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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Centro Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas Curso de Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas Ruth Krahn Markus O ENSINO DA CULTURA ALEMÃ COMO ELEMENTO MOTIVADOR NO APRENDIZADO DA LÍNGUA CURITIBA 2007 RUTH KRAHN MARKUS O ENSINO DA CULTURA ALEMÃ COMO ELEMENTO MOTIVADOR NO APRENDIZADO DA LÍNGUA Pré-projeto apresentado como avaliação parcial da Disciplina Metodologia da Pesquisa, no Curso de Especialista em Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas, Centro Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientadora: Mestra Maristela P. Werner CURITIBA 2007 TERMO DE APROVAÇÃO Ruth Krahn Markus O ENSINO DA CULTURA ALEMÃ COMO ELEMENTO MOTIVADOR NO APRENDIZADO DA LÍNGUA Monografia aprovada com nota 9,7 como requisito parcial para obtenção do título de Especialista, pelo curso de Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas, do Centro Acadêmico de Línguas Estrangeiras Modernas – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, pela seguinte banca examinadora: Orientador: Profª: Maristela P. Werner, Mestra Universidade Tecnológica Federal do Paraná Profª: Regina Helena Urias Cabrera, Doutora. Universidade Tecnológica Federal do Paraná Profª: Eliane Oliveira, Mestra Universidade Tecnológica Federal do Paraná Coordenadora: Profª: Carla Barsotti, Mestra Universidade Tecnológica Federal do Paraná CURITIBA 2007 Dedicatória Dedico este trabalho às pessoas que estão envolvidas com o ensino da língua alemã e interessadas na busca por melhorar as suas aulas e torná-las atraente para os alunos. Agradecimentos Agradeço a Deus e aos meus pais, os ensinamentos de vida que me deram. Agradeço aos meus filhos e ao meu marido o apoio ao fazer este trabalho. Agradeço aos meus professores e mestres, pela visão de mundo que compartilharam, para que pudesse por ela descobrir novos horizontes. Epígrafe WELTEN ich sehe es du siehst es wir sehen es ich mache es du machst es wir machen es ich erlebe es du erlebst es wir erleben es anders die selbe Welt? zwei Wege ich komme du gehst die nächste Kreuzung du gehst ich komme wo treffen wir uns wieder? Ruth Krahn Markus Sumário 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................1 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..........................................................................3 3 A INFLUÊNCIA DA CULTURA ALEMÃ NO BRASIL .................................9 3.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................9 3.2 AS FESTAS DE ORIGEM ALEMÃ EM SANTA CATARINA.........................9 3.3 OUTRAS FESTAS DE ORIGEM ALEMÃ NO BRASIL...............................11 4 METODOLOGIA ........................................................................................14 4.1 ATIVIDADE 1 .............................................................................................14 4.2 ATIVIDADE 2 .............................................................................................16 4.3 ATIVIDADE 3 .............................................................................................17 4.4 ATIVIDADE 4 .............................................................................................17 4.5 ATIVIDADE 5 .............................................................................................18 4.6 ATIVIDADE 6 .............................................................................................19 4.7 ATIVIDADE 7 .............................................................................................22 5 CONCLUSÃO ............................................................................................24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................................25 Resumo Este trabalho traz um olhar sobre as festas alemãs realizadas no sul do Brasil, em Santa Catarina, e a importância delas quanto ao cultivo das raízes para a cultura alemã. Acredita-se que a alegria transmitida pelas danças, a música, sua comida e seus valores culturais, possa contagiar quem com ela entra em contato, e com eles tornar o aprendizado mais atraente. Na seqüência propõem-se algumas opções de atividades a serem usadas em sala de aula, nas quais as festas aparecem como elemento motivador no aprendizado da língua alemã. O presente trabalho tem se preocupado em trazer algumas opções que ofereçam esta possibilidade, conjugando conhecimentos culturais ao aprendizado corriqueiro de vocabulário, profissões, verbos, voz passiva, entre outros. Para tornar o trabalho do professor mais fácil, são oferecidas também as soluções em anexo. Palavras-chave Cultura Alemã; festas alemãs; motivação; atividades. 1 1 INTRODUÇÃO A existência numerosa de famílias com antepassados vindos da Alemanha, Áustria e Suíça, no sul do Brasil, justifica a grande propagação da cultura alemã nestes estados. Razão esta que, ao lado da instalação de várias multinacionais alemãs principalmente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fez a busca pelo idioma alemão aumentar nas escolas de línguas. Surgiu daí a intenção de usarse a cultura como elemento motivador e agregador no aprendizado da língua alemã. As festas, com suas danças, músicas, comidas típicas e tradições folclóricas servem de elementos enriquecedores que, quando aproveitados em sala de aula, podem produzir interesses duradouros envolventes, além dos que já existem. Buscando este objetivo, o presente trabalho tem a função de propor algumas atividades para serem usadas em aula, juntamente com os materiais convencionais de ensino de língua estrangeira, especialmente no que se refere à cultura alemã. Estas foram elaboradas a partir do material coletado em panfletos turísticos, receitas e pesquisas na Internet sobre festas folclóricas e comidas típicas alemãs. Como primeira sugestão de atividade, tem-se um projeto de pesquisa a ser desenvolvido em pequenos grupos, por assuntos: a cerveja, a comida, a música, os trajes típicos, variações em festas e artesanato. A segunda atividade sugere uma aula com expressões idiomáticas que estão ligadas a gastronomia alemã. Na terceira atividade são trabalhadas as principais profissões dos envolvidos em uma festa típica. A atividade quatro sugere o uso da voz passiva com receitas alemãs. Para a atividade cinco, sugere-se uma apresentação em PowerPoint sobre as festas de outubro em Santa Catarina. Nesta atividade há três opções de uso: um cartão postal usando-se o presente, o passado Perfekt ou o Futur I. Segue a atividade seis que apresenta como opção um trabalho vivencial em que os alunos usam os cinco sentidos (audição, tato, olfato, visão e gustação) para descobrir a cultura e ensinos ligados à tradição alemã. Na atividade sete propõe-se um trabalho a partir de um texto para formular perguntas e respostas, como forma de aperfeiçoar a técnica de extrair as principais informações deste. 2 Justifica-se trabalhar desta maneira por perceber-se uma mudança na abordagem da cultura alemã. O material mais recente adotado na maioria das escolas de línguas que ensinam o alemão é o Schritte, que foi adequado aos moldes da referência européia, recentemente estabelecidos, para ensino de língua estrangeira. A partir da implantação deste material, observou-se em sala de aula uma postura diferente em relação à abordagem da cultura. Esta vinha sendo diretamente apresentada e discutida por outros livros e hoje não é mais abordada desta forma. Por haver esta lacuna é importante que se retome em sala de aula o tema “cultura” mais abertamente, o que é a proposta do presente trabalho. 3 2 REFERENCIAL TEÓRICO Definindo a natureza da cultura, LARAIA (2006:45) diz que o homem se torna um produto social do meio em que vive, sendo herdeiro de um processo de conhecimentos e experiências acumuladas e repassadas entre as gerações. É este patrimônio cultural que, sendo resultado do esforço da humanidade, permite as inovações e as invenções. Comparando o desenvolvimento de um chimpanzé e um ser humano, LARAIA compreende que a principal diferença entre eles está na comunicação, que é como se dá em suma, a transmissão de toda a cultura do ser humano aos seus sucessores num processo cumulativo: “Assim sendo, cada observação realizada por um indivíduo chimpanzé não beneficia a sua espécie, pois nasce e acaba com ele. No caso humano, ocorre exatamente o contrário: toda a experiência de um indivíduo é transmitida aos demais, criando assim um interminável processo de acumulação. Assim sendo a comunicação é um processo cultural. Mais explicitamente a linguagem humana é um produto da cultura, mas não existiria cultura se o homem não tivesse a possibilidade de desenvolver um sistema articulado de comunicação oral”.