Maio 2014[favorito] - Casa do Povo do Pico da Pedra
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Maio 2014[favorito] - Casa do Povo do Pico da Pedra
Nº 164 - Maio 2014 Jornal da Casa do Povo do Pico da Pedra Fundado em 1975 É com enorme satisfação que aqui me encontro, a fim de se proceder à inauguração destas instalações, que a partir de hoje passam a ser oficialmente a sede dos nossos escuteiros. Depois de muitos anos, a saltarem de casa para casa, todas elas sem oferecerem o mínimo de condições para poderem desenvolver cabalmente a sua atividade escutista, pois umas vezes o espaço era exíguo e outras o seu estado de degradação era de tal modo grave, que poem em risco a permanência de pessoas lá dentro, eis que chegou finalmente o tão desejado momento de terem a alegria de possuírem a sua própria sede. Está assim cumprida uma promessa feita por esta Junta de Freguesia de tudo fazer, de modo a dotar os nossos jovens escuteiros com uma sede que correspondesse às suas reais necessidades. E tal, só foi conseguido, devido ao árduo trabalho efetuado neste sentido e ao facto de se ter conseguido unir esforços de duas entidades sensibilizadas para a situação – Câmara Municipal da Ribeira Grande e a própria Junta de Freguesia do Pico da Pedra. Só assim, foi possível dotar os escuteiros da nossa freguesia com a sede a que tinham direito. Continua na página 8 Hoje estamos a viver um momento histórico. Uma reivindicação com mais de 80 anos, sempre prometida e sempre adiada por sucessivos executivos camarários, chega finalmente ao seu termo. É pois com enorme satisfação que iremos proceder finalmente à sua inauguração, ligando a rua Dr. Dinis Moreira da Mota à rua da Saudade, criando-se deste modo um eixo rodoviário imprescindível ao desenvolvimento da nossa freguesia. Com esta abertura, estão criadas as condições para se avançar rapidamente com a nova postura de trânsito, pois como é do conhecimento geral, debatemo-nos com graves problemas de circulação rodoviária dentro do perímetro da freguesia. Agora, será mais fácil implementar este documento elaborado por uma comissão nomeada para o efeito, e se tudo correr conforme o previsto, julgo ser possível apresenta-lo rapidamente à Câmara Municipal, de modo a poder ir para aprovação da Assembleia Municipal que se irá realizar no próximo mês de Junho. Esta ligação traz também uma mais valia a nível de estacionamento, pois foram criados vários espaços para o efeito, que poderão ser utilizados pelos residentes da rua Dr. Dinis Moreira da Mota e pelos utilizadores do campo de futebol José da Silva Calisto, permitindo também um excelente acesso a esta estrutura desportiva. O Pico da Pedra com a ligação destas duas importantes artérias, pois por elas circulam diariamente muitas dezenas de viaturas, fica com melhor acessibilidade e tal só foi possível, porque muitas gerações de picopedrenses de vistas largas, sempre souberam que aquela ligação era imprescindível para o desenvolvimento do Pico da Pedra e como tal nunca abdicaram do direito de reivindicar, nunca cruzaram os braços e mesmo em tempos de crise como aquele que atravessamos, sempre colocaram esta obra como prioritária. Continua na página 8 Faleceu José Almeida Alves Página 2 Páginas 6 e 7 2 Faleceu José Almeida Alves Grande músico, maestro e fundador da Aliança dos Prazeres No passado dia 20 de Março de 2014 faleceu, aos 84 anos de idade, José Almeida Alves, dinâmico picopedrense, grande músico, foi um dos fundadores da Banda Aliança dos Prazeres e seu regente durante vários anos. Foi também, regente do grupo Coral da Nossa Igreja, nos finais dos anos setenta e inícios dos anos oitenta, tendo, nessa altura, compôs algumas músicas e um hino para as festas em honra de S. José. Em finais dos anos 50 e até meados dos anos sessenta fez parte, como acordeonista, de um grupo musical que acompanhava as diversas peças de teatro que a juventude Picopedrense de então, levava à cena. Fez parte da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia, após a revolução de Abril de 1974, juntamente com José Leonardo Bernardo e Arnaldo Almeida Cabral, os quais foram nomeados tendo tomado posse em 3 de Maio de 1975 e mantido em funcionamento a Junta de Freguesia até às primeiras eleições livres para as autarquias que tiveram lugar em 12 de Outubro de 1976 (1). Bodas de Ouro da Filarmónica Aliança dos Prazeres, José Almeida Alves foi alvo de uma homenagem, em 16 de Agosto de 2009, com o descerramento de uma foto sua na sede da filarmónica (3). Para um melhor conhecimento da sua vida e da sua obra como principal elemento fundador da Aliançados Prazeres, aqui fica pois um apontamento baseado numa entrevista que lhe foi feita em 2009 (4). Nascido na freguesia do Pico da Pedra, a 21 de Janeiro de 1930, oriundo de uma família de fracos recursos, aos dez anos, a pedido do pai, que faleceu alguns tempos depois, teve de interromper a escola para ganhar o sustento da família, nos trabalhos do campo. Aprendeu música aos 16 anos, na Banda União dos Prazeres Micaelense, desta freguesia, onde já músico, ensinou aos aprendizes e algumas vezes também regeu esta filarmónica. Os maestros desta Banda haviam-no incentivado a ir para a Banda Militar. Quando