Monografia completa

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Monografia completa
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Centro Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas
Curso de Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas
Ruth Krahn Markus
O ENSINO DA CULTURA ALEMÃ COMO ELEMENTO MOTIVADOR NO
APRENDIZADO DA LÍNGUA
CURITIBA
2007
RUTH KRAHN MARKUS
O ENSINO DA CULTURA ALEMÃ COMO ELEMENTO MOTIVADOR NO
APRENDIZADO DA LÍNGUA
Pré-projeto apresentado como avaliação parcial da
Disciplina Metodologia da Pesquisa, no Curso de
Especialista em Ensino de Línguas Estrangeiras
Modernas, Centro Acadêmico de Línguas
Estrangeiras Modernas, Universidade Tecnológica
Federal do Paraná.
Orientadora: Mestra Maristela P. Werner
CURITIBA
2007
TERMO DE APROVAÇÃO
Ruth Krahn Markus
O ENSINO DA CULTURA ALEMÃ COMO ELEMENTO MOTIVADOR NO
APRENDIZADO DA LÍNGUA
Monografia aprovada com nota 9,7 como requisito parcial para obtenção do título de
Especialista, pelo curso de Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras
Modernas, do Centro Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas – Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, pela seguinte banca examinadora:
Orientador:
Profª: Maristela P. Werner, Mestra
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Profª: Regina Helena Urias Cabrera, Doutora.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Profª: Eliane Oliveira, Mestra
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Coordenadora:
Profª: Carla Barsotti, Mestra
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
CURITIBA
2007
Dedicatória
Dedico este trabalho às pessoas que estão
envolvidas com o ensino da língua alemã e interessadas
na busca por melhorar as suas aulas e torná-las atraente
para os alunos.
Agradecimentos
Agradeço a Deus e aos meus pais, os ensinamentos de vida que me
deram.
Agradeço aos meus filhos e ao meu marido o apoio ao fazer este
trabalho.
Agradeço aos meus professores e mestres, pela visão de mundo que
compartilharam, para que pudesse por ela descobrir novos horizontes.
Epígrafe
WELTEN
ich sehe es
du siehst es
wir sehen es
ich mache es
du machst es
wir machen es
ich erlebe es
du erlebst es
wir erleben es
anders
die selbe Welt?
zwei Wege
ich komme
du gehst
die nächste Kreuzung
du gehst
ich komme
wo treffen wir uns wieder?
Ruth Krahn Markus
Sumário
1
INTRODUÇÃO.............................................................................................1
2
REFERENCIAL TEÓRICO ..........................................................................3
3
A INFLUÊNCIA DA CULTURA ALEMÃ NO BRASIL .................................9
3.1
INTRODUÇÃO .............................................................................................9
3.2
AS FESTAS DE ORIGEM ALEMÃ EM SANTA CATARINA.........................9
3.3
OUTRAS FESTAS DE ORIGEM ALEMÃ NO BRASIL...............................11
4
METODOLOGIA ........................................................................................14
4.1
ATIVIDADE 1 .............................................................................................14
4.2
ATIVIDADE 2 .............................................................................................16
4.3
ATIVIDADE 3 .............................................................................................17
4.4
ATIVIDADE 4 .............................................................................................17
4.5
ATIVIDADE 5 .............................................................................................18
4.6
ATIVIDADE 6 .............................................................................................19
4.7
ATIVIDADE 7 .............................................................................................22
5
CONCLUSÃO ............................................................................................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................25
Resumo
Este trabalho traz um olhar sobre as festas alemãs realizadas no sul do Brasil, em
Santa Catarina, e a importância delas quanto ao cultivo das raízes para a cultura
alemã. Acredita-se que a alegria transmitida pelas danças, a música, sua comida e
seus valores culturais, possa contagiar quem com ela entra em contato, e com
eles tornar o aprendizado mais atraente. Na seqüência propõem-se algumas
opções de atividades a serem usadas em sala de aula, nas quais as festas
aparecem como elemento motivador no aprendizado da língua alemã. O presente
trabalho tem se preocupado em trazer algumas opções que ofereçam esta
possibilidade, conjugando conhecimentos culturais ao aprendizado corriqueiro de
vocabulário, profissões, verbos, voz passiva, entre outros. Para tornar o trabalho
do professor mais fácil, são oferecidas também as soluções em anexo.
Palavras-chave
Cultura Alemã; festas alemãs; motivação; atividades.
1
1 INTRODUÇÃO
A existência numerosa de famílias com antepassados vindos da Alemanha,
Áustria e Suíça, no sul do Brasil, justifica a grande propagação da cultura alemã
nestes estados. Razão esta que, ao lado da instalação de várias multinacionais
alemãs principalmente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fez a busca
pelo idioma alemão aumentar nas escolas de línguas. Surgiu daí a intenção de usarse a cultura como elemento motivador e agregador no aprendizado da língua alemã.
As festas, com suas danças, músicas, comidas típicas e tradições folclóricas
servem de elementos enriquecedores que, quando aproveitados em sala de aula,
podem produzir interesses duradouros envolventes, além dos que já existem.
Buscando este objetivo, o presente trabalho tem a função de propor algumas
atividades para serem usadas em aula, juntamente com os materiais convencionais
de ensino de língua estrangeira, especialmente no que se refere à cultura alemã.
Estas foram elaboradas a partir do material coletado em panfletos turísticos, receitas
e pesquisas na Internet sobre festas folclóricas e comidas típicas alemãs.
Como primeira sugestão de atividade, tem-se um projeto de pesquisa a ser
desenvolvido em pequenos grupos, por assuntos: a cerveja, a comida, a música, os
trajes típicos, variações em festas e artesanato. A segunda atividade sugere uma
aula com expressões idiomáticas que estão ligadas a gastronomia alemã. Na
terceira atividade são trabalhadas as principais profissões dos envolvidos em uma
festa típica. A atividade quatro sugere o uso da voz passiva com receitas alemãs.
Para a atividade cinco, sugere-se uma apresentação em PowerPoint sobre as festas
de outubro em Santa Catarina. Nesta atividade há três opções de uso: um cartão
postal usando-se o presente, o passado Perfekt ou o Futur I. Segue a atividade seis
que apresenta como opção um trabalho vivencial em que os alunos usam os cinco
sentidos (audição, tato, olfato, visão e gustação) para descobrir a cultura e ensinos
ligados à tradição alemã. Na atividade sete propõe-se um trabalho a partir de um
texto para formular perguntas e respostas, como forma de aperfeiçoar a técnica de
extrair as principais informações deste.
2
Justifica-se trabalhar desta maneira por perceber-se uma mudança na
abordagem da cultura alemã. O material mais recente adotado na maioria das
escolas de línguas que ensinam o alemão é o Schritte, que foi adequado aos moldes
da referência européia, recentemente estabelecidos, para ensino de língua
estrangeira. A partir da implantação deste material, observou-se em sala de aula
uma postura diferente em relação à abordagem da cultura. Esta vinha sendo
diretamente apresentada e discutida por outros livros e hoje não é mais abordada
desta forma. Por haver esta lacuna é importante que se retome em sala de aula o
tema “cultura” mais abertamente, o que é a proposta do presente trabalho.
3
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Definindo a natureza da cultura, LARAIA (2006:45) diz que o homem se torna
um produto social do meio em que vive, sendo herdeiro de um processo de
conhecimentos e experiências acumuladas e repassadas entre as gerações. É este
patrimônio cultural que, sendo resultado do esforço da humanidade, permite as
inovações e as invenções.
Comparando o desenvolvimento de um chimpanzé e um ser humano, LARAIA
compreende que a principal diferença entre eles está na comunicação, que é como
se dá em suma, a transmissão de toda a cultura do ser humano aos seus
sucessores num processo cumulativo:
“Assim sendo, cada observação realizada por um indivíduo chimpanzé não beneficia a sua
espécie, pois nasce e acaba com ele. No caso humano, ocorre exatamente o contrário: toda a
experiência de um indivíduo é transmitida aos demais, criando assim um interminável
processo de acumulação. Assim sendo a comunicação é um processo cultural. Mais
explicitamente a linguagem humana é um produto da cultura, mas não existiria cultura se o
homem não tivesse a possibilidade de desenvolver um sistema articulado de comunicação
oral”.(LARAIA, 2006:52)
Nas contribuições de Kroeber para a cultura diz: “A cultura, mais do que a
herança genética, determina o comportamento e justifica as suas realizações ...
Adquirindo cultura, o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que
a agir através de atitudes geneticamente determinadas.” (Kroeber apud LARAIA,
2006:48)
Em outro momento, o mesmo autor comenta: “O modo de ver o mundo, as
apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e
mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja,
o resultado da operação de uma determinada cultura”.(LARAIA, 2006:68)
Mais adiante o autor explica que existem diferentes significados nos
comportamentos de uma cultura para outra como, por exemplo, quando pensamos
no riso que, para os índios Kaapor, é intenso e alto parecendo exprimir gritos de
guerra. Enquanto os japoneses riem muito, até por etiqueta em situações
4
desagradáveis, outras culturas ocidentais talvez não o façam. Diferente ainda é o
motivo que causa o riso e este pode ser analisado pelo conteúdo das piadas. Daí
passando para a comida ou para o cardápio de diferentes culturas, percebe-se que a
grande variedade entre elas costuma causar estremecimento a princípio:
“As pessoas não se chocam, apenas, porque as outras comem coisas diferentes, mas
também pela maneira que agem à mesa. Como utilizamos garfos, surpreendemo-nos com o
uso dos palitos dos japoneses e das mãos por certos segmentos de nossa sociedade... em
algumas sociedades o ato de comer pode ser público, em outras uma atividade privada.
