Zine Zeeboo

Transcrição

Zine Zeeboo
Camaro Amarelo, chocolate, biscoito...
Fato #06 sobre a Zebulândia: todos os moradores escutam sertanejo.
Mas há algum tempo eu resolvi prestar atenção nos novos “hits”: Fiorino,
Land Rover, Dodge Ram, Camaro Amarelo... tá, é música ou jingle de
montadora? Pelo visto hoje em dia tem mais propaganda de carro em
música sertaneja do que no filme dos Transformers, mas claro de um jeito
bem pior (beijo, Megan Fox). Se não fosse isso o suficiente, vem o
dinheiro. Ok, dinheiro, carros, mulheres... o sertanejo tá pro Brasil assim
como o hip hop está para os EUA.
Os niggas saíram do gueto, das drogas, thug life! O Gustavo Lima deve ter
saído de algum moto-taxi (sem ofensa aos mototaxistas).
O Jay-Z diz que tem 99 problemas, mas uma vadia não é um deles e o
Luan Santana beija rapazes tá apaixonado, tá contando tudo e não tá nem
ligando pro que vão dizer. Na boa, essa é a música mais gay escrita desde
I Will Survive! Como se alguém fosse se preocupar e dizer alguma coisa
quando um cantor de sertanejo for falar que tá apaixonado! Fala sério!
Não é isso que eles fazem? só se for apaixonado por outro cara (ops!).
O 50 cent cravou: fique rico ou morra tentando. Os rapazes do Camaro
Amarelo ficaram bem na fita depois que receberam “a
herança do véio”. Só eu senti um clima meio Suzanne
von Richthofen e os Irmãos Cravinho nessa música?
Acho melhor parar antes de chegar nas
onomatopéias... tchu, tcha; tchê tchererê tchê tchê;
tãe, tãe, tãe... o Snoopy Dogg pode fumar toda a
maconha do mundo e cantar com um holograma, mas
nunca vai chegar a esse nível.
Parabéns aos envolvidos, vocês se superaram de novo!
Bumblebee >>>> Munhoz & Mariano
Zine da roça, o melhor zine da cidade!
O Zeeboo é um zine independente financiado anonimamente por
Eike Batista, que visa difundir idéias e absurdos na Zebulândia, uma
cidade cenográfica onde quaisquer semelhanças entre pessoas e fatos
com a cidade de Uberaba não passam de mera coicidência.
Feito com muito amor e ironia por uma equipe numerosa,
heterogênea e megalomaniaca composta por dois charlatões, um
médium vidente (que psicografa parte das matérias), um ex-escravo
alforriado que cuida da digitação e da manutenção das máquinas de
escrever, dois advogados (para cuidar dos processos), um ex-piloto
de formula indy e uma sósia da Hannah Montana. Nós não
poupamos esforços e comentários deselegantes para entreter os
nossos leitores e irritar pessoas sem senso de humor.
Os assuntos serão variados e a periodicidade foi definida como
“whenever the fuck I want, bitch!”. Você pode mandar sugestões de
pauta, elogios ou comprar um Monza 87, álcool, 4 portas, completo
em bom estado de conservação pelo e-mail [email protected]
ou baixar a versão digital no blog: zinezeeboo.wordpress.com.
SPAM
por Ricardo Coimbra
vidaeobrademimmesmo.blogspot.com
Calma, calma roqueirinha! Pode sentar de novo na cadeira, nem todo
mundo aqui gosta de sertanejo... mas escuta. Eu participo dessa estatística
graças às repúblicas vizinhas, que não só escutam como repetem o
bastante a ponto de eu as vezes cantarolar uma música que eu nem
conheço. Quem nunca, né?
Reportagem Especial: Água Viva
Há alguns meses a história se repete: você faz tranquilamente seu
caminho cotidiano quando de repente surgem cones, caminhões e um
desvio que te leva pra quilômetros de distância do seu destino
desejado. Por essa o google maps não podia prever, hein? Esse é o
Água Viva (aplausos)! O Agua Viva se assemelha muito ao Parque dos
Dinossauros: no início tudo é revolucionário, lindo e grandioso, mas
depois de algum tempo é só horror e sofrimento.
Tudo bem, galera do Zeeboo. Mas isso eu já sei, o prefeito Conerson
Adaubert já disse! Eu quero a verdade, nada mais que a verdade!
Ok, você pediu e nossa equipe de reportagem foi tão fundo quanto os
buracos na Leopoldino de Oliveira e vai dizer o que nunca foi dito
antes!
O que é? Eis a grande questão do projeto, ninguém sabe de fato qual
o seu verdadeiro propósito. Alguns acreditam que consiste na busca
de novos fósseis para Peirópolis (o Barreiro da Zebulândia), outros na
busca de minérios fomentada pela rivalidade com Araxá e a mais
plausível de todas: uma grande brincadeira de mau gosto.
Como funciona? Consiste em uma série de ações surpresa, como a
abertura de enormes crateras nas principais vias da cidade (de
preferência simultaneamente). Essas ações tem como objetivo
desviar todo o trânsito para o bairro Fabrício. O motivo? Permanece
alheio à nossa compreenção.
Se na antiguidade todos os
caminhos levavam a Roma, na
Zebulândia todos os caminhos
levam ao Fabrício.
Estudo empirico sócio cultural:
A Origem do Sertanejo na Zebulândia
A música sertaneja na Zebulândia tem sua motivação obvia na criação de
gado (Zebu, claro!), e consequentemente em toda a aura que envolve a
atividade: boiadeiros tocando o berrante, a saudade da mulher amada
que ficou esperando durante a grande jornada de uma fazenda a outra e
a pinga na venda pra curar a saudade. Certo? ERRADO!
Todo mundo sabe que não existe vida noturna e/ou cultural de qualidade
da Zebulândia, a coisa é tão feia que as pessoas chegam a pagar (maioria
pegando emprestado) algumas centenas de reais para ir a festas com
open bar de Brahma e vodka batizada, ouvir os mesmos Dj’s de sempre
(só que agora com um h ou uma letra dobrada no nome) e ver as mesmas
pessoas de sempre, só que vestidas de branco.
Com essa vida noturna pífia, a grande maioria das pessoas começa a
namorar. A Zebulândia é uma cidade romântica né? Obvio que não! Todo
mundo começa a namorar porque não tem nada pra fazer e todo mundo
quer uma foda fixa, já que a vida de solteiro não é lá essas coisas, sem
nada de interessante pra fazer. Em lugares mais divertidos, as pessoas
ficam relutantes em largar sua feliz vida de solteiro e só começam a
namorar quando realmente se gostam muito, mas aqui? Há! É quase um
procedimento padrão namorar depois da segunda pegada.
Com essas relações que não são exatamente baseadas em muito amor,
outra prática muito comum e peça chave do nosso estudo entra em cena:
a corneada. A garota acaba se atraindo por qualquer um que não seja
escroto, tenha carro e saiba conjugar os verbos nos tempos certos (já é
muito mais que maioria dos namorados), e o cara... bom na cultura zebu
o chifre come solto desde sempre, mas quando é a mulher que chifra? Ah,
vira sertanejo! Ai vem a dor de corno e junto com ele a música de corno,
o famigerado Sertanejo ou até mesmo o Sertanejo Universitário (música
de corno brigão).
Através desse longo, complexo e preconceituoso estudo a equipe Zeeboo
conseguiu colocar no fim nessa grande dúvida, que assim como os
chifres, ocupava a cabeça do cidadão zebu.

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