Concessionárias x rede independente

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Concessionárias x rede independente
Ano 23 – Número 221
Especial
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Exportação: entenda os
desafios e as dificuldades
da indústria brasileira
Entrevista
Carlos Alberto Barbosa, da
Robert Bosch Brasil, fala sobre
os programas da empresa
para a especialização
de profissionais
Concessionárias x rede independente
A disputa pelo mercado da reparação está
cada vez mais acirrada. Quem vence essa luta?
Índice
Índice
18
Capa Redes autorizadas e independentes estão
de olho no mercado de reposição
08
4
Entrevista
Carlos Alberto Barbosa, diretor da divisão
Automotive Aftermarket da Robert Bosch Brasil, fala
sobre a importância de oferecer especialização para
os profissionais do setor
12
Carro
Peugeot 208 chega ao Brasil como a
grande aposta da montadora
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14
Pesados
36
Artigo – Direito Empresarial
16
Estatísticas
38
Duas Rodas
24
Tecnologia
40
Sindirepa
28
Especial
44
IQA
34
Geomarketing
46
Flash
Volvo caminhões chega aos 85 anos
Venda interna: números em alta.
Bateria: a usina de força do veículo
As exportações ganharam importância para
a indústria de autopeças brasileira, mas ainda
existem muitos desafios
Pará e Piauí
ICMS Interestadual de 4% para
Mercadorias Importadas
Harley-Davidson lança cartão de crédito da marca
para fidelizar clientes e beneficiar concessionárias
Saiba como sua oficina pode obter o Selo Sindirepa
de Sustentabilidade
Certificação de oficina ou varejo e distribuição de
autopeças: oportunidade de evolução constante
Knorr-Bremse; Volvo; Dayco; Carro Elétrico; Man;
Omron
ERRATA
Na página 22 de nossa edição 220, onde se lê
Retentor Dinamic, o correto é Retentor Dynamic.
5
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Carta ao Leitor
O que será,
será...
Grupo Photon na internet
www.photon.com.br
www.twitter.com/grupophoton
Diretoria
É
verdade. O Futuro não se vê! Mas sempre conseguimos
prever alguma coisa com “um certo grau” de confiança, não
é mesmo? Até agora!
Mas, que está estranho está. De um lado as notícias não
são nada alvissareiras. Uma das maneiras de se avaliar o desempenho
industrial de um país ou região é pela “correlação” existente entre o
consumo de energia elétrica e o volume de produção das indústrias.
E assim analisando, concluímos que a indústria como um todo está
“reduzindo sua produção”, pois o consumo de energia pela indústria
caiu 2,4% no primeiro trimestre deste ano em comparação com igual
período do ano passado. Retração? Acomodação? Difícil dizer!
Mas, para a sorte do nosso setor, parece que melhores ventos começam a soprar para nosso lado! Mal acabou a Automec e várias empresas, festejando o recorde de visitantes nos seus estandes durante a
feira (sinal de interesse dos clientes!), divulgaram previsões otimistas
para os próximos meses, com algumas empresas alegando aumentos
de até 20% no volume de negócios neste “mesmo primeiro trimestre”!
Para ajudar, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) detectou aumento de 12% na produção de veículos leves e comerciais “também neste primeiro trimestre”, levando
diversas empresas a projetar forte crescimento neste mercado para
o semestre. Boas falas!
E por falar em Anfavea, seu novo presidente, Luiz Moan, assumiu a
associação reconhecendo que o setor passa por grandes e radicais
mudanças, mas que – apesar de, ou até por causa disso – haverá
um grande volume de dinheiro (ao redor de 60 bilhões de reais!)
a ser investido nesse setor, para suprir as
necessidades de aumento de capacidade
de produção. Desse total, R$ 12,4 bilhões
deverão ser destinados a investimentos em
engenharia e desenvolvimento.
O setor do aftermarket também está em
ebulição e promete mudanças, em parceria
com a Anfavea.
Jarbas Salles Ávila Filho,
diretor do Grupo Photon
Esperaremos para ver... o que e como será!
Boa leitura
6
Marilda Costa Salles Ávila
[email protected]
Jarbas Salles Ávila Filho
[email protected]
Jornalista Responsável
Jarbas Salles Ávila Filho (MTB 35.378)
Revista mercado Automotivo na Internet
www.revistamercadoautomotivo.com.br
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Jarbas Salles Ávila Filho, diretor; Cléa Martins, Christiane Benassi,
Patrícia Larsen, Sérgio Duque, Thassio Borges e Weslei Nunes,
colaboradores; Mariangela Paganini, revisora
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As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de
artigos e matérias estão autorizadas, desde que citada a fonte.
REVISTA MERCADO AUTOMOTIVO é uma publicação mensal do Grupo Photon.
Circulação maio de 2013.
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Entrevista
Investimento necessário
As novas tecnologias e as constantes mudanças
que atingem o setor automotivo anualmente
exigem um profissional cada vez mais qualificado.
Em entrevista à Revista Mercado Automotivo,
Carlos Alberto Barbosa, diretor da divisão
Automotive Aftermarket da Robert Bosch Brasil
(fornecedor global de tecnologia e serviços),
afirma, no entanto, que faltam ofertas para a
formação de profissionais no Brasil. Para ele, é
necessário investir na formação cada vez mais
qualificada dos profissionais do setor devido
à sua importância no processo. Confira a
seguir a entrevista:
Redação
Revista Mercado Automotivo –
Qual é o peso hoje do mercado de
reposição para a Bosch no Brasil? Carlos Alberto Barbosa – A Bosch
não divulga informações por países.
O que podemos dizer é que as unidades automotivas (reposição e
equipamento original) na América
Latina representam para a Bosch
aproximadamente cerca de 70% do
faturamento total do grupo.
Os produtos que atendem o mercado brasileiro de reposição são
fabricados em unidades da Bosch
nos Estados de São Paulo, Paraná,
Bahia e também na Argentina. Com
esses centros a Bosch consegue
atender todo o País?
8
CAB – Nos últimos anos a frota
brasileira sofreu uma grande diversificação de marcas. No ano 2000 o
Brasil possuía cerca de 90 marcas
de veículos com aproximadamente 1.600 modelos. Hoje temos
aproximadamente 110 marcas e
3.300 modelos. No mercado de
reposição isto representa maior
complexidade para atender as
demandas em termos de portfólio
de produtos. Para maior competitividade e aumento de programa,
além de fábricas no Brasil, a divisão
do Automotive Aftermarket também vem adquirindo empresas
do segmento de reposição. As
principais fábricas adquiridas nos
últimos anos foram a de alternadores, motores de partida, palhetas,
equipamentos de teste e pastilhas
de freio. Com isto, a Bosch consegue
garantir uma grande amplitude de
programa para atender todo o País.
Os custos com transporte ainda são
uma dor de cabeça para as empresas
que atuam no Brasil?
Sim, é um desafio para todos os
gestores do setor, principalmente os
de carga fracionada, como é o nosso
caso, e com entregas em todo o território nacional. Buscamos soluções
em conjunto com nossos clientes/
parceiros, como transportadoras
regionais, paletização de carga, adequação da área de recebimento dos
clientes e embalagens customizadas
para cada tipo de produto.
Gostaria que falasse sobre o programa Super Profissionais Bosch. Como
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funciona e qual sua importância
para a empresa?
O Super Profissionais Bosch é um
programa de treinamento à distância
que disponibiliza, através da internet, cursos para atualização profissional e outras ferramentas importantes
para enriquecer o aprendizado dos
profissionais da área automotiva e
auxiliá-los em seu dia a dia, abrindo novas oportunidades para o seu
aprimoramento.
O conteúdo dos treinamentos,
que é desenvolvido por instrutores
Bosch especializados e profissionais
relacionados ao desenvolvimento de
produtos, aborda sistemas, produtos
e novas tecnologias, além de temas
que auxiliam no gerenciamento de
seus negócios. Os cursos são elaborados conforme o perfil dos profissionais, ou seja, voltado especificamente às necessidades dos aplicadores e
vendedores de produtos Bosch.
Com informações claras e avançadas, além de recursos audiovisuais,
como simulações, desenhos e fotos,
os personagens, que se comunicam
com os usuários, apresentam, de
forma interativa, dinâmica e didática,
os diversos temas abordados. Os
cursos trazem também exercícios,
desafios e avaliações. A atualização do programa é constante, com
novos cursos sendo disponibilizados
periodicamente.
O Super Profissionais Bosch disponibiliza uma série de recursos que
proporcionam melhor aproveitamento dos cursos e acompanhamento
eficaz do desempenho do aluno. O
usuário tem à disposição diversos
materiais de apoio em uma biblioteca virtual, como, por exemplo, apostilas com os conteúdos abordados
nos cursos on-line, folders, catálogos
e circulares. Tem, ainda, a possibilidade de imprimir o diploma, assim
que é aprovado na avaliação final do
curso. O profissional também pode
visualizar notícias atualizadas do
setor automotivo no portal autenticado do site.
Outro importante recurso é
o suporte de atendimento Fale
Conosco, uma via direta de comunicação entre o usuário do sistema
com a equipe de atendimento,
através de chat, e-mail e contato
telefônico, para sanar dúvidas
sobre navegação no site, habilitação
de contas ou alteração de senha
de acesso.
A Bosch é uma empresa que investe muito em formação e treinamento de profissionais da reposição.
Apesar de todo o esforço da empresa, o senhor entende que atualmente faltam cursos de formação
para os profissionais do setor?
e a experiência de um dos maiores
fabricantes de sistemas para a
indústria automotiva.
Os cursos técnicos da Bosch
abrangem diversos sistemas destacando entre eles: Sistemas de
injeção diesel, Sistemas de gestão
eletrônica de motor, chassis, controle
e dinâmica do veículo e Sistemas
eletroeletrônicos.
Hoje a eletrônica domina todos
os sistemas e subsistemas de um
automóvel. Nossos treinamentos
têm foco muito grande no diagnóstico com a utilização de tecnologia
avançada e informação técnica
sobre procedimentos definidos pelo
fabricante.
