Baixar - Faculdade Arthur Sá Earp Neto

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Baixar - Faculdade Arthur Sá Earp Neto
JOÃO CARLOS DE MIRANDA
ALESSANDRA BORGES BRUM CLEIRES
CINTIA RAMOS PEREIRA AZARA MARIA REGINA BORTOLINI DE CASTRO
CLAUDIA CARVALHO RESPEITA DA MOTTA
HELGA BRICK SOARES
PATRICIA MACIEL PACHA
ÁLVARO JOSÉ MARTINS DE OLIVEIRA VEIGA
ANETE CORRÊA ESTEVES
CINTIA RAMOS PEREIRA AZARA
CLAUDIA CARVALHO RESPEITA DA MOTTA
CLAUDIA MARTINS DE VASCONCELLOS MIDÃO
CRISTINA GONÇALVES HANSEL
GILBERTO SENECHAL GOFFREDO FILHO
JOÃO CARLOS DE MIRANDA
JÚLIO CESAR TEIXEIRA DE FREITAS
LEVI PEREIRA GRANJA DE SOUZA
LUCIANA VELLOSO
MARIA REGINA BORTOLINI
PATRÍCIA MACIEL PACHÁ
AMANDA DA SILVA BOAVENTURA
FÁTIMA MOREIRA DA CRUZ
FERNANDA X. MOUTINHO CASTELLI
ROBERTA MATTOS STUMM
20 a 23 de outubro de 2015
Av. Barão do Rio Branco, 1003.
MARIA ISABEL DE SÁ EARP DE RESENDE CHAVES (FASE)
PAULO CESAR GUIMARÃES (FMP)
ABILIO ARANHA
JOÃO CARLOS DE MIRANDA
RICARDO TAMMELA
COORDENADOR DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – FASE
LEVI PEREIRA GRANJA DE SOUZA
COORDENADOR DOS CURSOS SUPERIORES EM TECNOLOGIA - FASE
LEVI PEREIRA GRANJA DE SOUZA
COORDENADORA DO CURSO DE ENFERMAGEM –FASE
MIRIAM HEIDEMANN
COORDENADORA DO CURSO DE NUTRIÇÃO –FASE
ANETE CORREA ESTEVES
COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA –FMP
PAULO KLINGELHOEFERDE SÁ
1. EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DE TRABALHO EM SAÚDE: A INTERDEPENDÊNCIA DE
TAREFAS E RESULTADOS.
2. A PSICOLOGIA NO SUS NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS: PRÁTICA PROFISSIONAL E CAMPOS
DE ATUAÇÃO.
3. A VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE SOB A PERSPECTIVA DA SAÚDE COLETIVA.
4. ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E SENSORIAL DE IOGURTES CASEIROS E INDUSTRIALIZADOS DE
MORANGO, NAS VERSÕES DESNATADO E INTEGRAL.
5. CIDADANIA ORGANIZACIONAL:
ORGANIZACIONAL.
POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES AO COMPORTAMENTO
6. VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER POR PARTE DO CÔNJUGE.
7. MORBIDADE POR AIDS EM ADULTOS ENTRE 50 E 59 ANOS NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL.
8. PROJETO ROSEIRAL: A ENFERMAGEM A SERVIÇO DA COMUNIDADE CONTRIBUINDO COM A
MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA.
9. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – AFILIAÇÃO E ACESSO DE
PRIMEIRO CONTATO.
10. PERCEPÇÕES DO SURDO COM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE:
CONTRIBUIÇÕES PARA O ACESSO E INCLUSÃO.
11. ANÁLISE DA ROTULAGEM DE ÁGUAS MINERAIS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE
PETRÓPOLIS.
12. NUTRITIONAL AND SENSORIAL ASPECTS OF A MODIFIED SORBET WITH FIBERS.
13. RELATO DE CASO: EVOLUÇÃO ATÍPICA DE MIELOFIBROSE PRIMÁRIA.
14. TREINAMENTO ORGANIZACIONAL: IMPACTOS DA APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E DA
GESTÃO DO CONHECIMENTO.
15. SATISFAÇÃO NO TRABALHO: O IMPACTO NO BEM-ESTAR E NA PRODUTIVIDADE
ORGANIZACIONAL.
16. O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO ACERCA DA MANIPULAÇÃO DO CATETER TOTALMENTE
IMPLANTADO NO PACIENTE ONCOLÓGICO.
17. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DE ALTA COMPLEXIDADE AO RECÉM-NASCIDO DE ALTO
RISCO.
18. RESILIÊNCIA E O ADOECIMENTO CRÔNICO DO ADOLESCENTE: UM ESTUDO TRANSVERSAL.
19. PROCESSO DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE DESENVOLVIMENTO
DOCENTE (PIBID) - LICENCIATURA EM ENFERMAGEM.
20. ÚLCERA DE MARJOLIN EM FACE - RELATO DE CASO.
21. MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
ENTRE 15 E 80 ANOS OU MAIS DE 2000 A 2012.
22. HÉRNIA DE GRYNFELTT: APRESENTAÇÃO RARA EM UM HOSPITAL DE ENSINO.
23. A INDUSTRIALIZAÇÃO TÊXTIL DE PETRÓPOLIS: UMA ANÁLISE DA ASCENSÃO E QUEDA DESTE
PROCESSO, SUA GESTÃO E RELAÇÕES DE TRABALHO. UM ESTUDO DE CASO DA CIA
PETROPOLITANA DE TECIDOS.
24. PERFIL DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO DA FASE.
25. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RISCO DE SOLIDÃO E DESESPERANÇA EM IDOSOS DE UMA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
26. EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA MATERNIDADE.
27. PREVALÊNCIA DE SUB DIAGNÓSTICO E DE TRATAMENTO INADEQUADO DE ASMA
BRÔNQUICA ENTRE PACIENTES DE DUAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE INSCRITOS NO
PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS. DADOS PRELIMINARES.
28. DIFICULDADES ENFRENTADAS POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PRESTAÇÃO DE
PRIMEIROS SOCORROS: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE ACADÊMICA.
29. SÍNDROME PÓS-COLECISTECTOMIA: FORMAÇÃO DE NEOVESÍCULA - RELATO DE CASO.
30. REDESENHO DE CARGOS.
31. GRUPO DE CESSAÇÃO DO TABAGISMO: INVESTIGANDO MOTIVOS DE ABANDONO DO
TRATAMENTO.
32. ACREDITAÇÃO: UMA PROPOSTA PARA CENTRAL DE MATERIAL DE ESTERILIZAÇÃO DE UMA
UNIDADE AMBULATORIAL DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS- RJ.
33. O PAPEL DO GESTOR NAS ORGANIZAÇÕES: O EMPRENDEDORISMO COMO UM DIFERENCIAL.
34. NEFRITE LÚPICA COMO ÚNICA MANIFESTAÇÃO INICIAL DO LUPUS ERITEMATOSO
SISTÊMICO.
35. PERFIL DE SAÚDE E NUTRIÇÃO DE GESTANTES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DE
PETRÓPOLIS -RJ.
36. CORRELAÇÃO ENTRE DIETA E DESENVOLVIMENTO DE ACNE: VERDADES E MITOS - ESTUDOS
ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM.
37. GESTÃO DO CONHECIMENTO: O TRABALHO AUTORAL COMO INSTRUMENTO PARA A
INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL.
38. PIODERMA GANGRENOSO ASSOCIADO A ARTRITE REUMATÓIDE - RELATO DE CASO.
39. AVALIAÇÃO DO CONTROLE PRESSÓRICO NOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA EM UMA UNIDADE DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
40. A ADMINISTRAÇÃO ORAL DO ARTESUNATO INDUZ DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE PLACAS DE
PEYER E AUMENTA A PORCENTAGEM DE CÉLULAS T PRODUTORAS DE INTERLEUCINA-10 E/OU
REGULADORAS CD25+FOXP-3+ EM CAMUNDONGOS NOD.
41. CORRELAÇÃO ENTRE DIETA E DESENVOLVIMENTO DE ACNE: VERDADES E MITOS - ESTUDOS
ENTRE ACADÊMICOS DE NUTRIÇÃO
42. INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL NO ADULTO, UM RELATO DE CASO.
43. PRIMEIRA ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA NO HOSPITAL DE ENSINO ALCIDES
CARNEIRO, RELATO DE CASO.
44. PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DA FACULDADE DE
MEDICINA DE PETRÓPOLIS.
45. NECROSE TOTAL DE RETALHO E DE ÁREA DOADORA EM PACIENTE SUBMETIDA À
RECONSTRUÇÃO DE MAMA TARDIA COM RETALHO TRANSVERSO DO MÚSCULO RETO
ABDOMINAL: RELATO DE CASO.
46. ASSOCIAÇÃO DE TABAGISMO ATUAL E PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA ANTITABAGISMO
ENTRE PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA MATRICULADOS NO
PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS. DADOS PRELIMINARES.
47. FOTOPROTEÇÃO SOLAR: NOÇÕES E ABORDAGEM PELOS MÉDICOS PEDIATRAS.
48. GESTÃO DA CRISE NA INDÚSTRIA TÊXTIL DE PETRÓPOLIS E O CASO WERNER.
49. RELATO DE CASO: DENGUE HEMORRÁGICO DE EVOLUÇÃO RÁPIDA E DESFECHO
DESFAVORÁVEL EM CRIANÇA DE 10 ANOS.
50. ASSISTÊNCIA NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA): UMA ANÁLISE ESPECÍFICA
DA LITERATURA COM DESTAQUE PARA AS AÇÕES DO ENFERMEIRO.
51. AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE USO DE METILFENIDATO EM ESTUDANTES DO 3° ANO DE UMA
FACULDADE DE MEDICINA DO BRASIL.
52. TRAQUEOSTOMIA: PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES.
53. UTILIZAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PEDIÁTRICO PILOTO COMO FACILITADOR DO PROCESSO
DE ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DE ENSINO.
54. O PERFIL SOCIODEMOGRÓFICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS
ATENDIDOS NO HOSPITAL DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS.
55. VULNERABILIDADE DAS MULHERES FRENTE ÀS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS.
56. INFLUÊNCIA NA ADESÃO AO TRATAMENTO DE HAS DEVIDO AOS EFEITOS COLATERAIS PELO
USO CONTÍNUO DE DIURÉTICOS.
57. PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE PACIENTES COM DOENÇA
PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA MATRICULADA NO PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS.
DADOS PRELIMINARES.
58. SATISFAÇÃO DE CLIENTES BANCÁRIOS.
59. A DECISÃO DAS GESTANTES NA ESCOLHA DO LOCAL DE ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL.
60. OBSERVATÓRIO DA MULHER DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS (RJ).
61. CIA DO RISO: A VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS ENQUANTO AGENTES DA ALEGRIA.
62. O SISTEMA KANBAN COMO INDICADOR DE PERMANÊNCIA EM UM POSTO DE URGÊNCIA
REFERENCIADA.
63. FEBRE DE ORIGEM OBSCURA: INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA.
64. ANÁLISE DO 5º PASSO DA IUBAAM EM UMA USF.
65. APENDICITE AGUDA NA INFÂNCIA NO HOSPITAL ALCIDES CARNEIRO EM 2015.
66. CONTEXTO DO COTIDIANO DOS CUIDADOS HIGIÊNICOS E SEUS EFEITOS SOBRE A
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM.
67. DINÂMICA DA HIGIENE DO PACIENTE: O BANHO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
HOSPITALAR.
68. HIV E A QUESTÃO DE GÊNERO.
69. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: SURTO POR DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
(DTA).
70. ATRESIA DE ESÔFAGO- RELATO DE CASO: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE.
71. PROJETO DIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL: "JARDIM DA FELICIDADE".
72. PREVALÊNCIA DE ÓBITOS POR CAUSAS EXTERNAS NA POPULAÇÃO NEGRA NO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO NO PERÍODO DE 2010 A 2013.
73. MORTALIDADE MATERNA POR COMPLICAÇÕES NO ABORTO E SUAS POSSÍVEIS RELAÇÕES
COM O ANALFABETISMO.
74. POR QUE NÃO POSSO COMER DOCES?
75. CONHECIMENTO BÁSICO NO CENÁRIO CLÍNICO: RACIOCÍNIO CLÍNICO APLICADO AO
COTIDIANO DO ESTUDANTE DE MEDICINA.
76. GRUPO MENTE SÃ CORPO SÃO - REDUÇÃO DE DANO NO USO ABUSIVO DOS
BENZODIAZEPÍNICOS.
77. “O GRANDE ACIDENTE”: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ATIVIDADE SIMULADA.
78. GRUPO DE VIDA SAUDÁVEL NA PRÁTICA DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA
79. PLANO DE COMBATE AOS CASOS DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA NA POPULAÇÃO ENTRE 15 E 29
ANOS NA CIDADE DE TAPARUBA MG.
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EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DE TRABALHO EM SAÚDE: A INTERDEPENDÊNCIA DE TAREFAS E
RESULTADOS.
ANDRÉ LUÍS RODRIGUES DA SILVA;
MARIA DA CONCEIÇÃO TAVARES CARIUS;
PATRÍCIA GARCIA;
CAROLINE NASCIMENTO &
ROVENA LOPES PARANHOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Equipes de trabalho constituem-se em unidades de desempenho utilizadas no âmbito organizacional. Na
área da saúde, o trabalho em equipe multiprofissional representa um dos principais pontos na
reorganização da atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), transformando-se em uma estratégia
para redesenhar os processos de trabalho e promover a qualidade dos serviços. Dessa forma
representam, para além das relações de trabalho propriamente ditas, relações de saberes, relações de
poderes e relações interpessoais que se configuram a partir da interdependência de tarefas e de
resultados. Assim, identificar os graus e tipos de interdependência entre os membros nas equipes auxilia
no planejamento de intervenções que possa lhes garantir maior potencialidade e, consequentemente,
melhores desempenhos na atenção à saúde integral da população atendida. Nesse sentido, o objetivo
dessa pesquisa é identificar os graus de interdependência de tarefas e de resultados em equipes
multiprofissionais de saúde. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de campo, de natureza
descritiva, considerando que se pretende investigar as características, as relações e as conexões que se
estabelecem em equipes multiprofissionais de trabalho em saúde. A amostra populacional investigada é
a que integra equipes dessa natureza, em cada nível de atenção: a) integrantes de três equipes de saúde
da família, no nível primário da atenção; b) integrantes de uma equipe multiprofissional de um
ambulatório-escola, no nível secundário da atenção; c) integrantes de uma equipe de terapia intensiva de
um hospital geral, no nível terciário da atenção; todas no município de Petrópolis, RJ Os instrumentos
utilizados para a coleta de dados são três escalas intervalares de concordância do tipo Likert, unifatoriais,
devidamente adaptadas e validadas para a população brasileira e que têm por finalidade avaliar o trabalho
em equipes. A Escala de Interdependência de Tarefas (EIT), com cinco itens e cinco níveis de concordância.
A Escala de Interdependência de Resultados (EIR), com seis itens e sete níveis de concordância. A Escala
de Potência de Equipes de Trabalho (EPET), com 10 itens e cinco níveis de concordância. Espera-se que os
resultados possam identificar os graus de interdependência de tarefas e de resultados bem como a maior
ou menor crença compartilhada pelos sujeitos de que suas equipes podem ser efetivas em relação ao
desempenho de duas atividades. Espera-se, ainda, que esses resultados possam vir a subsidiar
intervenções no trabalho dessas equipes de forma a fomentar cada vez mais a adoção de práticas
multiprofissionais competentes na assistência e no cuidado, qualificando continuamente os serviços de
atenção integral à saúde.
2
A PSICOLOGIA NO SUS NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS: PRÁTICA PROFISSIONAL E CAMPOS DE
ATUAÇÃO.
ROVENA LOPES PARANHOS;
MAYCOM MAIA DE MELLO;
THAIS FERREIRA SOARES DALCERO &
ROVENA LOPES PARANHOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A inserção da Psicologia no Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo ampliada desde a reforma sanitária
e a criação e expansão do Sistema Único de Saúde (SUS). Em que pese essa evidência, dita inserção se
deu, sobretudo, na área de saúde mental e não de forma a atender as variadas demandas por atenção
integral à saúde, postas pela população e que são objeto explícito do SUS. Ainda nesse sentido, é preciso
salientar que essa inserção vem se traduzindo, na atuação profissional, por práticas eminentemente
clínicas, considerando que a formação em Psicologia está tradicional e sobremaneira fundamentada nesse
único viés, não preparando psicólogos para a atuação em saúde pública. Num esforço para realinhar a
formação em Psicologia e a atuação profissional de psicólogos no SUS, a Associação Brasileira de Ensino
de Psicologia (ABEP) elaborou um levantamento sistematizando a presença de psicólogos no SUS e a
produção de conhecimentos em Psicologia na prevenção de doenças e promoção da saúde. O Centro de
Referência em Psicologia e Políticas Públicas (CREPOP) do Conselho Federal de Psicologia (CFP), com
intuito semelhante, fez um levantamento das práticas profissionais de psicólogos na atenção primária à
saúde e elaborou documento orientador sobre o papel dos psicólogos na implementação e consolidação
de políticas públicas de saúde no Brasil. Seguir nesse objetivo requer, dentre outros inúmeros esforços,
maior conhecimento e constante apropriação das práticas profissionais e dos campos de atuação efetivos
da Psicologia no SUS. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa é o de proceder a um levantamento das
práticas profissionais e dos campos de atuação dos psicólogos no SUS no município de Petrópolis.
Metodologicamente, a pesquisa é aplicada, de cunho qualitativo e do tipo descritiva, na medida em que
tem como finalidade identificar e descrever as características, a natureza e as relações entre as variáveis
analisadas. A população pesquisada constitui-se dos psicólogos vinculados ao SUS no município de
Petrópolis, RJ, em caráter estatutário e em cargos comissionados, devidamente cadastrados como tal no
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). O instrumento utilizado para a coleta de dados,
desenvolvido pelos pesquisadores, cruza informações sobre práticas profissionais e campos de atuação
dos psicólogos na saúde pública. Espera-se que os resultados possam contribuir para: identificar quais
práticas e em que campos de atuação acontecem à inserção da Psicologia na saúde pública do município,
reorientar a formação de psicólogos e possibilitar a contínua qualificação da assistência e do cuidado
integral à saúde; cumprindo uma função essencial da Psicologia que é garantir a saúde integral de
indivíduos, grupos e coletividades.
3
A VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE SOB A PERSPECTIVA DA SAÚDE COLETIVA.
ELOAH COSTA DE SANT’ANNA RIBEIRO;
JENNIFER VALENTIM;
TABATA DE AGUIAR PIRES DO COUTO;
MILENA RODRIGUES VIEIRA;
ALESSANDRA SAUAN DO ESPÍRITO SANTO CARDOSO &
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A violência contra a criança e o adolescente é todo ato ou omissão cometido por indivíduos e/ou
instituições, capazes de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima. A notificação é um
instrumento duplamente importante no combate à violência: ela produz benefícios para os casos
singulares e é instrumento de controle epidemiológico da violência. O objetivo do presente estudo foi
verificar a proporção de casos notificados de violência contra criança e adolescente no Brasil e no estado
do Rio de Janeiro. MÉTODOS: Estudo ecológico, com abordagem quantitativa, com coleta de dados em
maio de 2015, no banco de dados do SINAN no DATASUS, dos casos notificados de violência doméstica,
sexual e outras formas de violência, de acordo com a faixa etária < 1 ano a 19 anos. Os gráficos foram
gerados pelo programa Excel 2010. RESULTADOS E DISCUSSÃO: No Brasil, entre os anos de 2012 a 2014,
a maior proporção de casos de violência notificados foi de adolescentes entre 15 a 19 anos de idade. No
Rio de janeiro, a maior proporção de casos de violência sexual notificados foi em crianças de 10 a 14 anos
e a maior proporção por tortura foi em adolescentes de 15 a 19 anos. A maior faixa etária pode estar
relacionada devida o fato dos mesmos terem mais condições procurar atendimento e serem notificados
em relação às crianças. CONCLUSÃO: Por ser pouco denunciada, a violência contra crianças e adolescentes
é enraizada na sociedade brasileira, por isso é necessário à denúncia para gerar dados para a notificação
compulsória.
4
ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E SENSORIAL DE IOGURTES CASEIROS E INDUSTRIALIZADOS DE MORANGO,
NAS VERSÕES DESNATADO E INTEGRAL.
ELOAH COSTA DE SANT�ANNA RIBEIRO;
LARISSA DE LIMA ALVES;
THAYNÁ PERES FORTUNATO &
CAROLINA CROCCIA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A presença do leite na dieta alimentar ocorre, principalmente, pelo fato de que este produto é fonte de
proteínas e de minerais essenciais à promoção do crescimento e manutenção da vida para o ser humano.
O objetivo geral desse trabalho foi realizar análises físico-químicas e sensorial de iogurtes caseiros e
industrializados de morango, nas versões desnatado e integral. Metodologia: Os iogurtes foram
produzidos separadamente, em dois dias, no Laboratório de Técnica Dietética da Faculdade Arthur Sá
Earp Neto (FASE), foram elaborados de maneira informal, não sendo inspecionado por nenhum órgão de
fiscalização. Os iogurtes industrializados foram escolhidos de forma aleatória. As determinações físicoquímicas realizadas foram: pH, onde foi determinado no pHmetro, e acidez em ácido láctico. Todas as
amostras foram realizadas em duplicata. Na análise sensorial, tiveram 41 julgadores e não houve critérios
de exclusão, foram servidos quatro amostras distintas em copos de 40mL, de uma só vez, e os testes
afetivos aplicados foram por escala hedônica de nove pontos, para sabor, textura e sabor residual e para
frequência de consumo por sete pontos, ao final foi aplicado o teste de Dutcosky (bom grau de aceitação
acima de 70%). Resultados: A preparação de iogurte caseiro desnatado obteve rendimento e custo
maiores do que a do iogurte caseiro integral, porém ambos conseguem servir 10 porções. De acordo com
as análises físico-químicas realizadas, para pH, os resultados variaram de 4,2 a 4,3, sendo o valor aceitável
entre 4,2 e 4,4. Para acidez o valor mínimo verificado foi de 0,77% a 0,99% ácido lático, de acordo com o
estabelecido pela legislação brasileira em vigor, que é de 0,6 a 1,5%. As análises sensoriais, em relação ao
sabor, textura e sabor residual, o que obteve menor aceitação foi o iogurte caseiro desnatado, e o que
obteve melhor aceitação foi o industrializado integral. Em relação à frequência de consumo os iogurtes
industrializados tiveram maior grau de aceitação, e dentre os caseiros foi o integral. Na análise de
preferência realizada somente com os iogurtes caseiros podemos observar que o integral foi 46% mais
aceito do que o desnatado. Conclusão: A análise físico-química verificou o valor do pH dentro dos
parâmetros e não apresentaram diferenças entre os iogurtes analisados. Em relação à acidez das
amostras, o valor verificado ficou dentro dos parâmetros aceitos. O produto integral, industrializado e
caseiro, apresentam um índice de aceitação maior e que as diferenças significativas obtidas na análise
sensorial podem estar relacionadas à falta de hábito do público consumidor optar pela preparação caseira
ou industrializada desnatado.
5
CIDADANIA ORGANIZACIONAL: POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES AO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL.
CINTIA FERNANDA MARQUES &
ROVENA LOPES PARANHOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Entende-se por cidadania ou civismo nas organizações os comportamentos inovadores e espontâneos dos
trabalhadores que beneficiam o sistema organizacional. Nesse sentido, caracteriza-se por:
espontaneidade, na medida que se difere de comportamentos estabelecidos apenas pelo dever
contratual; funcionalidade, por serem comportamentos benéficos à organização; ausência de restrição,
por garantir permissão de formas particulares de manifestação; isenção de retribuição prevista pelo
sistema, por serem comportamentos de natureza social; publicidade, na medida em que são
comportamentos passíveis de observação pelo sistema organizacional. Pressupõe-se que esses
comportamentos de civismo sejam capitais às organizações, uma vez que têm efeito positivo para o
desempenho do trabalho e constituem-se como variável na predição do desempenho do trabalho em
equipe, ambos fundamentais à garantia do desenvolvimento e crescimento sustentado e sustentável das
organizações em geral. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi o de analisar comportamentos de
cidadania organizacional presentes em uma determinada organização de forma a identificar
predisposições para o comportamento organizacional no futuro. O pressuposto metodológico que
orientou o trabalho foi a pesquisa-ação, considerando que esse tipo de método permite aprimorar a
prática organizacional através da ação no campo e da e investigação a respeito dele. Os procedimentos
metodológicos envolveram a aplicação de duas escalas de medida do comportamento organizacional: a
Escala de Comportamento de Cidadania Organizacional (ECCO), composta por 14 fatores, distribuídos em
3 dimensões: sugestões criativas; divulgação da imagem organizacional e cooperação com colegas, e a
Escala de Intenções Comportamentais de Cidadania Organizacional (EICCOrg), composta por 35 questões
que simulam diversas situações do comportamento organizacional, A população alvo da pesquisa foi uma
amostra representativa de 51% dos empregados de uma indústria do ramo de transformação de plástico,
localizada no município de Paraíba do Sul, RJ. Os resultados apontaram para índices elevados em relação
à cooperação com os colegas (4,2, em escala de 1 a 5) e médios em relação à divulgação da imagem
organizacional (3,9, em escala de 1 a 5) e às sugestões criativas (3,3, em escala de 1 a 5). Ainda, há
diferença significativa em relação a gênero, os homens apresentaram maior comportamento de cidadania
que as mulheres. Apesar desses índices, 72% da população pesquisada apresentou tendência
predominantemente alta para comportamentos de cidadania organizacional, o que pode indicar que, uma
vez intensificadas as ações de gestão do comportamento de civismo, as questões referentes à divulgação
da imagem e ao incremento das sugestões criativas apresentem ganhos substanciais e significativos para
o desenvolvimento e crescimento sustentado e sustentável da organização.
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VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA A MULHER POR PARTE DO CÔNJUGE.
TALITA DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA;
JESSICA APARECIDA VIEIRA PINHEIRO;
GLEISE DOS SANTOS MACHADO TAVARES;
DUANY DA ROCHA MADUREIRA;
VIVIAN SANCHES POMIN;
CAROLINE NASCIMENTO NEBESMAK &
ALESSANDRA SAUAN DO ESPÍRITO SANTO
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A violência contra a mulher é fenômeno universal que atinge todas as classes sociais, etnias, religiões e
culturas, ocorrendo em populações de diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social. A
Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência como "o uso intencional da força física ou do poder,
real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que
resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de
desenvolvimento ou privação". O objetivo do estudo foi determinar a tendência do Coeficiente de
incidência de violência sexual contra a mulher por parte do conjunge nas cinco regiões do Brasil, nos
últimos dois anos (2012 e 2014) e descrever a investigação epidemiológica de casos de violência sexual
contra a mulher. Foi realizada uma pesquisa no DATASUS/SINAN onde identificamos a maior prevalência
de violência sexual contra a mulher por parte do cônjuge na região Sudeste entre os anos de 2012 e 2014.
Pesquisados números absolutos de casos por UF, onde foi calculado número de casos por região divididos
pelo total de casos no Brasil vezes cem (100). Através deste método chegamos ao resultando em que
houve uma redução de 5,29 notificações na região Sudeste nos dois anos, porém a maior incidência
continua nessa região. Concluímos que os números de notificações podem ser maiores por influência das
subnotificações, sendo de grande importância à educação em saúde e a sensibilização dos profissionais
de saúde.
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MORBIDADE POR AIDS EM ADULTOS ENTRE 50 E 59 ANOS NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL.
TALITA DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA;
JÉSSICA APARECIDA VIEIRA PINHEIRO;
VIVIAN SANCHES POMIN &
HELGA BRICK SOARES
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A AIDS atualmente vem proporcionando um grande fenômeno de magnitude no Brasil, tendo uma grande
elevação nos números de casos ao longo dos anos, em pessoas com idade entre 50 e 59 anos, em ambos
os sexos. E vem sendo confirmada como uma ameaça de saúde pública e relevância epidemiológica para
essa faixa etária necessitando assim de uma maior atenção. Alguns fatores que influenciam na elevação
do número de casos como: escolaridade, má condições cobertura dos sistemas de vigilância e de
assistência médica e o não uso do preservativo. O objetivo desta pesquisa é identificar a taxa de
morbidade em adultos acima de 50 anos por HIV/AIDS, no período de 2010 e 2011 na região Sudeste.
