Prêmio Empreendedor 2009

Transcrição

Prêmio Empreendedor 2009
CORREIO LAGEANO
Serra Catarinense, 1º de dezembro de 2010
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
2
Editorial
Índice
6
Isabel Baggio
Diretora do Correio Lageano
Alimentos e bebidas
H
á doze anos o Correio Lageano homenageia
os empreendedores da Serra Catarinense.
São homens e mulheres que com coragem
trabalharam duro, arriscaram, trouxeram ideias
novas, desafiaram as dificuldades. Com certeza,
essas empresas são merecedoras do Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio, pois, com seu
trabalho, persistência e determinação, participam do
desenvolvimento da região e de Santa Catarina. E o
Prêmio José Paschoal Baggio foi criado, justamente
para dar o reconhecimento a essas pessoas.
A realização do Prêmio Empreendedor durante
todos esses anos nos leva a refletir sobre várias situações, mas, de forma especial, sobre a economia
da Serra Catarinense e, fazendo essa análise, fica
evidente que houve mudanças significativas na base
econômica que era essencialmente madeireira e hoje
se mostra bastante diversificada. Esse fenômeno está
claro se observarmos a oscilação das empresas que
recebem o prêmio a cada ano. Exemplo disso, são
aquelas que foram premiadas nas primeiras edições
e não resistiram às dificuldades, deixaram de existir
ou simplesmente saíram da região; outras persistiram, ficaram mais fortes, cresceram e tornaram-se
sólidas; mas, o que desperta a satisfação e o encantamento de quem torce pelo sucesso de Lages e da região são as empresas que souberam aproveitar oportunidades, enxergaram possibilidades onde outros
não viram nada e transformaram-se em grandes
potências, levando o nome da Serra Catarinense por
diferentes cantos do mundo e fazendo parte ativa do
fenômeno da globalização.
No entanto, uma das principais observações que
podemos fazer é o fato de que os empresários, assim
como a sociedade, têm amadurecido e cada vez mais
percebem a necessidade de unir forças para que nossa região volte a ser forte e competitiva no cenário
econômico catarinense. E essa tem sido, também,
uma bandeira do Correio Lageano, ao longo dos seus
71 anos de existência.
Neste ano, em especial, para falarmos sobre desenvolvimento, não podemos deixar de destacar que
as esperanças se redobram para a Serra Catarinense,
já que teremos um governador aqui dessa terra e
torcemos para que ele olhe de forma muito especial
para nós. Foi com o apoio do empresariado local,
assim como de outros segmentos da sociedade, que
Raimundo Colombo chegou ao Governo do Estado
de Santa Catarina e, a partir de 1º de janeiro de
2011, somos todos nós, novamente, que teremos que
nos unir para ajudá-lo a governar com proficiência
o nosso Estado, indicando as nossas necessidades,
fazendo cada um a sua parte, trabalhando para gerar
emprego e renda, mas, principalmente, cobrando
ações efetivas pelo desenvolvimento sustentável.
E é com esse espírito de renovação, de início de
uma nova jornada e de comprometimento com a sociedade da Serra Catarinense, que o Correio Lageano
homenageia os empresários que dão a sua contribuição e sabem fazer a ­diferença.
CORREIO LAGEANO
www.clmais.com.br
(49) 3221-3300
Coronel Córdova, 84
Centro - 88502-000
Lages - SC
6
7
11
13
15
16
18
19
22
23
Ambev
Aviário Moraes
BRF - Brasil Foods
Cooperplan
Cooperserra
Copercampos
Frutícola Ipê
Hiragami
Malke
Moinho do Nordeste
Moinho Vacaria
Pomesul Frutas
Sanjo
Tyson
Vossko do Brasil
25
26
27
28
30
Alpha Comercial (Lafi)
American Oil
Berlanda
Havan
Obradec Revestimentos
Oi
Pittol Calçados
31
31
32
34
35
Boa Esperança
Gateados
JJ Thomazi
Kimberly-Clark
Klabin
46 Madepar
Nereu Rodrigues
47 Polpa de Madeira
WF Madeiras
49
49 GTS do Brasil
50 Industrial EWM
Mill Indústria de Serras
51 Minusa
54
Energia e mineração
54
55
Supermercados
41
42
43
Comércio e serviços
Madeira, papel,
celulose e florestal
Metal-mecânico
25
41
Alvorada
Angeloni
Bistek
Martendal
Mezzalira
Myatã
Avanex
Celesc
57 Tractebel
58
Transporte e logística
58
Binotto
59 Zappellini
37
61
37
38
39
61
62
Veículos e autopeças
Disauto
Le Monde
Superauto
Translages
Destaques
Albras
Casa do Marceneiro
Credicomin
63 Le Santé
SCGÁS
O Jornal da Serra Catarinense
Diretora Geral Isabel Baggio Diretora Executiva Eliete Santana
3
Central
Comercial
Redação
Editor Chefe Mauro Martinelli Maciel
(49) 3221-3300 [email protected]
(49) 3221-3322 [email protected]
(49) 3221-3344 [email protected]
Assinaturas
Classificados
(49) 3251-8200 [email protected]
(49) 3221-3333 [email protected]
Prêmio Empreendedor 2010
Textos E FOTOS Luiz Augusto Del Moura, Cláudia Pavão
Revisão Gislaine Couto
72340
4
80502
80189
5
alimentos e bebidas
80493
destes, mais de 500 na unidade lageana.
Em Santa Catarina, Ambev possui ainda três centros de distribuição direta
(CDDs) nos municípios de Palhoça, Balneário Camboriú e Blumenau, gerando
mais de mil empregos diretos.
Referência em práticas ambientais, a
Ambev assumiu o compromisso de reduzir, até 2012, ainda mais o consumo
de água (11%), a emissão de CO2 (10%) e
também reaproveitar quase a totalidade
(99%) dos resíduos da produção. A filial
de Lages também é referência quando
o assunto é sustentabilidade. Graças ao
projeto de utilização de biomassa nas
caldeiras da fábrica, a Ambev foi a primeira indústria de bebidas do Brasil a
obter certificação da ONU para negociar
créditos de carbono alinhada ao Protocolo de Kyoto. A unidade também segue as
normas do Sistema de Gestão Ambiental
(SGA), adotado há 18 anos em todas as
fábricas para estabelecer e monitorar a
evolução contínua da ecoeficiência.
1994
2002
Diretor regional fabril, Fabio Kapitanovas
• Inauguração
da fábrica
• Primeira
ampliação com
instalação da
linha long neck
2006
S
• Nova
ampliação com a
linha de lata
2009
Ambev Ser a melhor em um mundo melhor
er a “Melhor Empresa de Bebidas
do Mundo em um Mundo Melhor”.
Esta é a missão da Ambev, empresa
de capital aberto, sediada em São Paulo,
com operações em 14 países das Américas (Argentina, Brasil, Bolívia, Canadá,
Chile, El Salvador, Equador, Guatemala,
Nicarágua, Paraguai, Peru, República
Dominicana, Uruguai e Venezuela). Dona de um portfólio de “estrelas” como
Antarctica, Brahma, Bohemia, Skol, Original, Stella Artois; os refrigerantes Guaraná Antarctica, Soda, Pepsi e Sukita,
além das inovações H2OH! e Guarah!, a
Ambev é líder no ranking das cervejarias
na América Latina.
Em Lages, a companhia está instalada desde 1994, com a produção da marca
Brahma. A unidade tem capacidade
para produzir um volume de 6 milhões
de hectolitros por ano das marcas Antarctica, Antarctica Sub Zero, Brahma,
Brahma Extra, Skol, Original, Bohemia
e Malzebier. O estado de Santa Catarina
é considerado estratégico para a Ambev:
atualmente, a produção em Lages abastece os três estados da região Sul - Santa
Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.
Reconhecida como uma das melhores empresas para se trabalhar, a Ambev
tem em seus 40.600 funcionários, em
todo o mundo, sua maior fortaleza. Por
isso, investe continuamente no desenvolvimento e sucesso de sua gente, que é incentivada a se sentir dona da companhia
e pensar grande. Só no Brasil são 26 mil,
• Comemoração
dos 15 anos de
história
PB
• Fundação do
Aviário Moraes
1992
• Novo
encubatório,
em Lages
• Construção
de um novo
encubatório
2004
de nascidos, são encaminhados às integrações
(pequenos e médios produtores rurais que
criam os frangos de corte). Depois disso, as
aves são comercializadas para os abatedouros.
Atualmente, o Aviário Moraes mantém parceria com os maiores e mais importantes frigoríficos como Sadia, Seara (Marfrig), Frango
Sul (do grupo francês Doux). Os frangos produzidos na Serra Catarinense são comercializados em Santa Catarina, Paraná, Rio Grande
do Sul, São Paulo e Mato Grosso.
Em seus projetos para os próximos cinco
anos, Carlos Moraes revela que está a expansão da empresa com a implantação da integração de frangos e o abate.
1975
a presença também marcante de indústrias
produtoras de alimentos congelados, casos da
BRF Brasil Foods (antiga Perdigão), Tyson do
Brasil Alimentos (antiga Frangos Macedo) e
Vossko do Brasil.
Além disso, nos últimos três anos, vem
crescendo a participação das empresas que
beneficiam grãos, a exemplo dos moinhos do
Nordeste e Vacaria. Nesta linha de produção
agrícola, também se destacam as cooperativas
de produtores rurais, como a Copercampos e
a Cooperplan. Ainda no segmentos de alimentos, o Aviário Moraes, se mantém como uma
das mais importantes do setor.
1986
U
produzir um volume de 6 milhões de hectolitros por ano das marcas Antarctica, Antarctica Sub Zero, Brahma, Brahma Extra, Skol,
Original, Bohemia e Malzebier. O estado de
Santa Catarina é considerado estratégico para
a Ambev: atualmente, a produção em Lages
abastece os três estados da região Sul: Santa
Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.
Se por um lado a produção de bebidas se
mantém como importante para a região, as
empresas que atuam na produção de frutas,
estão a cada ano mais consolidadas. Neste
ponto, os destaques vão para a Agro Comercial
Hiragami, Cooperserra, Frutícola Ipê, Fruticultura Malke, Pomesul e Sanjo. Vale ressaltar
erto de que a criação de pintos de um
dia era um mercado em expansão, o jovem técnico em Contabilidade, Carlos
Luiz Moraes, à época com 24 anos, implantou,
em Ponte Alta, a primeira unidade do Aviário
Moraes, com uma produção de 300 mil pintos por mês. Hoje, o Aviário Moraes coloca à
disposição do mercado, 3,5 milhões de pintos
ao mês.
Fundado em 1975, o Aviário Moraes, atualmente, conta com uma estrutura bem mais
ampla. São cerca de 250 funcionários diretos
que trabalham distribuídos em quatro unidades em Ponte Alta, uma em Correia Pinto
e uma em Lages. Além disso, a empresa faz o
processamento do milho produzido na região
e a armazenagem de até 120 mil sacas, o equivalente a 7,2 mil toneladas. O Aviário Moraes
também produz, em média, 24 toneladas de
ração.
A produção de pintos de um dia exige investimentos muito altos e, é por isso, segundo
Carlos Moraes, que esse tipo de produção tem
espaço no mercado. Nesse sistema, as unidades de recria produzem matrizes que colocam
ovos, os quais vão para o incubatório e, depois
• Implantação
de uma unidade
de recria em
Correia Pinto
1995
C
Alimentos e bebidas
ma das atividades mais expressivas da
Serra Catarinense e que vem experimentando um grande investimento é a
da indústria produtora de alimentos e bebidas.
Para se ter uma noção da importância deste
segmento para a economia da Serra Catarinense, basta lembrar que no maior município
da região, Lages, o faturamento destas empresas representa mais de 50% do movimento
econômico local.
Embora novas empresas tenham surgido
neste setor nos últimos 10 anos, a maior representante continua sendo a AmBev, que está
instalada desde 1994, com a produção da marca Brahma. A unidade tem capacidade para
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
Estrutura ampla
e 3,5 milhões de
pintos ao mês
Cristiano Sant’Anna / Divulgação
CORREIO LAGEANO
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
alimentos e bebidas
Aviário
Moraes
7
Luiz Carlos
Moraes, em
frente à unidade
de Ponte Alta do
Aviário Moraes
• Implantação
da fábrica de
ração
CORREIO LAGEANO
6
80137
8
80592
80204
9
• Companhia
completa 30 anos no
mercado de capitais
brasileiro
de mercado.
Desde o anúncio da associação entre Perdigão e Sadia, foram implantadas a gestão conjunta da área financeira, a coordenação das atividades das duas empresas no mercado externo
e a política de comercialização de produtos in
natura.
A BRF completa, em 2010, 30 anos no mercado de capitais brasileiro e 10 anos de atuação
na Bolsa de Nova York. O presidente da BRF,
José Antonio Fay, destaca que, “ao longo dos 30
anos na BM&FBovespa, a companhia tornou-se
referência no mercado de capitais, pelo exercício das boas práticas de governança corporativa e geração de valor para seus acionistas”.
Cooperplan
A integração dos
agricultores serranos
C
Couto, Daniel Manfroi, Paulo Moacir
Lunardi Baggio, Assis Strasser, Paulino
Dal Piva. Na segunda diretoria, gestão
31/05/96 a 27/03/98, teve os seguintes
nomes: presidente, Arnaldo Moraes;
vice-presidente, Osvaldo Uncini; secretário, Delazir Manfroi; Conselho Administrativo, Arno Manfroi, Marcio Bleyer
Zanette, Célio Cezar Branco, Aldo Gava, Enio Ribeiro Bianchini, Susi Couto
Köche. A terceira diretoria que seguiu
no comando da Cooperplan até março
de 2000 alterou apenas seu secretário, que passou a ser Dionisio Manfroi
De abril de 2000 até abril de 2002 a
Cooperplan foi presidida por Osvaldo
Uncini, que permaneceu no cargo até
2006, quando foi sucedido por Arno
Manfroi, que por sua vez, comandou
os destinos da cooperativa até março
de 2010, quando deu lugar a Dionisio
Manfroi, que se mantém na presidência
até hoje. Completam a atual diretoria
da Cooperplan o vice-presidente Paulo
Roberto Uncini, e o Secretário Arnaldo
Moraes. Seu Conselho Administrativo
é formado por Alfeu Schlichting Filho,
Mauro Cesar Waltrick Moraes, Antonio Bussolotto, Alex Fernando Manfroi,
Raul Manfroi, Eduardo Köche Uncini.
1993
Ary Moraes, Arnaldo Moraes, Osvaldo uncini, Arno Manfroi e Dionisio Manfroi, os presidentes da Cooperplan
• É fundada a
Cooperativa
Agropecuária do
Planalto Serrano
(Cooperplan)
2010
om a crescente necessidade de
apoio para produtores rurais
dos municípios de Lages, Campo Belo, São José do Cerrito, Cerro
Negro, Urupema, Ponte Alta, Correia Pinto e Otacílio Costa, foi criada,
em novembro de 1993, a Cooperativa Agropecuária do Planalto Serrano
(Cooperplan). Desde seu início, a Cooperplan tem como objetivo facilitar
o desenvolvimento agrícola da região
e melhorar os ganhos de seus cooperados. No começo de suas atividades a
cooperativa contava com 22 produtores
rurais e uma capacidade de armazenamento de grãos de seis mil toneladas.
Atualmente, a cooperativa dispõe de
um quadro de associados de 226 produtores e uma capacidade de armazenamento de trinta mil toneladas. Tem
associados oriundos de todas as regiões
de sua abrangência, resultado de uma
história de cooperação da organização
com seus associados ao longo do tempo
de sua existência.
A primeira diretoria da Cooperplan,
cuja gestão foi de 12/11/93 a 31/05/96,
conta com o presidente Ary Moraes,
vice-presidente Arno Manfroi e como
secretário Hamilton Rogério Weber Xavier, tendo em seu Conselho Administrativo Osvaldo Uncini, Suly Eduardo
• Em março
assume o atual
presidente da
Cooperplan,
Dionísio
Manfroi
alimentos e bebidas
• Perdigão compra
Sadia e torna-se
a BRF
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• Implantação de
uma unidade em
Lages
Correio Lageano
mais de 11.600 funcionários, número que supera a casa dos 28.500 se forem considerados os
funcionários da Sadia. E mantém parceria com
6.400 produtores integrados de aves e suínos.
Em 2009, a empresa produziu em Santa Catarina 700 mil toneladas de alimentos, sendo
23,7% direcionadas à exportação. Ainda em
2009, a Brasil Foods gerou para o Estado mais
de R$ 327 milhões em impostos e contribuições.
Com faturamento de R$ 24,4 bilhões e valor de mercado de U$11,4 bilhões, registrados
em 2009, a BRF é a terceira maior exportadora
brasileira, maior exportadora mundial de aves
e maior empresa global de proteínas em valor
1935
S
anta Catarina é o berço da BRF - Brasil
Foods. A trajetória, que hoje é considerada um dos maiores players globais do
setor alimentício, começou há mais de 75 anos
no Meio-Oeste Catarinense. A então Perdigão
saiu de Videira e se espalhou pela região Sul até
ganhar e levar o nome do país para o mundo.
Em Lages, a história da BRF começou há 25
anos com a aquisição da Frigoplan. A partir de
1995, com a profissionalização da gestão, a unidade recebeu uma das mais modernas linhas
de produção de pratos prontos e novo status na
área operacional.
Hoje, a planta de Lages emprega cerca de
500 funcionários e produz lasanhas, massas,
pizzas, almôndegas, kibes e pão de queijo. Parte
da produção é exportada para Rússia e países
árabes.
Santa Catarina é um dos maiores centros
produtivos e um mercado estratégico. A empresa opera no Estado seis complexos industriais
de carnes e um de lácteos, duas fábricas de rações e dois centros industriais, além de unidades de industrialização, filiais de compras de
grãos e granjas, e outros. Esses números não
incluem as unidades operadas pela Sadia, que
hoje é subsidiária da BRF.
Em 2009, foram investidos no Estado cerca
de R$ 82 milhões, em melhorias tecnológicas
e novos projetos. A BRF é também uma das
maiores empregadoras de Santa Catarina, com
1995
história e negócios
sustentáveis
11
• Fundação, em
Videira, da Perdigão
2009
BRF 25 anos de
José Antonio
Fay, presidente
da BRFoods
2010
10
80580
12
13
Cooperserra Congrega
os pequenos fruticultores da Serra
80450
80197
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
CORREIO LAGEANO
• Constrói
sua primeira
câmara fria para
armazenar maçãs
2008
• Inaugura
sua loja em
Urupema
1980
• É criada a
Cooperativa Regional
Agropecuária Serrana
1979
ni Angelito Franzói, o atual presidente.
Desde a sua fundação a Cooperserra
tem cumprido com sua finalidade, posto que dispõe de uma área de operação
de 10 mil metros quadrados, distribuídos nos municípios de São Joaquim e
Urupema, contando com uma capacidade de armazenamento frigorífica de
13 mil toneladas, sendo dividida em
atmosfera controlada e convencional,
para maçãs, além de Packing-House
para processamento da maçã de seus
cooperados e terceiros.
Desta maneira, a Cooperserra dispõe hoje de um quadro social de 115
cooperados, no setor de fruticultura
e consumo das lojas agropecuárias. A
Cooperserra possui duas unidades industriais, a unidade 01, onde estão a
recepção, armazenagem, classificação,
embalagem e comercialização, localizada em São Joaquim, e a unidade 2,
que dispõe de recepção e armazenagem, e está situada em Urupema.
1977
T
endo em vista a crescente produção de pomares de maçãs,
implantados nas regiões de São
Joaquim, Bom Jardim da Serra e Urupema, pequenos fruticultores aliados à
iniciativa de técnicos da Acaresc (hoje
Epagri - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Estado de
Santa Catarina) sentiram a necessidade de criar um órgão que padronizasse e comercializasse os produtos agrícolas. Por isso, em 1976, criaram uma
comissão composta de produtores e
técnicos, que passou a trabalhar junto
às comunidades do interior dos municípios, viabilizando o projeto de uma
cooperativa.
No ano seguinte, mais precisamente
no dia 14 de fevereiro, fundaram a Cooperativa Regional Agropecuária Serrana, denominada Cooperserra. A assembleia inaugural contou com adesão
de 138 sócios, de três municípios da região. Neste início, a Cooperserra operava ainda com feijão e batata semente,
produtos que tinham grande produção
junto a seus cooperados.
Seu primeiro presidente foi Joaquim
Godinho dos Santos, que permaneceu
por 18 anos no cargo, sendo sucedido
por Alfeu de Souza Sá, por dois anos.
Na sequência, vieram os presidentes
Celito Lemos de Andrade, Celso Matos
Nunes, Giovani Rosa Oliveira e Giova-
alimentos e bebidas
Giovane Franzói
comanda as ações
da Cooperserra
• Inaugura sua nova
sede, que conta
com moderna loja
agropecuária
14
Luiz Carlos
Chiocca, atual
presidente da
Copercampos
um frigorífico para industrializar a produção.
Meta que se tornou realidade.
A Copercampos desfruta da respeitada
posição de 2ª colocada entre as cooperativas
agropecuárias do Estado de Santa Catarina.
