Do Pago. - Memoria Chilena

Transcrição

Do Pago. - Memoria Chilena
ARTE
DE
GRAMMATIGA
DA LINGUA BRAZlLICA
D.4
Mi\gh
KIRIRI
DE
GRAMMATICA
DA LINGUA BRAZILICA
DA NACxO
KIRIRI
CONPOSTA
pel" p. Lnie Viucenoio Mamiaiii,
da Companhia cle Jesus, e rnissionario q u e foi
nas aldgas da dicta na+o.
SEGUNDA E D I S k O
publicada a expcnras
DA
BIBLIOTHECA NACIONAL DO BIO DE JAWEIUO.
RIO DE JANEIRO
TYP. CENTRAL DE B80WW I% EVARISTO
28 Bua %ova de Ouvklor 28
1SVV
A0 LEITOR
Os pmllemas de linguistics que modernamente preoccuprn os sabios de todos os paizes
est% reclamando o conciirso das bibliothecaa.
Livros que em sen tempo passararn quasi despercebidos, e que cuinprindo a sua miss& de
manuaes se-esti*agararn e quasi pederarn corn o
uso,-vieram
a ser ern nossos dias urn thewuro
inestimavel pela c6pia e authenticidarle dos documentos que encemam, peia noticia de POVOS
que 8 conquivta extinguin, e pels de lingnss 011
dialectoa, que tarnhxn desapparecerarn ou se-modificaram radicslmente ao eontacto dag n a p e s
civilieadas.
Por isso eiitra na categoria dc born serwig0 & sciencia a divulgaqao d’estes thesourn,
onde ao naturalista e-deparam fartos rnateriaes
de analyae. A Bibliothcca Nacional do &io de
Jaueiro, que teve a invejavel fortuna de conservar
p i s lima das faces de s u a missgo civilizadora
pondo desde j4 ao aicance dos especialistae a
Grammatica Kiriri do padre Mamiani, d e cuja
primeira e unica ediqao niio sabemos haja n e s t s
Imperio outro exemplar, al6m do q u e pssue a
mesma Bibliothecca.
Convicto d'esta id6a, e enthusiasta dos extudos de linguistica publiclou o illustmdo SF. H.
C. von der Gabelentz h a bons 25 annos uma
tradncgao alleman da referida Grammatica sob o
titulo de : Grainmatik I der I K i r i r i - S p m c h e . I
Aus dem Portugiesischep des P. Mamiani ubersetzt I von I H. C. von der Gabelentz. } LeLpziq:
P . A . Broekhazro. I 4852. 11 In-3.", de 62 pp.
Mas 6sta vei*silo est6 longe de setisfazer aos
exigentes amadores, q u e sem dlivida preferirgo
o texto original do auctor, c am proprios sabios
q u e lhe-podern notar b'oa ccipia de alteraq
omiss6es. 0 SI. de Gabelentz, C Q ~ Qquasi todos
os traductores, n8o poucas vezes illndiu as difficuldades de s u a ernpreza adultarando o t e x t o ;
quando n8o poude traduzir, riscou.
A reimpressgo q u e ora se-publica 6 pel0
contrario fidelissima ; n ~ omodifickmos sin80 a
parte material da obra, g r y p h a n d o todos os vocabulos kiriris pars mais sabrcsairerq q o texto,
I
recursos, de que ella a c t u a l h e n t e dispae, filhos
da intelligente sollicitude do Estado, e prova cabal
de que o Governo do Brazil sabe honrar as lettms
anirnando-as, e prestando-lhes o appoio official, q u e
ellas ngo dispensam em parte alguma do rnundo
civiliztado.
a C i 5 L A w t o b 1877.
I t t rn. S7?ir.
X
mais nada. Uma Ma parte desses vacabnlarios, o maior
numero, foi mlleccionado pel0 sabio dr. von Hartius, e
no 2.0 volume da sua obra &itrap zur Ehaolgraphis uwd
Sprw&dwn& B r d k r a s , sob o titulo de G h w i a I$%guomm Bmcsilienoiumse acham reunidos, n’uma tal ou
qual ordem p r familiw, cercade 80 vombularios sem
contar os da familia TUPI e o @ALIBI e seus mnnexos.
De grammaticas nada absolutamenk exista. Constitue verdadeira excep@o a grammatica de LINGUA
K I R ~ R Ido padre Mamiani, e v. s. presta vedaddeim e
bom serwico aos estudos linguisticos, reimprimindo m a
varam %adem dquiaam das linguas dos primitivas incolas do Brazil. A f h essa grammatica sd ~ m o nos
ticia de algumas observaq3es grammaticam mbre a
LlNGUA IN)5 BQTOCUDOS pel0 antigo commandante dois
Indios, o coronel Thomaz Guido Marliere, que, p l a
maneira com qrie se houve com as tribus (dictas) mais
ferozes dos nossos serims, hem-inereceu da humanidade.
Com esSa defieienciade grammatias, e coma escacez e pobreza dos vocnbularias existentes t! i m p w
sivel decidir s,e difinitivamente eiwn a
i
l
0
como dizem, as lingrias falladas pelm abosigenes Bo
Brazil, ou se de facto todas ellas se podariara r d u z i r
a ineros dialectos de muito poucas linguas matrizes.
& expressivo o segiiinte trecho de Gonplves Dias,
e citando-o ficam implicitas outras citaq%s, (Tomr,
XXX da Reuiau do It&. Hist. pag. 45) :
K
Era a primeira differenca (entre os
TUPLS E TA-
PUYAS) a linguagem de que usavam, se ngo .emm
differexites .dialectos e tiio variados entre
que chegaram a ser numeradas pela SUB diversidade. (3s TA-
XI
muitos, disse o auctor da N d i c i a : dividem-.se
em nacaes quasi iunumeraveis, 1&se na V d o do Padre
J&o & dlrneida; mas quando querem preaisar de algurna f6rma a sua quautidade, calculam uns as diffemntes naqaes em 69 e outms em ‘76. Contam rnak de
1 0 linguas, escreveu o auctor das Aro6icicss GUT~USUS,e
todavia referindo-se a informa9es dos indigenas eleva
esse numero a 1%). E tanto disecrepam nest& ponto
que s6 no Amazonas reputou o padiw Manoel Rodrigues haver esse nuniem de 1%) n a p s . ; e mais de
urn ssculo depois o padre Vieira suppunha existirem
ainda n e s e rio 7 0 nttqiies! 1)
~ U Y Ms&
Has j&o abbade Rervbs, ww obstante apmentar
na sua obra urna h t a de 51 n a p i s 011 h g t w do
Brazil que se diziarn distinctas, e mais ou menos diversas da LINGUA GERAL, tinha emittido a asserqao de
qve em ultima analyse as lingoas matrizes se reduziarn a 4: ABAUCAHA, GUARAWE, KBCHUA e KABSBE.
No meii mold0 de ver, pmitta-me v. s. diel-o
ttwrante cakmo, o KARAIEA n8o 8, nem p&de ser lingua
matriz. Yediante algum estudo que delIa tsnho feito,
(e que sinto wao ter podido aprofuntlar), ells se me
apmenta como uma mistlira extraordinaria de mnibs
dialmtos de varia procedencia ; 8 uma verdadeira giria, ainalgamada de diversas dialecbs, que ora npresenta mnitas phrases, de radicaes e v o m diffewntes,
para exprimir a mesana cow%, ora absoluta falta de
designaq&o p y a ontras cousas.
uma embrulhada
tal, que apenas se p6de compamr corn o que se ouve
em cei*toscirculos do Ria de Janeim, onde s o mesmo
tempo, na convema@o em portuguez, vai umlt phrase
ern iuglez, outra em italiano, urn pedqo em hisganhol ou nllern8o, e t u b isso mais ou menos alinhayado de gallicjsmos.
.
XI1
Reduzidos os diversos idiomas fallados na America
do Sul a 3 linguas matrizes, isto coincide at6 certo
ponto com a divisgo das ragasfeitapor Alcide d'Orbigny, que distribue os povos primitivos do continente sul-gmericano p l o s trez ramos qiie elle denominou : ANDO-PERUVIANO, PAMPEANO, BRASILIO-GUARANI.
Assim como essas trez r a p , mixtiwando-se em
diversos tempos e lugares e em condipes differentes,
prodiiziram grande variedade de tribus e gentes,
mais ou menos modificadas, at8 segiindo as condigi3es
gecigraphicas, do mesmo modo e parallelamente devim desenvolver-se numerossimos dialectos.
Ha porkm lima considerag&o importante em relaPO As trez linguas matrizes, e vem a ser que entre
as trez linguas ARAUCANA, KECHUA, e GUARANI (que parece mais razoavel denominarem-se CHILIDIGU, HECHUACALLU E ABARE~NGA) existem mais affinidades do que
entre qualquer dullas e certos dialectos ou lingiiav
falladas no interior da kmerica do Sul e nos sertoes do
Braxil ; talvez o CHILIDUGU esteja entre meio do AM~ ~ E ~ N eGd A
o KECHUA-CALLU, e p6de tambem ser este
urn descendente do CHILIDUGU. Asserpes definitivas s6
poderiam ser emittidas depois de estudo comparado
das trez linguas r: depois de longuissimo labor ; tiido
por6m induz a cr6r que essas trez linguns se reduzem
pelo menos a duas matrizea.
As linguas dos Pathgoes, Guaycori\s, MOXOS,Chiquitos e outros entretanto apresentam characteres
differenteq das trez moncionadas que auctorizariam a
supposicao de um outm tronco de linguas differente.
Si por ventui a se reconhecesse qne existin essa terceira
liugua matriz tornar-se-hia completa a coiucidencia
-
.
.
I
das linguas com as Pacas, reduxida a trez por d’Orbigny.
os linguistas condemnam, e com effeito nm 6 (le
rigor, a opiniso de que a mesma raqa presupponha a
mwma origem linguistics ou vice-versa. Mas na America do Sul apresenta-sa o facto com bastante plausibilidade e 6 quanto basta.
Ainda mais do que ism. Essas trex linguas matrizes a p m n t a m , al6m de tudo, tal character de affinidade entre b‘i, que nil0 seria de admirar, que depois
de profundo e aturado estudo, se reputassem provir
de um mesmo tronco primitive, inais ou menos
modificado posteriormente em algum das pamas
priacipaes ( por exemplo o KEcauacaLLu) at8 p ~ r
conguista de povo estrmho. A grande differenca ~ Q S
dialectas 011 linguas oriundas, bem oonsideradas as
derivacw e transformagies, em nade invalidaria a
promdencia de fonte commum. Por rnuito consideraveis
que sejam asdisparidades de dada lingua americana para
corn outra lingua americana, ellw nido sa0 jamais t%o
profundas como as qne se dao actaalmente entre o
prtugnez e o allemso, 011 entre o hispanhol e o sueco,
QU entre qualyuer destns e o grego moiltmo ou o
hindushani, que entretanto filiam-se todos ao grande
tmnco dns 1ingua-s indo-eurofias.
At6 mesmo o character das liiiguas americmas 6 tao
pmnunciado e distincto, que na sua maior generalidade os linguistas considerarn esses idiomes coiao de
typo especial, inteiremente diverso, por certa physionomitl sui p n . i s , das linguas do continente antigo.
Fj assim em relago As lingues tambem serh
PIausivel admittir-se um tronco commum donde proce-
XIV
dam tadas ellas, justarneiite como em rela@o gS raqas
6 acceihvel o typo americano como inkiramente
distinct0 do europeu, do africano, e do chim.
&jam pois quam forem 0s defeitois da classificaqao
feita por Alcide d'orbigny, na sua geaeralidade ella B
justa, quer em rela?& hs rac$s, qiier corn ~ ~ p ehsi t ~
linguas. Dessem-s ou n w dessem-se imrmmigi.ages
do mundo antigo em p r i s a s eras, t i v w e hawido
nao csontacto e induencis de owLm ~ Q V W mbra .~h%
tpibus a m e r h n w , subsisb.em p(5 a que qaier que
mja, que chamczeteliaa o arnerimno ern rela@&
dlho
de outras ~ e g i & ~isto
, niEo s$ mmo individuo da
familia humaua, mas ainda corn@iudipriduol pnsante,
cia-%, falla de urn f e i h di@eeren@ par phiwe
onde em g e d f a l h o v @ r b s u b t & n t i v ~ Apre&?das
.
os €actas coni0 devem %-lo, si ethnographimmeents
ou tiw chamcteres nib distinguisse
colas do Brazil no seu B c i ~ r a p , mm elk enrtrstanfie
reptimas aqui que a dlstingnern-no [ o amei<cano) de
todo e qualqiier outro povo da terra &I estmcbura e
rn ehsmcteres phgsiew;, p ~ r hrnnito mais ainds a
constituipLo de seu espirito e do seu character rnomi. M
0 sr. dr. Wappkcis dime na sua gmnde e h m
wripta obra sobre o imperio brazileiro:
independentes (n%o civilicados do
uem ern numem extrzcodinariarnenk
prande de gentes (povcrs) ou t r h u s e hordas, que corn
-
-
imperio americanp. Guiando-se pois o proficientissirno
professor tie geographia pelo traBalho de Martius, n a
classificacso ethnographica dos incolas do Brazil, necesskriamente devia reproduzir as opiniiies do sabio
fallecido htanico.
Antes de Martius nada de cla.wifica@o dos indios do
Brazil, que em geral eram e sm<differenpdospela mrtioria, dos escriptores em TUPIS e NXO TUPIS. Goncalves
Dias reproduaindo a opinigo geralmente acceita, e
adoptando a denorniua@o quasi sem discrepancia admittida, eomprehende sob o riome de TAPUYAS todas as tribiis
iado tupk. h quaes se attribuetn tanIinguss guantas
M tribus, 011 quantas as hordas. A denominacilo at$
certo pouto =ria adrnissivel; tupyi 110 AEARE%NGA significa adversario, e sendo os TUPIS, ou os que fdlavam
o ABAREENCSA,predominantes pm toclo o imperio, era
natural que denominassem m m o entonamento do ciralr
S"omamts.a todo e qualquer outro govo de q y i (lowtit).
Mas por outro lado 6 inexwtisima a exprwsib. Niso
s6 n'essa denominaqao, excessivamente generim, podiam comprehender-se gentes de charaeteres e linguas
miiito differentes entre ai, coma tatmbem de facto
foram incluidas outras que fsllavam a LINGUA GILBAL,
que pertenciam portanto z i m e m a familia. Os TAPUYAS
de que tmcta Roulor Baro fallavam B L I N G I U A ~ E R A Le
pertenclam realmente ao tronco BRASILIO-CSUABANI.
A
diccao tapyi tem extrema pareeenca eom tanmi ou lortrdi
que significa avd, e Tarnoyo era o nome dado iors
indios de Ganabara e Nyterdi pelos seus inimigo; de
S. Vicente, Piratininga e Espirito Santo.
Tapyi e lupi serviriam pars designar em ABAREGNGA
o pntio bravo e o p!atio m a w conforme a maiieira de
que t5 aquella cuja grammatica escreveu o
padre Mamiani.
E- ainda e s6 corn Martius que temos de entender-nos, pois que s6 elle 6 qile tentou reunir en1
familias as diversas linguas mencionadas pelos historiadores e viajores.
0 sr. visconde de Porto-Seguro niesmo n a sua Hzsdor i a pral do Brazil considera principalmeate a grande familia que fallava a LTNQUA QERAL, e faz apenas men@o
muito perfunctoria das outras Q tribns de nacionalidades differentes que no grande territorio . . . . . formavam.. .. como pequenos oasis ilhados e sobre si. ))
Para o sr. visconde de Porto-Seguro, assim como
para Ganplves Dias e outros que escreveram das indios do Brazil, os NXO TUPIS eram TAPUYAS e ainda
mais c( af6ra a lingua, nenhum caracter essencial nem
corpore0 os distinguia B diz s. ex.
Os TAPUYAS G. Dias entendeserem do tronco PAYPEANO de, Alcicle d’Orbigny, os verdadeiros autochtones des regises brazilianas, perpetuos inirnigos dos
TUPIS, B r a p conquistadora, menos bro tal e barbars,
que mais ou meuos os foi levando de vencida, e rebatendo. Discordando de Alcide d’0rbigny qne faz
marchsr as gentes BRASILIO-GUARANIS do Siidoeste para
Norte e Leste, elle o faz oriundo das regi&s amwonicas, donde veio ppla costa rebatendo os TAPUYAS.
Os TUPIS tinham uma s6 lingua com poucas variantes nos dialectos, e os TAPUYAS cada tribii cada
lingua. G. Dias n8o faz classificagso dos TAPUYAS,
apo,nta apenas varias tribus corn0 G O Y A T A K ~ ,P A P A N ~ ,
AYMORB, MARIQUITO, PATACIIO, PUBI, etc, sem coordeKIRIRI,
s
.
na-10s. UILS corn 0.6 outros; e nada dix de precis0 a,
mpeito dos idiomas.
I
T
XZ
8 . d G P A N ~ A ~da
Y serra do mesmo nome no BioGrande do Norte, aldeiados em Gramacid.
9.0 os UHAN e VOWE ti martram esquerda do S.
ranclisco, entre os nos Moxotd e Pajehd.
10.0 Os* I T A N H ~do Cearti, aldeidos ein Montemilr
NOVO,hoje BaturitB.
.
B passive1 nos estreitos limites d s t a epistnla
iaer tudo quanto i m p o r t ~ a ,L&I s.6 em re la@^ b
hodas comprehendidas sob s denominago generic&
GUCP, e 05 dialeetos que fallavam, mas tamban guanto
aos lagam que occnpavam e aBnidades qiie apresent’im corn outms tribns.
Hem mesmo ha lugar para
scib os qriaes se apresentam as
das no tionco GUCK, e SW tranw
corn a mesma orthographia que vern nos lirrhs de
EJartiuq. Elle mesmo declara que n& ssbe m ewes
nainw s’ZL0 partenceutes h L ~ N G U ABERAL ou a outres e h
d e b iiidios Quck. Apellay db o motivo da dmigm5i.o generica de GUCX, CUCQ 011 m,que
eiplica o nome RIRIRI que B da L i t i t x u GERAL e quer
dizer tmitwsw, trisu [~ds~~eigwm,
trcszwigj. 0 signifido
@rBm mds proprio de kiriri 6 !&Q,
ph, d m ,
0 que’se s p p h corn propriedade a mses indias que
o’ proprio Mmtins d i corn0 velhams, falsm, dmonfiados e n83 guerreims. Podia tambem esse nome de*ivar-se de ky+ykyry Byueiri%, mtllefirh ou de kyr%pF,
psywc.
A designqo generica de GUCL oil tilo, dia Nilrtitls
qlle, a d o @ ~ i pari\ estes i n c h por SQS characteristim
em nYuitas tribiis o grande respeito AOS bias, qcie
e r m QS prohtums, eonwlheiros lintas, e mesmo
XI11
mer0 de individuas, a0 inenos pela extensgo do caminho percorrido. As perigrinapcJes destes Gucbs alcanp m as serras donde brotain as cnbeceim do Orinoco,
e deserevendo urn extenso arc0 pel0 district0 do RioNegro, o rnais oceidentgl des confluentes do Ammonas dentro dos Eimites do imperio bswileiro, seguindo
pel0 Madeira vslo at6 0;s Msxos nas alturas dos 17"
grhos de latitude s u l ; do lado contrario, para as partes orientaes d s continente, encontram-se farnilias
aparentdas nas seprm, que demoram entre os ria
S. F P ~ ~ C ~
e Shrnahyba.
CQ
Consideremes esb dilatada
derrota por entre meio de o u t m povos niimemms e
figuivw-se-nos-ha tima corrente pelagica (gdfsmm} no
ocean0 das gentes sul-amerimnas, pals qual vam 1120
uin p0pr0 n u r n e m ,
ernvel, por6m h
de uma raqa antiga, mistumdos m m muitos outros
povss. B
j&mais680 apresen tados corn characteres perfeitamente
distinctivos, quer quanto S estrlictura physica, quer
pel0 lado moral e costumes, quer corn respeito &
lingua.
Os GUCIC, que von Martius suppGe originarios das
Guyanas e do Orinoco superior, SBO por elIe filiados
ou aparentados 80s MAYPURE e TAMANACO. Entretank
Gilii dB estes dous povos cnmo distinctos e adversos
e at6 a lingua dos TAMANACO elle considera coin0 dia.
lecto do KARAIBA. JS se vi2 aqui a incongruencia.
A extensao territorial por elles parcorrida chegn
apenns ti provincia da Bahia para o lado do 9211, entre-’
ta:ito n regularmos pel0 nome vainas acha-los em
Santa Catharina onde ha morms com o norne PIRIRI.
Von Martius descreve os BUCK como r a p das mais
feias e mnis embrutecidas das indios. Mais delgados de
corpo e mais fracas do que os B O ~ ~ O C U D Omenores
,
de
estatura do que os ~ 2 ,com ulna car mais amarelIada-escuru do que propriamente c8r de cobre, elles se
approximam, tanto pelos characteres physicos como
pelos moraes, aos MOXO dos sertws orientfles da Bolivia. Nos dialectos fallndos pelos GUCK von Martius
acha semelhanca corn a lingua dos MOXO; e afinal
elle os piiitn como covardes, briit?s, traiqoeiros e
velhacos. Quer pelos characteres physicos, quer pelos
moraes, e tnlvez ainda peIa feicso da lingua p d e riam elles ser considerados como pertencentes ao tronco
PAUPICANOde Alcide d’0rbigny.
Entretanto quando mais adiante von Mariius tracta
tlos PASS& que elle considern como uma das melhores gentes do Brazil, filia-as ao m e m o trouco Guca I
isto 8, na mesma familia PAMPEANA, n’iima das m d s
iadios inais bonitos do nlto Amamnas, que se distingukam par fdrmas mais correctas e bein talhadas, por
tracos physionomieos rnais expiessivos e intelligentesn
por charaeteres moraes mais elevados, por costumes e
habitos de vida, que denunciuvam estido meiios a h sndo, p&de-se dizer uma sdwjaria meio-ci&, iudios
emfim, que elle entende seerem t%o distiuctos dos do
sudoeste do Brazil como o europeu differe do mongol.
Ma confrontaGao dos dialectos B iqcongruencia B
ainda mais notavel. Evidentemente pelas amastras
.qne vem em Gilii e reprodnzidas 110 Yithhridatn,s o
TANANACO approxima-se extremamente do KARMBX, e
diffrre do YAIPURE. Se pois o KIRIRI se approxima de
um necesssriarnente arreda-se do ontso. hlfm disso
von Martins, como j& viiuos, estabelece pnrentesco dos
dialectos dos GUCK C O I ~a lingua dos MOXO.
E debalde, portanto, que se pretende mriltiplicllr
a divisao das tribus arnericanas sem motivo plausivel
nem fundaniento, quer nos chwacteres ethnographicos,
quer na 1inguage:n. 11. uniformidade do t y p ~american0 perinaneae e subsista em eo!ifronto emu. as
outros typos, e as differencas que b p ~ ~ e ~ hentre
tm
si os diversos povos SBO apenas variedades, e nao s80
inaiores que as que apresentam povos da mesina familia
indo-europea entre si, e ainda mais 05 veriegadoa
povos asiaticos. Ar, simples condicoes geographicas,
como o pensaram von Hunibolilt e Alcide d’orbigny,
stio s d c i e n t e s para daterrninar as differenys que se
supp6em coilsideraveis, e que bein examinadas nao
no SLO effectivamente; as simples condicoes geogi3yhieas, quaiido sade,,mais iqiporteiu, acarretani dif-
xw
firenpas no modo de viver e nos costumes, que paul&naments influem na organizagao e na indole dn
populaclao. Pouco mais de trez w u l o s tem deeorrido
dmde a descoberh das t e r m de Santa Cruz, e entretanto o luso-arnericano do Par& ou do Cearh j h se
differenea bastante do tuso-americsano da monternhcm .
provineis de Minas ou das teerrar p r o p ~ i o u d m e n t e
frias do Rio Grande do Sul.
Von Martins 6 ern gem1 austero pars com as r a p s
srnericanas e as votou a completo exterminio, como
inmpazes de pmgresso e civilka@o. Mas isto parecz ser ulna prevencao, unia tendencia pmiuncitsnls
de eerbs aspiribas, que entretanto se esgoeeern (le
olhar para o
velho eontinenta., on& se desen.
volveu a k%o p r m n i a d a e i v i l i z q ~dcps teinpm inoderncs.
L B mesmo, como &e vi? 1101s rnonamen@s kistorims e nos eseriptols das gentes cttlhs, falla-se de innumeraveis povos nunca civilixados, que trinh:zm variadissirnas Iing;rzas, e qire bmbern aiada transmittiiram
i pastaridade e l h do nome, wmo 6s amricmos. Lb
eram e
inntimeraveis as g e n m barbaras, para SI
quam nem ssquer raioti urn dia polar de CiVihZ@Q,
uma fram Iuz de eulturs intellectual, e que deaapgarecerarn sem deixar vestigio de siita passagem ria
historis. A ptwvengo 6 tal que o sr. viseande de Porto-Segnro
( a c ~ r d ecorn Martius no menos-preq que fila (10s
indias) diz que {SIisl~riaGeml do Drasil, pag. 110, T. 1.0)
8 nos pmprios nomes das rios s
e dscobria sua curteza
de ideias B pois OS denomiuaram Q vermelhos, negrm,
Pretos, elaros on brancm e verdes. B Mas a mes4
'
XXVII
I
xxl-111
i o vermellio, co’rho em respeito a0 amnrello, &o brsnco
e a0 preto.
Estas considerap%porBm sSo muib fora de ordem,
e ngo vein a proposito para o desempenho da tarefa
que v. s. me iucornbiu. Tractemos pols da lingua KIRIRI :
Nao tenho maiores conhecimentos das lingua8 americaiias, nao sou versado no CHILIDUGU, nem no KECHUAKALLU (e ainda menos na AYMARA, que parece matriz
do KECHUA) para estabelecer comparacio do KIRIRI corn
ellas. Limitar-se-hao pois as consideracaes sobre a
lingua KIIIIRI em comparal-a coin o ABABELNGAou a
LINGUA GERAL do Brazil e do Paraguay, que me foi
possivel estudar um pouco.
Nil0 B licito affirmar cathegoricamente que o
KIRIRI seja no rigor da palnvra dialect0 da LINGUA
(IERAL; mas apezar de apresentar elle na parte lexica
grande numero de diccoes que parecem nao pertencer
h LINGUA GERAL, apezar de algumas dissemelhancas no
modo de construir a phrase, reconhece-se que no character geral concorda com ella, e B corn ella aparentada.
