EQ651 – Operações Unitárias I
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EQ651 – Operações Unitárias I
Capítulo V – Sedimentação EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha EQ651 – Operações Unitárias I 1 alimentação O processo de sedimentação mais comum consta da separação sólidofluido, sob ação da gravidade, em geral efetuada em tanques de secção cilíndrica ou retangular denominados de sedimentadores. A operação consiste em concentrar suspensões de sólidos em líquidos ou purificar o líquido. Pode ser realizada em batelada (um simples tanque) ou em equipamento contínuo. EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Sedimentação Extravasante (overflow) lodo ou lama (underflow) slurry Filtração ou centrifugação 2 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Finalidades A depender do objetivo, essa operação é denominada: Clarificação obtenção de um extravasante limpo Ex: tratamento d'água e lodo com baixas concentrações envolvidas Espessamento obtenção de uma suspensão mais concentrada Ex: indústrias químicas e as concentrações envolvidas são moderadas. 3 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Imagens de um Sedimentador (http://www.enq.ufsc.br/disci/eqa5313/topicos.html) 4 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Unilever Arg. - Buenos Aires – AR Camara de aeração - Sed. secundaria. (http://www.lockwood-ar.com.ar/equipamiento1.htm) 5 PETROBRAS - Amazonas - BR Tratamento de salmora oleosa. (http://www.lockwood-ar.com.ar/equipamiento1.htm) 6 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Greater Nile Petroleum - Muglad Sudan Republic. Celda IAF Cálculo da Área (ou capacidade) e Altura do Sedimentador Esses cálculos baseiam-se classicamente nos testes de proveta. Se a solução for “bem comportada” (partículas de tamanho uniforme) aparecem na proveta 4 regiões distintas. Distância da interface à base da proveta Região 4 Região clarificada Região concentrada constante Região de concentração variável Região de sedimento Região 3 Pto crítico Região 2 Região 1 tempo sedimentação * Região 3 ausente em sedimentador contínuo 7 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Projeto do Sedimentador EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Variáveis no Sedimentador Valores típicos das variáveis no sedimentador: ¾ Conc. sólidos na alimentação: 1 a 10% em peso ¾ Conc. sólidos no lodo: 5 a 70% em peso ¾ Raio do sedimentador: até 100m ¾ Altura do sedimentador: até 10m ¾ Número de rotações do raspador: 2 a 30rot/h ¾ Dimensão partículas sólidas: > 50 µm 8 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Cálculo da Área do Sedimentador F – vazão de alimentação, [L3/θ] L – vazão de suspensão descendente, em um nível qualquer do sedimentador, [L3/θ] V – vazão de líquido ascendente, em um nível qualquer do sedimentador, [L3/θ] U – vazão de lama que deixa o sedimentador, [L3/θ] c – concentração de sólidos, [L3 sólido/L3 suspensão] c0 – na alimentação ce – na lama espessa A – área da seção transversal do sedimentador, [L2] 9 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Admite-se que o extravasante (overflow) não contenha sólidos. Balanço de massa de sólidos: F. c0 = L.c =U. ce U = L (c/ce) (1) F.c0 L.c U.ce 10 L(1-c) V L(1-c) = V + U(1-ce) aplicando o balanço de massa de sólidos: L(1 − c) − L. U(1-ce) (2) c .(1 − c e ) = V ce 1 1 1 1 + 1 = L.c. − V = L.c. − 1 − ce c c ce (3) (4) 11 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Balanço de líquido entre um nível qualquer e a saída do sedimentador: F .c 0 V = A A 1 1 . − ce c V =v A v= F.c 0 A 1 1 − c ce (5) (6) ( velocidade de ascensão do líquido ) (7) ou F.c 0 A= v 1 1 − c ce (8) 12 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha 1 1 L.c = F.c 0 → V = F.c 0 . − c ce ascensão do líquido, v, não exceda a velocidade de sedimentação do sólido. Os valores de A devem ser calculados para toda a gama de concentrações presentes e o projeto deve se basear no maior valor de A obtido. Classicamente, c x v é determinado através de teste de proveta em duas versões, ambas empregando a interface da região clarificada e a de concentração constante. 13 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Para que o overflow seja límpido é necessário que a velocidade de EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Sedimentação em Proveta 14 Zona C: distribuição variável de tamanho e concentração não uniforme Zona B: concentração uniforme proporcional a concentração inicial (divisão nítida, quando as partículas são uniformes) Zona A: Líquido límpido. Após o ponto de sedimentação crítico: o processo é de uma compressão EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Zona D: partículas mais pesadas: sedimentação mais rápida lenta dos sólidos com a expulsão do líquido retido para a região límpida. * Num equipamento contínuo, as mesmas zonas estão presentes 15 O dimensionamento pode ser feito por vários métodos: a) b) c) d) COE e CLEVENGER KYNCH TAHMADGE E FITCH ROBERTS a) Versão Coe e Clavenger Testes de provetas a diferentes concentrações iniciais, c, medindo-se a velocidade de sedimentação, v. 16 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Métodos EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha b)Versão Kynch Um único teste com concentração inicial igual à alimentação do sedimentador, medindo-se θ, z e zi.. Altura da zo interface c= zi c 0 .z 0 zi zi − z v= θ z θ tempo 17 A altura do sedimentador está intimamente relacionada com a capacidade de compactação. É feita uma “estimativa” da região de compactação do sedimentador contínuo. H= volume sólidos + volume líquidos A H= 1 [Fco t + Fco tx ] A onde (na região de compactação) volume líquido x= volume sólido médio t =tempo de residência do sólido na região de compactação 18 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Cálculo da Altura do Sedimentador EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Fco t [1 + x ] H= A Desse modo: Pode-se provar facilmente que: vol. líq. vol. sól. + vol. líq. 1+ x = 1+ = vol. sól. vol. sól. 1+ x = 1+ vol. líq. vol. suspensão 1 = = vol. sól. vol. sól. y vol. sól. y= vol. suspensão onde y = fração volume sólida 19 y= ρsusp − ρf ρs − ρ f Então: ρs − ρ f 1+ x = ρsusp − ρf Fc0 t ρs − ρf H= A ρsusp − ρf 20 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha ρsusp = y.ρs + (1 − y).ρf = y.ρs + ρf − ρf y = y(ρs − ρf ) + ρf → ρsusp ≈ ρlodo compactado Na realidade, H > Hcalc, pois → ρsusp. < ρlodocomp. 4 Fc0 t ρs − ρf H= . 3 A ρlodo − ρf fator de correção Resta obter o tempo de residência t, desde o início da compactação até que se atinja a concentração final. 21 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha ρsusp é de difícil determinação EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Procedimento sugerido por Coulson & Richardson: (sedimento com a composição desejada) A altura total do sedimentador é normalmente tomada como sendo 2H. (Coulson e Richardson, Tecnologia Química - Operações Unitárias, 1968 ) 22 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha Determinação do ponto crítico através do gráfico logz x logθ 23
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