A produção de cereais tornou-se tão expressiva que o município de Campos Novos ostenta
o título de Celeiro Catarinense. Entre armazéns, lojas agropecuárias, granjas de suínos,
indústria de rações, indústria de fertilizantes,
frigorífico, supermercado, unidades de beneficiamento de sementes e posto de combustíveis, já são mais de 32 unidades distribuídas
em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Com 1.020 associados e 700 funcionários,
teve um faturamento superior a R$ 426 milhões em 2009. Atualmente a Copercampos
é presidida por Luiz Carlos Chiocca.
Frutícola Ipê
Presente na Serra
Catarinense com 3 unidades
À
1977
tas de caroço e cereais, dentro dos mais rígidos padrões ambientais. Implementos agrícolas modernos,
sistemas de irrigação, pessoal treinado e amparado
por programas sociais, além de assistência técnica de
altíssimo nível conferem aos produtos Agropel padronização e qualidade.
A empresa possui ainda mais de 80 câmaras frigoríficas, a capacidade de conservação é superior a 40
mil toneladas, em atmosfera controlada. Isto possibilita à Agropel oferecer frutas em qualquer época do ano.
Em catálogo, além das maçãs, uma grande variedade
de frutas, nacionais e importadas, distribuídas com as
marcas Frupel, Agropel e Paraíso.
• Nasce a Agropel
Agroindustrial
Perazzoli Ltda
2000
Frutícola Ipê é uma subsidiária da Agropel, que tem sede na cidade de Fraiburgo, no Meio-Oeste Catarinense
• É instalada a
unidade da Frupex
no município de
Bom Retiro
2006
s margens da SC-430, entre os municípios de
Bom Retiro e Urubici, está localizada a unidade
2 da Frutícola Ipê, onde são produzidas maçãs
da variedade Gala. A empresa é uma subsidiária da
Agropel e inicialmente tinha a denominação de Frupex Agroindustrial Perazzoli Ltda. Ainda na Serra Catarinense a Frutícola Ipê conta com outras duas áreas
de produção, a fi lial 3, situada na Fazenda Morros Altos, em Campo Belo do Sul, e a unidade 4, instalada na
Colônia Cotia IV, Fazenda Três Pedrinhas – Luizinho,
em São Joaquim. Já sua matriz está em Videira, na localidade de Rio das Pedras.
Operando no mercado desde 1977, no princípio
com comércio e transporte de hortifrutigranjeiros, a
Agropel Agroindustrial Perazzoli Ltda alcançou destaque na produção, conservação, classificação e comércio de frutas. Sediada em Fraiburgo, o grande centro
produtor, conhecido como a capital brasileira da maçã, a empresa conta com subsidiárias nas cidades de
São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Curitiba/PR, Lapa/
PR,Vacaria/RS e ainda Videira, Campo Belo do Sul,
São Joaquim e Bom Retiro em Santa Catarina.
Presente nos mercados nacional e internacional, a
Agropel exporta, importa e distribui uma variada gama de frutas, atendendo grandes redes de supermercados e centrais de abastecimento das mais importantes metrópoles do país.
Para atender seus clientes a Agropel conta com mais
de 2.000 hectares de fazendas com 1.000 hectares de
pomares de maçãs (formados e em implantação), fru-
• A Frupex passa
a ser denominada
de Fruticola Ipê
alimentos e bebidas
• A Copercampos é
considerada a quinta
melhor empresa em
gestão de pessoas no
Brasil
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
• A direção da
Copercampos
estimula a plantação
de soja na região
Correio Lageano
1970
• um grupo de
100 produtores
rurais funda a
Cooperativa Regional
Agropecuária de
Campos Novos
1972
G
raças ao aumento gradativo da produção agrícola na região do MeioOeste Catarinense e às perspectivas
de um futuro promissor para a atividade,
um grupo de produtores de Campos Novos
decidiu se unir. O projeto inicial era construir apenas um armazém para a produção
de trigo e um frigorífico para abate de gado
de corte, atividade de destaque no município
naquela época. Assim, no dia 8 de novembro de 1970, o salão paroquial da Igreja Matriz de Campos Novos serviu de palco para
a pioneira iniciativa de 100 produtores que
acreditaram no projeto de constituição de
uma cooperativa que é referência no setor
agropecuário, a Cooperativa Regional Agropecuária de Campos Novos.
O trigo era a principal cultura agrícola na
região na década de 1970. Aliás, foi justamente a busca por métodos apropriados de
armazenamento do cereal que motivou um
grupo de produtores a unir forças e formalizar uma cooperativa agrícola. Em 1971, um
ano após ser constituída, um dos principais
objetivos – a construção de um armazém
– já se tornava realidade. A nova unidade
recebeu naquele mesmo ano a produção de
uma excelente safra, 24.389 sacos (60kg cada) foram armazenados. Era apenas o início
de uma trajetória de sucesso.
O planejamento estratégico que passou a
ser implantado na década de 1990 – prevendo ações de longo prazo – garantiu um novo
rumo aos negócios da cooperativa. Foi nesta
época que se passou a planejar o crescimento da suinocultura e a possível construção de
2005
Copercampos Uma união de produtores que dá bons frutos
15
80187
Hiragami Frutas com
nome e sobrenome
80266
• É criada a
Agropecuária
Irmãos Hiragami
2005
Fumio Hiragami está em São Joaquim desde 1973
• Inicia-se o
cultivo de uvas
finas
• A Irmãos Hiragami
passa a produzir outras
frutas como pêssego,
ameixa e pera
2008
Catarinense, Hiroyasu tratava
de comercializar a produção em
São Paulo. Já no ano seguinte, foi
construída a atual estrutura da
empresa em São Joaquim, que
está localizada às margens da
SC-438, saída para Bom Jardim
da Serra.
Atento às questões de mercado, em 1995 a Irmãos Hiragami começou a diversificar sua
produção, apostando em outros
frutos como o pêssego, a ameixa e a pera. Em 2005 uma nova
ampliação no mix de produtos
ocorreu, com a plantação de kiwi
e de uvas nobres destinadas à fabricação de vinhos finos. Em termos de vinho, a primeira safra
da Hiragami ocorreu em 2008,
mas o produto não chegou a ser
lançado no mercado, o que deve
acontecer em 2011 e inclui vinhos
e espumantes.
Hoje a Irmãos Hiragami produz, todos os anos, nove mil toneladas de maçãs e outras 250
toneladas de outras frutas, produção totalmente destinada ao
mercado de São Paulo. Com relação a Hiragami Vinhos, a intenção é colocar no mercado 20
mil garrafas, principalmente de
cabernet.
1980
U
m dos cinco pioneiros
da colonização japonesa
na Serra Catarinense é
o empresário Fumio Hiragami,
que atua no ramo de fruticultura
em São Joaquim. Sua história na
região começou em 1973, quando
a Cooperativa Agrícola de Cotia,
uma das maiores do mundo na
época, decidiu expandir os negócios e enviar fi lhos e irmãos de
cooperados para iniciar o plantio
de maçãs em Santa Catarina.
Como as macieiras levavam
entre quatro e cinco anos para
dar os primeiros frutos, Hiragami e os demais cooperados da
Cotia, ao chegarem em São Joaquim, iniciaram a produção de
hortaliças e a primeira remessa
enviada para São Paulo, foi de
ervilha. Já as maçãs, começaram
a ser enviadas em 1978, o que se
seguiu por mais dois anos até que
em 1980, percebendo que a Cotia
não estava correspondendo às
expectativas, decidiu em parceria com seu irmão Hiroyasu, iniciar o negócio próprio.
Nesta época nascia a Agropecuária Irmãos Hiragami, com sede na cidade paulista de Mairinque. Enquanto Fumio produzia e
administrava a empresa na Serra
1995
CORREIO LAGEANO
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
alimentos e bebidas
16
• É obtida a primeira
safra de vinhos que deve
ser lançada no mercado
agora em 2011
17
Iochpe escolhe a
fruticultura como
alternativa promissora
A
Fruticultura Malke, foi fundada em 17 de
janeiro de 1979, por Israel Iochpe e seus
filhos Matuzalém, Mauro e Abrahão, ao
final dos anos 70, quando o ciclo econômico de
exploração da madeira dava sinais de esgotamento e a fruticultura era promissora. A Malke
foi constituída como uma opção familiar para garantir outra fonte de trabalho e renda. O
empreendimento iniciou em um pomar de 39
hectares na costa do Rio Amola Faca e, com a
a falta de infraestrutura e de conhecimento na
condução da cultura. A principal foi conseguir
contornar os efeitos da natureza como o granizo que, em minutos, reduz o valor da produção.
“Por anos convivemos com estas adversidades
até decidirmos investir em maquinário e em
coberturas com tela antigranizo”, disse Mauro. “Em 1990, as negociações se apresentavam
adversas, com preços baixos, optamos por processarmos os frutos em um Packing House. No
mesmo ano, iniciamos a construção das nossas
câmaras frias. Essa tomada de decisão significava a continuidade ou o fracasso da nossa atividade”, concluiu.
A empresa preserva uma política de renovação de pomares, de aperfeiçoamento da mão
de obra e melhorias contínuas na infraestrutura. “Dedicamos esforços e recursos em treinamentos para o atendimento dos padrões de
qualidade e de certificações que o mercado exige, inclusive internacionais. E, principalmente,
investimos na transparência e na formação de
parcerias com nossos clientes”, concluiu Mauro.
Com sede no Rio Grande do
Sul, o Moinho do Nordeste é
líder no mercado de farinha
de trigo doméstica
gem dos seus produtos que tiveram suporte de várias
campanhas promocionais. Além da expansão na venda
doméstica, cresce também a participação do Moinho
Vacaria na venda em escala industrial. Além do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina, passa a abastecer os
estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais e Goiás.
Para dar suporte à sua demanda, em 2005 o Moinho
Vacaria abre uma filial em Lages, dobrando sua produção. Com o objetivo de ganhar competitividade e garantir
sua perpetuação no mercado, o Moinho está investido
R$ 10 milhões na construção de sua nova unidade em Vacaria, seguindo os mais modernos critérios de processamento e beneficiamento do trigo. A unidade de Lages continuará ativa.“Participar deste evento que destaca as 50
melhores empresas da Serra Catarinense é um orgulho e
um incentivo ao Moinho Vacaria. Mas, não existe mágica,
existe é muito trabalho”, encerra o diretor Artur Ting.
• O Moinho
Vacaria inicia suas
atividades
• A administração
passa para a
responsabilidade do
empresário Artur Ting
• É aberta a
filial do Moinho
Vacaria em Lages
Pomesul Um referencial
de qualidade em maçãs
F
• Surgimento da
empresa
• Aquisição da
Unidade de Pinhais
– PR
• Abertura do CD de
Lages
• Certificação da ISO
9001:2008
quirida a primeira máquina mecânica classificadora de frutas.
Com a evolução dos negócios,
em 2002 nasce a Pomesul e no
ano seguinte, eles chegam a capacidade de armazenagem de 6
mil toneladas.
Vale ressaltar que para chegar a
este volume de estocagem de maçãs aconteceram duas ampliações
na estrutura existente em 2000.
Outro grande passo na empresa
aconteceu em 2005 com a aquisição de uma moderna máquina
classificadora eletrônica, com separação por cor. Neste período a
empresa amplia suas câmaras em
mais cinco mil toneladas.
Por fim, em 2008 uma nova
obra permite o aumento da armazenagem em mais duas mil
toneladas.
A Pomesul conta, atualmente,
com uma estrutura capaz de estocar até 13 mil toneladas de frutas, sendo 10,5 mil toneladas em
câmaras frigoríficas capazes de
armazenar em atmosfera controlada; 2 mil toneladas em atmosfera comum, e mais uma câmara
de 500 toneladas para armazenar fruta embalada, já classificada. Dessa forma a Pomesul pode
oferecer frutos de qualidade o
ano inteiro.
1988
gística e qualificar os serviços de distribuição e entrega.
Para manter-se líder no mercado,
a Moinho do Nordeste prioriza o foco
no cliente e na qualidade dos produtos. Com a aquisição de uma unidade
em Pinhais (PR), também foi possível aumentar a produção e garantir
o abastecimento constante a várias
empresas de grande porte do Brasil.
Entre os projetos de expansão da
empresa, está a ampliação da unidade de Pinhais em termos de capacidade de moagem; a ampliação de estocagem de trigo, sistemas de produção
e capacidade de moagem em Antônio
Prado; além da conquista da certificação ISO 9001.
2000
A expansão da empresa iniciou a
partir do melhoramento do processo
de moagem, através da aquisição de
máquinas e utilização de novas tecnologias que qualificaram o processo e, consequentemente, a linha de
produtos. Com a capacidade de 800
toneladas por dia, hoje a empresa
atinge as regiões Sul e Sudeste, com
liderança no mercado de farinha de
trigo doméstica.
Atualmente, a capacidade de estoque dos clientes é reduzida, exigindo
que a entrega seja rápida e constante,
no menor período de tempo. Por isso,
a implantação do Centro de Distribuição em Lages teve como objetivo
principal minimizar os custos de lo-
• Jair Philippi inicia o
cultivo de maçãs em
Bom Retiro
• É adquirida a
primeira máquina
classificadora de
maçãs (mecânica)
2002
Moinho do Nordeste surgiu
em 3 de março de 1946 na cidade de Antônio Prado, época
em que a maioria dos moinhos ainda
era movido pela força da água. Iniciou operando com a capacidade de
moer 10 toneladas de trigo por dia.
Sua atuação limitava-se aos municípios próximos da sede, ampliou
a partir da parceria com a Adria de
Porto Alegre e São Paulo e, posteriormente, com a Isabela, de Bento
Gonçalves (RS). A Nordeste se transformou em sinônimo de qualidade de
processos e produtos, iniciando sua
expansão para outras regiões e tornando-se, rapidamente, referência
para o setor.
Um líder no Sul do País
Jair Philippi Filho, um dos diretores da Pomesul e a linha de produção da empresa
• É criada a Pomesul
que tem sede às
margens da BR-282 em
Bom Retiro
2005
Moinho do Nordeste
O
undada no ano de 2002,
a Pomesul se destaca no
mercado por ser uma empresa jovem, moderna e atenta
aos mais rígidos padrões de qualidade. Desde o inicio a Pomesul
busca desenvolver parcerias sólidas com os clientes e fornecedores, comprometendo-se em oferecer maçãs frescas, saborosas e
saudáveis.
Para melhor entender a história da Pomesul é necessário
retornar ao ano de 1988, quando
o industrial Jair Philippi, natural
de Palhoça, iniciou o plantio de
maçãs em Bom Retiro. Decorridos 10 anos, ele começou a sentir
dificuldades para comercializar
sua produção, então surgiu a
idéia de criar uma estrutura capaz de armazenar e embalar a
fruta. Foi então que junto com
seus sócios, José Antônio Philippi e Benito José Bertuzzi, deram
início ao novo empreendimento.
Com isso, já no ano seguinte novos pomares começaram
a ser implantados, assim como
iniciou-se a construção de uma
estrutura de câmaras frias, num
total de seis unidades, onde era
possível armazenar 1,5 mil toneladas de maçãs. Já em 2000 é ad-
• Aquisição da nova
máquina classificadora
de maçãs (eletrônica)
alimentos e bebidas
1958
1990
2005
Sede da Moinho Vacaria, no vizinho estado do Rio Grande do Sul
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
Malke Família
produção de maçãs vendida no pomar, pois não
se pretendia investir em verticalização.
“Ainda visualizo meu pai, com 62 anos de
idade, traçando e demarcando as estradas internas montado no lombo de um cavalo. E meu
irmão Matuzalém, realizando experiências com
porta-enxertos e variedades com culturas intercalares. Foram anos de trabalho duro e aprendizado”, lembra Mauro Iochpe que, hoje, está à
frente da Fruticultura Malke.
Mudar da atividade madeireira para a fruticultura foi uma necessidade, mas também,
uma visão de futuro e coragem de inovar. “Essas eram características de meu pai, Israel Iochpe, que talvez sejam transmitidas pelo DNA,
mas em parte foram aprendidas na convivência
familiar. Passávamos os dias trabalhando e de
noite nos reuníamos para planejar a continuação das tarefas. O sucesso exige dedicação, trabalho e o apoio da família”, relata Mauro.
A Malke se constitui em uma empresa sólida,
mantendo a visão de futuro. Para chegar a essa posição, muitas foram as dificuldades como
E
m 1958, o Moinho Vacaria Industrial e Agrícola
Ltda inicia suas atividades sendo , então, a primeira indústria a se instalar no município de Vacaria, RS. Com uma capacidade de produção modesta,
(limitada) de 500 toneladas/mês , o Moinho Vacaria
lança no mercado suas marcas “Boa Safra”e “Cisne”,
que se consagraram no mercado consumidor local. Naquela época, as vendas abasteciam as cidades de Vacaria, Lages, Carazinho e Passo Fundo.
Em 1990 inicia-se o processo de sucessão familiar e
a empresa passa a ser comandada pelo empresário paulista Artur Ting. O cenário é competitivo e desafiador.
Neste momento, com a extinção das cotas pelo Governo, muitos moinhos fecham suas portas. Fala-se de globalização, qualidade e código de defesa do consumidor.
A empresa passa por uma reestruturação completa
de forma a se posicionar frente aos desafios do novo
milênio. Neste período, começam as grandes transformações corporativas que acabam por dar notoriedade
ao Moinho Vacaria, posicionado-o em lugar de destaque no cenário Rio Grandense.
Focado na qualidade de todo processo produtivo, o
Moinho Vacaria deu início a uma série de cursos e treinamentos para profissionalizar sua equipe. A empresa,
totalmente informatizada, investiu em maquinários e
aparelhos controladores de qualidade. São estabelecidas novas metas, objetivos e mercados.
Novas embalagens e logotipos revitalizaram a ima-
19
Correio Lageano
Família Iochpe escolhe a fruticultura,
no final do ciclo da madeira
• É aberta a
filial do Moinho
vacaria em Lages
1958
• Também nesse ano, iniciou-se a
construção das câmaras frias
trajetória de sucesso
com qualidade
•A
administração
passa para a
responsabilidade
do empresário
Artur Ting
1990
• Por causa de uma safra em
condições adversas e preços
bastante baixos, família decide fazer
o processamento das frutas em um
Packing House arrendado da Epagri
Moinho
Vacaria Uma
• O moinho
vacaria inicia
suas atividades
2005
1990
• Israel Iochpe decide mudar da
atividade madeireira para a frutícola
e funda a empresa Malke
2010 2004 2000 1946
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
alimentos e bebidas
1979
18
80573
20
80486
80512
21
Presidente da Sanjo, Roberto Katto, apresenta a linha de vinhos da empresa
boração de vinhos. As áreas escolhidas
para o plantio das videiras sempre respeitaram uma altitude mínima de 1000
metros. O sistema de condução utilizado,
quase em sua totalidade, é o de espaldeira, voltado para baixas produções e alta
qualidade dos frutos. As condições climáticas aliadas às características do solo
proporcionam um terroir distinto que é
expressado nos vinhos aqui elaborados.
As altitudes elevadas da região propiciam
uma vitivinicultura de altitude, resul-
tando em uvas com grande potencial de
cor e açúcar, com o desenvolvimento de
aromas mais finos e delicados, devido à
maturação das uvas ocorrer de maneira
mais lenta e controlada, proporcionada
pelas baixas temperaturas.
O sistema de elaboração é especialmente desenvolvido, buscando extrair o
máximo de qualidade e preservar as características únicas das uvas produzidas
na região mais fria do Brasil, a Serra Catarinense.
padrão internacional
em alimentação
Q
no município de Bom Retiro. Foram iniciados
os projetos “Estuda Macedo” e o “Programa de
Qualidade Total Macedo”. O primeiro leva o Ensino Fundamental e Médio para os profissionais
e o segundo busca melhorar o atendimento, a
qualidade dos produtos e a satisfação dos clientes e consumidores.
Já a Tyson Foods começou como uma pequena granja, na década de 1930, na cidade de
Springdale, Arkansas (EUA). Hoje, a Tyson Foods é a maior processadora mundial de carnes de
frango, bovina e suína. Está na segunda posição
1980
Vitor Hugo
Brandalise
desde junho
preside a
Tyson do
Brasil
• Frangos Macedo
passa a fazer parte
do grupo Koerich
1990
alimentos e bebidas
80593
Tyson Qualidade
uando duas grandes empresas se unem
o resultado tende a ser altamente positivo. É exatamente isso que aconteceu em
2008, quando a catarinense Macedo passou a
fazer parte da companhia norte-americana Tyson Foods, maior processadora mundial de carnes de frango, bovina e suína. Neste processo se
integraram ainda as avícolas Avita, de Itaiópolis
(SC), e Frangobras, de Campo Mourão (PR). O
primeiro presidente da Tyson Brasil foi Joster
Macedo, que deixou o cargo no último mês de
junho, passando a presidência para Vitor Hugo
Brandalise.
A Macedo iniciou suas atividades em 13 de julho de 1973, sob o nome de Frios Macedo Ltda.
Possuía sete funcionários que abatiam 300 frangos por dia. Após um ano, em 1974, o Grupo Koerich se associa a Frios Macedo. Com o grupo, a
capacidade de abate aumentou para 3 mil frangos por dia. Neste mesmo ano foram construídas as primeiras granjas para frangos de corte.
Já a década de 1980 foi um período de expansão com a construção das Unidades de Nutrição
Animal, da Central de Distribuição do Norte do
Estado de Santa Catarina e do Incubatório. Com
isso passou a produzir até 420 mil pintos/mês e
o abate subiu para 1.500 frangos por hora.
