A utilização de bandas reforçadas para a

Transcrição

A utilização de bandas reforçadas para a
Caso Clínico
A utilização de bandas reforçadas para
a confecção do aparelho de Herbst
The use of reinforced bands for the construction of the Herbst appliance
Alexandre Moro*
Resumo
O aparelho de Herbst tem encontrado uma grande aceitação entre os ortodontistas brasileiros.
Hoje em dia, já faz parte do arsenal terapêutico de muitos profissionais. Um levantamento recente,
publicado no Journal of Clinical Orthodontics, revelou que o aparelho de Herbst é hoje o aparelho
funcional mais utilizado nos Estados Unidos.
O aprimoramento de materiais ortodônticos tem permitido que, a cada dia, fique mais fácil e mais
precisa a utilização do aparelho de Herbst. Um exemplo disso é o surgimento das bandas reforçadas
Grip Tite, da TP Orthodontics, que facilitaram a utilização do sistema com bandas.
O objetivo deste artigo é descrever os passos clínicos para a utilização do aparelho de Herbst com
bandas reforçadas nos molares superiores e “splint” de acrílico removível no arco inferior.
Palavras-chave: Má-oclusão de Classe II. Bandas reforçadas. “Splint” de acrílico. Aparelho de Herbst.
INTRODUÇÃO
O aparelho de Herbst1 tem encontrado uma
grande aceitação entre os ortodontistas brasileiros7,8,9,10,15,17. Hoje em dia, já faz parte do arsenal
terapêutico de muitos profissionais. Isso mostra
que, vivendo num mundo globalizado, o clínico
brasileiro encontra-se em sintonia com os profissionais de outros países.
O Journal of Clinical Orthodontics realiza a cada 6 anos um levantamento sobre os
procedimentos de diagnóstico e tratamento
utilizados pelos ortodontistas americanos. No
trabalho3 publicado em 2002, revelou-se que o
aparelho de Herbst é hoje o aparelho funcional
mais utilizado nos Estados Unidos. Além disso,
foi o único aparelho funcional usado mais rotineiramente por mais ortodontistas no estudo
de 2002 que nos levantamentos prévios (1984,
1990, 1996).
Se, por um lado, os ortodontistas buscam o
seu aprimoramento profissional, por outro lado,
as empresas de material procuram dar a sua contribuição por meio de uma evolução constante
dos materiais ortodônticos. Isso também pode
ser evidenciado com o aparelho de Herbst; para
ele há vários tipos de sistemas7 disponíveis. E,
recentemente, uma nova contribuição veio se
somar. A empresa TP Orthodontics desenvolveu
uma nova banda reforçada16, que pode substituir
com sucesso as coroas de aço na confecção do
aparelho de Herbst.
Este trabalho tem por objetivo descrever
os passos clínicos da confecção do aparelho
de Herbst com bandas nos primeiros molares
superiores e “splint” de acrílico removível no
arco inferior.
* Mestre e Doutor em Ortodontia, Prof. do Departamento de Anatomia da UFPR, Prof. da Disciplina de Odontologia da Infância do UnicenP, Prof. dos Cursos de
Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da UFPR e ABO Curitiba – PR.
Controle da dimensão vertical no tratamento da maloclusão Classe II, divisão 1 dolicofacial
Revisão da Literatura
Em 1905, Emil Herbst1 idealizou um aparelho fixo para fazer avançar a mandíbula por meio
de um sistema telescópico e corrigir a Classe
II, sem a necessidade da colaboração direta do
paciente na sua utilização. Esse aparelho foi
projetado para ser utilizado 24 horas por dia, e
o efeito do tratamento podia ser alcançado em
um curto período de tempo (6 a 12 meses).
Entretanto, após a década de 30, ele foi pouco
utilizado e acabou sendo esquecido pela comunidade ortodôntica.
Em 1979, Pancherz11 reintroduziu o aparelho de Herbst; inicialmente, ele começou a
utilizar bandas nos primeiros molares superiores
e nos primeiros pré-molares inferiores na confecção desse aparelho.
