Concessionárias x rede independente
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Ano 23 – Número 221 Especial 487050 0 0 2 2 1 Exportação: entenda os desafios e as dificuldades da indústria brasileira Entrevista Carlos Alberto Barbosa, da Robert Bosch Brasil, fala sobre os programas da empresa para a especialização de profissionais Concessionárias x rede independente A disputa pelo mercado da reparação está cada vez mais acirrada. Quem vence essa luta? Índice Índice 18 Capa Redes autorizadas e independentes estão de olho no mercado de reposição 08 4 Entrevista Carlos Alberto Barbosa, diretor da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch Brasil, fala sobre a importância de oferecer especialização para os profissionais do setor 12 Carro Peugeot 208 chega ao Brasil como a grande aposta da montadora w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r 14 Pesados 36 Artigo – Direito Empresarial 16 Estatísticas 38 Duas Rodas 24 Tecnologia 40 Sindirepa 28 Especial 44 IQA 34 Geomarketing 46 Flash Volvo caminhões chega aos 85 anos Venda interna: números em alta. Bateria: a usina de força do veículo As exportações ganharam importância para a indústria de autopeças brasileira, mas ainda existem muitos desafios Pará e Piauí ICMS Interestadual de 4% para Mercadorias Importadas Harley-Davidson lança cartão de crédito da marca para fidelizar clientes e beneficiar concessionárias Saiba como sua oficina pode obter o Selo Sindirepa de Sustentabilidade Certificação de oficina ou varejo e distribuição de autopeças: oportunidade de evolução constante Knorr-Bremse; Volvo; Dayco; Carro Elétrico; Man; Omron ERRATA Na página 22 de nossa edição 220, onde se lê Retentor Dinamic, o correto é Retentor Dynamic. 5 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Carta ao Leitor O que será, será... Grupo Photon na internet www.photon.com.br www.twitter.com/grupophoton Diretoria É verdade. O Futuro não se vê! Mas sempre conseguimos prever alguma coisa com “um certo grau” de confiança, não é mesmo? Até agora! Mas, que está estranho está. De um lado as notícias não são nada alvissareiras. Uma das maneiras de se avaliar o desempenho industrial de um país ou região é pela “correlação” existente entre o consumo de energia elétrica e o volume de produção das indústrias. E assim analisando, concluímos que a indústria como um todo está “reduzindo sua produção”, pois o consumo de energia pela indústria caiu 2,4% no primeiro trimestre deste ano em comparação com igual período do ano passado. Retração? Acomodação? Difícil dizer! Mas, para a sorte do nosso setor, parece que melhores ventos começam a soprar para nosso lado! Mal acabou a Automec e várias empresas, festejando o recorde de visitantes nos seus estandes durante a feira (sinal de interesse dos clientes!), divulgaram previsões otimistas para os próximos meses, com algumas empresas alegando aumentos de até 20% no volume de negócios neste “mesmo primeiro trimestre”! Para ajudar, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) detectou aumento de 12% na produção de veículos leves e comerciais “também neste primeiro trimestre”, levando diversas empresas a projetar forte crescimento neste mercado para o semestre. Boas falas! E por falar em Anfavea, seu novo presidente, Luiz Moan, assumiu a associação reconhecendo que o setor passa por grandes e radicais mudanças, mas que – apesar de, ou até por causa disso – haverá um grande volume de dinheiro (ao redor de 60 bilhões de reais!) a ser investido nesse setor, para suprir as necessidades de aumento de capacidade de produção. Desse total, R$ 12,4 bilhões deverão ser destinados a investimentos em engenharia e desenvolvimento. O setor do aftermarket também está em ebulição e promete mudanças, em parceria com a Anfavea. Jarbas Salles Ávila Filho, diretor do Grupo Photon Esperaremos para ver... o que e como será! Boa leitura 6 Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho [email protected] Jornalista Responsável Jarbas Salles Ávila Filho (MTB 35.378) Revista mercado Automotivo na Internet www.revistamercadoautomotivo.com.br www.twitter.com/automotivo Redação [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho, diretor; Cléa Martins, Christiane Benassi, Patrícia Larsen, Sérgio Duque, Thassio Borges e Weslei Nunes, colaboradores; Mariangela Paganini, revisora Departamento de negócios Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Gutenberg Soledade – DNF Comunicação [email protected] Comercial Fernanda Soares [email protected] Bruna Soledade – DNF Comunicação [email protected] Fotografia Arquivo Photon, Divulgação Arte e produção Elvis Pereira dos Santos [email protected] mídias digitais Adriano Failde [email protected] Administrativo e Financeiro Adalgisa Cruz................. [email protected] Valdirene Fernandes....... [email protected] As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas, desde que citada a fonte. REVISTA MERCADO AUTOMOTIVO é uma publicação mensal do Grupo Photon. Circulação maio de 2013. Central de Assinaturas: [email protected] Avenida do Guacá, 1.067, 1º andar - CEP 02435-001 - São Paulo - SP - Brasil Tel./Fax 55 11 2281.1840, [email protected] Entrevista Investimento necessário As novas tecnologias e as constantes mudanças que atingem o setor automotivo anualmente exigem um profissional cada vez mais qualificado. Em entrevista à Revista Mercado Automotivo, Carlos Alberto Barbosa, diretor da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch Brasil (fornecedor global de tecnologia e serviços), afirma, no entanto, que faltam ofertas para a formação de profissionais no Brasil. Para ele, é necessário investir na formação cada vez mais qualificada dos profissionais do setor devido à sua importância no processo. Confira a seguir a entrevista: Redação Revista Mercado Automotivo – Qual é o peso hoje do mercado de reposição para a Bosch no Brasil? Carlos Alberto Barbosa – A Bosch não divulga informações por países. O que podemos dizer é que as unidades automotivas (reposição e equipamento original) na América Latina representam para a Bosch aproximadamente cerca de 70% do faturamento total do grupo. Os produtos que atendem o mercado brasileiro de reposição são fabricados em unidades da Bosch nos Estados de São Paulo, Paraná, Bahia e também na Argentina. Com esses centros a Bosch consegue atender todo o País? 8 CAB – Nos últimos anos a frota brasileira sofreu uma grande diversificação de marcas. No ano 2000 o Brasil possuía cerca de 90 marcas de veículos com aproximadamente 1.600 modelos. Hoje temos aproximadamente 110 marcas e 3.300 modelos. No mercado de reposição isto representa maior complexidade para atender as demandas em termos de portfólio de produtos. Para maior competitividade e aumento de programa, além de fábricas no Brasil, a divisão do Automotive Aftermarket também vem adquirindo empresas do segmento de reposição. As principais fábricas adquiridas nos últimos anos foram a de alternadores, motores de partida, palhetas, equipamentos de teste e pastilhas de freio. Com isto, a Bosch consegue garantir uma grande amplitude de programa para atender todo o País. Os custos com transporte ainda são uma dor de cabeça para as empresas que atuam no Brasil? Sim, é um desafio para todos os gestores do setor, principalmente os de carga fracionada, como é o nosso caso, e com entregas em todo o território nacional. Buscamos soluções em conjunto com nossos clientes/ parceiros, como transportadoras regionais, paletização de carga, adequação da área de recebimento dos clientes e embalagens customizadas para cada tipo de produto. Gostaria que falasse sobre o programa Super Profissionais Bosch. Como w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r funciona e qual sua importância para a empresa? O Super Profissionais Bosch é um programa de treinamento à distância que disponibiliza, através da internet, cursos para atualização profissional e outras ferramentas importantes para enriquecer o aprendizado dos profissionais da área automotiva e auxiliá-los em seu dia a dia, abrindo novas oportunidades para o seu aprimoramento. O conteúdo dos treinamentos, que é desenvolvido por instrutores Bosch especializados e profissionais relacionados ao desenvolvimento de produtos, aborda sistemas, produtos e novas tecnologias, além de temas que auxiliam no gerenciamento de seus negócios. Os cursos são elaborados conforme o perfil dos profissionais, ou seja, voltado especificamente às necessidades dos aplicadores e vendedores de produtos Bosch. Com informações claras e avançadas, além de recursos audiovisuais, como simulações, desenhos e fotos, os personagens, que se comunicam com os usuários, apresentam, de forma interativa, dinâmica e didática, os diversos temas abordados. Os cursos trazem também exercícios, desafios e avaliações. A atualização do programa é constante, com novos cursos sendo disponibilizados periodicamente. O Super Profissionais Bosch disponibiliza uma série de recursos que proporcionam melhor aproveitamento dos cursos e acompanhamento eficaz do desempenho do aluno. O usuário tem à disposição diversos materiais de apoio em uma biblioteca virtual, como, por exemplo, apostilas com os conteúdos abordados nos cursos on-line, folders, catálogos e circulares. Tem, ainda, a possibilidade de imprimir o diploma, assim que é aprovado na avaliação final do curso. O profissional também pode visualizar notícias atualizadas do setor automotivo no portal autenticado do site. Outro importante recurso é o suporte de atendimento Fale Conosco, uma via direta de comunicação entre o usuário do sistema com a equipe de atendimento, através de chat, e-mail e contato telefônico, para sanar dúvidas sobre navegação no