Living the - Rissho Kosei-kai

Transcrição

Living the - Rissho Kosei-kai
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Living the
LOTUS
Buddhism
s in Everyday Life
No tulo Living the Lotus – Buddhism in
Everyday Life (Vivendo o Sutra de Lótus – O
Budismo dentro da vida diária) está
condo o desejo de enriquecer e fazer ser
mais valiosa a vida a parr da vivência do
Sutra de Lótus no codiano, assim como a
bela flor de lótus, a qual floresce de dentro
da lama. Através da internet, temos nos
dedicado em entregar, ao público leitor do
mundo todo, o ensinamento do budismo
que pode ser vivenciado dentro da vida
diária.
O informavo Living the Lotus é publicado
em quatorze línguas, com a cooperação
das filiais do exterior. Entretanto, em
algumas línguas a publicação é irregular e
contém apenas a orientação do Mestre
Presidente
Niwano.
Connuaremos
tentando aperfeiçoar o informavo e, para
tanto, contamos com o precioso apoio e
comentários dos leitores.
Living the Lotus
Vol. 100 (janeiro 2014)
Publicação:
Rissho Kosei-kai Internacional
Fumonkan, 2-6-1 Wada, Suginami-ku,
Tokyo, 166-8537 Japan
TEL: 03-5341-1124
FAX: 03-5341-1224
E-mail:
[email protected]
Editor Responsável: Shoko Mizutani
Editora: Etsuko Nakamura
Tradutora: Nicia Lemi Kishi
Revisora: Angela Sivalli Ignatti
Equipe de Edição: Shiho Matsuoka,
Mayumi Eto, Sayuri Suzuki, Eriko Kanao,
Shizuyo Miura, Sachi Mikawa, Yurie
Nogawa, Yoshihiro Nakayama, Bold
Munkhtsetseg
2014
VOL.
AS COISAS NÃO ACONTECEM
DUAS VEZES NA VIDA
100
Founder’s
Essay
O filósofo Shinzo Mori nos revela que “quando
compreendemos verdadeiramente que as coisas não acontecem
duas vezes na vida, enraíza-se um firme e forte modo de viver
próprio”. Ele diz que quando fica cansado demais e não
consegue nem ficar com os olhos abertos, entra em um estado
de alerta tal como se lhe tivessem jogado um balde de água fria,
pois entende que não terá a mesma vida outra vez, e
recompõe-se na mesa para escrever.
Reflitam sobre a sua vida diária. As pessoas pensam em ser
amáveis aos filhos e ao cônjuje, mas será que não são
envolvidos pelas emoções do momento e acabam resmungando
ou reclamando primeiro? Vão deixando para depois aquilo que
precisam fazer agora e acabam ficando sem tempo.
Todos sabem que não podemos repetir a mesma vida.
Mesmo assim, temos a tendência de sermos levados pelas
pessoas, achando que “um dia vou poder fazer” e vamos
protelando, além de não dizer aquilo que deve ser dito,
preocupando-se com o que os outros possam pensar.
Vamos mais uma vez refletir sobre o fato de que “As coisas
não acontecem duas vezes na vida”. Vamos fazer de imediato
aquilo que deve ser feito?
Kaiso Zuikan vol.7, p.234-235
ORIENTAÇÃO DO
MESTRE PRESIDENTE
Abrir os olhos do coração
Nichiko Niwano
Mestre Presidente da Risho Kossei-kai
Como uma criança
Como nas palavras de um antigo poema
japonês, no ano que se inicia, pensemos a respeito
da prosperidade dos próximos mil anos e
acumulemos alegrias. No início do ano, com o
espírito renovado, queremos acumular exaltações
de fé no dia-a-dia.
Entretanto, há também pessoas que pensam: “A
vida, na realidade, não é tão fácil assim”. Há
pessoas que repetem um dia-a-dia comum e outras
repetem
dias
só
de
sofrimento.
Se
compreendermos a vida dessa forma, talvez
realmente ela seja assim. Vamos então tentar mudar
um pouco o foco.