Na década de 1990 a infraestrutura da Macedo deu um novo salto. Foram construídas as
Centrais de Distribuição do Sul e Norte do Estado de Santa Catarina, a Granja de Matrizes,
rastreabilidade completa dos frangos, desde a granja até
o produto pronto, garantindo um alto padrão de segurança de seus produtos.
Já a sua matriz alemã foi fundada em 1982 na cidade
de Ostbevern – Alemanha pelo senhor Bernhard e por
sua esposa, a senhora Maria Vosskötter. É uma empresa
familiar que é dirigida até os dias atuais pela família Vosskötter. Sua especialidade e excelência em processamento de carne congelada são reconhecidas nos mercados
alemão e internacional. Tradição de fazer produtos com
qualidade, flexibilidade para atender aos pedidos especiais dos clientes e a inovação continuada são a fórmula
do sucesso da Vossko.
• Monta
empreendimentos
na Serra
Catarinense
• A Macedo se
integra com a
empresa norteamericana Tyson
das maiores produtoras de alimentos da Fortune
500. A companhia desenvolve grande variedade
de produtos à base de proteína e alimentos preparados e é reconhecidamente líder nos setores
de varejo e serviços de alimentação nos mercados em que atua.
A Tyson Foods tem clientes e consumidores
em todo os Estados Unidos e em mais de 90 países. A companhia conta com aproximadamente
107 mil colaboradores atuando em mais de 300
unidades norte-americanas e escritórios ao redor do mundo.
PB
• É inaugurada
a Vossko do
Brasil
• Inicia a
exportação de sua
produção para a
Alemanha
Desde que a Vossko decidiu
expandir sua empresa e
abrir uma filial no Brasil,
a administração da nova
unidade está sob os cuidados
de Joachim Gerecht
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
• A Sanjo se
transforma em
agroindústria e
firma parceria
com a Disney
para produzir
uma linha de
sucos
CORREIO LAGEANO
J
á se vão sete anos que Lages passou a contar com
a Vossko do Brasil Alimentos Congelados Ltda, que
foi criada com a meta de produzir artigos de frango cozido para o atacado e supermercados, assim como
produtos especiais para o processamento industrial. A
unidade de Lages é fi lial da indústria alemã Vossko, para
a qual desde abril de 2004 exporta a maior parte de seus
produtos semiprontos. Desde o início, sua administração
está sob o comando de Joachim Gerecht.
Com apenas quatro anos de atuação, a direção da Vossko do Brasil constatou uma crescente procura de seus
produtos, que estão dentro da tendência do mercado e
isto determinou a construção de uma terceira linha de
produção, a qual iniciou em dezembro de 2007. Com isso, a empresa expandiu seu quadro de funcionários de
270 para 340 colaboradores. Com uma fábrica moderna
e funcionários capacitados a Vossko do Brasil busca oferecer para o mercado brasileiro produtos com padrão de
qualidade da Europa com sabor do Brasil.
A Vossko do Brasil é especialista no processamento
de carne de frango e desde fevereiro de 2007 em carne
bovina crua para produtos processados cozidos e assados. A carne é cortada e cozida de acordo com a vontade
específica dos clientes em duas linhas de produção. Sob a
supervisão constante de médicos veterinários, as exigências da União Europeia são obedecidas.
A Vossko possui um sistema moderno que garante a
2007
• A Sanjo
passa a fabricar
vinhos nobres
2004
Catarinense para o exigente
mercado europeu
23
2003
1993
• É criada
a Sanjo –
Cooperativa
Agrícola de São
Joaquim
2002
F
undada em 1993 por um grupo de
34 fruticultores, a Sanjo – Cooperativa Agrícola de São Joaquim,
representa o coroamento dos esforços pioneiros de um grupo de imigrantes japoneses e jovens descendentes, que na década
de 70 transferiram-se de diversas regiões
do Brasil para São Joaquim, na região
serrana de Santa Catarina. Hoje a Sanjo
é uma referência em fruticultura com a
produção e beneficiamento de maçãs que
são comercializadas em todo território nacional e exportadas para parte do mundo.
A chegada destes imigrantes japoneses e seus descendentes à região de São
Joaquim, em 1974, atendeu ao convite e
estímulo dado pela Cooperativa Agrícola
de Cotia, que queria expandir seus negócios. Eles permaneceram filiados a esta
cooperativa até meados dos anos de 1990,
quando a Cotia entrou num processo de
falência. O primeiro presidente da Sanjo
foi Paulo Iida, que permaneceu no cargo
por 10 anos e foi substituído por Makoto
Umemya, que por sua vez, cedeu o lugar a
Lauro Sato e atualmente é comandada por
Roberto Katto.
Pela excelência do clima da Serra Catarinense a Sanjo, no início do ano de
2002, iniciou a implantação de seus vinhedos, inicialmente com a variedade
Cabernet Sauvignon; posteriormente
vieram Merlot, Chardonay e Sauvignon
Blanc, cultivadas com as mais avançadas
tecnologias de produção de uvas para ela-
Vossko do
Brasil Da Serra
2008
Sanjo Maçãs e vinhos que são sinônimo de qualidade
2008
CORREIO LAGEANO
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
alimentos e bebidas
22
• Monta sua terceira
linha de produção e
começa a trabalhar
com carne bovina
Alpha Comercial Ltda, uma empresa a serviço da beleza
80289
80314
comércio e serviços
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
• Surge a Lafi Cosméticos, instalada no Shopping
Gemini
• Surge a primeira filial da
Lafi Cosméticos, também
no centro
• A Lafi Cosméticos resolve investir em um curso
de aperfeiçoamento direcionado a cabeleireiros e
surge o Fashion Hair, que passou a fazer parte do
calendário de eventos de Santa Catarina
• Mais uma loja é aberta,
agora no bairro Coral
• Lafi inaugura nova loja no Centro de Lages, que
se torna referência em Cosmética no Estado como
um Supermercado da Beleza
CORREIO LAGEANO
tor de veículos e autopeças está representado
por quatro empreendimentos: a Translages
(concessionária Chevrolet); Le Monde (concessionária Citröen); e SuperAuto (concessionária
Ford); e a distribuidora de autopeças Disauto.
Na prestação de serviços a maior empresa
atuante na região é a Oi, serviços de telefonia
e internet banda larga. Três distribuidoras de
produtos integram a relação das 5o empresas
homenageadas. São elas a American Oil, a Alpha Comercial e a Valmir Ramos Revestimentos (Obradec).
No setor de venda no varejo o destaque vai
para a Berlanda, a Havan e a Pittol Calçados.
2001
presentação dos supermercados no movimento econômico da região que entram com as
marcas locais, além das grandes redes. Nesse
segmento, nada menos que seis empresas se
destacaram no ano passado, período analisado
para a definição dos empreendimentos agraciados. São eles: Angeloni, Bistek, Martendal,
Super Alvorada, Mezzalira & Cia, e Myatã. Vale ressaltar que Angeloni e Bistek participam
desde a primeira edição do prêmio.
No caso de veículos e autopeças, o destaque
fica evidente se citarmos as últimas pesquisas
de crescimento do setor, as quais mostram
que a Serra foi a região com os números mais
expressivos em Santa Catarina. Este ano o se-
2002
S
etor responsável pelo maior número de
empregos com carteira assinada na Serra Catarinense, o comércio e serviços é
o segmento em que mais empresas aparecem
entre as 50 com maior participação no ICMS
adicionado, critério definido pelo Correio Lageano para homenagear os empreendedores
com o Troféu José Paschoal Baggio. No total
são 19 empreendimentos que estão na lista.
Amplo e variado, o setor pode ser dividido
em uma série de subitens. No caso do Prêmio
Empreendedor José Paschoal Baggio, foram
três as categorias: geral, supermercados, e veículos e autopeças.
Essa fórmula foi definida por causa da re-
1993
Comércio e serviços
Figueiredo é
o responsável
por uma das
principais
distribuídoras
de cosméticos
do Brasil
1995
L
uiz Figueiredo tem se firmado, cada vez mais, como um empresário de sucesso em Lages. Com persistência e ideias inovadoras, iniciou com uma loja
de cosméticos, a Lafi Cosméticos. Mas, percebendo a dificuldade da clientela em encontrar boas marcas para uso
profissional também no interior do estado, buscou alternativas para atender à demanda dessa fatia do mercado
e passou a trabalhar com venda e entrega direta desses
produtos no local de atuação do cabeleireiro e criou a
Alpha Comercial Ltda que, atualmente, se constitui em
uma das mais importantes empresas da indústria da beleza no Sul do Brasil.
A Alpha é a distribuidora atacadista de cosméticos,
que atende o Sul do Brasil, através de representantes
comerciais que atuam diretamente nos salões de beleza.
Seu principal fornecedor é a Alfaparf, uma marca italiana que atua no ramo de cosméticos em todo cenário
mundial e é uma da mais bem conceituadas do setor. Tem
sua distribuição no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Hoje consolidada como Alfaparf Group, é mentora também das linhas de Cosméticos Yellow e AltaModa. A Lafi,
Alpha Comercial, é sua maior distribuidora no Brasil.
Criatividade, liderança e visão de futuro para inovar
e ocupar o espaço no mercado nunca faltaram ao empresário que busca manter o ritmo de trabalho, sempre procurando acompanhar as exigências do mercado, além de
desenvolver ações voltadas à sustentabilidade. “A cosmetologia é um grande negócio. A edição do mês de outubro
da revista Exame nos mostra que com R$ 49,4 bilhões
em receita, o mercado da beleza não para de crescer no
Brasil e de gerar oportunidades para pequenas e médias
empresas. Com isso, o Brasil passou do oitavo para o terceiro maior mercado de produtos de beleza do mundo.
Perdemos apenas para os Estados Unidos e o Japão”, revela Figueiredo, que confirma a continuidade de investimentos na área.
25
1996
CORREIO LAGEANO
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
comércio e serviços
24
80524
1992
• Para ocupar as tardes livres, o
bancário Nilso Berlanda decide
abrir uma loja de móveis e
eletrodomésticos em Curitibanos
1996
E
próximo estar em todos os municípios catarinenses, para depois desbravar o restante do país. Para expandir os negócios, Nilso idealizou o
modelo de negócios batizado de Berlanda Fácil,
para pequenos municípios, e investiu nos polos
regionais.
• Com sete lojas distribuídas no
interior do Estado, Nilso pede
demissão do banco e passa a
trabalhar exclusivamente para a rede
em parceria com a esposa Leoni
2003
Berlanda Uma rede genuinamente catarinense
m 1992 os irmãos Nilso e Wanderley Berlanda deram início a maior rede de eletrodomésticos das regiões Oeste, Meio-Oeste e Serra Catarinense, as lojas Berlanda. Junto
permaneceram por 11 anos, quando em 2002,
fizeram a cisão da empresa. Nilso ficou com a
marca Berlanda e Wanderley passou a usar a
marca Lojas Base, vendida à Magazine Luiza em
2005.
Ex-funcionário do Banco do Estado de Santa
Catarina (Besc), e formado em Administração de
Empresas, Nilso Berlanda ingressou no comércio varejista em 1992 com a única pretensão de
ocupar o tempo vago. Funcionário do setor de
compensação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), seu turno de trabalho ia das 18 h às
2 da madrugada. Como dormia no máximo até
as 10 da manhã, lhe sobrava a tarde inteira livre.
O irmão Wanderlei havia recém-inaugurado
uma loja de móveis e eletrodomésticos em Chapecó, terra natal da família, e convidou Nilso para trabalhar com ele. O futuro lojista achou mais
seguro continuar com o emprego no banco. O irmão sugeriu, então, que ele abrisse uma loja em
Curitibanos, onde morava com a esposa Leoni e
os filhos Aline e Leonardo.
O casal vendia, entregava e até montava os
móveis. A família já tinha tradição em indústria
de móveis, pois – o pai e um tio eram proprietários de marcenarias –, e os fornecedores estavam garantidos.
Hoje, são mais de uma centena de pontos de
venda. A matriz está situada na cidade de Curitibanos, centro do estado de Santa Catarina, a
Berlanda é hoje uma das maiores redes de móveis e eletro do estado e pretende, em um futuro
• Fundação
da empresa
• Nilso compra a marca Berlanda do
irmão Wanderlei, que passa a operar
suas unidades com o nome de Lojas
Base
• O irmão Wanderlei vende a rede
Base para o Magazine Luiza; e a
Berlanda passa a ter liberdade para
expandir seus negócios para o Oeste
Catarinense
No início da loja em
Curitibanos, Nilso e sua
esposa, vendiam, montavam
e entregavam os móveis.
Hoje a rede tem mais de
100 pontos de vendas
PB
comércio e serviços
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
• Com a abertura das
fronteiras passa a importar
tecidos e artigos de baixo
valor agregado
• Curitiba já
contava com
duas filiais da
Havan
• Instalação
da Havan
em Lages
Correio Lageano
• Entra no
mercado de
revenda de GNV
em Lages
Luciano Hang vislumbrou a possibilidade de crescimento acelerado
com a abertura da fronteira aos produtos importados
2008
• É criada a
American Oil
Distribuidora de
Combustíveis
a capital paranaense foi escolhida para
iniciar a expansão. Em 1999 a Havan já
contava com duas fi liais em Curitiba.
A desvalorização cambial fez a Havan
definir um novo rumo, passando a atuar
no segmento de loja de departamentos.
Novas fi liais foram abertas em Curitiba,
Florianópolis, Criciúma e Joinville e novas unidades estão em construção ou sendo planejadas.
Luciano Hang acredita que a empresa se consolida pela forma inovadora de
fazer varejo. A Havan foi pioneira no Sul
na expansão do horário de atendimento,
abrindo suas lojas aos domingos e feriados. Mantém um sistema próprio de financiamento, com o Cartão Havan. Além
disso, está ligada à comunidade, pois além
dos programas sociais, a empresa promove eventos que atraem grande público.
Exemplo disso é o Natal Luz, uma programação com shows gratuitos, chegada do
Papai Noel e acendimento de milhares de
lâmpadas nas fachadas das lojas.
“Em 23 anos um pequeno balcão de
tecidos se transformou em uma rede reconhecida pela qualidade e variedade de
seus produtos e a excelência no atendimento ao público”, destaca Luciano Hang.
27
1999
• Incorporação
da transportadora Petrolages
história de Luciano Hang é tão impressionante quanto os números
colecionados por seu empreendimento: as Lojas Havan. Ao completar 24
anos de fundação, a Havan conta com
18 lojas em Santa Catarina e no Paraná;
cerca de 4 mil funcionários; um total de
mais de 110 mil metros de área construída; mais de 100 mil itens comercializados; investimentos de R$ 100 milhões em
expansão e R$ 100 milhões ao ano em tributos e benefícios.
Fundada em 26 de junho de 1986,
em Brusque, como uma pequena loja
de atacado de tecidos, com apenas três
anos conquistou a sede própria, no atual endereço, na Rodovia Antonio Heil.
As instalações passaram por várias expansões, até chegar à estrutura atual,
de 30 mil metros quadrados de área de
vendas e, com a adoção de uma fachada
estilizada da Casa Branca – sede do governo americano – que caracteriza alguns projetos arquitetônicos da Havan.
Outro elemento incorporado à marca
foi a réplica da Estátua da Liberdade.
Nos anos de 1990, o diretor-presidente,
Luciano Hang vislumbrou um novo potencial, com a abertura das fronteiras aos
produtos estrangeiros. Passou a importar
tecidos e artigos de baixo valor agregado,
para atender ao varejo em todo o Brasil.
Esta fórmula, aliada a uma estratégia
agressiva de mídia em todo o Brasil, alavancou o nome Havan. O sucesso da marca estimulou a abertura de novas lojas e
1990
1969
1977
• Empresa
transfere sua
sede de Xanxerê
para Lages
1988
Rafaelli Sgarbossa, o idealizador
da Amercian Oil
• Ari Sgarbossa
abre seu
primeiro posto
de revenda de
combustíveis
1998
A
veis a diversos postos revendedores,
indústrias e consumidores localizados em diversos estados brasileiros.
Décadas de bom relacionamento
com empresários do ramo e a grande credibilidade e liderança exercida no mercado de combustíveis,
conferiram capacitação técnica e
administrativa para, com a abertura do mercado de distribuição de
combustíveis, iniciar os trabalhos
da American Oil.
A American Oil surgiu em 1998
e desde o início é administrada pela
segunda geração da família Sgarbossa no ramo de combustíveis.
Atualmente a Transportadora Petrolages atua conjuntamente com
a American Oil, tendo como um de
seus focos agilizar a logística de entregas.
A American Oil tem como seus
principais diferenciais apresentar
soluções eficazes em combustíveis
industriais. Possui escritórios de
atendimento nos estados de Santa
Catarina, Paraná e Rio Grande do
Sul.
2008
A
visão de mercado do empresário Rafaelli Sgarbossa fez
nascer em Lages, no ano de
1998, a American Oil, com o intuito de gerar oportunidades de negócios para operadores de postos de
combustíveis, e para investidores
com interesse no setor. A empresa
comercializa e distribui produtos
derivados de petróleo, através da
concessão do uso de sua marca dentro de uma rede de revendedores.
Atende também aqueles revendedores que não possuem vínculo contratual com nenhuma distribuidora
de combustíveis.
O empresário lembra que a semente da American Oil foi plantada
antes mesmo de ele nascer, quando
o grupo iniciou suas atividades no
ramo em 1969, com um posto revendedor de combustíveis, no Oeste
Catarinense, mais precisamente na
cidade de Xanxerê, onde permaneceu até 1977. Neste intervalo de
tempo, começou a operar mais uma
unidade de revenda de combustíveis.
Foi neste ano de 1977 que a empresa se mudou para Lages e nasceu
uma parceria de décadas com a Petrobras Distribuidora. Em meados
dos anos 1980 houve a incorporação da Transportadora Petrolages
Ltda. A transportadora tinha como
objetivo o transporte de combustí-
Havan Uma história de muito sucesso
1986
American Oil Uma logística eficiente no setor de combustíveis
2005
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
comércio e serviços
26
80325
1975
1990
para uso residencial e comercial, carpetes residenciais e
comerciais, incluindo linhas com desenhos para hotéis,
forrações para feiras e eventos e ainda colas e acessórios.
Agora no final de 2010, a Obradec estará lançando um
novo produto; O ForthArt®, piso em réguas de PVC, que
vai competir com os pisos laminados de madeira pela sua
caracterização, com a vantagem de serem resistentes à
água. “Os padrões de cores do piso ForthArt® foram escolhidos por nós, especialmente para atender os gostos do
mercado brasileiro”, explica Valmir Ramos, destacando
que o produto será lançado com um grande volume de estoque pois o objetivo é atender a todo mercado nacional.
1992
O
empresário Valmir Ramos, natural de Gaspar, começou a trabalhar com revestimentos em Blumenau. Transferiu-se para Lages em 1970, onde fundou a Obradec em 1975, uma empresa revendedora a varejo de revestimentos para pisos, forros, papéis de parede
e carpetes. “Foram muitos anos trabalhando diretamente
em obras, naquela época eu mesmo vendia e instalava”,
comenta Valmir Ramos, que adquiriu experiência e passou a atender também pequenos lojistas da região, vindo
mais tarde a se especializar no sistema de distribuição de
revestimentos com estoque a pronta entrega.
Além de produtos nacionais, passou a importar de
diversos países linhas de produtos especialmente desenvolvidas para atender o mercado brasileiro. Atua principalmente na região sul e, mais recentemente, passou a
atender os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Distrito Federal entre outros. Hoje, constitui-se
em uma das maiores distribuidoras especializadas em
revestimentos para pisos do Brasil, concorrendo com
empresas de projeção nacional e atuando tanto no varejo,
quanto no atacado.
A Obradec Revestimentos atende seus clientes pelo
sistema de televendas, de forma que os mesmos não necessitem formar estoque, pois o sistema de logística da
Obradec garante a entrega do produto em 24 horas nos
grandes centros, em 48 horas nas cidades polos e 72 horas nos municípios do interior. “Para atender o mercado a
empresa possui hoje uma enorme variedade de produtos,
disponibilizando o maior estoque de revestimentos de pisos do sul do Brasil”, diz Valmir Ramos.
Dentre os principais produtos que a Obradec comercializa e mantém em estoque, destacam-se os pisos laminados de alto tráfego, os pisos vinílicos em mantas de médio
e alto tráfego, os pisos vinílicos em placas e em réguas,
• Especializa-se em
revestimentos para
pisos
• Passa a ser uma
empresa também
de atacado
1996
empreendedorismo
• Inicia processo
de importação
com produtos
diferenciados para
atender o mercado
de revestimentos
2000
Obradec 35 anos de história, dedicação e
• Valmir Ramos
funda a Obradec
• Passa a atender
grandes obras, como
Hospitais, Tribunais,
Fóruns, Shopping
Center, entre outros
2005
CORREIO LAGEANO
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
comércio e serviços
28
• Passa atender
empresas de grande
porte em grandes
centros comerciais
80571
Valmir Ramos
e Maria
Clara Ramos
80329
29
Oi A maior operadora de telecomunicações do Brasil
/ supermercados
comércio e serviços
• Oi assume
o controle da
BrTelecom, lança
movimento “Multa
Não” e decreta o
fim da multa para
cancelamentos
todos os portes e regiões pela WB Telecom.