Quando os ortodontistas e os laboratórios
nos Estados Unidos começaram a utilizar esse
aparelho, no começo da década de 80, muitos
casos falharam devido à espessura insuficiente
das bandas e à fabricação laboratorial inadequada2,12,13.
Alguns profissionais2,13 recomendaram o
reforço das bandas convencionais com solda
ao redor da margem oclusal. Outros acrescentaram fio e solda à margem oclusal2,13. Entretanto, essas soluções requerem um tempo extra
na fabricação do aparelho e, clinicamente não
se mostraram eficientes.
Com o surgimento das bandas Grip Tite16
da TP Orthodontics, esses problemas foram
solucionados de forma mais eficiente. Elas
apresentam uma espessura de .010”, ao invés
de .007”, das bandas convencionais; além disso,
possuem aumento da superfície de adesão, sendo
produzidas por um processo computadorizado.
A
A folha de matéria-prima é submetida a uma
modificação mecânica da superfície utilizando
uma técnica de precisão. O material é então
submetido a vários passos de manufaturação,
incluindo desenho, marcação e extensão a fim
de produzir a banda final. As depressões internas
(Fig. 1) facilitam a penetração de cimento permitindo uma forte união mecânica na interface
banda/cimento. A profundidade das depressões,
o seu formato geométrico e a sua distribuição
espacial são precisamente controladas. A forma
da cavidade também é otimizada para permitir
a fácil penetração do cimento, bem como para
resistir às forças de tração experimentadas clinicamente. Segundo o fabricante16, essa banda
apresenta força de adesão superior a todas as
outras bandas que possuem superfície de adesão
aumentada por processos como “photoetching”,
marcação a laser e jateamento.
Vantagens da utilização de bandas sobre as
coroas de aço
As coroas de aço têm sido amplamente
utilizadas9,18,19 para a confecção do aparelho
de Herbst; entretanto, a experiência clínica
tem demonstrado que as bandas reforçadas
apresentam as seguintes vantagens em relação
às coroas de aço:
- o pessoal auxiliar está mais acostumado a
trabalhar com bandas, permitindo, assim, maior
delegação de tarefas na confecção, instalação e
remoção do aparelho;
- o processo de seleção e cimentação das
bandas é mais rápido que o das coroas;
- há menor possibilidade de traumatizar-se
a gengiva, pois as coroas ficam muito subgengivais (Fig. 2);
B
Figura 1- Detalhe da face interna da banda reforçada Grip Tite mostrando as cavidades para aumento da retenção.
00 • R Clín Ortodon Dental Press, Maringá, v. 1, n. 3, p. 00 - 00 - jun./jul. 2002
Michelle Santos Vianna, Rosemári Fistarol Daniel, Odilon Guariza Filho, Orlando Tanaka, Hiroshi Maruo
A
Fig. 2 – Lesão gengival após a remoção
de uma coroa de aço.
- a remoção das bandas é muito mais fácil
que a remoção das coroas, não sendo necessário
cortá-las (Fig. 3); isso traz risco de desgastar o
esmalte. Além do mais, com as coroas, é maior
a quantidade de resina que deve ser removida
do dente, aumentando a chance de desgaste do
esmalte, principalmente na superfície oclusal
do dente.
Por que utilizar o aparelho de Herbst?
Vários são os motivos que levam o aparelho
de Herbst a ter uma grande aceitação no tratamento da Classe II. Provavelmente, o mais
importante é a eficiência na correção (Fig. 4-11),
pois, mesmo em pacientes não cooperadores,
num período de 12 meses a má-oclusão é corrigida e, de preferência, sobrecorrigida. Essa
A
B
Figura 3- Corte das coroas de aço. Se for executado sem o devido cuidado pode haver
risco de desgaste do esmalte.
correção acontece independentemente da fase
de crescimento pubescente que o paciente se
encontra e também do seu potencial de crescimento, pois, caso ele não apresente uma boa
resposta esquelética no avanço mandibular, as
alterações dentoalveolares que acompanham o
tratamento se encarregarão da correção. É importante ressaltar que a protrusão dos incisivos
inferiores, que ocorre durante o tratamento,
muitas vezes não é desejável; entretanto, ela
pode ser minimizada ou, então, revertida na
fase seguinte de utilização do aparelho fixo4.
