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PUBLICAÇÃO INFORMATIVA TRIMESTRAL - INTERNACIONAL TOBACCO GROWERS’ ASSOCIATION
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Setembro 2000
Nº7
ÍNDICE
Comentários do Presidente
Pag. 2
Relatório do Chefe Executivo
Pag. 3
Declaração da FAO ao ECOSOC
Pag. 4
Relatório dos Países
Brasil
Burundi
Canadá
Malawi
África do Sul
Usa (Flue Cured)
Usa (Burley)
Zimbabwe
Pags. 6 - 7
Pag. 8
Pags. 8 - 9
Pags. 9 - 10
Pags. 10 - 11
Pag. 11
Pag. 13
Pag. 14
Triste: O lobby do tabaco
mata numerosas crianças
Pags. 15 - 16
Assembleia Anual de ITGA
Pag. 19
Ultimas Notícias
Pag. 20
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COMENTÁRIO DO PRESIDENTE
A esta altura do ano, a maior
parte do tabaco do hemisfério Sul
estará vendido e os nossos colegas do hemisfério Norte estarão
a fazer a suas colheitas.
A característica da colheita
deste ano é uma menor produção
por parte dos exportadores tradicionais, como a Índia, Estados
Unidos e o Zimbabwe e mais uma
vez, uma grande colheita no Brasil. Devido aos níveis dos stocks
ainda existentes e à evolução das
tendências de consumo, o facto
de esta produção ter sido inferior
não gerou todavia um aumento
significativo dos preços.
O Director da Iniciativa para a
Erradicação do Tabaco, o Dr.
Derek Yach, uma vez disse que
o objectivo da OMS deveria
ser negar à Indústria do tabaco a sua rentabilidade e previsão. Embora não tenha conseguido o primeiro, pode acontecer que, com a ajuda das forças do mercado, a OMS esteja a conseguir o segundo.
Isto é uma situação perigosa, visto que a previsão significa investimento e a falta de
uma leva à falta da outra. Mais
ainda, o investimento constitui a
base de melhores colheitas e condições mais estáveis para todos os
envolvidos, desde o trabalhador
agrícola ou agricultor até ao consumidor. É um mau sinal quando
alguém que ocupa um posto de liderança numa das principais agências das Nações Unidas deseje prejudicar o funcionamento normal de
uma cultura que garante uma vida
digna a milhõesde produtores em
todo o mundo.
Não surpreende por isso, que
esta organização tenha publicado
em Agosto, um relatório redigido
por um “comité de peritos”, no
qual investigadores da FAO são
acusados de ter sido
indevidamente influenciados pelas companhias de tabaco pelo facto de estes se terem cingido a con-
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clusões que são óbvias para os
produtores de tabaco do mundo:
• comparativamente, o tabaco
é uma das culturas que gera rendimentos significativos, embora
não tanto como no passado;
• o tabaco apresenta vantagens comparativas relativamente
a outros produtos quando os solos são pobres e as condições
climatéricas pouco favoráveis;
• não é fácil encontrar alternativas ao tabaco, se é que existem;
• que alternativas ao tabaco
não é somente um problema agronómico, mas principalmente um
problema de mercado;
• as medidas adoptadas internacionalmente contra o tabaco
devem ter em considerção as conclusões anteriores.
A ITGA tem vindo a afirmar isto
e muito mais, há mais de uma década, sem grande êxito junto da OMS,
mas com resultados mais animadores por parte dos governos dos
países produtores e de algumas
agências da ONU, incluindo a FAO.
É sobretudo por esta razão que
a reunião do ECOSOC, realizada
no passado mês de Julho, decidiu
solicitar ao Secretário Geral das
Nações Unidas que apresente um
relatório perante a Assembleia do
próximo ano relativamente ao trabalho realizado pelas Nações Unidas sobre o tabaco. A reunião de
Julho foi também testemunha de
importantes intervenções por parte
dos delegados do Zimbabwe e do
Malawi, que solicitaram ao sistema das Nações Unidas que suspenda toda a acção relativa ao tabaco até que suas agências competentes realizem estudos sérios
sobre o impacto económico e social das medidas anti-tabaco.
A ITGA tem levado esta batalha sob condições tremendamente desfavoráveis, visto que apesar de representar milhões de produtores em todo o mundo, não
conta com o poder financeiro ne-
cessário para defender-se de uma
campanha multimilionária apoiada por governos de países desenvolvidos e por algumas
multinacionais do sector farmacêutico.
Esta campanha gerou fortes pressões sobre as finanças da ITGA,
devido às frequentes viagens empreendidas pelo nosso Secretário
Executivo afim de preparar e apresentar a resposta da nossa associação perante as posições
adoptadas pelas Nações Unidas.
É por esta razão que acredito que
chegou a hora de considerarmos a
criação de um tipo de
associativismo especial, chamemolhe membros apoiantes, que nos
permita equilibrar as condições do
jogo e trabalhar de uma forma mais
eficaz, sendo adequadamente apoiado. Nesta nova categoria poderiam ser incluídos outros
intervenientes da indústria, fabricantes, dealers e fornecedores de
tabaco em folha, que, tal como nós
dependem da nossa cultura e da
sua sobrevivência a longo prazo.
É um passo importante que os
delegados deverão considerar seriamente e debater aquando da
Assembleia Anual, acredito que
iremos conseguir adoptar uma decisão sensata a este respeito.
Aquando da publicação desta
edição do Tobacco Courier, estarei
a assistir a uma conferência sobre
a Erradicação do Trabalho Infantil
na Produção de Tabaco, em Nairobi.
É uma iniciativa conjunta da ITGA,
da British American Tobacco e da
Associação Internacional dos Trabalhados da Indústria Alimentar,
Agrícola e do Tabaco (IUF).
Mais uma vez, os produtores de
tabaco irão mostrar o seu empenho
com o desenvolvimento social das
comunidades em que estão inseridos e o papel indispensável que
detêm nestes assuntos sociais.
Espero ver todos os membros
da ITGA aquando da nossa próxima Assembleia Anual.
Richard Tate
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RELATÓRIO DO SECRETÁRIO EXECUTIVO
Agora que o ano está a chegar
ao fim, é possível avaliar-se o trabalho realizado pelo Secretariado
da ITGA.
Tem sido um ano bastante intenso e o nosso trabalho tem sido
dominado pela agenda anti-tabaco. Isto já sucedia antes, mas normalmente significava seguir o
desenvolvimento da legislação
anti-tabaco, que muito raramente
se debruçava sobre a produção.
