3 - gbecam
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REVISTA GBECAM "OP***ŔO¶NFSP vTFNFTUSF Panorama Confira os principais destaques da 7a Conferência Brasileira de Câncer de Mama Mais GBECAM Uma atualização sobre as atividades e as novidades do GBECAM Ponto de vista Artigos de autores brasileiros em instituições nacionais na literatura do câncer de mama Pesquisa clínica Artigos de autores brasileiros em instituições nacionais na literatura do câncer de mama Diálogo Pesquisa sobre produção científica e endpoints em câncer de mama Dica de livro Tudo o que você sempre quis saber sobre o câncer de mama 6 14761 Rev GBECAM 6.indd 1 21/04/2013 19:46:07 conexões C M Y CM MY Quando a ciência e a paixão se conectam, a inovação acontece. CY MY K A conexão com pessoas dentro e fora da of Novartis nos permite explorar o desenvolvimento de biomarcadores e terapias personalizadas. Estas conexões aceleram o desenvolvimento de medicamentos com potencial para beneficiar um maior número de pacientes. Juntos, nós descobrimos medicamentos inovadores que transformam a maneira como as pessoas vivem com câncer e outras doenças raras. Produzido em Jan/13 Conecte-se conosco [email protected] 0800 888 3003 (ramal 3) www.responde.novartis.com.br 14761 Rev GBECAM 6.indd 2 21/04/2013 19:46:08 Tempo de aprender Editorial A evidência nossa de cada dia E N H m mama. Sabemos quede não é tarefa simples os um dias modelo 1o e 2 suís tica de pacientes câncer de mama em de bademedicina março sedia28 instituições de saúde, e privadas, em diante do dinamismo da públicas especialidade, no Brasil encontro em Gramado, sintonizados á controvérsias seadoemem mos SãoevidênPaulo onze estados do País, que incluiu 4.912 paciene no mundo. com a missão de traduzir os novos sobre diferentes cias, continuamos (Auditório Moisea tes que foram diagnosticadas doisabordaperíoedição, trazemos as em novas conhecimentos e incorporá-los perabordagens relacio- Nesta alimentar grandes Safra, Hospital Aldos, 2001 (45%) e 2006 (55%). E a Dra. Maria Del em câncer àde prática mama naclínica visão manentemente nadas ao câncer gens de cirúrgicas dúvidas e a aprobert Einstein) 7ª Pilar Estevez Diz, que é coordenadora médica de Monica Morrow, do Memorial Sloan-Kettecotidiana. mama, desde o manejo da doença mover debates acalorados, que de apontam Conferência Brasileira de Câncer Mama, falta um de Oncologia Clínica e diretora médica do Instiabordamos tamavançada até o papel preditivoring e CancerNesta Center,edição, que dispensa maiores aprede consenso tornoo mais de muitas questões evento que seem tornou importante da tuto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), bém panorama do câncer de prognóstico da linfadenectomia. sentações. Na Emotempos de tentativa de alguma importantes. E país. é exatamente essa pluralidade área em nosso apresentou o Comitê Estadual de Referência em mama no Brasil, com destaque para cirurgia oncológica, consolidam-se seletividade terapêutica, Karen Gelmon nos queFoi fortalece prática cotidiana. uma honranossa contar com a presença de Oncologia do Estado de São Paulo, que visa a impacto damolecular incorporação do trasas evidências em favor da mastectofalou dao classificação câncer de Aprendemosilustres uns com os outros, mediadosViale, pelo palestrantes como o Dr. Giuseppe promoção e proteção da saúde,nodiagnóstico tuzumabe, a primeira mia com preservação do complexo droga-alvo na mama, enquanto especialistas da expressão de mundo, como há tempos nos ensinou Paulo professor de Patologia da Universidade de Milão, precoce, cuidados paliativos e assistência aos mamiloareolar, mas a técnica conesfera do Sistema Único de Saúde, e Ana Maria com Angulo e José ajudaram defensorBuchholz, incansável da velha ideiada deUnique oFreire, Dr. Thomas radioterapeuta pacientes câncer deBarreto mama.nos Acompanhe tinua provocando debates acaloa aquisição de 80 novos aceleradoé mesmo do a união fortalece. a entender papel daPanorama mTOR e suas fronteiras versidade Texas,que MDnos Anderson Cancer Cenos highlightsona seção rados. Entre os radioterapeutas, a dis- res lineares para os serviços públicos ter, em Houston, a Dra. Kelly Hunt, na cirurgiã de Outro ponto da Conferência foi brinda a CeDe mais esse encontro, o sexto trajetória promissoras. Joséalto Bines, do Inca, nos cussão em torno da radioterapia pardo país. mama desta mesma instituição, e que o Dr.positivo, Fabrice rimônia de Premiação da segunda ediçãoartido do GBECAM, fica o saldo mais com a compilação e a análise dos últimos A revista institucional do GBECAM cial acelerada, a radioterapia hipofraAndre, professor-associado do Departamento Prêmio Roche em Câncer de Mama. nesse Neste perano com a certeza de que esses dois dias de intengos brasileiros, sempre bem-vindas também traz neste número a particicionada e a irradiação convencional de Oncologia Médica, Institut Gustave-Roussy, foram selecionados 13 trabalhos finalistas dos so debate nosde fazem mais diligentes em tema manente esforço atualização. pação dededezenas de especialistas todaainda a mama não é o único Villejuif, França. Sem falar dos não menos imquais quatro saíram vencedores. Agradecemos a nossa prática a médica. pela frente desafios, expres-o nacionais quegrandes ajudam a difundir dividir a opinião dos especialistas. Temos portantes colegas brasileiros Dr. José Bines, Dr. todos os participantes e parabenizamos os que da artedonacâncer prevenção, diagEsses e muitos outros debates Tivemos nessa excelente 6a Conferência sos pelaestado alta incidência de mama no Pedro Liedke, Dra. Maria Del Pilar, Dr. Everardo receberam o prêmio. nóstico tratamento do avançados. câncer de aqueceram a programação da 7ª ediBrasileira de Câncer de Mama – Enfoque San Brasil, muitos dosecasos em estádios Saad, Dr. Antonio Frasson, Dr. Carlos Barrios e Em 2013 nós completamos oito anos de debatendo os principais do Câncerde decontribuir Mama –para Gramado, Antonio 2011 ção a oportunidade Mudar mama, esse panorama é também missão esde Dra. Cláudia Vasconcellos (que trabalhou arduaexistência como Grupo Brasileiro de Estudos tudos e os mais recentes avanços da em mais um encontro repleto de a atualização de nossos profissionais, partilhantodos nós, comprometidos em aprender semmente na organização deste evento). do Câncer de Mama (GBECAM), com inúmeros especialidade controvérsias. O que se extrai dessa no Brasil e no mundo. do aNeste experiência alguns dos mais importantes pre – e cada vez frente. melhor! ano asde apresentações foram estrutudesafios à nossa Eu não vou me deter a experiência reforça o compromisso nomes da oncologia internacional. Especialistas Com mais este revista GBECAM, radas em cinco sessões, que enfocaram o cântudo o que foi feitonúmero no anoda passado e ao que com a atualização médica e amplia Boa leitura brasileiros de triplo diferentes áreasa também tiveram publicação institucional do Grupo Brasileiro de cer de mama negativo, terapia endócripretendemos fazer a partir de agora, mas as- a crença na pesquisa translacional na, a doença HER2, o tratamento neoadjuvante, seguro nossodeixamos compromisso papel de protagonismo, revelando nossa qualiEstudosque do manteremos Câncer de Mama, aqui para fortalecer a aquisição de eviodade papel patologista, ocom enfoque do cirurgião, a com o estudo e comcontribuição. a inovação, sempre com e ado visão alinhada o trabalho multidisum pouco da nossa dências. Sergio D. Simon radioterapia a doença metastática. ética e responsabilidade. ciplinar, queecada vez mais faz toda aodiferença Aqui, trazemos saldo dessa Editor clínico Além das apresentações habituais, tivemos na abordagem do câncer de mama. programação científica, com a pro- A todos, uma boa leitura! discussões de casos, momentos que promovem Aliás, trazer novidades sido nossa posta de reunirtem o melhor de mais um Desejo a todos uma boa leitura. uma importante interação com os presentes, e marca registrada. Não é de hoje que o GBECAM duas aulas especiais. Dr. Pedro Liedke expôs os está comprometido com a excelência e se Sergio D. Simon desfechos preliminares do Projeto AMAZONA, mantém atento às últimas pesquisas científicas Sergioclínico D. Simon um amplo levantamento retrospectivo de caEditor e aos avanços no panorama do câncer de Editor clínico GBECAM - Grupo Brasileiro de Estudos- do Câncer de Mama GBECAM Grupo Brasileiro Tel.: (11) 2679-6093 de Estudos do Câncer de Mama E-mail: Tel.: (11)[email protected] 2679-6093 Site: www.gbecam.org.br E-mail: [email protected] Site: www.gbecam.org.br Conselho editorial Conselho editorial Sergio D. Simon Editor clínico D. Simon Sergio Editor clínico José Bines Diretor científico José Bines Diretor científico Carlos Barrios Diretor deBarrios relações internacionais Carlos Diretor de relações internacionais Cláudia Vasconcelos Coordenadora executiva Cláudia Vasconcelos Coordenadora executiva >> SUMÁRIO >> SUMÁRIO SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque de Mama –Confira Gramado no47 Câncer Panorama Confira ospasso prino cipais destaques da 7a Conferência Brasileira a passo a 6a Conferência Brasileira de Câncer de Mama Câncer de Mama – Enfoque 17de Ponto de vista Uma seleção e San Antonio análise dos principais estudos de câncer mamaGBECAM no mundo Uma atuali16deMais zação sobre asde atividades e as novi12 Ponto vista Uma seledades do GBECAM ção e análise dos principais estudos 27 Pesquisa clínica Artigos de de câncer de mama no mundo autores brasileiros em instituições nacionais na literatura do Uma câncer de 18 Ponto de vista seleção análise dosclínica principais estudos mama 19 ePesquisa Artigos de de câncerbrasileiros de mama em no mundo autores instituições nacionais na literatura do câncer de 30 Mais GBECAM Uma atualizamama 26 Pesquisa clínica Artigos ção sobre as atividades e as novidades de autores brasileiros em insti tuido GBECAM ções na literatura doatua cân-22 nacionais Mais GBECAM Uma cer de mama lização sobre as atividades e as novi32 Diálogo Sergio Simon, dades do GBECAM Diretor-presidente do GBECAM, destaDiálogode uma Pesquisa sobre ca30 a necessidade nova agenda produção científica e endpoints em brasileira para oncológica 25a atenção Diálogo Conceição Accetturi, câncer de mama presidente da SBPPC, fala da regulamentação ética da pesquisa clínica 37 Encontro 7o Câncer de Mama – no Brasil 34 Dica de livro Tudo o que Gramado: intercâmbio científico, você sempre quis saber sobre o pessoal e social câncer de mama 29 Encontro 6a Conferência Brasileira de Câncer de Mama: intercâm38 Giro De tudo um pouco: bio científico, pessoal e social iniciativas, prêmios, dicas de leitura 31 Giro De tudo um pouco: iniciativas, prêmios, dicas de leitura A Revista GBECAM é uma Tiragem: 4 mil exemplares publicação semestral do Grupo Impressão: Gráfica Eskenazi GBECAM é uma exemplares A Revista Tiragem: 3 mil Brasileiro de Estudos do Câncer do Grupo (FALTA) publicação semestral Impressão: Ipsis Gráfica e Editora produção: de Mama e é distribuída Brasileiro de Estudos do Câncer Edição eProjeto gráfico da capa: Iaso Editora gratuitamente membros, Edição e produção: é distribuída de Mamaaeseus além de profissionaisa eseus instituições Edição e produção: membros, gratuitamente envolvidos de câncer profissionais e instituições além na de área de mama. A reprodução de câncer envolvidos na área parcial ou total seus artigos é proibida. A reprodução parcial Publisher: Simone Simon dede mama. Ruaresponsável: Anseriz, 27, Campo Belo Av. Vereador JoséValéria Diniz, Hartt 3.720(MTb - cj.24.849) 406 ou total de seus artigos é proibida. proibida.Jornalista 04618-050 – São Paulo,Azman SP Assistente editorial: Sergio Campo Belo – 04604-007 Fone: 11 3093-3300 DireçãoSão de arte: PauloIone – SPFranco www.segmentofarma.com.br Tels.: SPTel.: (11) (11) 2478-6985 / RJ/ (21) 3798-1437 ISSN 2236-7039 2478-6985 2478-6941 ISSN 2236-7039 [email protected] E-mail: [email protected] Cód. da publicação: 14761.04.2013 Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 3 3 21/04/2013 19:46:11 >> panorama >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado 7 Conferência Brasileira de Câncer de Mama a de vista Uma seleção e 17 Ponto zados novos s perlínica análise dos principais estudos de câncer de mama no mundo tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27 Pesquisa clínica Artigos de autores brasileiros em instituições nacionais na literatura do câncer de mama SESSÃO 1 Coordenador: Dr. Max Mano 30 Mais GBECAM Uma atualizadaas imunoistoquímica na classificação de subtipos moleçãoPapel sobre atividades e as novidades doculares GBECAMde câncer de mama com especial atenção ao câncer de mama triplo negativo ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. Dr. Giuseppe Viale — Diretor da Divisão de Anatomia Patológica 32doDiálogo Sergio de Simon, Instituto Europeu Oncologia Diretor-presidente do GBECAM, destaca a necessidade umadeve novaser agenda câncer de de mama classificado, pois é uma doença heterogênea, com brasileira suas características histológicas, biolópara a atenção oncológica O gicas, seus desfechos clínicos e sua responsividade às diferentes abordagens terapêuticas. 37 Encontro 7 o Câncer de Mama – A classificação ideal deve ser clinicamente útil, com valor Gramado: intercâmbio científico, prognóstico e preditivo, cientificamente precisa, aplicável (fácil de pessoal e social se ensinar e de se aprender), acessível (em termos financeiros e de recursos), e reproduzível. 38 Giro De tudo um deve pouco: A mesma doença ser denominada da mesma forma em iniciativas, todos osprêmios, locais do dicas país ede doleitura mundo. Edição e produção: 4 cações que na análise molecular. No ano de 2011, o Consenso de St. Gallen estabeleceu que para propósitos práticos o subtipo do tumor poderia ser verificado por testes não genéticos para RE, PgR, HER2 e Ki67, com a anuência de 82% dos presentes. Até o presente momento ainda não foi desenvolvida nenhuma classificação que, individualmente, seja perfeita no câncer de mama, embora haja muito entusiasmo com os novos testes. Dados clínicos, morfológicos, imunoistouquímicos e moleculares devem ser integrados em um único esquema de classificação para se obterem prognóstico e valor preditivo definitivos. Câncer de mama triplo negativo: desafios e novos direcionamentos Dr. Fabrice André — Professor-associado do Departamento de Oncologia Médica, Institut Gustave-Roussy, Villejuif, França Terapias-alvo A classificação molecular do câncer de mama é proveniente de uma análise não supervisionada de padrões da expressão gênica global que revelam subtipos do câncer de mama distintos e moleculares (aproximadamente 500 genes). A partir de então a identificação de alguns tumores foi possível, como os receptores de estrogênio (RE) Tiragem: 4 mil exemplares positivo, subtipo luminal A, luminal B, luminal C (que praticamente deImpressão: Gráfica Eskenazi sapareceu). Alguns tumores são caracterizados pela expressão de RE. ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. grupos e evitar as extensas análises gênicas e ter as mesmas indi- 0MBQBSJCF O olaparibe é um inibidor da QPMJ (ADP-ribose) polimerase (PARP) que foi testado em pacientes que apresentavam mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2 em câncer de mama avançado. Em um estudo1 de fase II, esse fármaco demonstrou 40% de resposta objetiva nas pacientes com mutações BRCA1/BRCA2, quando administrado como agente único, duas vezes ao dia A classificação molecular possui algumas limitações. Por exemplo, ela inclui tumores de valores prognósticos diferentes na mesma categoria. Existem também questões de acessibilidade. Não é possível realizar a análise de quase 500 genes toda vez que Publisher: Simone Simon Jornalista responsável: Valéria (MTb 24.849) for preciso classificar umHartt câncer de mama (considerando que um Assistente editorial: Sergio Azman patologista analisa, em média, 15 por dia). Direção de arte: Ione Franco (400 mg). Contudo, esse resultado não se repetiu em um estu- Tels.:Para SP (11)resolver 2478-6985 / RJvieses (21) 3798-1437 tais na classificação, foram desenvolvidos maco está sendo retomado com foco naquelas com mutações substitutos capazes de identificar possivelmente os mesmos sub- BRCA1/BRCA2. Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 4 Revista GBECAM do americano realizado posteriormente, no qual não se obteve resposta objetiva com o fármaco. Portanto, o inibidor de PARP olaparibe demonstrou uma elevada eficácia inicial, mas que não foi subsequentemente validada. Como algumas pacientes responderam muito bem a ele, o desenvolvimento desse fár- 3 21/04/2013 19:46:12 A evidência nossa de cada dia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado somente uma redução proporcional de 35% no risco com essa *OJCJEPSFTEPGBUPSEFDSFTDJNFOUPFOEPUFMJBMWBTDVMBS7&(' encontro em Gramado, sintonizados á controvérsias modalidade de tratamento. bevacizumabe (BEV) demonstrou sua eficácia na sobrevida com a missão de traduzir os novos sobre diferentes livre de progressão (SLP) em pacientes com câncer de mama A doença ER- é tanto prognóstica, indicando um risco Uma selesupeção e conhecimentos e incorporá-los perabordagens relaciometastático, porém não demonstrou até o momento qualquer rior, quanto preditiva, o que significa um benefício inferior.de cânanálise dos principais estudos manentemente à prática clínica nadas ao câncer de vantagem em termos de sobrevida global. cer de mama no mundo cotidiana. mama, desde o manejo da doença Pacientes com câncer de mama triplo negativo devem ser subNesta edição, abordamos tamavançada até o de papel preditivo e No contexto do câncer mama triplo negativo, tem-se metidas mastectomia? 2 bém o panorama do àcâncer de prognóstico da linfadenectomia. Na uma metanálise apresentada pela Dra. Joyce O’Shaughnessy, no 2 Artigos no de canadense (não randomizado) publicado Um estudo mama no Brasil, com destaque para cirurgia oncológica, consolidam-se ASCO, em 2010, sobre estudos randomizados avaliando o BEV em autores brasileiros instituições o impacto da incorporação do trasas evidências em favor da mastectoJournal of Clinical Oncology , em 2011, analisouem especificamencâncer de mama metastático. tuzumabe, a primeira mia com preservação do complexo droga-alvo na nacionais na literatura do de te pacientes com doença triplo-negativa no estágio câncer inicial. As Nos estudos com câncermas de mama triplo connegativo,esfera não consta mamiloareolar, a técnica do Sistema Único de Saúde, e mama pacientes poderiam ser submetidas à cirurgia conservadora da a sensibilidade específica ao BEV.debates O hazardacaloratio foi adeaquisição 0,63 parade 80 novos aceleradotinua provocando mama ou à mastectomia. Os autores demonstraram que a cirurpacientes com câncer triplo negativo parapara os serviços públicos rados. Entrede os mama radioterapeutas, a dis- e de res 0,64 lineares gia conservadora teve uma taxa de recidiva locorregional inferior cussão aem torno da do eficaz país. em as que não tinham doença. Issoradioterapia indica queparo BEV foi Uma atualizae melhordo sobrevida do que na mastectomia. Sem a radioteA revista institucional GBECAMglobalção acelerada, a radioterapia oferecer SLP cial independentemente do tipo hipofrade câncer. sobre as atividades e as novidades rapia, quando a mastectomia é a técnica de escolha para a doentambém traz neste número a particicionada e a irradiação convencional Ao se analisar a sobrevida global, não existe evidência de que do GBECAM ça linfonodo-negativa, pação de dezenas de especialistas o desfecho é pior. de toda a mama não é o único tema esse fármaco tenha vantagem superior para pacientes com cânnacionais que ajudam a difundir o a dividir a opinião dos especialistas. cer de mama triplo negativo. Estão surgindo alguns biomarcadoestado da arte na prevenção, diag- da doença triplo-negativa Esses e muitos outros debates Subtipos específicos Sergio Simon, res sugerindoaqueceram que o BEVaseria altamenteda eficaz em pacientes nóstico eque tratamento do câncer de programação 7ª ediExistem determinados subtipos da doença triplo-negativa Diretor-presidente do GBECAM, destaapresentam altos níveis de VEGF sérico. ção do Câncer de Mama – Gramado, mama, debatendo os principais esque auxiliam no direcionamento do tratamento. São eles: aqueca a necessidade de uma nova agenda tudos equanos mais recentes avanços da em mais um encontro repleto são de eficazes As terapias-alvo olaparibe e bevacizumabe les que respondem muito bem, como o medular (BRCA1), carpara a atenção oncológica brasileira especialidade controvérsias. O que se extrai dessa no Brasil e no mundo. do focadas em subgrupos de pacientes com câncer de mama cinoma adenoide cístico, carcinoma de células escamosas. Já experiência reforça o compromisso triplo negativo. A questão é como identificar e validar esses biocom a atualização médica e amplia Boa leitura outros tipos, como carcinoma metaplástico, angiosarcoma, carmarcadores preditivos. cinoma sarcomatoide, respondem de forma insatisfatória à ra-– 7o Câncer de Mama a crença na pesquisa translacional para fortalecer a aquisição de evidioterapia. Uma maneira de identificar quais subtipos respondeGramado: intercâmbio científico, Referências dências. D. Simon riam satisfatoriamente à pessoal radioterapia é observando sua resposta 1. Tutt A, Robson M, Garber JE, Domchek SM, Audeh MW, Weitzel JN,Sergio et al. Oral e social poly(ADP-ribose) polymerase inhibitor olaparib in patients with BRCA1Editor or BRCA2 Aqui, trazemos o saldo dessa clínico à quimioterapia. mutations and programação advanced breast científica, cancer: a proof-of-concept com a pro- trial. Lancet. 2010 24;376(9737):235-44. É preciso estabelecer novas estratégias de tratamento para as posta de reunir o melhor de mais um De tudo um pouco: 2. O’Shaughnessy J, Romieu G, Diéras V, Byrtek M, Duenne A-A, Miles D. Meta-Analypacientes com câncer de mama triplo negativo. Algumas opções sis of Patients with Triple-Negative Breast Cancer (TNBC) from Three Randomized iniciativas, prêmios, dicas de leitura são quimioterapias simultâneas, novas estratégias de radioterapia Trials of First-Line Bevacizumab (BV) and Chemotherapy Treatment for Metastatic Breast Cancer (MBC). ASCO 2010. Abstract # 1005. que estão sendo estudadas (inibidor da PARP veliparibe + radiote- H O 17 Ponto de vista 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM 32 Diálogo 37 Encontro 38 Giro rapia para câncer de mama inflamatório ou recidivante). Também é preciso fazer avaliações de fenótipos na doença triplo-negativa Dr. Thomas Buchholz — Reitor e vice-presidente executivo interino, para auxiliar a identificar quais são sensíveis à radiação e quais são Universidade do Texas, MD Anderson Cancer Center, Houston, Texas resistentes. O câncer de mama é uma doença heterogênea, e a Conselho editorial A Revista GBECAM é uma Tiragem: 4 mil exemplares maioria dos subtipos bem aos tratamentos. Para aqueles publicação semestral do Gruporesponde Impressão: Gráfica Eskenazi de Estudos do Cânceré preciso focar em novas abordagens. a Oxford metanálise1, foram incluídos Sergio estudos D. Simon randomizados Brasileiro que não respondem, Edição e produção: Editor clínico em que as pacientes foram submetidas à lumpectomia com ou de Mama e é distribuída gratuitamente a seus membros, Referências sem radioterapia após cirurgia conservadora da mama. No geral, o além de profissionais e instituições José Bines 1. Early Breast Cancer Trialists’ Collaborative Group (EBCTCG), Darby S, McGale P, na área de câncer risco de recidiva em um período de dez anos é relativamente mo- envolvidos Diretor científico Correa C, Taylor C, Arriagada R, et al. Effect of radiotherapy after breast-conserA reprodução parcial derado, mas significativamente reduzido e gira em torno de 15% a de mama. ving surgery on 10-year recurrence and 15-year breast cancer death: meta-analyGBECAM - Grupo Brasileiro Carlos Barrios Publisher: Simone Simon ou total de seus artigos é proibida. sis of individual patient data for 10,801 women in 17 randomised trials. Lancet. 30% entre o grupo não tratado No grupo que recede Estudos do Câncer de Mamacom radioterapia. Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Diretor de relações internacionais 2011;12;378(9804):1707-16. Assistente editorial: Sergio Azman Tel.: (11) 2679-6093 beu a radioterapia houve uma redução proporcional de 60% no risco. 2. Abdulkarim BS, Cuartero J, Hanson J, Deschênes J, Lesniak D, Sabri S. Increased Radioterapia e subtipos moleculares do câncer de mama N E-mail: [email protected] Cláudia Vasconcelos Direção de arte: Ione Franco risk of locoregional recurrence for women with T1-2N0 triple-negative breast cancer Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 2236-7039 www.gbecam.org.br NoSite: câncer de mama receptor deCoordenadora estrogênioexecutiva negativo, o ris- ISSN treated with modified radical mastectomy without adjuvant radiation therapy comco global de recidiva foi de 30% a 60% sem radioterapia e houve pared with breast-conserving therapy. J Clin Oncol. 2011;20;29(21):2852-8. Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 5 5 3 21/04/2013 19:46:13 >> panorama >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado SESSÃO 2 zados novos s perlínica Dra. Daniela Rosa 17 Coordenadora: Ponto de vista Uma seleção e análise dos principais estudos de cânLidando com a resistência à terapia endócrina: novas opções cer de mama no mundo Dr. Fabrice André — Professor-associado do Departamento de Oncologia Médica, Institut Gustave-Roussy, Villejuif, França tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27 Pesquisa clínica M Artigos de se discute em sobre comoções reverter a resistência à terapia autoresuito brasileiros institui endócrina utilizando-se terapia-alvo. Três estudos randominacionais na literatura do câncer de zados relatam dados consistentes demonstrando que o everolimo mama melhorou de forma significativa o desfecho e a eficácia quando incluído à terapia endócrina. 30 Mais GBECAM Uma atualizaO primeiro deles, feito no cenário neoadjuvante, incluiu 270 1 ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. ção sobre as atividades e as novidades pacientes, relatou uma resposta elevada no ki67. Esse estudo dogerou GBECAM a hipótese de que o everolimo reverte a resistência à terapia endócrina. , o tamoxifeno foi comparado, associado No estudoSergio TAMRAD 32 Diálogo Simon, 2 ou não, ao everolimo (n = 111,destasendo TAM: 57, EVE + TAM: 54). Diretor-presidente do GBECAM, autores relataram quenova o usoagenda de everolimo tendeu a um melhor ca Os a necessidade de uma desfecho na sobrevida livre de progressão. para a atenção oncológica brasileira O último3 dos três estudos, o BOLERO 2, coordenado pelo Dr. José Baselga, comparou o exemestano mais placebo versus exe7o Câncer de Mama – incluídos 724 pacientes mestano associado ao everolimo. Foram Gramado: intercâmbio científico, provenientes de 189 centros de países diversos. Foi comprovado pessoal socialdeste mTOR, o everolimo, resultou em um aumento que a eadição significativo da sobrevida livre de progressão (SLP) e melhorou a taxa de resposta das pacientes. 37 Encontro 38 Giro De tudo um pouco: Em termos de melhora absoluta, o estudo BOLERO 23 deiniciativas, prêmios, dicas de leitura monstrou que a SLP em pacientes tratados com exemestano + placebo foi de 4,1 meses, enquanto que os do grupo everolimo + exemestano foi de 10,6 meses, ou seja, uma melhora de seis meses com a associação a um inibidor da aromatase. A eficácia do everolimo está no mesmo patamar que os avanços recentes mais proeminentes da oncologia, embora nenhuTiragem: 4 mil exemplares Impressão: Gráfica Eskenazi tenha sido utilizada. Seu nível de eficácia ma seleção molecular em termos de hazard ratio [0,36 (0,27 a 0,470] é comparável ao Edição e produção: gefitinibe, indicado para EGFRmut NSCLC, e ao trastuzumabe (Her2+++ mBC — câncer de mama metastático). Isso sugere que o everolimo melhora o desfecho de SLP e é um dos maiores avanços no tratamento Publisher: Simone Simondo câncer. ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Pode-se concluir que os inibidores de mTOR (em particular, o Assistente editorial: Sergio Azman everolimo) Direção de arte:melhoram Ione Franco o desfecho em pacientes com câncer de Tels.: SP (11) 2478-6985 RJ (21)tratados 3798-1437previamente com terapia endómama metastático/ER+ crina. A compreensão dos mecanismos da resistência ao evero- 6 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 6 Revista GBECAM limo permite futuramente a composição de combinações entre o mTOR e os inibidores de IGF1R, PI3K. Existe uma expectativa de que os inibidores de mTOR sejam avaliados no cenário adjuvante. Dovitinibe Superar a resistência endócrina é um desafio no tratamento do câncer de mama receptor hormonal positivo (RH+). Os mecanismos moleculares associados com a resistência endócrina incluem o cross-talk adaptativo entre o receptor de estrogênio e o receptor do fator de crescimento de fibroblasto (FGRF). Mais de 8% das pacientes com câncer de mama RH+/HER2têm amplificação do gene FGFR1, que está associado com a resistência à terapia endócrina. Em modelos pré-clínicos, a resistência à terapia endócrina pode ser superada via inibição do FGR1. O dovitinibe é um potente inibidor oral do receptor das tirosinas quinases, incluindo o receptor de fator de crescimento de fibroblasto (FGFR), receptor do fator de crescimento endotelial vascular (VEGFR) e receptor do fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGFR), que demonstrou atividade antitumoral em pacientes com câncer de mama tratados previamente, com amplificação da via FGF (FGFR1, FGFR2, ou ligante FGF3). Ele pode reverter a resistência à terapia endócrina relacionada à amplificação da via FGF e também inibir a angiogênese, que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do câncer de mama. Um estudo de fase II apresentado no SABCS4, em 2012, teve um desenho interessante (multicêntrico, randomizado e placebo-controlado). As pacientes que apresentavam resistência à terapia endócrina serão incluídas em um dos dois braços: fulvestrano + dovitinibe ou fulvestrano + placebo. Elas serão estratificadas de acordo com a amplificação gênica do FGF por reação de cadeia da polimerase quantitativa (qPCR). O desfecho primário é a sobrevida livre de progressão, com avaliações do tumor realizadas na semana 8. Os desfechos secundários incluem taxa de resposta global por RECIST v1.1, duração da resposta, sobrevida global, ECOG performance status e segurança. Por ora, pode-se dizer que o desenvolvimento do FGFR enfrenta alguns desafios considerando que a incidência da amplificação do FGFR1 é rara. Referências 1. Baselga J, Semiglazov V, van Dam P, Manikhas A, Bellet M, Mayordomo J, et al. Phase II randomized study of neoadjuvant everolimus plus letrozole compared with placebo plus letrozole in patients with estrogen receptor-positive breast cancer. J Clin Oncol. 2009;27(16):2630-7. 2. Bachelot T, Bourgier C, Cropet C, Guastalla JP, Ferrero JM, Leger-Falandry C, et al. TAMRAD: A GINECO Randomized Phase II Trial of Everolimus in Combination with Tamoxifen Versus Tamoxifen Alone in Patients (pts) with Hormone-Receptor Positive, HER2 Negative Metastatic Breast Cancer (MBC) with Prior Exposure to Aromatase Inhibitors. SABCS 2010. Abstract # [S1-6] 3. Baselga J. Everolimus in combination with exemestane for postmenopausal women with advanced breast cancer who are refractory to letrozole or anastrozole: results of the BOLERO-2 phase III trial. 2011 European Multidisciplinary Cancer Congress. Presentation of late breaking abstract No. 9LBA. September 26, 2011. 3 21/04/2013 19:46:13 A evidência nossa de cada dia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado tástase em um local, eram mais jovens e apresentavam metástases óssea e hepática com mais frequência. As outras variáveis que ainGramado, sintonizados com a missão de os totalmente novos sobre diferentes da traduzir não foram estudadas são o papel da cirurgia axilar Uma sele çãoee conhecimentos oe papel incorporá-los perabordagens relacioda radioterapia após a ressecção do tumor primário. análise dos principais estudos de cânMastectomia e metastectomia no câncer de mama estágio IV manentemente à prática clínica nadas ao câncer de em Outros estudos prospectivos estão no emmundo andamento nos Escer de mama Dra. Kelly Hunt — Professora Departamento de Cirurgia Oncocotidiana. mama, desde o do manejo da doença tados Unidos e em outros países para responder melhor a essa lógica, Divisão de Cirurgia, do Texas, Nesta edição, abordamos tamavançada até Universidade o papel preditivo e MD Anderson questão. Um deles é o Eastern Cooperative Oncology Group bém o panorama do câncer de prognóstico da linfadenectomia. Na Cancer Center, Houston, Texas 3 Artigos de objetivo primário é avaliar se o tratamento local trial . Seu para mama no Brasil,E2108 com destaque cirurgia oncológica, consolidam-se autores brasileiros em institui ções inicial em tumores intactos, sem progressão, no câno impacto da incorporação do tras-primários, as evidências em favor da mastectoproximadamente 6% das pacientes nos Estados Unidos terão tuzumabe, a primeira mia com preservação do complexo na literatura do câncer de cer dedroga-alvo mama em na estágionacionais IV resultarão em sobrevida prolongada câncer de mama em estágio IV e nos países subdesenvolvidos mamiloareolar, mas a técnica conesfera do Sistema Único de Saúde, e comparado ao tratamento local somente para paliação. Em resumama esse índice pode subir para 20%. O Instituto Nacional do Câncer dos tinua provocando debates acaloa aquisição de 80 aceleradomo,novos o tratamento do tumor primário em pacientes com câncer Estados Unidos divulgou comunicado ema2011 que apara os serviços públicos rados. Entre um os radioterapeutas, dis- atestando res lineares de mama em estágio IV pode paliar os sintomas e reduzir potencirurgia podecussão ser mais indicada em pacientes selecionadas com em torno da radioterapia pardo país. doUma atualizacialmente a fonte que alimenta continuamente a doença metasença metastática, exemplos incluem mastectomias eminstitucional do GBECAM A revista cial acelerada, a radioterapia hipofra-para paliação ção sobre as atividades e as jánovidades tática. A participação em estudos clínicos é importante que não função de tumores malignos ou dolorosos e aqueles com metástase também traz neste número a particicionada e a irradiação convencional existem dados oriundos do deGBECAM estudos randomizados disponíveis pação de dezenas de especialistas de toda a mamacom não compressão é o único tema parenquimatosa ou vertebral da medula espinhal, para responder definitivamente a essa questão. No caso em que que ajudam a difundir o a dividir a opinião dos especialistas. metástases pulmonares isoladas, efusões patológicasnacionais (ou fraturas a cirurgia é utilizada nesse contexto, é importante seguir o trataestado da arte na prevenção, diagEsses e muitos outros debates iminentes) ou efusões pleurais ou pericárdicas. Ao longo das últimas Sergio Simon, mento locorregional completo com intenção terapêutica/curativa nóstico e tratamento do câncer de aqueceram a programação da 7ª edidécadas, as taxas de sobrevida nas pacientes com doença metastáDiretor-presidente doda GBECAM, destaoso principais es- a paciente de evidências ção do Câncer de Mama – Gramado, mama, debatendo com intuito de livrar doença. tica têm aumentado. A questão é: quais pacientes se beneficiariam ca a necessidade de uma nova agenda tudos e os mais recentes avanços da em mais um encontro repleto de da cirurgia e qual deve ser a sequência apropriada de tratamentos? para a atenção oncológica brasileira especialidade noReferências controvérsias. O que se extrai dessa Brasil e no mundo. 1. Khan SA, Stewart AK, Morrow M. Does aggressive local therapy improve survival in experiência reforça o compromisso Diversos estudos já foram conduzidos com outros tipos de metastatic breast cancer? Surgery. 2002;132:620-7. com oa colorretal, atualizaçãoo câncer médicade e amplia leitura câncer, incluindo célula renal e Boa o câncer 2. Babiera GV, Rao R, Feng L, Meric-Bernstam F, Kuerer HM,o Singletary E, Hunt KK, et Câncer Mama a crença naque pesquisa translacional al. Effect of Primary Tumor Extirpation in Breast Cancer 7 Patients Whode Present With– gástrico, demonstrando a terapia agressiva local pode meStage IV Disease and an Intact Primary Tumor. intercâmbio Ann Surg Oncol.científico, 2006;13(6):776-82. para fortalecer a aquisição de eviGramado: lhorar a sobrevida em pacientes com doença metastática para 3. Eastern Cooperative Oncology Group E2108 trial. A Randomized Phase III Trial of dências. Sergio D. Simon pessoal e social outros órgãos. the Value Of Early Local Therapy for the Intact Primary Tumor in Patients with MeAqui, trazemos o saldo dessa Editor clínico tastatic Breast Cancer. Disponível em: www.cancer.gov/clinicaltrials/search/view?ver No câncer de mama alguns estudos retrospectivos demonstraprogramação científica, com a prosion=patient&cdrid=688097 ram sobrevida melhorada quando o tumor primário foi removido posta de reunir o melhor de mais um De tudo um pouco: na doença metastática. O primeiro deles foi publicado por Khan et iniciativas, prêmios, dicas de leitura Apresentação especial al.1, em 2002. Eles utilizaram o banco de dados do National Cancer Coordenadora: Dra. Daniela Rosa Database para estudar os desfechos no câncer de mama em pacientes com doença metastática e descobriram que houve uma Projeto AMAZONA: desfechos clínicos de pacientes públicos melhora observada em três anos nas pacientes que tiveram o tumor e privados primário removido comparadas àquelas que não foram operadas. Dr. Pedro E. éR.uma Liedke — Membro Grupo Brasileiro de Estudos A avaliação da margem foi uma importante variável e aquelas paConselho editorial A Revista GBECAM Tiragem:do 4 mil exemplares 4. Andre F, Greil R, Denduluri N, Barrios C, Campone M, Cortes J, et al. Dovitinib (TKI258) or Placebo in Combination with Fulvestrant in Postmenopausal, Endocrine-Resistant encontro em á controvérsias HER2–/HR+ Breast Cancer: A Phase II Study. SABCS 2012. Abstract # OT2-2-03. H 17 Ponto de vista 27 Pesquisa clínica A 30 Mais GBECAM 32 Diálogo 37 Encontro 38 Giro cientes com margens cirúrgicas livres tiveram melhores desfechos Simonalgumas limitado que as com margens positivas. O Sergio estudoD. teve Editor clínico ções. Uma delas foi que as pacientes com tumores mais indolentes e menor incidência da doença foram asJosé submetidas à cirurgia. Bines Diretor científico Seguindo esse relatório inicial, outros investigadores relataram GBECAM - Grupo Brasileiro um, do MD Carlos Barrios Cancer Center, achados similares incluindo Anderson de Estudos do Câncer 2 de Mama Diretor de relações internacionais feito por Babiera et al. . Eles avaliaram 82 pacientes que foram subTel.: (11) 2679-6093 metidas à intervenção cirúrgica comparadas com 142 Cláudia Vasconcelos mulheres E-mail: [email protected] Coordenadora executiva Site: www.gbecam.org.br tratadas clinicamente e descobriram sobrevida melhor naquelas do grupo cirúrgico. Elas tiveram uma probabilidade maior de ter me- publicação semestral Grupo médico Impressão: Gráfica Eskenazi do Câncer dedoMama, oncologista do Serviço de OncoBrasileiro de Estudos do Câncer logia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Instituto do Edição e produção: de Mama e é distribuída Câncer Mãe demembros, Deus gratuitamente a seus além de profissionais e instituições envolvidos na área de câncer Projeto AMAZONA surgiu como uma iniciativa do Grupo de mama. A reprodução parcial Estudos do Câncer de Simon Mama (GBECAM) para Publisher: Simone ou total deBrasileiro seus artigosde é proibida. Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849)do preencher uma lacuna do conhecimento sobre o tratamento Assistente editorial: Sergio Azman câncer de mama no Brasil. Direção Trata-se de um amplo levantamento de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) ISSN 2236-7039 retrospectivo de casuística de pacientes de câncer de3798-1437 mama em O 28 instituições de saúde, públicas e privadas, em onze estados do Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 7 37 21/04/2013 19:46:13 >> panorama >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado País. Ele incluiu 4.912 pacientes que foram diagnosticadas em dois períodos, 2001 (45%) e 2006 (55%). zados novos s perlínica 17 Ponto deanálise vistainicial, Uma sele ção e Em uma apresentada pelo Dr. Sergio Simon 1 análise dos principais estudos cân, de 2009, observouno San Antonio Breast CancerdeSymposium cer-se deque mama no mundo as pacientes de instituições públicas apresentavam uma sobrevida livre de progressão (SLP) pior do que as pacientes em serviços privados ou filantrópicos (p < 0,001). Isso também foi noArtigos de tado para a sobrevida global (SG, p < 0,001). A partir desses dados, autores brasileiros em instituições decidiu-se fazer uma análise por seguro saúde. tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27 Pesquisa clínica nacionais na literatura do câncer de Dentre as 4.912 pacientes, 2.155 (69%) faziam parte do sistema mama público, 987 do sistema privado (31%). A partir de então foi possível analisar os desfechos com base no tipo de assistência, em um total de 3.142 pacientes.Uma atualiza- 30 Mais GBECAM ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. Na sumarização doseresultados, nota-se que as pacientes atendição sobre as atividades as novidades na rede pública, em relação às da rede privada, apresentam doendodas GBECAM ça mais avançada no diagnóstico, têm maiores taxas de mastectomia e menores índices de cirurgia conservadora da mama. Além disso, 32esseDiálogo Sergio Simon, grupo indica menores taxas de realização de linfonodo sentinela Diretor-presidente do GBECAM, e maiores de esvaziamento axilar.destaca a necessidade de uma nova agenda Pode-se afirmar que as pacientes da rede pública recebem mais para a atenção oncológica brasileira quimioterapia e menos trastuzumabe. Não foi observada diferença entre a oferta de terapia hormonal e radioterapia. A Regressão de Cox que piores desfechos podem ocorrer em função do estádio 37sugere Encontro 7 Câncer de Mama – o avançado ao diagnóstico e não pelo tipo de assistência. Gramado: intercâmbio científico, O estudo pessoal e socialteve algumas limitações. Não foi possível estabelecer o impacto dos diferentes regimes de quimioterapia e hormonoterapia utilizados, algo significativo quando se avalia o tipo de assistência. Os 38centros Giropúblicos De tudoque umenviaram pouco: dados para o estudo são referências iniciativas, dicaspressupõe-se de leitura nacionais.prêmios, Desse modo, que as pacientes estejam re- cebendo o melhor tratamento disponível. Talvez em centros que não sejam referências essa realidade seja diferente. Pôde-se concluir que existe uma importante disparidade no acesso ao diagnóstico precoce entre a saúde pública e a saúde privada e o estudo permitiu quantificar esses dados. A doença mais avançada ao ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Tiragem: 4 mil exemplares diagnóstico parece explicar a pior sobrevida nessa coorte. Impressão: Gráfica Eskenazi Referência Edição e produção: 1. Simon S, Bines J, Barrios C, Nunes J, Gomes E, Pacheco F, et al. Clinical Characteristics and Outcome of Treatment of Brazilian Women with Breast Cancer Treated at Public and Private Institutions – The AMAZONE Project of the Brazilian Breast Cancer Study Group (GBECAM). Cancer Research. 2009;69(24)Suppl 3:SABCS-09-3082. Publisher: Simone Simon Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) O câncer de mama no estado de São Paulo Assistente editorial: Sergio Azman Dra. Maria Del Estevez Diz — Coordenadora médica de OnDireção de arte: IonePilar Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21)médica 3798-1437do Instituto do Câncer do Estado cologia Clínica e diretora de São Paulo (Icesp) 8 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 8 Revista GBECAM O estado de São Paulo possui a terceira maior taxa de incidência de câncer de mama feminino no País, atrás apenas do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul1. Em 2010 a taxa foi de 11,60 para cada 100 mil mulheres2. A distribuição dos centros de tratamento de câncer de mama no estado de São Paulo ainda não é a ideal. Ela não é equilibrada do ponto de vista de localização para acesso aos exames e ao tratamento completo. Diante dessa situação, em 2011 foi criado o Comitê Estadual de Referência em Oncologia do Estado de São Paulo, através da Resolução SS no 91/2011. Ele tem por objetivo estabelecer critérios técnicos e científicos para orientar a rede de atenção oncológica no estado de São Paulo. Para que seja possível mudar o cenário do diagnóstico tardio e melhorá-lo sob o ponto de vista da qualidade, uma questão importante do câncer de mama é referente à prevenção secundária (diagnóstico precoce das lesões da mama). O comitê já tem uma posição em relação a essa questão. Foi definido que a população-alvo de mulheres entre 50 e 69 anos deve passar por um rastreamento sistemático abandonando-se o rastreamento oportunístico. A metodologia que está sendo discutida é a mamografia realizada a cada dois anos e o exame clínico das mamas feito anualmente, respeitando-se todas as indicações de rastreamento diferenciadas (pacientes com risco aumentado devem iniciar o rastreamento aos 35 anos). Uma das grandes preocupações do comitê é em relação às pacientes HER2+. Recentemente o Ministério da Saúde aprovou o uso do trastuzumabe no tratamento neoadjuvante e adjuvante das pacientes com câncer de mama HER2+. Contudo, considerou que seu uso não era eficaz no tratamento da doença metastática desse subgrupo. Por isso, o comitê continua discutindo nas esferas acadêmico-técnico-científicas sobre essa resolução para, quem sabe, mudar o panorama futuramente. Referências 1. Inca. Incidência de câncer no Brasil. Disponível em: www1.inca.gov.br/ estimativa/2012/o. Acessado em: 8 mar. 2013. 