Informativo nº 4 - DPU de Categoria Especial realiza 71° Plenária
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Informativo nº 4 - DPU de Categoria Especial realiza 71° Plenária
Informativo da Biblioteca na Categoria Especial – Março/2014 Ano II – Nº 4 SERVIÇOS DA BIBLIOTECA PÁG. 2 RESENHAS DE LIVROS E ARTIGOS PÁG. 4 BIBLIODICAS PÁG. 6 A PROPÓSITO...O QUE VOCÊ ESTÁ LENDO? PÁG. 10 VITRINE DO LIVRO VOCÊ SABIA QUE? PÁG. 11 CURIOSIDADES PÁG. 14 DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO DE CATEGORIA ESPECIAL BIBLIOTECA BENEDITO GOMES FERREIRA [email protected] 1 BIBLIOTECA BENEDITO GOMES FERREIRA SERVIÇOS PRESTADOS Empréstimos de exemplares disponíveis na Biblioteca Pesquisa detalhada do acervo no Sistema Open Biblio nos terminais disponíveis na Biblioteca Pesquisa em bancos de dados bibliográficos e referenciais disponíveis em instituições cooperantes – RVBI Empréstimo entre bibliotecas cadastradas (Câmara, Senado, STJ, MJ, STF, STM, TST, PGR, TCU...) junto à Biblioteca da Defensoria Pública da União de Categoria Especial Fornecimento de cópias de material existente em suas coleções de acordo com a legislação sobre direitos autorais em vigor Estante Livre – livros de literatura disponíveis para troca Sala de estudos com ambiente reservado Terminais à disposição dos usuários para pesquisas 2 Informativo da Biblioteca – informativo virtual denominado Vitrine do Livro, veiculado bimestralmente para difundir resenhas de obras de interesse da instituição, artigos de destaque e informações gerais. Memória Institucional – contribuição aos trabalhos desenvolvidos pelo Comitê Gestor de Memória da Defensoria Pública da União, com a inserção de informações e atualização permanente das atividades desenvolvidas pela Defensoria Pública da União e pelos Defensores Públicos Federais da Categoria Especial. EMPRÉSTIMOS - Funcionamento Empréstimo - realizado mediante prévio cadastramento, é estritamente pessoal e intransferível, sendo proibida a retirada de material informacional em nome de outro usuário, desde que comprovada sua efetiva vinculação à instituição. Cadastro - defensores públicos federais, servidores, terceirizados, colaboradores e estagiários, devidamente credenciados na Biblioteca. Limite de empréstimos o Biblioteca da Categoria Especial – de conformidade com a necessidade do usuário e a disponibilidade no acervo. o Entre bibliotecas – cada usuário poderá retirar, até 03 (três) obras por vez, por um prazo de 15 (quinze) dias consecutivos, desde que a cota estipulada pelas bibliotecas não esteja excedida. Devolução - o prazo de empréstimo será de 15 (quinze) dias consecutivos. A biblioteca poderá solicitar a devolução da obra quando se fizer extremamente necessário. Renovação – se a obra não estiver previamente reservada, o empréstimo poderá ser renovado, desde que entregue dentro do prazo, com antecedência de pelo menos 1 (um) dia, pessoalmente, por e-mail: [email protected] ou pelo telefone: 3214-1782/83. Reposição - no caso de perda, extravio ou dano comprovado à obra, o usuário responderá pelo prejuízo, devendo restituir à Biblioteca outro exemplar da mesma obra (autor, título, edição) ou edição mais atualizada. ACESSE AQUI O NOSSO ACERVO– acervo biblioteca 3 Resenha de Livros e Artigos Título: A OUTRA JUSTIÇA: A violência da multidão representada nos jornais Autor: Yuri Michael Pereira Costa Material: LIVRO O livro analisa representações de aspectos relacionados à violência presente na página policial do Jornal Pequeno, periódico maranhense de circulação diária. Especificamente, a pesquisa esteve voltada à análise de discursos de agentes sociais responsáveis pela confecção de notícias no periódico, veiculadas entre 1993 e 2003, que narram e interpretam acontecimentos que aqui identifiquei como atos de justiça coletiva, comumente denominados de "linchamentos". Os recortes cronológico e espacial foram, respectivamente, o mencionado período de veiculação das notícias e o município de São Luís do Maranhão, no sentido de que os relatos de justiçamentos coletivos se referem exclusivamente a fatos ocorridos nesta cidade. Além de reportagens, foram também utilizadas como fontes de pesquisa fotografias publicadas no mesmo jornal