Guardadas as devidas proporções,
é possível comparar a atividade de um técnico
automotivo a um médico: para os dois casos o
segredo da profissão é o diagnóstico.
Sim, faltam ofertas para formação
de profissionais, concretamente
vagas e principalmente cobertura
regional. Existem propostas de
qualidade na formação de técnicos automotivos, mas são muito
limitadas comparadas à demanda e
necessidades do mercado.
O setor automotivo cresce muito rápido em termos de unidades
vendidas e tecnologia embarcada.
Este desequilíbrio entre formação
de técnicos e tecnologia presente
no mercado é um problema recorrente nas empresas que atuam no
setor de serviços automotivos.
A divisão de Aftermarket
da Bosch com seu Centro de
Treinamento Técnico atua diretamente na formação de profissionais
para o setor automotivo. Nosso
aporte específico é na formação
de especialistas em sistemas
trasladando todo o conhecimento
Quais são os prejuízos que podem ser
gerados ao consumidor por conta de
profissionais mal instruídos no setor
de reposição?
Guardadas as devidas proporções, é
possível comparar a atividade de um
técnico automotivo a um médico: para
os dois casos o segredo da profissão
é o diagnóstico. Realizar diagnósticos
corretos está diretamente relacionado ao conhecimento, à tecnologia e
informações. Sem estes elementos ou
com a falta de um deles, os riscos de
errar são altos.
Erros de diagnóstico geram procedimentos e intervenções inapropriados que, geralmente, acabam em
prejuízos diversos. Podemos mencionar casos leves que têm um impacto
econômico como a troca de uma peça
sem necessidade até consequências
graves como intervenções que afetam
a segurança do veículo, podendo provocar acidentes.
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Entrevista
A responsabilidade de um
técnico automotivo não se resume ao conserto de carros. Há um
compromisso social para reparar
automóveis respeitando a segurança durante o processo de reparo, a
dos ocupantes do veículo e todas
as normas ambientais. Um profissional comprometido entende
também que atualizar os conhecimentos técnicos não é um luxo, é
uma obrigação da profissão.
A Rede Bosch Car Service possui
atualmente mais de 100 oficinas
credenciadas em todo o território
nacional. Há planos para expansão
da rede nos próximos anos? Não
apenas na parte física,
mas também em relação aos
serviços oferecidos?
Na verdade, hoje contamos com
mais de 1.100 oficinas Bosch Car
Service no Brasil, além de nossa
rede Diesel, com cerca de 450.
Desde que iniciamos esse conceito
aqui no Brasil tivemos um potencial
crescimento que se sustentou nos
primeiros anos. Após isso, passamos por um processo de maturação
onde o número de credenciadas se
manteve até 2011, e, no ano passado, iniciamos novamente o processo de expansão. O mercado brasileiro é extremamente promissor e
uma referência mundial, por isso
enxergamos este potencial também
na reposição para desenvolver novos grandes parceiros reparadores.
É importante lembrar também o
conceito Original Auto Center que
representa uma opção a oficinas
de menor porte e a Rede Diesel
System, que foi pensada para atender as necessidades das oficinas
mecânicas diesel que não possuíam um conceito de relacionamento com a Bosch. Com esta marca,
a empresa procura atingir esse
segmento que não estava sendo
atingido pelo conceito Bosch Truck
Service e Diesel Center, e que
em sua maioria são especialistas
em sistemas convencionais. Hoje
10
temos 1.100 unidades Bosch Car
Service, 400 Bosch Truck Service, 50
Bosch Diesel Center, 215 unidades
da Rede Diesel System e 2.953
Original Auto Center.
clientes e parceiros nos reconhecem fortemente como um gerador
de tecnologia. Isto sempre foi um
diferencial, e ainda mais agora com
a velocidade das mudanças.
O senhor acredita que o novo
regime automotivo (Inovar-Auto)
deverá impactar especificamente o
setor de autopeças? Como a Bosch
analisa esse novo regime?
Analisando especificamente o setor
de autopeças, com o Inovar-Auto a
complexidade técnica dos veículos
aumenta. Falamos então de
novos produtos e tecnologias que
antes não eram trabalhados em
nosso mercado.
Outro ponto a ser analisado é o
crescimento do mercado. O Brasil
se torna ainda mais atrativo para as
montadoras e a tendência é que a
venda de veículos siga em um bom
ritmo. Em um mercado tão atraente é natural a entrada de novos
players em todos os níveis da cadeia. Em resumo, os veículos brasileiros estarão mais modernos, em
maior volume e mais disputados.
A Bosch está presente em 150 países, correto? Qual é a importância
do mercado brasileiro para a marca?
Levando em consideração a crise
que atingiu os mercados da Europa
e dos Estados Unidos recentemente,
o crescimento do Brasil nos últimos
anos teve grande importância para
os negócios da empresa?
Correto, o Brasil hoje é um de
nossos principais mercados. Somos
um mercado em expansão, e,
juntamente com Rússia, Índia e
China, estamos puxando o crescimento econômico. A Bosch enxerga
e aposta nisso. Temos grandes
planos para a América Latina.
Anualmente a Bosch investe mais
de R$ 5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, além de requerer
cerca de 3,8 mil patentes em todo
o mundo. O senhor considera que
essa preocupação com a inovação
é um dos grandes diferenciais
para que a empresa tenha esse
sucesso global?
Sem dúvida, desde o início a
Bosch sustentou seu crescimento
em inovações, ou tecnologia para
a vida, como diz o nosso slogan.
Temos orgulho disso, pois estamos
desenvolvendo soluções para o
dia a dia em todos nossos campos
de atuação.
Recentemente a Bosch foi
nomeada o “fornecedor de peças
automotivas mais admirado” do
mundo pela revista americana de
negócios Fortune, na lista de 2013.
E um dos quesitos em que lideramos foi “inovação”. Ou seja, nossos
Por fim, qual a expectativa e os
planos da Bosch para o Brasil nos
próximos dois anos?
Mais especificamente para o mercado de reposição, temos como
planos o fortalecimento de nossa
estratégia Parts+Bytes+Services
(Peças, Equipamentos e Serviços),
continuando a oferecer ao mercado
soluções completas.
Queremos também ampliar nossa oferta de produtos este ano, por
isso, teremos o lançamento da nova
linha de freios, além de novidades
em elétrica e palhetas, por exemplo.
Em termos de equipamentos,
com a aquisição da SPX Service
Solutions (especialista norte-americana em diagnósticos automotivos),
teremos novos produtos e ferramentas para nossas oficinas.
Nossos treinamentos técnicos
serão intensificados em todo o
Brasil através de parcerias com o
Senai. Além disso, seguimos crescendo fortemente com nossas redes
de oficina onde pretendemos atingir
uma penetração de mercado bem
significativa até 2015.
Cinto de segurança salva vidas.
Divulgação
Carro
Investimento pesado
Peugeot apresenta o 208 no Brasil e investe forte para atrair o público
Redação
A
Peugeot não poupou esforços para que o lançamento do modelo 208 gerasse barulho no
mercado brasileiro. O veículo chegou às concessionárias no último dia 13 de abril e, pouco depois, o
público pode conferir nos principais canais de televisão
aberta e fechada uma engenhosa propaganda feita para
divulgar o carro.
Produzido pela agência Y&R – uma das mais conceituadas do setor –, o filme traz para a “vida real” alguns
dos personagens do histórico desenho animado Corrida
Maluca, criado em 1968 pelos estúdios Hanna-Barbera.
O mote da campanha foi utilizar o conceito “Dentro dele
é outro mundo” e o público confere o 208 fugindo de situações inusitadas por meio de seus inúmeros atributos.
“Além da busca por impacto, definimos que seria
prioridade exaltar a experiência proporcionada pelo
Peugeot 208. Nossa decisão foi ir além da beleza do novo
modelo e dar ênfase ao que o conjunto é capaz de oferecer”, destaca Frederico Battaglia, diretor de Marketing
da Peugeot, em comunicado divulgado à imprensa. Rui
Branquinho, vice-presidente de Criação da Y&R, também
destacou a campanha.
12
“Nesse filme conseguimos retratar de forma lúdica e
contundente como é a vida de quem está no trânsito agitado das cidades fora de um 208 e reforçar que, uma vez
no carro, todo o resto é o resto”, analisou Branquinho.
Vale citar ainda que a direção de cena coube a um dos
diretores mais requisitados atualmente para este tipo
de produção: o francês Antoine Bardou-Jacquet.
O carro
O comercial é realmente bom. Chamou a atenção e gerou
publicidade à marca, mas não sustentaria o lançamento do Peugeot 208 se o veículo realmente não tivesse
suas qualidades. Com investimento de R$ 800 milhões
(parte dos R$ 3,7 bilhões que a Peugeot pretende injetar no Brasil entre 2010 e 2015), a montadora trouxe o
veículo global para o país e agora o produz no Centro
de Produção de Porto Real, no Rio de Janeiro. De lá, as
unidades atendem aos brasileiros e são exportadas para
a Argentina e alguns outros países da América Latina.
No mundo, o 208 é montado também em Poissy (França)
e Trnava (Eslováquia).
“Desde o início do projeto, as opções técnicas que
estruturaram o 208 tiveram como base a versão mais atual da plataforma A (veículos compactos) do Grupo PSA.
Divulgação
Divulgação
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Com motor 1.5 L 8 V Flex ou 1.6 L 16 V Flex, o 208 é a grande aposta da
marca para o mercado brasileiro em 2013
Modelo vem com uma central multimídia com tela colorida
sensível ao toque
É a primeira vez que essa plataforma é utilizada por um
veículo Peugeot no Brasil”, aponta a marca. Na comparação com o 207 nacional, o 208 é maior no comprimento
total e no entre-eixos. Neste ponto, inclusive, possui o
maior comprimento entre seus concorrentes diretos.
