RESPONSABILIDADE SOCIAL DO COOPERATIVISMO

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RESPONSABILIDADE SOCIAL DO COOPERATIVISMO
CARDOSO, Elisângela; NICOLETI, Gerson Gilberto. Responsabilidade social do cooperativismo: o caso
da Blucredi. Revista Interdisciplinar Científica Aplicada, Blumenau, v.1, n.2, p.01-24, Sem I. 2007
Edição Temática TCC’s - I
ISSN 1980-7031
RESPONSABILIDADE SOCIAL DO COOPERATIVISMO:
O CASO DA BLUCREDI
Elisângela Cardoso1
Gerson Gilberto Nicoleti2
RESUMO
No presente trabalho o propósito foi destacar o cooperativismo de crédito em
Blumenau e região, em especial os aspectos de responsabilidade social promovidos
pelas cooperativas, com ênfase no caso da BLUCREDI – Cooperativa de Economia e de
Crédito Mútuo dos Servidores Públicos do Vale do Itajaí, especialmente para constatar a
efetividade entre teoria e prática das ações sociais. Para tanto, buscou-se comparar as
ações de responsabilidade da BLUCREDI com as de empresas destacadas por suas
ações na região de Blumenau. Com o presente estudo a pesquisadora constatou que a
BLUCREDI vem promovendo ações de cunho social de forma isolada e aleatória,
necessitando se organizar através da elaboração tanto de um Balanço Social como de
um Código de Ética.
Palavras-chave: Responsabilidade Social. Balanço Social. Ações Sociais. Ética.
1 INTRODUÇÃO
O cooperativismo é o maior movimento social e econômico já registrado na
história mundial. Conhecida há mais de três séculos, a doutrina cooperativista reúne
hoje oitocentos milhões de filiados em todos os continentes. No Brasil, entretanto,
temos apenas cerca de cinco milhões de cooperados diretos, embora tenhamos uma
população de mais de cento e oitenta milhões.
O tema é considerado relevante, pois “o cooperativismo é o braço econômico da
organização social”, afirma Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das
Cooperativas Brasileiras. (apud MAYER, 2005).
No presente trabalho o propósito foi destacar o cooperativismo de crédito em Blumenau
e região, em especial os aspectos de responsabilidade social promovidos pelas
cooperativas, com ênfase no caso da BLUCREDI – Cooperativa de Economia e de
Crédito Mútuo dos Servidores Públicos do Vale do Itajaí, especialmente para constatar a
efetividade entre teoria e prática das ações sociais.
1
2
Graduanda em Administração de Empresas, do Curso de Administração – IBES.
Professor-Orientador do Curso de Administração do Instituto Blumenauense de Ensino Superior – IBES
CARDOSO, Elisângela; NICOLETI, Gerson Gilberto. Responsabilidade social do cooperativismo: o caso
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2 COOPERATIVISMO DE CRÉDITO E RESPONSABILIDADE SOCIAL
O cooperativismo surgiu na Europa entre 1820 e 1840 quando foram
constituídas na França e na Inglaterra as primeiras cooperativas. Uma revisão de
literatura pertinente ao tema aponta como os principais precursores do movimento do
cooperativismo no mundo os seguintes ícones: Robert Owen, François Marie Charles
Fourier, Willian King, Feles Joseph Benjamin Buchez e Jean Joseph Charles Louis
Blanc, entre outros. (PINHEIRO, 2005).
De modo geral, o Cooperativismo de Crédito está muito desenvolvido em toda a
Europa. Na Itália é aberto e funciona como banco; na Áustria é bem organizado e segue
o modelo alemão; na Holanda é bem estruturado, e também responde por expressiva
parcela do movimento daquele país, além de, dentro do mais amplo sentido
cooperativista, manter agências de apoio aos países em desenvolvimento; na França, o
Cooperativismo de Crédito encontra-se consolidado, sendo o seu maior expoente o
Banque Credit Agricole, que figura em sexto lugar na lista dos bancos estabelecidos.
Em alguns países da Ásia, a situação não difere muito, com o cooperativismo
alcançando bons resultados na Índia e grande expressividade no Japão.
No Brasil hoje o número de cooperados, conforme o SICOOB, no ano de 2003
apresentava a seguinte distribuição em nível nacional:
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Outrossim, são os seguintes os dados do Cooperativismo de Crédito no Brasil,
de acordo com Pinheiro (2005): dois bancos cooperativos, sendo um múltiplo e outro
comercial, quatro confederações, uma federação, 39 cooperativas centrais e 1.395
cooperativas singulares, somando mais de dois milhões de associados.