e entrevistas com repórteres, editores e fotógrafos do periódico. O livro foi publicado em 2008 pela Editora EDUFMA , tem 238 páginas. Yuri Michael Pereira Costa, Defensor Público-Chefe da Defensoria Pública da União no Maranhão, é Mestre em Ciências Sociais pela UFMA. Doutorando em História pela Unisinos (Rio Grande do Sul). Professor Assistente II do Departamento de História e Geografia da Universidade Estadual do Maranhão, Vencedor do Prêmio Innovare 2012. Título: DIREITOS DO USUÁRIO DE SERVIÇO PÚBLICO E A PROTEÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Autor: Ana Lúcia Marcondes Faria de Oliveira Material: LIVRO Gênero: Administração Pública/Direito Constitucional/Serviço Público O presente livro tem por objetivo o estudo da aplicação do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90) na proteção dos usuários do serviço público. Dentre outros questionamentos, objetiva-se responder à indagação sobre quais serviços públicos estão sujeitos à incidência do regime consumerista, bem como a sua 4 compatibilidade com o regime jurídico administrativo. Além da investigação doutrinária e análise conceitual, o presente estudo apresenta um panorama da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça sobre o tema. Mandado judicial determinando a minha atuação obrigatória em um processo? Será que há alguma decisão do CSDPU que me ampare caso me recuse a atuar? Onde encontro aquela decisão do Conselho Superior que trata da ajuda de custo para remoção a pedido? Estas e outras perguntas, que sempre nos envolve no nosso trabalho diário, podem ser respondidas rapidamente com este ementário de Jurisprudência do CSDPU. Trata-se de coletânea dos principais temas, devidamente indexados, desde 2001 até março de 2010 registrando o que mais interessa ao Defensor Público Federal para o seu trabalho e, também, para os seus requerimentos administrativos. Nada mais apropriado para se ter conhecimento das decisões do órgão mais prestigiado da estrutura da Defensoria Pública da União. Boa leitura, ou melhor, boa pesquisa! O livro foi publicado em 2013, tem 161 páginas. Ana Lúcia Marcondes Faria de Oliveira é Defensora Pública Federal da Defensoria Pública da União de São Paulo/SP, Especialista em Direito Administrativo e Direito Público, autora de diversos artigos publicados. Título: OS CONFLITOS JUDICIAIS DO SISTEMA FINANCEIRO DE HABITAÇÃO Autor: Feliciano de Carvalho Material: LIVRO Gênero: Direito de Propriedade/Sistema Financeiro da Habitação/Usucapião A obra é fruto da ainda nascente carreira do autor na Defensoria Pública da União. em seus capítulos e subtemas são tratadas questões práticas que envolvem o financiamento habitacional no Brasil, especialmente quando destinado às pessoas de baixa renda. As controvérsias jurídicas decorrentes do sonho de adquirir a casa própria serão vistas na perspectiva da constituição federal de 1988. Impossível ignorar o texto constitucional, haja vista o patamar de direito fundamental da moradia, bem como os fundamentos e os objetivos da República Federativa do Brasil que temperam as relações jurídicas do financiamento habitacional. O texto rende-se, como não poderia deixar de ser, à força normativa da constituição. Ao longo dos capítulos, várias decisões judiciais são confrontadas, em especial dos tribunais regionais federais e do superior tribunal de justiça. Com efeito, os precedentes têm servido de parâmetro principal das fundamentações das petições, bem como das próprias decisões. Tem se mostrado essencial o estudo da jurisprudência para qualquer ramo jurídico, o que não é diferente no financiamento habitacional. A angústia dos mutuários, a responsabilidade financeira dos agentes financeiros, a regulamentação do estado e todos os temas de maior repercussão e predominância nas lides sobre o financiamento habitacional serão objeto de análise. Não se pretende encerrar o estudo, mas debater os assuntos mais polêmicos que são apreciados pelo poder judiciário referente ao sistema financeiro de habitação. Busca-se contribuir com a comunidade jurídica com uma obra que diz respeito a assunto pouco explorado por nossa ciência jurídica, mas que reflete o sonho de todos os que não são nômades: que é ter um lugar para morar. O livro foi publicado pela Editora Din.ce em 2013, tem 220 páginas. Feliciano de Carvalho é Defensor Público Federal na Defensoria Pública da União do Ceará, Mestre em Direito Constitucional e autor de diversos artigos jurídicos. 