cer burguesa exército querem ão da burguesa

Transcrição

cer burguesa exército querem ão da burguesa
luxemburgo actualidade
Contacto \\ 27 DE MAIO DE 2015
Referendo de Junho
Direito de voto dos estrangeiro
Estrangeiros do CSV querem
facilitar a obtenção da
nacionalidade luxemburguesa
O órgão do CSV que reagrupa os estrangeiros quer facilitar a naturalização luxemburguesa
O CSV Internacional, o órgão dos
cristãos-sociais
luxemburgueses
que reagrupa os estrangeiros, apoia
a estratégia da direcção do partido,
em relação ao voto dos imigrantes
nas eleições legislativas, e diz que
está preocupado com “os efeitos” do
referendo do dia 7 na sociedade do
Luxemburgo.
Em comunicado enviado às redacções, os estrangeiros do CSV não
dizem se estão contra ou a favor do
votos dos estrangeiros nas eleições
legislativas, mas dizem que apoiam
a proposta de lei entregue pela direcção nacional do partido que visa
“facilitar a aquisição da nacionalidade luxemburguesa”.
O CSV, o partido do antigo
5
primeiro-ministro
Jean-Claude
Juncker, vai votar “não” no referendo luxemburguês do próximo dia
7 de Junho, na questão do voto dos
estrangeiros nas eleições legislativas.
O CSV Internacional diz, no entanto, que “vai trabalhar para reforçar a integração e a participação
de todos” na sociedade luxemburguesa.
O órgão do partido que reúne os
estrangeiros que vivem no Luxemburgo diz ainda que as discussões
à volta da campanha para o referendo têm revelado uma “crispação” entre os apoiantes do “sim” e
do “não”, o que “divide” a sociedade luxemburguesa, em vez de a
Foto: Anouk Antony
“federar para se viver melhor”.
Por tudo isto, o CSV Internacional mostra-se disponível para começar a criar pontes com vista ao
restabelecimento do diálogo interrompido pelo referendo, logo após
a consulta popular. “Vamos retomar um trabalho de informação e
explicação da necessidade da coesão nacional, e das vantagens que
esta oferece tanto aos luxemburgueses como àqueles que são acolhidos no Luxemburgo”, diz o comunicado. “Apoiamos todos os esforços políticos para encontrar soluções que facilitem a integração
dos estrangeiros através da obtenção da nacionalidade”, concluem os
n DM
estrangeiros do CSV.
“CSV e ADR jogam
com o medo”, diz ASTI
A Associação de Apoio aos Trabalhadores Imigrantes (ASTI, no acrónimo em francês) diz que os partidos da oposição CSV e ADR estão a
jogar com o medo na questão do direito de voto dos estrangeiros, incluído no referendo de 7 de Junho.
“Esses partidos jogam com o medo das pessoas”, disse o porta-voz
da ASTI, Sérgio Ferreira, em alusão
à vantagem do “não” nas sondagens.
Segundo o porta-voz da ASTI, a
vantagem do “não” nas sondagens
reflecte o aspecto surpresa e a falta
de ponderação por parte dos luxemburgueses.
“Num primeiro reflexo, quando
não percebemos bem as coisas a
tendência é sempre dizer não”, disse Sérgio Ferreira, acrescentado que
teme que os partidos da oposição
CSV e ADR e a própria população
digam “não” apenas para castigar o
governo e não propriamente porque estão contra o direito ao voto
pelos estrangeiros.
As declarações foram feitas durante a recente sessão de informação organizada em parceria com a
Embaixada de Cabo Verde na sede
da associação Amizade Caboverdiana, a 17 de Maio.
Laura Zuccoli, presidente da ASTI, explicou a importância do direito de voto dos estrangeiros: “O
direito de voto é um factor de integração e reforça a vontade dos estrangeiros em se interessarem mais
pelo país e se engajarem mais nos
assuntos internos”, disse, chamando a atenção para a complexidade
da questão do referendo e a forma
como é construída.
