Agricultura no Vale do nilo e Inca

Transcrição

Agricultura no Vale do nilo e Inca
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Agricultura no vale do rio Nilo e na civilização Inca
Magnus De Souza1
Introdução
A agricultura é a arte ou processo de usar o solo com o objetivo de cultivar
plantas para o fornecimento de alimentos e matéria-prima para outros fins. A sua prática
muito provavelmente teve início há aproximadamente 12 mil anos, com povos da préhistória, período neolítico, os quais passaram a enterrar sementes dos frutos que
coletavam, a fim de produzir o alimento.
Com esse trabalho, possibilitou uma maior
oferta e regularidade no fornecimento de alimentos, não sendo mais necessária as
freqüentes e arriscadas buscas.
Apesar de algumas contradições sobre o local que primeiramente foi praticada a
agricultura, admite-se que ela tenha surgido independentemente em diferentes lugares,
como no vale do rio Nilo, Mesopotâmia e na região da América Central com a
civilização Inca. Desta maneira, caracterizando o primeiro período de transição no
sistema de obtenção de alimentos da humanidade, a qual passou a viver de maneira mais
aglomerada e voltada para o consumo.
Na primeira parte do trabalho, é possível verificar o surgimento e a evolução da
agricultura no vale do rio Nilo, uma região desértica, mas com características
peculiares, favorecendo o cultivo através das inundações anuais do vale em torno do rio.
Com a adubação do solo através dos sedimentos trazidos pela água, foi possível garantir
o alimento e favorecer a evolução das primeiras sociedades.
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Professor de geografia e história, mestre em Desenvolvimento pela Universidade do Noroeste do Estado
do Rio Grande do Sul (Unijuí).
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Será possível perceber que usando esta técnica, várias gerações obtiveram o
sustento e até passaram a comercializar excedentes. Mas foi com as mudanças no meio
ambiente, interferindo no sistema natural do Rio, que surgiram as principais mudanças
na agricultura local, necessitando de novas culturas e meios para produzir.
No segundo capítulo está sendo enfocado o desenvolvimento da agricultura em
outra região da Terra. Não menos importante que no vale do Nilo, os Incas praticaram
na América Central uma agricultura com padrão de desenvolvimento muito avançado
para a época, trabalhando o solo e administrando a sociedade a fim de garantir a
sustentabilidade através do trabalho no campo.
A variedade das culturas e as técnicas usadas pelos Incas surpreendem os
investigadores históricos até hoje. É possível perceber técnicas que vão desde a
adubação do solo, passando pela irrigação até o armazenamento em silos comunitários,
garantindo assim uma distribuição homogênea durante todo o ano e entre toda a
população, evitando períodos de escassez entre as safras.
Finalizando, o destaque é para a extinção da agricultura Inca, motivada pela
disputa de poder entre a família imperial e principalmente com a chegada dos europeus.
O golpe final na cultura local e no seu desenvolvimento econômico baseado na
agricultura, vêm com a busca do ouro e da prata pelos espanhóis, destruindo não
somente vidas, mas sim séculos de evolução de um povo que ficou na história.
Agricultura no vale do Nilo
Formado pela confluência de três outros rios, o Nilo Branco, Nilo Azul e Atbara,
o Nilo esta localizado na região nordeste do continente africano, tendo sua nascente ao
sul da linha do equador e desaguando no mar Mediterrâneo. Sua bacia ocupa uma área
de 3.349.000 Km, abrangendo o Uganda, Tanzânia, Ruanda, Quênia, República
Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia e Egito. Desde a sua nascente mais
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distante até chegar ao Mar, o Nilo possui uma extenção de 6.650 km, sendo o segundo
maior rio do mundo, perdendo somente para o Amazonas.
Em alguns livros é possível encontrar referências a palavra Nilo relacionada com
a raíz semítica “nahal”, que significa vale. Já em árabe e hebraico, rio é entendido como
nahrun e nehar/neharot respectivamente. Mas independente das incertezas, a palavra
Nilo deriva do latin Nilus, que por sua vez deriva do grego Neilos. E os antigos
Egípcios chamavam Nilo Aur ou Ar, significando negro, uma característica da terra de
cor escura trazida pelo rio durante as suas cheias, as quais ocorrem anualmente entre
julho e outubro.
