovação das concessões
públicas. Um único IT foi apresentado abordando a interação entre as empresas do setor e o poder concedente visando a regulamentação da incorporação dos custos
socioambientais relativos à operação dos empreendimentos setoriais.
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2.1 237Indicadores para gestão da sustentabilidade empresarial: aplicação, implantação e monitoramento
528 - INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE (DIMENSÃO AMBIENTAL) PARA GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA
2.2 238Experiências e boas práticas de gestão socioambiental dos empreendimentos de geração (hidro, térmico e fontes alternativas) e transmissão.
6 - GANHOS AMBIENTAIS COM A UTILIZAÇÃO DE BATERIAS ESTACIONÁRIAS DE LÍTIO-ÍON
215 - A UTILIZAÇÃO DA FERRAMENTA SIG - SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS - NA GESTÃO AMBIENTAL E PATRIMONIAL DA CELESC
GERAÇÃO
453 - RELATÓRIOS DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL - R3: UMA PROPOSTA DE MODERNIZAÇÃO DO TERMO DE REFERÊNCIA
482 - CONSTRUINDO UM ÍNDICE DE INSERÇÃO REGIONAL SUSTENTÁVEL PARA USINAS HIDRELÉTRICAS
330 - “NÓS E AS LTS”: O USO DO AUDIOVISUAL NA PESQUISA E PRÁTICAS DE COMUNICAÇÃO SOCIOAMBIENTAL LT 500 KV SAMAMBAIAITUMBIARA/SAMAMBAIA-EMBORCAÇÃO
457 - VIABILIDADE DO CANAL DA PIRACEMA DE ITAIPU COMO SISTEMA MULTIUSO PARA A TRANSPOSIÇÃO DE PEIXES NEOTROPICAIS
68 - METODOLOGIA PARA A COMBINAÇÃO SUSTENTÁVEL DE ESPÉCIES NATIVAS DO CERRADO NA REVEGETAÇÃO DO ENTORNO DOS
RESERVATÓRIOS
2.3 239Estudos e programas voltados para populações indígenas e outras populações tradicionais
456 - LT 230KV JOINVILLE NORTE – CURITIBA C2 – IDENTIFICAÇÃO E DIAGNOSTICO DA TERRA INDÍGENA E IMPLANTAÇÃO DAS MEDIDAS MITIGADORAS
E COMPENSATÓRIAS
424 - PROGRAMA PRODUÇÃO DE PEIXES EM NOSSAS ÁGUAS: FOMENTO DA CADEIA PRODUTIVA DO PESCADO EM PROL DO DESENVOLVIMENTO
SÓCIO ECONÔMICO DE COMUNIDADES TRADICIONAIS E INDÍGENAS
2.4 240Experiência das empresas do setor elétrico com relação a inventário de emissões de GEE - Gases do Efeito Estufa e práticas envolvendo
projetos de MDL(Mecaniscmo de Desenvolvimento Limpo)
450 - FERRAMENTAS PARA ELABORAÇÃO DO INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA DAS EMPRESAS ELETROBRAS
2.5 241Repercussão da Lei de Limites de CEM – Compatibilidade Eletromagnética nas instalações e práticas das empresas do setor elétrico;
2.6 242Custos socioambientais e externalidades: continuidade de programas socioambientais considerando custos de operação dos ativos frente ao
modelo de renovação das concessões públicas
84 - INTERAÇÃO EMPRESAS E PODER CONCEDENTE PARA A CONSIDERAÇÃO DOS CUSTOS SOCIOAMBIENTAIS NA OPERAÇÃO DE
EMPREENDIMENTOS DO SETOR ELÉTRICO
2.7 243Novos empreendimentos: soluções para os desafios de redução dos impactos socioambientais.
327 - TRATAMENTO POR PLASMA DE BAUXITA IMPREGNADA COM ÓLEO MINERAL ISOLANTE
244 - MAPEAMENTO DIGITAL A LASER: TECNOLOGIA APLICADA NA MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EM LINHAS DE TRANSMISSÃO
464 - IMUNOBIOSENSOR PARA RÁPIDA IDENTIFICAÇÃO DE ÁGUA CONTAMINADA
2.8 277Estimativas de emissões de gases de efeito estufa em reservatórios
234 - GERENCIADOR GEE-APINE: SOFTWARE PARA GERENCIAMENTO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA EM RESERVATÓRIOS
239 - A SEDIMENTAÇÃO PERMANENTE DE CARBONO EM RESERVATÓRIOS DE HIDRELÉTRICAS BRASILEIRAS COMO SUMIDOURO DE GASES DE
EFEITO ESTUFA
2.9 278Comparação dos impactos ambientais de diferentes fontes de geração de energia elétrica
381 - PERSPECTIVAS DE IMPACTO AMBIENTAL POR CO2 DO NOVO PADRÃO ENERGÉTICO BRASILEIRO: UMA ANÁLISE ATRAVÉS DA ESTIMAÇÃO DA
ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA RESIDENCIAL POR ELETRICIDADE
171 - PROCESSO DE LIBERAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO EFLUENTE DE ANGRA 1
2.10 297Interação entre gestores de projetos e órgãos ambientais responsáveis pelos licenciamentos ambientais.
89 - MANEJO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE DE RESERVATÓRIOS: INCORPORAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO DE
PROGRAMAS AMBIENTAIS AO PROCESSO DE LICENCIAMENTO DOS EMPREENDIMENTOS
2.11 298Experiência das empresas do setor elétrico com relação à preservação da biodiversidade (unidades de conservação, programas de proteção e
de estudos da fauna ictica e terrestre, etc) nas suas áreas de influência dos empreendimentos
217 - COMPENSAÇÃO AMBIENTAL DO SETOR ELÉTRICO: UM BOM EXEMPLO DE CONSERVAÇÃO NO CERRADO BRASILEIRO
16 - COMPORTAMENTO DE PEIXES A JUSANTE DE HIDRELÉTRICA: SUBSÍDIOS PARA A MITIGAÇÃO DE IMPACTOS DA GERAÇÃO
200 - O PARADIGMA DA EXISTÊNCIA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS NO PARANÁ.
73 - USO DE UMA FERRAMENTA QUANTITATIVA PARA A GESTÃO AMBIENTAL DE BACIAS HIDROGRÁFICAS: APLICABILIDADE DA TÉCNICA PARA O
SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO.
503 - CONEXÕES ECOSSISTÊMICAS: MATAS CILIARES E SEU PAPEL NA INTEGRIDADE LIMNOLÓGICA E BIODIVERSIDADE AQUÁTICA DO RESERVATORIO
DE VOLTA GRANDE.
10 - REINTRODUÇÃO ADEQUADA DE PEIXES EM REPRESAS
148 - EFICIÊNCIA DOS PROJETOS DE REFLORESTAMENTO DE MATAS CILIARES NO CONTROLE DOS PROCESSOS EROSIVOS NO ENTORNO DE
RESERVATÓRIOS: O CASO DO RESERVATÓRIO VOLTA GRANDE (SP/MG).
247 - AUTOMAÇÃO DE UM TANQUE DE BIOSSURFACTANTE PARA UM FLOTADOR POR AR DISSOLVIDO UTILIZANDO O HARDWARE ARDUINO
2.12 299Experiência das empresas do setor elétrico com relação ao monitoramento e controle de espécies exóticas e alóctonas (ictiofauna,
malacofauna, fauna terrestre e flora).
88 - CONTEXTUALIZAÇÃO DOS ASPECTOS REGULATÓRIOS PARA O CONTROLE E MANEJO DE ESPÉCIES INVASORAS NO ÂMBITO DO SETOR
ELÉTRICO BRASILEIRO
129 - EFEITOS DA INCRUSTAÇÃO DE MACROGANISMOS MARINHOS SOBREMATERIAIS UTILIZADOS NOS CIRCUITOS DE REFRIGERAÇÃO DACENTRAL
NUCLEAR DE ANGRA 1 .
2.13 300Repercussão do novo Código Florestal nos empreendimentos de geração hídrica já em operação.
3.0 RELATÓRIO SOBRE OS INFORM ES TÉCNICOS
3.1 - INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE (DIM ENSÃO AM BIENTAL) PARA GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA
GARCIA, K.C.(1);MATOS, D.F.D.(1);PAZ, L.R.L.D.(1); - CEPEL(1);
Nos últimos anos a Eletrobras vem ampliando sua visão e atuação em termos da sustentabilidade. Uma importante ação neste sentido foi a concepção do Sistema de
Indicadores de Gestão da Sustentabilidade (Sistema IGS) pelo CEPEL, monitorando desde 2009, indicadores de sustentabilidade da dimensão ambiental relacionados a
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geração hidrelétrica, térmica, transmissão, distribuição e atividades administrativas. Com o crescimento da importância da geração eólica para a empresa, o
desenvolvimento de indicadores relacionados a esta fonte se tornou imperativo. Este artigo visa apresentar uma proposta de indicadores de sustentabilidade para
geração eólica, focando nos impactos ambientais tanto na construção quanto na operação
Perguntas e respostas:
A) Quais os níveis realmente toleráveis para que sejam de fato minimizados os problemas com o ciclo da cadeia alimentar naquele habitat, bem como ocasionar uma
redução significativa no impacto ambiental no entorno do empreendimento?
Os autores consideram que a pergunta foge do escopo alcançado pelo trabalho. Os impactos, sua magnitude e importância irão variar para cada projeto e em cada
localização, da mesma forma que irão variar os limites ?toleráveis? de qualquer impacto, incluindo os relacionados à cadeia alimentar. A proposta do uso de indicadores
apresentada no artigo visa a aplicação nas etapas de construção, operação e manutenção de empreendimentos eólicos, ou seja, posterior à obtenção das referidas
licenças ambientais. O uso dos indicadores propostos deve ser feito para acompanhar as condições e programas estabelecidos nas licenças pelos órgãos ambientais e
melhorar o desempenho ambiental nas etapas de construção, operação e manutenção, e não servir como referência de tolerância para implantação ou não dos
empreendimentos.
B) As ações citadas pelos autores não inviabilizariam o projeto, fazendo com que os futuros projetos tornassem menos competitivos?
O artigo não apresenta ações, mas sim indicadores de sustentabilidade ambiental para a geração eólica. Os indicadores de sustentabilidade são instrumentos que
fornecem importantes subsídios para o processo de tomada de decisão, buscando orientar a ação e fundamentar o acompanhamento e avaliação dos projetos,
permitindo a sua implantação com o menor impacto ambiental possível e com constante acompanhamento dos mesmos, conforme acordado com o órgão ambiental
competente. Assim, entende-se que o uso de tais indicadores traz ganhos ambientais pela redução do consumo de recursos e dos impactos sobre o meio ambiente. A
proposta não visa avaliar o grau de competitividade dos projetos em função da consideração dos seus impactos ambientais.
C) A proposta para uma inserção de indicadores é bastante interessante. Os autores têm a intenção de aprimorarem estes mesmos indicadores, transformando-os e
abrindo-os em níveis de 1 a 4 por exemplo , de forma que o grau de impacto em uma construção e operação da usina eólica possa ser realmente medido numa forma
mais absoluta, para que as melhorias ocorram e ao mesmo tempo o empreendimento tenha um avanço na questões de redução de impactos ambientais?
A proposta é que os indicadores apresentados sejam utilizados como medidas absolutas e não relativas, com diferentes graus de impacto. Desta forma certamente é
possível realizar um acompanhamento dos impactos reais ao longo do tempo, estabelecer metas de melhoria e acompanhar os resultados de projetos implementados
com este fim. É possível também realizar comparações entre projetos das empresas do Sistema Eletrobras visando compartilhar idéias e projetos de melhoria (ex:
redução da geração de resíduos, redução de emissões de gases de efeito estufa, redução de ruído, etc). Este procedimento já vem sendo realizado para outras fontes
de geração de energia já cadastradas no Sistema IGS, como a geração hidrelétrica e térmica, auxiliando na identificação de oportunidades de melhoria, principalmente
na operação das usinas.
3.2 - GANHOS AMBIENTAIS COM A UTILIZAÇÃO DE BATERIAS ESTACIONÁRIAS DE LÍTIO-ÍON
SOARES, A.P.(1); - FURNAS(1);
Ao longo da história do Homem, as grandes vantagens de manuseio e durabilidade do chumbo têm sido postas de lado devido ao alto nível de agressividade ambiental
e biológica que esse elemento apresenta. Nas últimas décadas as aplicações que empregam chumbo tem se reinventado e buscado alternativas mais sustentáveis
tornando-o um elemento em decadência na Sociedade. Atualmente, a principal aplicação do chumbo é o armazenamento de energia elétrica. Nesse tema as baterias de
chumbo possuem dominância absoluta se comparadas a outras tecnologias. Esse trabalho aborda essa realidade e apresenta a proposta e os resultados parciais da
substituição dessas baterias, em Furnas Centrais Elétricas, por baterias de lítio-íon.
Perguntas e respostas:
A) O artigo faz uma crítica sobre o uso do chumbo no que se refere a aspectos ambientais, contudo o lítio também apresenta alguns problemas, quais são estes
impactos ambientais e qual a relação de comparação destes com o chumbo?
Alm do chumbo ser txico e bioacumulativo, as quantidades necessrias para uso em baterias so muito grandes, causando impacto relevante mesmo diante de reciclagem
expressiva. J o ltio usualmente responde por menos de 1% do peso da bateria, suas diversas formas de extrao permitem obt-lo de forma menos impactante e a
reciclagem gera materiais que no retornam ao meio ambiente em forma de escria. As questes mais importantes dizem respeito aos outros integrantes das baterias de
ltio que, conforme a tecnologia, podem ser Mg, Co, Mn, Cu, Fe etc, dificultando ainda mais as anlises de impactos ambientais. Uma forma de atacar o problema atravs
de Anlises de Ciclo de Vida, especialmente verificando as quantidades de energia envolvidas. Usando essa abordagem como critrio, fica clara a vantagem ambiental da
bateria de ltio como um todo, como pode ser visto na figura 5 do artigo.