Há um trecho da obra de Herman Hesse,
Siddhartha, que fala sobre Shakyamuni Buda, onde
lemos: “Ao observar o mundo da maneira como é,
sem buscas, de maneira simples, observando como
uma criança, o mundo me pareceu belo. A lua e as
estrelas eram belas (...). Ao despertar dessa forma,
ao se abrir para as coisas que estão próximas, ao
andar pelo mundo sem sentimento de dúvida, o
mundo me pareceu belo”. (tradução de Kenji
Takahashi/ Edição Shinchosha). O foco desse
trecho “de maneira simples, como uma criança”, na
realidade é uma dica para vivermos os dias com
alegria e sentimento renovado.
As crianças perguntam muito aos pais: “O que é
isto?”. Ao observarmos os fatos de maneira pura e
dócil, nossos olhos se concentram em coisas que
até há pouco não percebíamos, e isso origina
espanto e emoção.
Como Herman Hesse diz, a vida poderá se
tornar alegre ao refletirmos o quanto é bela toda a
cena que nos parece ser obvia.
Podemos dizer que esta “percepção” trata-se de
voltar os olhos do coração para as coisas da
maneira como elas nos são apresentadas. Temos
tendência de achar difícil “abrir os olhos do
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coração”, mas creio que o instante que percebemos
alguma coisa, é o momento que o coração se abriu.
Isso porque perceber é captar a voz de deuses e
Buda que estão nos fazendo perguntas através de
vários fenômenos.
Assim, a pureza como a doçura da criança, a
pureza sem conceitos pré-estabelecidos ou
suspeitas, irá polindo a sensibilidade dessa
percepção. Podemos dizer que o sentimento da
criança está ligado ao caminho do coração, fazendo
uma associação com a fonética das palavras
dooshin, sentimento da criança; dooshin, caminho
do coração.
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ORIENTAÇÃO DO
MESTRE PRESIDENTE
O sofrimento é a oportunidade de obter a percepção
Nesse sentido, minha obra Kokoro no Me wo
Hiraku (Abrir os olhos do coração), foi escrita a
partir do desejo de o leitor poder perceber e aceitar
algum fato. Uma leitora enviou-me uma carta
dizendo que, só pelo fato de ler por acaso um trecho
da obra, ela havia mudado o seu modo de ver as
coisas. Devido à doença do marido e a conflitos
com pessoas à sua volta, ela havia passado por dias
muitos difíceis, tanto que ela comentou que “estava
clamando por ar puro no fundo do poço onde eu me
encontrava”. Entretanto, quando percebeu que o
outro não tinha culpa, e que ela mesma havia criado
aquele sofrimento; que as palavras que a haviam
ferido e a deixado sem rumo, na realidade, eram
palavras gratificantes que iriam salvá-la. Brilhou
então uma luz no fundo do poço onde ela se
encontrava, e as lágrimas não paravam de tanta
alegria.
Desculpem-me os leitores por estar parecendo
contar vantagem, mas creio que o livro Kokoro no
Me wo Hiraku me ensinou mais uma vez que é
exatamente essa a verdadeira percepção. O
momento do sofrimento é, na realidade, a
oportunidade de percebermos um fato importante.
Mais um ponto importante é que, seja qual for a
oportunidade de percepção, não iremos perceber
aquilo que não possuímos internamente. Assim
como ao raiar do sol naturalmente nos
despertamos, ao sermos dóceis, naturalmente
nossos olhos irão se voltar para aquilo que não
percebíamos até então. Isso se liga à emoção, ao
compartilhar os sentimentos e à mudança da visão
em relação à vida. Tudo isso surge a partir do
momento em que acontece o contato com a
condição, e, a partir daí, podemos dizer que
acontece o despertar daquilo que existe dentro de
nós.
Assim como temos num poema: “Se alguém
perguntar o que é o sofrimento do mundo, responda
que ele não conhece o ensinamento”; o importante
para nós é despertarmos para a Verdade de que
estamos sendo motivados a viver. Ao sermos dóceis
nessa compreensão, creio que as possibilidades
estarão sempre abertas para nós.
Revista Koosei, janeiro de 2014
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O SORRISO É A FLOR DOS CÉUS
Reverenda Kosho Niwano
Próxima Presidente designada da Risho Kossei-kai
O Menino Shikazo da minha casa
Certa noite, como meu filho estava demorando a sair do banho, eu
perguntei: “O que aconteceu? Enxugue-se logo, senão vai pegar gripe!”. Ele
disse: “Espere um pouco. Agora estou fazendo o que a senhora sempre faz!”.
