Gestão CIGS - Portal SE-EB

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Gestão CIGS - Portal SE-EB
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A GESTÃO PELA EXCELÊNCIA NO CENTRO DE
INSTRUÇÃO DE GUERRA NA SELVA
George da Silva Divério – Cel Cav
Cmt CIGS
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1. INTRODUÇÃO
O Sistema de Excelência - Exército Brasileiro (SE-EB) visa integrar as informações
gerenciais do Exército Brasileiro (EB), para auxiliar as decisões do Comandante do Exército e do
Alto-Comando do Exército, incorporando os conceitos e práticas adotadas pelo Programa de
Excelência Gerencial do Exército Brasileiro.
A compreensão de que um dos maiores desafios do setor público brasileiro é de natureza
gerencial fez com que se buscasse um modelo de excelência em gestão focado em resultados e
orientado para o cidadão.
Esse modelo deve guiar as organizações públicas em busca de transformação gerencial rumo a
excelência e, ao mesmo tempo, permitir avaliações comparativas de desempenho entre organizações
públicas brasileiras e demais organizações do setor privado.
O objeto deste artigo é apresentar aspectos da implantação e da continuidade do Sistema de
Excelência - Exército Brasileiro no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), localizado na
cidade de Manaus, Estado do Amazonas.
A Excelência em Gestão Pública é a representação de um sistema de gestão que visa aumentar
a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações executadas. É constituído por sete elementos
integrados, que orientam a adoção de práticas de excelência em gestão com a finalidade de levar as
organizações públicas brasileiras a padrões elevados de desempenho e de qualidade em gestão.
A questão norteadora que se apresenta é a seguinte: A Gestão pela Excelência poderá
contribuir para o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem, atividade-fim do Centro de
Instrução de Guerra na Selva?
A relevância desse sistema para o Exército Brasileiro deve-se ao fato de evidenciar as
vantagens da implementação da Gestão pela Excelência na Administração Pública, para a obtenção
de maior qualidade nos processos, a um custo reduzido, mediante o emprego da gestão de pessoas e
recursos em todos os níveis operacionais.
Mediante determinação em Portarias, o CIGS vem desenvolvendo o Sistema de Gestão pela
Excelência no seu nível para melhor atender seus clientes internos e externos e demonstrar que se
pode ter uma gestão guiada pela excelência mesmo sendo um órgão público.
A seguir, abordar-se-ão aspectos da gestão pela excelência no Centro de Instrução de Guerra
na Selva.
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2. O CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GUERRA NA SELVA
O CIGS é um estabelecimento de ensino, da linha do ensino-militar bélico, subordinado ao
Comando Militar da Amazônia e vinculado tecnicamente à Diretoria de Especialização e
Extensão/Departamento de Educação e Cultura do Exército.
Sua missão é especializar militares para o combate na selva, realizando pesquisas e
experimentações doutrinárias, para a defesa e proteção da Amazônia e tem como Visão de Futuro
continuar sendo um centro de excelência, na atividade de ensino militar, desenvolvendo parcerias
com outras instituições para projetos de interesse do Exército Brasileiro.
O CIGS tem como Valores da Gestão:
- Manutenção da tradição herdada dos pioneiros do CIGS;
- O espírito de corpo "FAMILIA CIGS";
- Lealdade;
- Coragem moral;
- Responsabilidade;
- Entusiasmo e vibração;
- Profissionalismo;
- A dedicação além do dever, caracterizada pelo lema: "aqui o por do sol marca apenas a
metade de uma jornada de trabalho"; e
- O orgulho de ser integrante do CIGS.
Com o Decreto Presidencial 53.649, de 02 de março de 1964, foi criado o Centro de Instrução
de Guerra na Selva, subordinado ao Grupamento de Elementos de Fronteira. O Brasil vivia
momentos de inquietação, marcados por tensões sociais e graves perturbações da ordem interna.
