Material Complementar
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Desen nvo olviime entto Treinamento e Desenvolvimento Disciplina p Treinamento e Gestão de Recursos Humanos 1 (1ª P Parte) Rosária Aragoni Treinamento e D esenvolvimento Plano de Ensino – Principais p Temas Apostila elaborada pela Profª. Rosária Aragoni, utilizando as Bibliografias Rosária Aragoni relacionadas na página 158 1ª Parte: Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas (T&D) 1. Educação, Aprendizagem, Andragogia e Processos P d de Desenvolver D l Pessoas P • Conceitos e Tipos de Educação • Conceitos e Princípios de Aprendizagem • Conceitos, Princípios e Aspectos da Andragogia 2. Treinamento • Definições • Diferença entre Treinamento e D Desenvolvimento l i t • Objetivos do Treinamento • Conteúdo e Modalidades do Treinamento • Etapas do Processo de Treinamento (Diagnóstico Elaboração do Programa (Diagnóstico, Programa, Execução e Avaliação) • Treinamento como Responsabilidade de Linha e Função de Staff 3 Desenvolvimento de Pessoas 3. • Métodos de Desenvolvimento de Pessoas • Desenvolvimento de Carreiras Gestão de Recursos Humanos 2ª Parte: Dinâmica de Grupo, Educação Corporativa e DO – Desenvolvimento Organizacional 1 Dinâmica 1. Di â i de d Grupo G • Conceito • Etapas: Chegada, Aquecimento, Autoapresentação, Atividade Principal (Execução ou Realização Realização, Comunicação Comunicação, Situacional) e Regate • Elaboração, Planejamento e Organização • Fases da Aplicação 2 Educação (Universidade) Corporativa 2. • Conceito • Breve Panorama Mundial • UCs – Brasil 3 Desenvolvimento 3. D l i t Organizacional O i i l • • • • Definições Características do DO Fases do Processo do DO Intervenções do DO (individuais, em equipe e abrangendo a organização) • Técnicas de DO 2 Treinamento e Desenvolvimento Leitura Complementar Rosária Aragoni Su ugestõ ões Artigos ou Matérias sobre: ● ● ● ● ● ● ● CONARH – 2013. Dinâmicas de Grupo, Jogos e Vivências Grupais em T&D. EAD – Ensino ou Educação a Distância (e-Learning). (e Learning) Educação ou Formação Continuada. Educação ou Universidade Corporativa. Treinamento e Desenvolvimento. Outdoor Training. Sites para Consulta/Pesquisa: ● www.abrhnacional.org.br g ● www.idort.com.br ● www.rhcentral.com.br ● www.gpportal.com.br ● www.rh.com.br ● www.rhportal.com.br Revistas: ● Exame (quinzenal) ● Profissional & Negócios (mensal) ● Melhor Gestão de Pessoas (mensal) ● T&D Inteligência Corporativa (5 edições anuais) ● Learning & Performance Brasil (anual) ● Você RH (5 edições anuais) ● Pessoas de P d ValoRH V l RH – O Estado E t d de d São Sã Paulo (publicado às quintas-feiras) ● Você S/A (mensal) Gestão de Recursos Humanos 3 Treinamento e Desenvolvimento O Sistema Si t de d Administração Ad i i t ã de d Recursos R Humanos H Rosária Aragoni SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Subsistema de Provisão de Recursos Humanos • Planejamento de RH • Pesquisa de Mercado de RH • Recrutamento • Seleção de Pessoas Subsistema de Aplicação de Recursos Humanos • Socialização • Desenho de Cargos • Descrição e Análise de Cargos • Movimentação de Pessoal • Avaliação do Desempenho Gestão de Recursos Humanos Subsistema de Manutenção de Recursos Humanos • Remuneração (Recompensa) • Benefícios e Serviços Sociais • Plano de Carreira • QVT • Higiene e Segurança do Trabalho • Relações Sindicais Subsistema de Desenvolvimento de Recursos Humanos • Treinamento • Desenvolvimento de Pessoas e de Carreiras • Desenvolvimento Organizacional (DO) Subsistema de Monitoração de Recursos Humanos • Banco de Dados • Sistemas de Informações • Auditoria de Recursos Humanos 4 Treinamento e Desenvolvimento O Subsistema S b i t de d Desenvolvimento D l i t de d Recursos R Humanos H Rosária Aragoni SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Subsistema de Provisão de Recursos Humanos Subsistema de Aplicação de Recursos Humanos Subsistema de Manutenção de Recursos Humanos Subsistema de Desenvolvimento de Recursos Humanos Subsistema de Monitoração de Recursos Humanos • Treinamento • Desenvolvimento de Pessoas e de Carreiras • Desenvolvimento Organizacional (DO) Gestão de Recursos Humanos 5 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Conceitos de Educação Aprendizagem, di e Andragogia Gestão de Recursos Humanos 6 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Educação – Conceito e Tipos Educação é toda influência que o ser humano recebe do ambiente social, durante a sua existência, no sentido de se adaptar a normas e valores sociais vigentes e aceitos. O ser humano, todavia, recebe essas influências, assimila-as de acordo com suas inclinações e pré-disposições e enriquece ou modifica seu comportamento dentro de seus próprios padrões pessoais. A educação é o preparo para a vida e pela vida. Tipos de Educação: familiar, social, cultural, religiosa, moral, política, profissional etc. Educação engloba ensinar e aprender. Educação Profissional é a educação institucionalizada ou não, que visa ao preparo do homem para a vida profissional. Compreende três etapas interdependentes, mais perfeitamente distintas: ● Que prepara a pessoa para uma profissão: Formação Profissional; ● Que adapta a pessoa para o cargo: Treinamento; ● Que prepara a pessoa para uma carreira: Aperfeiçoamento ou Desenvolvimento Profissional Profissional. Gestão de Recursos Humanos 7 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Educação – Conceito e Tipos Formação Profissional: é a educação institucionalizada ou não que visa preparar e formar a pessoa para o exercício de uma profissão, em determinado mercado de trabalho. Pode ser realizada em escolas ou nas próprias empresas. Treinamento: é a educação, institucionalizada ou não, que visa adaptar o homem para o exercício de determinada função ou para execução de tarefa específica, em determinada organização. Pode ser aplicado em todos os níveis da organização. Desenvolvimento Profissional: é a educação que visa ampliar conhecimentos, desenvolver e aperfeiçoar o homem para seu crescimento profissional em determinada carreira ou para que se torne mais eficiente e produtivo em seu cargo. Seus objetivos perseguem prazos mais longos, visando dar ao homem aqueles conhecimentos que transcendem o que é exigido no cargo atual. Prepara o homem para assumir funções mais complexas e para adaptar-se à filosofia da organização É realizado nas organizações ou por empresas especializadas em desenvolvimento de organização. pessoas. Pode ser aplicado em todos os níveis da organização. Educação: ç desenvolvimento das faculdades físicas, morais e intelectuais do ser humano. Civilidade. Arte de ensinar. Nível ou tipo de ensino. Gestão de Recursos Humanos 8 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Aprendizagem – Conceitos ● É o processo pelo qual as pessoas adquirem conhecimento sobre seu meio ambiente e suas relações durante o próprio tempo de vida. É uma mudança ou alteração permanente no comportamento em função da experiência passada de cada indivíduo. A aprendizagem é um conceito intimamente relacionado com prática, reforço, retenção e esquecimento. ● É o modo como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Gestão de Recursos Humanos 9 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Aprendizagem Alguns princípios de aprendizagem: 1. 2. 3. 4 4. A pessoa deve acompanhar os resultados de seu desempenho para poder avaliá-lo. A pessoa aprende melhor quando está motivada para aprender. A aprendizagem é profundamente influenciada pela recompensa e punição. A distribuição dos períodos de aprendizagem deve considerar a fadiga, fadiga a monotonia (maiores inimigos da aprendizagem) e os períodos adequados para a assimilação do material aprendido. 