Seqüência clínica para a confecção e instalação do aparelho de Herbst com bandas reforçadas superiores e “splint” de acrílico inferior.
1a consulta: exame clínico e colocação dos
separadores nos primeiros molares superiores;
B
Figura 4 - Fotografias extrabucais frontal e lateral iniciais do paciente N.B. que possuía 15 anos ao início do tratamento.
R Clín Ortodon Dental Press, Maringá, v. 1, n. 3, p. 00 - 00 - jun./jul. 2002 • 00
A
B
C
Figura 5 - Fotografias intrabucais iniciais.
A
B
Figira 6 - Fotografias intrabucais após a instalação aparelho de Herbst.
A
C
B
C
Figura 7 – Montagem da aparelhagem fixa 3 meses após a instalação do aparelho de Herbst.
A
B
Figura 8 - Fotografias extrabucais frontal e lateral após a remoção do aparelho de Herbst.
A
B
C
Figura 9 – Fotografias intrabucais após a remoção do aparelho de Herbst e montagem da aparelhagem fixa na arcada inferior.
A
B
Figura 10 - Fotografias extrabucais frontal e lateral após o término do tratamento.
A
B
C
Figura 11 – Fotografias intrabucais após o término do tratamento.
entre os exames de rotina, deve ser realizada uma
radiografia transcraniana da ATM para avaliar
a posição inicial do côndilo em relação à fossa
mandibular.
2a consulta: escolha das bandas superiores,
utilizando-se o kit da TP Orthodontics. A adaptação das bandas reforçadas é feita da mesma
forma que a das bandas convencionais.
Após a escolha, molde o arco superior com
as bandas e faça a transferência delas para a
moldagem (Fig. 12). O arco inferior deve ser
moldado e vazado duas vezes. Um modelo será
utilizado para a solda dos pivôs e outro para a
acrilização do “splint”.
Confeccione uma mordida construtiva (Fig.
13), deixando um espaço de pelo menos 2 mm
entre as margens incisais dos incisivos superiores
e inferiores para o recobrimento dos incisivos
inferiores. Alguns autores6 contra-indicam um
avanço anterior muito extenso; entretanto,
alguns clínicos chegam a avançar até 10 mm
inicialmente, quando da utilização do aparelho
de Herbst14.
Uma vez obtidos os modelos, confeccione o
arco transpalatino (ATP) com fio de aço de 1,1
mm (Fig. 14). Devido à intrusão e inclinação
e/ou distalização que os molares superiores podem sofrer pelo aparelho, esse arco deve ficar
pelo menos 3mm afastado do palato. Alguns
autores2,13 não indicam a utilização do ATP, pois
acreditam que, com isso, haverá uma expansão
ao nível dos molares e uma rotação em sentido
distal. Entretanto, a sua não utilização pode
levar a uma inclinação do plano oclusal, se
houver uma intrusão maior de um lado que do
outro, principalmente naqueles casos em que,
durante o tratamento, é necessário avançar mais
um lado que o outro.
Faça a adaptação do fio de aço 1,1 mm sobre
o modelo inferior, o qual deverá passar pela face
vestibular e lingual dos dentes posteriores e pela
região sublingual abaixo dos incisivos inferio-
A
B
Figura 12 – A- Adaptação da banda reforçada; B- Transferência das bandas para a moldagem.
A
B
Figura 13 – Confecção da mordida construtiva. A- Vista frontal; B- Vista lateral.
A
B
Figura 14 – Confecção do arco transpalatino. Repare no
afastamento do palato.
Figura 15 – Adaptação do fio 1,1 mm sobre o modelo
inferior.
res. Se houver a presença dos segundos molares,
coloque um apoio sobre as faces oclusais a fim
de evitar a sua extrusão (Fig. 15). Solde o fio
do segmento anterior com os dois segmentos
posteriores.
A etapa seguinte, que é a soldagem dos pivôs,
constituiu-se no procedimento mais difícil na
confecção do aparelho. O pivô superior deve
ser posicionado paralelamente ao inferior, pois,
se eles estiverem com orientações diferentes, o
sistema telescópico não vai se adaptar perfeitamente, o que dificultará a movimentação da
mandíbula do paciente. Pancherz12 desenvolveu
um posicionador para realizar essa soldagem;
entretanto, ele não é vendido comercialmente.