Zuccoli lembrou que 40% da população luxemburguesa não possui
passaporte luxemburguês, o que faz
com que quase metade dos habitantes do Grão-Ducado esteja excluída das decisões do país.
No Luxemburgo, apenas os cidadãos com nacionalidade luxemburguesa podem votar nas legislativas. Caso o “sim” vença no referendo, os estrangeiros vão também
poder votar nas legislativas (mas
não podem ser candidatos) desde
que residam no país há mais de 10
anos e tenham participado nas eleições comunais ou europeias nos últimos dez anos, o que pressupõe a
inscrição nos cadernos eleitorais.
De referir que, segundo a ASTI,
actualmente apenas dois terços da
população cumpre a condição de
residir há mais de 10 anos no país.
Ainda de acordo com os números da associação, 86% dos estrangeiros residentes no Grão-Ducado
provêm da UE, facto que dispensaria a aquisição da nacionalidade
para se poder votar.
“Se com o passaporte da UE temos praticamente os mesmos direitos e oportunidades que um cidadão luxemburguês, de que nos
serve ter a nacionalidade luxemburguesa?”, questionou Laura Zuccoli, explicando que as pessoas não
estão dispostas a abdicar das suas
nacionalidades apenas para ter direito ao voto.
Durante a apresentação foi lançado também um apelo para que a
comunidade cabo-verdiana com
passaporte luxemburguês possa ir
votar e, através do seu “sim”, abrir
caminho para que a restante comunidade possa, ela também, exercer de forma activa o direito à voz
na sociedade.
n Aleida Vieira
Proposta de lei
ADR quer oferecer
nacionalidade luxemburguesa
aos voluntários do exército
O partido conservador ADR entregou na semana passada no Parlamento luxemburguês uma proposta de lei que pretende oferecer a nacionalidade luxemburguesa aos voluntários estrangeiros que prestam
serviço no exército luxemburguês.
Para tal basta que os soldados tenham cumprido “um ano de bons
e leais serviços” no exército.
Desde 2003 que o Exército do Luxemburgo acolhe cidadãos dos países comunitários como voluntários.
Os portugueses são a maioria dos
voluntários. Para tal basta que os
jovens voluntários vivam no país há
pelo menos 36 meses e que dominem o luxemburguês.
Se a proposta de lei do ADR passar, os voluntários dos países da UE
vão poder fazer o pedido para obtenção da nacionalidade logo após
o ano de serviço militar voluntário
(o tempo de recruta). O ADR vai
mais longe e diz que desta forma
os soldados estrangeiros poderiam
obter a nacionalidade ao fim de
quatro anos, em vez dos sete exigidos actualmente pela Lei da Nacionalidade de 2008.
O partido mais à direita do espectro político luxemburguês diz
Sérgio Ferreira e Laura Zucolli, da ASTI, estiveram à conversa com Clara Delgado, da Embaixada de Cabo Verde, dirigentes associativos e alguns membros
da comunidade cabo-verdiana
Foto: Aleida Vieira
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Entre os jovens recrutados pelo exército do Luxemburgo como voluntários, há
portugueses e cabo-verdianos
Foto: Domingos Martins
que facilitar a obtenção da nacionalidade aos voluntários do exército é o reconhecimento do Estado
pelo trabalho dos soldados estrangeiros que “fazem o seu serviço com
a mesma dedicação e nas mesmas
condições do que os seus camaradas luxemburgueses”.
Desde 2003, o ano em que foram
admitidos os primeiros voluntários
estrangeiros, já passaram pelo exército luxemburguês cerca de 300 sol-
dados estrangeiros, o que representa 10% do total de efectivos.
Recorde-se que em 2008 o ADR
votou contra a Lei da Nacionalidade e agora, em 2015, está contra a
possibilidade de os estrangeiros
poderem votar nas eleições legislativas. O partido conservador, e o
CSV do antigo primeiro-ministro
Juncker, estão a apelar ao voto no
“não” no referendo do próximo dia
7 de Junho.
n DM
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