Quando espiei, lá estava ele puxando com o rodinho, a água das paredes e do
chão do banheiro.
“Mamãe, a senhora sempre faz isso, e não é que é divertido?”.
Pensei: Não é que eu esteja fazendo porque é divertido, mas respondi: “é,
não é?”.
Como sempre digo, quando tomamos banho, o último que entra tem de
deixar puxado toda a água. Todos me respondem afirmativamente, mas
quando vou ver o banheiro, observo que ninguém puxa a água como se deve;
apenas tomam cuidado para não entrarem por último. Eu estava insatisfeita
com essa situação.
Meu filho, enquanto se enrolava na toalha, disse: “Se deixar assim
limpinho, aquele que entrar depois vai se sentir bem, não é mesmo?”
“Muito bem, filho! Então já entendeu isso!”.
Respondi pensando: Que bom! Agora, pelo menos um, irá puxar a água do
banheiro!. Enquanto pensava nisso, lembrei-me do Mestre Fundador.
Eu disse: “Filho, você percebeu a mesma coisa que o Mestre Fundador
havia percebido”. Meu filho se assustou e me olhou com os olhos arregalados.
“Sabe, há muito tempo, quando o Mestre Fundador era Mestre Presidente,
ele viajou no trem-bala e viu que o banheiro estava sujo. Então começou a
limpar para que o próximo que entrasse pudesse se sentir bem ao usá-lo. E
você fez a mesma coisa, não? Você entendeu muito bem como o próximo iria
se sentir ao entrar no banheiro. O Mestre Fundador também, deixou tudo
limpinho”.
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President-designate Kosho Niwano
President Nichiko Niwano’s oldest daughter, Rev. Kosho
Niwano was born in Tokyo. After graduating with a
degree in Law from Gakushuin University, she studied at
Gakurin Seminary, the training institution for Rissho
Kosei-kai leaders. Presently, as she studies the Lotus
Sutra, she continues to act as President-designate, making
speeches for participants in the main ceremonies of Rissho
Kosei-kai, and handling activities for interfaith
cooperation at home and abroad. Married to Rev.
Munehiro Niwano, she is mother of one son and three
daughters.
Observando a expressão séria de meu filho, que ouvia minha história,
pensei: “Devo contar mais a respeito do Mestre Fundador às crianças”. Quero
dar valor também às pequenas oportunidades e transmitir que pessoa
maravilhosa foi o Mestre Fundador. Pensei também em semear na alma das
crianças o sentimento de querer ser como o Mestre Fundador.
“É mesmo? Então antes de ser Mestre Fundador ele foi Mestre Presidente?
Pensei que só o vovô era o Mestre Presidente!”.
Comecei a rir pelo fato de meu filho estar admirado com algo
completamente diferente do assunto em questão. Mas se eu não falasse que o
Mestre Fundador foi também Mestre Presidente, ele não iria saber, mesmo o
fato de que, quando o Mestre Fundador era criança, seu nome era Shikazo.
Todas as crianças são como a criança Shikazo. Elas possuem a semente
para se tornarem pessoas maravilhosas. Gostaria de criar com carinho essa
semente, sentindo alegria em cada encontro.
Revista Yakushin, setembro de 2012.
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Spiritual Journey
Aceitar e Seguir em frente
Eriko Shimabukuro
Diretora dos jovens da igreja de Okinawa
Este relato de experiência foi realizado no Grande Salão Sagrado, no dia 15 de novembro de 2013,
na ocasião da cerimônia comemorativa do nascimento do Mestre Fundador.
A todos, por favor, me guiem. Muito obrigada por ter
recebido a função de relatar a minha experiência, num dia
tão significativo como o de hoje. Sou Eriko Shimabukuro
e exerço a função de diretora dos jovens da igreja de
Okinawa. A todos, por favor, me guiem.
Nasci em 1977 em Okinawa, como filha única de pai
que era motorista de taxi e de mãe com deficiência visual
oriunda da degeneração pigmentária de retina.
Tornei-me membro da RKK quando eu estava no
primeiro ano escolar. Meu pai não trabalhava, apesar de
ter construído o próprio lar, e minha mãe já estava
preocupada vendo o meu pai frequentar um centro
mediúnico.