2.1 OS PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO
O cooperativismo, sempre que exercido de maneira correta, é transparente a cada
sócio e o sócio é valorizado pelo que faz por seu empreendimento, com base nos
seguintes princípios: adesão livre e voluntária, sem discriminações sociais, raciais,
políticas, religiosas e de sexo; gestão democrática pelos membros, com todos
participando ativamente das suas práticas e na tomada de decisões; participação
econômica dos membros, autonomia e independência; educação, formação e
informação; intercooperação e compromisso com a comunidade.
A aplicação dos Princípios Cooperativos é, efetivamente, o que tem configurado
em todo o mundo o caráter cooperativo, e tais princípios foram quase que
unanimemente incorporados às diversas legislações nacionais aplicáveis a este tipo de
organização. (KLAES, 2005).
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2.2 O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL?
Nas últimas décadas as questões relativas a responsabilidade social têm,
crescentemente, despertado o interesse e o debate dentro da comunidade empresarial.
A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) tornou-se um fator de
competitividade para os negócios. No passado, o que identificava uma
empresa competitiva era basicamente o preço de seus produtos. Depois, veio
a onda da qualidade, mas ainda focada nos produtos e serviços. Hoje, as
empresas devem investir no permanente aperfeiçoamento de suas relações
com todos os públicos dos quais dependem e com os quais se relacionam:
clientes, fornecedores, empregados, parceiros e colaboradores. Isso inclui
também a comunidade na qual atua, o governo, sem perder de vista a
sociedade em geral, que construímos a cada dia. (INSTITUTO ETHOS,
2003, p. 6).
Fabricar produtos ou prestar serviços que não degradem o meio ambiente,
promover a inclusão social e participar do desenvolvimento da comunidade de que
fazem parte, entre outras iniciativas, são diferenciais cada vez mais importantes para as
empresas na conquista de novos consumidores ou clientes.
De acordo com o Instituto Ethos (citado por CORRÊA; MEDEIROS, 2005, p.
21), a empresa é socialmente responsável quando vai “além da obrigação de respeitar as
leis, pagar impostos e observar as condições adequadas de segurança e saúde para os
trabalhadores.”
O Instituto Ethos declara que a empresa deve favorecer a organização de seus
empregados e possibilitar que os mesmos compartilhem seus desafios através de
programas de gestão participativa com participação nos resultados e bonificação.
Além disso, a empresa não deve utilizar de mão-de-obra infantil e nem permitir
discriminação em termos de recrutamento, acesso a treinamento, remuneração,
avaliação ou promoção de seus empregados. (Apud CORRÊA; MEDEIROS, 2005).
Outras práticas de responsabilidade social em relação ao público interno,
segundo os Indicadores Ethos são: “o comportamento da empresa frente a demissões,
cuidados com saúde, segurança e condições de trabalho de seus empregados e
preparação para aposentadoria.” (Apud CORRÊA; MEDEIROS, 2005, p. 26).
Quanto ao meio ambiente, o Instituto Ethos defende que a empresa deve:
[...] agir para a manutenção e melhoria das condições ambientais,
minimizando ações próprias potencialmente agressivas ao meio ambiente e
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disseminando para outras empresas as práticas e conhecimentos adquiridos
neste sentido. (Apud CORRÊA e MEDEIROS, 2005, p. 26).
Também de acordo com o Instituto Ethos, a empresa socialmente responsável
utiliza critérios de seleção de fornecedores exigindo certos padrões de conduta; ela
pode, também, auxiliar no desenvolvimento de fornecedores. Quanto aos consumidores,
o Instituto Ethos defende que “a responsabilidade social em relação aos clientes e
consumidores exige da empresa o investimento permanente no desenvolvimento de
produtos e serviços confiáveis.” (Apud CORRÊA; MEDEIROS, 2005, p. 26).
“Quanto a comunidade, é dever da empresa assumir relações com organizações
atuantes na comunidade, promover investimentos e estratégias de atuação na área social
e apoiar trabalhos voluntários por parte dos empregados.” (CORRÊA; OLIVEIRA,
2005, p. 27).