Trata se de uma pesquisa descritiva, ecológica, indireta com base em dados secundários e de abordagem
quantitativa. Foram coletados dados relativos por morbidade da AIDS, por meio do Sistema de Informação
sobre a morbidade do Ministério da Saúde. Os resultados foram obtidos através de taxas de morbidade
calculadas por 100.000 habitantes, utilizando o método direto de padronização de coeficiente segundo
faixa etária, o estado do Rio de Janeiro tem o maior índice de morbidade por AIDS em adultos acima de
50 anos com 32,94%, em seguida o estado do Espírito Santo com 32,23%, São Paulo com 22,53% e Minas
Gerais com 17,68%. Por isso, a importância de iniciar ações educativas na cidade de Petrópolis, situada
no Estado do Rio de Janeiro, buscando apoio na Faculdade de Enfermagem Arthur Sá Earp Neto (FASE).
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PROJETO ROSEIRAL: A ENFERMAGEM A SERVIÇO DA COMUNIDADE CONTRIBUINDO COM A
MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA.
JÉSSICA APARECIDA VIEIRA PINHEIRO;
SILVANA DA SILVA FERREIRA;
LAÍS SIMAS CHAGAS;
MARIA CECILIA MARCOLINO DA SILVA;
TÁBATA CRISTINA GOMES DOS SANTOS &
CRISTINA GONÇALVES HANSEL
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O Projeto Roseiral foi uma ação social que ocorreu no pátio interno e externo da igreja Católica, no bairro
Roseiral, situado na cidade de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro. A ação foi realizada no dia 16 de
maio de 2015. Objetivos: Promover o processo ensino-aprendizagem entre a comunidade e os membros
da academia com vistas a ampliar o conhecimento através da prática e proporcionar a interação entre a
comunidade, família e o meio acadêmico. Método: A ação social foi construída visando atender uma
necessidade da comunidade bem como aplicar o conhecimento adquirido pelos acadêmicos em sala de
aula na disciplina de fundamentos de enfermagem III. A elaboração da ação foi em conjunto com os alunos
do 3° período 2015.1; alunos de outros períodos moradores do bairro e acadêmicos de outros cursos e de
outras IES. Resultados e discussão: Foram realizados 84 acolhimentos entre adultos e crianças. Dos 84
moradores acolhidos, 17 pessoas (20%) responderam o questionário. Dos 17 questionários aplicados
todos (100%) afirmaram ter gostado da ação social realizada pelos acadêmicos da FASE e a maioria relatou
ter aprendido a prevenir algumas doenças e a conhecer a outras profissões. A realização dessa ação social
trouxe inúmeros benefícios tanto para a academia quanto para a população, assim como, para os
acadêmicos de terem uma visão ampliada de como trabalhar junto a comunidades e realizar a prevenção
e promoção da saúde.
9
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA – AFILIAÇÃO E ACESSO DE PRIMEIRO
CONTATO.
JÉSSICA APARECIDA VIEIRA PINHEIRO;
CLAUDIA CARVALHO RESPEITA MOTTA &
ELISABETE PIMENTA ARAÚJO PAZ
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A atenção em saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) envolve o conjunto de ações, estratégias e serviços
que visam dar respostas às necessidades da população. O sistema organizado em níveis de complexidade
tem na Atenção Primária à Saúde (APS) a porta de entrada para os serviços básicos de saúde,
caracterizando-se por ações de âmbito individual e coletivo, que privilegiam a promoção e proteção da
saúde, a prevenção de agravos, o tratamento, redução de danos, reabilitação e manutenção da saúde,
com objetivo de desenvolver uma atenção integral. A APS sistematizada é caracterizada também, a partir
de atributos essenciais dos serviços primários, dentre estes destacamos o acesso de primeiro contato do
indivíduo com o sistema de saúde, que é a acessibilidade e utilização do serviço de saúde como fonte de
cuidado a cada novo problema ou novo episódio de um mesmo problema de saúde, com exceção das
verdadeiras emergências e urgências médicas. Objetivo: identificar a qualidade na ESF, a partir do grau
de afiliação dos usuários e do acesso de primeiro contato com o serviço de saúde. A pesquisa é um recorte
de uma pesquisa mais abrangente, quantitativa do tipo transversal e foi desenvolvida no primeiro
semestre de 2015, através da aplicação de um questionário de avaliação de APS validado pelo Ministério
da Saúde, denominado PCATool-Brasil. Aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa. O cenário são três
equipes de uma unidade da ESF de Petrópolis-RJ. Os participantes foram 79 usuários adultos e idosos. Os
resultados dos escores da avaliação mostraram que o grau de afiliação está entre 9.3 e 10.0, e que a
utilização está entre 7.0 e 9.7, ambos tendo boa e ótima avaliação. A acessibilidade ficou com escore entre
2.7 e 4.3, evidenciando uma avaliação ruim. A afiliação identifica o serviço de saúde ou profissional,
médico e/ou enfermeiro, que serve como referência para os cuidados do adulto. Trata do relacionamento
interpessoal entre o profissional e o adulto, caracterizado pelo conhecimento de outros aspectos de vida,
além das questões de saúde, bem como sobre a responsabilidade do atendimento. O acesso de primeiro
contato está dividido em utilização e acessibilidade. A utilização avalia se o médico ou enfermeiro são os
primeiros a serem procurados para uma consulta de revisão, se o serviço de saúde é o primeiro local a ser
procurado no caso de um novo problema de saúde ou um novo episódio de problema crônico/continuado,
e se é o único meio de encaminhamento para um especialista ou serviço especializado. A acessibilidade
busca captar a capacidade do serviço de saúde em atender seus usuários quando eles têm doença aguda
ou agudização de um problema crônico. Concluímos a necessidade de se pensar em formas de melhorar
a acessibilidade para usuários adultos e idosos que usam a ESF.
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PERCEPÇÕES DO SURDO COM RELAÇÃO AO ATENDIMENTO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE:
CONTRIBUIÇÕES PARA O ACESSO E INCLUSÃO.
DENISE PAIVA XAVIER &
RICARDO PATULÉA VASCONCELLOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A comunicação é primordial na assistência ao surdo, porém representa o maior desafio dos enfermeiros
junto a essa clientela. O surdo tem sua própria cultura e linguagem. Os enfermeiros, muitas vezes,
encontram grande dificuldade para lidar com o surdo, por estarem despreparados para prestar o
atendimento adequado deste indivíduo, tendo em vista a dificuldade de aplicação de uma linguagem
diferenciada. Objetivo: analisar a comunicação entre surdos e profissionais nos serviços de saúde.
Método: pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e realizada em uma instituição religiosa no
Município do Estado do Rio de Janeiro, no período de maio de 2015. A amostra constou de 18
participantes totalmente surdos que dominam a Libras, foi realizada uma entrevista contendo 05
perguntas abertas, com técnica de categorização na interpretação e discussão. Resultado: Nos relatos dos
surdos evidenciou o desejo de que todos aprendam libras e não apenas os profissionais de saúde.
Conclusão: De acordo com os resultados encontrados na pesquisa, a comunicação com os surdos ainda é
um grande obstáculo no acesso aos serviços de saúde, a barreira de comunicação prejudica o vínculo
entre profissionais da saúde e surdos, comprometendo o atendimento. A dependência dos surdos de
terceiros para o acesso ao serviço de saúde os fazem sentir-se incapazes de exercer sua autonomia. É
interessante que todos profissionais, principalmente a equipe de enfermagem, estejam capacitados para
receberem esse público alvo, pois têm um cuidado mais efetivo, garantindo um atendimento de qualidade
e humanizado.
Referências
AGUIAR, F. S; MARCUCCI, R. M. B. Uso da linguagem Brasileira de Sinais na comunicação enfermeiropaciente portador de deficiência auditiva. Revista Enfermagem UNISA, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 144-8,
2009.
COSTA, A. N. As peculiaridades da pessoa surda e a escuta psicológica. 2013. 63f. Trabalho de Conclusão
de curso. Faculdade de Psicologia – Universidade Católica de Petrópolis, Petrópolis, 2013.
11
ANÁLISE DA ROTULAGEM DE ÁGUAS MINERAIS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE PETRÓPOLIS.
FERNANDA DE OLIVEIRA MEDEIROS; ANA ELISA CARVALHO MENEZES;
LIVIA DOS SANTOS OTERO; LYSA MARIE RODRIGUES SONDAHL BIBIANI;
VÍVIAN INÊS ANTUNES MAGIOLO SILVA & ANETE CORRÊA ESTEVES
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A preocupação com a qualidade da água, decorrente da progressiva poluição hídrica, é um dos motivos
que levam grande parte da população mundial ao consumo de água proveniente de fontes minerais
(Leclerc e Moreau, 2002).A preocupação com a qualidade da água consumida tem provocado uma
contínua demanda pela água mineral em todos os países, sendo necessário um controle sobre sua
qualidade. A percepção de que a ingestão desta água remete a um estilo de vida saudável tem aumentado
seu consumo no Brasil e no mundo. O consumidor consciente associa Água Mineral à saúde e reconhecem
os benefícios considerados intrínsecos ao produto. O mercado brasileiro de águas minerais naturais tem
se mantido em crescimento nos últimos cinco anos. (Pontara,et al 2011). A RDC/274 de 2005 caracteriza
as águas minerais como obtidas diretamente de fontes naturais ou artificialmente captadas de origem
subterrânea. O cálcio e o sódio são alguns dos principais elementos encontrados na água mineral. O cálcio
é o principal elemento no crescimento e na formação dos ossos e por este motivo é um dos minerais mais
abundantes no corpo humano. Porém quando em concentrações elevadas pode se ligar ao carbonato,
bicarbonato, e sulfato e formar sais insolúveis, tornando imprópria para consumo. O sódio tem como
função regular a quantidade de líquido extracelular, bem como o volume de plasma sanguíneo. O
consumidor, em geral, presume que a composição das águas são sempre iguais, não fazendo diferença
em qual marca comprar. Porém, isso não é verdade o teor de sódio costuma sofrer variações conforme a
marca de acordo com o trabalho publicado por Ceron (2014). O objetivo desse trabalho foi verificar a
quantidade dos minerais presentes, o valor de pH, através das análises dos rótulos de 13 amostras de
diferentes marcas de águas minerais adquiridas no comércio de Petrópolis. Os resultados encontrado com
bases nas informações obtidas dos rótulos das amostras de água para os valores de pH foram de 5,5 até
7,9; Os valores encontrados para o íon sódio variaram de 1,86 a 18,43 mg/l, os valores de cálcio variaram
de 0,90 a 28,36 mg/l e os valores de magnésio variaram de 0,36 a 9,08 mg/l.Os resultados encontrados
por Felski.(2008) foram que as águas ácidas, são menos mineralizadas e consideradas mais leves, estes
resultados corresponde também aos encontrados neste trabalho, as águas mais ácidas correspondem a
menor teor de minerais. Apesar do teor de sódio se encontrar dentro dos limites legais, os valores
encontrados nesta pesquisa evidenciam a grande variação do teor de sódio nas marcas analisadas,
convém ressaltar que há uma recomendação do MS que o valor não deve ser superior a 20 mg/l nas águas
minerais, este valor pode ser bastante prejudicial nos casos de hipertensão. Com os resultados
apresentados fica claro que é necessário alertarmos aos profissionais de saúde e aos consumidores a
importância da leitura dos rótulos para uma melhor avaliação do produto a ser consumido.
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NUTRITIONAL AND SENSORIAL ASPECTS OF A MODIFIED SORBET WITH FIBERS.
ANA CAROLINA HEMERLY BERTHOL DE ABREU;
GABRIELA COELHO MUNIZ SILVA;
ISABELLE SILVA DA COSTA;
TALYTA BAPTISTA FERREIRA DA SILVA;
TAMIRES DE OLIVEIRA STORCK;
THAIS SOUZA DE OLIVEIRA &
CAROLINA CROCCIA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Culinary preparations using low fat ingredients is increasing and an alternative to substitute fat is the
dietary fiber. Sorbet is the definition to the product that uses fruits in its composition instead of dairy,
which is the basis of traditional ice cream. In Brazil, sorbet is called gelado de frutas. Thus, this study aimed
to develop a modified sorbet added with dietary fiber and to analyze the sensorial aspects. Methods:
Twenty-one untrained tasters performed sensory analysis. Sensory Affective Method by Acceptance
Hedonic Scale Test Verbal Structured 5 points was performed. We evaluated aroma attributes, color,
flavor, texture, and overall acceptability. The attributes were calculated on the acceptability index (AI).
Results: The percentage of carbohydrate, lipids and dietary fiber found was 16.27%, 1.2% and 8.4%
respectively. Affective test done by hedonic scale in relation to the aroma shows satisfaction due 14%
indifferent, 48% liked and 38% loved it. Regarding the color, the result was 19% liked it, 81% loved it. For
the result representing flavor was obtained 9% did not like it, 53% liked it, 38% loved it. About texture the
result was 5% indifferent, 33% liked it, 62% loved it. Conclusion: The new formulated sorbet showed an
increase of 20% of the daily value on fiber content, and it is possible to call as “enriched” under Brazilian
law. All attributes obtained an acceptability index greater than 70%, which shows a potential product to
the market in the future. It is necessary more tests in a larger sphere of public.
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RELATO DE CASO: EVOLUÇÃO ATÍPICA DE MIELOFIBROSE PRIMÁRIA.
ANA CLARA MARQUES DURAN; FELIPE DE CARVALHO CAETANO;
BRUNO EDUARDO MENEZES PEQUENO; CRISTINA FRAGA &
SOLANGE DE FÁTIMA ANDREOLLI LOPES BARILLO
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A mielofibrose primária (MFP) faz parte de um grupo de síndromes atualmente denominadas neoplasias
mieloproliferativas (NMP). É uma doença clonal da medula óssea originada da transformação neoplásica
de célula hematopoiética pluripotente, caracterizada por hiperproliferação de uma ou mais séries
mielóides, além de resultar em fibrose progressiva, osteosclerose e angiogênese no estroma medular,
associada a hematopoiese extramedular e expressão anormal de citocinas. A incidência é de
aproximadamente 0,5 casos por 100.000 habitantes/ano, com idade média ao diagnóstico de 60 anos,
predominando ligeiramente no sexo masculino. As manifestações clínicas da MFP incluem anemia severa,
hepatoesplenomegalia e sintomas constitucionais. Complicações incluem hemorragias varicosas ou
ascite, hipertensão pulmonar, derrame pleural e dor difusa extrema. A progressão para Leucemia é causa
de cerca de 20% dos óbitos, porém, muitos pacientes morrem de comorbidades como: eventos
cardiovasculares e consequências da citopenia, incluindo infecções e sangramentos.
Objetivo: Apresentar um relato de caso de MFP, diagnosticada há 20 anos através de biópsia de medula
óssea, com progressão excepcional, visto que a sobrevida mediana gira em torno de 52% em três anos. É
uma doença rara, que evoluiu de forma atípica, apresentando quadro respiratório, posteriormente
diagnosticado como Tuberculose (TB) de padrão Miliar, complicação esta nunca antes descrita na
literatura associada à MFP. Relato de caso: 48 anos, masculino, pardo, tratando desde o principio do
diagnóstico com esquema básico de Hidroxiuréia, posteriormente associado a Talidomida em doses
ajustadas conforme resposta terapêutica. Em 2008 foi realizada esplenectomia devido a complicações
decorrentes da esplenomegalia, sem intercorrências. Após seis meses, evoluiu com dores ósseas
contínuas principalmente em membros inferiores e coluna vertebral, refratárias à analgesia. Permaneceu
com queixas inespecíficas além das supracitadas até julho de 2015 quando referiu inicio de tosse seca,
em salva, noturna, acompanhada de dispneia intensa e dor torácica, além de febre não aferida, sudorese
noturna, hiporexia e perda de peso não mensurada. Após quatro dias, com permanência do quadro,
apresentou ainda tontura, astenia e artralgia generalizada. Dirigiu-se então a Unidade de Pronto
Atendimento, onde permaneceu internado durante 15 dias, sem melhora, sendo então transferido e
iniciada antibioticoterapia e tratados demais sintomas constitucionais. Após realização de RX e TC de
tórax, e coleta de BAAR, os resultados evidenciaram TB Miliar, sendo então iniciado esquema terapêutico.
Discussão: A MFP é uma doença rara, de baixa sobrevida, e muito embora se tenha conhecimento de suas
complicações, as que remetem às causas infecciosas são escassas na literatura. Dessa forma, o trabalho
ganha importância clínica e epidemiológica, por mostrar tal associação em um território particularmente
susceptível.
14
TREINAMENTO ORGANIZACIONAL: IMPACTOS DA APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E DA GESTÃO
DO CONHECIMENTO.
JULIANA FERNANDES DOS SANTOS &
ROVENA LOPES PARANHOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
As organizações contemporâneas, para manter ganhos significativos em termos de conhecimento e
aprendizagem, precisam investir constantemente em programas de treinamento, pois pessoas
capacitadas e preparadas podem adaptar-se rapidamente às mudanças tecnológicas, contribuindo para a
inovação dos processos organizacionais. Entende-se que esses programas sejam um meio de desenvolver
a competência das pessoas para que se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, de forma a que
possam, como profissionais mais capazes, melhor contribuir para os objetivos organizacionais. Embora
muitas empresas invistam, constantemente, em programas de treinamento, de modo a desenvolver as
competências de seus empregados, não é raro que estes empregados apresentem resistência em
participar daqueles programas ou mesmo em executar a transferência do conhecimento adquirido
quando retornam desses treinamentos aos seus ambientes organizacionais. Considerando ser esse um
obstáculo que muitas vezes atrasa ou impede e pleno desenvolvimento organizacional, o objetivo dessa
pesquisa foi o de avaliar como a aprendizagem organizacional e a gestão do conhecimento impactam as
atividades de treinamento. O pressuposto metodológico que fundamentou o trabalho foi a pesquisa-ação,
na uniu a ação da pesquisa à resolução de um problema organizacional no qual os participantes
representativos estão envolvidos de forma cooperativa. Os instrumentos utilizados para a coleta de
dados, validados para a população brasileira, foram duas escalas intervalares de concordância do tipo
Likert. A Escala de Percepção de Oportunidades de Aprendizagem nas Organizações (EPOA), que é
unifatorial, tem 10 intervalos de concordância e 13 itens. E a Escala de Gestão do Conhecimento (EGC),
que é multifatorial tem 5 intervalos de concordância e 22 itens distribuídos nas seguintes dimensões:
orientação cultural para o conhecimento, orientação competitiva, práticas formais de gestão do
conhecimento e práticas informais de gestão do conhecimento. A população pesquisada constituiu-se de
uma amostra aleatória de 21 empregados de uma unidade de produção de uma empresa multinacional
do ramo de alimentação. Os resultados apontaram que: a) a percepção de oportunidades de
aprendizagem na organização apresenta níveis medianos; b) a orientação cultural e para o conhecimento
bem como a orientação competitiva também são vistas como medianas; c) igualmente são consideradas
medianas as práticas de gestão formal e informal do conhecimento. Concluiu-se, portanto, que a
percepção não tão efetiva acerca das oportunidades de treinamento aliada a práticas de gestão do
conhecimento não amplamente estabelecidas podem estar determinando, dentre outros fatores, a baixa
adesão dos empregados aos treinamentos oferecidos pela organização.
15
SATISFAÇÃO NO TRABALHO: O IMPACTO NO BEM-ESTAR E NA PRODUTIVIDADE ORGANIZACIONAL.
LUIZ GUSTAVO GUERRA &
ROVENA LOPES PARANHOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Satisfação no trabalho é uma variável de atitude que reflete como as pessoas se sentem em relação ao
trabalho que têm, seja na totalidade, seja em relação a alguns de seus aspectos. E a insatisfação no
trabalho é o quanto não gostam do trabalho que executam. Como consequência da satisfação no trabalho,
pode-se afirmar que ela exerce influência direta tanto na vida pessoal quanto profissional das pessoas, na
sua saúde, na qualidade de vida e no seu comportamento dentro e fora das organizações, contribuindo
para o bem-estar dos trabalhadores e impactando a produtividade geral das organizações. Nesse sentido,
avaliar e acompanhar o nível de satisfação de trabalhadores com as atividades que executam, pode
contribuir para um entendimento mais significativo do comportamento humano no trabalho bem como
pode contribuir para a identificação de quanto a maior ou menor satisfação com o trabalho impacta o
bem-estar desses trabalhadores, determinando, consequentemente, a maior ou menor produtividade
que apresentam. Assim, o objetivo geral da pesquisa foi o de avaliar o nível de satisfação dos
trabalhadores de um grupo empresarial do ramo varejista de calçados e roupas da região centro-sul do
Estado do Rio de Janeiro. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa foi do tipo pesquisa-ação, na medida
em que o envolvimento do pesquisador e dos pesquisados foi de cooperação e participação, levantando
problemas, desencadeando ações e avaliando-as conjuntamente em relação ao ambiente organizacional.
Essa população foi composta pela totalidade dos empregados do grupo empresarial pesquisado, 143 ao
todo. O instrumento metodológico utilizado para a coleta de dados foi a Escala de Satisfação no Trabalho
(EST), que é uma medida multidimensional do comportamento organizacional, validada para a população
brasileira. Trata-se de uma escala intervalar de concordância do tipo Likert, com 7 níveis de concordância
e composta por 25 itens, distribuídos em cinco dimensões: satisfação com os colegas de trabalho,
satisfação com o trabalho, satisfação com a chefia, satisfação com a natureza do trabalho e satisfação
com as promoções. Os dados apontaram para os seguintes resultados: satisfeitos com os colegas (5,59
pontos), com a chefia (5,61 pontos) e com a natureza trabalho (5,28 pontos); indiferentes em relação à
satisfação com as promoções (4,86 pontos) e insatisfeitos em relação ao trabalho propriamente dito (3,86
pontos). Esses dados sugerem que os empregados da empresa estão com dificuldade em encontrar a
satisfação no trabalho, embora nas outras dimensões avaliadas estejam apresentando índices de
satisfação plena ou indiferença; o que aponta para a necessidade de intervenção corretiva da gestão de
forma a que se estabeleça maior bem-estar no trabalho e a produtividade geral não decresça.
16
O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO ACERCA DA MANIPULAÇÃO DO CATETER TOTALMENTE
IMPLANTADO NO PACIENTE ONCOLÓGICO.
ESTHER DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA;
TALITA DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA;
ROSANE LUDOVICO;
CAMILA RAFAELA DA SILVA SOUZA BERTHOLY;
MÁRCIO JOSÉ BARBOSA BERTHOLY;
INÁCIO VIRIATO CAVALCANTE &
DULCINÉIA LUZIA DE OLIVEIRA L. MARQUES
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Este estudo tratou da prática profissional dos enfermeiros que atuam em diversos setores que prestam
assistência a pacientes oncológicos portadores do cateter totalmente implantado. Os objetivos foram:
avaliar se o enfermeiro conhece o cateter totalmente implantado e a sua finalidade; caracterizar o perfil
sociodemográfico dos enfermeiros; verificar o conhecimento do Enfermeiro a respeito da função e
indicação do cateter totalmente implantado; identificar o nível de experiência do Enfermeiro na
manipulação do cateter totalmente implantado em pacientes oncológicos e verificar no local da pesquisa,
se há algum trabalho que capacite o Enfermeiro para este procedimento. Estudo descritivo, exploratório,
com abordagem qualitativa. O cenário de pesquisa foi um Hospital Municipal, localizado na região serrana
do estado do Rio de Janeiro. Os sujeitos da pesquisa foram 17 (dezessete) Enfermeiros, diaristas e
plantonistas da referida unidade. A coleta de dados ocorreu no mês de setembro de 2014, através de um
roteiro de entrevista semiestruturado. Da análise dos dados emergiram três categorias, intituladas:
Conhecimento da equipe de enfermagem acerca do Cateter Totalmente Implantado, experiência com o
Cateter Totalmente Implantado e Cateter Totalmente Implantado e os Processos de Capacitação do
Enfermeiro. Os dados foram agrupados e analisados, sendo discutidos à luz da análise de conteúdo.
Conclui-se, após as discussões dos resultados que, os entrevistados não possuem um conhecimento
satisfatório sobre a manipulação do cateter totalmente implantado, o que resulta em insegurança na
realização desse procedimento. Acredita-se que a capacitação desses profissionais é o melhor caminho
para que a assistência ao paciente portador deste cateter seja realizada adequadamente, prevenido
complicações e garantindo bom tratamento, através de estratégias como o treinamento e a educação
permanente dos enfermeiros. . Descritores: Conhecimento; Saúde do Adulto; Cuidados de Enfermagem.
Gates, R.; Fink, R. M. Segredos em Enfermagem Oncológica: Respostas necessárias ao dia-a-dia. 3. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2009. Melo, E. C. P. et al. O problema do câncer no Brasil. In: FIGUEIREDO, N. M. A.
de et al (Org.). Enfermagem Oncológica:Conceitos e Práticas. São Caetano do Sul:Yendis, 2009. Cap. 2. p.
15-49.
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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DE ALTA COMPLEXIDADE AO RECÉM-NASCIDO DE ALTO RISCO.
ESTHER DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA;
TALITA DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA;
LETÍCIA TEIXEIRA ATAÍDE SILVA;
ROSANE LUDOVICO;
CAMILA RAFAELA DA SILVA SOUZA BERTHOLY;
MÁRCIO JOSÉ BARBOSA BERTHOLY &
JOSÉ AUGUSTO ALBERGARIA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Este estudo discute a prática profissional dos enfermeiros da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, suas
habilidades e competências bem como conhecimentos técnicos científicos nos cuidados relacionados à
assistência de enfermagem de alta complexidade ao recém-nascido de alto risco. Os objetivos foram:
identificar o tempo médio de assistência de enfermagem despendido e requerido pelos recém-nascidos
internados em Unidade de terapia Intensiva Neonatal e conhecer os fatores facilitadores e dificultadores
que envolvem a assistência de enfermagem na rotina de trabalho de Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal. Estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa, de caráter exploratório. Os
cenários do estudo foram a UTIN de um hospital de ensino da rede publica do município, localizado na
região serrana do estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu no mês de novembro de 2014,
através de um roteiro de entrevista semi-estruturado e a cronometragem do tempo gasto nos
procedimentos selecionados para o estudo. Da análise de dados emergiram duas amostras, intituladas:
conhecimento científico do enfermeiro sobre o recém-nascido de alto risco e a assistência de enfermagem
de alta complexidade. Através de uma pesquisa de campo obteve-se informações acerca do tempo
despendido na assistência aos recém-nascidos de alto risco na execução dos procedimentos selecionados,
sendo estes posteriormente comparados com o padrão ouro da NIC. Os dados da pesquisa foram
agrupados em gráficos e tabelas. Conclui-se que, após as discussões dos resultados, apesar dos
enfermeiros, serem capacitados para assistirem o recém-nascido de alto risco, ainda apresentam
dificuldades na assistência de enfermagem ao recém-nascido de alto risco. Os resultados da
cronometragem dos procedimentos selecionados comparados com o padrão ouro mostram que todos
estão dentro do tempo médio proposto pela NIC. Acredita-se que estas dificuldades na assistência possam
ser resolvidas através da capacitação dos profissionais e na criação de estratégias como educação
permanente/continuada e especializações, objetivando uma prática assistencial qualificada na UTIN.
Descritores: Recém-nascido alto risco; Assistência de enfermagem neonatal. TANNURE, M. C. et al.; SAE
Sistematização da assistência de enfermagem: guia prático. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2011. 298
15-49.f.
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RESILIÊNCIA E O ADOECIMENTO CRÔNICO DO ADOLESCENTE: UM ESTUDO TRANSVERSAL.
LUIZA DE LIMA BERETTA; MAURO LEONARDO S. CALDEIRA DOS SANTOS;
PATRÍCIA DOS SANTOS CLARO FULY; LINA MÁRCIA MIGUÉIS BERARDINELI; BETÂNIA MARTA D.