A marca apoiou o desenvolvimento de seu novo veículo no Brasil em três pontos considerados essenciais:
design, experiência de condução e tecnologia. Em relação ao primeiro item, a Peugeot destaca a dianteira
do modelo, que retrata a nova face da marca. “O ‘olhar
felino’ se interpreta de maneira mais moderna, rica e
refinada com as luzes em LED e uma guia luminosa que
enfatiza o conjunto ótico, tanto de dia quanto à noite”,
cita a montadora.
Com a intenção de deixar a condução mais prazerosa
e confortável, a Peugeot elevou ainda o painel de instrumentos para que a leitura das informações fosse feita por
cima do volante. A coluna de direção dispõe de ajuste
de altura e profundidade e o banco do motorista traz
ajuste de altura ativo, controlado por alavanca. Dirigi-lo,
portanto, deverá ser agradável.
No quesito tecnologia, o Peugeot apresenta o que já
pode ser considerado regra para os modelos do segmento: uma central multimídia com tela colorida sensível ao
toque de sete polegadas. Por ela você pode acessar a
função GPS, controlar o rádio, ler arquivos de músicas
via USB ou visualizar fotografias. Interessante, no entanto, é a função que permite configurar algumas opções do
carro como acendimento automático dos faróis, dados
sobre consumo de combustível, entre outros.
Motor
A versão mais simples é oferecida por R$ 39.990 e tem
câmbio manual de cinco marchas, ar-condicionado, vidro
elétrico dianteiro, trava elétrica, freios ABS, airbag duplo,
entre outros. Tanto nessa versão quanto na intermediária, o Peugeot 208 chega com motor 1.5 L 8 V Flex. Com o
conjunto no qual é oferecido, tal motorização desenvolve
93 cavalos de potência máxima com etanol, a 5.500 rpm.
O torque máximo é de 14,2 mkgf, também com etanol.
A última versão é oferecida por R$ 50.690 (manual)
ou R$ 54.690 (automático) e traz o motor 1.6 L 16 V
Flex. Uma de suas vantagens é eliminar o reservatório
de gasolina do compartimento do motor, que é conhecido como “tanquinho”. Assim, tal combustível não é
necessário para realizar a partida a frio. Outra vantagem
é que, nessas condições, segundo a fabricante, o motor
não “engasga” ou falha na partida.
Vale citar também que a Peugeot oferece uma gama
de nove cores para os consumidores: branco banquise,
branco nacré (perolizado), cinza aluminium, cinza moondust, azul bourrasque, marrom dark carmin, preto perla
nera, vermelho aden e vermelho rubi. Além disso, o veículo vem com três anos de garantia. Nas duas primeiras
versões, as três revisões iniciais saem por R$ 810. O valor
sobe para R$ 890 no modelo mais caro.
O 208 é, sem dúvidas, a grande aposta da marca para
o mercado brasileiro neste momento. “Com o 208, a
Peugeot completa a renovação de sua gama de veículos
no Brasil, que em 2010 iniciou uma forte ofensiva comercial que contabiliza nada menos que oito lançamentos”. O investimento não foi baixo. Resta saber se
o retorno virá.
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Divulgação
Pesados
Volvo caminhões
chega aos 85 anos
E, para comemorar, lança uma série especial limitada:
a “FH Time Machine”
Jarbas Ávila
C
om o pomposo nome de “Time Machine” (Máquina
do Tempo), a série especial, exclusiva e limitada
a 85 veículos, empresa celebra a evolução dos
caminhões Volvo.
A série especial destinada aos transportadores
brasileiros terá duas opções de motorização: 460 cv e
540 cv, as mais procuradas pelos brasileiros, segundo
a montadora.
Externamente, a série tem adesivos estilizados nas
laterais, o emblema Time Machine, o letreiro superior
da cabine Globetrotter com a assinatura Time Machine
e defletores de sujeira.
Internamente, os bancos são em couro e os descansos para braços são bordados, com detalhes em laranja.
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O banco do motorista tem memória para três posições,
ajuste lombar, ajustes elétricos de distância, aquecimento e ventilação e ajuste pneumático.
As portas são revestidas em couro e bordadas com
as mesmas características dos adesivos externos. O volante, também em couro, tem bordados em laranja e a
alça de acesso à cabine é revestida em couro laranja.
Câmbio
O caminhão vem equipado com caixa de câmbio eletrônica I-Shift, com a qual o motorista não precisa se
preocupar em trocar as marchas e o transportador consegue economizar até 5% em consumo de combustível.
Sem pedal de embreagem, a caixa de câmbio da
Volvo facilita bastante o trabalho do motorista. No modo
automático, basta acelerar e frear. No modo manual,
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um simples toque em um botão troca as marchas. O
motorista não precisa fazer nenhum esforço para trocar
as marchas. O manuseio é extremamente fácil e um amplo e bem posicionado visor no painel mostra em que
marcha o veículo está.
Cinto de segurança salva vidas.
Segurança
A série especial vem também com vários equipamentos
de segurança, uma área em que a Volvo informa ser líder
inconteste: o LKS (Lane Keeping System, ou monitoramento das faixas da rodovia), um dispositivo que alerta
o motorista caso o veículo saia da faixa de rodagem
em virtude de um descuido ou desatenção; o DAS, ou
Detector de Nível de Atenção, acionado automaticamente quando o condutor apresenta um estilo de condução
irregular, ziguezagueando o caminhão na pista, que é um
comportamento característico de fadiga e sonolência
ao dirigir; o LCS (Lane Change Support, ou sensor de
ponto cego), um mecanismo com um radar que informa
se há um objeto na lateral direita do caminhão quando
o veículo está trocando de faixa.
O Time Machine vem também com o VEB500 (Volvo
Engine Brake, ou Freio Motor Volvo), com 500 cv de po-
tência, o maior do mercado segundo a montadora, o que
permite ao motorista trafegar com mais segurança em
velocidades médias maiores, mesmo em trechos com
topografia em declive, poupando o freio de serviço por
possibilitar menor desgaste de lonas/pastilhas, tambores e pneus.
“O VEB garante uma viagem mais tranquila, auxiliando na diminuição do esforço do motorista”, diz Álvaro
Menoncin, gerente de Engenharia de Vendas.
Outro dispositivo de segurança ativa presente neste
modelo é o farol de conversão. Ativado quando o farol
está ligado e a uma velocidade de até 40 quilômetros
por hora, ele ilumina o lado para o qual o veículo fará
a conversão.
O caminhão comemorativo da Volvo vem na exclusiva cor “Branco Time Machine” e tem também airbag,
freios ABS, rádio com CD Player, MP3, bluetooth, controles no volante e entrada USB, rodas de alumínio
polido, tanques de alumínio D-Shape e de Arla de 60
litros, ar-condicionado com controle de temperatura, geladeira, mesa e cofre como itens da série. Um
verdadeiro “Série especial”.
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Estatísticas
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om
Fotolia.c
O emplacamento de veículos
até abril de 2013
Bons ventos para o setor
Sérgio Duque
H
dão descontos, facilitam o pagamento e ainda assim a
reação é mínima. Para entender melhor esse resultado,
basta saber que perto de 65% dos pedidos de financiamento para motos novas não são aprovados pelos
agentes financeiros. A aposta está ainda nos consórcios,
onde o consumidor paga antes de levar o produto.
No geral, o desempenho acumulado do ano em relação a 2012, que era negativo em 2,21%, agora é positivo
em 0,67%.
á tempos não se via um desempenho de vendas
de veículos novos tão bom quanto este observado em abril, quando foram emplacados no País
perto de 475 mil veículos. A previsão é que cheguemos
ao fim do ano com mais 5,2 milhões de veículos novos
em nossas ruas e estradas.
Houve boa recuperação em todos os segmentos da
frota, exceto para motos.
Nos segmentos de automóveis e coLICENCIAMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
merciais leves os números apresentam
ACUMULADO JAN-ABR
crescimento de 8,57% em relação ao mesPREVISÃO
SEGMENTO
% VAR.
mo período de 2012, resultado ainda da
2013
2013
2012
redução do IPI, desempenho positivo
2.600.000
Automóveis
857.267
789.601
8,57 ▲
acompanhado também pelos segmentos
de caminhões e ônibus.
750.000
Comerciais Leves
247.074
227.742
8,49 ▲
Máquinas agrícolas continuam sendo
150.000
Caminhões
48.560
48.058
1,04 ▲
a grata surpresa em se tratando de números realizados de vendas, com o segmen35.000
Ônibus
11.702
10.682
9,55 ▲
to faturando 26,7% a mais que no mesmo
58.000
Tratores e Máquinas
20.822
16.432
26,71 ▲
período acumulado do ano anterior. Há
1.600.000
Motos
493.005
574.764
-14,22 ▼
tempos que estava devendo.
No segmento de veículos duas rodas a
Total
1.678.430 1.667.279
0,67 ▲ 5.193.000
questão continua preocupante. As monFonte: Fenabrave. Números de tratores e máquinas incluídos para referência. Previsão 2013, estudos
tadoras fazem campanhas publicitárias,
Audamec Marketing.
16
Fotolia.com
Capa
De quem é o mercado?
A disputa entre concessionárias e oficinas e autopeças da rede
independente pelo mercado de reparação tem se intensificado nos
últimos anos; mas serão as autorizadas das montadoras capazes de
vencer essa quebra de braço?
Weslei Nunes e Cléa Martins
M
esmo tendo enfrentado
duas fortes crises econômicas internacionais (em
2008 e 2011), o aftermarket brasileiro tem caminhado bem. O setor
não apenas evoluiu nos últimos
anos como também ganhou algumas características novas. Entre
elas, consumidores mais exigentes,
novas legislações e tecnologias mais
avançadas. Essas mudanças, mais o
crescimento da demanda interna de
veículos, contribuíram fortemente
para o crescimento da disputa pelo
mercado de reposição de autopeças
e reparação de carros entre a rede
independente (de oficinas e lojas de
componentes) e as concessionárias.
18
Os discursos de ambas as partes (autorizadas e independentes)
são amistosos e quase unânimes:
“A competição cada vez mais forte é
uma realidade do setor, no entanto,
há mercado para todos, pelo menos
nas circunstâncias atuais de mercado – de crescimento do parque automotivo”. Profissionais e lideranças
desses setores só não se arriscam a
fazer previsões de longo prazo.
