Generalidades do contexto econômico e social do panamá
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Generalidades do contexto econômico e social do panamá
Generalidades do contexto econômico e social do Panamá, e principais ações governamentais sobre transparência e controle da corrupção durante o período: setembro de 2004 até abril de 2007 A economia do Panamá cresceu 8.1 % no ano de 2006, a cifra mais alta dos últimos quinze (15) anos no país é uma das mais altas na América Latina. De acordo com dados do Índice Mensal de Atividade Econômica (IMAE) da Controladoria Geral da República, a atividade econômica a Novembro de 2006 acumulou um crescimento de 8.02 por cento, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em janeiro de 2007 registrou um crescimento de 8.42 por cento e em fevereiro de 7.49 por cento. É oportuno mencionar que a partir do ano 2005 tem-se dado uma maior arrecadação tributária produto das reformas fiscais empreendidas. De acordo com a Direção Geral de Receitas durante os dois primeiros meses do ano 2007, as receitas fiscais, cresceram; o Governo recebeu 412 milhões de dólares por receitas correntes, 39 milhões de dólares mais que no mesmo período de 2006 e 94 milhões de dólares mais do que estava previsto na Lei de Orçamento, registrando-se um saldo positivo do balanço tributário. Na atualidade, o nível de atividade econômica no Panamá se vislumbra com boas perspectivas. O crescimento experimentado é impulsionado pelas atividades de armazenamento e telecomunicações, hotéis e restaurantes, transporte, comércio, construção, intermediação financeira e as atividades agropecuárias e imobiliárias. Há um maior dinamismo mostrado nas atividades de diversão e lazer e um melhor desempenho do setor da construção que responde ao impulso de projetos residenciais e comerciais; se soma a esta lista, o maior nível de re-exportações da Zona de Livre Comércio (ZLC) criada em 1948, um incremento no faturamento dos serviços de fornecimento de eletricidade e de água potável e o maior movimento de carga por via férrea. O aumento no dinamismo do setor agrícola é produto do crescimento de cultivos frutícolas, como melão, abacaxi e melancia. A estratégica localização geográfica, a ausência de furacões, a dolarização da economia, o alto desenvolvimento infra-estrutural e tecnológico, a estabilidade social e o sistema financeiro são algumas das vantagens que mais se destacam nas campanhas que promovem o Panamá como um lugar privilegiado para investir. Entretanto, essa prosperidade econômica não se reflete no melhoramento da qualidade da vida de quase 1.2 milhões de pessoas que se acham na linha da pobreza. Ainda que o Panamá seja um país que está classificado como de desenvolvimento humano médio, ocupa o segundo lugar da região em pior distribuição de renda; mais da metade da população só dispõe de 5% da riqueza, e 14% da população vive com menos de um dólar ao dia. Vinte por cento da população mais rica recebe 61.2 por cento da renda dos lares, ao mesmo tempo possuem uma média de escolaridade de 12.1 anos, enquanto os 20 por cento mais pobres da população recebem 1.9 por cento da renda dos lares, e além disso possuem uma média de escolaridade de 4.1 anos. Aproximadamente, 40 de cada 100 pessoas é pobre, e 16 de cada 100 se encontra em extrema pobreza. Nas áreas urbanas, uma de cada 5 pessoas é pobre, e 4 de cada 100 está em extrema pobreza. Na última Pesquisa de Níveis de Vida que se fez no país, publicada pelo Ministério de Economia e Finanças em junho de 2005, revelou que 36.8% das pessoas que habitam no território nacional são pobres e 16.6% são vítimas da pobreza extrema, é dizer, seus recursos não lhes é suficiente nem para comer. A maioria destes cidadãos são indígenas e habitantes das zonas rurais, com características próprias relacionadas com a qualidade do emprego, nível de educação entre outras. Prevalece uma concentração de riqueza nas áreas urbanas e na zona metropolitana do Panamá, criando-se uma distorção entre o crescimento