Desta vez, a situação é outra: Os
produtores de tabaco enfrentam
a maior ameaça da sua história, já
que a Organização Mundial da
Saúde tenta implementar um tratado internacional que irá obrigar
todos os países que o subscreverem a adoptar as suas disposições como lei nacional. Entre as
diversas disposições previstas
neste tratado, existem várias que
afectam a produção do tabaco,
juntamente com outras que visam
o controlo do consumo do tabaco, o que terá sempre um impacto
sobre a produção.
Assim, é fácil perceber que as
pressões das iniciativas e decisões
da OMS me obrigaram a prestar
uma atenção menor ao trabalho
corrente da ITGA, particularmente no aspecto administrativo, a
não ser só pelas minhas frequentes ausências do escritório. Naturalmente, muitas das deslocações
tiveram como motivo a minha presença nas Reuniões Regionais,
das quais este ano houve cinco.
Esta intensa actividade teve uma
forte incidência sobre as finanças
da ITGA, pelo que se torna necessário rever o nosso sistema de financiamento ou a extensão das
nossas actividades.
O problema reside no facto de
que os últimos 15 meses demonstraram que os produtores não podem contar com ninguém a não
ser com eles próprios, na defesa
dos seus interesses presentes e
futuros contra a iniciativa da
OMS, organização que, até ao dia
de hoje, insiste em impor uma
posição completamente errada de
que a sua iniciativa não terá praticamente qualquer efeito sobre
os produtores e as suas economias, com a possível excepção de
um ou dois países. Sabemos que
isto não é verdade, mas tivemos
que lutar arduamente para convencer agências internacionais e
governos nacionais de que falamos com conhecimento de causa. Lamentavelmente, isto não é
o que se passa com os representantes da Saúde quando falam de
agricultura e de desenvolvimento sustentável.
Esta agora manifestamente claro que a nossa mensagem começou a dar frutos, mas ainda temos
um longo caminho pela frente
antes de podermos ter a certeza
que a OMS nos irá escutar e aceitar mesmo as consequências dos
nossos argumentos. De facto,
aquando da publicação deste
boletim, estarei assistindo às
Audiências Públicas que a OMS
decidiu levar a cabo relativamente à Convenção para o Controlo
do Tabaco.
É óbvio que esta não é a forma
adequada para a realização de consultas, que a OMS continua a negar-nos. A OMS nem sequer aliviou a pressão exercida sobre outras agências das Nações Unidas
no seu intuito de obter apoio incondicional por parte destas; pelo
contrário. A OMS chegou inclusive a ameaçar funcionários de outras agências da ONU com um vergonhoso relatório, onde os acusa
nem mais nem menos de corrupção
por terem mantido e reafirmado as
suas opiniões e relatórios como
profissionais que são.
Imediatamente após as audiências, a OMS irá proceder à eleição do Corpo Intergovernamental
de Negociação, composto por um
Presidente, três Vice-presidentes
e dois relatores, que iniciarão a
primeira ronda de negociações
antes do final do ano, tendo já
previsto duas rondas adicionais
para o ano de 2001.
O texto da Convenção que será
submetido a negociações, é desconhecido já que o que foi divulgado pela OMS é o texto apresentado perante o Grupo de Trabalho,
no passado mês de Março, que supostamente seria revisto por este
Grupo para ser submetido à aprovação da Assembleia Mundial da
Saúde, realizada no passado mês
de Maio. Como se sabe, o Grupo
de Trabalho não chegou a consenso relativamente ao texto e o que
será apresentado perante o Corpo
Intergovernamental de Negociação
será o texto original acompanhado pelas diversas críticas
feitas à OMS durante a reunião
do Grupo de Trabalho.
Esta insólita situação deixa
as portas abertas para todo o
tipo de anomalias, pelo que a
eleição
do
Corpo
Intergovernamental de Negociação e o seu trabalho futuro
exigem uma especial atenção.
Consequentemente, o nosso
trabalho relativamente à CCT
não acabou; pelo contrário,
ainda agora começou e toda a
nossa atenção deve centrar-se
nas posições que serão adoptadas
pelos nossos governos durante o
tempo de negociações.
Isto significa que os membros
da ITGA devem avaliar o trabalho e prioridades deste Secretariado para podermos ter um debate
produtivo no próximo Encontro
Anual da ITGA sobre as nossas
opções futuras, incluindo o assunto sobre o financiamento.
Nesta edição incluímos o programa do próximo Encontro Anual, que os nossos colegas brasileiros estão a preparar com o seu
reconhecido profissionalismo e
simpatia.
Espero vê-los a todos no Brasil
no final do mês.
António Abrunhosa
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DECLARAÇÃO DA
*FAO NO **ECOSOC
CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL
SESSÃO SUBSTANTIVA DE 2000-08-29
Sr. Vice-presidente,
A Organização das Nações
Unidos para a Agricultura e a
Alimentação (FAO) partilha a
preocupação face às evidências
dos efeitos daninhos do tabaco
e da crescente incidência de doenças relacionadas com o hábito de fumar, não só nos países
desenvolvidos, mas também no
mundo em desenvolvimento.
Nos últimos anos, a FAO tem
vindo a fortalecer a sua colabo-
ração com a OMS e outras agências internacionais nos esforços
para o controle global, particularmente através da plena participação no trabalho do Grupo de
Trabalho Ad-hoc Interagência
das Nações Unidas para o Controle de Tabaco, sem por isso
deixar de considerar as preocupações dos países e comunidades produtores, especialmente
as dos países em desenvolvimento, que mostram uma forte
dependência deste cultivo como
fonte de rendimento, e, às vezes, como forma de assegurar a
sobrevivência de suas famílias.
Actualmente, a FAO e a Agência Sueca para o Desenvolvi-
mento Internacional (ASDI) financiam em conjunto um estudo
dirigido pela FAO sobre os factores económicos e sociais
subjacentes que afectam a produção e o consumo do tabaco, e
o impacto de várias medidas e
políticas orientadas para a redução do consumo e produção de
tabaco sobre o crescimento económico, emprego nos sectores
de transformação e agrícola, rendimento familiar, receitas fiscais,
alternativas ao cultivo do tabaco, assim como os correspondentes procedimentos de ajuste
baseados nas condições particulares de cada país. A Organização Mundial da Saúde, o Banco
Mundial, a Organização Internacional do Tabaco assim como
diversas agências nacionais irão
cooperar na realização deste estudo. O Comité Directivo para
este projecto inclui a FAO, OMS,
ASDI, OIT, Banco Mundial, Departamento para a Agricultura
dos Estados Unidos e o Centro
de Investigação para o Desenvolvimento Internacional do Canadá (IDRC).
Esta iniciativa irá proporcionar aos responsáveis políticos,
especialmente nos países em desenvolvimento, informação sobre os projectos a longo prazo e
as implicações para o desenvolvimento económico das opções
culturais alternativas ao tabaco.. Espera-se que a informação
sobre o possível impacto económico das políticas para o controle do tabaco constitua um
contributo de peso ao desenvol-
vimento da Convenção para o
Controle do Tabaco.