Cabem aqui os dois trechos deGandavo que Goncalves Dias cita nil pag. 26, e repwemos que elle B urn
dos mais nntigos narradores das coiisas brazilicas.
Os indios da costa, ainda que estejam divisos,
e haja entre elles diversos nomes, todavia iia semeIhancrt, condicao, costumes e ritos gentilicos sao bdos
urn. E se n’alguma maneira differern n’esta parte, B
t i o pouco que nao se p6de fazer cas0 d’sso. N
(( A lingtin.
que fallain todos pela costa B lima,
ainda que em certos vocabulos differem n’algumas
partes ; mas I I ~ Ode maneira- que se deixem tins aos
outros de entender. ))
XXIX
seq.nndo
b
trecho de Gandavo serve para admittimas o KIIURI sin- C Q ~ Odidecb, ao menos muito
inffnenciado p l a LIKC)UA GEBAL. Vejemos pais um
~
e
pcum s hgll&%
KIRIRI.
Primeimments quanto a phonetica: f d t a m MJ
quasi os mesmos sons que fidtam B LINGUA
GEBAL 011 BPASIL como sejam f, 1, & ( E hispsnhal), I"
aspro, etc. 0 alphabeto qne o p.* Yarninni sttsibue
ao ZCIPERI, exarniaado corn attenqils, vbse que n u
direre do da LINGUA GEEAL. &be v. s. que pam
nniformixzr a txscripta da LINGUA BBASIL foi propsto
o seguints alphabet:) a, B, Eh, d, e, g, I&, i, 9, L, i>t, N,
6, CV, p, I", 8 , t , ti, 1, corn os sow que tern em portugaa e ern p r a l nas lingua de origeemlstina, corn
dgumas prrtienlariddes zapenas n~ sons wpresentados
pop & 4 j , Y.
Vejamcs nniamente (ps s m s do ZCIBIRX, que parecem diEeerir da3 de LINGUA GEEAS..
A vogd D que o p." Mamiani diz tet um som
entre-meio de a e e quipara-se mErivelments ao mom
I da ZIIWUA GBRAL, que se aeha em bae (pwpositiva
para fomar participias), tac. vae ( Mrrnas adverbiatx
d w i v z t d ~de urn v e r b ] . &
. paspositive he corn que
se formavs participios, 6 hoje iisada pelos pamguayos
neb f 6 m a hz para dmignar o imperfeito do indicativo.
0s sow tg e 6% prrwem sei- espeeiws a0 KIILIWI,
oada
inhibe de eoonsideral-os corn0 vari-s
dialmtiem do &a, que na LINGUA UERAL &a como em
portoguez e fi*ancez, mas en1 muitos lugarm como
ern italimo (antes de e, i),011 eomo kdb. A pronuncia
da syllaba final do prononie kt~pt da lingua KIDIDI
RXD deve difTerir innnit? ds ds LINGUA GBRZL em &q
-IIprBi
xxx
m, &a ha vam, que caboclas das antig'w aldeias
pronunciami tcJla ka.
Na LINGUA @REAL n$io
dlb concornitancia de
mnsoantes, nem das que se charnam mntas e liquidiw; no IIRIRI 6 freqaente o grvgo d ~ "[ks) e ~ n e ~ r n o
p mmo d a d , swp&', mi&%, crotai, c-slir. crecrri, p i p ~ & & . Mas A O ~ - S Cqne (ES sons era, mi, pi, p ~ etc
,
podem s a contnctos de h r r i , kipi, piri, pi+, ek., que
size frequentas na LINGUA BEIWLL.
0 mais que diz o p.* Mamiani sobile os sons que
Q
elle represents par e, L, gh, &, &, 8, ~ I distaaaeia
o K ~ I U I da LINGUA GERAL;
apenm modw de
es.cpev~rdiffwentes.
0 som brandissirno de 6, que quasi desappareae
nmo ns pdavra. d e ma, 6 qne tailvez nxo se ache na
JNGUA GERAL.
Ao i attrihcie o p.0 Mamiani 4 vomlidndes : A 1 .*
de i vogal e a 3: o sam especial da LINGUA omlir.
representado no rwpectivo alphabeb poor g, c m c ~ r d a m
perfeitamentit? eom as grie figumm no dpbsbeto d e
UW@UA GERAT.. B 2.a e a 4.a conhindem-ge, e no atphabeto da LINBOA ~ R R A L s a reprsenkdos y ~ l oj , o
qual ~ Q exemplo
T
nas diqms j a p a ~ ,ojw, ajdrtkb s&a
om mrno em portuguez ern jm&, 01% C Q ~ am
~ O dlernw
emIa, j e w ou ern portugwz ern wim, ora pwitivnmente como d j 011 di, e afinal rzn FJNGWA BBUL
desehhe naturalmente e 5 h a, C Q ~ Ose v6 mesrno no
VombriIo @aguar=japas.
0 som representado POP w na grammatma de
Mamiani corresponde at& eerb ponto no representado
p r 9 na LIXGUA i m t A L , %s vezes p r Ss, e no vombdo
( a p m n t a d 9 coino eremplo ) imri e algons 0titro.s
tanto como na LINWA a m A L e em outras lin
g u m americanas. 0 relativo B sempre express0 pelas
fdrmas do verbo no modo infinitivo e p r participiw,
mediqnte apenas a adjuncgilo de umlt particula, a qual
por vezes se redue a um simples som, uma lettra.
Albm disso essas fdrmas de participio, medinnte outras
particulas que 5e lhe junctam, saosusceptiveis de designar tempo. Por exemplo o que exprimimos pela
palavra ldr'ao no KciiIRI 5e diz dicdcori e que furta, d i c e
locrirf o que furbu, dicatoritll o qie farlarh ; n a L i N Q u A GEIIAL
de identic0 modo se diz o-nuindar6-bae m que furta, a-ttwfidnr&baa-kukr que hrtom, o-t?iuRdard-bae-rci,nm (Me furtarti.
Nas nossm linguas nao ha modo de erprimir directamente assirn: o ladrilo de hoje, o ladrno de hontem,
o ladriio de amanha, ou For oiitra, o ladrilo qiie 6,
que foi, que serh.
Em KIRIRI nao ha designaqilo para genero ; para
exprimir o numeir, grammatical ha apenas as pospositivas a e de, que ajuntndas B dicqao no singular,
servem para denotar o pluraI. A mesmi.ssima coiisa
se dA na LINSUA GERAL, que tem pospositivas da mesma
natiireza, quer para exprimir o plural, quer para designar o genero.
Mas apresenta-se lima singularidah no KIRIRI,
que o differenqa da LIXQUA QERAL. Nests, 03 cams
saio sempre express09 por meio de posposipOos ( e nso
preposipaes corn0 em geral nas linguas, qne nso tern
desinencias h maneira do latim e do grego), e eatas
posposicaes L vezes encliticas (principalmente coin os
pronomes), no cas0 geral ficam independentes e pospostas, por vezes pilo a uma ou duas dicpoes agglutinadas, mas h uma phrase inteira, D que regem.
KIBIRI,
03 prononia, mas logo que se tracta de exprimir casos, n%o
em relapiCo aos prbnomes, mas a outras partes d i ~
O I ~ ~ B O ellas
,
figuram c9m0 verdaileirw preposiqties.
Assirn a poqposiciio 1100 (qtie significa in, ad, per, super,
&grindo a grainmatica de Bfdnmimi, e que corresponde
bastante Bs posposiqces bo e pe da LINGBA GIERAL)cSm
05 pronomes faz hidiomo, cdottio, idiomo em mim, em li,
DeIEe, etc., sempre posposta; entretanto aos nomes 6
prepstit e ahi temos ,no crcl, em easa, mo arankid, Be 60,
C~UJ TzcpG, B k u s etc.
E& modo de emyreg;rr EI preposicso d6 umii feicao ao KIRIBI, que o arreda da
LINGUA QERAL e o approxima do portugriez ; tambein
6 mais facil a v e r s o litteral entre PORTUQUEZ e EIRIRI,
do que entre PORTUGUBZ e n LIXGIUA GERAL.
0 occusativo, ou o CSQ que exprirne o paciente
da q i l o do verbo niio adtnitte posposicao algtima ita
LINGUA GBRAL. como IIPO ndmitte prepo.si@o nas linguas que as tern, mas, segundo se vb da grammatica
agora reimpressa, em KIRIRI nlo existindo v e r b activo, todos os c a w inclusive o nccusativo neceasitarn
de preposicao. A meti v8r houve engano de andyse
em Mamiani; o que elle coiisidersu como preposipilo
regendo o n m e , B pnrticula que deveria ser adjuncta
a0 v e r b , e na realiiiade em rez de .ser o verbo passivo como siippcis Mamiani, B realmente activo e
em vez de por exemplo pdcri 110 dmnnrd significar hi
m l o pr sen ifiimign, Bcrivel qrie seja arites p a e r h o dutwl.ci mnalen-m o seu imimigc. Estn. inversao do seniido e
significapilo do verbo, do ritdical attributivo, e coiisequente inveraao da pnrticula revestida do character dbkrminntivo, parece que rleve ser attribuitla j& B, in-
NO KIRIRI figuram posposiq6es cncliticas corn
5
XXXfV
duencia e coptacto da lingua portugneza. -Ne0 p6de
ser convenieniemente deseiivolvida eata, qut?stBo nos
estreitos, 1imites”de uma CiErta, mas para que se note
a plausibilidade da suppo;si@io apontaremos ainda a
phrase mor&sit& carai do kipdsu, que Mamiani tradux
lege vem o brama men BPB,,e que parece ser antes lrp v e l
o brane0, o qwal C men a m . Neste ultimo modo de interpretar, o KIRIRI concorda em conslrucc&o com a LINGUA
GRBAL e com as antigas linguas americauas, as quaes,
como j& notkmos, nlo tem diccizo correspondente acgmi,
pile, qud, e em vez d i m ha umas fhmas participiaes
susceptiveis de tempo. No P a r a g p y o moderno, forp d o s aprasar em hispauhol e frqueutemenb obrigados
a construir a phrase ti hiapanhola, j h admittem a dejusmonstrativa Lo e outras figurando de qui, quae, qd,
tarnente mmo aquelle cla que vimos na phrase XCIRIRI.
No periodic0 Lainbnri do tempo da guerra corn o Paraguay siio frquentes as phrases como esta: &zip%$
eo &edtd opa muttdo ygua, quemais que B vejam hdm @s Mitanles l o mundr~,lia q m l ha muikas diccoes e aiada cert3
torneio GUARANI, mas que j h nao B p h r a~ molde
~
da
antiga LINGUA GERAL.
Identica transformacao v b s e tarnbem iio TUPI Pallado no AmRzonas e o sr. dr. Coub de Magalhaes
d& ualid para o relativo; esta relativo porem ainda
conserva alguma cousa da antiga posic&o, o que vbse
na phrase: iw inti %a rck6 ddh~irerekt5 uahd Id r
tenhc o qne w e b tern, na qual asalh6, posposto 80 verbo,
ainda lembra os participios antigos, ehamados alguns
-substantives verlraes, formadss coin pospsitivas brae,
W , I&, etc.
Disse, influencia da lingua portugueza, poque
XXXVI
e desde jh mais importaconsiderar
6 o pronome, mormente o pronome pessoal, camprehendendo nelle nao s6 o pronome mas o adjective
possessivos. Sao os designativos pessoues principalmente que d%o hs linguns smericanas certa feigao
particular que .as characteriza ; e dizemos deeignatioou
pessoaa em vex de pronomes, porque em muitas grammaticas fazem tarnbem figurar outros designativos de
pessoas, a que uns chamarn artigos, outros prepmiqiies pessoaes, particulaa, etc.
A primeira vista parece nao haver parentesco nem
analogia entre os designativos peesoaes (charnemo-los
em geral-pronomes) do KIRIRI e os da LINGUA GERAL.
Assim n%o 6 porhn.
Em primeiro lugar jA colicordam em ter o KIRIRI
tarnbem duas 1." pessoas do plural, uma inclusiva,
ootra exclusiva justamente corn0 na LINGUA GERAL,
e em segundo lugar porque a 3.' pesson do plural
pouco ou nada differe da do singular em qualquer dellas.
0 padre Mamiani apresenta o que elle chama 5
declinages do pronome, mas coin um pouco de attenqao vbse que ellas todas se i-eduzern a lima 4, e
que as outras variantes sa0 devidas : ou a simples exigencias pho eticaa, ou t i mL analyse, em que se separam
sons integrantes dos vocabulos attributivos, e se
ajunctam ao pronome. Para se convencer dish basta
examinar-se a fdrma ein que ficam' esses pronomes,
quando em vez de se addirem a nomes, prepoem-se aos
verbos para conjuga-10s.
Esses pronomes szlo prepostos e integram-se com
0s nomes, verbos e outrail partes da oracao, is qmes
se agglutiiiam justmeate cQmo a a CING~UAGBRAI,,
XXXVlI
s80 elles: hi, hi&, dzzr para a 1.. pessoa; e, ty, dz,
para a 2:; i, s, se, ri, szd para a 3.'; t d m do singular. No plilral servem etactainente as niesnias prepositivas, ajuhctando-se no nome, v e r b , eta., uma pospmitiva qne designa plural.
Esta pospositiva 6 ti em geral, ernpregando-se
porbm de para a 1.' do plural excIusiva, e consepvandose o a para a iuclusiva, cuja, prepositiva B cu
ou c (melhor k).
Talvea em ultima analyse se reduzam a Ai 1.
pessm, e ou a :2 pesma, i e s 3: p s o a , e i h pelas
luotivos seguintes. A 1.' declinagao vai com Wtas ppositivns justamente: a 2: recebe om y para a 2.'
pespoa, e toriia-se s para a ;
:
3
mas os exemplos
dados no nome mnM pga, e no verbo aruxcrd Icr
pejo, cornep,dtdos p o p yogal, comparados corn B LINGUA
GENAL fazem supph que eram names cornepdos por
consoante elidivel ou transformayel como o t da LINGUA GERAL.
Veremos logo que o i e s da 3: pessoa corresponden1 exactamente ao i e Fb d~ LINGIUA GIERAL. 0 que
dissemos da 2.' declinagao se applica ainda com mais
razito EL 3:, onde vem o nome &yd rnh e o verboieicd
k ~ a g rque
, it Ineu vi% 1180 comecam pela vogd e, autes
pnrecem ser pasitivamente d z e h y S , dzeicd.
Isto eonfirme a dicglo composta byribat@ prsh 10
fl construida exactamelite como na L i N o u a GIERAL, e
atb corn a mudauca de dx (equivalente B 1 como veremos) para 'P.
Para B 4: declinagao de nomes ou v e r b s comeW~OS
por consoante, porbrn da claese dos que admitk m s em vez de i na 3.' pessoa, deve admittirsq
XHXY 111
lima vogal eophonica. FinaTmente a 5.a declinapa
indica que houve contracpo da prepositiva pronominal com a primeira syllaba do nome ou verbo; os
exemplos dados por Mamiani s80 bird barriga, i qrml
parece faltrmr uma syllaba antes, e ~ u damar que, a regular-se pela 2,' pessh, sei-ia d, por6m corn mais
rwtir, ainda indica a falta de urna syllaba anterior.
Fallamos na determinrrtiva tda LINQUA GEBAL, e, antes que vamos adiante, conv8m qzze a expliquernw um
pouco, pois dahi dimanarn illages para mcistrar o parentesco das duas linguas.
As dicGWs da LINGUA GBRAL todas podem se referir
a drias classes. Uma, das que no a 5 0 absoluto a p e sentatn o radical simples e assim se ennservarn quando
regidos, tsm 110 relntivo i lIlY3pOSt0, e no cas0
reciproco o tambem preposh. A ovtra, em que no cas0
absoluto o radical 6 precedido de 1, o qual quando
regido muda-se em T e passa iL h quando relntivo, e a
final a g~6ou q t b quando reciproco. Exemplo ela primefra classe 8: sy ou s y p t i i , que faz d e sy mnirha e&,sde sy
tua mdi, abd-sy oatti das laomens ; i-sy miii delle O M delh, etc., 0-sy
sua mIi. Exaemplo cla. 2." 6 : dub pai, che rub mrei p i , ade
TIL^ bela pai, abi-rzib p i dmra laemm; Jtz& p i delle, W l a , d e ,
gub sei pi. Isto que acabainos de vdr coin dois subtantivos acontece do marno modo cam verbos, adjeetivos, at8 adrerbios e psposicoas.
No KIRIRI qiinnilo o cas0 B absoluto de orclinario
vem o radical simples, no caw relativo recebe o pronome de 3." pessoa i ou s (como veramos mnis adiante),
e no cam reciprocn do. di, d u (pngs. 8, 62 de Mamiani). Mas d , di, du reduzem-se realmentc a d equivalente. KSRIRI do t da LINGUA GBBAL. E esse alein
disso nao B sempre reciprow, e sim tambem b Telativo coin0 se v6 nos exemplos: Taspi ducdri hiiiosld
que m a a M i a , Perd Bupdri 6umara Pdss qne aatrnu
~ I J irilaip. Em dalpdvi o d P. relative, ern dumara 6 reci p I'oco.
Comnyatremos as par'l-icules pronominnes do KIRIRI
~ Q I I I as cln LINUUA GERAC.
SXAGULAR
I .a
POss.QAS
xiail1
t
......
prelxo..
9..
....
Peowmm....
PLURAL
N~Q
ariaism opiniao alguma sobre a transformqii.0
e clerivapo das fhrnas de urn iclioma para outro,
XL
-
porque a lei das mudanps das V O Z ~ eS suss significiic a s reqiier estudo mnis rniniicioso e comparado dns
vwias linguas, qiie me uiio foi nem me serh de certo
possivel fwer. Lembrmei apenas o qne se d& comos
pronomes pessoaes dns lingiias vivas do ram0 INWEUROPEU, qiie entretauto descendeoi todos da mesma
fonte. seguindo una. um cnminho, ontros outm. Como
&e sabe, o pronoine latiuo illa gerou no francez os
dois il e lt, no portuguez e l k e o, uo espanhol el e
lo. no italians il e lo e n i u h q l i ; e quaildo em gem1
para formar o plural amrescentn-se urn s, o itnlian3
j a tem a Nrma ~ g l i ~ t oa3
; mesmo ilk apenas ern case
differeute, reprta-se 0 b m itnliano e 0 lfur francez
embora 5 primeirn vista rnuito diverws. Levantlo-se
a coniparae a outras linguas por exemplo 4s do
ram0 TECTONICIO outras variacas mais consideraveis
se achariani.
Aqiii nas linguas AMERICANAS (a4 inatrizea pel0
menn.s) nem sabemos qiial B a mais antjg~,
para della
derivarmos as variantes, e npenas podemas ir ponllo
par as vozes 'a d r se desaobrinios alguma lei de
transformaFo e dcrivaca. Considerar uma como mnis
antiga e a ella filiar as outras, sem o pdvio mtudo
e confrouto das vozs e subs significacrn, B marchar
ao acaso.
0 KIRIRI com tiido nHo pMe ser considerado
lingua matriz, e ser5 licito para n 6 o consirlerarmo-lo
posterior LINGUA C t m u ; mediante o confronto ja se
nota alguma semelhaneu entre os dtuignntivos pessoaes
do ICIRIRI e o que inscrevemos como pranomea de
LINGUA GERAL. 0 k B aspirado e guttiirul no KIIITRI,
po~*
coneguinte B pwivel anssimilaqa ou a passagem
hL1
de um para outro nos pionomes da 1.. pessoa hi, &,
a n t o mais qunnto nesto ultimo o th que s6a como km
franc= e portuguez, p&le tanibem &r como em
a]Iem%oe at6 como rch segundo j n vimos antes. Na
3.4 p e s s h o s do KIRIRI coriwpoude exactamente ao h
da LIPIC~UAGgnAL, tanto mais quanto nos escriptos
prtuguenm esse h foi sempre represeutado por p.
Afind na %a pesSQa lima das f6rmas do KIRInI 6 a
vagal e, que entra tanto na prepositiva verbal cotno
110 pronome da LINGUA cmiiAL. Na fornm@io do plural,
si bem que intercalaado Q sttributivo verbal, o KIPIRI
tern para a 1.* pessaa @igan-m) o suffixo de, que
figura no final da 1.. inclusiva e da 2.a pessoa do
pronome da LINGUA GEIULL, e demais 6 a vogal find de
1." exclusiva. A l h disso, a, a outra designativs de
plural dw pronomes em m m r , lembra o dernonstrativo
a q da LINGUA BERAL, e que hoje B pronunciado.pelou
Paraguayos sirnplevmente como 6 e at8 s6 a.
0 qne Mamiani denominou propriomente pronomes,
SSO os memos dsigncbtivos pewxtes seguidos . de
urna ~ O S ~ Q S ~ @ ou
O , de urn deteerminetivo, que B elidido bdas as vmes que o pronome 6 agglutinado a
verbo, nome ou a oiatro posposic%o.
0 pronorue dta 3: pessoa d, dd, d16 B o reciproao
propriarnente, e j&vimos que reduzido 80 seu elemento radical d corresponde a0 t da fJrms thsolutta
das dicc6es na LIWUUA GERAL., Ora nesta lingua os
~ecip~oaos
s%o representadts por o para uma classe de
diccaes, e por 9u ou ogn em outril classe, justamente
quell8 em que n f6rma absduta w n ~1.
W u n d o o proprio Marniani Servem de 3." pessoa,
cor1Wpondente aos demonstrativos latinos hie, is&, il/h
6
XLII
mittiria uma conjugagso coin OS pronomes aacusativos
011 pacientes nos termos seguintes : ch8 kat6 joga-me, jogae-me, jogou-me, jogitramme; nde h t 6 &a-te, etc., d kotd
j&ga-o, etc., or& kot6 jt$a-raos (rams outros) etc., jand& kd6
joga-n~s (IUOS todos) etc., pmd& kotd joga-rm etc., i ht6
jmgit-os eta.
Vejamos tambem como se comportam os substantivos, e confrontemos a chamada l.aD E C L I N A Q ~ Ode
Mamiani com o qiie lhe devc corresponder na LINQUA
GPRAL.
PudzB evidenteniente 6 dic@o oriunda do pmtuguez. Tomando da LINGUA GERAL algrima que tenha
semelhanca nas vozes temos pdi rdeiiho, pmj6 8 q y r , (3
medico eta., mas prefiramos pa%' qiie tambem parece ter
sido recebida do portuguez e do hispanhol, e significa
p i e padn. Temos em:
KIIIBI
Hi-pa&&
E-pada3
1.9aa~a
Hi-pad~&-&
Cwpds&a
E-paaZr6-a
I-padaa-a
N)1TUGuovEZ
111011pni
LIWU G E W
cFw pai
teu pai
d epi
p i delle
i pai
nosso pai (de ab-outras) ord gai
nm@ pai (de nb-bdos j a d e pai
VOSSQ pai
pad$pur;
pri delles
i pai
Para o que o padre Namiani charna reciproco e do
mesmo modo Montoya, Anchieta etc., temos em KIBW :
di-padzti seu pai (delle )u delles, Llla 01 dellas), e na LINOUA GBRAL: 0 - p i seu pi etc.
2.' Declinapo: buscando na, LINGUA GERAL u q
significido differente vem ad 9-cin o verbo byhyjd
temer por importar certss reflexms. Montoya o d&
neutro e conjugavel eom os prefixos a, 9.8, o e k ; corn
os pronomes o faz substantivo chc kyhyjd meu tomor, mas
em eseripto paraguayo e u o acho agglutinarlo corn o
v e r b d r na f6rma seguinte, que deduzo j h comparada
corn o KIRIRI:
ximI
Hi-ararerd pejo-me
By-arancrd pcjas-te
S-ararrcrC peja-%a
Hi-ara~cr&i.e pejamo-rn (nb)
C-armcrC& pejamo-ma (todas)
Ey-araa&l pcjais-vas
S-warerM pejarn-5e
Si n3io estivesse intarposh o v e r b ar ntb phrase
ter-se-hia a Mrma absoluta t d c y h j i kaoer, o tcmacr
que daria che-rakyh~e' ou contract0 Ehe-kyht& (como d$
Montoya), la& kyhyjd, hekyhyjk Lemer delle, gu&yhyj/ reu
ternor etc. A terceira pessoa hekyhyjk tem o h inicial
representado por p pelos portuguezes, e que corresponde ao s do XIRIRI.
Esta analogia do s corn o h vd-se bem na declina@o do substantivo:
BBASIL
I
acabar
ra-pdb Bo ucabado,
aeabar
o-pdb 6 acabado,
delle
ete. et& etc. elc.
path t e ~
o acabar
B classe dtxs d i m
que ern o mlativo i e naio h, corn0 as mmqadas
por t.
A 5: declina@o B muito mais irregular. Na
LINGUA GERAL ukd significa mrder; &so-no como
existente d em composicm, mas jh encmtrei phrase
intraduzivel si n%o acceitar-se o verbo &&d dwigar.
A m h temm :
Pdb na
~
LINGUA GERAL pertpnce
Pam ultimar e& confronta@o da m n j u g a p no
t e m p e modo indicativo, que Mamiani chsmna declin a ~ m , vamas apresentar a conjugaqlo do garandio
na LINGUA GERAL, cuja pmpwitiva pronominal ainda
fornece semelhanpa corn o K m m r . Sirva-nm de exemylo o verbo pwb (aeahr-ae, WP amhb). No gerundio elle
se conjuga: gzti-p&a uabndtvme ea,
aeahamh-te tu,
o-pdbar wahdt~-welle, vw-pdh Boabnlmaa (a
cuhs), ,p-+
XLVII
aerbando-nos (nds todos), p-pdba aenbando-vos vds, o-pdbu aeahando-se cller.
AO examinsrmos os designati! os pessoaes ou pronominaes Timos simultanearnente a conjugacao no
tempo impropriamente chamado PRESENTE do indicativo. ($iianto aos designativos pessoaes falta-nos ape118s notar que o KIRIBI B comparativamcnte mais pobre que a LINC~UAGERAL e outras, principalmente o
CHILIDUGU ; faltam-lhe em geral designativos especiaes para os pronornes pslcientes ou accusativos, dos
quaes alguns szo chamados T R A N S I ~ E Sem muitas
grammaticas. Em KIRIRI os designativos peasoaes servindo de sujeito, silo os memos servindo de paciente
e SBO tambem os possessivos.