Naquela época, o Exército ressentia-se da falta de uma unidade capaz de especializar militares
no combate na selva e de constituir pólo irradiador de doutrina de emprego de tropa nesse complexo
ambiente operacional amazônico. Tais fatores, sem dúvida, inspiraram a criação do CIGS, que veio
preencher uma lacuna existente no Exército que ainda ocupava de maneira muito modesta esta parte
do território nacional de inestimável valor estratégico.
Foi um começo marcado por dificuldades: falta de experiência na constituição, consolidação e
condução de um Centro de Instrução; instalações físicas improvisadas no antigo Quartel-General do
lº Grupamento de Elementos de Fronteira, na ilha de São Vicente; a falta de material de todas as
classes. Entretanto, tais dificuldades não desanimaram aqueles que, premiados pelo destino, tiveram
o privilégio de compor a primeira equipe, a "Equipe Pioneira", responsável por dar início às
atividades de instrução no CIGS.
Na condução dessa equipe, o então Major Jorge Teixeira de Oliveira, o saudoso "Teixeirão",
homem caracterizado por qualidades pessoais e profissionais que o habilitaram como verdadeiro
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líder, admirado por todos quantos tiveram a oportunidade de conhecê-lo.
Sob a orientação de Jorge Teixeira, "os pioneiros" superaram todos os obstáculos e deram ao
CIGS as melhores condições para um início de atividades marcado por êxitos e realizações.
Em 10 de outubro de 1966, mercê dos esforços dessa equipe de "pioneiros", foi iniciado o
primeiro Curso de Guerra na Selva do nosso Exército e a primeira turma foi brevetada no dia 19 de
novembro de 1966, em solenidade realizada no atual estádio do Colégio Militar de Manaus. Era a
primeira contribuição significativa do CIGS ao Exército e ao Brasil.
Os continuados êxitos alcançados, frutos do desprendimento, da disciplina, da dedicação, do
sentimento de cumprimento do dever e de amor ao Exército, à Amazônia e ao Brasil, por parte dos
integrantes das diversas equipes que sucederam a equipe pioneira, fizeram com que, paulatinamente,
o CIGS fosse obtendo o reconhecimento, em âmbitos nacional e internacional, como referência na
atividade que desenvolve: a formação dos guerreiros de selva brasileiros.
A necessidade sentida pela Força de alterar o perfil dos militares aqui especializados levou a
estudos que culminaram por ampliar e alterar a vocação do CIGS, que passou, no período de 1970 a
1978, a designar-se Centro de Operações na Selva e Ações de Comandos - COSAC.
Em 11 de janeiro de 1978, a Unidade retornou a sua antiga denominação - CIGS -, deixando
de especializar os comandos brasileiros, tendo este encargo retornado à Brigada de Infantaria Páraquedista, no Rio de Janeiro.
Em 17 de dezembro de 1999, recebeu a denominação histórica "Centro Coronel Jorge
Teixeira", em justa homenagem ao seu mais insígne integrante.
O Centro tem um histórico de qualidade que remonta a 2003 com a implementação do
Programa de Excelência Gerencial, que perdurou até 2006. Em 2004, o CIGS foi contemplado com
prêmios de menção honrosa pelo Programa de Qualidade do Amazonas em dois processos: processo
de visitação do zoológico e processo de ensino.
Desde 2003, o CIGS realiza sua auto-avaliação. Com a implementação, em 2008, do Sistema
de Excelência - Exército Brasileiro, passou a utilizar a ferramenta SISPEG-WEB. Com esta, tornouse possível realizar a auto-avaliação de maneira informatizada e em rede com todo o Exército, o que
vem possibilitando aperfeiçoar processos com referenciais comparativos das demais organizações
militares do Exército. Ainda em 2008, foi criada a Seção de Excelência Gerencial, que contava com
uma força de trabalho de 02 (dois) militares.