QUINTANILHA;
MAURO LEONARDO S. CALDEIRA DOS SANTOS & PATRÍCIA DOS SANTOS CLARO FULY
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
A capacidade de resiliência consiste na recuperação de um dano; superação do que se era; edificação de
sentido nas experiências vividas.Trata-se de uma condição que pode estar presente em distintas fases da
vida, inclusive na adolescência, ainda que essa seja considerada uma fase de fragilidade do indivíduo.
Durante o acometimento do adolescente por uma doença crônica faz-se particularmente importante o
estudo da resiliência com o intuito de estimular o desenvolvimento de fatores protetores externos e
internos.Trata-se de um estudo exploratório transversal com abordagem quantitativa, cujos objetivos
foram identificar as condições de resiliência em adolescentes internados com doença crônicas nãotransmissíveis e levantar os principais fatores de proteção no enfrentamento dos adolescentes em relação
aos danos causados pela doença. Os dados foram coletados no Hospital Universitário Pedro Ernesto,
durante o mês de abril de 2013, após aprovação do comitê de ética. Foram entrevistados 20 adolescentes
de ambos os sexos, entre 12 e 19 anos. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário
WHOQOL-BREF, que avalia a qualidade de vida e possui 26 questões, as quais são divididas em 5 domínios.
Após a coleta dos dados, foi feita a análise dos mesmos; a pontuação dos escores do questionário foi
realizada utilizando-se o programa estatístico SAS 9.1.3. Primeiramente, realizou-se o cálculo dos scores
de cada questão de acordo com a sintaxe da Organização Mundial de Saúde, depois de feita essa
transformação, aplicou-se uma estatística básica para a qualidade de vida em cada domínio. Em um
próximo passo, realizou-se um teste de variância (ANOVA) utilizando um modelo de regressão múltipla
com 5% de significância para analisar o quanto cada domínio explica cada questão. Esse método apresenta
dois testes, o teste F e o teste t de Student. A regressão múltipla também foi utilizada para analisar a
relação entre a variável sexo e os domínios. Além disso, aplicou-se um teste F para o total de cada paciente
em relação a cada domínio, a fim de verificar quais domínios foram mais significativos. Após a análise dos
dados, verificou-se que o domínio 2 (psicológico) e o overall influenciaram mais na qualidade de vida dos
adolescentes participantes da pesquisa. Ademais, os fatores de proteção mais encontrados foram fatores
baseados no próprio indivíduo e fatores relacionados ao apoio do meio ambiente. Estes achados reforçam
a ideia de que as experiências de vida e a forma com que cada adolescente enxerga o mundo a seu redor
influenciam fortemente o enfrentamento das adversidades. Assim, é fundamental que os profissionais de
saúde tenham sensibilidade e preparo adequado para identificar as peculiaridades do indivíduo
adolescente e do processo de adoecimento de cada paciente, além de minimizar, dentro do possível, as
experiências negativas, com o intuito de contribuir para que a experiência da hospitalização edifique
algum sentido construtivo para o adolescente.
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PROCESSO DE SELEÇÃO PARA O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE DESENVOLVIMENTO DOCENTE (PIBID)
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM.
KAREN APARECIDA DOS SANTOS; GABRIELA TROYACK BECK; JULIANA LOOS DOS SANTOS; SAMANTHA
MELANDRE MÜNCH; SIMONE FÁTIMA DE AZEVEDO; FERNANDO RICARDO M.DA SILVA;
MIRIAM HEIDEMANN & LUMENA REGINA MACACCHERO DA MOTTA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
As atividades do enfermeiro crescem e diversificam-se. Isso confirma que a profissão de Enfermagem é
constituída por um processo complexo, que envolve ações voltadas para cuidá-lo, educar e gerenciar. A
Enfermagem tem como foco principal o cuidado com o ser humano em suas necessidades bio-psico-sócioespirituais, com o objetivo de promoção, proteção e recuperação da saúde. O cuidado associado ao
educar, possibilita uma diversificação de conhecimentos. A educação é entendida como um processo que
depende de aspectos de caráter permanente, a todo instante aprendemos e ensinamos independente do
grupo o qual estamos inseridos. Diante dessa realidade, faz-se necessária a formação de um quantitativo
adequado de professores. A CAPES criou o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência – PIBID.
O Curso de Licenciatura em Enfermagem da FASE foi contemplado, pela primeira vez, com aprovação de
projeto no PIBID. Objetivo: analisar a percepção dos candidatos, participantes do processo seletivo, que
não foram selecionados para o Programa. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com coleta de
dados realizada através de questionário aberto e fechado, aplicado no período de maio até agosto de
2014. O questionário foi composto de cinco perguntas. Posteriormente os dados foram analisados,
alocados em tabelas de acordo com seu agrupamento a partir da análise. Principais resultados: Dos 31
alunos entrevistados 38,7% responderam equivocadamente o que significava a sigla do Programa, o que
nos remete ao pensamento se houve uma leitura prévia do edital de seleção. O PIBID oferece ao
acadêmico integrante um auxílio salário, e traz na sua descrição editorial os benefícios aos qual o bolsista
tem direito durante e após o Programa. No questionário aplicado, procuramos identificar se os candidatos
receberam estímulo externo para concorrem e posteriormente se a existência da Bolsa os incentivou no
processo de inscrição. 98,6% disseram que receberam incentivos para inscrever-se no programa e 93,5%
disseram terem sido influenciados pelo incentivo financeiro. Não houve perguntas específicas para
Enfermagem, o que deveria representar um conforto maior para os entrevistados. Entretanto, isto não
foi verificado na análise dos dados: apenas 22,6% relataram a sensação de estarem preparados. O
sentimento predominante no momento da entrevista foi o nervosismo (muito nervoso) – 19,4% dos
entrevistados. Discussão: Podemos observar através das análises dos dados que os candidatos não se
sentiam preparados emocionalmente para realizarem a entrevista e acreditaram que o nervosismo e o
critério de uma segunda língua durante a entrevista, tenham influenciado o seu resultado. Um dos pontos
mais interessantes da análise é que apenas 13 dos 31 entrevistados disseram ter afinidade com a
licenciatura, entretanto sabemos que o PIBID tem sua atuação na área de Licenciatura, o que nos leva a
crer que a oferta da Bolsa remunerada pelo Programa teve força maior para os candidatos.
20
ÚLCERA DE MARJOLIN EM FACE - RELATO DE CASO.
PEDRO GUIMARÃES ROCHA LIMA; LEONARDO COELHO ROCHA;
CLARISSA OLIVEIRA SILVA; FRANCISCARLA LANDI DAMARTINI;
JULIANA FERNANDES DE ANDRADE; ANA PAULA PESSÔA SIMÕES DE OLIVEIRA;
ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA AVERSA; MARINA DE FIGUEIREDO SOUSA &
SÉRGIO CARDOSO MACIEL
PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA DE CIRURGIA GERAL DO HOSPITAL ALCIDES CARNEIRO
O termo úlcera de Marjolin refere-se a uma transformação maligna que se origina na pele cronicamente
lesada. Trata-se de neoplasia mais agressiva do que aquelas não relacionadas com cicatriz, com maior
possibilidade de recorrência local e metástases para linfonodos. Frequentemente é subdiagnosticada ou
tratada de forma inadequada. Ocorrem sobre úlceras crônicas, fístulas, lesões de Lúpus Eritematoso
Discóide, cicatriz de Herpes Zoster, Mal Perfurante Plantar, entre outras, sendo as cicatrizes de
queimaduras as causas mais comuns. Os achados clínicos que sugerem a transformação maligna
compreendem úlceras que não cicatrizam aumento da consistência da lesão, vegetação, odor
desagradável, bordas elevadas e formação de nódulos sobre a cicatriz. É considerada aguda, quando o
câncer se instala até um ano depois da ocorrência da cicatriz; e crônica, após esse prazo.
Histologicamente, apresenta-se como um carcinoma espinocelular (CEC) em 73% dos casos, seguido por
carcinoma basocelular (CBC) em 10%. Melanoma, sarcoma, neoplasias mistas e diversas outros subtipos
também são descritos na literatura. Relata-se o caso de uma mulher, branca, de 85 anos, hipertensa e
portadora de FA crônica, que sofreu picada de inseto ha quatro anos em região malar esquerda com
formação de ferida de evolução de meses. Dois anos após o episódio inicial, refere aparecimento de lesão
brancacenta e indolor no local de cicatriz, que vem evoluindo gradativamente de tamanho, forma,
apresentando sangramentos intermitentes e saídos de secreção fétida. Foi realizada Exérese de
tumoração em região malar esquerda e em ponta de nariz, com margem de 1,5 cm em ambas, seguidas
de enxerto de pele total de região infraclavicular. Laudo de biópsia trouxe como resultado: um. Lesão
Malar: Carcinoma Escamoso Bem Diferenciado Invasor com margens cirúrgicas livres; dois. Lesão Nasal:
Carcinoma Basocelular com margens cirúrgicas livres.
Visto o caso, é importante salientarmos que os profissionais da saúde devem estar atentos à ocorrência
da úlcera de Marjolin, visando diagnóstico precoce com consequente terapêutica adequada e melhor
prognóstico. Salienta-se ainda a orientação adequada aos pacientes portadores de cicatrizes crônicas,
especialmente aquelas provenientes de queimaduras, informando-os da necessidade de avaliação médica
especializada, caso ocorram qualquer tipo de alteração nessas regiões. Destaca a importância do
acompanhamento rígido destes pacientes, devido a possíveis recidivas e metástases, na tentativa de
reduzir morbidade e mortalidade. Para a diminuição da incidência das úlceras de Marjolin é necessário o
manejo adequado das queimaduras e outros ferimentos, pois a maior parte dos pacientes ao receber o
diagnóstico já apresenta a doença em estágio avançado, devido à dificuldade do diagnóstico tanto clínico
quanto histopatológico de um carcinoma sobre uma lesão cicatricial ou ulcerada.
21
MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ENTRE 15 E
80 ANOS OU MAIS DE 2000 A 2012.
LETICIA MACACCHERO MOREIRAO;
LETICIA MILONI &
VANILA FABER PALMEIRA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Para a escolha e problematização do tema, foi considerado a crescente importância do câncer de colo de
útero na faixa etária da idade fértil até os 80 anos ou mais no Brasil entre os anos de 2000 a 2012. O
acometimento da população revela uma grande relevância no tema, pois mesmo que em menor escala
comparado a outras neoplasias femininas, representa um problema social, uma vez que é uma doença de
diagnóstico precoce através da realização de exames ginecológicos e que pode ser evitada através de
métodos contraceptivos bloqueadores. Porém, nota-se o aumento da preocupação com essa afecção,
uma vez que ela tende a aumentar devido a vida sexual mais ativa e influência das políticas de promoção
à saúde.
OBJETIVO: Analisar as taxas de mortalidade por câncer de colo de útero em mulheres da idade fértil até
os 80 anos ou mais.
MÉTODOS: Estudo epidemiológico, quantitativo e descritivo, estudando todos os casos de morte por
câncer de colo de útero entre mulheres na faixa etária de 15 a 80 anos ou mais no período de 2000 a 2012
no Brasil. Os dados foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde
(DATASUS) e do Atlas de Mortalidade por Câncer no Sítio do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Foram
criadas tabelas, índices e gráficos com a produção de taxas de mortalidade entre as faixas etárias e anos
estudados por 100 mil habitantes.
RESULTADOS: A faixa etária entre 15-29 anos possui a menor taxa de mortalidade, não ultrapassando uma
morte a cada 100 mil mulheres. A partir dos 30 anos observou-se um aumento significativo da
mortalidade, que passa para valores acima de 3 mortes por 100 mil mulheres, padrão de aumento que foi
sucessivo nas demais faixas. Quando comparada à próxima faixa (40-49 anos), passa de 3 para 9 mortes
por 100 mil mulheres.
CONCLUSÃO: A influência do câncer de colo de útero na mortalidade feminina observou-se
principalmente a partir dos 30 anos. Notou-se que há lacunas existentes na saúde brasileira que afeta a
mortalidade pela doença discutida. Por isso, é evidenciada a necessidade de investimento acerca de
prevenções primárias e secundárias dos fatores de risco relacionados, bem como promoção da saúde para
toda a população.
22
HÉRNIA DE GRYNFELTT: APRESENTAÇÃO RARA EM UM HOSPITAL DE ENSINO.
ANA PAULA PESSÔA SIMÕES DE OLIVEIRA; LEONARDO COELHO ROCHA; CLARISSA OLIVEIRA SILVA;
FRANCIS CARLA LANDI DAMARTINI; PEDRO GUIMARÃES ROCHA LIMA;
JULIANA FERNANDES DE ANDRADE; PAULO RICARDO HOMEM;
VINICIUS PACHECO FERNANDES DA SILVA & ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA
HOSPITAL DE ENSINO ALCIDES CARNEIRO
As Hérnias Lombares (HL) superiores primárias, isto é, não causadas por nenhuma outra comorbidade ou
abordagem cirúrgica são pouco comuns, foram descritas no início do séc. XIX por Grynfeltt e Lesshaft. Por
sua baixa incidência são poucos estudos, na literatura (LT), descrevendo avanços em técnicas ou
tratamentos. Sabe-se que a região lombar (RL) é cercada no seu limite superior pela 12ª costela, inferior
pela asa do ilíaco, medial pelos músculos eretores da espinha e lateral pelos oblíquos do abdome, ainda,
foi delimitada em dois triângulos por Petit e Grynfeltt, inferior e superior, respectivamente. O triângulo
de Grynfeltt (TG), ou superior, tem como limite inferior a aponeurose do músculo transverso e a inserção
do músculo latíssimo do dorso. A predisposição para o surgimento dessas HL se deve, sobretudo, a
presença de variações anatômicas entre essas estruturas (posição, angulação e inserção de fibras). São
descritas, basicamente, duas formas de resolução cirúrgica destas HL, por cirurgia aberta (CA) ou por
videolaparoscopia (VL), sendo CA considerada a melhor opção em artigos recentes publicados na LT.
RELATO DE CASO: Paciente, sexo feminino, 45 anos, hipertensa e sem outras comorbidades relativas ao
caso, deu entrada no Hospital de Ensino Alcides Carneiro (HEAC) com queixa de abaulamento em RL
superior, de volume crescente móvel há dois anos e com evolução há duas semanas para quadro de dor
local intensa e fixação da massa. Após avaliação clínica e radiológica foi diagnosticada com possível HL
encarcerada com sinais de estrangulamento e levada ao Centro Cirúrgico para resolução do quadro.
Realizada Herniorrafia por CA, com síntese da parede. Sem intercorrências no pós-operatório imediato,
tendo alta da enfermaria após três dias. DISCUSSÃO: Sabe-se que as HL são mais comumente encontrados
em homens (3:1), à esquerda (2:1) e no TG sem proporção descrita, com isso o caso descrito é ainda mais
relevante devido à sua apresentação clínica. Ainda podemos destacar que os principais fatores
predisponentes, excluindo-se as mal formações, que são: aumento da pressão intra-abdominal,
bronquite, atividade física intensa, entre outros não se encontram na história clínica desta paciente. O
diagnóstico é baseado na história clínica e exame físico, podendo ser complementado com métodos de
imagem, sendo a Tomografia Computadorizada o melhor descrito na literatura, porém métodos como
ressonância magnética e ultrassonografia também podem ser úteis. Vale lembrar que HL são comumente
seguidas por outras afecções, ou seja, são secundárias e merecem investigação detalhada, por exemplo,
uma HL acompanhada de equimose ou hematoma local pode estar relacionada a ruptura de Aorta. A
possibilidade de abordagem cirúrgica destes pacientes no dia-a-dia do residente em Cirurgia Geral
coopera para sua formação visto a grande gama de possibilidades de apresentações do paciente com
hérnias de parede e suas variadas formas nas salas de urgência ou mesmo eletivas.
23
A INDUSTRIALIZAÇÃO TÊXTIL DE PETRÓPOLIS: UMA ANÁLISE DA ASCENSÃO E QUEDA DESTE
PROCESSO, SUA GESTÃO E RELAÇÕES DE TRABALHO. UM ESTUDO DE CASO DA CIA PETROPOLITANA
DE TECIDOS.
LUCAS MANOEL DA SILVA CABRAL &
RODRIGO ANTÔNIO ALVES LOPES
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A presente pesquisa buscou entender as estratégias e os caminhos administrativos que levaram ao
surgimento e decadência da indústria têxtil de Petrópolis (RJ). A industrialização têxtil surge em 30 anos
(1873 a 1903), constituindo um importante polo produtor no País, e dura cerca de100 anos, perdendo
está posição, também em 30 anos (1960 a 1990), com o fechamento das principais empresas têxteis em
Petrópolis. Para entender melhor este universo foi realizado um levantamento histórico sobre as seis
principais companhias têxteis e suas vivências produtivas tendo como base os diferentes momentos
políticos e econômicos que o Brasil viveu. Como foco elaborou-se um estudo de caso da Cia Petropolitana
e Tecidos Petrópolis, maior industrial têxtil de Petrópolis no período pesquisado. Foram analisadas a
influência das escolas clássicas de administração nos meios de gestão utilizados pelas empresas têxteis, e
a descrição das ações administrativas utilizadas na gestão das relações de trabalho na Cia Petropolitana
de Tecidos. Para tanto foi elaborada uma pesquisa bibliográfica com base em autores clássicos sobre as
escolas administrativas, dissertações e teses que tratavam da crise têxtil no País, jornais, e documentos
de época existentes em museus e sindicatos. Complementarmente foram realizadas entrevistas com
gestores e ex-funcionários da Cia Petropolitana de Tecidos no sentido de buscar entender as políticas e
estratégias de gestão da empresa. Dessa forma pretendeu-se entender o que levou ao encerramento do
polo industrial têxtil e se as decisões administrativas, e os métodos de gestão utilizados, contribuíram
para o processo de desindustrialização têxtil na cidade de Petrópolis.
24
PERFIL DOS ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO DA FASE
LUCAS MANOEL DA SILVA CABRAL;
JULIANA F. SANTOS;
CAIO GUIMARÃES GIL;
PÂMELA DE OLIVEIRA LOPES;
PALOMA DA CONCEIÇÃO DINIZ;
LUCAS DA SILVA DIAS;
ANA MARIA AULER M. PERES;
GABRIEL VINICIUS MAMED DE MIRANDA &
FÁTIMA REGINA NEVES LIMA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Este Projeto de pesquisa surgiu em decorrência do interesse de alunos e professores do Curso de
Administração da Faculdade Arthur Sá Earp Neto (FASE) em realizar um trabalho que pudesse despertar
o interesse pela investigação nos estudantes e também produzir material de subsídio a gestão do Curso
de Administração. O objetivo geral da pesquisa é conhecer o perfil dos estudantes ingressantes no Curso
de Administração. Seus objetivos específicos são conhecer o perfil socioeconômico, identificar hábitos e
comportamentos, conhecer suas percepções em relação à instituição e gerar informações para o
planejamento de ações estratégicas que vão ao encontro das necessidades dos alunos da Instituição. O
trabalho teve início em 2013 e em 2015 foram aplicados os questionários aos ingressantes. O questionário
conta com 26 questões, distribuídas com o objetivo de mapear a vida social, econômica e cultural dos
estudantes de graduação de administração da FASE.
25
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM RISCO DE SOLIDÃO E DESESPERANÇA EM IDOSOS DE UMA
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
BIANCA DA SILVA NUNES &
LEILA SCHMIDT BECHTLUFFT
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Ao longo de menos de 50 anos, houve um aumento de quase 700% no número de idosos no Brasil. É
comum encontrar idosos vivenciando relações familiares ou sociais deficitárias e com a qualidade de vida
prejudicada, por inúmeras formas de exclusão social, entre as quais, o isolamento. O enfermeiro, ao
realizar consultas de enfermagem na atenção linguagem padronizada da NANDA I, pode auxiliar o
raciocínio clínico para o diagnóstico destes problemas. básica, pode diagnosticar e tratar o risco de solidão
e a desesperança. A utilização da Objetivos: O presente trabalho teve como objetivo geral verificar a
ocorrência dos diagnósticos de enfermagem “Risco de Solidão” e “Desesperança” em idosos residentes
em uma área de abrangência de uma estratégia de saúde da família. Metodologia: Tratou-se de um estudo
do tipo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. A amostra foi selecionada a partir de um
corte da população adscrita, da faixa etária de sessenta anos ou mais, totalizando 45 idosos. Os dados
foram coletados através de entrevista semiestruturada. Resultados: Os dados obtidos sofreram análise
criteriosa, sendo identificados o diagnóstico de enfermagem de “Risco de Solidão”, através da ocorrência
dos fatores de risco e o diagnóstico de enfermagem “Desesperança”, através da identificação dos fatores
relacionados e características definidoras. Foram identificados 20 idosos com risco de solidão (44,4%). Os
fatores de risco encontrados foram isolamento social (100%), acompanhados por isolamento físico (30%)
e falta de energia emocional (20%). A desesperança foi diagnosticada em 21 idosos (46,7%). As
características definidoras mais encontradas foram afeto diminuído (57,1%), indicações verbais (42,8%) e
o fator relacionado mais presente foi o isolamento social (42,22%). Discussão: Concluiu-se que os
diagnósticos de enfermagem estudados, ocorreram em um índice expressivo da população pesquisada.
Salienta-se que o “isolamento social” apareceu como o principal fator relacionado e de risco em ambos
os diagnósticos pesquisados. A partir dos resultados encontrados observou-se uma grande necessidade
de estudos que pesquisem o tema, devido ao assunto ser pouco estudado a nível nacional, e por haver
poucas pesquisas que colaborem com tema.
26
EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA MATERNIDADE.
ADRIANA MARIA A. DA CONCEIÇÃO CUNHA &
LEILA SCHMIDT BECHTLUFFT
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O Ministério da Saúde incentiva a troca de informações entre mulheres e profissionais de saúde, durante
o pré-natal e após o parto, e seleciona temas a serem abordados. Objetivo: propor estratégias de
atividades educativas dirigidas às puérperas, que possam ser realizadas em maternidades. Método: foi
realizada pesquisa em banco de dados da scielo, procurando por artigos que relatassem experiências de
educação em saúde no ambiente da maternidade. Para a adequação da proposta educativa, valorizou-se
o conhecimento da idade e grau de instrução das puérperas, obtidos no DATASUS referentes ao período
de janeiro a dezembro de 2013. Resultados: a análise do perfil demonstra que a maior concentração de
puérperas se encontra na faixa etária entre 20 a 24 anos. As adolescentes representaram 16,39% do total
e 11,68% dos partos ocorreram em mulheres entre 35 e 44 anos. A maioria das mulheres, totalizando
2035 mulheres, cursaram entre 8 e 11 anos de estudo e um pequeno número não estudou. Um artigo
pesquisado revelou os assuntos de interesse para puérperas: coto umbilical, cuidados, alimentação e
higiene corporal. Outro artigo descreve a experiência positiva de realização de atividade educativa
mediada por jogo de tabuleiro. Conclusão: propõe-se uma estratégia educativa participativa, partindo do
saber e experiências das puérperas. Sugere-se como assuntos: cuidados com o RN, incluindo: banho,
cuidados com o coto umbilical, limpeza da genitália, troca de fraldas, amamentação. A demonstração
prévia dos cuidados pode ser necessária no caso de puérperas com baixo grau de instrução. Sugere-se
também atividade de preparação da alta.
27
PREVALÊNCIA DE SUB DIAGNÓSTICO E DE TRATAMENTO INADEQUADO DE ASMA BRÔNQUICA ENTRE
PACIENTES DE DUAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE INSCRITOS NO PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS.
DADOS PRELIMINARES.
LARISSA PERES DELGADO; ARIANE ALMEIDA MOREIRA;
RODRIGO DA SILVA ROCHA; ADIL VALENTE LISBOA;
ÉRICA GALL LOPES & MARCUS BARRETO CONDE
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A asma brônquica é uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade das vias
aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo resultante de uma interação entre genética,
exposição ambiental e alérgenos irritantes. Já foi demonstrado que o custo direto da asma (utilização de
serviços de saúde e medicações) foi o dobro entre pacientes com asma não controlada em comparação
àqueles com asma controlada. OBJETIVO: Inferir a prevalência de sub diagnóstico e de tratamento
inadequado de asma brônquica entre pacientes de duas Unidades Básicas de Saúde inscritos no Programa
Respira Petrópolis. METODOLOGIA: Estudo observacional descritivo. O critério de inclusão no estudo foi
o diagnóstico de asma entre os pacientes atendidos em atendidos em duas Unidades Básicas de Saúde
(UBS) do município de Petrópolis (RJ) inscritos no Programa Respira Petrópolis (PRP) por terem idade igual
ou superior a 14 anos e referirem sintomas respiratórios (tosse, chiado no peito ou falta de ar) e/ou saber
ter ou ter tido em qualquer idade asma/bronquite ou DPOC/enfisema ou tuberculose no período de 31
de janeiro de 2014 a 31 de julho de 2015. O Programa Respira Petrópolis é uma adaptação do Programa
Practical Approach for Lung Health da Organização Mundial da Saúde (OMS) que avalia e diagnostica
sintomáticos respiratórios de forma sistematizada e a partir de uma abordagem horizontal em acordo
com um Protocolo Clínico. Os dados utilizados foram extraídos do banco de dados do PRP que utiliza o
pacote estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Sciences). O diagnóstico de asma, a definição de
tratamento inadequado ou não e a definição de asma clinicamente controlada ou não foram feitos com
base nos critério da Global Initiative for Asthma (GINA) (referencia)
RESULTADOS: Dos 140 pacientes matriculados no Programa Respira Petrópolis 41 % (57/140) tiveram
diagnóstico final de asma, sendo que 68% (39/57) tinham diagnóstico conhecido (prévio) de asma e 32%
(18/57) não tinham diagnóstico de asma (subdiagnóstico). Dos 57 portadores de asma, 91% (52/57) faziam
tratamento inadequado. Destes 18 não usavam medicamento algum (não tinham diagnóstico prévio de
asma) e 34 usavam medicamento inadequado. Dos 39 pacientes com diagnóstico prévio de asma apenas
15% (6/39) tinham doença com controle clínico.
DISCUSSÃO: Apesar do objetivo do tratamento da asma seja o controle adequado da doença, nossa
amostra apresentou elevada prevalência de subdiagnósticos, de tratamento inadequado e,
consequentemente uma baixa prevalência de pacientes asmáticos com doença clinicamente
controlada.(5) Um estudo retrospectivo realizado em uma unidade da rede pública de Porto Alegre
observou que o número de pacientes asmáticos com tratamento concordante com as diretrizes também
é reduzido, correspondendo a apenas 30% do total.
28
DIFICULDADES ENFRENTADAS POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS
SOCORROS: UMA PROPOSTA DE ATIVIDADE ACADÊMICA.
JÉSSICA FERREIRA VARDIERO;
JÉSSICA APARECIDA VIEIRA PINHEIRO OLIVEIRA;
LUANNA VIEIRA PESSANHA;
ANDRESSA BRAZ VASCONCELOS &
RICARDO PATULÉA DE VASCONCELLOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada. Porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos
simples podem diminuir o sofrimento e evitar complicações futuras. Historicamente, a Enfermagem está
envolvida nas ações de primeiros socorros, pois no século XX, teve presença marcante no atendimento
aos feridos de guerras . O Ministério da Saúde reconhece a deficiência na formação dos profissionais com
relação à temática, colocando a necessidade de aprofundamento da questão com vistas à qualificação da
formação. Objetivo: consistiu em identificar dificuldades que acadêmicos de Enfermagem porventura
teriam para prestar primeiros socorros, visando discutir a necessidade de inserção de atividades
pedagógicas ligadas à temática. Metodologia: A pesquisa é do tipo descritiva, com abordagem qualitativa.
O campo empírico foi uma Instituição de Ensino Superior e seu Hospital de Ensino. Participaram do estudo
11 acadêmicos de Enfermagem que se encontravam em estágio supervisionado na área hospitalar. O
instrumento de coleta de dados foi um questionário com perguntas abertas. A interpretação e análise dos
dados se deu pela técnica de categorização. Resultados e discussão: Encontramos, como dado
impactante, que estudantes atrelam a dificuldade de compreender o que são primeiros socorros ao déficit
de abordagem da temática durante a graduação. Com relação às dificuldades, os estudantes elegeram a
compressão cardíaca como procedimento que teriam maior dificuldade de desenvolver. A questão
psicológica frente às situações adversas também emergiu. Dessa forma, foi possível concluirmos ser
fundamental que as Instituições de Ensino, mesmo não sendo recomendado em Diretrizes Curriculares,
insiram algumas temáticas, como os primeiros socorros, através de atividades paralelas e integrativas aos
currículos oficiais.