site, habilitação de contas ou alteração de senha de acesso. A Bosch é uma empresa que investe muito em formação e treinamento de profissionais da reposição. Apesar de todo o esforço da empresa, o senhor entende que atualmente faltam cursos de formação para os profissionais do setor? e a experiência de um dos maiores fabricantes de sistemas para a indústria automotiva. Os cursos técnicos da Bosch abrangem diversos sistemas destacando entre eles: Sistemas de injeção diesel, Sistemas de gestão eletrônica de motor, chassis, controle e dinâmica do veículo e Sistemas eletroeletrônicos. Hoje a eletrônica domina todos os sistemas e subsistemas de um automóvel. Nossos treinamentos têm foco muito grande no diagnóstico com a utilização de tecnologia avançada e informação técnica sobre procedimentos definidos pelo fabricante. Guardadas as devidas proporções, é possível comparar a atividade de um técnico automotivo a um médico: para os dois casos o segredo da profissão é o diagnóstico. Sim, faltam ofertas para formação de profissionais, concretamente vagas e principalmente cobertura regional. Existem propostas de qualidade na formação de técnicos automotivos, mas são muito limitadas comparadas à demanda e necessidades do mercado. O setor automotivo cresce muito rápido em termos de unidades vendidas e tecnologia embarcada. Este desequilíbrio entre formação de técnicos e tecnologia presente no mercado é um problema recorrente nas empresas que atuam no setor de serviços automotivos. A divisão de Aftermarket da Bosch com seu Centro de Treinamento Técnico atua diretamente na formação de profissionais para o setor automotivo. Nosso aporte específico é na formação de especialistas em sistemas trasladando todo o conhecimento Quais são os prejuízos que podem ser gerados ao consumidor por conta de profissionais mal instruídos no setor de reposição? Guardadas as devidas proporções, é possível comparar a atividade de um técnico automotivo a um médico: para os dois casos o segredo da profissão é o diagnóstico. Realizar diagnósticos corretos está diretamente relacionado ao conhecimento, à tecnologia e informações. Sem estes elementos ou com a falta de um deles, os riscos de errar são altos. Erros de diagnóstico geram procedimentos e intervenções inapropriados que, geralmente, acabam em prejuízos diversos. Podemos mencionar casos leves que têm um impacto econômico como a troca de uma peça sem necessidade até consequências graves como intervenções que afetam a segurança do veículo, podendo provocar acidentes. 9 w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Entrevista A responsabilidade de um técnico automotivo não se resume ao conserto de carros. Há um compromisso social para reparar automóveis respeitando a segurança durante o processo de reparo, a dos ocupantes do veículo e todas as normas ambientais. Um profissional comprometido entende também que atualizar os conhecimentos técnicos não é um luxo, é uma obrigação da profissão. A Rede Bosch Car Service possui atualmente mais de 100 oficinas credenciadas em todo o território nacional. Há planos para expansão da rede nos próximos anos? Não apenas na parte física, mas também em relação aos serviços oferecidos? Na verdade, hoje contamos com mais de 1.100 oficinas Bosch Car Service no Brasil, além de nossa rede Diesel, com cerca de 450. Desde que iniciamos esse conceito aqui no Brasil tivemos um potencial crescimento que se sustentou nos primeiros anos. Após isso, passamos por um processo de maturação onde o número de credenciadas se manteve até 2011, e, no ano passado, iniciamos novamente o processo de expansão. O mercado brasileiro é extremamente promissor e uma referência mundial, por isso enxergamos este potencial também na reposição para desenvolver novos grandes parceiros reparadores. É importante lembrar também o conceito Original Auto Center que representa uma opção a oficinas de menor porte e a Rede Diesel System, que foi pensada para atender as necessidades das oficinas mecânicas diesel que não possuíam um conceito de relacionamento com a Bosch. Com esta marca, a empresa procura atingir esse segmento que não estava sendo atingido pelo conceito Bosch Truck Service e Diesel Center, e que em sua maioria são especialistas em sistemas convencionais. Hoje 10 temos 1.100 unidades Bosch Car Service, 400 Bosch Truck Service, 50 Bosch Diesel Center, 215 unidades da Rede Diesel System e 2.953 Original Auto Center. clientes e parceiros nos reconhecem fortemente como um gerador de tecnologia. Isto sempre foi um diferencial, e ainda mais agora com a velocidade das mudanças. O senhor acredita que o novo regime automotivo (Inovar-Auto) deverá impactar especificamente o setor de autopeças? Como a Bosch analisa esse novo regime? Analisando especificamente o setor de autopeças, com o Inovar-Auto a complexidade técnica dos veículos aumenta. Falamos então de novos produtos e tecnologias que antes não eram trabalhados em nosso mercado. Outro ponto a ser analisado é o crescimento do mercado. O Brasil se torna ainda mais atrativo para as montadoras e a tendência é que a venda de veículos siga em um bom ritmo. Em um mercado tão atraente é natural a entrada de novos players em todos os níveis da cadeia. Em resumo, os veículos brasileiros estarão mais modernos, em maior volume e mais disputados. A Bosch está presente em 150 países, correto? Qual é a importância do mercado brasileiro para a marca? Levando em consideração a crise que atingiu os mercados da Europa e dos Estados Unidos recentemente, o crescimento do Brasil nos últimos anos teve grande importância para os negócios da empresa? Correto, o Brasil hoje é um de nossos principais mercados. Somos um mercado em expansão, e, juntamente com Rússia, Índia e China, estamos puxando o crescimento econômico. A Bosch enxerga e aposta nisso. Temos grandes planos para a América Latina. Anualmente a Bosch investe mais de R$ 5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, além de requerer cerca de 3,8 mil patentes em todo o mundo. O senhor considera que essa preocupação com a inovação é um dos grandes diferenciais para que a empresa tenha esse sucesso global? Sem dúvida, desde o início a Bosch sustentou seu crescimento em inovações, ou tecnologia para a vida, como diz o nosso slogan. Temos orgulho disso, pois estamos desenvolvendo soluções para o dia a dia em todos nossos campos de atuação. Recentemente a Bosch foi nomeada o “fornecedor de peças automotivas mais admirado” do mundo pela revista americana de negócios Fortune, na lista de 2013. E um dos quesitos em que lideramos foi “inovação”. Ou seja, nossos Por fim, qual a expectativa e os planos da Bosch para o Brasil nos próximos dois anos? Mais especificamente para o mercado de reposição, temos como planos o fortalecimento de nossa estratégia Parts+Bytes+Services (Peças, Equipamentos e Serviços), continuando a oferecer ao mercado soluções completas. Queremos também ampliar nossa oferta de produtos este ano, por isso, teremos o lançamento da nova linha de freios, além de novidades em elétrica e palhetas, por exemplo. Em termos de equipamentos, com a aquisição da SPX Service Solutions (especialista norte-americana em diagnósticos automotivos), teremos novos produtos e ferramentas para nossas oficinas. Nossos treinamentos técnicos serão intensificados em todo o Brasil através de parcerias com o Senai. Além disso, seguimos crescendo fortemente com nossas redes de oficina onde pretendemos atingir uma penetração de mercado bem significativa até 2015. Cinto de segurança salva vidas. Divulgação Carro Investimento pesado Peugeot apresenta o 208 no Brasil e investe forte para atrair o público Redação A Peugeot não poupou esforços para que o lançamento do modelo 208 gerasse barulho no mercado brasileiro. O veículo chegou às concessionárias no último dia 13 de abril e, pouco depois, o público pode conferir nos principais canais de televisão aberta e fechada uma engenhosa propaganda feita para divulgar o carro. Produzido pela agência Y&R – uma das mais conceituadas do setor –, o filme traz para a “vida real” alguns dos personagens do histórico desenho animado Corrida Maluca, criado em 1968 pelos estúdios Hanna-Barbera. O mote da campanha foi utilizar o conceito “Dentro dele é outro mundo” e o público confere o 208 fugindo de situações inusitadas por meio de seus inúmeros atributos. “Além da busca por impacto, definimos que seria prioridade exaltar a experiência proporcionada pelo Peugeot 208. Nossa decisão foi ir além da beleza do novo modelo e dar ênfase ao que o conjunto é capaz de oferecer”, destaca Frederico Battaglia, diretor de Marketing da Peugeot, em comunicado divulgado à imprensa. Rui Branquinho, vice-presidente de Criação da Y&R, também destacou a campanha. 