5 Título: AS PRERROGATIVAS FUNCIONAIS DOS MEMBROS DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO Autor: Leonardo Cardoso de Magalhães Material: LIVRO Gênero: Defensoria Pública da União/A Função do Estado Esta obra representa uma importante contribuição ao estudo de temas afetos à Defensoria Pública no Brasil, pois aborda de forma didática o estatuto jurídico, os direitos, os deveres e as prerrogativas dos Defensores Públicos Federais, bem como discorre alguns pontos polêmicos, elencando prováveis soluções. Cuida o autor de esclarecer que a atuação do Defensor Público não se limita à esfera judicial, já que deve promover prioritariamente a solução extrajudicial dos conflitos. Sua tarefa é, fundamentalmente, prestar assistência jurídica integral e gratuita ao necessitado ou grupo socialmente vulnerável que mereça especial atenção do Estado. O livro foi publicado pela Editora Livro Rápido em 2013, tem 87 páginas. Leonardo Cardoso de Magalhaes é Defensor Público Federal na Defensoria Pública da União de Minas Gerais, e Especialista em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e mestrando em Direitos Humanos, Interculturalidade e Desenvolvimento na Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha/Espanha. BiblioDicas Dica 1 Sites importantes para pesquisas na área jurídica: o o o scholar.google.com.br/ - Google Acadêmico para pesquisa em artigos e teses. Direito do Estado – Site com artigos da área Jurídica. Buscalegis – Biblioteca do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Santa Catarina. 6 Dica 2 10 dicas para poupar tempo ao fazer buscas na web Esqueça a biblioteca de Alexandria. A Internet é, sem dúvida, a maior fonte de informações da história. Entretanto, encontrar informação útil nesta caótica e quase infinita estrutura pode ser bastante complicado. Confira dez dicas para não perder tempo e otimizar suas buscas na rede. 1-Tenha claro o que procura Estar focado no que se busca é básico para que não se perca tempo. Mas se existe algo que inclina à divagação e à dispersão é a busca na Internet. Quando estamos procurando, às vezes encontramos coisas que não eram exatamente nosso objetivo, mas que se tornam interessantes. Portanto, ao iniciar uma busca, tenha um objetivo bem definido em mente. Por exemplo, saber "qual o nome dos sete anões da Branca de Neve em espanhol" - e evite perder tempo averiguando quem dubla cada um dos personagens, o ano do filme da Disney, quantas vezes foi exibido, e assim por diante. 2- Escolha a ferramenta adequada "Ora, o Google", dirão alguns. Mas ainda que este seja o buscador mais popular, a informação flui por diferentes caminhos. Não se restrinja ao site campeão: outros meios podem ser fóruns, blogs, sites especializados ou até mesmo seus contatos no messenger. Às vezes, o que se procura está a um contato de distância. Preste atenção também a outros mecanismos de buscas - sim, eles existem. 3- Aprenda a usar a ferramenta Ao escolher um buscador, antes de mais nada vale a pensa investir um pouco de tempo para saber exatamente como ele funciona. Se é melhor realizar a busca usando os termos entre aspas, se usa os operadores lógicos "and", "or" e outros, ou se realiza buscas contextuais em páginas concretas. Todo o tempo gasto em conhecer a ferramenta é tempo que será economizado ao conseguir utilizá-la com objetividade. 4- Use os termos certos Ainda que os mecanismos de buscas vão sendo otimizados para entender a maneira de pensar humana, os humanos também podem conhecer a maneira de raciocinar de uma ferramenta de busca. Por exemplo, para fazer uma busca de várias palavras, é conveniente pensar não apenas em como se procura mas também em como o programa que gerencia as buscas vai entender o pedido que se faz. Por exemplo, em vez de procurar por "amor e poesia", frase que tem um "e" que muitas vezes é ignorado pelos buscadores, é melhor buscar "poesia amor" - mais facilmente o programa entenderá que são duas palavras-chave a considerar em seus parâmetros de busca. 