Alguns rituais de boas maneiras exigem um forte arroto, após a refeição, como sinal de
agrado da mesma...” (LARAIA, 2006:71/72).
Segundo LARAIA (2006:73/74) o homem costuma enxergar o mundo ao seu
redor através de sua cultura e daí julgá-lo de acordo com os seus costumes e
princípios, por isso, algumas comunidades consideram outros sistemas culturais
como “absurdos, deprimentes e imorais.”
Há além das grandes divergências culturais, que se levar em conta as
mudanças contínuas pelas quais elas passam. Na própria sociedade brasileira
houve uma mudança notória no comportamento feminino em relação ao número de
relações sexuais pré-matrimoniais e extraconjugais, relatadas em revistas que nos
anos 70 tiveram seus exemplares apreendidos por publicarem a matéria. Anos mais
tarde, contudo, quando se publicou a matéria novamente com resultados mais
significativos, esta não causou o impacto da primeira vez. O padrão ideal estava
mudando. (LARAIA, 2006:100)
Por isso, em seu estudo, LARAIA (2006:101) conclui que:
“...cada sistema cultural está sempre em mudança. Entender esta dinâmica é importante para
atenuar o choque entre as gerações e evitar comportamentos preconceituosos. Da mesma
forma que é fundamental para a humanidade a compreensão das diferenças entre povos de
culturas diferentes, é necessário saber entender as diferenças que ocorrem dentro do mesmo
sistema. Este é o único procedimento que prepara o homem para enfrentar serenamente este
constante e admirável mundo novo por vir”.
Tratando das mudanças da língua, que também é uma mudança cultural, e
que rende discussões entre lingüistas e gramáticos, BAGNO (1999:98) diz;
5
“..porque a língua muda com o tempo, segue o seu curso, transforma-se. Afinal, se não fosse
desse modo, ainda estaríamos falando latim... Na verdade falamos latim, um latim que sofreu
tantas transformações que deixou de ser latim e passou a ser português. Da mesma forma, o
português do Brasil – queiram os gramáticos ou não – também está se transformando, e um
dia, daqui a alguns séculos, será uma língua diferente da falada em Portugal – mais diferente
do que já é ...”
Também FARACO, quando aborda o tema referente à língua padrão versus a
diversidade da língua na cultura diz: “porque a diversidade lingüística e cultural é
fator de riqueza e dinamismo social (ela é, portanto, altamente desejável).”
(FARACO, 2004: 166)
Mesmo a língua portuguesa deixada no Brasil como herança na colonização,
sofreu modificações significativas ao longo destas décadas. Hoje falamos o nosso
português e que já não é mais o de Portugal. No entanto, muitas vezes estes
dinamismos da língua e da cultura são mal interpretados. Comentando o mito de que
“Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem Português”, BAGNO
(1999:29) cita como exemplo o uso do gerúndio no Brasil, em que nas construções
do tipo: “estou comendo, ela está telefonando, Pedro esteve trabalhando muito” no
português falado em Portugal, usa-se a preposição a seguida do verbo no infinitivo.
Portanto as frases acima, ficariam assim: “estou a comer, ela está a telefonar, Pedro
esteve a trabalhar muito” – segundo o autor, fica claro que há apenas uma diferença
de uso e não uma deficiência, nem inferioridade de uma língua para a outra.
HUMBLÉ (2002) faz o seguinte comentário, quando escreve sobre o
aprendizado da língua estrangeira:
“’Meine Sprache ist meine Welt’, dizia Wittgenstein¹, ‘O meu mundo é a minha língua’. É
língua no sentido em que é o espaço organizador da nossa primeira experiência, o caso da
língua nativa, e se torna o mundo de outros seres humanos diferentes na medida em que
aprendemos uma outra língua. Pode ser língua estrangeira como treinamento mental e
experiência dos fundamentos da nossa civilização na época do ensino do latim. Hoje em dia,
no entanto, a língua estrangeira pode significar uma aproximação real a outros povos”.
(WITTGENSTEIN apud HUMBLÉ, 2002:157)
1
Ludwig Wittgenstein é um filósofo do século 20 nascido na Áustria.
6
Passar o conhecimento destas diferenças e torná-las interessantes sem, no
entanto lhes conferir maior ou menor valor evitando com isso choques entre culturas,
e preconceitos por um ou ambos os lados, passa a ser a tarefa do professor de
língua estrangeira em sala de aula. Isso é mencionado por GODOI (2005):
“Assim, uma comunicação eficaz depende do conhecimento do mundo compartilhado. Então,
se queremos formar a competência comunicativa do aluno, temos que lhe apresentar aquele
mínimo de conhecimentos e representações que estão na mente da maioria dos falantes da
língua. Mais ainda: é necessário apresentar esses conhecimentos e representações como
aceitos e compartilhados pelos indivíduos de uma outra comunidade lingüístico-cultural não
como uma verdade absoluta...”.
A cultura como um todo ajuda o aluno na construção de seus conhecimentos
e como forma de desenvolver reflexões sobre o seu próprio mundo. Quando ele se
depara com outras formas de viver, começa a refletir sobre a sua própria maneira de
vida e a repensa. Como Kramsch (1993) observou, nosso fundo cultural tem um
papel importante em definir para nós o que é direito e o que é errado, o que é
agradável e o que é feio, moral, aceitável e inaceitável. Encontrar-se com outras
culturas e seus sistemas de valores pode conseqüentemente, com freqüência,
representar uma ameaça aquela que nós percebemos como correta e fundamenta o
nosso sentido da identidade.
Lya Luft, gaúcha, da cidade de Santa Cruz do Sul, é escritora de sucesso e
autora de vários livros aqui no Brasil. Em uma entrevista à Deutsche Welle, (Internet
acesso em 04/04/2007) ela fala de suas raízes e a influência da cultura alemã em
sua vida:
“...Essa é a parte que eu agradeço. Havia uma literatura alemã, francesa, italiana enorme na
minha casa, além de brasileira e portuguesa. Li muita literatura alemã. Aos 11 anos decorava
longos poemas de Goethe e Schiller. Para mim era natural. ... Eu nasci em Santa Cruz do
Sul, que sempre foi uma cidade típica de descendentes de imigrantes alemães. Meus
antepassados de parte de pai e de mãe vieram naquelas primeiras levas, em 1825. ... Na
minha família se falava "nós, os alemães, e eles, os brasileiros". Isso era uma loucura, porque
nós estávamos há gerações no Brasil.”
De sua posição quanto à sua origem e à sua pátria mãe, Lya Luft não tem
dúvidas. Embora seja de origem alemã e ame sua cultura, ela se considera brasileira
7
e não gosta de tratamentos diferenciados dados por pessoas que vêem a origem
européia como superior à brasileira:
“E como eu era uma menininha muito contestadora, um dia, com 7 ou 8 anos, numa Semana
da Pátria, me dei conta:” Por que falam 'die Brasilianer und wir'?". Eu quero ser brasileira ...Eu
nunca concordei com essa afirmação generalizada no Brasil que diz ‘vocês lá no Sul nem são
bem brasileiros, vocês são meio europeus’. Isso não me elogia em nada, eu não quero ser
européia. Eu tenho o maior respeito pela cultura, pelo trabalho, pelas artes, pelas tradições
de vários lugares na Europa, mas eu sou brasileira e quero gostar do Brasil.”
Lya diz que o alemão foi a sua primeira língua, a qual ela aprendeu ao nascer
em 1938, pouco antes da guerra. Em seguida o idioma passou a ser proibido. Por
isso a família foi obrigada a mudar de idioma e falar o português. No entanto a
língua das avós continuava sendo o alemão, embora nenhuma delas tivesse
conhecido a Alemanha. Na recordação da autora, foram elas as responsáveis em
passar-lhe a paixão pela leitura e pelo imaginário dos contos de fadas.
O que Lya Luft pensa sobre a Oktoberfest, mas ao mesmo tempo diz sobre
preconceitos sulistas dos descendentes alemães nascidos no Brasil em relação aos
outros brasileiros:
“Claro, mas isso é simpático. Não devemos renegar as raízes. Isso é muito legal. É como
você ter CTG [Centro de Tradições Gaúchas]. Mas daí a morar no Brasil, ser de várias
gerações e falar em” Vaterland “... Acho isso um horror. Então todos os açorianos devem
falar:” Oh, pátria portuguesa!". Eu sou uma libertária e de certa forma anarquista. Eu não
gosto disso. Tenho muito respeito e há uma raiz minha germânica, ligada à cultura e à
educação, que me agrada. Agora, há uma certa arrogância e um preconceito que me
desagradam. E um sentimento excessivo e rígido de dever. Mas eu não sou por cortar raízes
ou renegar tradições.”
Na contribuição de LARAIA (2006:68) a respeito da cultura como identificador
de um grupo social determinante ele salienta que:
“O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes
comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança
cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura... podemos entender o
fato de que indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados por uma série
de características, tais como o modo de agir, vestir, caminhar, comer, sem mencionar a
evidência das diferenças lingüísticas, o fato de mais imediata observação empírica.”
8
Portanto o homem carrega consigo a sua cultura e pode-se facilmente
identificar a qual grupo social ele pertence por classificação cultural. No entanto esta
classificação tende a ser muitas vezes carregada de valores, que nem sempre são
autênticos ou benéficos. Estar atento e não permitir que o olhar sobre uma cultura
seja prejudicial ao ensino de língua estrangeira em sala de aula ou que floresçam
preconceitos contra a cultura-mãe, são tarefas do professor. Igualmente importante é
que o professor consiga despertar entusiasmo e interesse nos alunos através do
contato com esta cultura para o aprendizado da mesma. É com esta intenção que o
presente estudo se oferece como opção de trabalho em sala de aula, usando como
tema as festas e comidas típicas alemãs.