(LARAIA, 2006:52) Nas contribuições de Kroeber para a cultura diz: “A cultura, mais do que a herança genética, determina o comportamento e justifica as suas realizações ... Adquirindo cultura, o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que a agir através de atitudes geneticamente determinadas.” (Kroeber apud LARAIA, 2006:48) Em outro momento, o mesmo autor comenta: “O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura”.(LARAIA, 2006:68) Mais adiante o autor explica que existem diferentes significados nos comportamentos de uma cultura para outra como, por exemplo, quando pensamos no riso que, para os índios Kaapor, é intenso e alto parecendo exprimir gritos de guerra. Enquanto os japoneses riem muito, até por etiqueta em situações 4 desagradáveis, outras culturas ocidentais talvez não o façam. Diferente ainda é o motivo que causa o riso e este pode ser analisado pelo conteúdo das piadas. Daí passando para a comida ou para o cardápio de diferentes culturas, percebe-se que a grande variedade entre elas costuma causar estremecimento a princípio: “As pessoas não se chocam, apenas, porque as outras comem coisas diferentes, mas também pela maneira que agem à mesa. Como utilizamos garfos, surpreendemo-nos com o uso dos palitos dos japoneses e das mãos por certos segmentos de nossa sociedade... em algumas sociedades o ato de comer pode ser público, em outras uma atividade privada. Alguns rituais de boas maneiras exigem um forte arroto, após a refeição, como sinal de agrado da mesma...” (LARAIA, 2006:71/72). Segundo LARAIA (2006:73/74) o homem costuma enxergar o mundo ao seu redor através de sua cultura e daí julgá-lo de acordo com os seus costumes e princípios, por isso, algumas comunidades consideram outros sistemas culturais como “absurdos, deprimentes e imorais.” Há além das grandes divergências culturais, que se levar em conta as mudanças contínuas pelas quais elas passam. Na própria sociedade brasileira houve uma mudança notória no comportamento feminino em relação ao número de relações sexuais pré-matrimoniais e extraconjugais, relatadas em revistas que nos anos 70 tiveram seus exemplares apreendidos por publicarem a matéria. Anos mais tarde, contudo, quando se publicou a matéria novamente com resultados mais significativos, esta não causou o impacto da primeira vez. O padrão ideal estava mudando. (LARAIA, 2006:100) Por isso, em seu estudo, LARAIA (2006:101) conclui que: “...cada sistema cultural está sempre em mudança. Entender esta dinâmica é importante para atenuar o choque entre as gerações e evitar comportamentos preconceituosos. Da mesma forma que é fundamental para a humanidade a compreensão das diferenças entre povos de culturas diferentes, é necessário saber entender as diferenças que ocorrem dentro do mesmo sistema. Este é o único procedimento que prepara o homem para enfrentar serenamente este constante e admirável mundo novo por vir”. Tratando das mudanças da língua, que também é uma mudança cultural, e que rende discussões entre lingüistas e gramáticos, BAGNO (1999:98) diz; 5 “..porque a língua muda com o tempo, segue o seu curso, transforma-se. Afinal, se não fosse desse modo, ainda estaríamos falando latim... Na verdade falamos latim, um latim que sofreu tantas transformações que deixou de ser latim e passou a ser português. Da mesma forma, o português do Brasil – queiram os gramáticos ou não – também está se transformando, e um dia, daqui a alguns séculos, será uma língua diferente da falada em Portugal – mais diferente do que já é ...” Também FARACO, quando aborda o tema referente à língua padrão versus a diversidade da língua na cultura diz: “porque a diversidade lingüística e cultural é fator de riqueza e dinamismo social (ela é, portanto, altamente desejável).” (FARACO, 2004: 166) Mesmo a língua portuguesa deixada no Brasil como herança na colonização, sofreu modificações significativas ao longo destas décadas. Hoje falamos o nosso português e que já não é mais o de Portugal. No entanto, muitas vezes estes dinamismos da língua e da cultura são mal interpretados. Comentando o mito de que “Brasileiro não sabe português / Só em Portugal se fala bem Português”, BAGNO (1999:29) cita como exemplo o uso do gerúndio no Brasil, em que nas construções do tipo: “estou comendo, ela está telefonando, Pedro esteve trabalhando muito” no português falado em Portugal, usa-se a preposição a seguida do verbo no infinitivo. Portanto as frases acima, ficariam assim: “estou a comer, ela está a telefonar, Pedro esteve a trabalhar muito” – segundo o autor, fica claro que há apenas uma diferença de uso e não uma deficiência, nem inferioridade de uma língua para a outra. HUMBLÉ (2002) faz o seguinte comentário, quando escreve sobre o aprendizado da língua estrangeira: “’Meine Sprache ist meine Welt’, dizia Wittgenstein¹, ‘O meu mundo é a minha língua’. É língua no sentido em que é o espaço organizador da nossa primeira experiência, o caso da língua nativa, e se torna o mundo de outros seres humanos diferentes na medida em que aprendemos uma outra língua. Pode ser língua estrangeira como treinamento mental e experiência dos fundamentos da nossa civilização na época do ensino do latim. Hoje em dia, no entanto, a língua estrangeira pode significar uma aproximação real a outros povos”. (WITTGENSTEIN apud HUMBLÉ, 2002:157) 1 Ludwig Wittgenstein é um filósofo do século 20 nascido na Áustria. 6 Passar o conhecimento destas diferenças e torná-las interessantes sem, no entanto lhes conferir maior ou menor valor evitando com isso choques entre culturas, e preconceitos por um ou ambos os lados, passa a ser a tarefa do professor de língua estrangeira em sala de aula. Isso é mencionado por GODOI (2005): “Assim, uma comunicação eficaz depende do conhecimento do mundo compartilhado. Então, se queremos formar a competência comunicativa do aluno, temos que lhe apresentar aquele mínimo de conhecimentos e representações que estão na mente da maioria dos falantes da língua. Mais ainda: é necessário apresentar esses conhecimentos e representações como aceitos e compartilhados pelos indivíduos de uma outra comunidade lingüístico-cultural não como uma verdade absoluta...”. A cultura como um todo ajuda o aluno na construção de seus conhecimentos e como forma de desenvolver reflexões sobre o seu próprio mundo. Quando ele se depara com outras formas de viver, começa a refletir sobre a sua própria maneira de vida e a repensa. Como Kramsch (1993) observou, nosso fundo cultural tem um papel importante em definir para nós o que é direito e o que é errado, o que é agradável e o que é feio, moral, aceitável e inaceitável. Encontrar-se com outras culturas e seus sistemas de valores pode conseqüentemente, com freqüência, representar uma ameaça aquela que nós percebemos como correta e fundamenta o nosso sentido da identidade. Lya Luft, gaúcha, da cidade de Santa Cruz do Sul, é escritora de sucesso e autora de vários livros aqui no Brasil. Em uma entrevista à Deutsche Welle, (Internet acesso em 04/04/2007) ela fala de suas raízes e a influência da cultura alemã em sua vida: “...Essa é a parte que eu agradeço. Havia uma literatura alemã, francesa, italiana enorme na minha casa, além de brasileira e portuguesa. Li muita literatura alemã. Aos 11 anos decorava longos poemas de Goethe e Schiller. Para mim era natural. ... Eu nasci em Santa Cruz do Sul, que sempre foi uma cidade típica de descendentes de imigrantes alemães. Meus antepassados de parte de pai e de mãe vieram naquelas primeiras levas, em 1825. ... Na minha família se falava "nós, os alemães, e eles, os brasileiros". Isso era uma loucura, porque nós estávamos há gerações no Brasil.” De sua posição quanto à sua origem e à sua pátria mãe, Lya Luft não tem dúvidas. Embora seja de origem alemã e ame sua cultura, ela se considera brasileira 7 e não gosta de tratamentos diferenciados dados por pessoas que vêem a origem européia como superior à brasileira: “E como eu era uma menininha muito contestadora, um dia, com 7 ou 8 anos, numa Semana da Pátria, me dei conta:” Por que falam 'die Brasilianer und wir'?". Eu quero ser brasileira ...Eu nunca concordei com essa afirmação generalizada no Brasil que diz ‘vocês lá no Sul nem são bem brasileiros, vocês são meio europeus’. Isso não me elogia em nada, eu não quero ser européia. Eu tenho o maior respeito pela cultura, pelo trabalho, pelas artes, pelas tradições de vários lugares na Europa, mas eu sou brasileira e quero gostar do Brasil.” Lya diz que o alemão foi a sua primeira língua, a qual ela aprendeu ao nascer em 1938, pouco antes da guerra. Em seguida o idioma passou a ser proibido. Por isso a família foi obrigada a mudar de idioma e falar o português. No entanto a língua das avós continuava sendo o alemão, embora nenhuma delas tivesse