29
SÍNDROME PÓS-COLECISTECTOMIA: FORMAÇÃO DE NEOVESÍCULA - RELATO DE CASO.
FRANCISCARLA LANDI DAMARTINI; ANA PAULA PESSÔA SIMÕES DE OLIVEIRA;
CLARISSA OLIVEIRA SILVA; JULIANA FERNANDES DE ANDRADE;
LEONARDO COELHO ROCHA; PEDRO GUIMARÃES ROCHA LIMA &
ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA AVERSA
FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS - PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM CIRURGIA GERAL
Pacientes submetidos a colecistectomia convencional ou videolaparoscópica, podem no pós-operatório
apresentar-se ainda sintomáticos ou desenvolver novo quadro sintomatológico. A síndrome póscolecistectomia está presente em aproximadamente 10 a 50% dos pacientes submetidos a tratamento
cirúrgico. (COELHO 1996/ PETERLI 2000)
Essa síndrome geralmente se apresenta com sintomas inespecíficos, como flatulência, eructação,
indigestão e náuseas transitórias. Pode ser causada por desordens extra biliares tais como, pancreatite
crônica, doença ulcerosa péptica, doença do refluxo gastresofágico e síndrome do intestino irritável. Uma
pequena parcela é causada por desordens de origem biliar, como estenose biliar, coledocolitíase,
síndrome do coto de ducto cístico, estenose da ampola hepatoduodenal. (SALIM e CUTAIT 2008).
Paciente masculino, 65 anos, afirma que há 25 anos foi submetido a colecistectomia convencional eletiva.
Quinze anos após, iniciou quadro de dor em hipocôndrio direito, evoluiu anos depois com piora da dor,
com irradiação dessa pra dorso e associação com a ingesta de alimentos gordurosos. Realizou USG de
abdome em 03/10/14, que evidenciou provável dilatação do colédoco associada a litíase. Em abril/2015
foi internado no Hospital Alcides Carneiro para a realização de CPRE, que diagnosticou a presença de
neovesícula associada a litíase, evoluiu no pós com pancreatite, sendo tratado e recebeu alta seis dias
após para acompanhamento ambulatorial. Em 25/05/2015 foi novamente internado, para a realização de
colecistectomia convencional, sendo o procedimento realizado sem intercorrências. Recebeu alta
hospitalar seis dias após.
Até 50% dos pacientes submetidos a colecistectomia, podem apresentar após semanas ou até anos,
síndrome pós-colecistectomia. (COELHO 1996/ PETERLI 2000) Desses, aproximadamente 4% poderão
apresentar sintomatologia semelhante àquela vivida antes do procedimento cirúrgico, como dor em
hipocôndrio direito. (VAN DAM PAUL 2013) Como ocorreu com o paciente do caso clínico, que iniciou a
sintomatologia após 15 anos da colecistectomia convencional.
Pacientes que apresentem síndrome pós-colecistectomia devem ser submetidos a investigação rigorosa,
levando em consideração os diversos diagnósticos diferenciais possíveis. (VAN DAM PAUL 2013)
A presença de uma neovesícula associada a formação de cálculos, é um importante causador de quadro
de cólica biliar recorrente, como ocorreu no paciente deste relato de caso. (COELHO 1996)
Por ser uma condição que causa prejuízo ao paciente e quando manejada adequadamente com uma nova
abordagem cirúrgica leva a resolução do quadro, a formação neovesicular, deve fazer parte da
investigação naqueles pacientes que apresentem síndrome pós-colecistectomia.
30
REDESENHO DE CARGOS
LUIZ AUGUSTO DOMINGOS RIBEIRO &
ROVENA LOPES PARANHOS
CARL ZEISS VISION BRASIL INDÚSTRIA OPTICA
A necessidade de adaptação às constantes e rápidas mudanças que ocorrem no cenário empresarial
globalizado exige das organizações uma constante adequação de seus recursos e processos internos às
exigências do mercado, buscando uma integração entre suas políticas de recursos humanos e oferecendo
um alicerce à realização das metas e objetivos estratégicos planejados. Essa interação é possível através
da descrição e análise de cargos, uma vez que sua elaboração e constante atualização são responsáveis
pela disponibilização de informações essenciais à gestão. Dessa forma, entende-se por desenho de cargos
a atividade de especificação do conteúdo, dos métodos de trabalho e das relações dos cargos de uma
dada organização, no sentido de identificar os requisitos tecnológicos, organizacionais, sociais e pessoais
de seu ocupante. E entende-se por redesenho de cargos a atividade de atualização de cargos já
desenhados, de forma a adequá-los às constantes e necessárias transformações pelas quais toda
organização passa ao permanentemente se adaptar às mudanças do mercado em que está inserida.
Ambas são atividades fundamentais na política de recursos humanos, uma vez que permitem a realização
de processos de recrutamento, seleção, socialização, treinamento, desenvolvimento e avaliação de
desempenho mais eficazes e coerentes às suas possibilidades econômicas, além da possibilidade de
implantação de planos de carreiras e maiores facilidades para as lideranças no tratamento uniforme dos
trabalhadores. Assim, essa pesquisa teve como principal objetivo o redesenho de cargos de uma indústria
óptica, de forma a atualizar e adequar as descrições de cargos existente, identificando os impactos
gerados nas demais políticas de recursos humanos, assim como na estratégia da empresa. Do ponto de
vista metodológico, a pesquisa foi aplicada, com abordagem qualitativa e do tipo pesquisa-ação, na
medida em que identificou problemas existente e buscou soluções para os problemas encontrados nas
descrições de cargos existentes na empresa, contando com a participação dos colaboradores envolvidos
nas atividades analisadas e do próprio pesquisador. A técnica utilizada foi a análise documental e os
instrumentos utilizados para a coleta de dados foram a entrevista e o questionário. Os cargos
redesenhados foram aqueles que integram a estrutura de cargos da área recursos humanos. O redesenho
se deu a partir das seguintes dimensões: instrução, conhecimento, experiência, iniciativa/complexidade,
responsabilidade por supervisão, responsabilidade por máquinas e equipamentos, responsabilidade por
contatos, esforço mental e visual, esforço físico e risco. Como resultados, foram redesenhados em sua
totalidade 04 cargos e esse trabalho, concluiu-se, contribuiu sobremaneira e positivamente para o início
e pavimentação das mudanças em curso nos processos de gestão de pessoas da empresa.
31
GRUPO DE CESSAÇÃO DO TABAGISMO: INVESTIGANDO MOTIVOS DE ABANDONO DO TRATAMENTO.
VIVIANE DE CARVALHO AZARA ANDRADE &
CARLOS LUIZ DA SILVA PESTANA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (2014) , o tabaco encontra-se em segundo lugar das drogas mais
consumidas entre os jovens no mundo e diversos fatores interferem na adesão ao abandono do
tabagismo. Objetivo: Analisar os motivos que levam o tabagista ao abandono do programa de cessação
do tabagismo na Estratégia de Saúde da Família; Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, de
abordagem qualitativa, realizada em uma Unidade da ESF, situada em uma cidade da Região Serrana,
Estado do Rio de Janeiro. Foram realizadas sete entrevistas semiestruturadas com os pacientes que
pertenceram ao grupo de cessação do tabagismo nos anos de 2012 a 2015, e que haviam participado dos
quatro primeiros encontros da abordagem cognitiva comportamental com apoio de reposição de nicotina,
e abandonaram o tratamento não completando 12 meses de acompanhamento. Resultado: Os dados
revelaram que problemas pessoais e familiares relacionados ao descontrole emocional, baixa motivação,
ganho ponderal de peso, ambiente social e o não alcance do objetivo proposto foram fatores impeditivos
à cessação do tabagismo desses fumadores. A conclusão desse estudo sinaliza fatores já revelados pela
literatura e desvenda motivos que servem de alerta para que profissionais de saúde possam fortalecer
suas estratégias de tratamento com resultados satisfatórios.
32
ACREDITAÇÃO: UMA PROPOSTA PARA CENTRAL DE MATERIAL DE ESTERILIZAÇÃO DE UMA UNIDADE
AMBULATORIAL DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS- RJ.
ANDRESA MEDEIROS DE LIMA NEVES DA SILVA;
GIOVANA CRISTINA VIEIRA &
REGINA SHIRAISHI
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A certificação é um selo de qualidade que muitas instituições almejam alcançar. No Brasil no ano de 1999,
foi criada a Organização Nacional de Acreditação (ONA), órgão que fiscaliza os serviços, sempre
preservando a qualidade. A qualidade no serviço requer uma dedicação e esforço do gestor e
principalmente dos funcionários que executam as atividades diárias em busca da excelência. Com isso foi
criado o Manual de Acreditação, sendo utilizado como instrumento para avaliação da qualidade de
atividades realizadas. Objetivo verificar se a Central de Material Esterilizado, de um Ambulatório Escola
de nível médio de complexidade, estava de acordo com os requisitos preconizados pela Organização
Nacional de Acreditação. Metodologia: Exploratória e descritiva, baseada em pesquisa documental e
bibliográfica, do Ambulatório Escola, no período de fevereiro a junho de 2015. Foi elaborado e aplicado
checklist dos requisitos para Acreditação, baseados no Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar e na
Organização Nacional de Acreditação. Resultado: Verificou-se que a Central de Material Esterilizado
encontrava-se em conformidade com todos os requisitos preconizados relacionados com a segurança e
estrutura da instituição, nos itens: planejamento , organização e normas de competência. Não possuíam
manual de rotinas, dos procedimentos realizados no setor, o Ambulatório Escola, atendeu parcialmente
os requisitos. Conclusão: De acordo com a pesquisa nos itens de avaliação da Organização Nacional de
Acreditação e Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, o AMBE tem a possibilidade de ser certificado
no Nível 1,porém, para alcançar o nível máximo de qualidade, há muito muito que se fazer, principalmente
no que se refere a manuais e protocolos, pois geram um grande benefício tanto para o serviço quanto
para o paciente que recebe a assistência.
JOINT COMISSION INTERNATIONAL – JCI. Padrões de Acreditação do Joint Comission International para
Cuidados ambulatoriais. Consórcio Brasileiro de Acreditação de Sistemas e Serviços de Saúde. 2ª ed. Rio
de Janeiro, abr. 2010.
CBA. CONSÓRCIO BRASILEIRO DE ACREDITAÇÃO. Informativo do CBA sobre qualidade e desempenho
econômico. Acreditação em Saúde – Cenário de Crescimento - Rio de Janeiro: 2º Sem. 2011.
33
O PAPEL DO GESTOR NAS ORGANIZAÇÕES: O EMPRENDEDORISMO COMO UM DIFERENCIAL.
POLIANA FERNANDES CARVALHO &
ANA MARIA AULER MATHEUS PERES
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O Trabalho dos administradores vem sendo cada vez mais discutido nas organizações. Pois mediante as
grandes mudanças que o mundo vem trazendo, seja ela, econômica, tecnológica, ambiental, vem seguida
de impactos profundos. Contando que o administrador precisa principalmente se impor no mercado de
forma assertiva e decisiva, para então seguir com sucesso ou abandonar o empreendimento
simplesmente por não saber conduzir. Muitos autores ao longo da pesquisa relatam habilidades e papéis
a ser trabalhada em um gestor para então se destacar a frente de qualquer tomada de decisão. Sendo
assim é possível identificar que o empreendedorismo é de suma importância nas organizações mais novas
e principalmente nas que já estão no mercado há bastante tempo. Pois o indivíduo empreendedor possui
características que o ajudam em situações onde o administrador precisa inovar e principalmente
modificar. Sendo assim se foi da rotina e das burocracias e as chances de sucesso é bem maior, quando o
gestor de adapta ao mercado de forma que mantenha sua identidade e criatividade. No trabalho de
monografia, foi feito um estudo bibliográfico do qual três empresárias com tais características, obtém
empresas hoje da qual possui gestão empreendedora e melhor, trabalha-se a gestão participativa e com
política de meritocracia. No tal estudo é identificado uma dessas habilidades muito bem executada, que
é as de humanas. O funcionário e capacitado para ser um ativo pensante e não mandado, ou seja, se extrai
as habilidades que eles possuem e usufruem da melhor maneira possível nos departamentos da
organização. Os empresários citam que eles desenvolvem lideres dentro da organização e trabalham
todos os dias em cima da motivação dos mesmos. E com isso todos os projetos e empreendimentos que
os empresários buscam alcançar ainda mais, são frutos de um trabalho empreendedor e inovador.
Podendo contar com uma equipe capacitada para o futuro e com uma visão além do que se pode enxergar
naquele momento. E uma das coisas que os empresários fazem questão de dizer e que quando o
funcionário ganha bem e estiver motivado a tal trabalho, tendo suas necessidades atendidas, sendo elas
por meritocracia de um trabalho bem executo, eles também ganham mais fôlego monetário com tudo
isso.
34
NEFRITE LÚPICA COMO ÚNICA MANIFESTAÇÃO INICIAL DO LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO.
MICHELLE FERREIRA SILVA DE MOURA;
GEISA FERNANDA VARGINO DA SILVA;
LARISSA ROSA MOREIRA;
TAMYRES STEPHANE FONSECA MARIANO;
VICTOR ARTHUR OLIVEIRA MATOS;
ADIL VALENTE LISBOA;
SOLANGE DE FÁTIMA ANDREOLLI LOPES BARILLO;
ALOISIO BARBOSA DA SILVA FILHO &
ÍTALO GUARIZ FERREIRA
FUNDAÇÃO OCTACÍLIO GUALBERTO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é o protótipo das doenças autoimunes, sendo caracterizada por
comprometimento multissistêmico e produção vários auto anticorpos que participam direta ou
indiretamente das lesões nos vários órgãos. Consiste em uma doença rara de etiologia desconhecida,
provavelmente multifatorial, comprometendo principalmente mulheres jovens. Relato do caso: Paciente
de 29 anos, sexo feminino, previamente hígido, com quadro de início súbito de odinofagia sem febre, que
cessou após três dias de uso de anti-inflamatório não hormonal e evoluíram em sete dias para hematúria
macroscópia, proteinúria, edema generalizado e hipertensão arterial sistêmica refratária. Nega
comorbidades, uso de drogas ilícitas. Irmão de 27 anos portador de Púrpura Trombocitopênica Idiopática
(PTI) e filho de 10 anos apresentou um quadro de púrpura que reverteu completamente, estado no
momento sem medicação. Desconhece casos de LES na família. G3P2A1, feto faleceu intra útero com 11
semanas. Internada para investigação diagnóstica evidenciou-se proteinúria de 24 horas de 3.604 mg,
uréia e creatinina elevados, hipoalbubinemia, hipercolesterolemia, Anticorpos antinuclear (FAN) positivo
e anti-DNA elevado, C3 pouco diminuído e C4 normal. Cilindros hemáticos no EAS. Foi tratada inicialmente
com drogas antihipertensivas sem resposta satisfatória; quando definido o diagnóstico de nefrite lúpica
optou-se por iniciar Ciclofosfamida 800 mg a cada 21 dias, Prednisona 80mg/dia e Hidroxicloroquina
400mg/dia. Observou-se uma resposta satisfatória ao tratamento imunossupressor e corticoterápico,
com remissão dos sintomas urinários e controle da hipertensão. A paciente não desenvolveu lesões
elementares de pele, queixas articulares, fotossensibilidade ou outros sintomas comuns à fase inicial do
LES. Conclusão: Sinais de nefrite raramente se apresentam como manifestação inicial do LES, as alterações
urinárias são concomitantes com outros sintomas sistêmicos. O caso dessa paciente torna-se interessante
pela manifestação única renal, uma vez que a nefrite é habitualmente uma manifestação grave do LES.
Outro dado importante que merece ser mencionado é a história familiar de doença autoimune.
35
PERFIL DE SAÚDE E NUTRIÇÃO DE GESTANTES ATENDIDAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DE
PETRÓPOLIS-RJ.
YASMIN DE SOUZA RODRIGUES &
THAISE GASSER GOUVÊA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A assistência nutricional pré-natal é uma estratégia importante na avaliação do estado nutricional
materno (LACERDA et al, 2007). É alarmante a prevalência de excesso de peso entre as mulheres
brasileiras (47,4 %) (BRASIL, 2014). Com isso, grande parte delas inicia a gravidez com o peso acima do
recomendado, o que aumenta as chances de desenvolverem irregularidades durante esse período, como
diabetes gestacional, síndromes hipertensivas, pré-eclâmpsia, macrossomia fetal, prematuridade, partos
cesáreos, restrito crescimento intra-uterino (RCIU) e morte perinatal (NELSON, MATTHEWS e POSTON,
2010). Diante disso, o cuidado nutricional pré-natal torna-se de suma importância para o
acompanhamento da saúde da gestante e do concepto, aumentando as chances de bom resultado
obstétrico (ACCILOY, SAUNDERS e LACERDA, 2012). Objetivo: Identificar o estado nutricional de gestantes
atendidas em uma unidade de saúde de Petrópolis. Método: Trata-se de um estudo transversal
retrospectivo, realizado por análise de registro em prontuários de 56 gestantes atendidas entre dezembro
de 2014 a julho de 2015, incluindo mulheres de todas as idades que foram acompanhadas pelo serviço de
nutrição materno-infantil. Foram excluídas as gestantes com gravidez múltipla. As variáveis utilizadas
foram: idade, peso pré-gestacional, IMC pré-gestacional, peso na última consulta (mínimo de 34 semanas)
e idade gestacional na primeira consulta. Os dados foram digitados no EpiData 3.1 e as análises estatísticas
efetuadas em Excel 2010. Resultados e discussão: Verificou-se que a idade média entre as gestantes era
de gestacional 3,6% das gestantes apresentaram baixo peso, 33,9% eutrofia, 30,3% sobrepeso e 32,1%
obesidade. A média de ganho de peso entre as gestantes baixo peso foi 4,5 kg, eutróficas 7,5 kg, com
sobrepeso 13,1 kg e obesidade 9,3 kg. A idade gestacional média na primeira consulta com o serviço de
nutrição foi de 20 semanas, não compatível com a indicação de início até a 16ª semana. O estado
nutricional pré-gestacional é um dos principais fatores associados ao ganho de peso durante a gravidez.
Andreto et al. 2009, encontraram cerca de 26,2% com sobrepeso/obesidade no início da gestação.
Assunção 2006, mostrou que estar com sobrepeso ou obesidade, no início da gestação, representou um
risco 4,5 (p=0,01) e 9 (p=0,02) vezes maior de ter um ganho ponderal excessivo no segundo e terceiro
trimestres, respectivamente, o que foi também observado neste estudo, no qual as gestantes com
excesso de peso apresentaram ganho ponderal superior às recomendações estabelecidas pelo Ministério
da Saúde (2013) e Institute of Medicine (2009) de até 11,5kg e 7kg, respectivamente.
36
CORRELAÇÃO ENTRE DIETA E DESENVOLVIMENTO DE ACNE: VERDADES E MITOS - ESTUDOS ENTRE
ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
JULIANA DE JESUS SOARES &
ATTILIO VALENTINI
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A acne vulgar é uma dermatose de elevadíssima frequência, atingindo elevada porcentagem em mulheres
e homens, principalmente na puberdade. Trata-se de uma doença genético-hormonal, autolimitada, de
localização pilossebácea, com formação de comedões, pápulas, cistos, em cuja evolução se soma o
processo inflamatório de maior intensidade, levando à formação de pústulas e abscessos, com frequente
êxito cicatricial.Observa-se com frequência que a acne acomete mais indivíduos do sexo masculino (95%
dos meninos) do que o sexo feminino (83% das meninas). Além disso é importante salientar que é corrente
no público geral, a associação de hábitos – principalmente quanto a grupos alimentares – estarem
vinculados na etiopatogenia da acne. Sabedores dos transtornos que representam a acne para a
população geral e das demandas geradas a partir desta, sobretudo para os profissionais que atuam nas
diferentes áreas da saúde, assumimos ser relevante verificar as noções que estes têm a respeito do tema
e se a formação técnica tem sido adequada para orientá-los na temática da acne, sobretudo quanto aos
reais vínculos desta com os hábitos alimentares. Objetivo: Verificar as noções que os estudantes ingressantes e concluintes - de um curso de Enfermagem têm quanto à influência alimentar na
etiopatogênese da acne. Metodologia: Através de uma listagem dos estudantes matriculados no primeiro
e último período do curso de Enfermagem, em uma instituição de ensino superior do interior do estado
do Rio de Janeiro, estes foram convidados a participarem da pesquisa. Quando da aplicação do
questionário de pesquisa buscou-se garantir, no mínimo, a participação do equivalente a 50% dos alunos
em cada período (do primeiro e últimos semestres). Resultados: Comparando os resultados obtidos entre
os ingressantes e concluinte do curso de Enfermagem é possível observar, em ambas as turmas, uma alta
incidência de história pessoal prévia de acne entre participantes do estudo. A grande maioria dos
estudantes – 100% no 1º período e 92% no último período - refere acreditar na influência de alimentos
no desenvolvimento da acne, com uma maior associação com os alimentos gordurosos e chocolates.
Quanto ao padrão de resposta dos alimentos imputados como causadores de acne, apesar de ambos
terem elencado as frituras como o principal responsável, houve pequenas diferenças quanto à ordem
destes, quando nos citados diferentes grupos.
Discussão: Uma possível causa para a diferença entre os grupos sobre os principais alimentos causadores
de acne pode ser devido à experiência e crenças pessoais sobre os fatores impactantes em tal dermatose.
Nenhum estudante, seja do primeiro ou do último período, associou o consumo de alimentos de alto
índice glicêmico, como os derivados da farinha de trigo no desenvolvimento de acne, já a influência do
leite na patogênese da doença também foi pouco considerada.
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GESTÃO DO CONHECIMENTO: O TRABALHO AUTORAL COMO INSTRUMENTO PARA A INOVAÇÃO
ORGANIZACIONAL.
SIDNEI DE CARVALHO PEREIRA JUNIOR &
ROVENA LOPES PARANHOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
As transformações substanciais que afetam os ambientes organizacionais contemporâneos elevam o grau
de competitividade, alterando os fatores de produção. Aos antigos fatores tangíveis, associa-se o fator
intangível que é o conhecimento, definido como uma combinação complexa, dinâmica e multidimensional
de elementos cognitivos, emocionais e comportamentais, determinante para o funcionamento das
organizações. Para que esse conhecimento possa agregar valor efetivo é necessário que esteja
direcionado à inovação bem como seja bem gerido e esteja ao alcance de todos, de forma a garantir a
sustentabilidade organizacional por meio de suas propriedades permanentes de invenção criativa. Por
conseguinte, entende-se por gestão desse conhecimento a capacidade das organizações de criar e
adquirir conhecimento, disseminá-lo e incorporá-lo aos seus processos, produtos e serviços. Essa prática
é avessa a qualquer ato de copiar modelos externos sem análise detalhada dos fatores envolvidos e
possíveis consequências, disfunção muitas vezes inerente à prática de benchmarking. Dessa forma, o
objetivo almejado foi o de analisar as práticas de gestão do conhecimento em ambientes organizacionais,
identificando o impacto dessa gestão no processo de inovação criativo e autoral dos profissionais.
Metodologicamente, a pesquisa foi do tipo pesquisa-ação e os procedimentos metodológicos utilizados
para a coleta de dados foram duas escalas intervalares de concordância do tipo Likert, validadas para a
população brasileira. A Escala de Gestão do Conhecimento (EGC), que é multifatorial tem cinco intervalos
de concordância e 22 itens distribuídos nas seguintes dimensões: orientação cultural para o
conhecimento, orientação competitiva, práticas formais de gestão do conhecimento e práticas informais
de gestão do conhecimento. E a Escala de Percepção de Oportunidades de Aprendizagem nas
Organizações (EPOA), que é unifatorial, tem 10 intervalos de concordância e 13 itens. A população
pesquisada constituiu-se por nove empregados de uma empresa de prestação de serviços de Petrópolis,
RJ. Os resultados da EGC apontaram para altos índices de orientação competitiva e cultural da organização
para o conhecimento e índices medianos de práticas formais e informais de gestão do conhecimento,
todavia a EPOA indicou que a organização incentiva à aprendizagem formal e informal (escore geral de
7,8 pontos). Pode-se inferir que as oportunidades de aprendizagem não estão relacionadas diretamente
com o sucesso das práticas de gestão do conhecimento, permitindo concluir que somente a partir de uma
administração eficiente do conhecimento gerado pelos profissionais é possível conceber a inovação como
uma realização autoral do ambiente interno da organização.
38
PIODERMA GANGRENOSO ASSOCIADO A ARTRITE REUMATÓIDE - RELATO DE CASO.
TAÍS GUIMARÃES MAIA;
ANA CRISTINA SANTIAGO RIBEIRO;
DURVANÍCIO MANOEL ANTUNES JÚNIOR;
THIAGO OLIVEIRA ISRAEL;
LUÍS HENRIQUE ALMEIDA CARDOSO;
SOLANGE DE FÁTIMA ANDREOLLI LOPES BARILLO &
FLÁVIA BARROS MONKEN
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Pioderma gangrenoso (PG) é uma doença inflamatória rara, caracterizada por infiltração de neutrófilos na
derme e destruição do tecido. Acomete 3 a 10 pacientes/milhão de habitantes por ano, geralmente
mulheres entre 20 e 50 anos. Etiologia desconhecida, estando associado à doenças autoimunes,
sistêmicas inflamatórias, hematológicas e imunossupressão. O diagnóstico é de exclusão, sendo
importante descartar gangrena pós-operatória, amebíase, micobacterioses, esporotricose, celulite,
insuficiência venosa crônica, úlcera varicosa infectada, vasculite, leishmaniose tegumentar americana e
linfoma de pele. Relato de caso: Mulher, 46 anos, parda, natural de Petrópolis-RJ, com Artrite Reumatóide
há 20 anos, tratamento irregular com prednisona 10mg/dia, refere há 1 mês lesão bolhosa em região
tibial anterior, maleolar lateral e panturrilha à esquerda, enegrecida, que evoluíram para úlceras de
grande extensão, dolorosas. Negou febre. Antecedentes Pessoais: Hipertensão Arterial Sistêmica ,
Dislipidemia e Diabetes Mellitus tipo 2 há 7 anos. Nega tabagismo. Ao exame: hipocorada 2+/+4,
emagrecida, sem linfadenomegalias. Aparelhos cardiovascular, respiratório e abdome sem alterações.
Membros inferiores sem edemas, pulsos pediosos com boa amplitude. Panturrilha direita livre e esquerda
não palpada devido à extensão da úlcera. Membro inferior esquerdo com úlceras no maléolo lateral,
panturrilha e região tibial anterior, bordas irregulares, hiperemiado, fundo necrótico. Eco Doppler arterial
e venoso dos membros inferiores evidenciou aterosclerose moderada, descartando etiologia vascular da
lesão. Realizou 14 dias de antibioticoterapia, desbridamento químico e cirúrgico, sem alteração do
quadro, sendo aventada a hipótese de pioderma gangrenoso bolhoso com evolução para forma
ulcerativa. Aumentou-se a dose de Prednisona para 40mg/dia e iniciado metotrexato 20 mg/semana.
Após 5 dias a paciente apresentava melhora da dor e do aspecto da lesão, evoluindo com reepitelização
da úlcera. Conclusão: o caso demonstra que embora raro, é necessário considerar o diagnóstico de
pioderma gangrenoso naqueles pacientes com doença autoimune e lesões cutâneas graves. São utilizadas
nesse trabalho figuras ilustrativas.
39
AVALIAÇÃO DO CONTROLE PRESSÓRICO NOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
EM UMA UNIDADE DO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA.
