- AESabesp

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Ano XII – Nº 46 – Agosto / Setembro / Outubro de 2012
XXII Encontro
Técnico AESabesp
Fenasan 2012
Saiba por que este é o maior evento
técnico-mercadológico da América Latina,
além de ser uma ação sustentável da
Associação dos Engenheiros da Sabesp
Encarte
especial
Confira os ganhadores do
Troféu AESabesp na Fenasan 2012
O desafio da metrópole
Com nova governança,
a cidade de São Paulo
concentra diversos desafios
para alcançar patamares
de sustentabilidade, como
moradia, saúde, mobilidade
urbana, entre outros.
A sustentabilidade
é possível
Em nossa matéria tema, “Cidades
Sustentáveis - Soluções para o
Futuro”, mostramos que este é
um conceito possível. Conheça
o ranking da dez cidades, eleitas
mais sustentáveis do mundo.
Editorial
Ações do presente podem garantir nosso futuro
Ao visitarmos a história do
mundo, cada região, à sua
maneira, em determinado
período, teve que repensar
o seu modo de vida, observando as consequências de
cada atitude ou ação do homem que, de alguma forma,
Hiroshi Ietsugu
estaria alterando as condiPresidente da AESabesp
ções naturais que poderiam
trazer consequências irremediáveis para a sobrevivência da espécie.
Principalmente nos países nórdicos, que têm realidades desafiadoras de sobrevivência humana, pela escassez de recursos naturais, as necessidades de alternativas
de sobrevivência fizeram com que suas populações desenvolvessem mecanismos que garantissem o equilíbrio
da natureza, adequando suas atividades de tal forma
que o meio ambiente ficasse preservado.
Infelizmente essa conscientização somente é despertada pela necessidade e não pela preocupação de preservação da natureza. Por isso, ainda nos países em desenvolvimento, cuja prioridade ainda é melhorar e expandir
sua economia, desenvolver atividades sustentáveis ainda
é um grande desafio, postergado para o futuro.
Qualquer que seja a atividade do homem, sempre
haverá uma inovação decorrente de uma destruição
que, mesmo com o melhor aproveitamento, também
gerará resíduos que exigirá tecnologias avançadas
para minimizar o impacto ao meio ambiente.
Hoje, no mundo globalizado, há uma preocupação
generalizada pela preservação do meio ambiente, responsabilizando cada atividade geradora de degradação pela
recuperação, reciclagem ou reaproveitamento dos resíduos
A exemplo do que já acontece em algumas poucas
cidades do mundo, passa pela consciência da maioria da
população mundial que é importante que uma cidade
cresça de forma sustentável, ou seja, o desenvolvimento
previsto para a cidade deverá ser feito com planejamento
que garanta o mínimo de prejuízo à estabilidade da biota
local, ao recurso hídrico superficial e subterrâneo e ao ar.
A AESabesp, nesse contexto, tem adotado a filosofia
da sustentabilidade nas suas atividades, dando a sua
contribuição no trabalho de difundir a conscientização
agosto / setembro / outubro | 2012
da importância da preservação dos recursos naturais em
qualquer ramo, quer seja agrícola ou industrial.
Assim é que até em nosso país, a sociedade já percebe a importância da urgência da preservação do meio
ambiente em praticamente todas as atividades que são
desenvolvidas, que devem vir embutidas com ações que
garantam a minimização de impactos ambientais ou até
mesmo a recuperação de danos já provocados.
As pesquisas já apontam diversas situações preocupantes de contaminação nos recursos hídricos
superficiais e subterrâneos em todos os estados brasileiros, o que deveria despertar preocupação nos governantes, quer seja municipal, estadual ou federal.
Entendemos que ninguém se candidata obrigatoriamente a uma governança, pois trata-se de uma opção voluntária. Dessa forma, também esperamos que
seja voluntário o atendimento às reivindicações da
sociedade e que a prestação de serviço ao povo efetivamente saia dos palanques de campanha eleitoral
para ações efetivas e reais!
Principalmente para quem milita no setor de
saneamento ambiental, cuja atividade diretamente
influencia o meio ambiente, quer seja em reservas
naturais ou nas cidades, torna-se obrigatório conhecer as leis que regulam as atividades, bem como as
responsabilidades de cada ação com as suas respectivas
consequências que se refletirão no mundo que iremos
construir para as futuras gerações.
Para quem não sabe, o planeta também é um órgão
vivo que depende da forma como é tratado e cuidado,
para que a sua saúde seja preservada!
O Brasil está preste a ser uma vitrine internacional,
ao sediar a Copa de 2014, quando todos poderão descobrir que temos mais habilidades com as nossas riquezas
naturais, assim como temos com a bola nos pés mágicos
dos nossos jogadores consagrados como os melhores do
mundo! Todavia, lembremos que o planeta Terra também é uma grande bola, que por vezes é chutada, mas
também é beijada, idolatrada e salve, salve, em nossa
pátria amada... Pense nisso!
Saneas
3
Índice
Expediente
Saneas é uma publicação técnica da Associação dos Engenheiros da Sabesp
Diretoria Executiva:
Presidente - Hiroshi Ietsugu
Vice-presidente - Helieder Rosa Zanelli
1º Diretor Secretário - Nizar Qbar
2º Diretor Secretário - Choji Ohara
1º Diretor Financeiro - Yazid Naked
2º Diretor Financeiro - Nelson Luiz Stabile
Diretoria Adjunta:
Diretor Cultural - Olavo Alberto Prates Sachs
Diretor de Esportes - Evandro Nunes de Oliveira
Diretor de Marketing - João Augusto Poeta
Diretor de Pólos - Paulo Ivan Morelli Franceschi
Diretor de Projetos Socioambientais - Luís Eduardo Pires Regadas
Diretor Técnico - Reynaldo Eduardo Young Ribeiro
Diretora Social - Viviana Marli Nogueira A. Borges
Conselho Deliberativo:
Amauri Pollachi, Cid Barbosa Lima Junior, Choji Ohara, Eduardo Natel Patricio, Gert
Wolgang Kaminski, Gilberto Alves Martins, Gilberto Margarido Bonifácio, Helieder
Rosa Zanelli, Hiroshi Ietsugu, João Augusto Poeta, Marcos Clébio de Paula, Nélson Luiz
Stábile, Nizar Qbar, Olavo Alberto Prates Sachs, Paulo Eugênio de Carvalho Corrêa,
Pérsio Faulim de Menezes, Reynaldo Eduardo Young Ribeiro, Sonia Maria Nogueira e
Silva, Viviana Marli Nogueira A. Borges, Walter Antonio Orsatti, Yazid Naked
Relações Institucionais:
Coordenador - Luciomar Santos Werneck
Conselho Fiscal:
Carlos Alberto de Carvalho, José Carlos Vilela e Ovanir Marchenta Filho
Encontro Técnico
06 XXIII
AESabesp - Fenasan 2012
matéria Especial
22 Acontece no setor
27 matéria tema
Cidades Sustentáveis: Soluções Para o Futuro
34 PONTO de vista
Arquitetura Viva
36 visão de mercado
Tigre Constrói sua Primeira Fábrica Verde
37 artigo técnico
Cidades Sustentáveis
Conselho Editorial:
Luiz Henrique Peres (Coordenador)
João Augusto Poeta, Luiz Eduardo P. Regadas e Maria Ap. S. P. Santos
Fundo Editorial - revista saneas:
Coordenadora - Marcia de Araújo Barbosa Nunes
Luis Eduardo Pires Regadas, Celso Roberto Alves da Silva, Paulo Rogério Guilhem,
Alex Orellana, José Marcio Carioca
Coordenador do Site:
Jônatas Isidoro da Silva
Pólos AESabesp da Região Metropolitana - RMSP
Coordenador dos Pólos da RMSP - Robson Fontes da Costa
Pólo AESabesp Costa Carvalho e Centro - Maria Aparecida Silva de Paula Santos
Pólo AESabesp Leste - Nélson César Menetti
Pólo AESabesp Norte - Rodrigo Pereira de Mendonça
Pólo AESabesp Oeste - Francisco Marcelo Menezes
Pólo AESabesp Ponte Pequena
Pólo AESabesp Sul
Pólos AESabesp Regionais
Coordenador dos Pólos Regionais - José Galvão de F. R. e Carvalho
Pólo AESabesp Baixada Santista - Zenivaldo Ascenção dos Santos
Pólo AESabesp Botucatu - Rogélio Costa Chrispim
Pólo AESabesp Franca - Antonio Carlos Gianotti
Pólo AESabesp Lins - Marco Aurélio Saraiva Chakur
Pólo AESabesp Presidente Prudente: Gilmar José Peixoto
Pólo AESabesp Vale do Paraíba - Sérgio Domingos Ferreira
Coordenação do XXIII Encontro Técnico AESABESP e Fenasan 2012:
Presidente da Comissão - Eng Químico Nizar Qbar
Diretor do Encontro Técnico AESabesp - Eng Olavo Alberto Prates Sachs
Diretor da Fenasan - Reynaldo E. Young Ribeiro
Membros da Comissão - Choji Ohara, Gilberto Alves Martins, Hiroshi Ietsugu,
João Augusto Poeta, Luis Eduardo Pires Regadas, Maria Aparecida Silva de Paula
Santos, Nélson César Menetti, Nizar Qbar, Olavo Alberto Prates Sachs, Osvaldo
Ioshio Niida, Regina Mei Silveira Onofre, Reynaldo E. Young Ribeiro, Tarcísio Luis
Nagatani, Walter Antonio Orsatti
Equipe de apoio - Maria Flávia S. Baroni, Maria Lúcia da Silva Andrade, Monique
Funke, Paulo Oliveira, Rodrigo Cordeiro, Vanessa Hasson
Órgão Informativo da Associação dos Engenheiros da Sabesp
Projetos Socioambientais
39 Projeto “Workshop de Educação Ambiental para Processo de Otimização
do Uso da Águas”
40 Projeto: Feira Educativa Virtual: Inovação em transformação social
40 Projeto: Difusão e Memória do Eng. e Sanitarista Armando Fonzari Pêra
42 empresas participantes da fenasan 2012
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Saneas
Jornalista Responsável:
Maria Lúcia da Silva Andrade – MTb. 16081
Colaboração: Marina Bahia Gonçalves – MTb. 00.68799
PROJETO VISUAL GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
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Associação dos Engenheiros da Sabesp
Rua Treze de Maio, 1642, casa 1
Bela Vista - 01327-002 - São Paulo/SP
Fone: (11) 3284 6420 - 3263 0484
Fax: (11) 3141 9041
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revista saneas
MAIs qUE UMA REvIstA,
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CoNhEçA As opoRtUNIdAdEs
dE pARtICIpAção NA REvIstA!
A revista Saneas é uma
publicação da:
CoNtAto dE pUblICIdAdE:
AESAbESp - pAulo olivEirA
TEl: 11 3263 0484 - 11 7515 4627
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MATÉRIA ESPECIAL
XXIII ENCONTRO
TÉCNICO AESABESP
FENASAN 2012
6
A edição de 2012 do XXIII Encontro Técnico AESabesp –
Fenasan 2012, realizada em 6, 7 e 8 de agosto, pela
Associação dos Engenheiros da Sabesp, superou as suas próprias
expectativas, em termos de otimização de áreas, presença de
público e projeção de imagem, consolidando mais uma vez a sua
posição como o maior evento técnico-mercadológico da
América Latina, no setor de saneamento ambiental
Saneas
Fenasan 2012 - feira nacional dE saneamento e meio ambiente
xxiii encontro técnico aesabesp - congresso nacional de saneamento e meio ambiente
Com foco no tema “Como prover o saneamento para
todos?”, o Congresso Técnico do evento abordou ações
previstas em políticas públicas, apresentou novas formas de condutas sociais e resultados significativos
explanados por meio dos trabalhos selecionados. Já a
Feira deu visibilidade a produtos, sistemas e serviços
voltados à otimização de tecnologias para o setor.