O presidente do Sindirepa-SP e
Sindirepa Nacional (Sindicato da
Indústria de Reparação de Veículos
e Acessórios), Antonio Fiola, explica que o motivo dos discursos
afirmarem haver espaço para todos
no mundo da reparação é o fato de
os veículos com até três anos de
garantia fazerem manutenção nas
concessionárias, depois passarem a
frequentar as oficinas. “É importante
lembrar que o Brasil tem mais de
93 mil oficinas [independentes] que
dão conta da manutenção da frota,
o que não seria possível somente
com as redes de concessionárias. A
concorrência existe, mas o foco das
concessionárias é a venda de novos
veículos, o pós-venda é mais um serviço agregado”, diz.
No entanto, o presidente
do Sincodiv-SP (Sindicato dos
Concessionários e Distribuidores de
Veículos no Estado de São Paulo),
Octavio Leite Vallejo, conta que
o pós-venda tem ganhado muita
força nas redes autorizadas: “As
Capa
Briga também no varejo
A concorrência entre concessionárias e lojas de autopeças independentes tem se intensificado
nos últimos anos porque ambas
também oferecem produtos de reposição para consumidores finais
e até mesmo para algumas oficinas independentes. Mas para esses
concessionários Vallejo sugere que
criar programas de fidelização ou
de incentivo para reparadores é um
erro: “Quem faz isso, cria um monstro contra si, pois as concessionárias têm crescido seus serviços de
reparação, mas, quando vende para
oficinas independentes, fortalece
o concorrente”.
Para Francisco de La Torre, presidente do Sincopeças-SP (Sindicato
do Comércio Varejista de Peças e
Acessórios para Veículos no Estado
de São Paulo), a disputa entre esses dois tipos de estabelecimento
é normal: “O mercado de reposição
é altamente competitivo. Com a
20
chegada de novas marcas, a disputa tem se acirrado, principalmente
em itens de alto giro para veículos
mais novos. Mas isso faz parte do
mercado. Contudo, as lojas de autopeças têm ampla capilaridade e
atendem a mais modelos, dos novos aos mais antigos e de diferentes
marcas”, explica.
Vantagens e
desvantagens
Tanto as redes independentes como
as autorizadas oferecem seus leques
de benefícios e vantagens para enfrentar os desafios do mundo da
reparação. Por parte das lojas que
contam com a bandeira da montadora, a grande dificuldade, aponta
Vallejo, é a equação dos preços para
o aftermarket e a conquista de clientes após a garantia.
Por outro lado, o fato de representar a marca do veículo é um
ponto forte a favor das concessionárias. No entanto, o presidente do
Sincodiv alerta que apenas isso não
dá total vantagem às autorizadas:
“O consumidor procura um serviço
confiável. Ele quer se sentir seguro
quanto à manutenção do seu carro.
Somente a bandeira não é suficiente
para que ele se sinta assim. Além
disso, ela não traz novos clientes. A
implantação do agendamento das
revisões de veículos foi um grande
avanço das concessionárias e serviu
para fidelizar os clientes avisando-os quando chega a hora de fazer a
revisão”, afirma.
Os benefícios de carregar a bandeira da montadora estão principalmente no poder ampliado de marketing dessas empresas, comenta
Fiola: “As ações de publicidade e divulgação da marca [de veículos] garantem ampla visibilidade na mídia
também para as concessionárias.
Esses altos investimentos feitos pe-
Divulgação
concessionárias têm buscado fidelizar o cliente por um período cada
vez maior, fazendo-o acostumar-se a beber água sempre na fonte.
Diante disso, a concorrência [entre
oficinas independentes e concessionárias] tornou-se mais acirrada nos
últimos anos”.
Embora não haja dados ou pesquisas que comprovem o aumento
dos serviços de pós-venda nas concessionárias ou maior procura dos
consumidores por esse serviço nessas lojas, os especialistas do setor
acreditam que houve um ganho de
mercado por parte das autorizadas
em relação às redes independentes.
Mas são as oficinas independentes
que ainda dominam a maior parte
do setor. Segundo Fiola, elas são
responsáveis pela manutenção de
80% da frota circulante no País.
Octavio Leite Vallejo, presidente do Sincodiv-SP
las montadoras permitem que elas
realizem campanhas e promoções
de grande impacto, algo muito complicado para o setor independente”.
O acesso privilegiado das concessionárias às informações técnicas dos veículos também é um
benefício citado pelo presidente do
Sindirepa. Com o avanço da tecnologia embarcada, por exemplo, o reparador passou a necessitar inúmeras
informações técnicas que, segundo
Fiola, não são disponibilizadas pelas montadoras, “o que dificulta o
trabalho executado pela oficina”.
Diante deste quadro, o conhecimento técnico passou a ser o grande
desafio do setor de reparação. “E o
Sindirepa-SP tem se preocupado
com essa questão. Iniciamos um
trabalho para tentar minimizar o
problema. O reparador pode também contar com o CDI (Centro de
Documentação e Informações), que
possui o maior acervo de informações técnicas da América Latina”,
diz Fiola.
Sobre o favorecimento da rede,
o dirigente do Sincodiv discorda do
fato de as concessionárias terem
Capa
mais acesso às informações: “Não
há nenhum tipo de informação privilegiada às concessionárias por parte
das montadoras”, garante.
Outro ponto levantado por Fiola,
o fato de as oficinas independentes
trabalharem com mais marcas de
automóveis que as concessionárias
faz do trabalho do reparador independente mais árduo. “A diversidade demanda maior dedicação e investimentos permanentes em equipamentos e treinamento da equipe
de profissionais”.
Apesar das dificuldades apontadas pelo presidente do Sindirepa,
Pedro Scopino, proprietário da Auto
Mercânica Scopino, aponta três
verdadeiros calcanhares de Aquiles
das autorizadas diante da reparação independente: “Preço, falta de
critérios para troca de peças e falta
de relacionamento”.
Divulgação
Independentes também
podem ser autorizadas
A imagem das concessionárias está
diretamente ligada às montadoras
e, segundo os especialistas do setor, isso passa certa segurança ao
consumidor, por tratar-se de uma
rede bem estruturada. No caso das
Pedro Scopino, proprietário da Auto Mercânica Scopino
22
Divulgação
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Sandro dos Santos e Silvio Ricardo, sócios da DR Chrysler
empresas independentes desse
setor, associar-se, trocar experiências e criar um padrão de qualidade de serviço e atendimento é
destacado como fundamental pelos porta-vozes das entidades que
representam o setor.
Não são apenas as concessionárias que contam com o aval das
montadoras, há também oficinas
independentes que representam
uma ou mais marcas oficialmente.
A DR Chrysler é um exemplo disso. A
oficina é especializada em veículos
Chrysler, Jeep e Dodge e, segundo
seus sócios Sandro dos Santos e
Silvio Ricardo, a empresa não tem
encontrado concorrência acirrada
nem mesmo entre as concessionárias dessas marcas.
Fugindo da
concorrência
Scopino ressalta um ponto importante adotado por ele para fugir da
concorrência com as concessionárias. “A maior arma que temos nesta
disputa é o relacionamento, ou seja,
sempre trabalho na questão do bom
atendimento, como se meu cliente
fosse único, e faço muitas ações de
relacionamento, principalmente
junto ao GOE (Grupo de Oficinas
Especializadas), com o trabalho de
várias empresas parceiras para fidelizar e diferenciar este cliente”, conta
o empresário.
Investir no atendimento, na
estrutura da oficina ou loja de autopeças, além de agregar melhor
capacitação à equipe são algumas
das ações para driblar a forte concorrência do mercado de reposição
de peças e reparação de veículos.
Por outro lado, tanto redes autorizadas quanto empresas independentes precisam vencer um inimigo
comum – a venda de peças ilegais.
“Esse é um concorrente muito desleal. As peças do mercado negro
estão em todo lugar, inclusive na
internet. Há vários sites vendendo
peças que sabe lá Deus de onde
vêm, com preços muito baratos”,
comenta Ricardo. “Esse é de fato
o concorrente a ser abatido pelo
mercado de reparação como um
todo”, finaliza.
Fotolia.com
Tecnologia
Baterias automotivas
Sérgio Duque
C
onstituída basicamente de placas de chumbo (positivas e negativas) e solução de ácido
sulfúrico (eletrólito) alojados dentro de uma
caixa de material polimérico (normalmente plástico),
a bateria nada mais é que um acumulador de energia elétrica para fornecer eletricidade ao sistema de
ignição, ao motor de arranque, às luzes, ao painel e
ao restante dos equipamentos elétricos e eletrônicos
do carro.
A sua capacidade é medida em amperes/hora. Uma
bateria de 56 Ah poderá fornecer uma corrente de 1
A durante 56 horas e 2 A durante 28 horas e assim
por diante.
Entre os tipos mais usuais temos: baterias automotivas, baterias ciclomotivas, baterias estacionárias, baterias náuticas, baterias tracionárias, além
das baterias especiais produzidas para oferecer alta
performance indicadas para veículos off-road e 4x4,
por exemplo.
Já as capacidades de carga variam de 36 Ah a até
205 Ah, com 12 V, e também se diferenciam no seu
24
processo construtivo, especialmente na composição
de agentes QEM, ou seja, agentes químicos, elétricos
e mecânicos.
FUNCIONAMENTO E RECARGA
A corrente elétrica, medida em amperes (A), passa
de um dos polos da bateria através do circuito do
carro e entra na bateria pelo outro polo, fechando-se o circuito por meio do eletrólito. Como a reação
química se mantém, forma-se sulfato de chumbo na
superfície de ambos os eletrodos e o ácido sulfúrico
converte-se em água. Quando as superfícies das duas
placas ficam completamente cobertas com sulfato de
chumbo, a bateria esta descarregada. Se a bateria for
carregada novamente, por meio de uma corrente elétrica apropriada, os eletrodos voltarão ao seu estado
original e o ácido sulfúrico será regenerado.