B) Quais são os aspectos inerentes à segurança inerentes a essas baterias que sugerem cautela para sua aplicação em retificadores e UPs que operam com 24 Volts?
Por mero objetivo comercial, que atender a demanda de telecomunicaes, as baterias de 48V so unidades autosuficientes em termos de superviso, controle e segurana.
J as tenses maiores de 48V so obtidas por combinaes em srie de unidades menores, usualmente de 12V ou 24V. Isso implica na necessidade de sistemas externos de
superviso e controle, o que aumenta o tamanho e a complexidade da soluo final. Essas mesmas unidades menores podem at ser utilizadas isoladamente, mas iro
necessitar tambm de superviso e controle externos. Portanto o que torna desinteressante o uso de adaptaes baseadas em 24V no a tenso em si, mas as circunstncias
que nortearam o desenvolvimento desses produtos.
C) Em termos de custo, qual a variação percentual da substituição de baterias de chumbo por lítio?
As baterias estacionrias de ltio ainda esto em um estgio de maturao comercial onde seu preo sugere o uso preferencial em sistemas onde a confiabilidade da alimentao
seja fator crtico de sucesso. Nesses casos o custo do investimento usualmente muito menos impactante do que a perda do servio. Cabe Engenharia identificar os
sistemas que mais se beneficiariam desses investimentos, como o caso das Telecomunicaes em empresas de energia eltrica. Se for considerado o custo total ao longo
da vida til, o investimento atualmente pode ser comparvel aos das baterias chumbo-cidas. Para o mdio prazo, o acompanhamento desse mercado sugere que o preo
alcanar patamares baixos o suficiente para permitirem o uso mais generalizado.
Comentário: Este IT é de muito interesse para o setor elétrico. Deve entretanto ser observado que ele foi apresentado, extamente com a mesma forma e conteúdo, no
ERIAC, em maio de 2015.
3.3 - A UTILIZAÇÃO DA FERRAM ENTA SIG - SISTEM A DE INFORM AÇÕES GEOGRÁFICAS - NA GESTÃO AMBIENTAL E PATRIM ONIAL DA CELESC GERAÇÃO
PEIXOTO, A.M.M.(1); - CELESC(1);
Este artigo tem como objetivo mostrar a otimização causada pela implementação de uma solução corporativa, o Sistema de Informações Geográficas (SIG), para a
Celesc Geração S.A., visando a gestão de dados espaciais e documentais relacionados aos dados patrimoniais e ao meio ambiente. A implantação deste sistema visou
também o atendimento à resolução nº 501/2012 da ANEEL, normativa que define os procedimentos para o mapeamento dos bens imóveis e das áreas vinculadas às
concessões de usinas hidrelétricas. O SIG é uma tecnologia que abrange cada vez mais projetos ambientais, sendo um agente facilitador no planejamento e tomada de
decisões.
Perguntas e respostas:
A) A utilização do sistema para acompanhamento da gestão ambiental já permite avaliar a eficiência ou a efetividade dos programas ambientais implantados para
atender aos requisitos do licenciamento?
O sistema somente nos avisa quando h alguma licena por vencer ou algum relatrio a ser encaminhado para o rgo licenciador. O mesmo no avalia a efetividade e o
cumprimento dos programas ambientais implantados. Este acompanhamento a equipe de meio ambiente da Celesc Gerao quem faz, sem o auxlio do sistema.
B) Caso a Resolução ANEEL 501 não tivesse sido editada, este tipo de ferramenta seria implantada pela CELESC? Contextualize a resposta.
Esse tipo de ferramenta não seria implantada se a Resolução ANEEL 501 não tivesse sido publicada. A motivação principal do projeto foi a Resolução ANEEL 501 e a
implantação do sistema com todas as suas funcionalidades foi uma consequência, um bônus por já ter sido dado início ao trabalho. Por ser necessário o
georreferenciamento de todas as propriedades da Celesc Geração, aproveitamos este trabalho já realizado e adicionamos os dados referentes ao meio ambiente.
C) Qual o ganho obtido com o uso do sistema? Como ele é percebido pelo órgão licenciador?
A principal vantagem do sistema é ter todos os dados de licenças e demais relatórios ambientais centralizados em um único ambiente, com dados cartográficos digitais,
que possibilitam um meio de informação mais intuitivo. O sistema proporciona mais agilidade e facilidade na busca por informações referentes às usinas da Celesc
Geração. O órgão licenciador percebe uma melhor organização dos dados e a agilidade no fornecimento de informações.
3.4 - RELATÓRIOS DE CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISE SOCIOAM BIENTAL - R3: UM A PROPOSTA DE M ODERNIZAÇÃO DO TERMO DE REFERÊNCIA
SIQUEIRA, K.P.D.(1);CASSARO, I.(1);MAGRO, B.M.D.(1);SOARES, A.C.(1);ZERBINI, N.J.(1); - ELN(1);
Considerando a necessidade de uma nova abordagem para elaboração dos Relatórios-R3, este artigo sugere a modernização do Termo de Referência – TR
denominado \"Diretrizes para Elaboração dos Relatórios Técnicos Referentes às Novas Instalações da Rede Básica\" (EPE, 2005). Sua releitura facilitará a elaboração
de propostas para os leilões de transmissão de energia elétrica. Recomenda-se incluir no TR critérios como a utilização essencialmente de dados secundários como
base para o estudo, a inspeção terrestre da diretriz preliminar proposta, a contratação de empresa do setor elétrico para a elaboração dos estudos, entre outros.
Perguntas e respostas:
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A) A proposta apresentada já foi discutida no âmbito de algum forum setorial?
Sim. Em 2013 foi realizado um fórum de discussão para elaboração do Termo de Referência do \"Relatório de Definição da Diretriz e Análise Socioambiental (Relatório
R3) para a Linha de Transmissão CC 800 kV Xingu - Terminal Rio e Instalações Associadas com a participação da Eletronorte, EPE, Furnas, MME e TAESA. Esse TR foi
uma adaptação das diretrizes da EPE (Diretrizes para Elaboração dos Relatórios Técnicos Referentes às Novas Instalações da Rede Básica, 2005). Entretanto, não foi
institucionalizado para o Setor, ficando em vigor o TR de 2005.
B) Considerando que as LTs são licitadas sem que tenham obtido a LP, os autores consideram que a proposta apresentada é mais aderente aos requisitos do
licenciamento ambiental?
A proposta não está vinculada ao processo de licenciamento ambiental. E sim ao processo de planejamento e licitação do setor elétrico, com ênfase na facilitação da
cotação de preços para os leilões de transmissão. O R3 apenas levanta questões que serão abordadas durante o processo de licenciamento ambiental.
C) A percepção dos órgãos ambientais licenciadores, ainda sobre a metodologia vigente, foi considerada na elaboração da proposta?
O R3 é um documento interno do setor elétrico. A percepção dos órgãos ambientais licenciadores é levada em consideração na sua elaboração, pois no diagnóstico
preliminar são abordados temas considerados essenciais pelos órgãos ambientais no processo de licenciamento. Na elaboração da nova proposta além de serem
mantidas essas questões, foram acrescentados novos temas tais como: Rotas migratórias; Áreas inundáveis; Planos diretores; Áreas endêmicas de malária, entre
outros.
3.5 - CONSTRUINDO UM ÍNDICE DE INSERÇÃO REGIONAL SUSTENTÁVEL PARA USINAS HIDRELÉTRICAS
FURTADO, M.D.F.R.D.G.(1);FURTADO, R.C.(2);HIDAKA, L.T.F.(2);SOARES, F.G.(2);CIRINO, T.L.(3); - UFPE(1);FADE-UFPE(2);CEMIG GT(3);
Este artigo apresenta parte dos resultados da pesquisa denominada “Desenvolvimento de ferramenta para monitorar e avaliar a sustentabilidade econômica, social e
ambiental dos municípios em áreas de influência de hidrelétricas”. O trabalho está sendo desenvolvido pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE e a Fundação
de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE – FADE, no âmbito do Programa de P&D da Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG e o resultado previsto é uma
metodologia de avaliação da Inserção Regional Sustentável de Hidrelétricas nas suas regiões de influência, centrada no Índice de Inserção Regional Sustentável (IIRS).
Perguntas e respostas:
A) Diante do exposto pelos autores, na aplicação desta ferramenta para monitorar e avaliar os três princípios de sustentabilidade no municípios, poderia ser minimizado
a um grau de risco mínimo para os gestores do empreendimento associado aos índices aceitáveis de sustentabilidade, de modo a evitar a existência de TAC's (Termo
de Ajuste de Conduta), além de reduzir problemas com a população local, bem como dirimir os próprios interesses das autoridades destas localidades?
É difícil estabelecer um grau de risco mínimo para os gestores de UHEs. A ferramenta em elaboração visa avaliar e monitorar a inserção regional sustentável de UHEs,
por meio do Índice de Inserção Regional Sustentável (IIRS). Para novos empreendimentos, medições do IIRS antes do início da obra e outras estimando os valores ao
final da construção da UHE e cinco anos depois podem ser uma ótima estratégia para reduzir os riscos para o empreendedor. Não podemos, contudo, afirmar que o uso
da ferramenta evitará a existência de TACs, mas, sem dúvida, dará subsídios para que o empreendedor e as autoridades locais conheçam os ?pontos fracos? da
sustentabilidade dos municípios com áreas alagadas por reservatórios de UHEs e tomem decisões para aumentar os indicadores que contribuem para reduzir o IIRS.
Com essas informações, haverá uma melhor comunicação com a população local, tornando possível o apoio dessas comunidades às UHEs.
B) Qual o real ganho ou avanço que as comunidades locais obterão, principalmente nas questões econômicas, caso esta metodologia seja disseminada? O estudo
levou em consideração a ausência de estrutura dos órgãos ambientais em determinadas regiões, bem como as inúmeras diferenças em termos de critérios e interesses
sociais e políticos em uma avaliação e possível aprovação em prol do empreendimento?
O principal ganho a ser obtido pelas comunidades locais é a sustentabilidade da inserção regional, caso essa metodologia seja disseminada. Ou seja, pretende-se que,
após a conclusão da UHE, os municípios afetados continuem a ter desenvolvimento. O desenvolvimento e a aplicação da ferramenta não dependem de órgãos
ambientais e, por essa razão, a estrutura dessas instituições não foi considerada. Como já exposto, a ferramenta visa medir a inserção regional sustentável, ou seja, o
desenvolvimento local sustentável, que, teoricamente, deve ser constituído pelos mesmos indicadores, independentemente das regiões objeto de estudo. Além disso, os
indicadores do IIRS foram selecionados de forma que pudessem ser levantados em qualquer região do país.
C) O trabalho cita que todos os 100 indicadores foram normalizados e parametrizados, usando-se referências nacionais, permitindo que o IIRS seja utilizado nas cinco
regiões Brasil. Quais as principais dificuldades na normalização destes parâmetros, em função das variadas características das cinco regiões brasileiras e problemas
distintos que nelas aparecem, em termos de implantação de Usinas Hidrelétricas?
A grande dificuldade foi estabelecer parâmetros máximos e mínimos para os indicadores em uma base nacional, que capturasse as especificidades regionais. No
conjunto de indicadores parametrizados, foram estabelecidos parâmetros máximos e mínimos, diferentes de 0% e 100%, para um conjunto de 39 indicadores. Para a
definição desses parâmetros, foi adotado como critério principal, de forma que os indicadores pudessem ser medidos em qualquer região do país, a existência de metas
de médio e longo prazo estabelecidas em planos e programas do governo nacional ou organizações internacionais. Contudo, na falta dessas metas, para a grande
maioria, foram estabelecidos outros critérios, tais como: valores mínimo e máximo entre os municípios brasileiros de até 150.000 habitantes; médias nacionais
observadas para o período;opinião de especialistas e informações obtidas em associações e organizações específicas. Esses critérios também foram coerentes com as
premissas teórico-metodológicas da pesquisa e possibilitaram a aplicação no índice e a comparação entre municípios e UHEs de diferentes regiões do país. Ao longo da
pesquisa, os parâmetros sugeridos foram revisados para verificar a sua capacidade de estabelecer valores que não levassem a uma modelagem enviesada da
realidade. Por exemplo, os valores mínimo e máximo, inicialmente sugeridos para alguns indicadores com base nos municípios com população de até 150.000
habitantes, mostraram-se superdimensionados. Para corrigir, adotou-se um novo critério: valores de municípios que possuem até 150.000 habitantes e que recebem
Compensação Financeira pela utilização de recursos hídricos, um universo de 670 municípios em 2014.
3.6 - “NÓS E AS LTS”: O USO DO AUDIOVISUAL NA PESQUISA E PRÁTICAS DE COMUNICAÇÃO SOCIOAM BIENTAL LT 500 KV SAMAMBAIA-ITUM BIARA/SAM AM BAIAEMBORCAÇÃO
BARROS, A.L.P.D.(1); - SGBH(1);
É apresentada neste informe a experiência do uso do audiovisual enquanto ferramenta metodológica que concentrou as atividades de comunicação, planejadas e
executadas no âmbito do Programa de Comunicação Socioambiental de linhas de transmissão. Desde as filmagens feitas durante o processo de diagnóstico, com a
gravação dos depoimentos e entrevistas realizadas com os atores sociais, o uso do material bruto na análise qualitativa da pesquisa de campo e a posterior edição do
Filme “Nós e as LTs”, à realização da Mostra Itinerante de Cinema Ambiental, o audiovisual é a via principal, por onde trafegam as informações relevantes direcionadas
a população alvo.
Perguntas e respostas:
A) Quais as maiores dificuldades encontradas no desenvolvimento desse PCS?
Como a proposta de ação do PCS foi diferente do que costumeiramente era praticada, a primeira dificuldade encontrada foi a credibilidade no projeto, além da
adequação ao orçamento e o tempo dedicado em suas diferentes fases, principalmente por ter sido o primeiro que realizamos neste molde.
