Maior ameaça ao défice vem outra vez dos bancos
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Maior ameaça ao défice vem outra vez dos bancos
A família Trump Melania, Eric, Tiffany e Ivanka discursam em apoio ao milionário na convenção republicana. Ted Cruz vai à luta. MUNDO PÁGS. 28 E 29 www.dn.pt TERÇA-FEIRA, 19 de julho de 2016, Ano 152.º, N.º 53 782, 1,20€ Diretor ANDRÉ MACEDO Diretora adjunta MÓNICA BELLO Subdiretores ANA SOUSA DIAS e JOANA PETIZ Diretor de arte PEDRO FERNANDES Doping generalizado. Rússia pode ser banida dos Jogos do Rio PARLAMENTO Em nove meses, chegaram 144 petições de cidadãos DESPORTO PÁGS. 42 E 43 ● A redução do IVA nos alimentos para animais de companhia é discutida amanhã na AR, para onde foi levada por uma petição. O número de documentos deste tipo tem crescido e nesta legislatura já vai em 144, incluindo um sobre combatentes ucranianos. PORTUGAL PÁG. 10 TURQUIA Pena de morte anulará hipótese de adesão à União Europeia Yelena Isinbayeva, recordista do mundo do salto com vara, bicampeã olímpica e tricampeã mundial, está entre os atletas que não podem competir nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro Maior ameaça ao défice vem outra vez dos bancos Carta. Até aqui, tudo corre bem, diz Centeno a Bruxelas, anunciando cortes na despesa. Mas há fatores de incerteza, como a CGD e o Novo Banco, e a situação de parceiros como Angola e Brasil. PCP e Bloco rejeitam agravamento da austeridade. DN+ PÁGS. 2 A 4 PROVAS DE AFERIÇÃO Relatórios sobre cada aluno substituem as notas ● As provas de aferição dei- xam de ter notas e passam a ser objeto de relatórios individuais que as escolas entregam aos pais. O objetivo é conseguir uma análise mais apurada do desempenho dos alunos e um acompanhamento mais adequado a cada caso. PORTUGAL PÁG. 14 REUTERS/LUCY NICHOLSON ● Se restabelecer a pena de morte, a Turquia não terá lugar na UE. Esta foi a mensagem que vários dirigentes europeus e políticos americanos fizeram chegar a Erdogan, que anunciou a intenção de aplicar a pena capital aos autores do golpe falhado de sexta-feira. MUNDO PÁG. 30 LISBOA Relvado em vez dos brasões nos jardins da Praça do Império ● A Câmara de Lisboa decide hoje se aprova ou não o projeto vencedor do concurso de ideias para os jardins da Praça do Império. O mais polémico é a destruição dos brasões de buxo e flores das antigas províncias. SOCIEDADE PÁGS. 20 E 21 AMESTERDÃO Exposição sobre Van Gogh nos anos À beira da insanidade ARTES PÁG. 33 Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias 2 DN+ Sanções da UE a Portugal Maior ameaça ao défice pode vir outra vez dos bancos Multas. Governo responde a Bruxelas. Promete mais cortes na despesa, mas quer benesse na contabilização do défice de 2017 LUÍS REIS RIBEIRO Até aqui, corre tudo relativamente bem, diz o Ministério das Finanças numa carta que enviou ontem a Bruxelas. A execução orçamental do primeiro semestre é um trampolim “excelente” para chegar aos 2,2% em 2016, há almofadas de segurança que, no limite, poderiam reduzir esse défice para menos de 2% e há já um plano em curso para reduzir a despesa de forma permanente em 2017, como pede a União Europeia, medidas que serão vertidas no Orçamento do Estado de 2017, que será conhecido em outubro. Mas claro, há problemas: uma total incerteza sobre o esforço que CGD e Novo Banco ainda podem exigir aos contribuintes. E os efeitos rápido Há uma total incerteza sobre o esforço que CGD e Novo Banco ainda podem exigir aos contribuintes. No melhor cenário, o défice público deste ano até poderia baixar para 1,9% do PIB. Há margem neste OE 2016 para acomodar uma derrapagem de até três décimas. desconhecidos do brexit e da crise económica que afeta parceiros de referência, como Angola e Brasil, dois dos nomes citados nos documentos enviados pelo Ministério das Finanças para tentar convencer que o país não merece ser multado por ter violado o Pacto de Estabilidade entre 2013 e 2015. O caso dos bancos (ver texto na página 4) pode ainda dar muitos dissabores às contas públicas, estando o governo a negociar com as autoridades europeias formas de o impacto ser mínimo. O modelo que vier a ser encontrado para resolver problemas em Itália será decisivo. Portugal está a tentar apanhar esta boleia. Até lá, sabe-se que já neste ano a Caixa terá de ser recapitalizada, faltando agora definir se os vários milhares de milhões de euros envolvidos vão ao défice ou à dívida. Ou a ambos. No caso do Novo Banco, as Finanças dizem, primeiro, que não haverá mais ajudas públicas diretas. Mas se a venda for feita abaixo do par (o Estado injetou 3,9 mil milhões de euros quando salvou o banco em 2014), o Fundo de Resolução, uma entidade pública, vai precisar de mais dinheiro para subsistir, já que os bancos dizem não conseguir pôr lá mais verbas. Sem mais garantias, os contribuintes poderiam voltar a ser chamados a cobrir a diferença. Uma vez mais, a solução italiana poderá ser determinante para contornar o problema que, indiretamente, afetaria as contas públicas. Fora isto, parece que tudo está a correr razoavelmente. No melhor cenário, o défice público deste ano até poderia baixar para 1,9% do produto interno bruto (PIB) se, claro, a execução orçamental correr como se espera e se o ministro das Finanças impedir a 100% o uso das cativações e das reservas orçamentais. Num cenário “alternativo” de maior stress económico e financeiro, o défice pode derrapar até 2,3%. De acordo com a carta e o relatório com as “alegações fundamentadas de Portugal no âmbito do processo de apuramento de eventuais sanções”, Mário Centeno começa por referir que “tem um processo de monitorização próxima mensal [da execução orçamental] que ainda não revelou qualquer desvio significativo”, mas que, em todo o caso, o Orçamento deste ano tem prevista uma “camada extraordinária de ca- tivações, uma forma de cortes de despesa que pode ser acionada imediatamente”. Estes cativos adicionais “valem 346,2 milhões de euros, aproximadamente 0,2 pontos percentuais [p.p.] do PIB”. “O défice orçamental projetado de 2,2% do PIB inclui estas cativações como despesa potencial.” Portanto, se for necessário, mesmo que tudo corra dentro do esperado até aos 2,2%, o ministro ainda pode não libertar esses fundos. “Se a utilização destas cativações não for autorizada, o défice orçamental seria 2%.” A ideia agora é manter essas verbas “congeladas” até ao final do ano, não vá haver derrapagens inesperadas. E há mais uma folga. “O Orçamento de 2016 inclui também reservas de 196,6 milhões de euros, que também estão sujeitas a aprovação. Estas podem ser usadas no caso de existirem grandes desvios.” Tudo somado, o OE “tem medidas contingentes que ascendem a 542,8 milhões de euros”, cerca de 0,3% do PIB. Se nenhuma for usada, o défice baixaria até 1,9%. Dito de outra forma, há margem neste OE 2016 para acomodar uma derrapagem de três décimas. Se o défice final subisse até 2,5%, com os 0,3 pontos referidos ainda era possível respeitar a meta de 2,2%. O Ministério das Finanças assume depois um Andamento da economia (PIB) nos últimos cinco anos ZONA EURO 4 PORTUGAL ESPANHA PERCENTAGEM HOMÓLOGA 1,7 2,8 1,9 3 4º TRIM 2013 3,4 2 1 -0,2 0 0,9 -1 -2 -0,3 -1,1 1º TRIM 2013 -3 -3,1 -4 -5 1º TRIM 2011 Fonte: Eurostat -4,5 4º TRIM 2012 1º TRIM 2016 3 Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias A CORRESPONDÊNCIA O governo respondeu à decisão do Conselho Europeu (Ecofin) em avançar com sanções a Portugal (e Espanha), apesar destas poderem ser zero. As Finanças enviaram ontem uma carta e um relatório em que pedem à Comissão o “cancelamento” da multa por violação do défice. António Costa aproveitou ontem um almoço da Câmara do Comércio e Indústria Luso-Espanhola para falar sobre os argumentos contra as sanções. Curiosamente, Portugal e Espanha são os dois países em risco de ser sancionados. “Com esta carta, o governo português envia um pedido fundamentado à Comissão Europeia para que a multa seja cancelada.” “A adoção de sanções seria injustificada já que o país está no caminho correto para eliminar o défice excessivo e seria contraproducente já que iria danificar os esforços de ser bem sucedido nessa tarefa. Além dos prejuízos económicos e financeiros, teria um impacto altamente negativo no nível de apoio ao projeto europeu em Portugal, que tem sido largamente consensual desde 1976. Por todas estas razões, as sanções nunca seriam compreendidas pelo povo português.” ANTÓNIO COTRIM-LUSA “Impor sanções a um país que está a implementar um caminho exigente de redução do défice é desproporcionado.” cenário “alternativo” mais desfavorável, em que vários “riscos macroeconómicos” se materializam. Estes riscos estão muito ligados a questões “externas”, “incluindo o brexit e grandes choques negativos específicos” que afetam parceiros comerciais importantes, “designadamente Angola e Brasil”. Neste caso, a economia cresceria 1,4% em vez dos 1,8% que estão no OE e o défice subiria para “2,3%” do PIB, com o ajustamento estrutural a cair para metade do previsto: 0,2% do PIB em vez dos 0,4% que estão no plano central do governo. Bem longe dos 0,6% que Bruxelas exige. Certo é que o governo já está a contar sair dos défices excessivos neste ano, o que, acredita Centeno, permitirá usar a benesse (flexibilidade) prevista no novo pacto. As Finanças explicaram ontem que não está prevista mais austeridade adicional. Tinham em vista um ajustamento estrutural (redução permanente do défice) de 0,4% e vão avançar para 0,6%. Só que há uma nuance, esclareceu o ministério. “O ajustamento compatível com os 0,6% referidos nesta frase resulta da conjugação do ajustamento de 0,4% previsto no PE com os 0,2% de margem de flexibilidade para financiar as reformas apresentadas no Programa Nacional de Reformas.” Quem cumpre as regras pode ter acesso a esta benesse. “O impacto de qualquer ação que possa ser adotada pela Comissão, incluindo sanções pecuniárias e a suspensão de fundos estruturais e de investimento, seria sentido quer no presente quer no futuro.” “Por um lado, estes são sinais de que o compromisso do governo no controlo da despesa, que estão no centro das medidas de consolidação inteligentes. Por outro, evidencia-se que a economia e o mercado de trabalho estão a apresentar resultados positivos, apesar de estarem abaixo do seu potencial. No geral, os primeiros seis meses de 2016 são um patamar excelente para a segunda metade do ano. Apesar disto, o governo tem mecanismos no orçamento para controlar qualquer desvio que possa ocorrer nos meses vindouros.” “O Novo Banco será vendido até agosto de 2017, caso contrário irá entrar num processo ordeiro de liquidação. O governo português já expressou ao Banco de Portugal a sua profunda preocupação com o processo de venda, nomeadamente porque o governo não considera a possibilidade de novas ajudas de Estado.” “O governo português está comprometido com a estabilização do sistema financeiro e considera que a conclusão rápida e eficiência dos dossiês Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco são essenciais para reduzir a incerteza.” “O governo está a negociar com o fundo de resolução novas condições para que o empréstimo do Tesouro possa tornar o fundo solvente mesmo no caso de se materializar um preço muito reduzido no processo de venda”. Esquerda avisa que não aprova orçamento que traga mais austeridade NEGOCIAÇÃO PCP e BE não querem saber de imposições de Bruxelas, mas continuar os termos do acordo de esquerda: reverter a austeridade e repor rendimentos As reuniões de negociação do Orçamento do Estado para 2017 entre o governo e o Bloco de Esquerda e o PCP já começaram e têm também linhas vermelhas. Mais carta, menos carta, os partidos à esquerda do PS avisaram que não darão um cheque em branco e – independentemente das promessas do governo a Bruxelas – rejeitarão aprovar um orçamento mais austero ou que reverta o ciclo de reposição de rendimentos. Na carta enviada a Bruxelas, o governo compromete-se a fazer um ajustamento do défice estrutural em 2017 de 0,6% do PIB (o que é mais do que que os 0,4% previstos no Programa de Estabilidade entregue em abril). Ou seja: mais esforço. Ora, este apertar do cinto não agrada aos partidos à esquerda do PS, que já deixaram passar com várias reservas esse mesmo Programa de Estabilidade. O governo vai ter de jogar entre estas duas realidades: as promessas a Bruxelas (aqui feitas para evitar sanções) e as exigências de BE e PCP. O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, disse ao DN que para os comunistas “o que interessa relativamente ao Orçamento não é satisfazer as imposições de Bruxelas, mas sim resolver problemas do país como o desemprego ou a dívida”. “É sabido que o governo tem a perspetiva de que é possível conciliar as imposições europeias com o desenvolvimento do país, o que para nós é uma contradição, que só tenderá a agravar-se”, afirma João Oliveira. Quanto à carta, o líder da bancada do PCP refere ao DN que “traduz o entendimento do governo perante estas chantagens europeias” e este – como já tinha dito numa declaração na sede do PCP – é de “resistir à chantagem, não ser o bom aluno, mas defender o interesse nacional”. Sobre um aumento dos cortes na despesa no próximo ano, o PCP avisa: “Até podemos ser a favor de cortes, mas é se forem nas parcerias público-privadas e nos benefícios aos grandes grupos económicos, aí é possível reduzir a despesa, para depois aplicá-la em saúde e na educação.” Já no fim de semana o secretário-geral Jerónimo de Sousa tinha dito que não queria “fazer a cama” ao PS, mas que o PCP “só se comprometeu a examinar” a proposta do OE para 2017 e não “votar a favor de uma coisa que nem sequer conhece”. Perante a “proposta concreta” o PCP lá decidirá se aprova, com um aviso prévio de Jerónimo: será aprovado “se for bom para os trabalhadores portugueses e para o povo”. Tal como os comunistas também o Bloco de Esquerda rejeita aprovar um orçamento para 2017 que traga mais austeridade. Fonte bloquista disse ao DN que o entendimento do partido é que “as sanções são um pretexto para condicionar o Orçamento do Estado para 2017” e que o BE “não aceita mais austeridade”. A mesma fonte lembra que “o cimento do acordo com o PS é precisamente a recuperação de rendimentos”, logo os bloquistas não aceitarão aprovar um orçamento que inverta este ciclo. Entretanto, o Bloco de Esquerda revela que “nas últimas semanas” tem tido discussões sobre o OE 2017 nos grupos de trabalho de precariedade, política fiscal e no de proteção social e avaliação das medidas de combate à pobreza. O líder parlamentar do PCP também revelou ao DN que as reuniões com o governo começaram “na semana passada”. Na carta enviada a Bruxelas, o ministro das Finanças também apela a uma atitude inteligente da União Europeia, com o brexit como pano de fundo. Avisa Mário Centeno que as sanções podem criar um sentimento antieuropeísta. Para o ministro, “além dos danos económicos e financeiros”, as sanções “teriam um impacto altamente negativo no nível de apoio ao projeto europeu em Portugal, que tem sido largamente consensual desde 1976”. E adverte: “Nunca seriam compreendidas pelo povo português.” RUI PEDRO ANTUNES VISITA OFICIAL Hollande em Portugal como um “amigo” › A visita foi combinada quando Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa estiveram em França, no 10 de Junho. Era para ser uma “visita de Estado”, com várias cerimónias e um grupo de potenciais investidores franceses a acompanharem François Hollande, mas o atentado de Nice obrigou o presidente francês a encurtar a deslocação ao nosso país para uma “visita-relâmpago” de quatro horas. Na agenda estão as questões europeias, designadamente as económicas. Desde as eventuais sanções a Portugal, o brexit, passando pelas questões de segurança internacional, como o terrorismo. Quando esteve com o primeiro-ministro em França, Hollande disse apoiar as “escolhas” orçamentais do governo. Portugal “não tem simplesmente um parceiro no Conselho Europeu, mas um amigo, que é a França “, disse. 4 Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias DN+ Sanções da UE a Portugal AS PROPOSTAS BPI › Demonstrou interesse na corrida mesmo depois de o seu acionista CaixaBank ter dito que não avançaria. Processo de venda será concluído pela nova equipa de gestão liderada por António Ramalho. Stock da Cunha sai da instituição no final deste mês BCP › Não apresentou uma proposta propriamente dita. Entregou uma carta fechada, sem valor, mostrando disponibilidade para comprar noutras condições. JÚLIO LOBO PIMENTEL/GLOBAL IMAGENS APOLLO/CENTERBRIDGE › O fundo norte-americano Apollo já tinha concorrido ao Novo Banco na primeira tentativa de venda. Associou-se ao Centerbridge, depois de ter comprado aTranquilidade. Centeno garante que Novo Banco terá outro dono em agosto de 2017 Venda. O governo poderá pôr dinheiro no Fundo de Resolução caso a venda seja a preço de saldo. Já está a negociar empréstimo ANA MARGARIDA PINHEIRO e CÁTIA SIMÕES O Novo Banco não terá de receber mais ajudas estatais. A garantia é de Mário Centeno e faz parte dos argumentos que o ministro das Finanças usa na carta e no relatório enviados a Bruxelas, que têm como missão evitar que sejam aplicadas sanções a Portugal. O ministro diz que o processo de venda do banco de transição não passará de agosto de 2017, data-limite imposta pela Comissão Europeia. “De acordo com a carta de compromisso da República Portuguesa em relação ao Novo Banco, ele estará vendido até agosto”, escreve Mário Centeno, assumindo que sem esta venda a instituição começará a perder o seu valor, aumentando o prejuízo do Estado. Por outro lado, o governante “já expressou ao Banco de Portugal a sua profunda preocupação com o processo de venda, especialmente porque o governo não considera como possibilidade uma futura ajuda estatal”. É desta forma que Centeno reforça a intenção de cumprir o calendário fixado com Bruxelas. O acordo prevê que a venda esteja concluída já no próximo mês, apesar de Bruxelas ter alargado o prazo definitivo para agosto de 2017. Ainda assim, a equipa que está a conduzir o processo está a procurar cumprir o primeiro calendário acordado com a Comissão Europeia. Modelo de venda já neste verão O Banco de Portugal recebeu quatro propostas – BPI, Apollo/Centerbridge, Lone Star e BCP –, que estão a ser avaliadas pela equipa que conduz o processo de venda, liderada por Sérgio Monteiro. O objetivo é até ao final do mês ter o modelo de venda definido: se as propostas não forem satisfatórias o BdP pode avançar com uma venda em bolsa, embora o presidente da CMVM, Carlos Tavares, já tenha dito que não quer que esta operação seja direcionada para o retalho. A outra garantia que se encontra nas linhas escritas por Mário Centeno é de que o governo não tem qualquer intenção de voltar a injetar dinheiro no Novo Banco. Contudo, o executivo mostra estar Na carta a Bruxelas, Centeno garante que não serão precisas mais ajudas estatais disposto a pôr dinheiro no Fundo de Resolução caso a instituição seja vendida a preço de saldo. “O governo está a negociar com o Fundo de Resolução novas condições para que um empréstimo do Tesouro possa tornar o fundo solvente caso o processo de venda seja feito a um preço muito baixo”, lê-se na missiva. LONE STAR › É conhecido em Portugal por ter comprado os centros comerciais Dolce Vita e, como investidor de dívida do ESFG, esteve envolvido na luta judicial pela Tranquilidade. Se o banco não for vendido até 2017, Mário Centeno diz que se avançará para um “processo ordeiro de liquidação”, o que poderá significar a venda em bolsa que o presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários quer evitar. Por seu lado, o governo tem defendido que a venda do Novo Banco não pode ter custos para os contribuintes. Em maio, António Costa, primeiro-ministro, afirmou que uma eventual alienação do Novo Banco por um valor baixo implicaria responsabilidades financeiras elevadas para os participantes no Fundo de Resolução, ou seja, os outros bancos. “Uma alienação por um valor baixo pode implicar responsabilidades elevadas para os participantes no sistema, mas não contará com qualquer desconto por parte dos contribuintes”, afirmou. Os 4,9 mil milhões de euros A resolução ao Novo Banco custou 4,9 mil milhões de euros e destes 3,9 mil milhões foram capital público. O resto veio da banca, através do Fundo de Resolução. Por muito que o governo de António Costa defenda que a venda deve ser feita sem custos para os contribuintes, é pouco expectável que esta possa ser feita pelos 4,9 mil milhões de euros, o valor injetado na instituição bancária aquando da divisão entre o BES bom e o BES mau. Certo é que o processo de venda só será concluído pela nova gestão liderada por António Ramalho, que tomará posse no dia 1 de agosto. Pelo caminho, despede-se da instituição Eduardo Stock da Cunha, que deixa a liderança do Novo Banco a 31 de julho, para ser substituído pelo atual presidente da Infraestruturas de Portugal. Bruxelas exige a Espanha esforço adicional de seis mil milhões INSUFICIENTE Comissão já fez saber que as medidas adicionais propostas na carta não chegam e considera a subida do IRC insuficiente Espanha já enviou para Bruxelas a sua defesa contra as sanções e até já tem feedback... negativo. De acordo com o jornal El Mundo, a Comissão Europeia considerou “insuficientes” as medidas de ajustamento com que Espanha se compromete, nomeadamente a subida do “imposto sobre as sociedades” (equivalente ao IRC em Portugal). Para Bruxelas, ainda falta uma medida adicional que represente seis mil milhões de euros. E se Bruxelas recebeu ontem a carta de Portugal, Espanha já tinha enviado os seus argumentos de defesa na última semana, a 14 de julho. Estes quatro dias já foram suficientes para “fontes governamentais” citadas pelo El Mundo saberem que o que Espanha apresentou não chega para evitar as sanções. Apesar disso, o diário espanhol avança que Bruxelas está disposta a permitir suavizar o ajuste em 2016, de forma a que possa chegar aos 3,9%. A situação é aqui diferente da de Portugal, que continua a acreditar que terá um défice abaixo dos 3%. No entanto, o facto de Espanha ter recebido mais exigências por cima daquilo que já eram medidas adicionais – que Bruxelas aplaudiu – antecipa que a Comissão Europeia pode tentar fazer o mesmo com Portugal. Na carta enviada a Bruxelas, o governo liderado por Mariano Rajoy fez saber que não aceitará ser alvo de sanções. Espanha acredita ainda que conseguirá cumprir as metas acordadas com Bruxelas sem ter de recorrer a aumento de impostos. O otimismo espanhol está relacionado com o ritmo de crescimento. O país está a crescer 3% e acredita que esse caminho evitará a necessidade de medidas adicionais para cumprir metas. Madrid ainda confia que as negociações com a Comissão Europeia vão ser bem-sucedidas e que o país não será sujeito a sanções nem cortes de fundos comunitários. Espanha e Portugal são os dois países aos quais o Ecofin decidiu aplicar sanções por défice excessivo, sendo agora a Comissão Europeia a decidir a dimensão das sanções e de que forma são aplicadas. Antes, os países estão a defender-se. RUI PEDRO ANTUNES PUBLICIDADE Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias 5 GRANDE CONFERÊNCIA EUROPA PÁTIO DA GALÉ Praça do Comércio 1100-148 Lisboa 21 JULHO DAS 09H30 ÀS 13H30 INSCRIÇÃO OBRIGATÓRIA E GRATUITA EM WWW.GRANDECONFERENCIA.DN.PT PROGRAMA 09H30 RECEÇÃO AOS CONVIDADOS 10H00 BOAS-VINDAS DANIEL PROENÇA DE CARVALHO | CHAIRMAN DO GLOBAL MEDIA GROUP SESSÃO DE ABERTURA MARCELO REBELO DE SOUSA | PRESIDENTE DA REPÚBLICA 10H30 DEBATE: O FUTURO DA EUROPA 11H15 PAUSA PARA CAFÉ 11H35 DEBATE DE EMPRESÁRIOS: SOBRE O FUTURO DAS EXPORTAÇÕES NO NOVO ENQUADRAMENTO EUROPEU MARIA LUÍS ALBUQUERQUE | VICE-PRESIDENTE DO PSD FRANCISCO SEIXAS DA COSTA | EMBAIXADOR NUNO MELO | EURODEPUTADO DO CDS MARIANA MORTÁGUA | DEPUTADA DO BE MODERADOR: PAULO BALDAIA JOSÉ MIGUEL JÚDICE | VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA PORTUGUESA JORGE ARMINDO | CEO DA AMORIM TURISMO MIGUEL PINA MARTINS | CEO DA SCIENCE4YOU MIGUEL SANTO AMARO | CEO DA UNIPLACES MODERADOR: ANTÓNIO PEREZ METELO 12H20 ENTREVISTA POR ANDRÉ MACEDO 13H00 ENCERRAMENTO 13H15 MOMENTO MUSICAL (APROX. 10 MIN.) CARLOS MOEDAS | COMISSÁRIO EUROPEU 6 Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias OPINIÃO ÍNDIA. RECOLHER OBRIGATÓRIO EM CAXEMIRA 19.7.2016 Editorial Corrida de fundo MÓNICA BELLO M ilhares de atletas vão desfilar no dia 5 de agosto no estádio do Maracanã com a alegria estampada nas caras e os corações em suspenso perante a hipótese de bater recordes pessoais, nacionais, olímpicos, levar para casa uma medalha mais especial do que qualquer outra, ou simplesmente pelo prazer de ter chegado até ali. Entre esses milhares de atletas estarão alguns diferentes de todos os outros. São estreantes porque participam pela primeira vez nos Jogos Olímpicos, mas estes estreantes têm algo mais que se lhe diga. Além do desporto, une-os uma outra característica. Contam-se pelo menos onze, mas é possível que haja outros, que, como eles, viveram grande parte das suas vidas em campos de refugiados. Mangar Makur Chout é um deles e o DN conta hoje, na última página, a história deste sudanês que passou oito anos num campo de refugiados no Quénia, foi campeão nacional australiano dos 200 metros e que vai correr nas pistas do Maracanã com as cores de um país também ele estreante, o Sudão do Sul. Depois, há mesmo uma delegação de atletas sem pátria, todos eles refugiados – cinco do Sudão do Sul que vão correr no estádio olímpico, um maratonista etíope, dois judocas congoleses e dois nadadores sírios. Anjelina Nadai Lohalith, sul-sudanesa de 21 anos, é um destes atletas e é provável que se cruze na pista dos 1500 metros com a portuguesa Marta Pen. Quando Anjelina fugiu da guerra no seu país, à semelhança de milhares de outras crianças deslocadas e órfãs, refugiou-se do outro lado da fronteira, no Quénia, no campo de Kakuma, onde vivem mais de 180 mil pessoas. A jovem treina há seis meses no Quénia, com os quatro outros atletas compatriotas que vão viajar até ao Rio de Janeiro, e ninguém estranhará se nenhum deles conseguir chegar a uma medalha. São onze exemplos de jovens obrigados a lutar por tudo na vida – desde um prato de comida a um lugar no mundo. Um grão de areia entre os 65,3 milhões de pessoas que no final de 2015 se encontravam deslocadas em resultado de guerras, perseguições, violência e violações dos direitos humanos. James Nyang Chiengjiek, igualmente sul-sudanês e refugiado, que vai viajar até ao Rio com Anjelina para correr os 400 metros, explica a vontade de vencer: “Quando fazemos algo de que a nossa vida depende, não interessa se é difícil. Continuamos a correr, porque sabemos que precisamos de chegar ao objetivo.” Diretor André Macedo Diretora adjunta Mónica Bello Subdiretores Ana Sousa Dias e Joana Petiz Redator principal Ferreira Fernandes Diretor de arte Pedro Fernandes Editores executivos Graça Henriques e Leonídio Paulo Ferreira (editor executivo de fim de semana) Editores executivos adjuntos Ana Mafalda Inácio (Sociedade), Artur Cassiano (Digital), Helena Tecedeiro (Mundo), Pedro Sequeira (Desporto) Portugal Paula Sá (editora Política), Sílvia Freches (editora adjunta Política), Carlos Ferro (editor Sociedade), Pedro Vilela Marques (editor Sociedade), Céu Neves (grande repórter), Fernanda Câncio (grande repórter), Carlos Rodrigues Lima, Filipa Ambrósio de Sousa, João Pedro Henriques, Manuel Carlos Freire, Miguel Marujo, Pedro Sousa Tavares, Rui Pedro Antunes, Valentina Marcelino Sociedade David Mandim (editor adjunto) Ana Bela Ferreira, Ana Maia, Filomena Naves, Joana Capucho, Rute Coelho Desporto Nuno Sousa Fernandes (editor), Rui Frias (editor adjunto), Bruno Pires (editor adjunto), Carlos Nogueira, Gonçalo Lopes, Isaura Almeida, João Ruela, Rui Marques Simões Mundo Patrícia Viegas (editora), Abel Coelho de Morais, Ana Meireles, Susana Salvador Artes Marina Almeida (editora), Marina Marques (editora adjunta), João Céu e Silva (grande repórter), Lina Santos, Maria João Caetano, Mariana Pereira Digital Ricardo Simões Ferreira (editor), Patrícia Jesus (coordenadora), Bárbara Cruz, Elisabete Silva, Sofia Fonseca Opinião Adriano Moreira, Alberto Gonçalves, André Carrilho, António Barreto, Anselmo Borges, Bernardo Pires de Lima, David Dinis, Inês Teotónio Pereira, João César das Neves, João Lopes, João Taborda da Gama, Joel Neto, Mário Soares, Miguel Ángel Belloso, Nuno Santos, Paulo Baldaia, Pedro Marques Lopes, Pedro Tadeu, Sérgio Figueiredo, Sílvia de Oliveira, Viriato Soromenho Marques, Wolfgang Münchau e Yanis Varoufakis Fecho de edição Elsa Rocha (editora), Ângela Pereira, Nuno Camacho Arte Vítor Higgs (diretor adjunto), Eva Almeida (coordenadora), Marta Ruela Rocha (coordenadora), Fernando Almeida, Gonçalo Sena, Maria Helena Mendes, Sofia Xavier, Teresa Silva, Ana Kaiseler (infografia), Tânia Sousa (infografia) Digitalização Nuno Espada (coordenador), Carlos Morgado , Inês Nazaré, Paulo Dias e Pedro Nunes Notícias Magazine Catarina Carvalho (diretora executiva), Paulo Farinha (editor executivo) Evasões Catarina Carvalho (diretora) Conselho da Redação Ana Bela Ferreira, Bruno Pires, Carlos Rodrigues Lima, Filipa Ambrósio de Sousa, Miguel Marujo, Pedro Sousa Tavares e Rui Pedro Antunes Secretária de direção Elsa Silva Secretaria de redação Carla Lopes (coordenadora), Susana Rocha Alves E-mail geral da Redação [email protected] E-mail geral da publicidade [email protected] CONTACTOS Lisboa Avenida da Liberdade, 266, 1250-149 LISBOA – Tel.: 213 187 500 – Fax: 213 187 515 Porto Rua de Gonçalo Cristóvão, 195 – 5.º, 4000269 PORTO – Tel.: 222 096 350 – Fax: 222 096 163 Coimbra Rua João Machado, 19, 2º A, 3000-226 COIMBRA – Tel.: Redação: 961 663 378 - Publicidade: 969 105 615 Leiria Av. D. João III, Edifício 2002, Porta A, 3º, Sala 3, 2400-164 LEIRIA – Tel.: 244 848 670 – Fax: 244 848 689 – Pub. 244 848 680. Estatuto editorial disponível em www.dn.pt Tiragem média diária de junho 2016: 25.772 exemplares › Fila para distribuição de alimentos no Hospital de Lal Ded, em Srinagar, capital de verão do estado indiano de Caxemira. Desde há 11 dias que este estado vive sob recolher obrigatório entre o final de cada dia e a manhã do seguinte, forçando doentes e pessoas que aguardam consultas a permanecer nos recintos dos hospitais e obrigando estes a distribuir-lhes alimentos. E isto porque os mercados e a grande maioria de outros locais de comércio se encontram encerrados depois de as forças de segurança indianas terem morto um dos mais conhecidos militantes do movimento islamita local,Burhan Muzaffar Wani, de 21 anos, no passado dia 8. Desde então, as manifestações e confrontos entre militantes islamitas e as forças de segurança causaram 44 mortos e 1600 feridos. CONVIDADOS O verdadeiro golpe de Estado FILIPE MARQUES Representante da Associação Sindical dos Juízes Portugueses na MEDEL) MANUELA PAUPÉRIO Vice-presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses JOSÉ ALBUQUERQUE Representante do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público na MEDEL O governo turco, justificando-se com a reação a uma tentativa de golpe de Estado, tem vindo desde a madrugada do passado sábado a dar o que pensa ser a machadada final na independência do poder judicial na Turquia. A Europa tem assistido impávida e vergada pela fraqueza dos seus líderes a uma caminhada progressiva para concentrar o poder absoluto em torno de Erdogan. Episódios como os das decisões sobre Gezi Park ou a recente lei que saneou mais de setecentos juízes do Supremo Tri- bunal e do Conselho de Estado foram apenas a antecâmara da tentativa de controlo total do poder judicial que está em curso desde o passado sábado. Na madrugada de 16 de Julho, escassas horas após uma suposta tentativa de golpe de Estado ainda por explicar na sua plenitude, 2745 magistrados e 541 juízes dos tribunais administrativos foram suspensos de funções sem qualquer base legal ou suspeita fundada. Quarenta e oito membros (mais de metade) do Conselho de Estado – o órgão que decide os recursos dos tribunais administrativos – foram suspensos e 140 dos Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias OPINIÃO 7 Marcelo elogia emprego de Durão... Mas porquê?! PEDRO TADEU Jornalista EPA/FAROOQ KHAN C 150 juízes do Supremo Tribunal foram afastados. Como se tal não bastasse, foram emitidos mandados de detenção contra todos os 2475 magistrados suspensos. Na madrugada de 16 de julho, os nossos colegas turcos membros de organizações internacionais de magistrados vieram, um por um, despedir-se de nós. Todos recebemos e-mails e mensagens desesperadas com relatos angustiados de quem acabara de deixar os filhos em casa de familiares e aguardava a chegada da polícia a qualquer momento. Um por um foram detidos, levados das suas casas e famílias. Questionaram quem os deteve sobre os motivos da detenção e as respostas obtidas foram acusações vagas e sem qualquer mínimo in- dício de prova, como a pertença a “organizações terroristas armadas”. Com esta jogada, Erdogan pensa ter conseguido finalmente e sem pejo alcançar o seu grande objetivo – concentrar em si todo o poder e eliminar quem de forma independente não se vergava à sua autoridade, obedecendo apenas à lei. Já o tinha tentado fazer ao prender juízes e procuradores que “ousaram” investigar o tráfico de armas para a Síria ou ao transferir arbitrariamente os magistrados envolvidos na investigação dos casos de corrupção que o envolviam e à sua família. Agora fá-lo abertamente, utilizando o suposto golpe de Estado como justificação. O que se passa na Turquia afeta- -nos a todos, governos e cidadãos europeus. A utilização de uma tentativa de golpe de Estado de contornos indefinidos para concentrar o poder absoluto em torno de um líder relembra-nos as páginas mais negras da história europeia do século passado, que todos jurámos nunca mais deixar que se repetissem. Os governos europeus, que muito bem afirmaram na noite do passado dia 15 de julho a sua fidelidade aos valores da democracia e condenaram qualquer tentativa de golpe de Estado, devem com a mesma rapidez e veemência condenar a atuação antidemocrática do governo turco destes últimos dias. Porque agora sim, estamos a assistir ao verdadeiro golpe de Estado na Turquia. om tanta notícia excitante neste mundo maravilhoso mas doente quase deixei passar despercebida uma leve perturbação que, apesar de mínima, explica tanta coisa... Quando há dez dias era notícia ter o ex-presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, aceitado o lugar de presidente em Londres no banco Goldman Sachs, espalharam-se nos jornais os comentários ácidos, os tons indignados, as revoltas de verbo. E com óbvia razão. Mas no mesmo dia o nosso Presidente da República resolveu deitar água na fervura : “No caso do doutor Durão Barroso, trata-se de atingir o topo da vida empresarial. E o topo da vida empresarial tem muito mérito, como tem atingir o topo na ciência, na universidade, na cultura, nas artes. Portanto, deve ser naturalmente reconhecido”, disse. Que contraste face às declarações do presidente francês, nosso parceiro na mesma União Europeia que Durão comandou para o declínio: “é moralmente inaceitável que José Manuel Barroso se junte ao Goldman Sachs”, disse François Hollande para, a seguir, explicar a acusação que qualificou, aliás, como defeito de carácter: “Ele esteve dez anos à cabeça da Comissão. Quanto a nós, magistrados europeus, nunca calaremos a nossa voz para denunciar qualquer ataque à independência do poder judicial e estaremos sempre ao lado dos juízes e procuradores turcos. A única certeza que Erdogan pode ter é esta: ainda que nos corredores do poder possam os governos vergar-se, ainda que o último magistrado livre turco seja preso, milhões de magistrados europeus não se calarão. De Lisboa a Paris, de Londres a Roma, de Belgrado a Bucareste, por toda a Europa, onde houver um juiz independente, um procurador autónomo, um advogado livre, em qualquer praça ou tribunal, a independência do poder judicial turco será defendida. O Goldman Sachs esteve no centro da crise dos subprimes e ajudou o governo grego a maquilhar as contas da Grécia.” Porque é que Marcelo Rebelo de Sousa, um homem que geriu a sua vida sempre com atenção para não cair em situações de incompatibilidade suspeita, vê mérito no novo emprego de Durão? Como é que o Presidente português, que foi sempre financeiramente transparente e inequívoco, defende o reconhecimento público para quem baralha alhos políticos com bugalhos profissionais? O que leva este homem, que não soaria despropositado se debitasse o aforismo cavaquista “para serem mais honestos do que eu têm de nascer duas vezes”, a ser complacente com a promiscuidade política e financeira?... Olho para a frase. Releio. O Goldman Sachs é, para o Presidente da República, “o topo da vida empresarial”. Este é o toque... Nem o honesto, probo, afetuoso Marcelo consegue evitar admiração ao falar do Goldman Sachs. “O topo”, diz ele. Algo quase inalcançável, colocado lá nas alturas, ao nível do divino. Nem o católico praticante, cheio de entusiasmo pela consciência social do Papa Francisco, subscritor das críticas da Igreja aos crimes do mundo financeiro capitalista, olha para o Goldman Sachs sem deixar escapar admiração, respeito e, até parece, temor reverencial. Há demasiadas boas pessoas complacentes por impotência, cobardia, cegueira , ignorância, necessidade ou hipocrisia com o rosto descarado do mais puro e destrutivo mal. E também é por isso que este mundo, maravilhoso mas com doença maligna, não se cura. ENVIE AS SUAS CARTAS Por correio: Avenida da Liberdade, 266 1250-149 Lisboa Por mail: [email protected] O DN reserva-se o direito de editar, resumir e só publicar cartas de leitores identificados. Desde 16 de setembro de 2013, os textos publicados incluem o endereço de correio eletrónico do(a) autor(a). Os leitores que prefiram não divulgar o seu endereço devem mencioná-lo nos textos enviados. 