2. International Agency for Research on Cancer (Iarc). Disponível em: www.who.int/ ionizing_radiation/pub_meet/en/. Acessado em: 8 mar. 2013. Sessão 3 Coordenador: Dr. Gustavo Werutsky Doença HER2+: desafios para o patologista Dr. Giuseppe Viale — Diretor da Divisão de Anatomia Patológica do Instituto Europeu de Oncologia 3 21/04/2013 19:46:13 A evidência nossa de cada dia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado epois do receptor de estrogênio (RE), o HER2 é o alvo mais Atualização do tratamento dos tumores de mama com supeimportante no tratamento doácâncer de mama. Após mais em de Gramado, encontro sintonizados controvérsias rexpressão do HER2 a missão traduzir novos— Professor-associado do Departamento de diferentes 30 anos, ainda não se sabe definirsobre o câncer de mamacom HER2+ com de Dr. Fabriceos André 17 Ponto de vista Uma seleção e e incorporá-los perabordagens relaciocerteza sob o ponto de vista técnico. No ano de 2013,conhecimentos ainda existe Oncologia Médica, Institutanálise Gustave-Roussy, Villejuif, Françade cândos principais estudos manentemente à prática clínica nadas câncer dede cerca uma taxa de discordância entre os ao patologistas de 15%. cer de mama no mundo cotidiana. desde omais manejo da dos doença Nos estudosmama, internacionais, de 10% casos considerados D H M uito já se questionou sobre se o trastuzumabe deveria ser edição, abordamos tamaté negativos. o papel Existe preditivo positivos são,avançada na realidade, um e número Nesta de recoofertado a pacientes com tumores menores que um centíbém oainda panorama do câncer de damuito linfadenectomia. Na aumenta mendações prognóstico internacionais grande, o que 1 estudos metro. No trabalho Artigos de mama no Brasil, com destaque paraconduzido por Rodriguez , ele reuniu cirurgia oncológica, consolidam-se mais o nível de incerteza entre os patologistas e oncologistas. retrospectivos que avaliaram essa mesma questão. As análises suautores brasileiros em instituições o impacto da incorporação do trasas evidências em favor da mastectogeriram que se o tumor possuir um na tamanho de 5do mmcâncer a 1,0 cm Para exemplificar, possível mencionar uma lista tuzumabe, de questõesa primeira mia comépreservação do complexo droga-alvo na nacionais literatura de ouÚnico que superexpressa 2, esse câncer possui um risco signia técnica conesfera do Sistema de Saúde, e HER controversasmamiloareolar, na avaliação domas HER2: mama tinua provocando debates acaloa aquisição de 80 novosdeaceleradoficativo recidiva. Portanto, a maioria das análises recomenda Ŕ 2VBJTTPPTMJNJUFTSFBJTQBSBVNDODFSEFNBNB)&3 rados. Entre os radioterapeutas, a disres lineares paraoostrastuzumabe serviços públicos como tratamento de escolha para evitar tal fato. Ŕ 0TUVNPSFTNVEBNEFQSJNSJPTQBSBNFUBTUUJDPT cussão em torno da radioterapia pardo país. Uma atualizaEm relação ao esquema de tratamento ideal com o trastuzuŔ "QPMJTTPNJBFYJTUF A revista institucional do GBECAM cial acelerada, a radioterapia hipofração sobre as atividades e as novidades mabe, avalia-se se ele deve ser utilizado de forma concomitante também traz neste número a particicionada e a irradiação convencional Ŕ "SFMB£P)&3$&1DFOUS°NFSPEPDSPNPTTPNP ¥VN do GBECAM ou sequencial à quimioterapia e qual é a duração ideal. pação de dezenas de especialistas a mama não é o único tema parâmetrode detoda pontuação adequado? nacionais que ajudam a difundir o a dividir a opinião dos especialistas. Para responder à primeira dúvida, o estudo de Perez et al.2 analiŔ $PNPMJEBSDPNBIFUFSPHFOFJEBEFJOUSBUVNPSBM estado da arte na prevenção, diag- deveria ser utilizado após a quimioterapia ou Esses e muitos outros debates sou se o trastuzumabe Sergio Simon, No estudo publicado aem 2009 por Marchiò et al.1, nóstico eles analisae tratamento do câncer de sugerem que o uso do trastuzumabe concoaqueceram programação da 7ª edijunto ao taxano. Eles Diretor-presidente do GBECAM, destaram o número 17 nas células tumorais. Dezoito mama, debatendo os principais esçãode docromossomos Câncer de Mama – Gramado, mitantemente ao taxano foi associado à melhora na sobrevida livre ca a necessidade de uma nova agenda tudos e os mais recentes avanços da em mais um encontro randomicamente repleto de casos polissômicos CEP17 selecionados e um grude doença (SLD). Entretanto, ao se analisarem algumas metanálises, para a atenção oncológica brasileira especialidade controvérsias. se extrai dessa CEP17, po controle composto por O dezque casos dissômicos definidos no Brasil e no mundo. a maioria dos estudos que avaliou o trastuzumabe em um esqueexperiência reforça o compromisso por FISH dual color, foram estudados por hibridização genômica a atualização médica e amplia leitura ma sequencial apresentou resultados não significativos ou somente comparativa com por microarray (aCGH), que foi realizada em Boa amostras o fato sugere que o uma pequena redução no risco de recidiva. 7 Tal Câncer de Mama – a crença na pesquisa translacional microdissecadas. O resultado demonstrou talvez uma única exceção trastuzumabe deve ser administrado concomitantemente ao taxano. para fortalecer a aquisição de eviGramado: intercâmbio científico, dentre os casos. Em todos os casos, a polissomia aparente ocorreu dências. Sergio D. Simon pessoal e social em função à coamplificação simultânea do gene HER2 à coampliAqui, trazemos o saldo dessa Pertuzumabe Editor clínico ficação na região do centrômero do cromossomo 17. Na verdade, programação científica, com a proAtualmente existem dois estudos randomizados analisando se o a polissomia não foi real, mas sim a coamplificação. Sempre que se posta de reunir o melhor de mais um De patológica tudo um pouco: inibidor do HER2 pode melhorar a resposta completa (pCR). tem a chamada polissomia nesses tumores, perde-se a informação 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM 32 Diálogo 37 Encontro 38 Giro de que esses tumores realmente estavam amplificados tanto para o gene HER2 quanto para o centrômero do cromossomo 17. Portanto, a verdadeira polissomia é um fenômeno muito raro de se acontecer no câncer de mama, talvez nem mesmo exista nesse tipo de câncer. Nesse contexto, o que deve ser feito quando o relatório do patologista indicar “polissomia”? É preciso solicitar pelo número médio de Conselho editorial cópias de genes ou de células. Se for superior a seis, o tumor é amplificado (independentemente do número deD.sinais Sergio Simon do centrômero do cromossomo 17). Existem alguns problemas Editor clínicosobre como se lidar com número de cópias de genes ou de células entre quatro a seis. José Bines Mas provavelmente a nova recomendação ASCO/CAP irá direcionar Diretor científico essa questão específica. Mas não se deve considerar polissomia uma GBECAM - Grupo Brasileiro Carlos Barrios não existem. categoria diagnóstica, já que tumores polissômicos iniciativas, prêmios, dicas de leituramoO primeiro deles associou o trastuzumabe ao anticorpo noclonal pertuzumabe, que tem a capacidade de inibir a dimerização do HER2 em receptores de superfície celular, impedindo o crescimento das células tumorais. Trata-se do estudo NeoSPHERE3, em que a adição do pertuzumabe ao trastuzumabe e ao taxano foi associada a uma pCR aumentada. Claro que se questiona A Revista GBECAM é uma Tiragem: 4 mil exemplares até que pontodoque esse aumento daGráfica pCR Eskenazi se traduz em utilidade publicação semestral Grupo Impressão: aos médicos, seja, na melhora da sobrevida global. Brasileiro de Estudos ou do Câncer Edição e produção: de Mama e é distribuída No estudo NeoALLTO4, os investigadores compararam paclitagratuitamente a seus membros, versus paclitaxel + trastuzumabe + lapatinibe. xelde+profissionais trastuzumabe além e instituições envolvidos área de câncer Nessenacenário, a adição do lapatinibe ao trastuzumabe melhorou de mama. A reprodução parcial a taxa de pCR. Publisher: Simone Simon ou total de seus artigos é proibida. de Estudos do Câncer de Mama responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Diretor de relações internacionais Pode-se concluir que oJornalista bloqueio duplo claramente melhora Assistente editorial: Sergio Azman Tel.: (11) 2679-6093 Referência as taxas de pCR no cenário Direção adjuvante e que a utilidade prática de Cláudia Vasconcelos de arte: Ione Franco E-mail: [email protected] 1. Marchiò C, Lambros MB, Gugliotta P, Di Cantogno LV, Botta C, Pasini B, et al. Does chroTels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 por Coordenadora executiva ISSN Site: www.gbecam.org.br tal2236-7039 abordagem está sendo avaliada. No momento, aguarda-se mosome 17 centromere copy number predict polysomy in breast cancer? A fluorescence in situ hybridization and microarray-based CGH analysis. J Pathol. 2009;219(1):16-24. resultados dos estudos ALLTO e AFFINITY. Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 9 9 3 21/04/2013 19:46:13 >> panorama >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado Referências zados novos s perlínica 1. Rodrigues MJ, Wassermann J, Albiges L, Brain E, Delaloge S, Stevens D, Guinebretière et al. Trastuzumab treatment in t1ab, node-negative, human epidermal growth 17JM, Ponto de vista Uma seleção e factor receptor 2-overexpressing breast carcinomas. J Clin Oncol. 2010;28(28):e541-2. análise principais estudos cân-of chemotherapy alone, with sequen2. Perezdos EA, Suman VJ, Davidson NE, et al.de Results concurrent of 52 weeks of trastuzumab in the NCCTG N9831 HER2certialdeor mama noaddition mundo -positive adjuvant breast cancer trial. Oral presentation at the 32nd San Antonio Breast Cancer Symposium, San Antonio, Texas, USA, 10-13 December 2009 (Abstract 80). 3. Gianni L, Pienkowski T, Im YH, Roman L, Tseng LM, Liu MC, et al. Efficacy and safety of neoadjuvant pertuzumab and trastuzumab Artigos de in women with locally advanced, inflammatory, or early HER2-positive breast cancer (NeoSphere): a randomised mulautores brasileiros em instituições ticentre, open-label, phase 2 trial. Lancet Oncol. 2012;13(1):25-32. nacionais literatura do H,câncer 4. Baselga J,na Bradbury I, Eidtmann Di Cosimode S, de Azambuja E, Aura C, et al. Lapatinib with trastuzumab for HER2-positive early breast cancer (NeoALTTO): a randomama mised, open-label, multicentre, phase 3 trial. Lancet. 2012;379(9816):633-40. tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27 Pesquisa clínica 4 30 Sessão Mais GBECAM Uma atualização sobre as atividades as novidades Coordenadora: Dra.eAlessandra Morelle do GBECAM Papel do cirurgião no tratamento neoadjuvante do câncer mama Sergio Simon, 32deDiálogo ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. Dra. Kelly Hunt — Professora do Departamento de Cirurgia On- Diretor-presidente do GBECAM, destacológica, Divisão de Cirurgia, Universidade do Texas MD Anderson ca a necessidade de uma nova agenda Cancer Center, Houston, Texas para a atenção oncológica brasileira 37A Encontro 7 Câncer de Mama – quimioterapia neoadjuvante é amplamente utilizada no câncer de mamaooperável, demonstrou facilitar a cirurgia conservadora da mama e permite a avaliação da resposta ao tratamento. Gramado: intercâmbio científico, Além disso, a resposta patológica no tumor se correlaciona com pessoal e socialda doença em longo termo. Duas metanálises1,2 foos desfechos ram realizadas comparando a quimioterapia neoadjuvante com a adjuvante. Elas demonstraram que não há diferença na sobrevida De tudo um pouco: global, seja a quimioterapia realizada no cenário neoadjuvante, iniciativas, prêmios, dicas de leitura seja adjuvante. A abordagem neoadjuvante também demonstrou desfechos semelhantes em relação à terapia locorregional. 38 Giro ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Existem diversas questões sobre o tratamento locorregional em função do uso da terapia neoadjuvante. A primeira delas é sobre qual o volume de tecido deveria ser retirado das pacientes submetidas à cirurgia conservadora da mama após quimioterapia, Tiragem: 4 mil exemplares Impressão: Gráfica Eskenazia precisão e o papel da dissecção do linfonoe a segunda é sobre do sentinela no cenário neoadjuvante. Edição e produção: Em termos de volume de ressecção após a quimioterapia neoadjuvante, Boughey et al.3 demonstraram que pacientes com tumores T2 ou T3 apresentaram um volume menor de ressecção Publisher: foram Simone Simon quando tratados com quimioterapia pré-operatória compaJornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) rados com aqueles submetidos à cirurgia primeiro seguida de teraAssistente editorial: Sergio Azman pia adjuvante. Com um seguimento mediano de 33 meses, as taxas Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / (21) 3798-1437 de recidiva na mamaRJforam semelhantes nos grupos neoadjuvantes e adjuvantes. Esse dado e outros sugerem que não há necessi- 10 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 10 Revista GBECAM dade de ressecar o volume total do tumor no pré-tratamento nas pacientes submetidas à cirurgia conservadora da mama após receberem quimioterapia neoadjuvante. Reduzir a quantidade de tecido ressecado na cirurgia pode melhorar os resultados cosméticos. A segunda questão que surge no cenário da quimioterapia neoadjuvante é o momento da avaliação nodal. No MD Anderson Cancer Center utiliza-se o ultrassom da mama e a regional nodal basins para determinar a extensão do tumor e para se avaliar a presença de linfonodos anormais. Preconiza-se o uso de punção aspirativa por agulha fina para avaliar nódulos suspeitos e para confirmar doença metastática. A dissecção do linfonodo sentinela tem sido feita rotineiramente após a quimioterapia em pacientes que tiveram nódulos clinicamente negativos na apresentação. Recentemente foram comparados os desfechos em pacientes submetidos primeiramente à cirurgia versus à quimioterapia e descobriu-se que não houve diferença nas taxas falso-negativas. O subgrupo de pacientes que ainda está em discussão é composto por aqueles que possuíam doença linfonodo-positiva no diagnóstico inicial. Essas pacientes têm uma taxa superior de eventos falso-negativos com a dissecção do linfonodo sentinela após a quimioterapia. Dados sobre essa população de pacientes foram relatados recentemente pelo estudo do American College of Surgeons Oncology Group (ACOSOG), Z1071 trial, indicando que quando se utilizou a técnica de mapeamento duplo (coloides marcados radioativamente ou com corante azul) para o procedimento de mapeamento e quando mais de dois linfonodos sentinelas foram retirados, a taxa de falso-negativos reduziu para aproximadamente 10,8%. Isso sugere que a cirurgia do linfonodo sentinela pode ser uma ferramenta importante para o estadiamento na axila na população de pacientes com linfonodo positivo após boa resposta à quimioterapia neoadjuvante. Em conclusão, a quimioterapia neoadjuvante é eficaz na redução do tamanho do tumor primário e na redução da incidência dos linfonodos positivos. A cirurgia conservadora da mama pode ser realizada com segurança em pacientes selecionados e a biópsia do linfonodo sentinela pode ser utilizada para o estadiamento axilar após a quimioterapia em pacientes que apresentam linfonodos clinicamente negativos. Referências 1. Mieog JS, Hage JA, Velde CJ. Neoadjuvant chemotherapy for operable breast cancer. Br J Surg. 2007;94:1189-200. 2. Fisher B, Brown A, Mamounas E, Wieand S, Robidoux A, Margolese RG, et al. Effect of preoperative chemotherapy on local-regional disease in women with operable breast cancer: findings from National Surgical Adjuvant Breast and Bowel Project B-18. JCO. 1997;15(7):2483-93. 3. Boughey JC, Peintinger F, Meric-Bernstam F, Perry AC, Hunt KK, Babiera GV, et al. Impact of preoperative versus postoperative chemotherapy on the extent and number of surgical procedures in patients treated in randomized clinical trials for breast cancer. Ann Surg. 2006;244:464-70. 3 21/04/2013 19:46:13 A evidência nossa de cada dia Tratamento neoadjuvante do câncer de mama: papel da radioterapia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado a quimioterapia neoadjuvante comparando-se a uma paciente encontro em Gramado, sintonizados á controvérsias que realizou mastectomia primeiro e tem três linfonodos positivos. Dr. Thomas Buchholz — Reitor e vice-presidente executivo interino, com a missão de traduzir os novos sobre diferentes Universidade do Texas MD Anderson Cancer Center, Houston, Texas A mensagem final é que o risco de recidiva locorregional Uma seleçãodee conhecimentos e incorporá-los perabordagens relacioacordo com a extensão patológica da principais doença após quimioterapia análise dos estudos de cânmanentemente à prática clínica nadas ao câncer de a lumpectomia, xistem metanálises demonstrando que após neoadjuvante é diferentecer comparando-se às pacientes tratadas de mama no mundo cotidiana. mama, desde o manejo da doença a radioterapia reduz a recidiva do câncer de mama e melhocom cirurgia inicial. Nesta edição, abordamos tam-Portanto, as indicações consagradas para raavançada até o papel preditivo e ra as taxas de cura. Sabe-se também que a radioterapia melhora dioterapia pós-mastectomia (que, novamente, devem ser baseadas bém o panorama do câncer de prognóstico da linfadenectomia. Na as taxas de cura após a mastectomia. Dados recentes indicaram Artigos no de extensão patológica da doença) precisam ser repensadas mama no Brasil,na com destaque para cirurgia oncológica, consolidam-se também que o uso seletivo da radioterapia em linfonodos reduz autores emneoadjuvante. instituições o impacto da incorporação tras- tratadas as evidências em favor da mastectocontexto dasdo pacientes combrasileiros quimioterapia as taxas da metástase distância1. Contudo, nenhum tuzumabe, desses estu-a primeira droga-alvo na mia com apreservação do complexo nacionais na literatura do câncer de dos incluiu pacientes tratadasmas coma quimioterapia Referências mamiloareolar, técnica con- neoadjuvante. esfera do Sistema Único de Saúde, e mama 1. Whelan TJ, Olivotto I, Ackerman I, et al. (2011) NCIC-CTG MA.20: An intergroup tinua provocando debates acaloa aquisição de 80 novos aceleradoA decisão sobre o uso da radioterapia pós-mastectomia ou o uso trial of regional nodal irradiation in early breast cancer. J Clin Oncol 29(suppl 15):80s, rados. Entre os radioterapeutas, a disres lineares paraabstr os serviços LBA1003. públicos da radioterapia em linfonodos regionais é baseada em achados pacussão em torno da radioterapia pardo país. 2. Buchholz TA, Huang E, Berry D, Strom EA, McNeese MD, PusztaiUma L, et al.atualizaHer2-Neu tológicos, como o tamanho patológico do tumor primário, o númeoverexpression does not increase the risk of local-regional recurrence for patients A revista institucional do GBECAM cial acelerada, a radioterapia hipofração sobrechemotherapy, as atividades e as novidades treated with neoadjuvant doxorubicin-based mastectomy, and radiaro e o envolvimento dos linfonodos. Infelizmente, na quimioterapia também traz neste número a particicionada e a irradiação convencional tion. Int J Radiat Oncol Biol Phys.do 2003;57(2):S201. GBECAM neoadjuvantede ainda não se sabe a extensão patológica da doença. pação de dezenas de especialistas toda a mama não é o único tema 2 nacionais que ajudam a difundir o a dividir a opinião dos especialistas. publicado em 2003 tentou correlacionar o trataUm estudo Avaliação da resposta estado da arte na prevenção, diag- patológica ao tratamento neoadjuvante Esses e muitos outros debates mento locorregional e os desfechos com a extensão patológica Sergio Simon, do câncer de mama nóstico tratamento do câncer de aqueceram programação da 7ª edida doença. Foi analisadaa somente a extensão patológica da edoDiretor-presidente do GBECAM, destaDr. Giuseppe Viale Patológica os principais es-— Diretor da Divisão de Anatomia ção do Câncer de Mama – Gramado, mama, debatendo ença de pacientes que não foram tratadas com radioterapia: 150 ca a necessidade de uma nova agenda Instituto Europeu tudos e os mais do recentes avanços da de Oncologia em mais um encontro repleto de receberam quimioterapia neoadjuvante + mastectomia, e 1.031 para a atenção oncológica brasileira especialidade no Brasil e no mundo. controvérsias. O que se extrai dessa receberam quimioterapia adjuvante + mastectomia. Um tamanho resposta patológica completa é definida, segundo a US Food experiência reforça o compromisso patológico entre e 5 cm seria um etumor 2T, a nãoBoa serleitura que and Drug Administration (FDA) como ausência de qualquer com 2a cm atualização médica amplia fosse tratadoacom a quimioterapia 7o Câncer de Mama – crença na pesquisa neoadjuvante, translacional a maioria seria câncer invasivo residual na avaliação das técnicas por hematoxilitumor 3T (Figura O limite para se utilizar radioterapia, historipara 1). fortalecer a aquisição dea eviGramado: intercâmbio científico, na-eosina do espécime de mama ressecado e em todas as amoscamente, é odências. tumor com 5 cm, porém, no cenário da quimioteraSergio D. Simon tras de linfonodos ipsilaterais seguidas da compleição de terapia pessoal e social Aqui, trazemos o saldo dessa pia neoadjuvante, isso precisa ser repensado. A barra azulEditor ao meio clínico neoadjuvante sistêmica. programação científica, a pro-a seu lado (15%) (36%) representa doença tratável e acom vermelha Dito isso, qual seria o papel do patologista no cená neoadjuvante? posta de reunir o melhor de mais De tudo umrio pouco: indica doença que irá receber a quimioterapia.um Inicialmente, a regressão clínica total (após a dicas quimioterapia neoiniciativas, prêmios, de leitura O mesmo é válido para o status patológico do linfonodo. Ele adjuvante) não implica regressão patológica completa do tumor. representa algo diferente se houver três linfonodos positivos após De 30% a 50% dos pacientes com resposta clínica completa terão câncer de mama residual detectado pelo patologista nos espécimes cirúrgicos. Cerca de 20% das pacientes com suspeita de doença reTamanho primário do tumor sidual terão uma resposta patológica completa no exame microsp = 0,014 p = 0,002 p = 0,028 50% cópico. A avaliação continua sendo o padrão-ouro na Conselho editorial A Revista GBECAM é uma patológica Tiragem: 4 mil exemplares 46% publicação semestral do Grupo Impressão: Gráfica Eskenazi determinação da resposta completa. 40% H 17 Ponto de vista E 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM 32 Diálogo A 37 Encontro 5 anos LRR 38 Giro Sergio D. Simon Editor clínico 36% 30% 28% José Bines Diretor científico 20% 18% 10% 15% GBECAM - Grupo Carlos Barrios 9%Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama Diretor de relações internacionais 0% Tel.: (11) 2679-6093 ADJ NEO ADJ NEO ADJ NEO Cláudia Vasconcelos E-mail: [email protected] 0-2,0 cm 2,1-5,0 cm > 5,0 cm Coordenadora executiva Site: www.gbecam.org.br Figura 1. Tamanho primário do tumor Brasileiro de Estudos do Câncer em relação ao espécime ciEdição e produção: de MamaOe primeiro é distribuídaobjetivo do patologista gratuitamente a seusamembros, rúrgico, após quimioterapia neoadjuvante, é identificar o leito do além de profissionais e instituições tumor. De outro modo, não seria possível garantir uma avaliação envolvidos na área de câncer precisa da resposta patológica. O leito tumoral parece-se com uma de mama. A reprodução parcial Publisher: Simone Simon áreadeirregular deé tecido semelhante à borracha. O objetivo ou total seus artigos proibida.fibroso responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) do patologista é identificar oJornalista leito tumoral e obter amostras desses Assistente editorial: Sergio Azman MFJUPT QBSB BOMJTFT QBUPM¯HJDBT 2VBOEP OPFranco ¥ QPTT©WFM JEFOUJţDBS Direção de arte: Ione Tels.: SP (11) 2478-6985 RJ (21)acontecer 3798-1437 de ISSN 2236-7039 totalmente e obter as amostras do leito tumoral, /pode ficarem tumores residuais não identificados. Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 11 311 21/04/2013 19:46:13 >> panorama >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado A localização do leito tumoral pode ser desafiadora após uma resposta clínica substancial, de forma que se deve lançar mão de qualquer ferramenta adjuvante para na identificação deste. Uma sele çãoauxiliar e Principalmente, informações e radiológicas prévias, e, semanálise dos principais estudosclínicas de cânpre que possível, a identificação do clip: na lumpectomia sempre cer de mama no mundo obtenha uma radiografia do espécime para demonstrar o clip e assegurar a ablação do leito tumoral. O tumor também é fatiado e radiografado separadamente. Dessa forma,de asseguram-se amostras para a Artigos realização da histologia. Na mastectomia, autores brasileiros em instituições a radiografia do espécime pode ser na necessária parado ajudar a identificar o clip. Em conclusão, a nacionais literatura câncer de amostragem, no cotidiano do patologista, é muito importante. mama zados novos s perlínica 17 Ponto de vista tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27 Pesquisa clínica O cenário neoadjuvante continua como um dos mais importantes para a avaliação da biologia do tumor antes e após a Uma de atualizaquimioterapia, como forma compreender os mecanismos da çãoresposta sobre as atividades e as novidades tumoral, da resistência do tumor e o tratamento-alvo dopara GBECAM os pacientes individualmente. 30 Mais GBECAM ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. 5 Sergio Simon, 32 Sessão Diálogo Diretor-presidente do Rodrigo GBECAM,Hanriot destaCoordenador: Dr. ca a necessidade de uma nova agenda para a atenção oncológica Quantificação da proteínabrasileira Ki-67: usos e abusos na prática clínica Dr. Giuseppe Viale — Diretor da Divisão de Anatomia Patológica do Instituto Europeu de Oncologia 37 Encontro 7 Câncer de Mama – Gramado: intercâmbio científico, Ki-67 é uma proteína nuclear composta por dois isoformos pessoal(245 e social e 395 kDa) denominados em função da imunorreativio A dade da ki-67MAb. Ela está expressa em todas as células proliferativas durante as fases tardias G1, S, G2 e M do ciclo celular, com De tudo um pouco: pico no G2-M. O rápido declínio do ki-67 se dá após a mitose. O iniciativas, prêmios, dicas de leitura anticorpo original do ki-67 estava originalmente apenas disponível em tecido congelado. Mais tarde, um novo anticorpo monoclonal (MIB-1) surgiu contra um fragmento recombinante da proteína e reage com um epítopo resistente à formalina. 