B) Como foi a recepção do público com relação às entrevistas? Houve muitas reivindicações e reclamações? Como vocês lidaram com elas?
As abordagens feitas ao público foram introduzidas com a distribuição de material gráfico, um informativo sobre o PCS, após uma breve introdução eram então
realizadas as entrevistas, gravadas com a autorização dos entrevistados, que de um modo geral não fizeram reclamações veementes sobre a localização das LTs em
suas propriedades e/ou local de trabalho. As maiores reivindicações dizem respeito ao uso da faixa de servidão ou á restrição ao uso desta área, passivos relativos às
indenizações e uma sinalização eficiente para os estais das torres localizadas em áreas de agriculturas mecanizadas. De um modo geral, as informações básicas eram
passadas em loco, através do dialogo aberto nas entrevistas e depoimentos.
C) Após todo o desenvolvimento dos trabalhos, enclusive a exibição dos filmes, foi realizado algum tipo de avaliação com o público?
Após cada exibição, nos eventos realizados nas campanhas, houve debates com os expectadores sobre o tema abordado nos filmes e suas experiências locais. Ao
início de cada evento foram distribuídos livretos com conteúdo informativo sobre todas as características das LTs, a programação com as sinopses dos filmes e uma
sucinta avaliação do evento. De modo geral, o que transpareceu ao término de cada evento foi uma foi uma boa receptividade do público presente.
3.7 - VIABILIDADE DO CANAL DA PIRACEM A DE ITAIPU COM O SISTEM A M ULTIUSO PARA A TRANSPOSIÇÃO DE PEIXES NEOTROPICAIS
JUNIOR, H.M.F.(1);HENN, C.(1);FERNANDEZ, D.R.(1);HEIL, S.A.(1); - ITAIPU(1);
O Canal da Piracema de Itaipu possui finalidade múltipla, destacando-se a transposição de peixes e a prática desportiva. Cerca de 165 espécies de peixes foram
encontradas no sistema, sendo 21 consideradas migratórias de longa distância. A funcionalidade para migração ascendente foi estimada em 20% para as principais
espécies migratórias que entram no rio Bela Vista (segmento inicial e principal componente do Canal da Piracema). O potencial conflito de uso entre migração de peixes
e a prática de canoagem também foi avaliada. O sistema tem se demonstrado viável, apresentando riscos e benefícios, podendo ser considerado modelo para outros
aproveitamentos similares.
Perguntas e respostas:
A) No trecho que trata sobre metodologia, diz que a passagem das espécies pelos leitores situados na extremidade superior do sistema ocorriam no periodo diurno.
Logo em seguida, informa que em mais de 95% dos casos ocorriam após as 18:00h. Esclarecer melhor esse trecho.
As passagens após as 18:00h se concentraram na porção central do sistema (Canais de Iniciação e Águas Bravas), onde ocorre a prática de canoagem no período
diurno. Já na estação de monitoramento localizada no Dique de Regulagem, onde não há qualquer influência antrópica sistemática, os peixes marcados passaram
predominantemente durante o dia.
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B) Qual a viablidade financeira e estrutural de se realizar as adequações sugeridas? (1. Reestruturação do Canal de deságue, 2. Alteração do traçado e melhoria das
condições hidráulicas do Canal de iniciação e 3. Rebaixamento da tomada d’água)
Esta demanda já conta, atualmente, com consultoria especializada para elaboração do projeto de engenharia necessário aos ajustes. Em ordem crescente de
complexidade, estão os ajusres no Canal de Iniciação, Canal de Deságue e Tomada d\'água. Esta última implica em um rebaixamento de mais de quatro metros em
relação ao nível atual, demandando a construção de ensacadeiras. estima-se que este componente deve consumir cerca de 70% do recurso necessário a todas as
adequações, estimado preliminarmente em 30 milhões de reais. Tendo em vista a relevância do Canal em seus aspectos ambiental, social e desportivo, acredita-se que
as obras devem ser previstas no orçamento da empresa em breve.
C) As avaliações quanto à influência do uso desportivo do componente denominado Canal de águas bravas foram realizadas em alguma fase durante o período da
Piracema?
Sim, durante os períodos de piracema 2011-2012 e 2012-2013, mediante autorização específica do IBAMA, tendo em vista que a prática desportiva é inicialmente
vedada nestas condições. Novos estudos em época de piracema devem ser solicitados ao órgão licenciador, a fim de coletar mais dados, que permitam generalizações
mais robustas sobre o comportamento da ictiofauna.
3.8 - METODOLOGIA PARA A COMBINAÇÃO SUSTENTÁVEL DE ESPÉCIES NATIVAS DO CERRADO NA REVEGETAÇÃO DO ENTORNO DOS RESERVATÓRIOS
RIBAS, J.R.(1);SOELTL, T.M.(2);JR, J.S.R.(3); - UFRJ(1);CCSA(2);COPPETEC(3);
A presente pesquisa, conduzida no reservatório da UHE Corumbá IV, tem por objetivo comparar a capacidade de adaptação de espécies florestais em dois locais com
solos distintos, visando apresentar uma solução para as demandas sociais e para o resgate de parte da fauna desaparecida da região. O experimento envolve o plantio
aleatório de quinze espécies frutíferas nativas do cerrado, para as quais são observadas a capacidade de sobrevivência e o desenvolvimento em situação de
convivência com a Brachiaria sp. Os resultados parciais têm demonstrado desempenhos diferenciados entre as espécies e entre os valores consolidados para os locais
do experimento.
Perguntas e respostas:
A) Quais foram os tratos culturais para implantação e manutenção dos experimentos?
Os trabalhos de alinhamento e abertura das covas para plantio das mudas foi realizado com perfuratriz mecanizada, aparelhagem manual a aplicao de formicidas
(inseticida Kelldrin 400, a base de Propoxur (1%), agrotxico indicado para o controle de cupins e formigas cortadeiras (Savas e Quenquns), o qual apresenta baixa
toxidade ao homem e ao meio ambiente. Ademais foram utilizados gabaritos a aplicao de adubo orgnico, mineral, sologel e composto de macrfitas. Uma vez que ambas
as reas esto cobertas com capim (Brachiaria sp.), foi efetuada uma roagem superficial antecedendo a abertura das covas, com o cuidado de proteger todas as
regeneraes naturais existentes. As covas foram abertas com perfuratriz mecanizada, em funo da elevada compactao do terreno nos dois blocos experimentais, a
profundidade de 40cm e rea de 40cm x 40cm. As mudas foram retiradas dos plsticos protetores e plantadas mantendo o mesmo nvel do solo, em relao base do caule,
recoberto com uma fina camada de terra. O solo ao redor da muda foi levemente compactado, para evitar bolsas de ar ao redor do torro e das razes da muda,
manteve-se o cuidado de realizar o plantio nos dois blocos experimentais logo aps o incio do perodo mido, ocorrido na primeira semana de novembro de 2013. Em cada
cova foram aplicados dois litros de esterco de galinha curtido e 200g de adubo formulado NPK (4-14-8). O esterco e o fertilizante mineral misturados ao solo retirado da
cova e a ela incorporados junto com a muda. Ao redor de cada cova foi executado um coroamento com 50cm de raio, tendo sido eliminada a gramnea existente e
aplicados 2kg de composto de macrfitas. Quanto ao uso do biofertilizante de macrfitas, produzi-do pela Corumb Concesses em sua Unidade de Compostagem de
Aguaps-UCA, o laudo de ensaios laboratoriais no 137.623, emitido em 05/07/2012, comprova que este composto orgnico no apresenta riscos em relao presena de
metais pesados e atende Instruo Normativa no 27, de 05 de junho de 2006, do Ministrio da Agricultura. Assim, este biofertilizante pode ser usado com condicionador de
solo na agricultura. As linhas de plantio seguiram a orientao perpendicular ao declive em direo ao reservatrio, cortando o sentido de vazo da enxurrada.
B) Foi realizado algum levantamento dos custos necessários para implantação do reflorestamento?
O custo para a construção das cercas de proteção em dois ha, abertura das covas, aquisição e plantio das 2.000 mudas, aplicação de formicida, adubo orgânico,
sologel e composto de macrófitas foi de R$ 37.000.
C) Foi observada alguma diminuição da infestação da Brachiaria?
Até o momento não, mas acreditamos que a Brachiaria será reduzida significativamente quando começar a ocorrer o sombreamento em aproximadamente cinco anos.
3.9 - LT 230KV JOINVILLE NORTE – CURITIBA C2 – IDENTIFICAÇÃO E DIAGNOSTICO DA TERRA INDÍGENA E IMPLANTAÇÃO DAS M EDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS
MONTEIRO, I.A.M.(1); - CYMIMASA(1);
A Interligação Elétrica Sul S.A. (IESUL) obteve o contrato de concessão da LT 230 KV Joinville Norte – Curitiba, a partir do Leilão ANEEL no 004/2008, e dentro do
âmbito do licenciamento ambiental dessa LT junto ao IBAMA, e em observância ao ordenamento jurídico brasileiro no que toca especificamente aos direitos indígenas e
ao meio ambiente, a Fundação Nacional do Índio, emitiu o Termo de Referência, para a realização dos Estudos do Componente Indígena e do Plano Básico Ambiental
Indígena - PBAI. O PBAI foi detalhado e implementado junto as TI Yakã Porã, fortalecendo as ações já praticadas pelas comunidades e concretizando ações que visam
mitigar, controlar e compensar os impactos ambientais advindos da implantação da LT.
Perguntas e respostas:
A) Quais foram os maiores desafios para estabelecer um processo interativo e participativo com a comunidade indígena?
Os maiores desafios estão sempre relacionados a condução dos estudos étnicos junto a FUNAI, para iniciar os trabalhos.
B) Quanto este importante programa socioambiental representou em termos percentuais do total do investimento?
A implantação do PBA Indígena em tela, custou aproximadamente 1,5 milhões de reais. Cerca de menos de 1% do valor total do investimento desse empreendimento.
C) O programa já obteve uma manifestação formal do órgão indígena e do licenciador do empreendimento? Qual o posicionamento dos mesmos?
Sim, a Fundação Nacional do Índio - FUNAI enviou a anuência para todas as fases de licenciamento ambiental, inclusive o empreendimento encontra-se em fase de
operação.
3.10 - PROGRAM A PRODUÇÃO DE PEIXES EM NOSSAS ÁGUAS: FOM ENTO DA CADEIA PRODUTIVA DO PESCADO EM PROL DO DESENVOLVIM ENTO SÓCIO ECONÔMICO DE
COMUNIDADES TRADICIONAIS E INDÍGENAS
MOTTER, I.(1);CANZI, C.(1);NETO, C.C.B.(1);WATANABE, A.L.(1);PICKETTI, C.(1); - IB(1);
O Programa “Produção de Peixes em Nossas Águas” da ITAIPU Binacional promove, por meio da piscicultura, a geração de renda, alimento e valorização da atividade
produtiva junto às comunidades tradicionais e indígenas gerando, inclusive, o aumento expressivo da produção pesqueira e subsequente redução do esforço de pesca
(extrativista) no reservatório Itaipu. A implantação do programa, realizado em 4 etapas (Ambiental, Públivo Alvo/Divulgação, Capacitação e Fomento e,
Desenvolvimento) resultou em significativos ganhos no contexto social, econômico e ambiental na área de influência do reservatório e das comunidades atendidas,
evidenciando o potencial de transformação,em função do fomento a prática do cultivo familar.
Perguntas e respostas:
A) Considerando as dificuldades administrativas relacionadas a problemas de gestão das cooperativas e aos conflitos esperados entre os participantes, existe a
expectativa de que no futuro a participaçaõ de Itaipu seja subsidiária? Em outras palavras, pretende-se que a atividade alcance autonomia plena ou a participação da
UHE Itaipu - Programa Cultivando Água Boa continuará relevante no futuro, em especial no tocante ao fornecimento de insumos e assistência técnica?
B) Como pode ser caracterizado o grau de aprendizado técnico obtido pelos produtores do pescado? Há uma curva de aprendizado na condução da atividade? Os
demais membros da família tem se interessado em participar?
C) Considerando que um aspecto importante do Programa desenvolvido é o trabalho como a comunidade indígena da Tekoha Ocoy (Avá-Guarani do Ocoí), quais
peculiaridades foram verificadas na dedicação destes indígenas às atividades? Os técnicos envolvidos mantém alguma expectativa de que o envolvimento dos
indígenas alcance um grau comercial ou industrial?
3.11 - FERRAM ENTAS PARA ELABORAÇÃO DO INVENTÁRIO DE EM ISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA DAS EM PRESAS ELETROBRAS
MEDEIROS, A.M.(1);ABREU, J.L.S.D.(1);CRUZ, C.B.D.(1);MILAZZO, M.L.L.S.(2);NEVES, F.M.(1); - CEPEL(1);ELETROBRAS(2);
Na sua ininterrupta realização e aprimoramento de inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), as empresas Eletrobras vêm contando com a atuação do
CEPEL na coordenação técnica do Grupo de Trabalho de Estratégia Climática do Subcomitê de Meio Ambiente das Empresas Eletrobras e no trabalho constante de
elaboração e atualização de ferramentas. Dentre as ferramentas desenvolvidas pelo CEPEL para esse fim destacam-se os Formulários de Dados e a Ferramenta de
Cálculo de Emissões, sendo a primeira responsável por todo o processo de coleta e validação das informações e a segunda responsável pelo processo de cálculo e
disponibilização dos resultados.
Perguntas e respostas:
A) Essa ferramenta pode ser adaptada e utilizada por outras empresas interessadas para gestão de emissões de gases de efeito estufa?
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Sim, com poucos ajustes a ferramenta poderia ser utilizada por outras empresas do setor elétrico brasileiro. Entretanto, para empresas de outros setores seria preciso
fazer uma adaptação levando em conta as especificidades das atividades realizadas e tipos de fontes emissoras diferenciadas.
B) Quais são as maiores dificuldades encontradas na obtenção dos dados necessários para a elaboração dos inventários?