8 OPINIÃO Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias BONSAI FRASES DO DIA Esvaziaram o porquinho públicas colossais; depois os bancos, presos por pinças num Banco Central Europeu que os mantêm vivos com doses cavalares de morfina a que insistem chamar de política monetária. SÉRGIO FIGUEIREDO Diretor de Informação da TVI 1 Poupança negativa. A Joana Mateus publicou no último Expresso um artigo histórico. A poupança das famílias portuguesas é negativa! Nunca tinha acontecido, pelo menos desde que existem estatísticas do INE, numa série com mais de 40 anos. Há uma leitura imediata deste fenómeno: os portugueses depois de receberem salários, pensões, rendas, juros ou outros rendimentos, depois de pagarem impostos e contribuições sociais, ficam com um orçamento disponível que não cobre as suas despesas de consumo. Já diabolizei as extravagâncias passadas. Alinhei na lengalenga do “viver acima das nossas possibilidades”. Antevia a insustentabilidade do consumismo. E, com as mínimas noções de economia que trazia do curso de Economia, escrevia textos, editoriais em diários de economia alertando para o inevitável estoiro que acabaria por vir. Como veio. Não me rendo às evidências. Como não entrego nem o corpo nem a alma à insanidade. Mas algo acontece quando a leviandade coletiva se dá. Não há moralismo, da mesma forma que não procuro pecadores. Ou encontro-os noutro lado. Uma população não se suicida quando derrete o que tem e se endivida para ter aquilo que não pode. Limita-se a responder a estímulos. Reage a impulsos, com uma racionalidade que é contrária à própria razão. Portugal transformou-se um país de proprietários porque a lei de arrendamento urbano era anacrónica. E os juros, com a união monetária europeia, estavam a descer para níveis historicamente baixos – o que tornava a prestação mensal ao banco muito mais acessível do que a renda da casa. O crédito hipotecário explodia, a taxa de poupança nacional caia para metade, 10% do PIB. Anos 90, ninguém nos travava. Mas havia o pântano de Guterres, depois a tanga de Barroso. Sempre a mesma tanga! E aqueles portugueses que adquiriram património imobiliário com crédito associado, que são milhões, estão a celebrar nos últimos anos o súbito regresso a uma política de juros rasos. Novamente, é racional: paga-se menos. Novamente, é uma desgraça. A política de juros zero está a rebentar com as poupanças das últimas gerações. Para salvar, em primeiro lugar o Estado, depois os bancos. Estamos com juros zero, destruindo progresso futuro para salvar instituições.Volto a dizer: primeiro os Estados, que gerem dívidas 2 Bancos zombies. Matam a poupança dos países sem a certeza de que os bancos se salvam. A revista The Economist colocava a banca italiana à beira de um precipício, numa das suas últimas capas. Nada de pessimismo, catastrofismo ou bruxaria: contas, balanços e modelos de negócio ultrapassados. Ao contrário de irlandeses, e em certa medida dos espanhóis, Itália e Portugal não limparam o sistema financeiro. Juros rasos, bancos de rastos. Não há Novo Banco que resista a isto. Nem velho, como a Caixa Geral de Depósitos, que além da adversidade dos tempos ainda tem o governo. Este governo, que nomeou uma administração, anunciou uma recapitalização, com ela uma reestruturação. O Estado tem um banco e isso poderia ser bom. O banco tem uma administração, que não é boa nem má porque ainda não assumiu. E este banco está parado há mais de seis meses, o que nem é bom nem mau – é péssimo. Chega até a ser incompreensível: como é que quer a geringonça reanimar a economia se o principal banco do sistema está, há meses a fio, sem direção, nem rumo, nem orientação. 3 Equação do sistema. Portanto, o sistema vive então assim: o Estado não tem economia, por isso revê em baixa o PIB; mas tem um banco, que é fundamental para a retoma, mas está desgovernado e anda à toa e à tona; a economia precisa de investimento para crescer, mas o investimento não existe porque as famílias deixaram de poupar; os bancos, que impulsionam o crescimento económico, precisam de depósitos que as famílias não fazem, porque estão a comprar carros à espera que o rendimento suba; os rendimentos vão melhorar porque o governo prometeu; mas para que isso aconteça, é preciso PIB que não está a corresponder. E, assim, enquanto resolve esta equação, o comandante-em-chefe da geringonça reedita os cofres cheios, responde às sanções e fala grosso e claro: qual-Plano B-qual-carapuça! 4 A política de juros zero está a rebentar com as poupanças das últimas gerações. Para salvar, em primeiro lugar o Estado, depois os bancos A questão relativa. Terroristas de Nice. Golpistas de Istambul. Campeões em Portugal. Se há coisas graves que nos chocam, se acontecimentos imprevisíveis nos perturbam, se temos heróis que nos agradam e surpreendem, qual é o problema da poupança dos nossos avós para os nossos pais, dos nossos pais para nós próprios estar agora a desaparecer? Por uma vez, acredito incondicionalmente neste primeiro-ministro: não deve mesmo haver Plano B. Só o salve-se quem puder. OPINIÃO SEGUNDA › Leonídio Paulo Ferreira › Wolfgang Münchau › António Tadeia HOJE › Sérgio Figueiredo › Pedro Tadeu QUARTA › Sílvia de Oliveira › Adriano Moreira QUINTA › João Pedro Henriques › Paula Sá › João César das Neves SEXTA › Miguel Ángel Belloso › Fernanda Câncio SÁBADO › Anselmo Borges › David Dinis › Inês Teotónio Pereira DOMINGO › António Barreto › Pedro Marques Lopes › Alberto Gonçalves › Paulo Baldaia › André Carrilho › João Taborda da Gama › Joel Neto DINHEIRO VIVO › Ricardo Reis › Edson Athayde NOTÍCIAS MAGAZINE › Afonso Cruz › Ana Bacalhau › Ana Sousa Dias › Catarina Carvalho › David Marçal › José Luís Peixoto › Júlio Machado Vaz › Manuel Jorge Marmelo › Marta Crawford › Paulo Farinha DIARIAMENTE › Ferreira Fernandes › João Lopes › José Bandeira LEIA AINDA › Bernardo Pires de Lima › Viriato Soromenho-Marques › Manuel Queiroz “Como parte de uma comunidade única de valores, é essencial que a Turquia, à semelhança de todos os restantes aliados, garanta o respeito integral pela democracia e as suas instituições, a ordem constitucional, o Estado de direito e as liberdades fundamentais.” JENS STOLTENBERG SECRETÁRIO-GERAL DA NATO “A realidade que muitos parecem não ver é que o investimento das empresas cresceu mais de 13% no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo em termos nominais.” ANTÓNIO COSTA PRIMEIRO-MINISTRO “Temos de respeitar a vontade do povo e deixar a União Europeia. Mas em caso algum abandonaremos o nosso papel dirigente na Europa.” BORIS JOHNSON MINISTRO BRITÂNICO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS, SOBRE O BREXIT “Oxalá fiquemos apenas por este país [Rússia] e não haja outros também que têm sistemas de organização similares e que procuram através dos seus sistemas de administração desportiva iludir os procedimentos dopantes.” JOSÉ MANUEL CONSTANTINO PRESIDENTE DO COMITÉ OLÍMPICO DE PORTUGAL “Representar Portugal nos Jogos Olímpicos significa tudo, não é? Não entendo os jogadores que não aceitaram ir, porque é a forma mais importante de representarmos o nosso país. Desde pequenino que assisto aos Jogos Olímpicos. Nunca pensei que o golfe voltasse a ser um desporto olímpico e que eu iria ter a sorte de jogá-los.” FILIPE LIMA GOLFISTA PORTUGUÊS APURADO PARA OS JOGOS OLÍMPICOS PUBLICIDADE Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias 9 TODA A MARCA SYOSS VÁLIDO EM PORTUGAL CONTINENTAL DE 19 A 25 DE JULHO DE 2016. NÃO ACUMULA COM OUTROS DESCONTOS DIRETOS. LIMITADO AO STOCK EXISTENTE. TODA A MARCA LUSO POUPE POUPE 25% 50% SUPER PREÇO TODOS OS COGUMELOS CONTINENTE E SELEÇÃO CONTINENTE NA SECÇÃO DE FRUTAS & LEGUMES) POUPE 30% SUPER PREÇO SUPER PREÇO TODA A MARCA AIRWICK TODOS OS DETERGENTES SKIP LÍQUIDOS E CONCENTRADOS POUPE 25% SUPER PREÇO POUPE 50% SUPER PREÇO 10 PORTUGAL Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Charretes na via em debate. PAN retira proposta ALGUMAS PETIÇÕES RECUO Tudo começou com uma petição – que pedia o fim da circulação de carroças e charretes na via pública – promovida pelo empresário do setor automóvel André Araújo que, como obteve as 4500 assinaturas, vai ser discutida amanhã no Parlamento. O texto dava como argumento os acidentes rodoviários, além da defesa do bem-estar animal, uma vez que muitas das charretes na via pública envolvem “animais extremamente debilitados” e “notoriamente subnutridos”. O PAN decidiu depois apresentar uma proposta que acompanhava a petição e pedia a proibição de circulação de veículos de tração animal. Ontem, o jornal i avançava que o deputado André Silva (na foto) deixará cair a proposta de proibição de charretes e carroças. › A petição nº 5/XIII/1 pede “um Algarve livre de petróleo e gás Algarve livre de pesquisa, prospeção, exploração e produção de petróleo e gás natural (convencional ou não-convencional)”, da autoria da Plataforma Algarve Livre de Petróleo, tem o processo concluído na Comissão de Ambiente e foi proposta para apreciação em plenário. Petição com uma única assinatura LIAIM › Uma única assinatura, do Parlamento recebeu 144 petições em apenas nove meses Iniciativas. Deputados discutem amanhã mais oito textos de cidadãos. Há cada vez mais pedidos “de interesse geral” a chegarem à AR MIGUEL MARUJO Iuliia Voroshylova é a primeira subscritora de uma das oito petições que vão ser discutidas amanhã à tarde na Assembleia da República, pedindo aos deputados “apoio à reabilitação de militares ucranianos”. Nem todas as petições chegam a plenário – precisam de ter mais de quatro mil assinaturas para isso – mas nem assim é travada a vontade dos cidadãos que vivem em Portugal de se fazerem ouvir. Desde o início desta legislatura, em outubro, já deram entrada no Parlamento 144 petições – uma média acima das dez por mês que se verificava em anos mais recentes. Os textos pedem de tudo um pouco e por vezes os partidos fazem acompanhar as petições que vão a plenário de iniciativas legislativas. As que são discutidas amanhã são prova disso: uma pretende “mais profissionais no hospital de Santa- rém e nos centros de saúde” e outra quer “defender o hospital de Guimarães”; há ainda uma a pedir “um regime de aposentação justo para os docentes” e outra quer reduzir “para a taxa mínima” o IVA nos “alimentos destinados a animais de companhia”; ou ainda uma petição a exigir que sejam proibidos “veículos de tração animal” (ver caixa ao lado). O maior número de petições está ligado à possibilidade de o fazer através da internet desde 2005. “A adesão a este instituto tem mostrado uma tendência de crescimento” desde esse ano, “tendo a média de petições triplicado em relação aos oito anos anteriores”, escreveu Tiago Tibúrcio – que integra o gabinete do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues – num artigo sobre “o direito de petição” (publicado no livro Crise económica, políticas de austeridade e representação política, ed. AR, maio de 2015). É fácil fazer uma petição: há um formulário na página do Parlamen- to para o fazer. No entanto, esta não é a única via para fazer chegar ao órgão de soberania um texto destes. Também se pode fazer pela via clássica do papel. Com o aumento significativo de petições, o seu uso não descambou. A lei permite condições de admissibilidade muito amplas, podendo ser sobre qualquer assunto – mesmo que tenha uma única assinatura e esteja no âmbito das competências do Parlamento a petição é admitida. É Tiago Tibúrcio quem o comenta ao DN: “Há uma relativa sabedoria das petições apresentadas”, com a maioria delas “enquadradas nas competências da Assembleia da República, que são legislativas e de fiscalização do governo”. No artigo já citado, o adjunto de Ferro Rodrigues escreveu que “o direito de petição mantém-se, ao longo destes anos, como um instrumento privilegiado de prossecução do interesse geral, sendo raras as petições de interesse particular”. Entrada no Parlamento, a petição é avaliada pelos serviços sobre se é admissível ou não. O DN contabilizou 35 a aguardar esse parecer, uma delas de outubro, mas o tempo de resposta é hoje bem mais célere: já se demorou 1000 dias a responder (três anos), agora a média rondará os 100 dias, acima do limite de 60 definido na lei. Tiago Tibúrcio notou, no referido artigo, que há uma causa que ajuda a explicar os atrasos: “O tempo de resposta [das] entidades [externas à AR] foi, em legislaturas anteriores, considerado como um verdadeiro entrave a uma apreciação das petições em tempo útil.” No caso do texto pouco comum da petição de Voroshylova – a pedir para que sejam subsidiados os “tratamentos e a reabilitação de alguns militares e combatentesvoluntários do exército ucraniano” – a petição sofreu também com o calendário político: deu entrada há um ano, apanhando o fim da legislatura. O deputado elabora sempre um relatório, garantindo que o texto de qualquer petição é discutido na comissão respetiva pelos grupos parlamentares. “A eficácia é também esta”, apontou Tiago Tibúrcio. “Não serve apenas para que sejam acolhidas, serve para dar voz ao cidadãos. Há um enquadramento institucional que o sistema oferece e a adesão dos cidadãos também ajuda a medir essa eficácia.” Muito frequentemente o governo é instado a pronunciar-se. E o próprio peticionário tem direito a ser ouvido – com mil assinaturas é obrigatório, mas cada vez mais os peticionários são convidados a explicarem-se mesmo com menos. autor, pede que seja atribuído “subsídio de eletricidade verde para agricultores”. O texto deu entrada a 31 de dezembro de 2015 e cumpre os requisitos. Como “não se encontra pendente na AR nenhuma iniciativa que contemple as pretensões do peticionário”, a petição é admitida. Portagens com 6 mil assinaturas › Está em apreciação o texto em que quase seis mil pessoas “solicitam a reclassificação de veículos em portagens”. A petição foi associada a outro texto que já tinha dado entrada e em que se pede a “criação de valores de portagens adaptados para veículos de duas rodas”, sendo aproveitadas as diligências já tomadas. Demissão de Maria Luís já decidida › A petição nº 87/XIII/1 chegou tarde ao Parlamento: pedia “a demissão de Maria Luís Albuquerque como deputada” por alegadas incompatibilidades entre as suas funções e o trabalho na empresa Arrow Global. Como o Parlamento já tinha decidido em contrário, o relatório concluiu pelo mesmo. 35 horas inconstitucionais › Tem uma única assinatura a petição que “suscita a inconstitucionalidade da Lei nº 18/2016 (...) que estabelece as 35 horas como período normal de trabalho dos trabalhadores em funções públicas”. Deu entrada a 30 de junho e “aguarda deliberação sobre a sua admissibilidade”. Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias PORTUGAL 11 Projetos do orçamento participativo coincidem com autárquicas JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA INICIATIVA Governo vai andar pelo país, em 2017, ano de eleições locais, a promover a participação dos cidadãos no orçamento Marcelo Rebelo de Sousa fez ontem um voo de meia hora num Hércules C-130 Pilotos do C-130 treinavam emergências na descolagem Montijo. Presidente da República visitou base onde aeronave explodiu dia 11 e manifestou “confiança absoluta” na frota e na Força Aérea MANUEL CARLOS FREIRE O Hércules C-130 que explodiu há uma semana no Montijo, causando a morte de três militares, estava a treinar ações de resposta a “algo que pode corre mal durante uma descolagem”, soube ontem o DN junto de fontes militares. “A aeronave não levantaria voo em circunstâncias normais, pois estavam a treinar situações de emergência à descolagem com momentos de decisão diferentes que variam em função da velocidade” a que o C-130 já rola ou, por exemplo, o ponto da pista que já atingiu, adiantou uma das fontes. Esta informação deverá ter sido uma das transmitidas ontem ao Presidente da República pelo chefe do Estado-Maior da Força Aérea, no briefing que antecedeu o voo de meia hora num C-130 com que Marcelo Rebelo de Sousa quis manifestar a sua “confiança absoluta” no ramo e naquela frota de transporte militar. Marcelo Rebelo de Sousa disse no final da visita à base aérea do Montijo, que qualificou como “emocionante e motivadora”, que ainda “é cedo” para se saber qual a origem do acidente, que está sob inquérito da Comissão Central de Investigação da Força Aérea. Certo é que “o C-130 continua a voar, os operacionais continuam operacionais, a Força Aérea continua a cumprir a sua missão e o coman- dante supremo das Forças Armadas veio aqui dizer que está ao lado dessa missão com confiança absoluta”, enfatizou. “Consegui perceber uma coisa muito importante, que é a preocupação da Força Aérea em olhar para as famílias das vítimas e estudar a sua situação e prover à sua situação”, acrescentou o Presidente da República. A missão de treino para qualificação de um dos piloto-aviadores da esquadra 501 dos C-130 decorria ao fim da manhã do passado dia 11 e provocou a morte de três militares: o tenente-coronel Fernando Castro (piloto instrutor), o capitão André Saramago (piloto que só iria realizar a sua missão de treino durante a tarde desse dia) e o sargento-ajudante Amândio Novais (mecânico de bordo). Ficaram ainda feridos outros quatro, um dos quais com gravidade e que continua internado no Hospital de São José em situação estável mas ainda com prognóstico reservado, segundo uma das fontes ouvidas pelo DN. Os três corpos foram encontrados próximo da rampa no compartimento de carga, para onde se dirigiram conforme determinam os manuais de segurança em situações de emergência. Os quatro militares que se salvaram – incluindo o que estava no lugar do comandante, no lado esquerdo da cabina de voo – conseguiram sair por uma janela do cockpit da aeronave, que ficou praticamente destruída com o incêndio e posterior explosão, indicou outra das fontes. Modernização adiada Este acidente do C-130 foi o terceiro em cerca de um ano, após o ocorrido nos Açores em dezembro passado e outro à entrada do hangar da esquadra em meados de 2015, lembrou uma das fontes. Até ontem, as investigações em curso no Montijo não detetaram quaisquer indícios que apontem para uma falha técnica na origem do desastre. Isso explica que, além dos voos realizados nas cerimónias fúnebres dos três militares mortos e ontem com o comandante supremo das Forças Armadas a bordo, hoje decorra a primeira missão operacional atribuída ao C-130 após o acidente – a viagem semanal para os Açores. A substituição dos C-130 – aeronaves com quase quatro décadas ao serviço da Força Aérea – foi aprovada em 2001 para se concretizar em 2008, prevendo-se 300 milhões de euros para a o programa dos A400M europeus. Este projeto foi abandonado poucos anos depois, a favor da hipótese de compra dos C-130J e condicionando-se o processo à alienação dos caças F-16. Com a opção de adquirir o KC-390, Portugal optou por prolongar a vida útil dos Hércules através da modernização dos equipamentos de voo (anticolisão, telecomunicações, aviónicos) exigidos para operar no espaço europeu. Com Lusa As propostas mais votadas para serem financiadas no âmbito do inovador Orçamento Participativo Nacional (OPN), apresentado ontem no Museu de Arte Antiga, vão começar a ser executadas em pleno mês de campanha e eleições autárquicas. De acordo com o calendário divulgado pela secretária de Estado adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, a “apresentação pública dos projetos vencedores” será feita em setembro de 2017 e o “início da execução” dos mesmos em outubro. Segundo a Comissão Nacional de Eleições esses são os meses previstos para a realização da eleição para os “órgãos das autarquias locais”. Mas, antes disso, desde o início do ano, o governo vai “andar pelo país a recolher propostas”, disse Graça Fonseca, sendo a sua votação, por via eletrónica, realizada nos meses de verão (junho, julho e agosto). É “inédito no mundo”, garantiram ontem os governantes, na apresentação do primeiro OPN, uma réplica nacional dos 84 orçamentos participativos que existem a nível local, a começar pela Câmara de Lisboa, onde António Costa foi pioneiro. Para o arranque haverá 3 milhões de euros dispo- CALENDÁRIO 2017 JANEIRO/ABRIL › Discussão e elaboração de propostas em assembleias participativas nos territórios do Orçamento Participativo Nacional. MAIO › Análise técnica das propostas por parte das entidades responsáveis pela posterior implementação dos projetos vencedores. JUNHO, JULHO E AGOSTO › Votação pelos cidadãos das propostas colocadas na plataforma nacional de participação. SETEMBRO › Apresentação dos projetos vencedores. OUTUBRO › Início da execução dos projetos vencedores do OPN. níveis para os cidadãos que quiserem apresentar as suas ideias para as áreas da cultura, agricultura, ciência, educação e formação de adultos. A cidadã Lara Sanches Rodrigues, a convite do governo, trouxe um exemplo de sucesso de um projeto seu, vencedor em Lisboa e Fundão, e que, com o OPN, tem esperança de o poder realizar “a nível nacional”: o Lata 65 que consiste em ensinar arte urbana (graffiti) aos idosos, como aplicação prática do “envelhecimento ativo”. Emoldurado por ecrãs a passar as imagens do quadro A adoração dos Magos, de Domingos Sequeira – comprado pelo museu depois de uma campanha de angariação de fundos –, o primeiro-ministro, António Costa, lembrou o “sucesso” dos orçamentos participativos locais e o facto de o OPN ser “original à escala global”. “O orçamento participativo ajuda simultaneamente a melhorar a qualidade da democracia, aumentando a participação e o envolvimento dos cidadãos, mas contribui também para melhorar a qualidade da despesa pública”, assinalou. Apesar de existirem “muitos exemplos autárquicos, vários exemplos de estados federados, não há nenhum exemplo de estado nacional”, segundo António Costa, dando assim resposta aos cidadãos que questionam o porquê de ser gasto “dinheiro nisto e não naquilo”. Na cerimónia de apresentação do OPN, Graça Fonseca salientou como um dos “potenciais” desta iniciativa o facto de “aproximar as pessoas da política”, promovendo “projetos integradores de território” e “ligando os territórios”. O objetivo é que os cidadãos se apercebam que “quando querem, quando se mobilizam e organizam, tudo pode acontecer”. A ministra da Presidência e Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, sintetizou a importância desta iniciativa inédita: “Envolvemo-nos na iniciativa do orçamento participativo porque entendemos que a democracia participativa completa reforça e ajuda as outras expressões de democracia.” A ministra, que é a promotora do Simplex, sublinhou que a “democracia participativa “estimula os cidadãos a identificar problemas e a propor soluções para os resolver”. A governante acredita que “estimula a que os cidadãos se mobilizem em torno do projeto que consideram o mais importante”. VALENTINA MARCELINO 12 PORTUGAL Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Censos 2021. INE faz testes de novo modelo de registo a partir de setembro Avaliação. O INE está a contratar 66 entrevistadores para experimentar alterações do sistema em cinco freguesias e que incluem 45 mil casas. A novidade é o uso de ficheiros por alojamento e uma maior utilização da internet CÉU NEVES Os Censos 2021 estão prestes a dar os primeiros passos. A principal mudança é a utilização de ficheiros por alojamento, o que vai tornar o processo mais rápido e barato. O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a recrutar 66 entrevistadores para realizar os primeiros testes. O dia de referência é 26 de setembro. As populações das freguesias de Alvor, Maia, União de Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixaa-Nova, União de Freguesias de Glória e Vera Cruz (Aveiro) e Praia de Mira (Mira) vão receber em setembro uma carta com os códigos para responder aos questionários pela internet em vez de um recenseador lhes bater à porta e entregar o questionário. Oitenta mil pessoas distribuídas por 45 mil alojamentos contribuirão para verificar o grau de utilização da internet e se será ultrapassado o recorde dos Censos de 2011, em que metade dos habitantes o fizeram por aque- le meio. Mas o mais importante do novo registo da população portuguesa é a utilização de ficheiros de alojamento pela primeira vez, sublinha Manuela Martins, responsável pela comunicação do INE. Este sistema vai permitir “reduzir os custos da recolha, diminuir o número de intervenientes na recolha de campo e a melhoria de planeamento e gestão da operação”. Outra das inovações é a utilização de informação administrativa, o que vai permitir o cruzamento de dados – pessoal e institucional –, funcionando como controlo das respostas. Além de que “diminui a carga estatística e permite avaliar a qualidade de informação”. São aqueles dois sistemas que estarão sobretudo em causa nos primeiros testes, pois na utilização da internet e na recolha de campo há experiência. Mas é preciso encontrar formas de aumentar e aperfeiçoar o uso das novas tecnologias neste processo. “O desafio da modernização vai continuar e a inovação marcará os próximos Censos 2021. O INE pre- tende um Censo mais digital, mais cómodo para os cidadãos e mais eficaz na gestão dos recursos públicos”, frisam os responsáveis do instituto. Vagas quase preenchidas O INE está a recrutar até ao final do mês 66 entrevistadores, a maioria (26) para testar os questionários na freguesia da Maia, concelho em que estão asseguradas as necessidades, tal como acontece no Alvor (Portimão) e na União de Freguesias de Glória e Vera Cruz (Aveiro). A fase de inquérito decorre entre 19 de setembro e 13 de novembro e serão avaliados quatro fatores: o impacto da alteração do modelo tradicional de distribuição de questionários porta-a-porta pelo envio de uma carta com os códigos para resposta através da internet; a utilização da internet como principal meio de resposta; o uso de plataformas móveis no trabalho de campo; o contributo da informação administrativa no desenho do novo modelo censitário. Quem não responder pela internet vai ter FASES DO INQUÉRITO 19 A 26 DE SETEMBRO › A população das cinco freguesias vai receber uma carta do INE com um código para aceder à internet e poder responder ao questionário. 26 DE SETEMBRO › Momento censitário. Será este o dia de referência para a entrega dos documentos aos habitantes das freguesias. 26 DE SETEMBRO A 30 DE OUTUBRO › Resposta em www.censosteste2016.ine.pt. Quem não o conseguir, deve contactar a Linha de Apoio ou a junta de freguesia. 31 DE OUTUBRO A 13 DE NOVEMBRO › Para responder em papel deve aguardar-se a visita do recenseador. o apoio de um recenseador, que se deslocará a casa para explicar todo o processo. Mas, tal como nos momentos censitários, a resposta é obrigatória, estando os dados fornecidos protegidos pelo segredo estatístico e profissional, previsto legalmente. Estes testes realizam-se no âmbito do programa de trabalho sobre a viabilidade do novo modelo, com a duração de quatro anos e que começou em 2013. Posteriormente, será estudada a integração (ou reformulação) das perguntas do inquérito. O objetivo principal é “reduzir os elevados custos associados às operações censitárias; diminuir a carga estatística sobre os cidadãos; permitir uma maior periodicidade de informação censitária (se possível anual) (…), além de reforçar a integração dos dados de natureza censitária na informação estatística sobre as famílias.” Os Censos realizam-se de dez em dez anos e uma das justificações para esse período são os elevados custos destes levantamento. TIAGO PETINGA/LUSA CPLP não deve ficar refém da nostalgia ANIVERSÁRIO O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendeu ontem que a organização “não deve ficar refém da nostalgia” do português e que a aposta na vertente económica “não é uma questão de mercado ou moda passageira”. “Ao consagrar-se a vertente económica e empresarial no projeto de declaração sobre a nova visão estratégica, não é uma questão de mercado ou de moda passageira”, disse o responsável da CPLP, Murade Murargy (na imagem), referindo-se à proposta sobre o futuro da organização, que deverá ser aprovada na próxima cimeira, prevista para novembro, no Brasil. O diplomata moçambicano falava na sessão solene de comemoração do 20º aniversário da comunidade, na sede, em Lisboa, em que também participaram Marcelo Rebelo de Sousa e Ferro Rodrigues. Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias PUBLICIDADE 13 14 PORTUGAL Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Escola fechada em 2014 reabre no próximo ano letivo Perto de 50 mil alunos fizeram as novas provas TESTES O fim dos exames de Português e Matemática do 4º ano era uma promessa eleitoral do PS e, com o apoio e incentivo do Bloco de Esquerda e do PCP, acabou por ser alargado também aos testes do 6º ano. A título excecional, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, ainda permitiu que as provas se realizassem este ano, embora sem efeitos na nota, pelas escolas que preferissem aplicá-las a avançar de imediato com as novas aferições dos 2º, 5º e 8º anos de escolaridade. Carolina Coutinho e Constança Martins (na foto) realizaram as provas do 8º ano, no Colégio São José, em Aveiro, mas acabou por ser pequena a percentagem de estabelecimentos que entenderam manter as antigas avaliações externas. Já as novas provas de aferição foram realizadas por cerca de 50 mil alunos. IDANHA-A-NOVA Ministério da ANTÓNIO COTRIM/LUSA Educação confirma que complexo escolar de Monsanto volta a funcionar a partir de setembro Notas das provas de aferição substituídas por relatórios Mudança. Ministério garante que apoio a alunos será melhor e que solução baseia-se na necessidade de saber, sem preocupação das notas PEDRO SOUSA TAVARES As provas de aferição, que já não contavam para a avaliação dos alunos, deixarão também de ter notas. A decisão, já com efeitos nos testes do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade deste ano, foi anunciada ontem pelo secretário de Estado da Educação, João Costa. O novo modelo substitui as classificações de A a E (sendo o A a nota mais alta) por relatórios onde são dissecadas as prestações dos alunos nos diferentes “domínios de aprendizagem” de cada área disciplinar. Além de Relatórios Individuais das Provas de Aferição (RIPA), centrados nos alunos, e que serão entregues pelas escolas aos pais, o Ministério da Educação vai também enviar aos estabelecimentos Relatórios de Escola das provas de Aferição, com o desempenho turma a turma e de toda a escola. “Existem 8000 possibilidades diferentes de relatórios individuais, enquanto as notas eram apenas cinco”, sintetizou o secretário de Estado. O objetivo, defendeu João Costa, é produzir uma análise muito mais fina do desempenho dos estudantes, permitindo às escolas trabalharem de forma a ultrapassarem dificuldades concretas. Nomeadamente no apoio ao estudo e Ministério prevê diagnósticos mais fiáveis mas há quem receie mais confusão nos apoios individuais: “Por exemplo, em vez de dar uma ficha de matemática, pode dar-se uma de gramática, ou fazer pequenos grupos de alunos em função das dificuldades específicas.” Outro aspeto sublinhado pelo governante foi a preocupação de ter estes relatórios prontos “mais cedo”, de forma a que possam ainda ter influência nas decisões das escolas. “Esta solução desliga-se da preocupação com uma nota final e centra-se no que precisamos de saber”, reforçou Helder de Sousa, diretor do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), responsável pela elaboração do novo sistema de relatórios – que serão enviados às escolas já na próxima semana. Um sistema que descreveu como “pioneiro”, apenas comparável a soluções existentes “na Austrália, Islândia e Canadá”. “Ninguém” erra de propósito Esta semana, em entrevista ao DN, o ex-ministro da Educação Nuno Crato criticou a substituição das provas finais do 4.º e 6.º anos – que valiam 30% das notas finais a Português e a Matemática – por estas aferições, defendendo que os estudantes não levam “a sério” uma prova sem efeitos na sua avaliação. Questionado pelo DN a este respeito, João Costa defendeu que “não há nenhuma evidência” de que os alunos se empenhem menos nas aferições. E muito menos de que isso se reflita no seu desempenho nas provas: “Não há ninguém que saiba a resposta certa a uma pergunta e vá responder mal por ser uma aferição”, defendeu, considerando que no limite a aferição até é mais rigorosa: “Permite avaliar o que se sabe e não o que se ‘empinou’ na véspera para o exame.” Quanto às possíveis quebras de continuidade destes relatórios – já que o ministério optou por um modelo em que as provas vão ‘rodando’ as diferentes áreas disciplinares de um ano para o outro –, João Costa assumiu que, com exceção do 2.º ano, o Português e a Matemática deixarão de ser avaliados todos os anos nas aferições, mas defendeu que existe um “historial de informação” nestas disciplinas que permite tomar as decisões e que se sairá a ganhar com as informações “que não existiam” sobre outras áreas disciplinares. “Confundir cada vez mais” O certo é que os argumentos do ministério não convencem todos. Para Paulo Guinote, professor do ensino básico e historiador especializado na Educação, a mudança é “uma ideia interessante” mas que só terá o efeito de “confundir cada vez mais as coisas e tornar muito pouco prática uma intervenção eficaz ao nível das turmas”. Guinote lembrou que “já eram devolvidos às escolas os resultados com classificações quantificadas por competência e domínio” e defendeu que “a subdivisão” agora proposta já é feita “ao longo do ano” pelos professores. “Isso é feito pelo trabalho concreto do dia-a-dia com os alunos. Não é porque uma prova vem do ministério que descobrimos a pólvora”, sustentou. O complexo escolar de Monsanto, em Idanha-a-Nova, vai reabrir no próximo ano letivo depois de o anterior governo ter decidido o seu encerramento em 2014, o que levou ao protesto da população e autarcas locais. O Ministério da Educação confirmou ontem à agência Lusa que o complexo escolar de Monsanto, no concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, vai reabrir no próximo ano letivo. “O Ministério da Educação confirma a reabertura da escola do 1.º ciclo de Monsanto. A decisão foi tomada depois de se ter verificado que estavam reunidas as condições necessárias, nomeadamente no que diz respeito ao número de alunos e de resposta da rede à comunidade local, para que tal acontecesse”, refere a tutela. Em setembro de 2014, o anterior governo liderado por Pedro Passos Coelho decidiu encerrar o complexo escolar de Monsanto, o que motivou protestos por parte da população e autarcas, que consideraram a atitude como “um ato de traição”. Já o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, manifestou-se satisfeito com esta decisão: “É, sobretudo, a reposição de um ato de justiça, mas não só. Penso que é muito simbólico o facto de se poder reabrir uma escola num território de baixa densidade, como Monsanto.” O autarca sublinha que a decisão da tutela não surgiu por qualquer “capricho”, mas sim porque houve por parte do município de Idanha-a-Nova uma estratégia de investimento na educação. “Sempre houve e há uma estratégia que seguimos. Desde o início que explicámos isso ao Ministério da Educação do anterior governo. Essa estratégia levou ao crescimento do número de alunos, facto que tem também que ver com o crescimento na área do turismo e atividades económicas que nós prevíamos e que veio a confirmar-se”, explicou. Armindo Jacinto refere ainda que a existência da escola é fundamental para o desenvolvimento do território de Monsanto e das localidades que o estabelecimento de ensino serve. “Esta escola não serve apenas Monsanto, mas a freguesia de Medelim e também recebe alunos da freguesia vizinha de Salvador, no concelho de Penamacor”, sustentou. Lusa Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Amadora e Gaia vão dar livros a todos os alunos do 1.º ciclo OPINIÃO O que queres ser quando fores grande? Escolas. Manuais serão distribuídos em setembro, autarquias alargam medida do governo JOANA CAPUCHO No próximo ano letivo, a Câmara Municipal da Amadora vai disponibilizar manuais escolares a todos os alunos do 2.º ao 4.º ano do 1.º ciclo da rede pública, complementando a medida do governo, que vai oferecer manuais às crianças do 1.º ano. O município junta-se, assim, a dezenas de outros de norte a sul do país que tentam, desta forma, diminuir os encargos das famílias com a educação. Em Gaia, a oferta dos manuais chega ao nono ano de escolaridade, no qual são dados os livros de duas disciplinas. “Como forma de complementar a medida do Ministério da Educação, resolvemos assumir o 2.º, o 3.º e o 4.º anos. Não faz sentido que uma criança que estude no 1.º ano tenha os livros de forma gratuita e o irmão, do 4.º ano, não”, explicou ao DN Carla Tavares, presidente da Câmara da Amadora. Os manuais serão dados às escolas no final de agosto, mas a entrega aos alunos que chegarem mais tarde às escolas do concelho poderá ser feita até dezembro. “É uma ajuda importante para as famílias”, destacou. PROVEDORIA Editores negam acusações › A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) anunciou que foi ouvida em junho pela Provedoria de Justiça, onde prestou “todas as informações e esclarecimentos” sobre alterações nos manuais escolares, rejeitando responsabilidades. A APEL indica que a audiência – pedida pela associação na sequência de uma queixa de cidadãos – decorreu a 29 de junho e acrescenta que, no encontro, “ficou claro que os editores escolares cumprem rigorosa e escrupulosamente a legislação relativa aos manuais escolares”. O Movimento pela Reutilização dos Livros Escolares fez a queixa ao provedor de Justiça. Em Gaia, os manuais começaram a ser distribuídos de forma gratuita ao 1.º ciclo há seis anos e a medida tem vindo a ser alargada a outros ciclos de ensino. Este ano, o município vai oferecer todos os livros e cadernos de apoio ao 1.º ciclo, os de Português e História ao 5.º e 6.º anos e os de Português e Matemática do 7.º ao 9.º ano. “O pressuposto não é ajudar apenas os mais desfavorecidos, até porque há muitas famílias de classe média que tradicionalmente não beneficiam de nada e não têm mais possibilidades do que as que têm escalão”, disse Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. Ao todo, vão ser abrangidos cerca de 20 mil alunos das escolas públicas e com contratos de associação do concelho de Gaia, um investimento de “um milhão e trezentos mil euros”. Mas o objetivo é alargar a medida. “A ideia é reforçar até ao 9.º ano, abrangendo mais disciplinas, porque são anos nucleares. O maior esforço financeiro das famílias é no 2.º e 3.º ciclos”, adiantou o autarca. Dos centros mais urbanos ao interior do país, há cada vez mais municípios a disponibilizar manuais aos estudantes do 1.º ciclo. Tal como a Câmara Municipal da Amadora, Grândola e Gondomar também implementaram a medida este ano. Mas em Sintra, por exemplo, a Câmara já oferece os manuais do 1.