Ao início de 2009, essa seção teve sua estrutura física e de pessoal reforçada, passando a
chamar-se Assessoria de Gestão. A Assessoria de Gestão do CIGS conta com um efetivo de 04
(quatro) militares, com toda estrutura de informática e pessoal capacitado pela Fundação Nacional de
Qualidade e pelo Exército Brasileiro.
Atualmente, a Assessoria de Gestão está organizada em três subsetores: Elaboração e
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Gerenciamento de Projetos, Sistema de Medição de Desempenho Organizacional - BSC e Análise e
Melhoria de Processos.
A cada dois anos, é realizado o Planejamento Estratégico Organizacional, que oferece
ferramentas adequadas para subsidiar todo o processo de planejamento e elaboração da política de
comando.
O CIGS, como organização militar, está estruturado, conforme apresentado na figura a seguir:
Comando
Conselho de
Avaliação de Ensino
Estado-Maior
1° Seção
2° Seção
3° Seção
Base
Administrativa
Comunicação
Social
4° Seção
Fiscalização
Divisão
de
Ensino
Divisão de
Doutrina
Pesquisa e
avaliaçao
Divisão de
Saúde
Divisão
de
Alunos
Base
Administrativa
NAPIBEx
Médico
Dentista
Farmacêutico
Figura – Organograma do CIGS.
Fonte: CIGS, 2009.
Divisão de
Veterinária
Assessoria de
Gestão
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A seguir a explicação do organograma:
• Comando (Cmdo) e Diretor de Ensino – é exercido pelo oficial superior de mais alta
patente, que é o gestor da Organização e constitui a cabeça da alta administração. Tem
um grupo de apoio direto, que o auxilia na vida vegetativa da OM este composto por
dois militares.
• Estado Maior (EM) – composto por 06 (seis) militares, todos oficiais. Representa as
diversas seções, a saber:
- Seção de Pessoal (S/1) – realiza a administração de pessoal da Organização.
Possui um efetivo de 19 (dezenove) militares;
- Seção de Inteligência (S/2) – realiza o trabalho de estudo e planejamento de
segurança orgânica e medidas de inteligência e contra inteligência. Possui um
efetivo de 02 (dois) militares.
- Seção de Operações (S/3) – realiza as ações voltadas para planejamento das
atividades de instrução militar, coordena as atividades operacionais da
organização. Possui um efetivo de 02 (dois) militares.
- Divisão Administrativa (Div Adm) – executa as ações de apoio logístico. É
subdividida em Fiscalização Administrativa (Fisc Adm) e Seção de Patrimônio
(S/4). A Fisc Adm volta-se para o controle das ações de aquisição de bens e
serviços, processos licitatórios e gestão orçamentária e financeira; o S/4
coordena a vida interna da Organização no que diz respeito ao apoio logístico e
de infraestrutura. A Div Adm possui um efetivo de 23 (vinte e três) militares e
01 (um) funcionário civil.
- Seção de Comunicação Social (Com Soc) – trabalha com a divulgação das
atividades do CIGS, junto aos ex-integrantes e a sociedade em geral. É a seção
que interage com o público externo. Possui um efetivo de 04 (quatro) militares.
- Assessoria de Gestão (Asse Gestão) – coordena os trabalhos voltados para a
Excelência Gerencial. Realiza o mapeamento de processos, gerencia projetos e
avalia o desempenho organizacional. Possui um efetivo de 04 (quatro)
militares.
• Divisão de Ensino (Div Ens) – coordena as atividades voltadas para o ensino militar
dos cursos de operações na selva. Para tanto possui uma Seção de Operações na Selva
(equipe de instrutores e monitores), uma Seção de Estágio, uma Seção Técnica de
Ensino e uma Seção Psicopedagógica. Possui um efetivo de, aproximadamente, 53
(cinqüenta e três) militares.
• Divisão de Doutrina, Pesquisa e Avaliação (DDPA) – possui um efetivo de 05
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(cinco) militares que executam atividades voltadas para a pesquisa de equipamentos de
emprego militar e atualização da doutrina militar para o emprego da força em
ambiente operacional de selva.