12 “Nesse filme conseguimos retratar de forma lúdica e contundente como é a vida de quem está no trânsito agitado das cidades fora de um 208 e reforçar que, uma vez no carro, todo o resto é o resto”, analisou Branquinho. Vale citar ainda que a direção de cena coube a um dos diretores mais requisitados atualmente para este tipo de produção: o francês Antoine Bardou-Jacquet. O carro O comercial é realmente bom. Chamou a atenção e gerou publicidade à marca, mas não sustentaria o lançamento do Peugeot 208 se o veículo realmente não tivesse suas qualidades. Com investimento de R$ 800 milhões (parte dos R$ 3,7 bilhões que a Peugeot pretende injetar no Brasil entre 2010 e 2015), a montadora trouxe o veículo global para o país e agora o produz no Centro de Produção de Porto Real, no Rio de Janeiro. De lá, as unidades atendem aos brasileiros e são exportadas para a Argentina e alguns outros países da América Latina. No mundo, o 208 é montado também em Poissy (França) e Trnava (Eslováquia). “Desde o início do projeto, as opções técnicas que estruturaram o 208 tiveram como base a versão mais atual da plataforma A (veículos compactos) do Grupo PSA. Divulgação Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Com motor 1.5 L 8 V Flex ou 1.6 L 16 V Flex, o 208 é a grande aposta da marca para o mercado brasileiro em 2013 Modelo vem com uma central multimídia com tela colorida sensível ao toque É a primeira vez que essa plataforma é utilizada por um veículo Peugeot no Brasil”, aponta a marca. Na comparação com o 207 nacional, o 208 é maior no comprimento total e no entre-eixos. Neste ponto, inclusive, possui o maior comprimento entre seus concorrentes diretos. A marca apoiou o desenvolvimento de seu novo veículo no Brasil em três pontos considerados essenciais: design, experiência de condução e tecnologia. Em relação ao primeiro item, a Peugeot destaca a dianteira do modelo, que retrata a nova face da marca. “O ‘olhar felino’ se interpreta de maneira mais moderna, rica e refinada com as luzes em LED e uma guia luminosa que enfatiza o conjunto ótico, tanto de dia quanto à noite”, cita a montadora. Com a intenção de deixar a condução mais prazerosa e confortável, a Peugeot elevou ainda o painel de instrumentos para que a leitura das informações fosse feita por cima do volante. A coluna de direção dispõe de ajuste de altura e profundidade e o banco do motorista traz ajuste de altura ativo, controlado por alavanca. Dirigi-lo, portanto, deverá ser agradável. No quesito tecnologia, o Peugeot apresenta o que já pode ser considerado regra para os modelos do segmento: uma central multimídia com tela colorida sensível ao toque de sete polegadas. Por ela você pode acessar a função GPS, controlar o rádio, ler arquivos de músicas via USB ou visualizar fotografias. Interessante, no entanto, é a função que permite configurar algumas opções do carro como acendimento automático dos faróis, dados sobre consumo de combustível, entre outros. Motor A versão mais simples é oferecida por R$ 39.990 e tem câmbio manual de cinco marchas, ar-condicionado, vidro elétrico dianteiro, trava elétrica, freios ABS, airbag duplo, entre outros. Tanto nessa versão quanto na intermediária, o Peugeot 208 chega com motor 1.5 L 8 V Flex. Com o conjunto no qual é oferecido, tal motorização desenvolve 93 cavalos de potência máxima com etanol, a 5.500 rpm. O torque máximo é de 14,2 mkgf, também com etanol. A última versão é oferecida por R$ 50.690 (manual) ou R$ 54.690 (automático) e traz o motor 1.6 L 16 V Flex. Uma de suas vantagens é eliminar o reservatório de gasolina do compartimento do motor, que é conhecido como “tanquinho”. Assim, tal combustível não é necessário para realizar a partida a frio. Outra vantagem é que, nessas condições, segundo a fabricante, o motor não “engasga” ou falha na partida. Vale citar também que a Peugeot oferece uma gama de nove cores para os consumidores: branco banquise, branco nacré (perolizado), cinza aluminium, cinza moondust, azul bourrasque, marrom dark carmin, preto perla nera, vermelho aden e vermelho rubi. Além disso, o veículo vem com três anos de garantia. Nas duas primeiras versões, as três revisões iniciais saem por R$ 810. O valor sobe para R$ 890 no modelo mais caro. O 208 é, sem dúvidas, a grande aposta da marca para o mercado brasileiro neste momento. “Com o 208, a Peugeot completa a renovação de sua gama de veículos no Brasil, que em 2010 iniciou uma forte ofensiva comercial que contabiliza nada menos que oito lançamentos”. O investimento não foi baixo. Resta saber se o retorno virá. 13 Divulgação Pesados Volvo caminhões chega aos 85 anos E, para comemorar, lança uma série especial limitada: a “FH Time Machine” Jarbas Ávila C om o pomposo nome de “Time Machine” (Máquina do Tempo), a série especial, exclusiva e limitada a 85 veículos, empresa celebra a evolução dos caminhões Volvo. A série especial destinada aos transportadores brasileiros terá duas opções de motorização: 460 cv e 540 cv, as mais procuradas pelos brasileiros, segundo a montadora. Externamente, a série tem adesivos estilizados nas laterais, o emblema Time Machine, o letreiro superior da cabine Globetrotter com a assinatura Time Machine e defletores de sujeira. Internamente, os bancos são em couro e os descansos para braços são bordados, com detalhes em laranja. 14 O banco do motorista tem memória para três posições, ajuste lombar, ajustes elétricos de distância, aquecimento e ventilação e ajuste pneumático. As portas são revestidas em couro e bordadas com as mesmas características dos adesivos externos. O volante, também em couro, tem bordados em laranja e a alça de acesso à cabine é revestida em couro laranja. Câmbio O caminhão vem equipado com caixa de câmbio eletrônica I-Shift, com a qual o motorista não precisa se preocupar em trocar as marchas e o transportador consegue economizar até 5% em consumo de combustível. Sem pedal de embreagem, a caixa de câmbio da Volvo facilita bastante o trabalho do motorista. No modo automático, basta acelerar e frear. No modo manual, w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r um simples toque em um botão troca as marchas. O motorista não precisa fazer nenhum esforço para trocar as marchas. O manuseio é extremamente fácil e um amplo e bem posicionado visor no painel mostra em que marcha o veículo está. Cinto de segurança salva vidas. Segurança A série especial vem também com vários equipamentos de segurança, uma área em que a Volvo informa ser líder inconteste: o LKS (Lane Keeping System, ou monitoramento das faixas da rodovia), um dispositivo que alerta o motorista caso o veículo saia da faixa de rodagem em virtude de um descuido ou desatenção; o DAS, ou Detector de Nível de Atenção, acionado automaticamente quando o condutor apresenta um estilo de condução irregular, ziguezagueando o caminhão na pista, que é um comportamento característico de fadiga e sonolência ao dirigir; o LCS (Lane Change Support, ou sensor de ponto cego), um mecanismo com um radar que informa se há um objeto na lateral direita do caminhão quando o veículo está trocando de faixa. O Time Machine vem também com o VEB500 (Volvo Engine Brake, ou Freio Motor Volvo), com 500 cv de po- tência, o maior do mercado segundo a montadora, o que permite ao motorista trafegar com mais segurança em velocidades médias maiores, mesmo em trechos com topografia em declive, poupando o freio de serviço por possibilitar menor desgaste de lonas/pastilhas, tambores e pneus. “O VEB garante uma viagem mais tranquila, auxiliando na diminuição do esforço do motorista”, diz Álvaro Menoncin, gerente de Engenharia de Vendas. Outro dispositivo de segurança ativa presente neste modelo é o farol de conversão. Ativado quando o farol está ligado e a uma velocidade de até 40 quilômetros por hora, ele ilumina o lado para o qual o veículo fará a conversão. O caminhão comemorativo da Volvo vem na exclusiva cor “Branco Time Machine” e tem também airbag, freios ABS, rádio com CD Player, MP3, bluetooth, controles no volante e entrada USB, rodas de alumínio polido, tanques de alumínio D-Shape e de Arla de 60 litros, ar-condicionado com controle de temperatura, geladeira, mesa e cofre como itens da série. Um verdadeiro “Série especial”. 15 Estatísticas w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r om Fotolia.c O emplacamento de veículos até abril de 2013 Bons ventos para o setor Sérgio Duque H dão descontos, facilitam o pagamento e ainda assim a reação é mínima. Para entender melhor esse resultado, basta saber que perto de 65% dos pedidos de financiamento para motos novas não são aprovados pelos agentes financeiros. A aposta está ainda nos consórcios, onde o consumidor paga antes de levar o produto. No geral, o desempenho acumulado do ano em relação a 2012, que era negativo em 2,21%, agora é positivo em 0,67%. á tempos não se via um desempenho de vendas de veículos novos tão bom quanto este observado em abril, quando foram emplacados no País perto de 475 mil veículos. A previsão é que cheguemos ao fim do ano com mais 5,2 milhões de veículos novos em nossas ruas e estradas. Houve boa recuperação em todos os segmentos da frota, exceto para motos. Nos segmentos de automóveis e coLICENCIAMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES merciais leves os números apresentam ACUMULADO JAN-ABR crescimento de 8,57% em relação ao mesPREVISÃO SEGMENTO % VAR. mo período de 2012, resultado ainda da 2013 2013 2012 redução do IPI, desempenho positivo 2.600.000 Automóveis 857.267 789.601 8,57 ▲ acompanhado também pelos segmentos de caminhões e ônibus. 750.000 Comerciais Leves 247.074 227.742 8,49 ▲ Máquinas agrícolas continuam sendo 150.000 Caminhões 48.560 48.058 1,04 ▲ a grata surpresa em se tratando de números realizados de vendas, com o segmen35.000 Ônibus 11.702 10.682 9,55 ▲ to faturando 26,7% a mais que no mesmo 58.000 Tratores e Máquinas 20.822 16.432 26,71 ▲ período acumulado do ano anterior. Há 1.600.000 Motos 493.005 574.764 -14,22 ▼ tempos que estava devendo. No segmento de veículos duas rodas a Total 1.678.430 1.667.279 0,67 ▲ 5.193.000 questão continua preocupante. As monFonte: Fenabrave. Números de tratores e máquinas incluídos para referência. Previsão 2013, estudos tadoras fazem campanhas publicitárias, Audamec Marketing. 