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O Macrolepiota procera, vulgarmente conhecido entre outros nomes vulgares por frade,
gasalho, marifusa, o da calcinha, púcara, roca, tortulho, é o cogumelo silvestre comestível mais
apanhado e consumido na região e no país.
Esta espécie faz, com muita frequência, parte da dieta alimentar de uma grande parte da
população rural.
Por razões de desconhecimento e de receio, a nível familiar a apanha e o consumo, restringese muitas vezes apenas a esta espécie, baseados num
princípio de que é fácil a sua identificação pelas
características do chapéu e pela existência de um anel,
concluindo
daí,
de
forma
precipitada,
não
haver
possibilidades de confusão com outros cogumelos.
Foram no entanto recolhidos muitos relatos de casos
de intoxicação, alguns dos quais mortais - o mais recente
ocorreu na localidade da Torre, da freguesia do Sabugal, por
Macrolepiota procera
pressuposta ingestão de Macrolepiota procera, quando de
tal não se tratava.
Os testemunhos directos ou por terceira pessoa apontam para a ingestão de Macrolepiota
venenata, uma espécie semelhante nalgumas características às do Macrolepiota procera.
Ultimamente, fruto da observação de anos com Outonos mais quentes, tem-se notado, o
aparecimento com alguma frequência de exemplares Macrolepiota venenata. No entanto esta
espécie, recentemente identificada, está ainda pouco estudada, sendo a informação produzida
escassa e pouco divulgada.
A pouca atenção dada às características macroscópicas na identificação do Macrolepiota
procera, o desconhecimento da generalidade das pessoas sobre a existência de uma espécie não
comestível, muito semelhante, assim como a manutenção do uso do alho e de objectos em prata
como método vulgar de confirmação da comestibilidade dos cogumelos, tem conduzido à ingestão
esporádica de Macrolepiota venenata e provocado intoxicações que foram do simples mau estar, às
consequência mais graves, por falta de assistência atempada.
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SEDE: Rua Amato Lusitano, Lote 3
6000-150 CASTELO BRANCO
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Numa altura em que cresce a pressão da colheita e num tempo em que se notam mudanças no
clima favoráveis ao aumento das populações de Macrolepiota venenata, tratando-se de uma questão
de saúde publica, para evitar potenciais intoxicações, afigura-se premente alertar e dar a conhecer
de forma alargada, a existência desta espécie semelhante e os riscos que derivam do seu consumo.
Resumida e comparativamente ao Macrolepiota procera, o Macrolepiota venenata, espécie
tóxica a rejeitar, tem uma forma atarracada (o chapéu pode
apresentar dimensões semelhantes ao frade mas o pé é mais
pequeno); o chapéu, inicialmente globoso, não tem mamilo
central; a cutícula rompe-se mais radialmente e as escamas
são maiores e menos uniformes; as lâminas avermelham ao
toque; o pé é liso e o bolbo do pé é marginado; o anel é
pouco ou nada móvel, mais simples e central; e toda a carne
avermelha ao corte.
Macrolepiota venenata
Para conhecimento mais aprofundado deve ser
consultado o documento de divulgação disponível no portal da DRAPC http://www.drapc.minagricultura.pt/base/documentos/mproceravenenatafinal.pdf , onde são enunciados alguns cuidados a
ter na apanha, conservação e consumo do Macrolepiota procera, assim como apresentadas e
comentadas com inclusão de fotografias, as características distintas das duas espécies passíveis de
confusão.
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