Esta é uma das regiões que a maioria dos historiadores acreditam que nasceu a
agriculta no planeta a cerca de 12 mil anos antes da atualidade, período Neolítico. Em
razão das chuvas tropicas na nascente do Rio, o humos trazido pelas enchentes torna o
solo desta região arenosa excelente para a agricultura. Onde por milhares de séculos a
população aprendeu a conviver com as regulares enchentes, edificando suas casas e
celeiros nas regiões mais altas e construindo diques e drenos a fim de aproveitar melhor
o solo.
A frase do historiador grego Heródoto “O Egito é uma dádiva do Nilo”, explica
que o regime de cheias do Nilo possibilitou um grande desenvolvimento da civilização
egípcia, isso por garantir o alimento para as pessoas e para a criação de animais. Por tal
motivo, é creditado incentivo ao desenvolvimento de técnicas de aprimoramento dos
cultivos, dos instrumentos usados para preparo do solo e armazenamento da produção
de cereais.
As culturas de aluvião (depósito sedimentar) eram plantadas após a água voltar
ao leito do Nilo e colhidas na primavera. Entre as culturas mais usadas estava o trigo,
cevada, milho, ervilha e lentilha. Outras culturas foram introduzidas mais tarde em áreas
mais afastadas, devido ao um sistema de diques que controlava a vazão da água em
épocas de pouca chuva ou facilitava a dispersão da água quando o volume era muito
alto.
O trabalho praticado pela classe campesina era feito em locais concedidos pelo
Estado, sendo obrigados a pagar altos tributos a fim de manter as necessidades do faraó
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e financiar as obras públicas. A principal obra da época era a manutenção dos canais de
irrigação para expandir a área cultivável com novas culturas, surgindo também a canade-açúcar.
Sob a dependência de uma produção cada vez mais rentável foi que surgiram as
primeiras vilas e cidades na região do vale do rio Nilo, produzindo excedentes agrícolas.
Foi a partir desta época que nasceu a organização política e econômica dos povos locais,
onde pela localização estratégica era possível atingir outras regiões, levando os
excedentes para a comercialização, aproveitando outro potencial do Nilo, a navegação.
A capital do Egito, Cairo, as margens do frondoso Nilo, pode ser considerada
um símbolo da evolução e desenvolvimento da economia. Através dos impostos
cobrados sobre o comércio dos produtos agrícolas, formou-se uma grandiosa cidade,
munida de muito luxo e requinte. Na capital encontra-se boa parte dos antigos
agricultores ou seus descendentes, que abandonaram o campo para tentar a vida
assalariada no meio urbano.
O trabalho braçal era uma das características da região, mas não raro era usada a
força de animais como bois e burros para rovolver o solo e carregar a produção. Entre
os instrumentos de trabalho era frequente o uso de arados, foices, cestos e semeadeiras.
Também existia uma espécie de debulhadeira de grãos, armação de madeira com dentes
de madeira ou pedra. O armazenamento era em silos cilindricos feitos de terra batida ou
esteiras confeccionadas com fibra vegetal.
Sob esse sistema de trabalho milenar, suscederam-se várias gerações de dinastias
e suditos no Egito e em todo o vale do Nilo. Com o passar do tempo, a conquista de
novos territórios pelas grandes navegações, contribui para a o surgimento de outros
centros produtivos, usando novas técnicas de cultivo, não dependendo da fertilização do
solo por enchentes.
As transformações ocorridas no cenário agrícola mundial no final do século
XIX e XX, não atingiram somente as civilizações ocidentais ou européias, mas também,
veio moldar novos métodos de trabalho e de administração na região agrícola mais
antiga que se conhece. Entre as mudanças ocorridas, esta a interferência no meio
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natural, drenagens e construções de diques de contenção da água, transformando as
características do vale do Nilo.