Neste sentido, devemos destacar que existem países em desenvolvimento ou regiões que dependem fortemente da produção do
tabaco. As possibilidades de diversificação para outras culturas,
mesmo quando possíveis ponto
de vista técnico, são muitas vezes limitadas devido a factores
económicos, incluindo os relacionados com a disponibilidade de
capital para investimentos, oportunidades de mercado, tecnologia
e informação. Não podemos esquecer que em vários países em
desenvolvimento as realidades
dos agricultores são muito diferentes das dos agricultores dos
países
desenvolvidos que embora também afectados adversamente pelas contradições dos mercados,
têm certamente mais oportunidades de passar para actividades
alternativas.
Em consequência, para que as
medidas relativa ao controle ao
tabaco tenham êxito e possam
contar com o amplo apoio internacional, é importante levar em
consideração as preocupações
especiais já que afectarão os países que dependem do tabaco e
o sustento de famílias rurais, e
promover medidas de ajuste
apropriadas no âmbito nacional
e internacional.
Muito obrigado
Segmento Geral
Item 7 (d) da Agenda: Tabaco
ou Saúde
Nova York, 24 de Julho de 2000
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*Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação ** Conselho Económico e Social
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Relatório dos Países
BRASIL
SAFRA 1999/2000
Com o encerramento da safra, a produção de fumo nos três Estados do Sul do Brasil ficou conforme
abaixo:
A área total atingiu 257.660
hectares; o preço médio
auferido pelos produtores ficou
em U$ 1,15/kg e a produtividade média alcançou 2.092 kg/
hectare.
de agosto, em Florianópolis/SC.
A área plantada deverá ser igual
à safra passada, mas com produção inferior. Segundo o
Sindifumo, a estimativa é de 505
mil toneladas. A Afubra estima
500,57 mil toneladas.
A indústria garantiu, como preço mínimo, a tabela que vigorou
na safra recém encerrada.
Durante o encontro, uma proposta apresentada pelos industriais provocou muita discussão
e terminou sem acordo. Sob o argumento de que o mercado está
exigindo fumos com baixos teores de nicotina, o Sindifumo propôs uma alteração nas atuais portarias ministeriais que regulamentam a comercialização do produto.
A principal mudança seria o
aumento de 48 para 90 classes de
fumo. Até o momento, a situação
permanece indefinida.
ASSEMBLÉIA DA AFUBRA
SAFRA 2000/2001
A primeira reunião para discussão da nova safra, envolvendo a
Afubra e Federações com o Sindicato da Indústria do Fumo
(Sindifumo), aconteceu no dia 15
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O mutualismo da Afubra vai
proporcionar mais um benefício
aos produtores de fumo vinculados à entidade. Durante a assembléia anual, ocorrida no dia 29 de
julho, os associados aprovaram
a inclusão de auxílio para recons-
trução de estufa em caso de danos, parcial ou total, provocados
por tufão, raio ou granizo. Os demais benefícios permanecem
inalterados.
PROIBIÇÃODA
PUBLICIDADEDECIGARROS
Apesar de todo o trabalho desenvolvido pela Afubra e demais entidades em Brasília, visando alertar os parlamentares
brasileiros sobre futuros prejuízos aos fumicultores, a Câmara dos Deputados acabou aprovando o projeto de lei que proíbe a veiculação de anúncios
de cigarros nos meios de comunicação. O acordo firmado
pelas lideranças partidárias,
que optaram pela votação simbólica do projeto, ignorou as
manifestações dos deputados
ligados às áreas fumageiras,
que queriam mudanças no teor
do projeto.
O projeto agora está sob o crivo do Senado Federal. Os esforços dos representantes dos produtores para amenizar seu conteúdo seguiram o mesmo caminho.
Mário André Poll
Assessoria de Comunicação
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COMITÊ DO MEIO AMBIENTE,
SOCIAL E EDUCACIONAL
Em recente visita de uma comitiva da Afubra à Cooperativa
Tabacaleira de Misiones, na Argentina, tomamos conhecimento
de importantes ações de caráter
social e ambiental desenvolvidas
por esta entidade.
A cooperativa produz anualmente 1 milhão de mudas de
citrus, de diferentes espécies, em
sua propriedade agrícola. As mudas são vendidas aos produtores integrados, cujo pagamento é
feito quando da venda da produção. As frutas são exportadas
para vários países da Europa.
Além disso, cooperativa possui uma usina de beneficiamento
para suco. Conforme explanações
feitas pelos seus dirigentes, o
projeto tem como objetivo
incrementar a renda do produtor
de fumo da província argentina.
A Cooperativa Tabacaleira também desenvolve experiências com
outras espécies nativas e exóticas
para fins de reflorestamento, com
destaque para o pinus. O governo
argentino incentiva a prática do
reflorestamento. O produtor argentino recebe U$ 500,00 para cada
hectare de mata plantada.
ACTIVIDADES
DESENVOLVIDAS
PELA AFUBRA
Programa “O Futuro é Agora”
Projeto piloto foi encerrado
Depois de quase dois anos, a primeira fase do programa O Futuro é
Agora se encerrou no mês de julho
de 2000, com a realização de cursos
de capacitação para jovens rurais e
com a certificação dos primeiros
5.000 produtores de fumo que cumpriram com os compromissos do
projeto Protetor da Criança e da Terra. O plano-piloto, de grande repercussão e muito sucesso, foi desenvolvido em Santa Cruz do Sul/RS,
Araranguá/SC e Rio Azul/PR, municípios com acentuado destaque na
produção de fumos no Brasil.
Para a segunda fase, já em andamento, algumas mudanças foram efetuadas. A principal delas
permite às empresas fumageiras
desenvolver o programa
diretamente com os seus produtores integrados, sem depender
uma da outra. Com isso, o programa pode ser acelerado em relação
aos interesses de cada uma delas.
Embora com maior flexibilidade,
o programa continua sendo
gerenciado por uma coordenação
geral, composta por membros das
empresas e da Afubra, e como um
compromisso de todo o setor
fumageiro. Da mesma forma, os
objetivos permanecem inalterados,
que são:
• promover a retirada de menores de 16 anos do trabalho contínuo na produção de fumo, conforme estipula as leis brasileiras;
• promover, apoiar e acompanhar a freqüência escolar das crianças até completarem, no mínimo, o ensino fundamental;
• incentivar e apoiar a
capacitação técnica dos filhos
dos produtores de fumo.
PROJETO VERDE É VIDA
PRÊMIO ECO 2000
O Projeto Verde é Vida recebeu o
diploma como um dos dez finalistas
da18o edição do Prêmio ECO 2000,
evento promovido pela Câmara
Americana de Comércio de São
Paulo (AMCHAM/SP). Inscrito
na categoria Educação/Preservação Ambiental, o Verde é Vida concorreu com outros 144 projetos
oriundos de todo o Brasil.
