Revista ARAN Julho 2015

Transcrição

Revista ARAN Julho 2015
CONTRATO Nº 594655
Nº 289
EVENTO VAI REALIZAR-SE DE 16 A 19 DE JUNHO. ANÚNCIO FEITO
EM PEQUENO-ALMOÇO/DEBATE NO HOTEL THE ARTIST PORTO HOTEL & BISTRO
Salão AUTO Porto 2016
já tem data marcada
• Houve marcas a venderem mais de 40 carros no evento
• Com algumas arestas a limar, o próximo ano
pode ser ainda mais bem sucedido
Págs. IV e V
Peugeot é marca que mais cresce no “top” 3
Mercado nacional
cresce 31% no primeiro
semestre
Pág. VIII
De ligeiros de passageiros
Sociedade Comercial
C. Santos é o melhor
concessionário de
Mercedes em Portugal Págs. VIII
Hugo Ribeiro da Silva
(Centros Porsche Porto e Braga)
destaca rentabilidade
“Porsche
já não
existiria sem
alargamento
ento
de gama””
Pág. IV e V
Novo modelo do segmento D
01598
9 720972 000037
Renault substitui Laguna
por Talisman
Pág. XI
sexta-feira, 17 de julho 2015
III
LEI ENTRA EM VIGOR A 1 DE JANEIRO DE 2016
Editorial
ANTÓNIO TEIXEIRA LOPES
Presidente da direção da ARAN
Um evento
a manter por muitos
e bons anos
A
próxima edição do Salão Auto do Porto vai
realizar-se de 16 a 19 de junho de 2016. Depois
do sucesso da edição de 2015 com um número
de vendas realizadas superior às expectativas, aguardamos
que para o próximo ano, com uma afluência que se
pretende duplicar, supere largamente as vendas deste ano.
A primeira edição do evento, que a ARAN realizou
em parceria com a Exponor foi bem-sucedida. Foram 15
mil os visitantes e, muito importante, foram vendidas
ou encomendadas mais de uma centena de automóveis
novos e seminovos. Além disso, houve satisfação geral dos
expositores (concessionários e marcas).
Os expositores tiveram um papel preponderante. Com
efeito, não posso deixar de aproveitar este espaço para
render-lhes justa homenagem. Foram esses empresários
que nos permitiram relançar o salão automóvel do Porto.
Uma palavra especial para os que nos apoiaram desde
a primeira hora. Existiu por parte dos expositores um
grande cuidado com a preparação e exposição das viaturas
e do próprio stand, dignificando este novo Salão AUTO
Porto. Os expositores estão de parabéns.
Para 2016, a ARAN vai levar a cabo algumas alterações,
mas sempre de acordo com as expectativas e sugestões dos
expositores e patrocinadores. Posso desde já adiantar que é
nossa intenção utilizar todos os pavilhões da Exponor.
A ARAN pretende com este Salão a valorização
de todos os operadores de automóveis novos do país.
Encontrando-se o mercado automóvel a mostrar sinais
de retoma, estou em crer que o Salão constitui um
contributo para o seu relançamento.
Quero recordar que a ARAN não cede a chantagens e
irá sempre em frente dentro da legalidade e para o bem
exclusivo do setor automóvel em Portugal.
ATRA apoia iniciativa
de comunicar
o preço/hora
à autoridade
da concorrência
A
associação galega ATRA (Asociación Autónoma de Empresarios de Talleres de
Reparaciones de Vehículos de Pontevedra)
decidiu, em assembleia-geral realizada
no dia 18 de abril, apoiar a iniciativa que as oficinas da ASPA (Asociación de Talleres de Asturias),
que pertence à confederação espanhola CETRAA
(Confederación Nacional de Talleres), de definirem
os preços de mão de obra com o objetivo de colocar
um ponto final às prática de imposição de preço por
parte de algumas companhias de seguros.
“Em concreto, decidiu-se comunicar individualmente e de forma personalizada à Comissão
Nacional de Mercados e Concorrência (CNMC)
o preço por hora de cada oficina por carta”, refere a nota de imprensa da ATRA. “Posteriormente,
uma vez comunicado o seu preço, a oficina deve
enviar à Associação as peritagens de companhias
de seguros que não o respeitem e imponham um
preço menor sem acordo prévio. Dependendo do
volume de documentos recebidos, será apresentada denúncia contras as seguradoras na CNMC”,
acrescenta o comunicado.
Na mesma nota, a ATRA explica que a iniciativa se segue “a inúmeras” queixas recebidas das
oficinas. A ATRA é a congénere galega da ARAN,
que contou, de resto, com uma delegação no evento•
Famílias numerosas vão pagar menos
por automóveis com mais de cinco lugares
Pelas contas
da VE, um Seat
Alhambra custará
menos 2000 G
AQUILES PINTO
[email protected]
O
s automóveis com mais de cinco lugares vão ser mais baratos para as famílias numerosas a partir de 1 de janeiro
de 2016. Já publicada em Diário da
República, a Lei nº 68/2015, de 8
de julho, que altera o Código do Imposto sobre
Veículos, introduz uma isenção de 50% em sede
de imposto sobre veículos (ISV) para as famílias
numerosas. A medida é dirigida a um universo de
154 mil famílias numerosas, das quais 81% têm
três filhos.
A referida isenção será aplicável na aquisição
de automóveis ligeiros de passageiros com lotação
superior a cinco lugares por sujeitos passivos que
comprovadamente tenham mais de três dependentes a seu cargo, ou, tendo três dependentes a
seu cargo, pelo menos dois com idade inferior a
oito anos.
Limitada a um veículo por agregado familiar,
a lei só se aplica a automóveis ligeiros de passageiros “com emissões específicas de CO2 iguais
ou inferiores a 150 g/km, não podendo a isenção
ultrapassar o montante de 7800 euros”. Refere
ainda o diploma que o reconhecimento da isenção prevista “depende de pedido dirigido à Autoridade Tributária e Aduaneira”.
Desconto equivale a 5% do PVP
no Seat Alhambra
No caso do Seat Alhambra, monovolume de
sete lugares (“irmão” do Volkswagen Sharan) que
é produzido em Portugal (na Volkswagen Autoeuropa, em Palmela), o desconto rondará, pelas
contas da “Vida Económica” feitas com base no
ISV e IVA em vigor em 2015, 5% do PVP.
O modelo liquida, este ano, 3487,62 euros de
ISV (mais IVA paga um total de 4289,78 euros).
Em 2016, liquidará metade daquele imposto, ou
seja 1743,81 euros (mais IVA pagará um total de
2144,88 euros). Na prática, o PVP passará dos
atuais 43 321 euros para 41 176 euros•
JAPsport inaugurou nova concessão Audi
em Penafiel
O
grupo JAP inaugurou, na semana passada, novas instalações Audi em Penafiel, a JAPsport. O novo espaço conta
com áreas de venda de veículos novos
e usados, após-venda, peças e assistência da marca premium alemã. “Com a Audi, o
Grupo consegue agora oferecer o vanguardismo e
modernidade tão caraterísticos desta marca alemã
a todos os seus clientes”, refere o comunicado do
grupo liderado por Carlos Pinto.
O Grupo JAP, com mais de 110 anos de história, conta com mais de 900 colaboradores e
representa agora setes marcas automóveis, tendo
ainda criado sete marcas próprias ligadas à atividade automóvel. Com uma cobertura geográfica
nacional (Grande Porto; Grande Lisboa; Norte
e Nordeste) e internacional (Grande Luanda), o
grupo perfila-se como um dos principais players
do setor.
“A cultura do grupo assenta em valores como
o inconformismo, resiliência, profissionalismo,
ética, flexibilidade e a transparência sempre com
a missão de servir cada vez melhor o cliente,
com permanentes ganhos de eficácia na gestão,
a melhoria da rentabilidade que sustente o crescimento do grupo e a promoção do bem-estar dos
colaboradores”, refere o comunicado do grupo
sediado no distrito do Porto.
Com esta estratégia de crescimento sustentável o grupo atingirá em 2015 um volume de negócios consolidado de 230 milhões de euros e 13
mil viaturas vendidas. “As modernas instalações
Audi em Penafiel simbolizam o sinal que o grupo
pretende dar aos seus clientes, sempre na busca
da satisfação das necessidades dos mesmos”, refere a empresa. Este crescimento permite um ganho
de 50 postos de trabalho.
A JAPsport pretende ser o principal player
na sua área de influência, todo o Norte, respondendo a um mercado potencial de 2 milhões de
pessoas. “A JAPsport é o reflexo da estratégia de
crescimento, modernidade e conforto que o grupo JAP incute em todos os seus negócios”, remata
a nota de imprensa•
A inauguração
aconteceu
no fim da semana
passado
Ficha técnica: Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel | Diretor: António Teixeira Lopes | Redação: Aquiles Pinto, Ricardo Ferraz, Fátima
Neto, Sónia Guerra, Nelly Valkanova, Bárbara Coutinho, Tânia Mota | Arranjo Gráfico e Paginação: Célia César, Flávia Leitão
e Mário Almeida | Propriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, em
colaboração com o Jornal Vida Económica Contactos: Rua Faria Guimarães, 631 • 4200-191 Porto Tel. 225 091 053 • Fax: 225 090
646 • [email protected] • www. aran.pt | Periodicidade mensal | Distribuição gratuita aos associados da ARAN
IV
sexta-feira, 17 de julho 2015
sexta-feira, 17 de julho 2015
Investimento em contraciclo
contribuiu para crescimento
das marcas “premium”
O crescimento que as marcas
“premium” têm tido em
Portugal, a ponto de serem das
mais vendidas no mercado luso,
têm explicações de “imagem”
do cliente, mas tem, sobretudo,
justificações de mercado. As
vendas às empresas de renting,
o crescimento da gama de
modelos e motorizações e, até,
o investimento dessas marcas
no retalho e na comunicação
são, de igual modo, fatores
destacados pelos especialistas
presentes no pequeno-almoço/
debate da “Vida Económica”
e da ARAN sobre o retalho
automóvel realizado no hotel
The Artist Porto Hotel & Bistro.
EVENTO VAI REALIZAR-SE DE 16 A 19 DE JUNHO. ANÚNCIO FEITO EM PEQUENO-ALMOÇO/DEBATE NO HOTEL THE ARTIST PORTO HOTEL & BISTRO
INTERVENIENTES
Salão AUTO Porto 2016 já tem data marcada
um forte investimento em comunicação”, aponta
Pedro Botelho.
Pinho da Costa (Sociedade Comercial C. Santos)
“Quando estão as marcas todas em conjunto – e não
estamos fechados sobre nós próprios como se fazia
antigamente –, há uma maior apetência do cliente
para comprar. Esta é a minha convicção”
Excesso de concessionários na Europa
“Estudo do ICDP refere que há 42 mil concessões na Europa Ocidental e que têm uma
média de vendas baixa: 230 carros. A análise
conclui que só 20 mil podem ter bons resultados, pelo que têm de desaparecer os outros 23
mil”, refere Rodrigo Silva, membro da direção
da ARAN.
António Teixeira Lopes acredita que, nessa
hipotética seleção, poderão não ser os maiores a
sobreviverem. “Tive acesso a um estudo da consultora Gipa, em que 11,8% das concessões em
Portugal estão em falência técnica e 48% estão a
perder dinheiro. Portanto, um total de 60% estão com problemas. Pelo contrário, os pequenos
concessionários mais evoluídos estão com menos
problemas”, refere. “Quando se cresce muito, é
preciso ter muita atenção”, avisa o presidente da
ARAN.
Embora o mercado português de automóveis
ligeiros de passageiros tenha aumentado 32,8% no
primeiro semestre de 2015, Teixeira Lopes considera que ainda tem de crescer mais para que as
empresas do retalho sejam rentáveis. “O mercado
O pequeno-almoço/debate
da “Vida Económica” e
da ARAN sobre o retalho
automóvel realizou-se
no hotel The Artist Porto
Hotel & Bistro.
AQUILES PINTO
[email protected]
O
mercado automóvel português mudou drasticamente na última década,
com algumas marcas “premium” a
ganharem protagonismo. “Olhando para o top cinco das vendas nacionais, se recuarmos a finais de 2008, há duas
marcas que estavam e já não estão, tendo sido
substituídas. Saíram a Ford e a Opel e entraram
a BMW e a Mercedes. A BMW e a Mercedes
têm o dobro da quota de mercado em Portugal
da que têm na Europa”, constata o diretor de
marketing e vendas da Mazda Motor de Portugal, Pedro Botelho, pequeno-almoço/debate da
“Vida Económica” e da ARAN sobre o retalho
automóvel realizado no hotel The Artist Porto
Hotel & Bistro.
O diretor comercial da Mitsubishi Bergé
Portugal, Manuel Vilhena Júlio, concorda e
recorda o papel das frotas nessa realidade. “Os
valores residuais de marcas como a Mercedes ou
a BMW alteram esse ‘jogo’”, recorda.
“O segmento dos NGCC (“new generation
compact cars”), onde se inclui o Classe A, o
Classe B, o CLA, o CLA Shooting Break e o
GLA, representa 60% das vendas Mercedes. É
importante ter isso em conta. Ao mesmo tempo, houve desinvestimento de outras marcas,
que perderam imagem e rede. Pelo contrário, as
marcas que cresceram investiram e reforçaram
rede, pelo menos na nossa marca [Mercedes]”,
refere Pinho da Costa, gerente da Sociedade Comercial C. Santos.