econômico e o desenvolvimento social que representa o país. Estudos socioeconômicos sobre o Panamá, sinalizam sua posição de maior desenvolvimento, com relação a dos países da América Central, expresso em um maior produto interno bruto por habitante que chegam em 2005 a mais de B/.4.513.00, o que equivale em dólares pela dolarização da economia panamenha. Não obstante, sinalizam também que as políticas sociais do Panamá, encaminhadas a lutar contra a pobreza, são insuficientes e o gasto social pouco efetivo. Entre 1994 e 2002, os governos em exercício têm investido 7 bilhões 300 milhões de dólares em programas sociais. Enquanto o gasto social anual do Estado aumentou 54%, ao passar de 650 milhões de dólares em 1999 a um bilhão de dólares em 2002, a pobreza se reduziu somente dois pontos nesse período, de 36.1% a 34%, de acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). A pesar dos esforços importantes em matéria de priorizar o gasto público focados em programas sociais, não se tem conseguido reverter os índices de pobreza que alcançarão o ano 2005 a 1,128,400 pessoas, das quais 508,700 panamenhos estão em condições de extrema pobreza1. O último Relatório de Desenvolvimento Humano do Panamá 2006 demonstra que os níveis de pobreza, principalmente nas áreas rurais não têm variado durante os últimos 30 anos. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social e da Direção de Políticas Sociais do Ministério da Economia e Finanças, persistem características de iniqüidade social no país. No ano de 2005, de 3,2 milhões de pessoas2 que habitam uma superfície total de 75,517 Km2 da República de Panamá, quatro (4) de cada dez (10) panamenhos são pobres, vivem com menos de 2.5 dólares por dia; uma de cada quatro (4) crianças pobres sofre desnutrição aguda, uma quarta parte dos homens e mulheres em pobreza extrema são analfabetos, só a metade dos pobres supera a escola primária, as mulheres pobres apresentam maior taxa de fecundidade, têm, em média, 4.71 filhos, e 58% das gestações precoces ocorrem entre elas; os lares pobres costumam estar integrados por mais de 5 pessoas e residem em moradias sem título de propriedade, deterioradas total ou parcialmente e com super-lotação; 70% dos trabalhadores pobres se encontram no setor informal da economia; 71% dos gastos de uma família pobre se destina à alimentação; 76% dos pobres vive em áreas rurais; um quinto da população mais rica do Panamá recebe 42 vezes mais renda que o quinto mais pobre. 1 Pesquisa de Níveis de Vida 2003. Ministério da Economia e Finanças, Direção de políticas Sociais. Projeção da população total da república do Panamá 3,283,959 ao 1 de julho de 2006. Direção de Estatística e Censo da Controladoria Geral da República. 2 A maior parte da analise, incluídas as do Ministério da Economia e Finanças, destacam que desde o ano 2004 o crescimento econômico de Panamá tem sido um dos mais altos da América Latina, entretanto, existem obstáculos para que este crescimento seja sustentável, reduzindo-se as oportunidades de emprego e restringindo aos pequenos empresários para empreender negócios, isso incide na geração de empregos de qualidade que possibilitem a superação dos níveis de pobreza. Entre os desafios a enfrentar se mencionam a criação de oportunidades de mercado para a pequena e media empresa, melhoramento da qualidade do capital humano, através da educação e capacitação, um maior acesso aos créditos e tecnologias, melhoramento da infra-estrutura pública, simplificação dos trâmites e fortalecimento do aparato público, e maior ênfase na luta contra a corrupção e impunidade que impera. No relatório do PNUD do ano 2002, se explicava que o Panamá não havia conseguido reverter os índices de pobreza, e essa situação seria resultado da ineficiência do gasto público social e de sérios problemas na institucionalidade do setor público, especialmente no âmbito social.3 No último relatório de CEPAL do ano 2005 sobre o Panorama Social de América Latina, assinala que o Panamá ostenta um dos mais altos índices de gasto social sobre o PIB chegando a quase 20%4. Contrastando com isto, Panamá está entre os três primeiros países de América Latina com os índices mais altos em termos de desigualdade na distribuição de renda; o 20% mais rico detém o 62,7% da renda e o quinto mais baixo só 1,5%.5 ESTRATÉGIA PARA A REDUÇÃO DA POBREZA. 