conhecido a Alemanha. Na recordação da autora, foram elas as responsáveis em passar-lhe a paixão pela leitura e pelo imaginário dos contos de fadas. O que Lya Luft pensa sobre a Oktoberfest, mas ao mesmo tempo diz sobre preconceitos sulistas dos descendentes alemães nascidos no Brasil em relação aos outros brasileiros: “Claro, mas isso é simpático. Não devemos renegar as raízes. Isso é muito legal. É como você ter CTG [Centro de Tradições Gaúchas]. Mas daí a morar no Brasil, ser de várias gerações e falar em” Vaterland “... Acho isso um horror. Então todos os açorianos devem falar:” Oh, pátria portuguesa!". Eu sou uma libertária e de certa forma anarquista. Eu não gosto disso. Tenho muito respeito e há uma raiz minha germânica, ligada à cultura e à educação, que me agrada. Agora, há uma certa arrogância e um preconceito que me desagradam. E um sentimento excessivo e rígido de dever. Mas eu não sou por cortar raízes ou renegar tradições.” Na contribuição de LARAIA (2006:68) a respeito da cultura como identificador de um grupo social determinante ele salienta que: “O modo de ver o mundo, as apreciações de ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o resultado da operação de uma determinada cultura... podemos entender o fato de que indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados por uma série de características, tais como o modo de agir, vestir, caminhar, comer, sem mencionar a evidência das diferenças lingüísticas, o fato de mais imediata observação empírica.” 8 Portanto o homem carrega consigo a sua cultura e pode-se facilmente identificar a qual grupo social ele pertence por classificação cultural. No entanto esta classificação tende a ser muitas vezes carregada de valores, que nem sempre são autênticos ou benéficos. Estar atento e não permitir que o olhar sobre uma cultura seja prejudicial ao ensino de língua estrangeira em sala de aula ou que floresçam preconceitos contra a cultura-mãe, são tarefas do professor. Igualmente importante é que o professor consiga despertar entusiasmo e interesse nos alunos através do contato com esta cultura para o aprendizado da mesma. É com esta intenção que o presente estudo se oferece como opção de trabalho em sala de aula, usando como tema as festas e comidas típicas alemãs. 9 3 A INFLUÊNCIA DA CULTURA ALEMÃ NO BRASIL 3.1 INTRODUÇÃO Ao sul do Brasil, encontra-se o maior número de imigrantes alemães no país. Os três estados desta região receberam imigrantes alemães em grande quantidade. Para isso contribuiram o clima e a vegetação locais que por si só já lembram a Alemanha. No inverno as temperaturas são baixas, chegando a nevar em São Joaquim, Santa Catarina. O vale Europeu, como é conhecido o vale que circunda o rio Itajaí, lembra os costumes europeus, pela arquitetura de muitas de suas construções e a gastronomia em seus restaurantes. Hoje são mais de 520 mil habitantes de origem européia que chegaram, em sua maioria, nos fins do século XIX. São em Santa Catarina também as festas tão tradicionais, freqüentadas por milhares de turistas, e que já são conhecidas em todo o país e até pelo mundo afora. Estas festas ocorrem em outubro. O começo desta tradição deu-se por existir na Alemanha a tão conhecida Oktoberfest. Lá a festa começa em meados de setembro e lota os salões todos os dias durante um mês. 3.2 AS FESTAS DE ORIGEM ALEMÃ EM SANTA CATARINA - Oktoberfest – Blumenau, Santa Catarina. É atualmente a segunda maior festa popular do Brasil depois do carnaval, e a maior festa típica do país. Nela serve-se muito chope gelado embalado por animadas bandas brasileiras e internacionais. www.oktoberfestblumenau.com.br Entre as suas principais atrações encontram-se: - Os desfiles. A tradição da cidade é exibida nos desfiles pela Rua XV de Novembro. Participam clubes de caça e tiro, bandas típicas, grupos folclóricos, clubes sociais, grupos teatrais, rainhas e princesas da Oktoberfest e também representantes das festas de outubro de outras cidades catarinenses. Os desfiles têm como temática central A Colonização do Vale do Itajaí, levando para o espetáculo a céu aberto a saga dos primeiros imigrantes que chegaram à região a partir de 1850. 10 - Alimentação com comida típica em restaurantes e mais de 20 pontos de venda de lanches variados da cozinha alemã. O chope é servido em 50 bicas espalhadas pelo parque. - 450 horas de música em quatro pavilhões, cerca de 30 bandas que tocam sem parar a partir das 19 horas, de segunda a sábado; nos domingos a partir das 11h da manhã. - Grupos folclóricos. Durante o período de festa, grupos folclóricos de Blumenau e de outras cidades apresentam todas as noites danças típicas, em seus trajes típicos coloridos e leveza dos movimentos. - Chope em metro. Nas noites de quarta a sábado, os bons bebedores podem testar seus limites no Concurso Nacional dos Tomadores de Chope em Metro. Vence quem tomar mais rápido os 600 milímetros de chope contidos numa tulipa de 1 metro. - Artesanato. Na Vila Germânica, as lojas e os pontos de alimentação funcionam o ano inteiro com tudo o que o turista precisa para divertir-se na festa ou levar como recordação de Blumenau. O local lembra os antigos vilarejos alemães Aqui no Brasil, a Oktoberfest de Blumenau se tornou tão importante, que além desta festa, tem-se hoje um roteiro de várias outras festas que acontecem em outubro nas cidades circunvizinhas de Blumenau: - Fenachopp – cidade de Joinville, Santa Catarina. Sua principal atração é o chope e muita animação. www.lookhere.com.br/fenachopp/ - Fenarreco – cidade de Brusque, Santa Catarina. Criada em 1986 para divulgar o marreco com repolho, prato típico alemão, é o maior festival gastronômico da região. www.pmbrusque.com.br - Schützenfest – cidade de Jaraguá do Sul, Santa Catarina. É uma festa que traz as tradições da idade média na Alemanha em que se pratica o tiro em competições esportivas. Alem desta modalidade esportiva a festa tem como atração os 11 tradicionais desfiles típicos, bailes e bandas, regados a muita cerveja e comida típica. www.schutzenfest.com.br - Tirorlerfest – cidade de Treze Tilias, Santa Catarina. Esta festa traz a típica gastronomia Austríaca: Goulach (molho de carne), o Scheiterhaufen (torta de maçã), e o Spätzel (mini nhoque com queijo). O artesanato austríaco em esculturas também é uma atração aos turistas, além da animada música austríaca. http://trezetilias.com.br - Kegelfest – cidade de Rio do Sul, Santa Catarina. Sua atração principal envolve uma competição de bocha e os concursos de tomadores de chope. www.riodosul.sc.gov.br - Oktoberfest de Ipiranga – cidade de lpiranga, Santa Catarina. Por Ipiranga se localizar no extremo oeste catarinense, já quase divisa com a Argentina, esta cidade tem a sua própria festa nos moldes das outras “Oktoberfestas” e a mais antiga de todas, realizada desde 1978. www.itapiranga.sc.gov.br - Oberlandfest – cidade de Rio Negrinho, Santa. Concurso de Tiro ao Alvo, chope em dúzia, concurso de Serrador e outras atrações típicas de uma festa alemã. www.oberland.cjb.net - Musikfest – cidade de São Bento do Sul, Santa Catarina. Suas atrações são um festival de pratos típicos, grupos folclóricos, desfiles alegóricos, animados bailes e espetáculos culturais. www.saobentodosul.sc.gov.br - Festa do imigrante – cidade de Timbó, Santa Catarina. Serve-se comida típica alemã e italiana, e são apresentados desfiles alegóricos, grupos folclóricos regados a vinho colonial e muito chope. www.timbo.sc.gov.br 3.3 OUTRAS FESTAS DE ORIGEM ALEMÃ NO BRASIL Em Pernambuco, Patrícia Lundgren trabalha como consultora gastronômica para restaurantes e residências há vários anos. O que era um hobby tornou-se profissão: hoje ela também dá aulas sobre culinárias diversas, inclusive a alemã. Patrícia foi responsável pela parte de culinária típica alemã da Oktoberfest realizada pelo Clube Alemão de Pernambuco em 2002 e 2003 (veja receita em anexo 5). O 12 que aqui é apresentado sobre sua pessoa faz parte de uma entrevista dada à Deutsche Welle. (Internet acesso em 04/04/2007) Patrícia conta que namorou um descendente de alemães, o que a levou a conhecer mais profundamente a culinária germânica: "Aprendi muito com minha sogra, e em várias visitas ao seu país de origem. Realmente me identifiquei com os tipos de alimentos e a forma como eram servidos". Segundo Patrícia, a culinária alemã é bastante simples e saborosa. Geralmente os pratos são de fácil preparo, harmoniosos e nutritivos. Como os alemães passaram por duas guerras dão imenso valor aos alimentos e têm extremo cuidado com os desperdícios. Patrícia divide a culinária alemã assim: “Na região norte, (grifo nosso) devido à oferta de peixes de águas geladas é grande o consumo de badejos, salmões, Hering (arenque), servidos às vezes 'in natura', ou defumados, assados