5 - Aprenda a diferenciar à primeira vista Ao fazer uma busca, é bom conseguir determinar de cara se os resultados têm algo a ver o que se quer encontrar. Basta olhar as primeiras palavras de cada resultado para saber se foi encontrada informação útil ou simplesmente sites que pouco têm a ver com o que se precisa encontrar. Perca alguns segundos analisando as primeiras linhas dos resultados. Você saberá se está na pista certa. 6- Use inglês, dicionários e tradutores Outras línguas, como espanhol ou português, podem até estar ganhando mais espaço na Internet, mas a realidade é que a imensa maioria das páginas está - ou oferece versão - em inglês. Portanto, se você não encontra em português o que procura, experimente traduzir as palavras-chave para o inglês e fazer nova busca. Se precisar, utilize dicionários ou mesmo os tradutores online para investigar páginas que pareçam interessantes. Além do Google Tradutor, o Tradukka (http://tradukka.com/translate) é uma boa opção. 7- Aprenda a buscar indiretamente A busca indireta dá resultados ótimos quando parece ser impossível encontrar aquilo que se busca. Trata-se de não atacar diretamente o tema que procuramos, mas buscar algo relacionado com ele. Por exemplo, procurar a letra de uma canção de Elvis Presley da qual não se lembra o nome. Se não se encontra nada a partir de "Elvis Presley", podese experimentar usar um pedaço da letra do qual se recorde (como "kiss me my darling"). Entre os primeiros resultados, certamente estará a letra de "It's now or never". Isso é aplicável a uma grande variedade de temas, e é especialmente útil quando o tema principal da busca é muito amplo ou quando, por exemplo, buscamos o nome de uma pessoa, já que pode haver muito mais gente com tal nome do que se imagina. 8- Imagens A busca de imagens é especialmente complicada, e para conseguir os melhores resultados, além de usar dicas 7 anteriores (busca indireta, tradução para outras línguas) e além de procurar imagens do Google, há outras possibilidades tais como http://tineye.com/ ou o http://picsearch.com/. 10- Experiência é a principal aliada Na busca via Internet a experiência não é um grau, são 360. À medida que fizer buscas, você aprenderá a discriminar melhor, vai adicionar aos seus sites favoritos outros buscadores especializados, que funcionem melhor para determinados assuntos, e aprenderá também a pensar mais como uma ferramenta de busca, porque as entenderá melhor. Ou seja: busque e aprenda com as buscas que faz. Em pouco tempo você se tornará uma ferramenta indispensável para outras pessoas que não vão precisar de um buscador: elas terão você! PORTAL TERRA Dica 3 15 sites para baixar livros gratuitamente Para ampliar a sua experiência de leitura, o Catraca Livre fez uma lista com 15 sites nacionais e internacionais em que é possível baixar livros e ler online de maneira legal, sem complicações e, o melhor, de graça. 1. Universia – Reúne mais de 1.000 arquivos, incluindo biografias de cineastas, textos científicos sobre comunicação e clássicos da literatura universal. 2. Open Library – Projeto que pretende catalogar todos os livros publicados no mundo, já tem 1 milhão de títulos disponíveis para download. Podem ser encontrados livros em cerca idiomas. 3. Brasiliana – O site da Universidade de São Paulo (USP) disponibiliza cerca de 3000 mil livros para download de forma legal. Há livros raros e documentos históricos, manuscritos e imagens. 3. Blog Midia8 – Página reúne mais de 200 links de livros sobre comunicação em português, inglês e espanhol para ler online e fazer download. 4. Casa de José de Alencar – A Biblioteca Virtual do site do pai do romance brasileiro disponibiliza para download gratuito 14 de suas obras, incluindo romances e peças de teatro. 5. Read Print – Essa espécie de livraria virtual oferece mais de 8 mil títulos em inglês para estudantes, professores e entusiastas de clássicos. 6. Biblioteca Digital de Obras Raras – O site idealizado pela Universidade de São Paulo (USP) é direcionado a pesquisadores. Oferece mais de 30 obras completas em diferentes idiomas. 