9
3 A INFLUÊNCIA DA CULTURA ALEMÃ NO BRASIL
3.1
INTRODUÇÃO
Ao sul do Brasil, encontra-se o maior número de imigrantes alemães no país.
Os três estados desta região receberam imigrantes alemães em grande quantidade.
Para isso contribuiram o clima e a vegetação locais que por si só já lembram a
Alemanha. No inverno as temperaturas são baixas, chegando a nevar em São
Joaquim, Santa Catarina.
O vale Europeu, como é conhecido o vale que circunda o rio Itajaí, lembra os
costumes europeus, pela arquitetura de muitas de suas construções e a gastronomia
em seus restaurantes. Hoje são mais de 520 mil habitantes de origem européia que
chegaram, em sua maioria, nos fins do século XIX. São em Santa Catarina também
as festas tão tradicionais, freqüentadas por milhares de turistas, e que já são
conhecidas em todo o país e até pelo mundo afora. Estas festas ocorrem em
outubro. O começo desta tradição deu-se por existir na Alemanha a tão conhecida
Oktoberfest. Lá a festa começa em meados de setembro e lota os salões todos os
dias durante um mês.
3.2
AS FESTAS DE ORIGEM ALEMÃ EM SANTA CATARINA
- Oktoberfest – Blumenau, Santa Catarina. É atualmente a segunda maior festa
popular do Brasil depois do carnaval, e a maior festa típica do país. Nela serve-se
muito chope gelado embalado por animadas bandas brasileiras e internacionais.
www.oktoberfestblumenau.com.br
Entre as suas principais atrações encontram-se:
-
Os desfiles. A tradição da cidade é exibida nos desfiles pela Rua XV de Novembro.
Participam clubes de caça e tiro, bandas típicas, grupos folclóricos, clubes sociais,
grupos teatrais, rainhas e princesas da Oktoberfest e também representantes das
festas de outubro de outras cidades catarinenses. Os desfiles têm como temática
central A Colonização do Vale do Itajaí, levando para o espetáculo a céu aberto a
saga dos primeiros imigrantes que chegaram à região a partir de 1850.
10
-
Alimentação com comida típica em restaurantes e mais de 20 pontos de venda de
lanches variados da cozinha alemã. O chope é servido em 50 bicas espalhadas pelo
parque.
- 450 horas de música em quatro pavilhões, cerca de 30 bandas que tocam sem
parar a partir das 19 horas, de segunda a sábado; nos domingos a partir das 11h da
manhã.
- Grupos folclóricos. Durante o período de festa, grupos folclóricos de Blumenau e de
outras cidades apresentam todas as noites danças típicas, em seus trajes típicos
coloridos e leveza dos movimentos.
- Chope em metro. Nas noites de quarta a sábado, os bons bebedores podem testar
seus limites no Concurso Nacional dos Tomadores de Chope em Metro. Vence
quem tomar mais rápido os 600 milímetros de chope contidos numa tulipa de 1
metro.
- Artesanato. Na Vila Germânica, as lojas e os pontos de alimentação funcionam o
ano inteiro com tudo o que o turista precisa para divertir-se na festa ou levar como
recordação de Blumenau. O local lembra os antigos vilarejos alemães
Aqui no Brasil, a Oktoberfest de Blumenau se tornou tão importante, que além
desta festa, tem-se hoje um roteiro de várias outras festas que acontecem em
outubro nas cidades circunvizinhas de Blumenau:
- Fenachopp – cidade de Joinville, Santa Catarina. Sua principal atração é o chope
e muita animação. www.lookhere.com.br/fenachopp/
- Fenarreco – cidade de Brusque, Santa Catarina. Criada em 1986 para divulgar o
marreco com repolho, prato típico alemão, é o maior festival gastronômico da região.
www.pmbrusque.com.br
- Schützenfest – cidade de Jaraguá do Sul, Santa Catarina. É uma festa que traz as
tradições da idade média na Alemanha em que se pratica o tiro em competições
esportivas. Alem desta modalidade esportiva a
festa tem como atração os
11
tradicionais desfiles típicos, bailes e bandas, regados a muita cerveja e comida
típica. www.schutzenfest.com.br
- Tirorlerfest – cidade de Treze Tilias, Santa Catarina. Esta festa traz a típica
gastronomia Austríaca: Goulach (molho de carne), o Scheiterhaufen (torta de maçã),
e o Spätzel (mini nhoque com queijo). O artesanato austríaco em esculturas também
é uma atração aos turistas, além da animada música austríaca. http://trezetilias.com.br
- Kegelfest – cidade de Rio do Sul, Santa Catarina. Sua atração principal envolve
uma competição de bocha e os concursos de tomadores de chope. www.riodosul.sc.gov.br
- Oktoberfest de Ipiranga – cidade de lpiranga, Santa Catarina. Por Ipiranga se
localizar no extremo oeste catarinense, já quase divisa com a Argentina, esta cidade
tem a sua própria festa nos moldes das outras “Oktoberfestas” e a mais antiga de
todas, realizada desde 1978.
www.itapiranga.sc.gov.br
- Oberlandfest – cidade de Rio Negrinho, Santa. Concurso de Tiro ao Alvo, chope
em dúzia, concurso de Serrador e outras atrações típicas de uma festa alemã.
www.oberland.cjb.net
- Musikfest – cidade de São Bento do Sul, Santa Catarina. Suas atrações são um
festival de pratos típicos, grupos folclóricos, desfiles alegóricos, animados bailes e
espetáculos culturais. www.saobentodosul.sc.gov.br
- Festa do imigrante – cidade de Timbó, Santa Catarina. Serve-se comida típica
alemã e italiana, e são apresentados desfiles alegóricos, grupos folclóricos regados
a vinho colonial e muito chope. www.timbo.sc.gov.br
3.3
OUTRAS FESTAS DE ORIGEM ALEMÃ NO BRASIL
Em Pernambuco, Patrícia Lundgren trabalha como consultora gastronômica
para restaurantes e residências há vários anos. O que era um hobby tornou-se
profissão: hoje ela também dá aulas sobre culinárias diversas, inclusive a alemã.
Patrícia foi responsável pela parte de culinária típica alemã da Oktoberfest realizada
pelo Clube Alemão de Pernambuco em 2002 e 2003 (veja receita em anexo 5). O
12
que aqui é apresentado sobre sua pessoa faz parte de uma entrevista dada à
Deutsche Welle. (Internet acesso em 04/04/2007)
Patrícia conta que namorou um descendente de alemães, o que a levou a
conhecer mais profundamente a culinária germânica: "Aprendi muito com minha
sogra, e em várias visitas ao seu país de origem. Realmente me identifiquei com os
tipos de alimentos e a forma como eram servidos".
Segundo Patrícia, a culinária alemã é bastante simples e saborosa.
Geralmente os pratos são de fácil preparo, harmoniosos e nutritivos. Como os
alemães passaram por duas guerras dão imenso valor aos alimentos e têm extremo
cuidado com os desperdícios. Patrícia divide a culinária alemã assim:
“Na região norte, (grifo nosso) devido à oferta de peixes de águas geladas é grande o
consumo de badejos, salmões, Hering (arenque), servidos às vezes 'in natura', ou
defumados, assados ou grelhados. Na região central, predominam as florestas, parques
nacionais e reservas para prática de caça. Portanto, é regular o consumo de animais como
veados, javalis, coelhos, faisões, patos e outras carnes de caça. Ao sul, fica a famosa região
da Baviera, principal pólo turístico e porta de entrada da Alemanha. Sua culinária típica
tornou-se mundialmente conhecida: Kassler, Eisbein, chucrute, salsichas e lingüiças. Em
todas as regiões porém, os legumes são bastante utilizados como acompanhamentos das
carnes, principalmente a batata, preparada de inúmeras formas e de acordo com o prato
servido... Para sobremesas, Apfelstrudel (torta folhada de maçã) e Stollen, uma espécie de
pão recheado com frutas...”
Em Belo Horizonte comemora-se há mais de 17 anos a festa dos alemães
chamada: Biergarten criada pela comunidade Luterana e tem um caráter
beneficente. (Biergarten é o nome que se dá na Alemanha aos “jardins de cerveja” como são chamados os bares em que se toma cerveja em meio ao verde.)
Alemanha, Áustria e Suíça estão representadas nessa festa que comemora as
culturas destes países principalmente por meio da música e da culinária.
A colônia alemã não é grande na capital mineira (se comparada a outros
estados mais ao sul). Atualmente residem em Minas Gerais cerca de 1100 alemães
e supõe-se que mais uns 3 mil descendentes. Eles começaram a chegar lá a partir
da década de 50, quando foi inaugurada a filial da empresa Mannesman (que
13
trabalha com mineração) em Belo Horizonte, trazendo muitos germânicos para
aquela região.
No início a festa era bem menor e se restringia aos colonos. Hoje em dia ela
acontece num espaço bem maior e costuma atrair tanto os alemães e descendentes
quanto o público interessado em geral.
14
4 METODOLOGIA
A partir do material coletado através de panfletos turísticos, receitas, e
pesquisas da Internet sobre festas folclóricas e comidas típicas alemãs, foram
elaboradas várias atividades a serem utilizadas com os alunos em sala de aula do
primeiro ao quinto período de alemão.
4.1
ATIVIDADE –1
Como primeira sugestão de atividade, tem-se um projeto a ser desenvolvido
em sala de aula para alunos do 5º período de alemão e com duração de 8 aulas
subseqüentes, de 50 minutos cada.