em 1951 foi cumprir o serviço militar obrigatório, inscreveu-se na Banda Militar, tendo sido admitido prestou provas na Banda de Caçadores 5 em Lisboa, no ano de 1952. De regresso a S. Miguel, integrou a Banda do Comando Militar dos Açores e muito rapidamente, devido à sua vocação musical, passou a solista de saxofone. Esteve 3 anos ao serviço da Banda Militar. Desistiu da Banda devido a uma epidemia que houve na época e por se julgar que o micróbio de tal doença encontrava -se nos instrumentos musicais. Este prestável cidadão, que foi um dos filhos desta terra que mais se distinguiu a nível musical, foi homenageado pela Junta de Freguesia do Pico da Pedra, nas primeiras comemorações do Dia do Quando no Pico da Pedra se chegou a um entenPico da Pedra, realizadas em Junho de 1991 dimento sobre a fusão das antigas filarmónicas, (2).Também, durante as Comemorações das José Almeida Alves ofereceu-se para ajudar, pois era, na altura, o único músico no Pico da Pedra com conhecimentos suficientes e seguros para o ensino da música e regência de uma filarmónica (5). Nessa altura, José Almeida Alves, preparou os músicos que deram corpo à primeira formação da Aliança dos Prazeres. Aplicou o método usado na Banda Militar, adaptando-o à banda em formação. Segundo ele, este trabalho era feito, na fase inicial da Banda, diariamente, com os aprendizes e com os músicos vindos das antigas filarmónicas. mónica Aliança dos Prazeres, cerca de 30 anos. Nesses anos, a sua regência foi interrompida, algumas vezes, por vontade própria. Tendo num desses interregnos emigrado para o Canadá, onde esteve 3 anos. Nessa altura, a Banda do Senhor Santo Cristo dos Milagres, do Canadá, na ausência do seu regente pediu-lhe para dirigir um concerto nas festas em honra de Nossa Senhora da Conceição. Para além desta banda, regeu, durante algum tempo, na Ilha de S. Miguel, a Banda dos Ginetes, a dos Arrifes e a Banda Progresso do Norte de Rabo de Peixe. Existem várias composições musicais suas, algumas já gravadas, entre elas o hino da Aliança dos Prazeres, composto na altura do vigésimo quinto aniversário desta filarmónica. José Almeida Alves, também fez parte do Orfeão Edmundo Machado de Oliveira, onde esteve alguns anos, como membro do orfeão e formador musical. G. Bernardo 15-ABR-2014 (1) Arquivo da Junta de Freguesia de Pico da PedraACTAS- acta de 7 MAI 1975 e Acta de30 de NOV 1976. (2) A VOZ- Boletim Informativo da Casa do Povo de Pico da Pedra, n-70, Jul/Agosto 1991, p 9. (3) Cf. Voz Popular, Jornal da Casa do Povo de Pico da Pedra, nº 130, Agosto 2008, p.8. (4) Cf. Alves, Diana - Trabalho da cadeira de Antropologia Cultural do Curso de Sociologia, 2009/10, Universidade dos Açores. (5) Cf. Voz Popular, Jornal da Casa do Povo de Pico da Pedra, nº131, Nov. de 2008, pp 2 e 6. José Almeida Alves esteve como regente da filar- Foi num ambiente festivo e de grande emotividade que, os utentes e colaboradores do centro dia, assinalaram, a 19 de março, mais um dia dedicado ao Pai e ao seu santo padroeiro, São José. À semelhança de anos anteriores, foi celebrada uma missa solene nas instalações da sala de convívio da valência, presida pelo padre José Cláudio, ao qual solicitamos que aplicasse a eucaristia pelas intenções dos idosos presentes, assim como, em memória de todos os utentes séniores desta Casa do Povo, entretanto já falecidos, os quais recordamos com muita saudade. Um ponto alto na missa centrou-se no momento do Ofertório, protagonizado por alguns idosos do centro de dia e do centro de convívio, assim como, o momento dedicado à leitura da Palavra. Não faltaram os cânticos de louvor a são José, assim como, o respetivo A encerrar Abril (o mês da Prevenção Dos Maus Tratos na Infância) a Junta de Freguesia do Pico da Pedra em parceria com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Ribeira Grande (CPCJRG), promoveu no passado dia 29 uma ação de sensibilização sobre os Direitos das Crianças. Sendo os maus tratos na infância um problema grave e transversal a todas as sociedades emergiu a necessidade desta ação de sensibilização que teve como objetivo promover os direitos das crianças e dos jovens assim como prevenir e/ou por termo a situações que podem por em risco a sua segurança, saúde, educação ou desenvolvimento físico, mental e social. A ação de sensibilização contou com a presença da população em geral bem como de beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) que mostraram grande interesse na adesão à iniciativa apreendendo assim os Direitos das Crianças e conhecendo o papel da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens na sociedade. Para finalizar a CPCJ da Ribeira Grande realçou que “ Uma Infância Feliz é repleta de Amor, Carinho e União” e, neste sentido, aconselhou aos participantes que em cada dia, quer fosse ao filho, sobrinho e/ou afilhado, manifestassem um carinho. Exemplificando tal conselho partilhou um calendário, um contributo para o sucesso da Campanha de Prevenção dos Maus Tratos, que apenas não deve ser do mês de abril, mas SEMPRE. 