Prescindindo de muitas outras considerapcjes que
ulongariam extremamente esta carta, notarei apenas
de pnssagem que no RELA'TIVO (NOME RELATIVO o chama Mamiani) est& em grande parte a construccao da
phrase em KIRIRI, do mesmo modo que na maior parte
das lingnas americanas.
nesse modo de exprimir a
relacao por f6rmas do infinitivo, e f6rmas que se podem chamar de participios, e a0 mesmo tempo na
agglutinapao de cevtos radicaev attributivos, como os
doze que menciona Mamiaui na pag. 53, que consiste a maim difficuldade da grammatica dessas linguas, que nao soinente carecem de casos, mas ainda
silo pobres de conjuncpoes, e por isso nao p6dem construir periodoa de longa extensao, cornprehendendo
muitas orupoes ligadas ou subordinadas entre si. Por
isso em geral a phrase ern lingua arnericana em vez
de formar um todo, corno nas linguas europeas, em
que as circunistancias e modificaccjes SLO expressas por
~
dividida em tautas orap?s 'separadas q u a n t a os circomstancias, assemelhando-se por isso ao modo de
dizer que se nota n a Biblia, e nos esxriptos hebraicos.
Por n%o verem isto, e por quererem adaptar tb
grammaticas europeas a mnstrucqiio da .phrase em
lingua americana, B que os que escreveram grammaticas dessas linguas, e n u s e numero entra o p." Mamiani, multiplicam os tempos e os modos Jas verb'os,
procurando particalas e formas adverbiaes para forjar
tempos correspondents aos da, lingua europes, que
fallavam. 0 snr. major Sympson, que ultimamente publicou uma GRAMMATICA DA LINGUA BBASILLCA GEBAL
FALLADA NO PAR^ E AMAZONAS, levow isso ao maior
apuro possivel, e arranjou tempos a v d e r para a, LIWGLIA GEBAL, pondo-os ein correspondencia corn os que
constam das gr:mmaticas portugueaas.
Aqui 1150 6 possirel, v. s. bein v6, desenvolver em
algumas linhas o que vem deliasado em algurnas paginas da grarnmatica do ABAREPXGA,e tudo quanto B
expendido corn menos c l a r a a se ressente da neeessidade de reportarmo-nos ao que vem mais dwnvolvido
na mencionada gramniatics.
Concluirei o que ~ O S O diaer S Q ~ E Ia cmjuga@o
com a [email protected] de qne no modo inbnito, nos geruiidios, supinos, participios e verbaes est& o principal dos verbos KIRIBI, como das outras linguas americatias, e que o p." Mafiiani ahi B tleficieute, 80 &.so
que superabunda fantasiando outros modcrs e tempos.
0 modo imperativo por exeinplo em nada se differeup
do modo permissivo. Os preteritos e futnros multi-
XLI
nliados segundo
(w:
modo8
L
mencionadas por Mamiani n a pag. 53. 0 modo conjunctivo a final 6 exactamente o gerundio tanto no KIRIRI
como na LINGUA GBRAL. A differenpa principal 6 que
xamiani faz figurar no conjunctivo tanto o gerundio
que tem pospositiva, como o que tern prepositiva, e
as gramniaticas da LINGUA GERAL s6 apresentam no
conjunctivo o gerundio com pospositiva.
A semelhanea das duas linguas d8-se pois ainda,
no facto de wrem os inculcados modos optativo e
conjunctivo apenas formas do infinitivo e do gerundio
subordinados a uma dicqao (podihmos dizm - a um
verbo) regente.
A final concordam ainda no facto de serem ricas
ambas em particulas da ordem d’aquellas, que Mamiani menciona nns pag. 53 e 91, particillas que os
grummaticos nao podem comprehender nem nos pronomw ou preyosips, nein nos adverbias, verbos ou
nomes e para ai qnaes, vbse qiie elles o sentern, seria
necessario wear lima nova cathegoria grammatical,
desconhecida hs linguas europeas.
Mais ulna reflexao.
Essas particidas que, do modo como as apresentam as grammaticas, parecem ser detcnnimtiaas corn0
os pronomes, preposicaea etc., realmente szo attrdbutrvas contractas, (qnasi sempre verbos) que se agglomeram a oiitras attributivas e coin ellas formam corpo,
ou iLs vezes ficam separadas, milti regentlo-as immediatamente, e entao eonstituindo verdadeira phrase.
. Ni lingua geral: (‘he bo-hasci-byb o-kud tenios em che
a parte pronominal, em k6 o verbo ir e hob a pospositiva que o torna substantivo, ern byb lima das
tzes particulas, em o urn pronomc, em tiiab o verbo
-
LI
p a a p s e , e essa phrase 6 traduzida por Montoya a
dia em qae tiiiha me detcrmiaado ir-ne pasaou-se.
xs3a particula byb 6 de nm lado attribuktiva, pois
EpreMnta o v e r b aleteminsr, mselver, deeidir, de outro
lado determinative, porque na phrase f i g u r a como uma
das pospositivas que modificam o rerbo.
Assirn tambem a particula .pd do KIRIRI para nomes de vestidos, prancg, vestel, etc. ella leinbra o tab da
LINGUA GERAL, que em certos caws muda-se em &,
h&, gu& e significa em geral delha, mas tambem expl.ime o q ~ etaps, B qre veste etc. e o derivado ~ d b * r ~ p ; t .
Dahi, em ICIRJRI 0 radical attributivo n’um sentido
determinativo, com a voz por exemplo que exprimisrye algodiio, elles nLo diriain o meu algdFt@,mas o rlgodlo que
mIe vale, a lunilnka r e u p de d$odZi@. Se do alpdiio a parte empregada fosse o oleo, diriam @ B ~ Iwmto
D de algdiio, a m i a h
h x de algodle, etc.
Nem SLO s6 as particulas enumeradav na pag. 53
as que est20 neste caso; na pag. 94 vem outras de
identica natnreza, que se parecem com as mencionadas em varias grammaticcas americanas e tanitnlbem nas
da LINGUA GERAL, eomo meras partieulas de eleoncia
ou reforqativas, mas que s80 realmente radicaees attributivos serviudo de deterrninstivos.
Passemes b confronta@o lexica. Como nlko bnho
vwbulario do K x w t r , e alkm disso as dic$Ges que
constam da grammatica e do catechism0 na0 esmo
emdenadas, limito-me a confrontar 56 aqiiellas que
de pmmpto occorrerem. k t e motdo escaparm muitas
dicqes, mas o pouco que apreseiito jir. serve para
patentear o parentesco.
Q proprio Mamiani indica que os radkaa do KIBIRI
L11
arecidos com os da LINGUA GEBAL ; vizo niarcados, para
iar, pelas respectivas iniciaes (k.) e (Ig.)os vclcade uma e outra lingua.
(k.1 PpB, IVY
(k-)PO.
ambzi (k.)d a h , ambys (lg.) lado, tnlvez em composicao corn PW vir, dando ambyi-ti vir de Lado.
amp?% (k.)fmatciro, anzboypyr (Ig.) o lado oppto,
frtrtein.
a n h a (k.)tia, ami (Ig.)prate.
.
anhi (k.)data, any (Ig.)alm, seabra.
a d d . (k.) p t o , ur-w (lg.) frach de wlher, due Feleehr.
azri (k.) ngalb abi (Ig.)aglelk (na costa), ubi c&Bellirtac~
(no interior).
bnbask4 (k.) eweto, &bug (Ig.) o que se revisa, mhe ; te
Q.) pospositiva de participio.
b a d Q.) baaam, pak& (lg.)idem.
h d i (k.) tmatc de penroas, pela primeim syllaba
lembra ub& (Ig.)f o m .
k d z L fms, ptg Fum. A troca entre p b nadda
tein de iiotavel; dz pdde corresponder B d tanto mais
quanto ahi figura a vogal especial y, e ~ Q ~ ~ F L I I ~ OB
mui possivel que drd corresponda a 69. Adiante veremos dzu equipaeavel 8 ty, e no A~~LZQIIFLS
6 a p
corresponde ao antigo y rgm. ResLa pois a traca das
vogaes a e e. Tern-se aindabded (k.) eak l e imhmat4 :
na (lg.) yb significa tambem CABO, j y r n t u h b . Em (k.)
o genitivo segue-se ao nome que o rege,
baekt! (k.)mbriroh, ykt! (lg.) i r Baais
~ mop.
b
a
k (k.)d c a h , pyni (Ig.) pillar, calcar os pds.
hRirib.$ (k.) pente. Na (Ig.)kyb piolb, kqb& catat ;
. kybdb pale entre os TUPIS, e h i p a pente entm os
BUAMNIS,
LV
b&" (k.) mrada, talvez de tybu-ttd (Ig.) o mesmo
sen tido.
bt? (k.) beira, B a segunda syllaba de ternbd (Ig.)beifo,
e talvez o radical porque tena lembra uma das
determinativas corn que se formam participios.
bcbatd (k.) fomlefi da cabeta, veja-ae atyb (Ig.)fontes,
que p6de adrnittir a conposigi-ioa6yb-e68. Note-se tarnbem
o verbo atykteg entre 'cujas significqaes est$ o palpitar dns fontes.
b?/ (k.1 P& PY Og.) PIS.
by& (k.)cinzas, py (Ig.)p6, rdimento, tl bmnm, o u ainda
ytg cisao.
byke'jrefi mis may, yU (lg.) idem.
b $ w (k.) irmla a r k my$, byby7 (lg.)idem.
bd (IC.) brap, pd (Ig.) I&, c tambern tponen e P h .
boc6 (k.) algilaeira, mbotog (lg.)tram matalobgem.
bJ (k.) q i g a , vejam-se os verbos (lg.) bzir brtlar, byr
levanfar-le, ereseer aspigar.
bucupy (k.) freeha do milha, yb-ki6py (Ig.)pema de armre.
btidaacd (k.) sepdhara, veja-se yby terra, tyb jam, tybyr
sepullwra.
bziibu (k.) erbaapa, lernbra kebtii, (lg.)lcve, lcviamo, boiante.
Ainda hoje se usa de dum cab-s
ligadas por uma
corda, como duas bexigas para se aprender a nadar.
bua'czi, (k.) freeha, qb-iiklj: (Ig.)h e h a longa.
biwk (IC.) aio, debir (lg.)sodmmita, e debird nmalvadQ.
biirelad (k.)paps, mbiresy 011 h e m b i r q (Ig.)aeodo.
bur6 (k.) casea, p i r h (lg.)eonre, pelle, casea.
edrai (k.) branco, idem na (Ig.)
eayd (k.) moile ; a 1.8 syllaba B a mesmtl de kaumb
a Iardc, na (lg.)
cay? (k.)mahl ate certo ponto lembra k
G mnhmhl (lg.)
co (k.)fogagem, hd (Ig.)ardkr, queimar, e tarnbeha&
comichb.
Cot8 (k.)virote, tutzrg (Ig.)fmrar, e, o que fura.
Veja-se acima o que dissemos a proposito de cudu e
ecudu. Em portuguez temos CSSo e cotd ; o 1." Moraes '
e corn elle Constancio e outros derivam do arabe, mas 3
P
Dozy niio no menciona ; o 2.0 cot6 (especie de espada
curta) Moraes, e os outros com elle, derivam do
francez couteau ; nso parece acceitavel esta etymologia,
0 propendo a crGr que cotd no portuguez procede de
lingua americana, como niittgali, yircio etc. Usado em
Minas, S. Paulo e outros lugares ha aindii o adjectivo vulgar cdd exprimindo curto e gross@, que me ,'
parece tambem puro BRASILISNO.
cramemu (k.)caixa, karamenazui em TUPI, ka~arnsngulli
em QUARANI.
or0 (k.)pedra ; notando-se que na (lg.) n%oha concomitancia de consoantes pbde-se suppar que CTO desdobre-se em coro e entiio compare-se a kurlib torrio, seixo.
a w k b (k.) YBCCD,carne, Fmru-rod (Ig.) animal, (ou came
de animal) eumpio.
crobecd (k.) cuya, (a metade da cabaca, ou a c a b a p
.
partida). Wo TESORO, vem huricgua como nome de
umns cabafas coloridas, e ptkh quer dixer abrir, part'fir, raelnr.
en (k.) liquor, tykQ (lg.) c o w liquefacta ; confrontese dzu (IS.) agua coni ty (la.)liqwido, lymph.
citcu (k.) lio, gQb (lg.)sau pai. A repeticgo das syllabas yugZib p6de servir para exprimir o plural seis pais.
cudu (k.)joelho veja-se kotdg (lg.)jogar, donde
junctura. Mamiani dit ainda ecudii jwntrs do corpo
cuitnbd (k.) p6 que fer l a farinha; na (lg.)te
p6, fariahr elc, e esta dicgi.o com o, pospositiva bdr ou
pap. (qrtasi mmpre settl o c final) sighifica palbralcnta,
larimh,so.
(k.)wiii ; si o a, como diz Marniani, se pponuncia u o brandamente que se nso conhece, de poda $er
quiparavel a sy
(le.)mii,
LINGUA W R A L
t
tanto mais quanto vemos na
tornar-se h quando 6 relativo, e h j6
em muitas vozes mudou-se em s. Nao 15 pais esttanho
que .m6 da (lg.) tnais uma vez se equipare o d jk.)
d&&
Ib, coinpasto derivado do precedente ; ~za
(lg.)ha syy tia.
dvW (k.) &io, tu& (le.)p i diffetwte, padrash e tambem
0
tlttsr.
dzd (k.)desk, Ldi o mesrno significado em (lg.) (Az=
f j h notarnos)
L a c 6 (k.) wgm, reporb-se ;MJ radical de Mm&i,
que Yontoya tradux por d m a r a l , Itmad@ etc.; o mollsweate de Lery.
L k (k.)n,one,-M P (1g.j o mesmo signifieado.
dzi& (k.) camcada nalher ; jS confrontm-se de aii ;
ern dzkU evidentemelite a primeirn syllaba 8 parts
pronominal e determinativa, dz6Jd p g e psis significar
a m
&i dell^, isto 8, L s mtm, clw i m h .ki p r pade pBtnuit.
dzd (k.) mezhlaa, e ehnra, sssim coma dzri qya, wportarn-se a ty (lg.)
liqsh, e mais uma vex vb-se dz equiparavel il 1 como dicczo deterrniuativa,porqiie ne (lg.)
ternas y amp, e t y 0 qw d liqlaile, em geral. 'No TESOBO
m
e%
'
6y tambem C Q o~ significado de @Id@, SULEIAO etc ;
dzo em (k.)sigiiificando beberagela, tisma, agprsxima-se de
d=;u rgus.
c i a (k.)mttieia, compare-se cmn teithhga Wluks em
Gonplves Dim ; para mim & t@j?-riehd,fallam, &iaeres da
Euh.
8
c
emki. (k.) miatio, suggere alguma composicso corn o
radical attributivo de ,%!cy (Ig.) Bpmlo, remove; na palavra
vulgar de origem brazilica cambuquira gpellrs de aboboreipa, esth o radical ky lorolar, emcer, eriar-sc.
Nota geral. As dicqoes corneqadas por e, com
poucas excepcws pertencentes B 1" declina@o de Mamiani, SBO pela mdor parte das outras 4, as quaes
sso regidas pela particule pronominal s; assim parece
que o e quasi sempre 6 ccmplementar dessa particula
dernonstrativa.
etsamij (k.) p e r k , compare-se com lami% 011 tambi
(lg.) avb.
ewd (k.) rasto, o som de to 6 Fmparavel 80 lu no
verbo ho (lg.)ir;corn a determinativa anteposh lNjde
significar )or onale se hi.
eyaprj (k.) csnleirar da mamdioea, (como diz Mora&, aparte
que n8o pasaa nas peneiras) ; laup6 (Ig.)raiz, e si ey
costuma ser pronominal ha taiiibem $in ou y'i que significa em geral i r v w e , e que figiira em yrnyrri mdeira,
em /a@&- ou lkymbir, h a , (0que chainam vulg-armente
einbim) etc. Assim pois c y u p (k.) p6de significar rria de
fibras, a que nlo passa iia peneirn.
he (k.) trips, 6 a ultiiua syllaba de t y j i (que Montoya escreve l i 6 ) bawiga, trip.
hehrzi (k.) h m e o de pi@; yba (lg.)6 &cto de amwe,
mas acha-st: tarnbem desigiiando amope, pim, erk ea mbeta de hcba ; ru tern iniiitos sentidos.
hd (k.) fio ; em (lg.) pb fie, Cbn, mas em amandijd
a l p l l o , a ultima syllaba ju suggere j o ou h6, e as
immediatamente precedentea SBO comparaveis a a d i
(k) algdim. Veja-se ainda kabijd pello, velle, peratrgem.
e
iod (k.) pie, lembra (lg.)y ric rgua, hd ir.
LIX
wnt&
(k.) kcosrn ; jS notou-ie que o genitivo
precede e no (k.)vai primeiro o nome regente : a
l a b ta 6 primeira na dic@o da (Ig.) e ultima.
diccao (k.); kuora na (lg.)significa buraeo, V ~ Q , e a" ou
c13%Q significa naica.
fitcci (k.) a&. Confronte-se h
i (Ig.)hrinha, pi em geral
yby-kui fl de terra, a&, ybby-kui-by a&d, @y-kui-tf peira.
kydi (k.) hdw, n%o deixa de soar um pouco semelhante a Kati, n&@ chein, fekr.
k @ 4 i (k.)pein ; veja-se ku& (Ig.)ou &&ti
peneirada,
mCalCiw3 peneirw.
mamd (K.) palipdo lernbra o v e r b 1naan3,cspiu, faze?
vcdI3lr.
man3 (k.) inimnigo, significa em (Ig.)dosmlem, mtia, mas
ha tambem I k ~ m a M t, qu'e b w a d ~ s a r d e r , alewdeiru e irimnigr.
nac que significa BISO e geznipnp, em k., tem na LiNGUA GERAL o significado de masernilins, vas%@, hmmeis. marido,
diz tambem inlnddr, mtlec.
memtd (k.) ferm corresponderia a i ~ ~ c i(lg.)
t d hemem forte.
mi6 (k.)nilr exprime em (Ig.)prmtesm, e lembra tambern mo a prepositiva formadora de v e r h s activos.
A l h d k o a ultima de hapd (lg.) miz, podia variar em
1180
e mu.
m w r i (k.) mbipo; para se comparar n. (Ig.)dev&i
se desdobrar em msnukivi, e entao temos formaGao semelhmte S que se vi3 ern bambukyrcr, e bukyrn ou bykyta
em de py centra e k y ~ptrla, bits.
n c d ~ ( ?(k.) rcde de pe%ea~,
em (lg.)pyhd 011 p i p i rede; de. mais o serbo pyhy pegar, etlhcr pry?^ o substantivo
.verbal pyhyhri m emlrm que ss emlS~.
mmbi (k.)n n z ; discord;),pois irarrlbi ern (lg.)15 mrelba.
I pecc~rd (k.) L l a m ; veja-se (lg.) brord wsnar, poncap.
!
nh.upy (k.) vinbo de tnilho, sba semelhante a iupyr, com e s t h i s e bebidas.
%hike Q.1 a v i ; iyM (Ig.)irmi mais velba.
pepete (k.) palma do p i dh Namiani, quando d&by p i ;
assim pepett? corresponde antes a py-pyte’ (18.)para o
sentido de palma do p6.
piid, rede (k.)derivado do verbo p i eslar, corn B pospositiva td apresenta uma formac2.o analoga a keha
de ki dormir, a tupcib de t&b eslar, jam, a ini de I estar
&itado, e lcehdh (lugar em que se dorm?), tuptib (lugar
em que se esth sentado), ini (aquillo em que se dorme),
todos trez tambem significam rcde. Pel0 som o vocabulo
Q.) approxima-se de py16 (lg.) ficar, powsar.
pycd (k.) banco, evidentemente comO a p y W (lg.)banco,
assenlo.
pueloi (k.)cachimbo ; considere-se pel9 (lg.) tabtco, fumo;
pslijgua B o cachimbo, mas peljjyb B o lubo, a hasle do
cachimbo.
p i (k.) pcqueno ; notando-se que b, p , m (lg.) se alternam acha-se nessa lingua m i pcqucno.
p y Q.) capim, t a p i i ( l g ) idem.
pd em (k.) B olho mas na L i N G u A GERAL 15 mio, e significa tambem fibra, fio. Entre as dicqoes monosyllabicas
do KIRIRI SBo muitas as que differem da LINGUA GERAL
no significado, mcs entZEo acham-se estes mouosyllabos
em outras linguas com significacao identica.
pol& (k.) medonho, pljt? (lg.) escuri,’” Icnebroso.
popd (k.) irmlo maisvclho, popor (1s.)no TRSORO vem coni0
brolar, mas a repeti@o da syllaba indica msis que brotar
e p6de-se dieer no sentido de mais bmhdo, viyso.
prewhd (IC.) figado, perib e perebi (Ig.) bago.
TO (k.) vestido, veja-se lob (Ig.) folha, que conforine os
(k.) dimleiro, iksjtib (Ig.)our@, mda, dinhein.
teU (k.) acta, t y Y r (Ig.)im5 mais velk.
tinghi (k.) canma Beeha, tingi (Ig.) eip6 mala-pdxe.
tb (k.) a h , tQb (lg.)pi.
tayz2
lidxi (k.) I mullier, a ultima syllaba lembra de U i ,
que jh comparamos a sy (lg.) ai; ti @de ser contracto de tepi, aullialL?
126 (k.) plpa, 6 a primeisa syllaba de tu8 (lg.),que se
qidm
I ; e 4. B primeira
muda em mu%,hud. hi@,.
syllaba de tu7 mimllor.
tup& (k.) &us, idem ern (le.)
ZLbd (k.)frueta, yld (Ig.) o marno ~ignificad~.
waru6 ( k )
p w u d (Ig.)o marno signifi+him,
4 0 .
(le.)o
mas$ (k.) qwesde, ja.ni
wd [k.) earnink, ko (Ig.) ir.
w6 (k.) prmz, @e
mesin0 signifisads.
c ~ r ~ p c ) n d Be rzrb (Ig.)
lembrando-nos que n w b lingua o b tfegenarou e
u, e at6 0.
word (k.) rmcmilhb, Jzorc' (Ig.)pat d e SQ hi.
Como tem-se alongado de mais e s b mb,hnh+
mo-nos a canfrontar alguns v e r b , d os que meorrerem mais de prornpto.
andi jk.) l a n p ~cheh, conc
de l e a h m t d i (Ig.) eski d a d 6
b p i (In.) d a r d'eibde, gt(6tpy (Ig.) de smtada,.
bohi (k.) ser ensj~do, sa& (Ig.)eisinar.
by (k.) m m , 6 a segunda syllaba de jeby (Ig.3 r a h ,
Immu e entra em:
byti ( k ) kraar, composto corn te vir. Date agundo vmbrzlo vbse, que m e m o no &.) by tan a
significa@o de repetiqso p i s dh by ale now, I%vir.
LXIIX
(k.)qmeimar-sa 0 corpo, p6de-se reportar a to6
(1g.I arder, e M i greimar-se.
ti (k.) dortnir, pde-se comparar com fimd (Ig.)
Wlar-s, mormente considerando-se que dz 6 pronominal em (k.) como fic na (Ig.)
&ij (k.) i r a r c desmsar, trkd (Ig.)esfar.
e i d (k.)Lver ukter, veja-se bek5-6dG (la.)corn o
marno significado.
e w n h k (k.) guardaw, 11%(1s.) fie)& tem o rnesmo
sentido.
hB (k.) v b , significa em (Ig.)ir.
i
h (k.) whir, lembra yhig (lg.) em, ybati, alto.
kaikd ik.) enuedrir, ~ 6 algum
%
tanto como k m A b (Ig.)
do mesma significado.
mar8 (k.) peltjar, jA vimcrs ?Farmi (Ig.)deurbwa, mtim,
gutma.
mor6 (k.) ser feilr dncerra os dois moxiosyllabos 11w e
(lg.) com que se fazein verbos activos de qudquer
verb0 neutro ou nome ; veja-se p r o , i r w o 110 TESORO.
Nhd nbrrer, 6-d
eahir.
suip6 (k.) Euaegor, pu@r (Ig.)brrer.
sd (k.) rueei, jab (lg.) o memo significado, notando-se que s no (k.) e j xia (Ig.) representam os pronames da3.a p~&&.
sad& (k.)weear 011 estrlar sda como s46d 011 h6b6 (Ig.)durr.
saiwd (k.) ;a~~.ehailaras
phnlas; na (lg.) ha kwcji Iontar,
que tambem se apresenta sob a f h m a akorui.
tidzd (k.) ebver; na (lg.) ty que dizer sum@, cddo liyuialto, eomente, e corn e!!e se foormam diccBes corn0 b~&&
aguar, tys2 ~SIXIPIW,tyhd mingoap, k i x a n corrente; o ultimo
s6a como tidzd, o qual interpretado pelo (IC.) daria
le vir, dzd agu.
TO
titi (k.)bemer, tylg (Ig.) o mesmo significadb.
we' (k.) alcgrar-se, na (lg.) ha he saber, scr gralb, aprar
e tambem ser feliz.
wad (k.)caminbar, had (Ig.) ir.
A assercEio de que o PIRIRI soffreu influends do
portuguez, ainda na parte ?exica, 6 confirmada pela
existencia de vocabulos como boelad, que corresponde a
bastic, bard a Lalaic; keild a geil,, ntnma significando t6h,
mama, sptu ccslo, di ser dado etc. 0 nome buke para veado
assemelhando-se a bouc bode em francez faria suppar
coutacto dos KIRIRIS corn os francezes; parece que
estes frequentavam a costa brazilica, mesm-, antes cla
vinda de Martim Affonso. Dir-se-ha: alein dos limites tsrritoriaes percorridos pelos GUCK seguiido Martius, mas sem duvida pois que at8 0 nome KlRlRI
encontra-se sinda ern Santa Catliarinn, rnuito mais
f h a desses limites.
De origem portugneza aiucln achamas outros vocabulos coin0 buolihete, bondadc, naturalmente formado
de buon born com a pospositiva ta da lingua ICIRIRI coin
que f6rma participios e subatantivos verbaes. 0 vocabulo padxzi pai parece tambem ser de origem portngueza, assim como pnitlenhe e pay; que sigriificam tio,
e qualquer dos dois pela sua terminaciio suggere urn
fallar 4 moda dos TUPIS e GUARANIS, conservado pelos
nossos caboclos, dizendo pa? lerid, isto 8, p J no eair ou
pai que o digant.