O Prêmio ECO é o principal evento de cidadania do país e tem como
objetivo estimular e reconhecer
publicamente ações de efetivo
caráter social. Criado em 1982, ele é
concedido anualmente a empresas
e instituições que se destacam em
ações de cidadania empresarial nas
áreas de educação, conservação e
preservação ambiental, cultura,
saúde e participação comunitária.
A solenidade de entrega do certificado de finalista à Afubra ocorreu
no dia 25 de agosto de 2000 no Centro de Convenções da AMCHAM,
em São Paulo. A cerimônia contou
com a presença de mais de 600 personalidades dos setores público e
privado, líderes de opinião, comunitários e da mídia Entre elas a primeira dama do país, Dona Ruth Cardoso, presidente do Conselho do Programa Comunidade Solidária e do
corpo de jurados do Prêmio ECO edição 2000, e do presidente da Câmara de Comércio de Washington,
EUA, Thomas J. Donohue.
FEIRA DE CIDADANIA
Paralelamente ao evento do Prêmio ECO, a AMCHAM promove a
Feira de Cidadania, com o intuito
de fomentar e difundir práticas de
excelência em cidadania empresarial, bem como estimular a atuação
da iniciativa privada na área social
e a realização de parcerias entre
empresas privadas, organizações
da sociedade civil e poder público.
A segunda edição, realizada de
23 a 25 de agosto de 2000, teve a
presença da Afubra. A entidade,
classificada como finalista da edição 2000, foi convidada a expor o
projeto Verde é Vida. Mais de 1.000
pessoas, entre executivos de várias empresas, organizações não governamentais e associados da
AMCHAM, viram as atividades
desenvolvidas pelo Verde é Vida.
Os visitantes destacaram, em especial, os livros da Série Ecologia
pela sua qualidade, tanto didática
como visual, e a produção de mudas de árvores nativas.
A Afubra disponibilizou mudas
para distribuição gratuita no local,
fato que reverteu num grande sucesso devido à intensa procura e
serviu para divulgar suas atividades.
Hainsi Gralow,
Presidente.
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BURUNDI
A colheita de 1999/2000 finalizou no mês de Maio do corrente ano com uma produção de 762 toneladas,
de uma quantidade prevista de 1.150 toneladas. A produção real corresponde a 550 toneladas de tabaco
flue-cured e 212 toneladas de burley. O facto de não se ter cumprido a quantidade projectada deve-se às
condições climatéricas de seca devidas ao fenómeno de La Niña que se fez sentir durante toda a época de
1998/1999.
A presente época 2000/2001 iniciou-se há três meses e as estimativas são de 1.070 toneladas, sendo 770
de flue-cured, com uma área de plantação de 770 hectares, e 300 toneladas para o burley, com 250 hectares,
envolvendo uns 2.000 pequenos produtores.
Actualmente as operações principais resumem-se à preparação dos viveiros, contratação de mão de
obra e construção de estufas de secagem.
Mathias Bitihari
Director Geral
CANADA
SERVIÇO FRONTEIRIÇO CANADIENSES ACUSADO
DE ESCONDER REGISTROS DE TABACO
O Comissário de Informação, John Reid, acusou o Serviço de Fronteiras e Impostos do Canadá de
“abdicação de responsabilidades” por recusar-se a divulgar documentos relacionados com o contrabando de cigarros. O Sr. Reid criticou este serviço federal de impostos de reter documentos sobre possíveis
novas marcas de segurança anti-contrabando nos pacotes de cigarros.
O governo prometeu introduzir mudanças nos requisitos necessários para a colocação de marcas de
segurança nos produtos de tabaco com o objectivo de combater o contrabando, mas até á data não foi
adoptada qualquer medida a este respeito. O Sr. Reid também insinuou que a indústria tabaqueira teria tido
alguma influência na decisão de manter a informação secreta.
Os activistas anti-tabaco explicaram que a introdução de melhores medidas de segurança nos pacotes
de cigarros poderia impedir o contrabando, possibilitando assim uma melhoria das receitas fiscais sobre
o tabaco. Assim, foram empreendidas campanhas no sentido de providenciar marcas de segurança específicas e de difícil falsificação pelos contrabandistas.
COMPANHIASTABAQUEIRASAPRESENTARAMQUEIXAJUDICIALCONTRANOVOSRÓTULOS
Três tabaqueiras, lideradas pela Imperial Tobacco, apresentaram recentemente uma queixa judicial com
o propósito de impugnar a nova legislação federal que requer a inclusão de avisos para a saúde mais
evidentes nos pacotes de cigarros. O requerimento exige a revogação imediata dos novos requisitos
legais, que estabelecem que as advertências devem cobrir pelo menos metade dos pacotes. JTI-Macdonald
Corp. e a Benson e Hedges Inc. de Rothman uniram-se à Imperial nesta acção legal. A Imperial argumenta
que tal exigência é inconstitucional visto atentar contra a liberdade de expressão por parte da companhia.
“Acreditamos que o governo não pode chegar e apropriar-se de 50 por cento do pacote para seu próprio
benefício, sendo isto um acto de expropriação da nossa marca comercial e embalagem”, declarou Michael
Descoteaux, porta-voz da Imperial. A Imperial Tobacco declarou que os novos requisitos de rotulagem
são um objecto de troça perante a decisão de 1995 pela Corte Suprema do Canadá, que eliminou diversos
artigos da Lei para o Controle dos Produtos de Tabaco por achá-los ilegais.
TRIBUNAL NORTE-AMERICANO DESPREZA ACÇÃO DO GOVERNO CANADIENSE
Em Dezembro passado, o governo do Canadá lançou com uma acção judicial de $1,000 milhões de
dólares contra a filial da RJR-Macdonald (actual JTI-Macdonald) nos Estados Unidos, onde alegava que
as companhias tabaqueiras fujiram aos impostos com a exportação de cigarros de marcas canadienses
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para os Estados Unidos para serem de seguida importados ilegalmente para o Canadá. O Tribunal de
Primeira Instância norte-americano não aceitou a acção alegando que os tribunais norte-americanos não
têm competência para arrecadarem impostos em nome de outrém. O governo do Canadá apelou da decisão. “O governo do Canadá está determinado em levar este caso ao êxito” anunciou recentemente o
Departamento da Justiça.
ÚLTIMAS INFORMAÇÕES SOBRE A COLHEITA E MERCADO
A época 2000 está na sua fase da colheita, que deverá terminar em finais do mês de Setembro. Apesar
das condições climatéricas pouco usuais, as folhas curadas parecem ser de grande qualidade.