A programação do Encontro Técnico, nos três dias
consecutivos, foi apresentada no período das 9h00
às 18h30, e reuniu os mais qualificados expoentes do
setor em 12 mesas redondas, dois cursos e apresentação de 87 palestras técnicas e de 2 palestras especiais, proferidas pelos conhecidos Dráuzio Varella e
Amyr Klink.
Já a Fenasan (Feira Nacional de Saneamento e
Meio Ambiente), com horário de visitação gratuita
das 13h00 às 20h00 horas, reuniu 220 investidores/
expositores, empresas fabricantes de equipamentos
para o setor, criadoras de programas de desenvolvimento da área, prestadoras de serviços e de demais
segmentos complementares à esfera do saneamento
e meio ambiente.
Sua área de 17 mil m² do Pavilhão Branco do
Expo Center Norte, quase 100% ampliada em dois
anos, recebeu 15.000 pessoas. Empresas e visitantes
de todas as regiões do País marcaram presenças na
edição de 2012, que também contou com significativa participação e visitação internacional.
Motivada pelos bons resultados de 2012, a AESabesp já definiu a data do próximo XXIV Encontro
Técnico e Fenasan 2013, para 30, 31de julho e 01 de
agosto de 2013, no Pavilhão Azul do Expo Center Norte. E tal iniciativa tanto provocou o interesse dos congressistas em preparar os seus trabalhos para próximo
ano, como dos expositores em garantir o seu espaço
na Feira, sinalizando mais uma realização de sucesso.
Nossos números:
Visitantes à feira: 15 mil
Empresas investidoras-expositoras na Feira:
220
Participantes do congresso: 2 mil
Apresentações no congresso
Mesas Redondas: 12
Cursos: 02
Apresentações técnicas (trabalhos,
palestras técnicas e institucionais): 87
Palestras magnas de encerramento:
2 (Dráuzio Varella e Amyr Klink)
Registros de jornalistas na Feira: 40
(frequência da sala de Imprensa)
Veiculação em mídias: 200 (apuração na
web até 10/08)
Apoio institucional
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GEOLOGIA
DE ENGENHARIA E AMBIENTAL
Logo
ANA
COOPERATIVA DE CRÉDITO
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS
BEJE
C= 11
M= 16
Y= 18
K= 32
Apoio institucional Fenasan
Pantone 368 C
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
do Estado de São Paulo
CINZA
K = 90%
Pantone 541 C
Saneas
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MATÉRIA ESPECIAL
Solenidade de abertura do
XXIII Encontro Técnico AESabesp
Fenasan 2012
A solenidade abertura do XXIII Encontro Técnico AESabesp - Fenasan 2012 foi realizada no domingo de 05
de agosto, para que os três dias funcionais do evento
ficassem integralmente reservados para a programação do Encontro Técnico e realização da Fenasan.
O evento contou com a presença de vários expoentes do setor de saneamento ambiental, gestores da
esfera pública, de expositores e de associados da AESabesp, cuja maioria integra o corpo técnico da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo), qualificada entre as 5 maiores empresas
de saneamento em caráter mundial.
A mesa de abertura foi composta pelo presidente da
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Saneas
AESabesp, Hiroshi Ietsugu; pelo assistente executivo da
Sabesp, Dante Ragazzi Pauli (representando a diretora
presidente da Sabesp Dilma Seli Pena); pelo diretor de
Sistemas Regionais da Sabesp, Luiz Paulo de Almeida
Neto; pelo presidente da Sindesam (Sindicato Nacional
das Indústrias para Saneamento Básico Ambiental), Valdir Folgosi; pelo presidente da APECS (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente), Luiz Roberto Gravina Pladeval;
pelo secretário geral do CREA-SP (Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo), Nivaldo Bósio (representando o presidente do CREA, Francisco
Kurimori) e pelo diretor técnico da AESabesp, Reynaldo
Valdir Folgosi, presidente do Sindesam
Luiz Paulo de Almeida Neto, diretor de Sistemas Regionais
da Sabesp
Dante Ragazzi Pauli, presidente da ABES-SP
Hiroshi Ietsugu, presidente da AESabesp
Eduardo Young Ribeiro, que abriu os pronunciamentos,
discorrendo sobre a importância desse evento para o
fortalecimento do setor e atendimento à sociedade.
O presidente do Sindesam, Valdir Folgosi, abordou a motivação das principais empresas do setor
em marcarem sua presença na Feira, bem como os
desafios do setor para atender as necessidades de
infraestrutura do País.
O diretor de Sistemas Regionais da Sabesp, Luiz
Paulo de Almeida Neto, elogiou o tema do evento
“Como prover saneamento para todos?”, aludindo que
este também é o propósito da Sabesp e que a empresa
aumentou o volume de investimentos para atingir sua
meta de 100% de tratamento de esgoto, até 2014.
Na sequência, o assistente da presidência da Sabesp
e presidente da ABES-SP, Dante Ragazzi Pauli, destacou
as parcerias da Sabesp com as prefeituras, com organizações internacionais e com entidades representativas
do setor, como a AESabesp, que somam forças para atingirmos um saneamento de 1º Mundo.
Encerrando a solenidade, o presidente da AESabesp, Hiroshi Ietsugu, abordou o histórico desse evento, que começou com uma Feira minúscula na Sabesp
Pinheiros e hoje se consolida como o maior evento da
América Latina, devido a um trabalho incisivo da AESabesp, que, como OSCIP (Organização da Sociedade
Civil de Interesse Público), leva aos seus associados e
à sociedade mecanismos de realização de projetos socioambientais, voltados à otimização do setor.
Registramos ainda nessa cerimônia as presenças de
Persio Faulim de Menezes (presidente da Associação Sabesp e diretor geral da Mutua-SP - Caixa de Assistência
dos profissionais do CREA-SP); Lázaro Miguel Rodrigues
(diretor presidente da CECRES - Corporativa de Crédito
da Sabesp); Daniel Castilho Azevedo (presidente da AAPS
- Associação dos Aposentados e Pensionistas da Sabesp);
Saneas
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MATÉRIA ESPECIAL
Ruberval Baldini (presidente da ABEAMA - Associação
Brasileira de Energia Alternativa e Meio Ambiente); Hélio
Rosas (vice presidente da ABRATT - Associação Brasileira
de Tecnologia Não Destrutiva) e Carlos Padovam (vice
presidente da ABIMAQ).
Durante a solenidade ainda houve a elogiada
apresentação da Orquestra de Sopros de Arujá, um
projeto sócio-cultural da Secretaria de Cultura da
Prefeitura Municipal de Arujá-SP, regida pelo maestro
Henri Roberto Leite e composta por jovens músicos de
9 a 20 anos.
Após as apresentações, todos foram convidados a
participarem de um coquetel de abertura, oferecido
pela AESabesp.
Fotos e fatos da Fenasan 2012
A cobertura de mídia foi estendida a vários veículos de imprensa
especializados no setor de saneamento, bem como em publicações
de assuntos de interesse geral no
âmbito nacional e internacional.
No Congresso e na Feira, foram
registradas coberturas feitas por
jornalistas da imprensa escrita,
televisiva e Internet (web), com
destaque para a entrevista do
presidente da AESabesp, Hiroshi
Ietsugu, ao vivo, para o Programa
“Repórter Brasil”, da EBC.
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Saneas
A tarde do dia 8 de agosto, no estande da AESabesp, também foi
realizado, com bastante sucesso,
o lançamento do livro “Manual de
Controle de Qualidade e Operação
do Sistema de Abastecimento de
Água”, de autoria de José Moreno,
Nizar Qbar, Regina Mei Onofre e
Rosiane N.G.L. de Souza, com prefácio do Prof. Dr. Pedro Mancuso,
da Faculdade de Saúde Pública
da Universidade de São Paulo.
Congressistas e visitantes da Feira
marcaram presença maciça na tarde de autógrafos dos autores.
Primeiro dia do
maior evento da
América Latina
em saneamento
Na manhã de segunda-feira, 06 de agosto, o
Encontro Técnico foi oficialmente iniciado, com os
primeiros credenciamentos.
Na parte da manhã, foram apresentados 28 tra-
balhos técnicos, o bastante prestigiado curso “Diagnóstico de Perdas de Sistemas de Abastecimento de
Água”, ministrado pelo especialista, Mário Augusto
Bággio (foto acima) e quatro mesas redondas.
Durante os três dias de apresentações, a AESabesp,
representada pelo seu diretor cultural, Eng. Olavo
Prates Sachs, sorteou um tablet, entre os palestrantes do Congresso, contemplando no primeiro dia,
Luis Carlos Pereira (Sabesp); no segundo dia, Juliana
Caroline de Alencar da Silva (USP) e no terceiro dia,
Maria da Glória Rossetti Marques (Sabesp - foto).
A reciclagem de material promovida pela AESabesp
em parceria com as cooperativas Coopervivabem e
Cooperação, foi um dos pontos altos da sustentabilidade da Feira, que teve como objetivo a destinação
específica de resíduos como pet, plástico, alumínio,
isopor, papel e papelão e embalagem tetra Pack,
produzidos durante o evento.
Potencializando o sistema Signos para contribuir
com a universalização
do saneamento e com a
gestão de despoluição de
corpos d’água, Leonardo
Oliveira Silveira (Sabesp)
Saneas
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MATÉRIA ESPECIAL
Mesa redonda “PSA - Plano de Segurança da Água Uma nova ferramenta para a gestão de riscos para
os mananciais de abastecimento”
A mesa redonda “PSA - Plano de Segurança da
Água - Uma nova ferramenta para a gestão de riscos
para os mananciais de abastecimento” discutiu tópicos essenciais à oferta de água, como a segurança
da qualidade para consumo humano, a geração de
quantidade suficiente para atender a esse consumo,
a continuidade de distribuição, cobertura e custo,
envolvidos em uma gestão adequada de atendimento. A composição da mesa de trabalhos foi efetuada
pelos representantes da Sabesp, Marco Antonio Lopez Barros, Armando Flores e Rosângela Cássia, além
do convidado internacional, trazido pela AESabesp,
Prof. Dr. José Manuel Pereira Vieira, docente da Universidade do Minho, Portugal.
Dando continuidade às discussões do dia, a mesa
redonda “Aplicação da Política de Resíduos Sólidos
e seus Desafios” reuniu o palestrante José Valverde
– Presidente do Instituto Cidadania Ambiental e Coordenador Técnico da Política Nacional de Resíduos
Sólidos em vigor), o diretor executivo da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública),
Carlos Silva Filho, cuja apresentação foi voltada para
a aplicação da Lei de Resíduos Sólidos, com o manejo
e gerenciamento dos diferentes tipos de lixo e adequação da destinação final, além da química e gestora do Projeto Ecoeventus, Maria Aparecida de Paula
(AESabesp). As discussões abordaram a conscientização da sociedade, a preocupação com o descarte de
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Saneas
Mesa redonda “Aplicação da Política de Resíduos
Sólidos e seus Desafios”
Mesa redonda “Mudanças Climáticas e Políticas de
Desenvolvimento Sustentável no Saneamento”
lixo e a otimização da utilização dos recursos renováveis, com o aparato tecnológico para a aplicação de
todos esses instrumentos.
Em outra mesa redonda simultânea, foram
discutidas as “Mudanças Climáticas e Políticas de
Desenvolvimento Sustentável no Saneamento”,
com a participação do superintendente de Gestão
Ambiental da Sabesp, Wanderley Paganini; do Prof.
Dr. Filipe Duarte Santos (FCUL/SIM-CCIAM, de Portugal) e do professor do Instituto de Astronomia,
Geofísica e Ciência Atmosféricas da Universidade
de São Paulo (USP) Humberto Ribeiro da Rocha. Os
Público atento à Palestra de
Dráuzio Varella
Mesa redonda “Rio + 20 – O futuro que queremos”
apontamentos dos debates destacaram as variações do efeito estufa, com efeitos no aquecimento
global. Os palestrantes também aludiram para a
necessidade da mudança do pensamento da sociedade em relação aos cuidados com o solo e meio
ambiente, já que as prospecções de alteração do
clima para os próximos anos apontam para uma
variação de 2 graus, o que possivelmente irá influenciar na alteração dos períodos de seca, estiagem, chuva e calor, com efeitos mais significativos
nas principais metrópoles.