A realização de um bom inventário de emissões demanda que os dados sejam confiáveis e com a maior cobertura possível das fontes emissoras. Em relação ao
processo de coleta de dados, pode-se destacar as seguintes boas práticas: fornecer treinamento adequado; estabelecer uma cultura de conscientização da importância
do processo; e considerar esta atividade como uma das atribuições formais dos colaboradores responsáveis. Muito se avançou nos últimos anos, mas a incorporação
dessas práticas em sua plenitude ainda não foi alcançada nas Empresas Eletrobras. Dessa forma, as principais dificuldades encontradas estão relacionadas com
deficiências em governança e treinamento dos colaboradores.
C) O sistema IGS é integrado ou poderia ser integrado a um sistema de gestão empresarial como o SAP?
Atualmente, o Sistema IGS possui integração somente com a Ferramenta de Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa. No entanto, o arquivo exportado para
essa ferramenta pode ser lido por outros sistema de informação, inclusive um sistema de gestão empresarial. A integração com o SAP é possível embora não haja um
projeto estabelecido para o processo de troca e homologação dessas informações.
3.12 - INTERAÇÃO EMPRESAS E PODER CONCEDENTE PARA A CONSIDERAÇÃO DOS CUSTOS SOCIOAMBIENTAIS NA OPERAÇÃO DE EM PREENDIMENTOS DO SETOR ELÉTRICO
NUTI, M.R.(1);MUSTAFA, A.(2);FONSECA, A.(3);VIANNA, L.F.(4); - ARETE CONSULTORIA(1);CESP(2);BROOKFIELD(3);APINE(4);
Este IT relata a interação entre empresas e Poder Concedente no processo de elaboração e aprovação da proposta de regulamentação dos custos socioambientais na
etapa de operação dos empreendimentos do setor de energia elétrica, ocorrido principalmente no ano de 2013. O IT destaca os mecanismos utilizados no processo e o
estado atual de institucionalização do arcabouço conceitual aprovado. Também é apresentado o conteúdo do texto incorporado ao Manual de Contabilidade do Setor
Elétrico da Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.
Perguntas e respostas:
A) Conforme mencionado, no marco regulatório atual, o tratamento dos custos de um projeto é dividido em duas fases. A primeira considera desde o planejamento até a
efetiva operação do ativo, enquanto a segunda diz respeito única e exclusivamente à fase de operação comercial. Independente dessa divisão as propostas das
empresas consideram os custos ambientais durante a fase de implementação até a operação. Há algum trabalho em andamento com a mesma qualidade apresentada
para reavaliação dos orçamentos que dão fundamento aos preços teto de energia para novos empreendimentos?
A pergunta permite evidenciar a necessidade de estudos que forneçam parâmetros para a orçamentaçao dos projetos. Durante o levantamento bibliográfico
procuramos esse tipo de bibliografia e não encontramos. Na verdade, foi uma constatação do estudo realizado que a temática de custos socioambientais no setor
elétrico tem ainda muito campo para desenvolvimento e, mesmo sendo um tema crucial para os negócios nessa área não tem se desenvolvido a contento. Não temos
conhecimento de trabalhos em desenvolvimento na linha sugerida pelos relatores.
B) Poderiam ser apresentados exemplos de um passivo que pode ser gerado por uma externalidade devido a um custo ambiental não explicitado?
Considerando a previsão orçamentaria elaborada nos estudos de viabilidade são muitos os exemplos que podem ser arrolados de custos não previstos, e não tratados
no decorrer do período de implementação do projeto até chegar a fase de operação. Em geral os orçamentos realizados nas fases iniciais tem muita margem de erro
pois são baseados em programas ambientais não detalhados.Dentre esses destacam-se as medidas de mitigação e compensação da área social, como por exemplo
remanejamento populacional e desenvolvimento local e regional. Com relação aos orçamentos elaborados apôs a primeira licença de operação a referida margem de
erro tende a ser menor pois as previsões são elaboradas para o contexto do monitoramento e ações nos reservatórios, cumprimento de acordos institucionais e com as
populações, por exemplo. Contudo, nas respostas aos questionários ficou evidente que a renovação de uma LO e novas legislações aportam novas exigências não
previstas no processo, tais como reflorestamentos, contenção de encostas e melhoria de infraestrutura, normalmente incluídas como novas demandas decorrentes da
pressão da sociedade nas áreas de inserção dos empreendimentos.
C) Embora o IT aborde a regulamentação dos custos ambientais da operação, é importante saber se, na opinião dos autores, a abordagem para a estimativa dos
custos socioambientais contida no OPE para a fase de planejamento, ou seja, aqueles contemplados no investimento, ainda continua adequada?
Conforme enfatizado no estudo realizado uma conceituação de custos socioambientais para a fase de operação era uma lacuna grave na estrutura de regulamentação
do SE brasileiro. A partir desta conceituação básica outros documentos norteadores da contabilidade dos projetos podem ser elaborados para formar o arcabouço
necessário à consideração dos gastos. Com relação ao OPE, elaborado na dedada de 1990, considera-se que seria importante uma atualização visando incorporar os
desenvolvimentos tecnológicos e regulatorios ocorridos no período. No entanto a conceituação elaborada à época é ainda a mesma de referencia na economia
ambiental.
Comentário: O IT aborda importante questão para os empreendimentos do setor e para o momento atual. Estamos indicando que este tema e sua efetiva
regulamentação sejam mais amplamente discutidos na Sessão Técnica do GIA.
3.13 - TRATAMENTO POR PLASMA DE BAUXITA IMPREGNADA COM ÓLEO MINERAL ISOLANTE
PILUSKI, J.E.A.(1);ROSA, H.(1);SZENTE, R.N.(2);SOUZA, L.B.D.(2);FREITAS, O.D.(2); - ELETROSUL(1);REORG(2);
A bauxita ativada é um adsorvente usado para regeneração de óleos minerais isolantes de transformadores, reatores, comutadores, utilizando-se o processo de
percolação para o tratamento do líquido. Após a saturação da bauxita ativada, a mesma é retirada do percolador utilizado na regeneração dos óleos e substituída por
bauxita ativada nova. Devido a presença de óleos e fenóis na bauxita usada, a mesma é classificada como Resíduo Classe 1 - Perigoso, segundo os testes de
classificação da NBR 10.004:2004. Transformar um resíduo classificado como perigoso em resíduo inerte foi o objetivo principal deste trabalho. No caso, o resíduo
bauxita impregnada com óleo isolante foi regenerado e transformado em produto inerte, passível de reutilização e em produtos potencialmente comercializáveis em
indústrias cerâmicas e metalúrgicas. O problema da regeneração da bauxita impregnada é mais econômico do que técnico, os custos de regeneração da bauxita
impregnada são normalmente mais altos que o descarte da mesma em aterros controlados. Desta forma, a motivação da regeneração envolve mais os aspectos
ambientais de descarte do que econômicos. Três processos a plasma, com capacidade de até 30 kg/h, foram desenvolvidos para o processamento de bauxita
impregnada com óleo mineral isolante. São eles, câmara rotativa a plasma, reator com tocha de plasma de arco transferido e reator com tocha de plasma de arco não
transferido. i) Câmara Rotativa a Plasma Para a remoção completa e segura do óleo impregnado na bauxita, foi projetado um sistema a plasma, de arco não transferido,
operando dentro de uma câmara rotativa. A bauxita ativada resultante do processamento na câmara rotativa apresentou-se completamente isenta de óleos e graxas,
não tendo sua composição alterada e sendo classificada como material inerte. O produto obtido, bauxita regenerada, teve sua capacidade de “re-regeneração” de óleo
mineral isolante comprovada positivamente na regeneração de 10.000 litros de óleo. ii) Reator com Tocha de Plasma de Arco Transferido Após a remoção do óleo da
bauxita na câmara rotativa a plasma, o material foi alimentado em um reator contendo uma tocha de plasma de arco transferido. Dois tipos de processamento foram
estudados: i) bauxita ativada sem adição de nenhum outro composto; ii) bauxita ativada com adição de um redutor, carvão. Do processamento da bauxita sem adição de
outro composto foi obtida uma bauxita eletrofundida, classificada como inerte e passível de ser utilizada em aplicações cerâmicas e refratárias. Do processamento da
bauxita adicionando-se carvão foi obtida alumina eletrofundida e uma liga de ferro silício, ambos os produtos passíveis de serem utilizados na indústria cerâmica e
metalúrgica respectivamente. iii) Reator com Tocha de Plasma de Arco Não Transferido Após a remoção do óleo da bauxita ativada na câmara rotativa a plasma, o
material foi alimentado em um reator contendo uma tocha de plasma de arco não transferido. O produto obtido desse processamento é bauxita eletrofundida, na forma
de esferas. Esse material foi classificado como inerte e pode ser utilizado em aplicações cerâmicas especiais, principalmente na área de recobrimentos de superfícies e
tintas. Análises químicas e físicas dos produtos obtidos confirmaram a sua inertização e possibilidade de reuso e comercialização dos produtos gerados dos processos
a plasma. A partir de um resíduo classificado como perigoso, bauxita impregnada com óleo mineral isolante, foram obtidos produtos inertes dos três processamentos a
plasma, que podem ser utilizados na cadeia produtiva. Os processos não são poluidores e tem aplicabilidade em empresas do sistema elétrico ou empresas
especializadas que realizam a regeneração de óleos isolantes.
Perguntas e respostas:
A) Existe uma estimativa dos custos associados aos processos de tratamento da bauxita impregnada de óleo descritos no IT? E qual a diferença entre os custos desses
procedimentos?
Sim, segue abaixo a estimativa de custos dos processos desenvolvidos: Bauxita ativada: R$ 4.500,00 Disposição da bauxita impregnada com óleo em aterro industrial:
R$ 1.000,00 /ton Tratamento da bauxita impregnada com óleo na câmara rotativa a plasma: R$ 500,00/ton Processamento no reator com tocha de plasma de arco
transferido: R$ 600,00/ton Processamento no reator com tocha de plasma de arco não transferido: R$ 700,00/ton
B) Quais seriam as principais dificuldades para implantação dos processos estudados nas empresas do setor?
1. Na Eletrosul, a quantidade de bauxita impregnada com óleo mineral isolante é relativamente pequena para aplicação em um processo industrial contínuo de
tratamento a plasma, ou seja, aproximadamente 02 ton/ano; 2. Investimentos iniciais necessários à planta industrial;
C) Existe uma comparação entre o custo de descontaminação e o custo da disposição final da bauxita, quando esta é efetuada de forma ambientalmente adequada e
nos termos da legislação?
A disposição final da bauxita em aterros industriais, efetuada conforme legislação, custa aproximadamente R$ 1.000,00/ton. Para o processamento a plasma de bauxita
impregnada com óleo isolante (câmara rotativa), estima-se valores próximos a R$ 500/ton, considerando apenas os custos operacionais.
3.14 - M APEAMENTO DIGITAL A LASER: TECNOLOGIA APLICADA NA M ITIGAÇÃO DE IM PACTOS AM BIENTAIS EM LINHAS DE TRANSMISSÃO
TONETTI, M.(1); - COPEL GERAÇÃO E TRANSMISSÃO SA(1);
O objetivo deste documento é apresentar o case do projeto da LT 500kV Araraquara II - Taubaté, onde foi utilizada de forma conjunta as ferramentas PLS CADD, com
sua tecnologia de apresentação da posição dos estais, pernas das estruturas e balanço dos condutores, com um levantamento feito por tecnologia laser e ortofotos de
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alta resolução. Com isto, os projetistas podem avaliar o estágio sucessional da vegetação e mitigar os impactos para a implantação das estruturas, individualizando a
supressão ou corte seletivo da vegetação. Além disto, o emprego desta metodologia possibilita a elaboração de estudos ambientais mais precisos para o licenciamento.
Perguntas e respostas:
A) Neste projeto foi primeiramente executado um estudo de alternativas traçado utilizando outras ferramentas de menor custo (o próprio Google Earth ou imagens de
satélite) comparando o aspecto ambiental X mudança de traçado ? Nesta fase de análise ambiental das varias alternativas de traçado. É interessante em termos de
custos o levantamento a Laser + PLS-CADD ? Qual é o nível de detalhamento e acurácia é exigido pelo órgão ambiental. Só o levantamento laser atenderia ou,
somente com imagens de satélite é possível atender as exigências?
Na fase inicial do projeto foram elaboradas alternativas de traçado iniciais com base nas imagens do Google Earth. Esta ação possibilitou identificar áreas com restrição
de instalação justificando posteriormente o plano de vôo. Os custos para o levantamento laser Pls-cadd podem ser inicialmente maiores que os envolvidos para o
levantamento topográfico inicial, porém o tempo de execução, a agilidade dos trabalhos a precisão e a riqueza no detalhamento das informações faz com que sua
aplicação viabilize-se no empreendimento. O órgão ambiental durante o projeto faz exigências em que o detalhamento quanto à vegetação deve ser pontual. As
imagens de satélite não conseguiriam atender as exigências, uma vez que não possuem informação de altura da vegetação, característica determinante para análise e
instalação do empreendimento. O levantamento laser fornece esta informação e a posição exata da área de vegetação em estudo.
B) Em termos de custos finais somente considerando a análise ambiental, é interessante hoje o levantamento laser comparando com a topografia convencional? A
combinação do levantamento Laser com o software PLS-CADD fornece um informação quantitativas dos valores de supressão de vegetação considerando as varias
alternativas locacionais das torres? É importante a combinação destas ferramentas com o mapa de uso do solo onde é apontado o tipo e estagio sucessional da
vegetação?