4.1.1 Divisão em grupos e tarefas.
No primeiro encontro, (com duração de 2 aulas de 50 minutos) o professor
apresenta o seu tema e começa recolhendo as informações que os alunos trazem de
seu conhecimento de mundo sobre as festas alemãs realizadas em Santa Catarina,
especialmente a Oktoberfest. Ele toma nota das informações trazidas pelos alunos
no quadro, para que todos os alunos possam ver e participar ativamente,
comentando e acrescentando suas idéias.
Na continuidade, o professor entrega um texto em alemão, que apresenta a
Oktoberfest e sua origem na Alemanha (ver anexo 1). Após a leitura silenciosa,
discute-se o tema com a participação de todos, fazendo um paralelo com a festa
aqui no Brasil e suas possíveis semelhanças e diferenças.
Após este primeiro contato sobre esta festa alemã, o professor divide a classe
em 5 grupos. Cada grupo recebe um tema a ser pesquisado e trabalhado para ser
apresentado em sala de aula. Acredita-se que até então tenham passados cerca de
50 minutos, por isto, cada grupo terá a seu dispor outra aula de 50 minutos para
discussão e preparação da pesquisa, distribuição de tarefas entre os alunos no
grupo. Para facilitar o trabalho de pesquisa dos alunos, o professor pode sugerir os
links apresentados anteriormente (ver 3.2).
15
4.1.2 A comida
O primeiro tema é a comida que é servida durante as festas. Os alunos ficam
encarregados de descobrir quais são os pratos típicos, suas origens, receitas, seus
principais ingredientes, porque os alemães comem estes pratos, a bebida que os
acompanha, etc. Fica a critério dos alunos a sugestão de servir uma amostra de
algum prato, mas é imprescindível que tragam folders ou cartazes.
4.1.3 Trajes típicos
O segundo tema a ser trabalhado e apresentado são os trajes típicos. Este
tema envolve não só a apresentação dos trajes em aula se possível, como também
as danças, os desfiles, como são feitos, com que objetivos e suas tradições
preservadas durante séculos de cultura. Aqui também entra a tradicional escolha da
rainha e das duas princesas da festa, que é outro assunto enriquecedor a ser
pesquisado.
4.1.4 A música
O terceiro tema a ser trabalhado é a música. Por ela ser tão importante na
propagação da tradição destas festas, ela deve ser estudada com especial cuidado,
levando em conta seu ritmo, sua letra, seu objetivo nas festas, quem são os
músicos, onde aprenderam a sua profissão. Para enriquecer a aula sugere-se a
apresentação de músicas e suas letras para acompanhá-las.
4.1.5 A cerveja
O quarto tema a ser trabalhado é a cerveja. Sem cerveja esta festa não seria
possível. Por isso convém que a composição da cerveja seja estudada bem como a
tradição que está ligada à bebida na Alemanha e como ela continua preservada
aqui. Existe um dado interessante e curioso que os alemães tomam mais café do
que cerveja e isso provavelmente será uma surpresa para os alunos. Por isso
sugere-se que eles façam uma pesquisa de qual seja a bebida preferida dos
alemães, e quanto se toma em uma festa anual de Oktoberfest no Brasil e na
16
Alemanha. Pode-se estender o assunto a uma pesquisa numa página em alemão
que responde a perguntas interessantes como: Cerveja engorda? (www.bier.de)
Outro aspecto a ser comentado é a competição dos bebedores de cerveja e o que
torna um bebedor de cerveja um campeão, qual é o seu troféu.
4.1.6 Outras festas e artesanato
O quinto tema a ser trabalhado são as diferenças das festas que acontecem
no período de outubro em Santa Catarina, quais as suas atrações e peculiaridades.
Inclui-se aqui também o artesanato alemão e a importância dele na sua cultura e
para a economia dos alemães que moram no sul da Alemanha, na Áustria e Suíça.
4.2
ATIVIDADE – 2
Sugere-se esta atividade para alunos que estejam no 4º ou no 5º período de
alemão. Trata-se de uma seleção de expressões idiomáticas que estão ligadas a
palavras usadas na gastronomia alemã. (Ver Anexos 2 e 3 por GRISBACH e
SCHULZ - 1994)
Para melhor entender a relação existente entre as palavras e a festa, o
professor pode perguntar aos alunos sobre as comidas que costumam ser servidas
nesta festa e passar algumas informações. Depois o professor escreve as oito
palavras que aparecem nas expressões idiomáticas, no quadro e as contextualiza na
festa. Exemplo: maçã (Apfel). Onde aparece a maçã na Oktoberfest? Resposta:
como purê de maçã que é um complemento para o joelho de porco (Eisbein), ou
como torta de maçã (Apfelstrudel) que é muitas vezes servido como sobremesa.
Como indicado no próprio texto em alemão, os alunos devem descobrir
primeiro o sentido, deduzindo por associação o seu significado, individualmente.
Depois da correção, o professor conversa com os seus alunos sobre cada uma das
expressões idiomáticas, para ver se ficou alguma dúvida e se o contexto de uso da
expressão idiomática ficou claro. Daí o professor distribui as expressões e pede que
os alunos façam diálogos em duplas. Estes diálogos devem ser do cotidiano e conter
17
uma expressão que depois será interpretada em público. Tempo estimado para a
atividade: 2 aulas de 50 minutos.
4.3
ATIVIDADE 3
Sugestão para alunos que estão no 2 período de alemão. Primeiro o professor
pergunta informalmente o que os alunos fariam se estivessem em Blumenau na
Oktoberfest. Provavelmente os alunos vão dizer que ouviriam música, dançariam,
fariam compras, comeriam comidas típicas e assistiriam a shows, além de beber
muita cerveja. Os verbos neste período já são do conhecimento dos alunos. Eles
estão aprendendo sobre as profissões e aqui o objetivo é trabalhar com elas, para
isso, o professor leva os alunos à consciência de que toda diversão precisa de
alguém que trabalhe, prepare o ambiente, sirva os convidados da festa, e assim por
diante. Por isso ele pergunta aos alunos quais são as profissões que eles encontram
na Oktoberfest. Os alunos farão uma relação das profissões talvez mais evidentes,
mas devem ser ajudados para que a lista seja mais rica em informações. As
profissões também devem ter o feminino, uma vez que podem ser exercidas por
ambos os sexos. Daí cada aluno recebe um bilhete, com o nome de uma destas
profissões e descreve a atividade que o profissional está desenvolvendo. Mais tarde
ele irá dizer as atividades exercidas pelo profissional a todo o grupo e seus colegas
tentarão adivinhar a profissão. Solução para o professor (anexo 4). O tempo
estimado para a atividade é de duas aulas de 50 minutos cada.
4.4
ATIVIDADE 4
Esta é uma atividade que geralmente agrada aos alunos. Por se tratar de
receitas de comidas típicas, alguns discutem o sabor da refeição e até procuram
fazê-la mais tarde. Ela é indicada para alunos no 5º período em que eles aprendem
o uso da voz passiva. As receitas muitas vezes são apresentadas no infinitivo ou na
voz passiva. Por isso se recomenda passar de um tempo verbal ao outro. Em anexo
(5) se encontra uma receita de Kassler ou Eisbein com Chucrute. Esta é uma receita
apresentada por Patrícia Lundgren (ver 3.3) de Pernambuco por ocasião das
Oktoberfests do Clube Alemão em 2002 e 2003. A receita foi escrita em alemão no
infinitivo para ser passada para a voz passiva, por opção da autora desta trabalho.
18
Segue adiante mais uma receita de um bolo típico alemão, o Apfelstrudel,
muito apreciado tanto por alemães como não alemães em geral, e servido como
sobremesa ou para o café da tarde. Esta receita foi tirada do jornal Gazeta do Povo,
03/07/2007 (Curitiba) e está no tempo verbal da voz passiva, traduzida pela autora
deste trabalho, para ser transformada em infinitivo (ver anexo 6). Tempo estimado
para o desenvolvimento da atividade em sala de aula: 50 minutos.
4.5
ATIVIDADE 5
Para esta atividade em sala de aula o professor monta uma apresentação em
PowerPoint (ver exemplo em anexo 7) com as festas em Santa Catarina, dando as
principais informações resumidas em linguagem bem simples e adequada em língua
alemã, para que os alunos principiantes do 1°período de alemão, possam entender o
que está sendo apresentado sem precisar de tradução. Primeiramente os alunos
vêem as fotos e o professor pergunta que lugar é e de qual festa se trata. O
professor tenta já neste momento extrair o máximo de verbos dos alunos, para dizer
o que se pode fazer em uma festa assim. Depois ele passa a matéria da
apresentação na íntegra, e baseados neste conteúdo, os alunos devem dispor de
informações suficientes para escrever um cartão postal como se estivessem em
Blumenau ou em várias outras festas, se divertindo e compartilhando isso com um
amigo ou amiga. Tempo estimado para a atividade: 2 aulas de 50 minutos.
4.5.1 Variação com Perfekt
A mesma apresentação se oferece como variação para outros níveis de uso.
Por exemplo, no 2º período de alemão em que os alunos já estão aprendendo o
passado composto, Perfekt, ela poderia ser usada para descrever uma suposta
viagem a Santa Catarina, em que os alunos acrescentem toda a sua imaginação de
como ela seria e o que eles teriam feito nesta viagem, em uma carta ou e-mail para
um amigo.
4.5.2 Variação com Futur I
Outra opção de trabalho com a apresentação em PowerPoint se oferece com
o futuro (das Verb werden – Futur I), que aparece no 3º período de alemão, em que
19
o aluno poderia fazer planos do que ele acredita encontrar em uma viagem para
Santa Catarina e arredores por ocasião da Oktoberfest em outubro, num convite
informal a alguém que o acompanhe nesta viagem.