Quanto ao governo e a sociedade “a empresa deve relacionar-se de forma ética e
responsável com os poderes públicos, [...]” seja mantendo uma transparência política ao
contribuir com campanhas políticas e ao combater a corrupção ou participando de
projetos sociais governamentais. (Idem, p. 27).
2.2.1 Balanço Social
O Balanço Social é um instrumento que deve mostrar claramente, quais as
políticas praticadas pela empresa e quais seus reflexos no patrimônio, objetivando
evidenciar sua participação no processo de evolução social.
“O Balanço Social também tem a função de mapear e avaliar o desempenho
social da empresa, levando-se em conta a região e os setores da economia em que ele
atua.” (NICOLETI, 2006, p. 2).
2.3 COOPERATIVISMO DE CRÉDITO EM BLUMENAU: PRINCÍPIOS, MISSÃO E
OBJETIVOS
DA
COOPERATIVA
BLUCREDI
RELATIVAMENTE
À
RESPONSABILIDADE SOCIAL
A BLUCREDI – Cooperativa de Economia e Crédito está sediada em Blumenau,
SC, na Rua Amadeu da Luz, 100 - Edifício Califórnia Center. A ela podem se associar
servidores públicos municipais, estaduais e federais do Vale do Itajaí, aposentados,
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dependentes, e pessoas jurídicas com atividades correlatas (associações, sindicatos,
prestadores de serviços).
A BLUCREDI expressa a seguinte intenção estratégica, de acordo com seu
Plano Estratégico 2005-2010 (p. 7):
O negócio da Blucredi: Viabilizar as melhores soluções financeiras e de serviços
aos seus associados.
A missão da Blucredi: promover a melhoria da qualidade de vida dos associados,
por meio da cooperação financeira e de serviços, contribuindo para o desenvolvimento
econômico e social da comunidade.
Os princípios que orientam a atuação da BLUCREDI:
Cooperativismo: ações sustentadas nos princípios cooperativistas.
Cooperados: estímulo a sua participação e permanente aperfeiçoamento. “Sua
máxima satisfação é o nosso alvo principal”.
Transparência: fortalecimento da confiança dos cooperados por meio da
ampla disponibilidade de informações sobre a instituição.
Credibilidade: preservação da solidez econômica e financeira, observando os
conceitos da ética.
Qualidade: busca permanente do aprimoramento de nossos produtos, serviços
e atendimento.
Recursos Humanos: permanente valorização e desenvolvimento do
patrimônio humano.
Visão de futuro da Blucredi: ser reconhecida pela comunidade como a melhor
opção de produtos e serviços financeiros. Responsabilidade social expressa pela
Blucredi:
“A Blucredi por ser uma cooperativa e crescer junto a comunidade, contribui
sempre com acões sociais que visam melhorar a própria comunidade.
Proporcionando qualidade de vida para seus associados.”
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa realizada foi exploratória, com âmbito descritivo.
A pesquisa exploratória visa proporcionar ao pesquisador maior familiaridade
com o problema em estudo. Este esforço tem como meta tornar um problema complexo
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mais explícito ou mesmo construir hipóteses mais adequadas. Para Malhotra (2001), o
objetivo principal é possibilitar a compreensão do problema enfrentado pelo
pesquisador. A pesquisa exploratória é usada em casos nos quais é necessário definir o
problema com maior precisão e identificar cursos relevantes de ação ou obter dados
adicionais antes que se possa desenvolver uma abordagem.
Como o nome sugere, a pesquisa exploratória procura explorar um problema ou
uma situação para prover critérios e compreensão.
Segundo Boone e Kurtz (1998) ela simplesmente é utilizada para descobrir a
causa de um problema. Assim sendo, o levantamento dos dados junto a Blucredi será
bibliográfico e documental e levantamento de experiências dos gestores.
Já a pesquisa descritiva, objetiva conhecer e interpretar a realidade sem nela
interferir para modificá-la. (CHURCHILL apud BOONE e KURTZ, 1998).
O campo de observação ficou inserido na Cooperativa BLUCREDI, localizada
na cidade de Blumenau, SC.
O instrumental de coleta de dados foi composto de pesquisa documental e
entrevista com os gestores da BLUCREDI, os quais têm experiência prática com o
problema pesquisado.
Paralelamente, aplicou-se um questionário sobre responsabilidade social em
duas empresas do setor industrial de Blumenau, visando conhecer a postura das mesmas
em relação ao tema. Tais resultados poderão ser, de alguma forma, comparados com os
resultados obtidos junto a BLUCREDI e assim obter uma visão parcial de como está
sendo praticada a responsabilidade social na região de Blumenau.