5. O exercício e a prática são indispensáveis para a aprendizagem e a retenção de habilidades. habilidades 6. A aprendizagem eficiente depende da utilização de técnicas instrucionais adequadas. Essas técnicas variam conforme o tipo de material a ser aprendido: vão desde a apresentação verbal até as técnicas de aquisição de habilidades motoras. 7. A aprendizagem depende da aptidão e das capacidades de cada pessoa. Gestão de Recursos Humanos 10 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Andragogia – Educação para Adultos Andragogia é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender, segundo a definição creditada a Malcolm Knowles, na década de 1970, em contraposição à Pedagogia, que se refere à educação de crianças (do grego paidós). Princípios da Andragogia: precisam saber p por q que devem aprender p algo g eq qual o g ganho q que terão no ● Os adultos p processo (necessidade, utilidade e benefícios do aprendizado, bem como as conseqüências negativas de seu desconhecimento). ● Para o adulto a experiência (prática) é fonte (base) de aprendizado. ● A percepção dos adultos sobre a aprendizagem como resolução de problemas reais (pessoais e profissionais). ● A motivação para aprender está relacionada com a aplicação imediata do conteúdo/assunto aprendido. ● As experiências de vida contribuem para a aprendizagem do adulto (a vida ensina). ● Aprendizagem baseada na expectativa de melhorias na carreira profissional, reconhecimento social e na busca de crescimento pessoal. ● Requer metodologia participativa e aprendizagem vivenciada. ● Os adultos sentem a necessidade de serem vistos como independentes. Gestão de Recursos Humanos 11 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Outros Aspectos da Aprendizagem de Adultos (Andragogia) A andragogia, enquanto modelo para a educação de adultos, é caracterizada pela participação ativa dos alunos, pela flexibilidade e pelo foco no processo, ao invés da ênfase no conteúdo. A aprendizagem adquire uma característica mais centrada no aluno, na independência e na auto-gestão da aprendizagem. O ensino andragógico deve começar pelo layout das salas de aula, para facilitar discussões em grupo, simulações, exercícios, trabalhos práticos, estudo de casos, jogos etc. No modelo de educação andragógico o professor é considerado um facilitador/tutor, e como tal, sua relação com os alunos é horizontal, tendo como principal característica o diálogo, o respeito, a colaboração e a confiança. confiança Os alunos participam das diversas fases do processo de ensinoaprendizagem, tais como: diagnóstico das necessidades educativas; elaboração de plano de ensino e estabelecimento de objetivos a partir do diagnóstico e formas de avaliação. Os estudantes universitários não são exatamente adultos, mas estão próximos desta fase de vidas O ensino clássico pode resultar, resultar para muitos deles, deles num retardamento da maturidade. maturidade suas vidas. Ênfase: Intensidade. Realce, destaque. Entonação especial para dar destaque a uma palavra, expressão ou tema. Layout: Desenho, Desenho exposição, exposição distribuição física. física Disposição de alguma coisa em determinado lugar lugar. Processo: Ato de proceder. Maneira de operar, resolver ou ensinar; técnica. Ação, demanda. Gestão de Recursos Humanos 12 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Processos de Desenvolver Pessoas Gestão de Recursos Humanos 13 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Os Processos de Desenvolver Pessoas Os processos de desenvolvimento de pessoas estão intimamente relacionados com a educação. Educar (do latim, educere) significa extrair, trazer, arrancar. Em outros termos, representa a necessidade do ser humano de trazer de dentro para fora as suas potencialidades interiores. A palavra educar significa a exteriorização dessas latências e do talento criador da pessoa. Todo modelo de formação, capacitação, educação, treinamento ou desenvolvimento deve assegurar ao ser humano a oportunidade de ser aquilo que pode ser a partir de suas próprias potencialidades, sejam elas inatas ou adquiridas. Desenvolver pessoas não é apenas dar-lhes dar lhes informação para que elas aprendam novos conhecimentos, habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. É, sobretudo, dar-lhes a formação básica para que aprendam novas atitudes, soluções, idéias, conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo fazem que fazem. Formar é muito mais do que simplesmente informar, pois representa um enriquecimento da personalidade humana. Latências: estar latente, latente que não se vê, vê que está oculto. oculto Inatas: que nasce com o indivíduo, congênito, natural. Gestão de Recursos Humanos 14 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Os Processos de Desenvolver Pessoas Os processos de desenvolvimento envolvem três estratos, que se sobrepõem: o treinamento, o desenvolvimento de pessoas e o desenvolvimento organizacional. Os estratos menores – como o treinamento e o desenvolvimento de pessoas (T&D) tratam da aprendizagem no nível individual e como as pessoas aprendem e se desenvolvem. O desenvolvimento organizacional (DO) é o estrato mais amplo e abrangente e refere refere-se se a como as organizações aprendem e se desenvolvem através da mudança e inovação. O treinamento tem muito a ver com o conhecimento. E se o conhecimento é fundamental, a produtividade do conhecimento é que constitui a chave do desenvolvimento. desenvolvimento O conhecimento é bom quando é útil. Em outras palavras, o conhecimento somente será produtivo se for aplicado para criar uma diferença sensível: produzir resultados, melhorar processos, adicionar valor e gerar riqueza. Em um mundo informatizado no qual todos têm acesso à informação, sobressaem as pessoas capazes de acessá-la, interpretá-la e transformá-la rapidamente – e antes dos outros – em um novo produto, serviço, aplicação, inovação ou oportunidade. Gestão de Recursos Humanos 15 Treinamento e Desenvolvimento Diferença entre T&D e DO Rosária Aragoni O Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas (T&D) tratam da aprendizagem no nível individual e como as pessoas aprendem e se desenvolvem O Desenvolvimento Organizacional (DO) refere-se a como as organizações aprendem e se desenvolvem através da mudança e inovação Gestão de Recursos Humanos 16 Treinamento e Desenvolvimento Os Estratos de Desenvolvimento Rosária Aragoni Baseia-se na Psicologia Organizacional. p g organizacional. g Trata da aprendizagem Treinamento Desenvolvimento de Pessoas Desenvolvimento Organizacional Baseiam-se B i na Psicologia P i l i Industrial. I d t i l Tratam T t da aprendizagem em nível individual. Gestão de Recursos Humanos 17 Treinamento e Desenvolvimento Psicologia Industrial e Organizacional Rosária Aragoni A Psicologia Industrial e Organizacional busca respostas cientificas para três perguntas: Quais são os fatores que influem sobre o desempenho do indivíduo no trabalho? Quais são os fatores que influem sobre a satisfação do indivíduo com o t aba o trabalho? Que métodos e procedimentos podem ser usados, a fim de maximizar o desempenho no trabalho e a satisfação com o trabalho? Gestão de Recursos Humanos 18 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Treinamento Gestão de Recursos Humanos 19 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Algumas Definições de Treinamento ● É o