2004-2009 O Governo Nacional, presidido por Martín Torrijos Espino Presidente Constitucional da República, a partir de outubro de 2004, se propôs a meta, de reduzir a pobreza de 40% para 32%, ao final de sua administração no ano 2009. Se reconhece, que a pobreza, constitui o mais importante desafio que enfrenta o país, por tanto, representa um dos objetivos prioritários de seu Plano de Governo, o que implica orientar seu esforço, na adoção de medidas que permitam afrontar os principais fatores que incidem e reproduzem a pobreza, destacando-se entre eles, geração de emprego, combate a corrupção, entre outros. Em conseqüência o Plano de Governo denominado Visão Estratégica de Desenvolvimento Econômico e Emprego para 2009, que recolhe a orientação programática das políticas públicas implementadas a partir do dia 1 de setembro de 2004, se dirigem ao cumprimento dos seguintes objetivos: Ordenar o processo de reativação econômica e social do país, e orientar os programas, as ações do governo e das instituições estatais. Neste contexto, se planejaram cinco objetivos estratégicos: 1. Reduzir a pobreza e melhorar a distribuição de renda, 2. Crescimento econômico e emprego, 3. Saneamento das finanças públicas, 4. Desenvolvimento do capital humano e 5. Reforma e modernização do Estado. 3 4 5 Relatório PNUD, www.undp.org. Segundo o Relatório do BID do país para o ano 2003 este gasto representava 20,2% do PIB. IDB Country Strategy with Panamá, outubro 2005. Em atenção ao assinalado, se impulsionam e executam ações para enfrentar um conjunto de debilidades estruturais que ameaçam qualquer projeto de mudança institucional relevante, e que se refere à escassa diminuição dos níveis de pobreza, a persistência dos níveis de desigualdade, e a profunda desconfiança dos cidadãos com relação aos partidos políticos, a legislatura e o poder judicial, mesmo que para diminuir e controlar gradualmente as distorções e deficiências nas áreas críticas com maior incidência na geração da corrupção e falta de confiança na atuação governamental, afetando a institucionalidade e em conseqüência a governabilidade. A transparência na gestão pública e na luta contra a corrupção, são pilares importantes dentro da estratégia do Governo Nacional. Neste sentido, se reconhece igualmente que a Modernização da Administração Pública, é um elemento essencial para o fortalecimento institucional das entidades governamentais, melhoramento dos processos e serviços que se oferecem aos cidadãos, acesso à informação pública e adequação da legislação nacional com as disposições das Convenções da OEA e de Nações Unidas sobre a corrupção ratificadas pelo Panamá. A partir de setembro de 2004 até abril de 2007 se tem realizado mudanças significativas dirigidas a transparentar a gestão pública panamenha, abrangendo áreas fundamentais da Administração Pública, tais como: governo eletrônico, compras governamentais e qualidade de serviço, com a finalidade de fortalecer a institucionalidade do setor público, promover a cultura ética e de prestação de contas, boas práticas e acesso à informação pública. A continuação se enunciam as ações mais relevantes que se destacam no esforço interinstitucional pra melhorar a gestão pública e garantir transparência na atividade estatal e combater a corrupção. TRANSPARÊNCIA, FISCALIZAÇÃO E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL Derrogação do Decreto Executivo No. 124 de 21 de maio de 2002, pelo qual se regulamenta a Lei No. 6 de Transparência de 22 de janeiro de 2002, em setembro de 2004, que restringia à aplicação de alguns artículos contidos na lei de Transparência e limitava sua efetividade com relação ao acesso à informação