REGINARA FERREIRA FRANCO; PRISCILA GOUVEA;
PAULA RAMOS; THAIS JERONYMO PIREDDA;
PRISCILA COELHO LIBORIO; PAMELA RUSSEL &
RÉGIS RODRIGUES VIEIRA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), doença mais frequente na população brasileira, atinge
aproximadamente 30 milhões de brasileiros. Diversos estudos populacionais evidenciaram a importância
do controle da hipertensão arterial para a redução da morbidade e mortalidade cardiovascular. Estimase que apenas um terço da população hipertensa tenha sua pressão controlada. No Brasil, são escassos
os dados relativos a real prevalência da HAS, sendo também escassas as informações referentes ao grau
de tratamento e controle. O principal objetivo do tratamento da hipertensão é atingir e manter a meta
pressórica. O presente estudo analisou 81 prontuários, cerca de 10% dos pacientes portadores de
Hipertensão Arterial Sistêmica assistidos pelo PSF-Machado Fagundes, e verificou a taxa de controle
pressórico de acordo com as Diretrizes do VIII Joint Norte-Americano. OBJETIVOS Avaliar a taxa de
controle pressórico de pacientes portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica em tratamento e
acompanhamento regulares no PSF-Machado Fagundes que compareceram às consultas médicas nos
últimos doze meses ( agosto de 2014 a agosto de 2015) período em que a unidade adotou o VIII Joint
Norte-Americano. METODOLOGIA Estudo transversal, individual, descritivo e observacional no qual foram
analisados 81 prontuários de pacientes escolhidos aleatoriamente entre os portadores de Hipertensão
Arterial Sistêmica atendidos no PSF- Machado Fagundes nos últimos doze meses e verificado o controle
dos valores pressóricos com base nas diretrizes do VIII Joint Norte - Americano. As informações coletadas
foram idade, sexo, valores pressóricos das últimas três consultas e os medicamentos em uso.
RESULTADOS Nos 81 prontuários analisados 32,1% eram homens (N = 26) e 67,9% mulheres (N = 55). A
média de idade é de 63,3 anos. De acordo com os resultados obtidos, os pacientes encontram-se dentro
da faixa pressórica compatível com a idade, sendo a média destas, maior e menor dentre as três últimas
aferições, 149/89 mmHg e 125/75 mmHg, respectivamente. DISCUSSÃO Os resultados preliminares não
permitem uma conclusão devido à pequena amostra, porém constatou-se eficácia no controle pressórico
de 86,4% dos pacientes analisados, em uso de variadas classes de anti hipertensivos com predominância
do Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (Enalapril, Captopril) e Antagonistas do receptores
de Angiotensina (Losartana), demonstrando a importância da Atenção Primária no controle da HAS e
consequentemente suas complicações. Por outro lado, os hábitos deletérios e o uso irregular das
medicações podem ter influenciado nos 13,6% que não apresentaram níveis pressóricos dentro do
preconizado pelo consenso.
40
A ADMINISTRAÇÃO ORAL DO ARTESUNATO INDUZ DIMINUIÇÃO DO NÚMERO DE PLACAS DE PEYER E
AUMENTA A PORCENTAGEM DE CÉLULAS T PRODUTORAS DE INTERLEUCINA-10 E/OU REGULADORAS
CD25+FOXP-3+ EM CAMUNDONGOS NOD
FABRÍCIO OLIVEIRA FIRMINO &
JOSÉ ORIVALDO MENGELE JÚNIOR
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O artesunato é um derivado, solúvel em água, da artemisinina extraída de uma erva chinesa denominada
Artemisia Annua. É uma droga extremamente efetiva no tratamento da malária. Alguns estudos
demonstraram que o artesunato apresenta atividade anti-inflamatória em modelos de doenças
autoimunes como a artrite ou a fibrose hepática, induzida pela inflamação crônica. No entanto, os
mecanismos responsáveis por essa atividade anti-inflamatória não esta esclarecido.
Neste trabalho, investigamos os efeitos da administração oral do artesunato na dose de 47 mg/Kg, por
um período de trinta dias, sobre os linfócitos T esplênicos e os provenientes das placas de Peyer, em
camundongos NOD (non obese diabetes). Foram analisadas células derivadas do baço e placas de Peyer.
As análises foram feitas por citometria de fluxo, utilizando os anticorpos apropriados para detecção de
diferentes populações de células T, expressando marcadores de células reguladoras como a IL-10 e foxp3, por exemplo.
Nossos resultados mostraram que após trinta dias de administração oral do artesunato, houve uma
significante diminuição do número das placas de Peyer (PP) no intestino, aumento do número de células
T reguladoras (CD25+Foxp-3+) nas PP e baço, acompanhado de um significativo aumento da frequência
de células T produtoras de IL-10.
Esses dados corroboram outros achados na literatura, expandindo a atividade anti-inflamatória do
artesunato ao compartimento de células T sistêmico e bem como do intestino, permitindo antever a
potencial utilização desta droga em doenças inflamatórias dos intestinos como as colites autoimunes, por
exemplo. Estudos nesse sentido estão em desenvolvimento.
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CORRELAÇÃO ENTRE DIETA E DESENVOLVIMENTO DE ACNE: VERDADES E MITOS – ESTUDOS ENTRE
ACADÊMICOS DE NUTRIÇÃO
JULIANA COSER FERREIRA &
ATTILIO VALENTINI
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A acne vulgar é uma dermatose de elevadíssima frequência, atingindo elevada porcentagem em mulheres
e homens, principalmente na puberdade. Trata-se de uma doença genético-hormonal, autolimitada, de
localização pilossebácea, com formação de comedões, pápulas, cistos, em cuja evolução se soma o
processo inflamatório de maior intensidade, levando à formação de pústulas e abscessos, com frequente
êxito cicatricial. É corrente no público geral, a associação de hábitos – principalmente quanto a grupos
alimentares – estarem vinculados na etiopatogenia da acne. Dentro deste senso comum, assume-se um
vínculo possível com alimentos gordurosos, porém tal não é passível de comprovação científica. Em
contrapartida, alguns estudos vêm sugerindo uma relação entre uma dieta com alimentos com
carboidratos de alto valor glicêmico (“ocidentalização da dieta”) e a ocorrência de acne. Sabedores dos
transtornos que representam a acne para a população geral e das demandas geradas a partir desta,
sobretudo para os profissionais que atuam nas diferentes áreas da saúde, assumimos ser relevante
verificar as noções que estes têm a respeito do tema e se a formação técnica tem sido adequada para
orientá-los na temática da acne, sobretudo quanto aos reais vínculos desta com os hábitos alimentares.
Metodologia: Foi obtida de uma listagem do número dos estudantes matriculados no primeiro e último
período do curso de nutrição, em uma instituição de ensino superior do interior do estado do Rio de
Janeiro. Destes, foram selecionados, de forma randomizada, o equivalente a 53,3% (do primeiro e do
último semestres). Após a aceitação por parte dos estudantes, estes responderam a um questionário,
desenvolvido no intuito de se avaliar suas noções quanto à acne e as correlações entre a dieta e a acne.
Os dados obtidos, garantindo-se e preservando-se o sigilo de cada participante, foram organizados em
planilhas específicas e receberam tratamento estatístico, sendo comparados os resultados entre os
estudantes do mesmo curso, quanto ao seu momento acadêmico (ingressantes e concluintes).
Posteriormente, tais resultados foram discutidos e confrontados com literatura científica pertinente.
Resultados: Foram aplicados questionários a 8 alunos ingressantes (53,3% de um total de 15 alunos
matriculados) e a 8 alunos concluintes (53,3% também de um total de 15 alunos matriculados).
Comparando os resultados obtidos entre os alunos ingressantes e concluintes do curso de Nutrição, é
possível observar, em ambas as turmas, uma alta incidência de história pessoal prévia de acne. A grande
maioria dos estudantes – 93,75% do total de entrevistados (15 alunos) - refere acreditar na influência de
alimentos no desenvolvimento da acne, com uma maior associação com os alimentos gordurosos e
chocolates. A despeito disso, a principal semelhança observada foi que nenhum dos entrevistados
associou o desenvolvimento de acne com a ingesta de derivados de farinha de trigo.
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INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL NO ADULTO, UM RELATO DE CASO.
JULIANA FERNANDES DE ANDRADE; FRANCISCARLA LANDI DAMARTINI; LEONARDO COELHO ROCHA;
CLARISSA OLIVEIRA SILVA; PEDRO GUIMARÃES ROCHA LIMA; ANA PAULA PESSÔA SIMÕES DE OLIVEIRA;
ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA AVERSA; VINÍCIUS PACHECO FERNANDES DA SILVA &
PAULO RICARDO HOMEM
HAC – HOSPITAL DE ENSINO ALCIDES CARNEIRO/ FMP – FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Relatamos um caso de intussuscepção intestinal em adulto. Consiste no deslizamento da porção de uma
alça para o interior do lúmen de um segmento adjacente, levando a uma oclusão mecânica da fração
intestinal acometida. Trata-se de patologia rara nesta faixa etária correspondendo 1% de todas as causas
de obstrução intestinal. Geralmente se deve a uma lesão mecânica que funciona como “cabeça de
imaginação” e desencadeia todo o processo (LUCENA, 2005). RELATO: Mulher, 22 anos, previamente
hígida, referiu dor abdominal difusa por 40 dias. Na semana previa a internação houve agravo da dor,
distensão abdominal, aparecimento de vômitos fecalóides e sinais de desidratação, motivando a procura
de auxílio médico. Com o diagnóstico sindrômico de obstrução intestinal realizou tomografia de abdome
que mostrou imagem “em alvo”, compatível com invaginação. DISCUSSÃO: A intussuscepção pode
localizar-se em diversos segmentos intestinais; a maioria dos estudos pesquisados descreve porções do
delgado como as mais comuns (VIDAL, 2005). Nosso relato, em que houve invaginação cólon-colônica em
fração de descendente próximo ao ângulo esplênico do cólon está em desacordo com esse dado. Quando
em segmento colônico, a intussuscepção geralmente se relaciona à lesões neoplásicas, sendo esta a
localização mais comum de doença maligna associada à invaginação (BATISTA, 2009). O histopatológico
do caso, em conformidade com o descrito acima, revelou a presença de adenocarcinoma de cólon na peça
cirúrgica, confirmando ser essa a causa da invaginação. A média de idade de apresentação da
intussuscepção no adulto situa-se em torno dos 60 anos, segundo CARVALHO (2010). O ocorrido em nosso
hospital diverge, uma vez que a paciente apresentava apenas 22 anos. Torna-se ainda mais raro quando
consideramos a etiologia maligna nessa faixa etária. Somente de 2% a 10,6% dos diagnósticos de câncer
colo retal são feitos em pacientes abaixo dos 40 anos. Entre esses, apenas 2,4% possuem menos que 30
anos à descoberta da doença (INCA, 2010). Apesar da confirmação pré-operatória da intussuscepção no
caso relatado, a literatura informa que isso só é possível em cerca de 32% das situações (LUCENA, 2005).
O tratamento instituído foi a ressecção cirúrgica, seguindo princípios oncológicos, sem tentativa de
redução prévia da invaginação, em concordância com a maioria dos autores. Como a hipótese de tumor
é forte nesses casos, a desinvaginação poderia levar à disseminação de células tumorais (BATISTA, 2009).
O carcinoma colo retal em pacientes jovens (até 40 anos) em geral é descrito como mais volumoso, mais
avançado e com indicadores histopatológicos de maior grau de agressividade, no momento do
diagnóstico, quando comparados com doentes acima dos 50 anos (CRUZ, 2007). Isso se deve em parte à
maior agressividade do tumor e à demora da efetivação do diagnóstico nessa população. Assim como na
literatura os achados histopatológicos de nossa doente conferem um prognóstico sombrio ao caso.
43
PRIMEIRA ESPLENECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA NO HOSPITAL DE ENSINO ALCIDES CARNEIRO
RELATO DE CASO.
JULIANA FERNANDES DE ANDRADE;
ANA PAULA PESSOA SIMÕES DE OLIVEIRA;
DANIEL DE SOUSA RODRIGUES;
RAUL GUILHERME AZEVEDO MACEDO &
ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA AVERSA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O avanço da cirurgia laparoscópica tem permitido o maior uso desta técnica em cirurgias cada vez mais
complexas, é sabido que a videolaparoscopia apresenta vantagens para os pacientes quando comparado
a laparotomia resultando em menos dor pós-operatória, recuperação mais precoce das funções do trato
gastrointestinal, melhores resultados estéticos e menor tempo de internação hospitalar. O baço tem
como função primária a filtração de elementos figurados, o recolhimento de células desfuncionantes e de
patógenos da circulação sanguínea, além de reserva imune e hematológica. Contudo, alguns pacientes
necessitam submeter-se à esplenectomia. Avanços na habilidade e tecnologia têm possibilitado cirurgiões
a realizar por via laparoscópica a maioria dos procedimentos realizados por via aberta. Relatamos a
experiência da primeira esplenectomia laparoscópica do Hospital de Ensino Alcides Carneiro. DISCUSSÃO:
Atualmente, a esplenectomia laparoscópica é o procedimento de escolha quando eletiva (COELHO, 2004).
Consoante à maioria dos autores, as indicações de retirada cirúrgica do baço são: hiperesplenismo,
desordens autoimunes e eritrocitárias, trauma, doença vascular, cistos, tumores e abscessos. Nosso
paciente apresentava lesão vascular grande, com sintomatologia relacionada a mesma, associado a alto
risco de sangramento, confirmando a indicação cirúrgica. O tempo de internação e recuperação pós
operatória foi reduzido em cerca de um terço, quando comparado às esplenectomias convencionais
realizadas no mesmo nosocômio. Avaliamos, portanto, que se trata de um procedimento perfeitamente
factível em nosso hospital. Vale destacar a necessidade de estudo de mais casos, maior acesso e
aperfeiçoamento da técnica pelos cirurgiões, o que influencia positivamente na difusão dessa técnica,
uma vez que se trata de um hospital de ensino, que deve manter-se na vanguarda do conhecimento.
44
PREVALÊNCIA DE AUTOMEDICAÇÃO ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DA FACULDADE DE MEDICINA
DE PETRÓPOLIS
KEILA REZENDE ANDRÉ; KARLA PINHEIRO FARIA DE AZEREDO BARCELOS;
ANA LUIZA DALDEGAN; CRISTINA RAMOS MELGAÇO; LALINY UCHÔA PEREZINI MARTINS; MIGUEL
TEIXEIRA DOS SANTOS NETO & BERNADETE SOARES DO NASCIMENTO
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A automedicação é definida como o uso de medicamentos sem prescrição médica. Ainda que esta prática
manifeste resultados favoráveis com melhora de sintomas, ocasionalmente pode trazer malefícios à
saúde do indivíduo (mascaramento de patologias, intoxicação, reações adversas, interações
medicamentosas, desenvolvimento de resistência, entre outros). Objetivo: Avaliar o comportamento do
consumo de medicamentos com relação à prática de automedicação entre os graduandos do primeiro ao
quarto ano da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP) no ano de 2015. Metodologia: Estudo
transversal quantitativo, composto por uma amostra de 200 alunos da FMP, sendo 50 de cada ano, que
responderam a um questionário contendo 14 questões de múltipla escolha, a respeito da automedicação.
Avaliou-se a prevalência da prática, correlacionando-a ao ano em que o graduando se encontra. Para a
análise dos dados foi utilizado o Programa Microsoft Excel. Resultados: Observou-se a participação de
62% de mulheres e 38% de homens. A prevalência da automedicação foi de 98%, não sendo
significativamente diferente entre os alunos do 1°, 2°, 3° e 4° ano de medicina da FMP: 94%, 98%, 100% e
100%, respectivamente. Todavia, 94,5% dos participantes julgaram necessária a procura por orientação
médica para compra de medicamentos. Os principais medicamentos utilizados na automedicação foram
os analgésicos com 91,5% e os anti-inflamatórios com 83%. Tal uso foi, majoritariamente, motivado por
decisão própria, em 76% dos participantes. Quanto mais avançado no curso, maior o percentual de
conhecimento sobre o mecanismo de ação do medicamento utilizado pelo participante: 28%, 52%, 70% e
86% entre os alunos do 1º, 2º, 3º e 4º ano, respectivamente. A frequência da automedicação, avaliada
em vezes por semana, não variou significativamente entre as etapas do curso: 41,5% dos participantes
relataram não praticar o hábito semanalmente e 37%, uma vez na semana. O principal motivo alegado
para a automedicação foi a praticidade, por 82% dos participantes. Referente aos sintomas, a dor de
cabeça foi a mais prevalente com 79,5%. 97,5% julgaram ter melhora clínica com a automedicação e
apenas 12,5% relataram já ter interrompido o tratamento médico por se sentir melhor. Entre os
estudantes, 92% disseram ter conhecimento dos potenciais riscos deste hábito e 76% relataram o hábito
de ler a bula dos medicamentos utilizados. A satisfação com o hábito da automedicação prevaleceu em
82,5% dos estudantes e 81,5% deles relataram não ter apresentado efeitos adversos com a prática.
Discussão: A disciplina de Farmacologia, na FMP, é lecionada durante o 2º e 3º ano de medicina, o que é
refletido pela progressiva independência no ato de automedicar-se e na maior prevalência de
conhecimento sobre o mecanismo de ação do fármaco utilizado. Embora seja grande a adesão dos
estudantes à automedicação e haja medicamentos que possam ser adquiridos sem prescrição médica,
não se deve fazer uso indevido dos mesmos.
45
NECROSE TOTAL DE RETALHO E DE ÁREA DOADORA EM PACIENTE SUBMETIDA À RECONSTRUÇÃO DE
MAMA TARDIA COM RETALHO TRANSVERSO DO MÚSCULO RETO ABDOMINAL: RELATO DE CASO.
LEONARDO COELHO ROCHA;
ANA PAULA PESSÔA SIMÕES DE OLIVEIRA;
PEDRO GUIMARÃES ROCHA LIMA;
JULIANA FERNANDES DE ANDRADE;
CLARISSA OLIVEIRA SILVA;
FRANCISCARLA LANDI DAMARTINI &
SÉRGIO CARDOSO MACIEL
HOSPITAL DE ENSINO ALCIDES CARNEIRO
A neoplasia maligna da mama é a segunda causa de câncer entre as mulheres no Brasil. A faixa etária de
maior acometimento varia entre os 50 e os 65 anos. O tratamento depende do tipo histológico e
estadiamento da lesão, porém a cirurgia continua a ser a melhor opção para controle e cura da doença.
Pode ainda ser necessária terapia adjuvante com quimioterapia e/ou radioterapia. Algumas pacientes são
candidatas à adjuvância com hormonioterapia, como uso de tamoxifeno. A mastectomia muitas vezes
tem caráter mutilante que afeta profundamente a qualidade de vida e as relações social e conjugal. Em
contramão, técnicas reparadoras, como retalhos miocutâneos transverso do músculo reto abdominal
(TRAM), têm sido amplamente empregadas, porém não isentas de complicações. Essas complicações
podem ser agrupadas em: complicações do retalho (necrose parcial ou, raramente, total, deiscência e
infecções); e complicações da área doadora (sermoa, hematoma, fraqueza da parede abdominal e
deiscência). RELATO DE CASO: Paciente feminino 67 anos, branca, ex-tabagista, submetida à mastectomia
esquerda por câncer de mama há sete anos. Recebeu adjuvância com quimiorradioterapia e tamoxifeno,
esse em uso até o momento da internação. Deu entrada em Hospital de Ensino para reconstrução
mamária. Realizado cirurgia pela técnica TRAM, sem intercorrências. Evoluiu com necrose total de retalho
e área doadora. DISCUSSÃO: A reconstrução mamária tem papel importante na terapêutica atual do
câncer de mama. A técnica TRAM é uma das mais aplicadas em locais de referência com segurança, porém
pode apresentar complicações sendo as principais descritas, a necrose gordurosa, sofrimento de pele da
área receptora e as necroses parciais do retalho as quais, geralmente, não necessitam de nova abordagem
cirúrgica. Complicação de tamanha magnitude como a descrita neste caso é inédita no serviço em questão
e não foi encontrado relato semelhante na literatura pesquisada. Uma causa para necrose total do retalho
seria a torção/secção do pedículo vascular a qual evoluiria com alterações isquemias imediatas do retalho,
o que não foi observado no caso. O tabagismo é definido como fator de risco para necrose do retalho,
entretanto abstinência à nicotina por quatro semanas reduz o risco dessa complicação. A relação entre
alterações vasculares e o tamoxifeno está bem definida na literatura, portanto o uso desse medicamento
pode ter relação com a evolução dramática, visto que o mesmo não foi descontinuado.
46
ASSOCIAÇÃO DE TABAGISMO ATUAL E PARTICIPAÇÃO NO PROGRAMA ANTITABAGISMO ENTRE
PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA MATRICULADOS NO PROGRAMA
RESPIRA PETRÓPOLIS. DADOS PRELIMINARES.
WILLIAM DA CUNHA AMARAL; JULIA LAURA ABRUCEZE LUZ SOUZA;
ERICA GALL LOPES; CARLOS HENRIQUE DOS SANTOS DE OLIVEIRA;
ANA JÚLIA MARTINS YAMAJI & MARCUS BARRETO CONDE
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) foi responsável por mais de três milhões de mortes em
2012. O principal fator de risco para esta morbidade é o tabagismo. No Brasil, em 2011, 15% da população
geral era fumante e 15% destes deveriam desenvolver DPOC por causa do tabagismo. Objetivo: inferir a
prevalência de tabagismo atual e a associação entre a participação no Programa Antitabagismo (PAT) e a
cessação do hábito de fumar entre os pacientes matriculados no Programa Respira Petrópolis (PRP)
portadores de DPOC em duas Unidades Básicas de Saúde que participam da Estratégia de Saúde da Família
em Petrópolis (RJ). Metodologia: estudo tipo coorte retrospectivo. Foram definidos como variável
independente ter participado do Programa antitabagismo e dependente ser fumante (sim ou não) no
momento da inscrição no PRP. O critério de inclusão do estudo foi o diagnóstico de DPOC no PRP de
acordo com os critérios da The Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (GOLD). Critério de
exclusão foi não ter completado a avaliação médica. Foram utilizados os dados coletados no período de
31 de janeiro de 2014 a 10 de agosto de 2015. O PRP se baseia na estratégia Practical Approach to Lung
Health (PAL) da Organização Mundial de Saúde que consiste na abordagem sindrômica do sintoma a partir
de um Protocolo Clínico. As variáveis coletadas foram idade, sexo, ser fumante ou não (ex-fumante) e ter
participado PAT (sim ou não). Os dados foram analisados no Programa SPSS 20. Principais resultados:
Foram incluídos 132 pacientes no Programa Respira Petrópolis, 14% (19/132) tinham DPOC, 42% (8/19)
homens (média de idade 62 anos) e 68% (13/19) mulheres (média de idade 58 anos), 15% (3/19) dos
portadores de DPOC participaram do Programa antitabagismo, dos quais um deixou de fumar e dois
continuam fumando. Entre os 84% (16/19) de casos de DPOC que não participaram do PAT, oito pararam
de fumar e oito continuam fumando (RR= 1,2; CI 95% 02-7,0; p=0,9). Discussão: embora o pequeno
tamanho amostral não permita conclusões, estes resultados preliminares levam a algumas reflexões. O
pequeno número de portadores de DPOC que participaram do PAT (3/19) sugere haver uma necessidade
de maior integração entre os dois Programas (PRP e PAT). A maioria dos portadores de DPOC que deixou
de fumar não havia participado do PAT, o que poderia sugerir que o diagnóstico de DPOC ou seus sintomas
podem ter tido algum impacto na decisão de parar de fumar. O maior número de mulheres com
diagnóstico de DPOC na amostra é achado diferente da literatura e pode sugerir uma necessidade de
busca ativa de casos de DPOC entre homens na comunidade. Conclusão: os dados preliminares do
Programa Respira Petrópolis sugerem a necessidade de um estudo clínico para avaliar a associação entre
a participação no PAT e a cessação do hábito de fumar entre os pacientes portadores de DPOC.
47
FOTOPROTEÇÃO SOLAR: NOÇÕES E ABORDAGEM PELOS MÉDICOS PEDIATRAS.
PAULA FERNANDA RODRIGUES DE MATTOS CARDOSO &
ATTÍLIO VALENTINI
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A radiação ultravioleta tem efeitos profundos sobre a pele, sendo a luz solar a principal fonte. A incidência
desses raios, potencialmente carcinogênicos, vem aumentando em decorrência de mudanças climáticas
e da destruição da camada de ozônio. Fatores genéticos e raciais, tempo e horário de exposição solar sem
o uso adequado de fotoproteção causam efeitos deletérios ao sistema tegumentar, em todos os
indivíduos. As medidas educativas em fotoproteção são a mais importante ferramenta para a exposição
consciente ao sol e à formação em fotoproteção adequada na infância, que será referência para o
indivíduo em toda a sua vida assim como será transmitida às futuras gerações. No Brasil, o acesso às
consultas dermatológicas ainda é restrito a uma pequena parcela da população; sendo assim, os pediatras
assumem um papel importante na orientação aos pais a respeito de fotoproteção e no exame das
crianças, a fim de detectar lesões precursoras de neoplasias cutâneas. Pediatras e dermatologistas têm
papel primordial na difusão desses conceitos e devem assumir ações orientadoras durante o atendimento
médico. Assim, é especialmente importante abordar esse assunto, no âmbito aos cuidados junto às
crianças e verificar se os pediatras possuem conhecimento e orientam os pais sobre os danos da radiação
solar e as medidas de precaução. Objetivo Geral: Identificar o nível de conhecimento de pediatras, que
atuam no município de Petrópolis, sobre a fotoproteção e a orientação realizada, por estes, aos pais,
quanto a esse cuidado específico. Objetivos Específicos: Identificar o perfil de médicos pediatras que
atuam na rede de saúde pública no município de Petrópolis–RJ; identificar as noções destes, quanto à
fotoproteção; identificar as orientações dadas aos pais, por estes pediatras, quanto às medidas de
prevenção e os danos das radiações ultravioletas. Foram coletados 42 questionários respondidos, sendo
85,71 % dos entrevistados do sexo feminino e 14,28 % do sexo masculino. Destes 18 (42,85%) atuam como
professores na Faculdade de Medicina, assim como trabalham no ambulatório , enfermaria e UTI no setor
de Pediatria do Hospital de ensino; 10 são residentes e 14 são plantonistas, apresentando 33, 33 % deles
11 a 15 anos de formação, 19,04 % 16 e 20 anos de formação, 16,66% 6 e 10 anos, 7,14 % mais de 25 anos
de formado. Com relação às noções de fotoproteção, a maioria dos entrevistados 71,42 % respondeu que
a melhor faixa etária ao início do uso do filtro solar é a partir dos seis meses de idade, apenas 19,04 %
referiam o uso do filtro solar a partir dos três meses de idade; 7,14 % aos 12 meses e 2,4 % aos 18 meses
de idade. Em relação ao uso do FPS, verificou-se que 61,90 % acreditam que quanto maior o FPS mais
protegida a criança estará aos raios UV e 38,1 % não relacionam FPS maiores a uma maior proteção. È
importante ressaltarmos o papel dos médicos na transmissão do conhecimento sobre foto proteção aos
pais.
48
GESTÃO DA CRISE NA INDÚSTRIA TÊXTIL DE PETRÓPOLIS E O CASO WERNER.
DANIELA RIBEIRO BARBOSA NEVES &
RODRIGO ANTÔNIO ALVES LOPES
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Em um mundo de mudanças cada vez mais rápidas e com um mercado globalizado, com avanços
tecnológicos, variações econômicas e políticas, entre outros fatores, é cada dia mais essencial que a
gestão das empresas seja feita de forma adequada. Para isso, as ferramentas da administração também
precisam estar em constante evolução. O presente trabalho mostra a importância da gestão eficiente e
adaptável às contingências do mercado, ilustrada no caso da Fábrica de Tecidos Werner, uma empresa do
ramo têxtil, localizada na cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, com mais de 100 anos no
mercado e que consegue manter-se eficiente e competitiva apesar de todas as crises e mudanças pelas
quais ela passou. A proposta do trabalho é investigar que fatores garantiram esta sobrevivência, do ponto
de vista da gestão, considerando que outras empresas do mesmo ramo e inseridas no mesmo mercado
não sobreviveram. Para a pesquisa foi realizado um levantamento de bibliografias e documentos
relacionados à indústria têxtil de Petrópolis e uma entrevista com um funcionário da Werner Petrópolis,
que tem uma trajetória ampla no mercado têxtil da cidade. Esta pesquisa teve o objetivo de entender
como se deu a gestão da empresa ao longo dos anos e conhecer um pouco sobre a gestão das demais
empresas. Posteriormente os resultados foram relacionados com as teorias da Administração e os
conceitos de tomada de decisão, a fim de descobrir o quanto a aplicação adequada das ferramentas
teóricas de gestão, poderiam influenciar no sucesso ou fracasso da empresa. Os resultados apontaram
para três pilares que certamente foram essenciais para o alcance do sucesso: gestão adequada, com base
nas ferramentas de administração e na qualificação técnica dos gestores, visão sistêmica com relação às
mudanças de mercado e preocupação com a sucessão da empresa.