A mesma fonte recorda que, além disso, a
empresa do Grande Porto investiu, em plena
crise, no alargamento do leque de atividades.
“Uma rent-a-car, um serviço de reboques, etc.
Neste momento, temos mais de 500 carros no
rent-a-car e 10 viaturas no serviço de reboques
que cobrem o país todo. Em vez de desinvestir e
de despedir, neste momento temos mais de 280
pessoas a trabalhar connosco. Investimos, tivemos retorno”, defende.
“Além disso, as marcas premium fazem, hoje,
V
Expositores e organização do
Salão AUTO Porto fazem um
balanço positivo da primeira
edição, pelo que a edição de
2016 já tem data marcada: 16
a 19 de junho. No rescaldo de
2015, destaque para as vendas
efetuadas pelas marcas, de novos
e seminovos, presentes no evento.
O anúncio da data da segunda
edição do Salão AUTO Porto
foi feito num pequeno-almoço/
debate da “Vida Económica” e da
ARAN sobre o retalho automóvel
realizado no hotel The Artist
Porto Hotel & Bistro.
campanha de oferta do sistema de navegação aos
negócios relacionados com a feira fechados até 30
de junho e todas as concessões presentes venderam
carros”, indicou o diretor de marketing e vendas
da Mazda Motor de Portugal, Pedro Botelho. “A
nossa experiência foi muito positiva e a nossa experiência em salões internacionais nunca atingiu
esses números. E esses números são apenas de viaturas novas, pois não tivemos carros usados. Diria,
portanto, que a presença superou as nossas expectativas”, acrescentou aquele responsável pela marca
japonesa em Portugal.
O diretor comercial da Mitsubishi Bergé Portugal, Manuel Vilhena Júlio, também faz um
balanço positivo. “Vendemos quatro unidades
novas, pois não havia stock de seminovos. Estivemos representados por três concessionários da
região e houve vários contactos feitos para serem
trabalhados depois. O balanço é positivo”, afirmou.
A Sociedade Comercial C. Santos faz balanço
semelhante. “Em termos de vendas, a nossa presença rondou as 20 unidades. Mas, mais do que
quantidade, é importante falar em qualidade. Precisamos de fazer algo diferente para criar novas
apetências. O Salão AUTO Porto vem exatamente nesse sentido. Nós trabalhamos quase sempre
sobre as mesmas bases de dados e precisamos de
abranger outras áreas para que as bases de dados
se renovem. Além disso, quando estão as marcas
todas em conjunto – e não estamos fechados sobre
nós próprios como se fazia antigamente –, há uma
maior apetência do cliente para comprar. Esta é a
minha convicção”, salienta Pinho da Costa, gerente do concessionário Mercedes e Smart.
Alfredo Barros Leite, presidente do conselho
de administração do grupo Auto Soluções, destaca a capacidade de iniciativa dos expositores. “É
humano queixarmo-nos das circunstâncias e às
AQUILES PINTO
[email protected]
O
automóvel nacional tem, no mínimo, de crescer
Os especialistas também veem aspetos racionais no
crescimento das marcas premium
mais 20% para que os concessionários tenham volumes aceitáveis. Tem, no mínimo, de regressar aos
níveis de 2008. É o mínimo, não tenhamos ilusões
de voltar a níveis de 2000 e 2001, mas 2008 seria
importante”, defende. O presidente da ARAN só
espera “é que essa subida seja real, com vendas a
cliente final, e não com vendas artificiais”.
“As marcas cresceram muito no primeiro semestre de 2015, mas importa ver quais dessas
vendas são feitas pela rede de retalho”, considera
Rodrigo Silva.
A dispersão do negócio tradicional do retalho
por outros canais, entre os quais as rent-a-car, é
irreversível. “Há marcas que apostam mais e outras apostam menos no rent-a-car, mas é uma
tendência que se deverá manter. O turismo tem
tendência de crescimento em Portugal”, indica
Manuel Vilhena Júlio, da Mitsubishi•
Também
em termos
de vendas
efetuadas
no Salão ou
em resultado
da presença
há números
positivos. Houve
marcas que, entre
seminovos e
novos, venderam
40 carros no
Salão
Salão AUTO Porto 2016 vai realizar-se de 16 a 19 de junho. O anúncio
foi feito pelo presidente da ARAN,
António Teixeira Lopes, num pequeno-almoço/debate da “Vida Económica” e
da ARAN sobre o retalho automóvel realizado no
hotel The Artist Porto Hotel & Bistro. A edição de
2015, que teve lugar na Exponor de 4 a 7 de junho
último, teve um balanço positivo, de acordo com
a ARAN e a Feira Internacional do Porto, o que
justifica que, depois de regressados, os automóveis
se mantenham na região Norte.
Os perto de 15 mil visitantes que passaram
pela Exponor puderam apreciar cerca de 500 viaturas novas e seminovas (de marcas responsáveis
por 80% das vendas em Portugal). O certame teve
ainda um conjunto de atividades que decorreram
em paralelo, como por exemplo o espaço da Prevenção Rodoviária Portuguesa, os simuladores de
corrida e os exemplares expostos pelo Clube Porsche e pelo Museu do Automóvel.
Também em termos de vendas efetuadas no
Salão ou em resultado da presença no evento, há
números positivos. “Houve marcas que, entre seminovos e novos, venderam 40 carros no Salão”,
informou António Teixeira Lopes.
“Tivemos as sete concessões da zona Norte
representadas e o nosso balanço de vendas efetivas no Salão foi de 21 unidades. Tivemos uma
Os
concessionários
e importadores
presentes
salientam
que seria
importante
que em 2016
ainda mais
marcas estejam
representadas
na Exponor
Rui Gonçalves (Gocial)
“Para primeira vez, foi excelente esta primeira edição
do Salão AUTO Porto. O balanço é positivo. Claro
que há arestas a limar, como seria de esperar, mas
ficámos satisfeitos”
vezes esquecemo-nos de fazer o que nos compete.
Este caso é um belíssimo exemplo de termos feito
o que nos competia. Houve uma associação que
liderou um processo que nasceu e se desenvolveu
de modo difícil, mas que resultou de muita persistência. Quero dar os parabéns a todos os envolvidos no processo”, referiu o empresário.
“No caso da nossa organização, tivemos a
oportunidade de participar com um colega concessionário [a VAP, do grupo Gocial] e foi um
sucesso para ambos, não só em termos comerciais
mas também de convivência exemplar”, acrescentou Barros Leite.
Alfredo Barros Leite (Auto Soluções)
“Este caso é um belíssimo exemplo de termos feito o
que nos competia. Houve uma associação que liderou
um processo que nasceu e se desenvolveu de modo
difícil, mas que resultou de muita persistência”
Arestas a limar para 2016
“Para primeira vez, foi excelente esta primeira
edição do Salão AUTO Porto. O balanço é positivo. Claro que há arestas a limar, como seria
de esperar, mas ficámos satisfeitos”, disse, por seu
turno, Rui Gonçalves, administrador do grupo
Gocial.
Os expositores não deixam, com efeito, de
apontar alguns aspetos a melhorar, tais como a
comunicação publicitária feita ao evento, que
consideraram insuficiente na edição de 2015 do
evento, ou o número de visitantes, que, embora
considerem bastante satisfatório, defendem estar
muito abaixo do potencial de um certame desta
natureza na região.
Os concessionários e importadores presentes
salientam ainda que seria importante que em
2016 ainda mais marcas estejam representadas na
Exponor. “Quanto mais marcas estiverem, maior
capacidade de sucesso tem o evento. Não só marcas generalistas e ‘premium’, mas também as marcas de referência, como Ferrari, Aston Martin ou
Porsche”, defendeu Pinho da Costa, da Sociedade
Comercial C. Santos•
Rodrigo Silva (ARAN)
“Estudo do ICDP refere que há 42 mil concessões
na Europa Ocidental e que têm uma média de
vendas baixa: 230 carros. A análise conclui que só
20 mil podem ter bons resultados, pelo que têm de
desaparecer os outros 23 mil”
António Teixeira Lopes (ARAN)
“Tive acesso a um estudo da consultora Gipa, em que
11,8% das concessões em Portugal estão em falência
técnica e 48% estão a perder dinheiro. Portanto, um
total de 60% estão com problemas”
Manuel Vilhena Júlio (Mitsubishi)
“Vendemos quatro unidades novas, pois não havia
stock de seminovos. Estivemos representados
por três concessionários da região e houve vários
contactos feitos para serem trabalhados depois. O
balanço é positivo”
Pedro Botelho (Mazda)
“A nossa experiência foi muito positiva e a nossa
experiência em salões internacionais nunca atingiu
esses números (…) Diria, portanto, que a presença
superou as nossas expectativas”
VI
sexta-feira, 17 de julho 2015
sexta-feira, 17 de julho 2015
VII
HUGO RIBEIRO DA SILVA (CENTROS PORSCHE PORTO E BRAGA) SALIENTA IMPORTÂNCIA PARA A RENTABILIDADE
“Porsche já não existiria sem alargamento de gama”
O alargamento da gama tem
permitido à Porsche atingir
patamares de rentabilidade à
escala global que não seriam
possíveis numa estratégia de
poucos modelos, de acordo
com Hugo Ribeiro da Silva,
administrador do Centro Porsche
Porto e do Centro Porsche Braga.
“Muitas vezes, em palestras e
eventos semelhantes, as pessoas
abordam-me e dizem que a
Porsche nunca deveria ter feito
modelos como o Cayenne, o
Panamera ou Macan. Dizem que
a Porsche é o 911. Respondo
sempre que, se não fossem
o Panamera, o Cayenne ou
Macan, provavelmente a marca
já não existiria. A política de
alargamento de gama permite
que a marca, e sua rede de
concessionários, seja sustentável
e tenha meios financeiros para
desenvolver mais produtos”,
afirma, em entrevista à “Vida
Económica”.
AQUILES PINTO
[email protected]
Vida Económica – A Porsche cresceu, em
Portugal, 44,7% em 2014 (para 395 unidades) e 35% na primeira metade de 2015
(para 265 viaturas). Os centros Porsche do
Porto e de Braga acompanham esse crescimento?
Hugo Ribeiro da Silva – Estão a acompa-
acrescentar alguma racionalidade à exclusividade que está no seu ADN?
HRS – Estou há 25 no mercado automóvel e
conheço várias realidades. Há marcas exclusivas,
mas que são de nicho, com poucos modelos de
valor elevado. É muito difícil uma marca dessas
ser sustentável. Muitas vezes, em palestras e eventos semelhantes, as pessoas abordam-me e dizem
que a Porsche nunca deveria ter feito modelos
como o Cayenne, o Panamera ou Macan. Dizem
que a Porsche é o 911. Respondo sempre que, se
não fossem o Panamera, o Cayenne ou Macan,
provavelmente a marca já não existiria. A política de alargamento de gama permite que a marca,
e sua rede de concessionários, seja sustentável e
tenha meios financeiros para desenvolver mais
produtos de elevada performance e o seu ADN.
No caso da Porsche, há um fenómeno muito positivo de ter exclusividade com algum volume, o
que não acontece com outras marcas que já foram
mais exclusivas que hoje e que têm de fazer feiras
supostamente VIP e matriculam carros que não
estão vendidos. Portanto, nem estamos a seguir
uma linha generalista, nem uma marca de nicho,
de grande exclusividade, mas que depois têm dificuldades em ser rentáveis, pois falta-lhes volume.
Felizmente, como está a ser rentável, a Porsche
consegue trabalhar uma área muito importante,
a do desenvolvimento. Veja o que se fez em Le
Mans e os automóveis altamente tecnológicos
que lá foram. O Porsche 919, que venceu, é um
automóvel com motor 2 litros V4 com 500 cv
mais 400 cv da componente elétrica. Isto é tecnologia que, amanhã, vamos ter nos carros do dia
a dia.
nhar essa tendência, até porque a participação de
Porto e Braga nesse volume é de quase 50%, mais
concretamente 46,8%. Portanto, daí que influenciamos muito esses números.
VE – Até ao fim do ano, quais os objetivos
do Centro Porsche Braga e do Centro Porsche Porto em termos de vendas de novos e
usados?
HRS – Temos o compromisso de chegar perto
das 230 unidades nas duas concessões. Admitimos que, se o mercado tiver o comportamento
que está a ter até agora, esse compromisso seja
ultrapassado. Acreditamos nisso, mas nós vivemos com a influência de fatores externos, temos
a questão grega e não sabemos se vai ter consequências positivas, negativas ou nenhumas na
economia nacional, vamos ter eleições, etc. Porém, se tudo se mantiver dentro da estabilidade
que temos vivido nos últimos dois anos, diria que
vamos conseguir vender mais de 230 unidades de
novos este ano, o que são boas notícias.
VE – Em termos de usados, também têm
algum objetivo definido ou é um mercado
mais difícil de fazer previsões?
HRS – É difícil fazer previsões e é um mercado onde nós não apostamos, por uma questão
estratégica. Portugal é um país onde o comércio
de carros usados é sempre difícil de trabalhar.
VE – Porquê?
HRS – Temos muitas unidades importadas.