38 Giro -Array [TMA] versus biópsia com agulha grossa (BAG)], diferentes protocolos de coloração e avaliações distintas e pontuação dos resultados. Se independentemente de tudo isso houver dados suficientes para a validade prognóstica do ki-67, ele deve ser um marcador confiável. Uma metanálise1 de estudos publicados envolvendo 12.155 pacientes foi conduzida para melhor definir o valor prognóstico do ki-67. No Consenso de St. Gallen, realizado em 2011, uma nova abordagem foi proposta para informar a escolha do tratamento sistêmico de acordo com os subtipos de câncer de mama, identificados por ER ou PR, HER2 e Ki67, e discriminar entre os subtipos luminal A e luminal B. No consenso de St. Gallen, os presentes foram questionados se quando o Ki-67 é superior a 14% em tumores responsivos à terapia endócrina deve-se discutir a inclusão da quimioterapia. 2VBTFEPTQSFTFOUFTGPSBNBGBWPS Mas qual é o racional para se distinguir entre o câncer de mama subtipo luminal A e luminal B, e, principalmente, quando decidir o momento de incluir a quimioterapia à terapia endócrina? O estudo conduzido por Cheang et al.2, em 2009, procurou correlacionar o Ki67 com a classificação molecular dos cânceres de mama responsivos à terapia endócrina; luminal A versus luminal B. Dessa forma, ela poderia definir o melhor preditor para luminal B, um Ki-67-limite de aproximadamente 14%. Utilizando esse cuttof, ela foi capaz de diferenciar entre luminal A e luminal B, demonstrar os diferentes prognósticos do luminal A e B, mas, levando em consideração o limiar de 14% estabelecido por ela, na série de câncer de mama ER+, observou-se que quase 60% dos tumores do grupo luminal A tinham menos que 14% ki-67. Portanto, eram 60% de luminal A e 40% de luminal B. O ki-67 é um marcador prognóstico importante no câncer de mama. Ele pode apresentar um valor preditivo em determinados subgrupos de pacientes. Seu valor prognóstico/preditivo é ampliado quando utilizado em associação com parâmetros clínico-patológicos adicionais (como no status HER2, status ER, status triplo negativo etc.). Referências ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Significado biológico do ki-67 Tiragem: 4 mil exemplares O ki-67 é uma medida da fração proliferativa dos tumores. Se Impressão: Gráfica Eskenazi a intenção é saber a extensão do ciclo celular, deve-se combinar Edição e produção: o número de células que são ki-67-positivas com a medida da taxa proliferativa do tumor. Por exemplo, a incorporação da BrdU com a fração de fase S. A partir do ki-67, é possível informar o crescimento Publisher: Simoneatual Simondo tumor, com base na fração proliferativa, na Jornalista responsável:na Valéria Hartt (MTbda 24.849) taxa proliferativa, extensão apoptose. Esses três parâmetros Assistente editorial: Sergio Azman indicam o crescimento tumoral no paciente. Direção de arte: Ione Franco Tels.:Existem SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 dados suficientes comprovando o valor prognóstico e preditivo do ki-67, apesar do uso de materiais diferentes [Tissue Micro- 12 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 12 Revista GBECAM 1. de Azambuja E, Cardoso F, de Castro G Jr, Colozza M, Mano MS, Durbecq V, et al. Ki67 as prognostic marker in early breast cancer: a meta-analysis of published studies involving 12,155 patients. Br J Cancer. 2007;21;96(10):1504-13. 2. Cheang MC, Chia SK, Voduc D, Gao D, Leung S, Snider J, et al. Ki67 index, HER2 status, and prognosis of patients with luminal B breast cancer. J Natl Cancer Inst. 2009;20;101(10):736-50. Irradiação parcial da mama Dr. Thomas Buchholz — Reitor e vice-presidente executivo interino, Universidade do Texas MD Anderson Cancer Center, Houston, Texas O s resultados atuais da radioterapia são muito positivos para a maioria das pacientes tratadas com cirurgia conservadora da 3 21/04/2013 19:46:13 A evidência nossa de cada dia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado mama, principalmente para o câncer de mama em estágio I, lumio tratamento com menos frações reduzindo as chances de complicações. Contudo, estudos indicam que o tratamento desse pequeno nal A ou ER+. Nesse cenário, as estratégias de examesencontro de imagens em Gramado, sintonizados á controvérsias com a omissão traduzir os novos sobre diferentes volume ao redor do leito tumoral pode não ser suficiente para evitar atuais, as técnicas cirúrgicas e de patologia mais avançadas, uso de Uma seleção e conhecimentos e incorporá-los relaciotodas as recidivaspercom o passar do tempo. O aumento para uma área mais abrangente da terapia abordagens sistêmica (especialmente a terapia análise dos principais estudos de cânclínica ao os câncer de namanentemente deà1,5prática cm adicional ao redor do leito tumoral pode ainda não ser suhormonal na doença ER+) enadas mesmo avanços radioterapia cer de mama no mundo cotidiana. mama, desde o manejo da doença ficiente. Alguns pesquisadores argumentam que o mais seguro seria estão proporcionando desfechos diferenciados. Nesta edição, abordamos tamavançada até o papel preditivo e irradiar toda a mama, e historicamente é o que se tem feito. É necessário tornar o da tratamento radioterápico processo bém o panorama do câncer de prognóstico linfadenectomia. Na um Artigos de mama no Brasil, com destaque para cirurgia consolidam-se mais dinâmico. Seis aoncológica, sete dias de sessões diárias são inviáveis autores ductal brasileiros Abordagemdo atual do carcinoma in situ em instituições o impacto da incorporação trasevidências em favor da mastectopara muitos as pacientes, principalmente para os que moram longe tuzumabe, a primeira mia com preservação do complexo droga-alvo na Dra. Kelly Hunt — Professora do Departamento dedoCirurgia nacionais na literatura câncerOnde dos centros de tratamento ou em países com números limitados mamiloareolar, mas a técnica conesfera do Sistema Único de Saúde, e cológica, Divisão de Cirurgia, Universidade do Texas MD Anderson mama de departamentos de radioterapia. Essa situação leva muitas patinua provocando debates acaloa aquisição de 80 novos aceleradoCancer Center, Houston, Texas cientes a optarem pela mastectomia. rados. Entre os radioterapeutas, a disres lineares para os serviços públicos Uma das cussão opçõesem seria continuar o tratamento mama torno da radioterapia país. total par- dado atualizacarcinoma ductal in situ (DCIS) responde porUma aproximadahipofracionado. três hipofracategorias de irradiação A revista institucional do GBECAM cial Atualmente acelerada, a existem radioterapia mente 60 mil novosção casos de câncer de mama Estados sobre as atividades e asnos novidades também traz neste número a particicionada e a irradiação convencional parcial da mama: radioterapia intraoperatória em fração única, uso Unidos anualmente. Isso representa 20% a 25% das pacientes que do GBECAM pação dezenas de especialistas de toda a mama não é para o único tema do mesmo equipamento utilizado tratar a mama toda,de mas buscam por tratamento na fase inicial da doença. A incidência de a difundir o a dividir opinião especialistas. com ajuste da dose apara umados região específica danacionais mama, e que o ajudam DCIS aumentou cerca de 500 vezes com o advento da mamoestado da arte na prevenção, diagEsses e muitos outros debates terceiro, a inserção de fontes radioativas no leito tumoral ou ao Sergio grafia. As geralmente apresentam lesõesSimon, assintomáticas nóstico e tratamento do pacientes câncer de aqueceram a programação da 7ª ediredor dele. Essas abordagens buscam tratar um volume menor Diretor-presidente do GBECAM, destaque são detectadas pela mamografia, embora algumas apresenção do Câncer de Mama – Gramado, mama, debatendo os principais esde tecido permitindo um tratamento mais rápido. Em vez de dois a necessidade de uma nova agenda massas palpáveis secreção no mamilo. tudos e os mais tem recentes avanços da ou ca em mais um encontro repleto de meses, são sete dias de tratamento. brasileira para a atenção oncológica especialidade no Brasil e no mundo. controvérsias. O que se extrai dessa O tratamento é controverso, já que aproximadamente 50% experiência reforça ofoicompromisso A radioterapia hipofracionada testada em câncer de mama a 70% das mulheres com DCIS tratadas não evoluem para câncom das a atualização médica e amplia estágio I (maioria pacientes pós-menopausadas), emBoa doisleitura escer de mama invasivo. A questão é quais pacientes irão evoluir e 7o Câncer de Mama – a crença tudos prospectivos fasenaIII pesquisa (Canadá etranslacional Reino Unido), e em ambos precisarão de tratamento local ou sistêmico. As opções cirúrgicas para fortalecer a aquisição de eviGramado: intercâmbio científico, tentou-se reduzir o tratamento de cinco para três semanas. Ambos versus mastectomia. incluem a cirurgia conservadora da mama dências. Sergio D. Simon pessoal e social os estudos foram bem-sucedidos. O estudo canadense fez um sePara as pacientes tratadas com a conservação da mama, discuAqui, trazemos o saldo dessa Editor clínico guimento mais longo das pacientes, de dez anos, em que a recitem-se quais necessitam da radioterapia e em qual intensidade. programação científica, com a prodiva foi de aproximadamente porde ano (durante As opções de tratamento sistêmico dependem expressão dos posta de reunir o 0,5% melhor mais um os dez anos), De tudo umdapouco: com um desfecho equivalente de consequências cosméticas com biomarcadores nas lesõesiniciativas, DCIS. prêmios, dicas de leitura a radioterapia e com a cirurgia (considerada boa/excelente). O Projeto Nacional de Cirurgia Adjuvante para Mama e InEsses resultados são semelhantes aos do estudo do Reino testino (The National Surgical Adjuvant Breast and Bowel Project; Unido, cujo seguimento foi de cinco anos. Em muitos centros dos NSABP) completou um ciclo de estudos sobre questões controEstados Unidos a radioterapia hipofracionada é utilizada rotineiraversas no tratamento do DCISS. O estudo NSABP B171 direcionou a mente. As evidências a seu respeito são sólidas. Trata-se de uma questão sobre a radioterapia adjuvante em pacientes tratadas com opção com boa relação de custo e benefício, conveniente para a lumpectomia. Além do estudo do 4NSABP, outros ensaios randoConselho editorial A Revista GBECAM é uma Tiragem: mil exemplares semestral do Grupo Impressão: Gráfica paciente, e nada indica ser menos eficaz ou mais tóxica compara- publicação mizados demonstraram uma baixa taxa deEskenazi recidiva na mama em Brasileiro de Estudos do Câncer Sergio D. Simon da ao tratamento convencional. pacientes tratadas com radioterapia. Portanto, se a radiação é tão Edição e produção: de Mama e é distribuída Editor clínico eficaz em prevenir a recidiva na mama, porque não tratar todas Acredita-se que na ausência da radioterapia a maioria dos tu- gratuitamente a seus membros, além de profissionais e instituições José Bines as pacientes dessa maneira? A radioterapia é um tratamento caro mores tem recidiva no local do leito tumoral. Trata-se da área com envolvidos na área de câncer Diretor científico e que requer seis semanas para se atingir toda a mama. Também o maior risco de células cancerígenas residuais. Se for possível focar de mama. A reprodução parcial existem complicações, a fibrose, desfechos cosméticos inGBECAM Grupo Brasileiro Carlos Barrios Publisher: Simone Simon somente nessa região sob risco, seria possível obterem-se todos os ou total de seus artigos é proibida.como de Estudos do Câncer de Mama Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Diretor de relações internacionais satisfatórios e efeitos adversos cardiovasculares. benefícios do tratamento em um menor período. Contudo, não se H 17 Ponto de vista 27 Pesquisa clínica O 30 Mais GBECAM 32 Diálogo 37 Encontro 38 Giro Tel.: (11) 2679-6093 Assistente editorial: Sergio Azman sabe com certeza onde a doença está localizada, portanto a definição No tratamento sistêmico dos de DCIS biomarcador mais freCláudia Vasconcelos Direção arte:oIone Franco E-mail: [email protected] Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 Coordenadora executiva ISSN 2236-7039 Site: www.gbecam.org.br sobre o que se tratar tem sido arbitrária. A maioria dos médicos proquentemente utilizado é o receptor de estrogênio (RE). O estudo NSABP B-242 demonstrou que não houve benefício à terapia cura tratar o leito tumoral + 1 cm adicional a seu redor. Isso permite Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 13 13 3 21/04/2013 19:46:14 >> panorama >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado hormonal adjuvante em pacientes DCIS RE-negativo. O uso do tamoxifeno em pacientes com DCIS RE-positivo reduz significativamente as recidivas Uma na mama. O ereceptor de estrogênio está seleção agora sendo utilizado como um alvo para estudo no cenário neoanálise dos principais estudos de cânadjuvante com o protocolo CALGB 40903. Nesse estudo, mulhecer de mama no mundo res pós-menopausadas com DCIS RE-positivo receberam letrozol no cenário neoadjuvante durante três meses e a ressonância magnética por imagem foi Artigos utilizadade para avaliar evidências de alterações radiológicas associadas com autores brasileiros em instituições a terapia hormonal. Outro alvo sendo o oncogene nacionais na estudado literatura édo câncer deHER2/neu. Algumas lesões DCIS irão superexpressar HER2, e o estudo NSABP B-433 está utilimama zando esse alvo no cenário adjuvante ao combinar a radioterapia com a terapia anti-HER2 (trastuzumabe). O desfecho primário são as taxas de recidiva na mama em pacientes tratadas com o trasUma atualizatuzumabe versus placebo. Em conclusão, o tratamento do DCIS ção sobre as atividades e as novidades evoluiu para modelos de estratificação de risco em dorecentemente GBECAM desenvolvimento para identificação de subgrupos de mulheres que podem ser tratadas com excisão local versus excisão com radioterapia. Além disso, existe um interesse sobre o uso de agenSergio Simon, tes sistêmicos, seja cenário destapré-operatório, seja adjuvante. O Diretor-presidente dono GBECAM, é personalizar estratégias de tratamento para essas paca objetivo a necessidade de umaasnova agenda cientes. Além disso, existem algumas para a atenção oncológica brasileira pacientes que podem não precisar de qualquer intervenção e ser somente acompanhadas. O estudo do DCIS é também uma oportunidade de identificar 7o Câncer de Mama agentes promissores que podem ser –utilizados na prevenção. zados novos s perlínica 17 Ponto de vista tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. 32 Diálogo 37 Encontro Gramado: intercâmbio científico, Referências pessoal e social 1. Phase III Randomized Study of Postoperative Radiotherapy Following Segmental Mastectomy and Axillary Dissection in Patients with Noninvasive Intraductal Adenocarcinoma of the Breast. Disponível em: www.cancer.gov/clinicaltrials/search/view?c drid=73291&version=HealthProfessional. Acessado em: 6 abr. 2013. De tudo um pouco: 2. NCI HIGH PRIORITY CLINICAL TRIAL — Phase III Randomized Trial of Adjuvant iniciativas, dicas de leitura Tamoxifen prêmios, vs Placebo Following Breast Irradiation in Patients Who Have Undergone Lumpectomy for Noninvasive Intraductal Carcinoma (DCIS) of the Breast. Disponível em: www.cancer.gov/clinicaltrials/search/view?cdrid=76907&version=HealthProfessi onal. Acessado em: 6 abr. 2013. 3. Radiation Therapy With or Without Trastuzumab in Treating Women With Ductal Carcinoma In Situ Who Have Undergone Lumpectomy. Disponível em: www.cancer.gov/clinicaltrials/search/view?cdrid=615085&version=HealthProfessional. Acessado em: 6 abr. 2013. 38 Giro ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. da doença metastática: como melhorar ainda mais o resultado? Edição e produção: Dr. Fabrice André — Professor-associado do Departamento de Oncologia Médica, Institut Gustave-Roussy, Villejuif, França A té há pouco tempo, os únicos fármacos disponíveis no es- Publisher: Simone Simon pectro da terapia endócrina para o tratamento do câncer de Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) mama eram o tamoxifeno Assistente editorial: Sergio Azmane os inibidores da aromatase. Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 14 Revista GBECAM Foi observado um benefício, em termos de sobrevida global (SG) de 500 mg de fulvestranto. Trata-se de um estudo muito importante, primeiramente por representar uma nova linha de tratamento às pacientes com câncer de mama RE+, e também por ilustrar que é possível atingir SG no contexto da fase III de um estudo randomizado em câncer de mama. A partir desses resultados a tendência é se utilizar mais o fulvestranto nos casos de resistência aos inibidores de aromatase. É importante destacar também os avanços no campo das terapias-alvo para os ossos (bone-targeting agents). Um estudo2 randomizado de fase III comparou o denosumabe ao ácido zoledrônico. Foram incluídas 2.049 pacientes com câncer de mama avançado e metástases ósseas. Elas foram divididas em dois grupos: 120 mg de denosumabe (subcutâneo; SC) + placebo intravenoso (IV) (n = 1.026) ou 4 mg ácido zoledrônico IV + placebo SC (n = 1.020), a cada quatro semanas. O desfecho principal foi o primeiro evento relacionado ao esqueleto ocorrido durante o estudo. Foi observada uma redução significativa em relação aos eventos ósseos nas pacientes recebendo denosumabe comparadas com as tratadas com o ácido zoledrônico. O risco relativo foi de 0,82 (p = 0,01). Em termos de novas estratégias, o que se está avaliando atualmente no cenário do câncer de mama metastático é o uso de testes genômicos que possam melhorar o desfecho. O estudo francês SAFIR013 engloba esses conceitos. Os pesquisadores realizam biópsias de amostras tumorais congeladas de câncer de mama para a identificação das mutações (PIK3CA-AKT1). A partir de então a paciente passa a ser tratada de acordo com o resultado do teste genômico com terapias-alvo. Referências Tiragem: 4 mil exemplares AvançosGráfica no tratamento Impressão: Eskenazi 14 Recentemente, foi completado o estudo randomizado de fase III CONFIRM1 que comparou 250 mg de fulvestranto a 500 mg em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama avançado receptor de estrogênio positivo (RE+). 1. Di Leo A, Jerusalem G, Petruzelka L, Torres R, Bondarenko IN, Khasanov R, et al. Results of the CONFIRM phase III trial comparing fulvestrant 250 mg with fulvestrant 500 mg in postmenopausal women with estrogen receptor-positive advanced breast cancer. J Clin Oncol. 2010;20;28(30):4594-600. 2. Stopeck AT, Lipton A, Body JJ, Steger GG, Tonkin K, de Boer RH, et al. Denosumab compared with zoledronic acid for the treatment of bone metastases in patients with advanced breast cancer: a randomized, double-blind study. J Clin Oncol. 2010;10;28(35):5132-9. 3. Andre F, et al. Array CGH and DNA sequencing to personalize therapy for metastatic breast cancer: A prospective National trial (UNICANCER SAFIR-01). ESMO 2012 conference Abstract 13 LBA_PR. 3 21/04/2013 19:46:14 Anun INTERGROUP EXEMESTANE STUDY (IES) Mais de 4.700 pacientes em 37 países e uma mediana de 7,7 anos de acompanhamento, demonstrou benefício em termos de sobrevida, mesmo após o término do tratamento.1 Redução do risco de morte de 14%1 Redução de 19% do risco de recidiva1 O estudo demonstrou um ganho absoluto de sobrevida global em 8 anos de 2,4% (IC 95% 0,1% a 4,4%) a favor da troca de tamoxifeno para Aromasin* (exemestano), quando comparado a continuar com tamoxifeno por 5 anos.1 O efeito protetor do risco de recidiva do esquema switch com Aromasin* (exemestano), versus continuar o tratamento com tamoxifeno, se manteve por pelo menos 5 anos após o tratamento e foi associado a um contínuo benefício de sobrevida global.1 Aromasin* (exemestano) é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas. Contraindicação: hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula. Interação medicamentosa: efeitos farmacocinéticos com rifampicina sem alterar atividade farmacológica. Referência: 1. Bliss JM, Kilburn LS, Coleman RE, et al: Disease-related outcomes with long-term follow-up: an updated analysis of the intergroup exemestane study. J Clin Oncol 30:709-17, 2012. Aromasin* (exemestano) é um inibidor irreversível da aromatase esteroidal, relacionado estruturalmente com o substrato natural androstenediona. A privação estrogênica por inibição da aromatase é um tratamento eficaz e específico do câncer de mama hormônio-dependente em mulheres pós-menopausadas. Indicações: tratamento adjuvante em mulheres pós-menopausadas com câncer de mama inicial com receptor de estrogênio positivo ou desconhecido, após o tratamento com tamoxifeno durante 2 ou 3 anos (o tempo total do tratamento deve ser de 5 anos, sendo 2-3 anos com tamoxifeno e 3-2 anos de Aromasin*, de modo seqüencial); tratamento de primeira linha do câncer de mama avançado com receptor hormonal positivo em mulheres pós-menopausadas; tratamento de segunda linha do câncer de mama avançado com receptor hormonal positivo em mulheres pós-menopausadas, cuja doença progrediu após terapia antiestrogênica. Aromasin* é também indicado para o tratamento de terceira linha do câncer de mama avançado em mulheres pósmenopausadas, cuja doença progrediu após tratamento com antiestrógenos e/ou inibidores nãoesteroidais da aromatase ou progestágenos. Contra-indicações: hipersensibilidade conhecida ao fármaco ou a qualquer um de seus excipientes, a mulheres pré-menopausadas, as gestantes ou lactantes. Advertências e precauções: Aromasin* não deve ser administrado a mulheres prémenopausadas; sempre que for clinicamente apropriado, o estado pós-menopáusico deve ser confirmado pela avaliação dos níveis de LH, FSH e estradiol. Aromasin* não deve ser administrado concomitantemente com medicamentos que contêm estrógenos, pois esses antagonizam sua ação farmacológica. Foram relatados casos de sonolência, astenia e tontura com o uso do fármaco; sendo assim, as pacientes devem ser advertidas de que, se ocorrerem esses sintomas, sua capacidade física e/ou mental necessária para operar máquinas ou dirigir automóveis poderá ser prejudicada. Durante o tratamento adjuvante com Aromasin*, mulheres com osteoporose ou com risco de osteoporose devem ter a densidade mineral óssea avaliada por densitometria óssea ao iniciar o tratamento. Deve ser considerada avaliação e reposição dos níveis de 25 Hidroxi-Vitamina D previamente ao uso de inibidores da aromatase Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos. Aromasin* é um medicamento classificado na categoria X de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. A paciente deve informar imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. Interações medicamentosas: evidências in vitro demonstraram que o fármaco é metabolizado através do citocromo P450 (CYP) 3A4 e aldocetoredutases, não inibindo qualquer das principais isoenzimas do CYP. Reações adversas: os eventos adversos mais comuns relatados foram: insônia, cefaléia, rubor, náusea, aumento da sudorese, fadiga, dores articulares e músculo- esqueléticas (vide bula completa do produto). Além disso, foi observada linfopenia sem repercussões infecciosas em aproximadamente 20% das pacientes tratadas com Aromasin*, particularmente em pacientes com linfopenia preexistente. Foram ocasionalmente reportadas trombocitopenia e leucopenia. Também foram observadas ocasionalmente elevações de enzimas hepáticas e da fosfatase alcalina, principalmente em mulheres com metástases hepáticas ou ósseas ou outras condições com prejuízo da função hepática. Casos raros de hepatite incluindo hepatite colestática foram observados em estudos clínicos e reportados pós-comercialização. Posologia: a dose recomendada de Aromasin* é uma drágea de 25 mg, uma vez ao dia, administrada preferencialmente após uma refeição. Para pacientes com câncer de mama inicial, o tratamento com Aromasin* deve continuar até completar cinco anos de terapia endócrina adjuvante, ou até recorrência local ou distante ou novo câncer de mama contra-lateral. Para pacientes com câncer de mama avançado, o tratamento com Aromasin* deve ser mantido, até que a progressão do tumor se torne evidente. Não são necessários ajustes posológicos em pacientes com insuficiência hepática ou renal. Superdosagem: estudos clínicos com a utilização de uma dose única de até 800 mg a voluntárias sadias e de uma dose de até 600 mg por dia a mulheres pós-menopausadas com câncer de mama avançado foram bem toleradas. Não existe um antídoto específico para a superdosagem e o tratamento deve ser sintomático. Quando necessário, está indicada a assistência de suporte geral, incluindo a monitoração freqüente dos sinais vitais e a observação rigorosa da paciente. Apresentação: drágeas com 25 mg em embalagem contendo 30 unidades. USO ADULTO. USO ORAL. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. Para maiores informações, consulte a bula completa do produto (ARODRA_01). Documentação científica e informações adicionais estão à disposição da classe médica mediante solicitação. Laboratórios Pfizer Ltda., Rua Alexandre Dumas, 1860 – Chácara Santo Antônio, São Paulo, SP – CEP 04717-904. Tel.: 0800-7701575. Aromasin* - MS – 1.0216. 0141. Anúncio aprovado em Março/2013 14761 Rev GBECAM 15 Anuncio Estudo 1.indd 6.indd 1 21/04/2013 15:50:51 19:46:15 01/04/2013 >> mais GBECAM >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado Segundo Prêmio Roche em Câncer de Mama zados novos s perlínica 17 Ponto de vista Uma seleção e análise dos principais estudos de câncer de mama no mundo tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27PorPesquisa clínica Artigos de Cláudia Vasconcelos autores brasileiros em instituições nacionais na literatura do câncer de mama 30 Mais GBECAM Uma atualização sobre as atividades e as novidades Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM) do GBECAM participou como Comissão Julgadora da segunda edição o ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. O Prêmio Roche em Câncer de Mama. Fizeram parte dessa comissão: Dr. Gilberto Amorim (diretor de Comunicação do GBECAM e Sergio Simon, médico oncologista coordenador do Grupo de Oncologia MamáDiretor-presidente do GBECAM, desta- do Rio de Janeiro), Dra. Daria da Clínica Oncologistas Associados ca niela a necessidade de uma nova agenda Dornelles Rosa (médica oncologista do Hospital Moinhos de brasileira para a atenção oncológica Vento e professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação de Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e Dr. Carlos Sampaio Filho [diretor financeiro do GBECAM e 7o Câncer de Mama – médico oncologista diretor da Clínica de Assistência MultidiscipliGramado: intercâmbio científico, nar em Oncologia (AMO) de Salvador]. 32 Diálogo 37 Encontro "VUPSFT Giuliano Santos Borges, Karyn Albrecht Siqueira De Maman, Mayra Clara Jatobá Zabel, Angelo Antonio de Borba, Fernanda Werner Dutra, Thais Dvulatk Marques, Gustavo de Souza Custódio, Priscila Thais dos Anjos, Bruna Rodrigues de Senna. *OTUJUVJ£PCentro de Novos Tratamentos Itajaí (Itajaí, SC). $BUFHPSJB Tendência temporal da mortalidade por câncer de mama feminino nas capitais e no interior dos estados brasileiros "VUPSFTRuffo Freitas Junior, Carolina Maciel Reis Gonzaga, Marta Rovery de Souza, Nilceana Maya Aires Freitas. *OTUJUVJ£P Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia (Goiânia, GO). pessoal e social Foram selecionados 13 trabalhos finalistas e 4 trabalhos vencedores. Os trabalhos vencedores foram: 38 Giro De tudo um pouco: iniciativas, prêmios, de leitura $BUFHPSJB Risco dicas de recidiva locorregional em pacientes porta- ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. dores de câncer de mama HER2-positivos tratados com trastuzumabe adjuvante: o impacto da radioterapia "VUPSFTJanaína Brollo, Maximiliano Cassilha Kneubil, Giuseppe Curigliano. *OTUJUVJ£P Instituto Europeu de Oncologia (Caxias do Sul, RS). Tiragem: 4 mil exemplares Impressão: Gráfica Eskenazi $BUFHPSJB Impacto do índice de massa corpórea sobre a evoEdição eclínica produção: lução das pacientes com câncer de mama triplo-negativo "VUPSFT Geraldine Eltz de Lima, Vladmir Claudio Cordeiro de Lima, Andrea Paiva Gadelha Guimarães, Monique Celeste Tavares, Graziela Zibetti Dal Molin. Publisher: Simone Simon A. C. Camargo (São Paulo, SP). *OTUJUVJ£PHospital A cerimônia de premiação foi realizada no Auditório Moise Safra (Hospital Israelita Albert Einstein) no dia 1º de março de 2013 durante a 7ª Conferência Brasileira de Câncer de Mama. PROJETO MULHERES DE PEITO O projeto “Mulheres de Peito — Falando abertamente sobre o câncer de mama” é uma iniciativa do grupo Mulheres de Peito (composto por: Sergio Lopes, Maria Taccari, Mirela Janotti e Silvia Prado) e foi desenvolvido em uma parceria entre as empresas Conteúdos Diversos e Cinema Animadores e o GBECAM. Trata-se de um documentário que soma as histórias das “mulheres de peito”: Mirela Janotti, Patrícia Resende, Márcia da Silva Barros, Graciela Alves Reyes, Aline Mourão Baptista Bertaco e Mirna Gama — estas mulheres demonstram com suas experiências como gerenciaram Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Assistente editorial: Sergio Azman $BUFHPSJB Ione T-DM1 Direção de arte: Franco em primeira linha para câncer de mama Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 avançado com manutenção de resposta completa por mais de os conflitos gerados a partir do diagnóstico de um câncer de mama. três anos: relato de caso em outubro em 70 países há 20 anos tem o objetivo de apoiar 16 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 16 Revista GBECAM Em 2012, o projeto foi apadrinhado pela Breast Cancer Awareness Campaign — essa campanha acontece simultaneamente 3 21/04/2013 19:46:15 A evidência nossa de cada dia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado a luta contra o câncer de mama. Dentre as ações dessa camLIVRO “TUDO O QUE VOCÊ SEMPRE QUIS SABER SOBRE encontro em Gramado, sintonizados á controvérsias panha está a doação do valor obtido com a venda do batom CÂNCER DE MAMA!” com a missão de traduzir os novos sobre diferentes Pink Ribbon da Clinique (durante o mês de outubro). O evento 17o livro Ponto vista Uma seleção O GBECAM organizou “Tudode o que você sempre quise conhecimentos e incorporá-los perabordagens relaciode lançamento da campanha foi realizado em 25 de setembro análise dos principais estudos de cânsaber sobre câncer manentemente à prática clínicade mama!” que responde de forma simples nadas câncer de (madrinhas de 2012 com participação de váriasaocelebridades da cer de mama no mundo cotidiana. mama, desde o manejo da doença e direta às perguntas mais comuns sobre o câncer de mama. H campanha) e com cobertura do evento na revista Caras de ouNesta edição, abordamos tamavançada até o papel preditivo e Nele, as pacientes — bem como suas amigas e seus familiares — tubro (Caras Rosa). bém o panorama do câncer deexplicações e orientações que muitas vezes prognóstico da linfadenectomia. Na poderão encontrar Artigos de Desde outubro 2012, o documentário está sendo mamaexibido no Brasil, com destaque para cirurgiadeoncológica, consolidam-se são difíceis de serem obtidas, mas que podem fazer diferença autores brasileiros em instituições pela GNT e pela +Globosat.em favor da mastectoo impacto da incorporação do trasas evidências na escolha do tipo de tratamento e de outros aspectos que potuzumabe, a primeira mia com preservação do complexo droga-alvo na nacionais na literatura do câncer de A loja virtual com produtos Mulheres de Peito foi lançada dem melhorar sua equalidade de vida e fazê-la atravessar essa mamiloareolar, mas a técnica conesfera do Sistema Único de Saúde, mama em outubro deste ano. Acompanhem as novidades através do fasenovos da vida com mais tranquilidade e segurança. tinua provocando debates acaloa aquisição de 80 aceleradosite do projeto www.mulheresdepeito.com.br (produtos). Agora rados. Entre os radioterapeutas, a disres lineares para os O serviços livro públicos prioriza a desmistificação do câncer de mama, você pode adquirir os produtos depaís. Peito na cussão em torno da exclusivos radioterapiaMulheres do paratualizacom atenção dirigida ao diagnóstico precoce e Uma ao tratamenloja virtual ecial efetivamente com as pesquisasA clínicas revista institucional do GBECAM acelerada, acontribuir radioterapia hipofração sobre as atividades e as novidades to, tendo sido elaborado por renomados especialistas ligados do GBECAMcionada entrando site do projeto Mulheres também de Peitotraz na neste número a particie ano irradiação convencional do GBECAM ao GBECAM. sessão “produtos”. pação de dezenas de especialistas de toda a mama não é o único tema que ajudam a difundir o a dividir a opinião especialistas. O GBECAM dedica este livro às mulheres brasileiras que Parte da renda apurada pelodos projeto será revertidanacionais para a reaestado da arte na prevenção, diagEsses e muitos outros debates lutam contra o câncer de mama e àquelas já enfrentalização de estudos clínicos em câncer de mama que o GBECAM Sergioque Simon, nóstico e tratamento do câncer decada uma delas um exemplo de força, fé aqueceram a programação da 7ª ediram essa doença, desenvolve. O GBECAM acredita que, com conhecimento cientíDiretor-presidente do GBECAM, destação do Câncer de Mama – Gramado, mama, debatendo os principais ese superação! fico de qualidade e credibilidade, já teremos andado boa parte do ca a necessidade de uma nova agenda tudos e os mais recentes avanços da em mais um encontro repleto de caminho na controvérsias. luta contra o câncer Leiaemais na seção “Dica revista. brasileira paradeaLeitura” atençãodesta oncológica especialidade no Brasil O quede semama. extrai dessa no mundo. 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM 32 Diálogo experiência reforça o compromisso com a atualização médica e amplia a crença na pesquisa translacional para fortalecer a aquisição de evidências. Aqui, trazemos o saldo dessa programação científica, com a proposta de reunir o melhor de mais um Boa leitura Sergio D. Simon Editor clínico 37 Encontro 7 Câncer de Mama – Gramado: intercâmbio científico, pessoal e social o 38 Giro De tudo um pouco: iniciativas, prêmios, dicas de leitura Conselho editorial Sergio D. Simon Editor clínico José Bines Diretor científico GBECAM - Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama Tel.: (11) 2679-6093 E-mail: [email protected] Site: www.gbecam.org.br Carlos Barrios Diretor de relações internacionais Cláudia Vasconcelos Coordenadora executiva A Revista GBECAM é uma publicação semestral do Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama e é distribuída gratuitamente a seus membros, além de profissionais e instituições envolvidos na área de câncer de mama. A reprodução parcial ou total de seus artigos é proibida. ISSN 2236-7039 Tiragem: 4 mil exemplares Impressão: Gráfica Eskenazi Edição e produção: Publisher: Simone Simon Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Assistente editorial: Sergio Azman Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 17 17 3 21/04/2013 19:46:15 >> ponto de vista >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado Atualizações em câncer de mama zados novos s perlínica 17 Ponto de vista Uma seleção e análiseEsta dos seção principais estudos de cân- oferecer um panorama das principais pesquisas em câncer de tem por objetivo cermama de mama no mundo publicadas nos últimos seis meses. tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27 Pesquisa clínica Artigos de autores brasileiros em instituições nacionais na literatura do câncer de mama "SFWJTPBTFHVJS¥EFBVUPSJBEF4FSHJP%4JNPOEJSFUPSQSFTJEFOUFEP(#&$".PODPMPHJTUBEP$FOUSP 1BVMJTUBEF0ODPMPHJBFEP)PTQJUBM*TSBFMJUB"MCFSU&JOTUFJO 30 Mais GBECAM Uma atualização sobre as atividades e as novidades doAdjuvant GBECAM docetaxel, doxorubicin, and cyclophosphamide in node-positive breast cancer: 10-year follow-up of the phase 3 randomised BCIRG 001 trial. ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. 32.BDLFZ+3.BSUJO.1JFOLPXTLJ53PMTLJ+(VBTUBMMB+14BNJ"FUBM-BODFU0ODPM+BO Diálogo Sergio Simon, Diretor-presidente do GBECAM, destaca a necessidade de uma nova agenda TACa versus seguimento de dez anos brasileira para atençãoFAC: oncológica O estudo BCIRG 001, conhecido como TAC versus FAC, foi um estudo que marcou época quando demonstrou, numa análise 37inicial Encontro 7 Câncer de Mama – significativa da sobrevida apresentada em 2002, melhora o livre de doença quando se substituía o fluorouracil do esquema Gramado: intercâmbio científico, clássico de fluorouracil, doxorrubicina e ciclofosfamida (FAC) pelo pessoal e social docetaxel (Taxotere®) no tratamento adjuvante de mulheres com câncer de mama inicial. Os resultados de cinco anos de segui- 38mento Giroforam De tudo um pouco: publicados em 2006 no New England Journal of iniciativas, dicas de leitura Medicine,prêmios, mostrando benefício de sobrevida com a adição de docetaxel. Os autores publicam agora os resultados de seguimento de dez anos, investigando se os resultados favoráveis relatados no seguimento de cinco anos se mantêm após esse período. Neste estudo de fase 3, realizado entre 1997 e 1999, mulheres ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. com câncer de mama inicial, com axila positiva, sem evidência de Tiragem: 4 mil exemplares Impressão: Gráfica Eskenazi doença metastática, foram randomizadas entre o esquema adjuvante clássico FAC e o braço experimental de Taxotere®, doxorrubicina e Edição e produção: ciclofosfamida (TAC). Era necessário pelo menos um linfonodo axilar positivo de um mínimo de seis linfonodos dissecados. As pacientes foram estratificadas por centro de pesquisa e por número de linfonodos comprometidos Publisher: Simone Simon (1 a 3, 4 ou +). O esquema de quimioterapia utiliJornalista responsável: Valéria 24.849) zou as doses clássicas deHartt FAC (MTb (500/50/500) e TAC (75/50/500). O uso Assistente editorial: Sergio Azman profilático de Ione ciprofloxacino foi feito entre os dias 5 e 14 para todas as Direção de arte: Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 (21) 3798-1437 pacientes. O uso de/ RJ granulocyte-colony stimulating factor (G-CSF) profilático não foi permitido de início para as pacientes, mas se tor- 18 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 18 Revista GBECAM nava obrigatório para as pacientes que desenvolvessem neutropenia febril, em todos os ciclos subsequentes. O uso de trastuzumabe adjuvante não foi empregado nas pacientes HER2+ à época do estudo. A presente análise foi realizada quando o seguimento das pacientes atingiu a mediana de dez anos. O endpoint primário do estudo foi a sobrevida livre de doença (SLD), definida como recidiva local ou sistêmica, segundo tumor primário ou morte por qualquer causa. Endpoints secundários foram sobrevida global (SG), toxicidade e qualidade de vida. Foram tratadas com o esquema TAC 745 pacientes, e 746 com o esquema FAC. As características clínicas, demográficas e fenotípicas foram bem balanceadas entre os dois grupos. Os dados de seguimento foram de excelente qualidade, com menos de 6% das pacientes com perda de follow-up aos dez anos. Na presente análise, a SLD aos dez anos foi de 62% para o grupo TAC contra 55% para o grupo FAC (hazard ratio = 0,80, log rank p = 0,0043). Já haviam ocorrido 429 mortes, sendo 188 no grupo TAC e 241 no grupo FAC, com uma SG aos dez anos de 76% no grupo TAC e de 69% no grupo FAC (HR = 0,74, log rank p = 0,0020). Ambos os gráficos de sobrevida são demonstrados na figura 1. Um gráfico de Forrest para SLD e SG mostra que todos os subgrupos (por número de linfonodos comprometidos, status dos receptores hormonais, status do HER2, estado menopausal) foram favoráveis ao grupo TAC, se bem que nem sempre de maneira estatisticamente significativa. 3 21/04/2013 19:46:16 >> SUMÁRIO A evidência nossa de cada dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado H encontro em Gramado, sintonizados controvérsias SobrevidaáLivre de Doença (SLD) Sobrevida Global (SG) 17 Ponto de vista Sobrevida livre de doença (%) Sobrevida global (%) com aTAC missão de traduzir os novos sobre diferentes 100 Uma seleção e FAC conhecimentos e incorporá-los perabordagens relacioanálise dos principais estudos de cân80 80 manentemente à prática clínica nadas ao câncer de cer de mama no mundo cotidiana. mama, desde o manejo da doença 60 60 Nesta edição, abordamos tamavançada até o papel preditivo e bém o panorama do câncer de prognóstico da linfadenectomia. Na 40 40 Artigos de mama no Brasil, com destaque para cirurgia oncológica, consolidam-se autores brasileiros em instituições o impacto da incorporação do trasas evidências em favor da mastecto20 20 tuzumabe, a primeira droga-alvo na mia com preservação do complexo nacionais na literatura do câncer de HR 0,74 (95% CI 0,61-0,90; log rank p = 0,002) HR 0,80 (95% CI 0,63-0,93; log rank p = 0,0043) 0 0de Saúde, e mamiloareolar, mas a técnica conesfera do Sistema Único 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 72 78 84 90 96 102 108 114 120 0 6 12 18 24 30 36 42 48mama 54 60 66 72 78 84 90 96 102 108 114 120 Tempo (meses) Tempo (meses) Pacientes em risco em risco tinuaPacientes provocando debates acaloa aquisição de 80 novos aceleradoTAC 745 742 732 718 704 693 677 661 650 645 635 622 612 603 594 584 571 563 547 524 495 TAC 745 737 710 678 659 639 617 596 583 562 551 541 530 519 508 491 478 463 444 418 387 FAC 746 740 731 724 704 684 657 642 625 608 591 581 573 557 546 532 517 501 482 460 443 rados. Entre radioterapeutas, para os serviços públicos FAC 746 730os 699 659 618 584 558 541 523 510 499 484 a 471 dis453 437 429 414res 392 378lineares 351 333 cussão em torno da radioterapia pardo país. Uma atualizado GBECAM cial acelerada, a radioterapia hipofraFigura 1. Sobrevida livre de doença (SLD) e sobrevidaA revista global institucional (SG) das pacientes do estudo (TAC versus com çãoBCIRG sobre 001 as atividades e asFAC), novidades ea seguimentocionada mediano deirradiação dez anos.convencional também traz neste número a particido GBECAM pação de dezenas de especialistas de toda a mama não é o único tema nacionais que ajudam difundir ojovem (mediana de 49 anos), cerca de 16% das a dividir a opiniãodos dossubtipos especialistas. Uma análise exploratória moleculares mostrou ser uma apopulação estado da arte na prevenção, diagEsses e muitos outros debates que o subgrupo luminal A (receptores hormonais positivos, HER2pacientes apresentam queda da fração de ejeção do ventrículo Sergio Simon, nóstico e tratamento do câncer de aqueceram a programação da 7ª edi, Ki67 baixo) provavelmente não se beneficiou da adição do taxaesquerdo > 20%, muitas delas assintomáticas.do GBECAM, destaDiretor-presidente ção do Câncer de Mama – Gramado, mama, debatendo os principais esno. Já as pacientes com doença HER2+ e receptores hormonais a necessidade de uma nova não agenda A figura 2 ressalta de eventos cardíacos tertudos e os mais recentes avanços daque acaincidência em mais um encontro repleto de negativos, bem como aquelas com triplo negativos, fo- nomina para a atenção oncológica especialidade controvérsias. O que setumores extrai dessa Brasil e no mundo. com o fim da quimioterapia adjuvante, mas pode brasileira ser observaram as que mais se beneficiaram esquema TAC, se bem que experiência reforça odo compromisso do de maneira cumulativa ao longo dos vários anos subsequentes. nem semprecom de maneira estatisticamente a atualização médica e significativa. amplia Boa leitura Essa atualização confirma que o benefício absoluto de so7o Câncer de Mama – a crença na pesquisa Em termos de toxicidade a longo translacional prazo, astenia persistente no brevida visto aos cinco anos (5%) se mantém aos dez anos (7%). para fortalecer a aquisição de eviGramado: intercâmbio científico, período de seguimento foi mais comum no grupo TAC (32%) do Todos os grupos se beneficiaram da adição de docetaxel, com dências. Sergio D. Simon pessoal e social que no grupo FAC (24%). Amenorreia nas mulheres pré-menoAqui, trazemos o saldo dessa Editor clínico a possível exceção das pacientes com tumores do tipo luminal pausadas foi programação mais comum científica, entre as pacientes do grupo TAC (47%) A. Esse é um estudo importante, uma vez que traz uma enorme com a prodo que no grupo FAC (30%). Neuropatia persistente também foi posta de reunir o melhor de mais um quantidade de informação a longo prazo sobre pacientes De tudo um pouco: tratadas um pouco mais comum no grupo que recebeu taxano (5%) do com quimioterapia adjuvante, o queprêmios, é raro nos estudos de adjuiniciativas, dicas de leitura que no grupo FAC (1%). As outras toxicidades, incluindo cardíaca vância em câncer de mama. e hematológica, foram similares entre os dois grupos. Apesar da cardiotoxicidade similar nos dois grupos, os autores enfatizam que TAC FAC casos de insuficiência cardíaca congestiva e de morte cardíaca são TAC (n = 744) 8 Número de eventos 26 17 FAC (n = 736) considerações importantes quando se observam essas pacientes a 7 5 Relatado nos meses 0-55 de 13 acompanhamento longo prazo, devido à morbimortalidade encontrada Conselho editorial nesse grupo. A Revista GBECAM é6 uma Tiragem: exemplares Relatado nos meses 56-120 de 134 mil 12 100 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM 32 Diálogo 37 Encontro Concluindo, os autores consideram que o tratamento adjuSimon vante com docetaxel traz benefícios deSergio SLD D. e de SG quando comEditor clínico parado com o esquema FAC. Apesar disso, os autores chamam José Bines atenção para o fato de que poucos estudos de quimioterapia adDiretor juvante apresentam seguimento longo, no científico qual se podem balanGBECAM - Grupo cear os ganhos de Brasileiro sobrevida com asCarlos toxicidades Barrios tardias. Nesse de Estudos do Câncer de Mama Diretor internacionais estudo, chama atenção a taxa importante de derelações eventos cardíacos Tel.: (11) 2679-6093 tardios,E-mail: que chega a cerca de 7% em ambos os grupos [incluindoCláudia Vasconcelos [email protected] Coordenadora executiva Site: www.gbecam.org.br -se aí insuficiência cardíaca congestiva (ICC) graus 3 e 4 e morte cardíaca], certamente devida à antraciclina. Além disso, apesar de Insuficiência cardíaca congestiva (%) 38 Giro acompanhamento publicação semestral5 do Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer 4 de Mama e é distribuída gratuitamente a seus3 membros, além de profissionais2 e instituições envolvidos na área de câncer 1 de mama. A reprodução parcial ou total de seus artigos é proibida. 0 Impressão: Gráfica Eskenazi Edição e produção: Publisher: Simone Simon 48 60 72 84 96 108 120 Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Assistente editorial: Sergio Azman Direção de arte: Ione Franco Tels.: SPde (11)eventos 2478-6985cardíacos / RJ (21) 3798-1437 ISSN 2236-7039 Figura 2. Incidência cumulativa nos dez 0 12 24 36 Tempo desde a randomização até o evento (meses) anos de seguimento das pacientes do protocolo BCIRG 001. Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 19 19 3 21/04/2013 19:46:16 >> ponto de vista >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado "SFWJTPBTFHVJS¥EFBVUPSJBEF(JMCFSUP"NPSJN0ODPMPHJTUBFDPPSEFOBEPSEP(SVQPEF0ODPMPHJB .BNSJBEB0ODPMPHJTUBT"TTPDJBEPTF1SJTDJMMB1FOUBHOBPODPMPHJTUBEB0ODPMPHJTUBT"TTPDJBEPTF Uma seleção e EB0ODPUFDI zados novos s perlínica 17 Ponto de vista análise dos principais estudos de câncer de mama no mundo tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos Supressão ovariana e uso de fulvestranto como terapia endócrina em mulheres pré-menopausadas 27com Pesquisa Artigos de câncer clínica de mama metastático. autores brasileiros em instituições #BSUTDI3#BHP)PSWBUI;#FSHIPŢ"%F7SJFT$1MVTDIOJH6%VCTLZ1FUBM&VS+$BODFS nacionais na literatura do câncer de mama O tratamento endócrino no câncer de mama está pre- 30sente Mais GBECAM Uma atualizatanto nos estádios precoces quanto avançados. A pos- ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. çãosibilidade sobre as de atividades e as novidades tratamento com terapia endócrina na doença dometastática GBECAM prolonga o intervalo livre de quimioterapia, com possibilidade de estabilização de doença e toxicidade significativamente menor. 32 Diálogo Sergio Simon, O tamoxifenodo tem sido nasdestaúltimas décadas o único trataDiretor-presidente GBECAM, endócrino mulheres pré-menopausadas, ca mento a necessidade de disponível uma nova para agenda porém o advento dos estudos de bloqueio ovariano trouxeram a para a atenção oncológica brasileira possibilidade de uso de outra classe de fármacos, como os inibidores da aromatase. 