A análise ambiental norteia, como um todo, as tomadas de decisão quanto a algumas definições do projeto como variantes e altura dos suportes. A agilidade aplicada
às aos pedidos de revisão e alteração pelo órgão ambiental também são determinantes para o empreendimento. Baseando-se neste ponto de vista, é totalmente
interessante o uso do levantamento laser comparado à topografia convencional. Com os dados e informações captadas pelo levantamento laser e, em conjunto com a
ferramenta Pls-cadd onde o projeto da linha de transmissão é confeccionado, é possível pontualmente chegar a informação quantitativa dos valores de supressão de
vegetação, uma vez que para cada situação locacional das estruturas consegue-se determinar e visualizar a posição dos seus estais (estrutura estaiada) e pés
(estrutura autoportante). O cruzamento de informações com o mapa de uso do solo é importante do ponto de vista de analisar o estágio sucessional da vegetação com
a situação presente da mesma.
C) Em relação à acurácia do Google Earth, existem estudos que mostram que esta pode variar de menos de 3 metros até varias dezenas metros. Este fator pode
influenciar no resultado final do projeto. Seria interessante fazer uma análise da acuracia do Google Earth da região do traçado ou não é necessário ? Foi possível
utilizar o material do levantamento Laser também na implantação do projeto mesmo com acurácia posicional inferior a da topografia convencional ou foi necessário a
complementação com topografia convencional ? .
Em função do levantamento laser e das ortofotos georreferenciadas geradas para o projeto da linha de transmissão, não faz-se necessário analisar a acurácia do
google Earth na região atrelada ao projeto, exceto a verificação constante de sua atualização constante de imagens para o acompanhamento de intervenções que
possam surgir na região. A topografia convencional infere grande demanda por tempo para execução dos trabalhos, desde o deslocamento de equipes de campo até o
tratamento dos dados levantados. Este levantamento, devido à extensão da presente linha de transmissão e as várias dificuldades de acesso em diversos locais, tem
forte tendência de inferir erros ou desconsiderar dados importantes ao projeto. Porém, a topografia convencional foi utilizada para o refinamento de pontos específicos
de implantação das estruturas, como o caso das travessias com linhas existentes.
Comentário: O trabalho veio sem o nome dos autores, somente o nome das empresas. Precisa de uma revisão ortográfica.
3.15 - IM UNOBIOSENSOR PARA RÁPIDA IDENTIFICAÇÃO DE ÁGUA CONTAM INADA
RODRIGUES, D.M.C.(1);ALLIL, R.C.D.S.B.(1);QUEIROZ, V.D.M.(1);LOPES, R.N.(1);WERNECK, M.M.(1); - UFRJ-COPPE-LIF(1);
Este trabalho apresenta um imunobiosensor à fibra óptica para uma rápida detecção da bactéria. Foram testados sensores em forma de U, em espiral e zigzag. Na
calibração utilizou-se soluções de sacarose para obter índices de refração (IR) de 1,33 a 1,39. Esta faixa equivale aos IR da água e da máxima concentração de
bactérias, respectivamente. No transdutor, um LED ilumina uma extremidade da fibra e na outra um fotodetector captura o sinal. Este é processado por um
microcontrolador. O sinal de saída varia de acordo com o IR e a respectiva concentração de bactérias da amostra, que é assim identificada.
Perguntas e respostas:
A) Além da espécie E. colli, já foram realizados testes com outras espécies ou existe a previsão de serem realizados?
Sim, Foi realizado um controle negativo com outra bactéria.
B) Qual a previsão de economia de tempo e dinheiro com o uso destes sensores? Existem interferentes que podem dificultar o uso do sensor?
em relação ao tempo, os testes convencionais podem levar dias, enquanto o nosso sensor leva horas. Os materiais envolvidos são de baixíssimo custo e práticos de
usar. Os dados são coletados em um computador comum. Considerando que o sensor identifica sempre uma bactéria específica, precisamos fazer mais testes para
avaliação de interferentes.
C) Como o equipamento se comporta em campo quanto à calibração, uso (considerando as adversidades no uso externo)?.
O equipamento ainda está em desenvolvimento no laboratório. Nunca foi testado em campo. Entretanto a calibração deve ser feita em água limpa e o sensor inutilizado
após o uso. Como a referencia de calibração é armazenada pelo computador, não estimamos grandes problemas. Em laboratório o processo é bem simples.
3.16 - GERENCIADOR GEE-APINE: SOFTWARE PARA GERENCIAMENTO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA EM RESERVATÓRIOS
SABOIA, J.P.J.(1); - LACTEC(1);
Este trabalho apresenta um software desenvolvido para gerenciamento de emissões de gases de efeito estufa (GEE) em reservatórios. Com o intuito de fornecer uma
ferramenta multiplataforma, o software foi escrito em Python. Contempla modelos para estimativas prévias de um determinado reservatório, um método de classificação
de reservatórios, explicações das etapas da metodologia de medição de GEE e uma ferramenta de cálculo da emissão líquida de GEE de um reservatório. O software é
de fácil utilização, pode ser rodado em qualquer sistema operacional, torna simples o cálculo da emissão de GEE e é bastante útil para pesquisas na área.
Perguntas e respostas:
A) O software permite a utilização de reservatórios existentes ou em planejamento. Quais são as informações de entrada do modelo para cada situação? Como é feita a
calibração do modelo para empreendimentos em planejamento?.
As entradas são as mesmas. O que o software faz é indicar quais modelos/procedimentos o usuário pode utilizar em cada situação: se o reservatório já existe é possível
realizar medições em campo e inserir os dados no programa, mas se ainda está em planejamento, não poderá realizar medições de gases, porém pode estimar o risco
de emissões com o Modelo de Avaliação de Risco ou estimar o valor da emissão com o Ciclar 0D. O Modelo de Risco e o Balanço de Carbono não possuem formas de
calibração, já o Ciclar 0D pode ser calibrado utilizando dados medidos em campo e alterando valores das taxas de reação.
B) Como software poderia ser usado para avaliação de riscos para novos empreendimentos? Os autores considerariam pertinente que essa avaliação de risco poderia
ser utilizado em uma avaliação de inventário da bacia ou um EIA, por exemplo?
O modelo de avaliação de risco presente no software é uma versão bem simplificada e considera poucos elementos, embora os resultados sejam bem interessantes.
Poderia sim ser utilizado em um EIA, mas em um inventário precisaria de algum desenvolvimento, pois o resultado quantitativo deste modelo não tem muita acurácia,
pois foi desenvolvido com foco apenas numa análise de risco qualitativa. Já com o Ciclar 0D, os resultados quantitativos são mais robustos.
C) Os resultados obtidos com a ferramenta de cálculo da emissão líquida de GEE de reservatórios têm sido comparados com aqueles que vêm sendo obtidos pelo
projeto de P&D BALCAR ora em desenvolvimento com medições em reservatórios de UHEs do país?
Esses cálculos totais não foram feitos, pois precisaríamos ter acesso aos dados brutos de medições em campo, mas o inverso (utilização do nosso software por parte
deles) poderia ser feito também sem problemas, talvez com mais facilidade e seria muito bom para que, com críticas e sugestões, pudéssemos desenvolver a
ferramenta.
3.17 - A SEDIMENTAÇÃO PERMANENTE DE CARBONO EM RESERVATÓRIOS DE HIDRELÉTRICAS BRASILEIRAS COMO SUMIDOURO DE GASES DE EFEITO ESTUFA
DAMÁZIO,
J.M.(1);SANTOS,
CEPEL(1);COPPE/UFRJ(2);
M.A.D.(2);MEDEIROS,
A.M.M.A.(1);ROGERIO,
J.P.(1);ABREU,
J.L.S.D.(1);MACEIRA,
M.E.P.(1);MELO,
A.C.G.D.(1);
-
A construção e operação de hidrelétrica introduz na correspondente área inundada regime de armazenamento/transporte de massa diferente daquele existente antes
do enchimento do reservatório. Quanto às emissões de GEE, as principais diferenças são nos fluxos de GEE entre atmosfera e superfície e nas taxas de sedimentação
permanente de carbono. Neste artigo destaca-se a importância das taxas de sedimentação de carbono permanente e o efeito dessa parcela sobre os resultados dos
balanços de fluxos de GEE na condição de pós-enchimento para oito aproveitamentos em operação no Brasil obtidos de campanhas de medição feitas entre 2011 e
2013.
Perguntas e respostas:
A) Diante de um cenário de escassez de chuvas e disponibilidade hídrica, redução nível (profundidade da coluna d’água) dos reservatórios hidrelétricos, o processo de
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sedimentação, absorção e balanço de GEE, poderá ser afetado? Em quanto?
Os processos de sedimentao, absoro e balano de GEE dependem das forantes e das condies de contorno, dentre elas a afluncia hdrica e o volume armazenado.
Modelos hidrodinmicos acoplados como modelos de qualidade da gua esto sendo atualmente estendidos para considerar balano de GEE permitindo a obteno de
predies de balano de GEE em reservatrios hidreltricos. A resposta a esta pergunta s pode vir a ser obtida com estes modelos calibrados e validados. Esta atividade de
desenvolvimento est planejada para a segunda fase do projeto BALCAR, quando ser desenvolvido, calibrado e validado um modelo desta classe para dois reservatrios
de hidroeltricas no Brasil.
B) Considerando que o reservatório hidrelétrico é um coletor de eventos do que ocorre na bacia hidrográfica (usos múltiplos, esgoto, afluência de carga orgânica, etc.),
e podem influenciar no processo de absorção e balanço do GEE, quais poderão ser as principais influências e consequências futuras no balanço de emissões de GEE?
Quanto maior a afluncia de carga orgnica/esgoto/nutrientes maior a chance de eutrofizao no reservatrio com consequente aumento das concentraes de metano e dixido
de carbono na gua do reservatrio e portanto de suas emisses para a atmosfera. O desenvolvimento, calibrao e validao de modelos mecanicistas para predio de balano
de GEE em reservatrios permitir quantificar a sensibilidade de reservatrios especficos variaes na qualidade da gua afluente ao reservatrio.
C) Considerando que o estudo das emissões de gases de efeito estufa em reservatórios hidrelétricos apresenta um nível de incertezas, o quanto estamos distante de
um manual de monitoramento GEE e consequentes fatores de emissão para cada usina hidrelétrica?
O esforo de desenvolvimento no momento ainda o de desenvolvimento de modelagem que permitir o projeto e operao de sistemas de monitoramento GEE econmicos e
eficazes.
3.18 - PERSPECTIVAS DE IMPACTO AM BIENTAL POR CO2 DO NOVO PADRÃO ENERGÉTICO BRASILEIRO: UMA ANÁLISE ATRAVÉS DA ESTIM AÇÃO DA ELASTICIDADE-RENDA DA
DEMANDA RESIDENCIAL POR ELETRICIDADE
SILVA, V.F.D.(1);FONSECA, L.D.O.(2);JÚNIOR, J.A.D.L.(1);SILVA, F.A.D.M.(1); - CHESF(1);UFBA(2);
A Economia do Meio Ambiente afirma que o crescimento da renda promove pressões ambientais. Este trabalho busca avaliar a existência e a magnitude do impacto
ambiental gerado pelo canal do consumo de eletricidade residencial propiciado pelo maior nível de renda. A metodologia é fundamentada na estimação das
elasticidades-renda para os estados de Pernambuco e São Paulo com dados do ano de 2010, tal metodologia é baseada na análise quantitativa da Economia da
Energia. Evidências da existência e da magnitude do link entre renda, consumo de eletricidade residencial e impacto ambiental foram obtidas a partir do uso das
estimativas da elasticidade-renda e de medidas da emissão de CO_2/KWh da matriz energética brasileira em diferentes cenários econômicos.
Perguntas e respostas:
A) Quais as medidas possíveis de mudança de hábitos e padrão tecnológico no consumo energético visando a redução do impacto ambiental sem alterar o crescimento
econômico?
As medidas possíveis na mudança de hábitos implicam em novas formas de consumo por parte das famílias, seja através de substituição de equipamentos antigos
(sobretudo eletrodomésticos), por novos e mais eficientes energeticamente, ou por alteração no uso dos equipamentos, como a redução na intensidade e o uso em
horários fora-ponta. Tais mudanças podem ser alcançadas por adoção de políticas públicas baseadas em incentivos, como os subsídios na compra de equipamentos
domiciliares eficientes energeticamente, campanhas de conscientização sobre o impacto ambiental do consumo energético e divulgação da eficiência energética dos
aparelhos eletrodomésticos. A mudança de padrão tecnológico é fundamental e deve ser incentivada na origem, ou seja, na inovação tecnológica por parte da indústria,
através de incentivos econômicos e integração com entidades de pesquisa (universidades e institutos tecnológicos) para o desenvolvimento de novos aparelhos
eletrodomésticos mais eficientes.
B) Como obter equilíbrio entre crescimento do uso da eletricidade e redução do impacto ambiental?
O equilíbrio entre o crescimento no uso da eletricidade e a redução do impacto ambiental pode ser alcançado com redução no uso de termoelétricas na matriz
energética brasileira. Para tanto, a geração baseada em energias limpas deve ser incentivada. Todo o potencial de geração com energia limpa deve ser alcançado,
cabendo às termoelétricas o papel que inicialmente foi traçado, qual seja, o acionamento em momentos especiais, como o de baixo nível hidrológico.
C) Não está muito clara qual é a real relação do CO2 com a variação da renda per capita e aumento de consumo de energia. Poderia explicar melhor?
Tudo o mais constante, quanto maior o nível de renda per capita, maior o consumo de energia elétrica, consequentemente maior será a emissão de CO2 por parte do
sistema de geração, uma vez que as termoelétricas compõem o parque gerador brasileiro com significativa participação.
3.19 - PROCESSO DE LIBERAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO EFLUENTE DE ANGRA 1
JESUS, D.P.D.(1);SILVA, P.A.P.T.D.(1); - ELETRONUCLEAR(1);
A Usina Nuclear de Angra 1 credenciada a INEA – Instituto Estadual do Ambiente (antiga FEEMA) desde 1981, com emissão mensal do relatório PROCON-Água,
apresenta neste trabalho os resultados das análises realizadas no último ano. A Usina tem como um dos seus compromissos atender os critérios químicos e
radioquímicos estabelecidos pelos seguintes órgãos respectivamente INEA e CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear. Também serão apresentadas as fontes de
geração de efluentes, os processos de adequação e a discussão dos limites praticados no Brasil para os parâmetros amônia e boro, comparados com os praticados em
outros países.