DIFERENCIAÇÃO DE PRODUTO
Algumas opções de mercado são compostas com aditivos reagentes que permitem a absorção de carga
mais rápida, garantindo maior vida útil da bateria.
Outras oferecem para o consumidor garantia estendi-
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
da com o argumento de que ligas de cálcio reforçada
Segundo os especialistas, a durabilidade de uma
alcançam até 50% mais de vida útil, maior corrente
bateria não se mede por quilômetros rodados, mas
de partida durante seu acionamento, menor consumo
por tempo de uso. Em nosso clima tropical a média
de água e menor incidência de corrosão.
de duração é de 2 a 3 anos, mas pode cair pela metade
Outras ainda garantem maior capacidade de conse o dono não tiver os devidos cuidados como, por
centração de carga, menor geração de calor e maior
exemplo, deixar luzes ou acessórios ligados quando
dissipação da energia dentro da bateria e até visor
o motor estiver desligado ou dar a partida no veículo
indicador de nível de carga.
com o farol ligado, o que também puxa carga da baNa linha de motos, são oferecidas seladas e secoteria e faz diminuir sua vida útil.
-carregadas. As primeiras dispensam carga e manuA Audamec Marketing e Pesquisa Automotiva
tenção de água. Já as seco-carregadas são vendidas
estudou o mercado demandante de baterias autocom a solução à parte, devendo a mesma ser aplicada
motivas novas. O quadro apresentado na sequência
perto de 45 minutos antes do uso da bateria, sem
dá ideia do volume comercializado do produto em
necessidade de carga.
nosso mercado.
As estacionárias são baterias aplicadas em equipamentos multiuso como nobreaks,
DEMANDA DE BATERIAS AUTOMOTIVAS – AFTERMARKET
(EM UNIDADES)
iluminação de emergência, sinalização, sistemas de alarmes
Segmento da frota
Ampere/hora
2013
2014
2015
e muitos outros, enquanto as
tracionárias são aplicadas em
Automóveis
De 40 a 95
7.300.000
7.800.000
8.300.000
veículos elétricos e empilhaUtilitários
De 100 a 110
1.750.000
2.000.000
2.300.000
deiras, por exemplo.
Enfim, todas possuem alCaminhões e ônibus
De 110 a 170
900.000
1.000.000
1.100.000
gum diferencial para atrair
consumidores ou uso dirigido
Motos
De 25 a 27
4.500.000
4.750.000
5.000.000
e específico.
Tratores
De 110 a 170
185.000
195.000
205.000
A durabilidade de uma bateria
varia de acordo com sua forma
Total da demanda
4.635.000
15.745.000
16.905.000
de uso. Habitualmente é projetada pelas montadoras para
Base a.a. %
+ 5,8
+ 7,6
+ 7,3
responder bem ao dimensional da capacidade de equipamentos e acessórios que saem
O sistema de cálculo da demanda da Audamec,
de fábrica com o veículo como ar-condicionado, faque
relaciona a frota circulante de veículos com
róis, som, luzes e lanternas.
ciclo médio de substituição, pode ser aplicado
Ocorre que a grande maioria dos proprietários de
em qualquer linha de autopeças do segmento da
veículos agregam rastreadores, alto-falantes e som
reposição automotiva.
com maior potência, trava elétrica, além de outros
Empresas interessadas podem consultar soacessórios do mercado de tunning, exigindo muito
bre as bases, os critérios e as condições de fornemais capacidade da bateria. Aí a coisa pega, pois as
cimento para estudos customizados pelo telefone
baterias não suportam tanta carga por tanto tempo.
(11) 2281-1840, ou por e-mail para sergio@audaLembrar dos equipamentos que usam a bamec.com.br. Estes estudos podem contemplar loteria mesmo com o veículo desligado (stand by),
calização da demanda por item da linha da emprecomo equipamentos de ignição e alarmes que persa, por região de atuação e até por distribuidor ou
manecem continuamente ligados, assim como
representante comercial.
algumas frentes de rádios.
25
Respeite a sinalização de trânsito.
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Especial
Exportar é o que importa
A balança comercial de autopeças acumula déficit pelo quinto ano
seguido. Entenda os desafios, as vantagens e as dificuldades da
exportação para a indústria brasileira
Weslei Nunes e Cléa Martins
A
frase “Importar é o que importa”, que ficou famosa
em artigo escrito pelo ex-ministro da Fazenda, Agricultura e
Planejamento, Delfim Netto, na época da ditadura militar, certamente
precisaria de uma nova versão para
descrever os tempos econômicos
atuais. Talvez hoje faça mais sentido
dizer que “Exportar é o que importa”, afinal a atividade de exportação
28
ganhou força significativa no Brasil
nas últimas duas décadas. O País
passou a acreditar mais em sua indústria e na sua capacidade competitiva no mercado mundial.
A venda de autopeças para o
mercado externo nesse período, por
exemplo, teve anos considerados de
ouro, que dificilmente serão esquecidos pela indústria. Isso ocorreu no
período anterior à crise econômica
global de 2008, quando a balança
comercial chegou a registrar quatro
anos seguidos de saldo positivo.
No período pós-crise, as exportações voltaram a crescer, no
entanto, a balança comercial não
atingiu saldo positivo desde então.
Pelo contrário, já acumula déficit
comercial de mais de 41%, quando comparados os dois primeiros
meses deste ano a igual período de
2012, segundo dados do Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC).
Abrindo as portas para
a exportação
Para os executivos do setor, é preciso abrir as portas para novos mercados, mesmo que essa não seja uma
tarefa fácil, já que exige estratégia e
investimento. “Um mercado nunca é
igual ao outro, sempre existem particularidades locais que exigem uma
Luiz Fernando Teixeira da
Silva, diretor de Vendas e
Exportação da Corteco
Divulgação
adaptação da empresa exportadora
e isso faz com que a empresa precise
estudar detalhadamente onde é melhor investir e atuar, para não perder
lá na frente”, explica Silva.
Segundo o executivo da Corteco,
a diferença entre os mercados começa com a variedade dos veículos
existentes. “O Chile, por exemplo,
tem a terceira frota mais diversificada do mundo e é um dos países
que mais recebe autopeças brasileiras”, conta. Segundo o Sindipeças
(Sindicato Nacional da Indústria
de Componentes para Veículos
Automotores), o Chile é o sétimo
maior comprador do Brasil.
Para Lourenço Agnello Oricchio
Junior, diretor-geral da Sabó América
do Norte e do Sul, “quem exporta
está um passo a frente da concorrência”. Segundo o executivo, a fabricante brasileira de sistemas de
vedação contabilizou faturamento
de US$ 220 milhões no Brasil, sendo
US$ 30 milhões oriundos da atividade de exportação.
A marca precisou superar muitos
desafios para se posicionar globalmente. “As taxas cambiais estiveram desfavoráveis durante muito
tempo e agora ainda não são as
ideais. Os investimentos na indústria nacional por parte do governo
são muito recentes. A Coréia do Sul
sempre investiu em suas empresas,
a Alemanha também, já o Brasil
começa a se mexer agora. Por isso
estávamos sempre em desvantagem em relação a essas indústrias
no mercado internacional. Porém,
isso começou a ser minimizado com
a valorização e o avanço das nossas
empresas”, conta.
Outra empresa que se sobressaiu em meio aos desafios quando
abriu suas portas para a exportação
foi a fabricante de filtros Sogefi, que
tem entre 8% e 10% de seu fatura-
Lourenço Agnello Oricchio Junior, diretor-geral da Sabó América do
Norte e do Sul
Divulgação
A explicação para os resultados
negativos varia bastante na opinião
dos especialistas do setor. Fala-se
em desvantagem cambial, forte concorrência internacional e, principalmente, no já conhecido custo Brasil.
Porém, para os analistas mais equânimes, a indústria também tem sua
parcela de participação nos números finais. Isto porque muitas empresas optam pelo mercado externo
apenas quando as vendas internas
não caminham muito bem.
Outro fator que desencadeou
déficit preocupante para a indústria foi o crescimento atrativo do
mercado brasileiro. Com o aumento
do consumo nacional e a forte crise
econômica que atinge a Europa, o
País tornou-se destino certo para
autopeças e automóveis produzidos
em outros países, como Alemanha,
China e Coréia do Sul.
Logo, contar com o recurso da
exportação para ganhar forças em
casa e enfrentar a concorrência
das peças importadas passou a ser
uma questão de sobrevivência para
muitos fabricantes nacionais. Hoje,
mais do que nunca se faz necessário um posicionamento mundial.
“A empresa precisa ter uma visão
global dos seus negócios. Uma
companhia que não tem esse tipo
de estratégia enfrenta grandes dificuldades de se manter competitiva
no mercado”, afirma Luiz Fernando
Teixeira da Silva, diretor de Vendas
e Exportação da Corteco.
Divulgação
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Eugenio H.L. Marianno, presidente
da Sogefi Filtration do Brasil
29
DESTINO DAS EXPORTAÇÕES
Especial
Ranking
(%)
2011
(%)
2012
(%)
Variação (%)
2012/2000
797.625.471
20,8
4.343.190.139
39,0
3.780.812.266
36,1
474,0
1.313.929.278
34,3
1.526.936.552
13,7
1.467.786.585
14,0
111,7
País
2000
1
Argentina
2
Estados Unidos
3
México
335.235.391
8,8
1.006.537.549
9,0
1.003.606.330
9,6
299,4
4
Alemanha
338.817.632
8,8
879.500.569
7,9
848.166.445
8,1
250,3
5
Venezuela
73.289.474
1,9
388.697.061
3,5
356.377.093
3,4
486,3
6
Países Baixos (Holanda)
10.525.002
0,3
250.332.602
2,3
329.945.897
3,2
3.134,9
7
Chile
77.755.512
2,0
260.645.679
2,3
266.003.160
2,5
342,1
8
Colômbia
27.262.003
0,7
178.150.032
1,6
217.112.806
2,1
796,4
9
África do Sul
39.321.069
1,0
205.728.447
1,8
198.486.566
1,9
504,8
China
18.088.425
0,5
144.196.943
1,3
152.470.172
1,5
842,9
10
mento proveniente da exportação.