O tema “Rio + 20 – O futuro que queremos”
conduziu a mesa redonda formada pelo deputado federal, Arnaldo Jardim; o consultor e líder do
Partido Verde, Fábio Feldman; além de Aron Belink,
representante do Instituto Vitae Civilis e Ruberval
Baldini, repesentante da Abeama (Associação Brasileira de Energias Renováveis e Meio Ambiente). As
discussões apresentaram os pontos mais relevantes
da Rio+20, principalmente os voltados ao setor do
saneamento ambiental. O desenvolvimento da economia verde e a cobrança de planos mais eficazes
para o cumprimento das metas estabelecidas durante o encontro sediado no Rio de Janeiro, que serão
revisadas em 2015, e os investimentos científicos
em modelos de sustentabilidade também foram dados amplamente debatidos.
Na parte da tarde do Congresso, foram realizadas mais
8 apresentações de palestras técnicas e a esperada palestra de encerramento do dia, ministrada pelo médico
e apresentador Dráuzio Varella, que lotou o auditório
principal do Encontro.
Em sua palestra “Saúde e Qualidade Vida”, o dr. Varella,
com muita propriedade, abordou a importância do saneamento básico para o desenvolvimento da saúde infantil,
que norteia todas as etapas de vida dos indivíduos. Também
exemplificou cenários de sociedades onde o saneamento é
precário, comprometendo todos os níveis de qualidade de
vida: saúde, moradia, alimentação, desenvolvimento físico e
intelectual. O médico mostrou ainda que a partir do tratamento da água a expectativa de vida das pessoas dobrou no
século 20, o que juntamente com as vacinas e os antibióticos, foi fundamental para a longevidade humana.
Para citar a confiabilidade da água de São Paulo, ele
afirmou que “consome a água vinda da torneira da sua
casa”. Essas considerações foram integradas à sua bandeira de que o grande desafio do século XXI é buscar um
estilo de vida saudável, principalmente com prática de
exercícios físicos, que é receita mais eficaz para reduzir
doenças especialmente as epidemias urbanas do mundo
moderno, como a diabetes e pressão alta.
Saneas
13
MATÉRIA ESPECIAL
Início da Fenasan 2012
Na parte da tarde do dia 06 de agosto, às 13
horas, também teve início o primeiro dia da Fenasan 2012, que reuniu 220 expositores na área
de exposição do Pavilhão Branco do Expo Center
Norte. Os expositores elogiaram tanto a quantidade de visitação como o alto nível técnico do
público visitante, que por sua vez também se
mostrou interessado nas novidades tecnológicas apresentadas nos equipamentos, produtos e
serviços em exposição.
Liderada pelo diretor secretário Nizar Qbar, a
Comissão do evento fez uma placa de participação
em homenagem a cada expositor, iniciando a entrega logo no primeiro dia, o que estabeleceu um
clima de congraçamento entre todos.
O estande da AESabesp foi um dos mais visitados pontos de encontro do evento, tanto por expositores, quanto por profissionais técnicos da Sabesp.
14
Saneas
Segundo dia do
maior evento da
América Latina
em saneamento
O segundo dia do XXIII Encontro Técnico AESabesp Fenasan 2012 deu continuidade à sua programação, na
parte da manhã, com apresentações de 32 trabalhos
técnicos, quatro mesas redondas e o curso “Estratégias para o enfrentamento das mudanças climáticas
na questão dos recursos hídricos”, apresentado pelos especialistas Prof. Dr. Filipe Duarte Santos FCUL/
SIM-CCIAM (Portugal); Prof. Dr. Humberto Ribeiro da
Rocha IAG/USP ; Msc. Rita Jacinto FCUL/SIM -CCIAM
(Portugal) e Msc. Vanessa Hasson de Oliveira, da PUC-SP/AESabesp, ministrado em dois dias do Congresso.
As mesas redondas do segundo dia da feira, tiveram
como foco principal a apresentação de metodologias
adotadas para proporcionar saneamento de qualidade
às regiões carentes, com o mínimo possível de impacto
ambiental e exposição de risco aos seus moradores.
Sob o tema “Saneamento e saúde em comunidades
isoladas e pequenos municípios”, os palestrantes Luís
Paulo de Almeida Neto (diretor de Sistemas Regionais
da Sabesp); Ana Lucia Brasil (diretora da ABES-SP- Associação Brasileira Engenharia e Sanitária Ambiental de
São Paulo) e Edson Giriboni (secretário de Saneamento
e Recursos Hídricos do Governo do Estado de São Paulo),
demonstraram que a falta de saneamento, especialmente
de ligação e tratamento de esgoto, nessas regiões afetam
a qualidade de vida dos seus habitantes, com ênfase no
comprometimento do desenvolvimento infantil e apresentação de elevado índice de doenças.
O secretário ainda apresentou as medidas do
Estado para levar saneamento para esta população,
por meio dos programas “Córrego Limpo” e o “Se liga
na rede”, que promovem melhorias na infraestrutura
e a conscientização ambiental na sociedade, para o
descarte correto dos resíduos.
Com o foco na redução dos riscos de doenças ocasionadas pela má qualidade da água, a mesa redonda
“Situação de riscos à saúde, agravos e eventos ambien-
Mesa redonda “Saneamento e saúde em comunidades
isoladas e pequenos municípios”,
Saneas
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MATÉRIA ESPECIAL
Encontro de Fornecedores da Sabesp
Mesa redonda “Situação de riscos à saúde, agravos e eventos ambientais – a necessária conversa com o Plano de Segurança da Água”
tais – a necessária conversa com o Plano de Segurança da
Água” contou com a presença dos palestrantes técnicos da
Sabesp, Wady Roberto Bon e André Gois, além da convidada
Roseane Maria Garcia Lopes de Souza, da CVE-SP (Centro de
Vigilância Epidemiológica). As discussões giraram em torno
da importância de se utilizar os critérios e padrões de qualidade estabelecidos pelo PSA (Plano de Segurança da Água)
para que o produto final, fornecido à população, seja de
qualidade conforme a determinação da OMS (Organização
Mundial de Saúde).
Mesa redonda “Gestão de empreendimentos - a qualidade
do produto final X termos de referência”
O desafio de se estabelecer um bom canal de comunicação entre as equipes, para manter a qualidade do atendimento, também foi um dos temas do 2º dia do Congresso,
com a mesa “Gestão de empreendimentos - a qualidade do
produto final X termos de referência”, que contou com as
presenças dos palestrantes técnicos da Sabesp, José Jairo
Varoli e Arisnandes Antonio da Silva, e com a participação
do presidente da APECS (Associação Paulista de Empresas
de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente, Luiz Roberto Gravina Pladevall. As discussões destacaram a importância de se redigir Termos de Referência claros
e específicos, para que as empresas contratadas possam
compreender e atender as necessidades da demanda sem
que haja interpretações equivocadas.
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Saneas
Em realização simultânea ao nosso Congresso, foi promovido,
pela Sabesp, o seu IV Encontro de Fornecedores, que lotou o
2º andar do Pavilhão, com vários representantes das empresas
do setor, cuja grande maioria é expositora da Fenasan.
O evento contou com a presença de toda a diretoria da Sabesp e a abertura foi feita pela diretora-presidente da empresa,
Dilma Pena, que destacou a importância dos parceiros presentes
no aprimoramento dos processos de aquisição da Sabesp, bem
como a busca da universalização dos serviços de saneamento, com
sustentabilidade. No seu pronunciamento, foi reforçado o trabalho
socioambiental da empresa: “esperamos dos nossos fornecedores
um compromisso ambiental ampliado e uma atenção com os trabalhadores, pois essas atitudes e comportamentos geram valor para
a empresa e aumentam sua credibilidade perante o mercado”.
Posteriormente, esse fórum foi distribuído em quatro auditórios, cada qual coordenado por uma diretoria da empresa: Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente, conduzida
pelo diretor João Baptista Comparini; Metropolitana, conduzida pelo diretor Paulo Massato; Sistemas Regionais, conduzida
pelo diretor Luiz Paulo de Almeida Neto, e Gestão Corporativa,
conduzida pelo diretor Manuelito Magalhães.
Ao término do Encontro de Fornecedores, a presidente Dilma
Pena, junto ao secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni, ao presidente da AESabesp, e os diretores
da Companhia, percorreram os corredores da Fenasan, antes da
abertura da Feira.
Palestra de Amyr Klink empolga a platéia
Mesa redonda “Gestão de riscos corporativos uma inovação no setor de saneamento”
Para concluir as mesas redondas do período da manhã, a mesa “Gestão de riscos corporativos - uma inovação no setor de saneamento” foi ministrada pelos
profissionais técnicos da Sabesp, Sílvio Valdrighi e Luciano S. Diaz, e também contou a presença de Antonio
Cocurullo, da empresa Parker Randall. Na oportunidade,
foram apresentadas as ações da Superintendência de
Gestão de Riscos e Qualidade da Sabesp, que dedica suas
ações para gerar estudos prévios que possam garantir a
implantação dos projetos da empresa para tratamento
e distribuição de água e esgotamento sanitário, com o
mínimo possível de impacto ambiental identificando os
riscos e integral monitoramento de controles.
Público receptivo na Fenasan.
Também na parte da tarde, das 13 às 20 horas, foi realizado o segundo dia da Fenasan 2012, que recebeu
um grande público interessado nas novidades tecnológicas apresentadas na Feira e que reuniu expositores de todo o Brasil e muitos internacionais. Visitantes
vindos de vários estados brasileiros e de países como
Itália e Estados Unidos vieram conferir de perto o que
São Paulo tem para mostrar nesse setor vital para o
desenvolvimento do País.
A parte da tarde do Congresso Técnico foi complementada
com mais 12 palestras técnicas e a esperada palestra de encerramento “Um dia de viagem, dois dias de planejamento”,
proferida pelo famoso navegador, Amyr Klink, que empolgou o grande público presente.
O autor chegou com bastante antecedência para conhecer a Fenasan, onde foi abordado por vários admiradores e atendeu a todos com extrema simpatia. Ao iniciar a
sua palestra, elogiou a potência da Feira e do saneamento e
ainda observou que nos seus estandes, repletos de válvulas,
bombas e tubos, tinha tudo o que ele gostava, cativando a
simpatia do público.
A palestra foi constituída pela narração de suas próprias
experiências nas famosas expedições, como as de 100 dias
na travessia do Atlântico Sul, com rota da África ao Brasil,
bem como ao redor da Antártica, na qual, sozinho, em seu
veleiro Paraty, enfrentou situações de alto risco, a funcionalidade de seu estaleiro na cidade de Itapevi-SP e seu projeto de
construções náuticas flutuantes, que envolvem sofisticados
recursos, baseados na aprendizagem com simples canoeiros.
Saneas
17
MATÉRIA ESPECIAL
terceiro dia do
maior evento da
América Latina
em saneamento
O grande número de visitantes, a satisfação dos expositores em estarem concluindo sua participação
no maior evento técnico-mercadológico da América
Latina, a exposição de 27 trabalhos técnicos e a esperada cerimônia de encerramento com a entrega do
Prêmio AESabesp (foto) foram os grandes destaques
do terceiro e último dia desse grande evento, promovido pela Associação dos Engenheiros da Sabesp. As
quatro mesas redondas abordaram o temas a seguir.:
A mesa “Tecnologia para o saneamento básico –
compra por performance, solução integral” reuniu o
diretor de Sistemas Regionais da Sabesp, Luís Paulo
de Almeida Neto; o superintendente da TX, Américo Sampaio, o representante da Petrobrás, Eduardo
Torres e o presidente do Sindesam, Valdir Folgosi. Na
oportunidade foi feita uma ampla exposição sobre
as diretrizes aplicadas na elaboração das licitações
para a contração de novos serviços tecnológicos, bem
como do aparato tecnológico necessário ao setor.