Outro signa1 desse contact0 anterior corn earopens
tem-se na existencia de vocabnlos para exprimir cousas
que nao lhes eram habituaes no estaclo selvugem como
para roca de Sar, a l h do Rso; concerto dc leFraFnenta, fazer
corlezia, Pta, carro, erpora etc. Os da LINGUA GERAL tinharr
LXV
roupa em geral e ub5 f@Ra?, tap, rcatir,
e corn estas dicgDes formaram outras relativas ao trajo;
lllas em HIRIRI achamos j h diccaes inteiramente diversas umas d w outras como aicdzd pamltts velhos, eruld panrmo.
raya de pindoba, rd reslide e tudo i s h para denotar nnp.
Para ultimarem-se estas ligeiras confronta$ies
observe-se iim facto mais geral, apreciando de @e
maneira iima dada iiocao era expressa nos diversas
dialectos, notando-se assim o remota ou proximo
contact0 que tiverani entre si as diversas hodas. Do
confronto das dicc6es para unis s6 nocso nao 6 just0
tirar inais amplas concluaes, mas deiitro d e s b introduccao nao ha espaco para mais.
Agua ns LINGUA GERAL ou A B A ~ E ~ N Gdiz-se
A
y e na
inesiiia lingua ha tambem ty para exprimir liquidm
genericaniente, e o ndjectivo ay a p w . No IECHUACALLU e creio que no AYUAWA qua 6 tow e yaac ou yaco ;
110 CHILIDUGU afinal 6 co. Esta ultima dicgso 6 a syllaba
final do segundo nome HBCHUA, e em unu 6 possivet
suppor-se aanidade do u coin o y da LINGUA GEBAL.
Nesta lingua por6m temos ainda o verbo tykri liquefazcr-se ou adjectivo Ilquefaelo, e a segunda syllaba desta
dicczio reporta-nos a0 CHILIDUGU. Para o verbo cha,vep
e o substantivo ehuva tenios na LINGUA GERAL (escrevemos (Ig.) por sbreviar) laky (o&y-clta,ve), no CHILIDUGU
(cd.) mzun, e no MECHUACALLU (kc.) para. Esta
ultima dicqso parece-ae coin pard mar na (lg.) onde
ainda lin painwi ria, (ou o qiie parece mar).
Estm vozes varnos nds nchn-las, mais ou menos
alteradas, na inaior parte binao em todos os dialectos
oil linguas de ciijos vocnbularios deu von Martius
extractos no 2 . a vcilume do BEITUAGIL
a& significaqdo
9
wotx+se que uem sempre as variant@ de escripta
correspondem ti verdadeira mudrtnca de pronunciqao ;
0 mesmo som C exripto de modos diverso.+ segundo
'os auctores e o valor dos charactares alphiibeticos na
'respectiva lingua. Alhm dish frequenteinente a mesma
dic@o parece differeiite s6 p r q u e vai accompanhada
b
de uma partictila deteerrniuativa, de u:n pronome etc.
Temos primeiro 16 dialectos de gente OS. A diqso do
CHILIDUGU (co ouko) com as variantes cou, kt6, buapwsenb - s e em 7 (Slvez 10, p i s nos vwabu1ario.s faltaa dicceo
mrrespondente a agaa em 3) dos 16 dialoctos que Martius attribue $s gentes Gb. Em msis um (0 maET6) @@a
6 designado por c & d : t , que se p6de referir aa mesmo
radical m. Em 3 vem zd, ai, sin significsndo agw e
est@ reportam-se ao EIBIRI dzu (que jti vimos corresponder de algum modo ao ty da LINGUA G I Z R A L ) , ~
mmo a d i q i a m i - t c h (do TWUNA). -4final no C A T ~ Q V I N A
vem uata-hy que reporta-nos il (Ig.)y agrza; este
d6m disso compije o verbo beher corn L m e m a
dic@o u da (la.)cc:iio dizendo bebcr qua, e a final bvw
diz g h d y , (Wti csfeegar i w p a (lg.) No MA SAC AX^ (iim
dos 3 a que faltou dicxgto para spa) yein I Z O e h a .
No G U I L Y C U L ~no
. ~ , GIJANA, no GUACHI veni respectivament: ni@ ou niopdi, ILQWUZ, e u a t , das quam a 1:
dicczo reporta-nos ao co do CHILIDUGU, e as outras a
UAU e YQCU do KECHUACALLU.
DQS5 dialectos COYATACA, 3 trazem e o d m n , cuwzrh,
cu%uang para agw, 1 d a tiawj e 1 feign, os primeiros
reportando-se RO radical eo, os sqyin 10s um pouco ao
ty (la (lg.) e ligando-se pelas ultimo.$ sons que SBO
n d e s ao modo de designar aguc nos dislcctm CBEAI.
Nos 11 dialectas da genie CBEK ou UUBRBN vemm
~
m,&mtd, maguen e Nhnrnan, e somente divergem: l..,
muito, o 'PArAOON, qlle dB 8uTTrs; 2.#,menos, 0 MALAu
que d& ke&k ou chechk, sons suceptiveis de se repor.
kRrn ti' (19.)onde ternos by thsrr, k p y cofmgap, larar, e q
radical de ysy mima, pmm,etc. ;3 . O , o CAM& que dh goid,
p m h i v m ter 80 BUAYCURU e a final 8.0 (cd.) As outPars
d i c e lemhram d'uni Iado y--Wana agua ~ r ~ ~e do
l eoutm
,
1&1 mu?=uvruti a n m ne (Ig.)notando-se que aman@
(md-y) significa a p a de &uw, l e m ~ h d e ,e que amam
mais para o norte e a final em dialectm das Guyanas designa propriamente e h m . AIBm disto em (cd.)
d m ~B ~mat&, e eLmre m a t 4 4 e a esta lingua 6 licib
referit. muitas outms dioc&s dos ciiaIect& GEIEN.
Nos 27 dialectas que Martius inxreve para
as gentes do tronco GUCH B noktvel : l:, que sm poucas
as que p d e m SP, reportar ao (cd.) e muitos os que
vi-ro ter LO (kc.) quer em relaaisio 5, diegao u ~ uquer
b outra y u v ; 2.@,que o vacabulo lk.) para a p nao
tsin quasi nenhiim aualogo nesses vint.: tanto$ dialeetos. Si pois se levesse B confronta@o a o u t w dicc e S e se achasse o rnesmo, ficaria cornpletanzente
demtado o gruparnento desses 27 dialectos feito POP
Martins. Mas vaiiios As diccoes que exprimean ogw,
e acharnos utt&t, m y , twu, m y , d n d (ou ti& ou auMY), y ~ i wmi
,
(QUmi). ~ i c a a ie t a m b n i d w a , Eborcu
(011 dttnct tatnasa) e aicdu oni p a s t b a que se repetain a
W ~ C Mdo (kc.) e que S ~ Q
as variantcs de 14 dialectas,
@u antes 15, levando-se ern conta a dit+ do CbriAYIRIM, que %Ita, mas que d& woeny significando i o .
Filiando-sa A outra dic@o yacz6 do (kc.) temos 8s vafiaiites u&, mca, ~ Q W E ymac
~ ,
(utlcu, kuhw) para
'
4 dialectss. Reportando-se directameute 6 diccao da
(lg.)y e m o s uhu (ou UY 1, OY, UUY (ou ~ U U ~ Q Ypara
)
3 dialectos, e mais outros 3 incluindo o KIBIRI, o SABUJA e o PIMENTEIRA; mas note-se que destes dois nltimos nlo vern o vocabulo para agtaa, e que no PIYENTBIRA vem chun tujang, que reporta-nos ao tronco CREN.
A final nos 2 dous iiltimos dialectos que faltam
para completar os 27 do tronco GUCK temos oarn, cooars, ghoara no JURI, e ests expressso escripta tLo
instavelmente parece-ee corn y-kucira POCO, foste em
(Ig.) Por ultimo no dinlecto CARAJA vem be-ai agia,
biou chwa, bar0 io e two lsgo; este ultimo parece reportsr a ?mu do (kc.) e bero talzez seja referivel a
ybzira nasceida I'agua em (1s.)
Nos 9 dialectos de incerta affinidade temos :th1; no
BARB referindo-se ao (kc.), deco no CURETU, oghcog no
COBHU e TUCANO, thaco no JUPUA, noghboghco em nm dos
YIRANEA, todos indo ter a0 (cd.) eem parte S (Ig.) No
outro dialect0 MIRANHA temos nohwi e eubi das quaes o
lo lembra composiFo de unu e y e o 2" 6 comparavel
a ybzir da (lg.) o qiie se repete em mulid o vocabulo
do COERIJNA Enfim no JAUNA vem hoggoa que lembra
ykudr da lg.
No JUPUA, cujo significado para agua t h c o leva a0
(cd.), apparece PO-iipecumar, e ypilkzi significa iigua eomprida
em (lg.) Como esta ha ainda outras coincidencias.
Al6m destes Martius ainda apresenta glossarios
de tribus dos limites do Brazil. No dos ARUAC vern
uruni agwa; e na taboa transcripta de Schomburgk
comparando 16 dialectos de tribus da Guyana vem
agua em ARAWAAK uluniabbo, tuna em cmmi e mais
9 dialectos, oni em outro, wiine emoutro, referindo-se
do (k.) b s 16 comparados s.6 fica desconchsvado
vocabulo hishamina do dialect0 WOPAWAI. De rnais 7
dialectos dos confins do Brazil 3 pdem referir-se
ao (kc.) e s&o: o OREGONE que d& ui)tae, o COCAUO
%ad, o PEBA a h . Divergem os outros que diio: o
YAGUA lacsha, o PANO a m p v w , o IQUITO t i p a (talvez
de lingua europea) o ZAPARA tnwiccin.
Consideremos as divemas orthographias, e as inc a ~ * r r q ~des escripta e ainda menores ser& as dissimilhmicas.
No Glossuvia vern ainda vombuIariw do TAINO,de
dialecrtos de Cuba e okras ilhas, do OYAMBI, do PALICUR
e do GALIBT. No TAINO urn Bas nomes para agua B ant&
(v. Q ~ R G (lg.),
~
na ilha de Cubs veal apt~ua(de certo hespnhol) significando rb e W u n u mar mmo em KARAIBA;
M OYAMBI vein Q yaaa, U ~ Q ' N Mc h o que B evidentemente da (lg.); no PALICUW olai vai ter ao (kc.) e do
mesrno modo o GALinI bo%tlaa, si bem que no mais o
GALIBI parece mais aparentsdo CQIU a (lg.)Esta rnistoPo nlo B de estranhar p r q u e por exemplo no OYAo
incontestavelmente diaiecto da (Ig.)vern ulai a p r ,
KARAIBA jh virnos tuna.
Na lingua do3 MOXO am qua- Martius filiou os
G ~ W , sgma B w e corn0 no (kc.), entretanto que no AYYARA que se diz fonte do (kc.), agw B hum, e a rlle
parecern referir-se o VILELA twz e o YOBIYA totni. 0 TAYAMACO que Gilii Gonsidera paxnte do CARIRE e diverso do YAIPURB exprime agw corn a vo% tusa, da
mesma origem que o w n i rla MAIPURB.
0 CEIQUWO (a0 qual talvez melhor filiasse Martius
G'WA
wsim como no
LXX
o
HIRIRI) exprime agiia por tuus que 6 mais cornparavel a dzti e como este p6de reportar-se a ty na (lg.
tanto mais quailto cliz ocivks pi@ que lembra Y-SYQ
agoa comnte em (lg.)
Resta-nos vbr como vein express0 agar nos 8 dialectos TUPIS incluidos no Gkossnriu linguarim. .No dialech vulgar do Par& vem hy; o sr. dr. Coub de Magalh%es w r e v e coin um i especial, o padre Ekixas y
e eg, G. Dias e'; jt'i se vb, 6 simples questFi.0 de orthographia, donde se infere o que ir& pelos outros vombularios formndos por t%o diversas pessoas. No dialecto M U N D R U C ~ vem hu, ainda mem questgo de
orthographia. No APIACA, podm jh vb-se grande differeqa pois vem quat-darumuu; isto 8 phrase e n m VOCBbnlo que tomou Castelnau, e qiieat8 certo ponto @de ser
explicado pela (lg.)y-kud tare t n h - i c manla tm (rlguem) ihnh ;
que o APIACA B dialecto da (Zg.)nso r a t a duvida, pois
o mostram outras diccijes como ~ P O J rk,
Z ~ amaim e k n
epeu (y-pi?) lago, etc. No CAYOWA veni eu-.usa significaiido rib e ips; inns isto foi tambem mol apanhado
pop Castelnan, pois y-awi significa vi@, travmia de ric;
que B dialecto da (lg.) prova-o todo o vocabolario e
bmta-nos verrnos R-OU behe (a-u en beha), &-tu (&y)
&ma, eu-mititn (y-mir;) rilaein, etc.
0 E O R O R ~ dado coin0 dialecto TUPI tem muits
mistura, e para se vbr basts examinarem-se as dicg e s ikdcwzi agta ou ric, u t m r i l m h , ca,nnia, kip, doului ekra, ikoaouici Mw. 0 O M ~ G U A jh vimos que 6
dialecto da Zg. mas que tein vocabulos do (kc.)como
uni agra. 0 ARAQUAJU estb no mesmo caw; ts dialecto
,
da Ilg.) crivado de vozm do (kc.) mmo tuna I ~ I Y Ietc.
Do MURA o deficiente vocabulario que figura no G h -
LXXI
-.
-
sa& nada prova, mas B certo que elle pertence a0
tronco da (Ig.)
de b d o insufficiente a confrontaplo dos dialectos ou lingua3 em rela@o hs dicGcies para uma s6
nocao, mas nem ha lugar para mais, nem por falta
de tempo jconfesso) me foi possivel levar a confront a F a grande iiiimero de noccies.
Limito-me a este tosco e mal alivanhaclo debuxo
a respeito da lingua rcrRiRr, e nada direi da GAIRIRI de
que apenas conheco uni cabcl~istno, do qual se infere
que B quasi nenhuma a differenla entre urn e outro,
talvez menor que a que se da entre o TUPI do Amazonas e o GUARANI actual do Paraguay.
Nao fica decidido que o KIKIRI seja effectivamente
e no i-igor da palavra, dialect0 (la LINGUA GERAL mas
vbse que tem muito della, assimcmo do K E c ~ u A c A L 1 2 u
e principalmente dos dialectw PAMPEANOScoino o dos
CHIQUITOS de cujo extenm vocebulario desgrapdamente
nao temos sinao ligeiros extrachs. Limitando-nos a fazer apenas o confronto do K I R I I ~ Icorn a L I N G U A GERAL
vinios tambem que elle es;8 mais ou men03 eivado de
vozes do portuguez, e talvez ainda de vozes africanas.
As liiiguas ainericanas pnrecem-se extreniamentr?
na estructwa grammatical, e a d maiores differenqas
. que apresentam dao-se na parre lexica. Ahi mesino por
vezes a differenp est& na mudanca de certos sons
como se vi2 em paran8 da (Ig.) e balnna do KARAIBA e
outras liuguas do Orenoco, da Guyana e daa Antilhas.
Tendo-se isto em coneiderapo, isto 6 , que o r da
LINGUA GEPAL ( que tigo tern 1 ) vale 1 em karaiba e p6de
valer T P em outra liiigua etc., B possivel ainda achar-se
o parentesco de linguas como a SALIVA, a SITUBA e
LXXII
a
BETOYA
das margens do Orenoco, nso obstante serem
a 1: essencialrnente nasal, a 2.. essencialmente guttu-
ral e a 3." asperrima com o seu excess0 de TT.
Concldo aqui. Si bem que a BIBLIOTHECA NACIONAL
sob a direccao de v. s., actualmente sejil uti1 como
jhmais foi aos estadiosos, prestando-lhes os thesouros
que ahi estavam encsfuarlos iniitilinei~te, si bem que
v. s. prestadico e obaequioso se esmere em facilitar
tutlo aos que realmente q!ierem estudar, comtudo, devo
dizel-o, n8o soube tlproveitar bem esta fortuna, mas
v. s. sabe que em parte 6 porqiie a devogdo nzo p6de
preterir a obfigaplo, e beiii pouco terupo resta para
applicar-se a estudos de linguas de indios.
Restar-rneha pezar de que v. s. BO l& este apontoado, em vez do que esperava, fique descontente da
sna insufficiencia e imperfeitp. Quem, porkrn, dh o que
p6de iiw inerece censtira e v. s. como todos os que sa0
dotados das mais nobres qualidades doespirito, 6 natiiralmente benevolente e saber6 clesculpar os singes que
encontrar, E caracteristico dos homens sirperiores o
w e m complasceiites e boudosos, de modo que 11x0desapreciam inesmo as obras a3 rnais nioJestas e exiguas.
Couto coin i s h da parte de v. Y. e sei que me n8o
engano.
IEe v. s.
admiradar e. sineero a J g o
ARTE
DE
GRAMMATICA
DA LINGUA BRASILICA
DA NAGAM
KIRIRI
CO-jUPOSTA
Pelo P. LUIS VINCENCIO MAMIANI,
Da Companhia d e JESU, Millionario
nas Aldeas d a dita Nagso.
LISBOA,
NA Officina de MIGUEL DESLANDES,
Irnprel'lor de Sua Mag. Anno
de
1699.
Ao Leytor.
Difficultosa empreza pareceo a S. Ieronymo
em hum sugeito crecido na idade aprender novas
linguas corn as regras, & apices corn que aprende
’
hum minino da escola, como confessa em semelhante proposito na prefa@o sobre os Evangelhos : Perz’cubsosa prcimptio est senis mutare linguam,
& canescantem ad initia trahere parvuloruin. Mas
csta difficuldade foy generosamento vencido do
nosso glorioso Patriarca S. Ignacio, que de idade de
triiita & tres annos conieqou o ostudo da lingua
Latina entre mininos, para se fazer instrumento
da gloria de Deos na conversiio das almas, &
corn o seu exemplo presuadio a todos os seus
IV
Filhos, & em particular'aos que mora0 entre Gentios,
& Barbaros, para que nao julguem estudo indigno
dos annos aprender de novo linguas barbaras,
quado SLO necessarias para a conversZio das almas.
Conhecendo pois a necessidade que tem a
Naggo dos Kiriris nesta Provincia do Brasil de
sogeitos que tenhao noticia da sua lingua para
trattar de suas almas, n6o julguey tempo perdido, nem occupagzo escusada, antes muito necessaria, formar hiia Arte com suas regras, &
preceitos para se aprender mais facilmente.
He
vcrdade que como os naturaes della vivem sem
regras, & sem ley, & delles se n6o pdde alczgar
regra algiia de raiz, nzo parecia tgo facil podcr
Mas catudo procurei cij o
exercicio de algiis annos da mesmil lingua, &
acertav sem Mestre.
com o estudo particular della, tirar OB fidamentos, & regras mais certas, para que ca ellas se
formasse hiia A r k f a d , & Clara, quanto bawtasse para os
~OSSOS
Missionaries das Aldeas dos
Kiriris apr'ederE a lingua.
Wao duvido que fal-
tar66 algumas propriedades mais secretas, &
algiias regras mais recaditas, que n ~ se
o pudera6
'
ainda alcangar; mas pareceme que nas regras
geraes, que aqui se apontiio, nzo haver6 erro.
Pori? qufdo o houvesse, na;o he para se estranhar
em hfia lingua, que niio he natural ao Author, &
que n f o ti? livros, poi' onde se aprgda: & muito
mais sgdo que ca todas as suas imperfeiqaes s g p e
serS proveitosa para qua quizer uear della, em
qufto n f o houver outra melhor, & co'posta ca
todo o acerto. Vale, & ora pro me.
LlCENCAS.
Da Ordem.
Por ordem do P. Alexandre de Gusmao, da
Companhia de JESU, Provincial da Provincia do
Brasil, li a Arte da lingua Kiriri composta pel0
P. Luis Vincencio Mamiani, da mesma Companhia; & nella nso s6mente ngo achei cousa, que
encontrc B nossa Santa FB, & bons costumes;
mas pela noticia da mesma lingua, que adquiri
em dezaseis annos nestas missoens, admirei o
engenho do Autor em reduzir com tal clareza,
& clistinggo a regras certas, & proprias hiia lingua
n8o s6 por si mesma, mas pel0 modo barbaro, &
fechado, que usam os naturaes em a pronkiar,
muito mais difficultoss; pelo que julgo ser obra
VI1
mui necessaria aos Padres Missionarios dest a
Na$io, para alcanqar com facilidade, & brevidade
o us0 della, & melhor exercitar os ministerios
pertencentes 6 sua salvapb; & por isso muy
digna de se imprimir. Na missgo de N. Senhora
do Soccorro, 27. de Mayo de 1697.
Jocio Mutlheus Fuletto.
Por ordem do Padre Alexandre de Gusmiio,
Provincial desta Provincia, revi a hrte da lingua
I h i r i composta. & ordenade pel0 Padre Luis
Vincencio Mamiani, da Companhia de Jesu, &
pela noticia que tenho da mesma lingua alcanpada em dezanove annos que assisti entre os
Indios da meama napso, est& a Arte bem feita
assim na explicapa'o das regras, nos modos corn
que se usa dellas, & no estilo do fallar, & a
julgo por digna de se poder imprimir assim para
ensino dos mesmos Indios como para que ca mais
VI11
facilidade aprendam a mesma lingua os Religiosos que se empregam na salvaqfo daquellas
almas. Seminario de Bellem 8. de Junho de 1697.
Joseph Coelho.
.Alexandre de Gusmfio, da Companhia de
JESU,
Provincial da Provincia do Brasil, pop
commissfo especial, que tenho de nosso muito
Reverend0 Padre
Thyrso Gonzalez Preposito
G6ral dou licenga, para que se possa imprimir
a Arte de Grfimatica da lingua Brasilica da
Naqfio Kiriri, composta pel0 Padre Luis Vincencio
Mamiani, da Companhia de JESU,Missionario
nas Aldeas da dita Na@o ; a qual foy revista, &
approvada por Religiosos della peritos na dita
lingua, por Nbs deputados para isso.
E em
testimunho de verdade dei esta, subscripta com
o mou sinal, & sellada cb o sello do meu
officio. Dada no Collegio da Bahia aos 27. de
Junho de 1697.
Alemmdre de Gusin6o.
Do Santo Officio.
0 P. Mestre Francisco
Qualificador do Santo Officio,
que esta petiqgo trata, &
parecer. Lisboa, 7 . ds Abril
de Santa Maria,
veja os livros.de
informe corn seu
de 1698.
Castro. Diniz. 1. C . Moniz.'
Fr. Gonpalo do Crato.
Vi os livros juntos, Arte, & Catecismo na
lingua Brasilica, &c. & n8;o tern cousa que seja
impediment0 para sc podere imprimir. Lisboa,
Sat0 Eloy, 19. de Abril de 1698.
Francisco de Satzta Maria.
P
Vista a-informaggo, podem-se imprimir os
livros de que esta petipio trata, & depois de
2
pressos tornad6 para se conrerir,
licenqa, que corrao, & sem ella ngo corre
Lisboa, 22. de Abril de 1698.
Castro. D i n k . I . C. Moniz.
Fr. Gongalo do Crafo.
Vistas as informapens, podem-se imprimir
os livros, de que esta petiqgo trata, & d e p i s de
impressos tornar6G para se lhes dar licaqa para
corm. Lisboa, 2. de M h o de 1698.
Fr.
P. Bispo de Bonu.
XI
Do Pago.
Que se possa imprimir, vistas as licenqas
do. Santo Officio, & Ordinario, & depois de
impress0 tomarb B Mesa para se conferir, &
taxar, & sem isso nso comer& Lisboa, 3. de
Iulho de 1698.
Ribtyro. Olivyra.
ARTE
DA LIHGVA KIRIRI.
PEEIMEIRA PARTE
2
CtRAMMATTICA DA LINQIUA BRASILICA
0 C m p r e se pronuncia aspro w i m mbse as
vogaes A, 0,U, mmo sobre E, 1, Y. E pwque nestas
derradeirar, vogaes o C fere brmdamente no Po~%~guez;
para evitar o erro que pioderia hav& esererendo-se
o C mm ellas, SQ intmduio o K, capzLcter Gwgo, que
Mmpre teem o som aspem mbre W s as v o p m : v. g.
K m p s , fino ; Kitci3 art?% Usa-se tamban 0 C m m
zevra quando tye 5egue h consoante T. v. g. T@e,
mortm: mas nos mais vceabzllos w urn de 5, por sm
mais natural o seu Ejbilo a esta lingua.
D, gS vezes se pronunda tam b r a n h m t e , que
apenrts se couhece: como nestas p a l a r m Id?, mgy;
Udje, legumes.
G, m p r e he
~ S ~ Xsobre
Q
toodas as vogam, &
porisso w esereve juutmenk corn o H. Quando
pnh tern amento cireurnflexs sobre si, se ha de
pronunciar brmdo com Ulspimq3o m g a r g m k 4 que
mal se enxergue : como n e s h pdavras, Gag, ~r &eirado; Ia@, cFianp; Rkaqe, velho.
H, corn as vogaes, & coasrosmh sempre be asppiraga guttural ; except0 quando se rPegue ao e, b N,
porque entlo f a corn0 no Portuguez nm vi1
Che, Nha, Nhe. $&a a s p i r w he muito a d nesh
lingua, por ser muifa guttural: mas para e v i k a
multiplicidade desta letm em t d a s as palavcm, que
pderis causar coufuao, u s m w della na emiturn
s4menta entse as vckgaes, & a deixamm nas conmantes ; & para esW sirva de pegra & i d , que s
eonmant%s T. KZ P, @em
mais ordinarimenk a
aspiraw do que as outras, mmo o urnI
ensinmh melhar,
DA NAOAY KIPIU
--
3
I, ne& lingua tem quatro vwdidades, duas
de vogd, & duas de eonsoante. A primeim he de I
vogal como no Portuguez: a segiinda de consoante,
coma tambem no Portuguez nestas plavras, J o e ,
Jaella ; mas mm som maia brando, v. g. Adje, quem ;
vdje, que. A terceira he de I, tambem vogal guttural,
a que os Authores d s aste da lingua&ml do B r a d
chstmbrklo I grwso, pois sa acha tambem nema lingua :
& assim como e l l s o escrevem p r Y, para o differenpar
do I vagal simplex, hmbem n b o e5crevemos co o
mestno camcter, p d m corn accent0 cii.cunflexo por
cima, assim, 0, para o differmcar de outm Y con~ o m t e , que se escreve sem accento. Pronuncia-se
p i s esta vogal como I guttiiral, & na garganta corn
w dentes fwhadw ; v. g. HMk, con& ; Pi, capim.