º ciclo desde 2002. Já em Ovar, a autarquia vai dar os livros pelo terceiro ano consecutivo, num investimento de mais de 90 mil euros. Entre os concelhos que o fazem estão, por exemplo, Mafra, Lousã, Guarda, Castelo de Paiva, Loulé, Lagos, Tavira, Cinfães, Vouzela, Miranda do Corvo, Arraiolos, Figueiró dos Vinhos. Para o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascenção, esta “é uma ajuda que para uns é muito importante, mas para outros não tem muito significado, atendendo aos seus rendimentos”. Por isso, considera que é preciso fazer uma “análise mais cuidada”. Jorge Ascenção defende que “seria mais razoável repensar uma política que proporcionasse tudo o que é necessário a quem tem dificuldades”. 15 PORTUGAL JORGE PEREIRA DA SILVA Diretor da Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica H á certas perguntas que os adultos insistem em fazer às crianças. Numa primeira fase, estas riem-se muito e dizem bombeiro, polícia, futebolista ou astronauta. Uma criança nunca quer ser engenheiro, médico nem, muito menos, advogado. Nenhuma dessas profissões parece ser suficientemente divertida e excitante. Depois, um pouco mais crescidas, a profissão dos pais começa a ter alguma influência nas respostas. Ainda que nem sempre no sentido mais previsível. Lembro-me de uma criança que na escola dizia que queria ser “turista”, tal como a mãe, ainda que esta na realidade fosse “jurista”. Ou que queria ser médico, como o pai, mas sem doentes, porque estes são “uns chatos, que não param de telefonar”. Pior ainda, “quero ter qualquer profissão menos a dos meus pais, que nunca param em casa”. Finalmente, vem a fase em que os jovens respondem à pergunta dos adultos com um revirar de olhos, ao qual anexam, quando têm boas maneiras, um sorriso bem amarelo. Não há paciência (e nós sabemos que, entre os adolescentes, esta é uma virtude bem escassa)! Não têm culpa. É que os adultos conseguem ser realmente insistentes. A pequenada, durante os melhores anos da sua vida, teve de responder à mesmíssima pergunta largas dezenas de vezes. Ora, sem aviso prévio, a famigerada pergunta, além de ter perdido a pouca graça que ainda tinha, tornou-se numa coisa muito séria. Por vezes angustiante. E, precisamente nesse momento, quase nenhum adulto – incluindo os pais – tem algo de relevante para dizer. É uma injustiça. Uma constrangedora injustiça. Tanto mais que todos nós somos bombardeados de tempos a tempos com notícias a dizer que “uma licenciatura já não garante emprego”, ou “aumenta o desemprego entre os licenciados”, ou ainda “licenciados ganham 500 euros”. Isto é, sortudos porque têm emprego. Mas desgraçados porque não passam da cepa torta. Como escolher, então, a licenciatura a fazer? E a profissão que eventualmente se vai ter? Sublinhando aqui a grosso o “eventualmente” – porque o futuro, muitas vezes, insiste em ter vontade própria –, há cinco grandes critérios que podem ser seguidos. 1. Vai atrás da tua namorada ou namorado. Este critério apresenta bastante bons resultados e tem feito muita gente feliz! Tem ainda a vantagem de, a médio prazo, gerar novas vítimas para a pergunta da praxe: “o que queres ser…”. Se não tiveres namorado ou namorada, podes ir atrás daquele ou daquela que gostarias que viesse a ocupar essa posição na tua vida. Mas aí os resultados baixam bastante. É capital de risco. Convém, por isso, não apostar as fichas todas numa só casa, porque também tem havido outcomes verdadeiramente catastróficos! 2. Segue a tua vocação. Ou aquela que achas que é a tua vocação. Se não fazes ideia de qual é ela, esquece este critério. Não insistas mais neste ponto e, sobretudo, nunca faças testes vocacionais. Pura perda de tempo. A mim, depois de dois dias de verão enfiado numa sala a respon- Escolhe uma licenciatura que te permita fazer muitas coisas diferentes na vida. Um curso que, como se diz agora, seja de “banda larga”. der a perguntas tolas, deu-me “que podia fazer o que quisesse!”. Se não “tens” apenas uma vocação, mas “sentes” vocação de verdade, inscreve-te já em Teologia e ficamos por aqui. 3. Segue o conselho dos teus pais. Nah! Nem vale a pena explicar. Se os teus pais têm um conselho para te dar, acende-se logo uma luz vermelha algures. Não é bom sinal. O melhor conselho que os teus pais te podem dar é “faz o que achares melhor, que nós cá estaremos para te dar força”. É para isso que os pais servem. Se eles tiverem dúvidas sobre a sua função, esclarece-os da forma mais delicada que conseguires. 4. Escolhe uma licenciatura que te permita fazer muitas coisas diferentes na vida. Um curso que, como se diz agora, seja de “banda larga”. Não é “manga larga”, que isso está out como sabes melhor do que eu. Agora usa-se tudo mais para o apertado. Exemplo típico de curso de banda larga é Direito, que dá para seres advogado (opção mais evidente, mas com muitas variantes), mas também juiz, procurador do Ministério Público, diplomata, jornalista, gestor, político, consultor, professor (de Direito, pois claro) e para mais umas quantas coisas estranhas. E que tanto dá para fazer carreira cá dentro, como para ir trabalhar noutro país ou para uma organização internacional. Assim como dá também para “ir para fora cá dentro”, o que, profissionalmente, é mais comum do que se julga. 5. Por fim, escolhe um curso que te garanta um emprego. De preferência – como no rap do BossAC – “um bom emprego, já, já, já!”. Neste caso, se depois de licenciado queres chegar à sexta-feira e ainda ter “tostão no bolso”, vai ao site da Direção-Geral do Ensino Superior, ver quais são os cursos e as Universidades que te garantem as melhores taxas de empregabilidade e tira as tuas próprias conclusões. Aqui fica: http://infocursos.mec.pt/ Isto dito, a boa notícia é que os números demonstram – e contra factos não há argumentos – que ainda há licenciaturas, faculdades e universidades que garantem elevadíssimas taxas de empregabilidade, mesmo em domínios onde a concorrência é muito elevada. Boa sorte! 16 DINHEIRO Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Carlos Tavares vai ser administrador não executivo da Caixa JOÃO GIRÃO/GLOBAL IMAGENS ADMINISTRAÇÃO Carlos Tavares, presidente do grupo PSA Peugeot Citroën, vai ser administrador não executivo da Caixa, acumulando os dois cargos, noticia o Jornal de Negócios. O gestor integrou a administração da Peugeot Citroën em janeiro de 2014 e, em março, os representantes do Estado francês no grupo votaram contra a sua remuneração, “depois de o seu salário ter duplicado entre 2014 e 2015 para mais de cinco milhões de euros por ano”. Carlos Tavares junta-se a Rui Vilar, ex-presidente do banco, Leonor Beleza, que lidera a Fundação Champalimaud, Bernardo Trindade, administrador do grupo hoteleiro Porto Bay, e Pedro Norton, antigo líder executivo do grupo Impresa. Valor da recapitalização da CGD depende de auditoria Banca. A recapitalização do banco público continua a ser negociada com Bruxelas e vai ter em conta a auditoria que o governo vai pedir à equipa de António Domingues para encomendar CÁTIA SIMÕES A recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) está há vários meses a ser negociada com Bruxelas para não ser considerada ajuda de Estado, mas o montante a injetar vai depender do resultado da auditoria independente que o governo vai pedir à nova gestão do banco público, que será liderado por António Domingues. O que “aparentemente está adquirido é que a capitalização é pública”, disse ontem Marcelo Rebelo de Sousa. “O valor será apurado após a entrada em funções da nova administração, sustentado na auditoria já anunciada pelo governo e em função das negociações em curso” com a Comissão Europeia, disse ao DN/Dinheiro Vivo fonte oficial do Ministério das Finanças. Em causa estarão quatro a cinco mil milhões de euros – incluindo a devolução de 900 milhões de euros de capital contingente – que o executivo quer injetar no banco público. Mas quer fazê-lo como se fosse um acionista privado e regressar aos lucros em cinco anos, para que esta capitalização não seja considerada uma ajuda do Estado, o que iria contra as regras de Bruxelas. O valor nunca foi confirmado pela tutela e as Finanças assumiram apenas que com a recapitalização haverá um plano de reestruturação que prevê o corte de 2500 postos de trabalho e o encerramento de 300 balcões. A auditoria anunciada em junho pelo governo vai avaliar os atos de gestão na CGD desde 2000 e será mais uma peça no estudo do plano de recapitalização, explicou na altura o ministro das Finanças, Mário Centeno. Esta será encomendada pela nova equipa de gestão, que contará com 19 administradores: sete executivos, incluindo António Domingues, e 12 não executivos. O recado do BCE As Finanças, contudo, já negaram que o elevado número de administradores tenha levantado objeções do lado do Banco Central Europeu (BCE), que tem de validar a idoneidade da gestão, como disse Luís Marques Mendes no seu comentário de domingo na SIC, citando uma carta datada de 8 de junho enviada pelo BCE à CGD. Fonte oficial das Finanças explicou que “as conversações têm evoluído de forma construtiva”. “Tanto o BCE como a Comissão têm apoiado o trabalho desenvolvido, não tendo havido qualquer veto às pro- Marcelo lembra que está aparentemente adquirido que a capitalização é pública postas apresentadas pelo governo, designadamente o veto a nomes propostos nem qualquer exigência ou apresentação de um plano alternativo.” E deixa o recado: “A divulgação de cartas entre entidades europeias e a CGD não contribui de forma positiva para a resolução de questões que são determinantes para o futuro da CGD.” No seu comentário, Marques Mendes referia que o BCE quer menos administradores, 15 em vez dos 19 propostos. Disse ainda que está a ser exigida uma alternativa ao plano de recapitalização e que o BCE quer administradores com experiência na banca, opondo-se à acumulação de funções entre presidente do conselho de administração e da comissão executiva, como acontecerá com António Domingues. A atual administração, liderada por José de Matos, demitiu-se em junho mas vai manter-se em funções até chegar a nova equipa, o que deverá acontecer ainda em julho. O Presidente da República referiu no início do mês que a nova equipa entraria em funções entre 10 e 12 dias, mas enquanto não houver luz verde do lado do BCE António Domingues não pode assumir a liderança da Caixa. Marcelo reafirmou ontem que todos têm “noção de que o tempo urge e que se espera que nos próximos dias haja o conhecimento da conclusão das negociações entre Portugal e as instituições europeias”, lembrando ainda que “aparentemente está adquirido que a capitalização é pública”. P&R Quando é que a nova gestão toma posse? › Não há uma data definida para que a nova comissão executiva e o conselho de administração assumam funções, mas a expectativa é de que isso aconteça até ao final deste mês. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sinalizou no passado dia 5 que a nova equipa assumiria funções entre 10 e 12 dias, mas as autorizações ainda não foram concedidas. Quem vai integrar a nova equipa? › A comissão executiva será liderada por António Domingues, que transita da vice-presidência do BPI e acumulará também a função de presidente do conselho de administração. Não há outros nomes confirmados salvo o de Leonor Beleza para administradora não executiva. O mercado tem falado de Rui Vilar, Bernardo Trindade, Pedro Norton e agora de Carlos Tavares para o board. Como executivos têm sido referidos Emídio Pinheiro, do BFA, e o atual presidente do Banco Caixa Geral Brasil, Henrique Cabral Menezes, para CFO. Quem tem de dar luz verde? › A nova equipa de gestão tem de ter a sua idoneidade validada pelo Banco de Portugal e também pelo Banco Central Europeu (BCE), para assegurar que não há conflito de interesses. Quem vai avaliar a gestão da CGD? › A Caixa tem uma comissão de avaliação da gestão que vigia o desempenho da equipa. A anterior comissão era liderada pelo ex-ministro das Finanças Teixeira dos Santos, que entretanto transitou para o BiG. A equipa de António Domingues será vigiada por Luís Laginha de Sousa, ex-presidente da Euronext Lisbon. Quais os maiores desafios da gestão? › A implementação do plano de reestruturação, a recapitalização, a redução do crédito malparado, a venda de ativos e ainda a reorientação do negócio para o vocacionar para as PME. Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias DINHEIRO 17 Brexit e libra barata atraem investidores para o Reino Unido Qatar inicia vaga de compras na Europa e não só Aquisições. Grupo britânico que produz chips para telemóveis foi comprado por 26 mil AVIAÇÃO Transportadora vai avançar para aquisição de 49% da italiana Meridiana. Latam também está na mira do CEO Akbar Al Baker milhões de euros. É o maior negócio desde o referendo à UE, mas está longe de ser o único ANA MARGARIDA PINHEIRO No final do mês passado, em junho, a Qatar Airways admitiu a possibilidade de reforçar a sua posição no Grupo IAG, do qual já é a maior acionista, aumentando a sua fatia na dona da British Airways e Iberia de 15% para 20%. Agora, em Londres, onde a empresa participou no festival aéreo de Farnborough, o seu CEO, Akbar Al Baker, anunciou uma nova vaga de aquisições que prometem reforçar a quota da empresa no mercado aéreo: a Qatar Airways vai comprar 49% da transportadora italiana Meridiana e adquirir 10% da Latam através de um aumento de capital. A Latam irá assim emitir 61,3 milhões de novas ações a 10 dólares cada uma, permitindo um investimento da Qatar que chegará aos 613,1 milhões de dólares (554,5 milhões de euros). Este valor equivale a 10% do grupo de transporte aéreo latino-americano, que resultou de uma fusão entre a chinesa LAN e a brasileira TAM. O CEO da Qatar Airways, Akbar Al Baker, anunciou este acordo no festival aéreo de Farnborough, mas não deu detalhes sobre o negócio que ainda terá de ir a assembleia geral de acionistas, agendada para 2 de setembro. REUTERS/NEIL HALL Quando, no início do mês, a chinesa AMC Theatres anunciava a compra dos cinemas UCI, o CEO Adam Aron traçava o futuro: “Acredito que possamos ser a primeira empresa a anunciar uma aquisição multimilionária na Europa, aproveitando as taxas de câmbio favoráveis. Mas não me parece que sejamos os últimos.” Acertou. Nas últimas semanas, várias empresas têm voltado atenções para o Reino Unido, aproveitando o período de desvalorização da libra, como consequência do resultado do referendo de 23 de junho, que decidiu a saída da União Europeia. À venda dos cinemas Odeon & UCI, com sede em Londres, seguiu-se a compra da cadeia low-cost, Poundland, a uma empresa sul-africana, a Steinhoff, e ontem houve mais uma megaoperação: a japonesa Softbank comprou a ARM Holdings por 29 mil milhões de dólares (26 mil milhões de euros). Foi a maior aquisição depois de escolhida a saída da UE e já permite antever uma revitalização do mercado de compras e vendas no Reino Unido. “A longo prazo, o brexit não é positivo e a incerteza é tipicamente o maior inimigo do mercado de aquisições e fusões (M&A em inglês), mas a curto prazo haverá ótimas oportunidades de negócio”, afirmou ao FT, Scott Barshay, do departamento de M&A na firma Paul Weiss, nos Estados Unidos. A venda da ARM Holdings por 26 mil milhões de euros é também a maior aquisição da história do SoftBank, que em 2013 pagou 19 mil milhões de euros pelo controlo do operador telefónico Sprint. A empresa é um dos maiores fornecedores de chips para a Samsung, a Huawei e a Apple e espera, agora, reforçar a sua posição no mercado das telecoms. Mas não são apenas os grandes negócios que estão a atrair investidores para o Reino Unido. As empresas chinesas e asiáticas estão especialmente ativas – e até surpreendem nas áreas de negócio em que se estreiam. Na semana passada, a empresa de jogos Splash Damage, bem como as suas subsidiárias, Fireteam e Warchest, foi comprada por 150 milhões de dólares (135 milhões de euros) a uma empresa chinesa cujo negócio assenta na comercialização de aves, a Masayoshi Son, CEO do SoftBank, anunciou em Londres os contornos do negócio com a ARM Leyyou Technologies, que quer reforçar a sua área de negócios. “Estamos a receber mais propostas de interesse de empresas da Ásia em negócios no Reino Unido desde o brexit”, confirmou ao FT, um banco de investimento. Também gestoras de risco e fundos de investimento estão a perseguir especialmente o mercado imobiliário à procura de negócios a preço de saldo. Rui Bárbara, gestor de ativos no Carregosa, assume que este inte- 70% › empresas britânicas pouco ativas O mercado global de aquisições e fusões está 20% abaixo do registado no mesmo período do ano passado. Mas no Reino Unido, a queda é de 70%. resse tenderá a ser maior quanto mais vantajosos forem os negócios. “O brexit só potenciará mais aquisições e fusões se tornar os ativos mais baratos e mais atraentes para os compradores”, afirmou ao DN/ /Dinheiro Vivo, lembrando que “como muitas empresas sediadas no Reino Unido são multinacionais, com receitas fora da zona da libra, não devem sentir as consequências da desvalorização da libra” – divisa que valia ontem 1,32 dólares e era equivalente a 0,83 euros, uma vez que a moeda única tem valorizado bastante face ao pound britânico. No caso da ARM Holdings, o SoftBank assumiu que o interesse já vinha de trás. No entanto, Eduardo Silva, gestor da XTB, não tem dúvidas de que o brexit determinou o momento para a aquisição. “O compromisso de criar empre- gos e investir na ARM Holdings, que irá manter autonomia, reflete um investimento numa empresa de valor inquestionável com crescimento dez vezes superior ao setor e com projetos futuros de criação de valor evidentes. O que poderemos atribuir ao brexit é o timing da operação.” E no futuro? “Nos próximos meses devemos assistir a avanços nessa direção, empresas que já estavam a ser avaliadas e que possam ter de se defender de tentativas de compra. A cotação da libra será determinante”, justifica. Em sentido contrário estão as compras das empresas britânicas fora da Europa. Desde o início do ano, as aquisições por empresas do Reino Unido caíram 70% face a igual período de 2015. Enquanto isto, o mercado global de aquisições e fusões recuou 20%. Companhia aérea italiana Já em relação à Meridiana – a segunda maior companhia aérea de Itália, e que permitirá o reforço nos aeroportos europeus – não se conhecem para já valores e a Qatar Airways escusou-se a falar sobre este ponto. Para já, sabe-se apenas que o acordo foi alcançado no mesmo festival aéreo, durante a semana passada, e que estará ainda sujeito a uma série de condições que podem vir a determinar o preço do negócio. Entre elas, destaca-se o plano operacional definido pela Qatar Airways e que pode envolver o corte de 900 postos de trabalho, o que representa quase metade da força de trabalho da companhia. Tudo indica que a compra deverá ficar fechada depois do verão, em outubro, e, se não houver alterações e tudo se mantiver como até aqui, o número de despedimentos poderá ser mais pequeno do que o previsto pela companhia com sede em Doha. A Meridiana é detida pelo príncipe e líder espiritual da comunidade Ismaili, Aga Khan. ANA MARGARIDA PINHEIRO 18 DINHEIRO PSI 20 Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Euro Stoxx50 Ibex -0,08% Passagem da Euribor Petróleo Euro ,187% ,37% -0 -1 -0,00% dívida da Rioforte para a PT vai Banca cai, EDP segura PSI 20 a julgamento 4 575,89 PONTOS +0,31% 2 949,17 PONTOS 6 46,96 rável aos pequenos acionistas, a dívida poderá ter de voltar à Oi ANA MARCELA A passagem da dívida de 897 milhões de euros da Rioforte da brasileira Oi para a PT SGPS (atual Pharol), no âmbito dos novos termos de combinação de negócio entre as duas companhias, já tem data de julgamento: 19 de setembro, adiantou Octávio Viana, presidente da ATM – Associação de Investidores e Técnicos do Mercado de Capitais. A Pharol não comenta. O caso vai a julgamento no Tribunal do Comércio de Lisboa praticamente dois anos depois de a ATM, que representa os pequenos investidores, ter avançado com uma queixa pedindo a anulação das deliberações da assembleia geral extraordinária de 8 de setembro de 2014 por “vício à lei”. “Está nas mãos da justiça portuguesa permitir a recuperação desta megafraude. Pode até ter implicações no negócio da venda da PT Portugal à Altice”, acredita Octávio Viana. A ATM também avançou com uma ação em que pede a anulação da deliberação da assembleia geral de 22 de janeiro de 2015 em que a PT SGPS aprovou a venda da PT Portugal ao grupo francês. A reunião magna de acionistas de setembro foi convocada pela PT Henrique Granadeiro SGPS no rescaldo do de- liderava a PT SGPS na fault de cerca de 900 mi- época em que foi feita a lhões da Rioforte, empre- aplicação na Rioforte sa do Grupo Espírito Santo, em que a companhia, na época liderada por Henrique Granadeiro, tinha feito aplicações em papel comercial. O buraco nas contas levou a um aumento da tensão nas relações com os acionistas brasileiros, que já tinha absorvido em maio os ativos da PT, incluindo a aplicação na Rioforte. Nos novos termos de combinação de negócio propostos, a dívida da Rioforte transitaria da Oi para a PT SGPS, que veria reduzida de 39,7% para 25,6% a sua posição na Oi, ficando com uma opção de compra de cerca de 12% sobre as ações da brasileira, que poderia exercer no prazo de seis anos. A maioria dos acionistas deram OK, mas os pequenos investidores sempre foram contra, tendo em setembro de 2014 avançado com uma ação de anulação das deliberações. Nesta combinação de negócio, a “PT SGPS assume a garantia da (in)solvência da Rioforte sem que tenha uma contrapartida de facto”, explica Octávio Viana. O presidente da ATM lembra que a própria PT admitia já na época a possibilidade de não recuperar a dívida de uma empresa com um pedido de proteção de credores no Luxemburgo (que lhe foi negado). Nos riscos e advertências, a PT SGPS diz mesmo: “A Rioforte não reembolsou os instrumentos Rioforte que a Portugal Telecom irá adquirir no âmbito da permuta e é possível que a Portugal Telecom não consiga obter o pagamento de quaisquer dos montantes pendentes em virtude desses instrumentos.” 8 524,40 PONTOS 1,1053 DÓLARES/BARRIL MESES Telecom. Se o tribunal for favo- -0,32% DÓLARES A praça nacional encerrou a sessão a negociar acima da linha de água, com uma valorização de 0,3%, seis títulos em queda e 12 cotadas a valorizar. Entre os pares europeus a tendência também foi de ganhos, ainda que as variações tenham sido pouco acentuadas. A impulsionar o PSI 20 esteve a EDP, que avançou 1,2%, no dia em que se soube que contratou uma empresa para transferir a dívida relativa aos custos com a aquisição de energia. A EDP Renováveis avançou, por sua vez, 0,3% e a REN ganhou 0,5%. A Jerónimo Martins também fechou no verde, com EURONEXT LISBOA um ganho de 0,6%. Em sentido oposto estiveram os bancos, que fecharam o dia em queda: o BCP recuou 0,5% e o BPI – que se reúne em assembleia geral de acionistas na próxima sexta-feira – perdeu 1,2%. Nesta reunião, deverá ser aprovada a desblindagem de estatutos, passo essencial para que a oferta do CaixaBank possa avançar. Também em queda encerrou a Galp. A petrolífera perdeu 0,7%, numa altura em que os preços do petróleo seguem a recuar. O brent recuou ontem cerca de 2%, para os 46,96 dólares. 18.7.2016 EUROLIST Quantidade Abertura Máximo Mínimo Fecho Compra Venda T ALTRI 260 396,00 3,195 3,284 3,192 3,241 3,500 3,510 Variação [ % ] 1,440 Q BCP 133030 526,00 0,020 0,020 0,019 0,019 0,080 0,080 -0,520 Q BANCO BPI 886 285,00 1,125 1,133 1,112 1,112 1,090 1,090 -1,240 T BANCO SANTANDER 42 338,00 3,850 3,850 3,750 3,830 6,700 6,710 0,790 T CIMPOR SGPS 10 393,00 0,316 0,360 0,316 0,358 1,010 1,020 1,990 y COFINA SGPS 3 700,00 0,266 0,266 0,266 0,266 0,550 0,560 0,000 y COMPTA 0 0,000 0,000 0,000 0,110 0,160 0,200 0,000 Q CORTICEIRA AMORIM 10 763,00 7,150 7,200 7,150 7,160 3,800 3,970 -0,280 T CTT CORREIOS POR 265 814,00 7,314 7,345 7,205 7,264 9,570 9,590 0,400 T EDP 4505 548,00 2,920 2,962 2,920 2,958 3,540 3,540 1,230 T EDP RENOVÁVEIS 225 395,00 6,952 7,046 6,941 6,973 6,740 6,750 0,300 y ESTORIL SOL 0 0,000 0,000 0,000 1,640 1,040 1,040 0,000 Q GALP ENERGIA 975 085,00 12,650 12,690 12,520 12,590 10,940 10,950 -0,670 -1,300 Q GLINTT 2 000,00 0,230 0,230 0,227 0,227 0,200 0,200 y GRUPO MEDIA CAPITAL 0 0,000 0,000 0,000 2,990 2,210 2,490 0,000 y IBERSOL 2 663,00 10,700 10,705 10,700 10,700 8,450 8,650 0,000 y IMOB GRO PAR 0 0,000 0,000 0,000 0,200 0,380 0,490 0,000 Q IMPRESA 137 969,00 0,224 0,230 0,217 0,217 0,810 0,820 -0,460 0,000 y INAPA 0 0,000 0,000 0,000 0,102 0,150 0,160 T J. MARTINS SGPS 398 389,00 14,085 14,135 13,995 14,050 12,290 12,300 0,570 Q LISGRAFICA 333 333,00 0,020 0,020 0,020 0,020 0,030 0,040 -33,330 T MARTIFER 18 024,00 0,192 0,199 0,191 0,198 0,290 0,310 4,760 T MONTEPIO 391 836,00 0,500 0,506 0,500 0,504 0,790 0,800 0,800 T MOTA ENGIL 455 493,00 1,686 1,737 1,686 1,721 2,520 2,520 2,260 T NOS SGPS SA 263 251,00 5,535 5,615 5,528 5,593 7,250 7,260 1,050 T NOVABASE SGPS 453 1,994 1,995 1,994 1,995 2,510 2,540 0,150 y OREY ANTUNES 0 0,000 0,000 0,000 1,200 1,850 2,000 0,000 Q PHAROL 6054 767,00 0,175 0,185 0,169 0,172 0,430 0,430 -2,820 y REDITUS SGPS 0 0,000 0,000 0,000 0,190 0,250 0,300 0,000 T REN 346 564,00 2,601 2,637 2,601 2,615 2,620 2,630 0,540 y SAG GEST 0 0,000 0,000 0,000 0,065 0,230 0,240 0,000 y S. COSTA 6 125,00 0,012 0,013 0,012 0,013 0,120 0,120 0,000 T SEMAPA 28 029,00 10,545 10,545 10,265 10,355 12,530 12,570 1,170 Q SONAE SGPS 6786 776,00 0,637 0,651 0,630 0,630 1,240 1,240 -2,020 T SONAE CAPITAL 98 471,00 0,539 0,543 0,535 0,541 0,360 0,370 0,740 Q SUMOLIS 3 186,00 1,500 1,700 1,500 1,602 1,970 1,980 -7,930 Q TEIXEIRA DUARTE 12 359,00 0,196 0,196 0,191 0,191 0,550 0,570 -0,520 Q VAA VISTA ALEGRE 3 424,00 0,070 0,070 0,070 0,070 0,090 0,090 -12,500 CÂMBIOS CÂMBIOS 18.7.2016 ÁFRICA DO SUL AUSTRÁLIA BRASIL BULGÁRIA CABO VERDE CANADÁ CHINA RAND 15,7685 MACAU PATACA 8,8284 DÓLAR 1,4557 MÉXICO PESO 20,4348 REAL 3,5963 NORUEGA COROA 9,3627 LEV 1,9558 ESCUDO 110,265 NOVA ZELÂNDIA DÓLAR 1,5555 DÓLAR 1,4315 POLÓNIA ZLOTY 4,3805 YUAN 7,4089 REINO UNIDO LIBRA 0,83372 WON 1257,6 REPÚBLICA CHECA KUNA 7,4957 ROMÉNIA DINAMARCA COROA 7,4387 ESTADOS UNIDOS DÓLAR 1,1053 PESO 51,65 HONG KONG DÓLAR 8,5713 HUNGRIA FORINT 315,01 RUPIA 74,2758 IENE 116,82 COREIA DO SUL CROÁCIA FILIPINAS ÍNDIA JAPÃO COROA 27,024 LEU 4,4686 RÚSSIA RUBLO 69,7145 SINGAPURA DÓLAR 1,49 SUÉCIA COROA 9,4679 SUÍÇA FRANCO 1,0869 BAHT 38,647 LIRA 3,268 TAILÂNDIA TURQUIA Euro valoriza › O euro seguia ontem a valorizar face ao dólar (1,1053). Mas a estrela do dia nos mercados cambiais foi a lira turca, que disparou na abertura dos mercados asiáticos. Na sexta-feira, depois das primeiras notícias do golpe militar falhado, a divisa teve a sua maior queda desde 2008. Na dona do Meo não vai haver aumentos, mas ajustes salariais TELECOM Sindicatos já têm a proposta da PT. Obtendo luz verde, novo Contrato Coletivo de Empresa entra em vigor em agosto Na PT Portugal não vai haver aumentos salariais, mas a empresa dona do Meo está a propor ajustes nos ordenados dos trabalhadores com salários até 725 euros. Cerca de 350 trabalhadores passarão a ganhar mais 15 euros mensais. “A medida afeta sobretudo as contratações mais recentes, trabalhadores com os ordenados na ordem dos 700 euros”, adiantou Jorge Félix, do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT (STPT), um dos cinco organismos sindicais com o qual a companhia vinha a negociar desde janeiro o novo Contrato Coletivo de Empresa. A PT Portugal não comenta esta informação. A proposta da PT chegou na sexta-feira e Jorge Félix admite que deverá ter bom acolhimento da parte dos sindicatos. “Não havendo grandes melhorias, também não é uma proposta que seja gravosa para os direitos e garantias dos trabalhadores”, comenta o presidente do STPT. Obtendo luz verde dos sindicatos, o novo Contrato Coletivo de Empresa entra em vigor já a partir de 1 de agosto. Posta de parte ficou o aumento de 3,5% nos salários dos mais de nove mil trabalhadores pretendido pelos sindicatos, mas que a Altice sempre mostrou resistência invocando o momento da empresa. Da proposta da PT constam ainda incentivos aos trabalhadores perto da situação de reforma (65 ou mais anos): dobrar o valor do prémio atribuído para a aposentação. Medida que deverá beneficiar “algumas dezenas de pessoas”, diz Jorge Félix. Outras das medidas propostas pela dona do Meo passa pelo compromisso de haver cerca de 200 movimentações de carreira no próximo trimestre. Ou seja, a empresa admite a possibilidade de realizar cerca de cem progressões de carreira (dependentes da capacidade financeira da empresa e do desempenho do trabalhador), assim como cerca de 50 promoções, dependentes da abertura de vagas, de acordo com as necessidades da operadora. Outro tema que sofreu mexidas foram os valores das ajudas de custo. Estas passam a ser atribuídas quando o trabalhador se desloca a 20 quilómetros do local de trabalho e não a 30 como tinha sido proposto, passando a ser de 8,15 a 10 euros (sem descontos); 10 a 12,50 euros com fatura. ANA MARCELA Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias PUBLICIDADE Damos valor a quem trabalha para inovar A NOS, o Dinheiro Vivo e a TSF juntaram-se, uma vez mais, para distinguir 30 empresas ou instituições pela importância do seu papel no crescimento da economia portuguesa. Se desenvolveu projetos inovadores na área do turismo, que tenham contribuído para o crescimento da sua empresa, região ou setor, faça como nós e aposte no futuro. Este ano, pode ser o seu projeto a vencer. Inscreva-o já em premioinovacaonos.pt 19 20 SOCIEDADE Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias PAULO ALEXANDRINO / GLOBAL IMAGENS Contactado pelo DN, o presidente da Junta de Freguesia de Belém, o social-democrata Fernando Ribeiro Rosa sublinha não ter conhecimento oficial de qualquer projeto para a Praça do Império, situação que diz estranhar: “Acho estranho que isto vá a reunião da Câmara sem que previamente tenham tido a gentileza de me ter dito.” O assessor de José Sá Fernandes remeteu declarações do vereador para depois da reunião de Câmara, sublinhando que o que está agora em cima da mesa é o relatório do júri e não ainda uma decisão da Câmara. Jardim nasceu em 1940 para celebrar o “mundo português” MEMÓRIA Foi em 1940 que o Jardim da Praça do Império foi construído em Lisboa, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, quando se realizou a Grande Exposição do Mundo Português, evento comemorativo dos 800 anos da Independência de Portugal e dos 300 anos da Restauração da Independência. A área, de 2,7 hectares, era então uma praia lisboeta, conhecida como “praia do Restelo”. No jardim estão em arranjos florais 30 brasões, que incluem os distritos portugueses e as antigas províncias ultramarinas. Tem ainda dois escudos, o da Ordem de Avis e o da Ordem de Cristo. Existe ainda um relógio de sol. Brasões da Praça do Império substituídos por relva Lisboa. Projeto vencedor do concurso de ideias para o jardim de Belém não integra os arranjos florais que representam as capitais de distrito e as antigas províncias ultramarinas SUSETE FRANCISCO Os 30 brasões florais que representam as armas das cidades capitais de distrito do país, bem como das antigas províncias ultramarinas, no Jardim da Praça do Império, desaparecem para dar lugar a um espaço relvado. Esta é a solução que consta do projeto que mereceu a preferência do júri do concurso de ideias lançado pela Câmara de Lisboa para a requalificação do jardim de Belém. A escolha vai amanhã a debate na reunião da autarquia, para ratificação da decisão do júri, que definiu um vencedor, e um segundo e terceiro classificados. A ser acolhida pelo executivo camarário, como é expectável, a proposta vencedora promete relançar a polémica de há dois anos, quan- do foi conhecida a intenção da autarquia de acabar com os brasões evocativos das antigas colónias. “Não faz sentido estarmos a gastar dinheiro a recuperar símbolos que já não existem”, afirmou então o vereador da Estrutura Verde. Nu m comunicado emitido nessa altura, o gabinete de José Sá Fernandes garantia que a autarquia não iria despender “recursos financeiros a recuperar os brasões criados pelo Estado Novo das antigas colónias portuguesas e que há muito não existem, nem sequer como arranjos florais no local”. O CDS questionou então António Costa sobre o tema. O gabinete do então presidente da câmara respondeu dizendo que o autarca tinha ficado “surpreendido” com as notícias s sobre o projeto para o jardim, e remetendo o assunto para reunião do executivo camarário. Foi nesta sede que foi posteriormente decidido o lançamento de um concurso de ideias para a requalificação do jardim. Em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, o Jardim da Praça do Império (que se integra na zona de proteção do monumento, que é Património Mundial reconhecido pela UNESCO) desenha-se, em forma quadrangular, em torno da Fonte Monumental. É à volta desta que surge o friso de brasões , três dezenas representando as 18 províncias portuguesas, e as ex-colónias, a que se juntaram ainda as cruzes de Cristo e Avis. Há ainda um escudo nacional, também feito com buxo e flores, que se mantém no projeto que mereceu a escolha do júri. Com três hectares, o jardim há anos que mostra sinais de degradação. CRONOLOGIA ANÚNCIO › Em agosto de 2014, a Câmara de Lisboa anuncia que tenciona desmantelar os brasões em arranjos florais do Jardim da Praça do Império. A justificação é que “estão ultrapassados”. Houve logo contestação de cidadãos e de partidos da oposição. CONCURSO › As críticas levaram o vereador José Sá Fernandes a lançar um concurso de ideias para o jardim, só em finais de 2015. DECISÃO › Câmara reúne para aprovar amanhã o projeto vencedor. “Enorme preconceito ideológico” Tal como sucedeu na altura, e agora face à perspetiva de acabar de vez com os brasões florais, a decisão tem críticas garantidas entre a oposição. João Gonçalves Pereira, vereador do CDS na autarquia, fala num verdadeiro “apagão” dos brasões , num “claro desrespeito pela História de Portugal”, que revela um “enorme preconceito ideológico”. O autarca democrata-cristão questiona mesmo se a Câmara “não quererá mudar o nome da própria praça”, já que “de império ficará apenas com o nome”. João Gonçalves Pereira diz ter dado o “benefício da dúvida” ao concurso de ideias lançado pela edilidade porque em causa deveria estar apenas o “enquadramento paisagístico” do jardim. Foi isso, afirma, que disse António Costa. “António Costa disse na altura que se devia tentar encontrar uma solução mais barata porque a manutenção do jardim era muito dispendiosa”, mas salvaguardando a componente histórica do jardim. “Pelos vistos, dois anos depois teremos um apagão da história e um apagão do que António Costa disse”, aponta João Gonçalves Pereira, garantindo que o CDS vai votar contra a decisão do júri e o projeto eleito vencedor. O “fim da mosaicocultura” Para o PCP o problema não é exatamente o desaparecimento dos brasões, mas da arte que eles prepresentam. “O projeto vencedor faz tábua rasa da mosaicocultura”, diz o vereador Carlos Moura, que cita o que diz ser “uma frase muito interessante” que consta da proposta: “Um processo de rega duas vezes por ano. Se for um prado de sequeiro, com certeza”. “Vamos votar contra. Isto vem ao arrepio completo da proposta que tínhamos apresentado “, garante o vereador comunista, considerando que a aprovação deste projeto ditará “o fim do caminho” da mosaicocultura, em Lisboa, dado que se perderão os conhecimentos para o exercício desta actividade entre os jardineiros que trabalham na Câmara. Carlos Moura diz mesmo que este novo figurino deixa em aberto a possibilidade o “serviço de manutenção do jardim da Praça do Império vir a ser externalizado”. Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias SOCIEDADE 21 PUB De todas diferentes a (quase) iguais. Esplanadas da Baixa em preto, branco ou cinza PROJETO. Espaços exteriores no centro histórico vão ter novas regras, com o objetivo de criar uma identidade visual. Vêm aí cores sóbrias, mesas iguais, cinco modelos de cadeiras Um dos aspetos estruturantes as possibilidades de uso e a versatilidade da comunicação gráfica”. Os do projeto é a aposta nas esplanaequipamentos de caráter fixo (tol- das junto às fachadas dos edifícios, As esplanadas da Baixa lisboeta vão dos, corta-ventos e menus) passam deixando libertos os eixos centrais deixar de ser à escolha do... comer- a cingir-se a estas três cores. Às das vias(pedonais) para a circulaciante – das formas às cores, a par- quais se somam outras quatro ção dos peões. É o caso da Rua Autir de agora os espaços exteriores de (azuis e verdes também bastante gusta, para onde o projeto de Pedro restauração, no centro histórico da sóbrios) que poderão ser utilizadas Sottomayor prevê a deslocação das cidade, vão obedecer a regras aper- em equipamentos mais móveis, esplanadas – atualmente a ocupar tadas. Mobiliário urbano em bran- como mesas, cadeiras ou toalhas. o centro da via – para as laterais. co, preto ou cinza ou mesas com o O objetivo, referem os autores da Mas esta é uma proposta que não mesmo design são duas das impo- proposta, passa por criar uma vai fazer vencimento. “O plano da “identidade da área, na sua totali- Baixa pombalina prevê esplanadas sições que se avizinham. A Junta de Freguesia de Santa dade”, mas também deixar espaço no eixo central”, diz ao DN Miguel Coelho, presidente da Maria Maior revelou ontem o pro- à “identidade de cada Junta de Freguesia jeto vencedor para a definição de um dos estabelecide Santa Maria Maior, um layout para as esplanadas da mentos, na sua indiEsplanadas da sublinhando que esta vidualidade”. Baixa pombalina. Rua Augusta é uma proposta “que As mesas serão de A proposta vencedora, da autovai ter de ser aderia do designer Pedro Sottomayor, “modelo único”, mas vão continuar quada” à realidade no em conjunto com a CANRAN Ar- com possibilidade de no eixo central terreno. quitetura e a White Studio, diz cores diferentes (denO autarca sublinha apostar na coerência da imagem, tro das sete permitique os autores do sem fechar a porta à diversidade das). Já no que se redos espaços exteriores. Mas com fere às cadeiras serão permitidos projeto vencedor vão agora assiregras claras: o projeto define os cinco modelos diferentes, três nar um contrato com a Junta, para equipamentos permitidos nas es- “considerados clássicos”, mais dois assessorar a implementação do planadas e não autoriza mais que diferenciados, podendo também projeto no terreno. O que poderá levar a algumas alterações, até o essencial – mesas, cadeiras, tol- ser com cores diferentes. Os menus de pavimento, de pa- porque o objetivo é avançar com dos, corta-ventos, e o suporte de menu. Eventualmente aquecedo- rede, e até mesmo os de mesa, pas- estas mudanças com o maior res, de fachada ou de pavimento. sam a ter regras uniformes, que acordo possível por parte dos coabarcam também o tipo de letra a merciantes. “Vamos trabalhar tenNada mais. As cores são as da calçada portu- utilizar. As toalhas de mesa podem do em conta a realidade específica guesa – o preto e o branco, a que se ter cores neutras ou padrões evo- do território, é com essa realidade que iremos trabalhar para enconacrescenta o cinza, para “ampliar cativos da calçada. trar as soluções finais”, sublinha Miguel Coelho. O autarca também não estabelece prazos para a mudança nas esplanadas do centro histórico de Lisboa – que obrigarão os proprietários dos estabelecimentos a um investimento no novo mobiliário. A ocupação do espaço público obriga a uma renovação anual da licença, pelo que este poderá ser um mecanismo a utilizar. Mas o autarca prefere falar em “prazos razoáveis” para que os abrangidos avancem de livre vontade com as alterações. “O que todos desejamos é que a Baixa melhore. Até agora tem havido grande entusiasmo” em torno da necessidade de melhorar a utilização do espaço público, garante o autarca. Fica assim concluído o concurso (por convite) lançado pela Junta de Freguesia em parceria com o MUDE. A responsável do Museu do Design e da Moda, Bárbara Coutinho, presidiu ao júri que avaSimulação da Rua dos Correeiros com novas regras nas esplanadsas liou o projeto. SUSETE FRANCISCO 22 SOCIEDADE Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Jovem de 17 anos ataca passageiros com machado ALEMANHA Um jovem de 17 anos, EPA/KARL-JOSEF HILDENBRAND de nacionalidade afegã, armado com um machado e uma faca, lançou o pânico num comboio em Würzburg, no Sul da Alemanha, ontem à noite. Segundo relatos dos meios de comunicação alemães, o homem terá entrado muito agitado e de rompante no comboio, começando a atacar os passageiros. A polícia alemã confirmou três feridos graves e um ligeiro, além de 14 pessoas em estado de choque. O atacante foi atingido pela polícia quando fugia e acabou por morrer, confirmou o porta-voz do Ministério do Interior da Baviera. Por conhecer estavam, à hora de fecho desta edição, as motivações do agressor e se o ataque foi um episódio isolado. Apesar disso, a operação policial foi de larga escala e com recurso a um helicóptero, tendo a linha de comboio entre Würzburg-Heidingsfeld e Ochsenfurt sido fechada. Malas da pele... de Alexander McQueen. Há pedido de patente numa coleção de 1992, que intitulou Jack the Ripper Stalks His Victims, o que traduzido à letra é algo como Jack o Espripador Persegue as Suas Vítimas. E, como contou à Quartz, Tina Gorjanc já obteve a permissão dos atuais proprietários dessa coleção, cuja identidade não quis revelar, para recolher esse material. Insólito. Finalista de design quer produzir em laboratório pele do falecido gigante da moda Vários tons de bronzeado Se houver resposta positiva ao pedido de patente, o resto são técnicas laboratoriais hoje bastante rotinadas. Trata-se de retirar o ADN de um ou mais fios de cabelo do designer de moda falecido há seis anos, multiplicá-lo em laboratório e depois induzir a produção das células de pele para cultivar aquele tecido em laboratório. Manipulando os genes que controlam a produção de melanina – que, se estimulada pelo sol, por exemplo, dá o tom bronzeado típico à pele – torna-se ainda possível obter diferentes tons para os casacos e malas McQueen... além, claro, das réplicas das suas tatuagens. Tina Gorjanc diz já ter sido contactada por potenciais compradores mas ela garante que se a ideia for por diante nenhum desses artigos será comercializado. O Pure Human, argumenta a jovem, é um projeto demonstrativo e, por isso, no final, tenciona fazer apenas uma exposição. Na página do projeto, para mostrar o quanto já avançou na ideia, Tina Gorjanc mostra casacos e malas feitas com pele de porco, obtida com as tais técnicas laboratoriais. Poderão não ser malas de sonho, mas que dá que pensar, dá. com o ADN dos seus cabelos. Objetivo, diz ela, é mostrar lacunas na lei que permitem tais ideias FILOMENA NAVES Nada foi banal na vida do designer de moda britânico Alexander McQueen, que vestiu líderes como Mikhail Gorbachev e desenhou alguns dos mais arrojados fatos com que David Bowie subiu aos palcos. Preso num ciclo de depressões e relações atormentadas, McQueen acabou por soçobrar ao desgosto da morte da mãe e suicidou-se, em 2010, aos 40 anos, na véspera do funeral dela. Agora, Tina Gorjanc, uma jovem finalista da célebre escola de moda e alta-costura Central Saint Martins, a mesma que McQueen frequentou, pretende ressuscitar não só a sua memória mas, sobretudo, a sua pele. Sim, pele. A pele a sério de Alexander McQueen, que ela pretende produzir e cultivar em laboratório a partir do ADN (informação genética) do designer de moda morto há seis anos, para depois fazer com ela casacos e malas (de pele), que terão inclusivamente algumas tatuagens à imagem das que McQueen tinha no corpo. Insólito? Sem dúvida. E também controverso e eticamente duvidoso. Mas, sublinha a jovem finalista de moda na página do seu projeto Pure Human (http://dropr.com/tina_gorjanc/102660/pure_human/+?p=1309216), é justamente para isso que ela pretende chamar a atenção do mundo. Um pedido de patente É claro que, antes de mais nada, é sobre si própria que Tina Gorjanc faz incidir os holofotes, o que não deixará de lhe granjear projeção, ainda para mais numa altura em que é finalista e está prestes a sair da escola para o mercado de trabalho. Seja como for, Tina Gorjanc justifica a sua ideia, sublinhando que “Pure Human foi concebido como um projeto crítico, que pretende pôr em evidência as deficiências que existem na proteção da informação biológica e, assim, imprimir um novo fôlego a este debate, usando para isso as estruturas legais que estão ao alcance de qualquer cidadão”. Alexander McQueen deixou a sua inconfundível marca rebelde no mundo da moda E o que está ao alcance de qualquer um, nesta matéria, é já bastante, como demonstra Tina Gorjanc, que em maio fez um pedido de patente sobre tecidos produzidos em laboratório a partir de material genético obtido de fontes mortas (como cabelos, unhas, etc.) relativo a materiais específicos de Alexander McQueen. Não é possível fazer um pedido de patente do material genético em si, mas a fórmula “materiais produzidos em laboratório a partir de ADN” poderá ser a chave para abrir uma porta no mínimo controversa como a própria designer assinala. “Se uma estudante como eu pode dar entrada de um pedido de patente sobre material biológico produzido a partir de outro extraído da informação genética de Alexander McQueen, uma vez que nada na lei mo impediu, pode-se imaginar o que as grandes corporações com grandes investimentos poderão fazer no futuro”, comentou ela, citada no site de informação online Vocativ. Além daquela patente, a futura designer de moda fez ainda um outro pedido, mas esse generalista, ou seja, relativo a quaisquer materiais biológicos produzidos em laboratório a partir de fragmentos de ADN. Tina ainda não recebeu resposta relativa ao seu pedido, mas se ela for positiva, como a finalista de design de moda espera, ela passará a ter acesso a material biológico produzido a partir da fonte original de material genético de McQueen, que são os seus cabelos. Como? A resposta é simples, Alexander McQueen, ao que tudo indica, usou os seus próprios cabelos SERVIÇOS Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias SORTE 27 PREVISÃO DO TEMPO FARMÁCIAS Lotaria Clássica Extração de 18 de julho de 2016 — 29º centenário do primeiro voo militar em Portugal 170 1º prémio 19 805 2º 03 957 3º 33 880 Totoloto Sorteio de 16 de julho de 2016 Sorteio 57/16 4-13-23-28-46 Número da sorte: 8 1º prémio 0 (a) 2º 0 (b) 3º 176 284,04€ 4º 6 784 4,09 € 5º 91 747 1,81 € Nº sorte 117 272 Reembolso da aposta (a) Previsão 1º prémio com jackpot 2 600 000,00 € (b) Nos termos do Regulamento, o montante do 2º prémio acumulou com o montante do 3º prémio 170 350 Portugal continental Madeira e Açores Vila Real 190 330 Porto 17 0 14 22 0 0 AÇORES Penhas Douradas Ponta Delgada 190 320 190 240 230 Coimbra 160 300 Castelo Branco Leiria 140 280 200 370 Portalegre 20 36 0 18 0 180 310 Setúbal Évora 140 320 MADEIRA 170 390 Beja 190 250 (a) 50 000,00 € 5 000,00 € 500,00 € 50,00 € 5,00 € 600 000,00 € Lotaria Clássica Extração de 11 de julho de 2016 28ª – Dia Mundial da População 1º prémio 32110 60 000,00 € 2º 45189 6 000,00 € 3º 13312 3 000,00 € Sequências de quatro algarismos: 1153 - 5777 - 2753 - 4683 - 2748 - 7089 - 2132 - 6201 7263 - 5696 - 6348 - 6579 - 2975 - 3765 - 9280 6686 - 1994 - 1864 - 7878 - 2940 Sequências de três algarismos: 151 - 606 - 832 - 099 - 408 Lotaria Popular Extração de 14 de julho de 2016 28ª – Lontra-Europeia 1º prémio 89912 5 000,00 € 2º 79530 2 000,00€ 3º 50269 1 500,00 € 4º 99238 1 000,00 € Série sorteada: 1.ª Sequências de 2 algarismos sorteadas: 33-20 200 390 Funchal Sorteio 29/16 Totobola Extra Concurso de 22 de junho de 2016 Sorteio 24/16 X1X11X2X21222 Super 14. Hungria - Portugal M:M Super 14 0 (a) 1º prémio 0 (b) 2º 0 (c) 3º 2 5 103,30 € (a) Previsão do acumulado para Super 14 22 940,16 € (b) Nos termos do Regulamento, o montante do Super 14 e do 1º prémio acresce ao Super 14 do segundo concurso subsequente, no valor de 12 733,55 euros. (c) Nos termos do Regulamento o montante do 2º Prémio acumulou com o montante do 3º Prémio. 0 Lisboa 170 Totobola Concurso de 17 de julho de 2016 Sorteio 29/16 12X XX1 1X1 2X1X Super 14. Internacional - Palmeiras 0: 1 Super 14 0 (a) 1º prémio 0 (b) 2º 2 4107,48 € 3º 9 912,77€ (a) Previsão 1º prémio com jackpot 23 000,00 € (b) Nos termos do Regulamentos, o montante do 1º prémio acresce ao montante do Super 14 do concurso normal imediatamente seguinte Estas informações não dispensam a consulta da lista oficial Bragança 130 210 Euromilhões Sorteio de 15 de julho de 2016 Sorteio 57/16 2-11-13-14-21 Estrelas: 1-8 1º prémio 0 (a) 2º 10 (0 em Portugal) 133 037,29 € 3º 18 (1 em Portugal) 24 636,53 € 4º 83 (5 em Portugal) 2 671,43 € 5º 1372 (235 em Portugal) 141,40 € 6º 2 825 68,67 € 7º 2 753 50,33 € 8º 36 350 17,53 € 9º 55 624 10,96 € 10º 114 885 8,92 € 11º 171 840 10,48 € 12º 701 192 6,95 € 13º 1 458 141 3,42 € (a) Previsão 1º prémio com jackpot 45 000 000,00 € Joker Sorteio de 17 de julho de 2016 6948536 1º prémio 0 2º 1 3º 12 4º 59 5º 508 6º 5293 (a) Previsão 1º prémio com jackpot Viana do Castelo Sagres 180 Faro 180 290 23 0 Sol 06.30 OCASO 20.58 Leixões Marés Lua NASCER 220 330 Lua cheia (quarto minguante, dia 27 Lisboa Faro PREIA-MAR 03.18 15.34 03.39 15.58 02.56 15.16 BAIXA-MAR 09.20 21.47 09.25 21.52 08.46 21.14 CÉU LIMPO NUBLADO AGUACEIROS TROVOADA NEVOEIRO POUCO NUBLADO MUITO NUBLADO CHUVA NEVE TEMP. DA ÁGUA AMANHÃ 5ª-FEIRA 6ª-FEIRA SÁBADO DOMINGO Porto Porto Porto Porto Porto Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Lisboa Faro Faro Faro Faro Faro Oslo Estocolmo Europa 130 240 110 230 Copenhaga Amesterdão 19 29 0 150 220 0 Berlim Dublin 170 250 Varsóvia 140 260 Londres 110 220 22 32 0 0 ✣ LISBOA ALVALADE BELO Av. de Roma, 53-D NOSSA SENHORA DE FÁTIMA FÁTIMA Av. 5 de Outubro, 147-A SANTA MARIA DOS OLIVAIS EXPOSUL Alameda dos Oceanos, Lote 2.06.05, Loja 7 SÃO JOÃO DE DEUS GARANTIA Av. Padre Manuel da Nobrega, 5-A SÃO MAMEDE BRITÂNICA Travessa da Légua da Póvoa, 5-B ✣ ARREDORES DE LISBOA AGUALVA-CACÉM CENTRAL R. Elias Garcia, 35 ALENQUER (TRIANA) NOBRE RITO R. Triana, 124 ALVERCA DO RIBATEJO RAPOSO R. Ivone Silva, N.º 1 CARCAVELOS VILAR Av. Maria da Conceição, 49-A CASCAIS D'ALDEIA R. Chesol, Lte. 6 FALAGUEIRA GIRASSOL R. Elias Garcia, 17C FORTE DA CASA DO FORTE R. Padre Américo, N.º 33 LOURES SÁLVIA R. República, 29 MAFRA MEDEIROS R. José Elias Garcia, 19 MINA CENTRAL Av. Cardoso Lopes, 25 MONTE ABRAÃO VASCONCELOS Praceta Henrique Pousão, 10, Lj Esq ODIVELAS TANARA Odivelas Parque Lj 1.048 Estrada de Paiã - Casal do Troca PAÇO DE ARCOS NOVA R. Bernardino Ribeiro, 1-A PÓVOA DE SANTO ADRIÃO SERRA Largo Major Rosa Bastos, 22 PRIOR VELHO MATOS R. Moçambique, N.º 87-C e D VILA FRANCA DE XIRA CÉSAR Praça Afonso de Albuquerque, 7-9 ✣ ALENTEJO BEJA FONSECA R. Sousa Porto, 11 ELVAS LUX Praça 25 de Abril, 15 ESTREMOZ COSTA Largo Combatentes Grande Guerra, 21 ÉVORA REBOCHO PAIS R. João de Deus, 67-69 MONTEMOR-O-NOVO FREITAS R. Dr. Miguel Bombarda, 56 PONTE DE SOR CRUZ BUCHO R. Vaz Monteiro, 45 PORTALEGRE NOVA R. 5 de Outubro, 106 VENDAS NOVAS NOVA Av. General Craveiro Lopes, 25-A Luxemburgo Paris 160 300 Viena 220 340 160 280 Belgrado 160 250 Roma Madrid 240 400 210 360 Atenas 250 330 ✣ CASTELO BRANCO CASTELO BRANCO NUNO ÁLVARES Av. 1 de Maio, 83 COVILHÃ MENDES R. Comendador Campos Melo, 37 ✣ COIMBRA ARGANIL MODERNA R. Oliveira Matos, 17-23 COIMBRA OLIVAIS R. Bernardo de Albuquerque, 141 · PAIVA R. Luís A. Duarte Santos, 16 FIGUEIRA DA FOZ SAÚDE C. Comercial Atlântico, Rot. Limonete, Lj. 7 ✣ ALGARVE ALBUFEIRA SANTOS PINTO Urb. Quinta da Bela Vista, Lt.E,Lj.4-5 LAGOS SILVA R. 25 de Abril, 9 LOULÉ AVENIDA Av. José C. Mealha, 109-A PORTIMÃO ARADE Largo Gil Eanes, Edifício Gil Eanes, Lt B - R/C D VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO CARRILHO Praça Marquês de Pombal, 1 ✣ LEIRIA ALCOBAÇA BELLO MARQUES R. Alexandre Herculano, 23 CALDAS DA RAINHA PERDIGÃO R. Dr. Augusto Saudade e Silva, 15 PENICHE CENTRAL R. José Estevão, 16 R/Ch POMBAL VILHENA R. do Louriçal, 1 ✣ SANTARÉM ABRANTES SILVA TAVARES R. do Comércio, 56 SANTARÉM OLIVEIRA R. do Colégio Militar, 1 TOMAR CENTRAL R. Marquês de Pombal, 18 TORRES NOVAS PALMEIRA Largo da Palmeira, 32 - Lugar da Meia Via ✣ SETÚBAL ALCÁCER DO SAL ALCACERENSE R. Marquês de Pombal, 35 ALMADA PRAGAL R. Direita, 6-D · SILVA JÚNIOR Av. 25 de Abril, 9 BARREIRO SANTO ANDRÉ R. Quinta dos Arcos, 6-A MOITA UNIÃO MOITENSE Av. Teófilo Braga, 1 MONTIJO DIOGO MARQUES R. Almirante Cândido dos Reis, 50 SANTIAGO DO CACÉM CORTE REAL R. Dr. Manuel António Costa, 16 SEIXAL GODINHO Largo da Igreja, 51 SETÚBAL HIGIENE Praça Teófilo Braga, N.º 10 · SANTIAGO Estrada da Palmela, 59-A ✣ PORTO BONFIM ALÍRIO DE BARROS SUC. R. Costa Cabral, 240 · CAMEIRA R. do Heroísmo, 90 ✣ ARREDORES DO PORTO GONDOMAR MAGALHÃES R. São Pedro, 904 MAIA GEMUNDE R. Igreja, 1002 MARCO DE CANAVESES CABANELAS Av. Futebol Clube Marco, 755, Lj 7/8 MATOSINHOS PEDRA VERDE R. Mainça, 89 PAÇOS DE FERREIRA DA MATA REAL R. Ponte Real, 108-112 PAREDES CENTRAL DE REBORDOSA Av. Engenheiro Adelino Amaro da Costa, 24 · LUSA Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, Fr Ad, 287 PENAFIEL MIRANDA R. Dr. Joaquim Cotta, 51 PÓVOA DE VARZIM MODERNA Av. 25 de Abril, 111 SANTO TIRSO FERNANDES MACHADO R. Sousa Trepa, 18 VALONGO BESSA R. São João do Sobrado, 4008 VILA DO CONDE RAMOS R. Mouzinho de Albuquerque, 459 VILA NOVA DE GAIA CENTRAL R. Álvares Cabral, 137 · GAIA JARDIM · IBÉRICA R. Boavista, 187 ✣ AVEIRO ÁGUEDA AMARAL R. Ferraz Macedo, 33 AVEIRO AVEIRENSE R. Coimbra, 13 OLIVEIRA DE AZEMÉIS FALCÃO Praça José da Costa, 4 OVAR LAMY R. Elias Garcia, 2 SÃO JOÃO DA MADEIRA LARANJEIRA R. Oliveira Júnior, 64 ✣ BRAGA BARCELOS CENTRAL R. Bom Jesus da Cruz, Fracção A, 1º Andar Fracções B e C, 24 R/C BRAGA MARTINS Av. Central, 72 · PIMENTEL R. Prof. Dr. Elísio de Moura, 157 FAFE FERREIRA LEITE Av. Visconde Moreira de Rei GUIMARÃES PAULA MARTINS R. Teixeira Pascoais, 71-B VILA NOVA DE FAMALICÃO NOGUEIRA Av. Mar. Humberto Delgado, 87 VILA VERDE MEDEIROS Praça 5 de Outubro, 78 ✣ BRAGANÇA BRAGANÇA CENTRAL R. Farmácia, 23 MACEDO DE CAVALEIROS MODERNA R. Dr. Luís Olaio, 15-A MIRANDELA BRAGANÇA R. Alexandre Herculano, 66 ✣ GUARDA GUARDA PAES FERNANDES R. Duque de Bragança, 2-B R/C ✣ VIANA DO CASTELO PONTE DE LIMA DA MISERICÓRDIA Largo da Matriz VIANA DO CASTELO CENTRAL R. Manuel Espregueira, 120 ✣ VILA REAL CHAVES BARROSO Cinochaves Edifício América, Loja 3 VILA REAL PORTUGAL Rotunda do Nervir, Entrada B, 5 ✣ VISEU LAMEGO SENHORA DOS REMÉDIOS R. Almacave, 150 TONDELA TOMÁS RIBEIRO R. José Bernardo da Silva, 1 28 MUNDO Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Melania abre convenção e Ted Cruz lidera último desafio a Trump EUA. Milionário aposta na família para dar imagem de um homem duro em tempos difíceis. No exterior, os protestos multiplicam-se pelo menos): o de apresentar Trump como o líder duro de que os EUA precisam em tempos difíceis. Já subordinado ao tema “Tornar Só estava previsto discursar na quinta-feira, para a apoteótica con- a América segura outra vez”, o prifirmação como nomeado republi- meiro dia ficou marcado pela morcano às presidenciais de 8 de no- te de três polícias, abatidos no dovembro nos EUA, mas Donald mingo por um ex-marine em Baton Trump decidiu subir ao palco logo Rouge, na Louisiana (ver texto). ontem, no primeiro dia da conven- Além de sublinharem a capacidade ção do partido, em Cleveland, no de Trump para acalmar as tensões Ohio. Tudo para apresentar a mu- raciais decorrentes das mortes de lher, Melania, uma das oradoras de vários jovens negros por polícias um encontro que ainda verá vários brancos nas últimas semanas, os váTrump atrás dos microfones: Eric, rios oradores tinham como missão Tiffany e por fim Ivanka, a adorada mostrar o milionário como o hofilha do milionário que encerrará o mem certo para acabar com a ameaça do Estado Islâmico. O gruencontro na quinta-feira. Pelo meio, tudo pode acontecer. po, que controla um vasto território A começar por ainda haver uma re- na Síria e no Iraque, reivindicou este volta contra Trump. Ontem, a Fox fim de semana o ataque que fez 84 News dava conta de uma rebelião mortos no dia 14 na cidade francede delegados que se opõem a que o sa de Nice, mas também inspirou o magnata do imobiliário e que, lide- atirador que matou 49 pessoas numa discoteca gay rados pelo senador de Orlando, na FloriTed Cruz, seu antigo da, a 12 de junho. rival na corrida à noHá 2000 polícias “O nosso país está meação, estariam a destacados para totalmente dividido e preparar um último os nossos inimigos esesforço para o travar. É garantir a tão a ver. Não estamos verdade que isso difisegurança a passar uma boa imacilmente acontecerá, gem, não parecemos ou não tivesse Trump espertos, não parecehá muito garantido o apoio dos 1237 delegados de que mos fortes”, escreveu Trump no precisa para obter a nomeação. Mas Twitter antes do encontro. Em Cleveland são também de segundo a Fox, a ideia será perturbar os trabalhos, com algumas cen- notar as ausências, com grandes fitenas de delegados a poder deixar guras do Partido Republicano a reCleveland depois do discurso de cusar participar na convenção que vai confirmar Trump. Do ex-presiCruz previsto para amanhã. A abertura da convenção ficou a dente George W. Bush ao seu ircargo do presidente do Partido Re- mão, Jeb, rival de Trump na corripublicano, Reince Priebus, logo de- da republicana, passando pelos pois de os delegados terem cantado ex-candidatos presidenciais Mitt Romney e John McCain, muitos reo hino e prestado juramento. Nos próximos dias, os vários ora- publicanos preferiram distandores irão desfilar pelo palco com ciar-se do homem que, se for eleium objetivo comum (à maior parte, to presidente, promete construir HELENA TECEDEIRO Cantado o hino e prestado o juramento, Reince Priebus, o presidente do Partido Republicano, declarou aberta a convenção em Cleveland, Ohio um muro na fronteira com o México para travar a entrada de imigrantes ilegais (aos quais chamou “violadores e traficantes”), banir os muçulmanos de entrarem nos EUA ou ilegalizar o aborto. Contando com os 2472 delegados e os mais de 15 mil jornalistas acreditados, Cleveland espera receber estes dias mais de 50 mil pessoas. Muitos serão manifestantes, vindo protestar contra as ideias de Trump para a América. Um verdadeiro quebra-cabeças para a segurança, até porque a lei permite o uso de armas junto à Quicken Loans Arena, onde decorre a convenção. Além dos já habituais confrontos entre pró e anti-Trump, as autoridades estão preocupadas com os ativistas dos Panteras Negras, supremacistas negros vindos protestar contra a violência policial sobre os afro-americanos. Ao todo são mais de meia centena as manifestações previstas para os 4,5 km2 que ocupa a Baixa de Cleveland. Para garantir que tudo corre bem, estão destacados para o local dois mil polícias. Hillary na frente Com os republicanos reunidos em Cleveland, a democrata Hillary Clinton continuava ontem em busca de um candidato a vice-pre- sidente. Depois de Trump ter escolhido o governador do Indiana, Mike Pence, para se juntar a ele no ticket republicano, a ex-primeira-dama terá conseguido reduzir os candidatos a vice a uma mão-cheia de nomes. Entre eles estão a senadora do Massachusetts Elizabeth Warren, o senador daVirgínia Tim Kaine, o secretário da Agricultura, TomVilsack, o senador do Ohio Sherrod Brown ou o senador de New Jersey Cory Booker. Cabe agora a Hillary decidir quem será melhor para a ajudar a unir um partido dividido após meses de luta pela nomeação entre a ex-secretária de Estado e o senador Bernie Sanders. Com a sua mensagem antissistema, este não só conquistou os jovens como conseguiu mobilizar a ala mais à esquerda, que critica Hillary por há décadas andar nas mais altas esferas do poder, seja como primeira-dama, como senadora ou como chefe da diplomacia. Com uma popularidade que insiste em não descolar, as últimas sondagens nacionais dão a Hillary uma curta vantagem de cinco pontos sobre Trump. O estudo da NBC News/Wall Street Journal dá 46% das intenções de voto à candidata democrata, contra 41% para o rival republicano. Ex-marine preparou emboscada a polícias LOUISIANA Gavin tinha 29 ano e publicara vídeos nas redes sociais a defender a violência para vingar a morte de jovens negros por agentes Gavin Long serviu nos marines durante cinco anos e esteve destacado no Iraque. O afro-americano de 29 anos foi identificado como sendo o autor dos disparos que no domingo resultaram na morte de três polícias em Baton Rouge, na Louisiana. Segundo a polícia, o veterano, que colocara nas redes sociais vídeos a defender o uso da violência para vingar as mortes de jovens negros mortos recentemente por agentes, planeou o ataque no qual emboscou as suas vítimas, antes de ser abatido numa troca de tiros com as forças da ordem. As últimas semanas ficaram marcadas por vários incidentes mortíferos envolvendo a polícia e Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias MUNDO MITT ROMNEY PAUL RYAN › 69 ANOS › EX-GOVERNADOR DO MASSACHUSETTS › 46 ANOS › PRESIDENTE DA CÂMARA DOS REPRESENTANTES Eis o que sei: Donald Trump é falso, uma fraude. As suas promessas são tão inúteis como uma licenciatura na Universidade Trump. Está a gozar com o povo americano” As declarações de Donald Trump [a acusar um juiz de não ser justo com ele apenas por ser de origem hispânica] são a prova provada do que é um comentário racista” › Quando em março se percebeu que Trump estava a caminho da nomeação, Romney, que em 2012 perdera as presidenciais para Obama, fez um discurso a arrasá-lo. Chegou a falar-se de Romney para avançar como terceiro candidato. › Mesmo depois de Trump já ter os delegados necessários à nomeação, o speaker continuou a dizer não estar “preparado” para apoiar o milionário. Acabou por o fazer, em junho, num artigo de opinião. As críticas é que não se ficaram por ali. JEB BUSH JOHN MCCAIN LINDSEY GRAHAM › 63 ANOS › EX-GOVERNADOR DA FLORIDA › 79 ANOS › SENADOR DO ARIZONA › 61 ANOS › SENADOR DA CAROLINA DO SUL Não acredito que Donald Trump reflita os princípios ou o legado do Partido Republicano. E espero também que não represente o seu futuro” [Ao dizer que McCain não é um herói de guerra], Trump abriu a porta aos loucos. Ele era um grande apoiante democrata. Doou mais dinheiro aos democratas do que aos republicanos. Teve Hillary Clinton no seu casamento...” Se dúvidas houvesse de que Donald Trump não pode ser o nosso Comandante Supremo, estas declarações estúpidas [sobre John McCain não ser um herói de guerra] dissiparam-nas. › Veterano do Vietname, o candidato às presidenciais de 2008 foi atacado por Trump. Respondeu. Mas acabou por anunciar que apoia a sua candidatura porque seria “tonto” ignorar a vontade do partido. › Um dos maiores críticos de Trump dentro do Partido Republicano, o senador não acredita que o milionário seja um “verdadeiro conservador. Não irá votar nele em novembro nem em Hillary Clinton. CHRIS CHRISTIE MARCO RUBIO TED CRUZ › 53 ANOS › GOVERNADOR DE NEW JERSEY › 45 ANOS › SENADOR DA FLORIDA › 45 ANOS › SENADOR DO TEXAS Acabou-se o espetáculo. Não vamos eleger um entertainer. Ser um showman é divertido, mas não é esse o género de liderança que vai verdadeiramente mudar a América” Donald Trump tem as mãos pequenas. E já sabem o que se diz sobre os homens que têm mãos pequenas... não se pode confiar neles” Este homem [Trump] é um mentiroso patológico, não sabe a diferença entre a verdade e a mentira. Seja qual for a mentira que está a dizer, ele acredita . Este homem não tem qualquer moral” De fraude a entertainer: as críticas de dentro REPUBLICANOS Uns recusam, garantem que Trump não tem condições para ser presidente dos EUA e recusam votar nele em novembro, outros mudaram de ideias e apoiam-no. Alguns até vão discursar na convenção que o deve confirmar como nomeado › Filho de um presidente, irmão de outro, Jeb sonhou ser o terceiro Bush na Casa Branca. Falhou. Desde que saiu da corrida tem multiplicado as críticas a Trump. E não irá votar nele em novembro. Mas em Hillary Clinton também não. jovens negros. Um deles precisamente em Baton Rouge. Em resposta ao que dizem ser a violência desproporcionada dos agentes sobre os afro-americanos, vários grupos têm organizado protestos. Um dos mais ativos é o Black Lives Matter. Foi numa das suas manifestações, em Dallas, que na semana passada um outro ex-militar, Micah X. Johnson, matou a tiro cinco polícias e feriu outros nove. Um episódio que fez subir a tensão racial nos Estados Unidos. Em declarações ao New York Times, o sargento J. B. Slaton, da polícia da Louisiana, explicou que uma investigação preliminar demonstrou que Gavin Long “emboscou aqueles agentes”. Um quarto polícia, ferido durante o ataque estava ontem internado em estado considerado grave. “Estamos a tentar determinar quais os seus motivos”, acrescentou Slaton. As três vítimas foram identificadas como Montrell Jackson, de 32 anos, Matthew Gerald, de 41, e Brad Garafola, de 45. Pouco depois do ataque em Dallas, Jackson escrevera nas redes sociais que sentia os olhares de ódio que lhe lançavam quando andava fardado. E deixara um apelo: “Não deixem o ódio infetar os vossos corações.” H.T. 29 › Nas primárias republicanas, Christie foi crítico feroz de Trump. Até sair da corrida e surgir a dar apoio ao milionário. Muitos viram na viragem uma tentativa de chegar a vice. Mas Trump escolheu Mike Pence. › Trump chamava-lhe “o pequeno Marco” e o senador da Florida foi um dos mais duros críticos do milionário. Mas tudo mudou depois de abandonar a corrida. Agora apoia Trump, arrepende-se dos ataques pessoais e vai discursar na convenção. › “Ted, o mentiroso”, como lhe chama Trump, não poupou o rival republicano. Apesar de oficialmente não apoiar o milionário, também irá falar na convenção. CHARLES KOCH BILL KRISTOL CARLY FIORINA › 80 ANOS › EMPRESÁRIO, FILANTROPO, E FINANCIADOR REPUBLICANO › 63 ANOS › DIRETOR DA REVISTA WEEKLY STANDARD › 61 ANOS › EX-CEO DA HP E EX-CANDIDATA REPUBLICANA É possível [que Hillary Clinton seja melhor candidata presidencial do que Trump]. Para apoiarmos alguns candidatos republicanos teríamos de acreditar que as suas ações seriam diferentes da sua retórica” Nunca poderia votar em Trump, nunca poderia votar em Hillary. O ideal seria encontrar um verdadeiro conservador que se apresentasse como [terceiro] candidato” [Trump] não está na corrida para ajudar os pequenos, está na corrida por ele. Nunca defendi Donald Trump, nunca hei de defender Donald Trump. Donald Trump tem de ser derrotado nas urnas” › Um dos maiores financiadores dos republicanos, com o irmão David, Charles Koch garantiu à Forbes que escolher entre votar Trump e votar Hillary é como “escolher entre um cancro e um ataque cardíaco”. › Fundador da Weekly Standard, Kristol opôs-se desde o primeiro momento a ter Trump como candidato republicano à Casa Branca. O conhecido neoconservador tem sido muito ativo na procura de um candidato alternativo ao milionário. › Única mulher na corrida à nomeação republicana, Fiorina desistiu cedo. Alvo de duros ataques de Trump, chegou a ser anunciada como candidata a vice de Ted Cruz. Não apoia oficialmente Trump. 30 MUNDO Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Ocidente avisa Ancara sobre pena de morte para golpistas JOGOS SEM FRONTEIRAS Perseguições BERNARDO PIRES DE LIMA Investigador universitário A Crise. Regresso da pena máxima seria o fim ABEL COELHO DE MORAIS Não há lugar na União Europeia para a Turquia se o governo de Ancara restabelecer a pena de morte, que foi abolida em 2004, no quadro da harmonização com a legislação europeia e da abertura das negociações para a adesão à UE, que sucedeu no ano seguinte. Esta foi a mensagem deixada ontem por vários dirigentes europeus e responsáveis políticos americanos depois de o presidente turco Recep Tayyip Erdogan e outros governantes terem referido, de forma expressa, a possibilidade de a pena de morte ser reintroduzida e aplicada aos autores do golpe falhado da passada sexta-feira. “Não há desculpa possível para eliminar direitos fundamentais e o Estado de direito, e iremos permanecer muito atentos ao que suceder”, declarou a responsável da diplomacia europeia, Federica Mogherini, falando ontem em Bruxelas na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e tendo a seu lado o secretário de Estado americano, John Kerry. Este reforçou o sentido das declarações da diplomata da UE, indicando que a Turquia “deve respeitar os elevados padrões das instituições democráticas no país e do Estado de direito”, advertindo para medidas que “ultrapassem os limites” na detenção e CRAVO & FERRADURA julgamento dos envolvidos no golpe que, segundo os mais recentes números, causou 232 mortos, dos quais 208 civis, elementos da polícia e militares fiéis ao governo, sendo os restantes 24 elementos ligados à tentativa de afastarem do poder Erdogan e o seu partido, o AKP. Na reunião de Bruxelas, em que esteve pela primeira vez Boris Johnson, como representante da diplomacia do Reino Unido, foi decidido enviar “um sinal inequívoco” das preocupações da UE com alguns dos desenvolvimentos desde a neutralização do golpe. Alguns desses desenvolvimentos foram expressamente referidos pelo comissário europeu para o Alargamento, que acompanha as negociações com a Turquia, o austríaco Johannes Hahn. “Há listas de pessoas a afastar, o que significam que já estavam preparadas e prontas a serem usadas num determinado momento”, declarou o comissário, levando o ministro dos Negócios Estrangeiros turco Mevlut Cavusoglu, na sua conta do Twitter, a considerar “inaceitável” aquele comentário e sinal de que Hahn “não entende de todo o que se passa na Turquia”. O primeiro-ministro Binali Yildirim voltou a insistir para que os EUA extraditem o clérigo muçulmano Fethullah Gülen, que Ancara acusa de responsabilidade no golpe. Os EUA pedem provas concretas do envolvimento daquele. EPA/SEDAT SUNA das negociações para a adesão turca à UE – é o alerta deixado por diferentes líderes europeus Funeral de um polícia morto nos confrontos com os golpistas Martelando a mesma ideia expressa por Mogherini e Kerry, Angela Merkel manteve ontem uma conversa telefónica com o presidente turco, em que, segundo uma porta-voz da dirigente alemã citada pela Reuters, a chanceler disse “ser incompatível” a pena de morte com a ambição de Ancara em aderir à UE. Merkel expressou ainda “séria preocupação” ao modo como estão a decorrer as detenções e as suspensões ou despedimentos no aparelho de Estado turco. Foi ainda pedido a Erdogan que faça respeitar o “princípio da proporcionalidade e as regras do Estado de direito” na atuação contra os golpistas. Entrevistado ontem pela CNN, Erdogan afirmou que aprovaria uma lei restabelecendo a pena de morte, se esta fosse aprovada no Parlamento. Domingo passado, Erdogan, falando em Istambul perante uma multidão que pedia a reintrodução da pena de morte, afirmou que, “numa democracia, o que é pedido pelo povo, deve ser concretizado”. Até agora, dois dos três partidos da oposição, o CHP, republicano laico, e o HDP, esquerda pró-curda, manifestaram-se contra a pena de morte. Até ao final do dia de ontem, tinham sido detidas 7543 pessoas, das quais 6038 militares. JOSÉ BANDEIRA s purgas de Erdogan são não apenas recorrentes como convergem no seu objetivo maior: coroar-se rei e senhor da Turquia na celebração do centenário da República fundada por Atatürk. Se, em 2023, o aparelho político, empresarial, informativo, securitário e militar não tiver mais brechas capazes de orquestrar golpes amadores como o de há dias, então Erdogan terá refundado a República à sua imagem. Ficar surpreendido com o estilo e a arte desta purga é como abrir a boca de espanto com o racismo na América ou as cavalgadas de Putin na Ucrânia. Estava lá tudo: bastou explorar a janela aberta. A questão fundamental não está, por isso, nos factos, mas na escolha deste rumo.Vale a pena recuar a março de 2003, quando Erdogan chega à chefia do governo. Estávamos na ressaca do 11 de Setembro, com a guerra do Afeganistão em curso e no mês da invasão do Iraque. Ter um país da NATO capaz de instituir uma “democracia islâmica progressista” focada na adesão à UE era o melhor modelo num Grande Médio Oriente que sobretudo Washington queria ver revolucionado. A performance económica da Turquia nos anos seguintes e a estabilidade política que davam as maiorias do AKP, entusiasmaram um Ocidente que também ia desvalorizando os atropelos às liberdades e ao desrespeito pela separação de poderes. A Turquia era essencial à estratégia “fora de área” da NATO, membro do G20, e uma democracia islâmica imponente. Até que o caos no Iraque passou para a Síria e o desastre das “primaveras árabes” expôs os limites do triunfalismo de Erdogan. A rutura com Gulen, em 2013, encerrou uma década de glória, no pico dos protestos em Istambul e Ancara. Sem horizonte de adesão à UE e cercada por insegurança, a paranóia tomou conta do regime. Desvalorizar a inversão democrática da Turquia foi um erro estratégico do Ocidente e uma enorme oportunidade perdida. O resultado está à vista. Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias 31 MUNDO Se necessário, May diz-se disposta a usar arsenal nuclear REINO UNIDO. Boris Johnson REUTERS/PASCAL ROSSIGNOL reuniu-se em Bruxelas com homólogos europeus, mas não pediu desculpa por ter comparado a UE a Hitler Manuel Valls, primeiro-ministro francês, foi assobiado e vaiado na homenagem às vítimas na cidade de Nice Atentado em Nice foi “premeditado”, confirma a investigação Terrorismo. Bouhlel consultou sites islâmicos nas duas semanas anteriores ao ataque e deixou crescer a barba por motivos religiosos JOSÉ FIALHO GOUVEIA Ontem, às 12.00, a França guardou silêncio por um minuto em memória das vítimas. Em Nice, no local do crime, 42 mil pessoas estiveram presentes para a homenagem. Mas antes e depois do silêncio houve assobios e gritos de protesto. Na linha de fogo da indignação estava o primeiro-ministro francês. Manuel Valls, acompanhado por Marisol Touraine, ministra da Saúde, foi apupado e ouviu gritos exigindo a sua demissão e também a do presidente François Hollande. “Foi uma atitude pouco espontânea de uma minoria”, afirmou Valls em declarações ao jornal Nice-Matin. “A raiva dos franceses, o desespero e o medo é algo que tenho, que temos todos, de carregar nos nossos ombros. Crianças morreram, famílias foram destruídas pela barbárie. O meu lugar é estar entre os habitantes de Nice, mas é preciso haver dignidade. Os assobios e os insultos são indignos numa cerimónia de re- colhimento e de homenagem às vítimas”, acrescentou ainda o primeiro-ministro francês. O ambiente político está tenso. Ao contrário do que aconteceu noutras ocasiões, como, por exemplo, a seguir ao ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo, a oposição ao governo está a procurar capitalizar a indignação perante mais um ataque terrorista. “Tudo o que deveria ter sido feito nos últimos 18 meses não foi feito. Estamos em guerra, claramente em guerra. Por isso vou usar palavras fortes: somos nós ou eles”, afirmou Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês, chefe d’Os Republicanos e potencial candidato às presidenciais do próximo ano. Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, partido de extrema-direita, também foi direta nas críticas, alegando que a França “não tinha feito absolutamente nada” para combater o terrorismo islâmico. Numa resposta implícita aos adversários políticos, François Hollande, que ontem reuniu o conselho de defesa e segurança, invocou “uma obrigação de dignidade e de verdade nas declarações públicas”. ManuelValls e Bernard Cazeneuve, ministro do Interior, emitiram um comunicado conjunto reclamando que a ação do governo e das forças de segurança tem sido eficaz e que “ desde 2013 houve 16 atentados que foram evitados”. Um estudo de opinião divulgado ontem pelo Le Figaro mostra que apenas 33% dos respondentes confia nos atuais líderes políticos para combater o terrorismo. Uma queda substancial, tendo em conta que no rescaldo dos ataques de novembro a percentagem situava-se nos 50%. Mohamed ensaiou o percurso François Molins, procurador responsável pela investigação ao atentado de Nice, confirmou ontem, em comunicado, que o ataque foi “premeditado”. Mohamed Lahouaiej Bouhlel, o condutor do camião, foi filmado pelas câmaras de vigilância da cidade, nos dois dias anteriores ao fatídico 14 de julho, a ensaiar o percurso que viria fazer. A investi- gação informou ainda que o perpetrador “parecia precisar de dinheiro”. Bouhlel tentou contrair um empréstimo no valor de 5000 euros, que foi recusado a 28 de junho. Na véspera do atentado terá vendido o seu automóvel e, no próprio dia 14 de julho, levantou 550 euros num multibanco. “O conjunto destes elementos permite concluir que o ataque foi pensado e preparado, pelo menos nos dias anteriores”, referiu Molins. Apesar de ainda não ter sido possível estabelecer uma relação direta entre Bouhlel e o Estado Islâmico – que reclamou o atentado – as provas recolhidas apontam para uma radicalização recente e rápida. Entre 1 e 13 de julho, no seu computador , o condutor fez várias pesquisas relacionadas com outros atentados terroristas e consultou diversas suratas do Alcorão. De acordo com uma testemunha, Bouhlel deixou crescer a barba nos oito dias anteriores ao atentado e atribuía-lhe um “significado religioso”. Um outro depoimento, porém, indica que a radicalização poderia estar em curso há mais tempo. Segundo a testemunha, “há sete ou oito meses”, Bouhlel ter-lhe-á mostrado um vídeo de uma decapitação e dito que “estava habituado” a ver. Na última quinta-feira, 14 de julho, Mohamed Bouhlel, ao volante de um camião-frigorífico, avançou sobre a multidão no Passeio dos Ingleses, em Nice, avenida onde decorriam as celebrações do Dia da Bastilha. Morreram 84 pessoas. De acordo com a atualização mais recente, 74 dos feridos continuam hospitalizados, 19 têm prognóstico reservado e 71 das vítimas mortais já foram identificadas. A pergunta, durante o debate no parlamento britânico, saiu da boca de George Kerevan, deputado pelo Partido Nacionalista Escocês: “Está pessoalmente preparada para autorizar um ataque nuclear que poderia matar 100 mil homens, mulheres e crianças inocentes?”