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Uma prisão estadual
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Uma prisão estadual
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português
Glossário
Édito de Fontainebleau: revoga o Édito de Nantes
que acordava a liberdade de culto aos
protestantes e resulta, após a sua perseguição,
em rebeliões.
Forte com bastiões: forte cujas partes se
flanqueiam reciprocamente com vista a
eliminar os ângulos mortos.
Lettre de cachet: carta com o sinete do rei com
ordem de prisão ou exílio sem julgamento.
Muralha com ameias: pequena abertura retangular
em saliência numa fachada.
O Homem da máscara de ferro: prisioneiro de
Estado de identidade misteriosa, com máscara
de ferro, sob o reino de Luís XIV de França.
Pistola: moeda e nome de uma cela paga.
Respiradouros: aberturas que evacuam a fumaça
dos tiros de artilharia das casamatas inferiores.
Informações úteis
Duração média da visita: entre 45 min. e 1h30,
mais 45 min. de travessia para o regresso.
Visita comentada em francês
Visitas adaptadas para deficientes visuais.
Biblioteca-loja
O guia deste monumento está disponível na coleção “Itinéraires”
em 2 línguas diferentes na biblioteca-loja.
Centre des monuments nationaux
Château d’If
1 quai de la Fraternité
13001 Marseille
tél. 04 91 59 02 30 / 06 03 06 25 26
fax 04 91 59 05 62
www.monuments-nationaux.fr
O cerco periférico
crédits photos P. Berthé © Centre des monuments nationaux, Paris conception Plein Sens, Anders. réalisation Marie-Hélène Forestier. impression Stipa, avril 2014.
História
O cerco, construído 60 anos após o castelo, sem
dúvida pelos Florentinos entre 1591 e 1598,
impôs a subida das canhoneiras.
“Tudo foi mal feito e construído negligentemente
[…]”, afirma Vauban.
17 A porta florentina, acima da entrada, dá acesso
ao adarve. Ao nível do ancoradouro, vemos
claramente um primeiro traço de elevação
devido a Raymond de Bonnefons, engenheiro de
Henrique IV de França por volta de 1600. Sob
a regreta -moldura horizontal- em calcário rosa,
subsistem bases de cavalos de frisa – trata-se
de espigões horizontais para impedir a escalada
ou o apoio de uma escada contra a cortina.
18 O cerco oeste caracteriza-se pelo parapeito de
artilharia de Vauban (1701), segunda elevação
feita por merlões de pedra revestidos de tijolo.
19 Três bases de flaks alemães da Segunda Guerra
mundial, destinados à defesa antiaérea
flanqueados por blockhaus ainda são
visíveis na parte sul.
Uma prisão estadual
castelo de If
As condições de detenção
Da fortaleza ao mito literário
A situação insular e a arquitetura do castelo
tornam impossível qualquer evasão.
Promiscuidade e falta de higiene oferecem
poucas oportunidades de sobrevivência. No
entanto, mediante uma pistola* por dia, alguns
prisioneiros ocupam um quarto particular.
Assim Mirabeau, o futuro tribuno da Revolução,
é encarcerado em If mediante uma lettre de
cachet* a pedido do seu pai para punir as suas
tendências libertinas. Redige aqui o seu Essai sur
le despotisme e seduz a funcionária da cantina.
O sistema “de pistola*” irá perdurar até ao
século XIX.
Os prisioneiros políticos
Em 1580, o cavaleiro Anselme, acusado
de conspiração contra a monarquia,
é um dos primeiros prisioneiros detidos. Após
a promulgação do Édito de Fontainebleau* em
1685, são encarcerados protestantes. Em dois
séculos, 3.500 entre eles serão ali amontoados
antes de serem acorrentados nas galeras de
Marselha ou morrerem.
São igualmente encarcerados em If os opositores
do regime. Revolucionários de 1848 gravaram
inscrições no pátio, cuja qualidade revela a
presença de pedreiros profissionais, agindo
sob o controlo da guarnição. Em 1852,
304 republicanos opositores de Napoleão III
esperam aí serem deportados para a prisão. Em
1871, é a vez dos insurgentes de Marselha. Os
últimos prisioneiros serão alemães, durante a
Primeira Guerra mundial.
*Explicações na parte de trás deste documento.
Uma fortaleza estratégica
O castelo
em 1836
Edificado por ordem de Francisco I de França,
desde 1529, o castelo de If é a primeira fortaleza
real de Marselha. O seu papel é proteger um dos
principais portos de
comércio de França
onde banha a frota
das galeras reais,
e vigiar Marselha,
anexada ao reino
desde 1480.
Em 1591, a cidade recusa reconhecer o rei
Henrique IV de França porque era protestante.
Apoiante da Liga católica, recebe as tropas
inimigas do Ducado de Saboia. O governador
de If, fiel ao rei, constrói um cerco com a ajuda
das tropas florentinas para proteger o reino de
um assalto. Este cerco é elevado pelo engenheiro
militar Raymond de Bonnefons em 1604,
e depois por Vauban em 1701.