Após realizada a coleta de dados através da pesquisa documental, das entrevistas
e dos questionários, os mesmos foram organizados, tabulados e analisados.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na BLUCREDI a entrevista foi feita com o Sr. Antônio José Santos de Moraes,
Diretor Secretário. Na Rigesa a entrevista foi com o Sr. Jorge Valério Alves,
Coordenador de Recursos Humanos; e com sr. Paulo César de Melo, Técnico de
Segurança do Trabalho e Meio Ambiente. Na Altona foi com a Sra. Silvana M. B. J.
Serpa, Analista de Recursos Humanos.
O comparativo das entrevistas resultou no seguinte quadro:
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4.1 PESQUISA DOCUMENTAL
Documentação da BLUCREDI:
A empresa disponibilizou para a pesquisadora vários documentos abrangendo
ações de responsabilidade social: informativos, folders, notícias de jornais, programas
de eventos apoiados pela BLUCREDI bem como pelo Instituto BLUCREDI. O Instituto
Blucredi, braço social da BLUCREDI foi criado para dar seguimento aos seguintes
projetos:
Projeto Saúde: visa oferecer benefícios na área médica, como orientação,
prevenção e atendimento médico e hospitalar, além de oferecer exames laboratoriais.
Projeto Habitação: tem como objetivo criar alternativas para que os associados
tenham a possibilidade de adquirir sua casa própria, através de parcerias com
fornecedores e construtoras, que possibilitem condições mais favoráveis para a compra
do imóvel.
Projeto Crédito Alternativo: um instituto voltado para a recuperação das finanças
pessoais, através de orientação permanente e viabilizando recursos em condições mais
favoráveis.
Por outro lado, na Cartilha do Cooperado BLUCREDI, constatou-se apenas um
tópico de cinco linhas abordando a “Responsabilidade com a Educação”.
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Documentação da RIGESA:
A Rigesa foi a empresa que disponibilizou a documentação mais completa
acerca do tema da responsabilidade social. A pesquisadora teve acesso ao seguinte:
Exemplar do Código de Conduta, que orienta os funcionários da empresa em
relação aos padrões de conduta ética. Tal documento reúne as políticas e os princípios
através dos quais a organização se compromete a conduzir e gerenciar os negócios.
Informativo RigeNews Segurança, abordando questões de segurança do
trabalhador, prevenção de acidentes, SIPAT, importância dos EPIs (Equipamentos de
Proteção Individual), Comitê de Saúde e Segurança e Brigada de Fogo.
Demonstrativo do Seminário Rigesa de Educação Ambiental realizado desde o
ano de 2001 para professores de 5ªs séries das redes estadual e municipal de ensino das
cidades onde a RIGESA mantém fábricas. O objetivo desses seminários é promover a
educação ambiental e a multiplicação das informações e experiências.
RigeVIDA: jornal de educação ambiental, distribuído a filhos de funcionários e
também a escolas das comunidades onde a Rigesa mantém suas fábricas.
Livro “A água e a vida”, de autoria de Patrícia Secco, publicado com o apoio da
RIGESA.
Os gestores da RIGESA entrevistados pela pesquisadora disponibilizaram
também o relatório “Responsabilidade social das empresas do setor de celulose e papel
– 2005”, publicado pela Bracelpa Associação Brasileira de Celulose e Papel, do qual
vale destacar alguns pontos sobre a RIGESA em Santa Catarina:
“FOMENTO FLORESTAL: A Rigesa Celulose, Papel e Embalagens desenvolve
um programa cooperativo de fomento florestal junto às comunidades rurais de 13
municípios de Santa Catarina e oito municípios do Paraná, próximos às suas instalações.
Mediante a doação de mudas de pinus a produtores e empresários do ramo madeireiro, o
programa promove e difunde a atividade florestal, ressaltando sua importância
econômica e ecológica, baseada em práticas florestais sustentáveis e em ações
ambientalmente responsáveis”.
“ANTIDROGAS, DOAÇÃO DE SANGUE E COMBATE AO CÂNCER: a
Rigesa, Celulose, Papel e Embalagens participa, em todas as comunidades em que atua,
de campanhas antidrogas, de doação de sangue e combate ao câncer, por meio de
doações e também oferecendo suas instalações para palestras e divulgação das
campanhas. As ações destinam-se principalmente aos funcionários da empresa e seus
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familiares, nos municípios de Manaus (AM), Pacajus (CE), Três Barras e Blumenau
(SC), Valinhos e Campinas (SP).”
ASSOCIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO E PREVENÇÃO DO ALCOOLISMO E
OUTRAS DROGAS (ARAD): a RIGESA “apoiou a construção de uma nova sede da
Associação de Recuperação e Prevenção do Alcoolismo e Outras Drogas (Arad), na
cidade de Três Barras. A Associação, que atua na região do planalto-norte catarinense
há dez anos, desenvolve ações que alertam a população sobre os riscos do consumo de
drogas como álcool, entorpecentes e cigarro, além de trabalhar na recuperação de
dependentes químicos. Em 2004, o programa atendem 100 famílias.”
“CENTRAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS: a Central de Resíduos Sólidos da
Rigesa Celulose, Papel e Embalagens, instalada no município de Três Barras, com
capacidade para reciclar cerca de 8.200 metros cúbicos mensais de resíduos gerados em
seu processo industrial, transforma em insumos agrícolas o que antes era descartado em
aterros industriais. [...]”.
“BRINQUEDOTECA DO HOSPITAL DE TRÊS BARRAS. Há mais de 20
anos a Rigesa Celulose, Papel e Embalagens apóia o Hospital de Três Barras, por meio
de ações de filantropia, arrecadação de fundos e doações de equipamentos hospitalares e
material de consumo. Em 2004 a empresa construiu uma brinquedoteca na ala de
pediatria. [...]”
Documentação da ALTONA:
Balanço Social 2005, que mostra as ações que a empresa vem realizando em prol
do ser humano, estimulando talentos.
O balanço social traz a missão da empresa, que é “Ser confiável no que faz”. A
visão: “Usar a capacidade total de produção, com lucratividade.”
Ainda conforme o citado documento:
Princípios da empresa:
Melhoria contínua e prevenção associados aos processos, serviços e produtos
de fundição de aço, usinagem e montagem;
Inovação tecnológica e crescimento de participação no mercado;
Respeitar o meio ambiente, gerenciando os aspectos ambientais significativos,
especialmente recursos naturais e resíduos sólidos;
Atender e suplantar a expectativa dos clientes, fornecedores, acionistas,
funcionários e demais partes interessadas;
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Atitudes comportamentais focadas na Qualidade e no Meio Ambiente;
Atender à legislação vigente e requisitos aplicáveis.
Valores da organização:
Seriedade;
Transparência;
Respeito às pessoas e Meio Ambiente.
O documento informa que a empresa encerrou o ano de 2004 com 961
funcionários em seu quadro, sendo 935 homens e 26 mulheres. Foram investidos em
treinamento R$ 305.671,00. Investiu também R$ 860.014,00 na alimentação de seus
trabalhadores. E em transporte subsidiado investiu R$ 309.327,00.
Participação nos resultados: dividir resultados obtidos através do esforço de
todos, é uma realidade desde 1996. Com a gestão participativa a Altona vem obtendo
resultados positivos, aumentando assim a satisfação dos colaboradores. No ano de 2004
a empresa investiu R$ 1.715.987,00 em participação nos resultados. (p. 13).
Saúde: a empresa disponibiliza diariamente médica pediatra para atendimento
aos filhos dos colaboradores. Além de tratamento odontológico também nas
dependências da empresa. Anualmente a empresa adquire vacinas contra gripe, para
todos os colaboradores gratuitamente, benefício este estendido aos familiares a preço de
custo. Também o acompanhamento psicológico é gratuito para os colaboradores. Na
área da saúde a empresa investiu em 2004 R$ 129.231,00.
Segurança dos trabalhadores: em 2004 a empresa investiu R$ 1.035.786,00 em
proteção individual e coletiva dos trabalhadores.
Junto à comunidade, a empresa auxiliou escolas, hospitais e instituições
comunitárias e culturais, destinando para tanto R$ 590.705,00.
Portadores de necessidades especiais: “a admissão de portadores de necessidades
especiais está ocorrendo gradativamente, de forma a oferecer locais onde eles possam
desenvolver suas atividades com excelência. Parcerias com instituições como ABADA
e ABLUDEF auxiliam a inserir esses talentos.”
Meio Ambiente: em 2004 a Altona investiu R$ 303.127,00 nessa área.