A abertura do mercado está programado para 10 de Outubro de 2000.
MALAWI
VENDAS DE TABACO NO MALAWI A 14 DE SETEMBRO DE 2000
Até á data venderam-se 117.068.824 kilos de tabaco burley, a um preço médio de US$ 102,95 centavos
por kilo e 10.068.522 kilos de tabaco flue-cured, a um preço médio de US$ 134,05 centavos por kilo.
A seguinte tabela especifica as 25 classificações superiores de ambos tipos de tabaco.
BURLEY
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FLUE-CURED
Kavinya Ackim
Chefe de Estatística
AFRICA DO SUL
A. RELATÓRIO DA COLHEITA
I COLHEITA 1999
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II - PREVISÃO COLHEITA 2000
B. ACTIVIDADES ANTI-TABACO
ACTUALIZAÇÃO SOBRE A LEGISLAÇÃO PARA O CONTROLE
DO TABACO DA ÁFRICA DO SUL
A Reforma da Lei para o Controle dos Produtos de Tabaco foi promulgada e assinada pelo Presidente
a 14 de Abril de 1999 e publicada a 23 de Abril do mesmo ano, embora ainda não tenha entrado em vigor.
Os correspondentes regulamentos foram publicados a 3 de Dezembro de 1999, apresentando diversos
problemas de ordem prática e legal. O Ministério da Saúde indicou que os regulamentos finais iriam ser
publicados no mês de Outubro de 2000.
USA
FLUE CURED
A época de comercialização do
flue-cured para o ano 2000 iniciouse a 1 de Agosto na Georgia e
Flórida. Os mercados da Carolina
do Sul e Carolina do Norte abriram
a 8 e 9 de Agosto, respectivamente, e a 14 de Agosto na Virgínia.
Apesar de alguns problemas
climatéricos isolados, espera-se
que a colheita norte-americana de
flue-cured para o ano 2000 seja
de grande qualidade e bom rendimento. Espera-se que os rendimentos ultrapassem a quota e
considera-se que a qualidade dos
tabacos maduros é muito boa.
Até ao dia 20 de Setembro, as
vendas de tabaco rondavam um
preço médio de $1,75 por libra. Os
preços médios são similares ou
ligeiramente superiores aos dos
ano passado, embora não reflitam
os acrescidos custos de produção para o ano 2000. Aproximadamente 340 milhões de libras foram vendidas nos postos de venda, correspondendo a 60% da
quota de comercialização para o
ano 2000. Cerca de 19 milhões de
libras foram vendidas directamen-
te ou fora dos postos de venda..
A Cooperativa de Estabilização
de Tabaco Flue-Cured recebeu
cerca de 14,6 milhões de libras,
ou seja cerca de 4,3% da totalidade do tabaco.
A quota real do ano 2000 é de
560,6 milhões de libras, enquanto
as estimativas para a colheita total é de 597 milhões de libras.
O stock de tabaco não vendido
na Cooperativa atingiu um total
de 177 milhões de libras, incluindo tabacos das colheitas de
1997,1998 e 1999.
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USA
BURLEY
1 de Fevereiro de 2000 - O Departamento da Agricultura dos Estados Unidos anunciou que o nível de
crédito para a colheita de tabaco burley 2000 seria de $1.805 por libra - um aumento de 1.6 centavos por
libra relativamente a 1999. Anunciou também, que a quota nacional de comercialização corresponde a
247.4 milhões de libras. Este montante representa uma redução na ordem dos 45,4% relativamente à quota
de base de 1999, que se elevou a 452,9 milhões de libras.
A quantidade total comercializada em 1999/2000 atingiu os 555.0 milhões de libras, menos 7% do que em
1998/1999. Contradizendo a comercialização abaixo da quota e acima da quota na época passada, esperase que a quota real para o ano 2000 seja de 367.4 milhões de libras, 46,8% inferior à quota real de 1999, que
atingiu os 690,1 milhões de libras.
Aquando de uma reunião na presença de trinta e nove membros do Comité Consultivo do Tabaco Burley,
foi recomendado usar 31 equipas de classificação para a presente época enquanto tinham sido usadas 41
equipas na época passada e 51 em 1998. O Comité também recomendou as seguintes datas:
A Corporação de Crédito para Produtos Básicos (CCC), dependente do Departamento da Agricultura dos
Estados Unidos, divulgou os juros dos créditos máximos de classificação para a colheita de tabaco burley
2000, baseado no nível do preço de suporte de $1.805 por libra. As duas associações de burley deduziram
1 centavo por libra dos juros do crédito de classificação para cobrir custos fixos administrativos. Os juros
dos créditos de classificação para a colheita de 2000 situam-se entre os $1,14 e $2,07 por libra. Para a colheita
de 1999, o preço de suporte foi de $1,789 por libra e os juros dos créditos de classificação rondaram os $1,09
e os $1,98 por libra. A CCC não irá conceder créditos a tabaco burley classificado como N2L, N2R, N0-G (sem
classificação), “W” (ordem de Inventário duvidoso) e “U” (impróprio) ou rejeitado.
PREVISÕES DE OFERTA E PRODUÇÃO NACIONAIS
A 1 de Outubro, a oferta nacional de tabaco burley para a época de 1999/2000 atingiu os 1.447.000
milhões de libras, 2% superior ao ano anterior. A oferta equivale a 2,5 vezes a procura estimada, proporção
ligeiramente superior ao nível de referência tradicional, embora em acordo com os níveis normais de anos
recentes. A 1 de Outubro de 1999, o stock total de burley tinha registado um aumento de uns 8%.
Por volta do dia 1 de Março, os produtores de burley exprimiram a sua intenção de plantar 207.700 acres, uns
30% menos relativamente à superfície da colheita do ano anterior. A informação preliminar indica que a época 1999/
2000 os produtores comercializaram cerca de 84% da sua quota, em comparação com 74% na época anterior. Em
1997/98, os produtores comercializaram 71% de sua quota. Nos dois principais estados produtores do país, a
comercialização abaixo da quota foi levemente superior no Tennessee quando comparado com o Kentucky.
Com produção normais, estima-se poder chegar aos 400 milhões de libras durante a época de 2000, cerca de 6%
abaixo do volume comercializado em 1999. A quota deveria ser suficiente para comercializar o tabaco produzido em
1999. É possível que a quota não seja suficiente para comercializar todo o tabaco que se produza em 2000. Na
concretização das intenções actuais relativamente à colheita, as produções normais da colheita deveria gerar 22
milhões de libras a mais relativamente à quota real, incluídos os 3% autorizados da oferta suplementar.