A nossa lei em termos de importação de veículos
usados não é justa e tem escalões que fazem com
que nós, que temos Porsche vendidos no mercado
oficial português, quando damos conta, estamos
numa “guerra” desleal. Dou-lhe um exemplo: se
nós, empresa, quisermos importar um Porsche de
um concessionário alemão, essa carro custa 100
mil euros na Alemanha e aqui vai custar esses 100
mil euros mais o imposto sobre veículos e IVA.
Se você for, particularmente, ao mesmo concessionário paga os 100 mil euros e o imposto sobre
veículos, mas não paga IVA. Posto isto, acontece o óbvio: entidades supostamente particulares,
mas que não o são, encomendam os automóveis
a título particular para concorrer no mercado de
usados em Portugal. Isto cria uma variação, em
carros de valor elevado, muito grande dos preços
VE – Com este alargamento de gama da
Porsche as frotas poderão ganhar importância nas vendas da marca?
HRS – A maior parte das empresas rege-se
por rendas, por custo mensal, e conseguimos
ter valores atrativos. Agora, dizer-lhe que temos
uma política para frotas, não, até porque continuamos a ter um produto do qual não temos as
unidades que desejaríamos ter. Neste momento,
o tempo de espera de um Macan é de quatro
meses e se me disser que pretende quatro unidades, não tenho. Portanto, nem que o nosso
objetivo fosse apostar nas frotas, não seria pos-
Distinção do IPAM recebida
“com orgulho e emoção”
Vida Económica – O Hugo Ribeiro da Silva foi distinguido, no dia 28
de maio, na gala dos 30 anos do IPAM, entre os nove mil ex-alunos do
estabelecimento de ensino superior ligado ao marketing e à gestão.
Como recebeu o prémio?
Hugo Ribeiro da Silva – Recebi com muito orgulho e emoção. O IPAM é
uma casa que me diz muito, onde estudei e ainda hoje, indiretamente, estou
a estudar, pois estou a fazer um doutoramento na Universidade Juan Carlos
através do IPAM, e sou docente no IPAM. Acabou por ser a minha segunda
casa. Não estava à espera, mas quando me transmitiram a informação foi um
orgulho, pois estamos a falar da melhor escola de marketing do país e uma
das melhores da Europa. O facto de me distinguirem entre tantos alunos foi
uma honra. Desde o meu primeiro ano de licenciatura que estou ligado à
escola. Fiz a licenciatura, o mestrado, estou a fazer o doutoramento através
do IPAM, recebo estagiários na nossa empresa, ou seja, tenho uma relação
muito forte. Como pode imaginar, receber esta distinção do IPAM foi um
momento alto que jamais esquecerei e que me fez pensar que aconteceu
porque um dia tomei a decisão de lá estudar. Isto comprova que as decisões
que tomamos têm muitas vezes implicações futuras na nossa vida. Obrigado
por falar nisso, pois é um tema que me enche de orgulho.•
Veja o que se
fez em Le Mans.
O Porsche 919 é
um automóvelcom
motor 2 litros
V4 com 500
cv mais 400 cv
da componente
elétrica
sível. Nós temos as nossas quotas, a frota está
a aumentar a produção, mas não temos o produto que queremos. Depois temos séries limitadas, como o GT3 RS, que se venderam todas as
unidades disponíveis no mesmo dia. Terão sido
cerca de duas mil. Nós aqui vendemos seis, mas
só conseguimos entregar quatro.
VE – Como vê as notícias em que há alguma conotação negativa a uma marca como a
Porsche crescer em Portugal num período de
crise económica?
HRS – Em primeiro lugar, deixe-me dizer-lhe
que as Finanças devem ficar contentes, pois a carga fiscal é elevada. Eu acho sempre positivas estas
vendas, até porque demonstra que no nosso país
já se começa a aceitar que quem pode usufruir de
um bom automóvel ou de uma boa casa o faça.
O consumo é importante para que a economia
possa girar. Pela nossa parte, também investimos
e contratamos mais pessoas, porque temos negócio. Em suma, estes são sinais positivos•
Macan alavanca vendas da marca em Portugal
“Trabalhar para vendas e não para os resultados
faz-me confusão”
Vida Económica – Está ligado ao setor
automóvel há 25 anos. Mudou muito o setor
desde então?
Hugo Ribeiro da Silva – Não mudou muito. Eu
comecei em 1990, com 22 anos, como vendedor
das marcas Nissan e Subaru. Já vivíamos a
concorrência pelo preço e a carga fiscal sobre os
automóveis. As marcas hoje vivem muito mais
dos números de vendas do que dos resultados,
que é algo que me faz confusão. As empresas
têm uma missão no mercado: contribuir, vender e
rentabilizar o negócio. Mas hoje os importadores
vivem guerras loucas de números. Antigamente,
investia-se na competição automóvel, faziam-se
troféus monomarca, sempre na perspetiva de
vender notoriedade da marca. Hoje não vemos
isso porquê? Porque as marcas usam os recursos
que têm para incentivar campanhas de vendas.
Trabalha-se em números. Vemos importadores
que, dois dias antes do fim do mês, têm menos 200
carros do que o principal concorrente e matriculam
200 carros para o papel. Esse já é um negócio que
não compreendo, pois vai sacrificar margens. Cada
um sabe de si, mas faz-me confusão. Portanto,
antigamente, vendiam-se carros por relações de
confiança, hoje continua. A componente nova
são os financiamentos das viaturas. Antigamente,
só se falava em valor do automóvel, hoje fala-se,
também, em valores de rendas. Mas este mercado
não mudou assim muito•
O executivo afirma sobre
os objetivos de vendas
para 2015: “Temos o
compromisso de chegar
perto das 230 unidades
nas duas concessões”.
de comercialização. Portanto, essa é uma “guerra”
em que não queremos entrar, na qual há deslealdade e, para não colocarmos a empresa em risco,
entendemos que é melhor não estar nesse mercado.
VE – Mas comercializam algumas unidades.
HRS – Sim, mas com um critério muito claro: só assumimos viaturas oficiais, ou seja, vendidas pelo mercado oficial português. Pela mesma
razão. Há muitos carros importados para Portugal sobre os quais não há certeza da situação
documental. Imagine o que seria uma empresa
como a nossa receber, de boa fé, um veículo, colocá-lo no showroom, vendê-lo a um cidadão e
amanhã virmos a descobrir que fiscalmente não
está em ordem, ou tem documentos falsificados,
ou os quilómetros no mostrador não são reais…
VE – Em termos de imagem podia ser
muito mau…
HRS – Poderia fechar-nos a porta. Portanto,
nós restringimos o nosso negócio de usados a viaturas oficiais Porsche, onde temos oportunidade
de saber o histórico da viatura e com isso minimizar os riscos. As viaturas que comercializamos
nestas condições rondam as 60 unidades por ano.
VE – A Porsche continua a ser uma marca
de exclusividade, mas tem feito um trabalho
com resultados em termos de alargamento
da gama, em termos de carroçarias e motorizações. Podemos afirmar que a marca está a
Com metade do ano concluído, as vendas Porsche
contam com um aumento de 35% em relação ao período
homólogo de 2014, tendo a rede de Centros Porsche lusa
já entregue 265 unidades, fazendo com que este seja
o melhor arranque de sempre na história da marca em
Portugal. O novo Macan tem sido uma autêntica alavanca
nesse sucesso, com mais de 200 unidades entregues em
pouco mais de um ano após o seu lançamento no nosso
país, o que vem confirmar as melhores expectativas para
a quinta gama da Porsche.
“Conseguimos começar bem 2015 graças a um
ótimo trabalho da nossa rede e à tão atrativa oferta de
modelos de que neste momento dispomos”, comentou
Tomás Villen, diretor-geral da Porsche Ibérica. “O recente
lançamento de novos desportivos, como o 911 GT3 RS e
o Cayman GT4, confirmou essa apetência pela Porsche
em todo o mundo, gerando uma procura incrível pela
essência do ADN da marca”, refere aquele responsável•
O Porsche Macan veio alargar a gama da marca.
VIII
sexta-feira, 17 de julho 2015
Sociedade Comercial C. Santos é o melhor concessionário
de ligeiros de passageiros Mercedes em Portugal
A
Sociedade Comercial C. Santos fechou 2014 com um recorde de 2951
viaturas vendidas, 1358 das quais
ligeiros de passeiros. Daí que o importador oficial da marca tenha distinguido a empresa com o título de “Melhor
Concessão Vendas Mercedes-Benz Veículos Ligeiros de Passageiros em Portugal”. “Queremos que
as pessoas venham ter connosco sem que sintam
a obrigação de comprar um automóvel”. Pinho
da Costa, administrador, sintetiza, numa frase, a
experiência de relação que a Sociedade Comercial
C. Santos desenvolve com os potenciais clientes.
E é essa mesma experiência, incomum no setor,
que faz com que esta empresa, fundada em 1946,
seja, hoje, o concessionário que mais Mercedes
vende em Portugal. A título de curiosidade, no
último mês de maio, também foi líder de vendas
da marca Smart. Um resultado que, por tradição,
pertence às concessões da Grande Lisboa.
Em 2012, quando o mercado caiu 41%, a
crise no sector automóvel deixou marcas. Muitas empresas fecharam, outras desinvestiram ou
reajustaram-se. Algumas marcas também se adaptaram, reformularam gamas e entraram em novos
Marketing:
a relação com o cliente
A Sociedade
Comercial
C. Santos vendeu
quase três mil
veículos no ano
passado
segmentos. O Mercedes Classe A, segundo os números recentes, é hoje o segundo automóvel mais
vendido em Portugal. A Sociedade Comercial C.
Santos está, segundo o concessionário do Grande
Porto, “a colher os louros da estratégia adotada
na fase de crise: investir na relação com o cliente
e diversificar a área de negócio, à procura de um
Maior armazém de peças
ibérico
O circuito completo:
rent-a-car e usados
Nem só de vendas de automóveis se faz a
atividade da Sociedade Comercial C. Santos. Num
volume de negócios que ronda os 100 milhões
de euros, 27% do negócio diz respeito a peças
e assistência. Para ter a melhor capacidade de
resposta, a empresa investiu na construção do
maior armazém de peças Ibérico, com 23 mil
referências distintas em stock, no valor de 2,3
milhões de euros. “Precisa de uma peça para o seu
Mercedes-Benz? Esteja onde estiver no país, não
é de estranhar que essa peça lhe chegue através
da Sociedade Comercial C. Santos”, indica a nota
da empresa. Também graças a esta valência, a
empresa está entre o Top 3 de eficácia no serviço
pós-venda em Portugal – 26 070 assistências pósvenda, só em 2014•
No momento da crise, quando a palavra de
ordem foi desinvestimento, a Sociedade Comercial C.
Santos procurou alternativas e iniciou a diversificação
do negócio. Não houve qualquer despedimento
coletivo, otimizaram-se recursos e definiram-se novos
objetivos, como o rent-a-car. Com a marca Rent a Star,
a Sociedade Comercial C. Santos posiciona-se num
mercado vocacionado para o turismo de excelência
e pretende terminar o ano já com perto de 1000
viaturas em parque. Mas o negócio não fica por aqui
e, ao mesmo tempo, o circuito é completo com a
venda de usados. “Graças ao investimento numa
plataforma online, a empresa garante uma presença
verdadeiramente nacional, capaz de gerar vendas
que valem 17% da faturação total. A próxima área de
negócio serão os seguros”, refere o comunicado•
Fim de semana. A Sociedade Comercial C.
Santos convida os melhores clientes para uma
experiência de aventura na Serra da Estrela. O
objetivo é dar a conhecer um novo modelo offroad, numa experiência turística e automóvel que
é única. O cliente está no centro das atenções e
o investimento em marketing privilegia-o. Outro
exemplo: é apresentado um novo modelo, estão
presentes 1500 convidados num espetáculo em
que o ilusionista Mário Daniel faz aparecer em
palco o automóvel mais recente. Num evento, a
Sociedade Comercial C. Santos já chegou a vender
155 viaturas. Parcerias com figuras públicas (Pedro
Abrunhosa, Nilton, Rui Paula, Cuca Roseta) e
ativação de marca inovadora, numa aposta que
substitui a tradicional relação entre vendedor e
cliente, são pilares na estratégia da empresa•
portfólio completo (vendas, assistência, rent-a-car e usados)”.
Expansão das instalações para breve
Sediada na Maia (Porto), junto ao aeroporto
Francisco Sá Carneiro, a Sociedade Comercial
C. Santos integra 260 colaboradores e prepara,
a curto prazo, um plano de alargamento das suas
instalações em mais 8000 m2, para 41 mil m2 de
área, onde está integrado todo o negócio de vendas, parque de viaturas e prestação de serviços.
A distinção recente, de “Melhor Concessão
Vendas Mercedes-Benz Veículos Ligeiros de Passageiros em Portugal”, sucede ao Prémio Exame
de “Melhor Empresa do Setor de Comércio de
Veículos Automóveis de 2013”. Uma distinção
inédita e surpreendente, na medida em que o pódio costuma ser dominado por importadores. No
primeiro trimestre de 2015, a Sociedade Comercial C. Santos continuou a apresentar sinais de
crescimento, com 769 viaturas vendidas e uma
faturação a rondar os 25 milhões de euros•
Mercado nacional cresce 31% no primeiro semestre
AQUILES PINTO
[email protected]
O
mercado português de automóveis
ligeiros (veículos de passageiros e comerciais) aumentou 34,2% em junho
relativamente a igual mês do ano anterior, ascendendo a um total de 23 859.