Anualmente a empresa promove a Semana de Qualidade e Meio Ambiente, com
palestras interativas, curso interno de CCQ, exposições sobre o tema. (Informativo O
Fundidor, junho de 2006, p. 3).
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Gestão de Responsabilidade Social: conforme o Balanço Social da Altona em
2005, “Em alguns momentos já vínhamos praticando a responsabilidade social, em
outros, a filantropia, porém sem conhecimento específico do assunto. Em 2002, junto a
uma consultoria externa começamos a dar os primeiros passos para a implantação da
gestão da responsabilidade social, e nosso resultado em 2004 foi um avanço de 20% dos
resultados obtidos em 2002, demonstrando a seriedade e importância deste programa
junto a nossa administração. Através deste, muitos outros trabalhos são realizados,
como comitê das relações trabalhistas que visa estabelecer uma melhoria geral,
melhorias estas discutidas entre representantes de todos os setores da empresa.
Campanhas como a de prevenção ao uso de drogas, voluntariado, e do cardápio são
ferramentas muito importantes dentro desta gestão.”
4.2 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA E RECOMENDAÇÕES DA
PESQUISADORA
Em relação ao objetivo de identificar as ações de R.S. da Blucredi Viu-se, pela
pesquisa documental e pela entrevista realizada, que a Blucredi busca realizar ações de
cunho social, entretanto, faltando-lhe organizar essas ações em forma de uma
metodologia adequada para tanto, talvez adotando métodos sugeridos pelo Instituto
Ethos.
Em relação à pesquisa documental, o que se viu por parte da BLUCREDI foram,
em sua maior parte, ações realizadas de forma esporádica e isolada, mais no âmbito de
filantropia do que de responsabilidade social propriamente dita.
Claro que também essas iniciativas têm seu valor social, como por exemplo, os
vários apoios e patrocínios da BLUCREDI ao esporte.
Em relação à identificação da consciência e comprometimento dos gestores e
funcionários da BLUCREDI quanto à R.S.
A consciência e comprometimento tanto de funcionários quanto de gestores da
empresa é baixa. Isso se deve, no entender desta pesquisadora, a falta de um plano
formal de Responsabilidade Social da empresa.
O comprometimento da empresa com ações de Responsabilidade Social poderia
ser iniciado em relação à conduta da empresa para com seus funcionários, pois como
visto na questão nº 11 da entrevista, há necessidade, por exemplo, de os gestores
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reformularem sua postura em relação às ações de estímulo e reconhecimento das
sugestões dos trabalhadores da empresa, pois, conforme os exemplos dados pela Rigesa
e pela Altona, saber ouvir os empregados traz retorno para a empresa e resulta também
na melhoria do clima interno da organização.
Há várias formas de a organização permitir que seus funcionários apresentem
suas idéias, sugestões e críticas, podendo ser por meio de questionários internos ou
reuniões periódicas, por exemplo. O importante é que um canal de comunicação seja
aberto neste sentido, e os benefícios dessa abertura ficaram bem evidenciados no caso
da Rigesa, que efetivamente possibilitam a empresa agregar novos aprendizados e
conhecimentos a partir de seus próprios colaboradores.
Outrossim, pelos resultados da questão 17 sugere-se também que os gestores da
BLUCREDI revejam também a questão de concessão de benefícios a seus funcionários.
Como visto, principalmente no caso da Rigesa, benefícios como subsídio a refeições,
assistência médica e dentária, palestras educacionais, participação nos resultados
(questão 18), bonificação (questões 19 e 20), entre outras possibilidades, trazem
resultados favoráveis ao clima organizacional, ao desempenho dos funcionários, bem
como à imagem da empresa como promotora de ações de responsabilidade social junto
ao público interno.
Em relação ao público externo ou comunidade em geral, seria recomendável a
implantação de uma ouvidoria ou departamento similar (questão 27 da entrevista), haja
vista o significativo aumento no número de associados entre os anos 2000-2005 e a
importância que hoje a instituição tem junto à comunidade de Blumenau e região.
Em
relação a efetividade entre teoria e prática das ações sociais propostas pela BLUCREDI
Fato é que a pesquisadora teve grande dificuldade em identificar ações
específicas da empresa para com a Responsabilidade Social, tendo apenas encontrado
aqui e ali algumas ações isoladas, conforme pode ser visto pelos documentos constantes
dos Anexos do presente trabalho. E mesmo os registros internos da empresa acerca
dessas ações são vagos e difíceis de serem localizados, e não parecem receber a devida
atenção por parte dos gestores da empresa.