A represa de Assuã, a quarta de uma série que foram sendo construidas desde
1902, quebrou o ciclo de cheias e vasantes do Rio, tirando a fertilidade do solo, haja
vista que, não era mais possível a acumulação de humos e sedimentos no vale. Com
isso, obrigou a implantação de novas culturas na região, como o cultivo de frutas
tropicais.
Com a remodelação dos trabalhos agrícolas, obteve-se até um acréscimo sensível
nos resultados das lavouras as margens das represas, em outras regiões originou-se
problemas sérios. Em consequência do não depósito de limo, perdeu-se a fertilidade do
solo, sendo necessário o uso de fertilizantes químicos, os quais nunca antes tinham sido
uzados e que não atingem os mesmos resultados do que a fertilização natural, feita
através do depósito de sedimentos.
Ao estar atrelado ao sistema de plantiu e manuseio moderno, o nativo do vale do
rio Nilo perdeu suas características originais. Não podendo mais contar com as cheias e
sua fertilização natural, os agricultores passaram a serem dominados pelo grande
capital, o que acontece em outras regiões, com um diferencial menos gritante, nesta
região a agricultura altamente mecanizada não oferece perigo, mas esta cada vez mais
difícil a manutenção do modelo de agricultura secular.
Desenvolvimento da agricultura Inca
Originalmente os Incas habitavam a região dos Andes, na Bolívia, a uma altitude
de 3.800 metros. Até o século XII, os Incas eram inespressivos como mais uma das
diversas tribos indígenas da região da América do Sul. Motivados pelas constantes
invasões de suas terras, migraram para o inóspito vale do Cuzco, uma depressão da
cordilheira andina.
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No novo local, os Incas em pouco tempo se tornaram a mais importante tribo,
possuindo um exército muito bem organizado, assim conquistando novas terras e
subordinando os seus inimigos. Desta maneira, através de um aparato administrativo
organizado, em meio a uma região montanhosa, teve início o desenvolvimento do
grandioso Império Inca.
Para manter uma numerosa população, necessitava-se também de uma produção
variada e desenvolvida. Estima-se que no apogeu da civilização Inca, cerca de 1.400, a
agricultura estava espalhada por todo o Império, desde a Colômbia até o Chile, com o
cultivo de grãos na planície litorânea do Pacífico, passando pelos altiplanos andinos e
adentrando na planície amazônica oriental. Também calcula-se que cultivavam cerca de
setecentas espécies vegetais. Recebendo os méritos do sucesso agrícola, a existência de
estradas e trilhas que possibilitavam uma boa distribuição das colheitas na vasta região.
As principais culturas eram para a alimentação humana, como batata, milho,
pimenta, amendoim, tomate, mandioca e um grão conhecido como o quinua. Além
destes, obtinha destaque o cultivo de algodão, a fim de servir de matéria-prima para a
confecção das roupas, as quais necessitavam ser resistentes ao frio característico na
maior parte do ano.
O plantio era feito em terraços usando uma adiantada técnica das curvas de
nível, sendo os primeiros nas américas a usar sistema de irrigação. Os Incas usavam
varas afiadas e arados para revolver o solo, tendo a lhama para transporte das colheitas,
embora tais animais fornecessem também lã para fazer tecidos, mantas, cordas, couro e
carne.
Ervas aromáticas e medicinais também eram plantadas e as folhas de coca, eram
reservadas para a elite. Toda a produção agrícola era fiscalizada pelos funcionários do
império, os quais garantiam as três ordens dos trabalhos agrícolas: em benefício do Inca
(imperador) e da família real; à subsistência da família, realizados no pedaço de terra
que lhe cabia e no seio da comunidade aldeã e para responder às necessidades dos mais
desfavorecidos.
Apesar de viver em uma época e em uma região abundante em alimentos, os
Incas tinham a preocupação de manter a regularidade na produção de alimentos. Para
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além das terras coletivas, existia reservas destinadas a minimizar as carências em épocas
de racionamento ou para serem usadas no momento em que a aldeia era visitada por
uma delegação da nobreza. Além das reservas estratégicas, cada membro da
comunidade tinha o dever de colaborar nos trabalhos coletivos, entre eles a manutenção
de canais de irrigação e reforma das estradas.