No acumulado do primeiro semestre, o mercado
de ligeiros cifrou-se em 114.938 unidades, o que
correspondeu a um crescimento homólogo de
31,1%. Por marcas, a Renault mantém a liderança do mercado, seguindo-se Peugeot e Volkswagen. O maor crescimento do “top” 10 coube, de
novo, à Nissan.
Por segmentos, em junho foram vendidos em
Portugal 21 067 automóveis ligeiros de passageiros, ou seja, mais 33,9% do que no mês homólogo do ano anterior. No acumulado de 2015, as
vendas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 100 656 unidades, mais 32,8% do que no
ano passado.
Quanto aos comerciais ligeiros, no mês passado venderam-se no nosso país 2792 unidades,
mais 36,7% do que no mesmo mês de 2014. As
vendas acumuladas do ano foram de 14 282 veículos, o que representou um aumento de 20,1%
Nissan de novo com o maior crescimento
do “top” 10
janeiro a Junho
Unidades
Renault
Peugeot
Volkswagen
Mercedes-Benz
Citroën
BMW
Opel
Nissan
Fiat
Ford
Fonte: ACAP
2015
14.712
11.893
10.868
7.805
7.343
6.988
6.760
6.186
5.991
5.772
2014
12.034
8.211
8.014
5.984
5.696
5.726
5.601
3.831
4.572
3.865
%
Var.
22,3
44,8
35,6
30,4
28,9
22,0
20,7
61,5
31,0
49,3
em relação ao período homólogo do ano anterior.
Quanto aos veículos pesados de passageiros e
de mercadorias, verificou-se em junho uma subida de 60% em relação ao mês homólogo do ano
anterior, tendo sido comercializados 344 veículos
desta categoria. No acumulado do primeiro semestre de 2015, as vendas situaram-se nas 1875
unidades, mais 35,9% face ao mesmo período do
ano passado•
% no Mercado
2015
12,80
10,35
9,46
6,79
6,39
6,08
5,88
5,38
5,21
5,02
2014
13,72
9,36
9,14
6,82
6,50
6,53
6,39
4,37
5,21
4,41
A Peugeot (na foto o 208) foi a segunda marca que
mais cresceu todo “top” 10 (a seguir à Nissan)
sexta-feira, 17 de julho 2015
António Félix da Costa é o primeiro
português a vencer no DTM
AQUILES PINTO
[email protected]
A
ntónio Félix da Costa fez, no domingo
(dia 12 de julho), história em Zandvoort, ao tornar-se o primeiro piloto
Português de sempre a vencer uma
corrida do DTM, o campeonato alemão de carros de turismo. O piloto da BMW fez
a “pole-position” pela manhã e dominou toda a
corrida de uma forma magnífica, obtendo uma vitória magistral, que ficará certamente marcada na
memória do jovem piloto luso.
Após no sábado ter terminado na segunda posição, logo atrás do seu companheiro de equipa
Marco Wittmann, Félix da Costa entrou em pista
decidido a lutar pela vitória e se bem pensou, melhor o fez, obtendo a sua primeira pole position
da carreira no DTM. Na corrida desta tarde de
imediato Félix da Costa largou para a frente, mantendo-se na liderança da corrida até ao momento
de paragem nas boxes, altura em, que fruto de um
excelente trabalho da sua equipa Schnitzer, manteve o comando, para não mais largar até ao final,
isto apesar da forte pressão imposta pelo brasileiro
Augusto Farfus, que viria a terminar na segunda
posição, seguido de Bruno Spengler, num pódio
100% BMW.
Hino português para 100 mil
No final da corrida, depois de se ter ouvido “A
Portuguesa” perante mais de 100 mil espectadores,
o piloto de Cascais mostrava-se muito feliz e até
emocionado, salientando sobretudo “o excelente
trabalho da equipa Schnitzer, que esteve brilhante todo o fim de semana”, oferecendo um carro
muito competitivo. “Estou sem palavras, apesar de
já ter muitas vitórias na minha carreira em vários
campeonatos, esta tem um grande significado para
IX
EUROPEAN LE MANS SERIES
Filipe Albuquerque
vence em Red
Bull Ring e lidera
Campeonato
ilipe Albuquerque teve o melhor fim
de semana da época do European Le
Mans Series (ELMS) no Red Bull Ring
na Áustria. O piloto português e os
seus companheiros de equipa, Harry Tincknell
e Simon Dolan, asseguraram a “pole position”
e a vitória na prova e assumem a liderança do
Campeonato quando faltam disputar apenas duas
jornadas.
Um registo
perfeito numa
corrida muito
disputada, mas
onde o piloto
português ainda
conseguiu a volta
mais rápida, com
1.24.703. Os
pilotos do Gibson
da JOTA saem
da Áustria com
dois pontos de
vantagem para os
mais directos adversários e trilham caminho para
chegar ao título que lhes escapou o ano passado
no Circuito do Estoril.
A satisfação de Filipe era notória no final da
corrida. “Finalmente conseguimos a vitória. Era
um resultado que perseguíamos desde o início
da época e que já merecíamos. Estamos muito
satisfeitos. Conseguimos o pleno: ‘pole position’,
vitória e volta mais rápida. A somar a isto, ainda
passámos para a liderança do campeonato. Não
poderia querer melhor. Foi o fim de semana
perfeito”, disse o piloto português•
F
mim, pois trabalhei muito para a obter. Quero
agradecer à BMW por ter a honra de pertencer a
esta grande família e por mesmo nos momentos
menos bons estar ao meu lado e dar-me a máxima
confiança. Obrigado também a todos os portugueses pelo enorme carinho que senti durante todo o
fim de semana. Foi incrível e deixa-me orgulhoso
de ter tanta gente comigo”, referiu António Félix
da Costa, que venceu a corrida de Zandvoort, entrando para a história do automobilismo nacional como o único piloto luso a obter tal feito no
DTM, um dos campeonatos mais competitivos
do mundo, que conta apenas com pilotos profissionais, em representação de construtores alemães:
BMW, Audi e Mercedes.
Com este resultado António Félix da Costa
passa a ocupar o oitavo lugar do campeonato, com
43 pontos, numa altura em que estão disputadas
oito corridas desta temporada, com o inglês Jamie
Green (Audi) na frente da tabela de pontos, com
81 pontos. A próxima prova do DTM tem lugar
em Red Bull Ring, na Áustria, no fim de semana
de 31 de julho e 1 de agosto•
O piloto foi
segundo no
sábado e primeiro
no domingo
MOTO 3
WTCC PASSOU POR VILA REAL
Tiago Monteiro com azar em casa
T
iago Monteiro estava feliz com a passagem do WTCC por Portugal e, em
particular, por Vila Real, mas acabou
por ter um fim de semana azarado.
Apesar de a qualificação do WTCC
em Vila Real não ter corrido conforme esperado, Tiago Monteiro decidiu dar o seu melhor
em ambas as corridas para conseguir dois bons
resultados que satisfizessem as suas ambições desportivas. Na primeira corrida, o piloto português
conseguiu chegar ao quinto lugar e na segunda
ambicionava alcançar o pódio, fez um arranque
notável e quando se preparava para passar os dois
Lada à sua frente foi ensanduichado (ou tentou
passar onde não poderia, no ponto de vista dos
pilotos adversários) e protagonizou um aparatoso
acidente que o obrigou a abandonar.
Um desfecho que Monteiro não esperava, já
que tinha a ambição de conseguir chegar ao pódio. “O problema foi ter feito um bom arranque.
Se não tivesse arrancado tão bem, teria ficado
atrás deles e assim seria até ao final. Mas apercebi-me que havia espaço e arrisquei. Infelizmente os
adversários de cada um dos meus lados decidiram
avançar na mesma direção e fiquei no meio. Poderia até ter dado para continuar se o toque não tivesse sido roda com roda. O embate foi forte mas
estou fisicamente bem”, referiu Tiago Monteiro.
Na primeira corrida, Tiago também fez um
bom arranque e ganhou uma posição de sexto
Queda impediu
participação
de Miguel Oliveira
na Alemanha
iguel Oliveira termina o grande prémio
(GP) da Alemanha logo na sexta-feira
(dia 10 de julho), quando à quarta
de qualificação volta sofreu uma queda a baixa
velocidade na primeira curva do circuito e
fraturou o quarto metacarpo da mão esquerda.
O piloto da Red Bull KTM Ajo regressou no
mesmo dia a Portugal para ser operado, para
ter uma mais rápida recuperação a fim de estar
preparado para o GP de Indianápolis (7 a 9 de
agosto) que marca o início da segunda metade da
temporada.
No sábado, a equipa médica liderada pelo
cirurgião Gonçalo Morais Sarmento fez a
intervenção cirúrgica e o piloto de Moto 3 já
recupera em casa desde domingo. Para o líder
da equipa médica, a intervenção foi delicada,
mas coroada de sucesso. “O Miguel Oliveira é
uma pessoa muito especial para mim e, por isso,
coloquei todo o meu profissionalismo, como
sempre faço, quando dedico tempo àqueles que
precisam. A intervenção foi bastante delicada,
mas o resultado final foi positivo. Aplicou-se um
suporte aparafusado para estabilização do osso
e na próxima semana já deverão ser removidos
pontos da sutura. Em duas semanas prevejo que
possa iniciar a sua reabilitação”, disse o médico•
M
para quinto. Mas daí em diante não teve como
discutir mais posições.
Tiago Monteiro não acabou o fim de semana
sem agradecer: ao público português. “[Agradeço] a todas as pessoas a forma espetacular como
me receberam em Vila Real. Vivi uma semana
extraordinária e só tenho pena de não poder ter
retribuído com um pódio. Fica para a próxima”,
rematou. O piloto português prepara-se para
mais uma sessão de testes com a Honda ainda no
decorrer deste mês antes das habituais férias de
verão•
Monteiro
agradeceu,
apesar de tudo,
o apoio do público
português
X
sexta-feira, 17 de julho 2015
ESTUDO DA ACCENTURE REVELA
Consumidor automóvel quer
melhor experiência online
A
maioria dos consumidores está a fazer pesquisas online para ajudá-los na
tomada de decisão sobre compra de
automóveis, e grande parte deles fá-lo
antes de visitar o concessionário, revela um novo estudo da Accenture. Esta pesquisa
mostra também que 75% dos condutores inquiridos considerariam avançar com um processo de
compra de veículos completamente online.
O estudo, no qual foram inquiridos 10 mil
condutores de oito países, indica que 80% dos
clientes que pretendem adquirir um novo veículo estão a utilizar a tecnologia digital para saber
mais sobre as suas preferências de compra, sendo
que 62% estão a iniciar o processo de compra online, incluindo a consulta de redes sociais, antes
de entrarem num concessionário.
Adicionalmente, 75% dos inquiridos disseram que, se tivessem oportunidade, considerariam realizar todo o processo de compra do
carro através de canais online, incluindo o financiamento, negociação de preço, documentação
e entrega. 69% afirmaram ter já adquirido um
automóvel online ou que considerariam fazê-lo.
Este estudo revela também que os consumidores
estariam recetivos a usar canais online emergentes para aquisição de um automóvel. Por exemplo, 63% dos inquiridos disseram que estariam
interessados em comprar um carro novo através
de um leilão virtual.
Experiência omni-canal procura-se
Segundo a Accenture, as conclusões deste estudo apontam para uma necessidade crescente
de todas as marcas e concessionários de automóveis reforçarem a sua relação online com os
clientes. Mais de metade dos condutores manifestaram interesse em que a indústria automóvel
melhorasse os seus canais digitais, de forma a
tornar mais fácil a pesquisa de um novo veículo.
Especificamente, estão interessados em obter informações mais detalhadas, demonstrações virtuais e aceder a sites que possibilitem a comparação de preços. Esta consistência vai ao encontro
do estudo da Accenture sobre B2C Commerce,
onde os retalhistas consideram que uma marca
se diferencia cada vez mais pela experiência omnicanal (isto é de vários canais) que proporciona
aos seus consumidores.
Relativamente aos concessionários, mais de
metade (53%) dos inquiridos gostariam de ter
acesso a um touch screen que os informasse sobre os modelos disponíveis, e 48% gostariam de
fazer um test drive virtual durante a visita a um
stand.
“O impacto do consumidor digital está a
tornar-se universal, obrigando a uma disrupção
com a tradicional experiência de aquisição de
automóvel e com o mercado”, afirmou Christina Raab, responsável mundial da Accenture
pela área de Digital Consumer Services para a
indústria Automóvel. “Isto é claramente sustentado pelo facto de muitos clientes considerarem
efectuar todo o processo de compra de um carro
online. A fim de expandir o negócio neste novo
contexto, as marcas e os concessionários precisam de encontrar uma estratégia digital agressiva, tanto durante o processo de procura como no
pós-venda, criando uma experiência integrada
que vá ao encontro das necessidades dos consumidores”.