Já a mesa “Gestão de pessoas - como desenvolver
e reter capital intelectual - uma nova proposta” reuniu o diretor de Tecnologia, Empreendimentos e Meio
18
Saneas
Ambiente da Sabesp, João Baptista Comparini, e os
consultores Sérgio Augusto Lopes (Solo Consultoria) e
Helder M. Cezar. As considerações da mesma giraram
em torno do novo perfil de liderança procurado atualmente pelas empresas: um profissional capaz de con-
Mesa redonda “Tecnologia para o saneamento básico –
compra por performance, solução integral”
Mesa redonda “Gestão de pessoas - como desenvolver
e reter capital intelectual - uma nova proposta”
centrar conhecimento técnico e de liderar sua equipe
de modo mais participativo abrindo um canal funcional de relacionamento.
Já a apresentação da sob a temática “Novas propostas de tratamento para o lodo gerado em estação de
tratamento de água” foi ministrada pelos professores,
Comissão Organizadora
Presidente da AESabesp
■■ Eng. Hiroshi Ietsugu
Presidente da Comissão
■■ Eng. Nizar Qbar
Diretor Técnico da AESabesp/ Fenasan
■■ Eng. Reynaldo Eduardo Young Ribeiro
Mesa redonda “Novas propostas de tratamento para o
lodo gerado em estação de tratamento de água”
doutores João Sérgio Cordeiro (UFSCAR) e Dione Mari
Morita (USP), com os profissionais técnicos Cali Laguna
Anchon (USP) e Marcelo Melo Barroso (Sabesp). Na ocasião, foram explanados e sugeridos métodos mais simples, porém eficientes, para tratamento do lodo gerado
nas estações de tratamento.
Diretor Cultural da AESabesp /
Congresso Técnico
■■ Olavo Alberto Prates Sachs
Membros da Comissão
■■ Choji Ohara
■■ Gilberto Alves Martins
■■ Hiroshi Ietsugu
■■ João Augusto Poeta
■■ Luis Eduardo Pires Regadas
■■ Maria Aparecida Silva de Paula Santos
■■ Nélson César Menetti
■■ Nizar Qbar
■■ Olavo Alberto Prates Sachs
■■ Osvaldo Ioshio Niida
Mesa redonda “O problema da eficácia da nova
legislação do saneamento”
E para finalizar a manhã de apresentações, a mesa “O
problema da eficácia da nova legislação do saneamento”
reuniu o representante do Ministério Público do Estado
de São Paulo, Roberto Senise, com o geólogo, José Carlos Souza e representante da Sabesp, Desirée Mansano,
que apresentaram a necessidade de se alterar e definir
por completo o papel das agências reguladoras de saneamento do País, visto que os modelos atuais, principalmente na opinião do procurador Roberto Senise estão
desatualizados e não correspondem à necessidade atual
de nossa sociedade.
■■ Regina Mei Silveira Onofre
■■ Reynaldo E. Young Ribeiro
■■ Tarciso Luis Nagatani
■■ Walter Antonio Orsatti
■■ Equipe de apoio:
■■ Maria Flávia Baroni
■■ Maria Lúcia da Silva Andrade
■■ Monique Funke
■■ Paulo Oliveira
■■ Rodrigo Cordeiro
■■ Vanessa Hasson
Saneas
19
MATÉRIA ESPECIAL
Solenidade de encerramento
Um dos momentos mais esperados do evento, revelador dos ganhadores do Prêmio AESabesp, foi realizado às 17 horas do dia 8 de agosto, na solenidade
de encerramento do Congresso, posto que a Feira
se estendeu até às 20 horas. Para compor a mesa
de trabalhos, liderada pelo presidente da AESabesp,
Hiroshi Ietsugu; foram chamados o diretor de Água
e Esgoto da Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental, do Ministério das Cidades, Johnny Ferreira dos Santos; o assistente executivo da Sabesp,
Dante Ragazzi Pauli (representando a diretora presidente da Sabesp Dilma Pena); o diretor técnico
da AESabesp, Reynaldo Eduardo Young Ribeiro; o
diretor cultural da AESabesp, Olavo Alberto Prates Sachs, e o responsável pelo Gerenciamento de
Programas - UGP, da Secretaria de Saneamento e
Recursos Hídricos, Amauri Pollachi (representando
o secretário desta Pasta, Edson Giriboni).
O diretor técnico da AESabesp, Reynaldo Young deu
início ao encerramento ao agradecer a todos os visitantes, palestrantes, expositores e organizadores presentes.
Na sequência, o diretor cultural, Olavo Sachs,
apresentou sua satisfação diante da quantidade e
qualidade dos trabalhos técnicos apresentados neste ano, mencionou a propriedade das palestras motivacionais, ministradas pelo Dr. Drauzio Varella e o
navegador Amyr Klink, além de atestar que neste
ano a feira contou com a presença de representantes de 17 países entre eles: México, Portugal, Israel,
Alemanha e Argentina.
O assistente executivo da Sabesp, Dante Ragazzi
Pauli, avaliou a Feira como um sucesso absoluto e
20
Saneas
afirmou que eventos como estes são propícios para se
conhecer novos talentos no setor. Ele foi empossado
em 30 de agosto como presidente da ABES nacional e
aproveitou o ensejo para convidar a todos os presentes
para a sua cerimônia de posse.
O engenheiro Amaury Pollachi também mostrou-se satisfeito com o que observou durante sua visita ao
evento e reafirmou que a AESabesp tem se superado a
cada ano e está na expectativa da próxima edição.
O representante do Ministério das Cidades, Johnny Ferreira dos Santos, aproveitou a solenidade
para citar as ações do governo para o desenvolvimento e expansão do saneamento, parabenizou a
organização por conseguir reunir um perfil tão gabaritado e variado de profissionais e se colocou a
disposição da AESabesp para as próximas edições.
Emocionado com o sucesso do evento, o presidente
da AESabesp, Hiroshi Ietsugu, parabenizou a todos os
membros da equipe organizadora pelo grau de excelência alcançado neste ano, reafirmou que hoje a Fenasan e o Encontro Técnico fazem parte do calendário
oficial de eventos do setor e, por isso, a cada ano, o
grau de exigência aumenta.
O presidente ainda definiu a inserção do Encontro
de Fornecedores da Sabesp ao evento como o fechamento de um importante processo, nesse ano, mas com
próspera condição de continuidade nos próximos períodos. E ao declarar oficialmente o encerramento do XXIII
Encontro Técnico AESabesp – Fenasan 2012, afirmou
acreditar na força de trabalho de todos para corresponder às maiores expectativas para a 24ª edição, a ser realizada no período de 30 de julho a 01 de agosto de 2013,
no Pavilhão Azul do Expo Center Norte.
Os vencedores do Prêmio AESabesp 2012
Categoria Melhor Estande
No final da tarde, enfim chegou o grande momento,
com a entrega do Prêmio AESabesp 2012. Neste ano,
o prêmio foi reestruturado com base na metodologia
MEG - Modelo de Excelência de Gestão, PNGB- Prêmio Nacional de Gestão Banas com reconhecimento
internacional e Normas ISO 9001 e 14001. Para avaliação do prêmio foi formada uma comissão técnica
de especialistas em tecnologias e em meio ambiente
que utilizou a nova metodologia para pontuar o Destaque Sustentabilidade e os demais critérios do prêmio. A coordenação deste grupo e do Prêmio AESabesp 2012 ficou a cargo da química, Maria Aparecida
Silva de Paula Santos, que utilizou as ações definidas
e aplicadas no evento do Projeto Ecoeventus da AESabesp, o qual é coordenadora.
A primeira outorga foi a de “Destaque AESabesp
- Encontro Técnico”, destinado à unidade da Sabesp
que apresentou o maior número de trabalhos técnicos.
Neste ano, a ganhadora pela segunda vez consecutiva
foi a Unidade de Negócio Leste.
Em seguida foi a vez de premiar os expositores e
parceiros da Fenasan que se destacaram no ano de
2012. Um encarte especial acompanha esta edição da
Revista Saneas, com destaque para todos os respectivos ganhadores das seguintes categorias:
■■ Acciona Água (empresa espanhola)
■■ Higra Industrial
■■ Sampla do Brasil
Categoria “Inovação Tecnológica”
■■ Guarujá Equipamentos para Saneamento
■■ Poly Easy Comercial
■■ Sidrasul – Sistemas Hidráulicos
Categoria “Atendimento a Cliente”
■■ Emec Brasil- Sistemas de Tratamento de Água
■■ Environquip- Engenharia de Sistemas Ambientais
■■ Wasserlink - Projetos e Instalações
Destaque “Destaque AESabesp –
Fenasan 2012”
■■ B&F Dias (A empresa que apresentou a somatória
e a otimização de todos os critérios da premiação,
em 2012)
E assim foi finalizada mais
uma edição do maior evento
técnico-mercadológico
da América Latina
Saneas
21
Acontece
no setor
22
Nessa edição pós Fenasan, registramos as impressões que nos foram passadas por expositores de 2012. Lembramos que as referências sobre produtos e serviços são de autoria dos mesmos, sem
interferência avaliativa da equipe da Revista Saneas.
Dancor surpreendeu-se com o alto
nível dos expositores e visitantes
Fernco destacou a oportunidade de
gerar novos negócios
Com 66 anos de experiência, a empresa especializada em bombeamento e tratamento de líquidos
Dancor, ganhou notoriedade no mercado por sua
produção de bombas e filtros de piscina.
Estreante na Fenasan, a equipe mostrou-se surpresa por toda a estruturação e público da feira,
como nos disse o especialista em marketing e representante da empresa, Edmar Rodrigues Lima, “ nossas expectativas foram superadas pela excelência
do evento, o elevado nível dos expositores e público
alvo, além das perspectivas de novos conhecimentos
e expansão de clientes e mercados”.
Sobre a experiência em participar de um evento
tão importante quanto a Fenasan, Lima considera
que foi de suma importância para empresa já que
puderam apresentar sua linha de produtos destinados ao setor de saneamento, “participamos pela primeira vez da Fenasan este ano, fato que nos trouxe
uma experiência muito positiva”.
A Dancor S. A. Indústria Mecânica, foi fundada
em 1946, possui parque fabril no Rio de Janeiro,
Ceará e Santa Catarina. Também é reconhecida no
comércio por possuir a maior rede de distribuidores
e Assistentes Técnicos no Brasil.
Apostando na inovação, a Fernco do Brasil trouxe
este ano para o seu estande, o diretor da matriz
americana, o Sr. Tom Galsterer além de dois representantes de sua nova parceira, a Ford Meter Box,
empresa fundada em 1895, e líder mundial na fabricação de abraçadeiras em inox para reparo de tubulações sob pressão de água e outros meios; juntas
de ferro dúctil com bolsas adaptáveis para grande
variação diametral, além de muitos outros produtos.
O investimento destinado à feira este ano, ficaram em torno de R$ 80 mil e segundo o diretor geral
da Fernco Brasil, Ferdinando Manzoli, o valor não se
equipara aos benefícios adquiridos nesta edição da Fenasan, “a qualidade dos visitantes e a organização da
Feira são sempre excelentes. Além de muito divertida, a
Fenasan é sempre uma oportunidade de confraternização e possibilidade de abrir novos mercados”.
Segundo Manzoli, nesta edição, o estande da empresa encerrou suas atividades com mais de 1.500 visitantes cadastrados. Dentre os produtos apresentados
estão: a linha de produtos tradicionais, as luvas e adaptadores flexíveis de PVC elastomérico, o PipePatch - reparo não destrutivo pontual de redes submersas de esgoto, o Pow-R Wrap para reparo externo de tubulações
sob pressão e os PUs hidrofóbicos de célula fechada
- HYPERFLEX e SEALGUARDII, para reparo de estruturas
de concreto, tais como reservatórios de água, caixas de
VRP, PVs, PIs entre outros.