ou grelhados. Na região central, predominam as florestas, parques nacionais e reservas para prática de caça. Portanto, é regular o consumo de animais como veados, javalis, coelhos, faisões, patos e outras carnes de caça. Ao sul, fica a famosa região da Baviera, principal pólo turístico e porta de entrada da Alemanha. Sua culinária típica tornou-se mundialmente conhecida: Kassler, Eisbein, chucrute, salsichas e lingüiças. Em todas as regiões porém, os legumes são bastante utilizados como acompanhamentos das carnes, principalmente a batata, preparada de inúmeras formas e de acordo com o prato servido... Para sobremesas, Apfelstrudel (torta folhada de maçã) e Stollen, uma espécie de pão recheado com frutas...” Em Belo Horizonte comemora-se há mais de 17 anos a festa dos alemães chamada: Biergarten criada pela comunidade Luterana e tem um caráter beneficente. (Biergarten é o nome que se dá na Alemanha aos “jardins de cerveja” como são chamados os bares em que se toma cerveja em meio ao verde.) Alemanha, Áustria e Suíça estão representadas nessa festa que comemora as culturas destes países principalmente por meio da música e da culinária. A colônia alemã não é grande na capital mineira (se comparada a outros estados mais ao sul). Atualmente residem em Minas Gerais cerca de 1100 alemães e supõe-se que mais uns 3 mil descendentes. Eles começaram a chegar lá a partir da década de 50, quando foi inaugurada a filial da empresa Mannesman (que 13 trabalha com mineração) em Belo Horizonte, trazendo muitos germânicos para aquela região. No início a festa era bem menor e se restringia aos colonos. Hoje em dia ela acontece num espaço bem maior e costuma atrair tanto os alemães e descendentes quanto o público interessado em geral. 14 4 METODOLOGIA A partir do material coletado através de panfletos turísticos, receitas, e pesquisas da Internet sobre festas folclóricas e comidas típicas alemãs, foram elaboradas várias atividades a serem utilizadas com os alunos em sala de aula do primeiro ao quinto período de alemão. 4.1 ATIVIDADE –1 Como primeira sugestão de atividade, tem-se um projeto a ser desenvolvido em sala de aula para alunos do 5º período de alemão e com duração de 8 aulas subseqüentes, de 50 minutos cada. 4.1.1 Divisão em grupos e tarefas. No primeiro encontro, (com duração de 2 aulas de 50 minutos) o professor apresenta o seu tema e começa recolhendo as informações que os alunos trazem de seu conhecimento de mundo sobre as festas alemãs realizadas em Santa Catarina, especialmente a Oktoberfest. Ele toma nota das informações trazidas pelos alunos no quadro, para que todos os alunos possam ver e participar ativamente, comentando e acrescentando suas idéias. Na continuidade, o professor entrega um texto em alemão, que apresenta a Oktoberfest e sua origem na Alemanha (ver anexo 1). Após a leitura silenciosa, discute-se o tema com a participação de todos, fazendo um paralelo com a festa aqui no Brasil e suas possíveis semelhanças e diferenças. Após este primeiro contato sobre esta festa alemã, o professor divide a classe em 5 grupos. Cada grupo recebe um tema a ser pesquisado e trabalhado para ser apresentado em sala de aula. Acredita-se que até então tenham passados cerca de 50 minutos, por isto, cada grupo terá a seu dispor outra aula de 50 minutos para discussão e preparação da pesquisa, distribuição de tarefas entre os alunos no grupo. Para facilitar o trabalho de pesquisa dos alunos, o professor pode sugerir os links apresentados anteriormente (ver 3.2). 15 4.1.2 A comida O primeiro tema é a comida que é servida durante as festas. Os alunos ficam encarregados de descobrir quais são os pratos típicos, suas origens, receitas, seus principais ingredientes, porque os alemães comem estes pratos, a bebida que os acompanha, etc. Fica a critério dos alunos a sugestão de servir uma amostra de algum prato, mas é imprescindível que tragam folders ou cartazes. 4.1.3 Trajes típicos O segundo tema a ser trabalhado e apresentado são os trajes típicos. Este tema envolve não só a apresentação dos trajes em aula se possível, como também as danças, os desfiles, como são feitos, com que objetivos e suas tradições preservadas durante séculos de cultura. Aqui também entra a tradicional escolha da rainha e das duas princesas da festa, que é outro assunto enriquecedor a ser pesquisado. 4.1.4 A música O terceiro tema a ser trabalhado é a música. Por ela ser tão importante na propagação da tradição destas festas, ela deve ser estudada com especial cuidado, levando em conta seu ritmo, sua letra, seu objetivo nas festas, quem são os músicos, onde aprenderam a sua profissão. Para enriquecer a aula sugere-se a apresentação de músicas e suas letras para acompanhá-las. 4.1.5 A cerveja O quarto tema a ser trabalhado é a cerveja. Sem cerveja esta festa não seria possível. Por isso convém que a composição da cerveja seja estudada bem como a tradição que está ligada à bebida na Alemanha e como ela continua preservada aqui. Existe um dado interessante e curioso que os alemães tomam mais café do que cerveja e isso provavelmente será uma surpresa para os alunos. Por isso sugere-se que eles façam uma pesquisa de qual seja a bebida preferida dos alemães, e quanto se toma em uma festa anual de Oktoberfest no Brasil e na 16 Alemanha. Pode-se estender o assunto a uma pesquisa numa página em alemão que responde a perguntas interessantes como: Cerveja engorda? (www.bier.de) Outro aspecto a ser comentado é a competição dos bebedores de cerveja e o que torna um bebedor de cerveja um campeão, qual é o seu troféu. 4.1.6 Outras festas e artesanato O quinto tema a ser trabalhado são as diferenças das festas que acontecem no período de outubro em Santa Catarina, quais as suas atrações e peculiaridades. Inclui-se aqui também o artesanato alemão e a importância dele na sua cultura e para a economia dos alemães que moram no sul da Alemanha, na Áustria e Suíça. 4.2 ATIVIDADE – 2 Sugere-se esta atividade para alunos que estejam no 4º ou no 5º período de alemão. Trata-se de uma seleção de expressões idiomáticas que estão ligadas a palavras usadas na gastronomia alemã. (Ver Anexos 2 e 3 por GRISBACH e SCHULZ - 1994) Para melhor entender a relação existente entre as palavras e a festa, o professor pode perguntar aos alunos sobre as comidas que costumam ser servidas nesta festa e passar algumas informações. Depois o professor escreve as oito palavras que aparecem nas expressões idiomáticas, no quadro e as contextualiza na festa. Exemplo: maçã (Apfel). Onde aparece a maçã na Oktoberfest? Resposta: como purê de maçã que é um complemento para o joelho de porco (Eisbein), ou como torta de maçã (Apfelstrudel) que é muitas vezes servido como sobremesa. Como indicado no próprio texto em alemão, os alunos devem descobrir primeiro o sentido, deduzindo por associação o seu significado, individualmente. Depois da correção, o professor conversa com os seus alunos sobre cada uma das expressões idiomáticas, para ver se ficou alguma dúvida e se o contexto de uso da expressão idiomática ficou claro. Daí o professor distribui as expressões e pede que os alunos façam diálogos em duplas. Estes diálogos devem ser do cotidiano e conter 17 uma expressão que depois será interpretada em público. Tempo estimado para a atividade: 2 aulas de 50 minutos. 4.3 ATIVIDADE 3 Sugestão para alunos que estão no 2 período de alemão. Primeiro o professor pergunta informalmente o que os alunos fariam se estivessem em Blumenau na Oktoberfest. Provavelmente os alunos vão dizer que ouviriam música, dançariam, fariam compras, comeriam comidas típicas e assistiriam a shows, além de beber muita cerveja. Os verbos neste período já são do conhecimento dos alunos. Eles estão aprendendo sobre as profissões e aqui o objetivo é trabalhar com elas, para isso, o professor leva os alunos à consciência de que toda diversão precisa de alguém que trabalhe, prepare o ambiente, sirva os convidados da festa, e assim por diante. Por isso ele pergunta aos alunos quais são as profissões que eles encontram na Oktoberfest. Os alunos farão uma relação das profissões talvez mais evidentes, mas devem ser ajudados para que a lista seja mais rica em informações. As profissões também devem ter o feminino, uma vez que podem ser exercidas por ambos os sexos. Daí cada aluno recebe um bilhete, com o nome de uma destas profissões e descreve a atividade que o profissional está desenvolvendo. Mais tarde ele irá dizer as atividades exercidas pelo profissional a todo o grupo e seus colegas tentarão adivinhar a profissão. Solução para o professor (anexo 4). O tempo estimado para a atividade é de duas aulas de 50 minutos cada. 4.4 ATIVIDADE 4 Esta é uma atividade que geralmente agrada aos alunos. Por se tratar de receitas de comidas típicas, alguns discutem o sabor da refeição e até procuram fazê-la mais tarde. Ela é indicada para alunos no 5º período em que eles aprendem o uso da voz passiva. As receitas muitas vezes são apresentadas no infinitivo ou na voz passiva. Por isso se recomenda passar de um tempo verbal ao outro. Em anexo (5) se encontra uma receita de Kassler ou Eisbein com Chucrute. Esta é uma receita apresentada por Patrícia Lundgren (ver 3.3) de Pernambuco por ocasião das Oktoberfests do Clube Alemão em 2002 e 2003. A receita foi escrita em alemão no infinitivo para ser passada para a voz passiva, por opção da autora desta trabalho. 