7. Portal Domínio Público - Biblioteca virtual criada para divulgar clássicos da literatura mundial, oferece download gratuito de mais de 350 obras. É possível baixar 21 livros de Fernando Pessoa. 8. Saraiva – A rede de livrarias disponibilizou recentemente 148 livros para download em PDF gratuito. O leitor precisa apenas fazer um cadastro e baixar o aplicativo de leitura para ter acesso às obras. 8 9. Biblioteca Nacional de Portugal – Entre os destaques do portal está um site dedicado ao escritor José Saramago. Nele estão disponíveis manuscritos do autor. 10. Machado de Assis – Criado pelo MEC, o site disponibiliza a obra completa do escritor – em pdf ou html – para leitura online. Estão lá crônicas, romances, contos, poesias, peças de teatro, críticas e traduções. 11. Biblioteca Mundial Digital – Oferece milhares de documentos históricos de diferentes partes do mundo. Multilingue, o material está disponível para leitura online. 12. Dear Reader – Esse é um clube virtual que envia por e-mail trechos de livros. Após o cadastro, o usuário passa a receber diariamente um trecho, cerca de dois a três capítulos de livros. 13. eBooks Brasil – Oferece livros eletrônicos gratuitamente em diversos formatos. 14. Projeto Gutenberg – Tem mais de 100 mil livros digitais que podem ser baixados e lidos em diferentes plataformas eletrônicas. 15. Unesp Aberta - Criado pela reitoria da Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita”, o site disponibiliza material pedagógico gratuitamente. Desenvolvidos para os cursos da universidade, o material está aberto para consulta em diversos formatos. Dica 4 Mostra fotográfica: "Leitura em qualquer lugar e em todos os lugares" Ler é um vício, um excelente vício. Há pessoas que leem em qualquer lugar e em todos os lugares, a qualquer hora, em qualquer situação. A Mostra Fotográfica de Ricardo Rodrigues LEITURA EM QUALQUER LUGAR E EM TODOS OS LUGARES retrata pessoas em diferentes lugares e situações lendo livros, jornais, revistas, celulares, tablets etc., sobre assuntos os mais diversos. Essas pessoas não perceberam a presença da câmera e do fotógrafo e, por isso, estão retratadas na sua "intimidade intelectual", tão imersas estavam na sua leitura. Local: Sala de Exposições - Biblioteca Central da UnB (Térreo) Data de Abertura: 12 de março de 2013 9 A propósito…o que você está lendo? Jair Soares Junior, Defensor Público de Categoria Especial, 4º Ofício Superior Criminal, está lendo “A Ralé Brasileira", de Jessé Souza e outros colaboradores, e nos conta sua impressão: O livro “A Ralé Brasileira” foi apresentado pelo colega Antonio Ezequiel, em razão da identidade das questões ali tratadas com o tema da minha dissertação de mestrado em Ciência Jurídica, concluído em julho do ano passado. O livro, escrito, em grande parte, pelo doutor em sociologia Jessé Souza, descontrói vários “mitos” enraizados na formação da sociedade brasileira ao longo dos séculos. Uma das teses do livro combate a redução dos problemas nacionais ao que o autor denomina de “economicismo”, de modo a esconder problemas sociais bem mais densos e fundamentais existente em nossa sociedade, encobrindo uma profunda “divisão de classes”. A crença atual de que os indivíduos mais capazes da sociedade seriam naturalmente os mais aptos “na luta social por recursos escassos” é desmascarada, com maestria, pelo autor, que mostra como essa percepção demasiadamente simplista de mundo está simbolicamente relacionada como uma classe invisível de excluídos, chamada de “a ralé brasileira”, que permanece alijada dessa competição por não ter acesso à herança econômica e à herança imaterial, exclusivas das classes alta e média. O que mais chama a atenção no livro não é essa divisão da sociedade em classes sociais que, ademais, já foi sobejamente discutida por autores como Max Weber, mas sim a forma sutil utilizada por essa visão de mundo para justificar o “sucesso” social de uma classe de indivíduos como produto do “mérito” pessoal de alguns em contraponto ao “fracasso” dos indivíduos das classes “inferiores”, percebido, apenas, como “culpa” individual. As reflexões decorrentes da leitura do livro não param por aí... Vale a pena conferir! 