. A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, respondeu: “Sim. E devo dizer aos honoráveis senhores aqui presentes que toda a ideia de dissuasão implica que os nossos inimigos saibam que estaríamos dispostos a fazê-lo”. Em causa está a renovação do Trident, o programa britânico de submarinos nucleares. Enquanto a maioria dos deputados do Partido Conservador é a favor da substituição total do armamento em causa, a questão gera divisões no interior do Partido Trabalhista. Jeremy Corbyn, líder do Labour, defende o desarmamento nuclear total: “Quero deixar muito claro que eu não tomaria uma decisão que mataria milhões de inocentes. Não acredito que a ameaça de homicídio em massa seja uma forma legítima de gerir as relações internacionais”. Corbyn sublinhou ainda que o arsenal britânico é composto por 40 ogivas, sendo que cada uma delas é oito vezes mais potente do que a bomba atómica de Hiroxima. “Que ameaça é essa que enfrentamos que é preciso um milhão de potenciais mortos para a dissuadir?”, questionou o líder trabalhista. Em matéria de relações internacionais, Boris Johnson estreou-se ontem fora de portas nas suas novas funções como ministro dos Negócios Estrangeiros ao reunir-se com os seus homólogos europeus em Bruxelas. De acordo com JeanMarc Ayrault, chefe da diplomacia francesa que na semana passada chamou “mentiroso” ao ex-mayor de Londres, Johnson adotou uma postura de “alguma humildade”, mas não pediu desculpa por, durante a campanha do brexit, ter comparado a União Europeia com Adolf Hitler. O novo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros reafirmou que o Reino Unido vai deixar a UE, mas não a Europa. Durante esta semana, Theresa May irá visitar a Alemanha e a França para encontrar-se com Angela Merkel e François Hollande. J.F.G. 32 Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias MUNDO quer Candidatos derrotados contestam Marrocos voltar à União Africana 32 vitória de Evaristo Carvalho anos após saída São Tomé e Príncipe. Campanha de Maria das Neves pede anulação de presidenciais de PROTESTO Decisão de aban- donar organização deveu-se à adesão da República Sarauí, que reivindica território sob controlo de Rabat domingo, alegando irregularidades. Candidato do partido no governo ganhou à primeira volta As candidaturas presidenciais derrotadas no domingo em São Tomé e Príncipe estudavam ontem detalhadamente os resultados de cada mesa eleitoral, depois de Evaristo Carvalho ter ganho por apenas 188 votos acima dos 50% necessários para a eleição na primeira volta. Evaristo Carvalho foi apoiado pelo partido no governo, a Aliança Democrática Independente (ADI, de Patrice Trovoada). A candidatura de Maria das Neves, terceira classificada nas presidenciais, foi a primeira a anunciar que vai contestar judicialmente os resultados e pedir a anulação do ato eleitoral. Por seu lado, a candidatura do presidente cessante Manuel Pinto da Costa indicou ontem à Lusa estar a proceder à análise de cada resultado indicado pela Comissão Eleitoral Nacional para decidir se será apresentado recurso. Segundo Danilo Santos, diretor de campanha de Maria das Neves, as eleições presidenciais “não foram nem livres, nem justas, nem transparentes”. “Em círculos eleitorais onde uma grande maioria dos eleitores não exerceu o seu direito de voto, foi anunciado um número exacerbado de votos em detrimento da nossa candidatura”, afirmou Danilo Santos, salientando que o recurso seria entregue ainda ontem no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de São Tomé e Príncipe. Na votação de domingo, segundo a candidatura de Maria das Neves, houve uma “série de irregularidades e violações designadamente o impedimento dos eleitores de poderem testemunhar a contagem de votos, fechando compulsivamente as janelas e portas das assembleias de voto durante o processo de contagem, indiciando claramente a adulteração e manipulação de resultados, incluindo a possibilidade de introdução de novos boletins nas urnas a favor do candidato do partido do poder”. “Como explicar a um cidadão que vai à assembleia de voto para exercer o seu direito de voto não pode fazêlo porque alguém já tinha votado no seu lugar?” – questionou Danilo Santos, que leu um comunicado da candidatura sem direito a perguntas. Perante estes casos, a candidatura “vem publicamente recusar os resultados destas eleições e exige a anulação destas eleições presidenciais do dia 17 de julho de 2016”. D.R. PAULO JORGE AGOSTINHO Evaristo Carvalho em campanha. Presidente eleito é considerado próximo da família Trovoada “ Estou satisfeito e desde o início que considerava que eu iria ser vitorioso EVARISTO CARVALHO PRESIDENTE ELEITO SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Santo António Príncipe São Tomé São Tomé ÁFRICA Golfo da Guiné Porto Alegre Área: 1001 km2 População: 200 mil habitantes Línguas: português, forro, lunguye e angolar Moeda: dobra Esperança média de vida: 66 anos Inflação: 6,3% PIB per capita: 1310 USD Crescimento do PIB: 4,9% Fonte: Banco Africano para o Desenvolvimento (2015) Evaristo Carvalho liderou sempre as contagens parciais mas só na contagem dos dois principais distritos, Água Grande e Mé-Zóchi, passou a ter a maioria absoluta dos votos. No total, o candidato da ADI ganhou nos distritos de Água Grande, Mé-Zóchi, Caué, Lobata, Cantagalo, Lembá e nos círculos eleitorais da diáspora em Portugal e Gabão. No final, Evaristo Carvalho obteve 34 629 votos, Manuel Pinto da Costa teve 17 121 boletins, seguindo-se Maria das Neves com 16 638, Manuel do Rosário com 488 e Hélder Barros com 194 votos. “Estou satisfeito e desde o início que considerava que eu iria ser vitorioso. É uma vitória para São Tomé e Príncipe, uma vitória para o povo de São Tomé e Príncipe”, afirmou o presidente eleito. “É uma vitória para o meu partido, para os meus companheiros de partido, a quem agradeço muito o apoio e a confiança. Podem confiar em mim porque eu vou exercer a função de presidente da República com toda a seriedade, toda a lealdade e sempre contribuindo para o avanço” do país. Por seu turno, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, saudou a vi- tória de Evaristo Carvalho, considerando que a eleição do candidato do seu partido irá permitir “maior coerência” na gestão política do país. Pai de 25 filhos Apoiante desde sempre da família Trovoada, Evaristo Carvalho chega à Presidência de São Tomé e Príncipe, aos 75 anos. Pai de 25 filhos, é um histórico da política são-tomense, tendo sido, por duas ocasiões, primeiro-ministro em governos de iniciativa presidencial, com o apoio de Miguel Trovoada (primeiro presidente democraticamente eleito) e depois através do seu filho, Patrice Trovoada, quando este decidiu concorrer às Presidenciais de há dez anos. Técnico de agricultura, começou por ser quadro do partido único, o MLSTP, após a independência e até ao início do multipartidarismo, na década de 1990. Foi chefe de gabinete de Manuel Trovoada, quando este foi presidente da República. Em entrevista à Lusa, disse querer “contribuir para que [Patrice Trovoada] acabe o seu mandato”. Enviado da agência Lusa O rei de Marrocos, Mohammed VI, anunciou que o seu país pretende recuperar o “lugar natural” no seio da União Africana (UA), que o governo de Rabat abandonou há 32 anos como forma de contestar a admissão do Sara Ocidental. “Há muito tempo que os nossos amigos nos pedem que regressemos e que Marrocos recupere o seu lugar natural no seio da sua família institucional. Esse momento chegou agora”, refere o rei numa mensagem enviada à cimeira da UA a decorrer em Kigali, capital do Ruanda, segundo a agência marroquina MAP. Na mensagem, transmitida pelo presidente do parlamento marroquino, Rahid Talbi Alami, durante a 27.ª reunião ordinária da assembleia da UA, o rei considera que a decisão resulta de “reflexão e amadurecimento”. Marrocos abandonou a organização em 1984, quando a UA admitiu como membro a República Árabe Sarauí Democrática (RASD). Na mensagem, sublinha-se que, apesar de ter abandonado a instituição, Marrocos nunca rompeu a cooperação com os países africanos e permaneceu comprometido com o continente. O monarca refere que pretende “trabalhar no seio da UA com o fim de ultrapassar divisões”, numa alusão aos novos desafios que o continente enfrenta. Marrocos foi um dos países fundadores da UA e insistiu que deixou esta entidade depois de ser aceite como membro a RASD, que reivindica o Sara Ocidental quase totalmente sob controlo de Marrocos. Mohammed VI sublinha que a questão do Sara é agora discutida no quadro da ONU e revela confiança na capacidade da organização “restabelecer a legalidade e corrigir os erros de percurso”. Mohammed VI enviou mensagem a cimeira da UA com anúncio de regresso Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias 33 ARTES Van Gogh e a verdade sobre a orelha cortada Museu. A carta do médico que assistiu o pin- O debate era intenso e antigo: teria Vincent van Gogh cortado realmente a orelha na noite de 23 de dezembro de 1888, em Arles, a pequena localidade no Sul de França para onde se mudou para melhorar a saúde? As dúvidas foram-se dissipando até restar apenas uma. Teria o pintor holandês cortado esta parte do corpo inteira ou apenas uma parte? Um desenho numa carta escrita pelo médico que o assistiu, Félix Rey, esclarece que toda a orelha foi cortada com uma lâmina. A missiva está exposta pela primeira vez no Museu Van Gogh, em Amesterdão, até 25 de setembro. O museu guarda o maior acervo de obras do pintor, mas nunca tinha abordado o tema da sua saúde mental de forma direta. Pretende, com a sua nova exposição, levantar o véu sobre as três perguntas mais frequentes entre os seus visitantes: o que aconteceu à orelha? De que padecia Van Gogh? Por que razão cometeu suicídio? E, ainda, levantar uma hipótese: a doença perturbava a sua pintura, em lugar de o inspirar? On the Verge of Insanity (à beira da insanidade, numa tradução livre) foca-se nos últimos dois anos de vida – e produção artística – do pintor, procurando explicações sobre a doença mental de que sofria. Faz-se com 25 pinturas da sua autoria e objetos pessoais. Além da carta escrita pelo médico, expõe-se pela primeira vez a pistola que terá usado para pôr termo à vida, a 20 de julho de 1890. Foi encontrada no início dos anos 1960 por um agricultor (e hoje pertence a uma coleção privada). Cortar a orelha foi o mais radical dos flagelos que impôs a si mesmo, mas não o único. “Sabia bem que uma pessoa podia partir os braços e as pernas e que depois podia ficar melhor, mas não sabia que se podia partir o cérebro e depois também fi- car melhor”, escreveu o artista ao irmão, Theo, em 1889, algum tempo depois de ter chegado a Arles. Cansado e queixando-se de dores abdominais, como conta à irmã Willemien, toma a decisão de partir para o Sul de França em 1888. Tem 35 anos e é nessa altura que pinta um dos seus autorretratos. Instalase na Casa Amarela, um lugar que pretende converter em abrigo de artistas. O sonho quase se cumpre com a chegada, no final do ano, de Paul Gauguin. À espera do colega francês pinta vários quadros para a casa. Os Girassóis são para o quarto de Gauguin. O amigo fica impressionado e classifica-os de “completamente Vincent”, um elogio para alguém que, em vida, não obteve reconhecimento como artista. Inicialmente trabalham bem juntos, mas a relação acaba por se deteriorar. Discutem acaloradamente sobre arte. São muito diferentes:Van Gogh gosta da natureza, Gauguin é noctívago. Nas vésperas do Natal de 1888, um transtornado Van Gogh corta a orelha e ameaça Gauguin com uma lâmina. O pintor francês queixa-se, por carta, a Theo e descreverá o sucedido anos anos depois na sua bio- Depois de ter estado internado no hospital, Van Gogh pintou esta natureza morta grafia, Avant et Après. Poderá ter mantido o assunto em segredo durante anos para proteger o amigo, dizem os historiadores. A notícia de que Van Gogh tinha cortado a orelha chegou ao jornal com vários pormenores: depois de Saúde mental de Van Gogh abordada pela primeira vez em exposição se automutilar, enviou a orelha a uma prostituta, causando rebuliço no bordel. As autoridades encontraram o pintor em casa no dia seguinte. Van Gogh acabaria por ser internado no hospital de Arles, onde pinta a enfermaria (o quadro pertence à coleção Oskar Reinhart Collection DR LINA SANTOS DR tor após a mutilação está, pela primeira vez, em exposição. Como foram os últimos anos? ACHADO O revólver que Vincent van Gogh terá usado para se suicidar, em Auvers, onde esperava estar mais perto do irmão, Theo. Foi encontrado em 1960 por um agricultor. Estava enterrado num campo e está nesta mostra). É nesta altura que o médico Félix Rey entra em cena. Acreditava que o pintor sofria de uma forma de epilepsia, causada por café e álcool a mais e comida de menos. Mas nunca houve um diagnóstico oficial. O médico receitalhe Bromida, um medicamento popular na época, e um vinho medicinal usado para baixar a febre. Theo vai a Arles depois de saber que o irmão tinha mutilado a orelha, mas fica apenas um dia. Mantém contacto com o médico. “Quando lhe perguntei o motivo que o tinha levado a cortar a orelha disse-me que era estritamente pessoal”, escreveu-lhe Félix Rey. A carta que agora se vê na exposição foi escrita em 1930, para o escritor Irving Stone, que pretendia escrever uma biografia do pintor. “A orelha foi cortada com uma lâmina como mostram os pontos tracejados”, escreve o médico na missiva, encontrada num arquivo norteamericano por um historiador amador. Deita assim por terra a versão de que teria sido Gauguin a cortar-lhe a orelha com uma espada. Depois de deixar o hospital de Arles, e de volta a casa, pinta os dois autorretratos sem orelha que se conhecem, e a natureza morta com cebolas, ao lado de vários objetos pessoais: cachimbo e tabaco, um envelope para o irmão, uma garrafa de absinto, um livro de remédios. Os vizinhos de Van Gogh organizam uma petição para que abandone a Casa Amarela, outro dos documentos inéditos que se pode ver na exposição. Ele sente-se devastado. “Não sou um perigo para ninguém”, dirá ao reverendo protestante Salles, outra das pessoas que mantém o irmão informado acerca do estado de saúde do pintor. É ele quem revela a Theo queVan Gogh lhe perguntou se deve internar-se voluntariamente, o que acabará por acontecer. A 8 de maio de 1889 entra no asilo Saint-Paul-de-Mausole, em Saint-Rémy. Mais uma vez, é-lhe diagnosticada epilepsia. Agora, acompanhada de insanidade aguda e alucinações. Pinta a entrada do hospício, e é autorizado a transformar uma sala em estúdio. Usa a vista da janela para o jardim nas suas obras. E também alguns dos seus colegas. “Passando tanto tempo com eles já não os achamos loucos.” Receitam-lhe banhos quentes e frios duas vezes por semana como tratamento. Sofre mais uma crise quando está a pintar numa pedreira. Deixa o hospício um ano depois e muda-se para Auvers, para estar perto do irmão. Quatro meses depois, e sem nenhuma esperança, comete suicídio. Na impossibilidade de conhecer mais sobre o seu estado de saúde, levantam-se teses: seria um distúrbio maníaco-depressivo, esquizofrenia ou envenenamento por alcoolismo? Sabê-lo altera o conhecimento que temos da sua obra? Há uma relação entre criatividade e loucura? Perguntas para um simpósio que se realiza nos dias 14 e 15 de setembro no museu. ON THE VERGE OF INSANITY Museu Van Gogh, Amesterdão Até 25 de setembro Bilhete: 17 euros (adultos); gratuito até aos 18 anos 34 ARTES Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias ENTREVISTA: LOUIS GARREL OPINIÃO Ator A amizade masculina é uma coisa muito bonita RUI PEDRO TENDINHA Jornalista de cinema EPA/IAN LANGSDON M A amizade no masculino. Proposta de Louis Garrel na sua primeira realização, Dois Amigos, já nos cinemas. Conversa com o ator e realizador, um dos meninos mimados do cinema francês “Estes meus trintões são muito adolescentes” RUI PEDRO TENDINHA Numa rua de Lisboa numa noite com vento e frio encontramos Louis Garrel. Pede-nos um cigarro enquanto Laetitia Casta, a namorada, fica à espera dele no interior do restaurante. Está feliz com a sua primeira longa, Dois Amigos, estreado no Festival de Cannes em 2015, na Semana da Crítica. Enquanto conversamos há pessoas que o reconhecem, sobretudo raparigas. Louis é estrela de filmes de culto e considerado um símbolo sexual no mundo inteiro – chega mesmo a ser modelo para marcas de perfume. Ao contrário do que muitos pensariam, a sua estreia nas longas-metragens quase propositadamente não evoca o cinema do seu pai, Philippe Garrel. Até parece um cinema em oposição. Fiz outra coisa, sim... Dois Amigos é muito diferente também da minha curta, Petit Tailleur. Não quis forçosamente dar prazer ao cinéfilo. Quis antes um filme nervoso, rápido, enfim, uma história de dois rapazes e uma rapariga, o mais clássica possível. Mas a questão passa por saber o que é para si clássico? Clássico no sentido de ter uma certa variedade. Tem jogos psicológicos e um lado de conto – como se fosse um filme para crianças... O que é bizarro é que depois funciona um pouco como uma convulsão. Há algo no interior convulsivo como se fosse uma pista para a última hipótese da imaturidade. Estas personagens têm relações muito imaturas. Fui para personagens que apenas falam de amor. De alguma maneira, é um filme para pessoas com vinte anos. Eles são como putos de vinte anos mas têm trinta! Por outro lado há nisso tudo um lado um pouco monstruoso. Estes homens são uns pequenos monstros, talvez por isso as mulheres gostem mais deste filme. Aos trinta falamos menos de romance? Na verdade até não... Acho é que as personagens com trinta anos acabam por falar muito do seu destino. Estes meus trintões são muito adolescentes. Por outro lado, o espectador identifica-se mais com a rapariga, que tem problemas reais e materiais, enquanto os rapazes são mais como que uns palhaços, uma espécie de Bucha & Estica, que vivem sempre juntos, têm romances só para contarem um ao outro e passam o tempo todo ao telefone. Depois, surgiu-me a ideia de contar a amizade masculina de forma muito sensual. Há entre eles uma ligação sensual, para além da mera camaradagem. Eles não são só os amigões. Quis contar de forma sensível a amizade masculina. Nas últimas cenas quis mesmo explorar algum tipo de conjugalidade. Em vez de ser um caso entre uma mulher e um homem temos dois amigos. Se quiser, Discórdia (1941), de Raoul Walch, tem alguma aproximação com este meu filme. Aquelas personagens masculinas são também como crianças... De alguma forma finta o espectador com as expectativas do cliché francês da ménage à trois... Sim, não fui por aí. Curiosamente não sei porquê as pessoas identificam o ménage à trois connosco, os franceses. Pensam que os franceses são sexualmente mais livres. Como é que o seu pai reagiu ao filme? Disse que gostou muito do Vincent Macaigne e da atriz, a Golshifteh Farahani. Mas para mim este filme foi o fim de um ciclo, foi terminar a minha adolescência. O momento em que ouvimos King Krule tem verdadeiramente uma qualidade rock n’roll. Há uma energia incrível. Eu gosto muito de King Krule e quis misturar música muito contemporânea com a partitura do Philippe Sarde, a quem pedi música muito clássica a remeter para os anos 1980 do cinema francês. Ele era um especialista a compor música para filmes muito líricos e sentimentais. De certa maneira, é também um filme que homenageia o cinema de André Téchiné, em especial Encontro (1985). atar o pai, fazer um filme nos antípodas do cinema de Philippe Garrel. Ora, foi isto mais ou menos que Louis Garrel quis fazer com a sua primeira longa-metragem, uma pequena vénia a um certo cinema francês dos anos 1980 com uns pós mágicos do Christophe Honoré dos primeiros tempos (vem-nos à cabeça Em Paris, de 2006). O filme navega em torno de dois amigos parisienses de trinta anos. Dois homens-crianças que não passam um sem o outro. Um deles, o ator falhado e com peso a mais, está apaixonado por Mona, uma mulher com um segredo. Terá de ser o amigo a tentar interceder por ele. Pois, o problema é que ao fim de um tempo o mensageiro também se apaixona. Um triângulo amoroso pontuado com golpes de comédia e música. Aliás, é aí que o filme ganha o seu primeiro golpe: o momento King Krule – é como se houvesse uma explosão a abanar toda aquela estrutura, uma espécie de minisselvajaria que rasga a coisa. Como se Garrel procurasse reduzir o seu olhar e deixar as coisas a acontecer. Obviamente, é um objeto irregular. Compreende-se que a overdose de pose irrite: trata-se da própria marca registada de Louis, já como ator sempre foi assim. Mas os processos expressivos das composições de planos soltos dão uma pinga de charme muito agradável, sobretudo quando tenta uma efabulação de conto para românticos trôpegos, neste caso com doce gozo à estupidez masculina. Sim, Garrel não tem muita fé nos homens. A sua pinta snob parece até ser uma arma de ironia... E aí acontece uma relação biunívoca com as distâncias dos géneros: a comédia romântica e a ternura do conto de amizade masculina. Se na América há o bromance (género criado por comédias com carimbo Judd Apatow, onde se brinca com os limites da amizade entre “gajos”), Louis, o filho de Philippe, inventou isto para os franceses... “Romance” de melhores amigos. Exposição mostra objetos do quotidiano pré-terramoto LISBOA O Centro de Inovação da Mouraria vai receber uma mostra de objetos do quotidiano antigos, descobertos após obras de reconversão A exposição Quarteirão dos Lagares: da Mouraria à Vila Nova fará o “enquadramento histórico e urbanístico do espaço, com especial enfoque na génese e desenvolvimento deste carismático bairro lisboeta”, refere a Câmara de Lisboa em comunicado. Organizada pelo Centro de Arquitetura de Lisboa, estará disponível para visita de segunda a sexta-feira, entre as 10.00 e as 17.00, até dia 1 de outubro, no Centro de Inovação da Mouraria. Os objetos foram descobertos aquando das obras para a criação do Centro de Inovação da Mouraria (CIM), tendo sido levadas a cabo quatro campanhas arqueológicas entre 1999 e 2013. “O Quarteirão dos Lagares é um bom exemplo da dinâmica urbanística de uma cidade em plena renovação”, refere a nota, acrescentando que “todo este conjunto foi aterrado após o terramoto de 1755”. “Entre ruínas e aterros que se sobrepõem, as escavações arqueológicas permitiram recuperar objetos do quotidiano que testemunham vivências sociais e económicas de outros tempos, contribuindo para a ‘reconstrução’ da história deste local e do bairro da Mouraria e dos seus habitantes desde a Idade Média até ao presente”, considera a organização. Na brochura que acompanha a exposição lê-se que “nas escavações arqueológicas do Quarteirão dos Lagares identificaram-se vestígios de atividade oleira do século XV e da primeira metade do século XVI”. O documento acrescenta que nos aterros que cobriam o quarteirão “recuperaram-se trempes, usadas para apoiar as peças no forno, resíduos de vidrado, carvões, bem como uma série de objetos defeituosos”, e as “escavações arqueológicas levaram à descoberta de duas fontes, calçadas, um tanque, canalizações e canteiros”. Depois do terramoto, esta zona “adquiriu uma função habitacional, além da vocação agrícola proporcionada pela proximidade do vale de Arroios, servindo como lagar de azeite ou de vinho”, explica. “Esta exposição resulta da colaboração entre o CAL e o CIM, a que se juntaram a Direção-Geral do Património Cultural, o Centro de História d’Aquém e d’Além Mar (CHAM)/Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e a empresa ERA, Arqueologia”, remata a nota. LUSA Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias ARTES 35 PUB Lisboa Mistura. A lusofonia a partir do Intendente Música. Cinco dias de concertos e conversas, a tomar o pulso à eletró- DR nica e ao hip hop nacional no “festival que não é festival”. Começa hoje O ensaio da OPA, Oficina Portátil das Artes, que abre os concertos amanhã, às 21.00 LINA SANTOS O primeiro encontro de rap e hip hop nacional com selo Sons da Lusofonia foi há 18 anos e estavam lá os músicosValete e NBC que voltam este ano ao Lisboa Mistura, comVirgul, Maze, Fuse, Sir Scratch e Bob da Rage Sense, para um concerto na quinta-feira, às 21.30, no Largo do Intendente, coração deste “festival que não é festival”, segundo o seu diretor artístico, o saxofonista Carlos Martins. “Trabalhamos com os bairros há muitos anos, não são só aqueles três ou quatro dias, e queremos que o Lisboa Mistura seja todo o ano”, acrescenta o músico ao DN. É isso que quer ver refletido no concerto de abertura, amanhã, às 21.00, no palco principal do Largo do Intendente, com a OPA – Oficina Portátil de Artes, um projeto pedagógico com uma década que reúne jovens de diversas origens e bairros de Lisboa, acompanhados pela primeira vez por banda e DJ. Este é o resultado de várias residências artísticas dirigidas pelo músico Francisco Rebelo, dos Orelha Negra. “O pilar deste projeto é trazer jovens da periferia ao centro”, afirma Carlos Martins. Antecipando o concerto, hoje, entre as 18.00 e as 19.00, a escola Restart abre as portas na Rua da Almargem, 10, para o ensaio. É o dia do arranque oficial do programa, com live graffitti entre as 17.00 e as 20.00, na Underdogs Art Store, no Cais do Sodré – Glue e Mosaik, colaboradores de Vhils, constroem a obra, o som é de DJ Kwan. Na sua 11.ª edição, este ano, o Lisboa Mistura quer estar “mais próximo do som de Lisboa, de Portugal e dos países que falam português”, avança Carlos Martins, lembrando que se comemoram 20 anos da associação Sons da Lusofonia, nascida seis meses antes da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). “Queremos valorizar a criação do novo modelo da lusofonia”, explica o diretor artístico sobre a programação de 2016, defendendo uma estratégia de integração baseada no entendimento cultural. Na sexta-feira, às 21.00, entra em cena o coletivo sul-africano Batuk, cuja vocalista é a artista moçambicana Manteiga. Têm um primeiro disco, Música da Terra (editado em maio) no alinhamento e para o concerto trazem a percussão de Gueladjo Sané, da Guiné-Bissau. Às 22.15, apresenta-se Konono N.º1, um concerto baseado no disco Konono meets Batida (de abril de 2016, gravado em Lisboa), e colaborações da cantora Selma Uamusse e MC AF Diaphra. No sábado, às 21.00, o palco é dos Retimbrar, um grupo do Porto, “que representa a música que se faz em Portugal, fora de Lisboa”, diz Carlos Martins. E às 22.15 juntamse todas as latitudes da lusofonia: Waldemar Bastos (Angola), Kimi Djabaté (Guiné), André Cabaço (Moçambique), Tonecas Prazeres (São Tomé), Jenifer Solidade e Khaly Angel (Cabo Verde), Leo Minax e Alexandre Frazão (Brasil), Carlos Barretto, Mário Delgado, Carlos Martins (Portugal). As conversas Lisboa Mistura faz-se também de conversas. Hoje, às 19.00, no Largo da Severa, fala-se sobre o Som de Lisboa, e a palavra é dada a Marlon Silva (DJ Marfox), Maria Reis (Pega Monstro ), Camané, Gabriel Ferrandini e o jornalista Mário Lopes (moderação de Pedro Gomes). Amanhã, também às 19.00, mas na Casa Independente, juntam-se António Brito Guterres, António Contador e Teresa Fradique para falar sobre música pós-colonial de Portugal – do irromper do hip hop nos anos 1990 às manifestações do afro-house do presente, com moderação do jornalista e crítico do Público, Vítor Belanciano. O Lisboa Mistura, de entrada livre, sofreu este ano uma alteração do calendário, passando de junho para julho. “Ainda não entendemos muito bem a mudança, mas havia a ideia de que havia muitas coisas dedicadas à mistura nas Festas [da cidade]”, justifica Carlos Martins. O festival é organizado com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC). 36 Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias ARTES Ângela Ferreira expõe nas Galerias Municipais EXPOSIÇÃO A artista, vencedo- SARA OLIVEIRA ra do prémio Novo Banco Photo, em 2015, mostra a sua investigação sobre Moçambique pós-1975 Gon, vocalista dos Plus Ultra, é um dos artistas que se juntou à Zarco ajudando à descoberta da cidade segundo os interesses de cada um Descobrir o outro lado da cidade pela mão de diferentes artistas Iniciativa. Aplicação Zarco afirmou-se no Porto antes de na semana passada chegar a Lisboa. Interesses dos viajantes moldam itinerários alternativos e pouco comerciais SARA OLIVEIRA Sozinho no Porto ou em Lisboa e com vontade de conhecer melhor a cidade que o acolhe? Agora já não há pretexto para perder a oportunidade de explorar locais, respirar história ou vivenciar experiências culturais na companhia de um guia local, através da aplicação Zarco. Há pouco mais de dois meses a funcionar no Porto, o negócio catapultado pelo Vodafone Power Lab chegou a semana passada a Lisboa. Intuitiva, a plataforma oferece roteiros únicos pela mão de “músicos, arquitetos, arqueólogos, historiadores, que se complementam e podem proporcionar visitas totalmente diferentes e relacionadas com as áreas em que se movem”, explica ao DN um dos responsáveis, Diogo Lencastre, acrescentando que “são programas muito flexíveis e à medida dos clientes”. E, “aqui quem decide o que quer ver é o viajante, selecionando na aplicação os seus interesses. Os guias apresentam depois as suas pro- postas”, garante, antes de chegar na aplicação tem o mapa e seleciona onde quer”, explica Diogo Lenmais um cliente. João Hierro, de 23 anos, tem cos- castre. A oferta pode visar apenas tela espanhola, mas é portuense de um indivíduo, mas também famígema e quis “conhecer melhor a ci- lias ou grupos de amigos. dade”. Estudante de Engenharia de Gestão Industrial e iniciante na ba- Visitas à medida teria, escolheu a companhia de Sem GPS, o itinerário segue pela Gon, o vocalista dos Plus Ultra e Rua da Fábrica onde, “em breve, dos extintos Zen, num trajeto alter- abre portas o Hard Rock Café”, nota nativo e cheio de curiosidades pela o Zarco Gon. Sempre a subir, até à baixa da Invicta. “Perguntaram-me Rua José Falcão rumo ao número se conhecia este ou aquele sítio e 80 da Rua da Conceição, onde a loja consegui personalizar Porto Calling reúne bem a visita, pois acauma vasta coleção de bamos por ser estradiscos e “muita músiUma plataforma nhos na nossa própria ca alternativa”. digital oferece cidade e esta é uma Sempre a pé, o próboa dica para ver tudo ximo destino é o Bop, roteiros únicos com olhos de turista”, guiados por artistas na Rua da Firmeza, assume João, antes de “um café onde se se lançar ao conhecipode desfrutar de mento empírico. uma bebida e, ao Desta vez, o ponto de encontro é mesmo tempo, ouvir vinil a sério”, “na Avenida dos Aliados, mas pode sugere Gon, não sem antes notar a ser onde o cliente quiser”. “A visita arte urbana que se apresenta, de tem que ver com os interesses do forma legal, por algumas paredes viajante, mas o encontro pode não da zona. ter nada que ver com os mesmos e É o caso das imagens que Hazul ser apenas uma referência, ou seja, Luzah e Mr. Dheo pintaram numa das paredes do parque de estacionamento da Trindade, muito perto do comércio mais antigo, numa fusão perfeita entre modernidade e tradição. O passeio atravessa a movimentada Rua Sá da Bandeira, olha o Mercado do Bolhão, percorre a comercial Rua de Santa Catarina até à Batalha para, já na reta final, parar na Rua da Madeira, com a Torre dos Clérigos à vista e a Estação de São Bento mesmo ao lado, morada para artistas musicais que gravam temas em caves ou garagens. Esta visita acompanhada pelo DN foi a estreia de Gon no projeto Zarco, embora tenha sido antes “cicerone de outros músicos quando trabalhava em produção”, diz, como que justificando o à-vontade “em mostrar o próprio mundo”. Uma vez que “não há nenhuma igual, as visitas vão desde as 2 horas de duração, no mínimo, até às 8 horas, com um custo de 20 euros por hora”, conclui Diogo Lencastre, pronto a estender o conceito ainda a outros pontos do país para “marcar a diferença”. A Lisboa chegou na semana passada. Uma exposição sobre “as utopias descolonizadoras e revolucionárias” em Moçambique, após a independência do país, da autoria da artista plástica Ângela Ferreira, vai ser inaugurada na quinta-feira, nas Galerias Municipais, em Lisboa. A artista, vencedora do Prémio Novo Banco Photo 2015, deu o título Underground Cinemas & Towering Radios a esta exposição, que tem curadoria de Ana Balona de Oliveira e é inaugurada na quinta-feira, às 18.30, permanecendo até 25 de setembro. A mostra reúne um conjunto de obras em escultura, vídeo, som, fotografia, serigrafia e desenho, resultado da investigação que Ângela Ferreira tem desenvolvido sobre Moçambique do período de construção do país, entre a independência, em 1975, e o início da guerra civil, em 1977, de acordo com um comunicado das Galerias Municipais. “Na linha do pensamento de Frantz Fanon, Amílcar Cabral e Samora Machel, Ferreira examina o papel da cultura, nomeadamente do cinema e da rádio, na construção da nação e nas dinâmicas de colaboração internacionalista, em contexto de Guerra Fria e de luta antiapartheid, na África do Sul”, contextualiza o comunicado. A artista “presta homenagem a este momento histórico, através de uma prática investigativa e arquivística”, recorrendo a suportes artísticos para “revelar imagens e sons deste período que permanecem frequentemente esquecidos”. Ângela Ferreira, nascida em Moçambique, em 1958, vencedora da 11.ª edição do Prémio Novo Banco Photo, tem vivido entre Portugal e a África do Sul, onde completou estudos na Michaelis School of Fine Arts, da Universidade de Cape Town, em 1985, passando a residir depois em Lisboa. Desde os anos 1990, aborda, na sua obra, as relações entre África e a Europa, os problemas pós-coloniais e as relações geopolíticas, e foi escolhida para a representação oficial portuguesa na Bienal de Arte de Veneza de 2007. Underground Cinemas & Towering Radios pode ser vista de terça a sexta-feira, das 10.00 às 18.00, e ao sábado e domingo, das 14.00 às 18.00, com entrada livre, nas Galerias Municipais, Avenida da Índia, 170, em Lisboa. LUSA Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias PASSATEMPOS 37 NÚMEROS CRUZADOS XADREZ Tente enquadrar os algarismos listados na grelha que se segue, tendo em atenção que o método é semelhante ao das palavras cruzadas. Problema – As brancas jogam e dão mate em 2 (Erwin Grosz, Lud, 1964) 3 ALGARISMOS 111-162-225-278-316-384-427-453521-572-635-688-726-794-837863-931-982. Como se sabe o xadrez é, hoje, uma modalidade de certa forma massificada e mais sensível aos patrocinadores. Os torneios de elite são mais frequentes. Há um século e antes havia anos em que não se realizava um desses torneios mas também quando acontecia um era grande. Há 120 anos começava o de Nuremberga com 19 dos melhores mestres da época. Ganhou o campeão mundial Emanuel Lasker que assim começava a quebrar a desconfiança dos seus pares sobre o seu valor. Steinitz, que perderia com Lasker um match ainda nesse ano, ainda mostrou a força das suas manobras. William Steinitz [EUA, Áustria] Emil Schallopp [Alemanha] Nuernberg 1st (1), 20.07.1896 1.d4 d5 2.c4 e6 3.Cc3 Cf6 4.Cf3 Be7 5.Bf4 0–0 6.e3 b6 7.cxd5 exd5 8.Tc1 a6 9.Be2 Bb7 10.0–0 Ch5? 11.Be5 Cd7 12.Ce1! Chf6 13.Bg3 Tc8 14.Cd3 Ce4 15.Cxe4 dxe4 16.Cf4 c5 17.Bg4 [17.dxc5!²] 17...g5? [17...cxd4! 18.Txc8 Dxc8 19.Dxd4 f5 20.Be2 Bf6 21.Dc4+²] 18.Ch5 f5 19.Db3+ Rh8™ 20.dxc5! fxg4 21.Tfd1 Bf6 [21...Tc6!? 22.Dc3+ Bf6 23.Cxf6 Tfxf6 24.Dd4 Bc8 25.Be5 Df8 26.Bxf6+ Dxf6 27.Dxf6+ Txf6 28.c6!+] 22.De6 Cxc5 [22...Txc5 23.Txc5 Cxc5 24.Dxf6+ 4 ALGARISMOS 1627-2143-3850-4116-4574-50105528-6170-7643-8142-9140-9357. 5 ALGARISMOS 16270-29009-35003-39113-4137255224-60048-61177. 6 ALGARISMOS 116115-202127-316520-375270411756-457302-496273-717655. 7 ALGARISMOS 1698533-2910441-29601674292276-4405255-52629586127919-6191156-72813477322100-7555570-75577887609183-7821519-8558214-86320 70. Dxf6 25.Cxf6 Cd3 26.Cxg4±] 23.Txd8 Cxe6 24.Tdxc8 Txc8 25.Txc8+ Bxc8 26.Cxf6 Cc5 27.Be5 Rg7 28.Cxe4+ Rg6 29.Cd6 Be6 30.a3 Bd5 31.Bd4 Ce4 32.Cc8 Bb7 [32...b5 33.Ce7+] 33.Cxb6 h5 34.Cc4 Bd5 35.Ce5+ Rf5 36.f3 gxf3 37.gxf3 Cd2 38.e4+ Cxe4 39.fxe4+ Bxe4 40.Rf2 Rf4 41.Cf7 g4 42.Be3+ Rf5 43.Cd6+ Re5 44.Cxe4 Rxe4 45.Bg5 Rf5 46.Bd8 Rf4 47.b4 1–0 António P. Santos SUDOKU HORIZONTAIS: 1 – Ato de limar; Arrenda. 2 – Abrev. de ribeira; Níquel (s.q.); Ruténio (s.q.). 3 – Algum; Chicote de cordas ou correias. 4 – Relação; Trama; Costado. 5 – Princípios (fig.); Chefe etíope. 6 – Pega; Abrev. de catálogo. 7 – Nome de mulher; Mamífero carnívoro felino, de pele mosqueada. 8 – Batráquio; Balseiro; República Árabe Unida (iniciais). 9 – Demora; Suf. de serventia. 10 – Partícula afirmativa do dialeto provençal; Vínculo moral; Partícula. 11 – Tamancas; Pato. VERTICAIS: 1 – Resguardo; Curva de abóbada (pl). 2 – Residência; Cobalto (s.q.). 3 – Abalar; Honesta. 4 – Dez vezes cem; Gálio (s.q.); Bambu. 5 – Abatimento; Verdadeiros. 6 – Abrev. de tenente; Margem. 7 – Aros; Flutuar. 8 – Fita de atar; Centúrio (s.q.); Rio de Portugal. 9 – Vassourar o forno; Letras da palavra "toca". 10 – Abrev. de grama; Proprietário de fábrica ou de oficina. 11 – Sopros; Palácio de príncipe. SOLUÇÕES BRIDGE NÚMEROS CRUZADOS SUDOKU XADREZ PALAVRAS CRUZADAS HORIZONTAIS: 1 – Lima; Aluga. 2 – Rib; NI; Ru. 3 – Um; Latego. 4 – Rol; Teia; Pa. 5 – Origens; Ras. 6 – Asa; Cat. 7 – Ada; Pantera. 8 – Ra; Cuba; Rau. 9 – Parada; OL. 10 – Oc; No; Avo. 11 – Socas; Reco. PALAVRAS CRUZADAS VERTICAIS: 1 – Muro; Arcos. 