Para o presidente da Acats, Adriano
Manoel dos Santos, o resultado de 2009
ficou dentro da meta que a entidade havia
projetado no início do ano passado. “Desde o início do ano de 2009, já trabalhávamos com esta projeção porque tínhamos
uma base comparativa para 2008 muito
alta. Considerando que os 4% foram acima
da inflação do período, dá para concluir
que o resultado foi muito bom”.
A previsão para 2010 é muito semelhante a 2009, de acordo com o dirigente.
“Acreditamos que o setor ainda tem mais
espaço para crescer através do consumo
das nossas três principais âncoras, segmentos de alimentação, higiene pessoal e
limpeza, porém acho que isso deva acontecer sempre em percentuais mais baixos,
positivos, porém baixos. Os primeiros
números de janeiro já indicam essa tendência”, destaca Santos.
Em Santa Catarina, o acumulado de
venda do ano é de 6,69% superior ao mesmo período de 2009. (dados computados
até agosto). Para se ter uma idéia da importância do setor, somente em Lages o
retorno do ICMS adicionado foi de R$ 141
milhões (base 2008).
Pittol Calçados A maior rede calçadista de Santa Catarina
1969
• Serafim
Pittol chega a
Concórdia e abre
sua primeira loja
de sapatos
• A empresa
inicia um
imenso processo
de expansão
1998
1958
A
família Pittol chegou em Santa Catarina nos anos 1920, com os três
irmãos sapateiros, Horácio, Bonifácio e Serafim, que criaram a fábrica Pittol
em Herval do Oeste. Como os negócios
não deram muito certo, o irmão Serafim
mudou-se para Concórdia em 1958, carregando consigo alguns pares de sapatos e o
espírito empreendedor. Seu Serafim comprou uma pequena loja, ao lado da praça
central.
Nascia então, a empresa que se tornaria
símbolo do comércio varejista no Brasil.
No início, a loja vendia apenas pares fabricados, mas com o tempo e a necessidade, a
Pittol começou a vender somente calçados
de fornecedores. A família se envolvia no
negócio, além do filho Arnaldo já gerente
na época, a irmã Salete iniciava sua trajetória como empresária.
A Pittol se tornou a principal loja de
calçados da cidade, e a partir de 1969, a
empresa iniciou um imenso processo de
expansão. O espírito empreendedor está
no sangue dos filhos do seu Serafim que
assumiram o negócio e multiplicaram as
lojas da Pittol em todo o estado de Santa
Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul,
criando assim uma rede com 25 lojas.
Toda a rede vende hoje, cerca de milhões de pares de calçados anualmente,
o que rendeu o reconhecimento de maior
lojista de Santa Catarina neste ramo. Um
crescimento impressionante que tem por
trás muito trabalho, disciplina e coragem
para investir. Para a Pittol, vender não é só
• No mês de
novembro ocorre
a inauguração da
loja em Lages
Serafim Pittol e esposa
Hermelinda, os pioneiros
da rede Pittol Calçados
uma questão de atender à necessidade de
quem entra numa das lojas. “Um calçado
envolve desejo e emoção. É preciso encantar o cliente”, acreditam os proprietários
da empresa.
Por isso, seu grupo de colaboradores é
mais do que um time de vendedores, e já
fazem parte da família Pittol. A diretoria
garante que seu maior patrimônio não são
as lojas confortáveis com seus imensos
estoques, o bem mais valioso é cada um
dos milhares de clientes e cada um dos colaboradores, que formam a família Pittol.
E como toda grande família, tem histórias
para contar. A Pittol é feita de gente que
acredita no que faz e faz com carinho. Como Serafim Pittol, que sempre acreditou
no crescimento da empresa.
Terezinha
e Maurilio
sempre juntos
e orgulhosos
pela Família
Alvorada
Alvorada Uma vida de dedicação de
Maurilio e Terezinha em bem atender o cliente
S
ob a influência de seu irmão e com a intenção de constituir sua família, o então
caminhoneiro, Maurilio Marin, decidiu
entrar no ramo do comércio. Seu primeiro empreendimento foi um pequeno ponto comercial,
localizado na rua Marechal Deodoro, em Lages,
onde hoje existe a loja Fio de Ouro, e que foi aberto graças à venda de seu caminhão, o qual havia
comprado sete anos antes. Após casar com Terezinha Madalena, continuaram o comércio que na
época era denominado de lojas de venda de secos
e molhados.
Em 1973, por um processo de incorporação,
passou a integrar a organização de seu irmão que
havia lhe incentivado a entrar no setor de comercio e assim passou a participar da organização
Mercantil Achyles Marin S/A, quando começou
a explorar também o comércio de produtos agrícolas e veterinários. Este processo continuou em
expansão, estabelecendo filiais dos dois ramos
levando estabelecimentos até para fora de nosso
estado. No auge do seu desenvolvimento chegou a
ter 17 estabelecimentos em atividade, oferecendo
aproximadamente 500 empregos diretos.
• Maurilio Marin inicia
as atividades no setor do
comércio
• O supermercado
Alvorada se une com a
Mercantil Achiles Marin
• Ocorre a cisão e surge
a rede de supermercados
Alvorada, com duas lojas
em Lages
Uma nova mudança veio acontecer em 1995,
através de um processo de cisão, retornou à razão
social Maurilio Marin & CIA LTDA, na atividade de origem, estabelecendo-se como sua matriz
na avenida Castelo Branco, bairro Universitário,
com uma filial na avenida Presidente Vargas, onde permanecem até hoje.
Sempre contando com o apoio decisivo de sua
esposa, com a qual teve quatro filhas (Luciane,
Tassiana, Fabiola e Caroline), Maurilio Marin explica que sua empresa orgulha-se em ter no quadro de colaboradores, pessoas que iniciaram aqui
sua vida profissional, já estão até aposentadas, e
continuam integrados à empresa. Também por
esta razão a empresa caracterizou-se pela Cognominação de Família Alvorada.
A empresa sente-se orgulhosa por estar presente no mercado alimentício, oferecendo a seus
clientes amplas e modernas instalações e mais,
por estar contribuindo com a geração de emprego
e renda no município de Lages e na região.
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
D
entro do setor de comércio e serviços o segmento supermercadista
historicamente ocupa posições
entre os cinco que mais arrecadam impostos, considerando-se o ICMS. De acordo
com o resultado da pesquisa do Termômetro de Vendas da Acats– Associação
Catarinense de Supermercados, em 2009
as vendas apresentaram um crescimento
de 4,19% em relação a 2008, índice já
deflacionado pelo IPCA. Foram considerados os resultados de vendas de janeiro a
dezembro de maneira comparativa entre
os dois períodos. A pesquisa foi feita junto
a 50 principais empresas catarinenses de
Correio Lageano
• Empresa passa a
fazer parte do Índice
de Sustentabilidade
Empresarial (ISE), da
Bovespa
1968
Supermercados
1973
• Empresa anuncia
adoção de marca
única para telefonias
fixa e móvel, internet
e entretenimento, em
substituição ao nome
“Telemar”
1995
1988
2002
ro de mobile payment Oi Paggo. O
acordo potencializa o pagamento
com celulares por combinar a tecnologia da Oi, a capacidade de crédito do Banco do Brasil e a maior
rede de pagamentos do país, a Cielo.
Outras inovações são a ampliação
da oferta de TV por assinatura com
o lançamento do serviço via satélite
em capitais e regiões metropolitanas. Com isso, passou a oferecer Oi
TV em 14 estados, incluindo Santa
Catarina, onde o serviço foi lançado
no ano passado.
• Oi lança primeira
operadora GSM do
Brasil
2007
sado. Contribuíram para esse resultado o desempenho em São Paulo e
na região II, área da antiga Brasil
Telecom. Em banda larga, considerando os acessos fixos e o 3G, a
companhia encerrou o trimestre
com quase 5 milhões de clientes. A
base no serviço 3G cresceu 55% de
setembro de 2009 a setembro deste
ano, chegando a 629 mil clientes.
Constantemente, a Oi lança novidades entre as mais recentes está
a parceria com Banco do Brasil e a
Cielo para operar o sistema pionei-
• Surgimento da Oi
com a privatização
do Sistema Telebrás
2008
D
esde a compra da Brasil Telecom pela Oi, em 2009, a
empresa passou a atuar em
todo o território nacional como a
maior empresa brasileira de telecomunicações e pioneira na prestação
de serviços convergentes, oferecendo transmissão de voz local e de longa distância, telefonia móvel, comunicação de dados, internet e entretenimento. Em setembro de 2010,
a empresa possuía 62,4 milhões de
clientes. Destes, 20,4 milhões em
telefonia fixa, 37,4 milhões em telefonia móvel, 4,3 milhões em banda
larga fixa e 280 mil em TV por assinatura.
Nacionalmente, os investimentos somaram R$ 1,41 bilhão nos
primeiros nove meses de 2010. Desse total, 77,7% foram destinados à
expansão da cobertura de telefonia
móvel em todas as regiões, além da
ampliação da velocidade e da oferta
dos serviços de banda larga.
Entre setembro de 2009 e setembro de 2010, a Oi conquistou 1,9
milhão de novos clientes em todo o
Brasil e, mais uma vez, o crescimento foi impulsionado pelos serviços
de telefonia móvel e de banda larga.
O serviço de telefonia móvel apresentou aumento de 7,4% na base de
clientes em setembro em comparação com o mesmo mês do ano pas-
31
2009
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
comércio e serviços
30
Angeloni O hipermercado da Serra
E
80496
80617
Catarinense
1958
• Abre em Criciúma a
primeira loja do Angeloni
1992
• Segue a expansão em
solo catarinense com
um hipermercado em
Blumenau
• Criado o primeiro slogan
“O Angeloni tem de tudo”
1995
• Chegada ao Norte do
Estado com a inauguração
da primeira loja em Joinville
• Inaugurada a loja
de Lages, totalmente
reformada em 2006.
2002
• Inauguração da loja em
Curitiba. Criado o sistema
“Tempo” de compras pela
internet
• Santa Catarina ganha o
seu primeiro hipermercado,
em Florianópolis, com 16
mil m² de área construída.
2006
posto de combustíveis em 1988, em Criciúma, e a primeira das 19 farmácias da
rede em 1997, na cidade de Blumenau. Ultrapassou as fronteiras estaduais com a
chegada a Curitiba, no Paraná, em 2002,
e em 2006 entrou em funcionamento o novo Centro de Distribuição, em Porto Belo.
Nesse meio tempo, criou o Clube Angeloni,
hoje com cerca de 850 mil sócios, implantou novidades como vendas pela internet e
abriu os horizontes dos consumidores com
os espaços culturais, além de disponibilizar inúmeros serviços que reafirmam seu
permanente compromisso com os clientes.
O plano de expansão do Angeloni prevê
a abertura de mais lojas. Hoje são 22 lojas
no total, 19 farmácias e 6 postos de combustíveis.
1978
A loja de Lages
foi ampliada e
reformada em
2006
1986
m maio de 1958 nascia o Angeloni,
que viria a ser a maior empresa do
setor de supermercados de Santa
Catarina, a 9ª do país e a 3ª da Região Sul.
Foram os irmãos Antenor e Arnaldo Angeloni que ousaram sonhar e abriram as portas para a modernidade a partir do Sul de
Santa Catarina, na cidade de Criciúma. A
ideia era, aos poucos, oferecer o conforto
das lojas de autosserviço encontradas nos
grandes centros. Assim, exatamente um
ano depois, em maio de 1959, era inaugurado o primeiro mercado do gênero no
estado, com uma área de 280 metros quadrados. Chegava, assim, a Santa Catarina,
a loja sem balcão, onde o cliente podia ir
direto à prateleira, escolher o produto e
pagar na saída. Um espanto na época, mas
a ousadia dos pioneiros perseverava e, aos
poucos, foi caindo no gosto dos velhos fregueses e conquistando novos, pois representava mais espaço, conforto e serviços
até então inexistentes.
A segunda loja foi inaugurada em 1969
no Balneário Rincão, seguida de Laguna
em 1974 e de Tubarão em 1976. A chegada
a Florianópolis aconteceu em 1983, através da primeira loja climatizada do estado,
com estacionamento coberto e elevadores.
O primeiro hipermercado de Santa Catarina surgiu no final da década de 1980, no
bairro Capoeiras, em Florianópolis, com 16
mil metros quadrados de área construída.
Nos anos seguintes, o Angeloni expandiu cada vez mais, com lojas em Blumenau,
Joinville, Lages, Jaraguá do Sul, Balneário
Camboriú e Itajaí. Inaugurou o primeiro
33
1987
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
comércio e serviços
/ supermercados
32
• Entra em atividade
o novo Centro de
Distribuição, em Porto Belo
Mezzalira
1986 1983
• Tem início a
empresa Mezzalira
• Os irmãos João
Carlos, Euclides e
Alberto Mezzalira
assumem a empresa
• Inaugurado
o primeiro
supermercado
• Inaugurada a loja
Mezzalira Mix
1975
• Fundação, na
avenida Marechal
Floriano
1999
1990
• Instalação da loja
na rua São Joaquim,
com 700 metros
quadrados de área
construída
2008/9
disso, sempre procurei evoluir. A concorrência nos obriga a fazer assim”, completa.
Além de focado em seu próprio negócio,
Jackson Martendal se integra ao corporativismo, objetivando o desenvolvimento do
setor e da região da Serra Catarinense, fazendo parte de associações de classe como
a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a
Associação Catarinense de Supermercados
(Acats). “Aprendi muito na Acats. Hoje, as
coisas evoluem muito rapidamente. Por
meio da associação, temos a oportunidade
de acompanhar essas mudanças, de trocar
ideias, de saber o que está acontecendo dentro do setor desde os menores aos maiores
do mundo”, conclui Martendal.
Jackson Martendal está
sempre de olho nos
acontecimentos de setor
• Primeira
ampliação. Loja
passou para 1.200
metros quadrados
de área
• Segunda
ampliação. Área
total de 7.400
metros quadrados
de área
Irineu Ceron e Pedro Dirceu Ceron estão no comando da rede de supermercados
ano passado.
Ao todo, a rede gera 500 empregos diretos e cerca de outros 1,5 mil indiretos.
Desde 2005, a rede Myatã tem como seu
diretor comercial, Pedro Dirceu Ceron e
como diretor de controladoria, Irineu Ceron. Ambos fazem parte do quadro funcional da empresa desde o final dos anos
de 1970, sendo que Dirceu iniciou como
auxiliar de escritório.
O Myatã tem como grande diferencial a
qualidade no seu atendimento. Apontado
por mais de 90% dos clientes como bom
e ótimo em recente pesquisa realizada.
Todos os colaboradores recebem apoio
de uma equipe de gerentes e supervisores
para o bom desempenho de suas funções,
periodicamente são realizadas palestras
ou cursos atualizando os conhecimentos
da equipe.
A empresa reconhece a importância de
seus colaboradores oferecendo planos e
benefícios. Os funcionários da rede Myatã
têm oportunidade de crescer com a empresa, que valoriza e oferece chances reais
de uma carreira dentro da rede.
1944
A
empresa Supermercados Myatã
Ltda originou-se da cisão da empresa S/A Maffessoni Comércio e Indústria, estabelecida na cidade de Caçador
e fundada em 1944, pelos sócios Erminio,
Luiz e Reinaldo Maffessoni. A princípio, a
empresa atuava no ramo de atacado de gêneros alimentícios e de secos e molhados,
mas diversificou suas atividades passando
para o setor industrial com o moinho fabricando a farinha de trigo Myatã.
Em 1968 inaugurou a sua primeira loja com o nome fantasia de Supermercado
Myatã. O nome Myatã é de origem tupi e
significa “fortaleza, firmeza”. Já em junho
de 1981 surgiu a nova razão social “Supermercados Myatã Ltda”, quando sua matriz
passou a operar na cidade de Lages, onde
já havia três lojas: uma no Centro, outra
no bairro Coral e a terceira na rua São Joaquim, no bairro Copacabana.
A Rede de Supermercados Myatã é
uma empresa do ramo supermercadista em constante busca da excelência no
atendimento a seus clientes. Atuando no
mercado catarinense, o Myatã tem realizado grandes esforços para oferecer aos
seus clientes produtos e atendimento de
qualidade. A modernização e a renovação
dos equipamentos são realizadas com frequência, a fim de garantir a qualidade dos
produtos e agilidade nos serviços. Atualmente, a rede conta com nove lojas, sendo seis em Lages, duas em Curitibanos e
uma em Porto Belo, esta inaugurada no
• Nasce na
cidade de
Caçador a
empresa Myatã
1981
Myatã O cliente sempre em primeiro lugar
Foco no consumidor final
V
ender em grande quantidade, com
margem de lucro menor e com foco
no consumidor. Este tem sido o caminho traçado pelo empresário Jackson Martendal, fundador do Supermercado Martendal, que hoje está instalado na rua São
Joaquim, em Lages.
Jackson Martendal é natural de uma família de comerciantes e, muito jovem, também definiu seu futuro por esse setor. Em
1975, instalou um pequeno comércio na avenida Marechal Floriano, no Centro de Lages.
“Era um minimercado e eu tinha apenas um
funcionário”, conta o empresário.
Com foco no futuro, o pequeno comércio
cresceu e, anos depois, em 1990, teve que
ser ampliado. O primeiro grande passo do
jovem empreendedor foi transferir seu negócio para a rua São Joaquim, em uma área
de 700 metros quadrados. Em 1999, a loja
foi ampliada para 1.200 metros quadrados e
em 2008/9, nova ampliação. O minimercado da Marechal Floriano se transformou em
um supermercado com 7.200 metros quadrados de área construída, 180 funcionários
diretos, mais 200 terceirizados e uma loja
comparável às melhores e maiores de Santa
Catarina.
Martendal destaca que o setor supermercadista, por si só, é empreendedor, pois, nas
últimas décadas enfrentou todas as crises
econômicas, sendo a pior delas em 1986,
com o congelamento dos preços. “Meu grande trunfo sempre foi vender bastante e ter
fluxo de caixa, com margem de lucro menor
e renda maior”, revela o empresário. “Além
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
• Os supermercados Bistek
chegam à Serra Catarinense
com a abertura de uma
filial em Lages
Rio do Sul, administrados pelos irmãos Euclides,
João Carlos e Alberto, gerando um total de 130
empregos diretos. No início deste ano, o Mezzalira voltou a inovar e abriu, em Lages, a moderna
loja Mezzalira Mix, voltada à comercialização de
artigos tradicionalistas.
Administrado pelos irmãos Euclides, João
Carlos e Alberto, o grupo Mezzalira é um exemplo de capacidade de gerenciamento e de empreendedorismo herdados dos pais: José Mezzalira
(in memoriam) e Claudia Marin Mezzalira. Os
maiores diferenciais da empresa, além da qualidade nos produtos e da infraestrutura para as
compras, são a preocupação com um atendimento cada vez melhor e mais qualificado e os baixos
preços praticados, o que demonstra uma gestão
responsável e competente.
Correio Lageano
• Aberta a primeira
filial do Bistek na
cidade de Cocal do Sul
Os irmãos e sócios Alberto, Euclides e João Carlos
2010 1989
• O nome fantasia
Bistek começa a ser
utilizado
1985
• Começa a funcionar
em Nova Veneza a
Comercial Adelino
Ghislandi
1996
Vanderlei Rossi, gerente da filial de Lages do
Bistek, que fica na Luiz de Camões, no Coral
uando em 1983 a empresária Claudia Marin Mezzalira, em parceria com Vilson
Tchaik, abriu uma empresa no ramo de
confecções de lençóis, cobertores, toucas e cintas
térmicas, em Lages, era plantada a semente de
um grupo sinônimo de qualidade, o Mezzalira.
Desde então, a empresa passou por diversas mudanças, sempre buscando diversificar os negócios e ampliar suas realizações comerciais.
Nesta constante evolução, a primeira grande
modificação aconteceu no ano de 1986, quando
os irmãos João Carlos, Euclides e Alberto Mezzalira, todos filhos de Claudia, incorporaram-se
como sócios da empresa e esta passou também
a atuar no ramo de confecções de artigos de apicultura e revenda de ferragens. Dois anos depois
surgiu o atual Mezzalira e Cia Ltda, que expandiu seus negócios abrangendo um novo nicho do
mercado com a revenda e produção de artigos de
cutelaria, montaria, produtos veterinários e representações.
Em 1989, o Mezzalira expande mais uma vez
os seus negócios e passa a trabalhar no ramo supermercadista. Hoje, conta com duas lojas para
comércio de artigos gauchescos e artefatos de
couro, uma em Lages e outra em São José, além
de dois supermercados, um em Lages e outro em
• Surge a
razão social
“Supermercados
Myatã Ltda” e a
matriz muda-se
para Lages
2009
Martendal
Q
1968
A
autosserviço como as encontradas nos
grandes centros. Estavam neste momento, dando o primeiro passo rumo
à consolidação do que seria mais tarde
a rede Bistek Supermercados.
Em 1985 foi inaugurada a loja de
Cocal do Sul, desde então, outros municípios passaram a contar com o supermercado, como aconteceu em Criciúma em 1991 e 2003, Lages em 1996,
Blumenau em 1997, Brusque em 2000,
Joinville no ano de 2002. São José em
2004, e em 2007 foi inaugurada a loja em Florianópolis (Costeira). A rede
Bistek de supermercado conta hoje
com 10 unidades espalhadas pelo território catarinense. E se constitui em
um dos principais faturamentos do
setor em Santa Catarina. Consolidada
como uma empresa familiar, o Bistek
continua sendo dirigido pela família.