processo de desenvolver qualidades nos recursos humanos para habilitá-los a serem mais produtivos e contribuir melhor para o alcance dos objetivos organizacionais. O propósito do treinamento é aumentar a produtividade dos indivíduos em seus cargos influenciando seus comportamentos. ● É o processo de ensinar aos novos empregados as habilidades básicas que eles necessitam para desempenhar seus cargos. ● É o processo sistemático de alterar o comportamento dos empregados na direção do alcance dos objetivos organizacionais. organizacionais O treinamento está relacionado com as atuais habilidades e capacidades exigidas pelo cargo. Sua orientação é ajudar os empregados a utilizar suas principais habilidades e capacidades para serem bem-sucedidos. Gestão de Recursos Humanos 20 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Algumas Definições de Treinamento ● É a experiência aprendida que produz uma mudança relativamente permanente em um indivíduo e que melhora sua capacidade de desempenhar seu cargo. O treinamento pode envolver uma mudança de habilidades, conhecimento, atitudes ou comportamento. Isso significa mudar aquilo que os empregados conhecem, como eles trabalham, suas atitudes perante o seu trabalho ou suas interações com os colegas ou supervisores. ● É o processo educacional de curto prazo e aplicado de maneira sistemática e organizada, por meio do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos. Gestão de Recursos Humanos 21 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Treinamento No passado, alguns especialistas em RH consideravam o treinamento como um meio para adequar cada pessoa a seu cargo e desenvolver a força de trabalho da organização a partir dos cargos ocupados. Atualmente, o treinamento é considerado um meio de desenvolver competências nas pessoas para que se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir melhor para os objetivos organizacionais e se tornarem cada vez mais valiosas. Assim, o treinamento é uma fonte de lucratividade ao permitir que as pessoas contribuam para os resultados do negócio. Nesses termos, o treinamento é uma maneira eficaz de agregar valor às pessoas, à organização e aos clientes. É o responsável pelo capital intelectual das organizações. organizações Há uma diferença entre treinamento e desenvolvimento de pessoas. Embora os seus métodos sejam similares para afetar a aprendizagem, a sua perspectiva de tempo é diferente. Gestão de Recursos Humanos 22 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Treinamento O treinamento é orientado para o presente, focalizando o cargo atual e buscando melhorar habilidades e capacidades relacionadas com o desempenho imediato do cargo. O desenvolvimento de pessoas focaliza em geral os cargos a serem ocupados futuramente na organização e as novas habilidades e capacidades que serão requeridas. Ambos treinamento e desenvolvimento (T&D) constituem processos de aprendizagem. Ambos, aprendizagem Aprendizagem significa uma mudança no comportamento das pessoas através da incorporação de novos hábitos, atitudes, conhecimentos e destrezas. Fala-se muito em aprendizagem di organizacional i i l para se referir f i a uma cultura l d aprimoramento de i d das pessoas que predomina nas organizações bem-sucedidas. Gestão de Recursos Humanos 23 Treinamento e Desenvolvimento Diferença entre Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Treinamento: T i t É orientado i t d para o presente, t focalizando o cargo atual e necessidades imediatas (processo de curto prazo). Preparação para o cargo. Desenvolvimento: Focaliza cargos mais complexos a serem ocupados futuramente e as competências que serão requeridas (processo de médio e longo prazo). Preparação para a carreira. Ambos, treinamento e desenvolvimento (T&D) constituem processos de aprendizagem Gestão de Recursos Humanos 24 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Objetivos do Treinamento Os principais objetivos do treinamento são: 1. Preparar as pessoas para execução imediata das diversas tarefas ou atribuições do cargo. 2. Proporcionar oportunidades para o contínuo desenvolvimento pessoal, não apenas em seus cargos atuais, t i mas também t bé para outras t f funções õ mais i complexas l e elevadas. l d 3. Mudar a atitude das pessoas seja para criar um clima mais satisfatório entre elas ou para aumentar-lhes a motivação ç e torná-las mais receptivas p às novas técnicas de g gestão. Gestão de Recursos Humanos 25 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Conteúdo do Treinamento O Conteúdo do Treinamento pode envolver quatro tipos de mudanças de comportamento, p , a saber: 1. Transmissão de Informação Geralmente são transmitidas informações sobre a organização: sua missão, visão e seus valores, l seus objetivos bj ti e metas, t suas estratégias, t té i seus produtos d t e/ou / serviços, i seus clientes, parceiros, fornecedores e investidores (stakeholders), seus concorrentes, sua cultura/filosofia, políticas e diretrizes, regras e regulamentos, conduta nos negócios, processos de reestruturações, aquisição de novos negócios, mudanças e inovações. Exemplos: Programa de Integração (Socialização). Programa de Educação Continuada. 2. Desenvolvimento e/ou Melhoria de Habilidades Principalmente as habilidades e conhecimentos relacionados com o desempenho do cargo atual e/ou de possíveis ocupações mais elevadas e complexas. Exemplos: Administração de Cargos e Salários. Desenvolvimento de Multiplicadores em T&D. Seleção por Competência. Administração de Pessoal. Gestão de Recursos Humanos 26 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Conteúdo do Treinamento 3. Desenvolvimento e/ou Mudanças de Atitudes/Comportamentos geralmente o desenvolvimento de novos hábitos e atitudes para lidar com clientes Envolve g internos e externos, com o próprio trabalho e com a organização. Abordam-se temas como ética, motivação, liderança, comunicação, trabalho em equipe, relacionamento interpessoal, solução de conflitos dentre outros. Exemplos: Coaching. Treinamentos Motivacionais. Trabalho em Equipe. 4. Desenvolvimento de Conceitos Desenvolver conceitos e idéias para ajudar as pessoas a pensar em termos globais e estratégicos. é i Exemplos: Planejamento Estratégico. Desenvolvimento Organizacional. Conteúdo: Assunto, tema, teor, texto. Continuada: Sem interrupção, interrupção sucessão, sucessão seguida. seguida Habilidade: É a facilidade na prática de alguma atividade, aptidão ou capacidade para fazer algo. Está associada ao saber fazer. É uma ação física ou mental que indica capacidade adquirida. Aplicar o conhecimento, saber pensar e agregar valor, transformar conhecimento em algo concreto. t Qualidade de hábil, capacidade, inteligência, aptidão, engenho, destreza. Gestão de Recursos Humanos 27 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Modalidades de Treinamento Quanto à presença do participante (física ou não, em tempo real ou não, em qualquer q q ambiente,, com ou sem a p participação p ç direta do Facilitador)) temos: 1. Treinamento Presencial. Requer a presença física do participante no ambiente de Treinamento. C f ê i Conferências, C Congressos, C Cursos, P l t Palestras, S i ái Seminários, ‘W k h ‘Workshops’ ’ (na ( empresa, instituição/consultoria ou ao ar livre). Grupos de Estudo (dentro ou fora da empresa). 