A quarta vocwlidade, ou m m do I, he de I c a ~ ~ e g d o ,
ou consmnte duplex, como usa0 ors Castelhahos na
syllaba yo ; & se iutmduzio hmbem na wcritura Portu.uguesllb, con10 nestas plevras, Mayor, Cayar: 6 por
im a merevemas tambem n a t a lingua por Y sem
acmnto, v. g. Bug:, gmnde, Ctqd9 noite.
W, nwta lingua sempre he vogal, nunca consoante. E porque em dguns vocabulm COBCOTM a vocalidade
do U vogd m m B vacdidade de V consoante, pars
pmnunciar corn propriedede essas duas vmalidades
juntas, se intmdtrdo o dubhi camcte~estrangeiro, que
,%eescreve amim W, & .%epronuncia com hii som misto
~ O U SVV, dm quam o segundo fica liquido, & o
primeim como consante : v. g. W w i , Padre.
0 til w us8 sobre d g k w vogaes para denotar
hii som rnedio entre Y, t N, & tem a mesma
4
GBAMMATICA DA LINGUA BRASILICA
~
pronuncia980 como noa vocabulos P o r t u g n m vsa,
Tu@, Deos; H i d @ , eu.
Usamos de dous accentes, hum agudo, & ouko
cireumflexo. 0 agudo serve para &regar sobre a
vogal, v. g. Saw&, paga. Ordinsriarnente se aha
na, derradeira vagal de todos cas vcmbulw desk lingua,
exceptyo dgGm p l a v r a s que nso acblko em sgudo0,
coma Bce, Ik, & slguns poucos vocabula% que a
experiencia ensinark. Sobre o til n8o se pwn am3nt.o
agudo, para evitar e confusw na escritura; mas
basta advestir que o til sempre he W U ~ Q . Quando o
vocabulo amba ern A, ou 33 sem amento, &C 5em t i l ,
se pronuncia essa vsgel a meya b c a mal pronunciadacomo E Fmncez n o fim da pdarra: v. Q.
Pide, est$; T e k i d h , n8o veyo. E havendo ouaccentas W d a s na mesms dicqso, he sinal que he
cornpasta, & cads huma das partes fim na m m p q i p m
corn Q seu aceento agudo: v. g. Tph
a k u n s poucm.
Do aecento cireumflexo ummw sobre &&a vogaek
que se hBo de pronunciar corn
g n t t u r d aa gw-ganta, ou a m som g m s o corn as h k p s feehadmi.
Desk modo sobre o A, denota que se ha de pmnuncislr
Com hum som que participa do A, t 0, 6 M
pronuncimdo o A c61uos dentes kchadas : v. g.
c m d o . Sobre o E faz hum E m&reito, & se f6rmr
fechando do mesmo modo os dentes: Y. g. t?@x,
Tapuyas bravos. Sobre o Y, jh 5e dime que f d m a
hum som guttural mettido 1& na garganta. Sobm a 0,
fa2 tambem hum 0 estmito pronuneiado m m os
bdem feehadas: v. g. P&6, varge.
&a cousa: v. g.
DA NAQAM ICIRIRI
Advirto por derrtldeiro, que a sylla'tia, T f i , corn '
til no meyo, ou no fim da dicpo, se pronuncia corn
aLgiia semelhanp no n o w Porkiiguez nas palavras;
ora+, Mao; ainda que o 0,mi10fica tam sensivel
nata lingua, como no Portuguez : w. g, H i e t i , eu;
, debalde; H&t@dl, n6s.
Os Nomes n a t a lingns n&o tam propriatnente
dish+
de geneiws, ou nurneros, ou cam3, mas o
memo nome sem m n & p serve de orclinario ao genero
masculiiio, & feminino, &o innnero singular, & plural,
B6 em todm (xs casos: v. Q. este nome Cmdzd, signifies Vaeca, & Boy, masculino, dE feminino, & sen1
variacSLo serve ao singular, dE plural, & do mesmo
modo serve a tdos as casw. Bikd erndzd, 1lG.n vacca,
ou boy no singular; Buyd emdzd, inuitas vaecas no
plural: Pacri cmdzi) hi&,
foy Fnorta hums vacca, ou
b y por mim, no nominstivo : Isd emdzd, sebo de boy,
no 'genitivo.
0 s numeros WrBm se distinguem, & entendem o u
por dgumas particuls, que significaa multidao, ou
p l m adjectivas numerws, QU p l o sentido, & modo
de Eallar.
3
6
CiRAMMATICA DA LINGUA BRASILTCA
As particulas que significlo multidgo, sa A , & Ts,
no fin1 do nome. 0 A , se us& com os nomes de cousas
que pertencein a gente, v. g . Viwud, rapazea; Bmhii!h,
ropw da gente. 0 Te, se usa coin alguns nomw de parentesco, & gente no plural : v. g . Birmde', irmws mais
mocos; l'idziie', as millheres ; Is&, os principaes das
casas.
Os adjectivos numerae;, que ,servem para, o singular, sao, Bihd hum ; Wachitti, quando significa,
segundo em ordem ; Wuehdnidikid, terceiro em ordein ;
Bihd bilid, hum & h u m ; Bihd c r i b , cada hii. Os
numeraes do plural sao, Wadtdni, dous ; WachdNidikic,
tres; Suntarci or&, quatro; Afij bihd misg SI^, cinco;
Yijrepri h
u
b
&
'inis6 sai, seis ; M$rapri wochhni t ~ i s l isad,
sette ; Biijrepr'i wachaaidikie viis& sui, oito; dlfdrepri sumarci or6.h sui, nove; dlf$cri603 mi$& sui, dez; dlfdcribce
mi& idrhd ibd ssi, vinte; Tc&, ou Buyd, muitos ; Cribre,
Cribmd, todos ; TVohoyZ, todos.
Os casos se conhecem ou pela collocacao do nome,
ou pelas preposicoens. 0 nominativo, & genitivo se
conhece pela colloca~Zo; porque o nome, que se segue
immediatameiite ao verbo sem preposicao, he nominative; ut, Such iiahuiue chi dipadz&, o fillio ama a seu
pay: & o nome que for ininiediatamente depois de
oiitro nome sem ter preposiclo, he geniiivo; ut, Erd
Tu@, casa de Deos. Os outms casos todos se conhecem
pelas preposicoens, porque neata lingua m o ha cas0
algum sem preposicao f6ra do Nominativo, & genitivo, con10 se entendera nielhor, quando tratmmos
das Pi*eposi$oens.
DA NAFAM ISIRIRI
g.
7
111.
Dos Pronow.
0 Pronome substantiro, Ego, iiesta lingiia f.dZ 110
nominat. & genitivo Hied@; 1105 outros CHSOB todos,
~ i corn
,
a preposicao que lhe convem posposts: ut,
ffidinhd, a mini ; Hdnhd, de mim; corn0 se dira nas
preposipdes. No plural exclusivo faz no Nominativo,
& Genitive Hiergdde, nh, dt! n6s: & nos outro.; casos
Iri-de, com a preposipa que pede o caw no ineyo, ut,
Hida’ahode, a n6s ; Hiembdad, corn nosco ; U i ~ d a d @por
,
nh. KO plural inclusivo faz no Nominativo, & Genitivo bt@,ou ktpia; & 110soutiws CASOS cu, bu c&-@,
coin a, preposieao posposta, ou entreposta, ut Cudohd,
a n6s bdos ; Ctbtw, de nhs t d o s ; CUM, por nosso
amor.
Advirta-se que o plural exclusivo se usa, quando
dizendo N6s, excluimos B pessos corn quem fallarnos:
v. g. Paesi wadad hinhadd, matarnos h6a YacCa eu, 6t
outro 5em v6s. 0 inclusivo se USL quando se inclue
a pessoa com quem fallamos : v. g. Do pd cund, matemos ambos, eu & v h . Advirta-se mais que algtias
prcposie&es tem diversidsde na coniposi@o corn o Pronome: o que se explicars melhor, quando se trater das
P r t p ~ s$ea.
i
0 Pronome Tu, faz no Nominstivo, & Genitivo
do singular Emat@ : & nos niais casos E , coin a preposi$Lo posposta, como se disse no Pronome Ego. No
plural faz no Nominativo, & Genitivo Eamtgda; C% nos
GRBMMATICA DA LrNGUA BXASILICA
-
mais cazsos E-a, corn a preposictlo conveniente no meyo,
ut E d W , a VI%; Emid, por v&s.
Os Pronomes Reciproeos nesta lingua Sio ti=,
Substantivo, Adjective, & Verbal. 0 i3ubsbntivo corresponde a Sui, Sibi, &; obdjectivo a Sms; o Verbal,
qiiando reciproco substantivo fim ria constrtnipizo d a t a
lingua por nominativo do v e r b , &z corresponde a
Ipsmet. Todos e t e s tres recipwm se formio corn
alguma destas tres partieulas D , Di, Dii, cornpastas
ou corn as pivposiwns dos C[LSO;S, se o rwiproco he
substantivo; ou corn os nomes, se o w5pmeo he adjectivo; 011 corn as v e r b , se o reciprwo he verbal.
A particula D, serve pars as prepclrsipens, nomes, &
verbos dasegunda, & krceim declinaqso. 0 Di, serve
pima as preposiqoens, nomes, & v e r h s da primeira, b
quarta declinapa. 0 Dii, para w da qiiinta.. Eis 0s exemplos de to& as tres particulas em cada hum dos tm
generm de iwiprocclrs. Do r e c i p ~ ~ cswbstantivo,
o
at
D h h d , a si; D e r h h o , comsigo; Dibdd, de si : advertindo que a este ~ c i p r o c osubslantivo, d h Cpta particula antecedeate, se costurna ajuntar, HQ, no fim,
5e tl preposiFo nm o tern de seu natural, v. g. DimM,
de si. DQ recipmo adjective, ut DamW, sua p g a ;
Dipadz&, seu pay; Dtdjrd, sua hrriga. 3% w i p m
verbal, u t hrricri, elle m e m o tern pejo ; Di&ikiula@i
mi, tem compaixao de si: Did& elle mesmo v6. .
Os pronome3 relativos Hie, I&, 16k, Jpse, Is. se
S o nomiriativo do v e r b , se expliao com o artigo
proprio da terceirs pmson. do verbo, como se dish
mnde se tratar das verbos: v. g. Swd, elle ama;
I d o , elle furta. Se mes relativos servem QO verbo
'
em outros casos, se explicso com as artigos I. ou s,
conforme he o artigo da terceira pessoa das preposipen3 que concordao corn o c'aso; ut. Idiahd, a elle;
smbdw, corn elle; Srrf, para elle. Se este pronome
relativo he dernonstraativo, se USL dias dicqoens segnintes.
E d , ou I$& este; no plural ftbz Eridzti, esks:
mas Ighi nao ten1 plural; eervE para Q genero
masculine, k ferninino, & pare todos os cams.
E d , esse ; no plural ftbz E&, se falla de gente.
R o M aquelle; no plural fax R&&, de gente.
Wpd, ism; n m tern plural.
Cohb, isto, este, esse ; nso tern plural.
Todas se us& na mesma f6rma- em hdos os
cayos.
Os pronomnes pmsessivas M e w , Tuiis, Nmter,
Yeder, se explic%o corn hum artigo, ou yarticula,
que se ajunta aos nornes, conforme se explicara no
paragrafo seguinte.
Do relativo QHI, Q u a , Q d , veja-se na Parte segunda, onde se trata da Syntaxe do nome relativo.
Drs Declinagoens dos Ifomes, Verbos,
L Praposipaens pelos Pronomes.
Os noms, & v e r b s nata lingua nm tern diversidade alguma entre si na terrnfnaw dos C ~ Q S &
,
.
~
DA NAQAU XIWIWI
11
12
GRAMMATICA DA LINCfUA BRASILICA
primeirs syllaba, ou letra, que serve de possessivo, ou
de pronome na terceira yessoa do singular ; porque eshs
terceiras pessoas sso t d a s diversas, ainda qiie em algums das oiitras p6dem humas declinayens ser conforme as outim. IEessas terceiras p s o a s facilmente
se tirso as segundas, & primeiras pela wgra que se
poz, conforme fazam tambem os Latinas, qtie das segiindas tirZio as primeiras, & teiwiras. De maneira que
elles dao por regra a. desinencia dols casos, & pessaas; & n6s o comFo das mesrnas pess~as.
A primeira Declina@o he das Nomes, b Verbs,
cujo artigo do pmnome pwss$ivo, OQ subsstantivo da
termira pssoa he I ; ut o nome Pad&, pay; Ipdzsi,
seu pay; V e r b , Cdd, furtar : 1 ~ ~elle
3 , furta.
h segnnda Dxliua@o he, cujo artigo do pronone
na terceira pesfaz S ; ut o nome
S m M , sua pact. V e r b Araneerd, ter pej
elle tern pejo.
A t e m i i q cujo a r ~ g oda temim
faz & ;
ut o nome, Ebatqd, unlia ; Sehyyi, sua uiiha. T e r h B i d ,
descansar ; Bid, elle desansa.
A quai% cujo art@ rla temeira pssm faz Si;
at o nome Butd, mncho, rnorada; StWd, sua mora&.
Verb0 Pd, ser mot-to ; Sipd, elle he morto.
A quint& cujo art@
ds texeira p m a faz Sit ;
ut o nome Bird, barriga; Sub$rd, sua h r r i g a . V e r b
Ucd, am=; Sued, elle ama.
Conforme as ditas i”eg-ras daremas agora o exem-
cy
14
&AMMATICA
DA LINGUA BRASILICA
Be&, borda de matto.Be&, orelha.
Bed, triste.
Bmd, tronco.
B i d , traque.
B i d z a n d , capa.
B8, Ph.
BJdi, cinza.
Bik.2, irmm mais mo$a.
B J m , irmso mais moco.
Bd, brapo.
B o d , algibeira.
Bdzd, machado.
Bu, espiga.
Bu&ngMd, peccado.
Buwenkd, uruch. .
Bumpi, frecha do milho.
Bucutd, c8as.
Budezod, sepultura.
Bunhicd, mor.
Buonhetd, bondade.
‘ B u d , casca.
BuyZooM, corpo.
Buyd, muitos.
Cadam$%,vea.
Canghift?,obra boa.
Cay;, manhaa.
Cd, caroco.
Cdd, testa.
Cohd, fedorento.
Conecd, toutipo.
\
DA NAQAM KIRIRI
C d d , virote.
CT&, peito.
C T W M ~ caixa.
~,
CT@T&, tOrH0.
cT&Cd, CUy%
Cmcrd, secco.
Crodi, robusto.
C m J , nh.
CTO~&, guerra.
Cmdd, denso liquor.
C T ~ rabo.
,
Crudzad, cofo.
Crutd, pmno.
Cu, liquor.
C u d , tio.
Cud&, joelho.
&de?&,
tia.
&held, cawador.
Ds, msy.
Denlad, guarda no caminho.
D$, cabello.
Dd, piolho.
DUM, ayo.
Dzd, dente.
Dzaed, sogro.
Dzd,
nome.
Dzedzd, irrnga Inais velha.
Dzidd, camerada mulher.
Dzd, mezinha.
Dz6, sobrinho.
Pzd, agua.
15
Hd, tripas.
H&r&, tronco de PO:
Hmaadz%, cavaco.
Hi), f i ~ .
YOCTOT~,
anzol.
Yuriz, priaca &ha
Y&d, sobrinha.
Yam@ tacoara.
X$.ti, bolor.
KGchi, coma.
M d d , milho assado.
Maad, t e a .
Maad, pliqrcda.
Me, osso & ginipap.
Meld, campo.
Mei a d , ferro.
M&fi$, contas.
Mu, raiz.
Mu wi, embigo.
Muad, r d e de pescar.
ilfuld, opilaqgo.
Na mbi%nariz.
ww.
Ne,
N e h d , hr3bl.a.
N ~ c d ,cousa gumlacla.
Nfmhi, rwgate.
Nhe, membro Tiril.
&hecad, fanhoa.
N h e p d , crista de gallo.
Nhik2, av6.
Nhd, menino.
Nbua&, sobrinho.
Nu&, lingua.
Pa&&, pay.
Paiaedad, tio.
Pa$!, tio.
P a d , cwhimbo.
d, pdma do pB.
P$6d, k m
lW, d e .
W , olho.
.
Prn, Varg?.
hdd, deshonesto .
Po$, imm mais velho.
Pot&, medonho.
Pmb&. ctnyetb.
P'dd, figado.
Pri, fangut?.
Par&, fior.
Ra, macho.
Rd, V e S t i d O .
RW&d, panellab.
Sd, godura.
Sadd, espingarh.
Saiba, wbam.
materia.
SC, senhor.
Sa&,
si,
COra~W.
Sinla&, successor,
som@, pendao do milho.
Soncd, ourina.
Sondd, teaticulos.
h g d , pennas novas.
Tgambd, cabeqa.
Tprerd, gaita.
Tcetd, miollos.
Tcetd, corcovado.
Tphhd, fel.
Tgoncd, ponta.
Tpncup;, cachaporra.
Tfdhd, homem, gente.
Te, sobrinho, & netto.
Tehatd, ilharga.
Teipri, arteria.
Tekd, netta.
Tenhd, sobrinha.
Tidzehehobd, relampago.
Tinghi, canafrecha.
Td, avb.
T&, polpa.
Wanherhd, fazenda.
Wanhubat@, qoinhao.
Warard, instrumento de tanger.
W a r d , espelho.
Was&, esquerdo.
Wd, camipho.
Wodd, bebado.
Woyd, se5o.
Wd, perna.
Wongherd, pobre,
w0t-8,bra90 de caminho, rio, &c.
Word, costas.
\
ipterprete.
E todos 6s nomes compostos dos nomes referidos.
pop esta mesma declinqo tomso os pronomes
eom que concordlo as Preposicoens seguintes :
Bo&,
ou Bett?, por de espers.
Bd, de.
De& corn.
&ant?, por medo.
No, de, por causa.
Pen&, em presenca
wOrO9d,
Wd&d, at*.
Wonkehhd, debsixo.
Exemplo da segunds Declinaqao. Am@, paga.
Singular. Hiambt?, minha paga. Ey~mbd,tua paga.
Sadt?, sua paga.
Plural exclusivo. HimxMJ, nossa paga, nlo vossa.
Inclusivo. Camid, ou Carnbed, nossapaga, 8~ vossa
paga. Eyamkd, vossa paga. &nab&, sua paga delles,
ou s u a pagas.
Advertencia. Nesta Deelina@o,A dous modos se
wcreve o plural inclusivo. corn os nomes"@amepados
pop A, se exwve POP C, u t Carnbb: :at com os nomes
cornqadas por E, se escreve p r K, ut K d M , noma
criacao.
A esta seguada declinacm pertencem os nomes
seguintes :
A d z i , alma.
Am6d, paga.
Ambd, tocaya.
JA BRASILICA
~neaprd,por culpa.
A d , comids.
~ m p m ! fronteiro.
,
A w M , prato.
'
Era, folha.
Eep.idz6, verilha.
Einlu', noticia.
Enki, criago.
Erd, easa.
~ t s a m l j ,parente.
Etsihd, proximo.
Ewd, r s t o .
E as preposifies seguintes:
A i , para.
Aib;, de.
Ainij, para.
EmboSaa, eom: & t d a s os mrnpstos das nome5
aeima.
A esta mesma dmlinago se rdnzem os nomes
seguintes :
. Mard, eantiga.
&@sci, m8o.
wati, azedo; & a preposisso M a d i , corn de
carga: corn esta differensa dos outros, que depois do
artigo de cada pasma st? ajunta hum A, assim Hid,
e@, sd, &e. ut Hiam&&,minha mlo. Eyam&E, tua mso.
SscmjsE, sua mgo.
Exemplo da teiqeira h I i n a @ o :
E ,unha. '
Singular. Hidz&$,
minha unha. Edz&@, tria
unha. &yd,
sua nnha.
...
!a
QRAMMATIOA DA LIN(fUA BRASILICA
Bxemplo da quinta DeclinqLlo.
B i r d , barriga.
Singular. DxuBird, mihha barrigo. Ab$&, tua
h i T i g a . Subgrd, sua barriga.
Plural exclusivo. DzubQrddB, nossa barriga, nm
vossa.
Inclusivo. Cub;&, noma & vossa bmriga. d b $ d ,
vossa barriga. Subgrod, sua barriga delles, ou sua8
barrigas.
Advertencia. Os nomes desta Declinacklo eomepdos
em V, perdem o V natural na composica;o dos artigos
de todns as tres pessotts: u t Vmd, cunhado. Dzuzod,
meu cunliarlo. AwB, teu cunhado. Suwb, seu cuuhado, QEc.
A esta quinta Declinaczo pertencem todos os nonies
coruecadoa em V, QE os nomes seguintes:
Andzd, pannos velhos.
Awi, agulha.
Dabasire', espcta.
B d , instrumento de boca.
Budi, ornato de pennas.
Ba rci , bal ay 0.
B d d , collar de osso.
B.$r*d, barriga.
B$b$td, palheta de jugar.
LloOtouiin%, escrtivo, presa.
Bubaiigd, rabisco de fruitn.
BubChd, foriio ou alguider.
Biuxntk, capoeiiia, rocatlo v elho.
Bibdid%, guirajao.
Buibtl, cabap.
B i b i d , frecha.
23
DA NAQAM IIRlRI
-
Bumld, pappos.
BwuhdY fUS0.
Cotd, comer que se guarda.
cra@d, cacim ba.
Cm,alfange.
cre;a&, murapirilo.
cr@, rrssado em covas.
Crqahd, fouce.
Cd, padra.
Cronhnhd, milho cozido.
CunuM, p6 que fica da farinha.
Curd, colher.
Dam$, c a r p 80s hombros.
mtdY couza pizada.
Mi, cerca de p o s .
DzLt&, embire 011 coda.
Ecur&bu$, C a superior.
Biwrd, eseap.
Eppd, c m e i m de niandioczl.
Et&, algodm.
E d , ralo de ralar.
Ib$, c a r m
In&?, criaapii.
Inid, concerto de ferramenta.
Yardzi, s p r a
Yeund, gancho.
Keidd, gei to.
Keilead, diligenk.
Ki&, osso da garganta.
Kghiki, peneira.
PBl't?tlS, O U Clal7I d0 QVQ,
&C.
-24
GRAMMATICA DA LINGUA BRASILICA
M a i d , farinha de milho fresco.
.
Meed, sinal no corpo.
Merebd, girao para moquem.
~QmQcd,fita.
~ $ 8 , genro.
NhupQ, vinlio de milho.
N ~ p l j ~ instrumellto
d,
de tirar fogo.
Pepd, phis de jugar.
Pub&, fogaga.
Poponglci, roca de fiar.
Pretord, mentiroso.
Rengkd, marido.
liind, came salgada.
Rittd, velha, mulher.
Sapchicrci, monte m6r de cousas comestiveis.
Sdd, saya de pindoba.
Sebi, cndeiras.
Sekiki, ciirimb.
Serdd, arm.
Seti, cord so.
Seth, cesto.
Tayh, dinheiro.
Tam?, sguilhada.
Tasi, eixada.
Tgd, cousa moida, pizada.
T p i r h , assovio de. rabo de tath.
Tererd. corropio.
Tinhd, alcofa.
Tocractl, marca de ferm.
Tor& cortezia corn 0 pe.
Mar&, inimigo.
DA NAQAM KIRIRI
Torun%, carts, livro.
Totonghi, bordiao.
IVumndzei, meziuha.
Wamrb, bejh.
Wamdzd, boca.
Warudd, bolo de innndiocn amassuda.
werard, prato para fizar l o u p .
Wirnd, abano.
Wiraprar&, engenho de moer'.
Woamrb., tear.
worobg, novas.
IVortUyd, espia.
A eeta Declinnqiio se reduz o nome Is&, fog0 ou
lenha, que usando-se ordinariarnente pela primeira
Declina@io, quando 88 quer declarar o possessor da
lenha, se usa pur esta quinta DeclinacBo, & entso
perde o I natural na c o m p i $ % o corn os artiigos :
v. g. D z d , minha lenha ; AS&, t u s lenha ; Susz'e, sua
lenha. E do m e m o modo se decliiia algum nome
semelhante, que a praxe ensinarh melhor.
9. w.
0 s V e r b s clesta lingria se dividem em cluas
elasses, Passives, & Nentros. Chamo Pa-ssivos aos
que tem s i g n i f i e a ~ ~ propria
o
passiva, nem sa0 derivados de outms nctivoa, como em oritras linguos :
ut, Di, ser dado; By,ser levaclo.
Chnmo Neotins a.os que t2m significnpao activa,
ou iieUtPa, & n8o se p6dem fazer passivos: porqtie
ainda que alguns tem a signi&a@o activa, eomo
u&, amar, com tudo n u lhes mnvem 8 defini$Eodns
activos de se poderem fnzer pmivo8, nem a pricneira
regra da constmigo dos acbctivoe de pedirem o ac~usativo sem preposigo; puis todm 0.3 verb- desh
lingua p d e m prepsi@o, dc por outra paste lhes
convem a d d n i @ n clos neotros, porque d e b s ntio se
pbdem formnr os pssivas. E papa evihr toda -a
duvids, quem quizer, podex% chamal-efs Iiunu Passivm,
& o u h s n8o passivm.
Nao tern &a lingua, v e r b s u h b i t i v o , que COPmponda a Sum, ES; mas em lugar delle usao dw
nomes substantives, & rtdjectivcrs, que de noines se
fazem verbos, eon10 SB explicarh na Syntaxe.
As Conjugqoens do8 V e r h s n a t a liogus n&o.w
pddem distinguir @a diversidade que teiihz~ h t x i
dos outsm no9 mesmoe modas, k tempos; p q u e
todos os verbos qtinntos ha, se conjtrg&o p”r 11um
estilo, & com a rnesma termina@o em cilda hum dos
modoe, k tempos; 6 quem souber conjagar huin
v e r b , saber$ conjugnr a, todm do mama modo.