Cabe ainda ressaltar, que esta rede
de supermercado desenvolve projetos
que estão em sintonia com os princípios de responsabilidade social, que
visam desenvolver o potencial do ser
humano, e que também propicia aos
seus funcionários conhecimento técnico e comportamental durante o
horário de trabalho, desenvolvendo o
sentimento de equipe tão necessário
para o aprimoramento coletivo.
comércio e serviços
Prestes a entrar na
maioridade se destaca
pelo bom atendimento
uma empresa familiar de sucesso
história de sucesso da rede
de supermercados Bistek tem
grande vínculo e até se confunde com a própria trajetória da família
Ghislandi, que chegou a Nova Veneza
em 1892, vinda de Bérgamo, na Itália.
O nome Bistek é uma homenagem ao
seu patriarca, Césare Ghislandi, que
ganhou o apelido de “Bistech”, após
chegar ao Sul Catarinense.
Foi justamente um dos netos de
Césare, Adelino Ghislandi, que aos 28
de agosto de 1968, resolve abrir uma
venda no centro da cidade, a Comercial Adelino Ghislandi, e em 1972 recebe o nome fantasia de Bistek, que
para trazer novidades, viaja para São
Paulo e Porto Alegre. Em setembro de
1976, Adelino resolve com um amigo,
fazer uma sociedade para ampliar o
negócio. Sociedade que após ter sido
desfeita, reabre em 1º de novembro
de 1979. Agora, além de uma loja de
confecção, a família tinha um supermercado, que se chamou Bistek.
A inauguração deste supermercado,
administrado pelos seus filhos Walter,
Mário César, Aldo Sérgio, João Carlos e Gláucio Wagner, moços ainda,
representou a concretização de um
velho sonho: colocar à disposição da
população de Nova Veneza uma loja de
35
/ supermercados
Bistek Do Sul catarinense,
1979
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
comércio e serviços
/ supermercados
34
• Abre sua
primeira filial no
litoral, na cidade
de Porto Belo
80367
80392
• Abre no
bairro Coral
a Disauto
Distribuidora
de autopeças
• Abre sua
primeira filial
na cidade de
Joaçaba
2004
vendidos 206.742 veículos novos em Santa
Catarina, crescimento de 8,29% em relação ao mesmo período do ano passado. Os
dados são da Federação Nacional de Distribuição de Veículos em Santa Catarina
(Fenabrave/SC). O melhor desempenho
regional foi o da Serra Catarinense, com
4.329 unidades vendidas e crescimento de
20,62%.
As vendas de automóveis também movimentam o comércio de autopeças. Com
diversas lojas especializadas na mecânica
leve e pesada, Lages atualmente é referência do setor para a Serra Catarinense e
também para o Sul do Brasil.
• João
Gomes chega
a Lages e
começa a
trabalhar
como
mecânico
• Abre sua
filial na
cidade de
Itajaí
2008
recuperar o segmento ao longo de 2009. A
queda de 26%, em novembro e dezembro
de 2008, em relação ao mesmo período
do ano anterior, foi sinalização para que o
governo implementasse as medidas fiscais.
A iniciativa levou a um crescimento de
12,9%, acima até da expansão observada
em 2008, de 11%.
No Brasil, o segmento de automóveis
apresentou crescimento de 12,94% nos emplacamentos de 2009 em relação ao ano
anterior. O desempenho foi superior aos
registrados em 2008 (11,04%), mas inferior a 2007 (27,0%).
De janeiro a outubro de 2010, foram
1967
U
m dos grandes termômetros da
economia nacional está na venda
de veículos automotores. De acordo com dados da Federação Nacional da
Distribuição de Veículos Automotores o
ano de 2009 terminou melhor do que o
esperado, especialmente para o setor de
automóveis e comerciais leves. As medidas
de isenção de IPI foram fundamentais
para estimular o setor ao longo do ano. No
entanto, devido à atividade muito fraca,
em virtude da crise internacional, os segmentos de caminhões, ônibus, motos e implementos sofreram mais. As medidas de
redução do IPI foram fundamentais para
investimento, o objetivo deste empreendimento é
ampliar a fatia de mercado e melhor atender a região
do Vale do Itajaí e Litoral Norte do estado de Santa
Catarina. No final de 2007, em contrapartida à boa
aceitação e ótimo relacionamento com a clientela, a
direção da empresa decidiu investir mais. Foi adquirido um terreno na cidade de Itajaí, para as futuras
instalações desta filial. Já no ano seguinte foi aberta
a quarta filial, para atender a cidade de Tubarão e o
Litoral Sul do estado.
Mas apesar de todo o sucesso, João Gomes não
esconde que seu maior orgulho é o fato de todos os
seus filhos terem seguido seus passos e estarem integrados ao cotidiano da empresa. Cada um com uma
função específica, Sandra comanda Joaçaba, Janaina a loja de Itajaí, Samuel está em Tubarão e Rafael é
seu braço direito em Lages.
1988
• uma
nova loja da
Disauto é
inaugurada,
desta vez na
cidade de
Tubarão
/ veículos e autopeças
comércio e serviços
Veículos e autopeças
João Gomes com seu
filho e braço direito
nos negócios em
Lages, Rafael Gomes
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
O
setor automotivo passou a fazer parte do cotidiano de João Gomes, desde a hora que ele
deixou sua terra natal, Pouso Redondo, para
se instalar em Lages, isto quando tinha apenas 17
anos. Num primeiro momento, ele trabalhou como
mecânico em uma oficina. Percebendo que esta não
era sua vocação, trocou de emprego e começou a vender autopeças numa grande loja existente em Lages.
Não foi necessário muito tempo para que ele percebesse que esta era a profissão que desejava seguir e
com muito esforço, acabou por montar seu próprio
negócio, a Disauto.
Sua empresa foi fundada em 1988 com o objetivo
de atender o mercado varejista na cidade de Lages.
Iniciando suas atividades em uma sala comercial locada na Avenida Luis de Camões, com um bom espaço físico, que em pouco tempo tornou-se insuficiente, havendo necessidade de ampliar seu estoque. Em
1989 foi adquirido um terreno próximo à antiga loja,
e construído um novo prédio, onde foi elaborado um
projeto que supria a demanda, obtendo boa aceitação da clientela, e onde está estabelecida a matriz até
os dias atuais.
Com o passar dos anos a Disauto ficou cada vez
mais conhecida tanto em Lages quanto na Serra Catarinense. Visando à oportunidade de aumentar sua
fatia no mercado, a empresa procurou abranger outras regiões do estado de Santa Catarina, região sul
do Paraná, e região norte do Rio Grande do Sul, iniciando no ramo atacadista de autopeças. A empresa
tinha planos de abrir uma filial em um ponto estratégico, e acabou escolhendo a cidade de Joaçaba, que
foi fundada em 1990.
Em 2004 a Disauto inaugurou uma nova filial,
escolhendo a cidade de Itajaí como sede desse novo
1990
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
comércio e serviços
/ veículos e autopeças
Disauto A paixão pelo comércio compartilhada com os filhos
37
Correio Lageano
36
atendimento pós-venda. Para isso,
o grupo seguiu as indicações de
uma pesquisa de mercado, com expectativa de conquistar 5% do mercado do setor na cidade, meta essa
que foi superada.
Füchter destaca que foi empreendedor apostar em uma marca
que ninguém conhecia e, mais do
que isso, consolidar essa marca.
“Fizemos isso de forma bastante
inovadora, tanto na estratégia de
marketing, quanto no relacionamento com o cliente. Tratamos
nossos produtos como uma marca
sofisticada, como uma grife”, comenta Nelson Füchter. “Tem que
ter coragem, pois exige altos investimentos e visão de futuro”, completa o empresário.
Atualmente, o grupo Le Monde
conta com 415 funcionários e, em
2010, vendeu cerca de 10 mil carros novos e usados, com expectativa de fechar 35 mil atendimentos
de oficina, consagrando-se como
uma das maiores revendas de Santa Catarina.
óleo. A central entra em contato com
o cliente para agendar estes serviços.
Todas essas inovações trouxeram
a Translages resultados como a liderança no mercado de automóveis e comerciais leves na região da Amures,
além do recorde em faturamento no
pós-venda , tanto em oficina como em
funilaria, contando com 70 colaboradores.
Nesse processo de transformação,
a Translages mostrou sua preocupação com o meio ambiente e implantou ações de sustentabilidade como
a reciclagem e destinação correta dos
resíduos.
Segundo Michel, a Translages tem
como visão ser a melhor concessionária Chevrolet em atendimento e
satisfação do cliente, comercializando
produtos e prestando serviços com
qualidade.
80591
SuperAuto
Uma parceria de
crescimento com a Ford
O
Franco Carlos da
Silva é o gerente
geral da Superauto
de Lages e de
outras cidades do
estado
1983
gico e dedicação”, finaliza.
A SuperAuto Comércio de Veículos
Ltda foi fundada em 7 de janeiro de 1983,
com o objetivo de comercializar automóveis e pick-ups da marca Ford, além de
peças originais e prestação de assistência
técnica especializada para Santa Maria e
cidades da região central do Rio Grande
do Sul.
Com 27 anos de experiência acumulada, a Superauto é comprometida com os
clientes. Profissionais qualificados tornaram as concessionárias da rede, o distribuidor Ford que possui o melhor atendimento ao cliente no sul do país.
PB
• Fundação da SuperAuto
Comércio de Veículos Ltda
1990
começo pequeno, com apenas
uma loja de seminovos em Florianópolis, não impediu a SuperAuto de se tornar a rede de concessionárias
que mais cresce no Sul do Brasil. Hoje,
com mais de 25 anos de mercado, opera
3 lojas de seminovos em Florianópolis,
além das bandeiras GM– em São Bento
do Sul, Mafra, Rio Negrinho, Canoinhas
e Joaçaba (SC), São Mateus do Sul (PR), e
Ford em Lages e Curitibanos (SC), Porto
Alegre (RS) e em Brasília (DF).
A cidade de Lages sempre se mostrou
como um mercado interessante para
a Ford, que firmou com a SuperAuto o
compromisso de aumentar o share de
mercado da montadora na região. Hoje
quem gerencia o desafio é Franco Carlos
da Silva, gerente geral. Além da revenda
de Lages, Franco ainda é responsável
pela gestão das concessionárias da rede
localizadas em Curitibanos, Canoinhas,
Mafra, São Mateus do Sul e Joaçaba.
Através de um sistema de coordenação
remota, a operação é controlada de forma
efetiva, respeitando as particularidades
de cada praça. “É um grande desafio e
uma grande responsabilidade manter o
ritmo de crescimento da rede”, diz Franco. “Mas acredito que o caminho para o
sucesso passa por muito trabalho estraté-
• É criada a Conesul Administradora de Consórcios
Ltda, uma empresa subsidiária da Superauto que
objetiva agregar o segmento de consórcios de veículos
novos e seminovos às atividades principais da empresa
• Nova sede localizada na
BR-158 em Santa Maria
• Transição da
administração
da Translages
para o Grupo
Marambaia
• Translages
recebe a
classificação
Padrão “A”,
concedida pela
Chevrolet
/ veículos e autopeças
comércio e serviços
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
grupo já conta com oito lojas, distribuídas pelo estado em cidades
estratégicas como Florianópolis,
onde também funciona o Centro
Administrativo, Blumenau, Joinville, Itajaí, Lages, Jaraguá do Sul e
Tubarão, e o centro de distribuição,
instalado em Palhoça, em 2008.
Em Lages, a Le Monde se instalou em 2008, em função da localização geográfica do município
e pelo tamanho do mercado, além
da necessidade de dar suporte aos
clientes fora do litoral e manter o
• Assinatura
do contrato
de concessão
entre a General
Motors do Brasil
e a Translages
Correio Lageano
DNA de vendedor de carros
1968
• Inauguração
da loja em Lages
Os gerentes Alfredo
Beisheim Filho (de vendas),
Patrícia da Silva Possamai
Signor (de pós-vendas) e o
diretor Michel Joest Khater,
equipe responsável pela
gestão das novas ações
que deu a Translages a
classificação Padrão “A”,
concedida pela Chevrolet
2008
á três gerações trabalhando no setor automotivo, a
família Füchter fundou,
em julho de 2001, inicialmente
em Blumenau, a concessionária
Le Monde e foi a responsável pela consolidação da marca francesa Citroën em Santa Catarina. A
oportunidade surgiu quando a fabricante instalou uma unidade no
Brasil, com a intenção de expandir
com credibilidade, segundo o diretor geral, Nelson Füchter Filho.
Em nove anos de atuação, o
• Instalação
do Centro de
distribuição, em
Palhoça
N
a nova administração da
Translages, a empresa passou
por mudanças importantes
que levaram a concessionária Chevrolet de Lages a conquistar a classificação “Padrão A”, um reconhecimento
da GM que atesta a qualidade dos
serviços prestados pela concessionária no atendimento aos consumidores
da marca Chevrolet. Do total de 500
concessionárias, apenas 60 em todo o
Brasil e 2 em Santa Catarina, receberam esta classificação, entre elas, está
a Translages.
O diretor da Translages, Michel Joest Khater, está à frente dessa administração e conta que todas as áreas
passaram por modificações, tanto em
estrutura, quanto na forma de atendimento.
A empresa ganhou novas estruturas no salão de vendas, na oficina
e na funilaria e pintura, onde foi implantado o serviço rápido com um laboratório de tintas, tendo como diferencial a qualidade e secagem rápida.
Na mecânica, para maior comodidade
do cliente a concessionária oferece
o agendamento, onde o cliente pode
marcar hora e até escolher o técnico
de sua preferência.
Outro diferencial da Translages é
sua Central de Relacionamento com
seus clientes, onde é feito o acompanhamento dos “compromissos” do
veículo, entre eles revisões e trocas de
2010
2001
• Mudança da
matriz para
Florianópolis,
com a criação
do Centro
Administrativo
2008
• Início das
operações da Le
Monde
1999
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
Correio Lageano
Le Monde
H
39
Translages Uma concessionária Padrão “A”
2004
Marco Cezar / divulgação
Rodrigo Füchter,
Dorotéia Füchter,
Nelson Füchter,
Fernando
Füchter e Nelson
Füchter Filho
comércio e serviços
/ veículos e autopeças
38
Boa Esperança
80393
80398
, papel, celulose e florestal
Empresa investiu para superar as crises econômicas
Implantação da
Boa Esperança,
em Capão Alto
Início das
exportações
e novos
investimentos
Aquisição de
uma nova linha
de produção
Importação de
caldeira para
quatro estufas
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
a Klabin atua na região com três unidades fabris (Lages, Otacílio Costa e
Correia Pinto).
No segmento madeira, a Serra Catarinense conta com empresas que atuam
em três vertentes distintas e ao mesmo
tempo, interligadas. São o de produção
de papel e celulose, onde se enquadram
a própria Klabin, a Polpa de Madeiras e
a Kimberly-Clark Brasil; o de beneficiamento da madeira, como a JJ Thomazzi, a Indústria e Comércio de Madeiras
WF, a Nereu Rodrigues e a Madepar. A
terceira vertente está ligada à produção
de madeira, que é o caso da Florestal
Gateados.
2002
emprega cerca de 19 mil
pessoas (diretos e indiretos) na região serrana.
No Estado, dos 548 mil
hectares de área reflorestada, 285 mil, ou 52%, são
na região da Associação
dos Municípios da Região
Serrana (Amures).
Outra prova da importância da atividade é que
entre as 50 empresas de maior retorno
em termos de ICMS adicionado, nove
fazem parte dele. Vale ressaltar que,
numa análise mais criteriosa, este
número poderia subir para 11, já que
2005
P
or mais de duas
décadas, entre os
anos de 1940 e
1960, o setor madeireiro
foi o mais importante da
economia da Serra Catarinense, proporcionando
à região ser a mais rica e
próspera de Santa Catarina. Apesar de inúmeras
crises e dificuldades, o
setor madeireiro/florestal, ainda desempenha um importante papel na
economia regional. Hoje, a indústria
de base florestal (madeireira, papel celulose, reflorestamento, entre outros),
1992
Madeira, papel, celulose e florestal
ano de 2007 e início de 2008, foram os
períodos mais difíceis para a empresa,
devido às crises econômicas. Mas, destaca que, para quem resistiu, continuou
investindo e apostou na exportação, o
ano de 2010 foi de retomada do crescimento. “Apesar das dificuldades, conseguimos nos manter na exportação. Hoje,
65% da nossa produção vai para o mercado externo e o restante serve ao mercado nacional”, explica o empresário.
Como estratégias futuras, a Boa Esperança definiu que 50% da produção
será mantida para a exportação e 50%
no mercado brasileiro. Marcon projeta
chegar a uma produção de 3 mil metros
cúbicos, mas, seu principal desafio é
produzir o mesmo, com mais qualidade
e menores custos, além da certificação
com oferta de produtos com FSC (Forest
Stewardship Council). Objetivo principal é promover o manejo e a certificação
florestal no Brasil.
Para isso, a empresa planeja melhorar a performace da caldeira, a fim de
desperdiçar menos matéria-prima, reduzir os prejuízos ao meio ambiente e
melhorar a produção. A Boa Esperança também quer investir em uma nova
serraria e em uma nova área administrativa.
1998
A
Boa Esperança Indústria, Comércio e Exportação de Madeiras está completando 18 anos. Quando
iniciou suas atividades, em 1992, com
Ary Marcon, apenas mais cinco pessoas
trabalhavam na empresa. Hoje, são 93
colaboradores que apresentam uma produção média de 2.400 metros cúbicos.
Israel Marcon passou a trabalhar na
empresa do pai em 1999 e conta que no
segundo ano em que a empresa estava
produzindo, já se pensava em alternativas de melhor aproveitamento da matéria-prima. Em 1998, uma nova linha de
produção foi adquirida e conseguiu-se
reduzir a quantidade de matéria-prima
em 30% para produzir mais.
Seguindo a busca por melhorias, em
2002, a Boa Esperança deu o seu grande
salto, com o início das exportações. Recebeu investimentos na ordem de R$ 2
milhões em novas estruturas. Com uma
serraria 100% nova, a produção que,
inicialmente, era de apenas 90 metros
cúbicos, aproximou-se dos 2 mil metros
cúbicos.
Em 2005 o investimento foi na importação de uma caldeira para quatro
estufas, melhorando o processo de secagem da madeira.
Marcon lembra que o final de 2004, o
madeira
Indústria, comércio e exportação. Boas
práticas que resultam em crescimento
madeira
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
Correio Lageano
41
Correio Lageano
, papel, celulose e florestal
40
Referência em produtos de higiene
• São iniciados
os plantios de
pinus
• A fazenda é transformada
em pessoa jurídica, com a
denominação de Florestal
Gateados Ltda
madeira
• A Kimberly adquire 100% do
comando da unidade de Correia
Pinto e inaugura um planta de aparas
Klabin A maior produtora de
JJ Thomazi e
Cia Ltda Apesar da
• Início do
processo para
serrar toras
• Investimentos em
nova linha de produção
apostando na retomada
da economia
• Foi criada a M.F. Klabin e
Irmão, em São Paulo (SP) – o
berço da Klabin S.A
• A Papel e Celulose
Catarinense S.A. (PCC),
de Lages (SC), constituída
em 1961 durante Projeto
de Expansão 2, entrou em
operação com a produção de
celulose e papel kraft natural
2000
2003
• Início das
exportações
• A Klabin adquiriu a unidade
de Otacílio Costa (SC), que
passou a ser a segunda maior
fábrica da empresa, voltada à
produção de kraftliner
2006
1989
• Retomada da
empresa que
havia encerrado
as atividades
2007
descascamento de toras, e a produção de cavaco.
Para o próximo ano, será implantado sistema de gerenciamento da caldeira e das atuais estufas de secagem
da madeira, buscando a redução de custos e a melhoria
da qualidade de secagem. Pretende-se também ampliar a
base de reflorestamentos próprio que, hoje, garante 10%
de sua matéria-prima. A meta é chegar a 50% de abastecimento com florestas próprias.
Outra preocupação da direção da JJ Thomazi é a integração da empresa com a comunidade, bem como em relação à qualidade de vida dos seus colaboradores e, por isso,
procura garantir cada vez mais qualificação e benefícios,
como em parceria com o Sesi, mantendo uma escola dentro da empresa, o investimento em um novo restaurante,
que deverá a partir de janeiro de 2011, fornecer alimentação aos atuais 120 funcionários. “É necessário fidelizar
os funcionários e, para isso, devemos proporcionar uma
melhor qualidade de vida”, diz o diretor geral.
2009
Os irmãos Denise, Alceu, Edelmar e
Cláudio trabalham juntos pelo crescimento da JJ Thomazi
1890
C
Além das florestas, a Klabin
foi a primeira empresa do mundo
a obter certificação FSC conjunta para o processo produtivo de
papel-cartão, kraftliner e sacos
industriais, o que ocorreu em
2006. Em 2007, a certificação foi
estendida para o processo produtivo de papelão ondulado e papel
reciclado, abrangendo assim todas as linhas de papéis e embalagens de papel da Klabin.