Perguntas e respostas:
A) O trabalha pontua sobre o Boro (B) contundo não relata informações importantes: Como é feito a análise laboratorial de boro (considerando que este parâmetro não
é comum o seu monitoramento)? Como se reduz a concentração de boro? Quais os riscos do boro?
A analise de boro é realizada pelo método titulométrico utilizando tituladoras eletrônicas. Nos nossos processos a remoção de boro ocorre através de evaporadores
onde o boro fica no concentrado e água sai no destilado. O boro é utilizado como moderador do núcleo do reator.
B) No trabalho faz-se uma crítica sobre a resolução CONAMA, não considerando a questão de legislações internacionais. Qual a argumentação técnica para discordar
dos padrões estabelecidos pelo CONAMA considerando que o assunto foi discutido em um GT técnico?
A comparação com os parâmetros empregados em outros países e a solicitação de discussão, para certas especificidades do nosso processo de produção. A
referência internacional e bastante apropriada em nosso caso pois temos uma quantidade pequena de usinas nucleares então a contaminação, de parâmetros
convencionais, proveniente desse processo. Neste contaminante especifico carece de uma melhor discurssão para que possamos viabilizar uma maior fexibilidade. A
base de discussão são as NT-202-R10, CONAMA 20, CONAMA 357, CONAMA 430, além de outras órgãos estaduais.
C) Relata-se que a ETA faz o uso de hidrazina para a remoção de oxigênio, contudo é conhecido a questão cancerígena do uso dessa substância. Quais as
perspectivas para a substituição da hidrazina por outras substâncias que realizem a remoção do oxigênio e que sejam menos agressivas?
O trabalho informa que o sistema secundário é preservado com uma solução de hidrazina e não a ETA. Em usinas do modelo PWR fazem o uso do sistema AVT (aminas
totalmente voláteis) de controle de pH de forma a evitar a formação de resíduo. A hidrazina adicionada ao sistema por temperatura é convertida em amônia esse
sistema é fechado e tem poucas e controladas liberações ambientais.
Comentário: Não fica claro se o objetivo do IT foi mostrar o que a ETA faz, ou fazer uma crítica à legislação imposta pelo INEA ou à resolução CONAMA. Atender aos
padrões estabelecidos pela lei é uma obrigação, e o trabalho coloca isso como um ponto muito positivo. Como usinas nucleares são poucas no país, é necessário que
alguns parâmetros radioquímicos sejam melhor explicados para facilitar a entendimento do texto. Definir o que é o relatório Procon-Água.
3.20 - M ANEJO DE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERM ANENTE DE RESERVATÓRIOS: INCORPORAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE IMPLANTAÇÃO DE PROGRAM AS AM BIENTAIS AO
PROCESSO DE LICENCIAMENTO DOS EMPREENDIM ENTOS
SANCHES, E.G.C.(1);ESTRELA, M.R.(1);MUSTAFA, A.L.(1);PERETTI, C.L.(1);DIAS, J.H.P.(1); - CESP(1);
Este IT tem por finalidade demonstrar a importância da interação entre as empresas do setor elétrico e os órgãos licenciados na construção de metodologias que
culminem com a efetiva recuperação das áreas administradas pelas empresas concessionárias de energia elétrica resultando na conservação dos ecossistemas
regionais. O IT relata o caso específico de como a implantação de um programa ambiental condicionado pelo licenciamento ambiental transformou-se no elemento
norteador na delimitação das áreas de preservação ambiental dos empreendimentos.
Perguntas e respostas:
A) Qual o prazo proposto para implementação das estratégias de manejo da APP?
As aes e medidas, relacionadas a implementao das estratgias de manejo da APP so de carter contnuo com cronograma gradativo de execuo envolvendo a implantao,
fiscalizao e monitoramento com vigncia vinculada Licena de Operao e ao prazo do contrato de concesso de cada empreendimento.
B) Foram estabelecidas prioridades para a implantação das estratégias de manejo?
As estratgias de manejo propostas para as reas de Preservao Permanente, definidas como sendo a rea compreendida entre a cota normal de operao hidrulica do
reservatrio (no caso de Porto Primavera) ou cota mxima normal de operao (Jupi e Ilha Solteira) e o limite das reas desapropriadas (de propriedade da CESP) so o
reflorestamento, enriquecimento, recomposio e conservao. A estratgia eleita como prioritria, em razo de sua especificidade, foi o reflorestamento, por atacar reas mais
degradadas e normalmente com forte antropizao.
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C) Foi realizado um levantamento dos custos para implantação das estratégias de manejo?
O custos para implantao das estratgias de manejo da rea de Preservao Permanente so baseados na experincia da empresa na execuo de programas e aes ambientais
similares e dependem da localidade da implantao. De modo geral, a estratgia mais custosa o reflorestamento, que gira em torno de R$ 20.000,00/ha.
3.21 - COMPENSAÇÃO AMBIENTAL DO SETOR ELÉTRICO: UM BOM EXEM PLO DE CONSERVAÇÃO NO CERRADO BRASILEIRO
EUSTÁQUIO, R.G.(1);COSTA, M.V.D.(2);CALVO, E.E.(3); - SGBH(1);IMPLANTA ENG MA(2);AABC(3);
Devido à expansão das fronteiras agrícolas e das cidades o Bioma Cerrado vem apresentando drásticas perdas de áreas. Neste cenário a criação e manutenção de
Unidades de Conservação-UCs têm grande relevância para garantir a biodiversidade, sobretudo nas regiões de grande pressão antrópica. O presente artigo visa ao
compartilhamento de experiência relativa à otimização da ferramenta de compensação ambiental no processo de criação e implantação do Parque Natural Municipal do
Pequi, no município de Mambaí-GO, experiência esta vivenciada por empresa do setor elétrico.
Perguntas e respostas:
A) Conforme relatado no IT, a destinação global dos recursos da compensação para a criação e implantação da UC, foi alcançada pela consistência dos procedimentos
metodológicos utilizados para sua definição e também pelo arranjo institucional articulado. A empresa tem conseguido aplicar estes procedimentos em outros
empreendimentos?
Até o momento, não. Existe a expectativa de que o modelo seja replicado para outros municípios em compensações ambientais de outros empreendimentos. Contudo,
atualmente as destinações de recursos da compensação ambiental, não vem acompanhando a lógica da ?destinação global? de recursos, visando ao atendimento de
todas as prioridades estabelecidas no Artigo de regulamentação da Lei do SNUC: estudo para criação, regularização fundiária, plano de manejo e implantação da
Unidade de Conservação.
B) Qual a principal dificuldade encontrada para a contrução e consolidação do arranjo institucional descrito?
Convencimento das autoridades municipais sobre as vantagens de criação de unidades de conservação no município. De forma geral, o temor recai sobre as
consequências decorrentes do processo regularização fundiária, a exemplo da desapropriação e indenização das áreas.
C) Foi dada continuidade à proposta de consolidação de um pólo de pesquisas sobre o bioma Cerrado centrado no Parque?
Sim. Pelo fato do Parque Natural Municipal do Pequi está geograficamente localizado numa zona ecótona, as descobertas científicas de novas espécies, tanto vegetais
quanto animais consolidaram o Parque do Pequi como laboratório central de pesquisas, as quais estão sendo irradiadas para a compreensão da dinâmica e importância
ambiental da região da Serra Geral enquanto corredor de conservação da biodiversidade do Cerrado. Tais condições favoreceram a formação de uma rede constituída
atualmente por oito instituições de pesquisa científica: Unb, UFRGS, UFG, UFRJ, Museu Nacional, USP, Museu da USP e FIOCRUZ.
3.22 - COMPORTAM ENTO DE PEIXES A JUSANTE DE HIDRELÉTRICA: SUBSÍDIOS PARA A M ITIGAÇÃO DE IMPACTOS DA GERAÇÃO
FONTES, R.C.L.(1);SUZUKI, F.M.(2);SANTOS, H.D.A.E.(3);POMPEU, P.D.S.(4); - CEMIG GT(1);PISCES(2);CEFET-MG(3);UFLA(4);
Compreender a relação direta entre o escoamento hidráulico e o comportamento dos peixes é fundamental para a criação de medidas de proteção à ictiofauna. Visando
esse objetivo, um modelo hidrodinâmico tridimensional foi desenvolvido para simulação do escoamento hidráulico e o comportamento dos peixes foi avaliado através da
técnica de telemetria acústica na área do canal de fuga da Usina Hidrelétrica de Três Marias. Resultados obtidos nesse estudo permitiram associar o comportamento
dos peixes às características da geração, fornecendo importante subsídio para definição de estratégias de operação com menor impacto à ictiofauna. A partir destes
dados será então possível desenvolver modelos de previsão dos movimentos dos peixes, através da técnica Numerical Fish Surrogate.
Perguntas e respostas:
A) A forma de aplicação dos tags afeta o comportamento do peixes após o procedimento? De que forma e como isto pode afetar os resultados do estudo?
A aplicação feita de forma inadequada pode não só afetar o comportamento, mas também a sobrevivência dos indivíduos. No entanto, as marcações dos peixes neste
estudo foram realizadas seguindo um protocolo cirúrgico fundamentada em diversos estudos prévios desenvolvidos no Brasil e no exterior, que demonstram a ausência
de uma influência significativa no comportamento dos peixes marcados. Para isto, diversos aspectos são levados em consideração, como a capacitação dos
profissionais, esterilização dos materiais cirúrgicos, anestesia dos animais, acondicionamento dos peixes marcados em tanques para recuperação pós-cirúrgica e
proporção do peso entre o transmissor e o peixe, cuja recomendação máxima é de 5%. Neste estudo, esta proporção esteve entre 2.8% a 3.2%.
B) Qual o critério de escolha para o período amostral? Haveria diferenças se fosse feito em outra época do ano?
O período entre Novembro a Março foi escolhido por compreender a época de Piracema dos peixes migradores, cujo grupo incluem as espécies alvo deste estudo. A
subida dos peixes às áreas de desova leva frequentemente a um maior número de indivíduos nas imediações da barragem, aumentando os riscos de aprisionamento
dos peixes nos tubos de sucção durante uma manobra operacional. Somado a isto, levou-se em consideração a época de defeso dos animais que reduz as chances de
captura dos peixes marcados e aumenta a viabilidade do estudo. Vale ressaltar ainda que foi considerada a época que pudessem ser avaliados os fatores como a maior
vazão turbinada possível, vertimento, variações na transparência da água e tamanhos diferentes dos peixes. De uma forma geral, os peixes respondem aos fatores
hidráulicos de um ambiente, como a vazão, velocidade e direção do fluxo. No entanto, os movimentos de peixes migradores fora da piracema podem ser motivados por
outras razões, como por exemplo, para a alimentação e esta geralmente são realizados por indivíduos mais jovens. Por esse motivo, não se descarta a possibilidade de
haver diferenças no comportamento dos peixes em outra época do ano.
C) Com base nos resultados do estudo, já foi adotado algum procedimento de operação? Qual foi e quais seus resultados?
Foi adotado o procedimento de maximizar a geração logo antes de parar a unidade geradora para realização de uma drenagem, sempre que possível. Desta forma, a
vazão no canal de fuga é aumentada e o número de peixes próximo à entrada do tubo de sucção é reduzido, levando a menos peixes aprisionados durante a manobra.
Drenagem de unidades geradoras é uma das principais causas de morte de peixes em usinas hidrelétricas com alto potencial de mortandades, pois muitos peixes
podem ficar aprisionados antes do fechamento do stop log de jusante. Sempre deve ser previsto o resgate dos peixes aprisionados e observa-se que com esta medida
a quantidade de peixes a ser resgatado é menor quando comparado a manobra realizada sem este procedimento.
Comentário: Os estudos apresentados neste IT são de grande relevância para a geração hidrelétrica, por subsidiarem a programação das manobras operativas
visando a redução da mortandade de peixes.
3.23 - O PARADIGM A DA EXISTÊNCIA DE LINHAS DE TRANSM ISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS NO PARANÁ.
SANTOS, J.J.D.S.(1);HACK, R.O.E.(1);CARVALHO, G.F.D.(1);FERRONATO, E.C.P.(1);MIRANDA, T.L.G.D.(1); - LACTEC(1);
O trabalho trata do paradigma da presença de linhas de transmissão em Unidades de Conservação, avaliando a compatibilização dessas estruturas em áreas
protegidas, através da definição de sete indicadores com cinco classes cada. Foram avaliadas treze linhas de transmissão no Estado do Paraná que afetam dezessete
Unidades de Conservação. Esse método é uma ferramenta preliminar para a tomada de decisão para a alteração ou não de traçado, ou para a adoção de diferentes
alternativas buscando atender a necessidade de transmissão de energia e a conservação de ambientes naturais únicos.
Perguntas e respostas:
A) Na Tabela 2 é apresentada "Análise de Compatibilização da LT com a UC". Mas o que está sendo analisado não é a viabilidade de alteração do traçado? Pelos os
critérios apresentados, as LTs com viabilidade de alteração do traçado são as que têm menor interferência nas UCs.
B) No IT é mencionado que o método só considera critérios "ambientais". Entretanto, é incluído dentre os critérios "a extensão da linhas nas Ucs" e "viabilidade técnica
de realocação/alteamento das torres", por exemplo. Estes não seriam critérios técnico-econômicos?
C) A metodologia proposta chegou a ser discutida, em algum momento, com o órgão licenciador de alguma das LTs avaliadas? Qual o posicionamento do mesmo?
3.24 - USO DE UMA FERRAMENTA QUANTITATIVA PARA A GESTÃO AMBIENTAL DE BACIAS HIDROGRÁFICAS: APLICABILIDADE DA TÉCNICA PARA O SETOR ELÉTRICO
BRASILEIRO.