Certo dia minha mãe encontrou-se com uma vizinha
que disse estar frequentando uma igreja e ela perguntou:
“É igreja católica?”. A vizinha respondeu: “Não, é
budista; é um lugar que nos ensina a cultuar os
antepassados”. Minha mãe sentiu ser a RKK o lugar certo
e logo tornou-se membro. Minha mãe convenceu meu pai,
dizendo que lá havia um médium homem; na época, o
responsável da igreja era o Reverendo Nagato, e quando
meu pai ouviu o Reverendo, convenceu-se de que o lugar
era bom e começou a frequentar a RKK.
Mesmo depois de se tornar membro meu pai não
trabalhava, chegando ao ponto de ter que entregar a casa
onde morávamos, por impossibilidade de pagar o
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financiamento. Mudamos para um apartamento pequeno e
vivemos os dias dependendo apenas da aposentadoria de
deficiente da minha mãe.
Meus pais frequentaram assiduamente a igreja, com o
desejo de melhorar a vida e a doença de minha mãe. Na
época, minha mãe tinha uma visão muito limitada, mas
com a cópia ampliada do Tríplice Sutra de Lótus, fazia
dedicadamente as orações.
Eu, desde o quarto ano escolar, comecei a aprender a
escrever os nomes póstumos, no lugar dos meus pais que
não sabiam escrever. No sexto ano, minha mãe me disse
para me esforçar a aprender a ler o Tríplice Sutra de
Lótus, e participei do kansyugyoo (prática de leitura do
Tríplice Sutra de Lótus) em pleno inverno. A partir do
ginásio (sétimo ano), eu fazia leitura do Tríplice Sutra de
Lótus nas orações matinais de casa, e a velocidade de
leitura era de um capítulo em dez dias. Eu só ficava
pensando: “Por que tenho que fazer isso?”. Mas no fundo
eu achava que se continuasse, iria acontecer alguma coisa
boa. Meu pai, que não trabalhava, começou
gradativamente a trabalhar, e vendo a minha mãe
apoiando-o, meu coração de criança começou a sentir
alegria ao ver os dois conversando e rindo.
Quando entrei no colegial (ensino médio) já tinha o
meu objetivo de vida traçado. Eu queria cursar o Gakurin,
atual programa universitário Gakurin da RKK. Eu queria
me aprofundar no ensinamento, ter colegas da mesma
turma e sermos amigos para sempre. Esse desejo
concretizou-se em 1996, e tornei-me estudante da 22ª
turma. Durante o curso, tive a oportunidade de conversar
diretamente com o Mestre Presidente. Fiquei sabendo que
o Mestre Presidente iria participar do evento denominado
Musashino Work e eu, que estava no quarto ano e estava
fazendo estágio, senti que aquela seria uma oportunidade
e tanto. Foi assim que pude conversar com o Mestre
Presidente, ficando bem ao lado dele.
Transmiti ao Mestre Presidente: “Futuramente, quero
trabalhar na área de comunicação e quero me tornar uma
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Spiritual Journey
pessoa útil à sociedade de Okinawa!”. O Mestre
Presidente disse: “Às vezes as coisas não acontecem
como desejamos”. Lembro-me que fiquei meio perdida
pela resposta inesperada. No final, acabei me dando bem
no trabalho de assistência médica e não na área de
comunicação. Comecei a trabalhar num hospital dentro da
província de Okinawa. Consegui me reafirmar, através
das palavras do Mestre Presidente, de que, mesmo que
não sigamos o caminho desejado, temos a oportunidade
de encontrar aquilo que é adequado a nós. Tive a
oportunidade de ter bons colegas de trabalho e hoje tenho
muito orgulho do meu trabalho.
Há um acontecimento inesquecível, que mudou em
grande escala o rumo de minha vida.
Certo dia, sem que eu esperasse, veio um documento
do fórum de justiça. Quando abri o envelope, ali estava
escrito o nome do meu pai como réu de uma acusação.
Minha cabeça ficou vazia. Meu pai, motorista de táxi, não
havia percebido uma pedestre atravessando a rua e acabou
provocando um acidente. A vítima era uma deficiente com
paralisia cerebral. Ela bateu forte a cabeça, teve a vida
salva, mas não conseguia mais andar, e levava a vida
sobre uma cadeira de rodas. O seguro cobriu todas as
despesas, mas meu pai foi acusado pela família da vítima
como sendo uma pessoa sem senso de culpa. Pensei,
naquele momento, que não existia nem Deus nem Buda.