2 – Morada; Co. 3 – Ir; Lisa. 4 – Mil; Ga; Cana. 5 – Abate; Puros. 6 – Ten; Aba. 7 – Aneis; Nadar. 8 – Liga; Ct; Ave. 9 – Raer; Oc. 10 – Gr; Patrao. 11 – Auras; Aula. ★★★★★ Problema – Seis Ouros por Sul. Saída de Oeste ao dez de Espadas Equipas, N/S vulnerável, Este abriu em três Espadas de barragem, em Sul deu quatro Ouros, Oeste passou e o parceiro marcou quatro Copas. Remarcou os Ouros e em frente declarou seis Ouros. Oeste saiu ao dez de Espadas, quando as cartas vieram para a mesa admirou a confiança do parceiro por ter declarado o chelem. Os jogos combinam, se caçar o rei de trunfo o chelem está cumprido. Entrou com o ás de Espadas e jogou o dez de trunfo que cobriu com o valete, porém Oeste tinha o rei e insistiu em Espadas. Como teria continuado para cumprir alinhar as doze vazas contra qualquer defesa? 1.De5! e6 [1...Dxe5 2.Cb4#; 1...Bxe5 2.Cxe7#] 2.Ce7# GRAU DE DIFICULDADE BRIDGE Cortou na mão e analisou a situação: Este abriu em três Espadas, donde é o único que defende esse naipe; se conseguir isolar também uma ameaça em Copas em Oeste pode produzir um squeeze perfeito. Acabou de destrunfar, baldando da mesa duas Copas e o dez de Paus. Depois o bateu o ás de Copas e continuou com o rei, no qual baldou um Pau da mão; a seguir cortou uma Copa, vendo à direita baldar. Agora o squeeze está pronto para ser executado, bateu os dois trunfos restantes, a três cartas do fim tanto Oeste com Este foram forçados a baldar um Pau. Terminou com rei, ás e um pequeno Pau entretanto apurado, chelem cumprido. Preencher os quadrados fazendo que cada fila, cada coluna e cada um dos quadrados de três casas por três contenham todos os números de 1 a 9, sem repetições ou omissões. 38 CARTAZ Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Cinema HOJE EM CARTAZ LISBOA NOS Amoreiras C. C. Amoreiras, Av. Eng. Duarte Pacheco 16996 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.10 |15.50 |18.20 |21.20 |23.50 O AMIGO GIGANTE |M6 |12.50 |15.20 |18.00 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.40 |00.15 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.30 |16.10 |18.40 À PROCURA DE DORY (VO) |M12 |21.00 |23.30 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 |13.00 |15.40 |20.50 |23.20 OU TODOS OU NENHUM |M12 |18.30 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |12.30 |15.20 |18.10 |21.10 |24.00 MILES AHEAD |M12 |13.40 |16.20 |19.10 |21.30 |00.10 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |13.20 |16.00 |18.50 |21.50 |00.20 Cinema NOS Alvaláxia C.C. Alvaláxia - Campo Grande CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |13.45 |16.30 |19.10 |21.50 |00.30 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |14.00 |17.00 |21.10 |00.20 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.35 |16.00 |18.35 |21.00 |23.30 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.30 |16.10 |18.45 |21.20 |24.00 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.10 |15.30 |18.00 BONS RAPAZES |M12 |22.00 |00.35 CÓDIGO: MOMENTUM |M12 |14.10 |16.50 |19.20 |21.40 |00.20 A LENDA DE TARZAN |M12 |13.50 |16.40 |19.05 |21.30 |00.10 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.40 |16.20 |19.00 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.35 |00.15 ALICE DO OUTRO LADO DO ESPELHO |M12 |13.20 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |15.50 |18.30 |21.15 |23.55 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |13.25 |15.40 |18.10 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 |21.25 |23.50 WARCRAFT: O PRIMEIRO ENCONTRO DE DOIS MUNDOS |M12 |14.20 |17.20 |21.45 |00.25 THE CONJURING 2: A EVOCAÇÃO |M12 |14.30 |17.30 |20.50 |23.45 Cinema City Classic Alvalade A CANÇÃO DE LISBOA |M12 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 O AMIGO GIGANTE |M6 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 FESTA DE DESPEDIDA |M12 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 ESTADO LIVRE DE JONES |M12 FRITZ BAUER: AGENDA SECRETA |M12 Avª de Roma, nº 100 218413045 |13.10 |15.20 |17.30 |19.40 |21.50 |13.25 |15.30 |17.45 |13.45 |16.00 |18.30 |21.30 |21.45 |13.40 |15.40 |21.35 Cinema City Campo Pequeno Pç. do Campo Pequeno 217981420 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |13.10 |15.20 |17.30 |19.40 |21.50 |00.10 MILES AHEAD |M12 |13.45 |15.45 |19.40 |21.40 |23.45 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.50 |15.30 |16.10 |17.40 |18.30 |21.30 |23.55 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 |13.20 |22.00 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |00.20 AMOR E AMIZADE |M12 |15.50 |17.45 |20.00 A LENDA DE TARZAN |M12 |13.40 |16.20 |18.50 |21.55 |00.15 ESTADO LIVRE DE JONES |M12 |17.55 À PROCURA DE DORY (VO) |M12 |21.35 |23.50 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.35 |15.40 |17.55 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |13.45 |21.25 O AMIGO GIGANTE |M6 |16.00 |18.40 THE CONJURING 2: A EVOCAÇÃO |M12 |23.55 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |13.40 |21.20 |24.00 Medeia - Nimas CICLO "UM VERÃO RUSSO" |M12 Av. 5 de Outubro, 42-B 213574362 |14.15 |16.45 |19.15 |21.45 Medeia - Monumental Edificio Monumental - Av. Praia da Vitória, 72 213142223 DOIS AMIGOS |M12 |12.00 MILES AHEAD |M12 |14.00 |16.00 |18.00 |20.00 |22.00 A ACADEMIA DAS MUSAS |M12 |13.00 LOVE & FRIENDSHIP |M12 |14.45 |16.30 |18.15 |22.15 DE CABEÇA ERGUIDA |M12 |17.00 |20.00 MARAVIGLIOSO BOCCACIO |M12 |12.30 |14.55 |19.15 |21.30 O AMIGO GIGANTE |M6 |12.15 FRANCOFONIA |M12 |14.45 |16.30 |18.15 |20.00 |21.45 Cinema Ideal VICTORIA |M12 CHEVALIER |M12 Rua do Loreto, 15/17 - 1200-241 Lisboa 210998295 |17.20 |21.45 |15.30 |19.45 UCI Cinemas - El Corte Inglés Av. António Augusto Aguiar, 31 213801400 FRITZ BAUER: AGENDA SECRETA |M12 |14.10 |16.50 |21.55 |00.20 RAINHA DO DESERTO |M12 |19.10 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |13.45 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |16.25 |21.50 |00.20 MAGGIE TEM UM PLANO |M12 |19.25 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |13.45 |16.25 |21.45 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA (3D) |M12 |19.05 ESTADO LIVRE DE JONES |M12 |00.20 O AMIGO GIGANTE |M6 |14.00 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |19.10 O AMIGO GIGANTE (3D) |M6 |16.30 |21.55 |00.25 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |13.40 |16.20 |19.00 |21.45 |00.30 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |14.15 |16.35 À PROCURA DE DORY (3D) |M6 |18.55 À PROCURA DE DORY (VO) |M12 |21.20 |23.50 MILES AHEAD |M12 |14.10 |16.45 |19.00 |21.25 |23.55 O QUE ESTÁ POR VIR |M12 |14.10 |16.35 OU TODOS OU NENHUM |M12 |19.35 |22.00 |00.25 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |14.10 |16.50 |19.25 |21.55 |00.25 FRANCOFONIA |M12 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 A LENDA DE TARZAN |M12 A LENDA DE TARZAN (3D) |M12 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 AMOR E AMIZADE |M12 NOS Colombo O AMIGO GIGANTE |M6 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 THE CONJURING 2: A EVOCAÇÃO |M12 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 A LENDA DE TARZAN |M12 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 A LENDA DE TARZAN |M12 |14.20 |16.30 |18.50 |21.20 |23.45 |13.50 |16.45 |19.25 |22.00 |00.25 |13.45 |16.15 |21.15 |18.45 |23.45 |13.55 |16.35 |19.15 |21.50 |00.20 |14.30 |16.50 |19.10 |21.40 |23.55 C. C. Colombo, Av. Lusíada 16996 |13.15 |15.55 |18.35 |21.30 |00.15 |12.50 |15.35 |18.05 |21.00 |23.45 |12.40 |15.25 |18.20 |21.20 |00.20 |13.00 |15.40 |18.10 |21.15 |00.10 |13.10 |15.50 |18.25 |21.25 |00.05 |12.55 |15.30 |18.00 |21.10 |23.55 |13.35 |16.10 |18.50 |00.30 |13.05 |15.45 |18.15 |21.35 |00.10 |13.30 |16.00 |18.30 |21.45 |00.25 NOS Vasco da Gama C. C. Vasco da Gama - Parque das Nações A LENDA DE TARZAN |M12 |13.10 |16.00 |18.30 |21.10 |24.00 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.40 |16.10 |18.50 O AMIGO GIGANTE |M6 |21.30 |00.10 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |13.30 |16.20 |19.00 |21.50 |00.20 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.00 |15.30 |18.20 |21.20 |23.50 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.20 |15.40 |18.10 |21.00 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |24.00 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |12.50 |15.50 |18.40 |21.40 |00.30 LINHA DE CASCAIS O AMIGO GIGANTE |M6 THE CONJURING 2: A EVOCAÇÃO |M12 |14.10 |16.40 |19.05 |21.45 Alfragide CinemaCity Alegro Alfragide Centro Comercial Alegro - Av. dos Cavaleiros, 2670-045 Carna 214221030 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.50 |15.30 |16.10 |17.40 |18.35 |19.50 |21.30 |23.50 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |13.20 |15.35 |17.45 |21.45 |23.55 CÓDIGO: MOMENTUM |M12 |13.45 |15.40 |17.35 |21.50 |24.00 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.15 |15.30 |17.55 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |13.15 |21.35 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.35 |15.40 |17.50 |16.20 |19.30 |21.45 À PROCURA DE DORY (3D) |M6 |14.00 À PROCURA DE DORY (VO) |M12 |00.05 A LENDA DE TARZAN |M12 |13.10 |15.20 |17.30 |18.50 |21.50 |00.10 AGORA OU NUNCA |M12 |19.55 THE CONJURING 2: A EVOCAÇÃO |M12 |24.00 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |13.25 |21.40 |00.15 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |15.55 |19.40 |22.00 |00.20 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |18.40 |21.25 |00.05 100 ANOS DE PERDÃO |M12 |13.25 |15.25 |17.30 |19.25 ESTADO LIVRE DE JONES |M12 |21.20 Sintra City Beloura O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 O AMIGO GIGANTE |M6 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 À PROCURA DE DORY (VO) |M12 A LENDA DE TARZAN |M12 AMOR E AMIZADE |M12 Beloura Shopping 219247643 |15.20 |17.30 |19.40 |21.50 |15.30 |16.10 |17.40 |18.30 |19.50 |21.30 |15.25 |17.50 |21.35 |18.40 |22.00 |15.40 |17.55 |19.30 |16.00 |16.30 |18.50 |21.40 |17.35 |21.35 Cascais NOS Cascais Shopping C. C. Cascaisshopping - Estrada Nacional, 9 - Alcabideche 16996 A LENDA DE TARZAN |M12 |13.40 |16.10 |18.40 |21.20 |23.50 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.10 |15.50 |18.50 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.40 |00.20 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |12.30 |15.20 |18.10 |21.10 |24.00 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.25 |16.00 |18.30 |20.50 |23.30 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |12.50 |15.40 |18.20 |21.00 |23.40 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |12.40 |15.10 |17.40 |21.30 |00.10 O Cinema da Villa - CascaisVilla Shopping Center Av. Dom Pedro - Lote 1 e 2 215887311 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |14.00 |16.20 |19.10 |21.30 O AMIGO GIGANTE |M6 |14.10 |16.35 |19.00 ESTADO LIVRE DE JONES |M12 |21.30 MILES AHEAD |M12 |18.10 |20.10 |22.00 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |14.15 |16.30 |19.15 |21.35 A LENDA DE TARZAN |M12 |14.00 |16.15 |19.20 |21.45 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.45 |15.55 Miraflores NOS Dolce Vita A CANÇÃO DE LISBOA |M12 O AMIGO GIGANTE |M6 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 C. C. Dolce Vita, Av. das Tulipas 16996 |15.30 |18.30 |21.30 |15.20 |18.20 |21.20 |14.50 |17.20 |19.30 |22.00 |15.10 |18.10 |21.10 Oeiras NOS Oeiras Parque C. C. Oeiras Parque 16996 MILES AHEAD |M12 |13.10 |15.45 |21.45 |00.10 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 |18.10 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |10.40 |13.00 |15.20 |21.25 |24.00 ESTADO LIVRE DE JONES |M12 |18.00 O AMIGO GIGANTE |M6 |10.30 |12.45 |15.30 |18.15 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.00 |23.55 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |12.35 |15.25 |18.20 |21.20 |00.15 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |12.55 |15.40 |18.30 |21.10 |23.50 A LENDA DE TARZAN |M12 |13.15 |16.00 |18.45 |21.40 |00.20 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |10.50 |13.20 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |15.50 |18.40 |21.30 |00.20 LINHA DE SINTRA Amadora UCI Cinema - Dolce Vita Tejo Avenida Manual Cargaleiro - Casal da Mira 7072322221 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.35 |16.00 ESTADO LIVRE DE JONES |M12 |18.30 |21.20 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.55 |16.30 |19.10 |21.45 |00.15 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.40 |16.10 |18.45 |21.15 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |14.05 |16.35 |19.05 |21.30 CÓDIGO: MOMENTUM |M12 |13.45 |16.20 |19.20 |21.35 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |14.15 |16.45 |19.15 |21.50 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |13.50 |16.30 |18.55 WARCRAFT: O PRIMEIRO ENCONTRO DE DOIS MUNDOS |M12 |21.35 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |13.35 |16.15 |19.00 |21.40 O AMIGO GIGANTE |M6 |14.20 |16.50 |21.50 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |19.25 A LENDA DE TARZAN |M12 |14.00 |16.25 |21.25 A LENDA DE TARZAN (3D) |M12 |19.00 NORTE DE LISBOA Odivelas NOS Odivelas Parque A LENDA DE TARZAN |M12 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 O AMIGO GIGANTE |M6 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 C. C. Odivelas Parque 16996 |13.00 |15.20 |18.10 |21.00 |13.15 |15.40 |18.20 |21.20 |13.10 |15.30 |18.00 |20.50 |13.30 |16.00 |18.35 |21.30 |13.20 |15.50 |18.30 |21.10 MARGEM SUL Almada NOS Almada Fórum C. C. Almada Fórum - Estrada do Caminho Municipal, 1011 - Va 16996 A LENDA DE TARZAN |M12 |13.30 |16.15 |18.50 |21.50 |00.20 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |12.45 |15.15 |18.00 À PROCURA DE DORY (3D) |M6 |21.00 |23.30 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.00 |15.50 |18.40 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.40 |00.15 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |12.50 |15.40 |18.20 |21.20 |24.00 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |12.30 |15.20 |18.15 |21.10 |00.10 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |12.35 |16.05 |18.50 |21.35 |00.25 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |13.05 |15.45 |18.35 |21.15 |23.55 THE CONJURING 2: A EVOCAÇÃO |M12 |12.25 |15.25 |18.25 |21.25 |00.25 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.45 |16.10 |18.30 ESTADO LIVRE DE JONES |M12 |20.50 |23.55 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |13.20 |16.00 |18.35 |21.45 |00.25 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |13.40 |16.20 |18.45 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 |21.40 |00.25 MILES AHEAD |M12 |13.25 |15.55 |18.20 |21.05 |23.30 O AMIGO GIGANTE (3D) |M6 |12.40 |15.30 |18.10 |21.10 |23.50 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 A LENDA DE TARZAN (3D) |M12 A LENDA DE TARZAN |M12 Auditório Charlot LOVE & FRIENDSHIP |M12 |21.35 |00.05 |13.25 |15.50 |18.40 |21.45 |00.30 Av. Dr. António Manuel Gamito, 11 |21.30 ALGARVE Tavira NOS Tavira Centro Comercial Gran-Plaza, Loja Nº3.24 16996 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |12.50 |15.50 |18.30 |21.30 |00.15 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |10.40 |13.05 |15.30 |18.10 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |21.00 |23.30 A LENDA DE TARZAN |M12 |13.00 |15.30 |18.15 |21.10 |23.50 O AMIGO GIGANTE |M6 |10.40 |13.20 |16.00 |18.40 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.15 |00.10 PORTO Porto Medeia - Cine Estúdio do Teatro Municipal Campo Alegre Rua das Estrelas 226063000 FRANCOFONIA |M12 |18.30 |22.00 NOS Alameda Shop&Spot Centro Comercial Shop&Spot, Rua Campeões Europeus, 28 16996 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.00 |15.50 |18.10 |21.30 |00.20 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |14.00 |16.40 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |20.30 |23.40 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |12.45 |15.30 |18.15 À PROCURA DE DORY (VO) |M12 |20.50 |23.25 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.30 |16.30 |19.30 O AMIGO GIGANTE |M6 |22.40 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |14.10 |17.30 |21.00 |23.50 VICTORIA |M12 |13.10 |16.20 |22.30 OU TODOS OU NENHUM |M12 |19.35 CHEVALIER |M12 |20.00 MARAVIGLIOSO BOCCACIO |M12 |14.10 |17.00 |22.45 Gaia UCI Arrábida 20 C. C. Arrábida Shopping 223778888 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |16.30 |18.55 |21.20 |24.00 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |16.20 |19.05 |21.50 |00.35 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 |16.40 |19.20 |21.50 |00.20 AMOR E AMIZADE |M12 |16.45 |19.05 |21.20 |00.10 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |16.30 |19.00 |21.30 |00.05 WARCRAFT: O PRIMEIRO ENCONTRO DE DOIS MUNDOS |M12 |16.20 |19.00 |21.40 |00.20 MILES AHEAD |M12 |16.25 |18.45 |21.25 |00.15 OU TODOS OU NENHUM |M12 |16.40 |19.05 |21.30 |24.00 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |16.30 |19.10 |21.55 |00.35 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |16.25 |18.55 THE CONJURING 2: A EVOCAÇÃO |M12 |21.35 |00.25 O AMIGO GIGANTE |M6 |16.20 |21.45 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |19.00 |00.30 À PROCURA DE DORY (3D) |M6 |16.50 |19.15 À PROCURA DE DORY (VO) |M12 |21.40 |00.05 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |16.45 |19.20 |21.55 |00.35 O AMIGO GIGANTE |M6 |16.10 A LENDA DE TARZAN |M12 |19.20 |21.50 |00.20 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |16.35 |19.10 |21.45 |00.25 A LENDA DE TARZAN (3D) |M12 |16.45 |19.20 |21.55 |00.35 CÓDIGO: MOMENTUM |M12 |16.45 |19.10 |21.40 |00.20 ESTADO LIVRE DE JONES |M12 |15.15 |18.20 |21.25 |00.15 MAGGIE TEM UM PLANO |M12 |16.30 |21.20 |24.00 O QUE ESTÁ POR VIR |M12 |18.50 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |16.30 |19.05 |21.35 |00.10 NOS Fórum Montijo C. C. Fórum Montijo 16996 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.20 |15.50 |18.35 |21.35 |00.15 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.35 |16.00 |18.25 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |21.00 |23.55 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.25 |16.10 |18.50 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.25 |00.05 A LENDA DE TARZAN |M12 |12.50 |15.30 |18.30 |21.10 |23.45 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |13.10 |15.40 |18.15 |21.15 |24.00 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |12.40 |15.25 |18.25 |21.20 |00.10 NOS GaiaShopping Av. dos Descobrimentos, 549 16996 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |13.25 |15.55 |18.35 |21.30 |00.05 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |12.40 |15.20 |18.00 |20.50 |23.45 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.15 |15.50 |18.30 |21.00 |23.30 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.35 |16.15 |18.55 |21.35 |00.25 A LENDA DE TARZAN |M12 |13.50 |16.30 |19.00 |21.40 |00.30 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.05 |15.45 |18.25 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.05 |23.50 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |13.30 |16.00 |18.50 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 |21.25 |00.15 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |12.45 |15.40 |18.40 |21.45 |00.35 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |12.35 |15.25 |18.20 |21.20 |00.20 Setúbal Matosinhos Cinema City Av. Libertadores de Timor Loro Sae 275334664 CÓDIGO: MOMENTUM |M12 |13.30 |15.55 |17.50 |19.45 |21.40 |23.50 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.40 |15.25 |16.00 |17.35 |18.30 |21.30 |23.55 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.35 |15.40 |17.55 |19.25 |21.40 |23.55 À PROCURA DE DORY (3D) |M6 |13.55 |18.50 THE CONJURING 2: A EVOCAÇÃO |M12 |21.25 |00.10 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |21.55 |00.25 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |16.10 |21.20 |24.00 WARCRAFT: O PRIMEIRO ENCONTRO DE DOIS MUNDOS |M12 |13.30 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |13.20 |15.30 |17.40 |19.50 |22.00 |00.20 IGUAIS |M12 |13.35 100 ANOS DE PERDÃO |M12 |15.35 |17.30 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.50 |16.20 |18.55 NOS NorteShopping C. C. NorteShopping, Rua Sara Afonso, 105/117 16996 MILES AHEAD |M12 |13.20 |15.50 |21.10 |23.40 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 |18.25 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |10.40 |13.00 |15.25 |18.00 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |20.50 |24.00 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |12.50 |15.30 |18.20 |21.30 |00.10 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |13.40 |16.10 |18.50 |21.45 |00.30 O AMIGO GIGANTE |M6 |10.30 |13.10 |16.00 |18.40 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.20 |00.15 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |13.30 |16.20 |19.00 |21.50 |00.20 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |12.40 |15.40 |18.35 |21.40 |00.35 A LENDA DE TARZAN |M12 |12.55 |15.20 |18.10 |21.00 |23.50 Montijo CARTAZ Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias 39 AS NOTAS DOS CRÍTICOS OUTROS LOCAIS Aveiro NOS Fórum Aveiro Rua Homem Cristo 16996 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.05 |16.00 |18.55 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.50 |00.35 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 |13.40 |16.20 |19.00 |21.40 |00.20 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |12.55 |15.40 |18.25 |21.10 |00.05 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.30 |16.10 |18.45 |21.20 |23.55 ALICE DO OUTRO LADO DO ESPELHO |M12 |14.10 |17.00 ESTADO LIVRE DE JONES |M12 |20.50 |00.10 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |14.20 |17.20 |21.00 |24.00 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.00 |15.50 |18.40 |21.30 |00.20 NOS Glicínias O AMIGO GIGANTE |M6 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 THE CONJURING 2: A EVOCAÇÃO |M12 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 A LENDA DE TARZAN |M12 C. C. Glicínias, Aradas |14.10 |17.05 |21.10 |13.40 |16.20 |18.55 |21.20 |13.45 |16.30 |19.15 |22.00 |14.00 |16.40 |19.20 |21.50 |13.50 |16.55 |21.00 |13.25 |16.10 |19.05 |21.55 |15.30 |16.15 |18.50 |21.30 A CANÇÃO DE LISBOA FRANCOFONIA MARAVILHOSO BOCCACCIO MILES AHEAD VICTORIA UMA GUERRA O HOMEM QUE VIU O INFINITO O AMIGO GIGANTE A LENDA DE TARZAN LIKE SOMEONE IN LOVE SHIRIN OS DOIS AMIGOS UM TRAIDOR DOS NOSSOS OU TODOS OU NENHUM CHEVALIER ESTADO LIVRE DE JONES AMOR E AMIZADE FRITZ BAUER: AGENDA SECRETA DE CABEÇA ERGUIDA TANGERINE IGUAIS OLMO E A GAIVOTA A ACADEMIA DAS MUSAS À PROCURA DE DORY O DIA DA INDEPENDÊNCIA: NOVA AMEAÇA THE CONJURING 2 – A EVOCAÇÃO MAGGIE TEM UM PLANO MESTRES DA ILUSÃO O QUE ESTÁ POR VIR Coimbra NOS Alma Shopping Coimbra C. C. Alma Shopping, Rua General Humberto Delgado 207 - Cent À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |13.50 |16.30 |19.10 À PROCURA DE DORY (3D) |M6 |21.50 |00.35 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |14.00 |17.10 |20.50 |23.50 O AMIGO GIGANTE |M6 |13.20 |16.05 |19.00 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.40 |00.30 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |14.30 |17.30 |20.30 |23.30 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.30 |16.10 |18.50 |21.30 |00.10 VICTORIA |M12 |14.40 |17.50 |21.00 |00.15 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |14.50 |17.20 |19.45 AMOR E AMIZADE |M12 |22.10 |00.40 UM TRAIDOR DOS NOSSOS |M12 |14.10 |17.00 |22.50 OU TODOS OU NENHUM |M12 |19.40 MILES AHEAD |M12 |13.40 |16.20 |18.55 |21.20 |24.00 O HOMEM QUE VIU O INFINITO |M12 |13.45 |16.25 |19.05 |21.45 |00.25 NOS Fórum Coimbra MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 O AMIGO GIGANTE |M6 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 A LENDA DE TARZAN |M12 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 Fórum Coimbra |14.20 |17.30 |21.10 |00.10 |13.30 |16.15 |19.20 |22.00 |00.40 |13.20 |16.10 |18.50 |21.30 |00.15 |14.10 |16.50 |19.30 |22.10 |13.40 |16.20 |19.00 |21.40 |00.20 |13.50 |16.30 |19.10 |21.50 |00.30 Figueira da Foz NOS Foz Plaza C. C. Foz Plaza - Rua dos Condados 16996 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |12.55 |15.20 |18.30 |21.10 |23.40 A LENDA DE TARZAN |M12 |15.10 |18.20 |21.20 |23.45 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |15.35 |18.00 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |21.00 |23.50 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |15.30 |18.10 |21.30 |00.05 O AMIGO GIGANTE |M6 |15.00 |17.50 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.40 |00.15 Leiria Orient Cineplace - Leiria Shopping IC2 - Alto do Vieiro – 2400-441 244826516 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |15.20 |16.00 |17.30 |18.30 |19.40 |21.50 UMA GUERRA |M12 |18.50 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |21.30 O AMIGO GIGANTE |M6 |15.30 |17.55 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.40 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |15.35 |16.15 |17.50 |19.20 |21.35 A LENDA DE TARZAN |M12 |15.25 |17.35 |19.45 |21.55 CENTRAL DE INTELIGÊNCIA |M12 |22.00 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |15.50 |21.45 Torres Vedras NOS Arena Shopping Centro Comercial Arena Shopping 16996 A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.15 |16.00 |18.35 |21.30 |00.10 O AMIGO GIGANTE |M6 |12.50 |15.30 |18.15 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |21.00 |23.40 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |21.40 |00.25 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |13.00 |15.45 |18.00 A LENDA DE TARZAN |M12 |13.30 |16.15 |18.45 |21.15 |23.55 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |14.00 |16.30 |19.00 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |21.50 |00.30 em estreia ● mau JOÃO LOPES RUI PEDRO TENDINHA INÊS LOURENÇO ● ★★ ★★★ – ★★ – – ★★ ★★★ ★ ★★★★ ★★★ ★★★ ★★ ★★ – – ★★★ ★★★ ★★★ ★★★ ★★★ ★★ – ★★★ ★ ★★★ ★★★ ★★ ★★★ – ★★★★ ★ ★★ ★★★ ★★★ – ★★★★ – – – ★★★ ★★ – ★★★ ★★ ★★★ ★★ ★★★ ★★ ★ ★★ ★★★★ ★★★ – – ★★★ – ★★★★ ★★★★ ★★★ ★★★ ★★★ – – ★★★★ – – – ★★ ★★ – – ★★★ ★★★ ★★ ★★★ – ★★★ – ★★★★ ★ ● – ★★★ – ★★★★ ★ medíocre ★★ com interesse ★★★ bom ★★★★ muito bom ★★★★★ excecional VEJA TODAS AS CRÍTICAS E OS TRAILERS DAS ESTREIAS DA SEMANA EM WWW.DN.PT ANÁLISE DAS BILHETEIRAS A Canção de Lisboa lidera, mas atenção a Sokurov... São números bons mas não fenomenais para o filme de Pedro Varela, A Canção de Lisboa, lançado com pompa e circunstância e com ganas a ser um blockbuster nacional. Os mais de trinta mil espectadores foram suficientes para atingir o primeiro lugar, mas dificilmente irá repetir os números de O Pátio das Cantigas, feito pela mesma equipa. Este último filme da “trilogia dos clássicos portugueses” ainda poderá beneficiar da campanha publicitária que está longe de desacelerar, mercê sobretudo do forte investimento dos CTT. Mas a grande surpresa da semana são os cerca de dois mil espectadores de Francofonia, de Aleksandr Sokurov, apenas estreado em três salas (uma delas, no Porto, com poucas sessões). Sokurov ainda tem fiéis por cá. Apenas para percebermos a dimensão deste pequeno sucesso, de referir que à sua frente ficou O Homem Que Viu o Infinito, protagonizado por Jeremy Irons e com uma campanha promocional maior, filme que chegou a vinte salas mas que só fez o dobro das receitas. Claro que é o mesmo que dizer que esta biografia de um matemático improvável foi um substancial fracasso. Flop é a palavra certa para o lançamento de Uma Guerra, o filme dinamarquês que foi candidato este ano ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Algo vai muito mal no mercado quando um filme destes não vai além das duas dezenas de espectadores. É tempo das pequenas distribuidoras abrandarem no ritmo desenfreado de estreias sem qualquer tipo de promoção. Entretanto, nos EUA há um caso de marketing: o novo Caça-Fantasmas acabou por funcionar nas bilheteiras depois de especulação que seria um turkey. A Sony conseguiu dar a volta à má net que os fãs fizeram em torno dos trailers. Ainda assim, não conseguiu tirar da liderança A Vida Secreta dos Nossos Bichos. RUI PEDRO TENDINHA DIREITOS RESERVADOS NOS Mar Shopping Av. Dr. Óscar Lopes A CANÇÃO DE LISBOA |M12 |13.00 |15.50 |18.50 |21.40 |00.30 A LENDA DE TARZAN |M12 |12.50 |15.20 |18.00 |21.00 |23.30 O AMIGO GIGANTE |M6 |10.30 |16.00 |19.00 O AMIGO GIGANTE (VO) |M6 |22.00 |00.40 À PROCURA DE DORY (VP) |M6 |10.20 |15.00 |17.20 |21.50 |24.00 ANGRY BIRDS: O FILME (VP) |M6 |11.00 |13.40 |16.20 |19.10 THE CONJURING 2: A EVOCAÇÃO |M12 |22.20 MESTRES DA ILUSÃO 2 |M16 |12.30 |15.40 |18.20 |21.20 |00.05 O DIA DA INDEPÊNDENCIA: NOVA AMEAÇA |M12 |14.00 |17.00 |20.50 |23.40 A LENDA DE TARZAN (3D) |M12 |13.30 |16.10 |18.40 |21.30 |00.10 A Canção de Lisboa lidera em Portugal MAIORES RECEITAS EUA A Vida Secreta dos Nossos Bichos Caça-Fantasmas A Lenda de Tarzan À Procura de Dory Mulheres Procuram-se para Ir a Casamento 50,6 46,0 11,1 11,0 7,5 MILHÕES DÓLARES PORTUGAL A Canção de Lisboa À Procura de Dory A Lenda de Tarzan O Amigo Gigante Mestres da Ilusão 2 FONTE: ICA 171 303 157 988 136 047 115 109 84 645 EUROS 40 TELEVISÃO Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias DESTAQUES O futuro do segredo Da Ray dá o passo em frente A hamburgueria Vinci depende de Robert para se conhecer melhor abre pela quinta vez O plano de Tabitha corre da pior maneira AXN O CÓDIGO DA VINCI (22.42) TVSÉRIES RAY DONOVAN (22.45) FOX COMEDY BOB’S BURGERS (17.10) NATIONAL GEOGRAPHIC PRESOS NO ESTRANGEIRO (21.25) Robert Langdon (Tom Hanks) é chamado para resolver um caso incomum. O velho curador do Louvre foi assassinado, no interior do museu, onde a polícia encontrou uma cifra junto ao corpo. Langdon descobre que esta conduz a mensagens ocultas nas obras de Leonardo Da Vinci, que indicam a existência de uma sociedade secreta, cuja missão é guardar um segredo que dura há mais de dois mil anos. A menos que Landgon e Sophie (Audrey Tautou) consigam decifrar o enigma a tempo, o segredo do priorado de Sião desaparecerá. Realização de Ron Howard, baseado no best-seller de Dan Brown. No final da temporada anterior, Ray Donovan estava mais vulnerável e frágil do que nunca. Agora, está de regresso para a quarta temporada, mas mais introspetivo. Ray (Liev Schreiber) revê a sua vida até agora e aproxima-se da religião, prometendo uma nova etapa na relação amarga com a mulher (Paula Malcomson) e com a filha, Bridget (Kerris Dorsey). Ainda assim, Donovan continua a ser o solucionador dos ricos e poderosos e nesta nova temporada pode vir a ter a ajuda preciosa de Jacob Weller (Gabriel Mann), um agressivo advogado de topo que se junta à série de Ann Biderman. Bob gere uma loja de hambúrgueres com a ajuda da mulher e dos três filhos. Tem grandes ideias para a confeção desta delícia, mas o resto do clã não tem qualquer jeito para o negócio. A família está determinada a fazer que cada reabertura da loja seja (de uma vez por todas) um verdadeiro sucesso. Após esta estreia da quinta temporada, a série de animação criada por Loren Bouchard e Jim Dauterive pode ser vista de segunda a sexta-feira, sempre às 17.10. H. Jon Benjamin, John Roberts, Dan Mintz, Eugene Mirman e Kristen Schaal dão voz às personagens da trama. Neste episódio é relatada a história de Tabitha Richie. A canadiana decide que, em 2011, está na altura de endireitar a vida. Nos dois últimos anos, ela lidou com drogas e álcool, desistiu do sonho de ser assistente social e trabalha num clube de strip, deixando a sua mãe a cuidar dos seus filhos a tempo inteiro. No entanto, quando dois amigos lhe oferecem férias na Colômbia, Tabitha encara a oferta como uma oportunidade de dar um novo rumo à sua vida e aceita. O que ela não sabe é que está prestes a entrar num mundo mais escuro e aterrador do que aquele a que tenta escapar. CANAIS AUDIÊNCIAS DE TV GENERALISTAS TEMÁTICOS RTP1 RTP2 SIC TVI HOLLYWOOD FOX MOVIES MOV 06.30 Bom Dia Portugal Informação 10.00 A Praça Talk show em direto 13.00 Jornal da Tarde 14.15 Bem-Vindos a Beirais 15.00 Água de Mar Série portuguesa 16.00 Agora Nós 18.00 Portugal Em Direto Informação 19.00 O Preço Certo 20.00 Telejornal 21.00 The Big Picture Concurso 22.00 The Voice Portugal 2015 23.00 Guerra E Paz Série britânica 07.00 Zig Zag Espaço infantil 13.11 Pais Desesperados Série norte - americana 14.05 The Coca-Cola Case Documentário 15.00 A Fé dos Homens 15.33 Euronews Informação 16.11 Zig Zag 20.05 Academia de Dança 20.34 Inesquecíveis Viagens de Comboio Série documental 21.30 Jornal 2 22.18 O Palácio Série britânica 06.30 Edição da Manhã 08.45 A Vida nas Cartas – o Dilema 10.00 Queridas Manhãs 13.00 Primeiro Jornal 14.30 Dancin’Days Novela portuguesa 15.45 Grande Tarde 19.00 I Love Paraisópolis 20.00 Jornal da Noite 21.30 Coração d’Ouro 22.30 Rainha das Flores Novela portuguesa 23.30 Verdades Secretas Novela brasileira 06.30 Diário da Manhã Informação 10.10 Você Na TV Talk show em direto 13.00 Jornal da Uma Informação 14.43 Deixa Que Te Leve Novela portuguesa 15.15 Mundo Meu 16.00 A Tarde É Sua Com Iva Domingues 19.14 Massa Fresca Série juvenil portuguesa 20.00 Jornal das 8 21.45 A Única Mulher Terceira temporada 22.57 Santa Bárbara 13.30 Mandela: Longo Caminho Para a Liberdade 16.00 Universidade, a Quanto Obrigas 17.25 O Último dos Moicanos 19.20 Puro Aço 21.30 O Chacal 23.40 Entrega Armadilhada 01.10 Um Caso de Força Maio 03.00 Adoráveis Conspiradores 15.37 Detonação 17.46 A Minha Namorada Tem Amnésia 19.21 Rocky II 21.15 Uma História Shaolin 22.45 O Retorno de Sabata 00.26 Rebeldes do Bairro 02.10 Vista Pela Última Vez... 03.59 O Labirinto do Fauno 16.10 12 Macacos 16.55 Dead Zone 17.40 As Crónicas de Shannara 18.25 Stallone Prisioneiro 20.10 Shred - Snowboard Radical 21.45 12 Macacos 22.30 Taxi Brooklyn 23.30 O Condenado de Alcatraz 01.20 Banshee 02.15 Taxi Brooklyn FOX FOX LIFE AXN 14.30 Hawai Força Especial 16.04 Scorpion 16.53 CSI 17.41 Investigação Criminal: New Orleans 19.29 Hawai Força Especial 21.18 Scorpion 22.15 Chicago P.D. 00.56 Flashpoint 02.33 Investigação Criminal: New Orleans 12.24 Rizzoli & Isles 14.04 Summer House 15.37 Rookie Blue 17.08 The Surrogacy Trap 18.47 Rookie Blue 20.29 Em Contacto 21.26 Rizzoli & Isles 22.20 Rosewood 00.15 Mr Selfridge 01.16 Ties That Bind 02.52 No Limite 03.35 Medium 08.23 Mentes Criminosas 09.50 Investigação Criminal 13.43 Hora de Ponta 15.23 Desafio do Ano 17.18 Investigação Criminal 22.42 O Código Da Vinci 01.12 Hora de Ponta 02.48 Investigação Criminal 23.45 O Cavaleiro das Trevas › Filme de Christopher Nolan, onde Batman continua a luta contra o crime, teve oito nomeações para os Óscares e venceu duas estatuetas. 23.45 O Cavaleiro das Trevas Filme anglo - americano 02.45 O Outro Lado Informação 03.45 Os Nossos Dias Novela portuguesa 23.10 Contacto › Primeiro de dez epi- sódios da série que revela as histórias das fotografias mais emblemáticas e dos fotógrafos da Magnum, agência fundada em 1947. 23.10 Contacto Documentário 23.42 The Adventures of the Modern Art 00.35 Eurodeputados 01.05 Mad Men 01.52 Euronews Informação 21.30 Coração d’Ouro › Catarina deixa o marido sem nada. Leandro perde a cabeça quando percebe que ela lhe roubou todo o dinheiro que tinham investido juntos. 00.30 CSI Cyber Série norte-americana 01.30 Ray Donovan Série norte-americana 02.30 Jura 16.00 A Tarde É Sua › Iva Domingues substitui Fátima Lopes (durante as férias da apresentadora) na condução do talk show das tarde da estação de Queluz de Baixo. 00.10 Love On Top Extra com Isabel Silva 01.30 Super Quiz Concurso 02.45 Castle Série norte - americana 04.15 Love On Top HISTÓRIA NATIONAL GEOG. GLOBO 16.19 A Maldição de Oak Island 17.41 O Preço da História Louisiana 18.23 O Preço da História 19.06 Caça Tesouros 20.35 O Preço da História Louisiana 21.17 O Preço da História 22.00 Loucos Por Carros 22.41 Leepu & Pitbull 13.40 Autoestrada Infernal: Canadá 14.26 A Ciência da Estupidez 16.00 Pesca no Limite 17.32 SOS Automóvel 19.04 Presos no Estrangeiro 23.46 Mercado Negro 01.22 Presos no Estrangeiro 02.54 A Fronteira 14.50 História de Amor 15.50 Pedro Pelo Mundo 16.15 Malhação 17.10 Araguaia 17.50 Mais Você 19.00 Chocolate com Pimenta 20.00 Totalmente Demais 21.00 Renascer 22.00 História de Amor 23.00 Os Experientes 23.45 Araguaia 1,215 milhões de pessoas viram os minichefes › A emissão de MasterChef Júnior deste domingo, que contou com o músico português José Malhoa, foi o programa preferido dos portugueses. O concurso de culinária da TVI contou com 1,215 milhões de pessoas, registando 31,1% de share. AUDIÊNCIA MÉDIA SHARE 1 MasterChef Júnior (TVI) 12,6% 31,1% 2 Não Há Crise (SIC) 9,7% 22,9% 3 Jornal da Noite (SIC) 9,4% 25,1% 4 Jornal das 8 (TVI) 9,0% 24,7% 5 Rainha das Flores (SIC) 8,0% 21,1% 6 Primeiro Jornal (SIC) 6,7% 21,7% 7 Somos Portugal (TVI) 6,4% 22,2% 8 Hércules (SIC) 6,3% 22,2% 9 Jornal da Uma (TVI) 6,1% 20,0% 10 Love on Top 2: D. Domingo (TVI) 5,4% 19,9% 11 Fama Show (SIC) 5,3% 17,4% 12 Jornal da Tarde (RTP1) 5,0% 16,3% 13 007 - Skyfall (RTP1) 5,0% 17,9% 14 Verdades Secretas (SIC) 4,7% 18,3% 15 Vida Selvagem (SIC) 4,6% 17,9% SHARE DIÁRIO – DOMINGO RTP1 10,3 RTP2 2,2 SIC 18,1 TVI 20,7 Cabo Outros* 40,3 8,5 *CONTABILIZA VÍDEO, GRAVAÇÕES, SATÉLITE INTERNACIONAL, CONSOLAS, INTERNET NA TV E OUTROS CANAIS DO CABO. DADOS: CAEM A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DOS CANAIS TEMÁTICOS DE CABO E IPTV EXIBIDOS EM PORTUGAL ESTÁ DISPONÍVEL TODAS AS SEXTAS-FEIRAS NA REVISTA EVASÕES, QUE SE PUBLICA COM O DIÁRIO DE NOTÍCIAS Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias 41 MEDIA Petição exige que Jess Williams deixe Grey’s Anatomy Liev Schreiber está nomeado para o Emmy de Melhor Ator em série dramática pela sua interpretação em Ray Donovan EUA O ator citicou a violência MICHAEL DESMOND/SHOWTIME policial contra a comunidade negra. Agora, 26 mil pessoas pedem o despedimento do ator da série Ray ensinou-lhe “o poder do silêncio”. E o da paciência Série. A 4.