A empresa tem longo histórico de comprometimento com a
preservação do meio ambiente
e desenvolve suas atividades de
forma a garantir o equilíbrio dos
ecossistemas das regiões onde
atua. Nesse sentido, o manejo
florestal da companhia segue o
conceito de mosaico, que consiste
em plantios de pinus e eucaliptos entremeados por matas nativas preservadas. Para cada 100
hectares de florestas plantadas,
a Klabin preserva mais de 80
hectares de matas nativas. Dessa
forma, até dezembro de 2009, as
áreas de conservação da empresa
somavam 192 mil hectares, o correspondente a cerca de 40% do
total das propriedades da companhia.
1969
A
Klabin, empresa brasileira
de 111 anos, é a maior produtora de papéis e cartões
para embalagens, embalagens
de papelão ondulado e sacos industriais do Brasil, além de ser
a maior produtora de toras para
serrarias e laminadoras. É também a maior recicladora de papéis e a principal exportadora do
setor no país.
Mantém 17 unidades industriais em oito Estados brasileiros
e uma fábrica na Argentina, totalizando capacidade anual para
produzir 1,9 milhão de toneladas
de papel, parte convertida em
embalagens de papel e parte comercializada em mais de 50 países.
A empresa foi a primeira do
setor de papel e celulose no hemisfério sul a obter a certificação
FSC (Forest Stewardship Council) para suas áreas florestais no
Paraná, em 1998. Em 2005, as
florestas localizadas em Santa
Catarina também receberam a
certificação. Quatro anos depois,
em 2009, as florestas de São Paulo receberam o selo FSC, o que
tornou a área florestal produtiva
da companhia 100% certificada.
• A unidade de Correia Pinto passa
a se chamar Kimberly-Clark Brasil
Indústria de Produtos de Higiene
Reinoldo
Poernbacher,
diretor-geral
da Klabin S.A
papel e celulose das Américas
crise, a decisão de investir
om a ideia de seguir os passos do pai Jacyr José
Thomazi, os irmãos Edelmar (diretor geral), Alceu (diretor técnico), Denise (diretora financeira)
e Claudio (diretor industrial) retomaram as atividades da
JJ Thomazi e Cia Ltda. Inicialmente como uma serraria
pequena, mas com perspectivas e projetos de crescimento.
Para fazer com que a empresa atingisse as metas de
crescimento, foram necessárias a substituição gradativa
do maquinário e a adaptação da nova matéria-prima, o pinus. “Na madeireira do meu pai, o trabalho era com araucária”, conta Edelmar José Thomazi, reforçando que uma
das decisões mais importantes foi justamente readaptarse à nova realidade e investir, sempre buscando a qualidade do produto, e com menores custos.
Edelmar destaca que, mesmo com a crise de
2008/2009, a madeireira investiu na modernização da linha de produção. “Essa decisão foi acertada, pois quando
o mercado começou a reagir, nós estávamos prontos para
atender à demanda, conseguindo manter a empresa operando em plenitude”, explica Edelmar, destacando que os
investimentos garantiram incremento de 30% na produção, mantendo um custo fixo, o que tornou a empresa mais
competitiva.
A partir dos investimentos dos últimos anos, a JJ Thomazi passou a produzir mensalmente em torno de 5 mil
metros cúbicos de madeira serrada, sendo 40% destinados à exportação direta e 60% ao mercado interno. Os
investimentos continuam, no sentido de agregar valor ao
produto, com a implantação de projeto com sistema para
• A Kimberly-Clark se une a
Klabin e dá origem a Klabin
Kimberly em Correia Pinto
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
• A Florestal
Gateados
obtém o selo
FSC
lhões de árvores anualmente. No ano
seguinte, dando sequência ao processo
de reformulação, a unidade de Correia
Pinto passa a se chamar Kimberly-Clark
Brasil Indústria e Comércio de Produtos
de Higiene.
O constante aprimoramento de processos e a estratégia de estar ao alcance
de todo o Brasil, em todos os pontos de
venda possíveis, permitiram à empresa tornar a vida de seus consumidores
mais confortável por todo o país.
A Kimberly-Clark é uma empresa
americana com operação em 47 países e
tem seus produtos comercializados em
150. A K-C está presente em todo o Brasil, onde é líder de mercado nas categorias de bens de consumo onde atua, oferecendo aos consumidores uma linha
completa de produtos de higiene pessoal, produtos para o cuidado infantil e de
proteção feminina. A empresa também
atua no segmento institucional por meio
da K-C Professional que oferece soluções de higiene e segurança para bares,
restaurantes, indústrias e empresas que
prestam serviços ao público em geral.
2003
2008
• Criação da
RPPN Emílio
Einsfeld Filho
2010
•A
administração
da Fazenda
Gateados passa
a ser feita por
Emílio Einsfeld
Filho
1981
do rigor legal, com eficiência empresarial e manejo
florestal dentro da melhor qualidade técnica. É pioneira no Brasil na utilização de (re)florestamentos
de Pinus para uso múltiplo, de alta qualidade.
A empresa também criou uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável. A Reserva Particular
do Patrimônio Natural – RPPN Emílio Einsfeld
Filho. Possui área total de 6.328,60 ha nos municípios de Campo Belo do Sul e Capão Alto – SC.
Em 2010 obteve a certificação FSC (Forest
Stewardship Council). Ele atesta que a matéria prima utilizada é oriunda de uma floresta manejada
de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável, com o cumprimento
de todas as leis vigentes e aplicáveis.
1975
O plantio e corte
das madeiras
respeitam as
rigorosas normas
ambientais
á 14 anos a Kimberly-Clark
Brasil conquista diariamente milhões de brasileiros com
seus produtos de alta tecnologia e qualidade no setor de higiene e bem-estar.
São mais de três mil colaboradores, em
quatro fábricas: Eldorado do Sul-RS,
Correia Pinto-SC, Suzano e Mogi das
Cruzes-SP. Líder mundial no segmento
de higiene e bem-estar, a Kimberly-Clark trabalha para oferecer produtos que
já fazem parte do dia-a-dia das pessoas.
Das oito categorias de produtos que oferece, foi pioneira em seis.
Na Serra Catarinense, iniciou suas
atividades em 1998, quando no mês de
maio firma a parceria com a Klabin Papel e Celulose, dando origem à Klabin
Kimberly, cuja unidade fabril foi instalada no município de Correia Pinto. A
sociedade com a Klabin durou até 2003,
quando a Kimberly decidiu unificar e
padronizar seus processos no Brasil e
acabou por adquirir 100% da empresa
que mantinha com a Klabin.
No mesmo ano de 2003, a Kimberly
inova em sua unidade de Correia Pinto
e cria a divisão de aparas, que é a utilização de papel reciclado na produção
de sua linha, numa ação que, além de
reduzir os custos operacionais, é uma
importante ação de preservação ambiental, uma vez que com a utilização
de papel reciclado, deixa de cortar mi-
1998
H
Q
uando no final do século XIX e início do
XX o tropeiro Firmino da Silva Rosa começou a adquirir terras na região onde é hoje
o município de Campo Belo do Sul, não imaginava que tudo se transformaria, no século XXI, em
uma das principais empresas florestais do Sul do
Brasil: a Florestal Gateados. Sua intenção era criar
sua tropilha de cavalos de cor amarelo queimado,
denominado “Pelagem Gateado”. Com o passar do
tempo, o local passou a ser chamado de “Tropilha
dos Gateados”, e depois, “Fazenda dos Gateados”.
A Fazenda tinha como principal atividade a pecuária extensiva nas áreas de campo até 1980, o
extrativismo de Araucária angustifolia até junho
de 1989 e gado leiteiro até 1993. Em 1975, a administração passou para Emílio Einsfeld Filho, que
a partir de 1978 iniciou o (re)florestamento com
Araucaria angustifolia e com pinus em 1981.
Até 1982 esse era o nome de todas as terras pertencentes ao “Condomínio Einsfeld”, dos irmãos
Emílio, Ervino e Magdalena. Com a extinção da comunhão, surgiram as Fazendas Paequerê (Magdalena Presser Einsfeld), Guamirim (Emílio Einsfeld
Filho) e Gateados (Ervino Presser Einsfeld).
Emílio e Ervino passaram a administrar seus
bens em parceria, a denominação ficou Fazenda
Guamirim Gateados. Em setembro de 2001 passou
à denominação de Florestal Gateados Ltda, que hoje centraliza suas atividades na produção e comercialização de toras de pinus de florestas implantadas com recursos próprios, gerando 250 empregos
diretos e 700 indiretos.
A empresa desenvolve suas atividades dentro
Correio Lageano
preservação do Meio Ambiente
unidade de Correia Pinto
da Kimberly-Clark Brasil em
operação desde 1998
, papel, celulose e florestal
Kimberly-Clark Brasil
43
2004
Gateados Referencial em produção com respeito à
2001
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
madeira
, papel, celulose e florestal
42
• Foi a primeira empresa
do mundo a receber a
certificação FSC conjunta
para o processo produtivo
de papel-cartão, kraftliner e
sacos industriais
80521
44
80136
45
Mais força para a nossa indústria
80587
Fortalecer a nossa indústria. Essa é a missão diária da Federação das
Indústrias do Estado de Santa Catarina, que trabalha há sessenta anos para
promover o bem-estar econômico, social e, principalmente,
o desenvolvimento sustentável do nosso estado.
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, papel, celulose e florestal
madeira
reflorestamentos que visam o mínimo de degradação ao
meio ambiente e o melhor aproveitamento de madeira.
Bem como o respeito ao funcionário e às exigências do
mercado consumidor.
“Nossa missão é fornecer aos clientes paletes de
qualidade, por meio de um padrão de produção de alto
desempenho, respeitando às exigências legais e o meio
ambiente. Bem como oferecer serviços diferenciados e
proporcionar boas condições técnicas e de estrutura aos
funcionários. Além de manter bom relacionamento e
parceria com todos os fornecedores da empresa. E nossa
visão é sermos reconhecidos e nos tornarmos referência
como fabricante e fornecedor de paletes com tratamento
fitossanitário no sul do país”, destacam os proprietários
da WF Madeiras.
Final do
Século XIX
• A Nereu Rodrigues
inicia suas atividades
produtivas em
Correia Pinto
A WF Madeiras
possui sua matriz
em urussanga
e uma unidade
em Lages com
mil metros
quadrados
• João Bez Fontana
chega ao Brasil,
vindo da Itália
1979
Nereu Rodrigues
iniciou no setor
madeireiro com
seu pai Adolfo
indo da Itália para o Brasil, no início do século
XIX, com a esperança de novos tempos, João Bez
Fontana ajudou a edificar o município de Urussanga, um lugar ainda inexplorado e que exigia muito
trabalho para ser construído.
No velho continente, a extração de madeira já era a
atividade da família e continuou sendo em terras catarinenses, onde passaram-se gerações e, em 1979, o descendente de João, Sebastião Bez, revolucionou a atividade na região, adquirindo a primeira serrafita.
A tradição de família e experiência no trabalho de extração e transformação da madeira fez com que, no ano
de 1996, surgisse a WF Madeireira Ltda. Seus sócios,
Wagner Bez Fontana e Franck Charles Bez Fontana, inspirados pelo patrono da família, resolveram abrir novos
caminhos e seguir um novo rumo ao segmentar seu negócio para uma área de atuação específica, direcionada
ao fornecimento de paletes para exportação, pautados
por modernos conceitos de qualidade e logística.
A WF Madeiras, com matriz em Urussanga, dispõe
de uma estrutura de mais de 2 mil metros quadrados de
área construída, 45 empregos diretos e ainda conta com
uma filial em Lages, com mais de mil metros quadrados
de área.
A capacidade de produção, com as tecnologias implantadas recentemente, chega a 50 mil paletes mensais
para atender a diversos setores. Entre eles a indústria
de revestimento cerâmico, indústrias plásticas, petroquímicas, alimentícias, papel e celulose de todo o país.
A postura da WF Madeiras em relação às questões
ambientais conta com investimentos em tecnologias e
• Sebastião Bez
revoluciona a extração
de madeira, em
Urussanga, com a
primeira serrafita na
região
•Wagner e Franck
Bez fundam a WF
Madeiras
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
• A unidade de
fabricação de papelão
ondulado é transferida
para Lages
1996
• A Empresa se
transfere para a
cidade paranaense
de Pinhão
• A empresa passa
a produzir papel
Maculatura e cartões
duplex
V
2004
1993
com o empenho e dedicação de seus fi lhos
Sergio Roni Rodrigues, César Luis Rodrigues, Célio Luis Rodrigues e Gilson Pedro
Rodrigues os quais, com os ensinamentos
do pai, hoje estão comprometidos em fazer
com que a empresa tenha um desenvolvimento tecnológico, administrativo e comercial.
Sabendo disso, eles participam de todo
o processo de tomada de decisão e se empenham pessoalmente na gestão de todas
as fases do processo industrial, comercial
e administrativo, dando continuidade aos
ideais do patriarca.
Hoje a indústria conta com equipamento
moderno e de alto rendimento, isso faz com
que seu produto atinja alto índice de qualidade, e também que a empresa atinja excelência nos itens de tecnologia, produtividade, meio ambiente e satisfação do cliente.
A Nereu Rodrigues & Cia Ltda exporta
para países da Europa e América, dentre os
quais Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Itália, Holanda, Estados Unidos e Porto Rico.
• É criada no
município de Aripuanã
– MT, a Nereu
Rodrigues & Cia
• É criada na cidade de
Santa Cecília a Polpa de
Madeiras
Família, madeira e
história que permanece
compensados de madeira para o mundo
O
uma nova impressora, tornando a Polpa de Madeiras
uma empresa ainda mais ágil e competitiva para atender às demandas do mercado. Na produção de caixas de
papelão ondulado, são utilizados papéis reciclados de
várias gramaturas com excelente desempenho, e chapas de papelão ondulado em ondas simples e duplas.
A Polpa de Madeiras desenvolve seus processos e
produtos com a cultura da Qualidade Total, através do
seu programa estratégico “Qualidade Total Polpa”, com
o pleno envolvimento de seus colaboradores, criando
mudanças comportamentais e estruturais, buscando
melhorias contínuas para a satisfação de seus clientes,
em todos os seus mercados de atuação. Trabalhando
em estreita parceria com seus clientes, a Polpa de Madeiras está permanentemente envolvida com o desenvolvimento de novos produtos e soluções para atender
às especificações e necessidades particulares de cada
um de seus clientes.
WF Madeiras
Nereu Rodrigues Produção de
empresário Nereu Rodrigues teve
o primeiro contato com o setor madeireiro auxiliando seu pai, Adolfo
Rodrigues, na retirada de pinheiros, utilizando bois, na região de Mariópolis, no Paraná. Isto no início dos anos de 1960. Em
1965, Nereu passou a trabalhar na Indústria de Madeiras Guarujá, no município de
União da Vitória, também no Paraná, onde
permaneceu até 1976.
Após esta experiência, Nereu Rodrigues
iniciou sua empresa, a Orquídea, a qual
fabricava vasos de xaxim, na cidade paranaense de Paulo de Frontin. Seu passo seguinte foi criar a empresa que até hoje leva
seu nome a Nereu Rodrigues & Cia Ltda.
A primeira sede da empresa foi instalada no município de Aripuanã - MT, onde
permaneceu até 1993, quando se decidiu
pelo retorno ao Paraná, mas desta vez para
a cidade de Pinhão.
Atento às questões de mercado e às
possibilidades de crescimento de seu empreendimento, em 2003, Nereu Rodrigues
decidiu mudar a sede de sua empresa para a Serra Catarinense, mais precisamente
para a cidade de Correia Pinto. Esta decisão teve como principal fator a existência
de matéria-prima em boa quantidade para
a produção dos compensados que são exportados. O início efetivo das operações no
município aconteceu em 2004.
A empresa, em sua administração, além
da experiência de Nereu Rodrigues, conta
Vista parcial da unidade da Polpa de Madeiras em Lages
Correio Lageano
• Certificação em
FSC
U
ma trajetória de muito trabalho e sucesso, assim pode ser resumida a história da Polpa de
Madeiras. A empresa foi fundada em dezembro de 1958 por Lugindo Dall’Asta e João Santo Damo,
em Santa Cecília. Sua localização inicial foi estrategicamente escolhida, devido à abundância de madeira
e água, com a possibilidade de geração de energia hidrelétrica. A atividade industrial concentrou-se inicialmente na produção de pasta mecânica, abastecendo as
pequenas fábricas de papel da região. Numa segunda
etapa, a empresa iniciou a produção de Papelão Paraná,
destinado à fabricação de pratos e embalagens.
A partir de 1985, a empresa passou a produzir papel
Maculatura e cartões duplex, com uma produção diária
de 34 mil quilos. Iniciou-se então a diversificação das
atividades empresariais. Além da produção de papel,
a empresa passou a exportar madeira serrada e beneficiada em serraria própria. Para isso, extensas áreas
passaram a ser continuamente preparadas para reflorestamento, visando assegurar a autossuficiência em
madeira.
A partir de 2007, por decisão de sua diretoria, a
Polpa de Madeiras transfere para a cidade de Lages, a
unidade de fabricação de papelão ondulado, visando
atender o mercado de embalagens, verticalizando estrategicamente as operações da empresa e agregando
valor à cadeia produtiva. Os investimentos realizados
compreenderam a instalação de uma onduladeira e
1958
• Iniciou a produção
para a exportação
Excelência em embalagens
de papelão
1985
• Instalação da
empresa na Área
Industrial
Polpa de
Madeiras Ltda
47
2007
Fundada em 1977 pelos sócios empreendedores Oswaldo Santos Parizotto e Walter Antonio Bunn. Oswaldo, nascido em Vacaria/RS, formado
em Administração de Empresas, chegou a Lages com 12 anos. Walter, natural de Angelina, chegou a Lages com
nove anos, é técnico contábil e após o
serviço obrigatório do exército, iniciou
os seus trabalhos no ramo madeireiro.
Buscando sempre agregar valor, os
sócios investem de forma contínua em
novas práticas de gestão, pois sabem
que só através do incentivo ao conhecimento conquistarão a sustentabilidade do negócio.
1977
a autossustentabilidade em matériaprima, tomando os devidos cuidados
desde a implantação da floresta até o
produto final, agregando valor durante todas as etapas do processo e obtendo produtos com qualidade. As florestas são manejadas em 36 unidades da
Região Sul do Brasil.
A Madepar exporta para mais de 30
países em todos os continentes entre
eles EUA, Inglaterra, Canadá, Alemanha, Holanda, Escócia, Israel, Bélgica,
Palestina, Itália, Irlanda, Espanha entre outros, além de produzir portas e
conjuntos de portas para o mercado
interno.
1980
Os kits de portas
fabricados especialmente para o
mercado brasileiro é
uma das inovações
da Madepar
• Fundação da
Madepar
1986
H
á 33 anos no mercado, a Madepar está localizada em Lages e oferece como diferencial
a diversidade de modelos em portas
de pinus e eucalipto, o que permitiu
ser a primeira fábrica do Brasil a desenvolver o processo de “Portas Pinus
Clear Engineered”. Para isso, preza
pela qualidade, desde a extração da
matéria-prima até a entrega da mercadoria, buscando sempre a satisfação
de seu cliente.
A Madepar iniciou sua atividade no
bairro da Penha, no ramo de madeiras serradas para a construção civil e
embalagens para produtos hortifrutigranjeiros.
A expansão foi o resultado da visão
de futuro dos empresários Oswaldo
Parizotto e Walter Antônio Bunn que,
na década de 1980, buscaram uma forma de agregar valor ao seu produto e
instalaram-se na Área Industrial de
Lages.
Atualmente, o parque fabril da Madepar ocupa uma área construída de
34.300 m² e conta com mais de 700
colaboradores, onde produz portas
de pinus, eucalipto, MDF, pintadas e
o Conjunto Porta Madepar, com uma
capacidade de produção de 36.000
portas/mês.
A Madepar desenvolve programas
de reflorestamento e preservação ambiental, com o objetivo de assegurar
2003
Madepar Indústria e Comércio de Madeiras Ltda
1976
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
madeira
, papel, celulose e florestal
46
80457
tata que das quatro empresas metalmecânicas incluídas na listagem das
50 mais arrecadadoras de impostos
na região, três exportaram entre US$
1 milhão e US$ 10 milhões ao longo
de 2008. São elas a GTS do Brasil, a
Mill Indústrias de Serras e a Minusa
Tratorpeças. A quarta integrante
da listagem, a Mecânica Industrial
EWM, se destacou nos últimos anos
graças a grandes empreendimentos
dos quais participou, como na construção da Sudati, em Otacílio Costa
e de uma fábrica de MDF em Paragominas, no Pará.
Somente em Lages, de acordo com
dados do Sindicato das Indústrias
Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Lages (Simmmel), o
setor gera cerca de 2.500 empregos
diretos, em aproximadamente 450
diferentes empresas.
Parte das empresas do setor
metal-mecânico de Lages nasceu da
parceria com o setor madeireiroflorestal, oferecendo peças para seu
maquinário. Desta maneira nasceram empresas que hoje são destaque
no setor de peças para tratores e uma
das maiores fabricantes de máquinas para corte e beneficiamento de
­madeira.
80464
Assis Strasser, diretor comercial da GTS, fala sobre
a necessidade de levar soluções ao campo
O empresário destaca, também, que a GTS tem o maior
portfólio de plataformas agrícolas do mundo, sendo que,
neste ano, passou a lançar a linha completa de pós-colheita
que são as embolsadoras de grãos e extratoras; bem como
a linha completa de carretas graneleiras. “Assim, a GTS
oferece tecnologia para o plantio, a colheita e, agora, para
a pós-colheita”, contou Assis. “O desafio é o que me encanta. Sobrevive a empresa que tiver tecnologia, competência e
serviço de venda e pós-venda”, concluiu o empresário.