“Precisamos superar principalmente
os custos brasileiros, por exemplo,
com matéria-prima e logística. E
fizemos isso investindo em nossas
fábricas e criando estratégias logísticas e administrativas”, conta
Eugenio H.L Marianno, presidente
da Sogefi Filtration do Brasil. Ao
todo, os investimentos gerais da
empresa somaram R$ 18 milhões
nos últimos três anos.
Brasil: ponto de partida
para A América do Sul
O responsável pelas exportações da
Corteco não acredita que exportar
para a América do Sul seja mais fácil
do que para outros mercados, como
o europeu, por exemplo. Mas ele vê
alguns pontos a serem considerados
por quem vai iniciar apostar nos vizinhos latino-americanos. Isto porque
alguns custos, como o logístico, podem ser menores para esses países,
além do fator de haver benefícios,
principalmente tributários, para os
integrantes do Mercosul (Mercado
Comum do Sul). “O que conta de
30
verdade é a frota que se vai atender.
Geralmente uma empresa que está
começando a exportar atende apenas veículos que também integram
a frota brasileira [devido ao alto
custo de desenvolvimento de produtos exclusivos para exportação],
com isso, é importante investir em
países onde a empresa vai conseguir
atender o maior número de veículos
da frota local, independentemente
se isso acontece na América do
Sul ou na Europa. Sabemos que a
Argentina, por exemplo, tem quase 30% de modelos comuns com o
Brasil, esse pode ser um mercado
forte para qualquer empresa. Por
outro lado, companhias já consolidadas no mercado internacional,
como a Corteco, não têm dificuldade em fornecer os mais diversos
produtos, devido ao seu poder de
desenvolvimento de produtos globais”, explica.
Relações cortadas
O mercado argentino, citado por
Silva como um dos mais atraentes
para empresas nacionais, é o que
mais recebe exportações brasileiras. No ano passado, as vendas
para os hermanos somaram mais
de US$ 3,7 bilhões. No entanto, a
relação comercial entre os países
não é nada amistosa atualmente.
Essa crise considerada política/comercial entre as maiores economias
do Mercosul tem causado entraves
nas transações.
A Mercado Automotivo apurou
que, no final de abril, uma reunião
do Sindipeças com representantes
argentinos e brasileiros foi realizada a fim de que se chegasse a um
consenso entre as partes. Contudo,
o impasse não foi resolvido.
Rubens Campos, representante do Sindipeças e vice-presidente
sênior do Aftermarket Automotivo
Schaeffler América do Sul, disse
que o setor tem buscado uma solução para o impasse entre Brasil
e Argentina e que as exportações
têm crescido e mercados, como o
norte-americano, estão ganhando
cada vez mais significância para a
indústria nacional.
Faça revisões em seu veículo regularmente.
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
Exportação
%
Importação
%
2003
4.813.878.819
23,2
4.399.403.117
8,5
414.475.702
2004
6.084.701.245
26,4
5.687.165.291
29,3
397.535.954
2005
7.521.871.732
23,6
6.752.284.337
18,7
769.587.395
2006
8.841.556.750
17,5
6.973.393.758
3,3
1.868.162.992
2007
9.282.008.340
5,0
9.434.259.235
35,3
-152.250.895
2008
10.211.124.211
10,0
12.913.507.183
36,9
-2.702.382.972
2009
6.735.187.245
-34,0
9.121.860.918
-29,4
-2.386.673.673
2010
9.590.663.705
42,4
13.147.191.417
44,1
-3.556.527.712
2011
11.124.459.592
16,0
15.773.736.499
20,0
-4.649.276.907
2012
10.471.292.734
-5,9
16.258.722.111
3,1
-5.787.429.377
Divulgação
Rubens Campos, vice-presidente
sênior do Aftermarket Automotivo
Schaeffler América do Sul
Claudinei Martins, gerente
de Vendas para o Aftermarket
da Honeywell
32
Resultado (US$)
Ano
Divulgação
Especial
Balança Comercial
“Esperamos que o impasse com a
Argentina se resolva o quanto antes, afinal esse ainda é o nosso
maior comprador.”
Novos clientes
Com as relações desgastadas entre
Brasil e Argentina, novos parceiros comerciais começam a ganhar forças, como
o México, por exemplo. A Honeywell, fabricante de turbos, tem conseguido se
fortalecer em outros países mesmo em
meio a dificuldades comerciais e políticas atuais que assombram o Mercosul.
A empresa lançou recentemente uma
linha de produtos para o mercado de
caminhões e ônibus e mantém market
share de até 10% em alguns países fora
do bloco, como Chile e México. “Temos
conseguido ultrapassar barreiras, como
as certificações específicas de cada país,
e firmado nossa bandeira. O México é
um cliente em potencial que estreita
cada vez mais suas relações com o Brasil
e é um ótimo caminho para as empresas que estão iniciando suas operações
de exportação”, diz Claudinei Martins,
gerente de Vendas para o Aftermarket
da Honeywell.
Vantagens e desvantagens
atuais
Exportar fortalece a empresa. A indústria contemporânea entendeu isso e
ganhou vantagens com a globalização.
Entretanto, mesmo em tempos modernos, o investimento é indispensável,
seja na ampliação da linha de produção
ou na adaptação e certificação do produto no mercado de destino. Além disso,
há ainda outros custos relativos ao processo normal de exportação, como despacho aduaneiro, despesas portuárias,
bancárias e, ocasionalmente, com embalagem especial, despesas consulares,
registro do produto no mercado-alvo e
comissão de representante.
A principal vantagem está nos incentivos fiscais para as empresas exportadoras, que se beneficia com não recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços), IPI (Imposto
Sobre Produtos Industrializados), PIS
(Programa de Integração Social), Cofins
(Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social) e alíquota zero
de IOF (Imposto sobre Operações
Financeiras) sobre as operações de crédito, câmbio e seguros.
Faça revisões em seu veículo regularmente.
Geomarketing
Pará e Piauí
Sérgio Duque
O
s Estados do Pará e Piauí juntos cobrem a extensão territorial de 1.499.218,7 km2, equivalente
a 17% aproximadamente de todo o Brasil, com
população residente estimada em 10,3 milhões de pessoas em 368 municípios, onde circulam cerca de 667 mil
veículos e que resulta em índice de 15,4 habitantes por
veículo, um dos mais deficientes do País.
No Pará a concentração da atividade econômica está
no extrativismo mineral (ferro, manganês e bauxita), enquanto o Piauí tem sua maior receita na dependência
das atividades agropecuárias.
São Estados carentes de melhor infraestrutura rodoviária, possuindo apenas 8% de estradas pavimentadas
em relação à sua malha total. No País a malha rodoviária
é de 1,71 milhão de km de extensão, sendo 219,1 mil km
de estradas pavimentadas, equivalente a 12%.
Segundo estudos da CNT (Confederação Nacional de
Transportes) em seu Relatório de Pesquisa Nacional de
34
Rodovias 2012, dos 12.587 km de estradas pavimentadas
existentes nesses Estados, apenas 5,1% das estradas
estão em ótimo estado de conservação, sendo que 21,7%
encontram-se em bom estado, 49,9% em estado regular,
11,9% ruim e 11,4% péssimo.
Para 2013, estima-se que serão movimentados R$
3,1 bilhões na cadeia de distribuição automotiva dentro
desses Estados.
No site www.audamec.com.br podem ser obtidas informações mais abrangentes sobre este estudo, compreendendo análises por Estado da federação, por regiões
nos Estados ou individualizadas para 5.800 municípios
brasileiros. É possível também consultar a frota no País
e em cada um dos municípios por modelo de veículo. Para ter acesso a outras informações ligue para (11)
2281-1840. O site é um serviço de informações tendo
como clientes fabricantes e distribuidores do setor de
autopeças.
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GEOMARKETING AUTOMOTIVO:
ESTADO EM REFERÊNCIA
PA-PI
Índice Potencial Demanda Regional em Relação ao Brasil (%)
População
10.284.947
Abaetetuba-PA
0,12
Santarém-PA
0,36
PIB estimado 2013
US$ 32,1 bi
Ananindeua-PA
0,13
Parnaíba-PI
0,09
Nº Veículos
667.276
Belém-PA
1,54
Picos-PI
0,26
Automóveis
354.988
Castanhal-PA
0,12
S. Raimundo Nonato-PI
0,16
0,57
Teresina-PI
0,54
Comerciais Leves
97.996
Marabá-PA
Caminhões
43.581
Soma dos índices
Ônibus
14.644
Nº estimado de pontos de vendas e consumo de autopeças
Tratores
13.987
Lojas de Varejo
Motos
Habitantes por Veículo
595.049
15,4
3,89%
209
Postos de Combustíveis
Centros Automotivos
66
Concessionárias
Retíficas
12
Frotistas
696
55
452
Cinto de segurança salva vidas.
Fontes: ANP, IBGE e Renavam para dados gerais. Audamec Marketing para dados sobre frota e pontos de venda (www.audamec.com.br).
Artigo – Direito Empresarial
ICMS Interestadual de 4%
para Mercadorias Importadas
Kethiley Fioravante e Marcela Bragaia
O
Senado Federal, em 26 de abril de 2012, editou a
Resolução nº 13 visando a acabar ou minimizar
os efeitos da famigerada “guerra dos portos”,
pela qual alguns Estados instituíam incentivos fiscais
no tocante ao ICMS incidentes nas importações e nas
operações interestaduais com mercadorias importadas,
sem que tal incentivo fosse aprovado de forma unânime
pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).
Estabeleceu-se, assim, a partir de 1º de janeiro de
2013, a aplicação da alíquota de 4% para todas as operações interestaduais com bens e mercadorias importados
que, após o desembaraço aduaneiro, não tenham sido
submetidos a processo de industrialização ou, ainda que
submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem
em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação
superior a 40%.