10 Claudia Francisca Teodora Yamada, funcionária terceirizada, lotada na Biblioteca Benedito Gomes Ferreira, localizada na Categoria Especial, está lendo “Quem Mexeu no meu Queijo?”, de Spencer Johnson, nos conta sua impressão: É interessante como um livro com um conto tão simplório de personagens, que de certa forma a nosso ver pode ser tão insignificantes, pode nos ajudar a aceitar certas mudanças em nossas vidas. Fazem-nos olhar de maneira mais simples o que ocorre não só na vida profissional como na área pessoal. O que, no dia a dia parece tão penoso e monstruoso aos olhos de quem está se sentindo confortável em seu local de trabalho literalmente acomodado, mas quando menos espera, ocorre uma mudança e simplesmente se apavora por medo do que está por vir em seu novo labirinto... Agora é com você, se quer desvendar seu novo labirinto, indico Quem Mexeu no Meu Queijo? e veja com qual personagem você se identifica. Eu encontrei o meu... Boa leitura! Você sabia que? Você sabia que para ler um livro em meio digital gratuitamente, é preciso esperar 70 anos desde a morte do autor para que o livro entre em domínio público? A Internet mudou as nossas vidas. Mudou, por exemplo, os livros e as bibliotecas. Mas ainda não é muito claro, porém, o modo como vão evoluir o livro e as bibliotecas com a revolução digital em curso. Certo é 11 que estão a evoluir e que irão evoluir mais. Sobre o polêmico assunto, selecionamos alguns artigos interessantes. Confira abaixo! O historiador americano Robert Darnton, em entrevista à Veja, diz ser preciso reduzir o prazo necessário para o domínio público de um título, dos atuais 70 anos contados desde a morte do autor para até 28 anos após a publicação: A um autor que está para lançar um livro, o que o senhor recomendaria: publicá-lo em papel ou em formato digital? Eu diria para publicar em papel e também disponibilizá-lo online, de graça, para que as pessoas possam prová-lo – aquilo que os franceses chamam de degustação. Um dos problemas, especialmente para autores que estão começando, é que eles não conseguem emplacar livros nas lojas. Os lojistas não exibem as obras, e ninguém fica sabendo delas. O marketing online pode ser um caminho para impulsionar a venda do livro impresso. Principalmente se o romance for longo, eu duvido que o leiam inteiro na internet. Não é a hora ainda, portanto, de abandonar o papel? Não, de modo algum. É incrível, mas as estatísticas mostram que o número de livros impressos no mundo – é fantástico – só fazer crescer, crescer, crescer. Todo ano, há mais livros impressos que no ano anterior. E estou falando de títulos novos. Temos cerca de 1 milhão de títulos novos por ano. Então, a ideia de que o livro impresso está morrendo é uma loucura. Não creio que os livros impressos se tornarão objeto de colecionador, produtos de butique. Acho que teremos livros híbridos, ao mesmo tempo impressos e eletrônicos. Prevejo um período em que eles irão coexistir. O livro impresso é uma invenção maravilhosa, e ele funciona tão bem há tanto tempo. E quanto à força demonstrada pelo livro eletrônico? A Amazon anunciou que já vendendo mais e-books do que títulos em papel. Pelo estudo da história da comunicação, que é o meu campo acadêmico, nós aprendemos que uma mídia não substitui outra. Nós tivemos jornais e veio o rádio e não matou os jornais, como a TV não matou o rádio. Agora, nós temos a internet, e a TV está sobrevivendo. É claro que, num longo prazo, uma mídia pode expirar. Mas não num curto espaço de tempo. E uma coisa interessante na história dos livros é que, após a descoberta da prensa por Gutemberg, foram publicados mais livros manuscritos que antes. Então, Gutemberg não destruiu as publicações manuais, mas lhes deu nova força. Os dois formatos coexistiram por um período. O senhor reconhece o potencial que a internet tem de fazer avançar os ideais do Iluminismo. Ao mesmo tempo, é crítico dos limites impostos a esse avanço. Quais são os maiores inimigos da República das Letras em sua versão digital? Eu admiro a ideia de uma República das Letras, desenvolvida nos séculos XVII e XVIII. Ela representa um mundo aberto a todos. É uma ideia bonita e acredito que a internet a torne possível. A internet tem condições de democratizar a informação. Mas há também os inimigos que impedem essa democratização na rede. Em primeiro