49
RELATO DE CASO: DENGUE HEMORRÁGICO DE EVOLUÇÃO RÁPIDA E DESFECHO DESFAVORÁVEL EM
CRIANÇA DE 10 ANOS.
DANIEL DE SOUSA RODRIGUES;
CAMILA ORNELLAS SIQUEIRA;
BRUNA MELLO MODUGNO NUNES;
RODRIGO RANGEL MARINHO;
LUIZA BRITO BRAZILEIRO ALENCAR &
SOLIMAR STUMPF CORDEIRO
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O Dengue é uma doença febril aguda, causada por um vírus do gênero flavivírus pertencente à família
Flaviviridae transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, sendo a mais importante arbovirose em nosso
continente e vem ocasionando epidemias há séculos, a primeira descrição foi feita por Benjamin Rush em
1780, na Philadelphia, EUA. A Doença possui caráter endêmico em diversos estados brasileiros, e tem
evolução pouco grave em sua maioria. Porém a Síndrome do Choque do Dengue é severa, e pode levar a
óbito em poucas horas devido ao extravasamento vascular abundante de plasma. Discussão: Este relato
traz a evolução de uma criança de dez anos de idade, sexo feminino, internada no Hospital de ensino
Alcides Carneiro, com clínica de dor abdominal difusa, taquicardia e dor em membros inferiores sendo
traçada hipótese diagnóstica de Dengue hemorrágico. Apresentou rápida queda do estado geral, evoluiu
em poucas horas para insuficiência respiratória aguda e choque refratário a toda terapêutica instituída
em unidade hospitalar e evoluiu para óbito em menos de 24 horas de internação. Na criança, o início da
doença pode passar despercebido e o quadro grave ser identificado como a primeira manifestação clínica.
O caso em questão expõe esta dificuldade, já que o atraso na busca por atendimento médico fez com que
a paciente se apresentasse em nosso serviço já em choque refratário. O agravamento, em geral, é súbito,
diferente do que ocorre no adulto, que é gradual, em que os sinais de alarme são mais facilmente
detectados. Nesse caso em específico os sinais de alarme se apresentaram de maneira clara com dor
abdominal, manifestações hemorrágicas, hepatomegalia dolorosa e desconforto respiratório, porém
trouxeram inicialmente dificuldade no diagnóstico devido a diversidade de sintomas.
50
ASSISTÊNCIA NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA): UMA ANÁLISE ESPECÍFICA DA
LITERATURA COM DESTAQUE PARA AS AÇÕES DO ENFERMEIRO.
GIOVANA CRISTINA VIEIRA;
THALITA DA COSTA SANTOS;
AMANDA POSSAS DA SILVA PACHECO DE REZENDE &
RICARDO PATULÉA VASCONCELLOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O período de recuperação pós-anestésica é considerado crítico, uma vez que o cliente passa por um
procedimento cirúrgico e recebe drogas anestésicas, exigindo vigilância constante da equipe médica e
enfermagem. A maior incidência de complicações anestésicas acontece na sala de recuperação pósanestésica, sendo que as mais frequentes são as respiratórias e circulatórias. Objetivo: destacar a atuação
do enfermeiro diante das complicações na sala de recuperação pós-anestésica, destacando as principais
complicações que acometem o cliente no pós-operatório, a descrição da sala de recuperação pósanestésica e ressaltar a importância das intervenções do enfermeiro na sala de recuperação pósanestésica. Método: pesquisa bibliográfica, através da busca sistemática de artigos científicos e livros, no
período de 2000 a 2015. Foram utilizados 04 livros, além de 40 artigos sendo 34 em revistas de
enfermagem e 06 em revistas de anestesiologia. Resultados: destacou-se que a sala de recuperação pósanestésica é definida pela Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação
Anestésica e Centro de Material Esterilização (SOBECC) como uma área destinada a receber de imediato
os clientes submetidos a quaisquer procedimentos anestésico/cirúrgico, onde permanecem até a
recuperação da consciência, normalização dos reflexos e dos sinais vitais, sob a monitorização e cuidados
constantes de recursos técnicos e recursos humanos especializados que ofereçam suporte para
prevenção, detecção e implementação precoce dos cuidados específicos. A equipe multiprofissional
atuante neste setor é composta pelo anestesiologista, enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem,
habilitada e treinada e prestar cuidados individualizados de alta complexidade, sendo que uma das
incumbências do enfermeiro é prestar assistência segura, racional e individualizada, oferecendo suporte
ao cliente durante seu retorno ao estado fisiológico normal após anestesia. Conclusão: o enfermeiro
precisa possuir conhecimentos e habilidades adequadas para prestar assistência pós-anestésica e
operatória aos clientes submetidos aos diferentes tipos de cirurgia.
Descritores: Centro Cirúrgico. Recuperação pós-anestésica. Enfermeiro.
SOBECC. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de
Material e Esterilização. Práticas Recomendadas SOBECC. 5ª ed.; São Paulo: SOBECC, 2009; p. 304.
Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e
Esterilização. Práticas recomendadas – SOBECC. 4.ª ed. São Paulo; 2007
51
AVALIAÇÃO DO PADRÃO DE USO DE METILFENIDATO EM ESTUDANTES DO 3° ANO DE UMA
FACULDADE DE MEDICINA DO BRASIL.
YASMINNE FAILLACE DO VALLE;
VIRGÍNIA MARIA COSTA FONSECA;
RAÍSSA AGUIAR MESQUITA;
RAFAELA ABREU ALVARENGA;
KELLYN MARTINS MO;
THAMIRES SCHMIDT BONIFÁCIO &
CELSO DA SILVA GOMES
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O Metilfenidato é uma substância que se disseminou com o nome comercial de Ritalina® tornando-se um
dos estimulantes do sistema nervoso central mais vendido no mundo. Ultimamente, sua produção e
consumo cresceram drasticamente. Este crescimento é explicado pelo grande número de diagnósticos de
Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e também pelo uso não prescrito. Seu uso
no tratamento de TDAH é sustentado por diversos estudos que demonstraram sua efetividade e
eficiência. Com isso, na busca de melhor performance cognitiva, sua popularidade cresceu no meio
universitário podendo alguns grupos ter maior número de usuários saudáveis do que aqueles com
proposta terapêutica. Objetivos: Avaliar a prevalência do uso do metilfenidato entre estudantes do 3º ano
de uma faculdade de medicina, discriminar o uso com ou sem indicação médica e correlacionar o uso de
metilfenidato com o desempenho nas avaliações de determinada disciplina. Métodos: Estudo transversal
realizado a partir de um questionário aplicado sobre uma amostra de conveniência formada por 85 alunos
do terceiro ano da Faculdade de Medicina de Petrópolis seguindo os preceitos atuais de ética nas
pesquisas que envolvem seres humanos. Só participaram desta pesquisa aqueles indivíduos que
concordaram com livre arbítrio e sem coação, sendo que a participação foi voluntária e anônima, podendo
os alunos deixar o estudo a qualquer momento sem justificativa. O questionário avaliava status
acadêmico, padrões do uso do metilfenidato e atitude em relação a drogas potencializadoras da cognição.
Resultados: O presente estudo concluiu que 28,23% da nossa amostra de 85 participantes tinha feito uso
de Metilfenidato. A grande maioria dos usuários sem prescrição de Metilfenidato (83,33%) iniciou o uso
na faculdade. Outro achado deste estudo, que confirma dados anteriores é que uma maioria de 54,16%
adquiriu o medicamento com amigos ou familiares. Além disso, os resultados demonstraram que o uso
não prescrito de Metilfenidato é mais prevalente do que a sua utilização com fins terapêuticos. As
principais motivações encontradas neste trabalho para o uso não prescrito de Metilfenidato foram: 1)
para ajudar somente nos estudos, citados por 4,16%; 2) aumentar a concentração, referida por 20,83%;
3) e quando estes combinados foram referidos por 20,83%. No que diz respeito a utilização de um
medicamento para melhoria cognitiva, os resultados do estudo foram os seguintes: 75,0% afirmaram
melhora em seu desempenho enquanto 20,83% não notaram melhora.
52
TRAQUEOSTOMIA: PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES.
CARLOS HENRIQUE DOS SANTOS DE OLIVEIRA; SAÁDIA SILVA TEIXEIRA; LAÍS BARBOSA; ELISANGELA
VIEIRA NIXON; JULIANA VASCONCELOS & GUSTAVO GLADSTONE DUMARD GUIMARAES
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A realização segura e eficiente da traqueostomia necessita do conhecimento anatômico amplo para assim
planejar a melhor estratégia da intervenção. Complicações do procedimento podem acontecer durante
ou após o procedimento, sendo a morbidade decorrente desta intervenção de 4% a 10% e a mortalidade
de cerca de 1%. A complicação mais comum é a hemorragia no pós-operatório imediata (3,7%), seguida
pela obstrução da cânula por secreção (2,7%) e o deslocamento da cânula (1,5%)ᶟ. Objetivos: O presente
trabalho tem como objetivo correlacionar a posição anatômica da cânula de traqueostomia e as possíveis
complicações desse procedimento.
Metodologia: Foi realizada a dissecção cadavérica para evidenciar o procedimento realizado. Trata-se de
uma pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa a partir da dissecação de um cadáver
adulto do laboratório da Faculdade de Medicina de Petrópolis em agosto de 2015. Foi utilizado cânula de
traqueostomia, pinça hemostática, bisturi e lâmina, pinças, afastadores, material de sutura e tesoura. A
visualização de estruturas pertinentes ao procedimento foi a prioridade. O cadáver foi colocado em
decúbito dorsal e em hiperextensão cervical, sustentada por um coxim no dorso e rodilha para sustentar
a cabeça. Foi realizada então uma incisão transversa na linha média entre a borda inferior da cartilagem
cricóide e a fúrcula esternal, tendo 2 a 3 cm. Após dissecção dos planos cervicais foi realizada a abertura
de uma pequena janela retangular na parede traqueal com remoção de um segmento cartilaginoso
suficiente para passagem da cânula. Foram então fotografadas as estruturas próximas à cânula e
correlacionadas com as principais intercorrências descritas na literatura médica.
Principais Resultados: Ao buscar a literatura percebeu-se que as principais complicações anatômicas
iatrogênicas do procedimento são por lesão de artérias ou veias próximas ao trajeto da traqueostomia,
lesão do nervo laríngeo recorrente, lesão de esôfago, com fístula traqueoesofágica; pneumotórax (mais
comum em crianças) e falso trajeto para o mediastino.
Discussão: As complicações precoces (nos primeiros seis dias) são: hemorragias ou formação de
hematomas (sangramentos geralmente decorrentes de lesão da veia jugular anterior ou do istmo da
tireóide); infecção; falso trajeto por deslocamento da cânula traqueal; obstrução da cânula por rolhas ou
secreção; enfisema subcutâneo; pneumomediastino.
As complicações tardias, ocorridas após o sétimo dia de pós-operatório, são: hemorragias causadas pelo
trauma direto da cânula em grandes vasos, como a artéria inominada, subclávia ou mesmo a aorta (estão
associadas às traqueostomias realizadas abaixo do quarto anel); fístula traqueoesofágica; estenose
subglótica ou traqueal; traqueomalácea; fístula traqueocutânea (após a decanulação) e distúrbios de
deglutição (que permitem a aspiração laringotraqueal e pneumonias aspirativas).
53
UTILIZAÇÃO DE UM INSTRUMENTO PEDIÁTRICO PILOTO COMO FACILITADOR DO PROCESSO DE
ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DE ENSINO
JULIANA RODRIGUES MOURÃO;
SIMONE FABIANA AGUIAR DA SILVA;
ESTHER DE ALMEIDA OLIVEIRA SILVA;
ALESSANDRA BORGES BRUM CLEIRES &
DULCINÉIA LUZIA DE OLIVEIRA LIMA MARQUES
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A presente pesquisa trata da utilização de um instrumento pediátrico piloto como facilitador do processo
de enfermagem em um hospital de ensino. OBJETIVOS: Avaliar se o instrumento pediátrico piloto é um
método facilitador para a assistência prestada pelos acadêmicos de Enfermagem durante seu período de
estágio no setor de pediatria; identificar se houve rendimento do acadêmico de enfermagem durante a
aplicação do instrumento pediátrico piloto durante o período de estágio no setor de pediatria; verificar
se o instrumento pediátrico piloto é um método facilitador para o levantamento dos diagnósticos de
enfermagem; e avaliar se instrumento pediátrico piloto será encaminhado para validação.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva com abordagem qualitativa. O cenário
da pesquisa foi o Hospital Municipal Alcides Carneiro conveniado com a Faculdade de Medicina de
Petrópolis e Faculdade Arthur Sá Earp Neto, localizado no município de Petrópolis. Os sujeitos da pesquisa
foram treze acadêmicos de enfermagem que estavam no setor da pediatria. A coleta de dados ocorreu
em Novembro/2014, e para tal foi realizada entrevista utilizando um roteiro com perguntas semiestruturadas. Os dados foram agrupados e analisados em categorias, sendo discutidos á luz da análise de
conteúdo, emergiram três categorias intituladas: Aplicabilidade do instrumento pediátrico piloto pelo
acadêmico de enfermagem durante a avaliação física da criança; levantamento dos diagnósticos de
enfermagem e das intervenções de enfermagem e validação do instrumento pediátrico piloto.
RESULTADOS: Os resultados apontam a relevância do instrumento no setor e como facilitador nas ações
de enfermagem, sendo de grande valia para auxiliar a equipe de enfermagem a implantar o processo de
enfermagem no referido setor. CONCLUSÃO: Pode-se, dessa forma, concluir a importância deste
instrumento para o setor para o qual é necessária sua validação. REFERÊNCIAS: Tannure, M.C; Pinheiro,
A.M. SAE: Sistematização da Assistência de Enfermagem: Guia prático. 2ª ed. Rio de Janeiro (RJ):
Guanabara Koogan; 2013.
Descritores: Processo de enfermagem, Pediatria, Instrumento.
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O PERFIL SOCIODEMOGRÓFICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS ATENDIDOS NO
HOSPITAL DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS.
AMANDA POSSAS DA SILVA PACHECO DE REZENDE;
THALITA DA COSTA SANTOS;
GIOVANA CRISTINA VIEIRA &
DULCINÉIA LUZIA DE OLIVEIRA L. MARQUES
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Esta pesquisa trata do aumento do número de casos de câncer em um hospital de ensino, localizado no
município de Petrópolis e de investigações sobre o perfil sociodemográfico e epidemiológico destes
pacientes e os fatores de risco relacionados às neoplasias mais incidentes. Objetivo: Analisar o perfil
sociodemográfico e epidemiológico dos pacientes com câncer, atendidos em Hospital de Ensino,
localizado no município de Petrópolis. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal e descritiva, com
abordagem qualiquantitativa. O cenário da pesquisa foi um hospital de ensino localizado no município de
Petrópolis/RJ. Os participantes da pesquisa foram pacientes oncológicos, atendidos no ano de 2014 no
referido hospital e cadastrados no sistema de Registro Hospitalar de Câncer, totalizando 215 pacientes. A
coleta de dados foi realizada por meio de um roteiro de coleta de dados. Para analise, os dados foram
organizados no programa Epi-Info® 6.04, com dupla digitação independente. Após correções de erros e
inconsistências a análise estatística foi realizada no programa® software estatístico Pasw Statistics 18.0
(SPSS). Resultados: Em 01 ano, 215 indivíduos, foram diagnosticados com câncer, com maior incidência
no sexo feminino e em ambos os sexos: na raça branca, casados, com ensino fundamental incompleto e
idade entre 61 a 70 anos. Conclusão: Concluiu-se que o número de casos de câncer está progredindo, na
mesma proporção que a população está se expondo aos fatores de risco para o desenvolvimento desta
patologia e que se configura como um problema de saúde pública, em nosso país. Medidas preventivas
são necessárias e urgentes, e para isso a participação e intervenção do enfermeiro nas orientações, com
relação a medidas de prevenção do câncer, são fundamentais.
Descritores: Câncer; enfermagem; incidência.
55
VULNERABILIDADE DAS MULHERES FRENTE ÀS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS.
THALITA DA COSTA SANTOS;
AMANDA PASSOS DA SILVA PACHECO REZENDE;
GIOVANA CRISTINA VIEIRA;
MARIA INÊS FERREIRA &
LIVIA FIRMINO DA SILVA DOS SANTOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), vem sendo um tema discutido há décadas e sempre em
busca de se obter mais informações. Apesar dessa discussão ser contínua, as Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DST) só voltaram a requerer importância como problema de saúde pública após a
epidemia de AIDS (Síndrome da imunodeficiência adquirida) . A susceptibilidade das pessoas às Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST) ao longo dos anos demarcou mudanças no padrão epidemiológico
incluindo grupos, inicialmente não considerados como susceptíveis, a exemplo das mulheres em união
heterossexual, estável/casadas. O objetivo deste estudo foi analisar a vulnerabilidade das mulheres frente
às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Tratou-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem
quantitativa realizada por meio de dados primários e secundários de uma amostra de dez pacientes
mulheres com história vigente ou passada de alguma DST, atendidas no Ambulatório Escola da Faculdade
Arthur de Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina da cidade de Petrópolis-RJ. Para análise dos dados foi
utilizada a estatística descritiva. Os dados observados na análise descritiva foram apresentados na forma
de quadros e tabelas. Conclusão: fatores como a faixa etária, renda familiar, grau de instrução, estado
conjugal, tipo de relacionamento, uso de preservativos e conhecimento sobre IST, são determinantes na
vulnerabilidade de mulheres. Sugestão :Que a abordagem durante as consultas ginecológicas de
enfermagem sejam passadas informações, realizado o aconselhamento e ofertada de testagem sorológica
rápida para melhorar a qualidade de vida e saúde das mulheres.
56
INFLUÊNCIA NA ADESÃO AO TRATAMENTO DE HAS DEVIDO AOS EFEITOS COLATERAIS PELO USO
CONTÍNUO DE DIURÉTICOS
REBECA ALVARENGA FERNANDES;
MARIA EDUARDA BAPTISTA MONACHESI;
JULIA GUIMARÃES CABRAL;
MARIA ALICE COELHO MAROTTA MOREIRA;
MARIANA ROEDEL BOUSAN;
LIZ DE OLIVEIRA MOURA SALES &
BERNADETE SOARES DO NASCIMENTO
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica muito prevalente no Brasil e por isso ao
longo dos anos diversas classes de fármacos têm sido estudadas e empregadas no tratamento de seus
portadores, visando estabelecer um controle mais satisfatório dos níveis pressóricos e minimizar as
complicações secundárias à enfermidade. Um importante grupo de fármacos, amplamente utilizado como
anti-hipertensivo a nível hospitalar e ambulatorial é o dos diuréticos, o qual será abordado neste trabalho.
O objetivo geral do trabalho é analisar se existe influência dos efeitos colaterais dos diuréticos em relação
à adesão ao tratamento por parte do paciente, visto que há necessidade de uma periodicidade para que
o mesmo seja eficaz. Foi realizado um estudo de caráter individual, observacional, longitudinal
retrospectivo, em que foram entrevistados 50 pacientes, e destes 24 eram hipertensos, os quais foram
submetidos a um questionário a respeito do uso de diuréticos, acompanhamento em Posto de Saúde da
Família, a ocorrência de efeitos colaterais e sua conduta após o aparecimento destes sintomas. A pesquisa
foi feita no Hospital Alcides Carneiro e no Hospital Municipal Nelson de Sá Earp, no município de
Petrópolis, no ano 2015. Dos 24 pacientes submetidos ao questionário, apenas 19 eram usuários de
diuréticos e os resultados encontrados foram que, destes, 10 pacientes (52,63%) apresentaram algum dos
efeitos colaterais do medicamento e somente três pacientes (30%) cessaram o uso do mesmo por este
motivo, sendo dois sem orientação médica e um com orientação. A partir disso, pode-se concluir que a
influência destes efeitos colaterais sobre a adesão ao tratamento é insignificante em comparação aos
benefícios que o medicamento pode proporcionar na evolução do paciente portador de HAS.
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PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR
OBSTRUTIVA CRÔNICA MATRICULADA NO PROGRAMA RESPIRA PETRÓPOLIS. DADOS PRELIMINARES.
ANA LEONOR FERNANDEZ CARDOZO; ERICA GALL LOPES
BRUNO AUGUSTO GUERRA MACIEL; JOÃO PEDRO DE SOUZA COSTA
TABATA DE AGUIAR PIRES DO COUTO; BÁRBARA STRAUB LOUREIRO RODRIGUES &
MARCUS BARRETO CONDE
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) foi responsável por mais de três milhões de óbitos em
2012. Já foi demonstrado que hipertensão arterial sistêmica (HAS) pode ter efeito negativo no prognóstico
e na qualidade de vida do portador DPOC.
OBJETIVOS. Inferir a prevalência de HAS entre os casos de DPOC e a prevalência de pacientes com
tratamento adequado de DPOC e de HAS nos indivíduos matriculados no Programa Respira Petrópolis
(PRP) em duas Unidades Básicas de Saúde que participam da Estratégia de Saúde da Família em Petrópolis
(RJ).
METODOLOGIA. Estudo observacional analítico transversal. O critério de inclusão foi o diagnóstico de
DPOC (segundo a Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease- GOLD). O diagnóstico de HAS foi
autor referido pelo paciente. Foi definido como tratamento inadequado para fins deste estudo ausência
de tratamento ou uso de medicamentos em falta de conformidade com a GOLD (casos de DPOC) ou com
as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (casos de HAS). Foram utilizados os dados coletados no
período de 31 de janeiro de 2014 a 10 de agosto de 2015. O PRP é baseado na estratégia Practical
Approach to Lung Health (PAL) da Organização Mundial de Saúde. As variáveis coletadas foram idade,
sexo, diagnóstico de DPOC, diagnóstico de HAS e medicamentos utilizados no momento da primeira
avaliação do PRP. RESULTADOS. Foram inscritos 132 pacientes no PRP. Quatorze por cento (19/132)
tiveram o diagnóstico de DPOC e 84% destes tinham HAS (17/19). 37% da amostra (7/19) eram homens
(idade média 62 anos, DP 11,0) e 63% (12/19) mulheres (idade média 58 anos, DP 9,8). 88% (15/17) dos
portadores de HAS tinham tratamento adequado, porém apenas 23% (4/17) participam de algum
programa de controle (HIPERDIA). Entre os portadores de DPOC apenas 10 % (2/19) tinham tratamento
adequado.
DISCUSSÃO. Os resultados preliminares não permitirem uma conclusão devido à pequena amostra.
Entretanto, os dados sugerem um significativo número de casos da associação DPOC/HAS e de pacientes
com uso inadequado dos medicamentos para uma das duas morbidades, o que pode se associar com um
pior prognóstico. Os dados sugerem a necessidade de um estudo clínico no sentido de avaliar em uma
amostra maior estes achados.
CONCLUSÃO. Os dados preliminares do PRP sugerem elevada prevalência de HAS entre os casos de DPOC
e uma elevada prevalência de tratamento inadequado.
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SATISFAÇÃO DE CLIENTES BANCÁRIOS
DIEGO MARTINS CASTOR MACIEL & JOSE LAZARINO FERRARI
ITAÚ UNIBANCO
Este trabalho tem como principal objetivo apresentar o grau de satisfação dos clientes bancários
petropolitanos em relação aos produtos e serviços prestados pelos bancos da cidade. O mundo dos
negócios está cada vez mais competitivo e com crescimento acelerado de fusões e aquisições nas últimas
décadas. O mercado brasileiro vem vivenciando impactos significativos em termos de concorrência. No
setor bancário esta situação não é diferente. A concorrência torna-se cada vez mais acirrada e a qualidade
nos atendimentos, produtos e serviços prestados acaba se tornando algo indispensável para que se
obtenha um diferencial competitivo em relação às outras empresas. O setor bancário apresenta certa
similaridade nos produtos e serviços ofertados pelos bancos, o diferencial para o consumidor passa a ser
a qualidade que esses serviços são prestados. As organizações atuais precisam ter consciência de que para
manter seus clientes fidelizados por mais tempo, comprando mais e fazendo um marketing positivo,
precisam manter um alto nível de satisfação. Objetivo Geral: Analisar o nível de satisfação dos clientes
bancários, realizando um estudo de caso junto aos clientes de Petrópolis, quanto à qualidade dos serviços
prestados. Específicos: Conceituar qualidade na prestação de serviços. Pesquisar as variáveis que
envolvem o processo de qualidade na prestação de serviços; Analisar as maneiras como a administração
das empresas pode melhorar a gestão dos serviços prestados. Metodologia: Para desenvolvimento da
pesquisa a metodologia utilizada foi de estudo de caso quantitativo, com questionários estruturados,
aplicados em uma amostra representativa.
Principais resultados: Um dos principais resultados apresentado foi o alto índice de insatisfação da maioria
dos clientes dos seis bancos pesquisados, em duas perguntas. A primeira pergunta buscou investigar o
nível de satisfação dos clientes em relação ao tempo de espera em cada banco, desde a chegada às
agências até o seu atendimento. Os correntistas responderam a seguinte questão: o tempo de espera até
o atendimento é razoável?
A outra pergunta com maior índice de insatisfação buscou saber a percepção dos clientes em relação aos
preços dos serviços prestados pelos bancos, se o valor das taxas por serviços prestados são adequados e
se o valor dos juros cobrados é compatível com o mercado.
Discussão: Ao planejar adequadamente a gestão dos serviços oferecidos, zelando para uma efetiva
condução do atendimento, as empresas podem se diferenciar no mercado, alcançando a fidelização dos
consumidores. Esse elemento representa um diferencial no mercado, que pode ser decisivo no mundo
dos negócios hoje em dia. Portanto em relação à pesquisa alguns fatores analisados – como tempo de
espera e taxas cobradas - pelos clientes apresentaram um nível grande de insatisfação. Portanto os bancos
em Petrópolis devem buscar estratégias de melhorias para obter um diferencial a fim de se manter
competitivo no mercado.
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A DECISÃO DAS GESTANTES NA ESCOLHA DO LOCAL DE ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL.
LEILA SCHMIDT BECHTLUFFT;
ANA LUIZA MIRANDA BONINI;
NATÁLIA OLIVEIRA &
JAMILE LIMA NOGUEIRA
FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS/FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO (FMP/FASE) /
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PETRÓPOLIS
A atenção básica deve constituir a principal porta de entrada do usuário à Rede de Atenção à Saúde. Sua
orientação segue os princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do
cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da
participação social. Entre suas diretrizes está o trabalho em território adscrito, permitindo assim o
planejamento de ações que tenham impacto sobre os condicionantes e determinantes da saúde. Cada
Posto Saúde da Família deve ser responsável por uma média de 3.000 pessoas. A assistência pré-natal
deve estar incluída no planejamento das equipes, que devem proporcionar acesso diferenciado às
gestantes, favorecendo o início precoce do acompanhamento pré-natal. Em Petrópolis, observa-se
empiricamente, que a assistência pré-natal se concentra em uma Unidade de Saúde de nível secundário,
localizada no centro da cidade, apesar de existirem 44 equipes que funcionam com a Estratégia de Saúde
da Família (ESF). Objetivo: conhecer a justificativa das gestantes para a não realização do pré-natal nos
postos com ESF. Método: pesquisa exploratória com abordagem quantitativa, integrante do projeto PET
Saúde. A coleta de dados foi feita a partir de questionário estruturado, nos postos da ESF. As gestantes
cadastradas nas áreas adscritas às ESF foram as informantes da pesquisa. Resultados e discussão: Foram
entrevistadas 285 gestantes, das quais 220 (77,2%) realizavam o acompanhamento pré-natal nas
unidades de ESF. Entre as que estavam realizando o acompanhamento em outros locais, 33,3% o faziam
por decisão própria, 21,2% devido a intercorrência clínica, 13,1% por encaminhamento da equipe, 8,1%
por mudança de endereço. Os demais motivos totalizaram 23,2 %. Os resultados demonstram que as
equipes da ESF oferecem acesso ao pré-natal e que o acompanhamento em outros locais tem motivação
diversificada.