3 Assinatura de Protocolos com instituições para o ano de 2014 No dia 26 de Fevereiro de 2014, o Presidente da Junta de Freguesia assinou com as Instituições sediadas na freguesia, protocolos de cooperação com vista a apoiar as actividades constantes dos seus planos de actividade, no âmbito cultural, recreativo e desportivo, totalizando o valor de 5.100,00 euros. Na cerimónia da assinatura, João Soares afirmou que gostaria de ter sido possível à Junta de Freguesia atribuir uma verba mais substancial às Instituições, pois está consciente das dificuldades porque todas estão passando, mas a importância constante dos diversos protocolos, representa já um esforço considerável por parte da Junta de Freguesia, a qual teve que prescindir de algumas ações para que este apoio fosse prestado. E tal só se verificou pelo reconhecimento do profícuo trabalho que todas vêm desenvolvendo nas suas áreas, o que muito tem contribuído para o desenvolvimento e engrandecimento do Pico da Pedra. Aproveitou-se para proceder à entrega dos troféus referentes ao concurso de presépios que decorreu durante a época natalícia de 2013. Terminou, desejando as maiores felicidades na concretização dos diversos planos de actividade e apelando novamente para que as mesmas trabalhem em conjunto, promovendo parcerias que são sempre benéficas, em vez de se trabalhar de costas voltadas uns para os outros, pois a força do Pico da Pedra reside principalmente na nossa capacidade de trabalhar em conjunto. Foi com enorme orgulho e satisfação que a Junta de Freguesia do Pico da Pedra foi premiada novamente com a bandeira do projeto Ecofreguesias 2013. A entrega foi realizada no passado dia 9 de Abril do corrente ano, na cerimónia de entrega dos galardões do Concurso de Limpeza Pública “ECOFreguesia – Freguesia Limpa 2013”, uma iniciativa organizada pelo Governo dos Açores através da Secretaria Regional dos Recursos Naturais. Que fique registado que o programa "ECOFreguesia - Freguesia Limpa", tem como principal objetivo “reconhecer e distinguir os esforços das freguesias e a colaboração das populações na limpeza, remoção e encaminhamento para destino final adequado dos resíduos abandonados em espaços públicos, incluindo as linhas de água e a orla costeira, bem como o desenvolvimento e participação em programas e ações de sensibilização e educação ambiental.” A Junta de Freguesia do Pico da Pedra assinalou a Comemoração do 40º Aniversário do tão democrático 25 de Abril com uma atividade que juntou cerca de duas centenas de miúdos e graúdos. Mantendo vivo o espírito de abril, foram muitas as crianças, jovens e adultos que ilustraram este dia. Entre cravos, muralhas, bandeiras portuguesas e outras coisas mais, todos foram capazes de expor nos desenhos a giz a sua liberdade de expressão e criatividade, revelando o quão importante foi o Dia 25 de Abril na História de Portugal. PREMIO LAURINDA MOTA Cidadania, Inovação e Desenvolvimento REGULAMENTO 1. Pelo presente regulamento é criado o Prémio Laurinda Mota, em sua memória, que se destina a premiar, anualmente, um cidadão que se tenha distinguido, por mérito, na sua área de actividade ou contribuído para o engrandecimento do Pico da Pedra em qualquer sector de actividade, nomeadamente nas áreas de cidadania, inovação e desenvolvimento. 2. O prémio tem o valor pecuniário de mil euros e é atribuído em cerimónia pública durante as comemorações do Dia do Pico da Pedra, 16 de Junho. 3. Qualquer cidadão pode candidatar-se ao Prémio Laurinda Mota, sendo também aceites pelo júri candidaturas apresentadas por terceiros, incluindo os membros do júri. 4. A candidatura deve ser apresentada por escrito, contendo o nome, data de nascimento, morada, profissão e uma descrição minuciosa (se possível documentada) sobre a actividade do candidato e a justificação para a atribuição do prémio. 5. Na ausência de candidaturas, os elementos do júri poderão apresentar, por consenso, uma proposta de candidatura, obedecendo aos mesmos critérios do ponto anterior, procedendo-se depois à respectiva discussão e aprovação. 6. As candidaturas deverão ser entregues até ao dia 1 de Maio de cada ano, em carta fechada, para o seguinte endereço: Prémio Laurinda Mota Sede da Junta de Freguesia do Pico da Pedra Avenida da Paz 9600-067 Pico da Pedra 7. O júri que apreciará as candidaturas, procedendo à respectiva escolha e aprovação, reunir-se-á entre os dias 2 e 15 de Junho de cada ano, anunciando a decisão apenas na cerimónia de atribuição do prémio. 8. O júri é constituído pelos seguintes elementos: Octaviano Mota Osvaldo Cabral Presidente da Junta de Freguesia do Pico da Pedra Presidente da Casa do Povo do Pico da Pedra 9. O júri poderá deliberar a não atribuição do prémio, fundamentando a sua decisão. 10. Tudo o que estiver omisso neste regulamento é decidido pelo júri. Das decisões do júri, não haverá lugar a recurso. 