4.6
ATIVIDADE 6
Esta atividade é conhecida no meio alemão como Lernstation que quer dizer
estação de aprendizado vivencial. A idéia deste tipo de aprendizado está em
envolver a participação do aluno, ao fazer os exercícios sugeridos, de maneira que
ele vivencie ao mesmo tempo em que aprende algo novo. Para tanto, procura-se
estimular o máximo possível o uso de todos ou pelos menos alguns, dos cinco
sentidos: audição, degustação, olfato, tato e visão.
Para esta atividade os alunos da sala são divididos em 5 grupos. Como as
atividades são bastante variadas, envolvendo muito vocabulário e conhecimento
prévio de verbos e expressões de situações particulares, este exercício não é
indicado para alunos principiantes. É importante que eles tenham no mínimo o
quarto nível de alemão para que não se perca em qualidade do exercício e que os
alunos possam conversar livremente na língua alvo. Cada grupo recebe três tarefas
para executar, em envelopes preparados, onde o professor explica passo a passo,
as tarefas a serem desenvolvidas pelos alunos (ver exemplo em anexo 8). Esta parte
da aula dura cerca de 20 minutos. Quando completadas as tarefas, os grupos
recebem as respostas preparadas para conferência em outro envelope. Mais tarde
cada grupo irá compartilhar e passar o que aprendeu a todos, completando 2 aulas
de 50 minutos cada.
4.6.1 Audição
A primeira tarefa que os alunos recebem é pensar em estilos de músicas que
representem uma tradição e listá-las. Daí eles ouvem uma música e a identificam
(seu estilo, em que festa é tocada, etc.) Depois eles devem transcrever parte da
música que ouviram (repetindo se necessário) e conferir com a letra fornecida para
ver o que acertaram e se não souberem o vocabulário, procurar no dicionário.
20
4.6.2 Tato
Dentro de um saco de pano, colocar três tecidos: 1 – cetim brilhante, 2 –
renda ou ponto russo, 3 – feltro. Os tecidos devem ser tocados pelos alunos, sem
serem vistos. Os alunos devem adivinhar os seus nomes e escrevê-los em alemão
na folha para isso destinada (eles podem usar o dicionário).
Numa folha que
contenha os contornos de um homem e uma mulher, eles devem desenhar as
roupas que estão descritas em uma folha à parte, em alemão. Por último os alunos
comparam os desenhos com uma foto ou folder de roupas típicas.
4.6.3 Gustação
Os alunos recebem um produto dentro de um potinho e antes de abri-lo
escolhem alguém para experimentá-lo com os olhos vendados. Depois de provar, o
aluno diz o que é, e se não souber pode tirar a venda. Se ainda não souber, há uma
solução que pode ser consultada. (Duas coisas para serem experimentadas:
mostarda, e açúcar em torrões). A mostarda é um complemento muito usado nas
festas alemãs para acompanhamento de salsichas, carne de porco e elemento
básico na salada de batatas alemã. Por isso se oferece como conhecimento cultural
divergente entre a comida brasileira e alemã. Já o açúcar em torrões é diferente no
gosto, mais suave por ter origem na beterraba, e também no formato, quadradinhos,
que para nós é bem pouco conhecido.
Os alunos devem ler uma receita de salada alemã de batata (ver anexo 9), entender
os seus ingredientes e relacionar as diferenças que normalmente são encontradas
na salada brasileira de batata.
4.6.4 Olfato
Os alunos recebem três objetos para cheirar: uma vela perfumada, um
sabonete em sache feito à mão, e um objeto pequeno de madeira, talhado à mão
que tenha cheiro característico (exemplo: imbuia). Eles devem cheirar e pegar estes
objetos e escrever o que eles têm em comum. Resposta – o artesanato. Depois eles
recebem um texto explicativo (ver anexo 10) em que se ressalta a importância do
artesanato para os alemães. Por exemplo, na Bavária em que o inverno não oferece
21
muitas formas de se trabalhar quando neva ou as temperaturas estão muito baixas,
ele representa um adicional para a renda familiar. Nesta região o trabalho feito em
madeira entalhada é muito comum e reconhecido mundialmente. Esta tradição os
alemães também trouxeram para o Brasil e hoje, em Treze Tílias, se encontram
vários artesãos que vivem deste trabalho. O artesanato é importante também como
transmissão de valores culturais familiares. A vela simboliza o calor humano, e o
alemão quando recebe visitas em sua casa, costuma acender uma vela para
demonstrar a sua apreciação pelo visitante. Em dias muito sombrios, os alemães
também acendem velas para dar mais luminosidade ao ambiente. O seu aroma e cor
tornam o ambiente mais agradável e ajuda a alegrar ambientes deprimentes. São
chamadas de Teelichter em alemão – luzes do chá. O sabonete simboliza o presente
que para o alemão vale mais quando é feito à mão. Primeiramente, por ser
personalizado e segundo porque o tempo e a dedicação gastos com ele, não são
avaliáveis. Por último os alunos devem fazer um cartão em papel vegetal, (em
grupo) para um amigo, que é uma forma de pessoalmente fazer um trabalho
artesanal.
4.6.5 Visão
Os alunos encontram um chaveiro dentro de um envelope, com a bandeira
alemã e podem pegá-lo, sentir a suas saliências. Eles devem responder à pergunta:
a qual país pertence esta bandeira? Depois, eles encontram um copinho de chope
em miniatura com o brasão do estado da Baviera e eles devem dizer a que estado
da Alemanha ele pertence, o que simboliza o objeto, para que serve. E por fim eles
devem consultar o mapa alemão para dizer em que cidade acontece a festa alemã
mais conhecida do mundo e seu nome. Por fim os alunos recebem um texto que não
irão ler naquele momento, só descrever as figuras coloridas contidas nele.
4.6.6 Conclusão da atividade
Quando todos os grupos estiverem prontos, os alunos se reúnem em um
círculo, onde na seqüência, cada grupo fala em poucas palavras o que
espontaneamente lembra da sua atividade. Para isso os alunos dispõem de mais ou
menos quinze minutos, considerando três minutos para cada grupo. Então o
22
professor distribui o texto final (ver anexo 11) para todos e eles voltam a trabalhar
em grupos onde cada um identifica no texto o que este tem a dizer sobre a sua
atividade. Para isso os alunos dispõem de mais ou menos dez minutos. Depois,
voltando ao círculo maior, fazem assim o relato do resultado do que o texto fala
sobre a atividade que vivenciaram. Os alunos dispõe de três minutos em cada grupo
num total de quinze minutos. Finalizando, eles enumeram o que aprenderam da
cultura alemã, nesta aula, em vinte minutos. (O Professor pode também, se quiser e
dispuser de tempo, pedir aos alunos que comentem a experiência individualmente).
O tempo restante, cerca de vinte minutos, é para que os alunos escrevam um texto
(valendo nota) de 100 palavras sobre a Oktobefest.
4.7
ATIVIDADE 7
Para esta atividade trabalha-se um texto em aula, e dando-lhe o nome de:
“oficina de texto”. Conforme a escolha, a atividade pode ser aplicada desde o
primeiro nível em diante, no entanto aqui o texto (ver anexo 12) exige conhecimentos
prévios adequados ao quarto período. Antes de começar o trabalho com o texto em
si, o professor deve fazer uma revisão da estrutura de uma frase em alemão por
ordem de importância de compreensão de palavras: substantivos (que em alemão
são facilmente reconhecidos, porque são escritos com letra maiúscula, mesmo no
meio da frase), verbos (que na frase em alemão sempre recebem a posição 2 ou no
final da frase), pronomes e por fim advérbios. Com isso ele chama a atenção dos
alunos para que não se prendam a adjetivos, interjeições ou complementos nas
frases, porque para a compreensão do texto não são de vital importância. É muito
importante que os alunos aprendam a extrair as principais informações para que
leiam com mais desenvoltura e também para que não se preocupem em traduzir
palavra por palavra e sim tenham uma compreensão global do texto. Também é
necessário que o professor revise os pronomes interrogativos da língua alvo antes
de começar a atividade.
Cada grupo recebe uma cópia do texto “Brasilien Oktoberfest” a ser
trabalhado. Os alunos são divididos em 3 grupos e cada grupo um recebe um trecho
do texto (podendo usar o dicionário se necessário) e sobre o qual deve formular três
perguntas. Esta parte da aula dura cerca de 15 minutos. Quando completadas as
23
tarefas, os grupos trocam suas perguntas e têm mais 15 minutos para respondê-las.
Por último, são novamente trocados os textos e as repostas, de modo que o terceiro
grupo receba as perguntas e respostas que ele mesmo não fez. Então os alunos
apenas lêem e conferem as perguntas e respostas em voz alta para ver se estão
corretas. Para isso eles têm mais 10 minutos. Por fim estas perguntas e respostas
são lidas para todos. Normalmente este tipo de exercício é muito útil, porque além
de tirar dúvidas que os alunos têm, revela também algumas dificuldades que estes
apresentam em formular perguntas adequadas para a resposta que pretendem
obter.
24
5 CONCLUSÃO
A cultura Alemã, além de ter um lado sério e intelectual, e que já é de
conhecimento do público, pelos seus escritores (como Goethe, Schiller, Thomas
Mann, Rilke e outros) e pelos seus filósofos e pensadores (como Kant, Karl Marx,
Nietsche e outros), possui um lado divertido e este também se faz presente nas
festas folclóricas com influência alemã aqui no Brasil. Acreditamos que a motivação
tem um papel fundamental para manter o interesse do aluno na aprendizagem e por
isso, é importante que se quebre a rotina das aulas tornando-as atraentes para os
alunos. Pensando assim, houve a preocupação em oferecer aos colegas
professores atividades didáticas que têm como ponto de partida as festas na cultura
alemã.