A diversidade tada que tern hum das ouhw, conskte
nas tres pessms, que se f d r r n ~man a3 artigw cooomposts corn os mesmos verbw, 6 eotms@emi a,
Ego, Tu, Ille, mmo se apont~u no paragdo antewedelate. De maneira que bdos as vwbos $2.0 de
hih canjugnqao, & se dividem ern eineo Declinaeo~m
pelw artigos dos pronornes, que SO varios conforme
a diversidade d w Verbav : & por isso -veja-w a divkso
dins cinca D e c l i n ~ o e n sp t a no prragrafo antemdente,
que serve tambem a w verbos, & 1$ dksen1os que he
28
GIRABIMATICA DA LINQUA BRASILICA
Neyittd, desejar.
Ne& Ntdoaghi, lem brw-se de cousii necejsnria.
N U , morrer.
Nhwahikid, ter saud:des.
NMd, eacspar fiigindo.
Nhkord, tar pregiiicn.
l$%ichm, ter viStade.
NhQisUgchi, causar cijpuix&o.
PehZ, tornar de press:i.
Pehd, enx \ir par.
Po&&, nadar.
Po@,
acordar.
R d , agastar-se.
Sacrd, rasgar-se.
T u d , desejar fumo.
Tgicrra, arrepiar-sc o cabello.
T p M , haver.
Td, yip.
TG, deem nbaixo.
Tidncrh, fazer cortczia.
Titi, tremer.
Tow07&&, iitolar.
T4, praticar.
TtqokQ, passenr.
Wukid, faltar.
Wadirilb, escmder-se atniz (ILL 1 i i h ~ u o u t a .
FVuwdtZd, jejiiiir.
1Psqhec9%, e 11 dou~bcer,se r ilo udo.
Wi, ir.
W i d , mennr coin n eabeca.
6
BRAHbfATICA DA LINGUA BRASILICA
-
--
WocIied, higar.
World,embehdar-se.
Wokre, cavalgor pao.
Woicr&aItd, aboyar.
Wonk&, Br ciumes: corn todos os verbos de-
rivndos dates.
A esta primeirrt Declina@o perbncem tambem OB
verbos passivos segiiintes :
Ilanhd, ser contado.
Bgpi, ser levado.
B&d, ser ensindo.
Yahi, ser concebido.
Y o r b , ser feito.
Net@, SBP sabido.
Nrtd, ser consirlerado.
N h w t i , st3r iembrdo. E tmbern os verbois
comecados em I, que nLo sao wferidos nas outrss
Declinnqoen; : alvertiiido que o .seu I natural lhes
serve de artigo da tercaira pessoa.
A esta segunda Declinaglo pertencem oq verbos
neutros aeguintes :
A ~ t d i ,lancar cheiro.
A T U ~ Z C Tter
~ , pejo.
Emchihi, folgar.
ErenCi, espirrar. Advirta-se o que se ndvertio na
segunda kclina@o dos iomes, que o plural inclusivo
corn os verbos comeqados por A, se ftirina com C : &
corn os verbos comeqados por E, corn K, iit Kerachichia,
n6s folgamos.
Presente do Indicativo.
Singular
Plural
Excl. Nid:eie&ld, n6s descausamos.
PInr. Incl. Keiaicdd, nhs &
v6s descansamos.
Edzeicdd, v6s rlescansais.
Sei&, elles descansao.
Advertencia. 0; verbos desta Declinacilo, coino
todos comecso por E, perdem o E natural na composi$50 do artigo da terceira p w o a , que he, Se, porque
o memo artigo o traz comsigo. Algunias vexes em
1uga.r do artigo, Se, da t e m i r s pessoa, usSo de-Idz ;
Hidz&icd, eu de:scanso.
Edreicd, tu descansas.
Seid, elle descansa.
ut, Idzeicd, elle deacansa: & entao reGm o seu E
natural.
A esta terceira Declinaplo pertencem 0s verbos
iieutros seguintes :
Bbayad, assoviar.
'
Eicd, sarar, 011 descansar.
Etbudd, guardar-se. 0 verbo
Ebaymi, se usa
tambein ds vezes pela quint& DeclinaTLo, tiranda-lhe
o E.
Exemplo da q u a d Dealinapio. do Verb0 Pa, eer morto.
Prsente do Indicativo.
Plural
Singuiar
Hip$, ell sou morto.
E$, tu es morto.
Sipd, elle he morto.
'
Excl. Hipddd, n6s somw
mortos.
Plur. Incl. Cuphi, ndrs &
v&s somos m o d s .
EM, V
mOrtQS.
Sipid, ellev sa0 mortos.
A esta qiiasta Declinaclzo pertencern todas os verbos
passivos, excepto os oito que se puaarao na primeira
b
Declinacao: & tambem por ells
decIintko os verbos
neutros seguintes :
Bd, estar.
-Bmizad, erguer-se.
*
Bakd, nadar.
Beiddid, brincar.
*
Bijpt-13, cair.
*
Bdnd, quebrar-se.
B.i@, o mesmo.
B$.&ripi, desviar-se das frechas.
BN, tornar.
Craruizai, c o r m o gmasrilho.
Cmpbd,' guerrear.
DUM, repousar,
J
GRAMYXTICA DA LINGUA BEASILICA .
34
S d , trasbordar rio.
Tap& arrebentar fro.
Tpnhd, estrepar-se.
Td, vir: he da primeira h l i n a @ o , ma8 hmbem
usa por esta, quando lhe precede abverbio.
TmdiokiB, lnttar.
Tidid, embarrar.
Ti&, chover.
Tiltiwi, alevantar-se, & irse.
Ti& 8, choviscar.
Todd, estar em @.
Toprd, desmentir-se.
W i , ir.
W i d , combetew.
Won.&&, perder-se no caminho. E mais os outms
verbos compostos, & derivados destes.
Exemplo do quinta DeclinsgZo. do Verbo Bch, op1pr.
Presente do Indicativo.
Singular.
Plural.
Excl. Dzuca.12, n6s nmamos.
Sucd, elle sma.
Plur. Incl. C u d d , n&s &G
v&s amamos.
A&, 14s amais.
Su&, elles amao.
Advertencia. Nesta Declinaqilo os v e r h comqados por V, perdem o MU V natural na composi@o do
artigo de W a s as tres pmwas, como se d i s e na
quiiita Dedinn$io das Nomes, b nqui se vB no verb0
Dzidcd, eu amo.
dcd, tu amas.
Vd,
A esb quinta Declinagm prtencem tr~losQB verb neut& comqadm ern U, & mais (w wguintm:
-.
36
t3RAJIMATICIY'DA LINQUA BRASILICA
.
paragrsfo pa,wado no presente do Indioativo de h i a s
as cinco Declinapenq. Agora, antes de dur hum
exeinplo da c o n j u g a e ghrul, d m m o s as regras pars
forinar os outros tempos, & niodos.
1. Eqra do Impsrfeito do Indicrrtivo.
0 Imperfeito do Indimtivo se fdrmn do Preente
do Indicstivo com ajuntar o adverbio Do,-dtd, ou D d ,
que quer dizer, E n a o : advertindo que Q Bard, se
piiem antes do verbo, b o k d r d , depois: ut T e d
d d d , on Dot4 i e d , elle furtava. Dtzmd domhd, eu
amava.
2. Ragra do Preterit0 do Indicativo.
0 Preterito do Indicativo se fhmo. do Presente,
ajuntando o. syllaba Cri, que se cornpoein coni o
mesmo verbo : ut Icolocri, elle furtou. Icalocrid, elles
furthrao. No plural o A ,
De, se poem depois do
Cri; ut Zlirotocrida', Iwtocrid.
3. Regra do Plumpi perfeito Indicativo.
0 Plusquam perfeito se f h m a do Preterito, njnntando o adverbio Docold, ou Do&, como se disse no
Imperfeit? : ut Icotocri docohd, elle f u r t h , 011 tinhn
furtado.
4. Regra do Futuro do Indicativo.
0 Futuro do Indicativo se f h m a do Presente, njuntando a particnla, Di, a toda II voz do presente assim
do singolar como do plural: & se 11.1 outro caw, 011
adverbio depois do vcrbo, o Dt se ajunta no derradeiro
-
F
37
DA NAGAM KIPIItI
+
da sentenpa: 11% I d o d i , elle fiirtarh: I c d d do Layudi,
elle furtarh dinheiro.
5. R e g m do Modo Imperative, & Permirdvo.
0 Modo Imperativo, & Permissivo se f6rma dos
tempas do Presente do Indicativo, precedendo a syl
l a b , a;ut, Do icab, f u r b elle.
Pwa o Permissivo se &junta rls vezes o adverbib
P d : ut, Do icdd pvh, furte embra, mas que furte. E
tmbern se us& no Preterite: ut, Do imtcrcri, furtasse
emlmra: Do pacri, mstasse embora. As vezes ern lu-r
de h,se usa de B6, quaudo o sentido he petlir licenca
mmo permissivtbmente: v. g. Bdiwi, deixayme ir.
6. Regrvr do Modo Optative.
0 Modo Optative se fdrma i h s v o z do
~ Indicative,
ajuntando o adverbio Pi&. Qxlslia: ut, I& pr&,
oxall&furta elle.
9.
Rag= do Modo CwJunctive.
Todos 03 temps do Edo8doConjunctiwo se f6rmao
dm mwmm tempo8 do Modo Indimtivo, pmedendolhes a conjunqao Nd, que signifiea, Se, Porque, Corno:
ut, Presente : Nd &:lisd, como, or1 porqrie en mno, 011
amando ea. Imperfeito: N o dzucd 4k(~cohd,sc: en entio
a m h . Preterite : N o dzirencri, como, oil porque, 011.se
e n amey. Plueqtiam perfeito : ATo dziieacri d a d i d , conio,
011 porque en linha aniwio, 011 se en tivera timado.
Futuro : 11-0 diwadi, se eu ainar.
0 Imyedeito do Conjrinetivo se f h n a tambem com
ajuntor ambos estes ndvcrbias, (‘d~6,
lJrala; nt, Cohd
7
"_..
I '
40
GBAMMATICA DA UNQUA BBASILICA
4 -
DA NAGAM KIEIRI
__--
41
claiwa, p r e y aqni o exemplo de hum verb0 conjugado poi- todos OS tempos, & m d o s : & para mayor
brevidade, apontarey dmente a primein pessoa do 1
singular em cada tempo; que he o que basta para
saber o modo para variar os tempos ; pois as outras
pmoa-s do singular, & plural SB conjag.ilo com a
mesma particula, ou adverbio da prinieiril, & &mente
5e mud it^ os artigm dos pmnomes, como j&se mostiwu
nas einco hclinacoens dm verbs, por todas as
pewas do prmente do Indicativo ; 4z quem quizer
mnjugar b d o o v e r b por tocirw as pess~as, nm tem
mais senao ajuntar a todas as pasoas do p r w n t e do
Indicativo, o que q u i se a j u n b &mente na primeira
pwS0Zl.
mnjugag&odo Verb0 COM, f U k P .
Modo Indicativo.
Hicad, eu furto.
Iwperfeito.
Hi&
dmeohb, eu fiirtava.
PPeBarito.
Hic&ri,
eu furtey.
Plwqwnm perfsib.
Himk3cri W d , eu tinha flirtado.
Futuro.
HitdMi,
BU
furtarey.
______-
42
GBAYMATICA DA LING,WA DRASILICA
---
Modo Imperativo.
PRSTlte.
. 1Eo hicold, furte en.
Futur0.
Lh hicdddi, furtarey eu.
Moldo Permissivo.
Futuro.
Bo hicdddi, deixai-me ir furhr.
Modo Optstiwo.
Presanta, & Imnpwfeilo.
t l i c d d pmh, oxal& furte eu,
011
furtha.
Perfeao; t Pluquam-perfr?ito.
Hical&ri proda, oxall t h e m en furtadlo.
Futuro.
Hicad pr& di, oral& que fiirte eu.
Modo Conjanctivo.
No hicold, porque, wmo eu furto, 011 furtando eu.
Vel: Hicdoinghi, quando eu furto, ou furtava j
tambem imperfeito,
44
QRAMMATICA DA LINGUA BRASILICA
Participio activo em Ri.
Prwente
Dicotdd, o que furta.
Preler i to
Dieoldcrird, o qiie furtoii.
Futuro
D i c d d d d i , o qiie furtar&.
Participio ucutra passivo em Te.
Presente
Hirolotd, cousa qiie eu furto, ou fiirtada de miin.
Pretar ito
Hicotowitd, coiisa que eu furtey, ou foi furtada de
mim.
Futuro
Hicdott?di, cousa qiie en furtarey, o:i ser6 fiirtade
de miin.
Nome verbal.
Hicod, o meu furto, ou o rneu furtar.
Outro verbal.
Hicolotd, causa, modo, lugar, instrumento de eu
fiirtnr.
Deste modo se conjugzo todos os verbos rlssitn
Neutroe como Pas.-;ivos. Por&mos Passivos tern algumn
differeaya dos Neutros nos Participios, &Z Supino : por
que os Passivos tem doiis Participios em Ri, liuni
activo, & ootro pnssivo, & a l h tlestea outro passivo
ein %,corno se disse na deciina Regra dos Participios ;
& ten1 mais o Supino passivo, que nil0 tern os Neutros.
-
_.-DA NAQAM KIRTBI
-
b '
1
4
-a
5
Xis o exempt0 desbs diflerencas no verbo Pasivo,
Pd, ser morb.
Participio activo em R i .
Prescnte
Dupri, o que mata.
Prebrito
Dupacrid, o que matou.
Fwtwro
Duprzrdi, o que matarh.
Participio passivo em R i .
Present*,
D i p v i , o que he morto.
Preterito
D i p m X , o que foy morto.
Futuro
Diparidi, o que sera morto.
Participio passivo ern Te.
Proseneats
Sipatt?, coum morta.
Preterito
Sipcrilt?, couea que foy morta.
Futuro
SiIpattUi, cousa que serh morta.
Bb dip$, Bb si$,
Supino Passivo.
para se matar.
Chamo v e r b s irregulares aqnelles que se apartgo
do modo gem1 de coiijugar, &z das cinco Declinacoens,
8
ah prque n8o recabem variedde nos ~srtigas,
p r q u e ern d g u m tempo, & modo tem dguma dive
dade dos outroa ; 8E nesta lingua S ~ I Qest@$ :
it&, comecar, ou esbr fwendo.
N&, poder.
Sans, querer.
Te, vir.
Wi, ir.
B m d , apresslete.
W6, caminhar.
0 verbo Id, cotneqar, ou esbr fmendo, n%
admitte outm t e m p seiiso o p r e n t e , nem muds 08
artigos das peswas, inas SI acomoda ern tudo B, Dedinag&, & Conjugaqzo do v e r b , que o @vena, &
com o' qual 'f semjwe mmpiwictm : ilk, Hicob~i.t&,&.oa
furtando. Emtoil&, e s t b furtando. Id&&, elle es&
furtando.
0 verbo Ratd, quaado sfnifice, eskr fmmdo, se
ma do inesmo modo.
N&, yoder, &in as me3mas propriedndes que It&?
& se usa do mesmo modo: at, Im&&6, p&e furtar.
~ ~ a t m & d-0i , p6de furtar.
sacarre, poder, ou qnerer, n30 admitte outro attigo,
mas nssim se usa em t d a s as t m s pssw, & ee govena corn as artigos d~ verh mi11 qne coneoda:
ut, &ne leimtd, quem furtar ; &m &b, quem furtar.
Td, vir, se cuiiju@ pela Coi?jugd@o geral dois
verbos, exceplo na segundn pessoa do Tmperativo, na
qual n8o .faz, Do e& conform a regre gem1 ; mas,
Peril, vein cB; 8r. no plural, Twad, vinde.
Wa,ir, tninlwm se miijuga como M mais ; excepto
.>
<
8
47
DA NAFAY ICIRIRI
-~
ne segunda pessoa do singular,
~
& na primeira L!Z
segunda do plural do Modo Imperativo ; 6 assim se
fbrma: .fhbbg, vayB; Baczbwid, ou Etnbdcuwid, vamonos; Embid, idevos.
Broed, he verbo totalmente Defectivo, & nso se
usa senso na segunda pesaoa do Imperativo, assim
no singular coin0 no p l u r d : u t , Brocd, vem de preasa ;
Bracad, vinde de pressa
lVd, caminliar, tambein he Defectivo, b nSo se
usa senao em perguntas, & repostas, v. g.
Made e z d , para onde vas?
Mo OechiB R i d , vou para a raca.
Node ewotl, aonde foste, donde vieste?
Bd hi erd him/d, vim de casa.
Nem tem outros tempos, ou modos.
-*-
PARTE SEGUNDA
DA
ARTE
DA LIWGVA KIRIRI.
Da Syntaxe, ou construi@o das oito partes da
Ora@o.
As Partes da Oraqao silo oito, Nome, Pronome,
Verbo, Participio, Preposiqilo, Adverbio, Interjeipao, &
Conjunqao.
De todas estas oito partes se tratta nesta Segunda
Parte, & comeqaremos do Nome.
CAPITULO I
0s Nomes se dividem em Substantivos, & Adjectivas, & dos Adjeckivos se dirivso as Comparativos, &
Suprlativos: & $ o d ~ sesses sera9 o materia deste
Capitulo,
Se na Orapao ativerem dons Substantivos continuados, que perten$o do mesma modo ao mesmo
verbo, o segundo se us8 corn a preposi@o Do, u t :
Logo vem o braneo meu amo : #fordsild C u r d do hipadz&.
E se forem mais, assim todos se US~EO C O W
~ .
Tambeiu sendo muitos, se faz enumermpo delles
com o pronome demonstrative, Eri, OLI U r d . v. g,Tar3
('urai, m i hipaadr&, eri hiwndd, e f i duhheri hinhtmhtl :
Veyo 0 brdnco men amo, meu carnamda, & mestrq
dos meus filhos.
Se na Orac&o houver dous Substantiwas continuados, & o segundo na nossa lingua f6r genitivo,
tainbem nesta lingua se poem no genitivo s e n preposipso: ut, Cass de Deos, E d Tu@. Irmw rncljs
velho de minha rn&y,-Ipo$ hi&.
Exceipslo primeira. Tira-w dests U g r a o seguudo
nome, que sendo genitivo no n o w vulgar, he porkm
materia, ou quasi materia do primeiro ; p o q u e entilo
poem-se corn a preposi@o Dd: v. g . Prah de harm,
APibd do bud& Papas de milho, Biwehd do maridti.
Dime quasi materia, para inclnir e s k s modos de
fallar: Carts de novas, Tomn%do tor&$. Cria@o de
vaccas, Enki do eradzd.
Exwi@o segunda. Tira-se, quando es ta segundo
uome, que he genitivo na nos= liugua, for lugar do
primeiro ; porque enmo se poem com a pmposip%o Yb.
A-
DA NAGAM KIRIPI
153
1
affiada. E quando os adjectivos fazem as vezes do
Verb0 Ser, do m e m o modo precedem ao substantiwo:
ut, Chedd Sut4, a fruyta he madura.
Ha nesta lingua doze particulas, B saber: &, B4,
Cr6, C T ~ Eprd,
,
H e , Hd ou Hoi, Yd, M4 ou M u i , Ntk,
Rd, Word, M quses se costumao ajuntar a huns adjectivos nurneraes, ou de medidas, o u de ctires, ou outros,
cnnforme a vari@ade da materia dos seus Substantivos
corn que concord8o.
Os adjectios aos quees se ajuntao as ditas particulas SBO os seguintes. Os numeraes, Bift-2, h u m ;
IVachdni, dous; Wachalaidikid, tres; Yd, muitos. Os de
medidas, P i , ou Pinet&, paqueno ; Yg, grande ; M&, o u
Yufreld, curto ; Chi, comprido ; Krtttpe’, fino ; T&, gross0 ;
T6, 011 Tad, redondo. Os de cdres, Cd, branco; Cot$,
preto ; Hd, vermellio; Cu@, encarnado ; ET^, verde,
& amarello ; Cmcd, azul ; KenEcd, alvo, limp0 ; Drod2d,
reluzente; Nd, Nd, claro ; (‘d,
S W C Q ; Tgd, duro.
Cada hum dos ditos adjectives pede ora huma, ora
outrs &as doze particulas apontadas acima, conforme
a diversidade do Substantivo com que concorda pelas
regras que aqui se dao.
A particula, Be, se usa com os ditos adjectivos,
quando concord&o corn os Substantivos de montes,
pratos, bancas, testas, &c. 6 se diz, Bebihd, Bepa,
Be&, &c.
Bh, he particula mais universal de todas, & se
p6de w a r corn os ditos adjectivos para os mais Substantivos; mas particularmeute se forem de ctisas, frechas, vazilhas, espigas, & cousas 1,iventes que uao
forem ayes; & se diz, Bitchi, B u d , But@.
9
DA NAgAM KIRIBI
adjectivos referidos de necessidade pedem alguma
dellas.
Advertencia segunda.-Alguns desses adjectivos
fazendo composi@o corn o verbo, ou Nome, n8o admittern particula alguma ; como Yd, muitos, quando se
compoem corn o verbo: ut, Tsyb, vir muitas vezes,
ou virem muitos. Mib, illuaetd, Chi, quando se compoem com os nomes, v. Q. Ercemuneld, hornern c u r b ;
Tidrichi, fernea comprida ; Woncechi, pescop comprido.
D o Nome Relativo.
0 Nome Relativo he o que reduz B memoria o
nome Substantiva, de que se fallou, como no Latim
Qui, QUE, Quod. N%o ha voz nesta lingua, que lhe
corresponda ; mas a OraFBo que tiver estes nomes
relativos no vulgar, se explica na lingua com os
Participios, ou corn os verbaes, ou corn mudar a
Oractlo: & p6dem servir para isso as regras seguintes.
Se o Relativo far agente assim do verbo Neutro
como do Passivo, se faz participio activo em R i assim
de hum como de outro verbo. v. g. Deos, que me
ama a mim: Tup& ducari hidiohd. Pedro, que matou
a0 sell inimigo : Per; dupari dz6rnar.d.
Se o Relativo f6r nominativo paciente do verbo
passivo, se faz Participio em Zii, 011 em Te. v.g. Pedro,
a quem niatey : Pcrd dipacriri hinhd ou Sipacrild hinhd. '
Se o Relativo f6r paciente do verbo Neutro, ou
nil0 passivo, qual he no nosso vulgar o accusativo do
verbo activo, se fax verbal do Infinito, ou Participio
neutpo-passivo em Te. v. g. Dey o que me pedio :
Dicri dcrikid, ou dwikietd. Isto he o que en quero :
Urd dzucd ou dzucatd.
Se o Relativo nem fdr agent?, nem paciente do
verbo, mas outro cas0 do verbo, entiio se Mrma R
Oratgio como se nlo houvera Relativo, co:n dous
membros distinctos. v. g . 0 branco, coin quem eu vim,
he mao ; divide-se a Orac&o, & se diz : 0 branco he
mao, eom elle vim : Budnghe CUFUZ,oernbohb hitd. Eate
he o negro, a quem dey a carta: E d tapanhd, ddiohd
sidi torurci hinhd: idest; Este he o negro, a elle dey
a carta.
Se o Relativo se refere a causa, modo, lugar, o u
instrumento da accao significada pela verbo, se usil
do verbal em Te. v. g. Este he o lugar, em que o
matey : Mb urd s i p m i l d . Esta he a casa, em que eu
dormi : M o igh$ era dzuiautE.
Outros Relativos hade perguntas, qiie correspondem
a Quis, vel Quid. 0 primeiro se explica com Adjd,
83sirn no mascu!ino, como 110 feminiiio: tit, Adjd diteri,
quem veyo !’ 0 segtiiido no genero iieutro se explica
com Udje, ou Sodd: ut, Udje enatd, qne fuzes? S d d
tmd, que dizes? Porem se o .Said fdr com nome, &
nao corn verbo, se pospoem ao nome: ut, Wolob?
Sod2 P que novas?
Isto se entende, se o Relativo rle pergiinta fdr no
nominztivo. o n accusativo : porque se fhr em outro
caso, se usa tla par,isula, l h , posposta 80 nome, se
o Relativo fer genitivo ; o u i preposipso, se o Relativo f6r dativo, o u ablativo. v. g . De quem he este
'
DA NAGAM KIRInZ
mwhadr, ? B~dZOlbd@hi? A que v e m ? Sa& sild 7 A
quem o d h t e ? ICbiohMe side mi f De quem foy feito ?
si wid?
kos nomea Reltltivos,se W e m r d u z i r atas duas
dief,~"iis,AGci, Ulpi, que rediizern B memoria o nome
Subtantivo, de que se fallou, & iiw lembra. LE&&
w us8 coin a3 pesoas, & significa, aquelle de que
me
letnhm o name. i d p i , se ma em genero
neutm, Bt he o mesmo, que, aqiiillo de que me BO
lembra
58
e R A U A T I C A DA LINGUA BRASILICA
f
modos. 0 primeiro he corn os adverbioSCmb$, miiito
Idzd, verdadeiramente, ajuntando . Bd hohmriha?, quf
guer dizer, Sobre todas as cousas. Ut, CanghiidzcZ bd
hohocrih, born sobre tudo, idest, optimo. B u d orarb; bd
- h o h e , mho sobre tudo, idest pessimo.
0 segundo modo de formar o Superlatiwo he ajunbndo o adverbio Wid& o u Widdb, sem mais outm
cousa, pois significa: sa, sobretudo, mais que tudo.
Ut, Canghiwiddm, bom sobre tudo, optimo. D Z U G ~ ~ C
d h do T ~ p d . guem
,
a Deos mais que tudo. Advirta-rye
que I d 2 4 & Wi&, sempre fazem co#mposigao corn o
Nome ou verbo.
CAPITULO I1
De Synhxe do Pronose.
Dos Pronomes Snbstantivos, que n e s h lingua SLQ
Hielpi, eu; Ewaacpd., til, dc. lido ha mais que Jizer
senso que As vezes se us&o per aphrewsim, comendo
a primeira letra, oil syllaba : ut, T P ~ @eu
, yenho.
artigos que correspondem a esses Pronomes, rae fallou
nas Declinagies, & se darLo outras regras na Syntaxe
dos v e r b s 5. 3.
0 Pronome mlativo Ille, Illa, Illud, sendo no
nominativo, se f6rma corn o artigo proprio da terceira
pessoa do verbo; & sendo em outro caso, corn o artigo das pwposipoens, coin0 se explicou um cinco
declinapoens, & se explicarb mais adiante na Syntaxe
dos Verbos, & Preposipoens. Agora trattaremos ueste
Capitulo dos Pronomes Possessivos, & Reciprocos.
os
I
-.- - DA NAgALY KIRIRI
59
5. I.
Dos Pronornets Possessivos.