Saneas
ACONTECE NO SETOR
Grupo JCN confirma sua participação na próxima Fenasan 2013
Inserido no mercado em 1991, o Grupo JCN está
presente hoje no mercado através de diversos segmentos como petróleo, gás, saneamento, papel e ce-
lulose, químico e petroquímico, farmacêutico, mineração, siderurgia, ventilação, refrigeração, energia,
açúcar e álcool entre outros.
Para a gerente comercial e comunicação do grupo,
Daniela Gontijo, participar e interagir com os visitantes foi muito produtivo para a empresa: “os contatos
realizados, e os clientes potenciais prospectados no
decorrer do evento foram muito interessantes”.
Como atrativo, a empresa apresentou aos visitantes, em 2012, a linha de atuadores elétricos e já
confirmou sua participação na feira em 2013, onde
a empresa pretende mostrar os atuadores recém-lançados no mercado: BC First e BC Premium.
RTS_Válvulas apresentou sua nova
parceira: Metarlúgica Brusantin
Tecnologia e parcerias foram os
destaques da VAG Armaturen
Fundada em 1984, a RTS Válvulas especializou suas atividades na fabricação de válvulas borboleta e retenção,
ampliando sua linha com válvulas macho, esfera, atuadores pneumáticos, microbox e atuadores elétricos.
O sócio diretor Pedro Ariovaldo Lucio, avalia a
Fenasan como um evento que se recicla a cada ano,
trazendo inovações de mercado tanto para os consumidores como para os expositores, “a feira Fenasan
todo ano traz para o mercado de saneamento muitas
novidades e nesta edição de 2012 não foi diferente”.
Para a feira, o grupo apresentou em seu estande, uma de suas mais novas parceiras: a Metalúrgica
Brusantin. Com mais de 50 anos de experiência, a
empresa agora faz parte do grupo RTS-Valvúlas que
atualmente passa a oferecer uma linha completa de
válvulas gaveta, globo, retenção e borboleta, além
de ser a representante oficial das válvulas da VAG-Armaturen, para todo o Brasil.
De origem alemã, a empresa Vag Armaturen faz parte do grupo Rexnord e trouxe para a Fenasan sua
nova linha de produtos que serão comercializadas
a partir de 2012, são elas: Fontaine, Rodney Hunt e
GA Industries que formam a divisão Water Business
do Grupo Rexnord.
Durante a feira, o grupo apresentou a nova versão de seu software de dimensionamento VAG UseCAD® 7, onde os usuários conseguiram realizar alguns cálculos de cavitação, kv’s, nível de ruído das
principais válvulas fornecidas pela empresa.
Segundo o engenheiro industrial e representante
da empresa no Brasil, Rodrigo Pascoal, a receptividade do público à nova linha foi muito satisfatória:
“o público foi muito receptivo, para o qual pudemos
mostrar e agregar ao nosso show room”.
Saneas
23
ACONTECE NO SETOR
Para Polierg, Fenasan tornou-se obrigatória para as companhias do setor
A Polierg Indústria e Comércio atua no mercado
desde 1980 com a produção de tubos em polietileno
e conexões, para instalações elétricas prediais. Em
2006, a empresa contribuiu para a criação da Norma Brasileira para tubos de polietileno de grandes
diâmetros, reunindo junto a Companhias Estaduais
de Saneamento, Serviços Autônomos de Água e Esgoto, Prefeituras, e a ABPE - Associação Brasileira
de Fabricante de Poliolefínicos e sistemas, o apoio
afim de formar uma comissão na ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas, para que o Brasil tenha
uma norma de PEAD.
Para esta edição da Fenasan, a Polierg apresentou as suas conexões de eletrofusão, destacando o
seu pioneirismo como a primeira fábrica a produzir
este tipo de produto no Brasil. Representando a empresa, o supervisor de vendas, Wanderley dos Santos
avalia como positiva a participação da empresa na
feira, “a Polierg avalia como positiva sua participação na Fenasan, destacando o público qualificado
que visitou o evento”.
Outro fator para a participação da empresa na
Feira é o destaque que o evento têm conquistado
nos últimos anos, firmando-se como um dos prin-
cipais eventos no setor de saneamento, “a projeção
que a Fenasan atingiu inseriu o evento na agenda
nacional como evento obrigatório das principais
companhias de saneamento do país, que procuram
novidades tecnológicas”, afirma.
Mizumo participa de construção de edifício público sustentável
Tradicional expositora da Fenasan, a Mizumo, que
se apresenta como referência em estações pré-fabricadas para tratamento de esgoto sanitário
(ETEs), participa do projeto do primeiro edifício
sustentável da iniciativa pública.
24
Saneas
De acorco com a assessoria da empresa, “a Caenge Ambiental, empresa responsável pela construção do edifício do Fórum de Justiça do Distrito
Federal e dos Territórios (TJDFTO) “Desembargador
Joaquim de Sousa Neto”, localizado em Brasília,
escolheu a Mizumo por oferecer a melhor solução às especificações técnicas exigidas no projeto
e um dos requisitos básicos deste tipo de empreendimento: o tratamento e reúso do efluente para
fins não potáveis”.
ACONTECE NO SETOR
Durante a feira, Rehau apresentou
nova linha de produtos
Bermad Brasil lança dois segmentos
de produtos durante a Fenasan
Com mais de três mil sistemas instalados pelo mundo, a empresa alemã Rehau, trouxe para o Brasil, soluções tecnológicas para a gestão de águas residuárias por meio de sistemas de aeração por ar difuso.
A credibilidade e o alto nível dos especialistas
e técnicos frequentadores da feira fez com que a
Rehau, optasse por divulgar suas soluções tecnológicas através da Fenasan, como nos diz em depoimento o engenheiro de desenvolvimento da Rehau,
Renato Rossato, “por se tratar de um renomado
evento do setor, a Fenasan foi escolhida para a apresentação e divulgação dos nossos produtos e soluções para setor do saneamento nacional”.
Como destaque para o seu estande, a empresa
apresentou a linha RAUBIOXON PLUS, composta por
tubos e discos difusores de ar em membranas de silicone. A linha possui uma longa vida útil - cerca de
2 a 3 vezes maior que as membranas convencionais,
resistentes a óleos e graxas e a elevadas temperaturas - além de ser antiaderente e não formar biofilme, responsável muitas vezes pelo entupimento das
membranas, o que causa ineficiência no processo de
oxidação da matéria orgânica e, até mesmo, maior
consumo de energia por parte dos sopradores.
Para a REHAU, a Fenasan superou todas as expectativas. Foi a primeira vez que o grupo participou do
evento, e já com os resultados pós-feira, o grupo acumulou grande volume de projetos e assegura: “sem
dúvida a Fenasan é uma vitrine para os expositores
e uma ótima fonte de informação para aqueles que
estão em contato direto com o setor do saneamento”.
Em 2012, a Bermad Brasil lançou, durante a Fenasan,
dois dos novos produtos de sua linha de equipamentos inteligentes: a válvula redutora de pressão, que
opera de acordo com a demanda de consumo, e sua
nova linha de ventosas de alto desempenho.
Para o gerente comercial da Bermad Brasil, Marcos de Oliveira, a participação na Fenasan em 2012 foi
especial e produtiva para o grupo, uma vez que nesse
ano, conseguiu reunir empresas e profissionais de alto
gabarito o que aumentou a visibilidade da empresa
no mercado de saneamento “A Fenasan possui uma
capilaridade crescente nas principais companhias de
tratamento de água, fato que a torna cada vez mais
importante para todo o fornecedor que queira visibilidade para sua linha de produtos e serviços”.
Segundo a empresa, com mais de 20 anos de
experiência no mercado de saneamento, a Bermad
– Brasil lidera o mercado de válvulas de controle no
Brasil e em mais 80 países.
Saneas
25
ACONTECE NO SETOR
Huber apresenta novas opções para o
tratamento do lodo nas ETEs
Saint-Gobain destaca a evolução dos
tubos de ferro
Em sua terceira participação consecutiva na feira, o
grupo Huber do Brasil avalia sua presença na feira
como um ótimo investimento para o encontro de
novos clientes e fidelização de negócio, além de ser
uma ocasião adequada para partilhar suas inovações
tecnológicas e conhecer os equipamentos oferecidos
pelos demais expositores.
Para esta edição, a empresa expôs opções para lidar com o lodo, como nos disse diretor executivo da
Huber, Marco Aurélio Silva: “apresentamos soluções
tecnológicas para o lodo proveniente de estações de
tratamento de esgoto, a previsão é concretizar o fechamento de negócios nesta área até o fim do ano”.
Presente no mercado brasileiro desde 1998, a empresa alemã atesta que é líder no tratamento e reúso
de esgoto sanitário municipais, efluentes industriais e
tratamento de resíduos e está presente no setor em
mais de 60 países.
A Saint-Gobain Canalização, tradicional expositora
da Fenasan, apresentou, em seu estande, a evolução
dos tubos de ferro fundido através das linhas recentemente lançadas Natural e Blutop e de um grande
painel decorativo com a linha do tempo desde 1915,
quando o primeiro tubo de ferro fundido foi fabricado no Brasil.
Segundo a empresa, o Sistema Blutop, apresentado
com destaque, foi lançado em 2011 e já foi absorvido
por algumas companhias de saneamento como Embasa, Cagece, Cedae, Simae de Joaçaba e Foz do Brasil,
para aplicação em redes de distribuição. No estande, os
visitantes puderam ver de perto uma montagem deste
Sistema, com tubos e conexões de ferro fundido dúctil.
Segundo a comunicação da empresa, a organização afere sua participação na Fenasan 2012 como muito produtiva já que a feira recebeu aproximadamente
15.000 visitantes e reuniu 220 expositores de produtos
e serviços para o mercado de saneamento, proporcionando novas parcerias e negócios para os investidores.
Atlas Copco nos índices de Sustentabilidade Dow Jones
De acordo com a sua assessoria de comunicação, a
Atlas Copco foi selecionada para constar nos índices
de Sustentabilidade Dow Jones em 2012/2013. Estes
índices listam as empresas, líderes mundiais, orientadas
para a sustentabilidade.
A empresa já foi incluída nestes mesmos índices em
2007/2008 e também em 2011/2012. A associação aos
índices de sustentabilidade baseia-se em uma avaliação
anual e a comparação entre pares da indústria. A avaliação é focada no gerenciamento de oportunidades e riscos decorrentes da evolução econômica, ambiental e social. Aspectos como governança corporativa e estratégia
26
Saneas
são levados em conta, assim como indicadores-chave de
desempenho, como as emissões e resíduos.
matéria tema
Cidades
sustentáveis
s o l u ç õ e s
p a r a
o
f u t u r o
A sustentabilidade é um complexo que engloba várias extensões: ambiental, social,
econômico e temporal. Quando inserida no processo de desenvolvimento urbano, o desafio
torna-se maior, pois a melhoria do espaço para a população implica em processos que
agridem o solo e por fim geram resíduos não recicláveis com longo período de decomposição.
matéria tema
Implantar o desenvolvimento sustentável passou a ser
um componente fundamental no desenvolvimento urbano no mundo todo, desta forma é possível garantir
qualidade de vida à geração atual e garantir um meio
ambiente equilibrado para as gerações futuras.
Para orientar as políticas públicas voltadas à
qualidade de vida, o Estatuto da Cidade (denominação oficial da lei 10.257 de 10 de julho de 2001,
que regulamenta o capítulo política urbana da
Constituição Brasileira) oferece, aos seus usuários,
instrumentos para a reforma urbana de modo que se
possa manter a garantia do direito humano à moradia e também ao direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado nas cidades. Ainda segundo
o estatuto, as cidades brasileiras estão obrigadas a
compatibilizar a gestão urbana e a gestão ambien-
3. Vancouver, Canadá
É a cidade norte-americana
com a menor pegada de
carbono. Possui mais de 200
parques em sua área urbana e
cerca de 90% de sua energia
vem de fontes renováveis.