As estimativas da colheita no dia 1 de Agosto são as seguintes:
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ZIMBABWE
VENDAS DE FLUE-CURED PARA 2000
Numa tentativa de apressar as vendas já em atraso por uma taxa de conversão desfavorável, greves e
insegurança política, os registros diários aumentaram a partir do início do mês de Julho. A oferta diária
ascendeu a cerca de 2 milhões de kilos, embora os preços se tivessem mantido a níveis relativamente
baixos. Durante o mês de Setembro, os preços recuperaram, especialmente os das categorias mais maduras e puras, devido a um acréscimo da procura. O melhor preço oferecido pelas melhores categorias é de
US$2,99 por kilo. A média da época foi de US$1,63 por kilo, onze centavos a menos relativamente ao ano
passado. Até à data, vendeu-se 80% da colheita, prevendo-se que as últimas vendas se realizem durante
a primeira e segunda semanas de Novembro. As previsões para esta colheita são de 230 milhões de kilos.
Preço Mensal Médio do Flue-Cured (US$/kg)
*Nota: Este ano as vendas estão atrasadas num mês relativamente ao ano passado.
No início do mês de Agosto, decidiu-se desvalorizar oficialmente a moeda, pelo que os problemas de
viabilidade por parte dos produtores ficaram um pouco mais leves. Houve pequenos ajustes na taxa de
conversão, pelo que até à data, o dólar do Zimbabwe sofreu uma desvalorização de 28,3%. O dólar do Zimbabwe
transacciona-se no presente momento a Z$53,00 por US$1,00, mas antecipam-se desvalorizações adicionais
para o resto do ano. Um aumento de 24% na produção por hectare, juntamente com 17% de aumento previsto
no preço nacional, deveria ajudar os produtores a enfrentar os 70% de aumento nos custos de produção.
COLHEITA DE FLUE-CURED 2001
Até aos finais do mês de Setembro, venderam-se 332 kg de sementes para a próxima época. Isto equivale
a cerca de 66.000 hectares. Normalmente, os pequenos produtores adquirem sementes até ao mês de
Outubro, precisamente antes do início das chuvas. De acordo com as vendas actuais e considerando uma
produção média de 2.500 kg/ha, a colheita poderá atingir os 170 milhões de kilos, em 2001.
AQUISIÇÕES DE TERRAS
O programa de restabelecimento das terras agrícolas pela “maneira rápida” implementado pelo governo, significou que 511 propriedades produtoras de tabaco, foram notificadas de venda obrigatória, sendo
concedido aos proprietários um prazo de 30 dias para apresentar recurso. No ano de 1999, foram plantados
22.304 hectares de tabaco nestas propriedades . De acordo com as últimas informações, 40 explorações
tabaqueiras (juntamente com outras 171 propriedades) foram trespassadas ao governo (ou melhor, os
seus proprietários não apresentaram recurso/queixa aquando da venda obrigatória) e outras 41 quintas
receberam ordens de despejo. Os produtores que não foram atingidos continuam com a plantação de
tabaco com os recursos de que dispõem.
VENDAS DE BURLEY DE ANO DE 2000
As vendas terminaram a 6 de Outubro com um volume de 8,1 milhões de kilos, a um preço médio de
US$0,916 por kilo, enquanto que em 1999 as vendas atingiram os 6,8 milhões de kilos. O preço médio baixou
31% relativamente ao ano passado que foi de US$1,33 por kilo. As variedades mais aromáticas, cultivadas
principalmente por grandes produtores comerciais, registaram um preço médio de US$1,20 por kilo, enquanto as variedades de enchimento cultivadas por pequenos produtores se venderam US$0,80 por kilo.
EXPORTAÇÕES NACIONAIS
Até finais do mês de Setembro, o Zimbabwe exportou 95.950 toneladas de tabaco. À mesma data em
1998, as exportações totais correspondiam a 104.450 toneladas. Todos os mercados de exportação regionais reduziram os embarques este ano relativamente a 1999, no qual em nove meses, o montante total
exportado atingiu as 152.916 toneladas
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TRISTE: O LOBBY DO TABACO
MATA NUMEROSAS CRIANÇAS
Khaiko Mulauzi, de treze anos
pode saborear a sua felicidade por
ter sido aceite como interno na
escola secundária. É o cadete da
família e o único que poderá ter
direito a uma educação. Os seus
irmãos e irmãs não tiveram tanta
sorte por falta de recursos
económicos.
O pai de Khaiko, que se dedicou à agricultura durante mais de
doze anos em Chagunda, distrito
de Salima, tentou conseguir o dinheiro para o colégio para vários
dos seus filhos que tinham terminado o ensino primário, mas sem
êxito. Apesar dos dias esgotantes
nos seus campos de milho e de
noz moscada, este agricultor nunca teve as Kwachas suficientes
para poder proporcionar uma dieta equilibrada à sua família quanto mais para enviar os seus filhos
para o ensino secundário.
No entanto, tudo mudou no
ano passado quando se decidiu
cultivar tabaco, mudando assim
a sua precária situação económica instantaneamente.
Mulauzi obteve um rendimento de US$1.440 (MK64.400) com
os 1.200 kg de tabaco burley que
produziu - permitindo-lhe pela
primeira vez em doze anos, vestir
e oferecer uma boa alimentação à
sua família, comprar fertilizantes
e, o mais importante, mandar seu
filho Khaiko para a escola.
“Pelo menos, tenho a esperança que o meu filho poderá vir a
ser advogado. Irei investir uma
boa parte do dinheiro que conseguir com o meu tabaco para cumprir este desejo”, afirmou
Mulauzi, radiante de felicidade e
esperança com as possibilidades
que se lhe deparam no futuro.
No entanto, a esperança de
Mulauzi poderá vir a morrer a curto prazo. Por amabilidade da Organização Mundial da Saúde
(OMS), os agricultores como
Mulauzi não devem ter ilusões
num grande e brilhante futuro
para os seus filhos e famílias. Se
a intenção da OMS de proibir o
tabaco chegar a concretizar-se a
nível mundial, milhares de crianças no Malawi poderão apenas
terminar a sua educação primária
e isto porque só é gratuita.
Partindo do ponto de vista que
o tabaco gera 34% do PIB e
68,26% da totalidade de divisas
recebidas pelo país, a aquisição
de medicamentos e os serviços
médicos para as crianças com idades inferior aos 5 anos nos meios
rurais, serão drasticamente cortados. Consequentemente, a já elevada taxa de mortalidade infantil
irá aumentar a níveis alarmantes.
“Se o objectivo das Nações
Unidas é matar as massas inocentes de África, então está na
iminência de conseguir o seu objectivo - através da acção de um
de seus organismos, a Organização Mundial da Saúde, para proibir o tabaco”, declarou George
Nkhanamba Banda, um agricultor
local que tem a sua actividade em
Kasungu e Salima.