Percebendo a importância da agricultura, de aumentar a produtividade e a
qualidade dos produtos, os Incas desenvolveram uma espécie de fertilização natural do
solo. Um dos métodos utilizados era a construção de murros em volta das áreas
cultivadas a fim de manter a matéria orgância no local. Outra técnica era enterrar junto
com as sementes pequenos peixes, como sardinhas, onde a decomposição contribuiria
para o desenvolvimento da planta.
Para suprir a falta de tração animal, principalmente de bovinos para lavrar a
terra, era utilizado uma espécie de arrado puchado por humanos. Tendo uma lâmina
pontiaguda de metal ou pedra, a qual era introduzida no solo a fim de retirar ervas
daninhas e facilitar o plantio. Tal mecaniso também facilitava o trabalho que na sua
grande maioria era dificultoso, devido as ingrimes ladeiras, característica principal da
região.
A técnica de cultivar em terraços, ajudava no combate a erosão, haja vista que o
solo perdia a fertilidade se não existisse um meio para evitar as enchurradas. Para
cultivar ervas medicinais e arromaticas, era feito um trabalho semelhante ao plantiu
direto, integrado a vegetação nativa as plantas que serviriam para produzir remédios e
perfumes. Além do mais, a preocupação com a rotatividade de culturas era uma
constante.
O sistema de canais de irrigação, levando água através da queda de nível,
possibilitava a formação de um ambiente favorável ao desenvolvimento da maioria das
espécies vegetais, podendo controlar a época de plantiu e colheita, tendo maior
agilidade e qualidade na produção. A construção de lagoas, além de servir para guardar
água para a irrigação, tinha papel importante na sobrevivência dos animais domésticos,
como as lhamas e algumas espécies de aves.
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Os povos Incas não usavam dinheiro nas suas negociações, eles faziam trocas,
nas quais mercadorias eram trocadas por outras. O trabalho de terceiros era compensado
com mercadorias e comida, de acordo com o serviço prestado e com a necessidade do
trabalhador. Serviam como moedas sementes de cacau e conchas coloridas, os quais
eram considerados de grande valor.
O lugar de trabalho e o tipo de função que cada subordinado deveria ter era
incumbido pelos representantes do império. Depois da adaptação e de dar sequência as
regras, tais serviçais eram bem vistos pelos dominadores, sendo protegidos e
representados. Já os inválidos de exercer alguma função agrícola deveriam ser
auxiliados a promover a sua subsistência através de trabalhos diferenciados.
Em feiras organizadas nos centros das vilas, a população podia vender o
excedente da produção em troca de utencílios para a agricultura ou artefatos de
cerâmica. Além da troca de mercadorias, o excedente da produção de grãos era
armazenado em celeiros públicos, sendo utilizados em épocas de crise e para fornecer
sementes para a plantação seguinte, sendo este método muito aperfeiçoado para a época.
O fim da avançada agricultura Inca ocorreu depois do enfraquecimento do
Império e da chegada dos espanhóis. Após um período de guerras internas entre
membros da nobreza, a fim de obter o comando administrativo, os súditos ficaram
desmotivados e desorganizados, deixando o cultivo de lado. E após a chegada dos
colonizadores sob o comando de Francisco Pizarro na década de 1.530, a organização
Inca recebeu o golpe final. Na sequência das lutas pelo domínio do território, os
europeus tinham olhos somente para o ouro e a prata da região, não demonstrando o
mínimo interesse pela produção no campo.
Com a quase extinção dos Incas e com o esgotamento dos recursos minerais, a
região ficou quase que desértica, a não ser pela fundação de novas cidades como Lima.
Com o fluxo de migrações de povos brancos europeus, as características culturais e
econômicas mudaram drasticamente, principalmente com a implantação do catolicismo
e da urbanização das cidades. Restando poucas tribos com as características originais
nas regiões mais distantes.
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Considerações finais
Ao analisar o surgimento e evolução da agricultura nessas duas regiões,
primeiramente se faz necessário relacionar a atividade agricola com o processo de
evolução da humanidade. Os povos primitivos somente conseguiriam sobreviver e
evoluir porque descobriram a arte de cultivar alimentos, do contrário a sobrevivência na
Terra era muito custoso, levando muitos individuos a morte pela fome ou na ariscada
busca por alimentos.