37 Encontro Câncer de Mama – os altos níveis de estrógeEm mulheres7 pré-menopausadas, o Gramado: intercâmbio no fazem que o uso científico, de inibidores da aromatase sem supressão pessoal e social ovariana não sejam efetivos. Em termos de adjuvância, o grupo austríaco (ABCSG) demonstrou eficácia similar entre o uso de anastrozol associado à gosserrelina e tamoxifeno associado à De tudo um pouco: gosserrelina. Assim como no caso de doença metastática já exisiniciativas, prêmios, dicas de leitura tem estudos demonstrando o benefício do uso de inibidores da aromatase mais gosserrelina em pacientes pré-menopausadas. 38 Giro ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Fulvestranto é um antiestrogênio puro que também necessita do bloqueio ovariano para atuar nas células do tumor em pacientes pré-menopausadas. Tem sido demonstrada em diversos estudos4 de III sua atividade em mulheres pós-menopausadas Tiragem: mil fase exemplares Impressão: Gráfica Eskenazi após a progressão de uma primeira linha endócrina. Sua utilização em pacientes pré-menopausadas em associação à gosserrelina Edição e produção: merece ser avaliada, como promovida nesse estudo. No trabalho foram selecionadas 30 pacientes com câncer de mama avançado pré-menopausadas com receptores hormonais Publisher: Simone positivos para Simon tratamento com 250 mg de fulvestranto assoJornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) ciados a 3,6 mg de gosserrelina a cada quatro semanas, como Assistente editorial: Sergio Azman primeira linha em doença metastática. Vinte e seis Direção de arte: Ioneendócrina Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437programada. A maior parte das pacientes receberam a terapia pacientes foi previamente tratada com tamoxifeno, mas 69% re- 20 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 20 Revista GBECAM ceberam previamente inibidores da aromatase em combinação com gosserrelina. A maior parte das pacientes (69%) apresentava-se com metástases viscerais ao diagnóstico. O objetivo primário do estudo foi o benefício clínico, incluindo doença estável por um tempo maior ou igual a seis meses. Os objetivos secundários foram taxa de resposta, tempo para progressão, sobrevida global e toxicidade. Das pacientes estudadas, 11 (42,3%) apresentaram doença estável por mais de seis meses, três pacientes (11,5%) tiveram resposta parcial, uma paciente obteve resposta completa e dez pacientes (38,5%) progrediram a despeito do tratamento. A taxa de resposta no estudo foi de 58%. O tempo mediano para progressão foi de seis meses (2 a 75 meses) e a mediana de sobrevida global, de 32 meses (5 a 84 meses). Em termos de toxicidade, essa associação tem boa tolerância, com poucos efeitos colaterais. No estudo, os efeitos mais comuns foram sintomas vasomotores, como flushes, e gastrointestinais. Esse artigo é o primeiro que compara a atividade da gosserrelina associada ao fulvestranto em pacientes metastáticas em fase de pré-menopausa. O estudo tinha limitações, como número pequeno de pacientes selecionadas, não randomização e longo tempo de seguimento (dez anos), com utilização de linhas subsequentes não mencionadas e a dose de 250 mg de fulvestranto. No estudo FIRST foi demonstrada a eficácia de 500 mg de fulvestranto sobre o anastrozol. No entanto, vários trabalhos já comprovaram a atividade de inibidores da aromatase em combinação com gosserrelina nesse contexto de pacientes. Para pacientes bem selecionadas de câncer de mama pré-menopausadas metastáticas, esse tratamento pode ser uma opção terapêutica, prolongando o intervalo livre de quimioterapia, com taxas de resposta bem interessantes. Mais trabalhos serão necessários para determinar a dose ideal de tratamento e a comparação de eficácia com outros inibidores da aromatase. 3 21/04/2013 19:46:16 A evidência nossa de cada dia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado "SFWJTPBTFHVJS¥EFBVUPSJBEF%BOJFMB%PSOFMMFT3PTBPODPMPHJTUBDM©OJDBEP)PTQJUBM.PJOIPTEF7FOUP encontro em Gramado, sintonizados á controvérsias com a missão de traduzir os novos sobre diferentes Uma seleção e conhecimentos e incorporá-los perabordagens relacioanálise dos principais estudos de cânmanentemente women à prática with clínicaearly breast cancer participating nadaseffects ao câncer Long-term endometrial in de postmenopausal cer de mama no mundo cotidiana. mama, desde o manejo da doença in the Intergroup Exemestane Study (IES) — a randomised controlled trial of exemestane versus Nesta edição, abordamos tamavançada até o papel preditivo e continued tamoxifen after 2–3 years tamoxifen. bém o panorama do câncer de prognóstico da linfadenectomia. Na Artigos de mama no Brasil, com destaque para cirurgia oncológica, consolidam-se #FSUFMMJ()BMM&*SFMBOE&4OPXEPO$'+BTTFN+%SPTJL,FUBM"OOBMTPG0ODPMPHZ autores brasileiros em instituições o impacto da incorporação do trasas evidências em favor da mastectotuzumabe, a primeira droga-alvo na mia com preservação do complexo nacionais na literatura do câncer de mamiloareolar, mas a técnica conesfera do Sistema Único de Saúde, e mama O uso do tamoxifeno está associado a uma maior incidêncebeu exemestano, sem comprometimento da qualidade de vida tinuauterinas, provocando debates acaloa aquisição novos aceleradocia de alterações como hiperplasia endometrial, pólipos,de 80 e com alguns eventos deletérios ósseos. Foi delineado um subrados. Entre os radioterapeutas, a disres lineares para os serviços públicos cistos e fibroides, além de maior risco de carcinomas e sarcomas protocolo a fim de avaliar prospectivamente as alterações uterinas cussão em torno da radioterapia pardo país. Uma atualizauterinos. Para mulheres na pós-menopausa, uma espessura endonum subgrupo de pacientes do IES. A revista institucional do GBECAM cial acelerada, a radioterapia hipofração sobre as atividades e as novidades metrial inferior a 5 mm considerada uma medida acurada No mês aanterior tambémpara traz neste número partici-à randomização, as mulheres foram submeticionada e aéirradiação convencional do GBECAM excluir doença alteração da espessura endometrial pação de dezenas especialistas transvaginal, a qual foi repetida a cada quade endometrial. toda a mamaAnão é o único tema das àde ultrassonografia (≥ 5 mm) costuma ocorrer em 8% mulheres assintomáticas nacionais na que ajudam a difundir o a dividir a opinião dosdas especialistas. tro semanas inicialmente, e depois nos meses 6, 12 e 24 e ao final estado arte na prevenção, diagmuitos outros debates pós-menopausaEsses e em e85% das mulheres assintomáticas na da pósdo tratamento. A ultrassonografia transvaginal também Sergio Simon,foi realizanóstico e tratamento de término do bloqueio hormonal. da 7ª -menopausaaqueceram que tiverama programação câncer de mama e ediusam tamoxifeno. da 12 edo 24 câncer meses após Diretor-presidente do GBECAM, destação do Câncer de Mama – Gramado, mama, debatendo os principais esApós a descontinuação do tamoxifeno, a espessura endomeO objetivo primário do estudo foi avaliar a proporção de pacientes ca a necessidade de uma nova agenda tudos e os mais recentes avanços da em mais um encontro repleto de trial tende a diminuir, embora em alguns casos a alteração endoespessura endometrial ≥ 5 mm 24 meses após a randomização. brasileira para a atenção oncológica especialidade nocom controvérsias. O que se extrai dessa Brasil e no mundo. metrial possaexperiência ser mais duradoura, como em 45% das mulheres Os objetivos secundários foram: (1) a proporção de pacientes com reforça o compromisso após 12 meses da adescontinuação e em e42% após 30 meses sem com atualização médica amplia Boa leitura espessura endometrial ≥ 5 mm 6 e 12 meses após a randomização e o o medicamento. de Mama a crença na pesquisa translacional 12 e 24 meses após o término do tratamento;7(2)Câncer a espessura endo-– para fortalecer a aquisição de eviGramado: intercâmbio científico, O efeito do tamoxifeno no endométrio ocorre principalmente metrial como variável contínua; e (3) o volume uterino. Foram obtidos dências. estromal subepitelial, a qual acarreta Sergio D. Simon pessoal e social devido à proliferação alteradados a respeito de sintomas e procedimentos ginecológicos e de Aqui, trazemos o saldo dessa Editor clínico ções císticas por obstrução dos lumens glandulares, mimetizando eventos adversos ginecológicos como parte do estudo principal. programação científica, com a prouma hiperplasia endometrial no ultrassom (enquanto o epitélio O cálculo de tamanho amostral baseou-se na proporção de posta de reunir o melhor de mais um De tudo um pouco: permanece normal ou atrófico na maioria dos casos), gerando repacientes na pós-menopausa com espessamento endometrial iniciativas, prêmios, dicas de leitura sultados falso-positivos numa população sabidamente com maior que recebem e que não recebem tamoxifeno. Foi calculado um risco para neoplasias malignas uterinas. Devido a evidências liminúmero de 114 pacientes com o objetivo de detectar uma difetadas de exames custo-efetivos ou eficazes para o diagnóstico rença absoluta de 30% na proporção de pacientes com espessura das alterações endometriais, recomenda-se que a avaliação do endometrial ≥ 5 mm 24 meses após a randomização (de 50% no endométrio seja realizada apenas nas mulheres que apresentam grupo do tamoxifeno para 20% no grupo do exemestano), com sangramento vaginal ou leucorreia. poderGBECAM de 90%é uma e nível de significância bicaudal de 5%. Após a publiConselho editorial A Revista Tiragem: 4 mil exemplares O uso de inibidores da aromatase, que inibem a síntese de publicação caçãosemestral de dados novos sobre espessamento endometrial no ano do Grupo Impressão: Gráfica Eskenazi de Estudos do Câncer novo cálculo de tamanho amostral, e o núSergio D. Simon estrogênio a partir dos andrógenos, mostrou-se vantajoso no tra- Brasileiro de 2000, foi realizado Edição e produção: de Mama e é distribuída Editor clínico tamento adjuvante de mulheres na pós-menopausa e ainda tem gratuitamente mero necessário de pacientes no estudo foi aumentado para 176, a seus membros, a vantagem de estes não causarem efeitos adversos no útero. com o objetivo de detectar uma diferença de 25% na proporção além de profissionais e instituições José Bines envolvidos na área de câncer Diretor científico de pacientes com espessura endometrial ≥ 5 mm (de 55% no gruO Intergroup Exemestane Study (IES), um estudo randomizado de mama. A reprodução parcial po do tamoxifeno para 30%Publisher: no grupo do exemestano). O estudo GBECAM Grupo Brasileiro Carlos Barrios Simone Simon de fase III, comparou o uso de tamoxifeno contínuo por cinco ou total de seus artigos é proibida. de Estudos do Câncer de Mama Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTbcom 24.849) o teve poder de 73% para detectar tal diferença, de acordo Diretor de relações internacionais anos com o uso de tamoxifeno por dois a três anos seguido de Assistente editorial: Sergio Azman Tel.: (11) 2679-6093 número de pacientes avaliáveis para o desfecho primário. troca para exemestano até completarCláudia cincoVasconcelos anos de tratamento H 17 Ponto de vista 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM 32 Diálogo 37 Encontro 38 Giro E-mail: [email protected] Direção de arte: Ione Franco Tels.:foi SPincluído (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 Coordenadora executiva Site: www.gbecam.org.br adjuvante para mulheres na pós-menopausa. Houve melhora na ISSN 2236-7039 Um total de 219 pacientes no presente subprotosobrevida livre de doença e na sobrevida global no grupo que recolo (104 no grupo do exemestano e 115 no grupo do tamoxifeno). Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 21 21 3 21/04/2013 19:46:16 >> ponto de vista >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado Após exclusão de pacientes por problemas de violação de protocolo, 117 pacientes foram avaliadas. zados novos s perlínica 17 Ponto de vista Uma sele ção e na avaliação inicial foi de 6 A espessura endometrial mediana mm; dos 62,6% das pacientes tiveram aumento da espessura endoanálise principais estudos de cân≥ 5 no mm. Após dois anos de tratamento com hormonocermetrial de mama mundo terapia, houve espessamento endometrial ≥ 5 mm em 35,5% do grupo exemestano e em 61,8% do grupo tamoxifeno (p = 0,004). Artigos de A diferença no espessamento endometrial permaneceu seis meautores brasileiros em institui ções ses após a randomização (43,5% no exemestano versus 65,2% no nacionais na literatura câncertodo de o período de tratamento. tamoxifeno, p = 0,01) edodurante mama Nos primeiros 12 meses após término da hormonoterapia, não houve diferenças na proporção de pacientes com alterações do endométrio (30,8% versus 34,7% para o grupo exemestano e taUma atualizamoxifeno, respectivamente; p = 0,67). tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. ção sobre as atividades e as novidades As pacientes que fizeram a troca para exemestano tiveram do GBECAM rápida diminuição na espessura endometrial nos primeiros seis meses (alteração média de -1,9 mm; intervalo de confiança: -3,1 a -0,6 mm; p =Sergio 0,003).Simon, Uma redução menos pronunciada ocorreu entre 6 e 24 meses (alteração destamédia de -0,4 mm; intervalo de Diretor-presidente do GBECAM, -1,3 ade 0,5uma mm;nova p = 0,37). As pacientes que continuaram ca confiança: a necessidade agenda 32 Diálogo a usar tamoxifeno não apresentaram diferenças significativas na espessura endometrial até 24 meses a partir da randomização. O volume uterino foi significativamente reduzido após seis meses de uso de exemestano (p < 0,01 para comparação do volume no início do protocolo e após seis meses de tratamento) e permaneceu inalterado no grupo do tamoxifeno. Dessa forma, houve diferença significativa no volume uterino entre os grupos após seis meses de tratamento (-13,5 mm; intervalo de confiança de 95%: -21,7 a -5,2; p = 0,002), mantendo-se a diferença após 12 e 24 meses de tratamento também. Essa diferença no volume uterino continuou ocorrendo 12 meses após o término do tratamento, mas desapareceu 24 meses após o término da hormonoterapia. Oito pacientes foram submetidas à histerectomia, mas não houve casos de câncer endometrial no subprotocolo. Houve maior frequência de hiperplasia endometrial, pólipos e fibroides uterinos, dilatação uterina, curetagens e sangramento vaginal no grupo do tamoxifeno. Esse foi o primeiro randomizado que investigou o efeito da troca de tamoxifeno por exemestano sobre o endométrio de pacientes assintomáticas, avaliadas através de ultrassonografia. para a atenção oncológica brasileira " SFWJTP B TFHVJS ¥ EF BVUPSJB EF (VTUBWP 8FSVUTLZ EJSFUPS DJFOU©ţDP EP -BUJO "NFSJDBO $PPQFSBUJWF 37 Encontro 7 Câncer de Mama – 0ODPMPHZ(SPVQ-"$0(FPODPMPHJTUBEP)PTQJUBM4P-VDBT1POUJG©DJB6OJWFSTJEBEF$BU¯MJDBEP3JP(SBOEF o Gramado: intercâmbio científico, EP4VM16$34 pessoal e social for 38Endocrine Giro De tudotherapy um pouco: postmenopausal women with hormone receptor-positive her2-negative advanced breast cancer after progression or recurrence on nonsteroidal aromatase inhibitor therapy: iniciativas, prêmios, dicas de leitura a Canadian consensus statement. 1SJUDIBSE,*(FMNPO,"3BZTPO%1SPWFODIFS-8FCTUFS..D-FPE%7FSNB4$VSS0ODPM 'FC ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Tiragem: 4 mil exemplares Introdução Impressão: Gráfica Eskenazi Aproximadamente 70% a 75% dos tumores de mama são re- Edição e produção: ceptores hormonais positivos (RH+). Apesar de melhora no rastre- amento e avanços nas opções de tratamento, um número substancial de mulheres em pós-menopausa com câncer de mama RH+ continuam a desenvolver doença metastática durante ou Publisher: Simone Simon após terapia endócrina Jornalista responsável: Valéria adjuvante. Hartt (MTb 24.849) Assistente editorial: Sergio Azman Emdeestágio avançado/metastático, a terapia endócrina seDireção arte: Ione Franco Tels.: SP (11) é 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 quencial uma estratégia preferencial no tratamento de pacien- tes com doença limitada ou indolente. Apesar de sua eficácia, o 22 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 22 Revista GBECAM desenvolvimento de resistência ao tratamento endócrino é uma regra e acontecerá de forma precoce (também chamada resistência primária) ou tardia (resistência secundária). A terapia endócrina sequencial com moduladores seletivos de receptores hormonais, inibidores da aromatase (IA) não esteroidais e bloqueadores de receptores hormonais é considerada o tratamento standard para pacientes pós-menopausadas com câncer de mama avançado RH+ e HER2-. Devido ao aumento no uso de IA não esteroidais (IANE) na adjuvância e primeira linha metastática, a questão de qual tratamento endócrino usar na recorrência ou na progressão ao IANE é de grande interesse. 3 21/04/2013 19:46:16 A evidência nossa de cada dia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado Com isso, um grupo canadense de oncologistas desenvolveu Manejo de pacientes pós-menopausadas com câncer de em Gramado, sintonizados á controvérsias um consenso com recomendações para a seleção deencontro terapia enmama avançado que recorreram ou progrediram a um IANE com a missão de traduzir os novos sobre diferentes dócrina em pacientes pós-menopausadas com câncer de mama Em pacientes que apresentam doença lenta Uma progressão oue 17 Ponto dedevista seleção conhecimentos e incorporá-los per-o considerável benefício clínico em termos abordagens relacioRH+ e HER2-, as quais recidivaram ou progrediram a um IANE. endocrinossensível, análise dos principais estudos de cânmanentemente à prática clínica nadas aoautores câncerforam de baseadas As discussões e recomendações dos nos versusno 2,8mundo meses, HR 0,43; 0,35de sobrevida livre progressão (6,9mama cer de cotidiana. mama, desde o manejo da doença H resultados de quatro estudos clínicos de fase III [EFECT (Evalua0,54: p < 0,001) no estudo BOLERO-2 suportam o uso de exeNesta edição, abordamos tamavançada até o papel preditivo e tion of Faslodex versus Exemestane Clinical Trial), SOFEA (Study of mestano everolimo (EXE mais EVE), o qual também mostrou bém o panorama do mais câncer de prognóstico da linfadenectomia. Na Faslodex withcirurgia or without Concomitante Arimidex versus ExemesArtigos de subanálise doença mama no Brasil,em com destaquemaior para eficácia em pacientes com apenas oncológica, consolidam-se tane Following Progression Aromatase Inhibitors), CONFIRM brasileiros podem em institui ções metastática óssea. Outrasautores opções terapêuticas ser consio impacto da incorporação do trasas evidências emonfavor da mastecto(Comparisonmia of Faslodex in Recurrent or Metastatic tuzumabe, Breast Can-a primeira com preservação do complexo droga-alvo naintolerância deradas em caso de ao EVE. Pacientes em de EXE nacionais na literatura do uso câncer de mamiloareolar, mas Who a técnica conesfera do Sistema Único de Saúde, e cer) e BOLERO-2 (Breast Cancer Are Refractory to Letrozole mais EVE devem ser monitoradas mama cuidadosamente para otimizar tinua debatespós-menopausadas acaloa aquisição novos aceleradoor Anastrozole)] queprovocando incluíram pacientes comde 80 o manejo da toxicidade, a adesão ao tratamento e consequenterados.avançado/metastático Entre os radioterapeutas, a disresrefratárias lineares paramente os serviços públicos câncer de mama RH+ e HER2-, maximizar o benefício clínico. cussão em torno da radioterapia pardo país. Uma atualizaou que progrediram a um IANE. A revista institucional do GBECAM cial acelerada, a radioterapia hipofração sobre as atividades e as novidades Manejo de doença também traz neste número a partici-endocrinorresistente cionada e a irradiação convencional do GBECAM pação de dezenas Foram de especialistas de toda a mama não é o único tema Recomendações definidas com câncer de mama endocrinorresistennacionais que ajudam a difundir o com recorrência durante os dois primeiros dividir aasopinião dos especialistas. te aquelas pacientes A figura 1aresume recomendações desse consenso. estado da arte na prevenção, diagEsses e muitos outros debates Sergio Simon, nóstico e tratamento do câncer de aqueceram a programação da 7ª ediDiretor-presidente do GBECAM, destação do Câncer de Mama – Gramado, mama, debatendo os principais esca a necessidade de uma nova agenda tudos e os mais recentes avanços da em mais um encontro repleto de para a atenção oncológica brasileira especialidade no Brasil e no mundo. controvérsias. O que se extrai dessa experiência reforça o compromisso com a atualização médica e amplia Boa leitura 7o Câncer de Mama – a crença na pesquisa translacional para fortalecer a aquisição de eviGramado: intercâmbio científico, dências. Sergio D. Simon pessoal e social Aqui, trazemos o saldo dessa Editor clínico programação científica, com a proposta de reunir o melhor de mais um De tudo um pouco: 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM 32 Diálogo 37 Encontro 38 Giro iniciativas, prêmios, dicas de leitura Conselho editorial A Revista GBECAM é uma Tiragem: 4 mil exemplares publicação semestral do Grupo Impressão: Gráfica Eskenazi Brasileiro de Estudos do Câncer Sergio D. Simon Edição e produção: de Mama e é distribuída Editor clínico gratuitamente a seus membros, além de profissionais e instituições José Bines envolvidos na área de câncer Diretor científico a de mama. A reprodução parcial Para pacientes com idade superior a 70 anos ou para aquelas com múltiplas comorbidades ou comprometimento do estado de saúde, considerar GBECAM Gruporeduzida Brasileirode 5 mg por dia, Carlos Barrios Publisher: Simone Simon dose-inicial seguida de potencial escalonamento dose (dependendo da tolerabilidade). ou de total de seus artigos é proibida. de Estudos do Câncer de Mama Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Diretor relações internacionais EVE = everolimo; EXE = exemestano; F500 de = fulvestranto, 500 mg; F250 = fulvestranto, 250 mg; CT = quimioterapia. Assistente editorial: Sergio Azman Tel.: (11) 2679-6093 Cláudia Vasconcelos Direção de arte: Ione Franco E-mail: [email protected] Tels.: SP (11) de 2478-6985 RJ (21) 3798-1437 Coordenadora executiva ISSN 2236-7039 www.gbecam.org.br da terapia FiguraSite: 1. Recomendações endócrina (ET) para pacientes pós-menopausadas com câncer mama/avançado, RH+ e HER2-, com recorrência ou progressão ao tratamento prévio com IANE. Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 23 23 3 21/04/2013 19:46:16 >> ponto de vista >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado anos de terapia endócrina adjuvante ou progressão em menos de seis meses do início do tratamento endocrinometastático. zados novos s perlínica As opções essas pacientes fulvestranto, 500 mg 17 Ponto de para vista Uma seleção seriam e (F500), EXE mais EVE, quimioterapia análise dos principais estudos de cân- ou EXE em monoterapia. magnitude do efeito, a tolerabilidade e a convenicerConsiderando de mama noamundo ência em relação à quimioterapia, o uso da combinação EXE mais &7&¥SFDPNFOEBEP2VJNJPUFSBQJBţDBSFTFSWBEBDPNPFTDPMIB para aquelas pacientes comArtigos doençade visceral sintomática. tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27 Pesquisa clínica autores brasileiros em instituições nacionais na literatura do câncer de Tratamento de pacientes com grande volume de doença mamaA quimioterapia é recomendada para pacientes com câncer de mama avançado/metastático RH+ e HER2- com doença sintomática ou de rápida progressão. Para pacientes com doença visceral Uma atualizaindolente ou que não aceitem a quimioterapia, várias opções de ção sobre as atividades e as novidades dotratamento GBECAM estão disponíveis: EXE, F250, F500, EXE mais EVE. Considerar tratamento com EXE mais EVE em pacientes com doença visceral assintomáticas ou pouco sintomáticas, independentemente da extensãoSergio da doença ou do tratamento quimioterápico prévio. Simon, 30 Mais GBECAM ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. 