Por que isso estava acontecendo com meu pai, que não
deixava de ir à igreja e rezar todos os dias? Pensei na
tamanha mentira que era o conceito de que não
aconteceriam adversidades ao frequentar a RKK.
Um pouco antes desse acontecimento, fui aconselhada
a participar do estudo dos jovens líderes e havia aceitado.
Eu havia recebido a oportunidade de estudar dentro da
pior situação que se possa imaginar. Quando comecei o
estudo, meu pai começou a reclamar de indisposição
física. Depois dos exames no hospital, ele foi
diagnosticado com câncer no intestino em estado
progressivo. A audiência programada no fórum foi adiada,
e ele foi operado. Eu e minha mãe passamos os dias no
meio dos preparativos para a audiência e das visitas ao
meu pai no hospital. Dentro dessa situação, as palavras do
missionário, na época, me deram muita força: “Buda não
oferece sofrimento que não consigamos superar”. Uma
vez ao mês eu ia à igreja de Yatsushiro, na província de
Kumamoto; ao me abrir falando da audiência e da doença
do meu pai, senti meu coração desemaranhar-se, pois
estava já no limite de minhas forças.
Antes da audiência, o advogado me aconselhou
escrever uma carta à vítima do acidente. No lugar do meu
pai, escrevi pedindo perdão pelo fato de ele ter provocado
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o acidente, de a audiência ter sido prorrogada, e no final
da carta escrevi que em breve iria fazer-lhe uma visita.
Antes da primeira audiência, nós três da família fomos
visitar a vítima. Já estávamos prevendo que não nos
permitiriam entrar no quarto do hospital, mas a entrada foi
permitida e a vítima nos falou que havia lido a carta. Ao
nos ver, a primeira coisa que ela disse foi: “Tio, o senhor
está bem?”. Nós não conseguimos evitar as lágrimas.
Abaixamos a cabeça várias vezes, pedindo perdão pelo
que havia acontecido. Apesar da paralisia cerebral, ela era
uma pessoa generosa, de espírito muito puro. Perto do
travesseiro, havia um CD escrito Jesus Cristo. A moça era
cristã.
Fui tomada de surpresa. Pude entender que, pelo fato
de a moça ter uma fé, ela conseguia dizer palavras gentis
ao meu pai, que, no caso, era o culpado. Refleti sobre a fé
que tinha até então. Eu pensava: “É só rezar que não vão
acontecer coisas ruins”, ou “se for sempre à igreja, irá
acontecer alguma coisa boa” e estava criando em mim
mesma uma fé que só espera por bons resultados. Pude
entender que seguimos uma fé exatamente para criar em
nós o sentimento de aceitação e para poder mudar
positivamente os fatos, aconteça o que acontecer.
Compreendi também que as palavras do missionário, de
que Buda não enviava sofrimento que não pudesse ser
superado, ligavam-se a esse fato.
O resultado do julgamento foi a condenação com pena
suspensa após o tribunal ter se estendido por seis meses.
Depois disso, uma vez ao mês, fui, junto com meu pai,
visitar a moça. Graças ao acidente provocado pelo meu
pai, pude aprender o que é ser uma pessoa de fé. Quero
agradecer de coração à vítima, que se utilizou de seu
corpo para nos mostrar isso. Meus sinceros
agradecimentos.
Pouco tempo depois, reapareceu o câncer intestinal de
meu pai, e em 2008, aos 74 anos de idade, ele partiu desta
vida. Meu pai não deixava de fazer a oração da manhã e
da tarde, e todas as manhãs, às seis horas, ia com a minha
mãe à igreja. Quando recebemos os nomes póstumos dos
Fundadores, levei ao hospital para mostrar ao meu pai.
Ele ficou muito contente, e não me esqueço daquele jeito
dele, de repetir várias vezes “obrigado”. Pelo fato de meu
pai ter adorado a Kossei-kai, hoje posso ter a
oportunidade de fazer o relato de experiência perante o
Eterno Buda do Grande Salão Sagrado. Papai, muito
obrigada.
Atualmente exerço a função de diretora dos jovens,
sob a orientação do Reverendo Hironobu Suzuki, e tenho
me dedicado às atividades dos jovens.