11. Este regulamento deverá ser publicitado em toda a freguesia, através dos meios habituais. O Júri Tentei que o título fosse apelativo, com o objectivo de prender a atenção de quem por aqui passa os olhos... Aqui no meu mundo, no meu querido Pico da Pedra e não só, há muitos seres racionais que “engordam pelos ouvidos” e, que não suportam o contraditório. Expressões como: ouvi dizer que -- dizem que -- fala-se que, entre outras, provocam muitas vezes situações caricatas e evitáveis. Falar mal de alguém, só por não suportar que este alguém seja mais conhecido, mais requisitado ou mais empenhado, no meio aonde se insere, quer seja em instituições ou movimentos religiosos, parece mal. Já no caso de comentar ou criticar, ... todo o ser que se julga racional e, que se dispõe para a causa pública ou social, quer seja remunerado ou não, tem que ter o discernimento de saber aceitar todas as opiniões e comentários, quer sejam do agrado ou não. Quantas e quantas vezes já disseram (algumas directa e pessoalmente – prefiro assim) que só participo nas instituições ou movimentos em que estou inserido para proveito próprio e que não deveria ser eu a estar ali, nem a fazer assim... até há quem afirme que não participa ou se insere, porque eu lá estou. Paciência! Todos nós, pois, incluindo eu também, temos o direito de expressarmos as nossas opiniões e o nosso ponto de vista... mal seria se assim não fosse: a ditadura já passou. Em suma: quem se dispõe, se predispõe à critica, quer seja construtiva ou destrutiva. O que não mata, torna o atingido ainda mais forte! CAPereira 4 O presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio com a presença de vários convidados, povo, filarmónica, Junta e Assembleia de Freguesia, inaugurou a Rua Capitão Cordeiro, uma obra há muito esperada e, sem dúvida, a mais demorada que até hoje se fez no Pico da Pedra. Foram três quartos de século, desde a ideia da sua continuação e alargamento até à concretização deste trabalho. Esta era a rua que tinha fim, mas que nunca mais tinha fim. Este apontamento serve não só para explicar este paradoxo, mas sobretudo para dar a conhecer um pouco mais da vida deste homem cujo nome, desde há muito, figura como topónimo do então beco da Rua Dr. Dinis Moreira da Mota, pois já no tempo do Pe. Mendonça, lhe chamavam canada do Cordeiro. Quem fez uma leitura apressada das Memórias do Pico da Pedra, terá criado o mito do Capitão Cordeiro ser dos primeiros habitantes desta localidade e para o desfazer, nada melhor do que contar o conseguimos saber sobre tal personalidade; da época em que viveu; como seu nome ficou na toponímia e dos projectos de continuação e alargamento desta artéria. As Memórias da Freguesia Pico da Pedra, coligidas no ano de 1913, pelo Pe. António Furtado de Mendonça e publicadas pela Revista Micaelense, logo na primeira página, após aquele sacerdote escrever que a freguesia era das mais recentes da ilha, diz que a tradição apontava o Capitão Cordeiro como o “seu primeiro provedor” e que as” ruinas de um antigo e modesto edifício, convertidas há poucos anos em casa de despejo no fundo da canada do Cordeiro, foram sempre apontadas como a mais antiga habitação deste lugar”(1). Embora, o Padre Mendonça, diga que o Capitão Cordeiro seja alguém que viveu no século XVIII e fale depois, na ermida de Nossa Senhora dos Prazeres e, em nota de rodapé, declare que foi feita por Manuel Moniz, de acordo com o testamento deste, de 1604, o certo é que para algumas pessoas, menos observadoras de datas, que leram esta monografia, ficou a sensação de que o Capitão Cordeiro era um dos primeiros habitantes da localidade. Talvez por isso, a 25 de Julho de 1968, a Junta de Freguesia, contrariando a designação de canada da Sabina, como já era conhecido popularmente aquele beco, deliberou colocar ali uma placa toponímica, designando-o por Rua Capitão Manuel Cordeiro, pois, nessa altura, já havia a intenção, como veremos mais à frente, de tornar esse beco numa artéria que encurtecesse a ligação entre as ruas Dr. Dinis e o caminho do cemitério, designado outrora por Canada Grande. Eu julgo, aliás, tenho mesmo a certeza, que a Junta de então não sabia, nem mais nem menos do que aquelas duas linhas e meia que o Pe. Mendonça havia escrito sobre o Capitão Cordeiro. Já tive acesso a material escrito, nessa época, que atesta o que eu afirmei acima, de que o Capitão Cordeiro era um dos primeiros habitantes. Mas, afinal, quem era o Capitão Cordeiro? O Pe. Mendonça, como já aqui referi, em poucas linhas, dá-nos algumas pistas e com elas tentamos organizar o percurso da vida desse homem. Depois de queimar muitas horas às voltas com os registos paroquiais e outros documentos do séc. XVIII, consegui saber que: Manuel Cordeiro Pereira era filho de Manuel Cordeiro Pereira e de Maria Cordeira. Nasceu na Relva, no fim do século XVII ou início de XVIII (2). Por volta do ano de 1728, vivia em S. José, de Ponta Delgada. Casou pela primeira vez com Maria de Araújo, filha de Gonçalo de Araújo e de Beatriz de Sousa. O seu casamento teve lugar na igreja de Nossa Senhora da Ajuda, na Bretanha, paróquia onde era natural a noiva, na manhã do dia 7 de Agosto de 1729 (3). Deste casamento nasceu um filho, de nome Manuel, a 19 de Junho de 1730, o qual foi baptizado na Ajuda da Bretanha (4). Dois anos mais tarde, vamos encontrar Manuel Cordeiro já viúvo, pois a primeira esposa havia falecido e foi sepultada na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, na Bretanha. Porém, devido à falta de folhas no livro de registos daquela paróquia, abrangendo vários anos, entre os quais se incluem os anos de 1730 até 1732, não nos foi possível saber qual a data da morte da esposa. Manuel Cordeiro voltou a casar em 6 de