32 Diálogo sobre a necessidade de reportar precocemente os eventos adversos causados pelas medicações. Em pacientes com comorbidades ou estado de saúde comprometido, o escalonamento de dose (exemplo iniciar EVE, 5 mg, e aumentar para 10 mg se bem tolerado) pode ser considerado. Nova biópsia Uma nova biópsia do sítio metastático é recomendada, se for de fácil acesso, com o intuito de confirmar o diagnóstico imunoistoquímico (especialmente RH e HER2). Nova biópsia é altamente recomendada para aquelas pacientes em que a evolução da doença não corresponde ao perfil imunoistoquimico do câncer de mama diagnosticado. Resumo A terapia endócrina sequencial é o tratamento de escolha em pacientes refratárias ao IANE. Neste contexto, o uso de EXE mais Diretor-presidente do GBECAM, destaca Tratamento a necessidade uma nova agenda de de pacientes idosas com câncer de mama HR+ brasileira para a atençãoaoncológica refratárias IANE EVE é umas das opção terapêuticas preferenciais devido à magni- Várias opções de tratamento estão disponíveis para essas pacientes: EXE, F250,o F500, EXE mais EVE. É importante informá-las rados na seleção do tratamento, assim como um manejo proativo 37 Encontro 7 Câncer de Mama – Gramado: intercâmbio científico, pessoal e social tude de benefício clínico apresentado no estudo BOLERO-2. Idade, estado funcional e comorbidades são fatores a serem consideda toxicidade em caso de opção por EVE. 38 Giro De tudo um pouco: iniciativas, prêmios, dicas de leitura ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Tiragem: 4 mil exemplares Impressão: Gráfica Eskenazi Edição e produção: Publisher: Simone Simon Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Assistente editorial: Sergio Azman Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 24 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 24 Revista GBECAM 3 21/04/2013 19:46:16 No tratamento de pacientes portadoras de câncer de mama RH+* na pós-menopausa, previamente tratadas com terapia hormonal, Faslodex® (fulvestranto) proporciona:(2) ( ( recupere e mantenha o controle (1) Controle eficaz e bem-tolerado da doença.(3) Atividade em pacientes com doença visceral.(4) Um mecanismo de ação diferente que proporciona controle duradouro.(3-5) (DuR** mediana ~ 17 meses) Melhor benefício clínico quando utilizado nas linhas iniciais de tratamento.(6) Faslodex® (fulvestranto) é o primeiro agente de uma nova classe de antiestrogênicos que leva à supressão dos receptores de estrogênio. Indicações: Faslodex é indicado para o tratamento de mulheres de qualquer idade e que estejam na pós-menopausa, portadoras de câncer de mama localmente avançado ou metastático, previamente tratadas com terapia endócrina (antiestrogênio ou inibidor da aromatase), independente se a pós-menopausa ocorreu naturalmente ou foi induzida artificialmente. Contraindicações: Faslodex é contra-indicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade ao fulvestranto ou a qualquer componente da fórmula. Cuidados e Advertências: Advertências: O fulvestranto é metabolizado primariamente no fígado. Deve-se ter cuidado ao usar Faslodex em pacientes com insuficiência hepática, pois o clearance pode ser reduzido. Deve-se ter cuidado antes de tratar pacientes que tenham clearance de creatinina menor que 30 mL/min. Deve-se ter cuidado antes de tratar pacientes com distúrbios de coagulação, trombocitopenia ou em uso de anticoagulante, devido à via de administração. Uso durante a gravidez e a lactação: Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. O uso de Faslodex deve ser evitado em gestantes e lactantes. Interações medicamentosas: Não é necessário ajuste de dose em pacientes recebendo inibidores ou indutores da CYP3A4 (outras informações vide bula completa do produto). Reações adversas: As seguintes reações adversas ao medicamento foram observadas em ensaios clínicos para Faslodex 250 mg: Muito comuns: reações no local da injeção, astenia (fraqueza), elevação das enzimas hepáticas (ALT, AST, ALP – este efeito só pode ser visto quando um exame de sangue é realizado), náusea (enjoo) e dor de cabeça. Comuns: ondas de calor, vômitos, diarreia, anorexia (perda do apetite), erupção cutânea (lesões na pele com vermelhidão), infecções do trato urinário, reações de hipersensibilidade (reações alérgicas) e aumento da bilirrubina (pigmento produzido pelo fígado). Incomuns: insuficiência hepática (do fígado), hepatite (inflamação do fígado) e aumento da gama-GT (enzima do fígado), Posologia: A dose recomendada de Faslodex é de 250 mg, em injeção única de 5 ml, a ser administrada por via intramuscular na nádega, com intervalos de 1 mês. É recomendado que a injeção seja administrada lentamente (informações relacionadas ao Modo de Usar vide bula completa do produto). Superdose: Não há experiência de superdosagem em humanos. Caso ocorra superdosagem, as pacientes devem ser tratadas sintomaticamente. Apresentação: Solução injetável 250 mg/5 mL (50 mg/mL) em embalagem com uma seringa preenchida, contendo 5 mL da solução injetável, acompanhada de uma agulha estéril descartável. USO ADULTO. USO INJETÁVEL POR VIA INTRAMUSCULAR. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. Para mais informações, consulte a bula completa do produto (FAS007). AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia SP - CEP 06707-000 Tel.: 0800-0145578. www.astrazeneca.com.br Faslodex®. MS – 1.1618.0114. FX.12.E.164 – Produzido em Maio/2012 *Receptor hormonal positivo **DuR - Duração da Resposta Referências: 1- Colozza M et al. Achievements in systemic therapies in the pregenomic era in metastatic breast cancer. Oncologist 2007;12(3):253-70. 2- Bula do produto. 3- Robertson JFR et al. Fulvestrant versus anastrozole for the treatment of advanced breast carcinoma in postmenopausal women. A prospective combined analysis of two multicenter trials. Cancer 2003;98(2):229-38. 4- Mauriac L et al. Fulvestrant (Faslodex(TM)) versus anastrozole for the second-line treatment of advanced breast cancer in subgroups of postmenopausal women with visceral and non-visceral metastases: combined results from two multicentre trials. Eur J Cancer 2003;39:1228-33. 5- Dowsett M et al. Biological characteristics of the pure antiestrogen fulvestrant: overcoming endocrine resistance. Breast Cancer Res Treat 2005;93(Suppl 1):S11-8. 6- Steger GG et al. Fulvestrant (‘Faslodex’): Clinical experience from the Compassionate Use Programme. Cancer Treat Rev 2005;31(Suppl 2): S10-S16. Contraindicações: Hipersensibilidade à droga ou a qualquer componente da fórmula. Deve ser evitado em gestantes e lactantes. Interações medicamentosas: Não é necessário ajuste de dose em pacientes recebendo inibidores ou indutores da CYP3A4. Material destinado exclusivamente à classe médica. A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. www.astrazeneca.com.br 14761 Rev GBECAM 6.indd 25 Revista GBECAM 25 21/04/2013 19:46:21 >> pesquisa clínica >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado Artigos brasileiros sobre câncer de mama nos últimos seis meses zados novos s perlínica 17 Ponto de vista Uma seleção e análise dos principais estudos de câncer de mama no mundo tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27Por Pesquisa José Binesclínica Artigos de autores brasileiros institui ções Diretor Científico do em GBECAM e oncologista do INCA – Rio de Janeiro/RJ nacionais na literatura do câncer de mama N esta seção reproduzimos algumas contribuições de autores brasileiros em instituições nacionais, dentro da literatura de câncer de mama. Uma atualiza- circumference of 88 cm or larger, blood pressure of 130/85 mm Hg ção sobre as atividades e asdanovidades Algumas publicações produção brasileira de artigos em docâncer GBECAM de mama foram selecionadas após busca no PubMed com level of 100 mg/dL or higher. For statistical analysis, Student’s t test, 30 Mais GBECAM ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. as palavras breast, cancer, Brazil, com limitação para os últimos seis meses. O abstract é apresentado, seguido de um breve coSergio Simon, mentário. Solicitamos sugestões e críticas dos leitores para que Diretor-presidente do GBECAM, destapossamos aperfeiçoar a seção. 32 Diálogo ca a necessidade de uma nova agenda brasileira para a atenção oncológica Risk of metabolic syndrome in postmenopausal breast cancer survivors. Menopause. 2012 Nov 27. [Epub ahead of print] Buttros DB, Nahas EA, o Vespoli HD, Uemura G, de Almeida BD, Nahas-Neto J. or higher, triglycerides level of 150 mg/dL or higher, high-density lipoprotein cholesterol level lower than 50 mg/dL, and glucose X test, and logistic regression (odds ratio [OR]) were used. RESULTS The mean (SD) age of breast cancer survivors was 60.6 (8.6) years, with a mean (SD) follow-up of 9.4 (4.4) years. A higher percentage of breast cancer survivors (46.2%) were obese as compared with controls (32.7%; P < 0.05), and a smaller percentage showed optimal values for low-density lipoprotein cholesterol, glucose, Câncer de Mama – Gramado: intercâmbio científico, Abstract pessoal e social and C-reactive protein versus controls (P < 0.05). MetS was The aim of this study was to assess the risk of metabolic syndrome (MetS)Deintudo postmenopausal um pouco: breast cancer survivors as compared with postmenopausal iniciativas, prêmios, dicas dewomen leitura without breast cancer. > 88 cm), affecting 62.5% and 67.8% of the participants, respectively. 37 Encontro 7 OBJECTIVE 38 Giro diagnosed in 50% of breast cancer survivors and in 37.5% of control group women (P < 0.05). Among the MetS diagnostic criteria, the most prevalent was abdominal obesity (waist circumference In the control group, breast cancer survivors had a higher risk for MetS (OR, 1.66; 95% CI, 1.04-2.68), dysglycemia (OR, 1.05; 95% CI, 1.09-3.03), and hypertension (OR, 1.71; 95% CI, 1.02-2.89). METHODS ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. In this cross-sectional study, 104 postmenopausal breast cancer survivors were compared with 208 postmenopausal women (controls) attending a university hospital. Eligibility criteria Tiragem: 4 mil exemplares included the following: amenorrhea longer than 12 months and Impressão: Gráfica Eskenazi aged 45 years or older, treated for breast cancer, and metastasisfree for at least Edição e produção: 5 years. The control group consisted of women with amenorrhea longer than 12 months and aged 45 years or older and without breast cancer, matched by age and menopause status (in a proportion of 1:2 as sample calculation). Clinical and Publisher: Simone Simon anthropometric data were collected. Biochemical parameters, Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) including total cholesterol, high-density lipoprotein cholesterol, Assistente editorial: Sergio Azman low-density lipoprotein cholesterol, triglycerides, glucose, and Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 (21) 3798-1437 C-reactive protein,/ RJ were measured. Women showing three or more diagnostic criteria were diagnosed as having MetS: waist 26 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 26 Revista GBECAM CONCLUSIONS Postmenopausal breast cancer survivors present a higher risk of developing MetS as compared with women without breast cancer. Bupropion for control of hot flashes in breast cancer survivors: a prospective, double-blind, randomized, crossover, pilot phase II trial. J Pain Symptom Manage. 2012 Sep 24. [Epub ahead of print] Nuñez GR, Pinczowski H, Zanellato R, Tateyama L, Schindler F, Fonseca F, Del Giglio A. Abstract CONTEXT Hot flashes (HFs) and sexual dysfunction often affect breast cancer (BC) survivors and compromise their quality of life. Bupropion is an 3 21/04/2013 19:46:21 A evidência nossa de cada dia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado na, citalopram, fluoxetina, sertralina, paroxetina), anti-hipertensivos antidepressive medication used for smoking cessation and also has encontro em Gramado, sintonizados á controvérsias been previously studied for the treatment of sexual dysfunction. (como clonidina) e análogos do ácido gama butírico (como gabacom a missão de traduzir os novos sobre diferentes pentina), além de terapias não medicamentosas (como Umaacupuntuseleção e conhecimentos ra). e incorporá-los perabordagens relacioO grupo da Faculdade do ABC1 comparou em estudo-piloto de OBJECTIVES análise dos principais estudos de cânmanentemente à prática clínica nadas ao câncer de fase II: bupropiona (também um antidepressivo, utilizado na cessaWe aimed to evaluate bupropion’s efficacy in controlling HFs in cer de mama no mundo cotidiana. mama, desde o manejo da doença ção de tabagismo) com placebo; em estudo randomizado duploBC survivors. Nesta edição, abordamos tamavançada até o papel preditivo e -cegodocom crossover. bém o panorama câncer de O estudo não demonstrou benefício para prognóstico da linfadenectomia. Na Artigos de bupropiona nopara controle de fogachos. A diminuição antecipada mama no Brasil,acom destaque METHODS cirurgia oncológica, consolidam-se H 17 Ponto de vista 27 Pesquisa clínica em de institui ções em 50% de fogachos o númerobrasileiros correspondente pacientes o impacto da incorporação do tras- comautores as evidências em favor da mastectoThis was a randomized, double-blind, crossover, placebo-controlled tuzumabe, a primeira mia com preservação do complexo droga-alvo na nacionais na literatura do câncer de (55) não permite descartar um benefício mais modesto. Entretanpilot study that enrolled 55 BC survivors who reported more than mamiloareolar, mas a técnica conesfera do Sistema Único de Saúde, e mama to, esses resultados se juntam à pouca literatura disponível, com a seven HFs per week. Subjects were randomized to receive either tinua provocando debates acaloa aquisição de 80 novos aceleradoconclusão que bupropiona não está indicada com intuito de mebupropion 150mg twice daily for four weeks followed by one week rados. Entre os radioterapeutas, a disres lineares para os serviços públicos lhora de fogachos em pacientes após câncer de mama. of washout and four more weeks of placebo twice daily or vice cussão em torno da radioterapia pardo país. Uma atualizaversa. The primary end point was average daily HF activity (number Elementos da síndrome metabólica, que inclui obesidade A revista institucional do GBECAM cial acelerada, a radioterapia hipofração sobre as atividades e as novidades of HFs and cionada a score ecombining number and severity) reported também traz neste número a partici-à insulina, hipertensão e dislipidemia, estão a irradiação convencional central, resistência do GBECAM while on bupropion on placebo. points de were dezenas de especialistas de toda aormama não é oSecondary único temaend pação associados com aumento de risco de recorrência do câncer de nacionais que ajudam a grupo difundir a dividirdepression, a opinião dos sexual dysfunction, andespecialistas. quality of life evaluated with mama. O da oFaculdade de Medicina de Botucatu2 compaestado da arte na prevenção, diagEsses e muitos outros debates the Arizona Sexual Experience Scale, Beck Depression Inventory, rou 104 pacientes na pós-menopausa após câncer de mama com Sergio Simon, nóstico e tratamento do câncer de aqueceram a programação 7ªTreatment ediand European Organization for Researchda and of Cancer 208 controles (em acompanhamento na clínica de climatério da Diretor-presidente do GBECAM, destação do Câncer de Mama – Gramado, mama, debatendo os principais es2VBMJUZPG-JGF2VFTUJPOOBJSF$SFTQFDUJWFMZ instituição) quanto à presença de síndrome metabólica. Síndroca a necessidade de uma nova agenda tudos e os mais recentes avanços da em mais um encontro repleto de metabólica estava presente 50% dos casos e brasileira em 38% dos para aem atenção oncológica especialidade nome controvérsias. O que se extrai dessa Brasil e no mundo. 30 Mais GBECAM 32 Diálogo RESULTS controles. Guardadas as limitações de um estudo caso-controle e experiência reforça o compromisso Bupropion reduced by 1.26 per day and the HF score Boa by 6.31%, com a HFs atualização médica e amplia leitura da ausência de dados quanto à presença de síndrome metabóli7o Câncer dereforça Mamao– whereas placebo reduced by 2.11translacional per day (P>0.05) and the HF a crença na HFs pesquisa ca antes do diagnóstico de câncer de mama, o estudo para (P>0.05). fortalecerThere a aquisição eviscore by 30.47% were nodestatistically significant Gramado: intercâmbio científico, conceito que os cuidados de pacientes com câncer de mama não dências. bupropion and placebo in the Arizona Sergio D. Simon differences between Sexual pessoaldee câncer. social devem se limitar ao tratamento Aqui, trazemos o saldo dessa and European Editor clínico Experience Scale, Beck Depression Inventory, programação científica, com a pro0SHBOJ[BUJPOGPS3FTFBSDIBOE5SFBUNFOUPG$BODFS2VBMJUZPG-JGF Comprehensive analysis of BRCA1, BRCA2 andum TP53 germline muposta de reunir o melhor de mais um De tudo pouco: 2VFTUJPOOBJSF$ "U UIF FOE PG UIF TUVEZ PG UIF QBUJFOUT tation and tumor characterization: a portrait of early-onset breiniciativas, prêmios, dicas de leitura preferred bupropion, whereas 53% preferred placebo. There were ast cancer in Brazil. PLoS One. 2013;8(3):e57581. doi: 10.1371/journal. no statistically significant differences in side effects between the pone.0057581. Epub 2013 Mar 1. study groups. Carraro DM, Koike Folgueira MA, Garcia Lisboa BC, Ribeiro Olivieri 37 Encontro 38 Giro EH, Vitorino Krepischi AC, de Carvalho AF, et al. CONCLUSION Compared with placebo, bupropion did not control HFs in this Abstract Conselho editorial A Revista GBECAM é uma Tiragem: 4 mil exemplares group of BC survivors. Germline mutations genes have been identified as one of publicação semestral do Grupoin, and Impressão: Gráfica Eskenazi COMENTÁRIO DOS ARTIGOS 1 e 2 Sergio D. Simon Editor clínico Os avanços terapêuticos em câncer de mama José Bines podem se traduzir Diretorda científico em diminuição da mortalidade decorrente doença. Ao mesmo tempo,GBECAM doenças e sintomas ou relacionados ao - Grupo Brasileiro independentes Carlos Barrios Estudos do e Câncer Mama câncerdede mama a seudetratamento merecem atenção no acomDiretor de relações internacionais Tel.: (11) 2679-6093 panhamento de pacientes. Cláudia Vasconcelos E-mail: [email protected] Site: www.gbecam.org.br Fogachos são sintomas colaterais Coordenadora frequentes executiva após carcinoma de mama. Seu tratamento inclui antidepressivos (como venlafaxi- Brasileiro de Estudos do Câncer the most important disease-causing issues in young breast cancer Edição e produção: de Mama e é distribuída patients worldwide. gratuitamente a seus membros,The specific defective biological processes além de profissionais e instituições that trigger germline mutation-associated and -negative tumors envolvidos na área de câncer remain unclear. To delineate an initial portrait of Brazilian earlyde mama. A reprodução parcial onset breast cancer, we performed an investigation combining Publisher: Simone Simon ou total de seus artigos é proibida. Jornalista responsável: Valéria Hartt both germline and tumor analysis. Germline screening(MTbof24.849) the , Assistente editorial: Sergio Azman (c.1100delC and genes was performed in 54 unrelated patients <35 Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 3798-1437 ISSN y;2236-7039 their tumors were investigated with respect/ RJ to(21) transcriptional and genomic profiles as well as hormonal receptors and HER2 Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 27 27 3 21/04/2013 19:46:21 >> pesquisa clínica >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado expression/amplification. Germline mutations were detected in 12 out of 54 patients (22%) [7 in (13%), 4 in (7%) and one in (2%) gene]. A cancer familial history Uma sele ção ewas present in 31.4% of the unrelated patients, from them 43.7% análise dos principais estudos de cân- were carriers for germline in and in 6.2% in the genes). Fifty percent of cermutation de mama(37.5% no mundo the unrelated patients with hormone receptor-negative tumors carried mutations, percentage increasing to 83% in cases with familial history of cancer. Over-representation of DNA damage-, Artigos de cellular and cell cycle-related processes was detected in the upautores brasileiros em instituições regulatedna genes of -associated tumors, nacionais literatura do câncer de whereas cell and embryo development-related processes were over-represented in the mama up-regulated genes of -negative tumors, suggesting distinct mechanisms driving the tumorigenesis. An initial portrait of the Uma atualizaearly-onset breast cancer patients in Brazil was generated pointing çãoout sobre atividades e as novidadestumors and positive familial that as hormone receptor-negative dohistory GBECAM are two major risk factors for detection of a germline zados novos s perlínica 17 Ponto de vista tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. mutation. Additionally, the data revealed molecular factors that potentially trigger the tumor development in young patients. COMENTÁRIO A população brasileira tem uma composição genética complexa. O grupo do Hospital A. C. Camargo, em São Paulo, fez uma delineação inicial do perfil de pacientes brasileiras jovens (com idade inferior a 35 anos) com câncer de mama, a partir de um grupo de 54 mulheres não relacionadas. Apesar do número pequeno de pacientes, a partir dos resultados encontrados, os autores recomendam aconselhamento genético e testagem para mutação do gene BRCA1 quando as três características estão presentes: paciente (idade superior 35 anos), história familiar (positiva) e tumor (receptor hormonal negativo e triplo negativo). © Polka Dot Images / Matton Images dia 32 Diálogo Sergio Simon, Diretor-presidente do GBECAM, destaca a necessidade de uma nova agenda para a atenção oncológica brasileira 37 Encontro 7 Câncer de Mama – Gramado: intercâmbio científico, pessoal e social o 38 Giro De tudo um pouco: iniciativas, prêmios, dicas de leitura ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Tiragem: 4 mil exemplares Impressão: Gráfica Eskenazi Edição e produção: Publisher: Simone Simon Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Assistente editorial: Sergio Azman Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 28 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 28 Revista GBECAM 3 21/04/2013 19:46:22 Anun © Polka Dot Images / Matton Images Anúncio Sanofi UMA EMPRESA COM FOCO NO PACIENTE 3URGX]LPRVPHGLFDPHQWRVHYDFLQDVSDUDUHVSRQGHUDRVGHVD¿RVGHPHOKRUDUD VD~GHQR%UDVLOHID]HUDGLIHUHQoDQDYLGDGDVSHVVRDV ZZZVDQRILFRPEUZZZVDQRILSDVWHXUFRPEUZZZPHGOH\FRPEUZZZJHQ]\PHFRPEUZZZPHULDOFRPEU 14761 Rev GBECAM 6.indd 29 1 Anuncio Inst_205mmX275mm.indd 21/04/2013 20:22:41 19:46:22 18/03/2013 >> diálogo >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado Pesquisa sobre produção científica e endpoints em câncer de mama zados novos s perlínica 17 Ponto de vista Uma seleção e análise dos principais estudos de câncer de mama no mundo tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos D. Saad 27Everardo Pesquisa clínica Artigos de Diretor científico, Dendrix, autores brasileiros em instituiSão çõesPaulo nacionais na literatura do câncer de mama 30Introdução Mais GBECAM P Uma atualiza- or ocasião do mais recente Enfoque San Antonio, evento ção sobre as atividades e as novidades organizado pelo Grupo Brasileiro de Estudos em Câncer de do GBECAM Mama (GBECAM) em março de 2013, tive a honra de apresentar alguns dos resultados de minha linha de pesquisa, possível graças à colaboraçãoSergio com diversos Simon, profissionais do Brasil e do exterior, e que envolve duas Diretor-presidente dovertentes GBECAM,principais: desta- uma avaliação biblioméda produção ca trica a necessidade de científica uma novabrasileira agenda na área de oncologia e a endpointsbrasileira , ambas resumidas a seguir. pesquisa sobreoncológica para a atenção ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. 