18 Segue adiante mais uma receita de um bolo típico alemão, o Apfelstrudel, muito apreciado tanto por alemães como não alemães em geral, e servido como sobremesa ou para o café da tarde. Esta receita foi tirada do jornal Gazeta do Povo, 03/07/2007 (Curitiba) e está no tempo verbal da voz passiva, traduzida pela autora deste trabalho, para ser transformada em infinitivo (ver anexo 6). Tempo estimado para o desenvolvimento da atividade em sala de aula: 50 minutos. 4.5 ATIVIDADE 5 Para esta atividade em sala de aula o professor monta uma apresentação em PowerPoint (ver exemplo em anexo 7) com as festas em Santa Catarina, dando as principais informações resumidas em linguagem bem simples e adequada em língua alemã, para que os alunos principiantes do 1°período de alemão, possam entender o que está sendo apresentado sem precisar de tradução. Primeiramente os alunos vêem as fotos e o professor pergunta que lugar é e de qual festa se trata. O professor tenta já neste momento extrair o máximo de verbos dos alunos, para dizer o que se pode fazer em uma festa assim. Depois ele passa a matéria da apresentação na íntegra, e baseados neste conteúdo, os alunos devem dispor de informações suficientes para escrever um cartão postal como se estivessem em Blumenau ou em várias outras festas, se divertindo e compartilhando isso com um amigo ou amiga. Tempo estimado para a atividade: 2 aulas de 50 minutos. 4.5.1 Variação com Perfekt A mesma apresentação se oferece como variação para outros níveis de uso. Por exemplo, no 2º período de alemão em que os alunos já estão aprendendo o passado composto, Perfekt, ela poderia ser usada para descrever uma suposta viagem a Santa Catarina, em que os alunos acrescentem toda a sua imaginação de como ela seria e o que eles teriam feito nesta viagem, em uma carta ou e-mail para um amigo. 4.5.2 Variação com Futur I Outra opção de trabalho com a apresentação em PowerPoint se oferece com o futuro (das Verb werden – Futur I), que aparece no 3º período de alemão, em que 19 o aluno poderia fazer planos do que ele acredita encontrar em uma viagem para Santa Catarina e arredores por ocasião da Oktoberfest em outubro, num convite informal a alguém que o acompanhe nesta viagem. 4.6 ATIVIDADE 6 Esta atividade é conhecida no meio alemão como Lernstation que quer dizer estação de aprendizado vivencial. A idéia deste tipo de aprendizado está em envolver a participação do aluno, ao fazer os exercícios sugeridos, de maneira que ele vivencie ao mesmo tempo em que aprende algo novo. Para tanto, procura-se estimular o máximo possível o uso de todos ou pelos menos alguns, dos cinco sentidos: audição, degustação, olfato, tato e visão. Para esta atividade os alunos da sala são divididos em 5 grupos. Como as atividades são bastante variadas, envolvendo muito vocabulário e conhecimento prévio de verbos e expressões de situações particulares, este exercício não é indicado para alunos principiantes. É importante que eles tenham no mínimo o quarto nível de alemão para que não se perca em qualidade do exercício e que os alunos possam conversar livremente na língua alvo. Cada grupo recebe três tarefas para executar, em envelopes preparados, onde o professor explica passo a passo, as tarefas a serem desenvolvidas pelos alunos (ver exemplo em anexo 8). Esta parte da aula dura cerca de 20 minutos. Quando completadas as tarefas, os grupos recebem as respostas preparadas para conferência em outro envelope. Mais tarde cada grupo irá compartilhar e passar o que aprendeu a todos, completando 2 aulas de 50 minutos cada. 4.6.1 Audição A primeira tarefa que os alunos recebem é pensar em estilos de músicas que representem uma tradição e listá-las. Daí eles ouvem uma música e a identificam (seu estilo, em que festa é tocada, etc.) Depois eles devem transcrever parte da música que ouviram (repetindo se necessário) e conferir com a letra fornecida para ver o que acertaram e se não souberem o vocabulário, procurar no dicionário. 20 4.6.2 Tato Dentro de um saco de pano, colocar três tecidos: 1 – cetim brilhante, 2 – renda ou ponto russo, 3 – feltro. Os tecidos devem ser tocados pelos alunos, sem serem vistos. Os alunos devem adivinhar os seus nomes e escrevê-los em alemão na folha para isso destinada (eles podem usar o dicionário). Numa folha que contenha os contornos de um homem e uma mulher, eles devem desenhar as roupas que estão descritas em uma folha à parte, em alemão. Por último os alunos comparam os desenhos com uma foto ou folder de roupas típicas. 4.6.3 Gustação Os alunos recebem um produto dentro de um potinho e antes de abri-lo escolhem alguém para experimentá-lo com os olhos vendados. Depois de provar, o aluno diz o que é, e se não souber pode tirar a venda. Se ainda não souber, há uma solução que pode ser consultada. (Duas coisas para serem experimentadas: mostarda, e açúcar em torrões). A mostarda é um complemento muito usado nas festas alemãs para acompanhamento de salsichas, carne de porco e elemento básico na salada de batatas alemã. Por isso se oferece como conhecimento cultural divergente entre a comida brasileira e alemã. Já o açúcar em torrões é diferente no gosto, mais suave por ter origem na beterraba, e também no formato, quadradinhos, que para nós é bem pouco conhecido. Os alunos devem ler uma receita de salada alemã de batata (ver anexo 9), entender os seus ingredientes e relacionar as diferenças que normalmente são encontradas na salada brasileira de batata. 4.6.4 Olfato Os alunos recebem três objetos para cheirar: uma vela perfumada, um sabonete em sache feito à mão, e um objeto pequeno de madeira, talhado à mão que tenha cheiro característico (exemplo: imbuia). Eles devem cheirar e pegar estes objetos e escrever o que eles têm em comum. Resposta – o artesanato. Depois eles recebem um texto explicativo (ver anexo 10) em que se ressalta a importância do artesanato para os alemães. Por exemplo, na Bavária em que o inverno não oferece 21 muitas formas de se trabalhar quando neva ou as temperaturas estão muito baixas, ele representa um adicional para a renda familiar. Nesta região o trabalho feito em madeira entalhada é muito comum e reconhecido mundialmente. Esta tradição os alemães também trouxeram para o Brasil e hoje, em Treze Tílias, se encontram vários artesãos que vivem deste trabalho. O artesanato é importante também como transmissão de valores culturais familiares. A vela simboliza o calor humano, e o alemão quando recebe visitas em sua casa, costuma acender uma vela para demonstrar a sua apreciação pelo visitante. Em dias muito sombrios, os alemães também acendem velas para dar mais luminosidade ao ambiente. O seu aroma e cor tornam o ambiente mais agradável e ajuda a alegrar ambientes deprimentes. São chamadas de Teelichter em alemão – luzes do chá. O sabonete simboliza o presente que para o alemão vale mais quando é feito à mão. Primeiramente, por ser personalizado e segundo porque o tempo e a dedicação gastos com ele, não são avaliáveis. Por último os alunos devem fazer um cartão em papel vegetal, (em grupo) para um amigo, que é uma forma de pessoalmente fazer um trabalho artesanal. 4.6.5 Visão Os alunos encontram um chaveiro dentro de um envelope, com a bandeira alemã e podem pegá-lo, sentir a suas saliências. Eles devem responder à pergunta: a qual país pertence esta bandeira? Depois, eles encontram um copinho de chope em miniatura com o brasão do estado da Baviera e eles devem dizer a que estado da Alemanha ele pertence, o que simboliza o objeto, para que serve. E por fim eles devem consultar o mapa alemão para dizer em que cidade acontece a festa alemã mais conhecida do mundo e seu nome. Por fim os alunos recebem um texto que não irão ler naquele momento, só descrever as figuras coloridas contidas nele. 4.6.6 Conclusão da atividade Quando todos os grupos estiverem prontos, os alunos se reúnem em um círculo, onde na seqüência, cada grupo fala em poucas palavras o que espontaneamente lembra da sua atividade. Para isso os alunos dispõem de mais ou menos quinze minutos, considerando três minutos para cada grupo. Então o 22 professor distribui o texto final (ver anexo 11) para todos e eles voltam a trabalhar em grupos onde cada um identifica no texto o que este tem a dizer sobre a sua atividade. Para isso os alunos dispõem de mais ou menos dez minutos. Depois, voltando ao círculo maior, fazem assim o relato do resultado do que o texto fala sobre a atividade que vivenciaram. Os alunos dispõe de três minutos em cada grupo num total de quinze minutos. Finalizando, eles enumeram o que aprenderam da cultura alemã, nesta aula, em vinte minutos. (O Professor pode também, se quiser e dispuser de tempo, pedir aos alunos que comentem a experiência individualmente). O tempo restante, cerca de vinte minutos, é para que os alunos escrevam um texto (valendo nota) de 100 palavras sobre a Oktobefest. 