Outubro de 1732, com Maria da Costa Silva, na paroquial do Bom Jesus de Rabo de Peixe, onde a nubente era natural, filha de Joseph da Costa Silva e de Izabel Nunes. Deste seu segundo casamento irá ter mais filhos, encontramos três. Maria, baptizada a 20 de Novembro de 1735; António, baptizado a 30 de Setembro de 1737 (5). E Joseph que nasceu a onze de Janeiro e foi baptizado aos dezanove dias do dito mês no ano de 1739 (6). Todos estes baptismos foram realizados na igreja paroquial do Bom Jesus, em Rabo de Peixe. Não sabemos ao certo o que fazia o Manuel Cordeiro e se, após o seu casamento com Maria da Silva, veio logo viver para o Pico da Pedra. Todavia, Manuel Cordeiro devia ser alguém ligado às elites locais da época. Prova-o o título que recebeu de Capitão de uma companhia de Ordenanças da então Vila da Ribeira Grande. Embora se diga que estes corpos militares abrangiam todos os homens capazes, desde os dezoito anos até aos sessenta, porém, as chefias militares eram pessoas escolhidas entre as mais influentes das localidades. E de referir que Manuel Cordeiro Pereira sabia escrever, pelo menos assinava o seu nome, o que vem acentuar uma certa capacidade de liderança. No Arquivo Municipal da Ribeira Grande conseguimos descobrir a sua patente militar, a qual foi passada, no tempo de D. José, na cidade de Lisboa a 6 de Agosto de 1756, por despacho do concelho de guerra do dia 3 do dito mês e ano. Tendo sido empossado como Capitão no 1 de Janeiro de 1757 (7). De acordo com o treslado da patente, Manuel Cordeiro já desempenhava o cargo de alferes nas Ordenanças. Porém, tal cargo, não aparece mencionado em qualquer outro documento por nós consultado. Estas forças militares, designadas por Ordenanças destinavam-se à defesa do território português, desde o período medieval. Todavia, foi só no século XVI que tomaram esta designação e se publicaram regulamentos a fim de intensificar o recrutamento de todos os homens válidos das localidades. Na época de D. Sebastião, pelo “Regimento dos Capitães-mores” cada companhia era constituída por 250 homens e o seu comando era feito por um capitão, um alferes e um sargento e cabos. Nos Açores, estas forças foram organizadas, segundo Frutuoso, em meados do século XVI, para defenderem as ilhas dos ataques dos corsários. Ao longo dos 250 anos da sua existência, as ordenanças irão sofrer algumas alterações. Dos vários autores consultados sobre esta matéria, é de salientar que: estes corpos de defesa eram recrutados a nível municipal para defesa do concelho, não recebiam qualquer soldo e tinham armas obsoletas. Por um documento do início do século XIX, 1803, a Capitania-Mor da Jurisdição da Ribeira Grande, tinha nove companhias cujo efectivo rondava os mil homens. Havia uma companhia em Calhetas e outra em Rabo de Peixe e Pico da Pedra, as restantes estavam quatro na Vila da Ribeira Grande e as restantes na Ribeira Seca e Lomba de Santa Bárbara (8). As companhias de Ordenanças, no inicio do século XIX, possuíam muito menos elementos, entre 80 a 125 homens, e acabaram por ser extintas com a vitória do Liberalismo (9). É de salientar que o concelho da Ribeira Grande, na época do Capitão Cordeiro, era muito menor do que é hoje, para o lado nascente chegava apenas à Ribeirinha. As restantes freguesias só lhe foram acrescentadas na época do liberalismo. O capitão Cordeiro também irá ser nomeado pela Camara Municipal da Ribeira Grande, juiz do Pico da Pedra, na vereação de 2 de Janeiro de 1769, para servir por um ano naquele cargo. Nessa altura eram nomeados três pessoas uma para lugar de juiz, outra para alcaide e outra para escrivão. O capitão Cordeiro, figura ainda nos registos paroquiais, como ministro de um baptismo por necessidade, no ano de 1775. Acontecia, com certa frequência, haver baptismos de emergência em virtude da distância da Paróquia e da debilidade o recém-nascido o qual se conseguia sobreviver era-lhe mais tarde administrado o baptismo pelo sacerdote, na paroquial. Em 1778, o capitão Cordeiro perdeu a sua segunda esposa, Maria da Silva, que faleceu aos 78 anos de idade. Quatro anos mais tarde, a 28 de Abril de 1782, aos 80 anos de idade, O Capitão Cordeiro deu a alma ao criador. Foi seu corpo sepultado, envolto numa mortalha preta, de acordo com o costume da época, na igreja do Bom Jesus de Rabo de Peixe, tendo tido o acompanhamento do reverendo colégio dos padres da paroquial, os quais fizeram-lhe um ofício de três lições. Nota curiosa no registo de óbito é a seguinte: a sua filha, Maria de Jesus, viúva, disse que não tinha o dito seu pai bem algum e que era de esmola o que estava feito por sufrágio. Embora o Capitão Manuel Cordeiro, como sugerirmos no início deste trabalho, fosse alguém com certo prestígio social, não temos qualquer informação sobre os seus teres e haveres. No entanto, pelo que o Pe. Mendonça afirmava que as ruinas de sua casa eram de uma habitação modesta, julgamos não ter sido alguém muito abastado. Não lhe conhecemos outra actividade para além da sua ocupação como juiz pedâneo ou como alferes e capitão nas Ordenanças, cargos que eram desempenhados gratuitamente e, de acordo com o texto da sua patente, gozava de apenas de honras, privilégios, liberdades, isenções e franquezas. 