LOPES, J.D.M.(1);CASTRO, M.A.D.(1);CALLISTO, M.(2);ALVES, C.B.M.(2);POMPEU, P.D.S.(3);SANTOS, G.B.(4); - CEMIG(1);UFMG(2);UFLA(3);PUC MG(4);
O índice de integridade biótica é uma forma de representar as condições ecológicas ambientais agregando medidas biológicas individuais em um único valor. Essa
ferramenta utiliza protocolos para avaliação de hábitats físicos e parâmetros biológicos em ecossistemas aquáticos. Este projeto buscou adaptar a ferramenta às
condições brasileiras, tendo como objetivo avaliar a qualidade ambiental ao longo de bacias hidrográficas de empreendimentos hidrelétricos. A metodologia se mostrou
uma importante ferramenta de gestão ambiental ao ser capaz de determinar as condições ambientais das regiões amostradas, tornar possível visualizá-las através de
sistemas de informação geográfica e permitir comparações através de coletas padronizadas.
Perguntas e respostas:
A) Os protocolos para avaliação padronizada são desenvolvidos especificamente para cada ecossistema estudado? Pode ser apresentado um exemplo de protocolo?
Os protocolos foram desenvolvidos para permitir a coleta padronizada de dados em diversos locais, considerando as diferenças locais, processos de degradação,
topografia, etc. Na realidade só diferem no que se refere ao tipo de ambiente: rios de maior porte (?boatable rivers? = [rios navegáveis]), riachos (?wadeable streams?
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= [rios vagueáveis]), e ambientes lênticos (reservatórios e lagos). A nova abordagem amplia a avaliação ambiental, antes limitada à coleta de parâmetros da água,
invertebrados e peixes, com interpretações na escala regional (uso e ocupação do solo, presença de áreas urbanas, de agricultura, pastagens, reflorestamento) e local
(vegetação ciliar, morfologia do canal, aspectos hidráulicos, habitats físicos para os grupos biológicos, substrato, etc.). As adaptações propostas nos referidos
protocolos americanos, já traduzidos para a língua portuguesa, poderão ser aplicadas em outras bacias hidrográficas brasileiras por universidades, centros de
pesquisa, órgãos gestores estaduais e federais, comitês de bacia, etc., para padronização e unificação de metodologias que tornem comparáveis as informações
geradas no licenciamento ambiental, monitoramento e pesquisa científica. Isso permite que mais dados sejam gerados e possam ser comparados na escala espacial e
temporal. Apresentaremos um exemplo do protocolo criado durante nossa apresentação no seminário.
B) Como é estabelecido o Índice de Distúrbio Integrado?
Para o desenvolvimento do índice de integridade biótica são consideradas métricas biológicas para avaliar distúrbios antrópicos. As métricas candidatas representam
aspectos da composição, estrutura e função das comunidades de organismos aquáticos. A seleção de métricas é realizada através de 4 etapas: 1) teste de
variabilidade: são eliminadas as métricas de riqueza cuja variabilidade for menor ou igual a 5, métricas de porcentagem cuja variabilidade for menor que 10% e métricas
nas quais 90% das observações apresentarem valor 0; 2) ajuste do tamanho da bacia de drenagem: considerando que algumas métricas podem variar com o tamanho
da bacia de drenagem, são realizados ajustes: quando houver uma correlação linear entre determinada métrica e a área da bacia de drenagem (correlação de Pearson
p < 0,01), é calculada a correlação entre a métrica que der valor significativo apenas com as áreas de referência e a área da bacia. Se houver uma resposta linear,
então as métricas são ajustadas através da subtração do valor observado da métrica em cada sítio amostral pela regressão construída apenas com os dados das áreas
de referência; 3) resposta a estressores antropogênicos: é avaliada a resposta das métricas biológicas frente às métricas e índices de distúrbios, dentre os quais:
Riparian Human Disturbance (Kaufmann et al., 1999); Integrated Disturbance Index, Local Disturbance Index, Catchment Disturbance Index (Ligeiro et al., 2012), %
agricultura, % pastagens, % área urbana (Macedo et al., em revisão), estabilidade do leito, cobertura ripária do leito e margens (Kaufmann et al., 1999), turbidez,
condutividade e nutrientes na água. Correlações de Spearman entre as métricas biológicas e os estressores com p < 0,001 são consideradas significativas para
inclusão da métrica no Índice de Integridade Biótica; 4) redundância: é avaliada a redundância entre as métricas que restarem através do coeficiente de correlação de
Pearson. Métricas com coeficiente de correlação ? 0,7 são consideradas redundantes. Deste grupo são selecionadas as métricas que respondem a um maior número
de estressores e considerada sua relevância ecológica. Para o desenvolvimento do Índice de Integridade Biótica é utilizado o método de escores 1, 3 e 5 baseado na
literatura (Kerans
C) A ferramenta apresentada poderia ser aplicada aos estudos de planejamento de usinas hidrelétricas?
Acreditamos que esta ferramenta tem diversas aplicações na gestão de bacias hidrográficas inclusive nos estudos de planejamento de hidrelétricas. Um exemplo de
como isto poderia acontecer seria a escolha de sub-bacias que deveriam ter a conservação priorizada dentro de uma grande bacia hidrográfica. Ao se analisar os
resultados de índices de integridade biótica aplicados a diferentes pontos da bacia seria possível avaliar os tributários e sub-bacias que apresentam os melhores
estados de preservação ambiental. Estas áreas poderiam ter a sua conservação priorizada enquanto outros tributários e sub-bacias que já estão impactadas por
diferentes fatores poderiam ter preferência para o recebimento de empreendimentos hidrelétricos. Desta forma se adicionaria um fator de racionalidade ambiental na
metodologia de planejamento de novas hidrelétricas.
3.25 - CONEXÕES ECOSSISTÊM ICAS: MATAS CILIARES E SEU PAPEL NA INTEGRIDADE LIMNOLÓGICA E BIODIVERSIDADE AQUÁTICA DO RESERVATORIO DE VOLTA GRANDE.
SANTANNA, E.M.E.(1);LEITE, M.G.P.(1);PASCOAL, C.S.(1);FUJACO, M.A.(1);MOREIRA, F.W.(1); - UFOP(1);
A construção de reservatórios pode imprimir uma profunda alteração na dinâmica fluvial e na paisagem, especialmente pela supressão da mata ciliar ripária. Neste
estudo testou-se a hipótese de que a recomposição da mata ciliar contribuirá para o aumento da diversidade da comunidade microcrustáceos zooplantônicos no
reservatório de Volta Grande Grande (MG/SP), em função da disponibilidade de microhabitats e recursos. As coletas foram realizadas entre fevereiro de 2013 e
dezembro de 2014, em áreas de entorno do reservatório, com distintas atividades antrópicas predominantes (Indústria, Agricultura e Área Urbana), além de áreas de
recomposição da mata ciliar. Os resultados sugerem que a recomposição da mata ciliar teve um efeito positivo sobre a diversidade de microcrustáceos zooplanctônicos.
A variação da riqueza também respondeu positivamente ao efeito horizontal do uso e ocupação do solo, indicando as áreas onde ocorre maior seleção de espécies
zooplanctônicas. Esses resultados podem contribuir para o planejamento futuro de ocupação da área do reservatório, e aponta os benefícios potenciais da manutenção
e recuperação da mata ciliar para a cadeia alimentar aquática do reservatório de Volta Grande.
Perguntas e respostas:
A) Quais são as principais variáveis da presença de mata ciliar responsáveis por esse resultado de aumento de riqueza e abundância de espécies?
Os autores consideraram a Turbidez (NTU), Clorofila e Nutrientes como descritores limnológicos da influência da mata ciliar. Além disso, a ecologia de algumas espécies
bentônicas do zooplâncton foi o elemento decisivo para verificar essa influência, já que o reservatório é tipo \"fio d\'água\", e a corrente hídrica impede o
estabelecimento local de espécies limnéticas. A presença de substrato vegetal e micro-habitats, derivados da presença da mata ciliar , tiveram efeito positivo sobre a
riqueza do zooplâncton.
B) Foi identificado nesse trabalho quais as interferências diretas da região industrial ao corpo hídrico?
As interferências da área industrial foram indicadas através dos valores mais elevados de Fósforo Total, que foi mais elevado nesta área em relação aos demais pontos
amostrais.
C) Com relação à área de RCR, foi identificado algum impacto direto das residências no corpo hídrico? Por que houve menor similaridade entre a RCR com a RSR e
MNT, em relação à AGR?
Foram observados alguns incrementos na concentração de N e P nas áreas residenciais, mas os valores, na média, mantiveram-se em similaridade com os demais
pontos amostrais, à exceção da área industrial. A menor similaridade entre as áreas ARcr e RSr e Mnt e ARG deve-se ao aumento da diversidade nas áreas de
reflorestamento (ARCR, ARSR E MNT). Esse aumento da diversidade é creditado à disponibilidade de microhabitats da mata ciliar. A área agrícola, sem a presença de
mata ciliar, apresentou menor diversidade.
3.26 - REINTRODUÇÃO ADEQUADA DE PEIXES EM REPRESAS
VIANNA, N.C.(1);ANTÔNIO, R.M.(1);FILHO, M.C.(1); - DUKE ENERGY(1);
A reintrodução de peixes em represas é uma forma de diminuir impacto ambiental causado por hidrelétricas e depende de procedimentos para manter a variabilidade
genética das populações nativas. A primeira atividade é capturar as matrizes diretamente da natureza, a segunda trata-se do estudo da variabilidade genética das
espécies que formam o banco e o terceiro a orientação genética dos cruzamentos dirigidos, garantindo variabilidade dos peixes que serão soltos. Destaca-se a
introdução de microchips nas matrizes. Este dispositivo armazena o RG de cada animal, conseguindo identificar cada matriz por meio de um scanner, podendo-se
realizar uma reprodução dirigida e geneticamente correta
Perguntas e respostas:
A) Com base no critério de manutenção da variabilidade genética na piscicultura, como se procederá a renovação dos estoques de matrizes?
No decorrer do projeto, caso as análises genéticas venham a indicar parentesco entre os reprodutores, estes serão devolvidos ao rio e novos indivíduos adulto e
nativos serão capturados.
B) Qual o tempo de duração previsto para o programa e quais os planos para após seu encerramento?
Este programa iniciou-se em 2010 e encerra-se em abril de 2019. Os monitoramentos ictiológicos realizado nos reservatórios onde estão ocorrendo os peixamentos irão
direcionar o plano de manejo a partir de 2019.
C) Existe uma manifestação formal do órgão licenciador sobre a metodologia descrita?
Sim, há uma anuência e acompanhamento pelo Órgão Ambiental Licenciador, referente a todos os procedimentos metodológicos adotados neste projeto.
Comentário: Assunto de grande interesse para o setor no que concerne a piscicultura de conservação adotada por diversos empreendimentos, mas trabalho escrito
de forma desordenada e por vezes conflitante. Os resultados não são destacados, sendo apresentados nos textos da metodologia. A questão de identificação genética
e seu uso na piscicultura foi pouco abordada. Importante verificar os dados corretos sobre as matrizes e a reprodução induzida.
3.27 - EFICIÊNCIA DOS PROJETOS DE REFLORESTAM ENTO DE M ATAS CILIARES NO CONTROLE DOS PROCESSOS EROSIVOS NO ENTORNO DE RESERVATÓRIOS: O CASO DO
RESERVATÓRIO VOLTA GRANDE (SP/M G).
LEITE, M.G.P.(1);OLIVEIRA, P.D.(1);OLIVEIRA, L.(1); - UFOP(1);
No reservatório de Volta Grande, dentre os processos erosivos, predominam a erosão laminar e a erosão por ondas. Para se avaliar a eficiência dos projetos de
reflorestamento, foram escolhidas seis áreas para monitoramento da erosão laminar (solo exposto, plantio de cana, área de mata nativa, duas matas ciliares com mais
de 20 anos de reflorestamento e uma com 10) e quatro para monitoramento da erosão por ondas (áreas de pasto, mata nativa e dois reflorestamentos, um com mais de
20 anos e outro com 10). Os resultados mostraram a efetividade destes reflorestamentos na proteção das margens do reservatório.
Perguntas e respostas:
A) Foi realizada apenas uma campanha para observação dos pontos de erosão por ondas?
foram 4 campanhas
B) Quais as quantidades de sedimentos observadas nas parcelas instaladas na área de cana-de-açucar?
22/12/2015 10:58
REP
11 de 12
http://www.bvr.com.br/snptee/sistema/xxiii/adm/gerarRep.php
os valores obtidos nas parcelas de cana foram semelhantes aos da área Nativa e das áreas de reflorestamento, mas 4 vezes inferior aos valores obtidos nas parcelas
de solo exposto. Os valores foram de aproximadamente 30mg/ano/m2
C) Qual a influência da direção da incidência dos ventos predominantes para a comprovação da eficácia da vegetação nativa em relação às outras coberturas ?.
A área Nativa fica ao lado da área de pasto e da área denominada Noboro, porém no lado oposto do reservatório da área denominada Santa Bárbara. Naquelas áreas,
os ventos são predominantemente NE-SW. Ou seja, são os mesmos ventos que teriam efeito erosivo naquelas áreas. Somente na área Sta Bárbara os ventos são
diferentes, SW-NE.
3.28 - AUTOM AÇÃO DE UM TANQUE DE BIOSSURFACTANTE PARA UM FLOTADOR POR AR DISSOLVIDO UTILIZANDO O HARDWARE ARDUINO
BRASILEIRO, P.P.F.(1);LUNA, J.M.D.(2);RUFINO, R.D.(2);MOURA, A.E.D.(3);SARUBBO, L.A.(2);SANTOS, V.A.D.(2); - UNICAP(1);CGTI - NE(2);UFPE(3);
Os derramamentos de petróleo elevam a toxicidade do ambiente marinho, forçando os cientistas a retirarem o petróleo com elevada dificuldade. Uma das soluções em
estudo é a combinação de micro-organismos com elevado potencial biotecnológico, inoculados em meio de resíduos industriais, para a síntese dessas substâncias
denominadas de biossurfactantes, contudo deve-se controlar a dosagem desse biossurfactante. O presente trabalho utilizou uma válvula agulha para controlar a
dosagem do surfactante microbiano produzido pela levedura Candida guilliermondii, em um flotador por ar dissolvido (FAD), através do microcontrolador Arduino,
obtendo-se um fluxo de 0 a 30 mL/min para desemulsificar a mistura água/óleo.