A pesquisadora se permite sugerir aos gestores da BLUCREDI a elaboração de
um código de ética ou uma declaração de valores éticos da organização. Esse
documento determina a forma pela qual são administrados os negócios, sendo um guia
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importante para a condução socialmente responsável dos negócios da empresa, como
visto no caso da Rigesa.
5 CONCLUSÃO
A Responsabilidade Social nas empresas tornou-se um fator de competitividade
para os negócios. No passado, o que identificava uma empresa competitiva era
basicamente o preço de seus produtos; depois, veio a onda da qualidade, mas ainda
focada nos produtos e serviços. Atualmente, as empresas devem investir no permanente
aperfeiçoamento de suas relações com todos os públicos dos quais dependem e com os
quais se relacionam: clientes, fornecedores, empregados, parceiros e colaboradores. Isso
inclui também a comunidade na qual atua, o governo, sem perder de vista a sociedade
em geral.
O negócio baseado em princípios socialmente responsáveis não só cumpre suas
obrigações legais como vai além. Tem por premissa relações éticas e transparentes, e
assim ganha condições de manter o melhor relacionamento com parceiros e
fornecedores, clientes e funcionários, governo e sociedade.
No caso ora em estudo, da BLUCREDI Cooperativa de Crédito, o que se apurou
com a pesquisa é que a empresa vem promovendo algumas ações, porém de forma
isolada e aleatória. Por isso, a pesquisadora acredita que a partir de um compromisso de
elaboração anual de um Balanço Social a referida organização teria condições de se
organizar em relação às suas ações de Responsabilidade Social, não mais atuando de
forma dispersiva e vaga, mas sim de maneira sistemática, clara e expressa.
Portanto, como fica evidente a partir deste estudo comparativo, bem como
considerando também o que foi exposto na revisão de literatura, assim como pelos
exemplos dados pelas empresas RIGESA e ALTONA, esta pesquisadora não tem
dúvida quanto a esta premente necessidade de a BLUCREDI passar a publicar seu
balanço social. Até mesmo porque a empresa, que no ano 2000 tinha 445 associados,
fechou o ano de 2005 com 12.400 associados. No ano 2000 havia concedido
empréstimos da ordem de R$ 1.662.431,00 e no ano de 2005 atingiu a cifra de R$
34.836.427,00! Portanto, um crescimento estrondoso em apenas cinco anos.
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Com o crescimento dos números da empresa cresce também a responsabilidade,
e por isso a necessidade urgente de formalizar um balanço social e um código de ética
da organização.
Aliás, vale destacar que o balanço social, como estratégia de mudança, de
impacto eminentemente social e cultural, tem por objetivo demonstrar ao universo de
usuários, de forma confiável, uma prestação de contas para que possam conhecer e
avaliar a qualidade dos investimentos, a aplicação de recursos e o cumprimento das
destinações orçamentárias.
Também a BLUCREDI carece da elaboração de um Código de Ética ou
documento similar que norteie a maneira pela qual são administrados os negócios da
Instituição. Trata-se, no ver desta pesquisadora, de um guia valioso para a condução
socialmente responsável dos negócios da empresa.
Finaliza-se o presente trabalho afirmando que ao assumir uma postura
comprometida com a Responsabilidade Social, a Instituição irá se tornar de forma
efetiva uma agente de mudança social e cultural, contribuindo para a construção de uma
sociedade mais justa e solidária, ao menos nas comunidades onde atua a BLUCREDI.
SOCIAL RESPONSABILITY OF UNION: THE CASE OF THE BLUCREDI
ABSTRACT
The purpose of present work was to detach the credits union in Blumenau and
region, in special the social responsibility’s aspects promoted by co-operatives, with
emphasis at BLUCREDI – Cooperativa de Economia e de Crédito Mútuo dos
Servidores Públicos do Vale do Itajaí, specialy to evidence the effectiveness between
theory and practice of socials actions. Therefore, it has looked for to compare the
responsibility of BLUCREDI’s action with the companies detached for your actions in
Blumenau’s region. With the present study, the researcher evidenced that the Blucredi
comes promoving social action’s the way isolated and aleatory, it’s being necessary to
organize by the elaboration as Social Balance as Code of Ethics.
Key-words: Social Responsibility. Social Balance. Social Action’s. Ethics
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