5 Como ninguém vive apenas de honras, o Capitão Cordeiro, como subentende pela afirmação de sua filha no assento de óbito, acabou por morrer pobre. Talvez nunca tivesse passado pela cabeça do Capitão Cordeiro que a comunidade que ele ajudou a construir ou, pelo menos a defender, um dia se preocupasse com a sua memória. Não fosse, talvez, a alusão que Pe. Mendonça lhe faz nas Memórias do Pico da Pedra e hoje seria alguém caído no esquecimento e a rua onde viveu, teria um outro nome. A noticia da ideia de abertura desta artéria aparece-nos primeiro num desenho de Jaime Correia Dias, no qual escreveu que foi dos seus primeiros trabalhos, em 1939, e no qual foi ajudado pelo seu “mestre”, José Emídio Botelho, que lhe havia ensinado algumas noções de desenho e topografia. Uma alusão à referida artéria é feita numa acta da Junta de freguesia de 23 de Outubro de 1941, a pedir o alinhamento da Canada do Cordeiro para lá construir uma moradia. Mas acta não se menciona qualquer projecto para aquela artéria, será que o havia? A primeira vez que nos aparece oficialmente a continuação da abertura da rua Capitão Cordeiro, é como proposta a apresentar ao Ministro das Obras Públicas, na sua passagem por esta freguesia, em Outubro de 1955. Nessa época, era o Presidente da Junta de Freguesia, Tomás Augusto Medeiros e secretário, Jaime Correia Dias. Ao que tudo indica, a Rua Capitão Cordeiro, era um velho sonho, arrisco-mo mesmo a dizer que fora sonhado por Jaime Correia Dias, na altura que havia desenhado o traçado de tal artéria, em 1939, como já nos referimos. A sua apresentação como obra a realizar foi mais uma proposta, sem grande esperança de ser realizada, pois eram tantas as obras necessárias, em meados dos anos cinquenta do século passado. Isto concluiu-se quatro anos mais tarde, tendo em conta o teor da acta de 5 de Abril de 1959, em que o presidente Junta de Freguesia, Tomás Medeiros, leva para esta sessão de novo a proposta, submetendo-a à apreciação. Diz a acta o seguinte: “ aberta a sessão”, o senhor Tomás diz que: “estando de acordo com o Sr. Presidente da Câmara Municipal do nosso Concelho para abrir No passado dia 1 de maio, a Junta de Freguesia do Pico da Pedra saiu à rua e levou, mais uma vez a cabo, esta Tradição. Promoveu o Concurso de Maios que, ano após ano, tem conseguido envolver várias entidades, associações e particulares que insistem em preservar este costume. Importa destacar que “os Maios assumem-se como representações humanas, em tamanho natural, que demonstram atitudes humanas recreativas de cenas do quotidiano.” Este ano, os picopedrenses deram asas à sua imaginação e expuseram maios muito criativos e originais. Avaliaram-se bonecos, cenas e dizeres revestidos de humor, alguns com sentido crítico e satírico, retratando a situação políticosocial que se vive atualmente e outros apenas costumes e hábitos uma continuação à canada do Cordeiro para encurtar o caminho para o cemitério, que é um dos serviços de grande utilidade para a nossa freguesia”. Pelos vistos, já há muito que se sabia disso! Agora, Tomás Medeiros, tinha um trunfo na manga, a anuência do presidente da Câmara Municipal, o que ele aproveita e logo a seguir, volta a insistir na abertura daquela via, oficiando à Camara Municipal e ao Governador Civil. Porém, a resposta demorou a chegar. Demorou e de que maneira! O Senhor Tomás faleceu, os seus filhos também já morreram todos e até alguns dos seus netos não tiveram a privilégio de ver dita rua aberta. Infelizmente, há obras, nesta terra, que demoram gerações… A Junta de Freguesia presidida por Armindo Botelho, neto de Tomás Medeiros, em 1983, fez da abertura da Rua Capitão Cordeiro o seu “cavalo de batalha”, havia um projecto, eu vi-o na altura. Anos depois, quando fiz parte da Junta de Freguesia, no princípio dos anos noventa, procurei-o em todo o lado, nem sombra dele. Perdeu-se? Foi como as verbas colocadas em orçamentos camarários, destinados ao início da abertura da rua, durante vários anos, foram também, em grande parte (com excepção daquelas para aquisição dos terrenos) perdidas ou ganhas por outras obras, mas não no Pico da Pedra. A promessa de alargamento e ligação desta rua levou a que se fossem construídas ali várias do quotidiano. Face à originalidade, criatividade e mensagem subsequente ao maio, o Júri decidiu que o resultado seria o seguinte: 1º Classificado – João Tavares, com a tradicional Matança do Porco. 2º Classificado – Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Pico da Pedra, nomeadamente a Filarmónica Aliança dos Prazeres, com dizeres de sentido crítico e satírico às autarquias locais. 