O tema aqui abordado oferece-se para vários outros estudos, uma vez que as
festas alemãs não se resumem a Oktoberfest somente. Há outras festas alemãs aqui
não exploradas como, por exemplo “das Schlachtfest” a festa da matança do porco,
realizada também em Santa Catarina, São Bento do Sul, e que pertence à tradição
alemã. Ou a Münchenfest a festa do chope escuro, realizada em Ponta Grossa,
Paraná. E outras festas alemãs como: O Kerb, festa realizada por ocasião de uma
nova igreja ou paróquia. Das Erntefest a festa da colheita ou Erntedankfest a festa
de agradecimento pela colheita. As festas de Natal e Páscoa também rendem um
bom estudo, uma vez que são realizadas com várias particularidades que não estão
presentes em nossa cultura brasileira. Há também as festas do Rio Grande do Sul,
ou de outras localidades do Brasil, onde se encontram
imigrantes alemães de
número expressivo como no Espírito Santo. Estas ficam aqui como sugestões de
futuras pesquisas.
25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e Cultura. Curitiba: Base Editora,
2004.
GODOI E. Pragmática: A Cultura No Ensino De Língua Disponível em:
<www.filologia.org.br/ixcnlf/9/01.htm - 27k> acesso: 20/09/2006.
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HERTZOG, Carlos
-
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<http://www.belasantacatarina.com.br/festas.asp> – acesso: 04/04/2007
HIPERT, S. et al. Schritte I – Deutschland, Düsseldorf: Max Hüber Verlag, 2004.
HUMBLÉ, Philippe. Lingüística e ensino: Novas tecnologias. Blumenau, Nova
Letra, 2004.
KRAMSCH, Claire. Context and Culture and Culture in Language Teaching.
Oxford: Oxford Univ.Press, 1993 In: CONTEXTO E CULTURA NO ENSINO DO
INGLÊS, Por Ragnhild Lund <www-bib.hive.no/tekster/hveskrift/notat/2001-05/not52001-03.html - 55k> acesso: 09/07/2007.
LARAIA, Roque de Barros Cultura um conceito antropológico – Jorge Zahar
Editor, 2006.
LUNDGREN, Patrícia Entrevista Disponível em: <www.ccba.com.br>– acesso:
04/04/2007
ROSA, Sergio. Biergarten 2006 - Festa das Nações de Língua Alemã, Belo
Horizonte (MG) Disponível em <http:www.overmundo.com.br/agenda/agenda.php?
estado=mg.> acesso 30/9/2006
SCHOSSLER, Alexandre Lya Luft: "A cultura alemã me influenciou muito" –
Deutsche Welle. Disponível em <http:www.dw-world.de> acesso: 04/04/2007.
26
ANEXO 1
Oktoberfest, größtes Volksfest der Welt, das alljährlich 16 Tage lang in der
letzten September- und ersten Oktoberwoche in München gefeiert wird. Das in
bayerischer Mundart auch als „Wies’n“ bezeichnete Großereignis auf der Münchner
Theresienwiese geht zurück auf das Hochzeitsfest des bayerischen Kronprinzen und
späteren Königs Ludwig I. mit Therese von Sachsen-Hildburghausen, zu dessen
Anlass 1810 ein Pferderennen mit Bierausschank und Tanz veranstaltet wurde. Das
zweite
Oktoberfest
1811
präsentierte
sich
in
Verbindung
mit
einem
Landwirtschaftsfest, wie es auch heute noch im zweijährigen Turnus der Fall ist. Das
Fest, das mit seinen zahlreichen Bierzelten und Fahrgeschäften alljährlich ein
Millionenpublikum anlockt, fand 1997 zum 163. Mal statt. ¹
Das Oktoberfest heute – Das Oktoberfest zieht jährlich über 6 Millionen
Besucher an. Die Gäste kommen immer zahlreicher auch aus dem Ausland,
vorwiegend aus Italien, aus den USA, aus Japan und aus Australien. In den letzten
Jahren tragen immer mehr Wiesnbesucher(innen), die dorthin gehen, Lederhosen.
Als ein wachsendes Problem erwies sich der übermäßige Alkoholkonsum der
Wiesnbesucher. Set 2005 entwickelte man das Konzept der Ruhigen Wiesn. Die
Zeltbetreiber sind dazu verpflichtet, bis 18:00 Uhr nur traditionelle Blasmusik zu
spielen und die Musiklautstärke auf 85 dB zu begrenzen. Erst abends werden auch
Schlager und Popmusik gespielt. Dadurch ist das Oktoberfest auch für Familien und
ältere Besucher wieder zugänglicher und die traditionelle Atmosphäre bleibt erhalten.
Höhepunkte: Pferdegespann der Brauereien, Einzug der Wiesnwirte, Fassanstich,
Trachtenumzug,
der Wiesn-Hit.
Andere
Atraktionen:
Toboggan
heiβt
auch
Turmrutschbahn, Riesenrad , Krinoline oder Rundkarussell, das Teufelsrad und Pitt’s
Todeswand wo fliehende Motorradfahrer seit 1928 akrobatische Kunststücke
vorführen.²
¹"Oktoberfest", Microsoft® Encarta® 98 Enzyklopädie. © 1993-1997 Microsoft Corporation.
Alle Rechte vorbehalten.
²www.de.wikipedia.org/wiki/Oktoberfest - 81k - 9. Juni 2007 acesso em: 11/07/2007
27
ANEXO 2
28
ANEXO 3
Oktoberfest
– Ausdrücke der kuliranischen deutschen Gastronomie.
Aufgabe: Suchen Sie für jede Redensart ein Beispiel.
1) Apfel – „In den sauren Apfel beißen.“ – Etwas tun obgleich es einem
schwerfällt. ________
2) Bier – „etwas wie sauer Bier anbieten.“ – Eine schwer verkäufliche Ware sehr
anpreisen.________
3) Fett – „das macht den Kohl oder den Kraut nicht fett.“ – Das nutzt
nichts.________
4) Flügel – „Die Flügel hängen lassen.“ – Enttäuscht, mutlos sein.
5) Gänsehaut – „Eine Gänsehaut bekom men.“ _______
6) Giessen – „Sich einen hinter die Binde oder auf die Lampe
gießen.“__________
7) Kirschen – „Mit ihm ist nicht gut Kirschen essen.“ – Mit ihm kann man nicht
gut auskommen.
8) Hahn – „Hahn im Korb sein.“
a) Du brauchst wegen deiner enttäuschten Liebe nicht dein Leben lang die
Flügel hängen lassen.
b)Vor einem Jahr hat man die Aktien dieses Betriebes wie sauer Bier
angeboten, und heute kann man keine einzige mehr bekommen.
c) Lass nur dein Geld stecken, deine paar Pfennige, machen den Kohl auch
nicht fett.
d) Meine Tochter wünscht sich einen Wagen. Ich glaube, ich muss wohl in den
sauren Apfel beißen und ihr einen kaufen.
e) Es ist schon besser, ihm den Gefallen zu tun; denn du weißt, mit großen
Herren ist ja nicht gut Kirschen essen.
f) In jeder Gesellschaft interessieren sich die Damen besonders für ihn; er ist
überall der Hahn im Korb.
g) Komm doch mit uns ins Wirtshaus! Wir gießen uns noch einen hinter die
Binde!
29
ANEXO 4
Berufe – Losungsblatt für Lehrer:
1) Kellner(in)– bedient die Gäste, schreibt die Bestellungen auf, räumt auf.
2) Sänger (in) – singt, macht Shows auf der Bühne, spielt Gitarre oder andere
Musikinstrumente.
3) Krankenschwester/ Krankenpfleger – bedient die Kranken, die manchmal zu
viel getrunken haben, misst Fieber, macht Spritzen.
4) Verkäufer (in)
- verkäuft Souveniers oder Andenken an die Besucher,
macht die Packete, bekommt das Geld.
5) Putzfrau/ Putzmann – machen alles wieder sauber, räumen auf und stellen
alle Sachen wieder dorthin, wo sie gebraucht werden.
6) Dekorateuer (in) – plant wie die Räume aussehen, was, wohin gestellt wird,
orientiert den Mittarbeitern.
7) Bäcker(in) – backt Kuchen, Torten, Brote.
8) Koch / Köchin – kocht die Gerichte, arbeitet in der Küche.
9) Hotelpförtner (in) – bedient die Tür , das Telefon, die Gäste, trägt die
Koffer.
10) Hoteldiener (in) – macht die Betten, fegt die Räume, räumt auf, und putzt
die Zimmer saugt den Staub mit dem Stabsauger.
11) Fleischbrater (in) – bratet, grillt das Fleisch, bereitet das Fleich vor.
12) Busfahrer (in) – fährt mit dem Bus, nimmt die Gäste mit, prüft die Räder
nach. (Auch Taxifahrer)
13) Arzt/Ärztin – untersucht den Kranken, stellt Fragen, macht spritzen,
verschreibt Medikamente.
14) Aufbauer (in) – baut die Festhallen und Ausstellungshallen auf, und auch
wieder ab.
15) Kunsthandverker (in) – macht Souvenirs, und Kunsstücke, die nachher als
Andenken verkauft werden.
30
ANEXO 5
Kassler oder Eisbein mit Sauerkraut
Zutaten
02 Kassler oder 01 Eisbein
01 Dose Sauerkraut (500 G)
02 Lorbeerblätter
03 Scheiben Ananas aus süβe Konserve
Pfefferkorn nach Geschmack.