Ainda segundo este estudo, os clientes consi-
75% dos
condutores
inquiridos
considerariam
avançar com
um processo
de compra
de veículos
completamente
online
deram que o processo de pós-venda e a disponibilização online de valores e extras são os pontos
mais fracos da experiência digital na aquisição
de automóvel, e cerca de 50% dos inquiridos
acreditam que estas áreas precisam de ser melhoradas. A Accenture acredita que a melhoria do
serviço pós-venda é fundamental uma vez que
um desempenho fraco nesta área pode criar ou
destruir a lealdade a uma marca. “O interesse
dos consumidores em comprar um carro totalmente online ou através de novos mecanismos
como leilões virtuais sugere que os fabricantes e
os concessionários devem explorar estas opções”,
declarou Christina Raab. “A indústria automóvel
tem oportunidade de desenvolver uma presença
multicanal para responder a uma maior procura,
aumentando a rentabilidade”•
Autocarro Volvo
100% elétrico
em operação
comercial na Suécia
G
otemburgo, a segunda cidade mais
importante da Suécia, integrou,
no mês passado, três autocarros
Volvo 100% elétricos dos seus
transportes públicos, os quais se
juntam a sete híbridos elétricos da mesma
marca na operação da linha 55. Os autocarros
da rota, que vai de Chalmers Johanneberg até
Chalmers Lindholmen, passando pelo centro
de Gotemburgo, estão equipados com wi-fi a
bordo e estrutura para carregamento da bateria
do telefone.
Os autocarros usam baterias que são
rapidamente recarregadas com eletricidade
renovável nas estações terminais. A paragem
de Chalmers Lindholmen tem um terminal
fechado, que só é possível porque os autocarros
são silenciosos e sem emissões.
“A meta do Volvo Group é ser líder mundial
em soluções de transporte sustentável. Com
uma colaboração exclusiva em Gotemburgo,
podemos lançar esta rota e continuarmos líderes
no desenvolvimento do transporte público
do futuro”, diz Niklas Gustafsson, diretor de
sustentabilidade do Volvo Group.
A rota 55 é resultado da ElectriCity, uma
Compra de automóvel está a mudar em
todo o mundo
Apesar de o estudo indicar que a tecnologia digital está a influenciar cada
vez mais o mercado automóvel em todo o mundo, os resultados também
mostram que há diferenças marcantes nas preferências por país:
Os inquiridos chineses são os mais interessados em comprar um novo
carro online, com 92% a afirmar que já o fizeram ou considerariam fazê-lo. Pelo
contrário, os condutores japoneses expressaram o nível de interesse mais baixo,
sendo que 80% não considerariam uma opção de compra online.
82% dos condutores inquiridos na Índia e 83% na China estão interessados
em negociar online o financiamento num processo de compra de carro.
Os condutores norte-americanos estão particularmente interessados
em sites de comparação de opções, enquanto os chineses revelam-se mais
entusiasmados com a hipótese de terem acesso imediato à informação sobre
um determinado modelo.
Entre todas as opiniões apresentadas, aquela que os condutores de todos
estes países consideraram menos interessante foi a possibilidade de existirem
chats com concessionários.
Quando estão a tomar a decisão de adquirir um automóvel, os condutores
da Índia são mais influenciados por sites e publicações especializadas
online. Pelo contrário, os condutores japoneses são os que mais facilmente
comprariam um veículo sem fazer qualquer pesquisa online, e os condutores
italianos são mais influenciados pela visita a um stand do que qualquer outra
coisa.
Na China, 90% dos inquiridos estariam interessados em participar em
leilões online para comprar um carro novo. Os condutores do Japão, França e
Alemanha revelaram pouco interesse, com 80%, 65% e 55%, respetivamente,
dizendo “não” a esta opção.
Em relação às áreas mais fracas do processo de compra através de uma
experiência digital, os condutores alemães consideraram o aconselhamento
pré-venda das equipas de venda online ineficaz, enquanto os condutores dos
EUA sentem que o valor de mercado de um veículo corrente é o que precisa de
ser mais melhorado. Contudo, de uma forma geral, os inquiridos consideram
que a informação de pré-venda online é o que necessita de menor atenção •
A linha 55 não tem autocarros “tradicionais”.
colaboração que desenvolve, testa e demonstra
um transporte coletivo sustentável novo e
atraente para o futuro. Além dos autocarros
em si, a ElectriCity desenvolve e testa novos
sistemas de paragens, sistemas de gestão de
tráfego, conceitos de segurança e sistemas
de abastecimento de energia. A nova rota de
autocarros elétricos não só coloca Gotemburgo
no mapa dos sistemas de transporte público
inovadores como também abre novas
possibilidades para o planeamento urbano.
“A ElectriCity e a rota 55 são a prova concreta
de como Gotemburgo está a transformar-se
numa cidade mais aberta e sustentável, com
espaços públicos atraentes e uma vida urbana
rica. O projeto também demonstra a nossa
ambição e estratégia para atrair experiência e
investimentos que ajudam a reduzir o impacto
ambiental e desenvolver colaboração entre
autoridades, indústria e meio académico”,
diz Anneli Hulthén, presidente da Câmara
de Gotemburgo. A intenção deste projeto
ElectriCity é incentivar o uso do transporte
público e abrir caminho para soluções de
transporte público mais atraentes na região de
Västra Götaland •
sexta-feira, 17 de julho 2015
XI
Renault substitui Laguna por Talisman
AQUILES PINTO
[email protected]
A
Renault anunciou um novo modelo
para o segmento D. O Talisman, que
vai ser apresentado em setembro, no
Salão de Frankfurt, e começa a ser
lançado nos vários mercados europeus em outubro, vai ter versão quatro portas e
carrinha.
Com uma carroçaria tricorpo com 4,85 m de
comprimento e 1,87 m de largura, o modelo, que
substitui o Laguna após três gerações e 21 anos de
“serviço”, tem uma altura da carroçaria (1,46 m)
e numa distância ao solo reduzidas e numa longa
distância entre eixos (2,81 m). O objetivo é, por
um lado, dar uma silhueta elegante ao Talisman
e, por outro, aumentar o espaço para passageiros
(também os detrás) e para bagagem (mala com
608 m3).
Como seria de esperar num modelo deste
segmento, também a tecnologia é importante.
Em termos de inovações, para tornar melhor a
vida a bordo, destaque para a afixação digital de
sete polegadas sob a pala, R-Link 2 com ecrã de
8,7 polegadas, visor a cores em posição superior,
som Bose Surround e estacionamento “mãos livres”.
O modelo
será revelado
em setembro
no Salão de
Frankfurt
O Talisman substitui o
Laguna após três gerações
e 21 anos de “serviço”.
Quanto a inovações para condução, o Talisman adota a tecnologia Multi-Sense para acompanhar os desejos do condutor (quatro modos).
Além disso, associa o sistema de quatro rodas
direcionais 4Control ao amortecimento pilotado.
Cinco motores
Debaixo do capô, o modelo vai contar com
cinco opções de motores, dois a gasolina e três
diesel. Os motores a gasolina serão ambos 1.6
TCe, com 150 cv e 200 cv, exclusivamente equipados com a caixa automática EDC de dupla embraiagem e sete velocidades.
Já os diesel são o 1.5 dCi de 110 cv, associado à caixa manual de seis velocidades ou à caixa
automática EDC de dupla embraiagem de seis
velocidades, o 1.6 dCi 130 (caixa manual de seis
velocidades e caixa EDC de dupla embraiagem
de seis velocidades) e o 1.6 dCi 160 (biturbo),
exclusivamente associado à caixa EDC de dupla
embraiagem de seis velocidades•
Volkswagen alarga oferta na gama Golf
com Variant GTD e Alltrack
A
Volkswagen inicia agora a comercialização em Portugal de duas das versões mais exclusivas da gama Golf: a
Variant GTD e a Alltrack. A primeira traz mais desportividade à gama e
segunda, “vestida” de todo-o-terreno, acrescenta
versatilidade.
A Golf Variant GTD tem tração dianteira,
motor de 2.0 litros TDI com 184 cv de potência
e chassis desportivo rebaixado em 15 mm. A
aceleração zero a 100
km/h é feita em 7,9
segundos, quer esteja
equipado com caixa
manual de seis velocidades ou automática
de dupla embraiagem
DSG. A velocidade
máxima é de 231 km/h
(DSG: 229 km/h).
O consumo é de
4,4 l/100 km/h na versão equipada com caixa
manual de seis veloci-
dades (115 g/km de CO2) e 4,8 l/100 km (125 g/
km de CO2) com a DSG. Os preços variam entre
44 859 euros (caixa manual) e 46 384 euros (caixa
DSG).
As características técnicas e estéticas mais destacadas do Golf Variant Alltrack são o sistema de
tração total 4MOTION (de série), uma maior
distância ao solo, uma carroçaria protegida com
vários elementos e estribos protuberantes, pára-
A Golf GTD traz mais
desportividade e a
Alltrack acrescenta
versatilidade
-choques de novo desenho e muitas outras características exclusivas no exterior e no interior. As
motorizações disponíveis para o Alltrack são o 1.6
TDI de 110 cv e o 2.0 TDI com 150 ou 184 cv
(disponível apenas com transmissão de dupla embraiagem DSG de seis velocidades). O preço do
1.6 TDI é de 36 109 euros, do 2.0 TDI de 150 cv
de 43 333 euros e o 2.0 TDI com 184 cv é de 45
589 euros•
BP PLUS. Soluções para a gestão da sua frota.
É preciso muito trabalho para manter a sua frota a funcionar com a máxima eficiência. Agora o cartão BP PLUS faz tudo isso e muito mais.
Dá aos motoristas Liberdade para utilizarem cerca de 18.000 postos de abastecimento em toda a Europa, garantindo-lhe a si o Controlo de
todas as transacções efectuadas, através dos Serviços Online BP PLUS, com o máximo de Segurança durante todo o processo.
Para qualquer necessidade da sua frota, visite o site www.bpplus.pt e veja o que um simples cartão pode fazer.
sexta-feira, 17 de julho 2015
Serviços Jurídicos
Uma trabalhadora gozou a licença de
maternidade e agora que voltou ao
trabalho pretende ser dispensada para
amamentar o filho. Durante quanto tempo
tem direito a ser dispensada do trabalho
para esse efeito?
De facto, a mãe que após o gozo da licença
de maternidade (licença parental inicial)
continua a amamentar o filho, tem direito a
ser dispensada do trabalho, em dois períodos
distintos com a duração máxima de uma hora
cada um deles (podendo acordar outro regime
Serviços Jurídicos
A nossa empresa tem necessidade de
trabalhar durante o período de férias. Temos
um funcionário disposto a trabalhar durante
o mês de férias a que tem direito. Pode este
funcionário trabalhar durante as férias? Qual
a retribuição que lhe deve ser paga?
De acordo com o n.º 3 do artigo 237º do
Código do Trabalho, “O direito a férias é
irrenunciável e o seu gozo não pode ser
substituído, ainda que com o acordo do
trabalhador, por qualquer compensação,
económica ou outra”. Assim, o acordo
celebrado entre o trabalhador e a entidade
patronal no sentido de não serem gozadas
Serviços Jurídicos
Questões práticas - Amamentação
com o empregador), durante todo o tempo
que durar a amamentação.
Mas, mesmo que a mãe não amamente o filho,
a mesma tem direito a ser dispensada para
aleitação, neste caso, até que o filho faça um ano.
Para efeito de dispensa para amamentação,
a trabalhadora mãe, deve comunicar ao
empregador que amamenta o filho, fazendo-o
com uma antecedência de 10 dias face ao
início da dispensa. Caso a amamentação se
prolongue para além do primeiro ano de vida
do filho, a mãe deve apresentar um atestado
médico à sua entidade empregadora.
as férias e ser pago para além da retribuição
e subsídio de férias uma retribuição
extraordinária, não tem validade, isto é, é nulo,
pois que o direito a férias do trabalhador é
indisponível.
O dever de conceder férias decorrente da lei
para o empregador e o direito irrenunciável
do trabalhador ao seu gozo efectivo, revestem
carácter vinculativo para ambas as partes, de
modo que nem o empregador pode deixar de
providenciar no sentido de que o trabalhador
delas usufrua, nem o trabalhador pode
renunciar às férias, continuando a prestar
trabalho ao empregador.
Além disso, estabelece o artigo 246º n.º
Serviços Jurídicos
Síntese Legislativa
LEI N.º 68/2015 – DE 08.07.2015
Altera o Código do Imposto sobre Veículos,
1 o seguinte: “Caso o empregador obste
culposamente ao gozo das férias nos termos
previstos nos artigos anteriores, o trabalhador
tem direito a compensação no valor do triplo
da retribuição correspondente ao período em
falta, que deve ser gozado até 30 de Abril do
ano civil subsequente”.
Assim, durante as férias o trabalhador não
pode prestar qualquer actividade para o
empregador, seja ou não remunerada.
O trabalhador, apenas poderá exercer uma
actividade remunerada durante o período
de férias, se exercer essa actividade em
cumulação, ou, desde que, o empregador
assim o autorize.
Breves
Veículos, aprovado pela Lei n.º 22-A/2007, de
29 de junho, introduzindo uma isenção de 50
LEI N.º 66/2015 – DE 06.07.2015
Terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 27C/2000, de 10 de março, trigésima sexta
alteração ao Regime Geral das Instituições de
Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado
pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de
dezembro, quinta alteração ao Decreto-Lei n.º
454/91, de 28 de dezembro, simplificando e
padronizando o comissionamento de contas
de depósito à ordem, e primeira alteração
à Lei n.º 23-A/2015, de 26 de Março.