ª temporada de Ray Donovan estreia-se hoje no TVSéries. Ao DN, Liev Schreiber fala sobre a série que protagoniza desde 2013, sobre “as nossas próprias lutas” e sobre Shakespeare ANA FILIPE SILVEIRA Dos seis nomes recentemente nomeados ao Emmy de Melhor Ator em série dramática, cinco são relativos a anti-heróis. Do manipulador Frank Underwood (Kevin Spacey) de House of Cards ao trapaceiro Saul Goodman (Bob Odenkirk) de Breaking Bad – e do seu spin off Better Call Saul –, há ainda o espião do KGB Phillip (Matthew Rhys) de The Americans, o hacker Elliot (Rami Malek) de Mr. Robot e, claro, Ray Donovan da série homónima. Liev Schreiber, o ator que o interpreta, tem uma explicação: é o conflito, mas o interno, que tanto atrai os espectadores. “O cerne de quaisquer anti-heróis é que eles abrangem sempre os dois polos de uma ideia – o bom e o mau, o belo e o feio, e todas essas coisas podem coexistir [na ficção], tal como coexistem em nós”, diz o ator, que justifica “a obsessão” por personagens como a sua com “as nossas próprias lutas” e a “busca de uma bússola moral interior”. “Todos queremos ser pessoas com princípios, mas há sempre uma altura em que não conseguimos resistir ao lado negro de nós próprios. E a ideia de uma personagem que se move entre esses dois mundos é muito convincente”, prosseguiu. Liev Schreiber, de 48 anos, saberá se vence a estatueta da Academy of Television Arts & Sciences a 18 de setembro, em Los Angeles, EUA. Até lá, os espectadores portugueses podem acompanhar a quarta temporada de Ray Donovan a partir das 22.45 desta noite – aproximadamente um mês depois da estreia nos Estados Unidos –, no TVSéries. Neste novo conjunto de episódios, promete o ator norte-americano, “Ray vai tentar encontrar um lado mais leve de si mesmo”. E vai também experimentar um novo relacionamento com o pai, Mickey (Jon Voight), que ele próprio denunciou às autoridades e que, depois, não conseguiu ajudar. “[O que aí vem] pode até ser divertido. O Ray e o Mickey vão passar bastante mais tempo juntos e até se vão envolver numa pequena confusão em conjunto”, [ri-se]. Na pele de Donovan (um homem que faz o “trabalho sujo” – como subornar e assassinar – para uma empresa de advogados) desde 2013, Liev Schreiber pode emprestar-se à sua personagem desde então, mas ao final deste período também recebeu algo dela: “O Ray ensinou-me o poder do silêncio. E o da paciência. E aprendi a partilhar o meu trabalho com os outros – e há tantas pessoas envolvidas na produção de uma série para televisão ou de um filme”, acrescentou. E até naquela que é uma história de crime, protagonizada por um homem que “resolve” todos os problemas menos os seus, o intérprete encontra Shakespeare. Porque Ray “tem muito” do poeta e dramaturgo britânico. Afinal, explica, “a dualidade” que define o protagonista desta série é também “a dualidade que define Shakespeare enquanto escritor”. “Os anti-heróis são o centro dos seus dramas. Ray Donovan faz-me lembrar Macbeth, que vivia assombrado pelo fantasma de Banquo, ou Hamlet, que era perseguido pelo fantasma do pai, ou Otelo, que se deixou levar pela ideia de traição e infidelidade – e que todos eles carregavam, ao mesmo tempo, uma ternura imensa”. Os três episódios já emitidos nos EUA (pelo Showtime) desta quarta temporada da série foram vistos por uma média de 1,2 milhões de espectadores. Um deles pode ter sido Liev Schreiber, que não tem “qualquer problema” em ver-se na TV. “De vez quando lá reparo no meu grande nariz ou que estou cada vez mais careca. Mas, a maior parte do tempo, divirto-me, porque tenho uma memória péssima e já não me recordo do que fiz.” Mais de 26 mil assinaturas constam de uma petição online que exige que Jesse Williams seja despedido do elenco de Anatomia de Grey e que os espectadores deixem de ver o canal ABS, onde a série é emitida nos EUA. Isto porque, dizem, o discurso do ator nos BET Awards, prémios que reconhecem o trabalho de afro-americanos e de minorias étnicas no cinema, música e desporto, entre outras artes, foi “pouco profissional” e teve “comentários racistas. A criadora da série, Shonda Rhimes, já deixou bem claro, no entanto, que não tenciona ceder à pressão. Rhimes escreveu no Twitter que não precisa de petições. O próprio Jesse Williams também pediu, na mesma rede social, que não se desse atenção a “pessoas vazias e as suas birras”. No discurso mais comentado dos BET Awards, nos quais foi distinguido pelo seu trabalho na organização Black Lives Matter, que apela ao fim da violência contra a comunidade negra, Jesse Williams frisou: “Este prémio é para todos os ativistas, advogados, pais em dificuldades, famílias, professores, estudantes que se aperceberam de que o sistema está construído para nos dividir, empobrecer e destruir. Quanto mais aprendermos sobre quem somos e como chegámos até aqui, mais nos vamos mobilizar. Olhamos para os dados e sabemos que a polícia conseguiu, de alguma forma, desarmar e não matar pessoas brancas todos os dias, e em menor número. Por isso, o que vai acontecer é que iremos obter direitos iguais e justiça no nosso país, ou teremos de reestruturar a função da polícia e a nossa”, explicou o ator. “Jesse Williams lançou uma onda de comentários inapropriados, pouco profissionais e racistas contra os agentes de polícia e os caucasianos. Se as suas palavras ofensivas tivessem sido ditas por alguém de outra raça que não fosse a afro-americana, tinha sido humilhado publicamente, despedido do seu trabalho, perdido apoios e campanhas de publicidade”, lê-se na petição em curso. Jesse Williams integra o elenco de Anatomia de Grey há já sete temporadas, na pele de Jackson Avery. 42 DESPORTO Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias ISAURA ALMEIDA e RUI FRIAS DENIS BALIBOUSE/REUTERS Equipa feminina russa de ginástica rítmica, no pódio de Londres 2012. É uma das raras modalidades sem casos de doping encobertos pelo Estado russo, mas arrisca também ficar fora dos Jogos do Rio Exclusão à vista. COI promete mão dura contra a Rússia Doping. Relatório conclui que Estado russo patrocinava programa de dopagem a larga escala. Comité Olímpico reúne-se hoje de emergência Podia ser o enredo de um filme de espionagem ao estilo da Guerra Fria, mas é apenas um episódio insólito de uso reiterado de doping na Rússia, com conhecimento do Estado e a ajuda dos serviços secretos, segundo um relatório independente da Agência Mundial Antidoping (AMA). O programa “à prova de falhas” – assim o descreveu o autor do documento, o professor canadiano Richard McLaren –, era nada mais nada menos do que um sistema de dopagem de atletas durante vários anos (entre 2011 e 2015), em várias competições (incluindo os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014), de várias modalidades (e não apenas do atletismo, o mais visado até agora). Práticas fora da lei que não ficarão impunes, garante o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI). Poucas horas depois de ser conhecido o conteúdo do relatório, Thomas Bach advertiu que o organismo “não hesitará em adotar as sanções mais duras possíveis” contra a Rússia, depois do “ataque chocante e sem precedentes à integridade do desporto e dos Jogos Olímpicos”. Por isso, o COI poderá decidir já hoje, numa reunião de emergência e por telefone, “medidas provisórias e sanções”. Uma delas pode passar pela exclusão total da Rússia do Rio 2016 (já pedida pelos EUA e por mais nove países). As revelações do relatório McLaren não surpreenderam o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP). “A questão da dopagem na Rússia não resultava apenas de um problema estritamente desportivo, mas era, digamos, um problema de Estado. Era um problema que envolvia uma atitude política deliberada, organizada, devidamente preparada para que se iludisse o controlo sobre os atletas que utilizavam procedimentos dopantes”, considerou José Manuel Constantino. Para o máximo responsável pelo desporto olímpico português, um dilema desta gravidade, a poucos dias do início dos Jogos, torna a resolução da situação “extremamente difícil e complexa”. Até porque no meio desta guerra há inocentes, ou seja, atletas limpos de doping. E Constantino espera que “não haja outros [países]”, além da Rússia, com “sistemas de organização similares”, a “iludir os procedimentos”. Indícios graves desde 2013 A investigação já tinha detetado irregularidades durante os Campeonatos do Mundo de atletismo de Moscovo em 2013 e na preparação da equipa russa para os Jogos Olímpicos de Londres em 2012. No entanto, só ganhou força quando Grigory Rodchenkov, ex-diretor do laboratório antidopagem russo, denunciou a manipulação de amostras durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014, em que pelo menos 15 atletas foram “ajudados” a conquistar medalhas. Como? Segundo o mesmo relatório, o “laboratório de Sochi operou um método de troca de amostras para permitir que os atletas russos dopados competissem nos Jogos Olímpicos de Inverno”. E tudo com a bênção de Vitaly Mutko, ministro do Desporto, que, segundo o documento, “criou, controlou e supervisionou” o esquema, com a “participação ativa” dos serviços secretos do país. Assim, segundo o relatório McLaren, 312 casos positivos de doping, de 31 modalidades, foram adulterados e escondidos pelas autoridades russas entre 2011 e 2015. O atletismo é a modalidade com mais casos (139), mas são vários os desportos que fazem parte da lista, desde halterofilismo (117) a canoagem (27), ciclismo (26), futebol (11) e até curling (2) ou ténis de mesa (1). A Rússia já anunciou, por Vladimir Putin, que vai punir os responsáveis citados no relatório. Mas hoje pode ver o Comité Olímpico Internacional excluir o país dos Jogos do Rio. Seja qual for a decisão, a Rússia poderá ainda apelar à Comissão de Ética do COI. O chefe do Comité Olímpico russo, Alexander Zhukov, já manifestou essa intenção, depois de saber do relatório e da carta do diretor da agência antidopagem americana (USADA), Travis Tygart, a pedir a exclusão da Rússia dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Algo que a Federação Internacional de Ginástica (FIG), por exemplo, espera que não aconteça: “Apesar de a FIG apoiar a política do COI de tolerância zero em casos de doping, nem todos os atletas russos de todos os desportos devem ser excluídos e considerados culpados por atos cometidos noutros desportos.” rápido Relatório McLaren concluiu que a Rússia alterou 312 casos positivos de doping entre 2011 e 2015. Atletismo foi a modalidade mais encoberta pelo doping de Estado, mas até o curling teve dois casos. O Comité Olímpico Internacional reúne-se hoje de emergência e pode afastar a Rússia do Rio 2016. Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias 43 DESPORTO Qual o impacto desportivo no Rio? Mais de 60 medalhas recentes apontam para 63 subidas ao pódio por atletas russos nos Jogos do Rio, o pior desde Atlanta 1996 Evgeny Tishchenko, boxe. Vitaly Dunaytsev, também boxe. Alexey Yakimenko, esgrima. Yana Kudryavtseva, ginástica rítmica. Daria Spiridonova, ginástica artística. Aleksander Lesun, pentatlo moderno. Estes são apenas seis dos atletas russos que arriscam não poder confirmar no Rio de Janeiro o favoritismo que lhes é atribuído para chegar a uma medalha de ouro, caso o Comité Olímpico Internacional acabe por aceder aos pedidos que se avolumam para excluir a Rússia dos próximos Jogos Olímpicos, que arrancam a 5 de agosto. De acordo com a mais recente versão do medalheiro virtual proje- tado pela plataforma de análise de dados desportivos Gracenote, que todos os meses atualiza as suas projeções, a Rússia deverá (deveria?) conquistar um total de 63 medalhas nos Jogos do Rio, das quais 20 de ouro, 23 de prata e 20 de bronze – Portugal, por exemplo, deverá ficar apenas pela medalha de bronze no futebol, segundo a tabela publicada a 6 de julho. Para a Rússia, este total, a confirmar-se, igualaria já de si o pecúlio global mais baixo desde Atlanta 1996, os primeiros Jogos em que a Rússia participou como Estado independente. De então para cá, a Rússia obteve 89 medalhas (32 de ouro) em Sydney 2000, 90 medalhas (28 de ouro) em Atenas 2004, 73 medalhas (23 de ouro) em Pequim 2008 e 79 medalhas (22 ouros) em Londres 2012. Das 20 subidas de atletas russos ao lugar mais alto do pódio proje- Filipe Lima, o 2º português apurado REUTERS/SERGEI KARPUKHIN MEDALHEIRO Projeções mais GOLFE Isinbayeva espera decisão do TAS sobre o atletismo russo tadas pelo medalheiro virtual, duas são no boxe, uma na canoagem, duas na esgrima, três na ginástica, uma no pentatlo moderno, uma no tiro, duas na natação sincronizada, uma no ténis, três no halterofilismo e quatro nas lutas (livre e greco-romana). Ora, de todas estas modalidades, só a ginástica não está em xeque no relatório independente ontem divulgado pela Agência Mundial Antidopagem [WADA, na sigla em inglês] acerca do desporto russo, não tendo qualquer caso de doping encoberto pelo Estado russo entre 2011 e 2015. Para já, apenas o atletismo da Rússia está excluído de competir nos Jogos do Rio 2016, depois de a IAAF [federação internacional da modalidade] ter suspendido o país aquando da divulgação de um primeiro relatório daWADA, focado no atletismo. A IAAF abriu a porta apenas à participação, como independentes, dos atletas que comprovem estar “limpos”. No entanto, 68 atletas russos, entre eles a bicampeã olímpica do salto com vara Elena Isinbayeva, interpuseram recurso no Tribunal Arbitral do Desporto, cuja decisão está prevista para a próxima quinta-feira, dia 21. › Filipe Lima é o segundo golfista português apurado para os Jogos Olímpicos de 2016 e confessa que “representar Portugal no Rio de Janeiro é tudo”. O jogador, de 34 anos, disputará o torneio de golfe dos Jogos juntamente com Ricardo Melo Gouveia, de 24 anos, e 35.º do ranking olímpico, num ano de regresso da modalidade aos Jogos, após 112 anos de ausência. “Representar Portugal nos Jogos Olímpicos significa tudo, não é? Não entendo os jogadores que não aceitam ir, porque é a forma mais importante de representarmos o nosso país”, disse o atleta, filho de portugueses emigrados em França. Filipe Lima representa Portugal desde outubro de 2004 e defendeu as cores nacionais em duas edições da Taça do Mundo de profissionais: Vilamoura 2005 e Melbourne 2013. PUB DESPORTO 44 Ânimos chegaram a aquecer entre os jogadores de ambas as equipas após a expulsão de Aquilani. Até o presidente Bruno de Carvalho entrou em campo e ameaçou abandonar o encontro Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias 5 0 PSV SPORTING ESTÁDIO: Juan Antonio Samaranch (Lausana) ZOET WILLEMS MIRIN MORENO BRENET HENDRIX MAHER PROPPER PEREIRO LOCADIA JONG IURI MEDEIROS PODENCE ALAN RUIZ JEFFERSON PALHINHA NALDO MATHEUS PEREIRA AQUILANI EWERTON JOÃO PEREIRA STOJKOVIC SUBSTITUIÇÕES: PSV – Jogaram ainda: Schwaab, Koch, Vloet , Guardado, Narsingh, Josefzoon e Lundqvist. Sporting – Jogaram ainda: Schelotto, Zeegelaar, Rúben Semedo, Guald, Petrovic , Slimani, Bryan Ruiz e Gelson Martins. GOLOS: Leão sofre nova goleada e fecha o estágio com nota negativa Sporting. Depois das derrotas frente a Mónaco (4-1) e Zenit (4-2), a equipa de Jorge Jesus foi vergada a novo pesado desaire, com o PSV GONÇALO LOPES O Sporting terminou ontem o estágio na Suíça com uma pesada derrota diante do PSV, por 5-0. Jorge Jesus regressa de terras helvéticas com grandes dores de cabeça, sobretudo no que à defesa diz respeito, pois em quatro partidas sofreu 14 golos. Os maus resultados do Sporting nesta pré-temporada não se podem apenas desculpar pela mais avançada preparação de adversários como Mónaco, Zenit ou ontem o PSV e sequer pelas ausências de jogadores importantes como Rui Patrício, William Carvalho, Adrien e João Mário – até porque muitos destes estão a ser cobiçados e poderão sair até ao fecho do mercado. Ontem, mais uma vez, os leões apresentaram-se em campo sem ideias, clarividência e, diga-se, sem grande vontade. E também mais uma vez foi a defesa o grande calcanhar de aquiles da equipa de Jorge Jesus. Erros atrás de erros fizeram que em apenas 20 minutos os leões já estivessem a perder por 2-0. Jorge Jesus desta feita até alterou o setor mais recuado, face aos últimos onzes, mas nem assim surtiu efeito. O PSV controlou sempre tranquilamente a partida, até porque, diga-se, quase tudo lhe saía bem, nomeadamente no ataque (em seis remates fez os primeiros três golos). A defender também davam poucos espaços, mas a verdade é que também nunca tiveram grande trabalho, sobretudo no primeiro tempo, comos sportinguistas Alan Ruiz e Podence a mostrarem muito pouco na frente de ataque. E se quase tudo era mau, pior ficou quando Aquilani foi expulso aos 34’ (Bruno de Carvalho chegou mesmo a entrar em campo e ameaçar abandonar o jogo). A equipa estava desorientada e Hendrix aproveitou para fazer o 3-0 aos 41’. Jorge Jesus deitava as mãos à cabeça, na bancada, e tinhas razões para tal, pois os seus comandados não conseguiam colocar em campo os seus ideais de jogo. O técnico ainda tentou alterar algo para o segundo tempo, fazendo entrar Petkovic para o lugar de Matheus Pereira, mas nada mudou. Logo após o reatamento o PSV chegou ao 4-0 em novo percalço defensivo. Num canto a bola atravessa a área sem ninguém lhe tocar, sobra para Maher, que atira forte, fora da área, e a bola só para no fundo da baliza de Stojkovic, que parece mal batido. Corria tudo mal aos leões, que não conseguiam responder à eficácia holandesa. Ninguém pegava no jogo, ninguém dava um ar de sua graça, com quase meio jogo para disputar todos queriam ir para o balneário. E mais desesperados ficaram quando De Jong fez o 5-0 aos 55’. Era tudo mau demais para ser verdade. Era tão mau que aos 62’ Jesus tentou mudar a imagem com a entradas de pesos pesados, como Bryan Ruiz, Slimani, Gelson ou Schelotto. No entanto, os estragos já eram tantos que nem estes conseguiram dar uma imagem muito melhor. É verdade que a partir daqui os leões pareceram mais serenos, trocavam melhor a bola, mas raramente incomodaram o guarda-redes do PSV até ao apito final. Ronaldo e Pepe na luta por melhor jogador na Europa 1-0: 5’, por De Jong, de grande penalidade; 2-0: 20’, por Locadia, que só teve de encostar na pequena área após passe de De Jong. 3-0: 38’, por Hendrix, na recarga a um remate de Pereiro. 4-0: 50’, num remate do meio da rua de Maher. 5-0: 55’, por De Jong, após assistência de Narsingh. OS REFORÇOS ALAN RUIZ › Jorge Jesus de- posita muita confiança no argentino, daí também cobrar-lhe muito, como fez durante quase toda a partida. No entanto, ontem o jogador teve um dia para esquecer. Pouco interventivo, sem ideias, o médio ofensivo nunca foi uma boa solução para os seus colegas. PODENCE › Ninguém pode dizer que o jovem vira a cara à luta, isso é um facto. Foi dos que mais correu e dos que mais procurou dar um ar de sua graça. Mas também nunca nada lhe saiu em condições, diga-se, sobretudo quando tentava fazer quase tudo sozinho na frente de ataque do Sporting. PETROVIC › O treinador do Sporting fê-lo entrar para a segunda parte para controlar o meio campo leonino, depois da expulsão de Aquilani. O sérvio, diga-se, deu alguma clarividência à equipa, sobretudo a defender, mas também pouco mais podia fazer face ao desacerto da grande maioria dos seus colegas. PRÉMIOS UEFA Os dois portugueses do Real Madrid estão na lista dos dez finalistas. Renato Sanches também recebeu votos A lista dos dez melhores futebolistas a atuar na Europa foi divulgada ontem e há dois portugueses que constam no grupo de candidatos: Pepe e Cristiano Ronaldo. O capitão da seleção nacional venceu o prémio na época 2013/2014 e tem sido o único português a fazer parte da lista nos últimos anos, mas agora conta com a companhia do central que também é seu colega no Real Madrid e que foi considerado um dos melhores jogadores na seleção que recentemente se sagrou campeã europeia – Ronaldo e Pepe foram dois dos quatro portugueses que integraram o melhor onze do Euro 2016. Fazem parte da lista dos 10 candidatos ao prémio de futebolista do ano na Europa os alemães Kroos, Müller e Neuer, o guarda-redes italiano Buffon, o francês Antoine Griezmann, o galês Gareth Bale, o uruguaio Suárez e o argentino Lionel Messi, que venceu o troféu pela segunda vez na época anterior. Esta lista resulta da votação de jornalistas de cada um dos 55 países membros da UEFA. Fora do grupo final dos 10 melhores jogadores, houve 37 futebolistas que receberam pelo menos um ponto. Entre eles está outro português, o médio Renato Sanches, considerado o melhor jogador jovem do Campeonato da Europa na França, colocado no grupo dos 19.os classificados, no mesmo patamar que jogadores como Eden Hazard, Iniesta e Neymar. PUB CONCURSO DOS ÓRGÃOS DE INFORMAÇÃO N. º 30/2016 DE 24/07/2016. PROGNÓSTICO DO “DIÁRIO DE NOTÍCIAS” 1. CORINTHIANS - FIGUEIRENSE 2. SANTA CRUZ - CURITIBA 3. PONTE PRETA - INTERNACIONAL 4. PALMEIRAS - ATLÉTICO-MG 5. CRUZEIRO - SPORT-PE 6. CHAPECOENSE - BOTAFOGO 7. ATLÉTICO-PR - FLUMINENSE 8. PAYSANDU - CRB-AL 9. BAHIA - LUVERDENSE 10. LONDRINA - SAMPAIO CORREA 11. VASCO DA GAMA - BRAGANTINO 12. VILA NOVA - CEARÁ 13. TUPI - ATLÉTICO-GO 1 X 1 1 1 2 1 2 X 1 X 1 2 Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias PUBLICIDADE 45 NESTE VERÃO, A SUA RÁDIO NÃO TIRA FÉRIAS, MAS VAI À PRAIA. CALENDÁRIO 26 JUNHO Praia da Figueirinha - Setúbal 31 JULHO Praia Melres - Gondomar 03 JULHO Praia Grande - Sintra 07 AGOSTO Praia Fluvial - Pampilhosa da Serra 10 JULHO Praia Praça do Mar - Loulé 14 AGOSTO Praia Póvoa de Varzim 17 JULHO Praia da Zambujeira - Odemira 21 AGOSTO Praia de Albufeira 24 JULHO Praia Fluvial de Froia - Proença-a-Nova 28 AGOSTO Praia de Matosinhos De 26 de junho a 28 de agosto, a TSF anima as praias com aulas de fitness e running e muito mais! Ao vivo e em direto, não perca, todos os domingos numa praia perto de si. COM O APOIO Exclusivo 46 DESPORTO Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias Seleção com nova baixa. Pité rende Nuno Santos Vem aí mais um Portugal-França, agora em sub-19 EUROPEU Depois da final do escalão senior, que permitiu a Portugal conquistar o seu primeiro grande troféu internacional de seleções A, há mais um duelo agendado entre Portugal e França em Europeus de futebol, desta vez no escalão de sub-19. A seleção francesa goleou ontem a Holanda, por 5-1, e colocou-se no caminho da seleção portuguesa nas meias-finais, jogo que se realiza na próxima quinta-feira (21). Um hat-trick de Augustin (que subiu à liderança dos melhores marcadores da prova, com cinco) e dois golos de Mbappé deram a vitória à França, que ultrapassou a Holanda e terminou no segundo lugar do grupo B, atrás da Inglaterra, que bateu a Croácia por 2-1. Portugal, recorde-se, foi o primeiro classificado do Grupo A. Inglaterra e Itália disputam a outra meia-final deste Europeu, que se realiza na Alemanha. JOGOS OLÍMPICOS Rui Jorge EPA/DENIZ CALAGAN começou ontem a preparar o torneio. Médio Bruno Fernandes desvaloriza impedimentos dos clubes Rui Vitória vai testar Óscar Benítez a fazer de Renato Sanches Benfica. Argentino foi contratado este defeso, mas esteve com um pé no Boca Juniors por empréstimo. Técnico acabou por segurá-lo CARLOS NOGUEIRA O Benfica poderá afinal não ir ao mercado para contratar mais um médio-centro para preencher a vaga deixada em aberto por Renato Sanches, transferido para o Bayern Munique por 35 milhões de euros mais 45 milhões por objetivos. E tudo porque o treinador Rui Vitória vai aproveitar a pré-temporada para testar o argentino Óscar Benítez nessa posição de médio-centro ou número 8. O jogador de 23 anos, contratado ao Lanús por 3,3 milhões de euros, tem feito a sua carreira como extremo, um pouco à semelhança do que aconteceu com Enzo Pérez, quando em 2012 foi contratado ao Estudiantes. No entanto, os responsáveis benfiquistas acreditam que as características de Benítez podem fazer dele um Óscar Benitez também esteve na agenda do Sporting, mas rumou à Luz jogador importante no centro do terreno, pois trata-se de um atleta alto (1,83 m), forte fisicamente e que faz da velocidade a sua principal arma. Inicialmente chegou a colocar-se a hipótese de Óscar Benítez ser emprestado ao Boca Juniors, mas Rui Vitória quis vê-lo em ação na pré-temporada, sendo que agora surge a possibilidade de adaptá-lo a uma posição carenciada no plantel, sobretudo no que diz respeito às características pretendidas para a posição: um jogador agressivo, rápido e com bom controlo de bola, capaz de fazer uma boa ligação entre o meio-campo e o ataque. Rui Vitória tem à sua disposição neste momento André Horta, que tem dado boas indicações, o colombiano Guillermo Celis, que apenas integrou os treinos na segunda-feira, e ainda João Teixeira, a quem é reconhecido talento, mas a quem falta poderio físico para assumir o lugar. Fuga de Nagy obriga a mudanças À partida para esta pré-temporada, a SAD do Benfica pretendia fechar o lote de médios com a contratação de Ádam Nagy, futebolista húngaro que se destacou no Euro 2016. Contudo, a valorização do atleta levou o Ferencváros a pedir mais, pretensões que os encarnados não estiveram na disposição de satisfazer, não indo além de uma oferta pouco superior a um milhão de euros. O jogador acabou por rumar ao Bolonha por 2,5 milhões de euros, mas 300 mil mediante objetivos cumpridos pelo atleta. Ou seja, perante a concorrência por Ádam Nagy, o Benfica optou por olhar para o que tinha em casa, tendo Óscar Benítez sido então encarado como uma boa possível solução. Nesse sentido, se o argentino cumprir aquilo que Rui Vitória espera dele, o problema ficará resolvido, caso contrário a SAD do Benfica poderá voltar ao mercado para encontrar uma solução que satisfaça melhor o treinador dos tricampeões nacionais. Cyle Larin apontado à Luz O jovem avançado Cyle Larin foi ontem colocado na rota do Benfica pela imprensa canadiana. O jogador de 21 anos foi eleito o melhor estreante da MLS na temporada passada, tendo apontado 26 golos em 45 jogos pelo Orlando City. Refira-se que o clube da Luz tem um protocolo com aquele clube norte-americano, para onde rumaram há dois anos os jovens Rafael Ramos e Estrela. Nesse sentido, e ainda de acordo com alguns órgãos de comunicação daquele país, os encarnados poderiam conseguir a contratação do jogador por uma verba na ordem dos seis milhões de euros. Cyle Larin é também cobiçado na Alemanha. Rui Jorge, selecionador olímpico, já tinha revelado que a convocatória para os Jogos do Rio de Janeiro, que terão lugar em agosto, tinha sido construída “de forma surreal”, devido à recusa dos clubes em cederem mais de 20 jogadores para esta competição. E a verdade é que a preparação para a prova continua a ser complicada, dado que ainda ontem, dia de arranque dos trabalhos, o técnico foi obrigado a substituir um novo nome da sua lista. O benfiquista Nuno Santos, emprestado ao V. Setúbal, caiu da convocatória e entrou para o seu lugar Pité, avançado do Tondela. “O selecionador nacional olímpico, Rui Jorge, chamou o avançado do Tondela para colmatar a ausência de Nuno Santos”, lê-se no comunicado da FPF, sem especificar os motivos para a ausência do avançado dos sadinos. Indiferente a estas polémicas parece estar o grupo de trabalho, como revelou ontem o médio Bruno Fernandes, considerando que a seleção não está afetada com esta situação. “Temos confiança em todos os que estão aqui. Se estão aqui são fortes, independentemente das circunstâncias. Todos têm qualidade, temos de acreditar nessas mesmas qualidades e seguir. Tudo isso que aconteceu foram decisões dos clubes. Cada clube e treinador têm a sua maneira de ver as coisas e ver o melhor para cada um de nós jogadores. Nenhum treinador quer prejudicar nenhum jogador, se acharam que seria assim é porque é melhor”, disse o jogador da Udinese. Confrontado com os recentes feitos das seleções portuguesas, Bruno Fernandes diz que os Jogos Olímpicos serão nova oportunidade para Portugal provar o seu valor. “Fomos campeões nos sub17, nos AA, estamos nas meias-finais nos sub-19 e temos campeões em todas as modalidades. Isso faz que Portugal seja respeitado. Temos de nos dar ao respeito e mostrar que somos fortes. É uma grande oportunidade para nós e para o país”, afirmou. Refira-se que no torneio olímpico de futebol, Portugal, que tem como melhor desempenho em Jogos o quarto lugar alcançado em Atlanta, em1996, vai defrontar a Argentina, a 4 de agosto, as Honduras, a sete do mesmo mês, e a Argélia, a 10, no Grupo D. Terça-feira _19 de julho de 2016. Diário de Notícias DESPORTO 47 ENTREVISTA: REINALDO VENTURA Jogador de hóquei em patins Entre os novos campeões europeus, era o único elo de ligação ao último grande título internacional que tinha sido conquistado pela seleção de hóquei (o Mundial de 2003). Aos 38 anos, resolveu voltar a vestir a camisola das quinas. Em boa hora, para ajudar a acabar com um longo jejum TONY DIAS/GLOBALIMAGENS “Voltei à seleção para conquistar o título que me faltava” PAULO PAULOS Há 18 anos que Portugal não era campeão europeu de hóquei em patins. O que representou para vocês quebrar esse enguiço? Foi uma felicidade tremenda. Há muitos anos que perseguíamos este título. Ao longo destes anos fugiu-nos várias vezes por entre os dedos, outras vezes de forma mais clara. Finalmente chegou a nossa hora. Tal como os italianos, tivemos algum azar porque apanhámos uma geração espanhola muito forte, que dominou a modalidade. Felizmente esta nossa nova geração pode ser tão boa ou melhor do que essa. Estamos perante uma nova geração dourada do hóquei português? Espero bem que sim. Estamos perante um lote de jogadores de grande qualidade, tanto a nível atlético como a nível humano. Na minha opinião, isso já é meio caminho andado. Claro que as diferenças nunca serão tão grandes, porque as equipas estão cada vez mais bem preparadas. Mas estou certo de que esta geração vai ganhar muitos campeonatos para Portugal. Isto de ser campeão europeu virou moda... É verdade. Foi muito importante termos sido campeões europeus logo após a seleção de futebol o “ Depois do ano anterior muito complicado, consegui voltar a ser feliz a jogar hóquei ter conseguido. O país parou para ver a final. Nós próprios assistimos todos juntos no hotel e vibrámos muito com essa vitória. Além de nos ter deixado muito felizes, trouxe-nos mais visibilidade. Foi muito positivo. Temos a melhor liga do mundo e há que aproveitar o investimento que tem vindo a ser feito. Este título apareceu na melhor altura. Sente que ajudaram também a impulsionar a autoestima dos portugueses neste verão de êxitos desportivos? É uma daquelas alegrias que não influencia o bolso mas estimula a mente. Notei logo isso no primeiro contacto com as pessoas, a forma como me abordam, sorriem e dãome os parabéns. Faz bem ao ego. Depois de uma prova quase perfeita, chegaram ao intervalo da final a perder por 2-0 diante da Itália. Nunca pensaram na final do Europeu perdida em 2008? Nunca. Em momento algum isso nos passou pela cabeça. Sabíamos bem o que fazer para derrotar a Itália e continuámos com a mesma estratégia depois do intervalo. Combinámos manter um ritmo intenso, pois sabíamos que a Itália, que utilizou quase sempre os mesmos cinco jogadores, acabaria por ceder. Nunca tínhamos estado a perder na competição, mas nem por isso deixámos de acreditar em nós. Agarrámo-nos uns aos outros PERFIL › 38 anos. › Clubes representados: FC Porto e Óquei de Barcelos. ›Títulos: Campeonato Nacional (12 vezes), Taça de Portugal (8), Supertaça António Livramento (9), Taça CERS (2), Campeonato do Mundo (em 2003) e Campeonato da Europa (em 2016). › É a principal referência em atividade do hóquei nacional. Regressou à seleção quatro anos depois de renunciar para acrescentar ao palmarés um dos poucos títulos que lhe faltava: o Europeu. Doze vezes campeão nacional no FC Porto (dez de forma consecutiva), onde foi idolatrado durante duas décadas, antes de se mudar para Barcelos. Na primeira época no Minho, ergueu logo uma Taça CERS. Mais do que isso: voltou a ser feliz dentro do rinque. Com a retirada bem longe do seu horizonte, o capitão da seleção promete não se ficar por aqui. e demos uma prova da nossa superioridade. Não ficaram dúvidas de quem foi a melhor equipa em prova. Fizemos um grande Europeu, como há muito não se via. Há quatro anos anunciou a sua retirada da seleção. O que o fez voltar? Foi um conjunto de fatores. Na altura, decidi abandonar para me dedicar exclusivamente ao meu clube e dar a outros a oportunidade de tentarem ser o que eu nunca tinha sido: campeões europeus. A certa altura apercebi-me de que talvez não tivesse tomado a melhor decisão... Arrependi-me de o ter feito. Por isso, quando o [Luís] Sénica me ligou não hesitei. Voltei para conquistar o título que me faltava. Vamos poder vê-lo no Mundial do próximo ano? Ainda é demasiado cedo para pensar nisso. Este título ainda está muito fresco na memória para me preocupar com essa questão. Tenho noção de que não posso ser convocado pelo nome que tenho na modalidade, independentemente da minha idade. Por isso, terei de mostrar o meu valor durante a época. No final da temporada, se essa for a vontade do selecionador, logo veremos. Mas tenho de me sentir bem para poder dar o meu contributo à seleção. Portanto, tão cedo não vai voltar a anunciar o adeus à seleção? Desta vez não arrisco. Cometi esse erro uma vez, não volto a cair na mesma... Está com 38 anos. Até que idade planeia continuar a jogar? Não faço ideia... Enquanto me sentir capaz e achar que posso ser útil à minha equipa e à seleção, hei de continuar a jogar hóquei. No dia em que sentir que não sou capaz de acrescentar qualidade, serei o primeiro a dizer que é hora de terminar a carreira. Por agora, não penso nisso. Também ganhou a Taça CERS pelo Óquei de Barcelos. A nível pessoal, foi uma época em cheio? Foi uma época bastante positiva a título pessoal. Depois de um ano muito complicado, consegui voltar a ser feliz a jogar hóquei. Queria muito mostrar que a decisão de continuar a jogar tinha sido acertada. Senti que era capaz, apesar da minha idade. Muitos olham para a idade como um impedimento... Eu encontrei nisso uma capacidade de superação ainda maior para atingir os meus objetivos. Senti a necessidade de provar isso. A experiência é mais uma vantagem do que um handicap... Claro. Sou um jogador completamente diferente do que era aos 20 anos. Naturalmente, agora tenho muito mais experiência e isso faz a diferença. Antigamente corria muito e fazia tudo mal. Agora, se calhar, é ao contrário... Hoje vão ser recebidos por Marcelo Rebelo de Sousa. Já sabe o que vai dizer ao Presidente? Se tivermos a possibilidade de conversar, vou apenas dizer-lhe que é um prazer estar ali e partilhar a nossa alegria com ele. www.dn.pt TERÇA-FEIRA 19 de julho de 2016 Ano 152.º, N.º 53 782 Conselho de Administração Daniel Proença de Carvalho (Presidente) Vítor Ribeiro, José Carlos Lourenço, Pedro Coimbra, Rolando Oliveira, Luís Montez e Jorge Carreira (administradores) Propriedade Global Notícias Publicações, SA; Matriculada na Conservatória do Registo Comercial do Porto. Capital social: 6 334 285 euros. NIPC: 500096791 Sede R. Gonçalo Cristóvão, 195-219, 4049-011 PORTO Filial Av. da Liberdade, 266, 1250-149 LISBOA C Marketing e Comunicação Ana Marta Heleno (diretora) Publicidade Luís Ferreira (diretor-geral) Direção Comercial Paulo Pereira da Silva, Reinaldo Capela (agências ) e Luís Barradas (Diretos) Detentora de mais de 5% do capital social: Global Notícias - Media Group, SA Impressão Gráfica Funchalense (Rua da Capela da Nossa Senhora da Conceição, 50, Morelena, 2715-029 Pero Pinheiro); Naveprinter (EN, 14 (km 7.05) – Lugar da Pinta, 4471-909 Maia) Distribuição VASP; Registado na ERC com o n.º 101326. Assinaturas 707 200 508. Custo das chamadas da rede fixa 0,10€/minuto e da rede móvel 0,25€/minuto, sendo ambas taxadas ao segundo após o 1º minuto. Valores sujeitos a IVA. Dias úteis, das 7h às 18h. Fax: 21 924 19 95 – E-mail: [email protected]. HISTÓRIAS DE PESSOAS UM PONTO É TUDO Do campo de refugiados aos Jogos Olímpicos FERREIRA FERNANDES Jornalista Ideia para o OE 2017: o pokémon Quando tinha 8 anos teve de fugir da sua terra natal, permanecendo depois oito anos no Quénia. Com 16 anos a Austrália recebeu-o juntamente com a sua família. Agora irá representar o Sudão do Sul no Rio de Janeiro, em homenagem ao pai O Há histórias de vida que merecem ser contadas. Uma delas é a de Mangar Makur Chuot, jovem de 25 anos do Sudão do Sul. Quando criança foi forçado a abandonar o seu país devido à guerra naquele território, viveu depois oito anos num campo de refugiados até que a Austrália, e a cidade de Perth, o aceitou juntamente com a sua família. Agora vai estar presente nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Poderia envergar as cores australianas, mas escolheu as do Sudão do Sul, tudo para homenagear o seu pai. “Ele lutou para que a nossa família pudesse sair do país em segurança. E morreu a lutar com as suas mãos. Na minha camisola estará o seu nome e estes Jogos serão dedicados a ele”, referiu o atleta, especialista nos 200 metros. Apesar dos seus 25 anos, Chout há muito que luta pelos seus sonhos. Aos 8 anos foi então forçado a sair do Sudão, devido à guerra, e percorreu milhares de quilómetros a pé, juntamente com a sua mãe e os seis irmãos, atravessando a Etiópia, até chegar ao Quénia, mais concretamente ao campo de refugiados de Kakuma, onde permaneceu durante oito anos. “Foi um período muito complicado. Tínhamos uma ração diária e não podíamos comer tudo de uma só vez, pois não nos davam mais. Ao mesmo tempo VIDEO GUARDIAN GONÇALO LOPES Chout é especialista nos 200 metros. Foi descoberto quando fazia testes num parque era uma situação melhor do mas a maioria dos meus irmãos que a que tínhamos em casa, po- não sabia e sofria todos os dias díamos ir à escola e aprender com as dificuldades deles. Mas inglês. Essa foi a melhor parte depois de aparecer o atletismo tudo mudou”, condaqueles tempos”, ta o atleta de 25 disse o atleta. anos. Aos 16 anos teve Em 2012 foi E o atletismo então a oportuniapareceu apenas dade de rumar a atacado por por acaso, diga-se. Perth, na Austrália, sudaneses e Certo dia Chout juntamente com a falhou Londres estava a fazer tessua família. A adaptes num parque tação não foi fácil... quando o treinaaté que encontrou o atletismo. “Foi difícil sobre- dor Lindsay Bunn o descobriu. tudo porque a comunidade de- “Parecia uma girafa com anfemorou algum tempo a aceitar- taminas. Não era o mais rápido -nos. Eu já sabia bem inglês, do grupo, mas senti que tinha qualquer coisa. O que o tornou depois especial foi a sua dedicação e o seu empenho”, salientou. Chout irá agora estrear-se nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas já em 2012 esteve qualificado. Na altura, contudo, pagou com o corpo a sua “fuga” do Sudão. Foi atacado em três ocasiões nas vésperas dos Jogos Olímpicos de Londres por sudaneses, que lhe partiram alguns ossos das pernas. Na altura não pôde então cumprir o seu sonho. “Agora foi ter o privilégio de correr contra Bolt. Vou dar o meu melhor”, referiu. utra vez! Chegámos ao Japão fornecendo os arcabuzes com que os senhores locais unificaram o arquipélago. Fundámos Nagasáqui. De ilhas isoladas, ajudámo-los a comerciar com os vizinhos chineses. Palavras que lá ficaram – koppu, pan, shabom... – basta dizê-las alto para saber que era de coisas, não parlapié, que traficávamos com eles. A questão é: e juros? Essa história de termos inventado o mundo redondo sem, ao fim de tanta viagem, nos pingar benefício, já começa a cansar.Vem isto a propósito da última “importação” do Japão. Calha a este – e não à Nigéria, que nos deve a mandioca ou ao Brasil, que nos deve o café... –, porque a voga em Portugal, hoje, é “japonesa”: o pokémon. Pus aspas, já direi porquê. O pokémon que se caça com pokébolas e põe os portugueses a correr e a socializar é da Nintendo, cujas ações dobraram numa semana. Nintendo... Basta pronunciá-la para lhe adivinhar a origem lusa: eu também “nintendo” como se socializa e corre com os olhos cravados no ecrã do telemóvel. Mas não quero só aventar hipóteses, quero exigir royalties pela patente. Porque o pokémon é português. Ele é a cópia descarada do nosso jogo tradicional: a caça aos gambozinos!!! Aliás, os nossos eram melhores, nunca eram caçados. O exercício era o subir às árvores de madrugada. As pokébolas era o saco. A socialização era o gozo com que nos recebiam depois da noite insone a caçar gambozinos. E esta crónica é a minha ideia para ajudar o OE 2017. PUB PUBLICIDADE $VXDJXHVWKRXVHQRFRUDomRGH/LVERD Rua Camilo Castelo Branco, 22, 1.