16 Fotolia.com Capa De quem é o mercado? A disputa entre concessionárias e oficinas e autopeças da rede independente pelo mercado de reparação tem se intensificado nos últimos anos; mas serão as autorizadas das montadoras capazes de vencer essa quebra de braço? Weslei Nunes e Cléa Martins M esmo tendo enfrentado duas fortes crises econômicas internacionais (em 2008 e 2011), o aftermarket brasileiro tem caminhado bem. O setor não apenas evoluiu nos últimos anos como também ganhou algumas características novas. Entre elas, consumidores mais exigentes, novas legislações e tecnologias mais avançadas. Essas mudanças, mais o crescimento da demanda interna de veículos, contribuíram fortemente para o crescimento da disputa pelo mercado de reposição de autopeças e reparação de carros entre a rede independente (de oficinas e lojas de componentes) e as concessionárias. 18 Os discursos de ambas as partes (autorizadas e independentes) são amistosos e quase unânimes: “A competição cada vez mais forte é uma realidade do setor, no entanto, há mercado para todos, pelo menos nas circunstâncias atuais de mercado – de crescimento do parque automotivo”. Profissionais e lideranças desses setores só não se arriscam a fazer previsões de longo prazo. O presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios), Antonio Fiola, explica que o motivo dos discursos afirmarem haver espaço para todos no mundo da reparação é o fato de os veículos com até três anos de garantia fazerem manutenção nas concessionárias, depois passarem a frequentar as oficinas. “É importante lembrar que o Brasil tem mais de 93 mil oficinas [independentes] que dão conta da manutenção da frota, o que não seria possível somente com as redes de concessionárias. A concorrência existe, mas o foco das concessionárias é a venda de novos veículos, o pós-venda é mais um serviço agregado”, diz. No entanto, o presidente do Sincodiv-SP (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de São Paulo), Octavio Leite Vallejo, conta que o pós-venda tem ganhado muita força nas redes autorizadas: “As Capa Briga também no varejo A concorrência entre concessionárias e lojas de autopeças independentes tem se intensificado nos últimos anos porque ambas também oferecem produtos de reposição para consumidores finais e até mesmo para algumas oficinas independentes. Mas para esses concessionários Vallejo sugere que criar programas de fidelização ou de incentivo para reparadores é um erro: “Quem faz isso, cria um monstro contra si, pois as concessionárias têm crescido seus serviços de reparação, mas, quando vende para oficinas independentes, fortalece o concorrente”. Para Francisco de La Torre, presidente do Sincopeças-SP (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo), a disputa entre esses dois tipos de estabelecimento é normal: “O mercado de reposição é altamente competitivo. Com a 20 chegada de novas marcas, a disputa tem se acirrado, principalmente em itens de alto giro para veículos mais novos. Mas isso faz parte do mercado. Contudo, as lojas de autopeças têm ampla capilaridade e atendem a mais modelos, dos novos aos mais antigos e de diferentes marcas”, explica. Vantagens e desvantagens Tanto as redes independentes como as autorizadas oferecem seus leques de benefícios e vantagens para enfrentar os desafios do mundo da reparação. Por parte das lojas que contam com a bandeira da montadora, a grande dificuldade, aponta Vallejo, é a equação dos preços para o aftermarket e a conquista de clientes após a garantia. Por outro lado, o fato de representar a marca do veículo é um ponto forte a favor das concessionárias. No entanto, o presidente do Sincodiv alerta que apenas isso não dá total vantagem às autorizadas: “O consumidor procura um serviço confiável. Ele quer se sentir seguro quanto à manutenção do seu carro. Somente a bandeira não é suficiente para que ele se sinta assim. Além disso, ela não traz novos clientes. A implantação do agendamento das revisões de veículos foi um grande avanço das concessionárias e serviu para fidelizar os clientes avisando-os quando chega a hora de fazer a revisão”, afirma. Os benefícios de carregar a bandeira da montadora estão principalmente no poder ampliado de marketing dessas empresas, comenta Fiola: “As ações de publicidade e divulgação da marca [de veículos] garantem ampla visibilidade na mídia também para as concessionárias. Esses altos investimentos feitos pe- Divulgação concessionárias têm buscado fidelizar o cliente por um período cada vez maior, fazendo-o acostumar-se a beber água sempre na fonte. Diante disso, a concorrência [entre oficinas independentes e concessionárias] tornou-se mais acirrada nos últimos anos”. Embora não haja dados ou pesquisas que comprovem o aumento dos serviços de pós-venda nas concessionárias ou maior procura dos consumidores por esse serviço nessas lojas, os especialistas do setor acreditam que houve um ganho de mercado por parte das autorizadas em relação às redes independentes. Mas são as oficinas independentes que ainda dominam a maior parte do setor. Segundo Fiola, elas são responsáveis pela manutenção de 80% da frota circulante no País. Octavio Leite Vallejo, presidente do Sincodiv-SP las montadoras permitem que elas realizem campanhas e promoções de grande impacto, algo muito complicado para o setor independente”. O acesso privilegiado das concessionárias às informações técnicas dos veículos também é um benefício citado pelo presidente do Sindirepa. Com o avanço da tecnologia embarcada, por exemplo, o reparador passou a necessitar inúmeras informações técnicas que, segundo Fiola, não são disponibilizadas pelas montadoras, “o que dificulta o trabalho executado pela oficina”. Diante deste quadro, o conhecimento técnico passou a ser o grande desafio do setor de reparação. “E o Sindirepa-SP tem se preocupado com essa questão. Iniciamos um trabalho para tentar minimizar o problema. O reparador pode também contar com o CDI (Centro de Documentação e Informações), que possui o maior acervo de informações técnicas da América Latina”, diz Fiola. Sobre o favorecimento da rede, o dirigente do Sincodiv discorda do fato de as concessionárias terem Capa mais acesso às informações: “Não há nenhum tipo de informação privilegiada às concessionárias por parte das montadoras”, garante. Outro ponto levantado por Fiola, o fato de as oficinas independentes trabalharem com mais marcas de automóveis que as concessionárias faz do trabalho do reparador independente mais árduo. “A diversidade demanda maior dedicação e investimentos permanentes em equipamentos e treinamento da equipe de profissionais”. Apesar das dificuldades apontadas pelo presidente do Sindirepa, Pedro Scopino, proprietário da Auto Mercânica Scopino, aponta três verdadeiros calcanhares de Aquiles das autorizadas diante da reparação independente: “Preço, falta de critérios para troca de peças e falta de relacionamento”. Divulgação Independentes também podem ser autorizadas A imagem das concessionárias está diretamente ligada às montadoras e, segundo os especialistas do setor, isso passa certa segurança ao consumidor, por tratar-se de uma rede bem estruturada. No caso das Pedro Scopino, proprietário da Auto Mercânica Scopino 22 Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Sandro dos Santos e Silvio Ricardo, sócios da DR Chrysler empresas independentes desse setor, associar-se, trocar experiências e criar um padrão de qualidade de serviço e atendimento é destacado como fundamental pelos porta-vozes das entidades que representam o setor. Não são apenas as concessionárias que contam com o aval das montadoras, há também oficinas independentes que representam uma ou mais marcas oficialmente. A DR Chrysler é um exemplo disso. A oficina é especializada em veículos Chrysler, Jeep e Dodge e, segundo seus sócios Sandro dos Santos e Silvio Ricardo, a empresa não tem encontrado concorrência acirrada nem mesmo entre as concessionárias dessas marcas. Fugindo da concorrência Scopino ressalta um ponto importante adotado por ele para fugir da concorrência com as concessionárias. “A maior arma que temos nesta disputa é o relacionamento, ou seja, sempre trabalho na questão do bom atendimento, como se meu cliente fosse único, e faço muitas ações de relacionamento, principalmente junto ao GOE (Grupo de Oficinas Especializadas), com o trabalho de várias empresas parceiras para fidelizar e diferenciar este cliente”, conta o empresário. Investir no atendimento, na estrutura da oficina ou loja de autopeças, além de agregar melhor capacitação à equipe são algumas das ações para driblar a forte concorrência do mercado de reposição de peças e reparação de veículos. Por outro lado, tanto redes autorizadas quanto empresas independentes precisam vencer um inimigo comum – a venda de peças ilegais. “Esse é um concorrente muito desleal. As peças do mercado negro estão em todo lugar, inclusive na internet. Há vários sites vendendo peças que sabe lá Deus de onde vêm, com preços muito baratos”, comenta Ricardo. “Esse é de fato o concorrente a ser abatido pelo mercado de reparação como um todo”, finaliza. Fotolia.com Tecnologia Baterias automotivas Sérgio Duque C onstituída basicamente de placas de chumbo (positivas e negativas) e solução de ácido sulfúrico (eletrólito) alojados dentro de uma caixa de material polimérico (normalmente plástico), a bateria nada mais é que um acumulador de energia elétrica para fornecer eletricidade ao sistema de ignição, ao motor de arranque, às luzes, ao painel e ao restante dos equipamentos elétricos e eletrônicos do carro. A sua capacidade é medida em amperes/hora. Uma bateria de 56 Ah poderá fornecer uma corrente de 1 A durante 56 horas e 2 A durante 28 horas e assim por diante. Entre os tipos mais usuais temos: baterias automotivas, baterias ciclomotivas, baterias estacionárias, baterias náuticas, baterias tracionárias, além das baterias especiais produzidas para oferecer alta performance indicadas para veículos off-road e 4x4, por exemplo. Já as capacidades de carga variam de 36 Ah a até 205 Ah, com 12 V, e também se diferenciam no seu 24 processo