Por sua vez, se a mãe pretender ser
dispensada para aleitação, deve comunicar ao
empregador que aleita o filho e fazê-lo com
uma antecedência de 10 dias relativamente ao
início da dispensa, apresentando documento
em que conste decisão conjunta de ambos
os progenitores e declarando qual o período
de dispensa a ser gozado pelo pai (quando
for esse o caso). Além disso, a mãe deve
ainda provar que o pai exerce uma actividade
profissional e que no caso de ser trabalhador
dependente informou o seu empregador da
decisão conjunta.
Questões práticas - Férias
No passado dia 08 de julho, foi publicada a Lei
n.º 68/2015, Altera o Código do Imposto sobre
ECONOMIA & FINANÇAS
1
% em sede de imposto sobre veículos para as
famílias numerosas.
aprovado pela Lei n.º 22-A/2007, de 29 de
junho, introduzindo uma isenção de 50 %
em sede de imposto sobre veículos para as
famílias numerosas.
pensões por incapacidade permanente e por
morte resultantes de acidente de trabalho,
previsto no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º
142/99, de 30 de Abril.
TRABALHO & SEGURANÇA SOCIAL
DECRETO-LEI N.º 108/2015 – DE 17.06.2015
Procede à terceira alteração ao DecretoLei n.º 290/2009, de 12 de outubro,
criando a Marca Entidade Empregadora
Inclusiva, reforçando os apoios à
qualificação, aos centros de recursos
e ao emprego apoiado, bem como
ajustando algumas matérias em função da
implementação do Programa de Emprego
e Apoio à Qualificação das Pessoas com
Deficiência e Incapacidade.
PORTARIA N.º 178/2015 – DE 15.06.2015
Primeira alteração à Portaria n.º 1456-A/95,
de 11 de dezembro, que regulamenta as
prescrições mínimas de colocação e utilização
da sinalização de segurança e saúde no
trabalho.
DECRETO-LEI N.º 107/2015 – DE 16.06.2015
Suspende o regime de atualização anual das
2
sexta-feira, 17 de julho 2015
PORTARIA N.º 181-B/2015 – DE 19.06.2015
Primeira alteração à Portaria n.º 57-A/2015,
de 27 de fevereiro, que adota o regulamento
específico do domínio da Competitividade e
Internacionalização.
PORTARIA N.º 181-C/2015 – DE 19.06.2015
Primeira alteração à Portaria n.º 97-A/2015,
de 30 de março, que adota o regulamento
específico do domínio da Inclusão Social e
Emprego.
PORTARIA N.º 189/2015 – DE 25.06.2015
Primeira alteração à Portaria n.º 275/2010,
de 19 de maio, que fixa os valores das taxas
devidas pelos serviços prestados pelos
organismos, no âmbito dos ministérios
responsáveis pelas áreas laboral e da saúde,
competentes para a promoção da segurança
e saúde no trabalho e revoga a Portaria n.º
1009/2002, de 9 de Agosto.
PORTARIA N.º 190-B/2015 – DE 26.06.2015
Aprova o Regulamento Geral do Fundo de
Auxílio Europeu às Pessoas Mais Carenciadas
e o Regulamento Específico do Programa
Operacional de Apoio às Pessoas Mais
Carenciadas.
DECRETO-LEI N.º 124/2015 – DE 07.07.2015
Consagra medidas nacionais para a
transposição da Diretiva n.º 2011/61/UE, de
8 de junho, da Diretiva n.º 2013/14/UE, de 21
de maio, da Diretiva n.º 2014/51/UE, de 16
de abril, e da Diretiva n.º 2003/71/CE, de 4 de
novembro, todas do Parlamento Europeu e
do Conselho, alterando-se respetivamente
o regime jurídico dos fundos de pensões,
aprovado pelo Decreto-Lei n.º 12/2006, de 20
de janeiro, o Código dos Valores Mobiliários,
em matéria de prospeto a publicar em caso
de oferta pública de valores mobiliários ou da
sua admissão à negociação, e o Regime Geral
dos Organismos de Investimento Coletivo
no âmbito da prestação das atividades
transfronteiriças dos gestores de organismo
de investimento alternativos.
AMBIENTE
DECLARAÇÃO DE RETIFICAÇÃO N.º 30/2015
– DE 18.06.2015
Retifica o Decreto-Lei n.º 75/2015, de
11 de maio, do Ministério do Ambiente,
Ordenamento do Território e Energia, que
aprova o Regime de Licenciamento Único
de Ambiente, que visa a simplificação dos
procedimentos dos regimes de licenciamento
ambientais, regulando o procedimento de
emissão do título único ambiental, publicado
no Diário da República n.º 90, 1.ª série, de 11
de maio de 2015.
sexta-feira, 17 de julho 2015
TRANSPORTES & RODOVIÁRIO
PORTARIA N.º 185/2015 – DE 23.06.2015
Regulamenta a Lei n.º 14/2014, de 18 de
março, que aprova o regime jurídico do
ensino da condução, nos aspetos relativos
ao ensino da condução para habilitação às
diversas categorias de carta de condução e ao
acesso e exercício da atividade de exploração
de escolas de condução.
PORTARIA N.º 196-B/2015 – DE 02.07.2015
Aprova os modelos de vinhetas/dísticos
identificadores, bem como anotação da
conformidade da instalação, dos veículos que
utilizam gás de petróleo liquefeito (GPL) ou
gás natural comprimido (GNC) ou gás natural
liquefeito (GNL) como combustível.
JUSTIÇA
DECRETO-LEI N.º 106/2015 – De 16.06.2015
Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei
n.º 50/2013, de 16 de abril, que estabelece o
regime de disponibilização, venda e consumo
de bebidas alcoólicas em locais públicos e em
locais abertos ao público, proibindo a prática
destas atividades relativamente a menores
de idade.
LEI ORGÂNICA N.º 8/2015 – De 22.06.2015
Sexta alteração à Lei n.º 37/81, de 3 de
outubro (Lei da Nacionalidade), fixando
novos fundamentos para a concessão
da nacionalidade por naturalização e de
oposição à aquisição da nacionalidade
portuguesa.
LEI N.º 55/2015 – De 23.06.2015
Quinta alteração à Lei n.º 5/2002, de 11 de
janeiro, que estabelece medidas de combate
à criminalidade organizada e económicofinanceira, de modo a abranger todos
os ilícitos criminais relacionados com o
terrorismo.
LEI N.º 56/2015 – De 23.06.2015
Segunda alteração à Lei n.º 23/2007,
de 4 de julho, que aprova o regime
jurídico de entrada, permanência, saída e
afastamento de estrangeiros do território
nacional, modificando os fundamentos
para a concessão e cancelamento
de vistos e para a aplicação da pena
acessória de expulsão.
LEI N.º 58/2015 – De 23.06.2015
Vigésima terceira alteração ao Código de
Processo Penal, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 78/87, de 17 de fevereiro, atualizando a
definição de terrorismo.
LEI N.º 59/2015 – De 24.06.2015
Primeira alteração à Lei n.º 53/2008, de 29
de agosto, que aprova a Lei de Segurança
Interna, modificando a composição do
Conselho Superior de Segurança Interna e a
organização e o funcionamento da Unidade
de Coordenação Antiterrorismo.
LEI N.º 60/2015 – De 24.06.2015
Quarta alteração à Lei n.º 52/2003, de 22
de agosto (Lei de combate ao terrorismo),
criminalizando a apologia pública e as
deslocações para a prática do crime de
terrorismo.
LEI N.º 61/2015 – De 24.06.2015
Segunda alteração à Lei n.º 101/2001, de 25
de agosto, que estabelece o regime jurídico
das ações encobertas para fins de prevenção
e investigação criminal, permitindo que nelas
sejam incluídos todos os ilícitos criminais
relacionados com o terrorismo.
LEI N.º 62/2015 – De 24.06.2015
Sexta alteração à Lei n.º 25/2008, de 5 de
junho, que estabelece medidas de natureza
preventiva e repressiva de combate ao
branqueamento de vantagens de proveniência
ilícita e ao financiamento do terrorismo.
DECRETO-LEI N.º 119/2015 – De 29.06.2015
Aprova o novo Regulamento da Caixa de
Previdência dos Advogados e Solicitadores.
LEI N.º 63/2015 – De 30.06.2015
Terceira alteração à Lei n.º 23/2007, de 4
de julho, que aprova o regime jurídico de
entrada, permanência, saída e afastamento de
estrangeiros do território nacional.
DECRETO-LEI N.º 128/2015 – De 07.07.2015
Procede à oitava alteração ao Decreto-Lei
n.º 42/2001, de 9 de fevereiro, que cria as
secções de processo executivo do sistema de
solidariedade e segurança social, define as
regras especiais daquele processo e adequa
a organização e a competência dos tribunais
administrativos e tributários.
JURISPRUDÊNCIA
LEI N.º 57/2015 – De 23.06.2015
Terceira alteração à Lei n.º 49/2008, de 27 de
agosto, que aprova a Lei de Organização da
Investigação Criminal, de modo a abranger
todos os ilícitos criminais relacionados com o
terrorismo.
ACÓRDÃO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL
N.º 296/2015 – DE 15.06.2015
Não conhece da ilegalidade da norma do
artigo 6.º, n.º 1, alínea a), e n.º 4 da Lei n.º
13/2003, de 21 de maio, na redação que,
por último, lhe foi conferida pelo artigo 5.º
doDecreto-Lei n.º 133/2012, de 27 de junho,
no segmento em que exige pelo menos um
ano de residência legal em Portugal, para
reconhecimento do direito ao Rendimento
Social de Inserção aos cidadãos nacionais; não
declara a ilegalidade do artigo 6.º, n.º 1, alínea
a), e n.º 4 da Lei n.º 13/2003, de 21 de maio,
na redação que, por último, lhe foi conferida
pelo artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 133/2012, de
27 de junho, no segmento em que exige, para
reconhecimento do direito ao Rendimento
Social de Inserção, pelo menos um ano de
residência legal em território nacional, para
Serviços Técnicos
O financiamento do SIGOU - Sistema Integrado
de Gestão de Óleos Usados é obtido através de
uma prestação financeira, o Ecovalor.
Este valor manteve-se inalterado nos 63€ por
metro cúbico (6,3 cêntimos por litro), ao qual
acresce o IVA, desde a publicação do Despacho
Serviços Técnicos
O Decreto-Lei n.º 10/2015, de 16 de janeiro,
aprovou, em anexo, o regime jurídico de
acesso e exercício de atividades de comércio,
serviços e restauração (RJACSR).
O RJACSR regula o acesso a várias atividades
do comércio, serviços e restauração,
designadamente, as oficinas de adaptação
e reparação de automóveis que utilizam
o gás de petróleo liquefeito ou de gás
natural comprimido e/ou liquefeito como
combustíveis.
A Lei n.º 13/2013, de 31 de janeiro,
estabeleceu o quadro legal para a utilização
de gases de petróleo liquefeito (GPL) e gás
natural comprimido (GNC) e liquefeito (GNL)
como combustível em veículos, matéria que
foi regulamentada pela Portaria n.º 207A/2013, de 25 de junho.
O artigo 5.º da Lei n.º 13/2013, de 31 de
janeiro, na redação dada pelo Decreto-Lei
n.º 10/2015, de 16 de janeiro, determina que
todos os veículos automóveis que utilizam
GPL ou GN como combustível devem ser
devidamente identificados.
Desta forma, a publicação da Portaria n.º 196B/2015, de 2 de Julho, vem, em cumprimento
das normas referidas, aprovar os modelos de
vinhetas/dísticos identificadores, bem como
anotação da conformidade da instalação,
dos veículos que utilizam gás de petróleo
os cidadãos nacionais de Estado membro da
União Europeia, de Estado que faça parte do
Espaço Económico Europeu ou de um Estado
terceiro que tenha celebrado um acordo
de livre circulação de pessoas com a União
Europeia; declara a inconstitucionalidade
do artigo 6.º, n.º 1, alínea b), e n.º 4 da Lei
n.º 13/2003, de 21 de maio, na redação que
por último lhe foi conferida pelo artigo 5.º
do Decreto-Lei n.º 133/2012, de 27 de Junho.
ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA N.º 9/2015 – DE 24.06.2015
«Se o autor não formula na petição inicial,
3
nem em ulterior ampliação, pedido de juros
de mora, o tribunal não pode condenar o réu
no pagamento desses juros.».
ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA N.º 10/2015 – DE 26.06.2015
“Conformando-se uma parte com o valor da
condenação na 1ª instância e procedendo
parcial ou totalmente a apelação interposta
pela outra parte, a medida da sucumbência da
apelada, para efeitos de ulterior interposição
do recurso de revista, corresponde à diferença
entre os valores arbitrados na sentença de 1ª
instância e no acórdão da Relação”.
Ecovalor – óleos
conjunto n.º 662/2005, de 6 de setembro,
que concedeu licença à Sogilub - Sociedade
de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes
Usados, Lda..
De acordo com o Despacho n.º 4383/2015,
de 30 de abril, que concedeu nova licença à
Sogilub, cada produtor de óleos novos que
transfira para esta entidade a responsabilidade
pela gestão dos óleos usados pagará, pelos
óleos novos introduzidos no mercado a partir
de 1 de maio de 2015, 50€/tonelada acrescido
de IVA.
Identificação de veículos movidos a GPL, GNC
ou GNL
liquefeito (GPL) ou gás natural comprimido
(GNC) ou gás natural liquefeito (GNL) como
combustível.