sobre a gestão pública. Criação do Conselho Nacional de Transparência Contra a Corrupção e sua Secretaria Executiva em outubro de 2004 (www.setransparencia.gob.pa), como um organismo consultivo e assessor do Órgão Executivo pra as políticas públicas de transparência e prevenção da corrupção. Criação da Promotoria Terceira Anticorrupção da Procuradoria Geral da Nação, em janeiro de 2005. Criação da Secretaria da Responsabilidade Institucional e Direitos Humanos na Procuradoria Geral da Nação, a través da Resolução No. 10 de 17 de janeiro de 2005. Esta Secretaria tem a finalidade de agilizar e implementar políticas de educação, prevenção da corrupção e investigação contra a possível comissão de irregularidades internas e promover a orientação em direitos humanos. Aprovação da Lei No. 15 de 10 de maio de 2005, que adota a Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, em Nova York o 31 de outubro de 2003. Incorporação nas Normas Gerais de Administração Orçamentária vigência 2006 (Artigo No. 168 da Lei No. 38 de 24 de novembro de 2005, pela qual se dita o Orçamento Geral do Estado para a vigência fiscal de 2006), o Principio de Transparência que estabelece que a informação do Orçamento de Receitas (total das receitas correntes e do capital, incluindo os de gestão institucional) deve fazer-se do conhecimento público a través dos meios de acesso massivo. Sistema para o Controle de Obras do Estado (COBE), implementado pela Controladoria Geral da República a partir de fevereiro de 2006 e criado para fortalecer a função de fiscalização da Controladoria. É uma ferramenta tecnológica constituída como uma fonte única de registro, que coadjuvará as entidades públicas no processo de seguimento das contratações através da Internet, obter informação sobre os projetos, contratos e licitações públicas para a execução física dos projetos, inclui também o relativo ao registro e controle das fianças de cumprimento de obras, entre outras coisas. Aprovação da Resolução No. 002 de 21 de julho de 2006, que estabelece o pagamento a servidores públicos por transferência eletrônica de fundos, como meio de pagamento de salário, mais confiáveis, seguro e eficaz, na Direção Geral da Tesouraria do Ministério de Economia e Finanças. Assinatura do Consenso de Montevidéu em junho de 2006, no marco da VIII Conferencia - de Ministros de Administração Pública e Reforma do Estado, mediante o qual se aprova a adoção do "Código Ibero-americano do Bom Governo", a criação da "Escola Ibero-americana de Administração e Políticas Públicas", e se acorda promover nos países de formação ibero-americana e capacitação permanente de diretores e funcionários públicos, de forma tal, que incremente a eficácia governamental e a qualidade da gestão pública. Assinatura da Declaração da Guatemala para uma Região Livre de Corrupção e Cooperação Técnica de Transparência e Anticorrupção dos países de Centro América, Panamá e República Dominicana, o 15 de novembro de 2006, com o propósito de erradicar a corrupção e a formulação de políticas sobre aspetos estratégicos que regiram a integração centro americana. Sistema de Gestão e Manejo de Expedientes “SÍGUEME” da Controladoria Geral da República, lançado oficialmente em dezembro de 2006. É uma ferramenta tecnológica que permite aos provedores do Estado dar seguimento a seus pagos, contratos, ordens de cobrança e compra, cheques e gestões pendentes, através da Internet. Esse projeto constitui a primeira fase do “Projeto Controle Digital”, iniciativa concebida para estabelecer um fluxo eletrônico de documentos que permitirá a automatização do controle prévio e outros processos que realiza a Controladoria Geral da República, em todas as entidades do Estado. Projeto de Prestação de Contas da Controladoria Geral da República que inclui a elaboração de um Regulamento de Prestação de Contas. A partir de maio 2006, o texto do regulamento e sujeito de revisão e ajustes. Projeto de criação do Tribunal de Contas para coadjuvar a prevenir, controlar, enfrentar, castigar