Nesse passo, objetivando regulamentar e conferir
eficácia à medida, o Confaz celebrou o Ajuste Sinief nº
36
19, de 7 de novembro de 2012, pelo qual instituiu uma
série de obrigações acessórias para os contribuintes,
dentre elas (i) a exigência de preenchimento e envio das
Fichas de Conteúdo de Importação e (ii) a obrigatoriedade de informar o valor da importação e o percentual
de conteúdo importado na NF-e de venda/revenda da
mercadoria ou bem importado, ainda que submetido a
processo de industrialização.
Ressalta-se que, no Estado de São Paulo, os procedimentos a serem observados na aplicação da alíquota
de 4% do ICMS nas operações interestaduais com bens
e mercadorias importados do exterior estão expressos
na Portaria CAT nº 174, de 28 de dezembro de 2012, a
qual estabelece, além das obrigações acessórias fixadas
no Ajuste Sinief nº 19, o dever de informar, inclusive nas
operações internas, o valor da importação e o percentual
de conteúdo importado na NF-e.
Ocorre que a divulgação do valor da importação e o
percentual de conteúdo importado na NF-e possibilita
a verificação, por qualquer pessoa, de dados financeiros
muitas vezes guardados em sigilo na operação comer-
Divulgação
Kethiley Fioravante e Marcela Bragaia são advogadas do escritório
Baraldi e Bonassi Advocacia Empresarial, destacado pelo quarto
ano consecutivo no anuário Análise Advocacia 500 como um dos
escritórios mais admirados do Brasil. Para mais informações, acesse:
www.baraldibonassi.adv.br
o bem foi (ou não) submetido a processo de industrialização. Por sua vez, o prazo para o preenchimento e a
entrega da Ficha de Conteúdo de Importação iniciou-se
em 1º de maio de 2013 e está regulamentado pelo Ato
Cotepe nº 61/2012.
Cinto de segurança salva vidas.
cial, implicando, assim, restrição a direitos fundamentais dos contribuintes, como a isonomia, a livre iniciativa
e a livre concorrência. Na prática, a divulgação dessas
informações poderá causar sérios desentendimentos
nas relações comerciais.
Nessa esteira, os contribuintes prejudicados pela
divulgação do valor da importação e do percentual de
conteúdo importado na NF-e poderão se socorrer do
Judiciário para obter provimento que os desonerem destas obrigações, de modo a preservar o sigilo comercial
e a manter a fluidez de seus negócios.
Vale destacar, por outro lado, que a falta de cumprimento destas obrigações, sem o respaldo de decisão
judicial, poderá expor os contribuintes a autuações fiscais e à aplicação de multa tributária na ordem de 1% do
valor da operação realizada, nos termos do artigo 527,
inciso IV, alínea “h” do RICMS/SP.
Por fim, destaca-se que a aplicação da alíquota de
ICMS de 4% nas operações interestaduais abrangidas
pela Resolução nº 13 do Senado Federal está em vigor
desde 1º de janeiro de 2013, bem como a divulgação do
valor da importação e do percentual de conteúdo importado na NF-e, independentemente se a mercadoria ou
Divulgação
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37
Duas Rodas
A velha arma
de fidelização
A fim de ampliar o relacionamento
com os clientes e dar vantagens à
sua rede autorizada, Harley-Davidson
lança cartão de crédito exclusivo
da marca
C
Weslei Nunes
iente da poderosa arma que é a fidelização
de clientes para quem disputa o mercado de
duas rodas, a Harley-Davidson lançou um
cartão de crédito exclusivo, com o intuito de fortalecer suas relações com os consumidores brasileiros. “A oferta do cartão é mais uma oportunidade
criada pela companhia para que, tanto o proprietário de motocicleta como o fã, tenha mais uma forma
de interagir com a Harley-Davidson”, diz Longino
Morawski, diretor-superintendente Comercial da
Harley-Davidson do Brasil.
O cartão coloca em vantagem as lojas autorizadas da marca, que somam 14 estabelecimentos
espalhados pelo País, em relação às motopeças
independentes. Isto porque o produto oferece benefícios exclusivos para quem compra na rede de
38
Longino Morawski, diretor-superintendente Comercial da
Harley-Davidson do Brasil.
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Cinto de segurança salva vidas.
Disponível para o público em geral em duas categorias – Gold e Platinum –, o cartão é fruto de
uma parceria com o Banco Bradesco, que projeta
a venda de aproximadamente 25 mil cartões por
ano. Nos Estados Unidos, onde o produto já é ofe-
recido há 20 anos, foram comercializados mais de
500 mil cartões.
Por aqui, a bandeira será Visa, uma das mais
conhecidas e aceitas do mercado nacional, o que
pode ser considerado mais um ponto positivo. O
ponto negativo é a alta taxa de anuidade, que é de
R$ 324 para os cartões Gold e R$ 450 para Platinum.
Cartões adicionais têm anuidade de R$ 162 e R$
225 e as taxas de juros são de 6,9% e 6,8% ao
mês, respectivamente.
A Harley-Davidson se prepara para mais dois
momentos especiais ainda este ano. O primeiro
é a comemoração dos 110 anos de existência da
marca, quando a montadora lançará uma edição
comemorativa especial do cartão. A outra novidade
será a abertura de mais uma concessionária, que
deve ser uma das maiores lojas da marca no País,
localizada na cidade de Salvador (BA).
No trânsito somos todos pedestres.
concessionárias da Harley-Davidson, como, por
exemplo, o Programa de Recompensas, que acumula pontos nas compras que podem ser trocados
por descontos na aquisição de peças, acessórios
e também na compra de motocicletas zero quilômetro. Outro destaque do programa é a vantagem
de que a cada dólar gasto com o cartão em uma
concessionária, o cliente acumula dois pontos no
Programa de Fidelidade, que também resulta em
prêmios e benefícios. “O desenvolvimento do cartão é um diferencial competitivo no mercado e um
grande passo para as operações brasileiras”, afirma
Morawski. O Brasil é o primeiro país do mundo,
além dos Estados Unidos, a oferecer o produto.
Sindirepa
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Saiba como sua oficina pode obter o
Selo Sindirepa de Sustentabilidade
P
arceria com o Sebrae-SP (Escritório Capital Oeste),
o Sindirepa-SP lançou, no 1º Congresso Nacional
da Reparação de Veículos, o Selo Sindirepa de
Sustentabilidade (SSS), que será implantado de forma
gradativa em oficinas associadas à entidade que estão
localizadas na capital paulista, depois Grande São Paulo,
Estado de São Paulo e Brasil por meio do Sindirepa
Nacional. O projeto tem como objetivo oferecer recursos
para que as empresas sejam mais produtivas, competitivas, além de adotar práticas ambientais. Para isso,
um consultor credenciado pelo Programa Sebraetec de
Consultoria Tecnológica visitará as empresas associadas
para analisá-las, de acordo com critérios preestabelecidos para o setor de reparação de veículos. Após essa
visita, o empresário recebe uma avaliação e o roteiro detalhado para tornar sustentável a gestão de sua empresa.
Em até três anos, as empresas participantes poderão atingir o grau máximo de gestão sustentável.
Entretanto, a oficina poderá obter o Selo Sindirepa de
Sustentabilidade já nos primeiros meses se, após verificação da entidade, houver comprovação de que os
critérios de sustentabilidade relativos ao primeiro ano
de planejamento foram cumpridos.
A obtenção do SSS pela empresa está condicionada à sua adequação às conformidades relativas aos
critérios expressos pela Análise & Planejamento para
40
Sustentabilidade (A&PS) elaborada pelo Sebrae que contempla 60 critérios distribuídos por três temas respectivamente, sendo 17 sobre legalidade, 21 sobre eficiência
e 22 sobre excelência.
De acordo com a quantidade mínima de conformidades alcançadas em cada tema, a empresa pode ser
enquadrada em uma das três fases do SSS, conforme
demonstrado na tabela a seguir:
TEMAS
FASES
I
II
III
Legalidade
12
14
17
Eficiência
11
17
19
Excelência
11
18
20
Para obter mais informações e saber como participar, os empresários devem entrar em contato com o
Sindirepa-SP pelo telefone (11) 5594-1010. A oficina deve
ser associada à entidade, caso não seja, deve efetuar o
processo para associação e só depois deve solicitar a inscrição no programa Selo Sindirepa de Sustentabilidade.
O Sindirepa-SP encaminhará ao Escritório do Sebrae-SP
os dados de contato da empresa.
Cinto de segurança salva vidas.
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IQA
Certificação de oficina ou varejo
e distribuição de autopeças:
oportunidade de evolução constante
José Palacio
Divulgação
N
o mundo dos negócios evoluir é uma questão
de sobrevivência. Sempre que sou convidado
a ministrar uma palestra, inicio com a seguinte
pergunta: “Daqui a cinco anos, onde você e sua empresa querem estar?” Faço isso de propósito, para que os
participantes imaginem o futuro que querem para eles.
É justamente assim que a evolução começa. Com um
pensamento. A partir disso, cabe a cada um trabalhar
de forma tal a atingir esse objetivo. Quando o assunto
é oficina de reparação automotiva ou varejo e distribuição de autopeças, nós, do IQA (Instituto da Qualidade
Automotiva), podemos ajudar a todos que imaginaram
um estabelecimento altamente produtivo e rentável,
com o mínimo de desperdício e retrabalho.
A certificação de oficina ou varejo e distribuição de
autopeças é uma oportunidade de evolução constante,
uma vez que permite ao proprietário total controle e
gerenciamento do negócio, por meio de auditorias realizadas por especialistas no aftermarket e reparação
automotiva. Ainda mais agora que desenvolvemos um
novo sistema de check list, em que são avaliados mais
de 120 itens, distribuídos em 11 categorias.
Dentro de cada uma dessas categorias há itens de
atendimento obrigatório, que, uma vez atingidos, permitem à empresa obter o certificado de qualidade. Fato
curioso é que este é apenas o começo da evolução, e
não o final, pois a cada recertificação, que deve ser feita
a cada dois anos, a empresa deve atender mais itens do
José Palacio é coordenador de Serviços Automotivos do
IQA-Instituto da Qualidade Automotiva
que na certificação anterior, e por isso dizemos que a
certificação é um processo de evolução contínua.
