Afinal, o que trata a Medicina Hiperbárica?

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Afinal, o que trata a Medicina Hiperbárica?
barlavento 04FEV2016
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saúde
Castro Marim
tem novo protocolo
de saúde para todos
A Câmara Municipal de Castro Marim entregou
30 mil euros à Santa Casa da Misericórdia para
que os cuidados de saúde básicos cheguem também
à população mais carenciada do concelho
A Santa Casa da Misericórdia de Castro Marim passará
a apoiar a população mais carenciada do concelho com cuidados de saúde básicos, após
ter sido assinado um protocolo com a Câmara Municipal.
O documento prevê que a
autarquia destine 30 mil euros por ano aquela institui-
ção, verba que será utilizada na realização de exames
como rastreios, ações de sensibilização e apoio médico, e
também num trabalho mais
persistente a nível dos problemas que causam constrangimento à população idosa, como as demências, incontinência urinária ou a dor
crónica.
A intenção da autarquia é
«igualar a acessibilidade dos
cidadãos com maior vulnerabilidade sócio-económica à
prestação de cuidados de saúde», tendo em conta o contexto de crise que a sociedade
vive, justifica a autarquia, em
nota de imprensa.
No entanto, este protocolo não se resume a este tipo
de cuidados, dando também
atenção à prevenção de doenças através da vida saudável e
ativa. Por esta razão, a Santa
Casa da Misericórdia colabora também no programa de
cessação tabágica do município, que já devolveu a 180
munícipes uma vida sem este
vício.
Presente há 524 anos em
Castro Marim, a Santa Casa da
Misericórdia foi criada com o
objetivo de minimizar o sofrimento da população mais
desprotegida, ação reforçada
por este nova verba.
«Dotar todos os cidadãos
para um papel ativo na construção da nossa comunidade,
é uma das maiores responsabilidades das autarquias e
isso passa, sem dúvida, pela
prestação de cuidados de saúde a todos de igual forma», assegurou o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral.
espaço saúde | Hospital Particular do Algarve
Afinal, o que trata a Medicina Hiperbárica?
A Medicina Hiperbárica utiliza oxigénio puro em ambiente hiperbárico, ou seja,
em condições de pressão superiores à pressão atmosférica medida ao nível do
mar. Este tipo de terapia começou por ser utilizado no
tratamento das doenças de
descompressão dos mergulhadores, mas hoje tem
uma aplicação muito alargada, sobretudo em situações
cujos efeitos fisiológicos se
relacionem com processos
infeciosos, cicatrizantes, isquémicos ou edematosos.
A Medicina Hiperbárica dedica-se ao estudo e ao
tratamento das doenças que
possam melhorar com a exposição a elevadas pressões
ambientais ou a exposição
ao oxigénio molecular, englobando desta forma a terapêutica hiperbárica e a oxigenoterapia hiperbárica. A
primeira diz respeito à inalação de ar e de misturas gasosas respiráveis hiperoxigenadas a uma pressão superior (geralmente 2 a 3 vezes) à pressão atmosféri-
ca medida ao nível do mar;
a segunda é um tipo de tratamento baseado na inalação de oxigénio puro em ambiente hiperbárico.
As primeiras utilizações
terapêuticas de oxigénio por
via respiratória remontam
ao século XVIII, apesar de
só no século XX ter ocorrido
a sua introdução na prática
clínica, com bases científicas
rigorosas. Foram necessários muitos ensaios clínicos
para se compreender que o
oxigénio inalado no seu estado puro e em ambiente
hiperbárico, possui a capacidade de um fármaco com
múltiplas propriedades: anti-isquémico, anti-hipóxico,
anti-edematoso, pró-cicatrizante e anti-infeccioso, neste último caso com um comportamento de verdadeiro
antibiótico.
Os melhores benefícios
da oxigenoterapia hiperbárica observam-se na intoxicação por monóxido de carbono, no acidente descompressivo do mergulho, na
embolia gasosa, nas infeções
bacterianas, nas lesões do
pé diabético e outras úlceras
isquémicas, na surdez súbita, entre outras condições.
A câmara do Hospital
Particular de Alvor é do tipo
multi-place pois tem a capacidade para o tratamento
até sete pacientes simultaneamente, permitindo ainda
que o médico e o enfermeiro estejam presentes dentro
da câmara para assistência
no caso de alguma eventualidade. Para casos mais críticos, a câmara encontra-se
equipada com um ventilador e um sistema de monitorização de sinais vitais, similares aos que se encontram
em qualquer unidade de cuidados intensivos, mas concebidos para servem utilizados em meios hiperbáricos.
A pensar no conforto
dos pacientes, a câmara possui também um sistema de
aquecimento e ar condicionado e para maior comodidade foi instalado no seu
interior um sistema de entretenimento de vídeo e rádio, tornando o tratamento
numa experiência agradável.
Até ao momento já foram assistidos casos muito variados, cujo desfecho em algumas situações foi sensacional, superando até as melhores expetativas.

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