2. Treinamento ou Ensino à Distância. Não requer (ou requer parcialmente) a presença física do participante no ambiente de Treinamento. Treinamento “e-learning” – caracteriza-se pelo uso de métodos e técnicas virtuais (Internet, Intranet, Sistemas Informatizados, CD-ROM, DVD, “Chat”, Listas de Discussão, Grupos Virtuais). Pode ser: Síncrono: participantes e/ou mediadores trocam informações em tempo real (simultaneamente). Assíncrono: participantes e/ou mediadores trocam informações em momentos diferentes. 3. Híbrido: Treinamento parte presencial, parte à distância. Gestão de Recursos Humanos 28 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Modalidades de Treinamento Em relação ao Conteúdo do Treinamento, temos: 1. Treinamento Técnico ou Técnico-operacional ou Conceitual. Foco na formação e capacitação técnica. Aborda temas relacionados aos requisitos do cargo (conhecimentos e habilidades). R Recomenda-se d a utilização tili ã de d Aulas A l Expositivas E iti e/ou / Dialogadas, Di l d E Exercícios, í i E t d de Estudos d Caso, Jogos Empresariais, Simulações (se for o caso), Workshop etc. 2. Treinamento Comportamental. Foco na atitude/comportamento. Aborda temas relacionados à ética, conduta nos negócios, normas e procedimentos, comunicação, relacionamentos, diversidade, soluções de conflitos, motivação dentre outros. Recomenda-se a utilização de Técnicas Vivenciais, Dinâmicas de Grupo, Jogos Empresariais, Dramatizações, Filmes etc. Gestão de Recursos Humanos 29 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Etapas do Processo de Treinamento O treinamento é um processo cíclico e contínuo composto de quatro etapas: 1. Diagnóstico. É o levantamento das necessidades de treinamento (LNT ou DNT) a serem satisfeitas. Essas necessidades podem ser passadas, presentes ou futuras. 2 D 2. Desenho. h É a elaboração l b ã do d programa de d treinamento t i t para atender t d às à necessidades id d diagnosticadas. 3. Implementação. p ç É a aplicação p ç e execução ç do p programa g de treinamento. 4. Avaliação. É a verificação dos resultados obtidos com o treinamento. Gestão de Recursos Humanos 30 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Levantamento das Necessidades de Treinamento (LNT ou DNT) A primeira etapa do treinamento é o levantamento das necessidades que a organização g ç apresenta p ((Diagnóstico). g ) Necessidades de treinamento são as carências de preparo profissional das pessoas, ou seja, a diferença entre o que uma pessoa deveria saber e fazer e aquilo que ela realmente sabe e faz. Uma necessidade de treinamento é uma área de informação ou de habilidades que um indivíduo ou grupo precisa desenvolver para melhorar ou aumentar a sua eficiência, eficácia e produtividade no trabalho. O treinamento das pessoas na organização deve ser uma atividade contínua, constante e ininterrupta. Mesmo quando as pessoas apresentam excelente desempenho, alguma orientação e melhoria das habilidades sempre deve ser introduzida ou incentivada. A base principal para os programas de melhoria contínua é a constante capacitação das pessoas para patamares cada vez mais elevados de desempenho. 1ª Etapa Gestão de Recursos Humanos 31 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Levantamento das Necessidades de Treinamento (LNT ou DNT) O Levantamento (Diagnóstico) de Necessidades de Treinamento pode ser feito em quatro níveis de análise: q 1. Análise Organizacional: envolve não só o estudo de toda a empresa – missão, visão, valores, objetivos, estratégias, recursos, pontos fortes e fracos, produtos ou serviços, cultura e clima organizacional – como também o ambiente socioeconômico e tecnológico na qual a organização está inserida. A análise organizacional determina qual a ênfase a ser dada ao treinamento. 2. Análise dos Recursos Humanos: procura verificar se os recursos humanos são suficientes quantitativa e qualitativamente para as atividades atuais e futuras da organização. Trata-se aqui da análise da força de trabalho: o funcionamento organizacional pressupõe que os empregados possuam conhecimentos, habilidades e atitudes desejados pela organização. Além disso, é igualmente importante determinar se os empregados devidamente posicionados são capazes de desenvolvimento, por meio do treinamento, ou se há necessidade de aquisição de novos profissionais. Gestão de Recursos Humanos 32 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Levantamento das Necessidades de Treinamento (LNT ou DNT) 3. Análise da Estrutura de Cargos (Análise das Operações ou Tarefas): envolve a análise do conteúdo, dos requisitos e das especificações de cada cargo, para verificar as habilidades e competências que as pessoas deverão desenvolver para desempenhar adequadamente os cargos. Requisitos exigidos pelo cargo _ _ _ Necessidade de Treinamento Habilidades atuais do empregado 4. Análise do Treinamento: a partir dos objetivos e metas que deverão ser utilizados como critérios para avaliação da eficiência e eficácia do programa de treinamento. treinamento Em qualquer nível de análise, as necessidades devem ser alinhadas em ordem de prioridade ou de urgência em sua satisfação ou solução. Gestão de Recursos Humanos 33 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Levantamento das Necessidades de Treinamento (LNT ou DNT) Principais Ferramentas/Métodos utilizados para o Levantamento (Diagnóstico) de Necessidades de Treinamento são: 1. 2. 3. 4. 5. Descrição e Análise de Cargos. Identificando o conteúdo do cargo (aspectos intrínsecos) e detalhando os requisitos qualificativos (físicos e mentais), as responsabilidades envolvidas e as condições de trabalho exigidas pelo cargo (aspectos extrínsecos). Avaliação do Desempenho: através da avaliação do desempenho é possível averiguar os empregados que executam suas tarefas ou atribuições abaixo de um nível satisfatório e os setores t que necessitam it atenção t ã imediata i di t dos d responsáveis á i pelo l treinamento. t i t Resultados dos Exames/Testes de Seleção. Observação: é possível observar/verificar onde há evidências de trabalho ineficiente quebra de máquinas q e equipamentos, q p perda excessiva de matériap devido à excessiva q prima, excesso de problemas disciplinares, alto índice de absenteísmo, turnover elevado, atrasos em relação a cronogramas, erros na interpretação e aplicação de legislações vigentes etc. Questionários: pesquisas através de questionários e listas de verificação (check (check-lists) lists) que coloquem em evidência as necessidades de treinamento. Gestão de Recursos Humanos 34 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Levantamento das Necessidades de Treinamento (LNT ou DNT) 6. 7. 8. 9. 10. 11 11. 12. 13. Entrevista de Desligamento: importante para conhecer a opinião do empregado sobre a organização e as razões que motivaram sua saída. É possível que várias deficiências da empresa, passíveis de correção, venham à superfície. Entrevistas com Supervisores e Gerentes: possibilitam o levantamento de problemas solucionáveis através de treinamento. Reuniões Interdepartamentais: discussões acerca de assuntos relativos aos objetivos organizacionais, problemas operacionais, projetos, inovações e outros assuntos administrativos. Mudanças Organizacionais: implantação de novos métodos, procedimentos, tecnologias ou processos de reestruturação totais ou parciais exigem treinamento prévio dos empregados. Relatórios Periódicos da empresa ou de produção, mostrando possíveis deficiências passíveis de treinamento. S li it ã de Solicitação d Supervisores S i e Gerentes: G t solicitam li it t i treinamento t quando d as necessidades id d atingem níveis consideráveis. Pesquisa de Clima Organizacional: podem ser relatados problemas relacionados à falta de treinamento. Pesquisa de Satisfação: Foco na área comercial e no atendimento ao cliente externo. Gestão de Recursos Humanos 35 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Indicadores de Necessidades de Treinamento Além dos métodos de levantamento de necessidades, existem indicadores que apontam necessidades futuras (a priori) e passadas (a posteriori), a saber: ● Indicadores a Priori. São eventos que, se acontecerem, provocarão futuras necessidades de treinamento, facilmente previstas, como: 1 Expansão da empresa e admissão de novos colaboradores 1. 