5. Portland, Estados Unidos
Existe um limite para o avanço da
urbanização da cidade, que conta com
92.000 acres de área verde e mais de 300 km
de ciclovias. Foi a 1ª cidade dos EUA a aprovar
um plano para reduzir as emissões de CO2.
7. São Francisco, Estados Unidos
Ela foi a primeira cidade americana a banir
o uso de sacolinhas plásticas e também uma
das cidades líderes na construção de prédios
verdes e na eficiência de transporte público.
6. Bahia de Caráquez, Equador
Nos anos 90, o local foi devastado por um
terremoto. Então, o governo e algumas ONGs
decidiram reconstruí-la com incentivo à
agricultura orgânica e à reutilização de resíduos.
28
Saneas
1. Reykjavik, Islândia
A capital da Islândia é 100%
abastecida por energia limpa
e de baixo custo. A maior
parte dos veículos da cidade é
movida a hidrogênio.
9. Freiburg, Alemanha
Reconstruída após a 2ª Guerra
Mundial, a cidade abriga a famosa
“Vauban”, uma vila de 5 mil
habitantes criada para servir de
distrito modelo de sustentabilidade,
com construções verdes e sem
circulação de automóveis.
INT
10. Curitiba, Brasil
Seu eficiente transporte
público é utilizado por 70% da
população e a cidade possui
ainda um bom programa de
conservação da biodiversidade
e de reflorestamento de espécies
nativas, correspondente a 51 m2
de área verde por habitante.
matéria tema
4. Copenhague, Dinamarca
Cerca de 40% de sua
população pedala e foi lá
que surgiu pela primeira vez o
empréstimo público de bicicletas.
As águas do seu porto são limpas e
recebem banhistas.
2. Malmö, Suécia
Pioneira na utilização de energia renovável,
Malmö também possui mais de 400 km
de ciclovias, responsáveis por 40% dos
deslocamentos em seu território.
tal, por meio da integração de políticas de planejamento urbano,
política habitacional e política ambiental.
Apesar do desafio em se criar uma cidade totalmente sustentável,
existem exemplos de centros urbanos tanto no Brasil como no mundo
em que foram implantadas, em algumas áreas, medidas sustentáveis
que reduziram o impacto de sua expansão no meio ambiente. De acordo com os Portais Mundo Sustentável e Ecocidades, as dez cidades
mais cidades mais sustentáveis do mundo são:
TOP 10
CIDADES
TELIGENTES
8. Sidney, Austrália
As lâmpadas incandescentes foram substituídas por
modelos energeticamente eficientes e foi criada uma rede
regional de bicicletas, unindo 164 bairros. Também foi em
Sidney que se criou a “Hora do Planeta”.
Saneas
29
matéria tema
Curitiba: vitrine de urbanismo ecológico
Atualmente, 11 cidades brasileiras possuem vias exclusivas para
ônibus, a cidade de Curitiba é uma delas e destaca-se pelo padrão funcional que adotou. A capital do Paraná investiu na implantação de corredores inteligentes para o transporte público
e no uso dos veículos Bus Rapid Transit (BRT), modelo de serviço
de baixo custo, utilizado por 2 milhões de pessoas por dia.
Desde 1970, a região passou a adaptar suas áreas públicas
com vias exclusivas para ônibus articulados e biarticulados com
uma de rede transportes eficiente e integrada. Atualmente, o
objetivo principal do planejamento da cidade está em otimizar as
vias existentes e expandir para as demais regiões metropolitanas.
O resultado da estratégia é que a cidade se tornou uma vitrine de urbanismo ecológico, com melhorias contínuas em todos
os aspectos do município. A cidade tem 200 quilômetros de
ciclovias e 52 m² de área verde por habitante, além de 385 linhas
de ônibus, 29 terminais e 351 estações “tubo” que circulam por
81 quilômetros de canaletas exclusivas.
Barcelona: coleta de lixo a vácuo
Com a ampliação conceitual do saneamento básico, que
além de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
agora também compreende manejo e drenagem das águas
pluviais e manejo de resíduos sólidos, é interessante nos
inteirarmos de como é feita a coleta de lixo a vácuo, tendo
a cidade espanhola de Barcelona, como referência.
Em Barcelona, a coleta seletiva do lixo deixou de ser
periódica, ao invés de caminhões circulando pela cidade
que dificultam o trânsito e emitem poluentes, os catalães optaram pelo sistema de captação de lixo a vácuo.
Em substituição às lixeiras convencionais, foram inseridas por toda a região metropolitana, bocas de coleta seletiva
de lixo. Ao despejar, o material é sugado e transportado via
subterrâneo para uma central de coleta, os materiais recicláveis são encaminhados para cooperativas, já os orgânicos
vão para usinas e transformam-se em combustível para mover turbinas que geram energia para a cidade.
A ideia surgiu do exemplo da via olímpica de Barcelona, construída para os jogos de 1992, quando na área
foi implantada uma nova captação de lixo mais limpa e
sustentável. O sucesso do projeto deu origem a ideia de
expandir a captação por toda a cidade.
Nos últimos 18 anos a prefeitura de Barcelona tem
investido sistematicamente na implantação de mais tubos pela cidade, atualmente 70% do lixo captado, usa o
sistema a vácuo. Até 2018, a cidade espera extinguir o
uso de caminhões para captar lixo. Cerca de 50 cidades
na Europa já utilizam ou estão implantando este método de captação de resíduos.
30
Saneas
matéria tema
Seja um turista sustentável
Ao viajar, conhecemos novas paisagens, pessoas, culturas e
tradições. Nesse processo há uma troca em que tanto o visitante como o morador aprendem a respeitar e valorizar o
ambiente e o modo de vida do outro. Entretanto, é preciso
ter o cuidado de preservar o local visitado.
Oficializado pela Organização Mundial do Turismo, o
termo “turista sustentável” define um novo comportamento para aqueles que gostam de viajar pelo mundo mas com
um olhar mais consciente e preocupado sobre como sua
intervenção influenciará a região escolhida para visita. Para
tanto, seguem algumas recomendações:
■■ Pense bem onde vai ficar. Opte por hospedagens
que adotem uma atitude consciente à preservação do meio ambiente como hotéis que oferecem
coleta seletiva do lixo.
■■ Outra atitude sustentável é optar por transportes
coletivos. Quando possível, use-os, desta forma
você contribuirá para a redução de veículos que
emitem gases poluentes circulando pelas ruas.
■■ Ao fazer sua mala, leve apenas o necessário. Quanto mais pesada sua bagagem for, mais o avião
gastará combustível durante o transporte e assim,
aumentará a quantidade de gases causadores do
aquecimento global lançados na atmosfera.
■■ Na hora da refeição, prove os sabores locais.
Aproveite para fazer um turismo gastronômico,
conheça os pratos típicos da região que está
visitando. Com esta atitude você ajuda a aquecer a economia local e aprende mais sobre a
cultura dos moradores.
Lembre-se: Ao viajar, consumimos produtos e serviços que
refletem nossos valores. Você pode pesquisar mais atitudes
sustentáveis no site do Ministério do Turismo:
www.passaporteverde.gov.br
Saneas
31
matéria tema
E a nossa São Paulo?
Como é que fica?
São Paulo ainda não é uma cidade 100% sustentável, mas já existem estudos para que nos próximos
anos seja possível diminuir o índice de poluentes
emitidos no ar e no solo, por meio de novas políticas públicas, como reduzir a quantidade de resíduos
despejados nas ruas e coletas seletivas mais eficazes, que já seriam suficientes para reduzir o nível de
gases e detritos produzidos diariamente. Contudo,
para se oferecer uma qualidade de vida aceitável
para a sua população, é preciso bem mais. Acompanhe quais seriam as principais medidas públicas
que a cidade precisa implantar para se conquistar a
excelência no conceito sustentável.
Uma educação baseada em
valores sustentáveis
Transporte público funcional
Reaproveitamento de
construções urbanas
Ampliar a rede de transporte público, principalmente
a malha de metrô e ônibus, é essencial. Os corredores de ônibus além de serem fáceis de implementar
são de baixo custo comparados as demais obras de
infraestrutura para uma metrópole como São Paulo.
Já o metrô também é uma ferramenta fundamental,
pois com mais linhas e quilômetros disponíveis na
rede e com um programa de incentivo ao seu uso,
o paulistano poderia deixar o automóvel em casa.
32
Saneas
Crianças, jovens, adultos e idosos precisam ter
acesso a oportunidades educativas que lhes proporcionem entendimento sobre o desenvolvimento sustentável local e regional. Os meios de
comunicação também tem um papel fundamental para a disseminação e conscientização dos desafios socioambientais e sobre as mudanças culturais necessárias à sustentabilidade.
A transformação de prédios e regiões socialmente
degradadas em novas áreas habitacionais permite
diminuir o número de pessoas vivendo na metrópole em situação de risco e com condições de saneamento irregular para a saúde. Evitar a expansão
desnecessária dos centros ofereceria um adequado
equilíbrio entre empregos, transportes, habitação e
espaços socioculturais e esportivos.
matéria tema
Enfatizar os valores de
uma vida saudável
Água, solo e ar
Dentro do planejamento urbano, a saúde pública tem
de se manter acessível principalmente para a população mais carente. É preciso disseminar as informações para elevar o nível de consciência e cuidados
com a saúde, com o ensinamento de práticas simples
que possam garantir a população uma vida saudável.
É preciso estabelecer metas para a redução de consumo de energia não renovável e aumentar o uso
de energia renováveis. Metrópoles como São Paulo precisam de um plano estruturante que possa
garantir e regenerar a biodiversidade da região, de
forma que possa também garantir o acesso a todos
aos bens naturais comuns.
Plano de reciclagem mais eficaz
Cultura para a sustentabilidade
A Política Nacional de Resíduos obriga as empresas
a destinar os resíduos produzidos por elas de modo
correto. Atualmente São Paulo recicla apenas 2%
dos resíduos gerados sendo que um valor razoável
seria de 20%. Uma saída para a capital seria estreitar e aumentar a relação com as cooperativas,
além de destinar os materiais corretamente, o que
também geraria empregos e novos negócios para os
moradores e para a cidade.
O desenvolvimento de políticas culturais que respeitem e valorizem a diversidade cultural, ajudam
o pluralismo e a defesa do patrimônio natural. Ao
mesmo tempo, elas promovem a preservação da memória e a transmissão das heranças naturais, culturais e artísticas, estas ações incentivam uma visão
aberta de cultura, em que valores solidários, simbólicos e transculturais são ancorados em práticas
participativas e sustentáveis.
Determinar e cumprir o plano de metas
Cidades com grande fluxo e recursos como São Paulo, exigem um estudo aprofundado para estabelecer
um planejamento eficaz. Desde 2008, uma emenda
à lei orgânica prevê a obrigatoriedade de elaborar
um plano de metas que reúna todas as propostas de
governo do representante eleito e cobra para que
sejam cumpridos. A medida também serve para monitorar as ações da atual administração e verificar
se estão de acordo com as necessidades da capital. É
importante lembrar que o papel do eleitor não termina com o fim da eleição. Supervisionar as promessas feitas pelo seu candidato também faz parte
de sua função de cidadão.
Saneas
33
ponto de vista
Arquitetura
Viva
O projeto da Rua Harmonia, 57 localiza-se no bairro
paulistano de Vila Madalena, com grande fluxo artístico e permeabilidade da criação, onde galerias e
muros se confundem, funcionando como palco para
novas formas de expressão. O beco em frente ao prédio – por exemplo – é coberto por pinturas e grafites.
Esse conceito de experimentação extravasa da rua
para dentro da obra.