Fazem as vezes de Pronomes Possessivos os artigos, ou particulas, que servem ibs cinco Declinaqoens
dos Nomes, como dissemos na Primeira Parte: com
que, veja-se IS o modo de f6rmar esses Possessivos.
Aqui apontarey s6mente alguns subshntivos, que
sshem f6ra da Regra ghral, & pedem de outro modo
os ditos Possessivos, ou totalmente os excluem.
A primeira casta de substantivos he daquelles,
que nao recebem immediatamente estes Possessivos,
mas mediante algum outro Substantivo generico, &
s&o os seguintes.
1. Os nomes de animaes que se c&io em casa,
nao rzcebem estes possessivos em si, mas mediante 0
Substantivo, En&
que qiler dizer, CriaCso. Assim
para dizer, Minha vacca, n i o se diz, Hicradzd ; mas,
H k n k i do crakd; pondo a preposiqao, J%, a0 nome
proprio da criaqgo. 0 que se ha de advertir em todos
os Substautivos seguintes.
2. Os nomes de caGas, fruitas do matto, ou de
quslquer cousa que se traz de f6rn pars comer, pedem
o possessivo inediante o Substantivo, Yap&, que
significa, tudo isso ; & se diz DzuaprzZ do ~ N T ~ I Wdo~
Kcnti, o meu porco, ou mel, que trouxe do matto:
sempre com a prepoaipa, Bo, como se disse acima.
3. Os iiomes de cousas cosinhadas tomso o possessivo mediante o Substantivo, Uok, que signifies,
,
60
~~RAI~MATIC
DA
A LINGUA BRASILICA
cousa cosinhada; & se diz, DasrdR do ghildt8, ou &I
cmdzd, os meus feijoens, ou a minha came ccsida.
4. Os nomes de COUSZLS assadas toomLo o posseseivo
mediante o Substantivo, Upodd, causa assada ; & sie
I
diz, Drupadb do buke, o meu veado a.w&do.
5. Os iiomes de legumes colhidos na mp, pedern
os possessivos mediante o Substantivo, Udje, Icgzime :
ut, Drztdjd do g h i d d , os meus feijoens que colhi.
6. Os nomes de lavoura de mandioca @em os
possessivas mediante o Substantivo, UaFehi, lavoura :
ut, Dzuad~ido muich, a ininha maudioca da TI+.
7. Os nomes de fruitas que se colhem verdes p,nra
amadurecerem ern msa, tom410 05 pasmsivos median te
o Substantivo, U M , que he noine generim de taes
fruitas ; & se diz, Dtuhd rlo ucri, da k&, as minhas
mangabas, as minhas bananas.
8. Os nom- de c o u w achdas tomao os p ~ s sessivos mediante o Sobsbntivo, U a , CQUN mbda:
ut, Dzuidb do u d J , minha film qiie erchey.
9. Os nomss de despojos de alguma guerre, oit
presa no Jdocambo, tornlo OS pwswsivm m d i m t e o
Substantivo Boronuwtk, p r a a : ut, Dtuhm,mu.nB 80 TO,
meu vestido, que me caube de pmsa.
10. Os nomes de cousw que se repartem, conlo
c a p do matto, fmchas, & sernelhanki, b m W os
pssessivos mediante o Subtantivo, Ukdsi, reparticso :
v. g. Dzukivi do mumwllb, o meu porco do matto, que
Para o mesmo serve tambem
me eoube de reparti*.
o nome, I f a d d a t @ , quinhao, repaPti+o.
11. Os nome3 de cousas de bdivas, que costurngo
dar os que vem de fbm, tornso QS possmsivrn me-
--
DA HACAM KIBIRI
-
I
I_
,
,
61
dimte o Substantita, Ubd,dadiva; t se dir, Dsir8
do sabued, a minha gdliuha que me d d o .
12. Os nomes de cousas que se @arPeg&o, tomla
os possessivos mediante o Suhhntiro, E , c a g a ; &
he muito usado ainda corn os o u t w names, & se diz:
Hid do k c d , do eradzd, do muid, do is& : minhas
bananas, minha carne, minho manadioca,, tninba lenha
que eu carreguey.
AnnotaqLo primeyra. 4% nomes que t~rnZ.0 u
psessivos rnestiante estt?s cinco desradeirm Subsbntivos V i d , Bummi&, UkkSi, Ubd, E , t o m g ~ t i ~ ~ bits
em
vezes irnmediatamente QS possessivos sem as d i h
Subhntivos: mas entBo tern ontro significado. v. g.
Hird, quer diaer meu vestido, mas n% echchdo, 021
tornado por despojo, ou que me coable de reparticiao,
&c. Os ozitros nomes antecedearks noncs t o m a 05
p ~ s e s s i v ~ ~senm
s,
mediante QS sobreditos Suhtmtivos.
Annota,$io squads. Os nomes raferidos podem
tomar CAS s e w possesivos medirrntc diversos Sabstantivo9, oonforrne o diverso sentido, 6r. A diversa pas*
s w a m que se significa. v. g. Sabzud p6de t o m u diwersas, & se diz : Nieewki d~ sabiicd, & significe a minhr
gallinha que crio. DznapdB do s a b i d , minha gallinha
assada. Dz%& do sabucd, minha gallinha cosida. DzuRki do sabud, minha gallitkhs que me coube de 1%parti*.
DzuM do slbbucd, minlia gnllinhe que me
me derao, 6Ec.
A segunda casta de Substantivos, que sahe a8
pegra g$rd do$ pwsessivas, he dos nomes cornpostos
64
QRAMMATICA DA LIBTQUA BltAS€LICA
& se ajuntao aos Verbs, serve quando I pessoa do
Reoiproco Subtantivo, Sui, Sibi, &*, que na n a
lingua Portugueza, & na Latina he genitive, ou
dativo, ou accusstivo, fics nesta lingua p r nominativo pels diver- constmi+ dos v e r b , O O ~ Oaclontece
nos verbm Passivors, &t em outms Weutm, os quws
peaem nominativo o nome, que os n w o s Weutms,
Activoo pedem em olatms cams. Sirvao por exempio
todoj: os tm Recipmcos da lingua Latina, SLzi, Sibi,
Se, feitos Recipmms verbam n e b , por ficarem todas
t r a no caw do nominativo. P d m k prcwstur, ut
miwearis sui, ut awdiurn o i b i feras i n otww praznslu,
k se in amicum ttiton swcip,ljl.s. Nzb liugua se fmem
Rmiproms verbaes aaim: Icrikid Ped cad& b didw&mjti eyei, h cltiritd e d , bo dim$ en$ t m&.
Todos estes Rmipracos se fazam corn o v e r b , porque
a p e w s que he materia do Reciprom,
setnpre no nominativo, pois o signifimdo dos v a s b ~
he causar compaixgo, ser ajuclado, ser aceibdo.
0 marno Recipmco verbal sa ma knnhrn, quando,
havendo dous v e r b na 0sa;F-.~,concedLs ambos
mm a m e m a p ~ p ~t a no
a uomiuntiwo, & o wgundo v e r b depende, & he c t m o cam do primeim
com alguma prepczsiqi; & entao e a b segundo se faz
Reoipmo. v. g. Pedro quer ser accsnhdo, S a d Pnd
h dibkapd. ~oy-separa o mahrem, w i ~ &
i dip$.
CAPITULO 111
Dr Syntax@ des V W ~ E C .
Os V e r b s nesta lingua dividem-se em Substantivors, Pwivos, & Neutms. Dastas huns s%o sirnplim3,
DA HACAM ICIRIRI
65
outras cempOgtas, huns Positivols, outms Neg&i\ros.
~ o d o smes sera0 a materia d a t e Capitdo.
8.
I.
Dm Verbor Subatantivcra.
N&o ha n s t a lingua Verbo, que pmpi4arnente
signi6que. bE corresponds ao V e r b Subbntivo, Sum ;
mas ern lugsr delle sesvem QS mesmos n o m a AdjecGvas, OP Substantivos.
Trey sit0 &s signifidas do V e r b Sum, L saber:
Ser, Estar, Ter. Para o primeim s i g n i d d o de &r9
serve o rnesmo nome ou Adjective 00 Snbshntivo,
que costuma aer o s ~ g u n d sWominativo do Verb0 Ser,
&r. dm Logicm se chama P d i c s d o , & este ss pwm
ern primeiro lugar antes do primeim nominative, a
que os Logicw cham^^ fhgeib. v. g. Dew he born,
c'aa$&i Ts@. Paul0 he Padi*e, W a d Paab: serwindo
de Verbo, %r, no primeiro exernplo Q nome Adjeetivo
Cay&& & no segundo exernplo o nume Snbstantivo
Ware", os quae8 ambos s&
:
P r d c a d o da Oraqao.
&ha regra de p m d e r o segundo nome que f6r Pmdica40, se elrbnde se far Adjective, 0u Substantivo
2 l b S Q I U h EXXh POW3SSiV0, 011 FdatiVO. POd!m %5 (D
sgtindo nome for Srzbstantivo corn o mu artifl do
p ~ e s s i v o ,relative ou recipmm, ordinwiainente se
costuma par depais do primeim nome, que he o
h g e i b . v. g. Francisco he o meu nome, Francisco
bidze". Paul0 he senhor delle, PauEo &. Pedro he seu
pay, P d m dipmiz4. Disse, ordinariamonte; gorque se
esste segundo Sabrstantivo, que he predicqo, tiver
4
algum genitivo depois de si, aind3 que se ponha com
o artigo do Relativo como se usa i?mta lingua, se
poem adiante do sogeito. v. g. Isird:d TIIN Wu&,
0 Padre he Vigario de Deos. Sed TuA* TO hechi,
Aquella cousa elta he a casa de Deos, irkst, Igreja.
Com os nomes Demonstrativos, Urd, Eght, o eegundo
Substantivo, ainda que seja corn Possessive, b vezes
precede, & Bs vezes se pospoem. v. g. Esta faea he
minha, se diz : Urd dxzidsd : &z tambem, Dz2sdzJ urd.
Para o segundo significado do Verba, Sum, qiie he
Estar, serve nesta lingua a particula De,acrescenbda
aos nomes adjectivos, que a s s h fazem as vezes do
verbo, %tar : ut, Cunhide, est8 frio. Cuyhikiede, vsth
doente. E tarnbem basta o rnesmo adjective sem a
particula, De, assim: Cnalbi, Cunghikk: & se poem
sempre antes do nome SubsJantivo, como se disse no
verbo Ser.
Se o verbo, Estar, concorda corn outro verbo, &
significa estar fazendo alguma eansa, e n a o servcm
os v e r b s It&, & Nutd, compostos corn o verbo principal
da ac@o significada : ut, Nhiiihk, est& comendo. S.6nuitis, est% dormindo. Idtunatd, est&morrendo. SB o
verbo, Estar, signifiea alguma cmsa que estava j%
feita, se usa do verbo, Nid, compost0 corn o v e r b da
accao. v. g. Estava jh quebrado, Bysandd. Estava j&
nacido, &%id.
Para o terceirr, significado do verbo Sum, que he
Ter, ou Haver, serve o v e r b Tgookb, & pede a preposiqao Md, ou A m i : ut, Tphd la?& hiam$, tenho
dinheiro. Tphd ami mo hierd, ha mantimento ern
minha casa.
I
-
DA
NAGAM
KIRIRI
67
Os adjectivos a l h de famr as vezes do verbo
Ser, como disse, [tambem fmem as v e m do v e r b
Parecer, corn a preposigo Ai, ou Sd, da pessoa a
quem parece: ut, Ganghi % L T ~Aid, Isto me parme
bem. B u d mtb mi, Psrece-lhe mal o furtar.
D a s Verbas Puwivos, & Nmtros, SimpUices, di C O ~ ~ Q I ~ S .
Muitos verbos nesb lingua tern a signideago
activa; mas porque nil0 se pbrlern fazer Passivas, &
porque n u p d e m C ~ S Q sem prepmi*,
os chamamos Weutros, ou nrio Passivos, p o q t i e nem s2.0
Passivcxs, nem propriarnente Actfvos.
PorSrn dos Nomea f e i h v e r b Sahshaativos,
conforme as regras acima, se pderzia formar Passivos,
serecentando-lhes o cam, & a preposi@b das verbas
Passivos, que he, No. Y. g. o n o m adjectivo Cudci,
frio, feito v e r b Snbstantivo significa ser frio; o qual
se fail%Passivo, se acracmtarmos a prepsi@o, N o ,
do agente, & significark, seep esfriado : ut, Do mahi
m d , seja esfriado por ti. Ibt~dngld, he mao: Bzs&ag l w r i M d i p @ , foi pervertiido, & feito m m pelo seu
Itmilo. Nh&, filho : Idhccdt!, Est&prenhe : Idb3Lct.i idbd,
foy ernprenhada pop elle.
Aasirn t a m h m dguns versos Neutms se podem
haer Passivos, dando L preposiqio propria dos P w i YOS, que he Wb, v. g. &pi, @tar tieitado: 1Eo &pi
e&, seja deitado por ti. I d i b , entrar : Dq idid end, seja
feito entirir POP ti.
T E A DA LINQUA BRASILICA
--
retbm a preposiqm Dd, he usado o Kie: ut, Do %kie
end, Nao des embora. Dopkk, NLo mates ernbora.
vezes o Imperativo Negativo se f6rma M M
estas particulas, ou com o verbo Pri, deixar ; ut, Do
pri mord, naa facais assim. Do pri ecod, n l o furtes:
ou com outras particulas, que se declarao no fim deste
Paragrafo.
As particulas do plural, A , & De, vam sempre
pospostas hs particolas negativu DC, & Kie. v. g.
Icdod$d, Nao furtilo. Daucakiddd, Nao amamos. 0 mwmo
se entende da particula, Di, do futuro: -v. g. Ecdokiddi, NLO furtartis.
Os Nomes, quando servem de verbos, se fazem do
mesmo modo Negativos corn us mesmas particulas,
08, & Kk: ut: Hilmdzdddg UT& Este nao he o ineu
machado. Canghikil hie@, Eu n l o estou bom.
Al6rn destas duas particulas, que ghalmente farem os verbos negativos, ha outms, que em algum
CWQ particular t z e m tambem o v e r b negativo.
1. Cd. quando precede o adverbio Inard: ut, Ticri
dzd maw3 hited, Choveu, por isvo nu vim.
2. Te, quando se nega cousa que se nw espera, ou
M?nao cr8 : ut, Dild, Nao db ;qual dar ; bem mal que dB.
3. Nori-ad, ou per aphaeresim, Ri-182, poudo o verbo
no meyo; & serve ao Imperativo Negativo, quando
se prohibe alguma cousa; & corresponde ao Ne Latino,
adverbium vetaudi : ut, Norippa~td,Nao mates, guarte
nLo mates. N o r i p n d l p i , NIlo me d8s.
4. No-deard, com o verbo tambein no meyo; & se
us&, quando se nega a modo de enfadado : ut, Nom$clawrd, Se eu nao tomey. Wowidewd, Se eu nm fuy I&.
I 1
DA NAQAM KIRIIZI
71
5. Bb, significando, Para que ndo ; & he o mesmo
que no Latim, Ne: v. g. Eu vim para que nllo me
qoute, Tat@ bo hihlsapri.
s. IV.
Advertencirs robre os Pronornes, Modos, & Tempas dos
Berbos.
Dissemos que os verbos trazem comsigo compostos
os artigos dos Pronomes conforme as cinco DeclinaGoens. Porhm ndo sempre se usam deste modo, mas
recebem tambem o Pronome Substantivo separado :
v. g. Hibdsapi, Eu sou acoutado, se pbde dizer tambem, Bjsapri hieled. Bcdb, t u furtas, ou Cotb e2sdpZ.
Porhni quando o v e r b concorda corn a terceira p e w a ,
ainda que se nomee a pessoa, pede sernpre o artigo
da terceira pessoa: ut, Inhadd si$ cradtb, ?or quem
foy morta a vacca: aonde n8o s6mente se declara a
pessoa no nominativo, que he C r a d d , mas tambem o
artigo da mesma terceira pessoa, que he Si, com o
verbo. Esta Regra porhrn tem a sua exceipso nos
casos que se apontarLB.
Todos os verbas, except0 os da qiiinta Declinagdo,
de ordinario deix8o o seu artigo da terceira pessoa,
qnando estao S ~ S ,ou no principio da Om@o : ut,
Puifd cradzd no carni, o branco estA rnatando a vacca.
Tecri, veyo. Eicmri, sarou. Mas 6e lhes preceder
adverbio, ou preposiqso, sompre recebem o artigo da
terceira pesma, ainda que ee nomee a mesmtl terceira
pessoa : v. g. Yord si@ criidzb hinlbadi, logo serh morta
a vacca pop mim.
~a algtms verbs nesta lingua mmpostoq qu
mudm o artigo dos Pronornes conforme as pessoas,
nm no principio do verbo 'como os mais, mas no
meyo ; a saber, no piincieio do segundo membro da
ComposiGao, assim eomo se d i m nos Nomes coolpostos com composipio direita. v. g. Crardtmtl, roncar;
se diz, Cmr6dzuml., eu ronco. Cmrman3, t u roncas.
Crarhuntl, elle ronca.
Passernos agora hs adverkncias dos Xodos, &
Tempos.
Todos os Preteritos dos verbs no Indicativo perdem a particula C?i,qnando precode algum adverbio,
ou cam, ou preposipo: ut, Mi& si&?, veyo pela manhner j & ngo se dia, HCehB riteeri. No cam) si$, foy
mopto do branco.
Disse no Indicativo : pcrque no Conjunctivo nso
perde o Cri, ninda que Ihe preceda o adverbio, Nd.
v. g. Nd icohwi, ou Nd icdwdghi, Quando tiver furtado.
No Optativo a particula, P d , que se costume
pbr depois do verbo, se preceder algum adverbio, ou
cas0 a0 verbo, se poem deyois do dito m o , o u adverbio
antes do verbo: lit, IEO ish$ proh sitd Ward, oxalh
viesse hoje o Padre.
Neste modo de fallar do Preterit0 do Conjunctivo,
veyo depois que eu me fuy, se muda a ordem da o r q a o
assirn : Eu fuy, & eiitso elle veyo, antes que elle viesse,
ou neste comenos veyo: WieTi &et@ dw&d sit&, ou
codold si@ ou SOT^ SttB. Ou tambem se diz coni significado mais chegado ao primeiro vulgar : T e w i iwoMd kiwi, veyo traz da minha ida, idest, depois,
Quando ha doue verbos na o r a ~ %&~ o, segondo
he Infinito, tambrn nesta lingua se poem no Infinit0 : v. g. Quem dormir, Sara bkzun&. Re ma0 furtar,
Bud c d . Se o primeiro verbo, que mge o Infinito,
pede dgurna pseposiqio corn os,nomes, a m a m a pede
coni o verba Infinito: v. g. Tenho vonbde de ir,
Nhicm: do kiwi. Este segando verbo ainda que esteja
no Infinito, s e m p e pede a6 c a m corn as prepipoens
propxias do v e r b : vt, N h i m cbo Mwi ma kchi!, hi&&,
am9Tenho wontade de ir
mp.
tos continaados,se. guarda a regra
S U ~ S ~ ~ U Icontinuadas,
~ ~ V Q S usando
da pqmsi@o Do: Q. g. Q
T, fdgar, 86 dor&. P o r h mais
usado he repetjr o v e r b : ut,
hi&&, SmW hiePrnhidi, &?Pa! dz&ei%&.
os os v e r b de
dizeer ; pqm eno seegnndo verbo n8o se p e m no
Enfinib, mas se explica ism de dous modm. 0 primeiro modo he referindo o dito do outw abmluiamente, ajuntando LIQ fim, Disse, como no Lstirn
usamos de hit. v. g. Diz que mates: D q d , sim'.
Diz que tmuxe: A?&&,
sirnd. 0 -undo
modo he
acrecenbndo 8.0 dito alheyo a. sylkba, De, que he o
mesrno que, Diz 011 Dizem: ut, Wand$&, Diz que
n i ~ s ha. Wim'dc, Dizem que foy.
Tira-se tamkrn OS v e r b s de Cuidar, & Sonhar,
as quam precedeado 8 oatm v e r h , que na nossa
lingtra se poria 110 InGiiito, n s t a tern diversa construi@. 0 que se cuida, & o que se s~nhtb, se poem no
74
GRAMPYATICA DA LINGUA BRASILICA
-
BC Sonhar com a preposi@o Do. v. g. Cuidey que
chovia, Tidad do hime. Sonhey que hia B, Cidade, Mo
erd bud hiwd do
~ZURQ.
0 Gerundio em Di, do modo que se f 6 m a na
conjugaGao dos verbos, se us& sdmente com os Subshntivos de modo: ut, Itod hicdd, modo de eu furtar.
E tambem se manda ao Conjunctivo corn a c0njunF.o
~ d ut,
: I d bd i a a , modo para que elle furtee. Corn
os outros Substantivos de tempo, callsa, lugar, instrumento, modo, se usa do verbal em T e : ut, Do igh$
dzzmutd, Agora he tempo de eu dormir. Nosbra iatdd,
Esta he a causa de elle furtar. Ma& sipate, A onde
foy o lugar da sua morte. Idiode s i p & ? , Qiial foy
o instrumento da morte. Sde siniote, Qual he o modo
de fazer ism.
0 Gerudio em Do, sempre sef6rmu pelo Conjunctivo. v. g. Indo para a roGa me mordeo hnma cobra,
No hiwi m o bech; $6 hie@ no wd.
0 Gerundio em Durn, &L Supino em Urn, que vem
a ser o m e m o nesta lingua, se f66rme coni a preposic%o
m,ou se manda BO Conjunctivo cokn a conjnnqaoB6,
que he equivalente a0 Ut Latino. A preposiqa Db,
se usa principalmente coin os verbos de movimento,
quando o mesmo nonie, ou a mesma pessoa lie, on
agente, ou nominativo em ambos os verbos, nssim do
verbo que rege o Gerundio, como do meamo Gerundio:
ut, Ebg do e d sni, vay a fallar com elle. Tecri do
dibg sapri hinhd, Veyo para sar apiitndo de mim.
Ewi do pi cs.arlzd end, Vay a matar a vacca. Aonde se
v6 no primeiro exemplo a mesma pessoa, Tu, nominativo, & agente de ambos os verbos: no segundo
--- -
DA NAGAM KIRIRI
exemplo, a megma terceira pessoa he nominativo em
ambos os verbos, ainda que seja diveizro agente: no
terceiro exemplo, a mesne segunda pessoa he agente
de ambos os verbos, ainda que o nominativo sejs
diverso. Advertindo que, na terceira pesesaoa sempre o
Gerundio FA? f
a reciprmo verbal: ut, T m i do d i d &
Veyo a furtar. Com os verbos que JI~Q fomm de
movimento, sendo a mesma pessaa ilgente, 6 juntamente nominativo de ambos os verbos, se p&de
mar, ou do Gerundio corn Do, ao mandm ao Conjunctivo cam B d : v. g. Traballuo para ficar robusto,
HlinaJd do l a i c ~ d i , 011 Bd hicrdi. Nos ontms cams
todos fGra destas sernpre se matkda ao Conjunctivo
corn Bd : ut, Eu trebalha para ter que comer, Fiinaatd h
Uplto ami. Eb$mpp~i bo s i p p i ebui%ngFkedd e%$. Es aqoutad0 para deixas a maldade. .
5. v.
Charno cams eamrnuns aquelles, que se *em
usar corn todos QS verbas, qrrando o seatido da QracBo
o pede : como tambarn na lingua Latin%h a regras para
a conatrui@o mrnrnGa das verbos em ordem pbos casos
omrnuns. Mas mmo os casos n e s h lingua se disFin gtiem s5rnente pelas Prepasicoens, n8o se p&ledur
regra gbral para as c s o s sem apontar s Prepsic$io
conveniente a c d a hum dos C ~ S Q S .
-50
mmmum do Lugar. Ubi. Bud. Qui, corn L Preeposiph
Md.
Todos os v e r b que tern depois de si na OraFo
o c w de lugar, que denota staturn in 106.0, ou mntiirn
77
DA NAGAM KIBIBI
0-
OOlFlXUU1p
de CWtl@f&,M)m 8 &YIp0SiQgQ I b .
Todos os v e r b s que tern depois de si hum C&SQ
que denota causa da acszio significda pel0 verbo,
pedem o dik, cas0 corn a pi.eposiqSo Nd : ut, Bewi id&
id&, Succe&eo o movito p P sua causa. Idzeyd no
d l , Aflige-se p r uausa de seus peccadas.
Cam O O I P ~ E ds
~ ~ Companhia, c5rn a ~ r e p a i f i o~ e h d ,
ou mdlohb.
Todm os v e r b que tern depois de si hum cam,
que significe Compmhia, queretn o mestno corn a
pt-eposiqio Dehd, ou E i a W d : ut, Wicri s d m h h B direr&,
Foy com o seu camerada. Cafighikie ipaCd2& itkM dinhuakh, Est& doents o pay corn os filhos.
Cam corpmum de Xkqmrrr, corn BHbEi, ou Beth.
Todm os v e r b s qzie tern depois de si hum caso,
que he a causa de espertw, pedem Q dit0 cam corn a
ppepwi@,o Bkbdb, ou Befe': ut, Dr, &orEd lai&W, Pica aqui
esperando pop mim. S a 4d &%hi d i h i , Prepam-seo
banquete para os qne has de vir. .Hi&ic ebe62, nlio
trabalhey espermdo pop vb.
Cam eo1z11z)umde Medo,
OOrp
Raspeito. Vergonbr. Q ~slaa;urrsdo,
a PrepQsi@h Dsem.
Todos os veibols, que tem depois de si hum cam,
que he mmo causa, ou materia de medo, respeito,
vergonha., & respardo, pedem o niesmo cwo tom a
prepi$%o Dane': ut, Tecri ddzeae' sibi supri, Veyo pop
medo de 5er asloutado. Sin2 Tadam3 ici:em' Ware', Tern os
olhos no ch%o pop respeito ou v e r p u h a do Padre. Da
i d z d ibuacgJbetd, Guardaivos dos pccados.
12
L
78
GRAYYATICA DA LINC~UABRASILICA
Can0 oommum de Saudades. aom a PreposigPo Wobohd.
Todos os Yerbos, que tem depois de si algum
caso, que denota seP causa, ou materia de saudades,
pedem o dit0 cas0 corn a preposicilo Wobohb: ut, En&
vin% iwobohd did&, Chorn o menino por saudades da may.