a corrupção e garantir probidade e eficiência a gestão pública. Em dezembro de 2005 foi apresentado o Projeto de Lei para a consideração da Assembléia Nacional. Solicitude de Declaração Jurada de Estado Patrimonial (ao inicio e ao final de labores) aos funcionários responsáveis da direção de instituições públicas a servidores públicos de controle de fundos públicos. ACESSO À INFORMAÇÃO PÚBLICA, ATENÇÃO CIDADÃ E QUALIDADE DE SERVIÇO Criação da Secretaria da Presidência para a Inovação Governamental, em setembro de 2004. Entidade encarregada do planejamento, coordenação, supervisão, colaboração, apoio e promoção do bom uso das tecnologias de informações e comunicações no setor governamental, para otimizar a utilização das mesmas no processo de Modernização do Estado panamenho. Lançamento oficial da página Web “Panamá Compras” (www.panamacompras.gob.pa) em dezembro de 2005. Este Portal de Internet constitui uma fonte de informação sobre os produtos e serviços requeridos pelo setor público, encaminhada a transparentar os processos de compras governamentais, coadjuvando a as ações empreendidas para a luta contra a corrupção. Lançamento oficial da página Web “Panamá Tramita” (www.panamatramita.gob.pa) em maio de 2006. Este Portal da Internet está orientado a reduzir, simplificar e integrar em um só lugar a grande variedade de tramites que brindam as instituições públicas e oferecer aos cidadãos e provedores de informação necessária sobre os requisitos para realizar tramites governamentais. É uma opção moderna, confortável e rápida que permite orientar em linha os usuários a forma como devem realizar trâmites e processos frente a qualquer entidade pública. Desenvolvimento e implementação de programas governamentais digitais, tales como: Gazeta Oficial de Panamá em Línea, Declarações de Renda em Línea, Registro Digital, entre outros. Programa “Conecte-se ao Conhecimento” através do qual se pretende implementar tecnologia nas escolas, apoiar o currículo dos docentes e melhorar a instrução. Esse projeto está orientado a fortalecer a qualidade e modernidade da educação, a partir de novas ferramentas metodológicas e tecnológicas ao serviço do processo de ensino aprendizagem, implica o estabelecimento de uma rede informática nacional que abrange um mínimo de mil (1,000) centros educativos do setor oficial (áreas urbanas, rurais e de difícil acesso), no transcurso de 2005 ao 2009, a razão de duzentos (200) centros por ano, e a capacitação de docentes no manejo de novos métodos e técnicas de trabalho, e a Internet. Criação da Direção Nacional de Denuncia Cidadã da Controladoria Geral da República (www.denunciaciudadana.gob.pa/publico/) em abril de 2006. Teria a missão de receber e canalizar as denuncias de qualquer cidadão que tenha conhecimento do uso irregular de recursos do Estado, seja de dinheiros o bens públicos; tramitá-los com a entidade correspondente e oferecer uma resposta al denunciante. Fortalecimento do Guichê Único do Ministério da Casa Própria em fevereiro de 2006 e do Módulo do Contribuinte e-TAX Renda da Direção Geral de Receitas do Ministério de Economia e Finanças (2006-2007). Criação do Sistema de Tramitação na Agencia da Área Econômica Especial PanamáPacífico denominado “Sistema Integrado de Tramitação (SIT)” em junho de 2006, com o propósito de brindar os investidores e empresários interessados em operar na Zona Econômica Especial de Howard, as facilidades de realizar em uma só oficina os trâmites de permissões, licenças e autorizações necessárias para a abertura e funcionamento das empresas. Serviço em línea para consulta dos docentes do Ministério de Educação. Esse sistema permite consultar, por exemplo, entre outras coisas: a verificação de nomeação, vagas para concursos, translados, pontuação de docentes, inscrição em cursos de capacitação. Com a assistência técnica da Secretaria da Presidência para a Inovação Governamental se desenvolve e aperfeiçoa o projeto Centro de Atenção ao Docente “CAD em linha”. Aprovação da Lei No. 5 