60
OBSERVATÓRIO DA MULHER DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS (RJ).
JÉSSICA BILHEIRO DE SOUZA;
CAROLINE NASCIMENTO NEBESMAK;
DÉBORA CARLA DE ASSUNÇÃO MACHADO;
VIVIAN SANCHES POMIN;
RAFAELA BRAGANÇA DE CARVALHO &
RICARDO BRAGANÇA PINHEIRO TAMMELA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O observatório da mulher é uma instância acadêmica para produção de conhecimento, através do
levantamento de informações e dados, discussão, análise e proposição de ações e projetos na dimensão
da integralidade das questões relacionadas ao gênero. Objetivo: Apresentar a articulação sistemática
estabelecida por organizações de mulheres, núcleos acadêmicos e órgãos governamentais do município
de Petrópolis (RJ), para o incentivo da sistematização de informações sobre as políticas para as mulheres.
Metodologia: Ocorre através de fórum Interinstitucional e encontros bimestrais na FMP/Fase, com
definição de metas e identificação de estudos e pesquisas realizadas no âmbito do Observatório da
Mulher. Principais Resultados: Compareceram inúmeros profissionais e estudantes nas reuniões
bimestrais; houve apresentações e debates de Trabalhos de Conclusão de Curso com temas relacionado
à saúde da mulher e a criação e propostas de grupos de extensão para colocar em prática as discussões.
Discussão: Apesar de todas as reuniões e implementações, há inúmeras dificuldades de permanência e
interesse de alguns órgãos governamentais do município.
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CIA DO RISO: A VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS ENQUANTO AGENTES DA ALEGRIA.
JÉSSICA BILHEIRO DE SOUZA &
RICARDO BRAGANÇA PINHEIRO TAMMELA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A Cia do Riso é um grupo formado por acadêmicos de enfermagem, medicina e nutrição da FMP-FASE
com objetivo de levar entretenimento lúdico para ambientes hospitalares na cidade de Petrópolis (RJ). Ao
trazer a figura do palhaço proporciona apoio para as crianças hospitalizadas, enxergando-as de forma
integral e tratando também o lado emocional e psicológico dessa criança. Objetivo: Amenizar para
pacientes e acompanhantes o cenário hospitalar através da atuação de palhaços voluntários e auxiliar na
formação dos acadêmicos para que esses atuem de forma humanizada e consciente. Metodologia: Ocorre
semanalmente em visitas de 4 horas, onde os voluntários devidamente caracterizados como palhaços
desenvolvem atividades lúdicas com as crianças e com seus responsáveis. Principais Resultados: A
experiência proporciona a formação de vínculos entre os pacientes e os voluntários além de possibilitar a
troca de vivências entre ambos. As atividades lúdicas possibilitam as crianças um momento de alegria
durante sua estadia no hospital. Discussão: A visão dos graduandos quando atuam no âmbito do
voluntariado se difere dos demais atentando a necessidade de humanização no atendimento hospitalar e
a visão holística do paciente.
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SISTEMA KANBAN COMO INDICADOR DE PERMANÊNCIA EM UM POSTO DE URGÊNCIA
REFERENCIADA.
WILLIAM FERNANDES PALMEIRA ALVES; PEDRO HENRIQUE TORRES GOMES
LUZIMAR APARECIDA BORBA PAIM & VANUZA PEREIRA VASCONCELOS
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Kanban é uma palavra japonesa, a qual um dos significados é anotação visual ou sinal. Foi utilizada
originalmente nas empresas japonesas a fim de controlar a produção empregando cartões para informar
e sinalizar ações, melhorando o fluxo das empresas. O Sistema Kanban (S.K) adaptado para a área da
saúde popularizou-se como uma ferramenta sendo empregada especialmente nos setores de urgência e
emergência com o objetivo de melhorar o fluxo e resolutividade dos pacientes internados. Um método
simples e relativamente barato que pode ter diversas aplicações: instrumento que permite a visão geral
da unidade de forma sistemática, um indicativo de permanência do paciente no setor, dentre outras. O
S.K. Mostra-se na área da saúde como um instrumento em potencial a fim de melhorar a gestão clínica
das unidades. O modelo adaptado do S.K. E instituído no setor em estudo utiliza seis níveis de classificação
a fim de avaliar a permanência do paciente sendo os seguintes: SK I (0 à 24h), SK II (24 à 36h), SK III (mais
que 36h), SK verde (0 a 4 dias), SK amarelo (4 a 8 dias), SK vermelho (acima de nove dias). Objetivos:
Conhecer as principais hipóteses diagnósticas, o tempo de permanência e destino dos pacientes atendidos
no posto de urgência do HAC; Metodologia: Estudo descritivo, exploratório, com abordagem quantitativa
sendo realizado no setor de urgência de um hospital de ensino da região serrana do Estado do Rio de
Janeiro. A coleta de dados ocorreu no mês de Agosto de 2015 através de um formulário semi-estruturado
construído a partir do impresso denominado “estatística de permanência de pacientes no PU” dos meses
de Janeiro a Junho de 2015. As informações coletas foram: data de admissão, nome do paciente, leito,
diagnóstico, Kanban, data da Autorização de Internação Hospitalar (AIH), destino e data de saída. A
tabulação dos dados foi realizada em frequência simples e percentual, caracterizando um estudo
estatístico simples. A análise dos dados evidenciou os seguintes resultados: Tempo de permanência - SK I
– 738, SK II – 63 SK III – 80, Verde – 53, Amarelo – 44, Vermelho – 29. Os destinos finais encontrados:
Transferências – 52 AIH – 314, Altas – 489 Óbitos – 30 e Evasão 10. Algumas hipóteses diagnósticas
encontradas: apendicite, colecistite, dor abdominal, lombalgias, cólicas renais, crises hipertensivas,
abscessos, DAOP, cefaleia intensa, obstrução intestinal, complicações pós cirúrgicas. Podemos observar
que na unidade de urgência citada grande parte dos destinos são resolutivos, dado que esta é uma
urgência referenciada em casos de cirurgia, urologia e vascular, com os pacientes sendo regulados
internamente e externamente segundo suas hipóteses e confirmações diagnósticas. O SK auxilia ao
identificar os pacientes de longa permanência que necessitam de uma clínica especializada para que haja
rotatividade na assistência e podendo servir como base de discussão multiprofissional para o cuidado
integral do paciente que se encontra na urgência.
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FEBRE DE ORIGEM OBSCURA: INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA.
TAMYRES STEPHANE FONSECA MARIANO;
MICHELE FERREIRA SILVA DE MOURA;
VICTHOR ARTHUR OLIVEIRA MATOS;
ADIL VALENTE LISBOA;
CAIO SÉRGIO BIANCHI REIS GUIMARÃES;
VIVIAN ARAUJO CABRAL DA SILVA;
CLÁUDIA CORREIA GORINI &
CARLA ANDREA MOREIRA FERREIRA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Febre de Origem Obscura (FOO), aquela maior que 38,3°C (aferição oral em várias ocasiões), com duração
mínima de três semanas e sem diagnóstico após sete dias de investigação hospitalar, subdivide-se em
FOO Clássica, FOO Nosocomial, FOO em imunodeprimidos e neutropênicos, e FOO em pacientes HIV. Seus
principais desencadeadores são infecções, neoplasias sólidas e hematológicas, colagenoses ou de origem
multissistêmica. Apresentamos o caso de um paciente jovem, 16 anos, masculino, com história patológica
pregressa de Cardiopatia Congênita, não especificada, corrigida aos 30 dias de vida, refere episódios febris
noturnos (39°C), associados à sudorese profusa, calafrios, cefaleia holocraniana, turvação visual, vômitos
e mialgia. Teve persistência dos sintomas por mais que 30 dias e iniciou tosse seca noturna, hemoptise e
dor precordial em aperto desencadeada ao repouso, cessando espontaneamente após 30 minutos. Negou
perda ponderal. Ao exame: hiperemia conjuntival e sopro holossistólico, pancardíaco, em Foco Mitral e
Tricúspide, 4+/6+, irradiando para axilas e dorso esquerdo, contaminando demais focos; sopro
protodiastólico, em Foco Aórtico, 5+/6+, irradiando para carótidas, com frêmito. Não há relato prévio de
sopro. Em abdome, Traube ocupado. Presença de adenomegalias inguinais, bilateralmente, móveis,
indolores à palpação, consistência fibroelástica, sem fistulações, sem sinais flogísticos, sem flutuações,
1,5 cm de diâmetro. Exames complementares: Fosfatase Alcalina, Gama GT, VHS, PCR, LDH aumentados,
marcadores ASLO e FR negativos. Ecocardiograma visualizou membrana subaórtica, valva aórtica
bicúspide, Insuficiência aórtica, insuficiência mitral e insuficiência tricúspide leves. ECO transesofágico
não apontou sinais de endocardite nem de coarctação residual. Em ultrassom de abdome total, visualizouse esplenomegalia e rim supranumerário pélvico. A Tomografia Computadorizada apontou linfonodos não
calcificados em projeções axilares e linfonodos retroperitoniais periaórticos à esquerda. Hemoculturas
negativas. PPD não reator e BAAR no escarro negativo em 3 amostras. Mielograma com infiltrado
linfocitário. Não foi possível excluir Linfoma e Doença de Still, excluindo apenas Endocardite Infecciosa
Subaguda, hipótese principal no início da investigação, e Tuberculose Pulmonar e Extrapulmonar. O
paciente aguarda esplenectomia e posterior biópsia do baço, com hipótese principal de linfoma com
infiltração esplênica, já que o mielograma não fechou o diagnóstico.
64
ANÁLISE DO 5º PASSO DA IUBAAM EM UMA USF.
BRUNA NUNES VARGAS;
DAIANA DE MATOS PONTE RAIMUNDO;
ROBERTO BIASI FILHO &
MARGARETH ROSE PEREIRA ALCÂNTARA SALOMÃO
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE PETRÓPOLIS
O 5º Passo da Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação preconiza “orientar as gestantes sobre a
importância de iniciar a amamentação na 1ª hora após o parto.” A amamentação na 1ª hora de vida tem
se mostrado importante estratégia de redução da mortalidade neonatal de 22% em países pobres. Para
aumentar a incidência do aleitamento hospitalar, a duração e garantir o sucesso do aleitamento materno,
redução da mortalidade infantil e estabelecimento do vínculo é fundamental o contato precoce entre mãe
e bebê. O contato pele a pele e a amamentação na sala de parto são recomendáveis se o binômio mãe e
recém nascido estiverem em boas condições clinicas. A pesquisa foi desenvolvida na Unidade de Saúde
da Família (USF) Vila Saúde, credenciada como Unidade Básica Amiga da Amamentação, localizada no
município de Petrópolis – RJ. No município, a amamentação na 1ª hora, segundo dados da Pesquisa de
Prevalência de Aleitamento Materno em municípios brasileiros, foi de 65,4%, abaixo da média nacional
de 67,7%. Objetivo: Avaliar a prevalência da amamentação na 1ª hora de vida (Passo 5 da IUBAAM), nos
recém nascidos (RN) cadastrados na USF Vila Saúde, no período de 1º de janeiro de 2012 a 31 de dezembro
de 2013. Metodologia: Pesquisa observacional, analítica, de coleta documental. Os sujeitos incluídos são
RN cadastrados na USF Vila Saúde, que nasceram em boas condições clinicas no período proposto. Foram
excluídos aqueles com intercorrências no período do parto e os que encontravam-se fora do território. A
coleta de dados foi realizada no período de maio a julho de 2014, através dos prontuários clínicos. Para a
coleta criou-se um formulário contendo as variáveis: nome da mãe e do RN, hospital de nascimento,
intercorrências no período do parto e amamentação na 1ª hora. Os resultados foram tabulados e
analisados pelo Excel® e apresentados em gráficos com frequências absolutas e percentuais por ano de
nascimento. Resultados: Em 2012 foram cadastrados 53 bebês no território da USF. Segundo critérios de
inclusão 58,5% (31) foram incluídos na pesquisa e 41,5% (22) excluídos. A prevalência da amamentação
na 1ª hora foi de 58% entre os RNs. Em 2013 foram cadastrados 38 bebês, incluídos na pesquisa 68,4%
(2) e excluídos 31,6% (12), com prevalência de 50%. Conclusão: Conclui-se que em 2012 e 2013, a
prevalência da amamentação na 1ª hora entre os RNs cadastrados na USF, foi inferior a média obtida pelo
município que por sua vez já estava abaixo da média nacional. É fundamental que a equipe técnica da USF
intensifique a Educação em Saúde, com ênfase no Passo 5 da IUBAAM, para empoderamento das
gestantes do território para está prática visando a proteção do RN. A desativação de 2 maternidades
trouxe queda importante na prevalência. Sugerimos um estudo individualizado dos estabelecimentos
atuais para implementação de políticas internas de resgate da amamentação na 1ª hora de vida,
envolvendo gestores e profissionais da assistência materno infantil.
65
APENDICITE AGUDA NA INFÂNCIA NO HOSPITAL ALCIDES CARNEIRO EM 2015
ANNA LAURA NACIF GARCIA; ADRIANA MARTINS DORNELAS; CECILIA DE ALMEIDA RUAS BITENCURT &
SUSIE ANDRIES NOGUEIRA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Foi realizada a análise de 20 prontuários de pacientes internados na Enfermaria Pediátrica do HAC com
diagnóstico de Apendicite Aguda no período de 01/01/2015 a 18/06/2015, tendo como objetivo geral a
análise clinica e epidemiológica dos casos.
Segundo a análise dos dados, o predomínio ocorreu no sexo masculino, com 70% dos casos. O pico de
incidência ocorreu entre os seis e 11 anos de idade com 45%. Analisado o tempo entre o início dos
sintomas e a realização da cirurgia, 20% realizaram cirurgia em até 24hs, 45% em 24 a 48 hs, 20% em 48
a 72 hs e 15% em tempo superior a 72 hs. Dentre as crianças admitidas, 50% foram submetidas a TC de
abdome, 25% realizaram USG, 20 % realizaram USG e TC abdominal e 5 % nenhum método de imagem.
Todas as crianças realizaram Hemograma Completo antes da cirurgia, sendo que 85% apresentaram
leucocitose. Após a cirurgia foi possível obter o grau da Apendicite de acordo com a descrição do
procedimento cirúrgico feito pela CIPE, onde 55% grau I, 25% grau II, 10 % grau III, 5% grau IV C e 5% grau
V. Analisado a relação entre o grau da apendicite e o tempo do início dos sintomas até a realização da
cirurgia, o grau I-11 crianças, 28% realizaram a cirurgia em menos de 24 hs, 54% em menos de 48 hs, 9%
em até 72 hs, 9% mais que 72 hs; Grau II-5 crianças, 20% em menos de 24 hs, 40% em menos de 48 hs,
20% em até 72 hs, 20% mais que 72 hs; Grau III-2 crianças, 100% em até 72 hs; Grau IV C-1 criança, 100%
em menos de 48 hs; Grau V-1 criança, 100% maior que 72 hs. A média do tempo de internação foi de 7,65
dias, sendo que 65% permaneceram internadas por 4 a 7 dias, 20% 8 a 11 dias, 10% 3 dias e 5% 12 a 15
dias. 5% necessitaram de tratamento em unidade intensiva pediátrica. A relação entre o grau e o tempo
de internação, identificou que o Grau I-11 crianças, 9% permaneceu até 3 dias; 73% 4 a 7 dias; 18% 8 a 11
dias; Grau II-5 crianças, 20% até 3 dias; 40% 4 a 7 dias; 40% 8 a 11 dias; Grau III-2 crianças, 100% 4 a 7
dias; Grau IV C-1 criança, 100% 4 a 7 dias; O Grau V-1 criança, 100% 12 a 15 dias, com internação em
Unidade Intensiva Pediátrica neste mesmo período. Complicações pós cirúrgicas foram encontradas em
10 % dos pacientes. Com relação a antibioticoterapia, 100% receberam tratamento profilático, 95%
permaneceram com o tratamento após a cirurgia. Desses, 85% receberam o esquema ampicilina,
gentamicina e metronidazol e 10% outros esquemas. O tempo de antibióticoterapia estabelecido foi em
45% dos casos de 4 a 7 dias, 25% até 3 dias, 15% 8 a 11 dias, 12% tempo superior a 12 dias. A relação
entre o grau da apendicite e o tempo de antibiótico administrado foi, Grau I-11 crianças, 36% até 3 dias,
45% 4 a 7 dias, 9% 8 a 11 dias; Grau II-5 crianças, 20% até 3 dias, 60% 4 a 7 dias, 20% 8 a 11 dias; Grau III2 crianças, 50% 4 a 7 dias, 50% 8 a 11 dias; Grau IV C-1 criança 4 a 7 dias; Grau V-1 criança 12 a 15 com
internação em UI nesse período.Foi realizada, também, a comparação dos dados obtidos com a literatura
atual.
66
CONTEXTO DO COTIDIANO DOS CUIDADOS HIGIÊNICOS E SEUS EFEITOS SOBRE A ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM.
NATALIA ELISA DUARTE LEAL;
ELIZABETH ANDERSEN &
MARCIA TEREZA LUZ LISBOA
ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (EEAN/UFRJ)
Trata-se de um fragmento da tese sobre as representações sociais (RS) dos cuidados higiênicos. Os
cuidados higiênicos no ambiente hospitalar são atribuídos à equipe de enfermagem. E ainda, esses
cuidados organizam a distribuição das tarefas, determinam formas de comportamento, promovem a
organização do grupo, estabelecem gradientes de status, o que leva a caracterizá-los como objeto de
representação social. Os objetivos foram: descrever como o contexto do cotidiano hospitalar influencia
as RS elaboradas sobre os cuidados higiênicos, e analisar como repercutem sob a assistência. Pesquisa
descritiva de abordagem qualitativa analítica orientada pela Teoria das Representações Sociais1. Sujeitos:
31 membros da equipe de enfermagem. Os dados foram coletados através de observação sistemática
participante e entrevista individual. Os dados provenientes das entrevistas foram analisados através do
software Alceste, e da técnica de análise de conteúdo temático, os dados da observação serviram para
confronto. Através dos resultados foi possível identificar que tanto a falta de insumos e a estrutura
hospitalar deficiente indicam uma contradição entre o valor das práticas higiênicas que referem-se ao
status que ocupa no ambiente hospitalar e um valor que refere-se ao seu caráter expressivo de tudo que
essas práticas representam e possuem como finalidade. Conclui-se que o contexto dos cuidados higiênicos
é marcado pela escassez dos insumos, pela relação entre a divisão técnica e social do trabalho de
enfermagem, e pelos recursos estruturais inadequados, consequentemente pela valorização dos
cuidados. Essas condições presentes no cotidiano do cuidado influencia a forma de executar o cuidado
higiênico que se submete à rotina e normas institucionais. Portanto, a assistência à saúde no cenário
hospitalar necessita passar por uma transformação que traga à tona as questões referentes à
subjetividade e complexidade do sujeito, as necessidades individuais, reconfigurando a lógica da execução
dos cuidados e das relações estabelecidas.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem. Higiene. Psicologia social.
67
DINÂMICA DA HIGIENE DO PACIENTE: O BANHO NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM HOSPITALAR.
NATALIA ELISA DUARTE LEAL;
ELIZABETH ANDERSEN &
MARCIA TEREZA LUZ LISBOA
ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (EEAN/UFRJ)
Trata-se de um fragmento da tese1 sobre as representações sociais (RS) dos cuidados higiênicos. A
pesquisa possuiu como objetivos: Descrever as representações sociais da equipe de enfermagem sobre
os cuidados higiênicos; Analisar a dinâmica dos cuidados higiênicos na assistência de enfermagem
hospitalar. Pesquisa descritiva de abordagem qualitativa analítica orientada pela Teoria das
Representações Sociais2. Sujeitos: 31 membros da equipe de enfermagem. Coleta de dados através de
observação sistemática participante e entrevista individual. Os dados provenientes das entrevistas foram
analisados através do software Alceste, e da técnica de análise de conteúdo temático, os dados da
observação serviram para confronto. Identificou-se que os membros da equipe de enfermagem abordam
um ciclo que se repete a cada novo dia de trabalho e que é retroalimentado, pois é a avaliação positiva
dos esforços para realizar o cuidado que os motivam a reiniciar os cuidados no próximo plantão, e os
motiva a continuar enfrentando as barreiras. Assim, no fenômeno da prática dos cuidados higiênicos, do
banho, aguçam-se os afetos que motivam os membros da equipe de enfermagem, que os impulsam no
seu cotidiano de cuidar e que se manifestam quando falam desta prática, principalmente sobre o
paciente. A luz do exposto, os cuidados higiênicos horas assumem um sentido de cuidado filosoficamente
falando, onde os envolvidos saem imponderados, e horas de tarefa, onde é cumprida uma obrigação de
forma mecanizada e que desconsidera a individualidade do paciente. Assim sendo, os saberes sociais do
grupo social no cenário de unidades de internação de clinica médica, mostram que o trabalho de
enfermagem precisa quebrar o paradigma dominante e buscar fazer valer o seu valor social e profissional.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Higiene; Psicologia social.
68
HIV E A QUESTÃO DE GÊNERO.
ANDRÉ FELIPE DO O ROCHA &
ANA CRISTINA DE LIMA PIMENTEL
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A AIDS foi responsável pela morte de mais de 25 milhões de pessoas ao redor do mundo no período entre
1981 e 2006. No Brasil, na década de 80, a prevalência da doença era de 01 em mulheres para 06 em
homens; entretanto, esse perfil epidemiológico começou a se alterar anos depois. Nesse sentido, mesmo
com os avanços tecnológicos na área da medicina, ainda é válido analisar o impacto dessa doença na
sociedade atual, principalmente em relação às mulheres. OBJETIVOS. Comparar a incidência de AIDS das
populações masculinas e femininas, no estado do Rio de Janeiro, no período de 2003 a 2012. Analisar a
teoria de que a prevalência de HIV na população feminina tem aumentado nos últimos anos.
METODOLOGIA. Essa pesquisa possui caráter observacional descritivo, qualitativo, epidemiológico e
ecológico. A partir de dados retirados do site do departamento de informática do Sistema Único de Saúde
do Brasil (DATASUS), foi feita uma análise da incidência do HIV, das populações descritas, dos anos de
2003 a 2012. RESULTADOS. Observou-se que a prevalência da doença é maior em homens do que em
mulheres em cada um dos anos estudados – com uma média de 44,8 homens portadores de HIV para
cada 100 mil; em comparação a 24,7 mulheres portadoras para cada 100 mil. Em contrapartida, tornouse evidente que a proporcionalidade, entre os sexos, da doença manteve-se a mesma em todo o período
estudado: nos anos em que houve aumento ou redução das incidências, essas ocorreram de maneira
similar em ambos os grupos.
DISCUSSÃO. Com as informações obtidas, percebeu-se que, para ambos os sexos, houve uma pequena
redução dos casos de AIDS, em um período de 10 anos, no Estado do Rio de Janeiro. Com isso, percebese que, de acordo com a bibliografia analisada, a teoria de que “a AIDS apresenta um quadro de incidência
crescente na população feminina” não entra em concordância com os resultados do estudo realizado.
Além disso, é fundamental reconhecer que a questão da vulnerabilidade social feminina – estruturada em
uma lógica machista de submissão, assim como a dificuldade de acesso ao sistema de saúde; escolaridade;
mercado de trabalho – é um fator determinante para os processos de saúde e doença. Por isso, entendese que o HIV se apresenta, também, como uma questão de gênero.
CONCLUSÃO. A AIDS se relaciona diferentemente nos dois gêneros devido a aspectos sociais. Por isso,
apesar do número de homens convivendo com o HIV ser maior, as mulheres encontram-se em uma
situação de vulnerabilidade e necessitam de um olhar diferenciado para a promoção efetiva de saúde. É
importante, também, ressaltar que a pequena redução da incidência de AIDS em mulheres, no grupo
estudado, vai contra o que é descrito na bibliografia. Entretanto, ao comparar com essa incidência em
homens, nas mesmas condições, pode-se perceber, inesperadamente, que os gráficos se comportaram
demasiado similares – sendo necessário um novo estudo para compreender esse fenômeno.
69
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: SURTO POR DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTA).
DÉBORA FERREIRA PALMEIRA DA SILVA;
DÉBORA ALMEIDA NOBRE; LETÍCIA LORANG ROSA;
LUIZ FELIPE BEIRES DA ROCHA LIMA; NÚBIA SANTOS DA CRUZ &
ALESSANDRA SAUAN DO ESPÍRITO SANTO CARDOSO
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A OMS define a doença transmitida por alimento como “uma doença infecciosa ou tóxica causada através
do consumo de alimento ou água” (HOBBS & ROBERT, 1998). As ocorrências por pessoas em maior
número, considera-se surto (AMSON, G. V. et al.2006). Entretanto, um único caso de botulismo ou
envenenamento químico pode ser suficiente para desencadear ações relativas a um surto devido à
gravidade desses agentes (Vigilância Sanitária, 2015). Os sinais e sintomas mais comuns das DTAs são: dor
de estômago, náusea, vômitos, diarreia e febre por período prolongado (AMSON, G. V. et al.2006). Os
manipuladores de alimentos têm importante papel na prevenção das toxinfecções e demais doenças de
origem alimentar (HOBBS & ROBERT, 1998). Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo
determinar a proporção de casos notificados de intoxicação exógena por alimento e bebida por regiões
do Brasil, nos últimos 6 anos (2009 a 2015). MÉTODOS: Utilizou-se como metodologia as base de dados
DATASUS e SINAN, com o intuito de realizar um levantamento epidemiológico com dados secundários de
intoxicação exógena onde o agente tóxico examinado foi alimento e bebida em um período de 6 anos
(2009 à 2015) , ocorridas em todos os estados brasileiros. Utilizou-se, portanto os seguintes indicadores
e variáveis para esse levantamento: Número de casos ocorridos nos estados sob o número total ocorridos
no Brasil; Estados brasileiros; Anos decorrentes. Além disso, utilizou-se para a Investigação
Epidemiológica: Instrumentos como a ficha de investigação; Exame clínico e laboratorial para confirmação
do agravo; Antecedentes epidemiológicos. RESULTADOS: Como principais resultados, evidenciou-se os
dois estados brasileiros que se destacaram apresentando os percentuais de casos notificados mais
elevados. Em 2009 25% dos casos notificados de DTAs ocorreram no estado de Minas Gerais, em 2010
24% dos casos notificados ocorreram ainda no estado de Minas Gerais, 2012 o estado de São Paulo
apresentou o maior percentual de notificações com 24,29%, 2013 esses resultados se elevaram em São
Paulo com 26,49% das notificações, já no primeiro semestre de 2015, São Paulo apresentou 31,73% de
notificações. DISCUSSÃO: Notou-se que quanto aos resultados encontrados, os estados que se destacam
com as maiores porcentagens de casos notificados são Minas Gerais, São Paulo, o que nos faz questionar
se realmente são os estados que apresentam maior prevalência de DTAs ou se são os estados que mais
notificam, já que é conhecido o fato de que alguns casos não são notificados exatamente como afirma
Amson que diz que os alimentos contaminados aparentemente são normais, apresentam odor e sabor
normais e, como o consumidor não está devidamente esclarecido ou consciente dos perigos envolvidos,
não consegue identificar qual alimento poderia estar contaminado em suas últimas refeições. Sendo
assim, torna-se difícil rastrear os alimentos responsáveis pelas toxinfecções ocorridas (AMSON 2006).
70
ATRESIA DE ESÔFAGO- RELATO DE CASO: A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE.
LILIAN PAULA PEREIRA DE ARAÚJO STWILLIAMS;
HANY KELLY A. CRUZ;
SAMANTHA OLIVEIRA. &
CHRISTIENY CHAIPP MOCHDECE.