Hinhanhikie ewobohd, Tenho saudades de v6s.
$. VI.
Do8
Casos proprior dorr verbos.
Todos os verbos assim Passivos como Neutros
p d e m o Nominativo & al6m do Nominativo pedem
outros casos depois de si, que se forma0 corn diversas
Preposicoes conforme a diversidsde dos verbos : por
isso apontaremos as Preposieoes, que pede cada verbo
em particular.
Advirto, que muitos casos proprios de alguns verbos
se podem tirar das regras dos casos’ communs, que se
d8rao no paragrafo antecedenta: v. g. para o verbo,
Di, Ser dado, o CBSO de pessoa a quem se dB, que
he proprio deste verbo, facilmente se tira do cas0
commum de commodo, que se f6rma com a preposicao
Do. Por isso nLo apontarey alguns cdsos, ainda que
sejno proprios de alguns verbos, quando se podem
tirar dos casos communs, mas s6mente aquelles que
de tal maneira sao proprios de alguns verbos, que
n.Zo se podem saber pelas regras g8raes.
CEISOcom
a PrepoaipPo ~ b .
Todos os verbos Passivos querem o ablativo do
agente corn a preposicao N b : ut, P n w i no dumani,
Foy morto do xu inimigo.
d-
79
DA NAgAM ICIRIRI
Alguns verb= pedem depois de si o 5811 cas0
direito corn a Preposipo M,& 5%0 estes. &bd, aft'eip a r a crianprr. B6dzomccro&, h
e
r enojo. &&B, fornicar.
Ede, desagrdar-se. YaeB, enfastiar-se. Hat-&, pelejar.
M@i,
levantar aleive. iVeyem$d, desejar, tendo por
cam outm verba
Nhieorc), n u ter
vonhde. Nkicmz, ter vonhde.
, reconhecer. Ubi,
ver, corn b i o s QS MUS
Ub3dEa~i,agourar
mal. Ucd, z~mar. Vi&, aomibr. Ukembi, tomar erro,
enganar-se em alguma cousa. Umd, repartir. U d ,
s a h ~fazer.
wd, rastejar, on ~ t ~ ~ r dcomsigo.
air
Use, slegmr-se. U@a6pdd, xombar. U*~a&i, ler mister.
Wi,fuer-se, Ltat. Evadera. Wiped, atreves-se. W o w e&,
ver corn admirq&. Woram', inkrpretar.
.
81
11A IVAqAB4 K1RlR.I
ser botado pregZ.0. Wind, acenar corn a cabega. Wonha, ter ciumes de alguem: o quai verbo tambem $S
vez'es recebe a peposigm &d, em lugar de
a.
---Cam0 corn a Preposipzo Dehd.
Os verbos que significso mg%o que naturalmente
se. faz com outro, pedem o cas0 da outra pessoa com
a Preposicso DeJd. Ut, C~opobb,pelejar. Inhdahi, ftwer
pazes. Tu,praticar c o n alguem. U i , ter copula. Piwwold%d;
cazar. Pod& fazer deshonestidades. Usarunguwonhd,desposar-se. Wodicb, brigar.
Alguns verbos querem Q cas0 da materia, ou lugar,
coin a prepsi;ipao M b . Ut, A w l i , lancar cheiro, deixar
cheiro. B a b , pegar-se. Budi, mtar pregado, griidado.
B&, enfadar-se de alguma cousa. B&d, ser ensinado
em alguma materia. Tu; prtbticar de alguma materia.
Una, sonhar. Aqui se reduz o verbo Rd, agastar-se,
Del0 cas0 da materia.
C~SQ
corn
a Prepesipiio Bb.
Alguns vertids, que significao excllzsLo de alguma
cousa, ou pessoa, pedem o cas0 com preposicao Rd:
Ut, Nabatp, ser esqiiecido de alguem. N e m , mudarse de lugar. Nhede, escapar de alguem. Sudd; entrepor-se a alguma cousa. Ui, ter copula sem ser corn o
marido, ou mulher, idest, ai,dulterar. Wonghebi,
. . and@$
errado do mminho,
82
GHAMMATICA DA LINGUA BRASILICA
Cas0 corn a Preposiqgo Aiby.
0 verbo Eicd, ter mister, pede o cas0 win a preposipo AibQ. Ut, Dzueicb oaibfi bod& tenho mister do
machado.
Annotaqao. hlguns verbos referidos nestas Regras
estfio em duas partes ; porqiie pedindo dous casos diversos, pertencem tambem a duas Regras diversas.
Assim os verbos Passivos pertencem A primeira Regra
do cas0 do Agente com a preposigo Nd, & tambem
podein alguns ter oiitro cas0 de outra materia ou pessoa,
como se p6de ver nestas Regras. Assim Td, praticar,
pede o cas0 da pessoa corn a preposiqio LMd, & da
materia com a preposicao Md. Ui, ter copula, pede o
cas0 do complice corn &id, k o cas0 do msrido excluido com Bd,
CAPITULO IV
Da Syntaxc
do8
Pwtieipieo.
Os verbos Passivos admittem dous Participios ern
Ai, hum com signidcacao activa, outso eom siguifi-
ca$io passiva. Os verbos Neutros admittem dmeate hum
Participio activo em R b : & todos estes Participios
equivalem aos Latinos em Ans, & Ens.' 0 modo de
os formar, jh se explicou na Primeira Parte.
0 Participio activo em Ri, se f6rma tambem dos
nomes adjectivos, & substntivos feitos verbos. Assim
do adjectivo Canghi, born, se f6rma Dicaliaghiri, o que
he born. De Erd, casa, se f6rma & w i , o que be doqo
da casa.
CAPITULO V
Escusado he. ensinar os cams das Prepsiqoens ;
porque como os casos nesta lingua nao se distinguern
pela desinencia do Nome,
pelas mesrnaa Preposipens, facilmente cads um pderh eonhecer os cams
yelo sigaificado Portuguez das mesmas Preposicoens.
Corn que, bastar&p8r aqui o significado, b urn dellas,
& a variedade cam que tomso os artigoa das Pronomes, de que sa0 capazes, assim como 08 Nomes.
As Preposipns que aqui Be a p o n m sem advertencia particular, segriem huma dss Fkgm das cinco
Declinqoens, a que pertencem, como se pdde v& na
explicapio das ditas Declinqmns; b nst terceira pessoa admittem o artigo sempre relativamente, quer
haja a dita terceira pessoa expressa na Orqiio, quer
nso, como se disss do3 Nomes. As que se apart&
desta Regra geral, iia explica$zio de d a qual dellas
se declara o modo diverm c o n que se US%O.
Ai: a, ao, m n t ~ s .He d s segunda Declinagioa &
eom os Pronomes faz no singular, Hi&, &ai, Sd; mas
no pluraI exclusivo faz Hiaihc; & no inclusivo, Kaidzd,
ou Kai, E y d z d , S a i d d . Quando na terceira pe5ws
n%ohe relativ.0, mas se exprime a mesma pessoa,
assim no singular como no plural se diz, Sd: ut, Sd
Tu@, para Deus.
Ai@: de, do. Usa-se s6mente C Q o~ verb, B i d ,
necessitar. He da segvnde kclina@.
Ami: o m e s m que Apud, ou Versus, corn pesma.
85
DA NAqAY KIBIRI
Ut, TgoM la@ h i m $ : Argentum apud me est. Segue
segunda, Declinagio.
B&&. ou RelZ : por, para de espera : da primeira
Declinebcao. Ut, To& a b & , ou W dipapd, Est4 ahi
esperando per seu irmlo.
B d d : debaixo. Corn os Fronomes faz Hiebendi,
M v n O , Ut, &&add hipW, Debaixo da minha d e .
Ba, he o mmme que Ex, De, F r ~ g t e ~tambem,
::
p x amor. He da primenre h s l i ~ + . Ut, Wicri bo
hie.rd* Foy-se de minha casa. I&aeri e&, Morreo par
axnix de nb. We tsrceira p w a , quando se nomea a
pestma, nso se faz relativo, 1% mas drnente Bd,
como se vB no primeim eqenrplo.
W :corn, de cornpanhis on comglice. He b grimeim, Mliaa@o. Ut, N&d i&hd &ipdzB, Trabelha corn
M U pay.
W: h, As, 0, os: Prepmigao dos nornes, que na
nosss lingua s i b secusitivos dos verb03 wtivos. E
tambem significa, para, de, do, de proveito, materia,
8E instrumento. Corn os Pronomes faz H i d i d d , E h h d ;
idioJzB: 110plural, Rididode, ou CuslAb, E&w,Mi&aa; &Z
no relciprw, Did&. Nomeando-se n s Q P ~ @ Q a terwim pfisoa, n&o se faz selatiro I d i d d , mas sdrnente
W. Ut, Dicri &I id^, Dm a sua, may, Dicrk dirhd, Deo
a eEle.
Ihrm?: por medo, por mgeito, oil wergonha. He
da ppimeirts Declinach Ut, Tecri idzznd dwner6,
Veyo-se por medo do iuimigo.
EmMU): corn de campanhia. He cla segunda Dedin-o.
Ut, Wdcri se&d
dibim, Foy corn seu i r m u
mais mo$o.
19
86
GRAMYATICA DA LINaUA BBASILICA
Mandi: com de carga, ou cargo, ou cuidado. He
da seganda Declinagso, ajuntando hum, . A , aos artigos proprios della, conforrne se disse na explica@o
das Declinaps. Ut, Tewi sumndi cnzmnadl; ou Sdamundi
cabarz2, Veyo coin huma caixa, carregando-a; oui
trazendo hum cavallo.
M$: para a. parte, Versus. NSD tern srtigo, porque
se compoem corn o name; & se @de chamar P0;spsi@o, porque se usa no fiin do nome: ut, Be~domg,
para a parte do outeiro; Hioordm& para a parte das
minhas costas. D a t a Pr.eposi@o se deriva a outra
Am$, qiie se ~ Q arribtl,
Z
como diversa,
tern significado pouco differente: & quem quizer fazer de ambas
huma 86, dir8 que Mp com os Pronomw se iisa pela
segunda Declinacao, ajuntando hum A, &os nrtigos,
:om0 se disse de dlfatedi, assirn: H i m i , Bymij, &c.
Md, he o memo que In, Ad, Per, Super: Ut,
IId erd, Em easa, o n Para a casa, ou Pela casa, cotiforme
o verbo resp'on-lt: a liurna dits perguntas Ubi, Qub,
Qua. Com os Pronomes toma deste modo 0.9 artigos:
Hidiorno, ern mim; Edomo, em ti; Idi.o&, nelle. Plural:
Hidiornodria, ou C%iIIOmo,Etlomoa, Idiomm. No reciprom
faz Didonad. Na temeira pessoa, noinemdo-se L pesoil,
ou lugar, se usa Yd, & n i o I d i o m relatiro.
Nd, he o mesmo que A, vel Ab, ou Propter, de
causa: ut, N k r i ?to c a ~ i Foy
,
feib pel0 branw. Corn
os artigos dos Pronornes se declina assim: H i d & de
mim; End, de ti; IaJd, delle. Plural : Hidw.de, ou
Cund, de 116s; Etkad, de v6s; Inhad, delles. Reciprmo:
Dilpaha. Na terceira pmoa, havendo na o r a g o a
mesma pssoa nomeadcla, se usa Nd, & nso I*
ivlativo.
s.
I.
Os Adverbios desh lingua se dfvidem em quatm
classes. A prhneb-a he dos Adverbios, que w cmtuma0 pBr RQ grincipio da oragilo. A Mgunda he dos
hdverbias, que w usam no fim dos Nomes, kverbos,
mm as quam fazern ~~mmpoisica~,.
A tervseira he das Adverbios, que se coslknm~i~
p3r deyois de algurna pala-
88
GRAMMATICA DA LINWJA BRASILICA
-
. Adverbioa da prirneira Clasae.
Os Adverbios seguintes se poem no principio da
ora@o.
BiM : s6men te. Tanthm.
B j d t r d : logo, daqui a POUCQ. Statim, Illicd.
Bd: 0 , do vocativo. 0.
Bomod8 : donde. Unde.
Codord : antes que, 011 emquanto. Antequam,
Donec.
Cohd : sim. Ita.
Cohod$ : ngo. Nequaquam.
Dora: entao. Tunc.
I d i o h d e : para que ? Ad quid ?
Mode' : aonde, para que parte ? Ubi, Qu6, QuB.
Mori, Morind: assim, ahi, desta maneira. Hujusmodi.
N d : se. Si.
Nori-m? : Lat. Ne, adverbium vetandi.
Ri-ne' : o niesmo.
SaidJ: a que ? Adquid, Quorsum.
Sdch: porque. Cur, Quare.
Sodeyd : quantas vezes. Quoties. Havendo verbo,
se divide w i m : Sodeacotoyd, Quantas vezes furtaste.
Sod : neste comenos, emquanto, em mentes que.
Dum.
Os Adverbias seguinbs fazem composipo m m os
Nomes, & verbos, no fim delles.
/Emp9% ou P d w : lntalmente, .Penittw. E cour
90
6RAMMATICA DA LINC)UA BRASILICA
quando. Ut, W&M, ir de vagar. 1Eo tQ&, bota hum
poueo.
Hd: de proposih. Data opera. Ut, PQM, Matar de
propo$ito.
H o d : direitmen&, a do direito. Recth. Ut, Wihat?, Ir direitamente.
Ida& : continuadamente, sempre. AssiduB, Jugiter.
Ut, Nat,ei&&, Trabalhar sempre.
Id%&: verdadeiramente, htalrnente, de todo,
simplesmente sem mistura. VerB. Ut, TeidzB, Vir de
todo.
Id&&&: sem causa, s,em que nem para que.
Gratis. Ut, Poirdz~Z$z&,%r espancado sem causa.
I q h i : quando. Chni, Quum. Ut, WiimgJ65, Quando
for.
Yead: de graca. Gratuitb. Ut, D
graqa.
Yd : frequenternente, muitas vmm. Crabrd, &pi%.
Ut, T@, Vir frequentemente.
K i s : ngo. Non. Ut, Cokhkid, NSQ furtar.
K k M : Prius ternpm. Ut, D i m k i h r i , 0 que
nacw primeim.
M&z: mais. Ultesihs. Ut, Wimaha,IP mais sdiaiite.
N e : eis. E m . Ut, Ighiad, Eilo.
Paipd ou Pspd: em migalhw. Frustulatim. UG
P&pei@, (=ortar em migdhas.
R e d : pouco. Parhm. Ut, Tirard, Botar pouco.
R o d : continuadarnente. Endwinenter. Ut, Po3-0d,
Bater contintmdmente sem mssa.r, mmo roupa, &c.
Td: antes que. Priusquam. Ut, T 4 h&d, Yeyo
antes que viesse.
T@ : tesamente, rijmente, apertaadamente. Du&
Pmsim. Ut, Tat@, pegw tesamente.
I%: muitas v m , importunammte. B a p i h . Ut,
Meld, fdlar impertuno.
Wo&d : bem, perfeitnrnents. RecM. Ut, Ytwd.2faliar bem.
WoronR: intelligivelmente, claraments. PerspicoB.
Ut, Hem~om?,fdlar clammenk.
92
GRAYYATICA DA LINCtUA BRASILICA
Borohd : dacola, dahi. Inde, Illinc, Isthinc.
Bouod: o mesmo.
CamnekL3 : depressa Celeriter.
Caratpi : amanhsa. Cras.
Catpi : para 18, a outrrt parte. Alib.
Catfid: para d,da banda da quem. Hhc.
Cayadl : alta noire. Nocte concubia.
Cayahd : hontem. Heri.
C a y a W :Antehonteni, tresantehoutem. Nudiustertius, Nudiuquartus.
Cayapri : de dia. Interdiu.
Cay2wM : depois de amanhzaa. Perendie.
D a d : longe. Procul.
h m a k i b : perto. Prop&.
LkGtgi : acolh, naquella parte: Illic.
Do igh$ : hoje, eL-gora. Hodie, Nunc.
Do ighyj$i : daqui em diante. Deinmpw, Posthac.
Se nso for solitmio, mas com outras palavra, o Di se
poem no fim da sentenp, conforme a mgra dos futuuros.
Do ig@chi : at6 agwra. Hactenus, Usque a d h u ~ .
Do ighddzd: hinda agom, ha POUM, logo. Modd,
Dudhrn, Protinhs.
Homo, Honwdmd : h f b , cerhrnnenb. Mehewuk
H o d i : embora, seja assim. Ben& est.
H o m d i m d i : assim x r h , assirn farei. Ita plane erit.
Homw t : assim he ? Itan&? Munquid ita ?
Honeorokidd : talvez que seja assim. Fortasse ita est.
Homdb : n8o he possivel. Qual ? Ser4 bom ? Qui.
Nullatenus.
IM : dahi, Inde, Isthinc.
Yet83 j arriba, en cima. Suwum, Soprh.
.
94
-GRABW6ATICA DA L1NG)UA BRASILICA
,
5. II.
~e dgumas Partieulao, que ne usPo
as Lingua.
Ha nesta lingua humas Particulas, que As per
si n8o significlo, nias juntas aos v e r h s , & nomes,
ou estendem o significado dos mesmm verbos, &
nomes, ou Hies ajuntiio alguma f o q a , & elegancia ;
& por isso se p6dern chamar quasi adverbios, porque
se chegao muito
dedni@o dos Adverbfas: t por
esta r-0
tem o seu lugar aqui entm os Adverbios,
& sso as segninks.
A , post0 110 fim dos verbos, & n ~ m e s ,significa
gente : ut, Waxhered, fazenda da g m b . Icdm, a gente
furta. Advirto que todas estas Farticulas sernp1.e se
compoom com os m w n o s no:nes, & v e r b no fim.
Bee. Esta Particula serve de elegancia no fim d m
verbos 110 Indicativo, em particular se forem n e e tivos: ut, U$.lii.() Mwoilmucedi, Logo hei de ir. TeJEidk,
Nao veyo.
Bd, no fim do verbo, significa De t ~ o d ~sem
,
exceiclo: ut, Pexlabd, Quebrar-sa tudo em p & a p , sem
dcar nada inteim. Id%&, Morrer t d o s e r n ficrtr
hum yivo.
Chi, serve de elegancia aos verbos, 65 nomes de
fallar, gritar, perguntar : ut, Sdadii, Que diz 7 Que
novas 7 Morwhi rime,Assim diz.
C&, no fim dos nomes adjectivos, denota propriedade : ut, Datweetk, medimo ; K$di&, ferwgento.
Dc, sem accento, se us% h vezes por elegancia
- po firn (10s verbas, em Fm*tiCdt%~@
@omas v e r h s de
he este? Yacdw~@d,Sou por ventura hum cacliarro?
Outrras particulas ha, que tambern per si sSs nJo
significao; & corn os verbos, & nomes tem sna significacio, mas perteucem a outras partes da O r q 8 0 , &
jS sc fdlloii dellas ou nos Pronomes, & Poss~sivos,
ou nos Nomes Adjectivos, ou nos Verbos, 011 nos Participios, Q U nas Prepmipens, conforme se reduzem &
cada qual dellas.
CAPITULU VI1
Sobre esta parte da Ora@o nilo ha que dimar, senti0
aponta-lab por ordem, pois nBo se urn muib na Orago
senso sds ; & algumas que tern lugar na Orqm, se
poem no principio della.
A @ , A p m r i : ay, voz da mulher. Lat. Heu dolentis.
bmh: tiripay lh, voz tambem .le mulher. Lat. Apage,
execrantis, aut rejidentis cum fastidio.
As.I : arrelh, voz do homem. Lat. A w e , u t suprh.
Bd: 0. Lat. 0, exclamantis.
C U M : oh. Lat. Pap&, Vah, admirantis.
H d : ay. Lat. Ah, Heu, ingemiscentis.
H d b : oh, voz ds mulher. Lit. P a p , Vah, admirrtntis,
DA NkGkM KIRIRI
97
Honadrd : tay. Lat. Heu. miserentis.
Y d : ea. Lat. Age, Agedum, sollicitantis.
Yahd: hay. Lat. Hei, voz do homem, dolentis.
Y d , Yuhqyd, Yidydmtd : huy. ht.Hii, admirantis,
aut rejicientis cum k d i o ; ou de quem festeja g r a p s ,
&z
ditos.
YAi : ora s6s. Lab. Ag$, Agedtim, clamantis. Esta
rn sernpre m m o verbo: ut, Brod i e h i , Orais6s em de ppessa.
Nent?, ou End E d : diz que cae na cousa.
R Q ~ $ ay.
:
h t . Heu, nut Ye, da mnlher mise-
mwmo que dizer, coibado.
Heua : Que modo he este ? Inat. Hui, respondentiis: cum molesti&.
mntis. He
Q
&de&,
CAPLTWLO VLEI
-98
~
______--
,
GRAMYATICA DA LINGUA BRASILICA
das dicgoens que divide : ut, Em lmhd, tid2i M d , o macho, ou femea.
As Conjnnpens musaed sW, Nd :. prqne. Lat.
Quia, Quoniam.
Bd: para que, ou pat% que iiw. Lat. Ut, vel Ne.
Norir p q u e . Lnt. Quoniam.
As Adversativas SBQ, I M t d : corn tudo. Litt. Tamen,
Nihilo m i n us.
N e d ; mas. Lat. Sed. Eda Conjajnn4$&swmpre st?
p e i n no fim da Ora*.
P A : ainda que. €at. Qaiamvk Ekta conjuu@o
sempre pede n a senten* gne se Ihe segue o&ra mnjungo, N e d , ou Iblwl. Ut, Pd p d hie$@ bio Ai
, ou k&a&k w d , Aiads que me
matem, nao hey de dizer nada.
Conjunpo Collectiva, 011 Illatiws he ha& : p r
ism. Lat. Quapropter, Id&.
Estts Coiijuunpens se dividen, C O ~ Qas latiass, em
Prepositivas, Sr, Subjunctivas. As Pmpcsitivm s3.0 as
que sa poem wiiank nib oiz1@0, & S’SQ Mori,mri , Nd.,
a,Nori, I h ~ d Iwlsd.
,
A s Subjunctivas %
. o as que se
poem depois de slgu
is de
CAYITULO IX
Dr Syntax8 de t d w
Fmh L
6ntrs d.
De odinnrio nesta lingua precede Q verbo an4 Nominativo.
Exceipso. primeira. Tim-sa, quando Q verb0 @rn
--._._-DA WACAM KIBIBI
-- -
-.
_.
99
por Norninativo o mesmo artip do Pronome comsigo;
porque neste mw jS o tartigo, que he o Norninativo,
pmde
v e r b : ut, Dziscd, Eu a m .
E x c e i e segundn. Tira-se, quando na Oragilo ha
' algnm dsqrielles Adverbios, qiie precadem a t d a a
Ora+, ou se dewern pOr logo depok da primaira palavra, que de ordinaria he o verbo ; prqne entzo precede o Adverbio: ut, Bod si& himmid, Logo vem o
meu n m i g ~ .
Exceicao brceira Tka-se, quando a Om@o he
de pergunts; p q n e enti0 nos verbos N e a t m pty&e (3 Narninativo: ut, Adid d d , Quem furtom? 0
m s m o he BO Pertieipio: Adjd d k i r i , Quem foy? 5e o
v e r b &or pssivo, nas perguntas prmede o ablativo
do age:ent+~ a p ~ p ~ ma:
i w ut, I si#,
DQ
qnem foy tnorb? E a mmme ordern tie marcla na
si@,
Eu €uy que 0 rnaky, ou, De
mim toy morto. 0 m e ~ mse~h-de dizer, 5e a pergunta for sobre a m11sa, instrumento, ou materia da
accgb; p q u e enm precede o dito caw con! a P m
sip&, Corn que iiwtrnmento fey
p i p m m: u t 1
morn?
Kaveado adjtxrtivo, que concoda mrn o Subtantiyo. logo se poem depois do Subshntivo: ut, Dicri
~ z pB& i , DBO-S~Z?
B
grand@.
Tira-ee deslba rep&, quando o Adj'ectivo faz $:
veza do werbo, Ser; poque entzo p r e d e o Adjec
tivo ibo mn S ~ b o ~ h ~ ~ut,
t i vY ~a :d Isdzd, A faca est$
a&&.
Depois d~ verba, & do nominative se p m o C&SQ
proprio do v e r b , & depois os outros casos que houver
-
. a00
CIRAMMAlWA DA LIMCHUA 'BRASILICA
/,
-na Qmpm q m ,asPreposipens necessarias.
--
Advqrtindo, .que nos serbos Neutms o cas0 pro,prio ,he oque
corresponde no nosso .accusative, se for Neutro x t i v o ;
ou aguelle caso, que nossa lingua se poem em primeiro
lugar depois do verbo, se for pum Neutm: ut, Imtd
prd do fay& hidiokj, 0 negro me furtou o dinheim a
mim. I d hiididd 9nd sudd, Agmtsl-se cornmiga sobre a
sua faca. E no verbo Passive o cam proprio que
S
cascis, he o ablativo do agente com
precede ~ Q outros
a Prepodqao Nd: ut, P e r w i wmbd pa0 War2 h k i ,
Fora-me contadas 1iuma.s iiovits 1x10 Padre a rnim.
Os Adverbios se ham de collowr conforme se
explicou na Syntaxe delles: os da primeira Clas~e,no
principio; 05 da segunda, cornpastss corn os verbos
no fim;os da &meha,. depois de algums p l a v m ; 01s
da quarb, no meyo da OragU, ou sonde quizemem, &
o USQ ensinar.
0 Modo Indicativo de ordinilrio pweade a.03 rnais
Modos; except0 os verbos de rnovimento, que algumas vezes sendo no Tndicativo se yoem s t r h dss
Gerundios: ut, Do pd edj2 id, Foy a inatfl~ cap.
IEO &aut2 si&, Veyo a trabdhar.
Ajuntando-se dolls v e r b s corn, Que, n o meyo, 01%
sem elk, sendo o segundo Infinito na nc3.ssa lingua,
tambem nesta lingua o segundo verbo s8 nlanda 80
Infinito, & serve como de Nome infinitivo, &segue &s
mesmas regras dos Womes. Assirn que pMe servir de
Norninatiso, & entiio se poem depois do verbo: ut,
Net@ siwi h i t t b , Eu sey qrie foy ; 011 A sua ids foy
sabidn de rnirn. E p&e serwir em ontm CCTM corn a
PreposiGiie, que o v e r b antmedentie pede: ut, NAiwa

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