de 11 de janeiro de 2007, que agiliza o processo de abertura de empresas e cria o sistema e portal da Internet “Panamá Empreende”. E um sistema informático que automatiza o processo de aviso ao Estado sobre o inicio de qualquer atividade comercial ou industrial, que busca oferecer aos empreendedores conseguir as licenças para a abertura de empresas pela Internet em um só dia. PARTICIPAÇÃO CIDADÃ Realização de quinze (15) Conselhos Consultivos Comunitários promovidos pela Presidência da República como mecanismo para a comunicação direta com as comunidades, a fim de conhecer suas necessidades e priorizar as obras requeridas por estas. Conselhos Consultivos de Prestação de Contas para dar a conhecer à comunidade um balanço da culminação e avanço das obras, projetos e programas de desenvolvimento social impulsionados pelo Governo Nacional e acordados em tais Conselhos, avaliar sua execução e adotar corretivos. “Diálogo Nacional para Salvar à Caixa de Seguro Social” convocado pelo Governo Nacional; no mesmo participaram representantes do governo, do sector privado, trabalhadores, docentes, médicos, enfermeiras, entre outros grêmios de profissionais. Logo após cinco (5) meses de sessões (28 de junho de 2005 ao 20 de novembro de 2005) se acordam reformas à Lei No. 17 de 1 de junho de 2005, dando por resultado a Lei No. 51 de 27 de novembro de 2005. Processo de Concerto Nacional para o Desenvolvimento, convocado pelo Presidente da República, Martín Torrijos, o 16 de agosto de 2006, busca gerar um acordo nacional que defina os futuros objetivos de um Plano de Desenvolvimento Nacional Econômico e Social de longo prazo, que propicie um melhoramento das condições de vida da população panamenha. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Panamá (PNUD) atua como facilitador de dito processo, com a participação dos Partidos Políticos, Conselho Nacional de Trabalhadores Organizados (CONATO), Associação Panamenha de Executivos de Empresa (APEDE) e outros atores chaves da sociedade civil. A plenária da Mesa de Diálogo pelo Desenvolvimento Nacional, se instalou na segunda-feira 12 de fevereiro de 2007. Programa de Desenvolvimento Comunitário para Infra-estrutura Pública (PRODEC), instrumento criado mediante Decreto Lei Nº. 1 de 9 de janeiro de 2006, com fundos provenientes dos excedentes do Canal do Panamá, para dar resposta muito mais rápida às comunidades que esperam as obras nos setores de saúde, educação, projetos de vias e de aquedutos, e outras obras e serviços de interesse para as comunidades. ÉTICA, INTEGRIDADE PÚBLICA E CAPACITAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS Aprovação do Código Uniforme de Ética dos Servidores Públicos que trabalham nas entidades públicas em dezembro de 2004. Realização do Primeiro Fórum sobre Controle e Prestação de Contas em maio de 2006, que teve como objetivo sentar as bases para iniciar um processo de melhoria da Administração Pública baseado nos princípios de transparência e prestação de contas, organizado pela Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Transparência contra a Corrupção. Execução do Projeto “Lições Aprendidas e Melhores Práticas para a Integridade na Gestão Pública Panamenha”, entre maio e agosto de 2006, dirigido a sentar as bases para introduzir e promover os conceitos de integridade e transparência nas entidades públicas, a fim de fortalecer as ações associadas à luta anti-corrupção que realiza a Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Transparência Contra a Corrupção. Firma do Convênio de Cooperação Anti-corrupção e Melhoria da Transparência entre o Conselho Nacional de Transparência Contra a Corrupção e Georgetown University em junho de 2006, através do qual se capacitaram 28 profissionais diretivos de entidades públicas, privadas e da sociedade civil, através do Curso “Políticas Públicas para a Melhoria da Administração Pública, a Transparência e o Fortalecimento Institucional do Estado”, atividade acadêmica-preventiva desenvolvida de forma modular que abordou