4.7 ATIVIDADE 7 Para esta atividade trabalha-se um texto em aula, e dando-lhe o nome de: “oficina de texto”. Conforme a escolha, a atividade pode ser aplicada desde o primeiro nível em diante, no entanto aqui o texto (ver anexo 12) exige conhecimentos prévios adequados ao quarto período. Antes de começar o trabalho com o texto em si, o professor deve fazer uma revisão da estrutura de uma frase em alemão por ordem de importância de compreensão de palavras: substantivos (que em alemão são facilmente reconhecidos, porque são escritos com letra maiúscula, mesmo no meio da frase), verbos (que na frase em alemão sempre recebem a posição 2 ou no final da frase), pronomes e por fim advérbios. Com isso ele chama a atenção dos alunos para que não se prendam a adjetivos, interjeições ou complementos nas frases, porque para a compreensão do texto não são de vital importância. É muito importante que os alunos aprendam a extrair as principais informações para que leiam com mais desenvoltura e também para que não se preocupem em traduzir palavra por palavra e sim tenham uma compreensão global do texto. Também é necessário que o professor revise os pronomes interrogativos da língua alvo antes de começar a atividade. Cada grupo recebe uma cópia do texto “Brasilien Oktoberfest” a ser trabalhado. Os alunos são divididos em 3 grupos e cada grupo um recebe um trecho do texto (podendo usar o dicionário se necessário) e sobre o qual deve formular três perguntas. Esta parte da aula dura cerca de 15 minutos. Quando completadas as 23 tarefas, os grupos trocam suas perguntas e têm mais 15 minutos para respondê-las. Por último, são novamente trocados os textos e as repostas, de modo que o terceiro grupo receba as perguntas e respostas que ele mesmo não fez. Então os alunos apenas lêem e conferem as perguntas e respostas em voz alta para ver se estão corretas. Para isso eles têm mais 10 minutos. Por fim estas perguntas e respostas são lidas para todos. Normalmente este tipo de exercício é muito útil, porque além de tirar dúvidas que os alunos têm, revela também algumas dificuldades que estes apresentam em formular perguntas adequadas para a resposta que pretendem obter. 24 5 CONCLUSÃO A cultura Alemã, além de ter um lado sério e intelectual, e que já é de conhecimento do público, pelos seus escritores (como Goethe, Schiller, Thomas Mann, Rilke e outros) e pelos seus filósofos e pensadores (como Kant, Karl Marx, Nietsche e outros), possui um lado divertido e este também se faz presente nas festas folclóricas com influência alemã aqui no Brasil. Acreditamos que a motivação tem um papel fundamental para manter o interesse do aluno na aprendizagem e por isso, é importante que se quebre a rotina das aulas tornando-as atraentes para os alunos. Pensando assim, houve a preocupação em oferecer aos colegas professores atividades didáticas que têm como ponto de partida as festas na cultura alemã. O tema aqui abordado oferece-se para vários outros estudos, uma vez que as festas alemãs não se resumem a Oktoberfest somente. Há outras festas alemãs aqui não exploradas como, por exemplo “das Schlachtfest” a festa da matança do porco, realizada também em Santa Catarina, São Bento do Sul, e que pertence à tradição alemã. Ou a Münchenfest a festa do chope escuro, realizada em Ponta Grossa, Paraná. E outras festas alemãs como: O Kerb, festa realizada por ocasião de uma nova igreja ou paróquia. Das Erntefest a festa da colheita ou Erntedankfest a festa de agradecimento pela colheita. As festas de Natal e Páscoa também rendem um bom estudo, uma vez que são realizadas com várias particularidades que não estão presentes em nossa cultura brasileira. Há também as festas do Rio Grande do Sul, ou de outras localidades do Brasil, onde se encontram imigrantes alemães de número expressivo como no Espírito Santo. Estas ficam aqui como sugestões de futuras pesquisas. 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico São Paulo: Edições Loyola,1999. FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e Cultura. Curitiba: Base Editora, 2004. GODOI E. Pragmática: A Cultura No Ensino De Língua Disponível em: <www.filologia.org.br/ixcnlf/9/01.htm - 27k> acesso: 20/09/2006. GRISBACH, Dr. Heinz und SCHULZ, Dr. Dora 1000 deutsche Redensarten Deutschland München: Druckhaus Langenscheid, 1994. HERTZOG, Carlos - Santa Catarina - Festas de Outubro Disponível em: <http://www.belasantacatarina.com.br/festas.asp> – acesso: 04/04/2007 HIPERT, S. et al. Schritte I – Deutschland, Düsseldorf: Max Hüber Verlag, 2004. HUMBLÉ, Philippe. Lingüística e ensino: Novas tecnologias. Blumenau, Nova Letra, 2004. KRAMSCH, Claire. Context and Culture and Culture in Language Teaching. Oxford: Oxford Univ.Press, 1993 In: CONTEXTO E CULTURA NO ENSINO DO INGLÊS, Por Ragnhild Lund <www-bib.hive.no/tekster/hveskrift/notat/2001-05/not52001-03.html - 55k> acesso: 09/07/2007. LARAIA, Roque de Barros Cultura um conceito antropológico – Jorge Zahar Editor, 2006. LUNDGREN, Patrícia Entrevista Disponível em: <www.ccba.com.br>– acesso: 04/04/2007 ROSA, Sergio. Biergarten 2006 - Festa das Nações de Língua Alemã, Belo Horizonte (MG) Disponível em <http:www.overmundo.com.br/agenda/agenda.php? estado=mg.> acesso 30/9/2006 SCHOSSLER, Alexandre Lya Luft: "A cultura alemã me influenciou muito" – Deutsche Welle. Disponível em <http:www.dw-world.de> acesso: 04/04/2007. 26 ANEXO 1 Oktoberfest, größtes Volksfest der Welt, das alljährlich 16 Tage lang in der letzten September- und ersten Oktoberwoche in München gefeiert wird. Das in bayerischer Mundart auch als „Wies’n“ bezeichnete Großereignis auf der Münchner Theresienwiese geht zurück auf das Hochzeitsfest des bayerischen Kronprinzen und späteren Königs Ludwig I. mit Therese von Sachsen-Hildburghausen, zu dessen Anlass 1810 ein Pferderennen mit Bierausschank und Tanz veranstaltet wurde. Das zweite Oktoberfest 1811 präsentierte sich in Verbindung mit einem Landwirtschaftsfest, wie es auch heute noch im zweijährigen Turnus der Fall ist. Das Fest, das mit seinen zahlreichen Bierzelten und Fahrgeschäften alljährlich ein Millionenpublikum anlockt, fand 1997 zum 163. Mal statt. ¹ Das Oktoberfest heute – Das Oktoberfest zieht jährlich über 6 Millionen Besucher an. Die Gäste kommen immer zahlreicher auch aus dem Ausland, vorwiegend aus Italien, aus den USA, aus Japan und aus Australien. In den letzten Jahren tragen immer mehr Wiesnbesucher(innen), die dorthin gehen, Lederhosen. Als ein wachsendes Problem erwies sich der übermäßige Alkoholkonsum der Wiesnbesucher. Set 2005 entwickelte man das Konzept der Ruhigen Wiesn. Die Zeltbetreiber sind dazu verpflichtet, bis 18:00 Uhr nur traditionelle Blasmusik zu spielen und die Musiklautstärke auf 85 dB zu begrenzen. Erst abends werden auch Schlager und Popmusik gespielt. Dadurch ist das Oktoberfest auch für Familien und ältere Besucher wieder zugänglicher und die traditionelle Atmosphäre bleibt erhalten. Höhepunkte: Pferdegespann der Brauereien, Einzug der Wiesnwirte, Fassanstich, Trachtenumzug, der Wiesn-Hit. Andere Atraktionen: Toboggan heiβt auch Turmrutschbahn, Riesenrad , Krinoline oder Rundkarussell, das Teufelsrad und Pitt’s Todeswand wo fliehende Motorradfahrer seit 1928 akrobatische Kunststücke vorführen.² ¹"Oktoberfest", Microsoft® Encarta® 98 Enzyklopädie. © 1993-1997 Microsoft Corporation. Alle Rechte vorbehalten. ²www.de.wikipedia.org/wiki/Oktoberfest - 81k - 9. Juni 2007 acesso em: 11/07/2007 27 ANEXO 2 28 ANEXO 3 Oktoberfest – Ausdrücke der kuliranischen deutschen Gastronomie. Aufgabe: Suchen Sie für jede Redensart ein Beispiel. 1) Apfel – „In den sauren Apfel beißen.“ – Etwas tun obgleich es einem schwerfällt. ________ 2) Bier – „etwas wie sauer Bier anbieten.“ – Eine schwer verkäufliche Ware sehr anpreisen.________ 3) Fett – „das macht den Kohl oder den Kraut nicht fett.“ – Das nutzt nichts.________ 4) Flügel – „Die Flügel hängen lassen.“ – Enttäuscht, mutlos sein. 5) Gänsehaut – „Eine Gänsehaut bekom men.“ _______ 6) Giessen – „Sich einen hinter die Binde oder auf die Lampe gießen.“__________ 7) Kirschen – „Mit ihm ist nicht gut Kirschen essen.