Comece soldando os pivôs nas bandas superiores (Fig. 16A), de preferência, no meio da
face vestibular. Caso deseje soldar também um
tubo vestibular para auxiliar no nivelamento dos
dentes superiores, coloque o pivô mais para distal. Solde os pivôs do arco inferior na região de
primeiros pré-molares inferiores (Fig. 16B).
Monte os modelos num articulador (Fig.
17), faça a acrilização do “splint” inferior e dê
o polimento. Procure não desgastar muito a
região anterior, pois ela pode ficar susceptível
a quebras.
Após o polimento, oclua os modelos na posição avançada da mandíbula, a fim de determinar
a distância entre os pivôs (posição terapêutica).
A
B
C
D
Figura 16 – Soldagem dos pivôs: A- Soldagem do pivô na banda superior; B- Soldagem do pivô inferior; C- Vista
oclusal após a solda dos pivôs superiores; D- Vista oclusal após a solda dos pivôs inferiores.
A
B
Figura 17 – A- Montagem dos modelos no articulador; B- repare no paralelismo dos pivôs. Se eles ficarem inclinados,
o sistema telescópico não deslizará adequadamente.
Coloque os tubos nas bandas superiores e os
pistões no “splint” inferior. Deixe o tubo em
posição paralela à do pistão e marque nele o
local onde ele ficará tocando na parte anterior
do pistão, que é o local onde será feito o corte.
É esse corte que determinará o quanto a mandíbula do paciente deverá avançar.
Corte os tubos direito e esquerdo com um
disco de Carborundum. Após o corte, é muito
importante que se removam as rebarbas de metal
e que seja ampliada a luz do tubo; caso contrário, o pistão não deslizará dentro dele. Coloque
o pistão dentro do tubo e marque-o 2 mm além
do pivô superior para que seja diminuído o seu
tamanho. Se ficar mais de 2 mm além do pivô
superior, o pistão poderá machucar o paciente;
se ficar muito curto, ele escapará do tubo, quando o paciente abrir muito a boca (Fig. 18).
3a consulta: prove a adaptação das bandas
e do “splint” inferior. A adaptação das bandas
pode ser melhorada com o contorneamento
das bordas cervicais, utilizando-se um alicate
apropriado.
Uma vez ajustados os tubos e os pistões,
A
B
A
B
Figura 18 – A- Adaptação do sistema telescópico após o polimento; B- – Detalhe do sistema Flip lock articulando-se
no pivô superior. Repare que não há um parafuso para prender o tubo. Ele apenas se encaixa; C- Vista oclusal após o
término da confecção do aparelho; D- Vista posterior do aparelho adaptado nos modelos superior e inferior.
A
Figura 19 – Cimentação das bandas reforçadas com
ionômero de vidro.
parte-se para a cimentação das bandas (Fig.
19). Utilize, de preferência, um cimento de
ionômero de vidro.
Depois de o cimento tomar presa, encaixe os
pistões nos tubos e verifique o posicionamento
do arco inferior. Se a mandíbula não estiver na
posição adequada, como, por exemplo, se estiver
com a linha média desviada, os tubos podem
ser desgastados ou, então, pequenos anéis metálicos (“shims” ou espaçadores), com distâncias
predeterminadas, podem ser adicionados ao
pistão unilateralmente ou bilateralmente para
esse ajuste final.
Nos casos em que se deseja uma grande
correção ântero-posterior, os anéis metálicos
também podem ser utilizados para fazer avançar
a mandíbula do paciente durante o tratamento,
quando não for realizado todo o avanço da mandíbula inicialmente, preferindo-se, assim, um
avanço mais gradual, ou seja, passo a passo.
Após o acerto do avanço e da linha média,
desgaste o acrílico, deixando, de preferência,
pelo menos um contato oclusal para cada dente
posterior (Fig. 20).
Se for preferível a montagem de aparelhagem
fixa no arco superior durante a utilização do
aparelho de Herbst, ela deve ser realizada após
a perfeita adaptação do paciente ao aparelho.