Um local propício aos mitos
Em 1513, um rinoceronte, animal até então
desconhecido na Europa e oferecido pelo rei
de Portugal ao papa Leão X, fez escala na ilha.
Em 1844, Alexadre Dumas publica O Conde de
Monte Cristo. If é o local de aprisionamento do
herói, Edmond Dantès. O sucesso é imediato.
Em 1880, o monumento é aberto ao público.
História
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Uma prisão estadual
L
Informações
ancoradouro
rés-do-chão
andar
terraço
12
11
17
12
farol
N
16
N
3
7
4
2
13
8
15
14
1
9
6
19
5
10
A construção do castelo de If inscreve-se na vasta
campanha de fortificação costeira e dos portos
do reino de França no início do século XVI.
O rés-do-chão do castelo
1 Porta: o único acesso da fortaleza situa-se no
centro da fachada este. Flanqueada por duas
torres de artilharia e defendida por uma muralha
com ameias* , possui uma ponte levadiça sobre
um fosso seco. Na entrada do castelo, a grade
bloqueava o avanço dos assaltantes.
2 O pátio acolhia as cozinhas no extremo sudeste,
o celeiro e os poços alimentados pela água da
chuva. Nas fachadas do pátio em pedra do Midi
(sul da França), contam-se 96 grafitis do
memorial de 1848 esculpidos pelos rebeldes
entre junho de 1848 e abril de 1849. Na
fachada sul encontra-se o memorial
protestante inaugurado em 1962.
3 As celas coletivas eram antigamente lojas e
depois casernas. Ao fundo da galeria, numa
cadeia em pedra do Midi, encontram-se os
grafitis da câmara de Marselha realizados
segundo o modelo do memorial de 1848.
4 A cela dita de Edmond Dantès, conde de
Monte Cristo, ocupa o local de um antigo paiol.
Esta comunica com a cela vizinha através de
um buraco escavado na abóbada.
5 O calabouço dito do abade Faria está equipado
com uma instalação de vídeo que permite vê-lo
aprisionado.
O andar
As casamatas do primeiro andar, transformadas
em pistolas* , são as testemunhas dos primeiros
estabelecimentos prisionais da fortaleza: as
chaminés e as pinturas murais datam dos
séculos XVII e XVIII.
6 Na pistola* do Homem da máscara de Ferro*,
podemos ver, através de uma grelha, os vestígios
da manivela de madeira que manobrava a grade
da porta de entrada do castelo.
7 A cela é atribuída a Kléber, assassinado no
Cairo em 1800 no final da expedição do Egito
de Napoleão. Seus restos mortais estiveram
sepultados aqui de 1801 a 1818. Uma vitrina
de Bernard Belluc, cofundador do museu
internacional das Artes modestas em Sète,
evoca o destino de Kléber.
8 A cela do conte de Mirabeau: foi encarcerado
aqui de 1774 a 1775.
9 Um calabouço dito dos condenados à morte
é formado na escadaria que vai dar ao terraço.
19
18
O terraço
Estes vastos terraços no último piso também
serviam de posto de observação e de telemetria
durante a Segunda Guerra mundial. Os planos
inclinados evacuam a água da chuva para a
cisterna do pátio.
10 Da torre Maugouvert, rodeada por um parapeito
muito baixo, observamos as armadilhas ao longo
dos canais do ancoradouro este: Sourdaras e
Canoubier no nordeste, e Saint-Estève no
sudoeste. Os dois respiradouros* retangulares
do muro do sul são visíveis à direita.
11 A torre Saint-Jaume: o parapeito em bordo
arredondado desvia o tiro das balas. Observamos
o farol do século XX, e mais além, a colina de
Notre-Dame-de-la-Garde em Marselha, onde
Francisco I de França ordenou a construção
de um forte com bastiões* em 1536.
12 A masmorra ou torre Saint-Christophe está
acessível desde os terraços por uma porta grande
demais para a passagem das peças de artilharia.
Na fachada, à esquerda, uma coluna oca
desviava a água da chuva para as antigas latrinas
construídas em inclinação sobre o muro sul da
torre. No interior, a maquete é uma cópia da
encomendada por Luís XIV de França. Uma
escadaria em espiral conduz ao terraço que
domina o conjunto dos seus 42 metros. A pedra
do Midi recebeu várias inscrições de prisioneiros.
Podemos observar em direção ao norte os
parapeitos primitivos em bordo arredondado
da torre Saint-Jaume e os dois respiradouros*
retangulares do muro norte. Em direção ao sul,
a masmorra está em frente à extremidade das
ilhas Pomègues e Ratonneau providas também
de torres de canhão após 1610 para bloquear
a passagem.
Outros edifícios
Não resta nada das lojas de artilharia e pólvora,
da cantina e do moinho de vento.
13 O edifício Vauban era a residência do governador.
14 No jardim cercado, antigo quintal, a cabanazinha
é característica da cultura provençal.
15 A exposição sobre a fauna e a flora do
arquipélago de Frioul ocupa o rés-do-chão da
torre Maugouvert, unicamente acessível pelo
exterior do castelo, do lado sul.
16 A cisterna exterior permitia alimentar as
casernas de água.
*Explicações na parte de trás deste documento.

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