A identificação dos veículos que utilizam Gás
de Petróleo Liquefeito deve ser efetuada da
seguinte forma:
- Vinheta identificadora de acordo com o
modelo 1 definido no n.º 1 do anexo I da
Portaria n.º 196-B/2015, no que respeita aos
veículos pertencentes às categorias M1 e
N1, nos termos do Regulamento ECE/ONU
n.º 67 da Comissão Económica das Nações
Unidas para a Europa, devendo a mesma
ser afixada no para-brisas;
- Dístico identificador de acordo com o
modelo 2 definido no n.º 2 do anexo
I da Portaria n.º 196-B/2015, afixado à
retaguarda, no que respeita aos veículos
pertencentes às categorias M2, M3, N2 e
N3 nos termos do Regulamento ECE/ONU
n.º 67 da Comissão Económica das Nações
Unidas para a Europa.
Nos veículos atrás referidos, deve ser anotado
no certificado de matrícula a referência de
que a instalação GPL está conforme com o
referido regulamento, através da menção
“GPL — Reg. 67”.
Nos veículos de matrícula portuguesa que
já utilizem sistemas de alimentação a GPL
aprovados em inspeção técnica anterior
à entrada em vigor do Regulamento de
Utilização, Identificação e Instalação de
Gás de Petróleo Liquefeito ou Gás Natural
Comprimido e Liquefeito em Veículos,
aprovado pela Portaria n.º 207-A/2013, de 25
de junho, devem ter afixado à retaguarda o
dístico identificador de acordo com o modelo
3 definido no n.º 3 do anexo I da Portaria n.º
196-B/2015.
No que toca à identificação dos veículos
que utilizam Gás Natural Comprimido ou
Liquefeito, esta deve ser efetuada da seguinte
forma:
- Vinheta identificadora de acordo com o
modelo 1 definido no n.º 1 do anexo
II da Portaria n.º 196-B/2015, no que
respeita aos veículos pertencentes às
categorias M1 e N1, nos termos do previsto
no Regulamento ECE/ONU n.º 110 da
Comissão Económica das Nações Unidas
para a Europa, devendo a mesma ser
afixada no para-brisas;
- Dístico identificador de acordo com o modelo
2 definido no n.º 2 do anexo II da Portaria
n.º 196-B/2015, afixado à retaguarda, no
que respeita aos veículos pertencentes às
categorias M2, M3, N2 e N3, nos termos do
previsto no Regulamento ECE/ONU n.º 110
da Comissão Económica das Nações Unidas
para a Europa.
4
sexta-feira, 17 de julho 2015
sexta-feira, 17 de julho 2015
Nos veículos atrás referidos, deve ser anotado
no certificado de matrícula a referência de
que a instalação GN está conforme com
aquele regulamento, através da menção “GN
— Reg. 110”.
Nos veículos de matrícula portuguesa que
já utilizem sistemas de alimentação a GN
aprovados em inspeção técnica anterior
à entrada em vigor do Regulamento de
Utilização, Identificação e Instalação de
Gás de Petróleo Liquefeito ou Gás Natural
Comprimido e Liquefeito em Veículos,
aprovado pela Portaria n.º 207-A/2013, de 25
de junho, devem ter afixado à retaguarda um
dístico identificador de acordo com o modelo
3 definido no n.º 3 do anexo II da Portaria n.º
196-B/2015.
Em seguida apresentaremos os anexos à
legislação, referidos neste artigo, para melhor
visualização e compreensão dos elementos
identificadores aprovados por esta legislação.
• Tamanho dos carateres:
• 1.ª linha: ≥ 58;
• 2.ª linha: ≥ 28;
• 3.ª linha: ≥ 14;
• 4.ª e 5.ª linhas: ≥ 7.
TIPO DE LETRA
• Franklin Gothic Demi Cond negrito,
maiúsculas com espaçamento normal.
COLOCAÇÃO
• As letras devem estar centradas;
• A vinheta deve ser colocada de forma
inamovível (em papel autocolante) e
apresentar-se em adequadas condições de
conservação;
• A vinheta deve ser colocada no canto inferior
direito do para-brisas;
• Não podem ser colocados na vinheta
quaisquer outros carateres ou símbolos.
MODELO 2
ANEXO I
Modelo de vinhetas/dísticos identificadores
da utilização de Gás de Petróleo Liquefeito
nos veículos
2 — Veículos das categorias M2, M3, N2 e N3
que utilizam GPL como combustível e cujos
componentes foram aprovados e instalados
de acordo com as prescrições técnicas fixadas
no referido Regulamento ECE/ONU n.º 67.
inamovível (em papel autocolante) e
apresentar-se em adequadas condições de
conservação;
• O dístico deve ser colocado na carroçaria, na
metade direita do painel da retaguarda, a uma
altura ao solo não superior a 1200 mm (em
caso de impossibilidade, na metade esquerda,
nas mesmas condições), sem perturbar
os sistemas de iluminação, sinalização,
visibilidade ou a identificação do veículo;
• Nos casos em que, por razões construtivas
do veículo não seja possível a colocação
conforme o disposto no presente anexo,
por despacho do Presidente do Instituto da
Mobilidade e dos Transportes, I. P., pode ser
autorizada uma colocação alternativa, na
retaguarda do veículo;
• Não podem ser colocados no dístico
quaisquer outros carateres ou símbolos.
MODELO 3
3 — Veículos que utilizam GPL como
combustível e cujos componentes não foram
aprovados ou instalados de acordo com as
prescrições técnicas fixadas no Regulamento
ECE/ONU n.º 67.
conservação;
• O dístico deve ser colocado na carroçaria,
na metade direita do painel da retaguarda,
a uma altura ao solo não superior a 1200
mm (em caso de impossibilidade, na
metade esquerda, nas mesmas condições),
sem perturbar os sistemas de iluminação,
sinalização, visibilidade ou a identificação do
veículo;
• Nos casos em que, por razões construtivas
do veículo não seja possível a colocação
conforme o disposto no presente anexo,
por despacho do Presidente do Instituto da
Mobilidade e dos Transportes, I. P., pode ser
autorizada uma colocação alternativa, na
retaguarda do veículo;
• Não podem ser colocados no dístico
quaisquer outros carateres ou símbolos.
• 2.ª linha: ≥ 28;
• 3.ª Linha: ≥ 14;
• 4.ª e 5.ª linha: ≥ 7.
• Espessura da letra: ≥ 4 mm;
• Largura do dístico: 110 - 150 mm;
• Altura do dístico: 80 - 110 mm.
TIPO DE LETRA
• Franklin Gothic Demi Cond negrito,
maiúsculas com espaçamento normal.
TIPO DE LETRA
• Franklin Gothic Demi Cond negrito,
maiúsculas com espaçamento normal.
COLOCAÇÃO
• As letras devem estar centradas;
• A vinheta deve ser colocada de forma
inamovível (em papel autocolante) e
apresentar-se em adequadas condições de
conservação;
• A vinheta deve ser colocada no canto
inferior direito do para-brisas;
• Não podem ser colocados na vinheta
quaisquer outros carateres ou símbolos.
ANEXO II
(a que se referem os artigos 2.º e 4.º)
MODELO 2
COLOCAÇÃO
• As letras devem estar centradas no dístico;
• O dístico deve ser colocado de forma
inamovível (em papel autocolante) e
apresentar-se em adequadas condições de
conservação;
• O dístico deve ser colocado na carroçaria,
na metade direita do painel da retaguarda,
a uma altura ao solo não superior a 1200
mm (em caso de impossibilidade, na
metade esquerda, nas mesmas condições),
sem perturbar os sistemas de iluminação,
sinalização, visibilidade ou a identificação do
veículo;
• Nos casos em que, por razões construtivas
do veículo não seja possível a colocação
conforme o disposto no presente anexo,
por despacho do Presidente do Instituto da
Mobilidade e dos Transportes, I. P., pode ser
autorizada uma colocação alternativa, na
retaguarda do veículo.
Modelo de vinhetas/dísticos identificadores
da utilização de Gás Natural Comprimido e
Liquefeito nos veículos
MODELO 1
2 — Veículos pertencentes às categorias M2,
M3, N2 e N3, que utilizam GNC ou GNL como
combustível e cujos componentes foram
aprovados e instalados de acordo com as
prescrições técnicas fixadas no Regulamento
ECE/ONU n.º 110.
DÍSTICO IDENTIFICADOR
MODELO 1
1 — Veículos pertencentes às categorias
M1 e N1, que utilizam GNC e/ou GNL como
combustível e cujos componentes foram
aprovados e instalados de acordo com as
prescrições técnicas fixadas no Regulamento
ECE/ONU n.º 110.
DÍSTICO IDENTIFICADOR
1 — Veículos pertencentes às categorias M1
e N1, que utilizam GPL como combustível
e cujos componentes foram aprovados e
instalados de acordo com as prescrições
técnicas fixadas no Regulamento ECE/ONU
n.º 67.
5
DÍSTICO IDENTIFICADOR GNC
MODELO 3
3 — Veículos que utilizam GNC e/ou GNL
como combustível e cujos componentes não
foram aprovados ou instalados de acordo
com as prescrições técnicas fixadas no
Regulamento ECE/ONU n.º 110.
VINHETA IDENTIFICADORA
VINHETA IDENTIFICADORA
DÍSTICO IDENTIFICADOR
As características do dístico devem ser as
seguintes:
CORES
• Fundo: Verde (pantone 802c);
• Filete: Branca ou branca refletora;
• Letras interiores: Branca ou branca refletora.
As características da vinheta devem ser as
seguintes:
DIMENSÕES
• Filete: 4 - 6 mm;
• Altura da Letra: ≥ 25 mm;
• Espessura da letra: ≥ 4 mm;
• Largura do dístico: 110 - 150 mm;
• Altura do dístico: 80 - 110 mm.
CORES
• Fundo: Verde (pantone 802c);
• Filete: Branca ou branca refletora;
• Letras: Branca ou branca refletora.
TIPO DE LETRA
• Franklin Gothic Demi Cond negrito,
maiúsculas com espaçamento normal.
DIMENSÕES
• Dimensões mínimas: 40 mm x 40 mm;
COLOCAÇÃO
• As letras devem estar centradas;
• O dístico deve ser colocado de forma
DÍSTICO IDENTIFICADOR GNL
As características do dístico devem ser as
seguintes:
CORES
• Fundo: Azul (RAL 5019);
• Filete: Branca ou branca refletora;
• Letras: Branca ou branca refletora.
DIMENSÕES
• Dimensões mínimas: 150 mm x 110 mm;
• Tamanho dos carateres:
• 1.ª linha: ≥ 200;
• 2.ª linha: ≥ 48.
TIPO DE LETRA
• Franklin Gothic Demi Cond negrito,
maiúsculas com espaçamento normal.
COLOCAÇÃO
• As letras devem estar centradas;
• O dístico deve ser colocado de forma
inamovível (em papel autocolante) e
apresentar-se em adequadas condições de
As características do dístico devem ser as
seguintes:
CORES
• Fundo: Verde (pantone 802c);
• Filete: Branca ou branca refletora;
• Letras: Branca ou branca refletora.
DIMENSÕES
• Dimensões mínimas: 40 mm x 40 mm;
• Tamanho dos carateres:
• 1.ª linha: ≥ 58;
As cores e dimensões do dístico devem ser as
seguintes:
As cores e dimensões do dístico devem ser as
seguintes:
CORES
• Fundo: Verde (pantone 802c);
• Filete: Branca ou branca refletora;
• Letras: Branca ou branca refletora.
CORES
• Fundo: Verde (pantone 802c);
• Filete: Branca ou branca refletora;
• Letras interiores: Branca ou branca refletora;
• Letras exteriores: Preto.
DIMENSÕES
• Filete: 4 - 6 mm;
• Altura da Letra: ≥ 25 mm;
DIMENSÕES
• Dimensões mínimas: 150 mm x 110 mm;
• Tamanho dos carateres:
6
sexta-feira, 17 de julho 2015
sexta-feira, 17 de julho 2015
• 1.ª linha: ≥ 115;
• 2.ª linha: ≥ 48;
• 3.ª linha: ≥ 12.
TIPO DE LETRA
• Franklin Gothic Demi Cond negrito,
maiúsculas com espaçamento normal.
COLOCAÇÃO
• As letras devem estar centradas;
Serviços Técnicos
Os bens destinados à venda a retalho
devem exibir o respectivo preço de venda
ao consumidor. O preço de venda e o
preço por unidade de medida, referem-se
ao preço total expresso, devendo incluir
todos os impostos, taxas e encargos que
nele sejam repercutidos, de modo a que o
consumidor possa conhecer o montante
exacto a pagar.
A indicação dos preços de venda e por
unidade de medida deve ser feita de modo
visível, inequívoco, fácil e legível, através da
utilização de letreiros, etiquetas ou listas de
forma a alcançar-se a melhor informação para
o consumidor.