º andar, 1150-084 Lisboa | (00 351) 914 759 549 | XXXNBSRVFTTPVMDPNŢJOGP!NBSRVFTTPVMDPN duplos Quartos res e familia tos en Apartam PUBLICIDADE 7LQWDV.HQLWH[DTXDOLGDGHGHVHPSUH $HVFROKDFHUWD CADERNO COMERCIAL | EDIÇÃO SUL Terça-feira 19 de julho de 2016 PARA ANUNCIAR www.ocasiao.pt | 800 241 241 (chamada grátis) | [email protected] | ENCONTRE EM www.lojadojornal.pt | A LOJA MAIS PERTO DE SI. VEÍCULOS ENSINO CASAS EMPREGO NECROLOGIA DIVERSOS O MELHOR MOSCATEL DO MUNDO DE 2016 Conteúdo comercial Adega de Pegões distingue-se no famoso concurso de vinhos realizado em França O vinho “Adega de Pegões Moscatel Roxo DO Setúbal” foi eleito o melhor moscatel do mundo no famoso concurso “Muscats du Monde 2016” que se realizou em França, entre 29 e 30 de junho. É para dizer que temos uma dupla vitória, no futebol e nos vinhos moscatel, isto no reputado país dos vinhos e do futebol que é França. E de realçar que além deste Moscatel Roxo, a Adega de Pegões obteve ainda mais duas medalhas de ouro neste concurso, uma com o moscatel “Adega de Pegões” branco não datado e outro com o “Contemporal Moscatel Roxo”, (tornando-se na empresa portuguesa mais premiada deste concurso) isto da parte de Portugal. Já em 2011, um moscatel português tinha ganho este prémio e também era de Setúbal, o que revelou ser uma grande surpresa no nosso país. Nessa altura o premiado foi um “Moscatel de Setúbal DOC”, de uva branca (moscatel de Alexandria), destacando-se o prémio de 2016 por ser esta a primeira vez que um Moscatel Roxo, a nova moda dos moscatéis, ganha este troféu, este Moscatel Roxo da Adega de Pegões, cujas uvas são originárias das planícies quentes do sul de Portugal, estagiou cinco anos em barricas de carvalho francês e americano para maturar e ganhar complexidade e elegância, tendo atingido o mais alto grau que um Moscatel pode ter neste reputado concurso mundial. Pode evoluir muito bem por mais de 50 anos e deve de ser consumido a temperatura de 14 ºC, como digestivo sem qualquer acompanhamento, pois é tão intenso que melhora muito o seu sabor. A Adega de Pegões é uma das adegas portuguesas mais premiadas na última década, com mais de 500 prémios em todo o mundo. Recentemente, foi a empresa de Portugal mais premiada no “Portugal Wine Trophy 2016” (organizado por uma entidade alemã) ou no “Selezione del Sindaco 2016 ” (Itália). Ou mesmo cá, no Concurso “Uva de Ouro “, onde obteve 21 medalhas de ouro, no total destes concursos, o que reforça bastante a qualidade dos seus vinhos, que para mais, além da grande qualidade apresentam sempre preços bastantes justos. ESTE “MOSCATEL ROXO DA ADEGA DE PEGÕES”, CUJAS UVAS SÃO ORIGINÁRIAS DAS PLANÍCIES QUENTES DO SUL DE PORTUGAL, ESTAGIOU CINCO ANOS EM BARRICAS DE CARVALHO FRANCÊS E AMERICANO MASSAM Rua Dona Maria Ana de Áustria, Lote 183, 2605-663 Belas OFERTA DE INSCRIÇÃO! - Acompanhamento Nutricional - Acompanhamento Personalizado - Treino assistido em Sala - Wi-fi gratuito - Sauna - Banho Turco - 3100 m2 * Tra nsm issã o 7 60 96 780 2 7 66 96 780 Á2NORTE de J ogo s Eu ro 2 016 num Proj etor ! PUBLICIDADE 4,33€ por semana INSCRIÇÕES LIMITADAS TARIFÁRIOS E FORMAS DE PAGAMENTO ESPECÍFICAS Diário de Notícias Terça-feira, 19 de julho de 2016 avisos, tribunais e conservatórias emprego 24 PUBLICIDADE Tribunal Judicial da Comarca de Leiria Instância Local de Alcobaça - Secção Criminal ANÚNCIO Processo: 1551/16.0T8ACB - Processo Comum (Tribunal Singular) - Ref.: 82456209 João Ricardo Carreira, Juiz de Direito da Instância Local de Alcobaça - Secção Criminal - Comarca de Leiria, faz saber que no Processo Comum (Tribunal Singular) n.º 1551/16.0T8ACB (proveniente do Processo n.º 451/12.8GCACB), pendente nesta Secção Criminal contra a arguida Loredana Vaduva, filha de Virgil e de Ioana, natural da Roménia; nacional da Roménia, nascida em 1/9/1978, estado civil: divorciada, NIF - 266817351, com último domicílio conhecido na Rua Principal, n.º 10, Anexo B, Chão do Galego, 2460-876 Turquel, Alcobaçã, por se encontrar acusada da prática do crime: 1 (um) crime de recetação, previsto e punido pelo artigo 231.º, n.º 2, do Código Penal, alegadamente praticado em dia não concretamente apurado, mas anterior a 27/12/2012, foi a mesma declarada contumaz, em 6/6/2016, nos termos do art.º 335.º do C. P. Penal. A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação da arguida em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos: a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresentação ou detenção da arguida, sem prejuízo da realização de atos urgentes, nos termos do art.º 320.º do C. P. Penal; b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial celebrados pela arguida após esta declaração; c) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos junto de autoridades públicas. Alcobaça, 11/7/2016 O Juiz de Direito João Ricardo Carreira DN, 19/7/2016 - 1.ª Publicação Comarca de Leiria Caldas da Rainha - Inst. Local - Secção Criminal - J1 ANÚNCIO OFERECEM-SE DOMÉSTICA (OFERECE-SE) Com experiência em costura, auxiliar de enfermagem. Preferencia Lisboa, Oeiras e Sintra. ☎ 968271435 PRECISAM-SE SECRETÁRIA M/F LISBOA Conhecimento área mediação imobliária: Envio CV para: [email protected] dias úteis entre as 9h00 e as 18h30 e aos sábados das 9h30 às 13h00 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Consulado-Geral do Brasil em Faro Livro: 5 Folha(s): 95 Termo: 1235 EDITAL DE CASAMENTO João Francisco Campos da Silva Pereira, Cônsul-Geral Adjunto do Brasil em/no(a) Faro, usando das atribuições que lhe confere o art.º 18.º da Lei de Introdução ao Código Civil, faz saber que pretendem casar MAURÍCIO VITORIANO LIMA natural de São Paulo, São Paulo, Brasil. nascido a 16/10/1981, residente e domiciliado na Rua D. João V, Edifício Miravila, Bloco A, Apto. n.º 802, Quarteira, Portugal, Código Postal: 8125-207, nesta jurisdição consular, filho de Francisco Pedro de Lima e de Maria Helena Vitoriano Lima, e MÁRCIA MARIA TRIBUTINO natural de Caruaru, Pernambuco, Brasil, nascida a 4/2/1978, residente e domiciliada na Rua D. João V, Edifício Miravila, Bloco A, Apto. n.º 802, Quarteira, Portugal, Código Postal: 8125-207, nesta jurisdição consular, filha de José António Tributino e de Inácia Maria Tributino. Apresentaram os documentos exigidos pelo art.º 1525.º do Código Civil. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavrado o presente para ser afixado em lugar visível da Chancelaria deste Consulado-Geral. Oficial de Registro Civil «ad-hoc» Ana Valéria Sepúlveda Rodrigues Insolvência de "HORÁCIO DE MATOS RIBEIRO" PROC. N.º 468/11.0TBTND da Comarca de Viseu - Viseu - Inst. Central Sec. Comércio J2 O Administrador de Insolvência vai proceder à venda, através de proposta em carta fechada, dos bens imoveis apreendidos no âmbito da insolvência supra identificada: Verba nº1 Prédio urbano, composto por palheiro, eira e releixo, com uma área total de 141m2, sito na freguesia de Molelos, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tondela sob o nº 3331 e inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 1694 aceitando-se propostas pelo valor base de 1.000,00€. Verba nº2 Prédio rústico, composto por terreno de cultura com uma área total de 700m2, sito na freguesia de Molelos, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tondela sob o nº 3333 e inscrito na respetiva matriz predial sob o artigo 3677, aceitando-se propostas pelo valor base de 100,00€. Verba nº3 Prédio rústico, composto por pinhal com área total de 1.100m2, sito na freguesia de Molelos, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tondela sob o nº 3334 e inscrito na respetiva matriz predial sob o artigo 3578, aceitando-se propostas pelo valor base de 550,00€. Verba nº4 Prédio rústico, composto por terreno destinado a cultura, sito no lugar de Padaria, freguesia de Nandufe e concelho de Tondela, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tondela sob o nº 262 e inscrito na respetiva matriz predial sob o artigo 775 e Prédio urbano, composto por casa destinada a padaria, sito no lugar da Ribeira, freguesia de Nandufe e concelho de Tondela, descrito na Conservatória do Registo Predial de Tondela sob o nº 116 e inscrito na respetiva matriz predial sob o artº241 aceitando-se propostas pelo valor base de 16.000,00€. Os bens serão vendidos, no estado em que se encontram e sem qualquer espécie de garantia. Este, assim como toda a documentação a ele respeitante, poderá ser visto em dia e hora a combinar com o Administrador de Insolvência. As propostas deverão ser apresentadas por escrito, em carta registada (no envelope deverá fazer-se menção da insolvência a que se dirigem), e remetidas para o Administrador de Insolvência, Dr. Paulo Campos Macedo, Rua Sá da Bandeira, nº 567, 1º Esq., 4000-437 Porto (tel. 220133060), Email: [email protected]. As propostas deverão ser acompanhadas, como caução, de um cheque visado à ordem da massa insolvente, no valor de 20% do valor base de venda ou garantia bancária no mesmo valor. Será dada preferência às propostas para compra da totalidade dos bens. A abertura de propostas terá lugar no dia 28 de Julho de 2016, pelas 09:45 horas, no escritório do Administrador de Insolvência, podendo assistir à mesma todos os proponentes. O Administrador de Insolvêncio Paulo Campos Macedo Pagamento por MULTIBANCO ou VISA. Os anúncios só serão publicados após confirmação do pagamento por parte destas entidades. Processo: 642/13.4TACLD - Processo Comum (Tribunal Singular) - N/Ref.: 82422977 A M.ma Juíza de Direito, Dra. Filomena Serrano, da Comarca de Leiria - Caldas da Rainha - Inst. Local - Secção Criminal - J1, faz saber que no Processo Comum (Tribunal Singular) n.º 642/13.4TACLD, pendente neste tribunal contra o arguido António da Conceição Camacho, filho de Joaquim Faustino Camacho e de Inês Emília, natural de: Nossa Senhora do Pópulo (Caldas da Rainha); nacional de Portugal, nascido em 23-11-1967, estado civil: divorciado (regime: divorciado), profissão: (desconhecida ou não existente), Segurança Social - 11111984778, domicílio: Rua da Corredoura, n.º 3, r/c, Cabreiros, 2500-622 Salir de Matos, por se encontrar acusado da prática do crime: 1 crime de abuso de confiança contra a Segurança Social, p.p. pelo art.º 107.º, n.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, praticado em 09/2011; foi o mesmo declarado contumaz, em 4/7/2016, nos termos do art.º 335.º do C. P. Penal. A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação do arguido em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos: a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresentação ou detenção do arguido, sem prejuízo da realização de atos urgentes, nos termos do art.º 320.º do C. P. Penal; b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial celebrados pelo arguido após esta declaração; c) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos junto de autoridades públicas. Caldas da Rainha, 7/7/2016 A Juíza de Direito Dra. Filomena Serrano DN, 19/7/2016 - 1.ª Publicação AVISO Revisão do Plano Diretor Municipal Em cumprimento do disposto no n.º 1 do artigo 76.º do Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, torna-se pública a deliberação da Câmara Municipal de Arronches, tomada em reunião de 13 de junho de 2016, através da qual foi desencadeado o procedimento de revisão do Plano Diretor Municipal de Arronches. Paços do Município de Arronches, 14 de julho de 2016 A Presidente da Câmara Eng.ª Fermelinda Carvalho Comarca de Leiria Caldas da Rainha - Inst. Local - Secção Criminal - J1 ANÚNCIO Processo: 710/15.8T9CLD - Processo Comum (Tribunal Singular) - N/Ref.: 82414416 A M.ma Juíza de Direito, Dra. Filomena Serrano, da Comarca de Leiria - Caldas da Rainha - Inst. Local - Secção Criminal - J1, faz saber que no Processo Comum (Tribunal Singular) n.º 710/15.8T9CLD, pendente neste tribunal contra o arguido Celso Augusto Ramos, filho de Afonso Ramos e de Vanda Artur Emília Cruz, natural de: Moçambique; nacional de Moçambique, nascido em 22/10/1964, estado civil: solteiro, profissão: desconhecida ou sem profissão, cartão cidadão - 079105041ZZ6, domicílio: Rua Almeida Garrett, n.º 2, 2.º esq., 2500-000 Caldas da Rainha, por se encontrar acusado da prática do crime: 1 crime de condução sem habilitação legal, p.p. pelo art.º 3.º do Dec.-Lei n.º 2/98, de 3 de janeiro, praticado em 21/5/2014; foi o mesmo declarado contumaz, em 30/6/2016, nos termos do art.º 335.º do C. P. Penal. A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação do arguido em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos: a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresentação ou detenção do arguido, sem prejuízo da realização de atos urgentes, nos termos do art.º 320.º do C. P. Penal; b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial celebrados pelo arguido após esta declaração; c) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos junto de autoridades públicas. Caldas da Rainha, 7/7/2016 A Juíza de Direito Dra. Filomena Serrano DN, 19/7/2016 - 1.ª Publicação CLASSIFICADOS PUBLICIDADE 25 Diário de Notícias Terça-feira, 19 de julho de 2016 VENDA INSOLVÊNCIA DE JOÃO PEDRO PINTO CARDOSO DIAS Processo n.º 24815/15.6T8LSB – Comarca de Lisboa Inst. Central – 1.ª Sec. Comércio – J4 José Manuel Almeida da Silva, Administrador Judicial, com escritório na Rua General Ferreira Martins, n.º 10 – 5.º B, 1495-137 Algés, nomeado no auto de insolvência acima identificado, faz saber que vai proceder à venda, no estado físico e jurídico em que se encontra, por meio de propostas que serão recebidas em carta fechada, do seguinte bem, pelo valor mínimo indicado: • Um imóvel identificado pela Fração autónoma, designada pela letra “U”, que corresponde ao 6.º andar frente, (Atelier), do n.os 1, 1/A e 1/B, do prédio urbano sito na Rua Dr. Gama Barros, tornejando com o n.º 16 da Rua Conde de Sabugosa, em Lisboa, descrito na Conservatória do Registo Predial sob o n.º 2448, da freguesia de São Jorge de Arroios e inscrito na matriz predial com o art.º 975.º, da freguesia de Alvalade, concelho de Lisboa, com o valor-base de venda de 60 000,00 € (sessenta mil euros). Este imóvel tem 2 hipotecas registadas a favor do Banco Santander Totta, SA. REGULAMENTO: • As propostas serão remetidas até ao dia 5/8/2016, que inclui a data do registo da expedição dos CTT, em carta fechada, registada e com aviso de receção, dirigida ao Administrador Judicial, para o endereço, acima referido; • No envelope deve constar a seguinte referência “Proposta de aquisição de Insolvência de João Pedro Pinto Cardoso Dias”; • As propostas devem conter os seguintes elementos, sob pena da sua exclusão: nome completo, morada, endereço de correio eletrónico (e-mail), NIPC ou NIF, n.º de telefone para contacto e valor oferecido; • A adjudicação da alienação será feita à proposta de maior valor, desde que igual ou superior ao valor de venda. Caso surjam propostas de valor inferior ao valor-base de venda, elas ficarão para ser consideradas, mas ficarão passíveis de aprovação posterior, ainda que sob negociação posterior; • A abertura das propostas realizar-se-á em 19/8/2016, pelas 12.00 horas, no escritório do Administrador Judicial; • No ato de adjudicação, o proponente adjudicatário entregará um cheque no valor de 20% do valor da proposta; • A competente escritura de compra e venda realizar-se-á no prazo máximo de 90 dias, após a data da adjudicação, em data, hora e local a notificar ao comprador. O remanescente do preço será liquidado no ato de assinatura da escritura, através de cheque visado; • Se não for possível realizar a escritura por razões imputáveis ao promitente-comprador, este perderá o valor do sinal já entregue. Serão de conta do comprador, todos os encargos legais decorrentes da compra, designadamente o IMT, escritura e registos da compra e cancelamento dos ónus; • Caberá ao Meritíssimo Juiz do processo de insolvência a resolução de todas e quaisquer questões surgidas que não estejam contempladas no presente regulamento. DN, 19/7/2016 O Administrador Judicial Dr. José Manuel Almeida da Silva Comarca de Leiria Nazaré - Inst. Local - Sec. Comp. Gen. - J1 Processo: 44/14.5GANZR Processo Comum (Tribunal Singular) Referência: 82464542 dias úteis entre as 9h00 e as 18h30 e aos sábados das 9h30 às 13h00 ANÚNCIO A M.ma Juíza de Direito, Dra. Ana Sofia Guerra Castelhano, da Comarca de Leiria - Nazaré - Inst. Local - Sec. Comp. Gen. - J1: Faz saber que no Processo Comum (Tribunal Singular) n.º 44/14.5GANZR, pendente neste Tribunal contra o arguido Miguel Fernando Araújo Costa, filho de Custódio Pereira da Costa e de Casimira Caldas de Araújo, natural de Portugal, Vila Nova de Gaia, Arcozelo (Vila Nova de Gaia); nacional de Portugal, nascido em 16/11/1972, estado civil: desconhecido, profissão: desconhecida ou sem profissão. NIF - 208251464, BI - 10118588, domicílio: Largo do Mastro, n.º 31-1, 1150-175 Lisboa, por se encontrar acusado da prática dos crimes: 3 crimes de furto simples, p.p. pelo art.º 203.º do C. Penal, praticado em 14/4/2014; foi o mesmo declarado contumaz, em 6/7/2016, nos termos do art.º 335.º do C. P. Penal. A declaração de contumácia, que caducará com a apresentação do arguido em juízo ou com a sua detenção, tem os seguintes efeitos: a) Suspensão dos termos ulteriores do processo até à apresentação ou detenção do arguido, sem prejuízo da realização de atos urgentes nos termos do art.º 320.º do C. P. Penal; b) Anulabilidade dos negócios jurídicos de natureza patrimonial celebrados pelo arguido, após esta declaração; c) Proibição de obter quaisquer documentos, certidões ou registos junto de autoridades públicas. Nazaré, 11/7/2016 A Juíza de Direito Dra. Ana Sofia Guerra Castelhano DN, 19/7/2016 - 1.ª Publicação Pagamento por MULTIBANCO ou VISA Os anúncios só serão publicados após confirmação do pagamento por parte destas entidades. necrologia LISBOA MARIA ALCIDES AMARAL FIGUEIREDO FALECEU Seu Filho, Nora e Neto participam o seu falecimento e que o funeral se realiza hoje, dia 19, pelas 12.00 horas, das capelas Exequiais São João de Deus (Praça de Londres) para o cemitério dos Olivais. Às 11.30 horas será celebrada Missa de corpo presente. AG. FUN. ADELINO MARTINS Comarca de Coimbra Coimbra - Instância Local - Secção Cível - J2 ANÚNCIO Comarca de Coimbra Coimbra - Instância Local - Secção Cível - J3 ANÚNCIO Processo: 5323/16.4T8CBR - Interdição/Inabilitação N/Ref.: 72034751 Data, 13/7/2016 A M. ma Juíza de Direito Dra. Filipa Reis Santos, da Comarca de Coimbra - Inst. Local - Secção Cível - J3. Faz-se saber que foi distribuída neste Tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação em que é requerida Carla Alexandra Esteves Teixeira, com residência em domicílio: Bairro do Ingote. Bloco 1-2.º dto., 3020-207 Coimbra, atualmente internada no CHUC - Polo Sobral Cid 8 Pavilhão 3, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. (Documento elaborado por Escrivã Auxiliar Teresa Melo) A Juíza de Direito Dra. Filipa Reis Santos Processo: 4581/16.9T8CBR - Interdição/Inabilitação N/Ref.: 72026930 - Data: 12/7/2016 Requerente: Ministério Público Requerido: António Manuel Bastos Pedroso Faz-se saber que foi distribuída neste tribunal, a ação de Interdição/Inabilitação n.º 4581/16.9T8CBR em que é requerido António Manuel Bastos Pedroso, solteiro, BI 9303194, nascido a 18/9/1961, filho de Nelson Pedroso e de Irene Bastos, com residência em domicílio: Rua Cidade de Pádua, Bloco 7, r/c dto., Bairro do Ingote, 3020-208 Coimbra, para efeito de ser decretada a sua interdição por anomalia psíquica. A Juíza de Direito Dra. Leonor Gusmão A Oficial de Justiça Ana Maria Adegas Santos Anuncie no novo caderno de classificados do DN, título de referência al. na imprensa diária nacional. CLASSIFICADOS 26 PUBLICIDADE Banco Português de Gestão, S. A. Banco Português de Gestão, S. A. Sede: Rua do Salitre, n.os 165-167 1250-198 Lisboa, Portugal Capital social: EUR 49.651.914,27 NIPC e de Matrícula na C. R. Comercial de Lisboa 504 655 361 Sede: Rua do Salitre, n.os 165-167 1250-198 Lisboa, Portugal Capital social: EUR 49.651.914,27 NIPC e de Matrícula na C. R. Comercial de Lisboa 504 655 361 ASSEMBLEIA GERAL DE OBRIGACIONISTAS PROPOSTA A APRESENTAR EM ASSEMBLEIA GERAL DE OBRIGACIONISTAS A REALIZAR NO DIA 25 DE AGOSTO DE 2016 AVISO CONVOCATÓRIO EMISSÃO DE EUR 6.500.000,00 OBRIGAÇÕES Nos termos do artigo 355.º do Código das Sociedades Comerciais e a pedido do Conselho de Administração do Banco Português de Gestão, S. A. (doravante “BPG” ou “Sociedade”), convocam-se os Senhores Obrigacionistas que sejam titulares de Obrigações Subordinadas, com vencimento em 30 de janeiro de 2023, no montante de EUR 6.500.000,00, com a taxa de juro de 4,75% ao ano (pagamento semestral de juros) e reembolso total ao par na maturidade, emitidas pelo BPG, com sede na Rua do Salitre, n.os 165-167, 1250-198 Lisboa, com o capital social de EUR 49.651.914,27, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o número único de matrícula e de pessoa coletiva 504 655 361, para se reunirem em Assembleia Geral de Obrigacionistas a realizar no próximo dia 25 de agosto de 2016, pelas 15.00 horas, na sede da Sociedade na Rua do Salitre, n.os 165-167, 1250-198 Lisboa, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único da Ordem de Trabalhos: 0RGL¿FDomR GDV FRQGLo}HV GRV FUpGLWRV GRV Obrigacionistas com vista a permitir aos mesmos que optem entre: i) o reembolso antecipado de 6/10 das Obrigações Subordinadas detidas por cada Obrigacionista, na medida aplicável e permitida pelo arredondamento para cima do produto entre 6/10 e o número de Obrigações detidas, ao par e com imediata e integral utilização do valor correspondente a esse reembolso para subscrição de um aumento de capital do BPG subscrito pelo Obrigacionista em causa como novas entradas em dinheiro, nos demais WHUPRVTXHSDUDRHIHLWRIRUHP¿[DGRVSHOR&RQVHOKRGH$GPLQLVWUDomRRXSHOD$VVHPEOHLD Geral do BPG, mantendo-se as restantes 4/10 das Obrigações Subordinadas detidas por cada Obrigacionista nas condições atuais; ii) a manutenção das Obrigações Subordinadas nas condições atuais para todas as Obrigações detidas por cada Obrigacionista; ou iii) o reembolso antecipado imediato e ao par de 6/10 das Obrigações Subordinadas detidas por cada Obrigacionista, na medida aplicável e permitida pelo arredondamento para cima do produto entre 6/10 e o número de Obrigações detidas, com possibilidade de reembolso antecipado de Obrigações Subordinadas adicionais na medida sobrante do número de Obrigações Subordinadas que não sejam convertidas pelos demais Obrigacionistas desta emissão. Em anexo poderá encontrar a proposta formulada pelo Conselho de Administração a analisar nesta Assembleia Geral de Obrigacionistas. Advertem-se os Senhores Obrigacionistas, para o seguinte: 1RVWHUPRVGDVGLVSRVLo}HVOHJDLVDSOLFiYHLVHVWD$VVHPEOHLD*HUDOGH2EULJDFLRQLVWDVpFRQVWLWXtGD SRUWRGRVRVWLWXODUHVGH2EULJDo}HVGDHPLVVmRHPFLPDLGHQWL¿FDGD3RGHPHVWDUSUHVHQWHVRV PHPEURVGRVyUJmRVGHDGPLQLVWUDomRH¿VFDOL]DomRGR%3*RXUHSUHVHQWDQWHVSRUHOHGHVLJQDGRV Têm direito a participar na Assembleia Geral de Obrigacionistas e aí discutir e votar os Obrigacionistas que, na data de registo, correspondentes às 23.59 horas (GMT) do dia 18 de agosto de 2016 (“Data de Registo”), que corresponde ao 5.º dia útil anterior à data de realização da Assembleia Geral de Obrigacionistas, forem titulares de, pelo menos, uma obrigação, a qual, segundo a lei, corresponde a um voto. O Obrigacionista que pretenda participar na Assembleia Geral de Obrigacionistas, deve comunicá-lo SRUHVFULWRDR3UHVLGHQWHGD0HVDGD$VVHPEOHLD*HUDOHDRLQWHUPHGLiULR¿QDQFHLURMXQWRGRTXDO tenha aberto conta de registo individualizado de valores mobiliários na qual esteja(m) registada(s) a(s) sua(s) Obrigação(ões). A Sociedade disponibiliza aos Senhores Obrigacionistas um formulário de declaração, que pode ser REWLGRDWUDYpVGHVROLFLWDomRGLULJLGDj6RFLHGDGHYLDWHOHIRQHRXYLDFRUUHLR eletrónico ([email protected]). As duas comunicações – ao Presidente da Assembleia Geral de Obrigacionistas e ao intermediário ¿QDQFHLUR MXQWR GR TXDO R 2EULJDFLRQLVWD WHQKD DEHUWR FRQWD GH UHJLVWR LQGLYLGXDOL]DGR GH YDORUHV mobiliários na qual esteja(m) registada(s) a(s) sua(s) Obrigação(ões) – deverão ser por ele recebidas DWpjVKRUDVGRGLD~WLODQWHULRUj'DWDGH5HJLVWRRXVHMDDWpDRGLDGHDJRVWRGH TXDQGRSRUHVFULWRRXDWpjVKRUDVGHVVHPHVPRGLDTXDQGRSRUPHLRVWHOHPiWLFRVbpg@bpg.pt 6HDGHFODUDomRGHSDUWLFLSDomRSURYLHUGHLQWHUPHGLiULR¿QDQFHLURRQGHRVWtWXORVHVWHMDPUHJLVWDGRV agindo sob instruções de Obrigacionistas, devem ser observados os mesmos requisitos temporais. Relativamente às Obrigações que o Obrigacionista seja detentor em conta(s) de depósito de títulos DEHUWDVQR%3*FRQVLGHUDVHVX¿FLHQWHRHQYLRGDGHFODUDomRGHFRPXQLFDomRGHSDUWLFLSDomRQD Assembleia Geral de Obrigacionistas, assegurando-se que este transmitirá a intenção de participação do Obrigacionista à Sociedade, nos mesmos prazos indicados no parágrafo anterior. 2VLQWHUPHGLiULRV¿QDQFHLURVDTXHPVHMDPDQLIHVWDGDDLQWHQomRGRVVHXVFOLHQWHVGHSDUWLFLSDU na Assembleia Geral de Obrigacionistas, deve(m) enviar ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, por correio eletrónico ([email protected]*07GRGLDGHDJRVWRGH'DWD de Registo), informação sobre o número de Obrigações registadas em nome de cada um dos seus clientes. O recebimento tempestivo, pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, da: i) declaração de comunicação de participação na Assembleia Geral de Obrigacionistas, e ii) informação do(s) LQWHUPHGLiULRV ¿QDQFHLURV MXQWR GRV TXDODLV R 2EULJDFLRQLVWD WHQKD DEHUWR DV FRQWDV GH registo de valores mobiliários na(s) qual(ais) esteja(m) registada(s) a(s) sua(s) obrigação(ões), quando DSOLFiYHOpFRQGLomRQHFHVViULDGDSDUWLFLSDomRQD$VVHPEOHLD*HUDOGH2EULJDFLRQLVWDV O(s) Obrigacionista(s) pode(m) fazer-se representar na Assembleia Geral de Obrigacionistas. Os poderes de representação podem ser conferidos por simples carta de representação dirigida ao 3UHVLGHQWHGD0HVDGH$VVHPEOHLDFXMRIRUPXOiULRSRGHVHUREWLGRDWUDYpVGHVROLFLWDomRGLULJLGDj [email protected]). Este formulário deve ser assinado e remetido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral por correio registado para a sede social ou enviado digitalizado por e-mail [email protected] GLD~WLODQWHULRUjGDWDGHVLJQDGDSDUDD$VVHPEOHLD*HUDOGH2EULJDFLRQLVWDVRXVHMDDWpDRGLD 17 de agosto de 2016. $VFDUWDVGHUHSUHVHQWDomRGHYHUmRVHUDFRPSDQKDGDVGHFySLDVGRVGRFXPHQWRVGHLGHQWL¿FDomR dos Obrigacionistas e do representante. Quando o Obrigacionista seja uma pessoa coletiva, GHYHUmRVHUDVFDUWDVDFRPSDQKDGDVGHFySLDGRGRFXPHQWRGHLGHQWL¿FDomRGRVVXEVFULWRUHVGD mesma e comprovados os respetivos poderes ou, em alternativa, ser enviada uma procuração com reconhecimento com menções especiais. Consideram-se revogados os poderes de representação conferidos, no caso de presença na Assembleia Geral do Obrigacionista que os tenha atribuído. Considerando a natureza da deliberação correspondente ao Ponto Único da Ordem de Trabalhos, e nos termos do disposto no artigo 355.º (Assembleia de Obrigacionistas), n.º 7, do Código das Sociedades Comerciais, a aprovação da proposta consubstanciada nos documentos indicados no parágrafo seguinte está sujeita a uma maioria de metade dos votos correspondentes a todos os REULJDFLRQLVWDVQDSULPHLUDGDWD¿[DGDQRSUHVHQWHDYLVRFRQYRFDWyULRHDXPDPDLRULDGHGRLVWHUoRV GRVYRWRVHPLWLGRVQDVHJXQGDGDWD¿[DGDQHVWHDYLVR Serão postos à disposição dos Obrigacionistas, para consulta durante os 15 dias anteriores à data da Assembleia Geral, na sede social da Sociedade, os elementos de informação e documentos referentes ao presente reembolso antecipado das obrigações subordinadas, nos termos do disposto no Regulamento (UE) n.º 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho. Caso na data marcada não se encontre presente, nos termos da lei aplicável, o número necessário de Obrigacionistas, a Assembleia reunir-se-á no dia 25 de agosto de 2016, pelas 16.00 horas, na sede da Sociedade na Rua do Salitre n.os 165-167, 1250-198 Lisboa, e com a mesma Ordem de Trabalhos, com o número de Obrigacionistas presentes ou representados. Lisboa, 15 de julho de 2016 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral (agindo enquanto Presidente da Mesa da Assembleia de Obrigacionistas) Vitalino Canas Ponto Único da Ordem de Trabalhos: 0RGL¿FDomRGDVFRQGLo}HVGRVFUpGLWRVGRV2EULJDFLRnistas com vista a permitir aos mesmos que optem entre: i) o reembolso antecipado de 6/10 das 2EULJDo}HV6XERUGLQDGDVGHWLGDVSRUFDGD2EULJDFLRQLVWDQDPHGLGDDSOLFiYHOHSHUPLWLGDSHOR DUUHGRQGDPHQWRSDUDFLPDGRSURGXWRHQWUHHRQ~PHURGH2EULJDo}HVGHWLGDVDRSDUH FRPLPHGLDWDHLQWHJUDOXWLOL]DomRGRYDORUFRUUHVSRQGHQWHDHVVHUHHPEROVRSDUDVXEVFULomRGH XPDXPHQWRGHFDSLWDOGR%3*VXEVFULWRSHOR2EULJDFLRQLVWDHPFDXVDFRPRQRYDVHQWUDGDVHP GLQKHLURQRVGHPDLVWHUPRVTXHSDUDRHIHLWRIRUHP¿[DGRVSHOR&RQVHOKRGH$GPLQLVWUDomRRX SHOD$VVHPEOHLD*HUDOGR%3*PDQWHQGRVHDVUHVWDQWHVGDV2EULJDo}HV6XERUGLQDGDV GHWLGDVSRUFDGD2EULJDFLRQLVWDQDVFRQGLo}HVDWXDLVLLDPDQXWHQomRGDV2EULJDo}HV6XERUGLQDGDVQDVFRQGLo}HVDWXDLVSDUDWRGDVDV2EULJDo}HVGHWLGDVSRUFDGD2EULJDFLRQLVWDRXLLLR UHHPEROVRDQWHFLSDGRLPHGLDWRHDRSDUGHGDV2EULJDo}HV6XERUGLQDGDVGHWLGDVSRUFDGD 2EULJDFLRQLVWDQDPHGLGDDSOLFiYHOHSHUPLWLGDSHORDUUHGRQGDPHQWRSDUDFLPDGRSURGXWRHQWUH HRQ~PHURGH2EULJDo}HVGHWLGDVFRPSRVVLELOLGDGHGHUHHPEROVRDQWHFLSDGRGH2EULJDo}HV 6XERUGLQDGDVDGLFLRQDLVQDPHGLGDVREUDQWHGRQ~PHURGH2EULJDo}HV6XERUGLQDGDVTXHQmR VHMDPFRQYHUWLGDVSHORVGHPDLV2EULJDFLRQLVWDVGHVWDHPLVVmR Proposta Considerando que se entende oportuno aumentar o nível de Capital Próprio/Fundos Próprios 7LHUGR%DQFR3RUWXJXrVGH*HVWmR6$GRUDYDQWH³%3*´RX³6RFLHGDGH´R&RQVHOKRGH $GPLQLVWUDomRGR%3*SURS}HDRV6HQKRUHV2EULJDFLRQLVWDVTXHQRVWHUPRVHSDUDRVHIHLWRVGR GLVSRVWRQRDUWLJRAssembleia de Obrigacionistas) do Código das Sociedades Comerciais, DSURYHPDPRGL¿FDomRGDVFRQGLo}HVGRVVHXVFUpGLWRVREULJDFLRQLVWDVQRkPELWRGDHPLVVmRGH REULJDo}HVVXERUGLQDGDVHPLWLGDVSHOR%3*FRPDGDWDGHGHMDQHLURGHDV³2EULJDo}HV 6XERUGLQDGDV´HFRPYHQFLPHQWRHPGHMDQHLURGHQRPRQWDQWHGH(85 FRPXPDWD[DGHMXURGHDRDQRSDJDPHQWRVHPHVWUDOGHMXURVHUHHPEROVRWRWDODRSDU 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QDPHGLGDVREUDQWHGRQ~PHURGH2EULJDo}HV6XERUGLQDGDVTXHQmRVHMDPFRQYHUWLGDVSHORV GHPDLV2EULJDFLRQLVWDVGHVWDHPLVVmR 2&RQVHOKRGH$GPLQLVWUDomRGR%3*SURS}HSURFHGHUDRUHHPEROVRDQWHFLSDGRDRSDUGH XPYDORUHTXLYDOHQWHDGRQ~PHURGH2EULJDo}HV6XERUGLQDGDVHPFLUFXODomRRTXDOGHYH VHUFRQFOXtGRHPVLPXOWkQHRFRPDVXEVFULomRHUHDOL]DomRGHXPDXPHQWRGHFDSLWDOVRFLDOGD 6RFLHGDGHQXPPRQWDQWHSHORPHQRVHTXLYDOHQWHDRGRUHHPEROVRGDVREULJDo}HVVXERUGLQDGDV FRQVHJXLGRQHVWD$VVHPEOHLDGH2EULJDFLRQLVWDVGHPRGRD³VXEVWLWXLU´SDUWHGRPRQWDQWHGH XPLQVWUXPHQWRGHFDSLWDO7LHUREULJDo}HVVXERUGLQDGDVSRUXPPRQWDQWHLGrQWLFRRXPXLWR SUy[LPRGHXPLQVWUXPHQWRFDSLWDO7LHUDo}HVPDQWHQGRSUDWLFDPHQWHLQDOWHUDGRRPRQWDQWH global de fundos próprios elegíveis, mas aumentando o nível de Capital Próprio do BPG, apenas HVWDQGRHVWHUHHPEROVRDQWHFLSDGRGLVSRQtYHOSDUD2EULJDFLRQLVWDVTXHSUHYLDPHQWHWHQKDP VXEVFULWRMXQWRGR%3*FRPSURPLVVRVGHVXEVFULomRGRUHIHULGRDXPHQWRGHFDSLWDOHPWHUPRV conformes com esta proposta. 2UHHPEROVRGDV2EULJDo}HV6XERUGLQDGDVRFRUUHUiDWpGLDVDSyVFRPXQLFDomRSRUHVFULWRGR &RQVHOKRGH$GPLQLVWUDomRGR%3*GLULJLGDDRV2EULJDFLRQLVWDVFRQ¿UPDQGRTXHHVWmRUHXQLGDVDV VHJXLQWHVFRQGLo}HVVXVSHQVLYDVGDRSHUDomRRXDDTXLVLomRGDFHUWH]DGDUHVSHWLYDYHUL¿FDomR L $SURYDomRSUpYLDGDRSHUDomRSURMHWDGDSRUSDUWHGR%DQFRGH3RUWXJDO LL $FHLWDomRGDSURSRVWDGHUHHPEROVRDQWHFLSDGRSDUDXPQ~PHURWRWDOGHSHORPHQRV VHWHQWDHTXDWUR2EULJDo}HV6XERUGLQDGDV LLL 'HOLEHUDomRHVSHFt¿FDHP&RQVHOKRGH$GPLQLVWUDomRGRDXPHQWRGHFDSLWDOSRU HQWUDGDVHPGLQKHLURGLULJLGRDRVDFLRQLVWDV LY 3DUHFHUIDYRUiYHOGR&RQVHOKR)LVFDOjUHDOL]DomRGRDXPHQWRGHFDSLWDOVRFLDOQRV WHUPRVGRDUWLJRQGRV(VWDWXWRVGR%3*H Y $SUHVHQWDomRGHFDUWDGHLQWHQomRGRDFLRQLVWDGHUHIHUrQFLDGD6RFLHGDGHHP SDUWLFLSDUQRDXPHQWRGHFDSLWDOVRFLDOHHPJDUDQWLUDVXDVXEVFULomRSHODWRWDOLGDGH 2SUHoRDSDJDUSRUFDGDREULJDomRVHUiGH¼FRUUHVSRQGHQGRDRYDORUQRPLQDOGDV 2EULJDo}HV6XERUGLQDGDVDUHHPEROVDU 4XDQWRDRDXPHQWRGHFDSLWDOVRFLDOGLULJLGRDRVDFLRQLVWDVVHQGRUHDOL]DGRHPFRPELQDomRFRP 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2V6HQKRUHV2EULJDFLRQLVWDVVmRFRQYLGDGRVDPDQLIHVWDUDVXDRSomRQDSUySULD$VVHPEOHLDGH 2EULJDFLRQLVWDVSRGHQGRDWpID]rORVHDSOLFiYHOGHYLYDYR]QDSUySULD$VVHPEOHLDHGLVSRQGR HPWRGRRFDVRGHXPSUD]RFRUUHVSRQGHQWHDRVFLQFRGLDV~WHLVLPHGLDWDPHQWHSRVWHULRUHVj GDWDGHUHDOL]DomRGD$VVHPEOHLD*HUDOGH2EULJDFLRQLVWDVSDUDFRPXQLFDUHPDVXDRSomRDR%3* 2&RQVHOKRGH$GPLQLVWUDomRSURS}H¿QDOPHQWHTXHRV2EULJDFLRQLVWDV6XERUGLQDGRVTXHQmR FRPSDUHoDPRXVHIDoDPUHSUHVHQWDUQDUHXQLmRRXTXHQDPHVPDVHDEVWHQKDPPDQWHQKDP DVUHVSHWLYDV2EULJDo}HV6XERUGLQDGDVQDVFRQGLo}HVDWXDLVQmRVHQGRDGPLWLGDDGLYLVmRGH YRWRVRXGHFRPSRUWDPHQWRHQWUH2EULJDo}HVGHWLGDVSRUXPPHVPR2EULJDFLRQLVWDTXHGHYHUi SRULVVRRSWDUSRUXPDGDVDOWHUQDWLYDVDGPLWLGDVSDUDWRGDVDV2EULJDo}HVGHWLGDV diversos Diário de Notícias Terça-feira, 19 de julho de 2016 Nuno Ponte, pai de um menino, nascido a 15/10/2009 Hawa A. Uma petição foi apresentada, por desconhecidos, para rescisão de direitos parentais do acima indicado, HPUHODomRDVHX¿OKRPHQRU A decisão do tribunal, se a houver, pode afetar os seus direitos parentais, será ouvida a 30/6/2016, jVKRUDVHP)UDQNOLQ6T 1HZ%ULWDLQ&7 CASA DE FÉRIAS TEM A SUA POR ARRENDAR? 1,2 milhões de potenciais interessados nos jornais DN e JN 363 mil de potenciais interessados no site ocasiao.pt Lisboa, 14 de julho de 2016 Anexo Proposta do Conselho de Administração do Banco Português de Gestão, S. A. Insolvência de "Marta Isabel Coutinho de Oliveira " PROC. N.º 913/16.8T8VNG - da Comarca do Porto - V. N. de Gaia - Inst. Central 2ª Sec. Comércio J3 O Administrador de Insolvência vai proceder à venda, através de proposta em carta fechada, do bem apreendido no âmbito da insolvência supra identificada: Verba única: Veículo automóvel de marca Fiat modelo Punto Var AxZ1A, com a matrícula 15-MF-83 ,de cilindrada 1.2 a gasolina, pelo valor base de 2.950,00€ aceitando-se propostas pelo valor mínimo de 2.507,50€ correspondente a 85% do valor base. O bem será vendido, no estado em que se encontra e sem qualquer espécie de garantia. Este, assim como toda a documentação a ele respeitante, poderá ser visto em dia e hora a combinar com o Administrador de Insolvência. As propostas deverão ser apresentadas por escrito, em carta registada (no envelope deverá fazer-se menção da insolvência a que se dirigem), e remetidas para o Administrador de Insolvência, Dr. Paulo Campos Macedo, Rua Sá da Bandeira, nº 567, 1º Esq., 4000-437 Porto (tel. 220133060), Email: [email protected]. A proposta deverá ser acompanhada, como caução, de um cheque visado à ordem da massa insolvente, no valor de 20% do valor base de venda ou garantia bancária no mesmo valor. A abertura de propostas terá lugar no dia 28 de Julho de 2016, pelas 09:30 horas, no escritório do Administrador de Insolvência, podendo assistir à mesma todos os proponentes. O Administrador de Insolvência Paulo Campos Macedo INSOLVÊNCIA DE "ANTÓNIO RODRIGUES CARDOSO "PROC. N.º 3180/14.4T8VNF da Comarca de Braga - V. N. de Famalicão Inst. Central - 2.A Sec. Comércio - J1 O Administrador de Insolvência vai proceder à venda, através de proposta em carta fechada, do bem apreendido no âmbito da insolvência supra identificada: Verba única - Prédio rústico - Bouça de mato; Confrontações: norte - herdeiros de Emília Calheiros; sul - estrada nacional - 103/1; nascente - Álvaro Oliveira Miranda; poente - estrada camarária. (Estrato da desc. n.º 104066, fls. 64 do B-264. Reprodução de descrição). Sito em Banho ou Rodilhões, freguesia de Vila Cova. Denominação: Branco. Áreas: total - 5000 m2; descoberta 5000 m2. Descrito na Conservatória do Registo Predial de Barcelos, sob o n.º 106/19861205 e inscrito na respetiva matriz predial sob o n.º 1335 com o valor base de 9.000,00€. O bem será vendido, no estado em que se encontra e sem qualquer espécie de garantia. Este, assim como toda a documentação a ele respeitante, poderá ser visto em dia e hora a combinar com o Administrador de Insolvência. As propostas deverão ser apresentadas por escrito, em carta registada (no envelope deverá fazer-se menção da insolvência a que se dirigem), e remetidas para o Administrador de Insolvência, Dr. Paulo Campos Macedo, Rua Sá da Bandeira, nº 567, 1º Esq., 4000-437 Porto (tel. 220133060), Email: [email protected]. A proposta deverá ser acompanhada, como caução, de um cheque visado à ordem da massa insolvente, no valor de 20% do valor base de venda ou garantia bancária no mesmo valor. A abertura de propostas terá lugar no dia 28 de Julho de 2016, pelas 10:00 horas, no escritório do Administrador de Insolvência, podendo assistir à mesma todos os proponentes. O Administrador de Insolvência Paulo Campos Macedo CLASSIFICADOS O Conselho de Administração da Sociedade dias úteis entre as 9h00 e as 18h30 e aos sábados das 9h30 às 13h00 Todos os SÁBADOS, o seu anúncio publicado no DN, JN e OCASIAO.pt Com este pack, o seu anúncio é visto de norte a sul do país e estará disponível no site ocasiao.pt RENTABILIZE O SEU INVESTIMENTO. FALE CONNOSCO! Ligue grátis 800 241 241 ou dirija-se a uma *Fonte: Marktest, Bareme Imprensa (DN+JN), 2ª vaga 2015; Netscope, fev 2016. Pagamento por MULTIBANCO ou VISA. Os anúncios só serão publicados após confirmação do pagamento por parte destas entidades. Anuncie no novo caderno de classificados do DN
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