lugar, tem a questão dos direitos autorais, que limitam o acesso aos livros. Segundo, há um perigoso comércio online, que vai contra o ideal original da web, de livre acesso à informação. Em terceiro lugar, tem o Google, capaz de comercializar o acesso ao conhecimento pelo Google Book Search, em que é preciso pagar para ler livros que não sejam de domínio público. O Google se tornou um gigante na internet. Como fazer frente a ele? Eu faço parte da campanha para a criação de uma Biblioteca Digital Nacional nos Estados Unidos, com o acervo da Biblioteca do Congresso Americano – que é a maior do mundo, com 21 milhões de exemplares, incluindo livros brasileiros em português -, ao qual usuários do Brasil, por exemplo, poderiam ter livre 12 acesso. Nós podemos fazer isso com a união de fundações independentes que desejem colaborar com o projeto. Uma fundação sozinha não tem recursos suficientes, mas dez juntas podem ter. E não é preciso fazer tudo de uma vez, podemos digitalizar o acervo ao longo de dez anos. Na internet, hoje, podemos ler de graça os livros que são de domínio público. Mas acho que podemos ir além disso, e ler de graça também os livros protegidos por direitos autorais. Você pode me dizer que isso viola a lei dos direitos autorais, e aí eu respondo: vamos mudar essa lei. Digitalizar todos os livros do mundo é um trabalho hercúleo, além de caro. É uma tarefa para governos? Sim, é uma missão para o estado. Mas, nos EUA, acho difícil convencer o Congresso a investir nesse projeto. Ele injeta muito dinheiro em guerra, mas não em livros. É por isso que, quando eu descrevo o plano de criar uma Biblioteca Digital Nacional, eu digo que precisamos das fundações. Sobre o assunto, o professor de sociologia da Universidade de Cambridge, John B. Thompson, em entrevista à VEJA, diz que ainda não se pode prever o futuro do livro: “No momento, não é possível conhecer o que nos aguarda. Existem dois grupos neste terreno que discutem o futuro do livro: os entusiastas e os céticos digitais. Trata-se de visões perfeitamente legítimas e com bons argumentos. Mas ressalto: nenhuma me convence sobre o que nos espera nos próximos anos. Os entusiastas acreditam que os dias do tradicional livro estão contados. Usam como argumento o crescimento vertiginoso de e-books. Para este nicho, as obras físicas serão alvo de colecionadores, como os antigos LPs de vinil. Por outro lado, os céticos acreditam que o impresso tem certas qualidades, que são valorizadas por seus leitores, atributo que um e-book não poderá capturar ou reproduzir. Segundo esse grupo, as obras físicas são esteticamente agradáveis de segurar e de leitura extremamente amigável – sem a necessidade da existência de uma tela, sem baterias e com a garantia que você não precisará reiniciar o dispositivo, caso dê algum problema. E, ah, o livro em papel não quebra. Além disso, um livro é mais do que uma peça de tecnologia para a leitura: é um objeto social, que pode ser compartilhado com os outros, emprestado e devolvido, exibido em uma prateleira. Nada disso, dizem os céticos, é possível com o e-book. Ele é puro conteúdo e nunca pode capturar ou reproduzir a materialidade do livro físico. Estamos no meio de uma mudança turbulenta na indústria editorial e ninguém sabe como isso vai se desenvolver nos próximos anos. Quem diz que sabe está enganado. Ainda faltam argumentos plausíveis.” Já o Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, em entrevista à Folha, assevera que: “O espírito crítico que sempre foi algo que resultou das ideias contidas nos livros de papel, poderá se empobrecer extraordinariamente se as telas acabarem por enterrar os livros. Estou convencido de que a literatura que se escreverá exclusivamente para as telas será uma literatura muito mais superficial, de puro entretenimento e conformista.” 13 Curiosidades A última novidade da mídia é o VLOG LITERÁRIO. Um VLOG é o mesmo que um BLOG, a diferença entre eles é que no blog você escreve/digita sua opinião e no vlog você grava um vídeo falando seus pensamentos sobre determinado assunto. VLOG Literário é um espaço onde se fala sobre resenhas e críticas de livros. Alguns deles: vlog Lendo & Comentando / vlog Cabine Literária. FIM 14