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A atresia de esófago (AE) é uma má formação congênita, com interrupção da luz do tubo esofágico e
geralmente associada a outras más formações. O complexo de VACTER é o exemplo principal. A suspeita
de AE é feita por polidramnia, coto esofágico proximal dilatado e/ou câmara gástrica diminuída à
ultrassonografia(USG) fetal. No neonato, observa-se sialorréia aerada, tosse, cianose, dispneia, abdome
distendido ou escavado. Na sala de parto, a impossibilidade de progressão da sonda nasogástrica, deve
gerar suspeita e a radiografia(RX) toraco-abdominal com imagem do coto proximal do esôfago dilatado
confirma o diagnóstico. O tratamento é cirúrgico e complicações podem ocorrer no pós-operatório:
deiscência de anastomose (mais grave) e a estenose, a mais frequente. Objetivo: Atentar para o
diagnóstico precoce de patologias, como a AE, que devem ser diagnosticadas em sala de parto.
Descrição: RN, 48 horas de vida, masculino, admitido em UTI neonatal do HAC, com suspeita de sepse
neonatal de foco pulmonar. RN intolerante à dieta, com engasgo, regurgitação, sialorréia espumosa e
desconforto respiratório. Admitido em dieta zero, trazendo RX revelando hipotransparência em ápice do
HTD e leucocitose. Mãe nega intercorrências durante a gestação; sorologias e urinocultura negativas; USG
gestacional normal. Parto cesáreo sem complicações. Ao exame físico, apresentava-se grave, com esforço
respiratório, sialorréia aerada, vômito, tosse, cianose, abdômen distendido e perfusão capilar lentificada.
Solicitado passagem de sonda orogástrica que não progrediu. RX toracoabdominal com contraste oral
apresentou acúmulo de contraste em coto esofágico proximal que diagnosticou AE com fístula. RN
permaneceu 26 dias na UTI, foi abordado cirúrgicamente (anastomose término terminal dos cotos
esofagianos e passagem de sonda transesofágica) e diagnosticada outra malformação, rim em ferradura.
Alta hospitalar após estabilização clínica e evolução da dieta. Após 11 dias, apresentou estenose de
anastomose, realizada dilatação por EDA, e posteriormente gastrostomia com fundoplicatura com boa
evolução. Discussão: O diagnóstico das patologias cirúrgicas do período neonatal, quando não realizado
no pré-natal, deve ser feito ainda em sala de parto, evitando complicações decorrentes do atraso
diagnóstico. O exame físico é a base do diagnóstico precoce. 2% dos RNs apresentam anomalias que
necessitam de correção cirúrgica. A anamnese pré-natal pode revelar fatores de risco, como a história
paterna de dextrocardia e estenose de válvula pulmonar, não investigado. A USG pode trazer sinais de
alerta como oligo/polidramnia. Ao nascer, o RN deve ser examinado e a passagem da sonda nasogástrica
revela patologias como a atresia de coana e AE. No caso, a mesma não foi realizada. O Neonato foi liberado
para alojamento conjunto e com dieta livre o que gerou pneumonia aspirativa. Um pré-natal e assistência
ao parto de qualidade são importantes para diagnóstico e manejo.
71
PROJETO DIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL: "JARDIM DA FELICIDADE"
CAROLINY MORAES SILVA;
TALITA CAROLINE AVELAR DIAS;
JÉSSICA MARIA DA CUNHA NOGUEIRA &
RICARDO BRAGANÇA PINHEIRO TAMMELA.
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Esse trabalho seguiu como um modelo prático de intervenção sócio-humanitária na comunidade Servidão
Marília Quintanilha, localizada em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro.Uniu moradores e
extensionistas da Faculdade de Medicina de Petrópolis, através do empoderamento e da escuta com os
habitantes da região, progredindo para a construção de um compromisso de ajuda mútua dos direitos
reservados para todos cidadãos. 2.OBJETIVO Ultrapassar o simples fato da comunicação entre uma
comunidade e um grupo de extensionistas, expandindo para uma relação de troca com apoio, diálogo e
aquisição de vivência; entendendo o âmbito geral de necessidades citadas e progredindo com
intervenção. 3.METODOLOGIA O principal incomodo, era com uma área considerada de lazer para as
crianças, a beira de um “barranco”, em terra batida, ao céu aberto que em contrapartida possuía uma
paisagem invejável e um poder enorme de união entre diversas famílias da Servidão. Foi montada a
estrutura de um jardim, levadas mudas e batizado como “Jardim da Felicidade”, as crianças iniciaram a
tarefa, escolhendo sua muda para plantar, assumiram também o compromisso de cuidar do jardim, foi
explicado para elas e os responsáveis como isso funcionaria, resultando no comprometimento de todos
para com a ação. 4.RESULTADO A construção inicial foi realizada, observando grande satisfação da
comunidade através de depoimentos colhidos no local. Após aproximadamente uma semana o jardim foi
furtado e o vínculo pré- estabelecido perdido. Restou o desafio da compreensão da dificuldade, e ao
mesmo tempo da importância dos projetos sociais na formação médica. 5.DISCUSSÃO As escolas médicas
têm a grande responsabilidade de capacitar seus alunos por meio de um currículo que abranja os
conhecimentos técnicos necessários, bem como os saberes humanísticos, obedecendo às orientações das
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Medicina. Dessa forma deve-se desenvolver métodos na
graduação médica onde possa aproximar o estudante do conjunto de fatores que forma o paciente como
um indivíduo, principalmente do paciente que está longe da realidade social do médico, como os
moradores das comunidades carentes. É necessário um processo de atenção básico transversal entendido
como um conjunto de princípios e diretrizes de ações que integrem diversos setores, caracterizando uma
construção coletiva e deixando de ser uma simples relação de “queixa-conduta” automatizada. Portanto,
a realização de projetos sociais permite uma visão ampliada do campo, além de fornecer saberes e
práticas que podem fazer com que os estudantes de Medicina não se restrinjam apenas ao conhecimento
técnico ou à ciência, mas também a percepção e o exercício do poder que os incentiva à construção de
projetos de vida, de liberdade e de felicidade, com a viabilização de seus sonhos pessoais e profissionais
por saúde. Permite-lhes melhorar conceitos/valores, como responsabilidade, humildade, respeito,
afetividade, compreensão.
72
PREVALÊNCIA DE ÓBITOS POR CAUSAS EXTERNAS NA POPULAÇÃO NEGRA NO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO NO PERÍODO DE 2010 A 2013.
DOUGLAS FRANÇA RIZZO;
KAREN APARECIDA DOS SANTOS &
MARIA CECILIA MARCOLINO DA SILVA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Entendem-se como causa externa lesões ou agravos à saúde – intencionais ou não – de início súbito e que
tem como fator desencadeante a violência ou outra causa exógena. Neste grupo, incluem se as lesões
provocadas por eventos no transporte, homicídios, agressões, quedas, afogamentos, envenenamentos,
suicídios, queimaduras, lesões por deslizamento ou enchente, e outras ocorrências provocadas por
circunstâncias ambientais (GONSAGA et al., 2012). As causas externas ocupam os primeiros lugares nas
estatísticas de mortalidade nos indivíduos com faixa etária entre 0 e 24 anos (MATOS; MARTINS, 2012). A
Organização Mundial da Saúde estima que, em 2004, cerca de 830.000 crianças abaixo de 18 anos
morreram em decorrência de agravos de saúde não intencionais (WHO, 2008). A população negra
representa 45% da população brasileira e 70% dos usuários do Sistema Único de Saúde e tende a
concentrar-se, em relação à faixa etária, um pouco mais nas faixas mais jovens quando comparada à
população branca. Embora seja apenas uma hipótese, podemos relacionar este fato aos altos índices de
violência enfrentados por este grupo social e a por encontrar maior dificuldade em acessar os serviços de
saúde (BAHIA, 2013; BRASIL, 2013).
Objetivos: Verificar a prevalência dos óbitos por causas externas de acordo com a faixa etária na
população negra entre os anos de 2010 e 2013.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa. O presente estudo foi
realizado por meio de coleta de dados secundários no Departamento de informática do SUS (DATASUS).
Foram utilizados como unidade de análise os óbitos de pessoas negras, provenientes de causas externas,
menores de 1 ano a maiores de 80 anos ocorridos entre o ano de 2010 e 2013.
Resultados: Os principais resultados deste estudo foram extraídos através de tabelas sobre mortalidade
por causas externas do DATASUS. Com esses resultados criaram-se gráficos que ilustram a taxa de
mortalidade por causas externas no período de 2010 a 2013.
Discussão: A prevalência de mortes por causas externas entre a população negra residente no Estado do
Rio de Janeiro no ano de 2013 foi de 0,60. O grupo mais afetado com os agravos são indivíduos na faixa
etária entre 15 e 39 anos, população jovem e economicamente ativa. Isto interfere diretamente na
condição econômica e social dos pais. A população negra é vítima incontestável da violência no país, no
período de 2002 a 2011 a vitimização desta população cresceu de 42,9% para 153,4% (BRASIL, 2013). Um
levantamento realizado por Waiselfisz (2013) evidenciou que a principal causa de morte da população
negra no Brasil, no ano de 2010, foi o homicídio, representando cerca de 25 mil casos, 3,78% a mais que
a população branca.
73
MORTALIDADE MATERNA POR COMPLICAÇÕES NO ABORTO E SUAS POSSÍVEIS RELAÇÕES COM O
ANALFABETISMO.
LINDA PAIVA GONÇALVES DE OLIVEIRA E SILVA;
RODOLFO CAMBRAIA FROTA &
ANA CRISTINA DE LIMA PIMENTEL
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Apesar de se tratar da quinta causa de mortalidade feminina no Brasil, o aborto é um tema negligenciado,
que necessita ser discutido. Independentemente de o aborto induzido ser ou não legalizado, a
probabilidade de uma mulher engravidar de forma indesejada e, por isto, tentar um abortamento, é
praticamente a mesma. Porém, isso causa consequências drásticas ao seu acesso sob condições seguras,
o que também pode estar relacionado às condições socioecômicas das mulheres que o praticam. A
ocorrência de abortos pode não estar relacionada a classes sociais, mas a mortalidade por esse motivo
pode estar, uma vez que mulheres de baixa renda e condição social estão mais vulneráveis ao
abortamento inseguro.
Objetivo: Determinar a taxa de mortalidade materna por complicações no aborto e relacionar com a taxa
de analfabetismo entre mulheres, ambas no período de 2008 a 2012, por região; buscando estabelecer
relação entre mortalidade por aborto e condições socioeconômicas.
Metodologia: Realizamos um estudo coletivo, com dados secundários do DATASUS. Pesquisamos dados
referentes a óbitos maternos por aborto, número de nascidos vivos e números de mulheres analfabetas,
por região, entre 2008 e 2012.
Resultados: A região sudeste apresentou a maior taxa de mortalidade materna por aborto, enquanto a
região sul apresentou a menor. A maior e a menor taxa de analfabetismo foi encontrada na região
nordeste e sudeste, respectivamente.
Discussão: Não foi encontrada relação geral entre mortalidade materna por aborto e analfabetismo, nas
diferentes regiões do país. Um dos possíveis fatores que dificultaram a associação é a ocorrência de
subnotificações, uma vez que, além de ser um tema negligenciado, é também ilegal no país, quando
induzido sem qualquer jurisprudência. Outros autores associam a mortalidade materna em decorrência
do aborto a outros fatores, tais como idade, religião, estado civil, situação financeira e realização do
aborto em condições inseguras. Concluímos que a mortalidade materna por aborto está relacionada com
o processo histórico do país, que contribui tanto para a estigmatização, quanto para a negligência de
determinados temas relacionados à saúde pública. Torna-se necessário, portanto, um debate aberto
sobre o tema, bem como ampliação da abrangência do Sistema Único de Saúde, de modo a promover
efetivamente a vida e a saúde da mulher.
74
POR QUE NÃO POSSO COMER DOCES?
LUÍSA LENS SANTOS; BEATRIZ S. GOMES & ELIANE DANTAS ROCHA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A partir da relevância do tema e da necessidade da orientação continuada de um grupo de pacientes
específicos, elaboramos uma cartilha para orientação de crianças com diabetes mellitus tipo um (DM1),
de 5 a 6 anos de idade. A cartilha, cujo título é POR QUE NÃO POSSO COMER DOCES? Foi criada com o
objetivo de explicar de forma clara e simples (sem o uso da palavra doença) o que ocorre com o organismo
da criança com DM1, as formas de tratamento, a importância da alimentação para seu controle e mostrar
a importância da contribuição da própria criança para sua saúde e bem estar. Com linguagem lúdica e
interativa, a cartilha foi construída com objetivo de orientação da criança, esclarecendo sem estigmatizar.
Apresentada na forma de um "gibi", a cartilha aborda o tema através de diálogos simples (passível de ser
compreendido pela criança) entre a criança, seu médico, sua mãe e a nutricionista. Os desenhos pensados
e criados para ilustrar os diálogos foram contornados em preto, sem preenchimento de cor, para
estimular a brincadeira da pintura. A ideia inicial é que a criança receba a cartilha acompanhada de um
conjunto de lápis de cor, como um brinquedo. Segundo Vigotski, a ludicidade é uma linguagem de
aprendizado e princípio obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso indispensável à
prática educativa. Essa cartilha foi elaborada como parte de um trabalho de conclusão de curso de uma
aluna de Nutrição. O projeto também serviu de cenário para integração com outro curso da área da saúde,
já que os desenhos para ilustrar os diálogos foram criados por uma graduanda do curso de Medicina. Além
disso, a elaboração desse trabalho ainda contou com o apoio de um profissional da área de comunicação
visual que realizou o projeto gráfico e a impressão da versão final da cartilha, sem perder de vista os traços
originais dos desenhos construídos a mão. O resultado final foi um "brinquedo" agradável aos olhos
infantis e com nítido objetivo educativo. A busca de materiais de educação em saúde, relacionados à DM1,
nos mostrou carência da mesma com linguagem direcionada a criança. A maioria deles orienta aos pais,
o que também é necessário. Entretanto a infância é um período de intensas modificações e formação de
hábitos alimentares. Por que não aproveitarmos essa fase? Fazer a criança compreender o que seu
organismo apresenta, e isso por meio de brincadeira, pode ser essencial para que ela contribua
naturalmente para cuidar de sua saúde. Acreditamos que o produto final resultante desse trabalho possa
servir de material para orientação (educação em saúde) de crianças e até dos pais, que muitas vezes não
sabem como abordar o tema com seus filhos. Um convite à orientação por meio de uma atividade lúdica,
e ao mesmo tempo informativa, capaz de contribuir para melhorar o controle da DM1 e assim garantir
um desenvolvimento saudável e qualidade de vida futura.
BRASIL, Ministério da Saúde. Diabetes mellitus. Normas e manuais técnicos. Caderno de Atenção Básica.
Brasília 2013; DE OLIVEIRA, K. M.. Vigotski: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio histórico.
2000.
75
CONHECIMENTO BÁSICO NO CENÁRIO CLÍNICO: RACIOCÍNIO CLÍNICO APLICADO AO COTIDIANO DO
ESTUDANTE DE MEDICINA.
LETICIA MILONI; LETICIA MACACCHERO MOREIRAO;
BRUNO AUGUSTO GUERRA MACIEL; HENRIQUE BOSIO ZEMEL;
VANILA FABER PALMEIRA &
PAULO KLINGELHOEFER DE SÁ
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
Contribuir para a mudança no perfil dos estudantes do primeiro ano do curso de Medicina da Faculdade
de Medicina de Petrópolis quanto ao raciocínio integrado entre ciclo básico e clínico, quando submetidos
a uma dinâmica de ensino integrada e multidisciplinar.
ATIVIDADE REALIZADA: No primeiro semestre de 2015, monitores participantes do projeto (Letícia Miloni
- Anatomia; Letícia Macacchero - Histologia; Bruno Guerra - Fisiologia; Henrique Bosio - Anatomia
Patológica) promoveram a integração dos conteúdos das diferentes disciplinas da grade curricular,
através de didáticas envolvendo teoria/prática de forma ativa com contextualização dos temas, gincanas
simultâneas em laboratórios, além de problematização com situações reais colocadas em discussão.
RESULTADOS: Ao final de cada dinâmica foram preenchidos questionários que buscaram avaliar o
processo didático, onde a metodologia foi avaliada como ótima por 95,3% dos estudantes participantes.
Porém, algumas dificuldades foram encontradas, como: adesão, duração dos encontros e adequação da
metodologia. O resultado encontrado em uma avaliação cognitiva aplicada ao fim do conjunto de
conteúdos possuiu média de 8,87 para os frequentadores de 100% dos encontros, contra 3,48 dos que
não compareceram a nenhum. AVALIAÇÃO: Percebeu-se mudança significativa no perfil dos alunos
durante a dinâmica quanto à habilidade de correlacionar doença, paciente e ambiente, integrando os
conteúdos do ciclo básico e clínico. Apesar disso, a todo tempo faz-se necessário auto avaliações e
adaptações pelos participantes, já que é um processo em desenvolvimento que busca mudar o perfil de
ensino-aprendizagem. Ser médico envolve diversas competências, como conteúdo programático,
habilidades e atitudes. A presente atividade trabalha de maneira diferente das aulas tradicionais, pois
integra conteúdos teóricos/práticos, de forma dinâmica e inovadora. Todo o processo acontece sob
supervisão dos orientadores, envolvendo os monitores que organizam e orquestram a dinâmica com os
alunos do primeiro ano, para os quais a atividade é direcionada.
Essa atividade contribui para a formação de novas competências, uma vez que desenvolve nos alunos
habilidade para compreender os determinantes do processo saúde/doença, através da integração dos
conteúdos programáticos de maneira diferente da abordada nas aulas curriculares. O impacto dessa
dinâmica poderá ser melhor observado no ciclo clínico e vida profissional, já que esses estudantes
conseguirão compreender os pacientes de forma multifatorial, incluindo diagnóstico e tratamento.
BERBEL, N. A. N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências
Sociais e Humanas. Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, 2011.
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GRUPO MENTE SÃ CORPO SÃO - REDUÇÃO DE DANO NO USO ABUSIVO DOS BENZODIAZEPÍNICOS.
RÉGIS RODRIGUES VIEIRA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O uso indiscriminado dos medicamentos ditos controlados,tais como ansiolíticos e antidepressivos
relatados pelos pacientes da Unidade de Atenção Básica Posto Machado Fagundes FMP/FASE nos levou a
criar o Grupo Mente Sã -Corpo São que acontece todas as quintas feiras das 13:30 às 14:30 com a
participação de pacientes pré selecionados..
Funcionamento: Nos primeiros trinta minutos há discussão, em roda, acerca dos temas que mais os
afligem como o que é depressão? O que é tristeza? Estamos medicando condutas humanas? Você toma
algum medicamento não prescrito pelo médico para dormir?
Após a discussão usamos os trinta minutos finais para uma técnica de relaxamento com aplicação da
hipnose clínica. O objetivo do uso das técnicas de relaxamento é empoderar o paciente sobre ser possível
replicar a técnica em sua casa e reduzir o número dos ansiolíticos previamente detectados como sem
indicação. Para isso entregamos um CD ou pendrive com a técnica gravada em áudio para facilitar sua
reprodução.
O mais interessante é que neste horário participam junto das atividades os alunos do primeiro ano de
medicina que frequentam a unidade e interagem ativamente com o grupo. Levá-los à reflexão das boas
práticas não medicamentosas e o confronto com a realidade da Saúde Mental na Atenção Básica que
sabidamente é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo leva o graduando
já no início da sua formação a uma compreensão dessa nova realidade.
O carácter inovador é a interação dos pacientes e estudantes do início da graduação debatendo temas
pertinentes à Saúde Mental e obviamente à Saúde como um todo, pois as implicações são múltiplas no
processo saúde - doença. O uso das técnicas de relaxamento ( hipnose clínica) na atenção básica também
torna a iniciativa pioneira, pois tentamos reduzir danos no uso dos ansiolíticos ao estimular que o
pacientes façam uso das técnicas de relaxamento em vez do medicamento.
O espírito crítico no corpo discente principalmente alunos do primeiro ano que nos acompanham é
imediato. É incomum o médico usar de técnicas alternativas como a hipnose, pois nossa ideia pré
concebida do profissional é aquele que medica. Ao aluno deparar que o médico é muito mais do que
aquele que somente prescreve, que ele pode e deve intervir no processo em sua prevenção e/ou redução
de dano, os levam a mudança de paradigmas em relação à profissão.
FERREIRA, M. V. C. Hipnose na Prática Clínica. São Paulo, Atheneu,2003; FERNANDES, A.L.M.; ALMEIDA,
E.C.; RAIMUNDO, E.F. & SAITO, R.X.S. Integralidade na saúde mental: estratégias e mecanismos de
integração dos diferentes níveis de atenção. In: SAITO.
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“O GRANDE ACIDENTE”: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ATIVIDADE SIMULADA.
BRUNO ANDRADE SILVA; RAYANE ROZALINE DO NASCIMENTO;
CLAUDIA MARTINS DE VASCONCELLOS MIDÃO & PATRÍCIA LEFÈVRE SCHMITZ
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O ensino superior nas profissões da área da saúde vem sofrendo inúmeras modificações conceituais e
metodológicas visando o seu aperfeiçoamento. Uma destas modificações consiste na utilização de
situações simuladas no processo ensino-aprendizagem. "O Grande Acidente” tem por finalidade mostrar
aos ingressantes do curso de medicina e enfermagem a importância de um aprendizado de qualidade na
assistência às vítimas de trauma; evidenciar a importância da prevenção de acidentes; e conscientizar os
ingressantes da graduação sobre as responsabilidade que terão como futuros profissionais, além de
participação em seu processo de formação para que exista uma aprendizagem significativa. O evento
trata-se de uma simulação de um acidente automobilístico envolvendo veículos, além de vários pedestres,
em que membros estudantes de medicina e enfermagem são as “vítimas”, devidamente maquiadas e, os
socorristas, ingressantes dos cursos de medicina e enfermagem que o ocorrido. Vinte vítimas e uma
ambulância estão envolvidas no acidente, além de estarem disponíveis todo o material para o
atendimento pré-hospitalar. O evento, por se tratar de uma simulação realística, despertou a curiosidade
se muitas pessoas que estavam no campus da instituição. Além disso, a adesão por parte dos ingressantes
foi satisfatória, visto que todas as “vítimas” foram prontamente atendidas no início da simulação, havendo
cinco ou seis socorristas para cada acidentado. O evento permitiu que estudantes de medicina e de
enfermagem interagissem entre si, estimulando o trabalho em equipe com o mesmo objetivo, da melhor
maneira possível, mesmo que não dominem a ciência de forma completa. A simulação em questão é um
instrumento valioso para despertar o interesse dos estudantes, visto que as Diretrizes Curriculares dos
cursos de Medicina e Enfermagem reforçam que na Educação em Saúde, o graduando deverá
corresponsabilizar-se pela própria formação inicial, autonomia intelectual e responsabilidade social.
Desconhecemos qualquer atividade simulada realística em que ingressantes dos cursos de medicina e de
enfermagem são acionados para realizarem um socorro em um acidente com múltiplas vítimas, sem
serem comunicados previamente, conferindo um efeito surpresa à atividade, além de não deterem
conhecimentos acadêmicos para agirem em uma situação como a exposta. O que se vê são simulações de
atendimento a múltiplas vítimas cujo objetivo é treinar e avaliar agências especializadas em socorro. As
Diretrizes Curriculares de Medicina e Enfermagem reforçam que o graduando deverá corresponsabilizarse pela própria formação, e aprendizado lhe conferir a competência de assumir o compromisso ético,
humanístico e social com o trabalho multiprofissional em saúde, sendo ambos esses fatores despertados
com a vivência da atividade simulada em questão. A atividade promove, em seus organizadores, uma
experiência de gerenciamento, visto na necessidade de dominar conceitos para aplicá-los. Aprendizagem
ativa na educação em saúde: percurso histórico e aplicações/Diretrizes Curriculares do Curso de
Medicina/Diretrizes Curriculares do Curso de Enfermagem/....
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GRUPO DE VIDA SAUDÁVEL NA PRÁTICA DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA
ALINE APARECIDA GALDINO; TAYLINI PEREIRA RABELLO; LIDIANE MEDELLA ARAÚJO;
ELIANE DA CUNHA QUINAN & ALINE FURTADO DA ROSA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
A Estratégia Saúde da Família (ESF) deve ser trabalhada de forma multiprofissional, a exigência é de
atuação ampla dos profissionais, que devem trabalhar em equipes multiprofissionais, mediante ações
integradas e de forma interdisciplinar. O estudo tem como objetivo relatar a experiência de residentes
multiprofissionais da Atenção Básica com um grupo de usuários de uma ESF localizada na Região Serrana
do Estado do Rio de Janeiro. Os dados deste estudo foram baseados em um diário de campo a partir de
uma metodologia descritiva, contou com a participação de aproximadamente vinte integrantes sem
distinção de sexo e idade foi utilizada a estratégia de Roda de Conversa. Tendo como objetivo discutir
temáticas relacionadas a práticas de qualidade de vida com temas diversificados. No primeiro mês
constatamos a redução do índice de massa corpórea, dos níveis pressóricos e mudanças de hábitos de
vida. No segundo mês alguns usuários se organizaram para a realização de caminhadas periódicas,
estimulando a socialização dos participantes. Os residentes organizaram um passeio, para o Rio de Janeiro
promovendo a saúde por meio do lazer e a cultura. Concluímos que a realização do grupo contribuiu para
mudanças de hábitos de vida, com impacto perceptivo na saúde dos participantes. A presença dos
residentes multiprofissionais e a integração no grupo de educação em saúde possibilitaram uma ampla
abordagem das temáticas solicitadas. O estudo destaca a importância da atuação multiprofissional em
saúde nos processos educativos atuando nas ações de promoção, prevenção e reabilitação em conjunto
com outros profissionais, implicando no fortalecimento do vínculo da ESF com a comunidade.
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PLANO DE COMBATE AOS CASOS DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA NA POPULAÇÃO ENTRE 15 E 29 ANOS NA
CIDADE DE TAPARUBA MG.
DANIEL DE SOUSA RODRIGUES;
JULIANA FERNANDES DE ANDRADE;
RAUL GUILHERME AZEVEDO MACEDO &
ROBERTO EDUARDO GOMES CASELLA AVERSA
FACULDADE ARTHUR SÁ EARP NETO / FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS
O programa proposto visa a intervenção em pontos chaves, considerados pela equipe como causais para
a situação enfrentada e abordagem à população de risco. Além disso, conta com um esquema para
enfrentamento da situação já instalada e casos de franca dependência. São ações de longo prazo que
requerem dedicação e extensos recursos, mas corrigem a base da questão, quebrando a perpetuação do
problema.
A criação de grupos de apoio aos usuários de drogas, assim como a garantia de um acompanhamento
individual intenso a esses pacientes é uma das metas estabelecidas pelo programa. O atendimento deve
contar sempre com profissionais de várias formações como, médicos, enfermeiros, psicólogos,
farmacêuticos e assistentes sociais, já disponíveis na equipe de PSF. Além de acompanhar os já doentes,
os profissionais de saúde devem promover palestras explicativas e programas de prevenção junto às
escolas, igrejas e demais grupos sociais da cidade. Utilizar a informação na prevenção de novos casos e na
captação dos já existentes é um passo chave no combate a esse problema. A abordagem deste setor prevê
como resultados a promoção da saúde individual e familiar, a melhoria dos índices de saúde, prevenção
de novos casos e combate à reincidências. A dependência química entre jovens é um problema enraizado
na cultura da cidade. Intervir nessa questão é de suma importância e urgência, pois as consequências do
abuso de drogas compromete toda uma geração e o futuro do município. O trabalho torna-se inovador,
pois aborda um tema nunca antes trabalhado no município, levantando os principais “nós críticos” da
problemática apontando soluções factíveis a cada um deles. A origem do trabalho se deu através da
percepção de um problema comum à comunidade. A partir daí elaboramos um plano de ação na tentativa
de corrigir as graves falhas que atuam na gênese da problemática a ser trabalhada. Permitiu a melhor
capacitação dos profissionais envolvidos e a difusão do conhecimento para população alvo. Trata-se de
um projeto dinâmico e vivo que atua em metas futuras visando resultados duradouros a longo prazo.
PECHANSKY, et al. Uso de álcool entre adolescentes: conceitos, características epidemiológicas e fatores
etiopatogênicos. Revista Brasileira de Psiquiatria, vol.26 supl.1 São Paulo, Maio 2004.

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