matérias afins com a gestão pública, participação cidadã e combate à corrupção. Têm-se desenvolvido algumas iniciativas relativas a dar apoio às atividades de capacitação do setor público. Alguns avanços a respeito da capacitação é a reorganização do Instituto Nacional de Formação Profissional (INAFORP) que se transforma no Instituto Nacional de Formação Profissional e Capacitação para o Desenvolvimento Humano (INADEH) através da Lei No. 8 de 15 de fevereiro de 2006, a fim de concentrar esforços e recursos em uma só entidade e que esta coordene o tema a nível do setor público. Esta entidade deverá então coordenar com as entidades do setor público o intercâmbio de informação sobre os programas de capacitação que realizam e os recursos designados para tais fins, entre outras ações. Celebração da Primeira e Segunda Semana de Transparência como atividade anual, “Por um Panamá decente, todos contra a corrupção”, do dia 16 ao dia 19 de agosto de 2005 e do 9 ao 13 de outubro de 2006, respectivamente. Participam entidades públicas e organizações da sociedade civil, a fim de motivar os funcionários públicos e a cidadania em geral sobre a luta pela erradicação do flagelo da corrupção, Concurso de Ensaio Universitário a nível nacional, dirigido a formar consciência nos jovens sobre o respeito à lei, valores, princípios éticos e códigos de éticas, Primeiro Simpósio de Ética "Momentos Determinantes: A Conduta a Seguir". Fórum “As prerrogativas e privilégios processuais no julgamento de funcionários públicos: Um obstáculo na luta contra a corrupção”, Conversatório “Marco legal nacional e sua adequação às normas das Convenções Internacionais Contra a Corrupção”, Mesa Redonda “Importância da Documentação, Promoção e Difusão de Boas Práticas na Administração Pública.” Entre as atividades da Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Transparência contra a Corrupção, programadas para 2007, concebidas como apoio aos esforços encaminhados à execução de ações que promovam estratégias e mecanismos para melhorar a transparência e a eficiência na administração pública panamenha, se mencionam as seguintes: • • • • Seminário-Oficina “Gestão Pública pelos Resultados: Planificação Estratégica, Avaliação Institucional e construção de Indicadores de Transparência e Integridade, atividade formativa-preventiva, atividade que se realizará do 16 ao 20 de abril de 2007, sendo um dos seus objetivos, a formação de capital humano que permita às instituições trabalhar sob o conceito de gestão por resultados e prestação de contas à sociedade civil. Oficina: “Bom Governo e apresentação dos resultados do Estudo Exploratório sobre o Modelo de Gestão das Instituições Públicas Panamenhas”, do dia 10 de maio de 2007. Atividade dirigida a funcionários diretores e técnicos do setor público panamenho, que tem entre seus objetivos, promover o Modelo de Bom Governo como ferramenta para melhorar o desempenho institucional e a transparência no setor público panamenho. “Se impulsiona um Diplomado em Auditoria Forense e Controle de Gestão Pública", em aliança com a Universidade Especializada do Contador Público Autorizado (UNESCPA), orientado a profissionais das entidades públicas principalmente de áreas de Auditoria Interna, o qual se iniciará o dia 29 de maio de 2007. Se leva a cabo, a partir do mês de março, o Estudo e seguindo da gestão governamental e ética pública “Investigação Exploratória”, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e dirigido à identificação e análise das diferentes formas de corrupção no país, e elaborar linhas de ação que sirvam de insumos para a construção de indicadores de ética e transparência, formulação de uma política pública anticorrupção e operatividade de um sistema de monitoramento e avaliação da gestão governamental e ética pública. ADEQUAÇÃO DA LEGISLAÇÃO NACIONAL Aprovação da Lei Nº.22 de 27 de junho de 2006, que regula a Contratação Pública e dita outras disposições. Com esta lei se busca equilibrar e dar mais transparência à gestão