2. Redução do quadro de colaboradores 3. Implantação de novas tecnologias ç nos métodos e p processos de trabalho 4. Mudanças 5. Produção e comercialização de novos produtos e/ou serviços 6. Modernização de máquinas e equipamentos e mudanças nos processos de produção 7 Movimentação M i t ã de d pessoall (substituições, ( b tit i õ õ e transferências) t f ê i ) 7. promoções 8. Absentísmo, licenças e férias Indicadores: sinais (tudo o que possibilita conhecer, reconhecer ou prever alguma coisa); indícios (sinais aparentes que revelam alguma coisa de uma maneira muito provável). provável) Indicar: guiar, sugerir, apontar, sinalizar. Gestão de Recursos Humanos 36 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Indicadores de Necessidades de Treinamento ● Indicadores a Posteriori. São os problemas provocados por necessidades de treinamento ainda não atendidas, como: 1. Problemas de produção, como: 1. Baixa qualidade de produção 2. Baixa produtividade 3 Avarias 3. A i (d (danos, estrago t d qualquer de l natureza, t d t i deterioração, ã desgaste), d t ) frequentes em máquinas e equipamentos 4. Despesas excessivas com manutenção de máquinas e equipamentos ç deficientes 5. Comunicações 6. Índices elevados de acidentes no trabalho 7. Excesso de erros e de desperdício 8. Pouca versatilidade dos colaboradores 9. Mau aproveitamento do espaço disponível 10. Tempo de aprendizagem e integração ao cargo muito prolongado Gestão de Recursos Humanos 37 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Indicadores de Necessidades de Treinamento 2. Problemas de pessoal, como: 1. Relações deficientes entre o pessoal 2. Índices excessivos de queixas e reclamações 3. Serviço de atendimento ao cliente precário 4. Comunicações deficientes 5. Pouco interesse pelo trabalho 6. Falta de cooperação 7. Erros na execução de tarefas 8 Dificuldades na obtenção de talentos 8. Gestão de Recursos Humanos 38 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Programa de Treinamento O programa de treinamento é a segunda etapa do processo. Refere-se ao planejamento p j das ações ç de treinamento ((Desenho). ) Programar o treinamento significa definir: quem deve ser treinado, como deve ser treinado, em que, por quem, onde e quando, a fim de atingir os objetivos do treinamento. O programa de treinamento deve estar associado com as necessidades estratégicas da organização. organização É preciso avaliar as necessidades da organização e das pessoas e fixar critérios precisos para estabelecer o nível de desempenho almejado. Além disso, a organização precisa estar disposta a dar espaço e oferecer oportunidades para que as pessoas possam aplicar as novas competências e conhecimentos h i t adquiridos d i id no treinamento. t i t Para P evitar it desperdícios d dí i e garantir ti o retorno t d desejado j d do d investimento, o pragmatismo (consideração das coisas de um ponto de vista prático) é imprescindível na programação do treinamento. A maneira de conciliar o investimento com o retorno é o chamado treinamento voltado para resultados, por mais difícil que seja defini-los e aferi-los (apurar a exatidão d conferir, f i verificar, ifi li ) Estabelecer E t b l lt d para o treinamento t i t e compará-los ál de; avaliar, comparar). resultados posteriormente é indispensável. 2ª Etapa Gestão de Recursos Humanos 39 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Programa de Treinamento A programação de treinamento é sistematizada e fundamentada sobre os seguintes aspectos que devem ser analisados durante o levantamento das necessidades: 1. 2. 3 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13 13. Qual a necessidade? Onde foi assinalada em primeiro lugar? Ocorre em outra(s) área(s) ou setor(es)? Qual sua causa? É parte de uma necessidade maior? p ou combinada com outras? Como resolvê-la: separadamente É preciso alguma providência inicial, antes de resolvê-la? A necessidade é imediata? Qual sua prioridade em relação às demais? A necessidade é permanente ou temporária? Quantas pessoas e quantos serviços serão atingidos? Qual o tempo disponível para o treinamento? Qual o custo provável do treinamento? Quem irá executar o treinamento? Gestão de Recursos Humanos 40 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni 2ª Etapa O Levantamento (Diagnóstico) de Necessidades de Treinamento (LNT ou DNT) deve fornecer as seguintes informações para que se possa traçar a programação de treinamento: ● O QUE deve d ser ensinado? i d ? ● QUEM deve aprender? ● QUANDO deve ser ensinado? ● ONDE deve ser ensinado? ● COMO deve ser ensinado? ● QUEM deve ensinar? Gestão de Recursos Humanos 41 Treinamento e Desenvolvimento Pode variar de empresa p p/ empresa e de treinamen nto p/ treinamento Rosária Aragoni Planejamento do Treinamento A programação de treinamento requer um planejamento que envolve os seguintes itens: 1. 2. Título do Treinamento (Em que treinar?). Breve, claro e atrativo. Exemplos: Coaching. Comunicação Corporativa. Liderança. Excelência no Atendimento. Formação de Multiplicadores em T&D. Seleção por Competência. Schürmann Corporate Workshop Técnicas de Negociação. Workshop. Negociação Objetivo do Treinamento (Para que treinar?). Relatar os resultados a serem alcançados com o treinamento e apresentar os benefícios para a organização, ou seja, mostrar que o treinamento é uma ferramenta estratégica para o crescimento organizacional. i li h bj i d treinamento i à estratégias é i i i i É É importante alinhar os objetivos do às organizacionais. essencial p/ a aprovação do projeto. Exemplo 1: Capacitar os participantes para formar equipes de alta performance e capazes de criar soluções que contribuam p/ o alcance dos resultados esperados mantendo a imagem e a competitividade da empresa (Liderança). Exemplo 2: Treinamento para gestores, que potencializa a transformação organizacional a curto prazo (Schürmann Corporate Workshop). No programa completo devem devem-se se relatar os objetivos gerais e específicos de cada MÓDULO. Gestão de Recursos Humanos 42 Treinamento e Desenvolvimento Pode variar de empresa p p/ empresa e de treinamen nto p/ treinamento Rosária Aragoni Planejamento do Treinamento 3. Público-alvo (A quem se destina? Quem será treinado?). Considera-se: ● ● ● ● ● ● 4. 