• Divisão de Saúde (Div Sau) – Possui uma equipe de médicos e dentistas, enfermeiros
e auxiliares de enfermagem. Realiza o acompanhamento da área de saúde ocupacional
extensiva aos familiares dos integrantes da organização. Possui um efetivo de cinco
médicos, dois dentistas, um farmacêutico e dois bioquímicos.
• Divisão de Alunos (Div Al) – realiza o apoio logístico para os alunos do COS e
freqüentadores dos estágios. Possui um efetivo de 05 (cinco) militares.
• Divisão de Veterinária (Div Vet) – com uma equipe de três veterinários , um biólogo
e dezessete militares auxiliares é responsável pela gestão dos processos voltados para
a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Tem sob sua
responsabilidade o zoológico do Centro
que abriga espécies da fauna e flora
amazônica sendo importante ponto turístico da cidade de Manaus.
• Núcleo Avançado de Pesquisa do Instituto de Biologia do Exército (NAPIBEx) –
trabalhando com efetivo de dois profissionais, desenvolve pesquisas de interesse da
instituição com a finalidade de subsidiar projetos aplicáveis aos Cursos de Operação
na Selva.
• Base Administrativa (B Adm) – apóia as atividades do Centro em pessoal e material.
É responsável pela manutenção e segurança das instalações, realiza a administração de
material e de pessoal no âmbito dos cabos e soldados. Possui um efetivo de 20 (vinte)
militares que trabalham diretamente nas ações de coordenação e administração, porém
todos os subtenentes, sargentos, cabos e soldados compõem seu efetivo e constituem a
força de trabalho principal da organização.
• Conselho de Avaliação do Ensino (Cons Aval Ens) – é constituído para realizar a
avaliação do ensino. É composto pelo Comandante (Diretor de Ensino),
Subcomandante, Chefe da Divisão de Ensino, Chefe da Divisão de Alunos, Chefe da
Seção de Operações, Chefe da Seção Técnica de Ensino, Assessoria de Gestão,
participam também, porém como assessores do conselho de ensino, o Chefe da
Divisão de Saúde e o Chefe da Seção Psicopedagógica.
Cursos para os usuários militares das Forças Armadas e Forças Auxiliares do Brasil e das
Nações Amigas;
a. Curso de Operações na Selva nas Categorias A, B, C, D, E, F e G:
-Categoria A – para Oficiais Superiores (Coronel, Tenente - Coronel e Major);
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-Categoria B - para Capitães, Tenentes e Aspirantes a Oficial;
-Categoria C - para 2º e 3º Sargentos;
-Categoria D - para Subtenentes e 1º Sargentos;
-Categoria E – para Capitães e Tenentes do Serviço de Saúde do Exército
-Categoria F – para Praças do Serviço de Saúde do Exército
-Categoria G - para Cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras
b. Estágios de Vida na Selva para militares e civis de empresas públicas e privadas.
Conclui-se parcialmente que o CIGS é uma organização militar do Exército Brasileiro,
alicerçada por valores e tradições que remontam à década de 60, do século passado e que dispõe de
uma estrutura capaz de gerir a administração e a vertente operacional da Unidade, que é o ensino.
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3. RESULTADOS E OPORTUNIDADES DE MELHORIAS NO CIGS
Os resultados alcançados pelo CIGS são demonstrados pela efetivação de melhorias em todas as
áreas, desde modernização das instalações à implementação de sistemas gerenciais eficazes como
Balanced Scorecard (BSC) que resultou no Mapa Estratégico do CIGS; passa ainda por uma
mudança de mentalidade focada na qualidade dos serviços e produtos atingido índices relevantes de
satisfação do público interno.