3º Classificado – Rui Câmara, com um sapateiro e o retrato tradicional da mulher a cozer o pão. A Junta de Freguesia agradece, desde já, todos os concorrentes, elogiando-os por manterem viva esta tradição. Aqui fica o registo fotográfico da originalidade dos Picopedrenses! moradias e que o campo de futebol tivesse a sua saída por aquela artéria. No entanto, os anos iam passando e as promessas iam-se arrastando até que a Junta de Freguesia, presidida por Eduardo Aguiar, no ano 2000, tentou dar a volta ao problema. Conseguiu, através da Secretaria das Obras Públicas, um loteamento no lado contrário desta rua o que veio facilitar, de certo modo a sua abertura. Depois da conclusão daquele loteamento, à Rua Capitão Cordeiro faltava apenas alguns metros para abrir, alargar a metade antiga e a compra da casa do senhor Humberto Botelho, para além da feitura do projecto, coisas estas que foram assumidas pela Câmara Municipal da Ribeira Grande, aquando da presidência do Dr. Ricardo Silva. G. Bernardo Maio de 2014 Bibliografia Consultada: Mendonça, António Furtado de, padre, Memórias do Pico da Pedra, Junta de Freguesia de Pico da Pedra, 1993, p. 7. (2) Cf. BPARPD, Livro de Registos de Nascimento, paróquia da Relva, 1699- 1706, f.2v (O registo mais provável de seu nascimento é de um Manuel que nasceu 10 de Janeiro de 1700. Todavia, embora o nome do pai seja Manuel Cordeiro o da mãe, é Maria Moniz, e não coincide com o nome de Maria Cordeira do seu registo de Casamento.) (3) BPARPD- Registos Paroquiais Nossa Senhora da Ajuda, Casamentos, 1703-1779, f.10v. (4) BPARPD- Registos Paroquiais Nossa Senhora da Ajuda, Baptismos, 1726-1742, f47v. (5) Idem - Baptismos. Livro 1730-1738. (6) Idem – baptismos. Livro 1738-1748, f.11V. (7) Arquivo Municipal da Ribeira Grande, Livro de Treslados de Patentes Militares, 1757-1797, (Vol 68; P.10; E 1) a folhas 2V a 3V. (8) Manuel Augusto de Faria DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL E COMPOSIÇÃO SOCIAL DAS COMPANHIAS DE ORDENANÇAS NOS AÇORES – Boletim Histórico da ilha Terceira – On Line (http:// www.ihit.pt/new/boletins/distribuicao_territorial.pdf) ( 9)Centro de Conhecimento dos Açores(http:// www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/ Default.aspx?id=9117) (1) 6 Com a aproximação do Carnaval, eleito como a festa da diversão, as crianças do “CATL Pedrinha Mágica” desenvolveram diferentes atividades com momentos de folia. Na comemoração do “Dia dos Amigos e das Amigas”, os pais e encarregados de educação colaboraram na decoração de uma gravata e de uma mala, que as crianças apresentaram num desfile, com pinturas e músicas à mistura. Posteriormente as gravatas e as malas criadas integraram um Concurso/ Exposição de Adereços, com a participação da “Creche Pedrinha Mágica”, na inclusão da categoria “colares”. Após a votação aberta ao público apurou se os vencedores das três categorias, sendo o Rafael Pragana, na das gravatas, a Daniela Pimentel, na das malas e a Maria Clara Moura, na dos colares. Nestes dias alusivos ao Carnaval, o “CATL Pedrinha Mágica” confeccionou as tradicionais malassadas e biscoitos, entre outras iguariais e trabalhos manuais, que foram vendidos em Mercadinhos. No mês consagrado à Páscoa, dedicamos grande parte das nossas atividades à confeção de manualidades características desta época festiva, concentrando as nossas energias e ondas de criatividade ao serviço das necessidades e capacidades dos nossos idosos! Entre expressões individuais de arte e trabalhos de grupo, no mês de abril, foram muitas as iniciativas em que os utentes do nosso centro de dia se revelaram verdadeiros protagonistas! 7 Aproveitando as datas comemorativas, um grupo de funcionários da Casa do Povo do Pico da Pedra juntou-se num almoço, para celebrar a amizade. Foram confeccionadas comidas e sobremesas deliciosas que enriqueceram este convívio. No dia 14 de fevereiro de 2014, as três valências da Casa do Povo do Pico da Pedra juntaram-se para conviver e festejar a “Amizade”. Foram apresentados trabalhos desenvolvidos com os utentes, entre os quais danças, dramatização e um momento dedicado à declamação de poesia. No final da tarde realizou-se um lanche convívio. Na segunda-feira, véspera do Entrudo, as crianças e funcionários do “CATL Pedrinha Mágica” desfilaram pelo centro de freguesia, com fantasias elaboradas no âmbito do tema “Mini chefes” e ao som de muita música animada e carnavalesca, proporcionada pela colaboração do voluntário Ruben Pires, no som, e da Junta de Freguesia do Pico da Pedra, na disponibilização da carrinha. Não pudemos deixar de agradecer também a colaboração dos pais e encarregados de educação que possibilitaram a realização destas divertidas atividades! 8 Conclusão da 1ª página mento do valor do escutismo enquanto escola de formação integral da juventude e o número significativo de jovens escuteiros que integram este Agrupamento, que permitiu que se unissem boas vontades e que se conseguisse os imóveis e a verba necessária para a requalificação que foi necessária efetuar, e que importou ainda num Era uma justa reivindicação com mais de 15 anos valor bastante considerável para a dos nossos escuteiros, pois o Agruépoca de crise pamento 1144 do Pico da Pedra económica e financontinua a ser um dos maiores ceira que atravesAgrupamentos de S. Miguel, para samos. não dizer dos Açores, com um Como dizia, foi um efetivo que ronda a uma centena investimento imporde jovens escuteiros e doía-nos tante, mas que terá verificar, que Agrupamentos muito retorno, na medida mais pequenos, mas sedeados que, por esta sede, em outros concelhos, possuíam e irão passar muitas trabalhavam em sedes com grangerações de jovens do Pico da des condições e os nossos era a Pedra, onde encontrarão estou vergonha que todos conhecíamos. certo, companheirismo