5. Atenção as pessoas com necessidades id d especiais Número de participantes (tamanho do público ou população-alvo). Disponibilidade de tempo. Nível hierárquico. Perfil técnico e comportamental (grau de instrução, conhecimentos, habilidades e atitudes). Perfil das Gerações: ç Baby-Boomers, y , X,, Y e Z ((vide p páginas: g 55 e 56). ) Características pessoais (perfil sócio-cultural, faixa etária, sexo etc.). São fatores essenciais p/ a escolha da Metodologia de Ensino, do Material Didático, dos Recursos Instrucionais, dos Instrutores, do Local e Instalações. Exemplo: Foi desenvolvido para: Presidentes Presidentes, Diretores e Membros do Conselho Administrativo; Gestores e Líderes com responsabilidade por decisões estratégicas; Equipes em busca de alta performance (Schürmann Corporate Workshop). Material Didático (Instrutivo), tais como: Apostilas, Manuais, Livros, DVD’s (Técnicos e C Comerciais), ) CD’s, C ’ Jogos Empresariais, Materiais p// Dinâmicas de Grupo G e Exercícios Específicos etc. Materiais Complementares, tais como: bloco de anotação, caneta, lápis ou lapiseira, apontador, borracha, calculadora, pen drive, pasta, mochila, camiseta, boné, crachá, certificado, lista de presença etc. Gestão de Recursos Humanos 43 Treinamento e Desenvolvimento Pode variar de empresa p p/ empresa e de treinamen nto p/ treinamento Rosária Aragoni Planejamento do Treinamento 6. Conteúdo Programático ou Plano de Ensino (Assuntos, temas, tópicos). Programa detalhado do treinamento elaborado em tópicos (breve, claro e atrativo) e dividido em módulos, pacotes ou ciclos (se for o caso), de acordo com as datas e horários do treinamento. Exemplo: Atração e Retenção de Talentos nas Organizações Modulo M d l I – As A Mudanças M d organizacionais i i i e seus impactos i t no processo de d gestão tã de d pessoas. ● Mudança e mudança organizacional: conceitos e características. ● O impacto das mudanças no trabalho e nas pessoas. Módulo II – Construindo e mantendo ambientes atraentes e motivadores. ● Ambientes físicos e psicológicos: o que são e como construí-los. ● O papel da Cultura e do Clima Organizacional na gestão e na retenção de talentos. Módulo III – Ferramentas de Atração e Retenção de Talentos para as Organizações. ● Os contratos psicológicos no processo de recrutamento e seleção. ● As entrevistas focadas nas competências, nos diferenciais e nos resultados. ● O novo modelo de gestão e engajamento: gestão por projetos e por metas. ● Medidas, reconhecimentos e remuneração por resultados. ● Novos tipos e modelos de benefícios: A flexibilização como forma de personalização. ● Incentivos à carreira: capacitação, mentorização e mobilização. Gestão de Recursos Humanos 44 Treinamento e Desenvolvimento Pode variar de empresa p p/ empresa e de treinamen nto p/ treinamento Rosária Aragoni Planejamento do Treinamento Módulo IV – A Gestão Estratégica de Talentos com foco no Planejamento Empresarial. ● Como engajar os talentos no Planejamento Estratégico: Por que e como integrar seus talentos aos objetivos e metas estratégicas de sua Empresa. ● Os benefícios da atração e retenção de talentos. Importante: p No programa completo deve-se mencionar: Objetivos (gerais e específicos), Metodologias de Ensino, Recursos Instrucionais, Instrutores/Facilitadores, Local, Instalações, Agenda (data(s), horários e intervalos) etc., p/ cada MÓDULO (vide modelos páginas: 46 e 47). Alinhar os objetivos gerais do treinamento às estratégias organizacionais. Alinhar os objetivos específicos de cada módulo aos requisitos e necessidades do cargo. Gestão de Recursos Humanos 45 Treinamento e Desenvolvimento Título do Treinamento: Atração e Retenção de Talentos nas Organizações Objetivos Gerais 1) Apresentar e analisar os modernos instrumentos de gestão de pessoas e retenção de talentos nas organizações mostrando como estes processos se correlacionam com os seus objetivos estratégicos. 2) Orientar os participantes na formulação, implementação e acompanhamento de programa de gestão de pessoas com foco em resultados e na retenção dos seus talentos. Objetivos Específicos Conteúdo Programático ou Plano de Ensino Data(s), Horários e Intervalos 10/10/13 9h00 às 18h00 Aprender conceitos e características das mudanças e conseqüências no trabalho e no comportamento das pessoas. Modulo I – As Mudanças organizacionais e seus impactos no processo de gestão de pessoas. pessoas ● Mudança e mudança organizacional: conceitos e características. ● O impacto das mudanças no trabalho e nas pessoas. 09h00 às 10h00 Módulo II – Construindo e mantendo ambientes atraentes e motivadores. Módulo III – Ferramentas de Atração e Retenção de Talentos para as g ç Organizações. Metodologias de Ensino Aula Expositiva e Dialogada Rosária Aragoni Recursos Instrutor(es) Local Instrucionais Facilitador(es) Instalações Multimídia Sérgio Lopes Completar modelo IDORT Av. Paulista, 1294 1º Andar Módulo IV – A Gestão Estratégica de Talentos com foco no Planejamento Empresarial. Gestão de Recursos Humanos 46 Treinamento e Desenvolvimento Treinamento e Desenvolvimento Datas/Horários/Intervalos Intervalos 14/10/13 – das 09h00 às 18h00 Coffee break: das 10h30 às 11h00 Almoço: das 13h00 às 14h00 Coffee break: das 16h00 às 16h30 15/10/13 – das 09h00 às 18h00 Rosária Coffee break: das 10h30 às 11h00 Almoço: das 13h00 às 14h00 Coffee break: das 16h00 às 16h30 Objetivos Gerais Capacitar os profissionais de T&D para implantação de novos processos e tecnológicas de acordo com as tendências de mercado. Objetivo Específicos Implantar mudanças nos processos Implantar Programas de Educação de T&D e Carreira. Continuada e Técnicas do DO. Conteúdo Programático Modulo I Módulo II Treinamento e Desenvolvimento de Universidade Corporativa e DO Pessoas (Desenvolvimento Organizacional) • Objetivos do Treinamento • Conceito • Conteúdo e Modalidades do • Breve Panorama Mundial Treinamento • UCs – Brasil • Etapas do Processo de • Características do DO Treinamento (Diagnóstico, • Fases do Processo do DO Elaboração do Programa, • Intervenções do DO Execução e Avaliação) (i di id i em equipe (individuais, i e • Métodos de Desenvolvimento abrangendo a organização) de Pessoas • Técnicas de DO • Desenvolvimento de Carreiras Metodologia de Ensino Aulas Expositivas e Dialogadas, Estudos de Caso, Dinâmicas de Grupo, Filmes e Jogos Empresariais. Empresariais Recursos Instrucionais Datashow, note-book, flip-chart e canetas/pincéis especiais, quadro branco (magnético) e canetas/pincéis especiais, apontadores a laser e microfones. Facilitador(es) Benedito Milioni L l Local (A Paulista, P li t 1294 1º Andar) A d ) IDORT (Av. Gestão de Recursos Humanos Aragoni Completar C l t modelo 47 Treinamento e Desenvolvimento Pode variar de empresa p p/ empresa e de treinamen nto p/ treinamento Rosária Aragoni Planejamento do Treinamento 7. 8. Metodologias de Ensino ou Técnicas Instrucionais ou Métodos ou Técnicas de Treinamento (Como treinar?). Considera-se: público-alvo; materiais didáticos e recursos tecnológicos/instrucionais disponíveis; necessidades; duração do treinamento; local; condições físicas e ambientais (instalações) etc. Metodologias mais utilizadas: Aulas Expositivas e/ou Dialogadas, Estudos de Caso, Simulações, Dramatizações, Apresentações ou Seminários, Debates, Dinâmicas de Grupo, Filmes, Jogos Empresariais, Visitas Técnicas, Experiências Vivenciais, Workshop (Seminário. Série de reuniões, geralmente de executivos, para a tomada de decisão e solução de problema, visando à melhoria de algum setor da empresa) etc. Atenção as pessoas com necessidades especiais. Recursos Instrucionais, tais como: recursos audiovisuais (multimídia, datashow, computadores, note-book, retroprojetor ou projetor de transparências, TV e vídeo cassete), flip-chart e canetas/pincéis especiais, quadro branco (magnético) e canetas/pincéis p especiais, p , q quadro negro g ((lousa), ), g giz e apagador, p g , apontadores p a laser,, microfones, máquinas, equipamentos ou ferramentas etc. Depende da metodologia de ensino que será aplicada. Atenção as pessoas com necessidades especiais. Multimídia: Tecnologia avançada que integra voz, vídeo e texto. Gestão de Recursos Humanos 48 Treinamento e Desenvolvimento Pode variar de empresa p p/ empresa e de treinamen nto p/ treinamento Rosária Aragoni Planejamento do Treinamento 9. 