Zubereitung
Alle Zutaten mit etwas Wasser in einen Topf legen, zudecken, dann für
ungefähr eine Stunde kochen lassen, bis das Fleisch sich von dem Knochen
löst.
Mit ganze Kattoffeln servieren, sie mit Schale kochen und nur zum Servieren
noch heiβ abschälen. Man fügt einen guten Senf und ein gutes Bier hinzu.
(Rezept von Patrícia Lundgren - www.ccba.com.br)
31
ANEXO 6
Apfelstrudel (aus Brasilien)
Zutaten
1 Paket Blätterteig (300 G)
1 Esslöffel geschmolzene Butter
2 Esslöffel geröstetes Brotmehl
3 sauere Äpfel, dick gerieben
1 Tablete gehackte weiβe Schokolade
(200G)
3 Esslöffel Zucker
1Teelöffel Zimt in Pulver
Feiner Zucker zum Bestreuen
Zubereitung
Der Blätterteig wird auf ein reines Tuch ausgebreitet und mit der Hälfte der
geschmolzenen Butter bestrichen. Dann werden das geröstete Brotmehl und die
gehackte Schokolade über die Butter gestreut. Darüber wird nachher auch der Zimpt
mit dem gemischten Zucker gestreut. Ganz vorsichtig wird der Teig eingerollt, die
Ränder werden zugemacht und der Strudel wird auf ein gefettetes Blech gelegt. Der
Teig wird nochmal von auβen mit Butter bestrichen und in den heiβen Ofen (circa
200ºG) für 30 Minuten gestellt. Wenn der Strudel fertig ist, wird er mit feinen Zucker
bestreut.
(Rezept aus der Zeitung: Gazeta do Povo – Sonntag den 03/07/2007)
32
ANEXO 7 - Modelo de PowerPoint
Deutsche Feste
Oktoberfest in Blumenau
33
Deutsche Feste in Brasilien
Santa Catarina
im Oktober
• Oktoberfest – das grosse deutsche
Kulturfest in Blumenau, ist auch das
zweitgrösste Fest in Brasilien.
• Auf dem Fest trinkt man viel Bier und
hört man sehr viele deutsche Musik.
Dort spielen Bands aus Deutschland
und Brasilien.
Oktoberfest
• Auch bekommt man viel typisches
deutsches Essen wie: Grillfleisch,
Sauerkraut, Eisbein, Wurst und
anderes.
• Schöne Umzüge fahren in
geschmückten Wagen durch die Stadt.
• Viele schöne Souvenirs findet man und
auch Bastelarbeit, die wahre
Kunstarbeiten sind.
34
Fenachopp
Das Fest feiert man in
Joinville.
Die Deutschen wollen
ihre Freude und
Traditionen zeigen, weitergeben.
Wie der Name des Festes sagt,
trinkt man dort sehr viel Bier.
Fenarreco
Das Fest feiert man in
Brusque.
Es ist das grösste
gastronomische Fest in Santa Catarina.
Man bekommt dort das typische
deutsche Gericht: Ente mit Rotkohl.
Auch wird auf dem Fest viel getanzt
und Musik gespielt.
35
ANEXO 8 – AUFGABE ZUM HÖREN
1) Denken Sie an die verschiedensten Arten von Musik, die Sie schon kennen und
machen Sie eine Liste (auf Deutsch). Dafür dürfen Sie das Wörterbuch gebrauchen:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2) Auf dem Tisch ist ein Cd-Spieler. Im Apparat ist eine Cd. Hören Sie ein Stück vom
Lied Nr. 3 und antworten Sie: a) Zu welcher Art von Lieder gehört es?
_____________ b) Hatten Sie es schon einmal gehört?______________. c)Auf
welches Fest spielt man so ein Lied? ______________________
3) Hören Sie das Lied noch einmal. Was sagt der Autor? Schreiben Sie bitte 8 Sätze
auf.
1.
_______________________________________________________________
2.
_______________________________________________________________
3.
_______________________________________________________________
4.
_______________________________________________________________
5.
_______________________________________________________________
6.
_______________________________________________________________
7.
_______________________________________________________________
8.
_______________________________________________________________
Wenn die Arbeit fertig ist, dürfen Sie die Losung im Briefumschlag nachsehen.
36
LOSUNG: (HÖRVERSTEHEN)
1) Musikarten:
1. Techno = elektronische Musik Beispiele: - Avantgarde (Kraftwerk),
Elektronische Popmusik (Depeche Mode), EBM (Front 242), Industrial (u.a.
Clock DVA), Detroit Techno (Cybotron)
2. Pop-Musik = "populäre Musik
3. HipHop = kommt von der schwarzen Funk- und Soul-Musik. Beispiele : - Rap
und Djing; - Breakdance; - Beatboxing;- Graffiti
4. Jazz sein Ursprung liegt im schwarzafrikanischen Blues, dem Spirituals und
dem Gospel.
5. Rock´n´Roll eine US-amerikanische Musikrichtung aus den 50ern und 60ern.
6. Schlager wenig anspruchsvollen Texten und sentimentalen Melodien.
7. Country stammt aus den USA. Country wird mit Gitarre und Banjo gespielt.
8. Volksmusik Heimattexte benutzt die sich auf das jeweilige Land beziehen.
9. Hymne - Die Hymne ist ein Lobesgesang. Es gab schon im Mittelalter Hymne.
10. Gospel - christliche Musikart des 20. und 21. Jahrhunderts. Kirchenmusik aus
afroamerikanischer Gemeinden. Aus http://www.musicover.de
2) a)Schlager b) Persönlich c) Volksfest/ Oktoberfest
3)Marmor, Stein und Eisen Bricht
- Drafi Deutscher
Weine nicht, wenn der Regen fällt (Dam Dam, Dam Dam )
Es gibt einen der zu Dir hält (Dam Dam, Dam Dam )
Marmor, Stein und Eisen bricht
aber unsere Liebe nicht
alles, alles geht vorbei
doch wir sind uns treu
Kann ich einmal nicht bei dir sein (Dam Dam, Dam Dam )
Denk daran, du bist nicht allein (Dam Dam, Dam Dam )
Marmor, Stein und Eisen bricht...
Nimm den goldenen Ring von mir (Dam Dam, Dam Dam )
Bist Du traurig dann sagt er dir (Dam Dam, Dam Dam )
Marmor, Stein und Eisen bricht...
Every body NOW !
Marmor, Stein und Eisen bricht...
Lied aus : www.lyricsdownload.com/drafi-deutscher-marmor-stein-uns-eisen-bricht-lyrics.html - 26k -
den 11/06/07.
37
ANEXO 9
Aus Seite 37 – Kursbuch Schritte International 1 - Max Hueber Verlag.
38
ANEXO 10 – Die Handarbeit für den Deutschen
Im Süden Bayerns, Österreich und in der Schweiz ist der Winter ziemlich hart
und deshalb arbeitet man nicht viel drauβen, wenn es schneit oder die Temperatur
niedrig ist. Die Handarbeiten sind dann eine andere Art Einkommen, die im Haushalt
mithelfen können. Diese Tradition wurde auch nach Brasilien mitgebracht. In der
Stadt Treze Tílias (auf Deutsch: Dreizehn Linden), in Santa Catarina, wohnen
mehrere österreichische Künstler, die von ihrer Arbeit als Handarbeiter leben. Mit der
Handarbeit werden auch andere Werte in den Familien übermittelt.
Die Kerzen sind ein Simbol der Wärme und wenn der Deutsche Besuch
bekommt, zündet er eine Kerze an, um dem Gast zu zeigen, dass er sich über seinen
Besuch freut. In trüben Tagen, auch wenn das Wetter schlecht ist, und das Licht im
Raum fehlt, zünden die Deutschen Kerzen an, damit es heller wird. Der Duft, das
Licht und die Farben der Kerzen machen den Raum fröhlicher und weniger
deprimiert. Man nennt diese Kerzen Teelichter auf Deutsch.
Die Seife ist ein Simbol von einem handgemachten Geschenk. Die Deutschen
legen mehr Wert auf ein persönlich gemachtes Geschenk, als auf ein gekauftes.
Erstens, weil es persönlich ist und nicht in Serie gemacht worden, zweitens, weil es
Zeit gekostet hat, und um es herzustellen, sein Wert nicht mit Geld abgeschätzt
werden kann.
39
ANEXO 11
Blumenau und sein Oktoberfest
Hier fühlt man sich als Deutscher (fast) wie zu Hause! Die Schilder an den
Geschäften zeigen oft deutsche Nachnamen und eines der Hotels heißt sogar "Himmelblau"!
Alles
Wissenswerte
zu
Blumenau
findet
Ihr
hier.
«Das Oktoberfest in Blumenau: Zwei große Überschwemmungen in den Jahren 1983 und
1984 hatten nicht nur die Gebäude ruiniert, sondern auch die Stadtkasse geleert. Um Abhilfe
zu schaffen, kamen die Stadtväter von Blumenau auf eine ungewöhnliche Idee: Sie richteten,
nach bayerischem Vorbild, ein Oktoberfest aus, das "die Bitterkeit der zweimal fast
zerstörten Stadt ausgleichen sollte". Die Rechnung ging auf - der Erfolg übertraf alle
Erwartungen. Das Fest ist inzwischen - nach dem Carneval in Rio - das zweitgrößte
Volksfest
Brasiliens,
die
Idee
wird
vielerorts
kopiert.»