construtivo, especialmente na composição de agentes QEM, ou seja, agentes químicos, elétricos e mecânicos. FUNCIONAMENTO E RECARGA A corrente elétrica, medida em amperes (A), passa de um dos polos da bateria através do circuito do carro e entra na bateria pelo outro polo, fechando-se o circuito por meio do eletrólito. Como a reação química se mantém, forma-se sulfato de chumbo na superfície de ambos os eletrodos e o ácido sulfúrico converte-se em água. Quando as superfícies das duas placas ficam completamente cobertas com sulfato de chumbo, a bateria esta descarregada. Se a bateria for carregada novamente, por meio de uma corrente elétrica apropriada, os eletrodos voltarão ao seu estado original e o ácido sulfúrico será regenerado. DIFERENCIAÇÃO DE PRODUTO Algumas opções de mercado são compostas com aditivos reagentes que permitem a absorção de carga mais rápida, garantindo maior vida útil da bateria. Outras oferecem para o consumidor garantia estendi- w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r da com o argumento de que ligas de cálcio reforçada Segundo os especialistas, a durabilidade de uma alcançam até 50% mais de vida útil, maior corrente bateria não se mede por quilômetros rodados, mas de partida durante seu acionamento, menor consumo por tempo de uso. Em nosso clima tropical a média de água e menor incidência de corrosão. de duração é de 2 a 3 anos, mas pode cair pela metade Outras ainda garantem maior capacidade de conse o dono não tiver os devidos cuidados como, por centração de carga, menor geração de calor e maior exemplo, deixar luzes ou acessórios ligados quando dissipação da energia dentro da bateria e até visor o motor estiver desligado ou dar a partida no veículo indicador de nível de carga. com o farol ligado, o que também puxa carga da baNa linha de motos, são oferecidas seladas e secoteria e faz diminuir sua vida útil. -carregadas. As primeiras dispensam carga e manuA Audamec Marketing e Pesquisa Automotiva tenção de água. Já as seco-carregadas são vendidas estudou o mercado demandante de baterias autocom a solução à parte, devendo a mesma ser aplicada motivas novas. O quadro apresentado na sequência perto de 45 minutos antes do uso da bateria, sem dá ideia do volume comercializado do produto em necessidade de carga. nosso mercado. As estacionárias são baterias aplicadas em equipamentos multiuso como nobreaks, DEMANDA DE BATERIAS AUTOMOTIVAS – AFTERMARKET (EM UNIDADES) iluminação de emergência, sinalização, sistemas de alarmes Segmento da frota Ampere/hora 2013 2014 2015 e muitos outros, enquanto as tracionárias são aplicadas em Automóveis De 40 a 95 7.300.000 7.800.000 8.300.000 veículos elétricos e empilhaUtilitários De 100 a 110 1.750.000 2.000.000 2.300.000 deiras, por exemplo. Enfim, todas possuem alCaminhões e ônibus De 110 a 170 900.000 1.000.000 1.100.000 gum diferencial para atrair consumidores ou uso dirigido Motos De 25 a 27 4.500.000 4.750.000 5.000.000 e específico. Tratores De 110 a 170 185.000 195.000 205.000 A durabilidade de uma bateria varia de acordo com sua forma Total da demanda 4.635.000 15.745.000 16.905.000 de uso. Habitualmente é projetada pelas montadoras para Base a.a. % + 5,8 + 7,6 + 7,3 responder bem ao dimensional da capacidade de equipamentos e acessórios que saem O sistema de cálculo da demanda da Audamec, de fábrica com o veículo como ar-condicionado, faque relaciona a frota circulante de veículos com róis, som, luzes e lanternas. ciclo médio de substituição, pode ser aplicado Ocorre que a grande maioria dos proprietários de em qualquer linha de autopeças do segmento da veículos agregam rastreadores, alto-falantes e som reposição automotiva. com maior potência, trava elétrica, além de outros Empresas interessadas podem consultar soacessórios do mercado de tunning, exigindo muito bre as bases, os critérios e as condições de fornemais capacidade da bateria. Aí a coisa pega, pois as cimento para estudos customizados pelo telefone baterias não suportam tanta carga por tanto tempo. (11) 2281-1840, ou por e-mail para sergio@audaLembrar dos equipamentos que usam a bamec.com.br. Estes estudos podem contemplar loteria mesmo com o veículo desligado (stand by), calização da demanda por item da linha da emprecomo equipamentos de ignição e alarmes que persa, por região de atuação e até por distribuidor ou manecem continuamente ligados, assim como representante comercial. algumas frentes de rádios. 25 Respeite a sinalização de trânsito. Fotolia.com Especial Exportar é o que importa A balança comercial de autopeças acumula déficit pelo quinto ano seguido. Entenda os desafios, as vantagens e as dificuldades da exportação para a indústria brasileira Weslei Nunes e Cléa Martins A frase “Importar é o que importa”, que ficou famosa em artigo escrito pelo ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento, Delfim Netto, na época da ditadura militar, certamente precisaria de uma nova versão para descrever os tempos econômicos atuais. Talvez hoje faça mais sentido dizer que “Exportar é o que importa”, afinal a atividade de exportação 28 ganhou força significativa no Brasil nas últimas duas décadas. O País passou a acreditar mais em sua indústria e na sua capacidade competitiva no mercado mundial. A venda de autopeças para o mercado externo nesse período, por exemplo, teve anos considerados de ouro, que dificilmente serão esquecidos pela indústria. Isso ocorreu no período anterior à crise econômica global de 2008, quando a balança comercial chegou a registrar quatro anos seguidos de saldo positivo. No período pós-crise, as exportações voltaram a crescer, no entanto, a balança comercial não atingiu saldo positivo desde então. Pelo contrário, já acumula déficit comercial de mais de 41%, quando comparados os dois primeiros meses deste ano a igual período de 2012, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Abrindo as portas para a exportação Para os executivos do setor, é preciso abrir as portas para novos mercados, mesmo que essa não seja uma tarefa fácil, já que exige estratégia e investimento. “Um mercado nunca é igual ao outro, sempre existem particularidades locais que exigem uma Luiz Fernando Teixeira da Silva, diretor de Vendas e Exportação da Corteco Divulgação adaptação da empresa exportadora e isso faz com que a empresa precise estudar detalhadamente onde é melhor investir e atuar, para não perder lá na frente”, explica Silva. Segundo o executivo da Corteco, a diferença entre os mercados começa com a variedade dos veículos existentes. “O Chile, por exemplo, tem a terceira frota mais diversificada do mundo e é um dos países que mais recebe autopeças brasileiras”, conta. Segundo o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), o Chile é o sétimo maior comprador do Brasil. Para Lourenço Agnello Oricchio Junior, diretor-geral da Sabó América do Norte e do Sul, “quem exporta está um passo a frente da concorrência”. Segundo o executivo, a fabricante brasileira de sistemas de vedação contabilizou faturamento de US$ 220 milhões no Brasil, sendo US$ 30 milhões oriundos da atividade de exportação. A marca precisou superar muitos desafios para se posicionar globalmente. “As taxas cambiais estiveram desfavoráveis durante muito tempo e agora ainda não são as ideais. Os investimentos na indústria nacional por parte do governo são muito recentes. A Coréia do Sul sempre investiu em suas empresas, a Alemanha também, já o Brasil começa a se mexer agora. Por isso estávamos sempre em desvantagem em relação a essas indústrias no mercado internacional. Porém, isso começou a ser minimizado com a valorização e o avanço das nossas empresas”, conta. Outra empresa que se sobressaiu em meio aos desafios quando abriu suas portas para a exportação foi a fabricante de filtros Sogefi, que tem entre 8% e 10% de seu fatura- Lourenço Agnello Oricchio Junior, diretor-geral da Sabó América do Norte e do Sul Divulgação A explicação para os resultados negativos varia bastante na opinião dos especialistas do setor. Fala-se em desvantagem cambial, forte concorrência internacional e, principalmente, no já conhecido custo Brasil. Porém, para os analistas mais equânimes, a indústria também tem sua parcela de participação nos números finais. Isto porque muitas empresas optam pelo mercado externo apenas quando as vendas internas não caminham muito bem. Outro fator que desencadeou déficit preocupante para a indústria foi o crescimento atrativo do mercado brasileiro. Com o aumento do consumo nacional e a forte crise econômica que atinge a Europa, o País tornou-se destino certo para autopeças e automóveis produzidos em outros países, como Alemanha, China e Coréia do Sul. Logo, contar com o recurso da exportação para ganhar forças em casa e enfrentar a concorrência das peças importadas passou a ser uma questão de sobrevivência para muitos fabricantes nacionais. Hoje, mais do que nunca se faz necessário um posicionamento mundial. “A empresa precisa ter uma visão global dos seus negócios. Uma companhia que não tem esse tipo de estratégia enfrenta grandes dificuldades de se manter competitiva no mercado”, afirma Luiz Fernando Teixeira da Silva, diretor de Vendas e Exportação da Corteco. Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Eugenio H.L. Marianno, presidente da Sogefi Filtration do Brasil 29 DESTINO DAS EXPORTAÇÕES Especial Ranking (%) 2011 (%) 2012 (%) Variação (%) 2012/2000 797.625.471 20,8 4.343.190.139 39,0 3.780.812.266 36,1 474,0 1.313.929.278 34,3 1.526.936.552 13,7 1.467.786.585 14,0 111,7 País 2000 1 Argentina 2 Estados Unidos 3 México 335.235.391 8,8 1.006.537.549 9,0 1.003.606.330 9,6 299,4 4 Alemanha 338.817.632 8,8 879.500.569 7,9 848.166.445 8,1 250,3 5 Venezuela 73.289.474 1,9 388.697.061 3,5 356.377.093 3,4 486,3 6 Países Baixos (Holanda) 10.525.002 0,3 250.332.602 2,3 329.945.897 3,2 3.134,9 7 Chile 77.755.512 2,0 260.645.679 2,3 266.003.160 2,5 342,1 8 Colômbia 27.262.003 0,7 178.150.032 1,6 217.112.806 2,1 796,4 9 África do Sul 39.321.069 1,0 205.728.447 1,8 198.486.566 1,9 504,8 China 18.088.425 0,5 144.196.943 1,3 152.470.172 1,5 842,9 10 mento proveniente da exportação. “Precisamos superar principalmente os custos brasileiros, por exemplo, com matéria-prima e logística. E fizemos isso investindo em nossas fábricas e criando estratégias logísticas e administrativas”, conta Eugenio H.L Marianno, presidente da Sogefi Filtration do Brasil. Ao todo, os investimentos gerais da empresa somaram R$ 18 milhões nos últimos três anos. Brasil: ponto de partida para A América do Sul O responsável pelas exportações da Corteco não acredita que exportar para a América do Sul seja mais fácil do que para outros mercados, como o europeu, por exemplo. Mas ele vê alguns pontos a serem considerados por quem vai iniciar apostar nos vizinhos latino-americanos. Isto porque alguns custos, como o logístico, podem ser menores para esses países, além do fator de haver benefícios, principalmente tributários, para os integrantes do Mercosul (Mercado Comum do Sul). “O que conta de 30 verdade é a frota que se vai atender. Geralmente uma empresa que está começando a exportar atende apenas veículos que também integram a frota brasileira [devido ao alto custo de desenvolvimento de produtos exclusivos para exportação], com isso, é importante investir em países onde a empresa vai conseguir atender o maior número de veículos da frota local, independentemente se isso acontece na América do Sul ou na Europa. Sabemos que a Argentina, por exemplo, tem quase 30% de modelos comuns com o Brasil, esse pode ser um mercado forte para qualquer empresa. Por outro lado, companhias já consolidadas no mercado internacional, como a Corteco, não têm dificuldade em fornecer os mais diversos produtos, devido ao seu poder de desenvolvimento de produtos globais”, explica. Relações cortadas O mercado argentino, citado por Silva como um dos mais atraentes para empresas nacionais, é o que mais recebe exportações brasileiras. No ano passado, as vendas para os hermanos somaram mais de US$ 3,7 bilhões. No entanto, a relação comercial entre os países não é nada amistosa atualmente. Essa crise considerada política/comercial entre as maiores economias do Mercosul tem causado entraves nas transações. A Mercado Automotivo apurou que, no final de abril, uma reunião do Sindipeças com representantes argentinos e brasileiros foi realizada a fim de que se chegasse a um consenso entre as partes. Contudo, o impasse não foi resolvido. Rubens Campos, representante do Sindipeças e vice-presidente sênior do Aftermarket Automotivo Schaeffler América do Sul, disse que o setor tem buscado uma solução para o impasse entre Brasil e Argentina e que as exportações têm crescido e mercados, como o norte-americano, estão ganhando cada vez mais significância para a indústria nacional. Faça revisões em seu veículo regularmente. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Exportação % Importação % 2003 4.813.878.819 23,2 4.399.403.117 8,5 414.475.702 2004 6.084.701.245 26,4 5.687.165.291 29,3 397.535.954 2005 7.521.871.732 23,6 6.752.284.337 18,7 769.587.395 2006 8.841.556.750 17,5 6.973.393.758 3,3 1.868.162.992 2007 9.282.008.340 5,0 9.434.259.235 35,3 -152.250.895 2008 10.211.124.211 10,0 12.913.507.183 36,9 -2.702.382.972 2009 6.735.187.245 -34,0 9.121.860.918 -29,4 -2.386.673.673 2010 9.590.663.705 42,4 13.147.191.417 44,1 -3.556.527.712 2011 11.124.459.592 16,0 15.773.736.499 20,0 -4.649.276.907 2012 10.471.292.734 -5,9 16.258.722.111 3,1 -5.787.429.377 Divulgação Rubens Campos, vice-presidente sênior do Aftermarket Automotivo Schaeffler América do Sul Claudinei Martins, gerente de Vendas para o Aftermarket da Honeywell 32 Resultado (US$) Ano Divulgação Especial Balança Comercial “Esperamos que o impasse com a Argentina se resolva o quanto antes, afinal esse ainda é o nosso maior comprador.” Novos clientes Com as relações desgastadas entre Brasil e Argentina, novos parceiros comerciais começam a ganhar forças, como o México, por exemplo. A Honeywell, fabricante de turbos, tem conseguido se fortalecer em outros países mesmo em meio a dificuldades comerciais e políticas atuais que assombram o Mercosul. A empresa lançou recentemente uma linha de produtos para o mercado de caminhões e ônibus e mantém market share de até 10% em alguns países fora do bloco, como Chile e México. “Temos conseguido ultrapassar barreiras, como as certificações específicas de cada país, e firmado nossa bandeira. O México é um cliente em potencial que estreita cada vez mais suas relações com o Brasil e é um ótimo caminho para as empresas que estão iniciando suas operações de exportação”, diz Claudinei Martins, gerente de Vendas para o Aftermarket da Honeywell. Vantagens e desvantagens atuais Exportar fortalece a empresa. A indústria contemporânea entendeu isso e ganhou vantagens com a globalização. Entretanto, mesmo em tempos modernos, o investimento é indispensável, seja na ampliação da linha de produção ou na adaptação e certificação do produto no mercado de destino. Além disso, há ainda outros custos relativos ao processo normal de exportação, como despacho aduaneiro, despesas portuárias, bancárias e, ocasionalmente, com embalagem especial, despesas consulares, registro do produto no mercado-alvo e comissão de representante. A principal vantagem está nos incentivos fiscais para as empresas exportadoras, que se beneficia com não recolhimento do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e alíquota zero de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre as operações de crédito, câmbio e seguros. Faça revisões em seu veículo regularmente. Geomarketing Pará e Piauí Sérgio Duque O s Estados do Pará e Piauí juntos cobrem a extensão territorial de 1.499.218,7 km2, equivalente a 17% aproximadamente de todo o Brasil, com população residente estimada em 10,3 milhões de pessoas em 368 municípios, onde circulam cerca de 667 mil veículos e que resulta em índice de 15,4 habitantes por veículo, um dos mais deficientes do País. No Pará a concentração da atividade econômica está no extrativismo mineral (ferro, manganês e bauxita), enquanto o Piauí tem sua maior receita na dependência das atividades agropecuárias. São Estados carentes de melhor infraestrutura rodoviária, possuindo apenas 8% de estradas pavimentadas em relação à sua malha total. No País a malha rodoviária é de 1,71 milhão de km de extensão, sendo 219,1 mil km de estradas pavimentadas, equivalente a 12%. Segundo estudos da CNT (Confederação Nacional de Transportes) em seu Relatório de Pesquisa Nacional de 34 Rodovias 2012, dos 12.587 km de estradas pavimentadas existentes nesses Estados, apenas 5,1% das estradas estão em ótimo estado de conservação, sendo que 21,7% encontram-se em bom estado, 49,9% em estado regular, 11,9% ruim e 11,4% péssimo. Para 2013, estima-se que serão movimentados R$ 3,1 bilhões na cadeia de distribuição automotiva dentro desses Estados. No site www.audamec.com.br podem ser obtidas informações mais abrangentes sobre este estudo, compreendendo análises por Estado da federação, por regiões nos Estados ou individualizadas para 5.800 municípios brasileiros. É possível também consultar a frota no País e em cada um dos municípios por modelo de veículo. Para ter acesso a outras informações ligue para (11) 2281-1840. O site é um serviço de informações tendo como clientes fabricantes e distribuidores do setor de autopeças. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r GEOMARKETING AUTOMOTIVO: ESTADO EM REFERÊNCIA PA-PI Índice Potencial Demanda Regional em Relação ao Brasil (%) População 10.284.947 Abaetetuba-PA 0,12 Santarém-PA 0,36 PIB estimado 2013 US$ 32,1 bi Ananindeua-PA 0,13 Parnaíba-PI 0,09 Nº Veículos 667.276 Belém-PA 1,54 Picos-PI 0,26 Automóveis 354.988 Castanhal-PA 0,12 S. Raimundo Nonato-PI 0,16 0,57 Teresina-PI 0,54 Comerciais Leves 97.996 Marabá-PA Caminhões 43.581 Soma dos índices Ônibus 14.644 Nº estimado de pontos de vendas e consumo de autopeças Tratores 13.987 Lojas de Varejo Motos Habitantes por Veículo 595.049 15,4 3,89% 209 Postos de Combustíveis Centros Automotivos 66 Concessionárias Retíficas 12 Frotistas 696 55 452 Cinto de segurança salva vidas. Fontes: ANP, IBGE e Renavam para dados gerais. Audamec Marketing para dados sobre frota e pontos de venda (www.audamec.com.br). Artigo – Direito Empresarial ICMS Interestadual de 4% para Mercadorias Importadas Kethiley Fioravante e Marcela Bragaia O Senado Federal, em 26 de abril de 2012, editou a Resolução nº 13 visando a acabar ou minimizar os efeitos da famigerada “guerra dos portos”, pela qual alguns Estados instituíam incentivos fiscais no tocante ao ICMS incidentes nas importações e nas operações interestaduais com mercadorias importadas, sem que tal incentivo fosse aprovado de forma unânime pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Estabeleceu-se, assim, a partir de 1º de janeiro de 2013, a aplicação da alíquota de 4% para todas as operações interestaduais com bens e mercadorias importados que, após o desembaraço aduaneiro, não tenham sido submetidos a processo de industrialização ou, ainda que submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a 40%. Nesse passo, objetivando regulamentar e conferir eficácia à medida, o Confaz celebrou o Ajuste Sinief nº 36 19, de 7 de novembro de 2012, pelo qual instituiu uma série de obrigações acessórias para os contribuintes, dentre elas (i) a exigência de preenchimento e envio das Fichas