Acrescente-se ainda ideias inovadoras como a lixeira refrigerada e a condução do COS “E” e “F”
para Oficiais e Sargentos da área de Saúde que formou as duas primeiras Guerreiras de Selva do
Brasil e a criação do COS “G” para cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras. O
Reconhecimento externo da eficácia do sistema de gestão pela qualidade desenvolvida no Centro foi
confirmado pelas premiações obtidas no Premio Qualidade Amazonas (PQA) e Premio Qualidade
Governo Federal (PQGF).
Abaixo gráficos de resultados mensurados e objetos de verificação pelo PQA e PQGF.
100
80
60
40
20
0
80
82
65
100
70
80
80
60
30
40
20
2007
2008
2009
RCI
10
0
2007
Percentual de satisfação com o ambiente
de trabalho
10
2008
2009
CMA
Percentual de m ilitares com cursos de
Gestão do MEG
Mapa Estratégico do CIGS plenamente alinhado ao do Comando Militar da Amazônia e ao do Exército Brasileiro focado para a missão e visão
de futuro do CIGS.
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Premiação do PQGF 2010 faixa Bronze
Premiação do PQA 2010 faixa Prata
Laboratório do CIGS
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Lixeira refrigerada: gestão ambiental com prática inovadora que contribui para a preservação do meio
ambiente e melhora as condições de trabalho das equipes de limpeza.
4. CONCLUSÃO
Este artigo vem ao encontro da necessidade de alavancar o SE - EB no Centro de Instrução de
Guerra na Selva, focado em resultados e orientado para os clientes-usuários.
A importância do sistema na vida cotidiana do CIGS é patente, considerando-se que o Modelo
de Excelência em Gestão Pública foi concebido a partir da premissa de que a administração pública
tem que ser excelente, sem deixar de considerar as particularidades inerentes à sua natureza pública.
A adoção de um Modelo de Excelência específico para o CIGS tem como propósito
considerar os princípios, os conceitos e a linguagem que caracterizam a natureza pública das
organizações militares e que impactam na sua gestão.
O CIGS deve possuir métodos para o estabelecimento de padrões de trabalho para as
principais práticas de gestão, estando definidos mecanismos de controle que permitam verificar se
esses padrões estão sendo cumpridos.
A Organização Militar deve possuir mecanismos que permitam avaliar e melhorar, de forma
global, as práticas de gestão e respectivos padrões de trabalho, promovendo o aprendizado
organizacional ou outros pertinentes para avaliar e melhorar as práticas e respectivos padrões de
trabalho relativos à cultura da excelência.
Com isso, pode-se ressaltar que definições como missão e visão são conceitos-chave para a
cultura da excelência: missão é a razão de existir da Organização Militar e visão é a imagem que a
organização tem a respeito de si própria ou do que se pretende ser no futuro.
A liderança pelo exemplo é outro fator fundamental para se obter o comprometimento de
todos, bem como o patrocínio, a programas que abordem de forma sistêmica as necessidades das
partes interessadas, objetivos, resultados e aprendizado contínuo onde adicionalmente, foi estruturada
no CIGS, para incentivar e promover a prática da Liderança e a cultura para a excelência.
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Buscar internalizar a cultura da excelência por meio de uma programação variada, abrangendo
vários assuntos ligados ao nosso modelo de gestão. Os principais temas abordados são: qualidade de
vida, planos e estratégias, tecnologia da informação e serviços aos clientes-usuários, dentre destes
temas são promovidas palestras que tem como objetivo a troca à melhoria implementada pelas
diversas áreas da Organização Militar.
Para pragmatizar o incentivo ao comprometimento de todos com a cultura da excelência, o
CIGS vem realizando uma gestão junto a seus clientes usuários, a fim de atingir a Excelência
Gerencial.
O compromisso com a formulação das Estratégias e Planos é antes de tudo uma visão
motivadora que inspira aos que ali trabalham a buscar a excelência em tudo o que fazem, bem como
em suas relações com os demais, sejam eles colegas, superiores, clientes-usuários entre outros.