Sobre a agricultura no vale do Nilo, é notável o sábio aproveitamento dos
recursos naturais, onde através de experiências próprias, os nativos conseguiram
perceber que era possível cultivar o solo estremamente arenoso utilizando-se da matéria
orgânica acumulada após as enchentes. Outro fator admirável foi a percepção de
edificar as casas em locais mais afastados, deixando o vale para o cultivo.
O que aconteceu com a agricultura as margens do Nilo foi levada pela
intervenção do meio natural. O rio que anualemte depozitava os nutrientes necessários
para a terra poder produzir, foi represado, tirando sua característica e capacidade
exclusiva. Não tendo mais a fertilidade no solo, a agricultura entrou em crise, mudando
a paisagem da região, levando muitos a migrar para as cidades ou obrigando os que
ficaram a trocar de atividade.
A tentativa de implantação de novas culturas como as frutas tropicais e a
adubação química não colaboram para a continuidade do processo de produção. Isso
ocorreu porque o nativo não estava acostumado a mudanças, aja vista que, tinha
praticado o mesmo trabalho durante séculos com resultados satisfatório. O outro motivo
é que aquele solo somente é produtivo com aquela fertilização natural, não
proporcionando a fertilização artificial.
No caso da civilização Inca, a agricultura surgiu também como forma de
sobrevivência, a necessidade de alimentar uma população que estava em crescente fez
com que passasem a cultivar ao contrário de coletar ou caçar. Sua inegável sabedoria,
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tanto em conhecimentos agrícolas quanto de administração fez com que formassem um
grande império, muito avançado para a época.
Sob um rígido comando foi possível superar todas as adversidades de relevo,
solo e clima, introduzindo culturas como a do milho e algodão, algo muito a frente de
sua época. Outro ítem que chama a atenção era o sistema de reservas estratégicas, o que
foi desenvolvido em outras regiões, caso do Brasil, somente séculos mais tarde e que
ainda não conseguiu sanar os problemas de distribuição de alimentos.
Se podemos caracterizar a nossa agricultura atual como evoluída, possuindo
diversos mecanismos para produzir sementes, plantar e colher, temos como base,
exemplos europeus trazidos pelos colonizadores, mas talvez, se tivessemos dado
continuidade ao que já vinha sendo feito pelos nativos das Américas, estaríamos muito a
frente, principalmente no quesito social, sem que tanta gente passasse fome.
A ganância pela riqueza mineral fez com que a agricultura na América do Sul
voltasse a ser destaque depois de alguns séculos de colonização, depois de um período
de abandono e desleixo, somente obtendo atenção após o esgotamento do ouro e da
prata. O novo modelo de agricultura surgiu como alavanca para uma nova economia
voltada para a exportação, enquanto a força de trabalho, os escravos e as famílias mais
humildes passavam fome.
A referência que nós, sul-americanos somos somente fornecedores de produtos
terciários de baixíssima tecnologia, com pouco valor agregado e que dificilmente
chegaremos ao desenvolvimento social e econômico pleno, vem da base, de onde
saímos e pouco evoluímos. Se não mudar o conceito existente de agricultura, voltandose para o trabalho familiar, dificilmente a fome e o desemprego serão sanados.
Um bom exemplo seria voltar as origens, ver o que os Incas e os Egípcios do
vale do Nilo faziam, integrando a natureza com a agricultura e o social com o
econômico, onde todos eram vencedores, meio ambiente e sociedade. No caso da não
mudança, a expectativa de um futuro valoroso é incerto, sendo previsto percalços
econômicos e sociais.
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Referências
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História geral. São Paulo: Ática, 2006.
MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas do mundo. Do
neolítico à crise contemporânea. Lisboa, Instituto Piaget, 2001.
SCHMIDT, Mario. Nova história crítica. São Paulo: Nova Geração, 1999.
VICENTINO, Cláudio. Viver a história: ensino fundamental. São Paulo: Scipione,
2002.

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