O Reverendo nos orienta que devemos, antes de mais
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Spiritual Journey
nada, nos reunir com os companheiros de fé. Os que
podem fazer as atividades são poucos, tanto que é possível
contar nos cinco dedos. Saímos para fazer tedori (visita a
membros), mas acabamos ficando apreensivos e, muitas
vezes, não atingimos a meta. Portanto, o pessoal da igreja
sempre está nos dando força. Graças a esse apoio,
participaram 47 pessoas no retiro do ano retrasado em
Miyakojima, e, no ano passado, os jovens fizeram papel
importante participando do Festival Oeshiki (do Único
Veículo). Quando recebi a função, meu sentimento era “de
ter de fazer com todo empenho” e acabei brigando com
outros diretores dos jovens. Enquanto exercia a função,
meu sentimento foi se transformando em “vai se dar um
jeito”. O mais gratificante foi que toda a igreja dava força
ao setor dos jovens. Posso ter a oportunidade de realizar a
minha função exclusivamente graças ao Reverendo e ao
sangha, que sempre nos incentiva.
No mês passado, tivemos a oportunidade de participar
do Festival na terra natal do Mestre Fundador, e pudemos
apresentar, na cidade de Tookamati, província de Niigata,
uma dança típica de Okinawa denominada Eisa e as
crianças também fizeram apresentação com o Matoi
(estandarte tradicional utilizado antigamente pelos
bombeiros). Cada um realizou a sua função com muita
seriedade, e a imagem do grupo se esforçando no ensaio
foi sensacional, o que me deixou ainda mais incentivada.
Aprendi que o tempo utilizado junto com os
companheiros de fé, em direção ao mesmo objetivo, faz
aprofundar ainda mais o elo com todos eles e torna-se uma
gratificante e grande virtude.
Pude obter duas grandes providências divinas através
da função que recebi.
Primeiro, fiquei sabendo que estou começando a ter a
mesma deficiência visual de minha mãe. Fui informada
que o nome da doença é distrofia heredomacular, uma
doença progressiva de ordem genética. Tenho dificuldade
de foco, e, para mim, é difícil ler letras escritas a lápis,
assim como sinto insegurança ao andar. Certo dia, quando
falei sobre a minha doença durante o hooza noturno, um
membro do grupo dos senhores, que havia perdido sua
esposa de câncer, segurando as lágrimas disse: “Mas a sua
doença não leva à morte!”. Aquelas palavras me
despertaram e me fizeram ter esperança em viver. Tenho
também a minha mãe como modelo. Atualmente ela
perdeu totalmente a visão, mas consegue fazer todo o
serviço de casa, além de ter dado a vida para me criar.
Como retribuição, quero viver superando esta doença.
Mais uma providência divina que recebi foi o meu
casamento. O Reverendo Suzuki apresentou-me um rapaz
da igreja de Sendai, na província de Kagoshima, e, no mês
que vem, iremos ficar noivos. No ano que vem irei me
casar e me mudar para a província de Kagoshima. Como
eu iria me casar, fiquei preocupada com a minha mãe, mas
meu noivo me disse: “Para nós dois, sua mãe é única e
gostaria de fazer para ela aquilo que não pude fazer aos
meus pais”. Assim, minha mãe também irá comigo para
Kagoshima. Estou muito grata pela oportunidade de poder
trilhar o caminho da minha nova vida.
Atualmente tenho comigo as palavras do Mestre
Fundador, que têm sido o meu apoio espiritual. O
Reverendo Suzuki compartilhou conosco um trecho do
livro Kaiso Zuikan, cujo título é “Aceitar e seguir em
frente”.
“Mesmo que hesite, primeiro aceite e esforce-se ao
máximo. Assim pode-se ter um novo modo de ver ou
pensar, que até então não havia percebido, e surge o
sentimento de satisfação de ter crescido um pouco. (...)
Aceitar qualquer pessoa ou fato e transformá-los
positivamente: não será esse o papel de uma pessoa de fé?
É dessa forma que crescemos em grande escala.”.
Foram essas as palavras que me impressionaram e é
por isso que tenho dado importância ao “aceitar e seguir
em frente”.
Não sei o que me espera daqui para frente. Meu
casamento, minha mudança para Kagoshima e minha
doença – tudo é um ponto de partida. O que sou hoje devo
ao encontro que tive com o ensinamento. Quero viver
intensamente, utilizando a minha vida para poder ajudar o
próximo. Termino o meu relato fazendo o voto de poder
ser útil ao maior número de pessoas. A todos, muito
obrigada pela atenção.