pública, propõe um sistema eletrônico de contratações públicas “Panamá Compra” que permitirá o intercambio de informações entre os participantes do processo de compras em um entorno de segurança razoável, cria a Direção Geral de Contratações Públicas como entidade autônoma, define um Tribunal de Administração de Contratações Públicas, cuja instância atuará como um balanço quando os aspirantes interpuserem um recurso de impugnação contra qualquer adjudicação relacionada com os procedimentos da seleção de contratista, entre outros aspetos relevantes. Regulamentação da Lei de Contratação Pública, através do Decreto Executivo No. 366 de 28 de dezembro de 2006. Pacto de Estado pela Justiça convocado pelo Presidente da República no ano 2005 e designação da Equipe Técnica e a Comissão Codificadora dos Projetos do Código Penal e do Código de Procedimento Penal, que tem permitido a apresentação frente a Assembléia de Deputados do projeto do Código Penal e Processual Penal. Depois de um processo de discussão que se iniciou no dia 3 de outubro de 2006, a Assembléia Nacional aprovou em um terceiro debate o Código Penal o dia 4 de abril, aprovado previamente em 9 de março de 2007 pela citada instância e posteriormente vetado parcialmente pelo Executivo, ao objetar quatro artigos (299, 345, 414 y 385). O novo Código Penal entrará em vigor um ano após a sua promulgação. Com relação a esse tema, a Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Transparência contra a Corrupção apresentou as considerações da Comissão Codificadora, uma série de propostas, a maioria das quais foram acolhidas sobre a adequação das normas penais panamenhas as Convenções Internacionais contra a Corrupção, entre as importantes se podem mencionar: • • • • • • Tipificação da figura da “garrafa” como infração penal para o funcionário e seu superior hierárquico; Atualização da linguajem normativa no delito de utilização da informação não pública (reservada, ou de acesso restringido); Aumento da pena (de 4 a 10 anos), ao delito de corrupção de funcionários com funções jurisdicionais; Aumento da pena prevista para o delito de concussão; Aumento da pena mínima prevista no delito de tráfico de influência; A inclusão na figura do tráfico de influências, quando o autor seja um funcionário público estrangeiro. A Republica de Panamá esta se preparando para elaborar o relatório que se apresentará no mês de dezembro à Comissão do Mecanismo de Seguimento da Implementação da Convenção Interamericana contra a Corrupção (MESICIC) da Organização dos Estados Americanos (OEA), organismo que supervisiona a aplicação das Convenções Anticorrupção dos Estados partes, tanto para responder sobre as recomendações formuladas no primeiro relatório apresentado pelo Panamá no ano de 2003, como para informar sobre seu compromisso e avanço na prevenção e luta contra a corrupção em 2007. Previu-se que este relatório recolha toda a informação disponível sobre as executórias desenvolvidas em matéria de transparência e combate contra a corrupção, em atenção não só ao cumprimento da Convenção, senão também, ao Plano denominado Visão Estratégica de Desenvolvimento Econômico Emprego para 2009, que inclui as linhas inerentes ao processo de reforma e modernização do Estado em que está comprometido ao Governo Nacional. Através deste relatório pretende-se destacar as iniciativas e esforços que a atual gestão de governo realiza para sentar as bases, as linhas de uma Política Pública Anticorrupção de longo prazo, com sustentabilidade no tempo, que melhore a transparência governamental e contribua para romper com a cultura de impunidade e do “joga vivo” arraigada na sociedade panamenha, que incidem no desempenho da gestão pública e atenta contra um desenvolvimento econômico, social, justo e eqüitativo. Em cumprimento al MESICIC, no mês de março de 2007 enviou-se nota às instituições do setor público solicitando informação sobre os avanços e inovações que se efetuam em matéria de transparência e combate à corrupção, entre outros temas.