e alguém Por outro lado, também é justo que os ajudará a crescer e a serem referir, que os escuteiros com os cidadãos uteis na nossa comunidaseus chefes e sempre apoiados de. neste projeto pelos próprios pais, É mais um objetivo que conseguinunca cruzaram os braços e alermos concretizar e este com especitavam constantemente as entidaal carinho da nossa parte, pois des competentes para as dificulcontemplará a nossa juventude, dades com que o Agrupamento se aqueles que em qualquer sociedadebatia a nível de instalações, de são sempre a esperança de um criando-lhes grandes dificuldades amanhã melhor e como tal compena implementação do método te-nos proporcionar-lhes as asas escutista. para que possam voar. Foi a sua insistência, o reconheciContinua assim, a nossa aposta na melhoria da qualidade de vida dos Picopedrenses e a certeza de que os nossos objetivos a curto e médio prazo, só serão concretizados se continuarmos, como é nosso apanágio, todos mobilizados em torno deste projeto de progresso para a nossa freguesia, que apresentamos aos picopedrenses e que foi sufragado nas urnas nas últimas eleições. Mas para tal, imprescindível se torna, podermos contar com a prometida e a indispensável colaboração da Camara Municipal da Ribeira Grande e do Governo Regional dos Açores, numa parceria que a todos irá beneficiar, pois acredito que tal como nós, também estão empenhados na melhoria das condições de vida da nossa população. Neste momento de festa, em que a alegria e a felicidade está estampada nos rostos destes jovens, só me resta agradecer à Câmara Municipal da Ribeira Grande todo o seu empenhamento na concretização deste projeto e dar os parabéns ao Agrupamento 1144 do Corpo Nacional de Escutas do Pico da Pedra, na pessoa do seu chefe de Agrupamento Fábio Bernardo pelo empenho e dedicação que tem tido na dinamização deste enorme grupo de crianças e jovens. Parabéns e felicidades nesta nova etapa que hoje iniciam. Obrigado e força. Conclusão da 1ª página Esta obra que hoje inauguramos ao som da Filarmónica Aliança dos Prazeres e na presença de V. Exªs, significa para nós o cumprimento de um compromisso eleitoral e sinto-me reconhecimento e até felizardo por ter sido durante o mandato desta Junta de Freguesia que se concretiza um sonho quase centenário, pelo que, nesta hora, impõe-se também prestar justa homenagem a todos os autarcas que me antecederam na Junta de freguesia, aos lideres de opinião que verbalmente ou em artigos publicados em jornais faziam sentir ao poder instituído a justeza do empreendimento que se reivindicava. Bem hajam pelo vosso esforço neste sentido. Minhas Senhoras e meus Senhores A ligação da rua Capitão Cordeiro à rua da Saudade, para nós é já passado, apesar de registarmos com alguma mágoa erros topográficos, impedindo que tivéssemos a artéria larga e funcional com que sonhamos. É incompreensível que numa obra de raiz se verifique a existência de três lombas que desfiguram esta artéria e poderão até ser motivo de acidentes, nomeadamente para quem saia do campo de futebol. Deus permita que me engane. E é passado, dizia eu, pois arrancaremos de imediato para outras batalhas que temos pela frente e que urge vencer, mas para isso é indispensável a colaboração da Câmara Municipal da Ribeira Grande. Com este novo executivo, já registamos uma salutar diferença, pois a Camara Municipal já delegou nesta Junta de freguesia a obra de “Ampliação da Capela Mortuária” e que se irá iniciar no início do Verão do corrente ano. Somos também confrontados com um problema enorme e que massacra diariamente os habitantes desta freguesia, e que é o piso e os passeios das nossas ruas, situação que temos alertado os sucessivos executivos e que sabemos que felizmente esta Câmara Municipal está consciente da sua gravidade e da necessidade imperiosa de se proceder à sua urgente remodelação. Estamos assim otimistas, na sua resolução desta situação a breve prazo. O Pico da Pedra tenciona seguir em frente, sempre em frente, pois quando uma necessidade fica resolvida, aparece sempre outra a que temos que deitar as mãos, e a prova e que já estamos a trabalhar em outros projetos para a nossa freguesia. A nossa aposta na melhoria da qualidade de vida dos Picopedrenses e os nossos objetivos a curto e médio prazo, só serão concretizados se continuarmos mobilizados em torno deste projeto comum de progresso. Temos que nos manter coesos e fortemente solidários na busca constante de condições de bemestar coletivas e pessoais, próprias de qualquer sociedade moderna. Saibamos continuar a ser sempre uma comunidade unida, em torno de ideais tão nobres como a nossa promoção estrutural e bem-estar geral. Foram estes os princípios que guiaram os nossos antepassados, pelo que só temos que seguir os seus exemplos. Só assim o Pico da Pedra será forte. Só assim o Pico da Pedra terá poder reivindicativo. Só assim o Pico da Pedra rumará sempre na senda do progresso. Juntos vamos conseguir. Obrigado pela vossa simpática presença. Viva o Pico da Pedra! Propriedade : Casa do Povo de Pico da Pedra Redacção, Composição, Distribuição Rua Dr. Dinis Moreira da Mota, 32 9600 PICO DA PEDRA Telefone / Telefax: 296 490 350 Impressão - Nova Gráfica