Ms. Shimabukuro talks with a staff member of the Okinawa Dharma
Center.
Living the Lotus welcomes your religious experience. Why don’t you share your religious experience through Living the Lotus with members all over the
world? Please send your script or inquiry to our email address: [email protected]. Thank you.
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LIVING THE LOTUS janeiro 2014
Column
o
VOTO NO 51º ANO COMEMORATIVO
Feliz Ano Novo a todos. Este é o ano em que comemoramos cinquenta anos
completos a partir da construção do Grande Salão Sagrado. O Mestre Presidente
anunciou o direcionamento da fé dos membros, dizendo: “Este será o início do
51º ano comemorativo da construção do Grande Salão Sagrado.”.
Creio que o desejo do Mestre Presidente se concentra não só na
comemoração de um feliz evento mas também na intenção do Mestre Fundador,
quando criou a RKK, de “espalhar o espírito verdadeiro do budismo contido no
Sutra de Lótus, salvar as pessoas e reconstruir o mundo” e, fazer do propósito de
construir o Grande Salão Sagrado o propósito de cada um de nós membros.
O Sutra de Lótus é o ensinamento que faz despertar em nós o profundo
desejo de Buda de revelar a natureza búdica em todos os seres. Neste 50º ano
comemorativo, vamos nos empenhar ainda mais no estudo e na prática do
ensinamento. Tenho a convicção de que existem muitas pessoas, em seus
respectivos países, que estão aguardando o ensinamento de Buda. Vamos nos
tornar aqueles que possam transmitir o ensinamento ao maior número de
pessoas.
REV. SHOKO MIZUTANI
Diretor de Disseminação Internacional
A Risho Kossei-kai é uma organização de budistas leigos, fundada em 05 de março de 1938 pelo
Fundador Nikkyo Niwano e pela co-fundadora Myoko Naganuma. O Tríplice Sutra de Lótus é a base
deste ensinamento. Trata-se da reunião de pessoas que deseja a paz mundial através do
ensinamento de Buda, partindo da convivência diária em seus lares, locais de trabalho e dentro da
sociedade. Atualmente, junto com o Mestre Presidente Nichiko Niwano, os membros trabalham
ativamente para a difusão do ensinamento, de mãos dadas com outras religiões e organizações,
realizando várias atividades para a paz, dentro e fora do Japão.
Risho Kossei-kai
Vancouver, Canada
Seattle
London, The United Kingdom
Delhi, India
San Mateo
Hong kong
☆
San Francisco
Los Angeles
RKI of North America (Irvine)
Tokyo, Headquarters
Pusan
Masan
Shanghai
Taipei
Kolkata North
Kolkata
Hawaii
Taichung
Jilung
Chittagong, Bangladesh
Oklahoma
New York
Tampa Bay
Dallas
San Antonio
Kona
Maui
San Diego
Las Vegas
Arizona
Tainan
Colombo, Sri Lanka
Kandy-Wattegama
Polonnaruwa
Habarana
Galle
Chicago
Dayton
Sakhalin, Russia
Seoul, Korea
Lumbini
Denver
Klamath Falls
Ulaanbaatar, Mongolia
Sukhbaatar
Venezia, Italy
Kathmandu, Nepal
Roma, Italy
Paris, France
Sacramento
San Jose
Colorado
Pingtung
Singapore
Bangkok, Thailand
Dhaka
Mayani
Patiya
Domdama
s Bazar
Satbaria
Laksham
Raozan
RKI of South Asia
Sao Paulo, Brazil
Sydney, Australia
Mogi das Cruzes
Sao Miguel
Rissho
Kosei-kai International Branches
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LIVING THE LOTUS janeiro 2014
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Rissho Kosei-kai
Overseas Dharma Centers
Rissho Kosei-kai International
5F Fumon Hall, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, Japan
Tel: 81-3-5341-1124
Fax: 81-3-5341-1224
Rissho Kosei-kai International of North America (RKINA)
4255 Campus Drive, University Center A-245 Irvine,
CA 92612, U.S.A.