Como um organismo vivo, o prédio respira, sua e
se modifica, transcendendo sua inércia. Suas paredes
são grossas, recobertas externamente por uma camada
vegetal que funciona como uma pele no edifício. Essa
densa parede de concreto orgânico possui poros, de
onde brotam várias espécies vegetais, dando às fachadas aparência muito própria.
Nessa grande máquina, onde as águas das chuvas e
do solo são drenadas, tratadas e reutilizadas, forma-se
um complexo ecossistema junto ao local. Esse ecos-
34
Saneas
Foto: Leonardo Finotti
Dentro da nossa temática de cidades sustentáveis, procuramos por um projeto arquitetônico
compatível com os conceitos de sustentabilidade, quando nos foi indicado um edifício, em São
Paulo, assinado pela Triptyque Architecture (*),
que nos enviou este ponto de vista.
sistema é um universo multifuncional composto de
máquinas todas conectadas umas nas outras. É uma
zona de multiplicidade, onde os significados e ações
flutuam por entre o não-dito, resultando em entidades
dinâmicas interconectadas.
Suas entranhas estão expostas nas suas fachadas
enquanto seu interior é bem acabado com superfícies
limpas e claras, como se a obra estivesse às avessas. A
tubulação que serve a todo o prédio – assim como as
bombas e o sistema de tratamento e reutilização da
água – estão aparentes nas paredes externas, e as circundam como veias e artérias de um corpo.
O edifício é como uma base neutra, cinza, esculpida
e deformada. A estética é uma resultante do processo
– a construção é bruta e possui uma deselegância primitiva – um reflexo da preocupação atual com o meio
ambiente e da investigação de formas de intervenção.
Sua volumetria é bastante simples, porém marcan-
ponto de vista
te: são dois grandes blocos vegetais conectados por
uma passarela metálica e recortados por janelas e terraços de concreto e vidro. Entre os blocos, uma praça
interna se abre como uma clareira e serve como local
comunitário, de encontros e trocas.
Os terraços estão em dispersos em cada pavimento,
criando assim um jogo de cheios e vazios no exterior
além de alternâncias de iluminação e transparência
nos ambientes internos. O bloco frontal é todo suspenso e levita sobre pilotis, enquanto o bloco ao fundo
é um maciço, complementado por um volume na sua
cobertura que se assemelha a uma casa de pássaros.
Novamente como um corpo, suas janelas abrem-se
para o exterior com seus lábios de concreto e terraços recortam os blocos em diferentes pontos, olhando para a cidade de diversos modos, enquanto uma
grande boca de concreto convida automóveis a serem
engolidos para dentro do prédio.
O resultado desse conjunto é um instigante edifício,
que propõe uma visão sobre a “arquitetura viva”.
(*) Triptyque Architecture é uma agência com sedes em
São Paulo e Paris, criada pelos arquitetos:
Carolina Bueno, Architecte DPLG, École d’architecture Paris-La Seine (1999) / Certificat de paysagisme, Institut Brésilien de
paysagisme (2005)
Grégory Bousquet, Architecte DPLG, École d’architecture Paris-La Seine (1998) / DEA de Philosophie, Paris-La Sorbonne (1999) /
DEA de Théorie et projet en architecture, Paris-Villemin (1999)
Guillaume Sibaud, Architecte DPLG, École d’architecture Paris-La Seine (1998) / DEA d’urbanisme, Institut d’urbanisme de Paris
(1999)
Olivier Raffaelli, Architecte DPLG, École d’architecture ParisLa Seine (1998) / DEA d’urbanisme, Institut d’urbanisme de
Paris (1999)
Saneas
35
visão de mercado
TIGRE CONSTRÓI SUA PRIMEIRA FÁBRICA VERDE
A Tigre, multinacional brasileira na fabricação de tubos,
conexões e acessórios, construiu sua primeira fábrica
de registros com junta soldável, no Brasil em Joinville (SC), no mesmo complexo industrial da matriz. De
acordo com a assessoria da empresa, a vantagem desse
produto em relação ao modelo anterior, que era roscável, é que o novo padrão reduz a possibilidade de
vazamento e o melhor ajuste da peça no tubo. O investimento, na ordem de R$ 15 milhões em 2011, foi
feito para atender uma crescente demanda e por ser
uma produção de alta complexidade, que se utiliza de
materiais especiais e processos diferenciados. “Há muito anos temos investido em processos sustentáveis na
empresa e essa fábrica torna-se um modelo para as demais plantas. Economizamos cerca de R$ 1 milhão com
pequenas adequações, como por exemplo, a alteração
da voltagem de energia”, afirma Rogério Khontopp, diretor de qualidade e inovação da Tigre.
Sua estrutura conta com telhas térmicas que dispensam condicionadores de ar e mantém uma temperatura agradável no ambiente interno; reaproveitamento de água de chuva para os sistemas internos de
produção; torres de resfriamento secas que não permitem evaporação de água, economizando 15 mil m³
de água por dia. A Tigre também investiu na alteração
de voltagem da fábrica para 380 volts em que os cabeamentos são menores e proporciona economia de
energia; máquinas injetoras automatizadas, em que o
consumo de energia reduz em até 50% já que o motor
funciona conforme a necessidade da produção; sistema
de controle de luminosidade e sistema para aproveitar
melhor a luz natural do ambiente dentro da fábrica.
36
Saneas
Nos 2600 m² de fábrica são produzidos aproximadamente 600 mil peças por mês, entre eles registros e
válvulas em PVC e CPVC, da linha VS Compacto, registros Borboleta, registros de Chuveiros, registros Gaveta,
relógios de leitura de consumo de água, chamadas de
Unidade de Medição e Controle (UMC), KIT Cavalete
para hidrômetro residencial e a nova linha de registros
multi-materiais para aplicações mais especiais. O galpão
possui 31 injetoras e a linha de registros deve atender
o mercado brasileiro e alguns países da América Latina.
Sustentabilidade
Tanto a utilização de água, como o consumo de
energia elétrica são monitorados para evitar desperdício. Este controle acontece por meio de uma série
iniciativas, entre elas:
■■ Captação e uso de água da chuva.
■■ Instalação de torneiras econômicas.
■■ Renovação tecnológica de equipamentos para
reduzir o nível de consumo energia elétrica.
■■ Utilização de iluminação natural nos centros
de distribuição e nos galpões.
■■ Programas de conscientização.
■■ Gerenciamento de emissões de veículos da frota
terceirizada, entre outros.
Ainda por meio do programa Reciclar para Recriar,
a empresa opera com os 5´Rs (Reduzir o consumo desnecessário; Repensar os hábitos de consumo e descarte; Recusar produtos que prejudicam o meio ambiente
e a saúde; Reutilizar e recuperar ao máximo antes de
descartar; Reciclar).
artigo técnico
Cidades sustentáveis
Vinnicius Lopes
Ramos Vieira
Atualmente é
pesquisador
do Núcleo de
Estudos do Futuro
da Pontifícia
Universidade
Católica de São
Paulo e responsável
pelos projetos
de pesquisa em
infraestrutura
na Hiria.
Mestre em
Administração
de Empresas pela
PUC-SP, possui
certificações
emitidas pelo Banco
Interamericano de
Desenvolvimento em
integração política
e econômica do
Leste e Sudeste
Asiático (2010) e
pela Universidade de
St. Gallen e Insper
em integração
econômica, política
e jurídica da União
Europeia (2011).
Por Artur Sgambatti Monteiro e
Vinnicius Lopes Ramos Vieira
Poluição das águas e do ar, congestionamentos,
sistemas de drenagem insuficientes, lixo acumulado, má ocupação do espaço urbano, desperdício
de energia, e problemas de mobilidade são alguns
dos sintomas de um modelo de crescimento desordenado, causado por um processo acelerado
de urbanização que não utilizou tecnologias e
instrumentos de planejamento e gestão para integração entre homem & espaço urbano e homem
& meio ambiente de maneira adequada.
De acordo com o núcleo de estudos para
populações da ONU - Organização das Nações
Unidas - a América Latina é a região que mais
se urbaniza no mundo. Até 2030 este processo
deverá chegar a aproximadamente 85%, percentual superior a média mundial de 70%, projetada
para o mesmo período.
Aumento populacional não é uma exclusividade de megacidades e, segundo estudo da
consultoria Mckinsey de 2009, nos próximos 15
anos, mais de 60% do crescimento econômico
mundial estará concentrado em 600 cidades de
pequena e média dimensão, marcadamente em
mercados emergentes. No contexto brasileiro, cidades como Belo Horizonte, Belém, Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife, Curitiba e Porto Alegre,
deverão, proporcionalmente, crescer mais do que
as megalópoles São Paulo e Rio de Janeiro, demonstrando um processo onde cidades de menor
porte passam a ter mais importância econômica
dentro do cenário nacional. Conforme o IPEA,
entre 2002 e 2008 as cidades brasileiras entre
100 e 500 mil habitantes foram as que tiveram o
maior incremento relativo, tanto em população
quanto em PIB. Fatos que demonstram uma clara
mudança no paradigma de desconcentração da
produção e da população.
O IBGE já aponta como tendência o fato de
futuramente termos a maior parte da riqueza do
país, assim como de sua população, concentrada
em tais municípios. Ao se pensar no potencial
de degradação ambiental que tal conformação
comporta, devido à processos de urbanização
contraditórios, é muito importante analisar
os casos já conhecidos e estudados de cidades
maiores a fim de se evitar o mesmo caminho.
Tais inchaços urbanos terão como imediata consequência implicações ambientais, econômicas,
políticas e sociais, em um sistema interligado
que obrigará os gestores públicos e privados a
planejar e operar sistemas que atendam às demandas por serviços que estejam alinhados a
uma governança ambiental.
Nem sempre é possível contornar soluções
dispendiosas de engenharia de abastecimento de
água, coleta de lixo, mobilidade ou mesmo redes
de energia elétrica. Contudo, em cenários não
consolidados, legislação referente à ocupação urbana e à proteção de mananciais, como o Plano
Diretor e o Código Florestal, são fundamentais
para se garantir um cenário menos impactante,
salvando, inclusive, recursos financeiros públicos.
Sabidamente um dos maiores desafios em
áreas urbanas é a questões relativas ao saneamento básico. Termo que por ser amplamente
usado, acaba não se associando a sua real definição. Saneamento Básico se remete a ações
referentes ao abastecimento de água potável,
coleta e tratamento de efluentes, gestão de
águas pluviais (a grosso modo ligados à rede
de drenagem), gerenciamento de resíduos sólidos (incluindo limpeza urbana) e o manejo de
vetores de pragas. Sendo esse último ligado às
questões de higienização procedem nas origens do saneamento. A totalidade desses cinco
fatores são considerados básicos, por colocarem a vida em risco caso ausentes.
Contudo, diversos governos da América
Latina e do Brasil tiveram por características
primar por ações de abastecimento de água,
não só por serem fundamentais, como também pela sua maior aceitação pública imedia-
Saneas
37
artigo técnico
Artur Sgambatti
Monteiro
Artur é especialista
de projetos pela
AECOM onde
desenvolve diversos
projetos ligados à
temática ambiental
e urbana, incluindo
a estratégia de
sustentabilidade do
Parque Olímpico das
Olímpidas de 2016
para a prefeitura do
Rio de Janeiro.
Formado em Gestão
ambiental pela
USP, Artur cursa
MBA em Economia
e Gestão da
Sustentabilidade na
Construção Civil na
UFRJ, é profisional
acredidado pelo
USGBC trabalhando
com certificação
LEED e desenvolveu
diversos projetos
pela Bolsa de
Valores de Frankfurt.
38
ta. Deixando, outras sem atendimento conforme
levantamento realizado em 2010 pela Economist
Intelligence Unit (EIU). Nele constatou-se que as
empresas de saneamento da região levam a qualidade da água muito a sério, dando menos atenção
à manutenção da infraestrutura de distribuição e
captação e coleta de esgotos. Segundo o estudo, a
região se classifica bem em eficiência operacional
e em serviços de saneamento, e a aparente abundância de recursos hídricos imprime uma falta de
emergência na resolução de problemas relacionados às perdas técnicas.