“ – Mit ihm kann man nicht gut auskommen. 8) Hahn – „Hahn im Korb sein.“ a) Du brauchst wegen deiner enttäuschten Liebe nicht dein Leben lang die Flügel hängen lassen. b)Vor einem Jahr hat man die Aktien dieses Betriebes wie sauer Bier angeboten, und heute kann man keine einzige mehr bekommen. c) Lass nur dein Geld stecken, deine paar Pfennige, machen den Kohl auch nicht fett. d) Meine Tochter wünscht sich einen Wagen. Ich glaube, ich muss wohl in den sauren Apfel beißen und ihr einen kaufen. e) Es ist schon besser, ihm den Gefallen zu tun; denn du weißt, mit großen Herren ist ja nicht gut Kirschen essen. f) In jeder Gesellschaft interessieren sich die Damen besonders für ihn; er ist überall der Hahn im Korb. g) Komm doch mit uns ins Wirtshaus! Wir gießen uns noch einen hinter die Binde! 29 ANEXO 4 Berufe – Losungsblatt für Lehrer: 1) Kellner(in)– bedient die Gäste, schreibt die Bestellungen auf, räumt auf. 2) Sänger (in) – singt, macht Shows auf der Bühne, spielt Gitarre oder andere Musikinstrumente. 3) Krankenschwester/ Krankenpfleger – bedient die Kranken, die manchmal zu viel getrunken haben, misst Fieber, macht Spritzen. 4) Verkäufer (in) - verkäuft Souveniers oder Andenken an die Besucher, macht die Packete, bekommt das Geld. 5) Putzfrau/ Putzmann – machen alles wieder sauber, räumen auf und stellen alle Sachen wieder dorthin, wo sie gebraucht werden. 6) Dekorateuer (in) – plant wie die Räume aussehen, was, wohin gestellt wird, orientiert den Mittarbeitern. 7) Bäcker(in) – backt Kuchen, Torten, Brote. 8) Koch / Köchin – kocht die Gerichte, arbeitet in der Küche. 9) Hotelpförtner (in) – bedient die Tür , das Telefon, die Gäste, trägt die Koffer. 10) Hoteldiener (in) – macht die Betten, fegt die Räume, räumt auf, und putzt die Zimmer saugt den Staub mit dem Stabsauger. 11) Fleischbrater (in) – bratet, grillt das Fleisch, bereitet das Fleich vor. 12) Busfahrer (in) – fährt mit dem Bus, nimmt die Gäste mit, prüft die Räder nach. (Auch Taxifahrer) 13) Arzt/Ärztin – untersucht den Kranken, stellt Fragen, macht spritzen, verschreibt Medikamente. 14) Aufbauer (in) – baut die Festhallen und Ausstellungshallen auf, und auch wieder ab. 15) Kunsthandverker (in) – macht Souvenirs, und Kunsstücke, die nachher als Andenken verkauft werden. 30 ANEXO 5 Kassler oder Eisbein mit Sauerkraut Zutaten 02 Kassler oder 01 Eisbein 01 Dose Sauerkraut (500 G) 02 Lorbeerblätter 03 Scheiben Ananas aus süβe Konserve Pfefferkorn nach Geschmack. Zubereitung Alle Zutaten mit etwas Wasser in einen Topf legen, zudecken, dann für ungefähr eine Stunde kochen lassen, bis das Fleisch sich von dem Knochen löst. Mit ganze Kattoffeln servieren, sie mit Schale kochen und nur zum Servieren noch heiβ abschälen. Man fügt einen guten Senf und ein gutes Bier hinzu. (Rezept von Patrícia Lundgren - www.ccba.com.br) 31 ANEXO 6 Apfelstrudel (aus Brasilien) Zutaten 1 Paket Blätterteig (300 G) 1 Esslöffel geschmolzene Butter 2 Esslöffel geröstetes Brotmehl 3 sauere Äpfel, dick gerieben 1 Tablete gehackte weiβe Schokolade (200G) 3 Esslöffel Zucker 1Teelöffel Zimt in Pulver Feiner Zucker zum Bestreuen Zubereitung Der Blätterteig wird auf ein reines Tuch ausgebreitet und mit der Hälfte der geschmolzenen Butter bestrichen. Dann werden das geröstete Brotmehl und die gehackte Schokolade über die Butter gestreut. Darüber wird nachher auch der Zimpt mit dem gemischten Zucker gestreut. Ganz vorsichtig wird der Teig eingerollt, die Ränder werden zugemacht und der Strudel wird auf ein gefettetes Blech gelegt. Der Teig wird nochmal von auβen mit Butter bestrichen und in den heiβen Ofen (circa 200ºG) für 30 Minuten gestellt. Wenn der Strudel fertig ist, wird er mit feinen Zucker bestreut. (Rezept aus der Zeitung: Gazeta do Povo – Sonntag den 03/07/2007) 32 ANEXO 7 - Modelo de PowerPoint Deutsche Feste Oktoberfest in Blumenau 33 Deutsche Feste in Brasilien Santa Catarina im Oktober • Oktoberfest – das grosse deutsche Kulturfest in Blumenau, ist auch das zweitgrösste Fest in Brasilien. • Auf dem Fest trinkt man viel Bier und hört man sehr viele deutsche Musik. Dort spielen Bands aus Deutschland und Brasilien. Oktoberfest • Auch bekommt man viel typisches deutsches Essen wie: Grillfleisch, Sauerkraut, Eisbein, Wurst und anderes. • Schöne Umzüge fahren in geschmückten Wagen durch die Stadt. • Viele schöne Souvenirs findet man und auch Bastelarbeit, die wahre Kunstarbeiten sind. 34 Fenachopp Das Fest feiert man in Joinville. Die Deutschen wollen ihre Freude und Traditionen zeigen, weitergeben. Wie der Name des Festes sagt, trinkt man dort sehr viel Bier. Fenarreco Das Fest feiert man in Brusque. Es ist das grösste gastronomische Fest in Santa Catarina. Man bekommt dort das typische deutsche Gericht: Ente mit Rotkohl. Auch wird auf dem Fest viel getanzt und Musik gespielt. 35 ANEXO 8 – AUFGABE ZUM HÖREN 1) Denken Sie an die verschiedensten Arten von Musik, die Sie schon kennen und machen Sie eine Liste (auf Deutsch). Dafür dürfen Sie das Wörterbuch gebrauchen: __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 2) Auf dem Tisch ist ein Cd-Spieler. Im Apparat ist eine Cd. Hören Sie ein Stück vom Lied Nr. 3 und antworten Sie: a) Zu welcher Art von Lieder gehört es? _____________ b) Hatten Sie es schon einmal gehört?______________. c)Auf welches Fest spielt man so ein Lied? ______________________ 3) Hören Sie das Lied noch einmal. Was sagt der Autor? Schreiben Sie bitte 8 Sätze auf. 1. _______________________________________________________________ 2. _______________________________________________________________ 3. _______________________________________________________________ 4. _______________________________________________________________ 5. _______________________________________________________________ 6. _______________________________________________________________ 7. _______________________________________________________________ 8. _______________________________________________________________ Wenn die Arbeit fertig ist, dürfen Sie die Losung im Briefumschlag nachsehen. 36 LOSUNG: (HÖRVERSTEHEN) 1) Musikarten: 1. Techno = elektronische Musik Beispiele: - Avantgarde (Kraftwerk), Elektronische Popmusik (Depeche Mode), EBM (Front 242), Industrial (u.a. Clock DVA), Detroit Techno (Cybotron) 2. Pop-Musik = "populäre Musik 3. HipHop = kommt von der schwarzen Funk- und Soul-Musik. Beispiele : - Rap und Djing; - Breakdance; - Beatboxing;- Graffiti 4. Jazz sein Ursprung liegt im schwarzafrikanischen Blues, dem Spirituals und dem Gospel. 5. Rock´n´Roll eine US-amerikanische Musikrichtung aus den 50ern und 60ern. 6. Schlager wenig anspruchsvollen Texten und sentimentalen Melodien. 7. Country stammt aus den USA. Country wird mit Gitarre und Banjo gespielt. 8. Volksmusik Heimattexte benutzt die sich auf das jeweilige Land beziehen. 9. Hymne - Die Hymne ist ein Lobesgesang. Es gab schon im Mittelalter Hymne. 10. Gospel - christliche Musikart des 20. und 21. Jahrhunderts. Kirchenmusik aus afroamerikanischer Gemeinden. Aus http://www.musicover.de 2) a)Schlager b) Persönlich c) Volksfest/ Oktoberfest 3)Marmor, Stein und Eisen Bricht - Drafi Deutscher Weine nicht, wenn der Regen fällt (Dam Dam, Dam Dam ) Es gibt einen der zu Dir hält (Dam Dam, Dam Dam ) Marmor, Stein und Eisen bricht aber unsere Liebe nicht alles, alles geht vorbei doch wir sind uns treu Kann ich einmal nicht bei dir sein (Dam Dam, Dam Dam ) Denk daran, du bist nicht allein (Dam Dam, Dam Dam ) Marmor, Stein und Eisen bricht... Nimm den goldenen Ring von mir (Dam Dam, Dam Dam ) Bist Du traurig dann sagt er dir (Dam Dam, Dam Dam ) Marmor, Stein und Eisen bricht... Every body NOW ! Marmor, Stein und Eisen bricht... Lied aus : www.lyricsdownload.com/drafi-deutscher-marmor-stein-uns-eisen-bricht-lyrics.html - 26k - den 11/06/07. 37 ANEXO 9 Aus Seite 37 – Kursbuch Schritte International 1 - Max Hueber Verlag. 