Tel: 1-949-336-4430 Fax: 1-949-336-4432
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2470 Nursery Rd.Clearwater, FL 33764, USA
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Rissho Kosei-kai Buddhist Church of Hawaii
2280 Auhuhu Street, Pearl City, HI 96782, U.S.A.
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Rissho Kosei-kai Maui Dharma Center
1817 Nani Street, Wailuku, HI 96793, U.S.A.
Tel: 1-808-242-6175 Fax: 1-808-244-4625
Rissho Kosei-kai Kona Dharma Center
73-4592 Mamalahoa Highway, Kailua-Kona, HI 96740, U.S.A.
Tel: 1-808-325-0015 Fax: 1-808-333-5537
Rissho Kosei-kai Buddhist Church of Los Angeles
2707 East First Street, Los Angeles, CA 90033, U.S.A.
Tel: 1-323-269-4741 Fax: 1-323-269-4567
e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/losangeles.html
Rissho Kosei-kai Dharma Center of San Antonio
6083 Babcock Road, San Antonio, TX 78240, U.S.A.
Tel: 1-210-561-7991 Fax: 1-210-696-7745
e-mail: [email protected]
http://www.rkina.org/sanantonio.html
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Arizona
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Colorado
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of San Diego
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Las Vegas
Rissho Kosei-kai of San Francisco
1031 Valencia Way, Pacifica, CA 94044, U.S.A.
Tel: 1-650-359-6951 Fax: 1-650-359-6437
e-mail: [email protected] http://www.rksf.org
Rissho Kosei-kai of Seattle’s Buddhist Learning Center
28621 Pacific Highway South, Federal Way, WA 98003, U.S.A.
Tel: 1-253-945-0024 Fax: 1-253-945-0261
e-mail: [email protected]
http:// www.buddhistLearningCenter.com
Rissho Kosei-kai of Sacramento
Rissho Kosei-kai of San Jose
Rissho Kosei-kai of Vancouver
2014
Rissho Kosei-kai of New York
320 East 39th Street, New York, NY 10016, U.S.A.
Tel: 1-212-867-5677 Fax: 1-212-697-6499
e-mail: [email protected] http://rk-ny.org/
Rissho Kosei-kai of Chicago
1 West Euclid Ave., Mt. Prospect, IL 60056, U.S.A.
Tel : 1-773-842-5654
e-mail: [email protected]
http://home.earthlink.net/~rkchi/
Rissho Kosei-kai Dharma Center of Oklahoma
2745 N.W. 40th Street, Oklahoma City, OK 73112, U.S.A.
Tel & Fax: 1-405-943-5030
e-mail: [email protected] http://www.rkok-dharmacenter.org
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Dallas
Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Klamath Falls
724 Main St., Suite 214, Klamath Falls, OR 97601, U.S.A.
Tel: 1-541-810-8127
Rissho Kosei-kai, Dharma Center of Denver
1571 Race Street, Denver, Colorado 80206, U.S.A.
Tel: 1-303-810-3638
Rissho Kosei-kai Dharma Center of Dayton
446 “B” Patterson Road, Dayton, OH 45419, U.S.A
http://www.rkina-dayton.com/
Risho Kossei-kai do Brasil
Rua Dr. José Estefno 40, Vila Mariana, São Paulo-SP,
CEP 04116-060, Brasil
Tel: 55-11-5549-4446 / 55-11-5573-8377
Fax: 55-11-5549-4304
e-mail: [email protected] http://www.rkk.org.br
Risho Kossei-kai de Mogi das Cruzes
Av. Ipiranga 1575-Ap 1, Mogi das Cruzes-SP,
CEP 08730-000, Brasil
Rissho Kosei-kai of Taipei
4F, No. 10 Hengyang Road, Jhongjheng District, Taipei City 100, Taiwan
Tel: 886-2-2381-1632
Fax: 886-2-2331-3433
http://kosei-kai.blogspot.com/
Rissho Kosei-kai of Taichung
No. 19, Lane 260, Dongying 15th St., East Dist.,
Taichung City 401, Taiwan
Tel: 886-4-2215-4832/886-4-2215-4937
Fax: 886-4-2215-0647
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Fax: 886-6-289-1488
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Korean Rissho Kosei-kai
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Branches under the Headquarters
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Rissho Kosei-kai of Mayani
Maitree Sangha, Mayani Bazar, Mayani Barua Para, Mirsarai,
Chittagong, Bangladesh
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Patiya, sadar, Patiya, Chittagong, Bangladesh
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