1995
S
e o setor alimentício é o que
gera mais retorno de impostos
para a região e o de base florestal é o mais famoso e tradicional, a
Serra Catarinense tem na atividade
das indústrias metal-mecânicas um
filão muito importante. Embora não
tão desenvolvido como, por exemplo,
a região de Joinville, as empresas
existentes na Serra ganham mercado
graças à qualidade que apresentam
em seus produtos.
Este fato é facilmente observado
no relatório divulgado este ano pelo
Sebrae, intitulado Santa Catarina em
Números. Neste documento se cons-
1996
Metal-mecânico
• Início do plantio
em espaçamento
reduzido
• Criação
da primeira
colheitadeira a partir
do novo conceito de
espaçamento
2001
P
rodutor agrícola, em Campo Belo do Sul, Assis Strasser, juntamente com seus irmãos, buscou levar soluções efetivas para o homem do campo. Foi assim, com
ideias práticas e inovadoras, nascidas da experiência das
próprias dificuldades, que nasceu a GTS do Brasil.
Assis, que hoje é o diretor comercial da GTS do Brasil,
conta que o primeiro equipamento idealizado e produzido
surgiu a partir da necessidade de modernizar a agricultura,
mais especificamente a cultura do milho. “Na época, o milho era plantado a 80 e 90 centímetros de entrelinha. Tivemos a ideia de reduzir o espaçamento para 52 centímetros e
adotamos o mesmo sistema nas culturas soja, e feijão. Dessa
forma, o agricultor passou a não precisar mudar os equipamentos para o plantio e a colheita. A cada vez que o agricultor mudava de cultura, tinha que mudar o equipamento. Isso
tomava muito tempo, às vezes dois ou três dias”, explicou
Assis, destacando que isso alterou o conceito da agricultura
no país, racionalizando tempo e mão de obra. “Com pequenos ajustes, o produtor pode usar a mesma plantadeira para
diferentes culturas”, completou.
A ideia da família Strasser se disseminou pelo Brasil e o
país, hoje, conta com a maior área com espaçamento reduzido, na agricultura. Além disso, a GTS também tem disseminado essa ideia pelo mundo e já atua em 15 países.
Atualmente, a GTS do Brasil trabalha com grandes parcerias para produzir os mais avançados produtos como as
duas maiores plataformas de colheita das Américas como a
X10, usada na cultura do milho; e o modelo denominado de
Flexer FD 7045 pés, para a soja.
• GTS entra,
efetivamente, no
mercado com
a participação
de feiras como
a Expodireto e a
Não-Me-Toques,
maior feira de
agronegócios,
realizada no Rio
Grande do Sul
2006
muda os conceitos
da agricultura
• GTS ganha
primeiro prêmio
Gerdau. Depois
recebeu o mesmo
prêmio em 2007 e
2008
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
metal-mecânico
GTS Uma ideia que
metal-mecânico
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
Correio Lageano
49
Correio Lageano
48
familiar que rende bons
frutos na Serra Catarinense
De
Otacílio Costa para todo
o território nacional
G
• Realiza a
implantação do sistema
mecânico da Sudati
• Realiza a
implantação de
uma fábrica de
MDF na cidade
de Paragominas
80586
Mill Serras Máquinas de Lages para todo o planeta
D
1991
gasse até perder alguns negócios, mas
com o decorrer do tempo e a cada nova
máquina entregue, foi conquistando a
confiança dos usuários dos equipamentos Mill Serras.
Armando destaca ainda que um dos
pontos fortes da Mill Serras está no
quadro de colaboradores que possui,
todos altamente comprometidos com
o sucesso da empresa, que não medem
esforços para bem atender clientes e
fornecedores. Ele ressalta também a
participação de seu filho, Lucas de Zorzi, que desde os 14 anos, tem lhe ajudado a crescer.
1996
ta vez para a área industrial no bairro
Cidade Alta, próximo da Lampauto.
Graças à alta qualidade da máquinas
que produzia, a demanda de serviço só
fez aumentar e em 2006 a Mill Serras
procedeu com uma nova mudança de
endereço, desta vez foi se instalar na
região do bairro Ferrovia.
Um dos segredos do sucesso de Armando de Zorzi e da Mill Serras está
no fato da qualidade do atendimento,
que é realizado na exata medida das
necessidades de cada cliente. Armando
lembra que esta política num primeiro
momento fez com que a empresa che-
• Armando
de Zorzi
chega a Lages,
proveniente da
cidade gaúcha
de Caxias do Sul
• É criada a Mill
Indústria de
Serras
2006
Armando de
Zorzi, fundador
da Mill Serras
• A Mill se
instala em sua
atual sede no
bairro Ferrovia
2010
eterminação e muito trabalho,
foi assim que o empresário Armando de Zorzi deu início ao
que hoje é uma das principais indústrias de máquinas e equipamentos para
o setor madeireiro, a Mill Indústria de
Serras Ltda, que foi fundada em 1º de
Julho de 1996. Com seu espírito empreendedor, decidiu fabricar equipamentos que suprissem as necessidades dos
madeireiros, que enfrentavam dificuldades com equipamentos, de certa forma frágeis, que exigiam muita manutenção e que principalmente, causavam
um altíssimo desperdício de madeira.
Tendo trabalhado toda a sua vida no
setor madeireiro, desde sua terra natal
Caxias do Sul, Armando de Zorzi montou sua primeira fábrica, na garagem de
sua casa, então localizada na rua Lauro
Müller, nos fundos do Centro Educacional Vidal Ramos. Armando lembra
que a primeira máquina, um projeto de
terceiros, foi feita na cidade de Lontras
e que funcionou apenas por uma hora e
meia. Vendo os problemas, ele fez uma
série de modificações no projeto e assim nasceu a primeira máquina da Mill.
Com o crescimento da empresa, Armando de Zorzi decidiu pela mudança
para um espaço mais amplo, desta maneira a Mill Serras se transferiu para
um imóvel nas proximidades do colégio São Judas. Em pouco tempo, este
espaço também ficou pequeno, o que
determinou uma nova mudança, des-
• A Mill inicia
a fabricação de
caldeiras para
a geração de
energia
PB
1967
• Entra em
funcionamento a EWM
Mecânica Industrial
1972
trabalho desenvolvido lhe valeu o convite da Florapac, uma empresa do conceituado Grupo Concrem,
para realizar a implantação da fábrica de MDF com
capacidade de 400m³ /dia, na cidade de Paragominas no estado do Pará, com equipamentos adquiridos da SWPM, Highnew, Andritz e Steinemann.
Este trabalho teve início de 2009 e foi concluído este
ano.
Diante do rápido crescimento verificado no últimos anos, em breve a EWM Mecânica Industrial
Ltda instalará seu novo centro de Usinagem e Caldeiraria na cidade de Curitibanos - SC, às margens
da BR-470, Km 249 em uma área total de 21.000m²,
sendo 6.000m² de área construída. A projeção é que
esta sua nova sede já esteja em operação em fevereiro do próximo ano.
reno edificaram uma construção com 2.1 mil metros
quadrados. Nos anos seguintes novas ampliações foram
realizadas, até que em 1982 ocorreu a maior de todas,
inclusive com a implantação da área de escritórios, que
permanece até hoje.
Atualmente encontra-se instalada em uma área de
100 mil metros quadrados, com área construída de 20
mil metros quadrados, concentrando fundição, forjaria,
laminação, usinagem e tratamento térmico, e toda logística necessária a suas atividades. Ao longo do tempo
surgiu a necessidade de abrir novos mercados, com isto
a Minusa iniciou a abertura de vinte filiais, distribuídas
nas principais regiões brasileiras.
No ano de 1996, implantou em seus processos produtivos, o sistema de Gestão pela Qualidade Total, a qual
obteve em 1998 a certificação de acordo com as normas
ISO 9001 versão 2000, pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT.
• A Minusa inicia suas
atividades como uma
oficina mecânica
• A empresa se transfere
para o então recém criado
Distrito Industrial, às
margens da BR-116
1982
Os irmãos Márcia e Marcelo estão a frente da EWM Mecânica Industrial Ltda
Carlos Kracik Rosa, diretor da Minusa Tratorpeças, é um dos sete irmãos que iniciaram o empreendimento
• Realiza uma grande
ampliação com a instalação
de uma nova área para seus
escritórios
1998
pós anos colaborando com o pai, Elemar
Wolcholz, na execução e administração da
empresa Ferramentas EE, os irmãos Marcelo
Leandro Wolcholz e Márcia Adriana Wolcholz, decidiram iniciar o próprio negócio. Com isto, em 1998
nascia a EWM Mecânica Industrial, na cidade de
Otacílio Costa. A empresa tem seu trabalho focado
na montagem, manutenção e fabricação de peças,
máquinas e equipamentos industriais e florestais.
Para bem atender seus clientes, a EWM possui
ferramental, equipamentos e veículos próprios, no
qual vem se destacando na agilidade do atendimento, além de dispor de colaboradores altamente
capacitados para execução de serviços de rotina e
emergência. Os custos e a excelência das instalações
de um sistema de produção e controle de processos
dependem muito da agilidade. Dentro das normas
técnicas com montagem e manutenção qualificada
pode-se alcançar os melhores resultados.
A EWM dispõe de uma equipe de funcionários
com mais de 10 anos de vivência industrial. São profissionais altamente capacitados desde a fabricação
até a montagem de rotina e emergência. Esta é a
empresa que quer ser sua parceira no compromisso
com a eficiência.
Mas o grande destaque da EWM aconteceu em
2008, quando a empresa foi escolhida para ser a
responsável pela instalação dos sistemas mecânicos
na fábrica da Sudati, em Otacílio Costa. O excelente
metal-mecânico
A
raças ao trabalho e dedicação de sete filhos do
casal José Maria Ramos Rosa e Barbara Kracik
Rosa, que um simples escritório de representação e venda de peças de reposição para tratores se
transformou em uma das principais indústrias do setor
metal-mecânico instalada em Lages, com qualidade reconhecida internacionalmente. Estamos falando da Minusa Tratorpeças e dos irmãos Rogério (in memoriam),
Alexandre, Celso, Carlos, Sérgio, Marcelo e Rubens.
A trajetória de sucesso destes sete irmãos começou a
se consolidar em 1967, quando decidiram montar uma
oficina mecânica para atender os proprietários de tratores da região, já que eles trabalhavam num escritório
de venda de peças para estas máquinas e perceberam a
carência de mão de obra no setor. O local escolhido para
a implantação da oficina foi a avenida Duque de Caxias,
no mesmo lugar onde hoje se situa uma loja dos Supermercados Myatã.
Poucos anos se passaram e os irmãos perceberam
que o trabalho desenvolvido por eles era dificultado pelo
fato de a maioria das peças necessárias na manutenção
dos tratores, tanto das madeireiras da região como dos
agricultores, terem de ser importadas. Então em 1972, o
prefeito de Lages na época, Juarez Furtado, decidiu pela
criação de um distrito industrial às margens da BR-116.
Os irmãos Kracik Rosa não tiveram dúvidas e foram os
primeiros a se instalar no local.
Num primeiro momento a Minusa Tratorpeças Ltda
mudou-se para uma área de 20.000 metros quadrados,
doada pela Prefeitura com incentivos fiscais. Neste ter-
Industrial Ltda
• Obtém a certificação de
acordo com as normas ISO
9001 versão 2000, pela
Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
Minusa A união
51
CORREIO LAGEANO
EWM Mecânica
2009 / 10 2008 1998
CORREIO LAGEANO
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
metal-mecânico
50
80629
52
80589
80492
53
• Vindo de São
Paulo, Wandir
Candido da Silva
funda a Avanex
• A Avanex passa
a ter como sócio
o empresário
Oswaldo
Parizotto
• Wandir
Candido deixa o
controle societário
da Avanex para
os filhos Rogério e
Milena
O empresário paulista Wandir Candido da Silva, fundador da Avanex
Avanex A riqueza do subsolo da Serra Catarinense
E
m 1985, quando o empresário paulista Wandir Candido da Silva chegou no
município de Palmeira (hoje desmembrado de Otacílio Costa), para fornecer sulfato de alumínio líquido à indústria Olinkraft,
estava nascendo uma das principais empresas químicas da Serra Catarinense, a Avanex.
Ela tem como seu principal ramo de atuação
a customização de soluções para o tratamento de águas. Atualmente a Avanex possui uma
extensa gama de produtos destinados ao tratamento de água, possuindo também inúmeras
soluções para os setores industriais.
Antes de se instalar na Serra Catarinense
Wandir Silva já atuava no segmento, só que a
partir da cidade paulista de Porto Feliz, mas
produzia principalmente a forma sólida do sulfato. Ao sair, ele transferiu a administração da
empresa para seus dois irmãos, para poder se
dedicar com mais afinco ao recém-criado empreendimento em território catarinense. Em
2003, a fim de ampliar os negócios, Wandir
decidiu firmar uma sociedade com o empresário Oswaldo Parizotto. Desde o início deste
ano, ele delegou aos seus dois filhos, Rogério
e Milena, o comando de sua parte na Avanex,
passando a prestar consultoria na empresa.
A Avanex é detentora de fontes minerais de
onde são extraídas as principais matérias-primas, garantindo a qualidade e a continuidade
da produção. “Nossa empresa vem investindo
dia a dia em ferramentas e recursos humanos que lhe permitem uma constante evolu-
ção na qualidade dos produtos e atendimento das necessidades de nossos clientes,” diz o
empresário.
A Avanex possibilita a customização de produtos e sistemas de acordo com as necessidades específicas de cada cliente. Com a união de
know-how e flexibilidade de uma empresa com
centro de pesquisa junto ao cliente gera produtos específicos de alto valor agregado.
O Grupo Avanex é composto por três empresas associadas que têm como objetivo conferir mais agilidade e eficiência logística ao
nossos clientes.
Através de uma verticalização do processo
produtivo a Avanex consegue gerar um grande
diferencial competitivo em qualidade, produtividade e logística.
Celesc Empresa referência na distribuição de energia
P
or iniciativa do então governador do Estado, Irineu Bornhausen, há 55 anos, a serem
completados agora no dia 9 de dezembro, nascia a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Na
época, a necessidade energética do
Estado era suprida por pequenos e
médios sistemas elétricos regionalizados, geralmente mantidos pela
iniciativa privada, que foram construídos a partir do início daquele
século.
O modelo regionalizado, porém,
começou a mostrar-se incapaz de
responder ao incremento da demanda quando o ciclo desenvolvimentista implementado por Juscelino
Kubitschek começou a tomar conta
do País. Preocupado em oferecer
condições de infraestrutura para os
novos investimentos, o Governo do
Estado decidiu, então, pela criação
de uma pasta com atribuições voltadas à ampliação da infraestrutura
básica.
A princípio, então, a Celesc funcionou como um órgão de planejamento e como responsável pelo re-
80517
PB
passe de recursos públicos às companhias que operavam o sistema
elétrico, para garantir a expansão
necessária dos serviços. Com o passar do tempo, ela passou a assumiu,
gradativamente, o controle acionário das empresas regionais, com a
atribuição de planejar e, também,
operar o sistema elétrico estadual.
Hoje, a Celesc é uma sociedade
de economia mista, controladora de
empresas concessionárias de serviços de geração e distribuição de
energia elétrica. Atualmente, sua
área de atuação corresponde a qua-
se 92% do território catarinense,
além do atendimento ao município
de Rio Negro, no Paraná.
Recém-estruturada no formato
de holding, em atenção ao novo marco regulatório do setor, que obriga a
desverticalização das atividades de
concessão de serviço público de geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica, a companhia controla, desde outubro de 2006, participações societárias em atividades
afins do seu negócio e duas subsidiárias: a Celesc Distribuição S.A. e a
Celesc Geração S.A.
energia e mineração
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
1955
1965
• A Celesc é
dividida em duas
subsidiárias, a
Celesc Distribuição
e a Celesc Geração
55
CORREIO LAGEANO
ções do parque eólico de Bom Jardim da Serra.
O complexo eólico de Bom Jardim da Serra terá
quatro grupos de aerogeradores denominados:
Parque Bom Jardim, Parque Rio do Ouro, Parque
Púlpito e Parque Santo Antônio, sendo que os
três primeiros serão formados por 20 torres eólicas cada e o Santo Antônio, por apenas duas. Isso
faz da unidade o segundo maior parque eólico de
Santa Catarina, já que o primeiro é o de Mirim
Doce com 86 aerogeradores.
Já as riquezas minerais da Serra Catarinense
ainda são um potencial não explorado em sua potencialidade. Existem reservas de fluorita, sílex,
argila cerâmica, bauxita e outras. Atualmente,
a maior exploração é da matéria-prima para a
fabricação do sulfato de alumínio, produto utilizado na purificação das águas.
1985
deve ser inferior a 3 quilômetros quadrados. Uma
PCH típica, normalmente opera a fio d’água, isto
é, o reservatório não permite a regularização do
fluxo. Com isso, em ocasiões de estiagem a vazão
disponível pode ser menor que a capacidade das
turbinas, causando ociosidade.
Em outras situações, as vazões são maiores
que a capacidade de engolimento das máquinas,
permitindo a passagem da água pelo vertedor.
Por isso, o custo da energia elétrica produzida
pelas PCHs é maior que o de uma usina hidrelétrica de grande porte, onde o reservatório pode
ser operado de forma a diminuir a ociosidade ou
os desperdícios de água.
A região conta ainda com o potencial de geração de energia a partir das forças dos ventos.
Está previsto para este mês o início das opera-
2003
A
o olhar para o futuro da Serra Catarinense, logo se observa que um dos setores
com maior potencial de crescimento é o de
geração de energia elétrica, sendo que a região já
conta com importantes empreendimentos, como
as usinas hidrelétricas de Barra Grande e Campos Novos, e a usina de biomassa da Tractebel.
Graças à existência de um grande volume de rios
e à geografia “acidentada” da região, criam-se
condições propícias para a instalação de empreendimentos geradores de energia hidrelétrica.
Neste sentido já existem projetos para a construção de 19 Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCHs), somente em Lages serão 15. Uma PCH
é toda usina hidrelétrica de pequeno porte cuja
capacidade instalada seja superior a 1 MW e inferior a 30 MW. Além disso, a área do reservatório
• A Celesc começa
a controlar a
geração de energia
elétrica no Estado
2006
Energia e mineração
• O governador
Irineu Bornhausen
cria a Centrais
Elétricas de Santa
Catarina
Sede da Celesc
Distribuição
em
Florianópolis
2010
CORREIO LAGEANO
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
energia e mineração
54
80632
56
80438
80633
2004
Hidrelétrica Estreito (TO), e que irá acrescentar 435 MW
a sua capacidade instalada. “Os novos projetos e os investimentos em manutenção devem somar R$ 2,2 bilhões
neste ano. Para o próximo ano, planejamos investir na
hidrelétrica Jirau, em construção pelo nosso controlador,
o grupo GDF Suez, em consórcio com outras empresas”,
revela o executivo.
A Tractebel Energia atua apenas no Brasil, e produz
energia em 11 estados, sendo responsável por cerca de 7%
do suprimento do mercado nacional. Líder no ranking das
geradoras privadas possui capacidade instalada de 6.469
MW e opera um parque gerador de 21 usinas com 7.543
MW. Em Santa Catarina, faz parte dos consórcios das hidrelétricas Machadinho e Itá; do Complexo Termelétrico
Jorge Lacerda e da Unidade de Cogeração Lages, totalizando 2.416 MW instalados.
• Entra em
Operação a Unidade
Cogeração Lages
2010
Manoel Zaroni, presidente da Tractebel, que comanda os destinos da empresa, inclusive da Lages Bioenergética
• Entra em
operação a usina
Termelétrica Ibitiúva
Bioenergética
energia e mineração
V
encer as dificuldades de atender à demanda de
energia elétrica no país foi o desafio de algumas
empresas do setor. A Tractebel Energia está entre
essas empresas e investe em diferentes regiões do Brasil.
Em Lages, o investimento de cerca de R$ 80 milhões
foi na implantação da Unidade Cogeração, que começou
a operar em 2004, com 28megawatt (MW) de capacidade
instalada, energia suficiente para abastecer uma cidade
com cerca de 120 mil habitantes.
A geração de energia dessa unidade é feita por meio dos
resíduos do processo de beneficiamento da madeira, fornecidos por cerca de 150 madeireiras da região. O processo contribui para reduzir a emissão do equivalente a 220
mil toneladas/ano de dióxido de carbono. Além disso, as
cinzas resultantes da combustão da biomassa, com poder
fertilizante, são doadas a agricultores, fruticultores e reflorestadores, para aplicação no solo, fechando um ciclo
de sustentabilidade. Dessa forma, a unidade foi o primeiro projeto da Tractebel Energia a obter certificação pelo
MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), do Protocolo de Kyoto, e ter autorização de negociar créditos de
carbono no mercado internacional.