38 ANEXO 10 – Die Handarbeit für den Deutschen Im Süden Bayerns, Österreich und in der Schweiz ist der Winter ziemlich hart und deshalb arbeitet man nicht viel drauβen, wenn es schneit oder die Temperatur niedrig ist. Die Handarbeiten sind dann eine andere Art Einkommen, die im Haushalt mithelfen können. Diese Tradition wurde auch nach Brasilien mitgebracht. In der Stadt Treze Tílias (auf Deutsch: Dreizehn Linden), in Santa Catarina, wohnen mehrere österreichische Künstler, die von ihrer Arbeit als Handarbeiter leben. Mit der Handarbeit werden auch andere Werte in den Familien übermittelt. Die Kerzen sind ein Simbol der Wärme und wenn der Deutsche Besuch bekommt, zündet er eine Kerze an, um dem Gast zu zeigen, dass er sich über seinen Besuch freut. In trüben Tagen, auch wenn das Wetter schlecht ist, und das Licht im Raum fehlt, zünden die Deutschen Kerzen an, damit es heller wird. Der Duft, das Licht und die Farben der Kerzen machen den Raum fröhlicher und weniger deprimiert. Man nennt diese Kerzen Teelichter auf Deutsch. Die Seife ist ein Simbol von einem handgemachten Geschenk. Die Deutschen legen mehr Wert auf ein persönlich gemachtes Geschenk, als auf ein gekauftes. Erstens, weil es persönlich ist und nicht in Serie gemacht worden, zweitens, weil es Zeit gekostet hat, und um es herzustellen, sein Wert nicht mit Geld abgeschätzt werden kann. 39 ANEXO 11 Blumenau und sein Oktoberfest Hier fühlt man sich als Deutscher (fast) wie zu Hause! Die Schilder an den Geschäften zeigen oft deutsche Nachnamen und eines der Hotels heißt sogar "Himmelblau"! Alles Wissenswerte zu Blumenau findet Ihr hier. «Das Oktoberfest in Blumenau: Zwei große Überschwemmungen in den Jahren 1983 und 1984 hatten nicht nur die Gebäude ruiniert, sondern auch die Stadtkasse geleert. Um Abhilfe zu schaffen, kamen die Stadtväter von Blumenau auf eine ungewöhnliche Idee: Sie richteten, nach bayerischem Vorbild, ein Oktoberfest aus, das "die Bitterkeit der zweimal fast zerstörten Stadt ausgleichen sollte". Die Rechnung ging auf - der Erfolg übertraf alle Erwartungen. Das Fest ist inzwischen - nach dem Carneval in Rio - das zweitgrößte Volksfest Brasiliens, die Idee wird vielerorts kopiert.» Der Artikel zum Oktoberfest bei brasilien.de hat allerdings nicht ganz recht, denn vor Blumenau gab es schon andere Städte mit einem Oktoberfest. Zum Beispiel feiert die Stadt Itapiranga (ganz im Westen des Staates Santa Catarina gelegen) in diesem Jahr das 25. Oktoberfest, während in Blumenau sich das Fest zum 20. Mal jährt. Aber das Fest in Blumenau ist einfach Drei das Wochen bekannteste. lang ist volles Programm, mit zum Teil deutschen, aber auch Bräuchen sehr und viel eigenen Gepflogenheiten. Soviel zur Geschichte des Festes. Natürlich konnte ich mir dieses Spektakel nicht entgehen lassen und so bin ich dann am Samstag, den 18. Oktober - also am letzten Oktoberfest-Wochenende - 40 nach Blumenau gefahren. Start der organisierten Tour war 14 Uhr in Florianópolis und nach zwei Stunden fahrt im Reisebus waren wir dann in Blumenau. Mit dabei waren noch Charles und Fernando, zwei Studis von der Uni, mit denen ich mich gleich sehr gut verstanden habe. Oben seht ihr mich in der Innenstadt von Blumenau - vor dem Fest (Einlaß war erst abends um 19 Uhr). Da wird dann schon ordentlich gebechert, bzw."gechoppt"! Hier bekommt man nämlich keine Maß Bier, sondern einen "Chopp". Den Alu-Krug kauft man sich am besten (ist ein schönes Andenken) und lässt ihn immer Ein wieder weiterer nachfüllen. Unterschied zum deutschen Oktoberfest fällt gleich am Eingang (Bild links) auf: Man darf 10 Reais zahlen, um überhaupt erstmal aufs Festgelände zu dürfen! Aber dann war ich schon beeindruckt, mit wieviel Liebe zum Detail hier eine Welt geschaffen wurde, die einen fast vergessen lässt, dass man in Brasilien ist! Die Tanzdarbietungen haben die Menge und mich begeistert! Für das richtige Flair sorgten sehr gut spielende einheimische Musikkapellen, wie "BANDA z.B. OS die TRADICIONALISTAS BLUMENAU SC". Und die Lederhosen schienen echt zu sein! Es gab aber auch extra eingeflogene deutsche Bands. Die "Högl Fun Band" (www.hoeglband.de) sorgte dieses Münchner Jahr schon Oktoberfest für auf dem mächtig Stimmung und Sänger Michi Högl hatte für dieses Gastspiel sogar portugiesisch gelernt! Natürlich haben die Brasilianer ein wenig Schwierigkeiten "Marmor, Stein und Eisen bricht" fehlerfrei mitzusingen und 41 Michi mußte ihnen auch erst beibringen, wann sie beim Party-Hit "Wahnsinn" von Wolfgang Petry "Hölle, Hölle, Hölle, Hölle" rufen müssen, aber spätestens bei "I can't get no satisfaction" von den Stones wussten wieder alle Bescheid! Zudem waren die Leute ganz aus dem Häuschen, als die Band auch Lieder aus der brasilianischen Hitparade spielte. Und natürlich beim Song zum Oktoberfest: "Hallo Blumenau, bom dia Brasil!" Die Brasilianer sehen es auch ganz locker, wenn die Texte von Hubert von Goysern frei ins portugiesische übersetzt werden. Ach ja: Der "Anton aus Tirol" durfte auch nicht fehlen und "Hey, Hey Baby (ooh aah) I wanna knoo-o-o-oo-ow if you'll be my girl" kennen und können sie auch... Die Band links ist allerdings nicht die oben erwähnte "Högl Fun Band". Die hatte irgendwann Feierabend, aber die Party musste ja bis in den frühen Morgen weitergehen... Wie schon erwähnt, gibt es hier das Bier in Alu-Krügen oder Pappbechern. Es gibt allerdings einen Wettbewerb, bei dem das Bier aus einem ganz anderen Behältnis getrunken wird: Das heißt dann "Chopp em Metro". Wie der Name schon erahnen lässt, wird das Bier aus einem einen Meter langen Glasrohr auf Zeit getrunken - eine Mordsgaudi für Auf die dem Bild Zuschauer! nebenan zeigen gerade die Damen ihr können. Die Zeit wird von unparteiischen Helfern gestoppt und danach wird es noch einmal spannend. Es muss nämlich nicht der schnellste Trinker/Trinkerin der Sieger/die Siegerin sein! Es kommt auch darauf 42 an, ob und wieviel Bier noch im "Metro" übrig geblieben ist! Da wird dann mit Präzisionsinstrumenten nachgemessen und erst anschließend werden die Gewinner verkündet! Die schnellsten (männlichen) Trinker hatten den "Metro" in 10 Sekunden geleert. Natürlich zieht soviel Können die Frauen an... ;-) Auf dem Bild ist der Drittplatzierte des Halbfinales mit der Oktoberfest-Königin zu sehen. So weit ich mich erinnern kann, ist er aus Florianopolis! Die Plätze 1 bis 3 erhalten jeweils eine Medaille und kommen eine Runde weiter, also in diesem Fall ins Finale. Wer letztendlich gewonnen hat, weiss ich nicht. Ist aber auch Nebensache. Wo so viel getrunken wird, muss natürlich auch was gegessen werden! Und das geht so: Man zahle 12 Reais Eintritt für den Biergarten und kann dann an einem üppigen Buffet sooft man will deutsche und brasilianische Leckereien auf seinen Teller laden! Es gab Schweinebraten und Eisbein und allerlei Dinge vom Grill, wie ihr sehen könnt. Natürlich ein großes Salatbuffet und als Beilagen Reis, Kartoffeln und Kartoffelbrei, die obligatorischen Bohnen - und sogar Sauerkraut! 43 Auf dem Bild seht ihr v.l.n.r. Charles, mich und Fernando. Das Bild trügt etwas: Ich habe nicht mehr gegessen, als die anderen Beiden - ich bin nur öfter zum Buffet... Der Chopp ist übrigens nicht im Eintrittspreis inbegriffen. Den halben Liter gibts für 2,50 Reais. Und weil sie so schön sind, gibts hier ein Bild der Königin mit ihren beiden Prinzessinnen. Die Rainha, sprich Königin, ist Patrícia Lueders (22, Bildmitte), "primera princesa" ist Franciane Christen (23) und "segunda princesa" ist Cíntia Goldacker (20). Ich glaube, Franciane ist die rechts im Bild. Auch das Magazin Playboy ist von der Schönheit der Damen überzeugt und wollte alle drei ablichten - mit weniger Kleidung, versteht sich. Aber die Drei haben abgelehnt; sind halt anständige Mädels. Die Mädels auf dem nebenstehenden Bild haben wir an einem Souvenirstand getroffen. Sie wussten nicht, was auf ihren T-Shirts geschrieben steht (Ich bin nicht Was Du denkst... ...aber auf dem Oktoberfest!) und da haben wir natürlich freundlich, wie wir sind, Übersetzungshilfe geleistet. Und der Dicke bin natürlich ich. Aus dem Internet: http://www.fmc.uni-karlsruhe.de/~oliver/brasil_blumenau.html vom 08/05/2007 44 ANEXO 12 Brasilien Oktoberfest Blumenau liegt im Bundesstaat Santa Catarina im Süden Brasiliens und hat etwa 200.000 Einwohner. Die Stadt befindet sich etwa 50 km vom Meer entfernt am Itajai-Fluss im Landesinneren. Ein deutscher Arzt, Dr. Herman Blumenau gründete eine Kolonie im 19. Jahrhundert. Wie in der Heimat entstanden bäuerliche Familienbetriebe, Kirchen, Gasthäuser, Schulen sowie schöne Fachwerkhäuser. Das Oktoberfest hat sich in den letzten Jahren zum größten Fest in Blumenau entwickelt. Das zweitgröβte Fest in Brasilien und das zweitgröβte Bierfest der Welt. Das Oktoberfest ist bereits das gröβte touristische Ereignis in Santa Catarina. Nach schwere Überschwemungen der Stadt Blumenau wurde 1984 dieses Fest ins Leben gerufen und zieht jedes Jahr tausende von Touristen an. Wie das Münchener Vorbild ziehen Pferde der Brauereiwagen durch die Straßen. Musiker in Trachten sorgen für die richtige Blasmusik. Deutsche Gastkapellen treten jedes Jahr auf. Am Abend findet das Fest in den 5 Pavillions der PROEB statt, mit Shows von deutschen Musikkapellen, nationaller Musik und Rock-Shows. Die deutsche Küche ist ebenfalls mit diversen typischen Gerichten präsent. Von der Brezel über Weisswurst und Mass bis hin zum Hendel ist alles zu haben. In den zahlreichen Restaurants und Geschäften gibt es Dutzende von Souveniers zu kaufen, T-Shirts, Hüte, Bierkrüge, alle mit typischen Symbolen des Festes. Aus dem Internet: http://www.bueno6.de/oktoberfest.php http://www.teutonia-latina.net/feste/oktober.htm vom 09/07/2007 und