de Conteúdo de Importação e (ii) a obrigatoriedade de informar o valor da importação e o percentual de conteúdo importado na NF-e de venda/revenda da mercadoria ou bem importado, ainda que submetido a processo de industrialização. Ressalta-se que, no Estado de São Paulo, os procedimentos a serem observados na aplicação da alíquota de 4% do ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior estão expressos na Portaria CAT nº 174, de 28 de dezembro de 2012, a qual estabelece, além das obrigações acessórias fixadas no Ajuste Sinief nº 19, o dever de informar, inclusive nas operações internas, o valor da importação e o percentual de conteúdo importado na NF-e. Ocorre que a divulgação do valor da importação e o percentual de conteúdo importado na NF-e possibilita a verificação, por qualquer pessoa, de dados financeiros muitas vezes guardados em sigilo na operação comer- Divulgação Kethiley Fioravante e Marcela Bragaia são advogadas do escritório Baraldi e Bonassi Advocacia Empresarial, destacado pelo quarto ano consecutivo no anuário Análise Advocacia 500 como um dos escritórios mais admirados do Brasil. Para mais informações, acesse: www.baraldibonassi.adv.br o bem foi (ou não) submetido a processo de industrialização. Por sua vez, o prazo para o preenchimento e a entrega da Ficha de Conteúdo de Importação iniciou-se em 1º de maio de 2013 e está regulamentado pelo Ato Cotepe nº 61/2012. Cinto de segurança salva vidas. cial, implicando, assim, restrição a direitos fundamentais dos contribuintes, como a isonomia, a livre iniciativa e a livre concorrência. Na prática, a divulgação dessas informações poderá causar sérios desentendimentos nas relações comerciais. Nessa esteira, os contribuintes prejudicados pela divulgação do valor da importação e do percentual de conteúdo importado na NF-e poderão se socorrer do Judiciário para obter provimento que os desonerem destas obrigações, de modo a preservar o sigilo comercial e a manter a fluidez de seus negócios. Vale destacar, por outro lado, que a falta de cumprimento destas obrigações, sem o respaldo de decisão judicial, poderá expor os contribuintes a autuações fiscais e à aplicação de multa tributária na ordem de 1% do valor da operação realizada, nos termos do artigo 527, inciso IV, alínea “h” do RICMS/SP. Por fim, destaca-se que a aplicação da alíquota de ICMS de 4% nas operações interestaduais abrangidas pela Resolução nº 13 do Senado Federal está em vigor desde 1º de janeiro de 2013, bem como a divulgação do valor da importação e do percentual de conteúdo importado na NF-e, independentemente se a mercadoria ou Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r 37 Duas Rodas A velha arma de fidelização A fim de ampliar o relacionamento com os clientes e dar vantagens à sua rede autorizada, Harley-Davidson lança cartão de crédito exclusivo da marca C Weslei Nunes iente da poderosa arma que é a fidelização de clientes para quem disputa o mercado de duas rodas, a Harley-Davidson lançou um cartão de crédito exclusivo, com o intuito de fortalecer suas relações com os consumidores brasileiros. “A oferta do cartão é mais uma oportunidade criada pela companhia para que, tanto o proprietário de motocicleta como o fã, tenha mais uma forma de interagir com a Harley-Davidson”, diz Longino Morawski, diretor-superintendente Comercial da Harley-Davidson do Brasil. O cartão coloca em vantagem as lojas autorizadas da marca, que somam 14 estabelecimentos espalhados pelo País, em relação às motopeças independentes. Isto porque o produto oferece benefícios exclusivos para quem compra na rede de 38 Longino Morawski, diretor-superintendente Comercial da Harley-Davidson do Brasil. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Cinto de segurança salva vidas. Disponível para o público em geral em duas categorias – Gold e Platinum –, o cartão é fruto de uma parceria com o Banco Bradesco, que projeta a venda de aproximadamente 25 mil cartões por ano. Nos Estados Unidos, onde o produto já é ofe- recido há 20 anos, foram comercializados mais de 500 mil cartões. Por aqui, a bandeira será Visa, uma das mais conhecidas e aceitas do mercado nacional, o que pode ser considerado mais um ponto positivo. O ponto negativo é a alta taxa de anuidade, que é de R$ 324 para os cartões Gold e R$ 450 para Platinum. Cartões adicionais têm anuidade de R$ 162 e R$ 225 e as taxas de juros são de 6,9% e 6,8% ao mês, respectivamente. A Harley-Davidson se prepara para mais dois momentos especiais ainda este ano. O primeiro é a comemoração dos 110 anos de existência da marca, quando a montadora lançará uma edição comemorativa especial do cartão. A outra novidade será a abertura de mais uma concessionária, que deve ser uma das maiores lojas da marca no País, localizada na cidade de Salvador (BA). No trânsito somos todos pedestres. concessionárias da Harley-Davidson, como, por exemplo, o Programa de Recompensas, que acumula pontos nas compras que podem ser trocados por descontos na aquisição de peças, acessórios e também na compra de motocicletas zero quilômetro. Outro destaque do programa é a vantagem de que a cada dólar gasto com o cartão em uma concessionária, o cliente acumula dois pontos no Programa de Fidelidade, que também resulta em prêmios e benefícios. “O desenvolvimento do cartão é um diferencial competitivo no mercado e um grande passo para as operações brasileiras”, afirma Morawski. O Brasil é o primeiro país do mundo, além dos Estados Unidos, a oferecer o produto. Sindirepa w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r Saiba como sua oficina pode obter o Selo Sindirepa de Sustentabilidade P arceria com o Sebrae-SP (Escritório Capital Oeste), o Sindirepa-SP lançou, no 1º Congresso Nacional da Reparação de Veículos, o Selo Sindirepa de Sustentabilidade (SSS), que será implantado de forma gradativa em oficinas associadas à entidade que estão localizadas na capital paulista, depois Grande São Paulo, Estado de São Paulo e Brasil por meio do Sindirepa Nacional. O projeto tem como objetivo oferecer recursos para que as empresas sejam mais produtivas, competitivas, além de adotar práticas ambientais. Para isso, um consultor credenciado pelo Programa Sebraetec de Consultoria Tecnológica visitará as empresas associadas para analisá-las, de acordo com critérios preestabelecidos para o setor de reparação de veículos. Após essa visita, o empresário recebe uma avaliação e o roteiro detalhado para tornar sustentável a gestão de sua empresa. Em até três anos, as empresas participantes poderão atingir o grau máximo de gestão sustentável. Entretanto, a oficina poderá obter o Selo Sindirepa de Sustentabilidade já nos primeiros meses se, após verificação da entidade, houver comprovação de que os critérios de sustentabilidade relativos ao primeiro ano de planejamento foram cumpridos. A obtenção do SSS pela empresa está condicionada à sua adequação às conformidades relativas aos critérios expressos pela Análise & Planejamento para 40 Sustentabilidade (A&PS) elaborada pelo Sebrae que contempla 60 critérios distribuídos por três temas respectivamente, sendo 17 sobre legalidade, 21 sobre eficiência e 22 sobre excelência. De acordo com a quantidade mínima de conformidades alcançadas em cada tema, a empresa pode ser enquadrada em uma das três fases do SSS, conforme demonstrado na tabela a seguir: TEMAS FASES I II III Legalidade 12 14 17 Eficiência 11 17 19 Excelência 11 18 20 Para obter mais informações e saber como participar, os empresários devem entrar em contato com o Sindirepa-SP pelo telefone (11) 5594-1010. A oficina deve ser associada à entidade, caso não seja, deve efetuar o processo para associação e só depois deve solicitar a inscrição no programa Selo Sindirepa de Sustentabilidade. O Sindirepa-SP encaminhará ao Escritório do Sebrae-SP os dados de contato da empresa. Cinto de segurança salva vidas. w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r IQA Certificação de oficina ou varejo e distribuição de autopeças: oportunidade de evolução constante José Palacio Divulgação N o mundo dos negócios evoluir é uma questão de sobrevivência. Sempre que sou convidado a ministrar uma palestra, inicio com a seguinte pergunta: “Daqui a cinco anos, onde você e sua empresa querem estar?” Faço isso de propósito, para que os participantes imaginem o futuro que querem para eles. É justamente assim que a evolução começa. Com um pensamento. A partir disso, cabe a cada um trabalhar de forma tal a atingir esse objetivo. Quando o assunto é oficina de reparação automotiva ou varejo e distribuição de autopeças, nós, do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), podemos ajudar a todos que imaginaram um estabelecimento altamente produtivo e rentável, com o mínimo de desperdício e retrabalho. A certificação de oficina ou varejo e distribuição de autopeças é uma oportunidade de evolução constante, uma vez que permite ao proprietário total controle e gerenciamento do negócio, por meio de auditorias realizadas por especialistas no aftermarket e reparação automotiva. Ainda mais agora que desenvolvemos um novo sistema de check list, em que são avaliados mais de 120 itens, distribuídos em 11 categorias. Dentro de cada uma dessas categorias há itens de atendimento obrigatório, que, uma vez atingidos, permitem à empresa obter o certificado de qualidade. Fato curioso é que este é apenas o começo da evolução, e não o final, pois a cada recertificação, que deve ser feita a cada dois anos, a empresa deve atender mais itens do José Palacio é coordenador de Serviços Automotivos do IQA-Instituto da Qualidade Automotiva que na certificação anterior, e por isso dizemos que a certificação é um processo de evolução contínua. O sentido disso é simples: a cada momento, novas tecnologias são desenvolvidas, assim como novas técnicas de trabalho e, para uma empresa ser certificada, é preciso estar sempre na vanguarda. Este é o segredo da longevidade do negócio, pois dificilmente haverá crise instransponível para quem está sempre na frente. A certificação é, assim, uma ferramenta que mede o desempenho da empresa, em todos os departamentos que possui, do começo ao fim do processo de atendimento ao cliente e que exige dos empresários e colaboradores total comprometimento com os objetivos, que são aqueles traçados no início deste texto. Afinal, onde você e sua empresa querem estar daqui a cinco anos? O IQA-Instituto da Qualidade Automotiva (www.iqa.org.br) é um organismo de certificação sem fins lucrativos, criado por Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor. Parceiro de organismos internacionais e acreditado pelo Inmetro, o IQA atua em Certificação de Serviços Automotivos, de Produtos, de Sistemas de Gestão, Publicações e Treinamentos. 