Perguntas e respostas:
A) Qual a frequência com que ocorrem acidentes nesta UTE? (motivação para estudo) e o que esta automação no processo da UTE poderá reduzir em termos de
custo?
A frequência em que os derramamentos petrolíferos ocorrem é baixa, conquanto a severidade de acidentes como na cidade de Valdez com 50 milhões de litros
despejados em 1989 e no Golfo do México com 780 milhões de litros de petróleo em 2010 é catastrófica. A automação coloca a dose certa de biossurfactante para a
mistura oleosa, evitando desperdícios. Ademais, quando em funcionamento, o número de operadores poderá ser menor, caso não houver automação.
B) Quais os resultados já obtidos no projeto e o que isso tem oportunizado em termos de otimização do processo?
A produção do biossurfactante é primordial no aspecto da otimização, pois requer o máximo cuidado diante da possibilidade de contaminação durante o processo
fermentativo. No caso do biossurfactante de Candida guilliermondii, houve a aplicação de um Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR) com a investigação
de 4 variáveis independentes para sintetizar um composto com menores tensões superficial e interfacial e máxima extração do produto biotecnológico. Outrossim, um
DCCR também foi aplicado após a produção para alterar a temperatura, salinidade e potencial hidrogeniônico do surfactante microbiano a fim de otimizar as
propriedades tensoativas.
C) Quais os dados obtidos com o uso de biosurfactante quando comparado com o uso de coagulantes?
A utilização de sulfato de alumínio é abrangente na indústria de coagulantes, mas torna-se difícil em países frios pelas limitações de temperatura, o que viabiliza o uso
de surfactantes microbianos como fundamentais pelas amplas faixas de pH, salinidade e temperatura. Logo, a necessidade de controle de processos passa a ser
menor, reduzindo custos como o uso de elementos finais de controle com baixa-média precisão.
3.29 - CONTEXTUALIZAÇÃO DOS ASPECTOS REGULATÓRIOS PARA O CONTROLE E M ANEJO DE ESPÉCIES INVASORAS NO ÂM BITO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
NAKAYAMA, P.K.T.(1);MUSTAFÁ, A.L.(1);SANCHES, E.G.C.(1);TOGNON, A.L.E.(1);SOBRINHO, E.S.(1); - CESP(1);
O setor elétrico convive atualmente com grupos de organismos invasores, os quais causam, além de danos ambientais, danos operacionais e econômicos à geração de
energia hidrelétrica. Dois destaques entre esses organismos são o mexilhão-dourado e as macrófitas aquáticas. Devido aos impactos econômicos às concessionárias, é
imprescindível que sejam adotados métodos de controle dessas espécies. No entanto, há que se preocupar com o aspecto regulatório dessas ações, pois ainda não
existe nada na legislação atual que regulamente as possibilidades e formas de intervenção nas estruturas das UHEs e, principalmente nos reservatórios. Essa lacuna
regulatória a qual nos referimos gera fragilidades às concessionárias e também fornece precedentes para judicialização de processos, tanto nos casos em que os
empreendedores adotam práticas de controle, como nos casos em que se abstêm de ações por precaução jurídica. Nos últimos anos algumas publicações foram feitas
por parte dos órgãos ambientais, tais como as resoluções Conabio nº 5 e nº 6, as quais tratam sobre a Estratégia Nacional sobre Espécies Exóticas Invasoras. Porém,
estas ainda se limitam às questões teóricas, sem regulamentar as medidas concretas que podem ser adotadas pelos usuários dos recursos hídricos impactados pela
presença das espécies invasoras. Há também algumas discussões caminhando no âmbito do CONAMA que se relacionam com esses assuntos, mostrando que há
abertura para outros avanços em um futuro próximo no sentido de minimizar as fragilidades regulatórias. O setor elétrico precisa unir forças para que haja uma
cobrança pesada nos órgãos ambientais, no sentido de regulamentação das medidas de controle de espécies invasoras em usinas hidrelétricas.
Perguntas e respostas:
A) Como este assunto (aspectos legais e regulatórios no controle de espécies invasoras) é tratado em outros países (por exemplo, o caso do mexilhão-zebra nos EUA)?
Citando o exemplo especfico do mexilho-zebra nos Estados Unidos, a regulamentao maior do pas se dedica a evitar a proliferao do organismo para outras localidades
que ainda no sofreram com a invaso da espcie, criando mandatrias inspees em embarcaes, aumentando a fiscalizao, tornando crime ambiental o transporte de espcies
exticas, por exemplo. Com relao ao controle em plantas industriais especificamente, existe na literatura (no somente cientfica, mas tambm de organizaes pblicas como
US Army Corps of Engineers) diversos artigos que indicam a ao mecnica (limpezas, raspagem, retrolavagem) como feito no Brasil, alm de tambm sugerir aplicao de
produtos qumicos, entre eles clorados e oznio. Pela leitura que fizemos, no identificamos nenhuma regulamentao especfica que impea o uso de produtos qumicos, mas
ainda h muitos estudos em desenvolvimento para identificar todos os impactos do uso dos mesmos e tambm um grande esforo para buscar os mtodos mais eficazes,
eficientes e com mnimos impactos sobre os ecossistemas. Como exemplo interessante de atuao em nvel nacional, nos EUA h uma fora tarefa chamada Aquatic Nuisance
Species Control (ANS Task Force), que foi criada em 1990 e permanece atuante at os dias atuais. uma organizao intergovernamental dedicada preveno, ao
monitoramento, pesquisa e ao controle de espcies aquticas exticas e invasoras e consiste da representao de 13 agncias federais e 12 membros no oficiais, trabalhando
conjuntamente com o U.S. Fish and Wildlide Service e a National Oceanic and Atmospheric Administration. Essa fora tarefa coordena os esforos pblicos frente s espcies
invasoras, combinados s aes e interesses dos setores privados e de outros comits e grupos de trabalho regionais da Amrica do Norte. Planos Estratgicos so
desenvolvidos a cada ciclo de anos, sendo o atual, de 2013 a 2017. Os objetivos gerais dentro desse plano estratgico inclui a preveno, tratada como tendo o melhor
custo-benefcio; monitoramento de ambientes para deteco precoce, caso haja a entrada de uma espcie; ferramentas para que pessoas possam reportar a presena de
uma espcie desconhecida; e mtodos de controle podem incluir mecnicos, qumicos e biolgicos, dependendo da espcie e do local de invaso. No site da fora tarefa existem
dois sistemas abertos para o pblico geral: (i) um dedicado a reportes de presena de espcies novas em uma localidade, ou seja, o cidado que percebeu a presena de um
organismo estranho pode informar a ANS por meio do preenchimento de um formulrio indicando onde, quando, que espcies ou a que grupo taxonmico pertence o
organismo, imagens etc; (ii) um sistema de alerta, no qual as pessoas podem se registrar com seu e-mail, e assim receber alertas da chegada de espcies exticas
invasoras, escolhendo se quer saber por Estado, por grupo taxonmico, por espcies selecionadas ou todas as opes possveis. Para saber mais sobre a ao:
http://www.anstaskforce.gov/
B) Como o setor elétrico pode atuar diretamente nestas questões regulatórias?
Entendo que deva haver mais unicidade dentro do Setor Eltrico. A participao hoje acontece sim, porm em alguns fruns especficos, como por exemplo, a construo da
Resoluo Conama ou mesmo dentro dessa Ao Civil Pblica citada no IT. Como esse um assunto de extrema relevncia para o SEB, inclusive para a segurana energtica
nacional, uma vez que interfere fortemente na gerao de energia e nos custos de gerao de muitos empreendimentos (tivemos notcias recentes de que o mexilho dourado
chegou bacia do rio So Francisco, identificado na UHE Sobradinho), h que se mobilizar o MME, a ANEEL e as Associaes e o FMASE para ganhar fora, participar de
fruns pblicos e pressionar os rgos ambientais a criar regulamentos e aes prticas com vistas a impedir a expanso da invaso e tambm possibilitar a implantao de formas de
controle para os locais que necessitam, uma vez que neles a invaso j est consolidada.
C) O IT informa como tem sido a participação do setor elétrico nas discussões coordenadas pelo CONAMA e no GT coordenado pelo IBAMA/ SP. Existe, entretanto
algum GT setorial em andamento, para elaborar propostas a serem apresentadas nestes foruns?
No existe um GT setorial especfico para essa atuao. As discusses existem em diversos fruns e associaes, por meio de seus GTs de Meio Ambiente, como Abrage, Apine,
ABCE, inclusive o prprio FMASE, de maneira a repassar informaes e receber sugestes, comentrios, posies.
3.30 - EFEITOS DA INCRUSTAÇÃO DE MACROGANISM OS M ARINHOS SOBREM ATERIAIS UTILIZADOS NOS CIRCUITOS DE REFRIGERAÇÃO DACENTRAL NUCLEAR DE ANGRA 1 .
SILVA, P.A.P.T.D.(1);LEITE, N.F.(1); - ELETRONUCLEAR(1);
Em Centrais Nucleares do tipo de Angra 1, que utilizam uma grande quantidade de água do mar como refrigerante é freqüente o crescimento de macroorganismos no
sistema de água de refrigeração ocasionando problemas de incrustação nos componentes de troca térmica que são construídos com feixe tubular de titânio e liga de
cobre/níquel 90/10. Este trabalho busca avaliar o comportamento desses materiais frente às condições adversas ocasionadas pela fixação e crescimento da população
de macroorganismos marinhos de forma a torná-los susceptíveis a processos corrosivos semelhantes aos ocorridos com outros materiais. A avaliação do
comportamento do titânio e das ligas de cobre/níquel 90/10 em água do mar foi baseado em experimentos de laboratório realizados no Instituto de Estudos do Mar
Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e experimentos no mar próximo à Ilha de Cabo Frio (Arraial do Cabo, R.J.). Em ambos os casos foram feitas medidas eletroquímicas e
inspeção visual nos corpos de prova, a fim de acompanhar a formação de biofilme e a fixação de macroorganismos nestes materiais. As amostras de titânio
apresentaram susceptibilidade à fixação de macroorganismos com ocorrência de corrosão sob os depósitos, enquanto que as amostras de liga cobre/níquel 90/10 não
apresentaram fixação microbiana mas sofreram forte corrosão.
Perguntas e respostas:
A) No estudo se afirma que a liga de cobre não apresentava incrustação, porém na introdução é informado que o desenvolvimento descontrolado de cirripédios obrigou
a troca de estruturas de liga de cobre por equivalentes de titânio. Qual o motivo da diferença entre o resultado do estudo e o verificado na usina?
O estudo comprovou taxativamente que no ocorre fixao de larvas de cirripedes em ligas de cobre nquel 90/10 devido a ao corrosiva da liga imersa na gua do mar
22/12/2015 10:58
REP
12 de 12
http://www.bvr.com.br/snptee/sistema/xxiii/adm/gerarRep.php
produzindo xidos de cobre que so venenos fatais para estes macroorganismos. Neste caso no houve diferena do resultado do estudo e o verificado na Usina e sim a
validao do resultado de laboratrio e experimento prticos no realizados no mar. A troca do feixe tubular da liga de cobre por titnio informado na introduo, ocorreu em funo
do desprendimento de grandes placas de cirrpedes do tnel de entrada de gua do mar, que se fragmentaram pelo impacto direto no espelho do feixe tubular dos
trocadores, devido inexistncia de filtros. Com isso houve bloqueio parcial de alguns tubos pelas cracas causando turbilhonamento e entupimento dos mesmos,
chegando a perfur-los pelo processo de corroso-eroso nas regies adjacentes ao bloqueio, tendo que ser posteriormente plugueados.e consequentemente
comprometendo e inviabilizando a performance de troca trmica.
B) Há planos práticos em relação às estruturas de resfriamento baseado nos resultados deste estudo (como substituição de peças, por exemplo)? Quais seriam as
medidas a serem adotadas?
No houve necessidade de substituio de peas ou componentes do circuito tercirio da Usina de Angra 1. O plano de ao adotado para inibir a fixao de cracas nas
estruturas do sistema de resfriamento , foi manter a dosagem contnua de hipoclorito de sdio com concentrao de no mximo 1 ppm de "cloro ativo" no canal de entrada do
circuito mantendo uma concentrao residual de 0,1 a 0,2 ppm na sada dos condensadores associada a velocidade mnima de arraste dentro dos tubos dificultando desta
forma a fixao das larvas.
C) Que métodos existem (ou estão sendo pesquisados) para controle de cracas nestes sistemas? Qual a experiência internacional neste assunto?
Em sistemas de resfriamentos que utilizam gua do mar como refrigerante os mtodos mais utilizados so aplicao de biocidas para controle e desinfeco de micro e
macroorganismos. A experincia internacional no caso especfico do controle das cracas em circuitos com grandes vazes de gua do mar, normalmente so usados como
biocidas o cloro gasoso e soluo de hipoclorito de sdio por ser mais eficiente e menos oneroso devido a economia de escala.
Comentário: Assunto importante para a geração de energia nuclear. Estudo com resultados desordenados e muito pouco refinados. Seria interessante a apresentação
de teste estatístico sobre diferenças significativas na corrosão dos materiais.
4.0 TÓPICOS PARA DEBATE
“Custos Socioambientais na etapa de operação dos empreendimentos de geração alcançados pela Lei 12.783/13" , visando discutir a necessidade
regulamentação para inclusão dos custos socioambientais da operação no cálculo revisional das tarifas dos empreendimentos de geração.
da
22/12/2015 10:58