Letreiro: Todo o suporte onde seja indicado o
preço de um único bem ou serviço;
Etiqueta: Todo o suporte apenso ao próprio
bem ou colocado sobre a embalagem em que
o bem é vendido ao público, podendo ser
substituída por inscrição sobre a embalagem,
quando a natureza desta o permita;
Serviços Técnicos
No seguimento dos artigos publicados
em prévias edições da revista da ARAN,
continuamos a dar destaque à temática do
stresse e dos riscos psicossociais no local
de trabalho, dando conta das informações
contidas no guia eletrónico publicado pela
EU-OSHA (Agência Europeia para a Segurança
e Saúde no Trabalho):
“Agir: Ação Preventiva: Exigências
excessivas
Exigências excessivas
Embora lidar com uma elevada carga de
trabalho seja comum a muitas profissões,
tenha cuidado para garantir que esta não é
excessiva. Se for necessário, tome medidas
para ajudar as pessoas afetadas a lidar com
• O dístico deve ser colocado de forma
inamovível (em papel autocolante) e
apresentar-se em adequadas condições de
conservação;
• O dístico deve ser colocado na carroçaria,
na metade direita do painel da retaguarda,
a uma altura ao solo não superior a 1200
mm (em caso de impossibilidade, na
metade esquerda, nas mesmas condições),
sem perturbar os sistemas de iluminação,
7
sinalização, visibilidade ou a identificação do
veículo;
• Nos casos em que, por razões construtivas
do veículo não seja possível a colocação
conforme o disposto no presente anexo,
por despacho do Presidente do Instituto da
Mobilidade e dos Transportes, I. P., pode ser
autorizada uma colocação alternativa, na
retaguarda
do veículo.
Afixação de Preços
Lista: Todo o suporte onde estejam indicados
os preços de vários bens ou serviços.
complementar, quando as respectivas
etiquetas não sejam perfeitamente visíveis.
Apenas podem ser usadas as listas quando
a natureza dos bens ou serviços torne
impossível o uso de letreiros e etiquetas ou
como meio complementar de marcação de
preços. A indicação do preço deve ser feita
na proximidade do bem ou no local em que
a prestação do serviço é proposta ao público,
de modo a não suscitar qualquer dúvida ao
consumidor.
Os bens ou prestações de serviço vendidos
ao mesmo preço e expostos ao público
em conjunto, podem ser objecto de uma
única marcação de preço. Sem prejuízo
da informação relativa a outras formas de
pagamento, deve ser indicado sempre o
preço a pronto pagamento.
Indicação do preço dos serviços: os preços
de toda a prestação de serviços, seja qual for
a sua natureza, devem constar de listas ou
cartazes afixados, de forma visível, no lugar
onde os serviços são propostos ou prestados
ao consumidor.
Sempre que sejam numerosos os serviços
propostos e existam condições muito diversas
que não permitam uma afixação de preços
perfeitamente clara, este documento pode
ser substituído por um catálogo completo,
restringindo-se neste caso a obrigação de
afixação em cartaz com a informação de
que o catálogo se encontra à disposição do
público.
Nos serviços prestados à hora, á percentagem,
à tarefa ou de acordo com outro critério, os
preços devem ser sempre indicados com
referência ao critério utilizado. Havendo
taxas de deslocação devem as mesmas ser
indicadas especificadamente.
Montras e vitrinas: Os bens expostos em
montras ou vitrinas, visíveis pelo público
do exterior do estabelecimento ou no seu
interior, devem ser objecto de uma marcação
Gestão do stresse e dos riscos psicossociais
no local de trabalho estas exigências. Estas podem incluir não
impor prazos irracionais ou não deixar que
estes sejam impostos pelos seus clientes ao
aceitar prazos irrealistas. Gerir ativamente
o trabalho, com as pessoas afetadas, pode
ser uma forma útil de minimizar quaisquer
efeitos negativos. Gerir as expetativas dos/as
clientes pode também ajudar a manter o/a
cliente satisfeito/a e ajudá-lo ou ajudá-la a
garantir negócios futuros.
Fazer exigências excessivas, pedindo aos
trabalhadores e às trabalhadoras para
realizarem tarefas para as quais não são
adequados/as nem qualificados/as, pode
também constituir uma fonte de risco.
Trabalhar com as pessoas envolvidas no
sentido de fornecer apoio adicional ou
formação pode compensar qualquer
impacto negativo que isto possa ter - e
como resultado acabará também com
trabalhadores/as mais capazes e com melhor
formação. A subutilização de competências
pode também ser uma fonte de stresse.
É uma ideia útil observar com atenção a
forma como atribui o trabalho e o modo
como gere a carga de trabalho dos seus
trabalhadores e trabalhadoras para evitar
que surjam problemas.
Agir: Ação Preventiva: Controlo e Apoio
Falta de controlo pessoal
Por vezes, o nível de exigência é menos
importante do que deixar que o/a
trabalhador/a individual planeie e organize
o seu trabalho. Dar-lhes essa flexibilidade,
em vez de lhes impor um plano, pode
fazer uma grande diferença. Embora os
requisitos de algumas profissões limitem
por vezes esta possibilidade, é fácil acabar
por impor uma forma de trabalho altamente
regulamentada, não por ser necessário, mas
porque é mais fácil de gerir.
Algumas funções requerem que se sigam
procedimentos muito rígidos e não permitem
grande controlo pessoal sobre a forma como
alguém desempenha a sua profissão. Por
exemplo, um/a cirurgião/ã ao realizar uma
operação tem de seguir procedimentos rigorosos
para garantir que é efetuada em segurança.
Reflita sobre a quantidade de controlo que
dá aos seus trabalhadores e trabalhadoras
para planear e organizar o seu trabalho.
Podem ser flexíveis, ou existe apenas uma
forma de fazer as coisas - a sua?
Apoio inadequado
Muitos e muitas de nós por vezes temos
muito trabalho para fazer, ou enfrentamos
outras exigências ou pressões. Nem todas
estas estão sob o nosso controlo - ou das
pessoas que nos rodeiam, especialmente
nas profissões em que temos de lidar com
o público em geral. O apoio que temos por
vezes da parte dos/as nossos/as superiores
ou colegas pode fazer uma grande
diferença na nossa capacidade de superar as
dificuldades. Por exemplo, a ideia de que ‘o
cliente tem sempre razão’ é uma boa teoria,
mas se for encarada de forma a menosprezar
ou afetar o/a trabalhador/a que lida com
a situação, pode então ter um/a cliente
satisfeito/a - mas à custa do/a trabalhador/a.
Proporciona um local de trabalho que
ajuda e apoia, no qual os e as colegas são
compreensivos/as e solidários/as - ou é cada
um ou cada uma por si?
Agir: Ação Preventiva: Relacionamentos
e Violência
Maus relacionamentos (incluindo
assédio)
O apoio de superiores e de colegas
é apenas parte dos relacionamentos
complexos que podem surgir sempre
que um grupo de pessoas se junta. Pense
no que sucede quando se encontra com
um grupo de amigos/as. A diferença é
que podemos escolher as pessoas nossas
amigas - por isso, se não gostarmos da
forma como um deles ou uma delas se
comporta temos uma solução. Geralmente
não escolhemos com quem trabalhamos e
deixar de trabalhar com eles ou elas nem
sempre é uma opção.
Fazer pouco de alguém pode parecer um
divertimento inofensivo, mas por vezes
pode ir longe demais e tornar-se visto como
um assédio. A orientação sexual, o sexo, a
raça, as características físicas, a vida privada,
a capacidade profissional ou a dignidade
de uma pessoa podem ser sujeitas a
assédio; pretendendo-se vitimizar, humilhar,
prejudicar ou ameaçar a pessoa assediada.
Algumas das questões mencionadas acima
aplicam-se ao seu local de trabalho? Se
uma pessoa sentir que está a ser assediada,
vítima de bullying, etc., existe alguém a
quem se possa dirigir para denunciar a
situação e obter ajuda? Mais uma vez, pode
ser útil a ajuda externa.
Quando os conflitos são relatados, é
geralmente melhor tentar resolvê-los
depressa, pois podem rapidamente agravarse se isso não acontecer.
Violência de terceiros
Quando houver um risco de violência (por
ex., agressão verbal, ataques físicos ou
assédio sexual) por parte de membros do
8
sexta-feira, 17 de julho 2015
público (incluindo assédio sexual), tem de
fazer o que puder para educar o público
no sentido de que tal comportamento é
inaceitável.
Planeie o trabalho e os locais de trabalho de
modo a minimizar qualquer risco (por ex.,
botões de alarme) e forneça apoio aos seus
trabalhadores e trabalhadoras para que,
se forem sujeitos/as a tal comportamento,
saibam o que fazer para minimizar o impacto
na sua saúde. No entanto, sem isolar os/as
trabalhadores/as das pessoas que devem
servir, não se podem eliminar tais riscos
totalmente.
deve saber quem procurar para o resolver.
Má gestão da mudança
De algum modo, a mudança faz parte da
vida quotidiana. No entanto, se a mudança
lhe for subitamente imposta, ou se não fizer
a mínima ideia do que está a acontecer (em
vez de estar envolvido/a nessa mudança), isso
pode trazer pressões acrescidas às exigências
do trabalho e tornar-se stressante. Informar
e, sempre que for possível, envolver os seus
trabalhadores e trabalhadoras durante os
momentos de mudança irá ajudar a reduzir
os riscos.
Agir: Ação Preventiva: Papéis e Mudança
Agir: Ação Corretiva: Estar preparado/a,
falar e fazer planos
Conflito de papéis ou falta de clareza
Alguns trabalhadores ou algumas
trabalhadoras têm de responder a mais
do que uma pessoa? Por vezes, as próprias
pessoas veem que estão a ser solicitadas
para executar mais do que uma tarefa em
simultâneo. Podem ter de fazer algum
trabalho para uma pessoa, mas outra pedelhe para fazer outra coisa qualquer. Ambas
as tarefas podem ser importantes, mas o/a
trabalhador/a não consegue fazer as duas
ao mesmo tempo e não sabe qual deve fazer
primeiro.
É uma boa ideia ter as ‘linhas de comando’
claras para que não surjam tais conflitos, mas,
se surgirem, o/a trabalhador/a envolvido/a
Estar preparado/a
Para além de aumentar a sensibilização e
as ações preventivas, é importante atuar
precocemente para ajudar os trabalhadores
afetados, de forma a evitar que a situação
se agrave. Tendo tornado as pessoas
conscientes dos sinais e sintomas do stresse
nelas próprias e nas outras pessoas, é
importante ter um plano para quando isto
acontecer.
Independentemente de o stresse ser
provocado pelo trabalho ou por fatores fora
do trabalho, é importante a ação precoce.
Se uma pessoa se ausentar do trabalho por
doença, então não está a trabalhar para si,
independentemente da causa da doença.
É bom falar
Falar ajuda, no entanto, especialmente
quando estão envolvidos problemas pessoais,
pode ser uma área difícil, visto que tem
de garantir que tudo o que lhe é dito em
confidência permanece confidencial. Além
disso, a pessoa mais óbvia com quem deva
falar pode ser a causa dos problemas. Este
pode ser outro motivo para obter ajuda
exterior em momentos como este.
Tem os recursos próprios para isto - ou precisa
de aconselhamento ou ajuda externos?
Algumas organizações oferecem um serviço
telefónico que pode ajudar a manter os
custos baixos.
Fazer planos
Depois de conhecer melhor os problemas
de uma pessoa que podem estar a contribuir
para os seus sintomas relacionados com
o stresse, precisa então de desenvolver
um plano para lidar com eles - ou ajudar a
pessoa a lidar com eles, em particular se não
estiverem relacionados com o trabalho. Mais
uma vez, pode precisar de ajuda de outros/as
profissionais para desempenhar esta tarefa.
Depois de acordar um plano, é boa ideia
manter um registo das ações realizadas.
Retornaremos a esta temática em próximas
edições da revista da ARAN.
Formação
Nome do curso
Eletricidade / Eletrónica
FORMAÇÃO PARA PROFISSIONAIS - AUTOMÓVEIS LIGEIROS
Formação Modular Certificada - Mecânica, Eletricidade e Mecatrónica
Data
Horário
Carga Horária
07.09 - 23.09 Pós - Laboral
50
Local
Maia
Valor
120€
FORMAÇÃO TÉCNICA - CURTA DURAÇÃO
Nome do curso
Data
Horário
Carga Horária
Local
Valor
Desempanágem Automóvel
21.07 - 24.07 Pós - Laboral
16
Maia
120€
Alternadores - Reparação e Verificação
08.09 - 11.09 Pós - Laboral
16
Maia
105€
Introdução ao Diagnóstico - Equipamentos de Medição
22.09 - 25.09 Pós - Laboral
16
Viseu
105€
ATESTAÇÃO DE TÉCNICOS PARA INTERVEÇÕES EM SISTEMAS DE AR CONDICIONADO INSTALADOS EM VEÍCULOS A MOTOR - NIVEL 2
Local
Data
Horário
Carga Horária Valor
Maia (Pedrouços)
20.07 - 23.07 Pós - Laboral
14
150€
Associados da ARAN com as quotas em dia terão desconto de 15% sobre valor
Cursos 25 horas = 45,00€ | Cursos 50 horas = 89,00€ | Restantes cursos = 15% desconto sobre valor
Os interessados de participar nos cursos deverão contactar a ARAN: [email protected] ; tel: 22 509 1053 ; Fax: 22 509 06 46
Para mais informações, contacte o Departamento de Formação Profissional da ARAN.
INSTRUÇÕES DE MONTAGEM
DO BOLETIM

Documentos relacionados

Novo ano, nova realidade fiscal para automóveis

Novo ano, nova realidade fiscal para automóveis Nestes europeus a equipa portuguesa, com 27 concorrentes, conseguiu o quinto lugar no ranking dos países, com uma pontuação média de 506,82 pontos, acima dos 500 pontos necessários para a

Leia mais