44 Cinto de segurança salva vidas. Divulgação Flash Knorr-Bremse inaugura nova fábrica Knorr-Bremse inaugurou dia 17 de abril uma nova fábrica em Itupeva, SP, considerada por seus executivos como “state-of-the-art”! O grupo, sediado em Munique, na Alemanha, conta mais de 100 anos de experiência em tecnologia de frenagem tanto para veículos ferroviários quanto para rodoviários, e já tem tradição no Brasil, onde chegou em 1977. A nova fábrica, que consumiu R$100 milhões, esta localizada em uma área de 153 mil m², com 31.500 m² construídos. Além disso, recebeu R$ 11 milhões em equipamentos, tor- nando-se apta a crescer conforme a demanda de mercado, hoje altamente impulsionado pelos atuais investimentos e expansões da malha ferroviária brasileira. Responsáveis por cerca de 4% do faturamento do grupo, a fábrica brasileira, que também é a responsável por atender a demanda dos mercados da América Latina, exportando cerca de 10% de sua produção, acredita em um aumento brasileiro na participação global, principalmente pelo potencial de desenvolvimento econômico do País quando comparado às expectativas de crescimento dos países europeus. Volvo VM completa 10 anos caminhão VM da Volvo está completando 10 anos desde que foi lançado em Gramado, no Rio Grande do Sul, inaugurando um novo período na operação brasileira do Grupo Volvo, até então uma montadora que produzia apenas caminhões pesados. “Uma década depois, o VM é um sucesso no Brasil e na América Latina e, atualmente, já atinge cerca de 40% das vendas totais da Volvo no País”, afirma Bernardo Fedalto, diretor de Caminhões no Brasil do Grupo Volvo América Latina. A linha VM inaugurou neste segmento o conceito de veículos com cabine mais confortável e motores com potências maiores, além de atributos de segurança e diferentes opcionais. Atualmente a linha VM está em sua 3ª geração. Segundo a montadora, ao ser lançado no mercado em 2003, o VM era o único caminhão brasileiro em sua classe a ter coluna de direção ajustável, prancheta incorporada ao volante, sistema de basculamento hidráulico da cabine, além de opcionais importantes, como imobilizador, climatizador e caixa de câmbio de 9 marchas, além de freios a disco dianteiros, entre outros itens de conforto e segurança. A 46 Divulgação O C MAIS CARRO ELÉTRICO, MAIS CIDADES INTELIGENTES ercado de veículo elétrico evoluiu e pode tornar nossas cidades mais inteligentes O Brasil ocupa hoje uma das mais destacadas posições em relação à preocupação com a “pegada ambiental” – o impacto que toda ação humana deixa no planeta. Entretanto, a diferença entre a preocupação e as ações tomadas para a preservação do meio ambiente ainda é muito grande. Se levarmos em conta que os meios de transporte hoje são responsáveis por aproximadamente 25% da demanda mundial de energia e que ao mesmo tempo contribuem em igual porcentagem pela emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa, percebe-se claramente que as ações que deveriam estar sendo tomadas para minimizar a demanda de energia e a redução da poluição vindas deste setor ainda são muito tímidas. Face à pouca oferta de artigos mais econômicos e menos poluentes, chamados “verdes”, o público consumidor pode apenas opinar e desejar por eles, pois a adoção da tecnologia necessária à produção de produtos mais “limpos” ainda é cara e demanda altos investimentos em infraestrutura de recarga, por exemplo, dependentes de vontade política, além, claro, das dificuldades técnicas. Segundo João Carlos Aderaldo, vice-presidente da Unidade de Negócios Partner da Schneider Electric do Brasil, “enquanto há somente 70 unidades de carros elétricos em circulação em todo o País, a frota motorizada aumentou cerca de 77% nos últimos dez anos nas 12 das principais M Para assegurar a procedência e a originalidade, as caixas possuem exclusivo “Selo Fidelidade Mecânico” e o endereço dos países de origem. Divulgação Dayco em nova embalagem om o objetivo de padronizar mundialmente a comunicação visual da marca, os produtos da Dayco, tradicional fabricante de correias, tensionadores, polias, cabos de ignição e kits de distribuição, ganharam novas embalagens no Brasil e em toda a América Latina. O novo layout faz parte da estratégia mundial do grupo para a padronização da comunicação visual em todos os mercados em que atua. Com o novo layout, as embalagens estão com uma identidade visual que será facilmente reconhecida nas prateleiras do varejo. As tradicionais cores azul e branco informam sobre os produtos – em português e espanhol –, além de fornecer orientações sobre as respectivas aplicações. Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r metrópoles brasileiras. Esse quadro preocupa ainda mais quando lembramos que a demanda de energia deve dobrar até 2050, enquanto as emissões de dióxido de carbono precisam cair pela metade”. Os veículos elétricos mais econômicos, e ambientalmente mais amigáveis do que os tradicionais, oferecem uma alternativa promissora para o setor de transportes do futuro. Para o sucesso deste segmento, será necessário investir ainda mais na estabilidade do sistema e na diminuição de custos com energia. Aderaldo informa também que até 2015 cerca de 2,7 milhões de veículos elétricos ganharão as ruas no mundo todo. Um mercado promissor! Tudo indica que, além de políticas e incentivos públicos, falta hoje informação ao consumidor, que certamente tem interesse em tornar a mobilidade urbana das nossas metrópoles mais inteligente e sustentável, o que contribuirá significativamente para a qualidade de vida dos cidadãos. 47 Flash O VINHEDO GANHA NOVA PLANTA DA OMRON Omron Componentes Automotivos inaugurou dia 24 de maio sua nova planta industrial na cidade de Vinhedo, no interior paulista. A nova fábrica, que recebeu investimentos de R$ 21 milhões, tem 7 mil m² de área construída, num terreno de 14 mil m², 400 colaboradores e capacidade produtiva de 13,7 milhões de componentes automotivos/ano, e continuará a produzir na nova planta toda a linha de eletrônica embarcada, interruptores e controladores de ar-condicionado, em substituição à fabrica localizada em Itapevi, desativada em dezembro de 2012. “A inauguração da nova fábrica de Vinhedo é um marco muito importante, uma vez que alinha a subsidiária brasileira com o padrão mundial da Omron. A nova unidade de Vinhedo espelha o modelo das demais plantas da Omron ao redor do mundo e nos habilita a fornecer produtos da mais alta qualidade e tecnologia para todos os grandes clientes do setor automotivo”, diz Carlos Storniolo, diretor geral da Omron Componentes Automotivos no Brasil. A Produtos e Aplicações Dentre os produtos produzidos pela Omron estão painel de comando de ar, produtos de radiofrequência, inter- 48 nal, o executivo Miguel Vallejo assume as responsabilidades de Manufatura da montadora no México. Os vice-presidentes e board members da MAN Latin America Marcos Forgioni (Vendas e Marketing Internacional) e Helmut Huemmerich (Finanças) atuam como conselheiros em suas respectivas áreas. Divulgação MAN Latin America compõe primeiro board internacional brasileiro Roberto Cortes será o novo presidente e CEO da MAN Truck & Bus Mexico, companhia da MAN Latin America, responsável pela fabricação, importação e comercialização dos caminhões e ônibus Volkswagen e MAN no México. O board da MAN Truck & Bus Mexico é composto por dois novos executivos vice-presidentes que atuam no Conselho de Administração. Também fazem parte desse grupo os executivos mexicanos Eric Merckel, diretor-geral da MAN Truck & Bus Mexico; Ricardo Melésio, novo diretor Comercial responsável pelas áreas de Vendas, Marketing e Pós-Vendas; e Abelardo Tinoco, que assumiu recentemente a posição de diretor Financeiro da companhia. Ainda dentro do primeiro board internacio- Divulgação w w w. re v i s t a m e rc a d o a u to m o t i vo. c o m . b r ruptor levanta vidros, interruptor trava porta, interruptores de painel, comando de rádio, comando de espelho elétrico, conjunto porta-interruptores, interruptor de emergência e módulos eletrônicos. Pertencente ao Grupo Omron, multinacional japonesa com sede em Kyoto, atuante em diversos segmentos e com faturamento global na ordem de US$ 7,8 bilhões/ano, a subsidiária brasileira já esporta para Argentina, África do Sul e Turquia no modelo Global Source e prepara-se para ingressar em breve em outros mercados. A estratégia da empresa é de triplicar, até 2020, o faturamento da empresa quando deverá atingir R$ 220 milhões, diversificando a base de clientes, introduzindo novas tecnologias e produtos e expandindo a atuação na América Latina. Faça revisões em seu veículo regularmente.
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