Recomendações aos pais
Converse com os pais sobre o aparelho e
explique que ele não interfere na abertura e no
fechamento da boca ou mesmo na mastigação
dos alimentos. Entretanto, o paciente terá dificuldade para se alimentar durante a primeira
semana, pois algum aumento de sensibilidade
nos dentes ou na musculatura facial é normal
A
B
C
D
Figura 20 - A, B, C e D - fotografias intrabucais após a instalação aparelho.
A
B
C
Figura 21 - Fotografias extrabucais frontal e lateral iniciais.
A
B
C
Figura 22 - Fotografias intrabucais iniciais.
nos primeiros dias. Qualquer analgésico pode
ser utilizado para aliviar a dor. Após alguns dias,
ele estará apto a se alimentar satisfatoriamente,
devendo evitar alimentos duros ou pegajosos.
O “splint” inferior deve ser removido apenas
para a higienização.
A
B
C
D
Figura 23 - Fotografias intrabucais após a instalação aparelho fixo na arcada superior e colocação do fio .014” de
níquel-titânio termoativado.
A
B
C
Figura 24 - Fotografias intrabucais após a colocação do fio .020” X .020” de níquel-titânio termoativado.
A
B
C
Figura 25 - Fotografias intrabucais após a colocação do fio .019” X .025” de aço inoxidável.
A
B
Figura 26 - Fotografias extrabucais após a instalação aparelho de Herbst.
A
B
C
D
E
Figura 27 - Fotografias intrabucais após a instalação aparelho de Herbst.
Figura 28 - O “splint” inferior deve ser removido apenas
para a higienização.
Mais informações podem ser obtidas em
outros artigos9,10.
A Classe II, divisão 2
Nos casos de Classe II, divisão 2, o ideal
antes da instalação do aparelho de Herbst seria
a vestibularização dos incisivos superiores a fim
de aumentar o trespasse horizontal e de poder
fazer avançar a mandíbula. Pode-se fazer essa
vestibularização após a instalação do aparelho;
entretanto, os incisivos inferiores ficarão na
frente dos superiores inicialmente.
No exemplo que se segue (Fig. 21-27),
inicialmente foi feita toda a seqüência para a
confecção do aparelho de Herbst com bandas
superiores, sistema telescópico Flip-Lock5 e
“splint” removível inferior. Entretanto, inicialmente, foram instaladas apenas as bandas com
minitubos soldados na face vestibular e prosseguiu-se com a colagem dos bráquetes superiores.
Após o nivelamento inicial com fios .014” e
.020” X .020” de níquel-titânio termoativados,
e .019” X .025” de aço inoxidável, foi instala-
do o “splint” inferior a fim de fazer avançar a
mandíbula. A paciente utilizará o aparelho de
Herbst por um período de 12 meses.
AGRADECIMENTO
O autor agradece à técnica Sibely de Lima
Tapia, responsável pela confecção dos aparelhos.
nowadays it is part of the therapeutic arsenal
of many clinicians. A recent survey published
in the Journal of Clinical Orthodontics revealed
that the Herbst appliance is today the functional
appliance most used in the United States.
The improvement of orthodontic materials has
permitted that each day the use of the Herbst
appliance becomes easier and more precise. An
example is the development of the reinforced
Grip Tite bands by TP Orthodontics, that has
made the use of the band system easier.
The aim of this article is to describe the clinical
steps to the use of the Herbst appliance with
reinforced bands on the maxillary first molars
and a removable mandibular occlusal coverage
acrylic.
ABSTRACT
The Herbst appliance has gained a great acceptability among Brazilian orthodontists;
Key words: Class II malocclusion. Reinforced
bands. Mandibular occlusal coverage acrylic.
Herbst appliance.
CONCLUSÃO
O desenvolvimento das bandas reforçadas
facilitou muito a utilização clínica do aparelho
de Herbst, permitindo que o ortodontista atual
possua, no seu arsenal terapêutico, um aparelho
resistente, eficiente e que promova resultados
previsíveis.
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Endereço para correspondência:
Alexandre Moro
Av. Silva Jardim, 2675, Água Verde
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