Não se deve confundir a busca da excelência apenas com simples definições de visão, missão
e objetivos se não são vivenciadas e aplicadas no cotidiano das organizações. Mais importante do que
estes conceitos de excelência estar publicados em políticas e procedimentos, o importante é que a
Organização Militar tenha capacidade de conseguir promover uma mentalidade e gerar sentimentos e
ações que levem ao real comprometimento.
As pessoas envolvidas com o sistema de excelência, certamente são elas que vão fazer a real
diferença entre um trabalho, produto ou serviço comum para algo feito com excelência e isto deve ser
função de todos aqueles de alguma forma interagem com o CIGS.
Em meio à época atual, caracterizada pela rápida mudança ambiental, a cultura organizacional
alinhada à estratégia operacional pode gerar cada vez mais vantagem competitiva a uma Organização
Militar.
Dando continuidade ao processo, o CIGS tem se envolvido cada vez mais nas atividades
voltadas para a busca da excelência gerencial. Participou do Prêmio Qualidade Amazonas/2009
(PQA), tendo sido contemplado com o prêmio “Troféu Prêmio Qualidade Amazonas Bronze”.
Está em pleno desenvolvimento a implantação do Balance Scorecard (BSC) e, além disso, tem
aperfeiçoado seus indicadores de resultado, que já demonstram, de forma estatística, o alcance das
metas estabelecidas para cada um dos treze objetivos constantes de seu Mapa Estratégico.
Em 2010, além de nova premiação no PQA, premiado
na faixa Prata, a Organização
preparou-se para ser submetida à nova avaliação, desta vez por parte do Gespública, tendo concorrido
ao Premio de Qualidade do Governo Federal (PQGF), onde obteve o reconhecimento na faixa
Bronze.
As premiações recebidas em 2009/2010 estimularam seus integrantes para desenvolverem
suas atividades com elevado grau de gerenciamento, mais refinado, com ações proativas e de
significativo impacto positivo, seja para a vida vegetativa da organização, seja para o alcance de sua
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ambiciosa visão de futuro.
A perspectiva é que o CIGS possa manter o nível de excelência alcançado, sendo considerado
como uma das melhores escolas de combate na selva do mundo. Para tal, tornar-se-á necessária muita
dedicação, austeridade e busca constante das oportunidades de inovação e melhoria, contribuindo
dessa forma para a gestão pela excelência, não só no CIGS, mas no Exército Brasileiro.
O mais importante de todo o processo da Gestão pela Excelência no CIGS é que o
gerenciamento otimizado dos recursos, de uma forma geral, vem contribuindo para melhorar o
desempenho dos corpos docente e discente em termos de eficiência, de eficácia e de efetividade na
execução dos Cursos de Operações na Selva, tudo para aprimorar o bem mais precioso do Centro
Coronel Jorge Teixeira, o Combatente de Selva.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Avaliação da Gestão Pública. 2008/2009; Brasília; MP, SEGES, 2008. Versão 1/2008.
BRASIL, Portaria nº. 657 de 03 de novembro de 2003. Estabelece a Missão e a Visão de Futuro do
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Disponível
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http://www.portalpeg.eb.mil.br/static/Legislacao/Port657.pdf. Acesso em: 01/09/2009.
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PEG/EB.
Disponível
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http://www.portalpeg.eb.mil.br/static/Legislacao/Port348.pdf. Acesso em: 01/09/2009.
BRASIL, Portaria nº. 220 de 20 de abril de 2007. Estabelece o Sistema de Excelência no Exército
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Disponível em: http://www.portalpeg.eb.mil.br/downloads/220-cmt.pdf. Acesso em: 01/09/2009.
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LAKATOS, E.M. MARCONI, M.A. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1986.
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EXCELÊNCIA –
EXÉRCITO
BRASILEIRO
http://www.portalpeg.eb.mil.br/. Acesso em 04/09/2009.
(SE-EB).
Disponível
em:

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