Der Artikel zum Oktoberfest bei brasilien.de hat allerdings nicht ganz recht, denn vor
Blumenau gab es schon andere
Städte mit einem Oktoberfest. Zum
Beispiel feiert die Stadt Itapiranga
(ganz im Westen des Staates Santa
Catarina gelegen) in diesem Jahr
das 25. Oktoberfest, während in
Blumenau sich das Fest zum 20. Mal
jährt. Aber das Fest in Blumenau ist
einfach
Drei
das
Wochen
bekannteste.
lang
ist
volles
Programm, mit zum Teil deutschen,
aber
auch
Bräuchen
sehr
und
viel
eigenen
Gepflogenheiten.
Soviel zur Geschichte des Festes.
Natürlich
konnte
ich
mir
dieses Spektakel nicht entgehen
lassen und so bin ich dann am
Samstag, den 18. Oktober - also am
letzten Oktoberfest-Wochenende -
40
nach
Blumenau
gefahren.
Start der organisierten Tour war 14 Uhr in Florianópolis und nach zwei Stunden fahrt im
Reisebus waren wir dann in Blumenau. Mit dabei waren noch Charles und Fernando, zwei
Studis von der Uni, mit denen ich mich gleich sehr gut verstanden habe.
Oben seht ihr mich in der Innenstadt von Blumenau - vor dem Fest (Einlaß war erst abends
um 19 Uhr). Da wird dann schon ordentlich gebechert, bzw."gechoppt"! Hier bekommt man
nämlich keine Maß Bier, sondern einen "Chopp". Den Alu-Krug kauft man sich am besten (ist
ein schönes Andenken) und lässt ihn
immer
Ein
wieder
weiterer
nachfüllen.
Unterschied
zum
deutschen Oktoberfest fällt gleich am
Eingang (Bild links) auf: Man darf 10
Reais zahlen, um überhaupt erstmal
aufs Festgelände zu dürfen! Aber dann
war ich schon beeindruckt, mit wieviel
Liebe zum Detail hier eine Welt
geschaffen
wurde,
die
einen
fast
vergessen lässt, dass man in Brasilien
ist! Die Tanzdarbietungen haben die
Menge
und
mich
begeistert!
Für das richtige Flair sorgten sehr gut
spielende einheimische Musikkapellen,
wie
"BANDA
z.B.
OS
die
TRADICIONALISTAS
BLUMENAU SC". Und die Lederhosen
schienen echt zu sein! Es gab aber
auch extra eingeflogene deutsche Bands.
Die "Högl Fun Band" (www.hoeglband.de)
sorgte
dieses
Münchner
Jahr
schon
Oktoberfest
für
auf
dem
mächtig
Stimmung und Sänger Michi Högl hatte für
dieses
Gastspiel
sogar
portugiesisch
gelernt! Natürlich haben die Brasilianer ein
wenig Schwierigkeiten "Marmor, Stein und
Eisen bricht" fehlerfrei mitzusingen und
41
Michi mußte ihnen auch erst beibringen, wann sie beim Party-Hit "Wahnsinn" von Wolfgang
Petry "Hölle, Hölle, Hölle, Hölle" rufen müssen, aber spätestens bei "I can't get no
satisfaction" von den Stones wussten wieder alle Bescheid! Zudem waren die Leute ganz
aus dem Häuschen, als die Band auch Lieder aus der brasilianischen Hitparade spielte. Und
natürlich beim Song zum Oktoberfest: "Hallo Blumenau, bom dia Brasil!" Die Brasilianer
sehen es auch ganz locker, wenn die
Texte von Hubert von Goysern frei
ins portugiesische übersetzt werden.
Ach ja: Der "Anton aus Tirol" durfte
auch nicht fehlen und "Hey, Hey
Baby (ooh aah) I wanna knoo-o-o-oo-ow if you'll be my girl" kennen und
können
sie
auch...
Die Band links ist allerdings nicht die
oben erwähnte "Högl Fun Band". Die hatte irgendwann Feierabend, aber die Party musste ja
bis
in
den
frühen
Morgen
weitergehen...
Wie schon erwähnt, gibt es hier das
Bier in Alu-Krügen oder Pappbechern.
Es gibt allerdings einen Wettbewerb,
bei dem das Bier aus einem ganz
anderen Behältnis getrunken wird:
Das heißt dann "Chopp em Metro".
Wie der Name schon erahnen lässt,
wird das Bier aus einem einen Meter langen Glasrohr auf Zeit getrunken - eine Mordsgaudi
für
Auf
die
dem
Bild
Zuschauer!
nebenan
zeigen
gerade die Damen ihr können.
Die Zeit wird von unparteiischen
Helfern gestoppt und danach wird es
noch einmal spannend. Es muss
nämlich
nicht
der
schnellste
Trinker/Trinkerin
der
Sieger/die
Siegerin sein! Es kommt auch darauf
42
an, ob und wieviel Bier noch im "Metro" übrig geblieben ist! Da wird dann mit
Präzisionsinstrumenten nachgemessen und erst anschließend werden die Gewinner
verkündet!
Die schnellsten (männlichen) Trinker hatten den "Metro" in 10 Sekunden geleert. Natürlich
zieht soviel Können die Frauen an... ;-)
Auf dem Bild ist der Drittplatzierte des Halbfinales mit der Oktoberfest-Königin zu sehen. So
weit ich mich erinnern kann, ist er aus Florianopolis!
Die Plätze 1 bis 3 erhalten jeweils eine Medaille und
kommen eine Runde weiter, also in diesem Fall ins Finale.
Wer letztendlich gewonnen hat, weiss ich nicht. Ist aber
auch Nebensache.
Wo so viel getrunken wird,
muss
natürlich
auch
was
gegessen werden! Und das geht
so:
Man zahle 12 Reais Eintritt für den
Biergarten und kann dann an
einem üppigen Buffet sooft man
will deutsche und brasilianische
Leckereien
auf
seinen
Teller
laden!
Es gab Schweinebraten und Eisbein und allerlei Dinge vom Grill, wie ihr sehen könnt.
Natürlich ein großes Salatbuffet und als Beilagen Reis, Kartoffeln und Kartoffelbrei, die
obligatorischen Bohnen - und sogar Sauerkraut!
43
Auf dem Bild seht ihr v.l.n.r. Charles, mich und Fernando. Das Bild trügt etwas: Ich habe
nicht
mehr
gegessen,
als
die
anderen Beiden - ich bin nur öfter
zum
Buffet...
Der Chopp ist übrigens nicht im
Eintrittspreis inbegriffen. Den halben
Liter gibts für 2,50 Reais.
Und weil sie so schön sind, gibts hier
ein Bild der Königin mit ihren beiden
Prinzessinnen.
Die Rainha, sprich Königin, ist Patrícia Lueders (22,
Bildmitte), "primera princesa" ist Franciane Christen (23)
und "segunda princesa" ist Cíntia Goldacker (20).
Ich
glaube,
Franciane
ist
die
rechts
im
Bild.
Auch das Magazin Playboy ist von der Schönheit der
Damen überzeugt und wollte alle drei ablichten - mit
weniger
Kleidung,
versteht
sich.
Aber die Drei haben abgelehnt; sind halt anständige Mädels.
Die
Mädels
auf
dem
nebenstehenden Bild haben wir an
einem Souvenirstand getroffen. Sie
wussten nicht, was auf ihren T-Shirts
geschrieben steht (Ich bin nicht Was
Du
denkst...
...aber
auf
dem
Oktoberfest!) und da haben wir
natürlich freundlich, wie wir sind,
Übersetzungshilfe geleistet. Und der
Dicke bin natürlich ich.
Aus dem Internet: http://www.fmc.uni-karlsruhe.de/~oliver/brasil_blumenau.html
vom 08/05/2007
44
ANEXO 12
Brasilien Oktoberfest
Blumenau liegt im Bundesstaat Santa Catarina im Süden Brasiliens
und hat etwa 200.000 Einwohner. Die Stadt befindet sich etwa 50 km vom
Meer entfernt am Itajai-Fluss im Landesinneren. Ein deutscher Arzt, Dr.
Herman Blumenau gründete eine Kolonie im 19. Jahrhundert. Wie in der
Heimat entstanden bäuerliche Familienbetriebe, Kirchen, Gasthäuser,
Schulen sowie schöne Fachwerkhäuser.
Das Oktoberfest hat sich in den letzten Jahren zum größten Fest in
Blumenau
entwickelt.
Das
zweitgröβte
Fest
in
Brasilien
und
das
zweitgröβte Bierfest der Welt. Das Oktoberfest ist bereits das gröβte
touristische Ereignis in Santa Catarina. Nach schwere Überschwemungen
der Stadt Blumenau wurde 1984 dieses Fest ins Leben gerufen und zieht
jedes Jahr tausende von Touristen an.
Wie das Münchener Vorbild ziehen Pferde der Brauereiwagen durch
die Straßen. Musiker in Trachten sorgen für die richtige Blasmusik.
Deutsche Gastkapellen treten jedes Jahr auf. Am Abend findet das Fest in
den 5 Pavillions der PROEB statt, mit Shows von deutschen Musikkapellen,
nationaller Musik und Rock-Shows.
Die deutsche Küche ist ebenfalls mit diversen typischen Gerichten
präsent. Von der Brezel über Weisswurst und Mass bis hin zum Hendel ist
alles zu haben.
In den zahlreichen Restaurants und Geschäften gibt es Dutzende
von Souveniers zu kaufen, T-Shirts, Hüte, Bierkrüge, alle mit typischen
Symbolen des Festes.
Aus
dem
Internet:
http://www.bueno6.de/oktoberfest.php
http://www.teutonia-latina.net/feste/oktober.htm vom 09/07/2007
und

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