Projetando seu crescimento, em 2010, em parceria com
o Grupo Guarani, iniciou a operação da Usina Termelétrica Ibitiúva Bioenergética (SP), com capacidade instalada de 33 MW, que utiliza como combustível o bagaço
da cana-de-açúcar. Também iniciou a operação comercial da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Areia Branca
(MG), com 19 MW de capacidade instalada. Além disso,
adquiriu 40% do consórcio que está construindo a Usina
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
energia, economia e
sustentabilidade ambiental
Correio Lageano
Michele Monteiro/divulgação
Tractebel Gerando
57
Zappellini
Elizabeth
Binotto Bazzo
– Diretora
AdministrativoFinanceira
sive com sugestões de melhoria dentro dos processos. Para que isso aconteça é necessário outro
formato de empresa, com alto nível de profissionais, preparados para atuar dentro destas empresas, discutindo o que sempre pertenceu a elas;
esse é o papel da Binotto como operador logístico
O diretor-presidente, Edílson Binotto, explica
que “o processo de produção da indústria é receber a matéria-prima, processar e produzir a peça
1963
A
Binotto está iniciando uma nova fase, a da
profissionalização da empresa. Segundo a
diretoria esta é a terceira fase que a empresa viverá ao longo dos seus 47 anos e, assim
como das outras vezes, o objetivo é proporcionar
crescimento à empresa e aos seus colaboradores.
Esta fase concentra-se na conquista de uma
gestão profissional, para isso os profissionais estão sendo treinados para assumir ou se reposicionar em seus cargos.
Este crescimento que se pretende alcançar nos
próximos anos é uma forma de preparar a empresa para a nova fase que o mercado logístico
brasileiro vai viver em alguns anos.
Além de adequar a empresa às necessidades de
mercado, existem dois objetivos que fazem parte
da transformação que a Binotto vai viver agora:
1º) Substituir a administração familiar pela
administração profissional;
2º) Tornar a empresa apta à abertura de capital, aquisição de novas empresas e consolidação
no mercado.
O grande diferencial da empresa nesta nova
fase será as pessoas. “Nós vamos valorizar ainda
mais o profissional da casa. Estamos investindo
fortemente na formação profissional da nossa
gente, do motorista até a diretoria da empresa”,
diz a diretora administrativo-financeira, Elizabeth Binotto Bazzo.
A Binotto está se preparando para nos próximos dois anos se posicionar como uma das
mais importantes operadoras logísticas do país.
Orientando que, logística hoje ainda se confunde
muito com transporte, só que cada vez mais se
pode ver que a logística tem que estar dentro da
indústria e fazendo parte dos processos. Inclu-
• Fundação da
Binotto
1990
Binotto Preparada para uma nova forma de fazer transporte
• Inicia
atuação como
Operadora
Logística
• Substitui
administração
familiar pela
profissional
e acabou aí, daí pra frente é logística, com centro
de distribuição, embalagem e etc. Isso é logística
para ter um melhor processo, um melhor custo.
Outro impacto muito importante vai ser a questão do transporte nas grandes cidades, com essa
restrição de caminhão e com o crescimento que o
Brasil está tendo no número de veículos, vai mudar a forma de se fazer transporte no Brasil. E a
Binotto já está preparada para isso.”
• Aquisição das
concessionárias
Mercedes Benz e
Toyota, e ampliação
dos escritórios
• Conquista das
certificações ISO 9001
e Sassmaq
• Renovação da frota
com aquisição de
caminhões Axor, da
Mercedes Benz
O fundador da
Transportadora
Zappellini, Arnaldo
Zappellini, com os
filhos Daniel (E) e
Gilberto (D) que,
hoje, também estão
à frente da empresa
Correio Lageano
Isso possibilitará a utilização do local para exportações de produtos vindos do Oeste, MeioOeste e da própria Serra. Além disso, a região
é cortada por uma linha férrea e que poderá
ser interligada ao aeroporto regional.
Nesse cenário é que a tendência é de que a
Serra Catarinense se torne um importante polo do setor de logística em Santa Catarina.
Por conta de todas estas vantagens, a
Serra Catarinense acabou se tornando sede
de importantes de empresas de transporte e
logística. Duas delas estão na lista de maiores
arrecadadoras de ICMS adicionado e também
receberão o Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio: a Binotto e a Zappellini.
1981
SCs, as mais destacadas estão a SC-438 que
faz a ligação com o litoral Sul, e a SC-425, que
interliga as BRs 282 e 470, à SC-430, também
conhecida como Caminhos da Neve e à SC458, em Anita Garibaldi. Além da estrutura
viária existente, a região é fortalecida com
um projeto para a criação de um porto seco,
com uma base alfandegária, principalmente
de produtos que têm como destinos os portos
catarinenses e o paranaense de Paranaguá.
A expectativa é de que essa base alfandegária seja instalada no Aeroporto Regional
do Planalto Serrano, que está em construção
no município de Correia Pinto, às margens da
BR-116 e a apenas 17 quilômetros de Lages.
1999
S
ua posição estratégica no Sul do Brasil,
ou seja, estar a menos de 370 quilômetros de Porto Alegre e Curitiba e a 220
de Florianópolis, confere à Serra Catarinense
uma situação privilegiada e um forte ponto
para a logística dentro do Estado. Além disso,
a região é cortada por três importantes rodovias federais; a BR-116, que faz a ligação com o
Paraná e o Rio Grande do Sul, a BR-282, que
liga Florianópolis até a divisa de Santa Catarina com a Argentina, e a BR-470 que liga o
porto de Itajaí ao Oeste Catarinense e à divisa
com a Argentina.
Rodovias estaduais completam o traçado
de estradas da Serra Catarinense. Entre as
mais pesadas.
Além dos investimentos em equipamentos e tecnologia, a Transportadora Zappellini está preocupada em deixar um mundo
melhor para as próximas gerações, trabalhando em programas ambientais, por meio
do Programa Ambiental Vida Verde, que
envolve ações de controle da emissão de
carbono, racionalização de energia e água e
o monitoramento e tratamento de resíduos
provenientes da lavação de peças usadas
pela empresa. Outras ações ambientais envolvem o gerenciamento e destinação correta de resíduos; a redução, a reutilização e
a reciclagem de materiais.
• Fundação da
transportadora TRC
2002
Logística
2006
F
undada em Correia Pinto na década
de 1970, a transportadora de cargas
Zappellini começou transportando
toras para a empresa Klabin. Logo transferiu sua sede para Lages e, hoje, sua atuação
se entendeu para todo o território nacional
e até o exterior, com o serviço de transporte
para os setores de papel e celulose, produtos alimentícios, madeireiro, produtos químicos não perigosos e fios elétricos.
Ao longo de sua trajetória, a Transportadora Zapellinni investiu em qualidade,
renovação e tecnologia. Atualmente conta
com 500 funcionários, 400 caminhões que
percorreram, somente neste ano de 2010,
40 milhões de quilômetros, transportando
mais de um milhão de toneladas de cargas.
“Manter a frota e os equipamentos sempre novos e atualizados, investindo em
tecnologia, buscando oferecer exatamente
o que o cliente precisa, é um dos maiores
desafios da empresa”, diz o diretor Gilberto Zappellini, revelando que uma das ações
empreendedoras e pioneiras foi a aquisição
de um bitrem com três eixos e a carreta
Vanderléia com três eixos distanciados,
destinados para o transporte das cargas
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
logística
59
O transporte com foco
na eficiência e
qualidade do transporte
2010
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
logística
58
Albras
80487
80474
destaques
Celso Marcolin em sua empresa, que atua na manutenção e montagem das indústrias brasileiras
de”, revelou Celso, ressaltando a obra como um marco para a empresa.
Os investimentos futuros, segundo
Celso, continuam sendo na especialização da mão de obra de seus colaboradores, e no desenvolvimento tecnológico e
sustentável da empresa, ampliando também a sua atuação em países do Mercosul. Atualmente, além dos serviços de
manutenção industrial, a Albras também passa a investir no setor de transportes de cargas, seguindo com a mesma
filosofia de qualidade e excelência com
seus clientes.
• Criação da Albras
• Obra Nestlé – unidade de
Cordeiropolis - SP , quando
foram superados todos os
índices de qualidade
• Instalação da Albras em sua
atual sede na Área Industrial –
Bairro São Paulo – Lages - SC
• Obra Seara Alimentos
(Marfrig Group) – unidade
Dourados – MS
2004
Com o objetivo de promover a saúde e a
qualidade de vida, com foco na excelência dos
serviços prestados, oferecendo atendimento
personalizado e dedicação completa a cada
paciente surgiu a Clínica Le Santé quem em
pouco mais de dois anos se tornou referência
e hoje é uma das mais lembradas nas suas especialidades: Oncologia, Hematologia, Hemoterapia, Nutrição, Clínica Médica e Psicologia
Clínica. Seus idealizadores são os médicos:
Charles Alain Córdova Pinto e Marcelo Antônio Ceron.
A SCGás encerra a lista dos destaques de
2010. A empresa responsável pelo abastecimento de gás natural em Santa Catarina,
sendo fundada em 1994, quando investiu
cerca de R$ 309 milhões em infraestrutura
de rede. O início das operações aconteceu em
2000, somando até hoje mais de 4 bilhões de
metros cúbicos de gás natural distribuídos
em Santa Catarina.
2008
caldeiras, inspeções periódicas e extraordinárias, entre outros serviços.
A Casa do Marceneiro nasceu em 1986, por
iniciativa do engenheiro químico José Luiz
Pagliosa, uma loja voltada aos profissionais
de marcenaria. Inicialmente, a empresa revendia material pesado para a fabricação de
móveis, chapas de madeira compensada. No
entanto, com sua visão de futuro, Pagliosa observou que a carência no segmento moveleiro
era ainda maior e aumentou gradativamente
o mix de produtos oferecidos, como tintas,
puxadores e acessórios diversos.
Com o objetivo de oferecer atendimento
personalizado e suprir as necessidades de
micro e pequenos empresários de Lages, nasce em 2008, a Credicomin, uma instituição
sem fins lucrativos, onde todos os resultados
conquistados retornam aos cooperados. A iniciativa foi de 30 empresários da cidade, que
acreditavam no projeto.
• Obra Brahma (atual
Ambev) - unidade Teresina
– PI
• Obra JBS Friboi – unidade
de Vilhena – RO
• Obra Klabin – unidade
Telemaco Borba - PR
• Obra Coca-Cola –
unidades Cariacica – ES e
Rio de Janeiro – RJ
CORREIO LAGEANO
D
urante anos o engenheiro Celso
Marcolin trabalhou em grandes
empresas como Klabin, Ambev,
Trombini e Battistella. Com o tempo,
percebeu que a mão de obra especializada para a manutenção industrial era
uma necessidade no mercado. Foi assim
que o empresário decidiu dar início a sua
empresa: a Albras.
A Albras surgiu em 1996, oferecendo
mão de obra especializada na manutenção e montagem industrial, na área
de mecânica e isolamento térmico. A
empresa seguiu priorizando o aprimoramento e hoje oferece também a fabricação de equipamentos especiais em aço
inox e aço carbono, pintura industrial,
montagens de câmaras frias, montagens
de caldeiras, inspeções periódicas e extraordinárias, entre outros serviços.
“Trabalhamos sempre determinados
a fazer o melhor”, diz Celso Marcolin,
destacando que a dedicação e a qualidade do serviço prestado lhe renderam
contratos com grandes empresas brasileiras e multinacionais como a Nestlé.
“Para fazer essa obra da Nestlé, tivemos
que superar todos os índices de qualida-
2009
É
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
Fornecendo mão de
obra para as maiores
indústrias do País
Destaques
notório que algumas empresas embora
não se destaquem no item arrecadação
de impostos, se diferenciam no mercado pela maneira inovadora com que atuam,
ou ainda, pelos serviços de qualidade que
prestam. Para também ressaltar as virtudes
destes empreendimentos, todos os anos a
organização do Prêmio Empreendedor José
Paschoal Baggio homenageia cinco empresas
destaques. Na edição deste ano as escolhidas
foram a Albras Manutenção Industrial, a Casa do Marceneiro, a Credicomin, a Le Santé,
e a SC Gás.
A Albras surgiu em 1996, oferecendo mão
de obra especializada na manutenção e montagem industrial, na área de mecânica e isolamento térmico. A empresa seguiu priorizando
o aprimoramento e hoje oferece também a
fabricação de equipamentos especiais em
aço inox e aço carbono, pintura industrial,
montagens de câmaras frias, montagens de
61
2003 2002 2000 1996
CORREIO LAGEANO
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
destaques
60
Le Santé Há 2 anos acreditando na vida
• Novas lojas,
novos conceitos
• Instalação
da Casa do
Marceneiro –
Espaço Interior
• Lançamento
do e-commerce
• Passa a
atuar com
compensação
própria.
Atualmente a
Credicomin
possui 900
cooperados e
capital de R$ 6
milhões
Correio Lageano
busca constantemente a expansão da
rede. “Nas cidades onde a rede não
chegou, levamos o gás de caminhão
para os postos de combustíveis. O
gás natural é um grande impulsionador da economia. Onde há gás natural, há desenvolvimento”, conclui.
Para os próximos cinco anos, as
metas de crescimento da SCGÁS
mostram seu compromisso com o
desenvolvimento do estado. Hoje, a
companhia leva o gás natural a 54
municípios, e pretende chegar a 72
em 2015. Para isso, planeja aumentar a rede de distribuição dos 889
km atuais para 1280 km. O volume
de investimentos chegará a R$ 242
milhões.
Um dos projetos que receberá investimentos é o gasoduto que levará
o gás natural à Serra Catarinense. A
licitação para o primeiro trecho da
obra, que vai de Indaial a Ascurra, já
teve seu resultado homologado, sendo vencedora a empresa Elecnor. O
investimento total do gasoduto será
de R$ 111 milhões.
Para Ranzolin, esta obra é uma
vitória e reitera o compromisso com
o estado de Santa Catarina. “É uma
obra tecnicamente difícil, que requer
um investimento grande, mas nós
fomos buscar a aprovação do projeto
porque sabemos o quanto o gás natural beneficiará a região serrana”,
declara Ranzolin.
• Fundação
da SCGás
• Início das
operações
2008
• Credicomin
atinge os 500
cooperados
2010
2008
Nilton Alves, Elisabeth Neves e Carlos Rath estão à frente da Credicomin
• Fundação da
Credicomin
• Conquista da
certificação ISO
9001
2006
A
Companhia de Gás de Santa
Catarina - SCGÁS aprovou
seu Plano Plurianual de Negócios (PPN) para o período de 2011
a 2015, que prevê o investimento de
aproximadamente R$ 242 milhões
na expansão da rede de gás natural
no Estado.
Desde a sua fundação, em 1994,
a empresa investiu cerca de R$ 309
milhões em infraestrutura de rede.
O início das operações aconteceu em
2000, somando até hoje mais de 4 bilhões de metros cúbicos de gás natural distribuídos em Santa Catarina.
Há uma década em operação, conta com 54 municípios interligados,
Santa Catarina é o 2º estado brasileiro em número de municípios atendidos. Com mais de 800 km de rede, é
o terceiro em extensão de rede e também em número de postos de GNV. À
frente das companhias de São Paulo
e Rio de Janeiro.
A empresa possui, hoje, uma forte carteira de clientes nos segmentos
industrial, residencial, comercial e
automotivo. São mais de 1.300 residências, 189 estabelecimentos comerciais, 180 indústrias e 130 postos
de combustíveis. Os maiores usuários são as indústrias, com destaque
para as cerâmicas, metal-mecânicas
e têxteis.
Segundo Ivan Ranzolin, diretor
presidente da SCGÁS, a empresa
1994
C
pessoas atendidas são office-boys. Na cooperativa, 80% são empresários, justamente pela
agilidade que oferecemos”, conta o presidente
da cooperativa.
Atualmente, a Credicomin está sob a direção de Nilton Rogério Alves (presidente), Elisabeth Neves (vice-presidente) e Carlos Rath
(secretário), Aroldo Lemos (conselheiro) e Luciano Müller (conselheiro).
• Fundação
da Clínica
Le Santé
• Conclusão da
obra do serviço de
quimioterapia
SCGÁS Energia que gera desenvolvimento
Credicomin Com foco nos seus cooperados
om o objetivo de oferecer atendimento
personalizado e suprir as necessidades
de micro e pequenos empresários de
Lages, nasce em 2008, a Credicomin, uma
instituição sem fins lucrativos, onde todos os
resultados conquistados retornam aos cooperados. A iniciativa foi de 30 empresários da
cidade, que acreditavam no projeto.
Depois de tramitar por três anos no banco
Central (BC), a Credicomin iniciou sua trajetória com os 30 sócios e R$ 60 mil. Hoje, a
cooperativa de crédito conta com 900 cooperados e um capital de R$ 6 milhões.
De acordo com o presidente Nilton Rogério
Alves, a movimentação financeira mensal é
de R$ 10 milhões e a carteira de empréstimos
é de R$ 4 milhões, atingindo todas as metas
estabelecidas até o ano de 2010. “Esses números comprovam que o sucesso se alavanca
com a união do empresariado, que acreditou
no projeto”, diz Alves.
Para 2011, a expectativa de crescimento é
dobrar o número de cooperados e de ativos,
além de instalar uma agência no bairro Coral.
A Credicomin oferece todos os serviços
bancários, com o diferencial que o cliente
também é dono da cooperativa. Para os serviços de crédito, as taxas de juros são mais
baixas do que as praticadas no mercado, com
prazos especiais e sem burocracia. Nesse sentido, o cooperado e seus familiares têm acesso
a linhas de crédito para capital de giro, crédito pessoal, crédito reforma, financiamentos
diversos (carro, moto, computador...), além
das opções de investimentos .
“Nos bancos tradicionais cerca de 80% das
Marcelo Ceron e Charles Pinto,
sócios da Le Santé, trabalham pela
excelência dos serviços prestados
2011
• Surge a Casa
do Marceneiro
2010
2010
ência e filiais foram criadas em Tubarão (1991), Joinville
(1994) e Balneário Camboriú (1997), além de uma nova loja em Lages (2008). Atualmente, a empresa é também atacadista de pisos laminados e gesso acartonado (drywall).
Outra importante inovação começou há um ano, com
a criação do departamento de marketing, comandado por
Luise Spuldaro Pagliosa, que passou a trabalhar na criação e implantação do sistema e-commerce (www.cmarceneiro.com.br), ação que introduziu a Casa do Marceneiro
no mundo globalizado da internet, transpondo barreiras
geográficas, para levar seus produtos a qualquer parte do
país. “É o primeiro site e-commerce do setor, no Brasil.
Foram computadas 120.000 visitas em 6 meses”, explica
o empresário. A expectativa é de que em um ano atingiremos nossas metas, especialmente pela crescente ampliação do acesso à rede mundial de computadores e o crescimento da internet móvel”, conclui Pagliosa.
2004 1991 1986
José Luiz Pagliosa
2008
A
filosofia de trabalho da Le Santé é promover a saúde e a qualidade de vida, com foco na excelência dos serviços prestados, oferecendo atendimento personalizado
e dedicação completa a cada paciente.
É por isso que em pouco mais de
dois anos, a Clínica Le Santé se tornou referência e hoje é uma das mais
lembradas nas suas especialidades:
Oncologia, Hematologia, Hemoterapia, Nutrição, Clínica Médica e Psicologia Clínica.
Seus idealizadores são os médicos:
Charles Alain Córdova Pinto e Marcelo Antônio Ceron, dois visionários
que desde o início pensaram num empreendimento que tivesse como foco
o atendimento humanizado.
A busca pela qualidade é constante, prova disso são os cursos de especialização que seus profissionais realizam com frequência, e os encontros
científicos promovidos pela Clínica,
nos quais, profissionais de diversas
áreas discutem temas em comum,
bem como estudos de casos clínicos.
Em 2011 a Clínica Le Santé promete muitas novidades, pois estará
inaugurando um dos mais modernos
serviços na área de oncologia e hematologia e também receberá a certificação do ISO 9001, consolidando assim
o padrão de qualidade primado por
seus idealizadores desde o início do
projeto.
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
A
Inovação e tecnologia em
materiais para móveis
creditar no novo, fazer algo diferente, beneficiar
pessoas, reciclar ideias, isso está no sangue de poucos. E esse propósito foi o que motivou o engenheiro químico José Luiz Pagliosa a montar, em 1986, a Casa
do Marceneiro, uma loja voltada aos profissionais de marcenaria que atuavam em Lages.
Inicialmente, a empresa revendia material pesado para
a fabricação de móveis, chapas de madeira compensada.
No entanto, com sua visão de futuro, Pagliosa observou
que a carência no segmento moveleiro era ainda maior e
aumentou gradativamente o mix de produtos oferecidos,
como tintas, puxadores e acessórios diversos.
Com o objetivo de transformar a Casa do Marceneiro
em um referencial de excelência, o empresário investiu em
uma nova loja no Centro de Lages, sob a direção de Rosane Spuldaro Pagliosa, bióloga e designer de interiores, que
idealizou e introduziu novos conceitos na apresentação de
tendências e design. “A partir dessa nova visão, decidimos
criar uma loja conceito, mais ampla totalmente ambientada e harmônica, capaz de provocar o encantamento e a
satisfação visual, objetivando oferecer sempre o melhor
em termos de qualidade no que se refere a produtos e a
atendimento. Surge assim, em 2004 a Casa do Marceneiro
– Espaço Interior”, diz Rosane. “É o espaço onde o marceneiro, o especificador e o consumidor final decidem a
personalização do móvel”, completa Pagliosa.
A expansão da Casa do Marceneiro foi uma consequ-
63
destaques
Casa do
Marceneiro
2009
Correio Lageano
Prêmio Empreendedor José Paschoal Baggio 2010
destaques
62
• Chegada do
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