O sentido disso é simples: a cada momento, novas
tecnologias são desenvolvidas, assim como novas técnicas de trabalho e, para uma empresa ser certificada, é
preciso estar sempre na vanguarda. Este é o segredo da
longevidade do negócio, pois dificilmente haverá crise
instransponível para quem está sempre na frente.
A certificação é, assim, uma ferramenta que mede o
desempenho da empresa, em todos os departamentos
que possui, do começo ao fim do processo de atendimento ao cliente e que exige dos empresários e colaboradores total comprometimento com os objetivos, que
são aqueles traçados no início deste texto. Afinal, onde
você e sua empresa querem estar daqui a cinco anos?
O IQA-Instituto da Qualidade Automotiva (www.iqa.org.br) é um organismo de certificação sem fins lucrativos, criado por Anfavea,
Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor. Parceiro de organismos internacionais e acreditado pelo Inmetro, o IQA atua em
Certificação de Serviços Automotivos, de Produtos, de Sistemas de Gestão, Publicações e Treinamentos.
44
Cinto de segurança salva vidas.
Divulgação
Flash
Knorr-Bremse inaugura nova fábrica
Knorr-Bremse inaugurou dia 17 de abril uma nova fábrica
em Itupeva, SP, considerada por seus executivos como
“state-of-the-art”!
O grupo, sediado em Munique, na Alemanha, conta mais
de 100 anos de experiência em tecnologia de frenagem tanto
para veículos ferroviários quanto para rodoviários, e já tem
tradição no Brasil, onde chegou em 1977.
A nova fábrica, que consumiu R$100 milhões, esta localizada em uma área de 153 mil m², com 31.500 m² construídos.
Além disso, recebeu R$ 11 milhões em equipamentos, tor-
nando-se apta a crescer conforme a demanda de mercado,
hoje altamente impulsionado pelos atuais investimentos e
expansões da malha ferroviária brasileira.
Responsáveis por cerca de 4% do faturamento do grupo,
a fábrica brasileira, que também é a responsável por atender
a demanda dos mercados da América Latina, exportando
cerca de 10% de sua produção, acredita em um aumento brasileiro na participação global, principalmente pelo potencial
de desenvolvimento econômico do País quando comparado
às expectativas de crescimento dos países europeus.
Volvo VM completa 10 anos
caminhão VM da Volvo está completando 10 anos desde que foi lançado em Gramado, no Rio Grande do
Sul, inaugurando um novo período na operação brasileira
do Grupo Volvo, até então uma montadora que produzia
apenas caminhões pesados. “Uma década depois, o VM é um
sucesso no Brasil e na América Latina e, atualmente, já atinge cerca de 40% das vendas totais da Volvo no País”, afirma
Bernardo Fedalto, diretor de Caminhões no Brasil do Grupo
Volvo América Latina.
A linha VM inaugurou neste segmento o conceito de
veículos com cabine mais confortável e motores com potências maiores, além de atributos de segurança e diferentes
opcionais. Atualmente a linha VM está em sua 3ª geração.
Segundo a montadora, ao ser lançado no mercado em
2003, o VM era o único caminhão brasileiro em sua classe a
ter coluna de direção ajustável, prancheta incorporada ao
volante, sistema de basculamento hidráulico da cabine, além
de opcionais importantes, como imobilizador, climatizador e
caixa de câmbio de 9 marchas, além de freios a disco dianteiros, entre outros itens de conforto e segurança.
A
46
Divulgação
O
C
MAIS CARRO ELÉTRICO, MAIS CIDADES
INTELIGENTES
ercado de veículo elétrico evoluiu e pode tornar nossas cidades mais inteligentes
O Brasil ocupa hoje uma das mais destacadas posições
em relação à preocupação com a “pegada ambiental” – o
impacto que toda ação humana deixa no planeta.
Entretanto, a diferença entre a preocupação e as ações
tomadas para a preservação do meio ambiente ainda é
muito grande.
Se levarmos em conta que os meios de transporte hoje
são responsáveis por aproximadamente 25% da demanda
mundial de energia e que ao mesmo tempo contribuem
em igual porcentagem pela emissão de gases responsáveis
pelo efeito estufa, percebe-se claramente que as ações que
deveriam estar sendo tomadas para minimizar a demanda
de energia e a redução da poluição vindas deste setor ainda
são muito tímidas.
Face à pouca oferta de artigos mais econômicos e menos
poluentes, chamados “verdes”, o público consumidor pode
apenas opinar e desejar por eles, pois a adoção da tecnologia
necessária à produção de produtos mais “limpos” ainda é cara
e demanda altos investimentos em infraestrutura de recarga,
por exemplo, dependentes de vontade política, além, claro,
das dificuldades técnicas.
Segundo João Carlos Aderaldo, vice-presidente da
Unidade de Negócios Partner da Schneider Electric do Brasil,
“enquanto há somente 70 unidades de carros elétricos em
circulação em todo o País, a frota motorizada aumentou
cerca de 77% nos últimos dez anos nas 12 das principais
M
Para assegurar a procedência e a originalidade, as caixas
possuem exclusivo “Selo Fidelidade Mecânico” e o endereço
dos países de origem.
Divulgação
Dayco em nova embalagem
om o objetivo de padronizar mundialmente a comunicação visual da marca, os produtos da Dayco, tradicional
fabricante de correias, tensionadores, polias, cabos de ignição
e kits de distribuição, ganharam novas embalagens no Brasil
e em toda a América Latina.
O novo layout faz parte da estratégia mundial do grupo
para a padronização da comunicação visual em todos os
mercados em que atua.
Com o novo layout, as embalagens estão com uma identidade visual que será facilmente reconhecida nas prateleiras
do varejo.
As tradicionais cores azul e branco informam sobre os
produtos – em português e espanhol –, além de fornecer
orientações sobre as respectivas aplicações.
Divulgação
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
metrópoles brasileiras. Esse quadro preocupa ainda mais
quando lembramos que a demanda de energia deve dobrar
até 2050, enquanto as emissões de dióxido de carbono precisam cair pela metade”.
Os veículos elétricos mais econômicos, e ambientalmente mais amigáveis do que os tradicionais, oferecem uma alternativa promissora para o setor de transportes do futuro.
Para o sucesso deste segmento, será necessário investir
ainda mais na estabilidade do sistema e na diminuição de
custos com energia.
Aderaldo informa também que até 2015 cerca de 2,7
milhões de veículos elétricos ganharão as ruas no mundo
todo. Um mercado promissor!
Tudo indica que, além de políticas e incentivos públicos,
falta hoje informação ao consumidor, que certamente tem
interesse em tornar a mobilidade urbana das nossas metrópoles mais inteligente e sustentável, o que contribuirá
significativamente para a qualidade de vida dos cidadãos.
47
Flash
O
VINHEDO GANHA NOVA
PLANTA DA OMRON
Omron Componentes Automotivos
inaugurou dia 24 de maio sua nova
planta industrial na cidade de Vinhedo, no
interior paulista.
A nova fábrica, que recebeu investimentos de R$ 21 milhões, tem 7 mil m² de
área construída, num terreno de 14 mil m²,
400 colaboradores e capacidade produtiva
de 13,7 milhões de componentes automotivos/ano, e continuará a produzir na nova
planta toda a linha de eletrônica embarcada, interruptores e controladores de ar-condicionado, em
substituição à fabrica localizada em Itapevi, desativada em
dezembro de 2012.
“A inauguração da nova fábrica de Vinhedo é um marco
muito importante, uma vez que alinha a subsidiária brasileira com o padrão mundial da Omron. A nova unidade de
Vinhedo espelha o modelo das demais plantas da Omron ao
redor do mundo e nos habilita a fornecer produtos da mais
alta qualidade e tecnologia para todos os grandes clientes
do setor automotivo”, diz Carlos Storniolo, diretor geral da
Omron Componentes Automotivos no Brasil.
A
Produtos e Aplicações
Dentre os produtos produzidos pela Omron estão painel
de comando de ar, produtos de radiofrequência, inter-
48
nal, o executivo Miguel Vallejo assume as responsabilidades
de Manufatura da montadora no México.
Os vice-presidentes e board members da MAN Latin
America Marcos Forgioni (Vendas e Marketing Internacional)
e Helmut Huemmerich (Finanças) atuam como conselheiros
em suas respectivas áreas.
Divulgação
MAN Latin America compõe primeiro
board internacional
brasileiro Roberto Cortes será o novo presidente e
CEO da MAN Truck & Bus Mexico, companhia da MAN
Latin America, responsável pela fabricação, importação e
comercialização dos caminhões e ônibus Volkswagen e MAN
no México.
O board da MAN Truck & Bus Mexico é composto por dois
novos executivos vice-presidentes que atuam no Conselho
de Administração.
Também fazem parte desse grupo os executivos mexicanos Eric Merckel, diretor-geral da MAN Truck & Bus Mexico;
Ricardo Melésio, novo diretor Comercial responsável pelas
áreas de Vendas, Marketing e Pós-Vendas; e Abelardo Tinoco,
que assumiu recentemente a posição de diretor Financeiro
da companhia. Ainda dentro do primeiro board internacio-
Divulgação
w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r
ruptor levanta vidros, interruptor trava porta, interruptores de painel, comando de rádio, comando de espelho
elétrico, conjunto porta-interruptores, interruptor de
emergência e módulos eletrônicos.
Pertencente ao Grupo Omron, multinacional japonesa
com sede em Kyoto, atuante em diversos segmentos e com
faturamento global na ordem de US$ 7,8 bilhões/ano, a subsidiária brasileira já esporta para Argentina, África do Sul e
Turquia no modelo Global Source e prepara-se para ingressar
em breve em outros mercados.
A estratégia da empresa é de triplicar, até 2020, o faturamento da empresa quando deverá atingir R$ 220 milhões, diversificando a base de clientes, introduzindo novas tecnologias e produtos e expandindo a atuação na
América Latina.
Faça revisões em seu veículo regularmente.

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