Parece que alguns sectores em
países desenvolvidos estão a
exercer pressão para a proibição
do tabaco e comenta que muitos
agricultores do Malawi se sentem
desencorajados já que não existem alternativas viáveis à cultura
do tabaco no país.
Banda não se engana. O lobby
anti-tabaco da OMS continua a
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ganhar terreno e a dar que falar
nos meios de comunicação, deixando países como o Malawi em
pânico. Para além disto, em alguns
países em desenvolvimento, como
o Malawi, estão desesperados
sem saber qual o futuro de milhões de pobres que dependem da
agricultura para o seu sustento.
É um facto indiscutível que no
Malawi o tabaco é a cultura predominante, tanto em área plantada como também nas receitas fiscais que gera.
Os indicadores económicos
mostram que o sustento de sete
em cada dez habitantes do Malawi
depende directamente ou indirectamente da cultura do tabaco.
Entre estes, as mulheres e as crianças com idades inferiores a 17
anos são as que exibem mais dependência com 51% e 50%, respectivamente.
Numa tentativa de evitar que o
país caia na ruína económica, o
governo e todos os intervenientes
do sector do tabaco têm travado
uma batalha contra os activistas
anti-tabaco, em benefício do povo.
Tanto o governo como o sector tabaqueiro concordam que
não foram consultados todos os
interessados no processo de formulação da Convenção para o
Controle do Tabaco (CCT).
A 14 de Julho, o Embaixador e
Representante Permanente do
Malawi nas Nações Unidas, Professor Yusuf Juwayeyi, referiu
perante uma sessão substantiva
do Conselho Económico e Social
2000 em Nova York (USA), que a
dita Convenção iria pôr o Malawi
numa situação crítica..
“Mesmo que seja nosso desejo
concordar com o relatório na sua
integridade, sentimo-nos na obrigação de assinalar certas falhas e
incorrecções que deverão ser anotadas e corrigidas”, indicou.
Juwayeyi assinalou que em relação às declarações do relatório da
OMS no que respeita a doenças
relacionadas com o hábito de fumar serem a causa de milhões de
16
mortes, este facto não deve ser sobre-estimado em relação a outras
epidemias ainda mais devastadoras tais como a SIDA e a malária.
Acrescentou que o Malawi também não concordou com a avaliação do relatório relativamente ao
emprego gerado pelas actividades relacionadas com o tabaco.
“O Malawi não concorda com
a afirmação demasiadamente generalizada de que “a cultura do
tabaco representa somente uma
pequena percentagem na maioria
das economias” - parece-nos que
estamos a ser precipitados para a
aprovação de uma convenção
sobre o controle do tabaco antes
de conhecer os resultados dos
estudos propostos”, argumentou
Juwayeyi.
Já no ano de 1970, foi solicitado à Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) que investigasse em especial as alternativas à
cultura do tabaco - em vão.
O próprio Malawi realizou um
grande número de estudos sobre
diversificação agrícola, sem que
nenhum tenha identificado uma
cultura viável que pudesse substituir o tabaco.
Tudo isto, e o constante lobby
anti-tabaco, impõem um futuro
desastroso para o nosso país em
que mais de 60% da sua população vive em extrema pobreza.
O Malawi é um dos países com
piores indicadores de saúde do
mundo, estando classificado
como o antepenúltimo país em
termos de incapacidade-esperança de vida ponderada.
Como se isto não bastasse, o
país tem um dos mais baixos Produto Nacional Bruto/Renda per
cápita do mundo, com somente
US$299 anuais.
Mais ainda, devido à falta de
recursos monetários, a desnutrição atinge níveis alarmantes, especialmente entre as crianças, das
quais 48% são atingidas por esta
realidade.
Sem a produção do tabaco, que
constitui o recurso vital do país,
estas tristes estatísticas iriam piorar ainda mais e nos levariam a
uma altíssima taxa de mortalidade.
“Sem tabaco, o Malawi não terá
recursos financeiros para comprar
medicamentos essenciais e proporcionar serviços médicos”, declarou
à imprensa o Dr. Winston Sangala,
Ministro da Saúde do Malawi.
O Malawi insiste no facto de que
o processo de consultas dirigido
pela OMS relativamente ao tema
do controle do tabaco foi mínimo
e se concentrou à volta dos seus
apoiantes. O Malawi deseja deixar
registado de que não foi consultado sobre o impacto da CCT.
A posição firme do governo é a
de que independentemente de
concordar com os objectivos de
saúde pública perseguidos pela
Convenção para o Controle do
Tabaco (CCT), o impacto deste
instrumento sobre as economias
deve ser levado em conta e debatido através de consultas
alargadas, especialmente em benefício de milhões de pessoas
cujo sustento depende directa ou
indirectamente da cultura do tabaco.
Tendo em consideração que 60
em cada 100 crianças não dispõem
de recursos necessários para obterem uma refeição, o que irá conduzir muitos à morte, uma proibição relativamente à produção de
tabaco somente evidenciaria a
catástrofe.
Pais como Mulauzi ver-se-iam
eventualmente limitados a obrigar
suas crianças menores a trabalhar
visto não poderem pagar as matrículas escolares.
Assim se destruiria o futuro de
Khaiko Mulauzi. A sua ambição
de poder vir a ser advogado não
serviria de nada, e iria terminar
num iletrado mais, tal como seus
irmãos.
“Sem tabaco, o Malawi não tem
futuro”, seria a inscrição na lápide de muitos.