32 Diálogo 37 Encontro 7 Câncer de Mama – Gramado: intercâmbio científico, pessoal e social o 38 Giro De tudo um pouco: iniciativas, prêmios, dicas de leitura ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Tiragem: 4 mil exemplares Impressão: Gráfica Eskenazi FOTO Edição e produção: Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 30 Revista GBECAM A pesquisa clínica, área de atividade dedicada ao desenvolvimento clínico de novos tratamentos, está atualmente bastante desenvolvida em nosso país. Assim, é de interesse conhecer aspectos específicos da pesquisa clínica em oncologia. Recentemente, apresentamos um resumo do panorama em pesquisa clínica sobre o câncer no Brasil1. O quinto maior país do mundo em extensão e em população, bem como o nono em termos econômicos2, já está colocado na 13ª posição mundial em termos de produção científica, com pouco mais de 30 mil artigos publicados em 200832VBOEPTFBWBMJBFYDMVTJWBNFOUFBPODPMPHJB¥ sabido que vem aumentando a participação brasileira na pesquisa sobre o câncer4, e já ocupamos a 11ª posição mundial quando são considerados os resumos selecionados para o Encontro Anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO), o mais importante evento científico em oncologia clínica5. Apesar do aumento quantitativo de nossa produção científica, ainda são necessários esforços para que aumente também a taxa com que são publicados na íntegra os resumos brasileiros apresentados no encontro da ASCO, já que essa taxa é de aproximadamente um terço da taxa mundial6. Da mesma forma, existe preocupação com a qualidade de muitos desses estudos, já que trabalhos brasileiros dão origem a resumos na categoria publication only com frequência significativamente maior do que a observada para a totalidade dos trabalhos aceitos para os Encontros Anuais da ASCO, o que sugere que a produção brasileira em oncologia carece de inovação científica (Tabela 1)7. Embora a atividade em pesquisa clínica em nosso país tenha sido grandemente facilitada e ampliada pela publicação da Resolução 196 de 1996, que normatizou a pesquisa clínica no Brasil, o crescimento dessa atividade está bastante ligado aos interesses da indústria farmacêutica, que identificou nosso país como um cenário atraente para o rápido recrutamento de pacientes e Publisher: Simone Simon Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Assistente editorial: Sergio Azman Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 30 Pesquisa clínica em oncologia no Brasil 3 21/04/2013 19:46:22 A evidência nossa de cada dia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado Pesquisa sobre endpoints H encontro sintonizados á controvérsias Um dos aspectos mais importantes no desenho, na análise e Categoria de Brasil Todos os paísesem Gramado, com a missão de traduzir os novos sobre diferentes apresentação na interpretação de estudos clínicos que envolvem novos Uma seletratação e conhecimentos mentos e incorporá-los perabordagens relaciocontra o câncer é a avaliação da eficácia e da toxicidade Oral 1,6% 7,8% análise dos principais estudos de cânmanentemente à prática clínica nadas ao câncer de desses tratamentos. Essa avaliação, que vem sendo aprimorada cer de mama no mundo Pôster cotidiana. mama, desde o 28,7% manejo da doença 49,2% desde a década de 1950, é relativamente padronizada e deve seavançada até o papel preditivo e Publication only 69,7% 43,0%Nesta edição, abordamos tamguir critérios objetivos e reprodutíveis, para que possam ser feitas bém o panorama do câncer de prognóstico da linfadenectomia. Na adequadas entre diferentes estudos e modalidades Artigos de mama no Brasil,comparações com destaque para cirurgia oncológica, consolidam-se Tabela 1. Categorias de apresentação dos estudos brasileiros e de terapêuticas. do Da trasmesma forma, a avaliação de eficácia e toxicidaautores brasileiros em institui ções o impacto da incorporação as evidências em favor da mastectoestudos de todos os países aceitos para os eventos anuais da ASCO de é importante clínica, permitindo ao médico tomar tuzumabe, a primeira mia com preservação do complexo droga-alvona naprática nacionais na literatura do câncer de (p < 0,001 para a comparação) mamiloareolar, mas a técnica conesfera do Sistema Único de Saúde,aoe tratamento. endpoint como decisões relativas Assim, define-se mama tinua provocando debates acaloa aquisição de 80 novos aceleradoas medidas objetivas usadas para avaliação de eficácia ou de torados. Entre os radioterapeutas, a disres lineares paraxicidade os serviços em públicos estudos clínicos. O termo é usado em inglês porque para coleta de dados com boa qualidade. Como prova disso, muicussão em torno da radioterapia pardo país. Umaosatualizaé difícil traduzi-lo para o português. Em nosso idioma, termos tos estudos cial publicados recentemente em periódicos de grandeinstitucional do GBECAM A revista acelerada, a radioterapia hipofração sobre as atividades e as novidades “desfecho”, “parâmetro” e “objetivo” têm seus correspondentes em prestígio na oncologia número de pacientes brasileiros também traz neste número a particicionada e incluíram a irradiação convencional do GBECAM objective), mas nenhum deles equiinglês (outcome, parameter, suficiente para a alguns investigadores brasileiros a pação de dezenas de especialistas de assegurar toda a mama não édos o único tema vale ao conceito denotado pelo termo endpoint. nacionais a dividir a opinião dos especialistas. coautoria nesses estudos multicêntricos internacionais, porém que é ajudam a difundir o estadona dainarte na prevenção, diagEsses e muitos debatesfoi maior Numa doença como o câncer avançado, a sobrevida global foi nítido que a participação desses outros pesquisadores Sergio Simon, nóstico e tratamento do câncer de aqueceram a programação da 7ª edihistoricamente o principal parâmetro usado para avaliar a eficácia clusão de pacientes do que no desenho e na análise do estuDiretor-presidente do GBECAM, destaos principais esção do Câncer de Mama – Gramado, mama, debatendo de um tratamento antineoplásico9, porém a avaliação de sobredo, sendo essas duas etapas as mais relevantes do ponto de vista ca a necessidade de uma nova agenda tudos e os mais vida recentes avanços da tanto em mais um encontro repleto de global é custosa, em termos de tempo quanto de núcientífico e metodológico. para a atenção oncológica brasileira especialidade no Brasil e no mundo. controvérsias. O que se extrai dessa mero de pacientes necessários para chegar a conclusões precisas experiência reforça o uma compromisso A indústria farmacêutica exerce influência positiva em pese relevantes. Além disso, a sobrevida global é influenciada pelos a atualização médica e amplia Boa leitura quisa clínica, com permitindo grande aprendizado para os pesquisadores o tratamentos que um paciente recebe após a7participação em um– Câncer de Mama a crença na pesquisa translacional e suas equipes, mas é essencial que esses profissionais adquiram determinado estudo clínico, o que fazintercâmbio com que a relação de causa para fortalecer a aquisição de eviGramado: científico, conhecimento e prática suficientes para que poossam desenhar e efeito entre o tratamento do estudo e o tempo de vida seja medências. Sergio D. Simon pessoal e social 10 seus próprios estudos, a exemploo do que vem pelo Aqui, trazemos saldo dessasendo feito . Diante dessas limitações, houve redução progressiva nos clara Editor clínico GBECAM e outros grupos colaborativos. Vale ressaltar que há eviprogramação científica, com a prodo uso de sobrevida global como endpoint primário nos estudos postade deque reunir o melhor debrasileiro mais umestabeleça coladências indiretas o pesquisador De tudo um pouco: 17 Ponto de vista 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM 32 Diálogo 37 Encontro 38 Giro iniciativas, prêmios, dicas de leitura boração com seus colegas mais raramente que os pesquisadores de outros países, uma vez que encontramos entre os estudos apresentados nos encontros da ASCO taxas de estudos multicêntricos brasileiros de apenas 33,7%, contra taxa correspondente de 43,9% para estudos multicêntricos uninacionais realizados em outros países (p = 0,003)7. Conselho editorial Em resumo, o panorama científico atual sugere crescimento da participação brasileira na pesquisa sobre Sergio D. Simono câncer, mas clínico a qualidade dos ainda são necessários esforços para Editor aumentar trabalhos produzidos e sua influênciaJosé noBines cenário internacional. Diretorno científico Isso parece ser particularmente verdade caso do câncer de mama,GBECAM doença queBrasileiro gera grande interesse entre pesquisadores - Grupo Carlos Barrios 8 de Estudos Câncer deforma, Mama podemos Diretoridentificar de relações internacionais . Da domesma nichos não brasileiros Tel.: (11) 2679-6093 A indústria farmacêutica exerce uma influência positiva em pesquisaTiragem: clínica, permitindo grande A Revista GBECAM é uma 4 mil exemplares publicação semestral do Grupo para Impressão: Gráfica Eskenazi aprendizado os pesquisadores e suas Brasileiro de Estudos do Câncer equipes, mas é essencial esses profissionais Edição eque produção: de Mama e é distribuída gratuitamente a seus membros, adquiram conhecimento e prática suficientes além de profissionais e instituições para poossam desenhar seus próprios envolvidos na áreaque de câncer de mama. A reprodução parcial estudos, a exemplo do que vem sendo feito pelo Publisher: Simone Simon ou total de seus artigos é proibida. Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) GBECAM e outros grupos colaborativos explorados de pesquisa, algo que descrevemos recentemente Cláudia Vasconcelos E-mail: [email protected] Coordenadora executiva www.gbecam.org.br como Site: uma das estratégias para aumentar nossa influência no ISSN 2236-7039 Assistente editorial: Sergio Azman Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 cenário internacional1. Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 31 31 3 21/04/2013 19:46:22 >> diálogo >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado sobre câncer de mama. Consequentemente, também vêm sendo usados e aceitos para fins regulatórios outros endpoints de eficácia, tais como a resposta objetiva, a sobrevida livre de progressão Uma seleção e 11 . Todos esses endpoints (SLP), a toxicidade e a qualidade de vida análise dos principais estudos de cânapresentam vantagens e desvantagens, que foram discutidas recer de mama no mundo centemente no caso específico do câncer de mama12. zados novos s perlínica 17 Ponto de vista tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos A avaliação da resposta objetiva é feita usando-se os critérios 13 . Embora autores brasileiros emhabitualmente instituições considerada um endpoint a taxa de resposta seja 27Response Pesquisa clínica Artigos deTumors (RECIST) Evaluation Criteria in Solid nacionais na literatura do câncer de mama Endpoint 30 Mais GBECAM Uma atualizaSobrevida global ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. ção sobre as atividades e as novidades do GBECAM Sobrevida livre de progressão 32 Diálogo Sergio Simon, Tempo até a progressão Diretor-presidente do GBECAM, destaca a necessidade de uma nova agenda para a atenção oncológica brasileira Tempo até a falha do tratamento 37 Encontro 7 Câncer de Mama – Gramado: intercâmbio científico, Duração de resposta pessoal e social o 38 Giro De tudo um pouco: iniciativas, prêmios, dicas de leitura típico dos estudos de fase II, demonstramos que ela foi usada como endpoint primário em cerca de 40% dos estudos de fase III em câncer de mama ao longo da última década14. Nessa doença, os endpoints mais usados na fase III são a SLP e o tempo até a progressão (TTP), sendo a sobrevida global usada apenas raramente14. Esses dois endpoints apresentam definições diferentes (Tabela 2), mas os pesquisadores vêm ocasionalmente empregando SLP e TTP de maneira indistinta, sem levar em consideração as diferenças15. Eventos de interesse Motivos para censura Morte por qualquer causa Término do seguimento (com paciente ainda viva) ou perda de seguimento Progressão da doença ou morte por qualquer causa Término do seguimento (com paciente ainda viva sem progressão da doença) ou perda de seguimento Progressão da doença Término do seguimento (com paciente ainda viva sem progressão da doença), morte sem documentação de progressão ou perda de seguimento Progressão, toxicidade inaceitável, morte ou retirada de consentimento Término do seguimento (com paciente ainda viva) ou perda de seguimento Progressão da doença, considerando-se apenas as pacientes respondedoras a partir da data da documentação da resposta Término do seguimento (com paciente ainda viva sem progressão da doença), morte sem documentação de progressão ou perda de seguimento Tabela 2. Definição dos principais endpoints de tempo em câncer de mama metastático A qualidade de vida é um indicador da eficácia terapêu- ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Tiragem: exemplaresde tratamento paliativo, sendo comumentica em4 mil situações Impressão: Gráfica Eskenazi te usada como endpoint secundário. Em um estudo clínico, e produção: aEdição qualidade de vida pode ser avaliada de forma objetiva, por meio de questionários validados para uma situação ou doença específica. Entretanto, a metodologia para avaliação da qualidade de vida em estudos clínicos ainda vem sendo refinada, Publisher: Simone Simon Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) e demonstramos recentemente que a avaliação de qualidade Assistente editorial: Sergio Azman de vida Direção denos arte: estudos Ione Francode fase III em câncer de mama avançado Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 um tratamento que possa ser é raramente útil para identificar considerado superior16. 32 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 32 Revista GBECAM Apesar das limitações da sobrevida global como endpoint primário em câncer de mama e outros tumores para os quais existe tratamento eficaz em múltiplas linhas terapêuticas, a extensão da sobrevida ainda é o desfecho mais importante no paciente com tumor sólido avançado. Assim, é importante que se faça a distinção entre sobrevida global como endpoint em estudo clínico e como objetivo terapêutico no paciente individual, algo que tentamos enfatizar em publicação recente17. Na prática clínica, tanto pacientes quanto profissionais de saúde almejam o maior tempo possível de vida para os indivíduos com doenças incuráveis, mas isso não significa que devamos usar a sobrevida global como endpoint primário nos estudos clínicos. 3 21/04/2013 19:46:23 A evidência nossa de cada dia >> SUMÁRIO 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado Referências 9. Sargent D. General and statistical hierarchy of appropriate biologic endpoints. On1. Saad ED, Katz A, Riechelmann R. Colaboração, pesquisa em nichos e meta-pesencontro em Gramado, sintonizados á controvérsias cology (Williston Park). 2006;20:5-9. quisa: três ingredientes para inovar em pesquisa e aumentar a influência brasileira no com a missão de traduzir os A,novos sobre diferentes 10. Saad ED, Katz Hoff PM, Buyse M. Progression-free survival as surrogate and as cenário mundial. Rev Bras Oncol Clín. 2011;7:36-41. Uma seleção e true end point: insights from the breast and colorectal cancer literature. Ann Oncol. e incorporá-los perabordagens relacio- em: conhecimentos 2. Central Inteligence Agency. The World Factbook. Disponível www.cia.gov/li2010;21:7-12. análise dos principais estudos de cânbrary/publications/the-world-factbook/geos/br.html. Acessado jan. 2012. à prática clínica nadas ao câncer deem: 12manentemente 11. Sridhara R, Johnson JR, Justice R, Keegan P, Chakravarty A, Pazdur R. Review of 3. Brasil. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de cer de mama no mundo cotidiana. mama, desde o manejo da doença oncology and hematology drug product approvals at the US Food and Drug AdminisNível Superior. Produção Científica: ministro prevê inclusão do Brasil entre os dez tration between Julytam2005 and December 2007. J Natl Cancer Inst. 2010;102:230-43. Nesta edição, abordamos avançada até o papel preditivo e maiores do planeta. Disponível em: www.capes.gov.br/servicos/sala-de-imprensa/3612. Saad Endpoints de in advanced breast cancer: methodological aspects & clinical bém o panorama doED.câncer prognóstico da linfadenectomia. Na -noticias/2654-ministro-preve-inclusao-do-brasil-entre-os-dez-maiores-do-planeta. implications. Indian J Med Res. 2011;134:413-8. Artigos de Acessado em: 12cirurgia ago. 2010. oncológica, consolidam-se mama no Brasil, com destaque para 13. Eisenhauer EA, Therasse P, Bogaerts J, Schwartz LH, Sargent D, Ford R, et al. New 4. Rodrigues PS, Fonseca L, Chaimovich H. Mapping cancer, cardiovascular and maautores em institui ções o impacto da incorporação do trasas evidências em favor da mastectoresponse evaluation criteria in solid tumours:brasileiros revised RECIST guideline (version 1.1). laria research in Brazil. Braz J Med Biol Res. 2000;33:853-67. Eur J Cancer. 2009;45:228-47. tuzumabe, a primeira mia com preservação do complexo droga-alvo na nacionais na literatura do câncer de 5. Saad ED, Mangabeira A, Masson AL, Prisco FE. The geography of clinical cancer re14.Único Saad ED,de Katz A, Buyse M. Overall survival and post-progression survival in admamiloareolar, mas a técnica conesfera do Sistema Saúde, e search: analysis of abstracts presented at the American Society of Clinical Oncology vanced breast cancer: a reviewmama of recent randomized clinical trials. J Clin Oncol. Annual Meetings. Ann Oncol. 2010;21:627-32. tinua provocando debates acaloa aquisição de 80 novos acelerado2010;28:1958-62. 6. Saad ED, Pinheiro CM, Entre Massonos AL,radioterapeutas, Borghesi G, Hoff PM, a Prisco outputpara15. rados. dis-FE. Increasing res lineares os Saad serviços públicos ED, Katz A. Progression-free survival and time to progression as primary and low publication rate of Brazilian studies presented at the American Society of end points in advanced breast cancer: often used, sometimes loosely defined. Ann cussão em torno da radioterapia pardo país. Uma atualizaClinical Oncology Annual Meetings. Clinics (Sao Paulo). 2008;63:293-6. Oncol. 2009;20:460-4. A revista do GBECAM cial acelerada, a radioterapia hipofra7. Saad ED, Mangabeira A, Masson AL. Estudos Brasileiros Apresentados nos Encon-institucional ção atividades e as of novidades 16. Adamowicz K, Jassem J, Katz A, sobre Saad ED.as Assessment of quality life in adtambém traz número a particicionada a irradiação convencional tros Anuais da ASCO entre e 2001 e 2007: Aumento de Produção, com Baixa Taxa de neste vanced breast cancer. An overview of randomized phase III trials. Cancer Treat Rev. do GBECAM Publicação. Rev de Brastoda Cancerol. 2009;55:221-7. 2012;38:554-8. pação de dezenas de especialistas a mama não é o único tema 8. Lee BL, LiedkeaPE, Barrios CH, Simon SD, Finkelstein DM, Goss PE. Breast cancer in 17. Saad ED, Buyse M. Overall survival: patient outcome, therapeutic objective, clinical nacionais que ajudam a difundir o dividir a opinião dos especialistas. trial end point, or public health measure? J Clin Oncol. 2012;30:1750-4. Brazil: present status and future goals. Lancet Oncol. 2012;13:e95-e102. H 17 Ponto de vista 27 Pesquisa clínica 30 Mais GBECAM Esses e muitos outros debates aqueceram a programação da 7ª edição do Câncer de Mama – Gramado, em mais um encontro repleto de controvérsias. O que se extrai dessa experiência reforça o compromisso com a atualização médica e amplia a crença na pesquisa translacional para fortalecer a aquisição de evidências. Aqui, trazemos o saldo dessa programação científica, com a proposta de reunir o melhor de mais um estado da arte na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama, debatendo os principais estudos e os mais recentes avanços da especialidade no Brasil e no mundo. Boa leitura Sergio D. Simon Editor clínico 32 Diálogo Sergio Simon, Diretor-presidente do GBECAM, destaca a necessidade de uma nova agenda para a atenção oncológica brasileira 37 Encontro 7 Câncer de Mama – Gramado: intercâmbio científico, pessoal e social o 38 Giro De tudo um pouco: iniciativas, prêmios, dicas de leitura Conselho editorial Sergio D. Simon Editor clínico José Bines Diretor científico GBECAM - Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama Tel.: (11) 2679-6093 E-mail: [email protected] Site: www.gbecam.org.br Carlos Barrios Diretor de relações internacionais Cláudia Vasconcelos Coordenadora executiva A Revista GBECAM é uma publicação semestral do Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama e é distribuída gratuitamente a seus membros, além de profissionais e instituições envolvidos na área de câncer de mama. A reprodução parcial ou total de seus artigos é proibida. ISSN 2236-7039 Tiragem: 4 mil exemplares Impressão: Gráfica Eskenazi Edição e produção: Publisher: Simone Simon Jornalista responsável: Valéria Hartt (MTb 24.849) Assistente editorial: Sergio Azman Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 Revista GBECAM GBECAM Revista 14761 Rev GBECAM 6.indd 33 33 3 21/04/2013 19:46:23 >> dica de leitura >> SUMÁRIO dia 4 Panorama O que foi destaque no 7o Câncer de Mama – Gramado Sobre o livro “Tudo o que você sempre quis saber sobre câncer 27 Pesquisa clínica de mama!” zados novos s perlínica 17 Ponto de vista Uma seleção e tamer de e para trasvo na úde, e radoblicos Artigos de autores brasileiros em instituições nacionais na literatura do câncer de mama análise dos principais estudos de câncer de mama no mundo 30 Mais GBECAM Uma atualização sobre as atividades e as novidades do GBECAM Reprodução ECAM articialistas ndir o diager de is esos da undo. 32 Diálogo Sergio Simon, Diretor-presidente do GBECAM, destaca a necessidade de uma nova agenda para a atenção oncológica brasileira 37 Encontro 7 Câncer de Mama – Gramado: intercâmbio científico, pessoal e social o 38 Giro De tudo um pouco: iniciativas, prêmios, dicas de leitura ma o Grupo o Câncer a membros, instituições âncer o parcial é proibida. Tudo o que você sempre quis saber sobre câncer de mama! Tiragem: 4 mil exemplares Impressão: Gráfica Eskenazi Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM) Edição e produção: Publisher: Simone Simon Cláudia Valéria Vasconcelos JornalistaPor responsável: Hartt (MTb 24.849) Assistente editorial: Sergio Azman Direção de arte: Ione Franco Tels.: SP (11) 2478-6985 / RJ (21) 3798-1437 34 Revista GBECAM 14761 Rev GBECAM 6.indd 34 Revista GBECAM T rata-se de uma informação atualizada em formato de perguntas e respostas que enfatiza as principais dúvidas da população sobre o câncer de mama. O livro foi elaborado somando o conhecimento de diversos médicos e profissionais que atuam em áreas afins, relacionadas com o câncer de mama — ao todo são 44 colaboradores, todos ligados ao Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM). No projeto coordenado pelos oncologistas Sergio Daniel Simon, José Bines, Carlos Henrique E. Barrios, Francisco Wisintainer, Carlos Sampaio Filho e Gilberto Amorim e pela executiva de operações do GBECAM, Cláudia Vasconcelos, os especialistas esclarecem as principais dúvidas em relação à doença. O livro prioriza a desmistificação do câncer de mama, com principal atenção dirigida à informação e ao diagnóstico precoce. A seleção dos autores prima pela excelência e pela qualidade dos profissionais, todos renomados e reconhecidos em suas respectivas áreas. Outro aspecto de extrema importância em saúde pública que se destaca no livro são orientações em conjunto com informações técnicas e emocionais, quanto aos di- reitos legais das mulheres portadoras de câncer de mama (aposentadoria, seguros, impostos, coberturas de tratamentos por convênios), pesquisa clínica e apoio psicossocial também não foram esquecidos. Dados sobre a incidência do câncer de mama no Brasil estão explicitados no livro, que revela ainda o preocupante percentual de 60% dos diagnósticos brasileiros como tardios. Para os especialistas, esse livro destinado a um leque muito amplo de leitores, será atrativo à população leiga e servirá como uma fonte de informação valiosa que busca de forma simples e objetiva — sem perder o caráter científico — mostrar a realidade da doença em nosso país e no mundo e, principalmente, ressaltar que o câncer de mama tem cura! A capa do livro é a belíssima obra do artista Fabio Balen, denominada “Mulher no Jardim Rosa”, que com suas cores e formas inspiram as mulheres acometidas pelo câncer de mama a acreditar na cura e a buscar forças para combater a doença através de sua beleza interior. O livro está à venda nas principais livrarias do País e no site da editora Manole: www.manole.com.br. 3 21/04/2013 19:46:27 25por8 14761 Rev GBECAM 6.indd 35 21/04/2013 19:46:30 Patrocinadores * Pantone 228 14761 Rev GBECAM 6.indd 36 * Pantone 130 21/04/2013 19:46:33