10. 11. 12. 13. Instrutores/Facilitadores (Quem treinará?). Gestores, Superintendentes, Recursos Humanos, Consultores, Palestrantes, Multiplicadores? Todos? Deve-se apresentar um resumo da formação acadêmica e histórico profissional dos Instrutores (Capacitação Profissional. Mini-currículo). Definição da Equipe de Apoio. Observadores, validadores, equipe técnica e administrativa, recepção, responsáveis pela manutenção e segurança etc. Local do treinamento, locomoção, hospedagem e estacionamento, considerando-se as alternativas: no cargo (no próprio ambiente de trabalho), fora do cargo, mas na empresa (auditórios ou salas de treinamento) e fora da empresa (em escolas técnicas: SENAC,, SENAI,, IOB ou Consultorias,, Hotéis,, Outdoor Training g etc.). ) Instalações. Espaço físico adequado, layout da(s) sala(s), mesas, cadeiras, carteiras etc. Recomenda-se layout da sala (disposição da mobília) em forma de “U” ou “Círculo”. Evitar formato “sala de aula”. Depende da metodologia de ensino que será aplicada. At Atenção ã as pessoas com necessidades id d especiais, i i ao conforto/adequação f t / d ã da d mobília bíli e condições ambientais (iluminação, ventilação, temperatura e ruído). Agenda: Data(s), Horários e Intervalos. Mencionar período (datas), carga horária total, horários, desde o início até o encerramento, incluindo os intervalos das refeições (Breakfast (se for o caso), coffee break e almoço), conforme Plano de Ensino. Gestão de Recursos Humanos 49 Treinamento e Desenvolvimento Pode variar de empresa p p/ empresa e de treinamen nto p/ treinamento Rosária Aragoni Planejamento do Treinamento 14. Refeições. Breakfast (servido antes da abertura oficial do treinamento, chegada), coffee break (servido nos intervalos do treinamento, manhã e tarde) e almoço. 15. Convite aos Participantes. Pode ser coletivo ou individual (depende do objetivo e do público-alvo do treinamento). Pode ser feito por e-mail ou convite formal (depende do orçamento disponível). 16. Definição dos responsáveis pela elaboração do material didático. De acordo com o item 9 (Instrutores/Facilitadores). 17. Definição dos responsáveis pela compra, confecção, organização e distribuição dos materiais complementares. De acordo com o item 9 (Instrutores/Facilitadores). 18 Definição dos responsáveis pela organização e logística do treinamento. treinamento Preparação 18. do ambiente/instalações do treinamento, dos equipamentos que serão utilizados e fotografia e filmagem (se for o caso). 19. Responsável pela abertura e encerramento do treinamento. Em alguns casos recomenda-se d a participação ti i ã da d alta lt administração. d i i t ã 20. Investimento / Custo do Treinamento. Devem-se considerar gastos com consultoria e/ou palestrantes e instrutores, material didático e materiais complementares, aluguel do espaço físico e de equipamentos (se for o caso), alimentação, locomoção, hospedagem, estacionamento etc. Gestão de Recursos Humanos 50 Treinamento e Desenvolvimento Pode variar de empresa p p/ empresa e de treinamen nto p/ treinamento Rosária Aragoni Planejamento do Treinamento 21. Elaboração da Avaliação de Reação. Serve para medir a satisfação imediata dos participantes com o treinamento. Deve-se avaliar: Instrutor/Facilitador: Performance, domínio do Conteúdo Programático, segurança, clareza e objetividade, capacidade de associar conteúdo as práticas empresariais, relacionamento com o grupo, estímulo a participação, qualidade das respostas, postura e vocabulário, administração do tempo etc. Curso: Material Didático, Conteúdo Programático (adequação e aplicabilidade), Metodologia de Ensino, Carga Horária (total e diária) etc. Logística/Estrutura: Localização (facilidade de acesso), Recepção, Organização, Instrucionais Instalações (limpeza, (limpeza higiene, higiene temperatura, temperatura ventilação, ventilação Recursos Instrucionais, iluminação, ruído), Refeições, Segurança, Equipe de Apoio etc. Auto-avaliação: O participante deve avaliar seu próprio desempenho e aproveitamento (aprendizagem, participação, integração com o grupo, postura etc.). C Comentários tá i G i Gerais: P t Pontos F t Fortes e Sugestões S tõ d Melhorias. de M lh i S Sugestões tõ d de Treinamentos (Informar: Consultorias, Títulos, Instrutores/Facilitadores). Sugestões de Materiais Didáticos (Livros, DVD’s (Técnicos e Comerciais), CD’s, Jogos Empresariais). Comentários Adicionais. Deve ser aplicada pelo Instrutor/Facilitador ao término do treinamento. Recomenda-se que a identificação do participante seja OPCIONAL. Gestão de Recursos Humanos 51 Treinamento e Desenvolvimento Pode variar de empresa p p/ empresa e de treinamen nto p/ treinamento Rosária Aragoni Planejamento do Treinamento 22. Elaboração do Cronograma de Trabalho. Vide modelo (página 54). 23. Avaliação dos Resultados do Treinamento, considerando-se a verificação de pontos críticos que demandem ajustamento ou modificações no programa para melhorar sua eficácia. Gestão de Recursos Humanos 52 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Gestão de Recursos Humanos 53 Cronograma de Trabalho Treinamento e Desenvolvimento Mês/Ano: Outubro2013 Atividades 1 1. Título do Treinamento 2. Objetivo do Treinamento 3. Público-alvo/A quem se destina 4. Conteúdo Programático ou Plano de Ensino 5. Material Didático (Instrutivo) 6. Materiais Complementares 7. Metodologia g de Ensino/Técnicas Instrucionais 8. Definição dos Recursos Instrucionais 9. Instrutores/Facilitadores 2 3 4 7 8 9 10 11 14 15 16 17 18 21 Rosária Aragoni Modelo 10. Definição da Equipe de Apoio 11. Local do treinamento, locomoção, hospedagem e estacionamento 12. Instalações 13. Agenda: Data(s), Horários e Intervalos 14. Refeições 15. Convite aos Participantes 16. Responsáveis pela elaboração do material didático 17. Responsáveis p pela compra/confecção, p p ç , organização g ç e distribuição dos materiais complementares 18. Responsáveis pela organização e logística do treinamento 19. Abertura e encerramento do treinamento 20. Investimento / Custo do Treinamento 21. Elaboração da Avaliação de Reação 22. Avaliação dos Resultados do Treinamento Gestão de Recursos Humanos 54 Treinamento e DBaby Boomers, X, Y e Z esenvolvimento Perfil das Gerações – Geração Baby Boomers (Explosão de Bebês) Nascidos entre 1946 a 1964 – 67 a 49 anos Acontecimento: Surgiu logo após o fim da 2ª Guerra Mundial. Ideal: Atuar na reconstrução de um novo mundo pós-guerra. Trabalho: A p principal p razão da vida,, realização. ç Gostam de emprego p g fixo e estável. Valores estão fortemente embasados no tempo de serviço, e preferem ser reconhecidas pela sua experiência à sua capacidade de inovação. Média de tempo nas empresas: Acima de 25 anos. Geração X Nascidos entre 1965 a 1978Rosária – 48 a 35 Aragoni anos Acontecimentos: Movimento Hippie e a Revolução Sexual. Vivenciaram no B il acontecimentos Brasil i como as “Diretas “Di Já” e o fim fi da d ditadura militar. Ideais: Lutar pela paz, liberdade e Anarquismo (Doutrina que prega a eliminação de toda autoridade e a substituição da soberania do Estado pelo contato livre). Trabalho: Representa estabilidade financeira. Garantia de realização pessoal e material. material Média de tempo nas empresas: 10-15 anos. Estilo e características: Sabedoria. Sã tradicionalistas. São t di i li t Essa geração foi educada para competir com muita disciplina, ordem e respeito pelos outros. A tendência natural a rebeldia aparecia na música, momento que surge q g o Rock and Roll e g grandes nomes como Elvis Presley, Bob Dylan, Beatles e Rolling Stones. Lutavam