Francis Tayanjah-Phiri
Jornalista-TAMA
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ACTUALIZAÇÃO DO PROGRAMA
ENCONTRO ANUAL DA ITGA
OUTUBRO / NOVEMBRO DE 2000
SANTA CRUZ DO SUL – BRASIL
para ESPOSAS e acompanhantes
ENCONTRO ANUAL DA ITGA
OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2000
SANTA CRUZ DO SUL – BRASIL
para DELEGADOS
PROGRAMA (provisório)
Domingo, 29 de Outubro:
16h00: Encontros Regionais (opcional)
19h30: Recepção das delegações
com Autoridades Brasileiras e imprensa
Local: Hotel Águas Claras
Segunda-Feira, 30 de Outubro:
REUNIÃO DA ITGA
9h00: Início dos trabalhos (Ordem do dia a definir)
Local: Sala de Reuniões do Hotel ÁGUAS
CLARAS
12h30: Almoço - no local da reunião
13h30: Reinício dos Trabalhos
17h30: Visita à Profigen
20h00: Jantar na Sede da Profigen (patrocionado
pela Profigen )
Terça-feira, 31 de Outubro:
PROGRAMA (provisório)
Domingo, 29 de Outubro:
19h30: Recepção das delegações com
Autoridades Brasileiras e imprensa
Local: Hotel Águas Claras
Segunda-Feira, 30 de Outubro:
8h00: Passeio a Porto Alegre
Visita ao Museu de Artes e ao Memorial
do Rio Grande do Sul
13h00: Almoço - Churrascaria
14h30: Roteiro da Moda, contemplando lojas
de estilistas de Porto Alegre
16h00: Shopping Center Iguatemi/
Moinhos Shopping
18h30: Passeio com o Cisne Branco pelo
Rio Guaíba – Coquetel no Barco
20h00: Retorno a Santa Cruz do Sul
n
n
Terça-feira, 31 de Outubro:
8h00: Visita à cidade de Soledade:
Fábrica e loja de Pedras Preciosas
e Semi-preciosas
13h00: Almoço em Restaurante Local
Passeio Ecológico
15h00: Retorno ao hotel
19h30: Jantar de Encerramento:
Show cultural – Anfiteatro da UNISC –
Universidade de Santa Cruz do Sul :
Apresentação do Coral da Afubra
Danças e músicas gauchescas e germânicas
Jantar na sede social da AFUBRA
n
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REUNIÃO DA ITGA
Local: Sala de Reuniões do Hotel ÁGUAS
CLARAS
09h00: Início dos trabalhos
12h30: Almoço (no local da reunião)
13h30: Reinício dos Trabalhos
17h00: COLETIVA DE IMPRENSA
19h30: Jantar de Encerramento:
Show cultural – Anfiteatro da UNISC –
Universidade de Santa Cruz do Sul :
Apresentação do Coral da Afubra
Danças e músicas gauchescas e germânicas
Jantar na sede social da AFUBRA (patrocinado
pela Afubra)
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Quarta-feira - 1º de Novembro:
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9h00: Visita a lavouras de tabaco (opcional)
Visita ao viveiro de mudas da Granja da Afubra
Visita ao viveiro de flores (opcional)
Visita aos principais pontos turísticos
de Santa Cruz do Sul
12h00: Almoço - Restaurante da Gruta
14h00: Livre para compras nas lojas de Santa
Cruz do Sul
16h00: Casa de Chá Prisch
Jantar: para os delegados que ainda permanecerem no Brasil – local a definir.
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n
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Quarta-feira - 1º de Novembro:
9h00: Visita a lavouras de tabaco
Jantar para os delegados que ainda
permanecerem no Brasil – local a definir.
Quinta-feira, 2 de Novembro:
Retorno das delegações
N.B.: Sugere-se às senhoras que tragam traje esportivo para os passeios.
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ÚLTIMAS
NOTÍCIAS
ACORDO DE COOPERAÇÃO PARA CULTIVAR
TABACO TRANSGÉNICO DE ALTO VALOR
PROTEICO NO ESTADO DA VIRGINIA
Publicado pela Associação Internacional
de Produtores de Tabaco.
Para mais informações contactar:
António Abrunhosa
Director Executivo, ITGA
Av. Humberto Delgado - 30 A, 1ºDtº Apartado 5
6000 - 081 Castelo Branco - Portugal
Tel.:00 351 272 - 32 59 01/2
Fax:00 351 272 - 32 59 06
email: [email protected]
website
www.tobaccoleaf.org
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No dia 7 de Janeiro de 2000,
Tobio LLC, uma produtora
tabaqueira pertencente a produtores do estado da Virgínia, representada pela Federação Agrícola
da Virgínia, subscreveu um acordo histórico de cooperação com
a Crop Tech Corporation. Resumindo, o acordo estabelece uma
associação exclusiva entre os
produtores da Virgínia e a Crop
Tech para cultivar e fornecer tabaco transgénico de alto teor
proteico destinado aos mercados
biofarmacêutico e de enzimas industriais.
O Acordo de Cooperação entre a Tobio e a Crop Tech oferece
aos produtores de tabaco da
Virgínia a oportunidade de ingressar para uma geração totalmente
nova de mercados. Actualmente,
os produtores de tabaco, assim
como
as
comunidades
tabaqueiras, estão expostas perante uma forte pressão política e
financeira. À medida que se reduz os uso tradicional do tabaco,
as quotas de produção sofrem
constantes cortes. Com a reacção
do público contra os fabricantes
de cigarros e o hábito de fumar
no geral, os legisladores deparam-se cada vez com mais dificuldades em proteger de igual modo
os interesses dos produtores de
tabaco e os dos votantes não fumadores. Numa indústria
tabaqueira fragilizada emocional-
mente, o produtor de tabaco tradicional tem cada vez mais dificuldade em encontrar o apoio e
assistência de que necessita para
sobreviver financeiramente.
A iniciativa comercial da Tobio
e Crop Tech representa uma grande oportunidade para unir todas
as partes numa causa comum.
Aos produtores de tabaco
Virgínia é-lhes oferecida uma cultura socialmente aceite, que reforçará as comunidades tabaqueiras
no estado e irá gerar novas oportunidades financeiras e de
comercialização para o sector rural da Virgínia a partir num empreendimento que irá beneficiar e terá
o apoio de todos.
O tabaco transgénico também
criará novos empregos nas áreas
rurais da Virgínia. A extracção da
proteína crua será realizada nos
arredores das áreas de cultivo de
tabaco. Em consequência, haverá múltiplas fábricas de
processamento nas regiões de
tabaco. Cada fábrica de
processamento irá significar uma
fonte de emprego nas áreas que
históricamente carecem de oportunidades de desenvolvimento.
Em virtude do acordo entre a
Tobio e Crop Tech, os produtores de tabaco da Virgínia não só
têm o direito de abastecer toda a
biomassa requerida pela Crop
Tech, mas também a oportunidade de investir nas fábricas de
processamento instaladas na região. Para os produtores, isto representa uma oportunidade única de investir no desenvolvimento económico de suas próprias
comunidades, ao mesmo tempo
oferecendo um futuro às suas famílias e à indústria tabaqueira no
geral. Contrariamente, ao que sucede a companhias nacionais que
abrem negócios em locais diferentes e os lucros saiem fora do estado, esta nova iniciativa criará e
irá reter verbas na localidade de
origem beneficiando comunidades inteiras.
Em 1999 a indústria
biofarmacêutica gerou $20,000
milhões a nível mundial, $13,000
milhões dos quais correspondem
ao mercado norte-americano. Todos os bio-fármacos são extraídos de material genético, isto é,
de tecidos vivos, contrariamente
aos sintetizados quimicamente.
Tobio, como parte desta associação única com a Crop Tech, irá
desenhar a metodologia e protocolos para produzir a bio-massa
de tabaco transgénico requerida
para um mercado bio-farmacêutico em expansão permanente. Com
o actual desenvolvimento de mais
de 800 novos produtos a nível
mundial, estima-se que os biofármacos produzidos do tabaco
poderiam requerer a plantação de
centenas de mil acres para satisfazer a procura.

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