É nesse cenário que um importante estudo da Siemens (à saber Índice de Cidades Verdes da América
Latina) onde diversas as principais cidades da América Latina são comparadas frente a seu desempenho
ambiental em várias, vem a tona. Apesar de apresentarem níveis diversos de adaptação e de infraestrutura instalada, as cidades de Belo Horizonte, Rio, São
Paulo e Brasília são consideradas acima da média e
Curitiba bem acima da média.
Tecnologia e governança pública
como impulsionadores da
preservação ambiental nas cidades
Diante dos desafios expostos anteriormente é possível
afirmar que as soluções para as cidades passam diretamente pela implantação de tecnologias para a construção de cidades mais inteligentes e por referencial
regulador apropriado.
Os investimentos mundiais em tecnologias voltadas
para cidades atingiram US$ 8,1 bilhões no ano passado (2011), cifra que tende a saltar quase cinco vezes
até 2016, quando alcançará US$ 39,5 bilhões, segundo
projeções da ABI Research, consultoria responsável por
estudos do setor.
Frente a esses dados é possível projetar um cenário no qual as tecnologias, como a instalação de sensores para detecção de perdas de água em sistemas
de abastecimento, possam ser implementados em larga escala o que resultará no aproveitamento correto
dos recursos hídricos em operações de saneamento.
Outro fator que pode contribuir de forma decisiva para a construção e manutenção de ambientes urbanos mais sustentáveis é o incentivo a uma
ocupação urbana mais organizada que terá como
Saneas
consequência a menor degradação dos cursos de
água bem como a melhora da qualidade do ar, devido a melhor gestão da mobilidade urbana e dos
deslocamentos dos cidadãos.
Rio de Janeiro e São Paulo propõem projetos
que, mesmo controversos, tem por fim mudar a
estrutura urbana através de alterações das características de seus centros. Projetos como o Porto
Maravilha e o Nova Luz tem o potencial de diminuir
impactos de transporte e abastecimento decorrentes da subutilização da infraestrutura instalada nos
centros dessas cidades. Mudanças em incentivos
fiscais e estruturação física de edifícios visam, em
ambos casos, atrair maior número de moradores
para essas regiões já consolidadas, onde o investimento público para infraestrutura é mínimo.
Outro exemplo efetivo de movimentação das cidades na direção de práticas sustentáveis foi a reunião dos prefeitos do C40 (Climate Leadership Group),
durante a Rio+20 realizada em junho de 2012 no Rio
de Janeiro. Nesta reunião foi definida que as cidades
que compõem o grupo irão promover ações para a
redução de até 1,3 bilhão de toneladas de emissões de
carbono até 2030 – número que equivale ao que países como o México e Brasil devem emitir juntos, nos
próximos 18 anos. Para tanto, até 2020, a proposta
anunciada é de reduzir até 248 milhões de toneladas
de emissões de GEE.
Pesquisadores e especialistas no tema concordam que as cidades, pela sua inerente capacidade
de se organizar e de provocar mudanças estruturais
na sociedade, tem como missão a promoção do desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, através da adoção de práticas sustentáveis que
resultarão em uma boa qualidade de vida para os
cidadãos e o estabelecimento de uma relação amigável com o meio ambiente.
CONHEÇA NOSSA
CARTEIRA DE PROJETOS
Projeto: Workshop de Educação Ambiental
para Processo de otimização do Uso da Água
A AESabesp firmou parceria com a Healthline Consultora Empresarial S/S Ltda, fundada em 1988, que passou a
priorizar projetos na área socioambiental . Sendo assim em 2007 o Projeto Eco Água, foi criado, usando como
base um sistema europeu de origem croata, adaptado à realidade brasileira por engenheiros do ITA (Instituto
Técnico Aeroespacial) de São José dos Campos, que consiste em projetos para redução de consumo de água.
O objetivo desta parceria é unir e organizar a sociedade civil, com a interveniência de uma OSCIP
- Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, visando o desenvolvimento, implementação
e execução do projeto socioambiental Educação Ambiental para Processo de Otimização do Uso
da Água, desenvolvido para complementação técnico/educacional às atividades empresariais
concernentes à execução de programa de uso sustentável dos recursos hídricos em prédios.
Para atuar no desenvolvimento, implantação e execução do projeto, teremos a
colaboração do nosso associado Robson Fontes da Costa, engenheiro civil com
especialização em engenharia de saneamento básico, que será responsável em
ministrar o workshop.
O workshop será realizado com o seguinte conteúdo programático:
■■ Introdução (apresentações e expectativas);
■■ O que é a água;
■■ Este bem precioso e escasso. A água pelo mundo;
■■ Como a água chega à torneira, este grande mistério;
■■ Estarei eu desperdiçando água;
■■ Como economizar a água;
■■ Vazamentos e outros vilões;
■■ Equipamentos de economia de água;
■■ Exercícios práticos e atividades;
■■ Encerramento e metas.
Projeto Feira Educativa Virtual
Imagine uma feira de marketing tecnológico na qual
você encontra grandes fabricantes de bens e serviços,
está sempre aberta e você ainda ganha o principal produto com sua visita: conhecimento.
Essa é a ideia que motivou a criação da Feira
Educativa Virtual, que tem a finalidade de ajudar empresas a compartilhar conhecimento técnico/administrativo e a se tornarem reconhecidas por desempenhar
um importante papel social: empresa que educa.
Acreditamos que as empresas podem contribuir
muito como motor de desenvolvimento educacional
do país compartilhando parte do conhecimento tec-
nológico que possuem. “Feira Educativa” consiste em
uma feira virtual que funciona em um ambiente 3D na
internet no qual as empresas abrem as portas ao público e oferecem oportunidades de aprendizado sobre
temas relacionados às respectivas áreas de atuação.
Por estes motivos estamos oferecendo uma oportunidade de participação limitada para 08 (oito) empresas, com o apoio institucional a este projeto com um
estande no ambiente virtual personalizado que pode ser
acessado no endereço www.feiraeducativa.com.br.
Desenvolveremos o estande de sua preferência dentre os modelos disponíveis e oferecemos a hospedagem
e manutenção gratuita por um período de 06 meses na
feira educativa e, além disso, sua empresa terá a logomarca inserida em local apropriado em materiais de divulgação deste projeto. Neste período os visitantes poderão acessar os materiais disponibilizados e a empresa
poderá conhecer o potencial deste projeto e continuar a
investir utilizando o conhecimento que possui.
EQUIPE TÉCNICA
GESTOR: Elio Souza da Silva.
PARCERIA: AESabesp e Skill e-learning solutions
Projeto Preservação e Difusão da Memória
do Eng. e Sanitarista Armando Fonzari Pera
Em 1º de outubro iniciou-se na sede da AESabesp a recuperação de acervo cedido por Paulo C. Modesto. Este
acervo contém documentos – equipamentos, vidraria,
publicações, correspondência etc – pertencentes ao
Engenheiro Químico Armando Fonzari Pera, que atuou
mais de 50 anos no tratamento das águas e esgotos no
Estado de São Paulo.
Para essa recuperação foram adquiridas 50 caixas-arquivo, em papelão pardo, provisórias, visando acondicionar esse material.
Visando aperfeiçoar melhor o trabalho, houve a
separação e a identificação do material através do
lançamento dos dados em planilha Em futuro próximo, quando este Projeto for patrocinado por algum
parceiro, os dados poderão migrar para uma Base Informatizada, sem perda de conteúdo.
40
Saneas
Não há a possibilidade de abrir todas as caixas
ao mesmo tempo, o que impede a limpeza imediata..
É necessário deixar o material exposto à ventilação
artificial, para que seque e seja acondicionado.
Uma das maiores dificuldades em se identificar o
material é a variedade de temas, períodos e autores.
Ainda temos vários documentos sem autoria, sem
data e em estado de conservação ruim.
O trabalho do arquivista consiste em reunir
o maior número possível de informações sobre o
“dono” do arquivo, no caso o Engenheiro Pera. O
encontro de folders turísticos, em quantidade, por
exemplo, pode mostrar que o Engenheiro viajava bastante, a serviço ou a passeio, porém não é
possível dizer que o material tenha sido guardado
por ele ou algum familiar. Encontramos, também,
Equipe Técnica
muitas publicações da SABESP, D.A.E., R.A.E. etc,
algumas em bom estado. Elaboramos uma listagem
que poderá ser útil no futuro quando consultarmos
a Biblioteca da Instituição, não sendo necessário
guardar este material junto com os demais documentos. Nossa intervenção, nesse acervo e nesse
momento, possibilitou a identificação preliminar
da documentação produzida e recolhida pelo Engenheiro Pera comprovando sua atuação em inúmeras cidades do interior do Estado paulista, e a importância dessa atuação no tratamento das águas e
esgotos em cidades como Amparo, Tietê, Campinas,
Presidente Prudente, Presidente Wenceslau, Santos, São Vicente etc.
Após a identificação desse material, e seu acondicionamento provisório, produziremos um artigo,
a ser publicado na Revista da AESabesp, mostrando
a importância desse acervo para a história do Sa-
Material já identificado e acondicionado
adequadamente nas estantes
neamento em São Paulo. Armando Fonzari Pera
era engenheiro químico. Atuou por mais de 50
anos nessa área. Ministrou cursos e palestras. Divulgou a importância das estações de tratamento
das águas visando evitar as epidemias, as doenças
transmissíveis por falta de Higiene, pela falta de
coleta seletiva de esgoto etc.
Este acervo precisa permanecer ao alcance de todos, reunido em local apropriado, com Base de Dados
disponível em ambiente virtual, mostrando a evolução
dos protocolos de saneamento, em todo o Estado de
São Paulo, desde os primórdios da década de 1940,
quando o engenheiro Pêra se dedica a essa missão. A
vida funcional do engenheiro se mistura à história do
saneamento, com ênfase na gestão pública, nas dificuldades financeiras dos municípios paulistas e na falta de recursos humanos para tal tarefa.
O Projeto, propriamente dito, foi reconhecido pelo
Ministério da Cultura e é incentivado pela Lei Rouanet,
devido à qualidade da documentação produzida. Essa
documentação precisa ser reunida e disponibilizada,
pela riqueza de seu conteúdo, e para isso a AESabesp
está buscando recursos que podem ser deduzidos integralmente do I.R.
Referênica: Artigo desenvolvido pela equipe técnica Ornella Regina Flandoli, Isabel Mª Alves Mezzalira e
Celina Yoshimoto.
Para maiores informações sobre os projetos apresentados poderão ser obtidos pelo e-mail [email protected].
Saneas
41
empresas participantes da fenasan 2012
■■Abes – Sp
■■Abimaq
■■Abnt
■■Abpe
■■Abratt
■■Acciona
■■Aco Drenagem
■■Acqua Engenharia
■■Acqua Prime
■■Adi Systems
■■Aerzen do Brasil
■■AESabesp
■■Agru Tecnologia
■■Albrecht
■■Allonda
■■Alpax
■■Altus Informática
■■Andritz Filtração
■■Apecs
■■Ari Brasil
■■Asec
■■Asperbrás Irrigação
■■Asten
■■Atlas Copco Brasil
■■Avk Válvulas
■■B & F Dias
■■Bbl Engenharia
■■Bentley Systems
■■Beraca
■■Bermad
■■Bombas Esco
■■Bombas Leão
■■Bongas Brasil
■■Borges & Katayama
■■Brasbom
■■Brasil Medição
■■Brasworld
■■Bugatti
■■C.r.i. Bombas
■■Caetano Tubos
■■Calgon Carbon
■■Cássio Lima
■■Cecres
■■Centerdril
■■Centroprojekt Do Brasil
42
Saneas
■■Clorando Válvulas
■■Coester Automação
■■Colberge Water Systems
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