ativamente pela liberdade política e exigiam mudanças nesse cenário. Estilo e características: R li d Realizadores. B Buscam t tranquilidade, ilid d estabilidade t bilid d e equilíbrio. Enfatizam mais a experiência do que a tecnologia. Valorizam o crescimento, o aprendizado, os títulos acadêmicos e novas habilidades. Preocupados com a qualidade de vida. q São conservadores e materialistas. Buscam o desenvolvimento de habilidades que favorecem a empregabilidade. Pontos críticos: Trata-se de uma geração resistente às mudanças. Pontos críticos: Novas tecnologias, resistência as mudanças. Gestão de Recursos Humanos 55 Treinamento e DBaby Boomers, X, Y e Z esenvolvimento Perfil das Gerações – Geração Y Nascidos entre 1979 a 1992 – 34 a 21 anos Geração Z / M Nascidos após 1992 –Rosária 20 anos Aragoni Acontecimentos: Revolução e avanços tecnológicos, prosperidade econômica e diversas di quebras b d paradigma de di ( d l ) do (modelo) d mercado d de d trabalho. São ágeis, ansiosos por mudanças, críticos, dinâmicos, tecnológicos, preocupados com questões ambientais e causas sociais i i e exigentes i em relação l a produtos d e serviços. i Ideais: Globalização, multicultura e diversidade. GERAÇÃO REVOLUÇÃO.... Trabalho: Não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e lutam por ascensão rápida e salários ambiciosos desde cedo. Tudo ao mesmo tempo! TV, rádio, smartphones, mp3 player e internet (YouTube, Google, msn, redes sociais,). Multiplicam suas atenções para acompanhar, ou tentar acompanhar, a intensa velocidade do mundo moderno. Média de tempo nas empresas: É comum que os jovens dessa geração troquem de emprego com frequência em busca de novas experiências, novos desafios e crescimento profissional. São individualistas e instáveis. São conhecidos como “nativos conectados que a Geração Y. digitais”. São mais Muitos ainda não estão inseridos no mercado de trabalho. E til e características: Estilo t í ti Criativos, descontraídos, flexíveis e ousados. Tecnológicos, buscam movimento e constante inovação. Imediatistas. Geração M: Multiatarefados, Multiconectados, Multiestimulados, Multiinformados. Também chamada de “geração geração do milénio milénio” ou “geração geração internet”. Pontos críticos: Valores familiares, excentricidade, interpessoal, trabalho em equipe. relacionamento Pontos críticos: Relacionamento interpessoal, trabalho em equipe. Nota Não há acordo em relação ao período de nascimento. No âmbito profissional o desafio das empresas é saber organizar uma gestão que agrade às diferentes gerações que trabalham juntas, por um mesmo objetivo, mas tão distantes no que se refere ao modo de agir e encarar a vida. O futuro caminha para a Geração XYZ, ou seja, união dos diferentes perfis. Gestão de Recursos Humanos 56 Treinamento e Desenvolvimento Materiais Didáticos (Instrutivos) Rosária Aragoni g p/ p Analistas em T&D e Facilitadores Sugestões Livros BARÇANTE, Luiz Cesar; PINTO, Fernando Castro. Jogos, Negócios e Empresas – Business Games. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011. BOOG, Gustavo; BOOG, Magdalena. Coordenadores. Manual de Treinamento e Desenvolvimento: Gestão e Estratégias. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. CASTILHO, Áurea; BEZERRA, Carmela; MARQUES, Edson Carlos; BARROS, Luiza; VÉRAS, Nancy Géa. Filmes para Ver e Aprender. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. Importante: O livro apresenta sinopse (síntese) e ficha técnica dos filmes, pontos observáveis, sugestões metodológicas etc. FALCÃO Paula. FALCÃO, Paula Criação e Adaptação de Jogos em T&D. T&D Rio de Janeiro: Qualitymark, Qualitymark 2011. 2011 LUZ, Marcia; PETERNELA, Douglas. Outras Lições que a Vida Ensina e a Arte Encena. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2012. Importante: Relação de 106 filmes diferentes, com mais de 350 cenas indicadas para aulas, treinamentos, palestras, seminários, reuniões etc. Gestão de Recursos Humanos 57 Treinamento e Desenvolvimento Materiais Didáticos (Instrutivos) Rosária Aragoni g p/ p Analistas em T&D e Facilitadores Sugestões Livros MILITÃO, Albigenor; MILITÃO, Rose. Jogos, Dinâmicas & Vivências Grupais – Como desenvolver sua melhor “técnica” em atividades grupais. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011. Importante: Apresenta conceitos de Dinâmicas, Técnicas, Jogos e Vivências; princípios e características da educação para adultos; requisitos básicos do facilitador; filmes (comerciais e técnicos) e músicas para treinamento; dinâmicas de grupos, jogos e vivências etc. MILITÃO, Albigenor; MILITÃO, Rose. Vitalizadores. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2011. Gestão de Recursos Humanos 58 Treinamento e Desenvolvimento Materiais Didáticos (Instrutivos) Rosária Aragoni g p/ p Analistas em T&D e Facilitadores Sugestões Guia Brasileiro de Recursos Humanos (Guia Oficial da ABRH) – 2012 Jogos Empresariais Adeventos www.adeventos.com.br Fone: (11) 3885-1081 Grupo Ser Consultoria www.gruposer.com.br Fone: (11) 3873-0620 Case RH Consultoria www.jogoscomportamentais.com.br F Fone: (11) 2122-4201 2122 4201 SB Jogos Soluções para T&D www.sbjogos.com.br F Fone: (11) 3872-1855 3872 1855 Vídeos e DVDs (Técnicos) para Treinamento Cléo Ventura Comunicações ç e Arte www.cleoventura.com.br Link Q Qualityy www.linkquality.com.br Commit Motivashop www.commit.com.br Siamar Vídeos para Treinamento www.siamar.com.br Suma Econômica Consultoria e Publicações www.suma.com.br Gestão de Recursos Humanos 59 Treinamento e Desenvolvimento Palestrantes Rosária Aragoni Bernardinho www.palestrasepalestrantes.com.br Marcos Gross www.mcgross.com.br César Souza www.cesarsouza.com www.empreenda.net grupoempreenda.com.br Mauro Beting http://blogs.lancenet.com.br/maurobeting http://www.portaldosjornalistas.com.br Daniel Godri www.godri.com.br Mauro Mercadante www.labssj.com.br Família Schürmann www.schurmann.com.br Prof. Jean Pierre Marras www.marras.com.br Leila Navarro www leilanavarro com br www.leilanavarro.com.br Prof. Marins www anthropos com br www.anthropos.com.br Stand-up Comedy (Comédia em pé) www.murilogun.com.br g youtubemurilogun https://twitter.com/murilogun Gestão de Recursos Humanos 60 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Execução do Programa de Treinamento A execução do treinamento é a terceira etapa do processo. A execução do treinamento dependerá dos seguintes fatores: 1. Adequação do programa de treinamento às necessidades da organização e dos t i treinandos. d O treinamento t i t deve d apresentar t soluções l õ para os problemas bl que deram d origem às necessidades diagnosticadas ou percebidas. 2. A q qualidade do material de treinamento. Para facilitar a compreensão p do aprendiz, p , aumentar o rendimento do treinamento e racionalizar (fazer meditar, tornar reflexivo e mais eficiente) o trabalho do instrutor. 3 O apoio e comprometimento das gerências e o envolvimento da alta 3. administração, que mostra a importância e a seriedade do programa. 3ª Etapa Gestão de Recursos Humanos 61 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Execução do Programa de Treinamento 4. A qualidade e preparo dos instrutores. O êxito da execução depende do interesse, do gabarito e do treinamento dos instrutores, que deverão reunir algumas características básicas como: facilidade de relacionamento humano, personalidade (transmitir segurança), habilidade para lidar com ambigüidades, criatividade, motivação, liderança (ter influência), raciocínio, didática, conhecimento do assunto, clareza e objetividade na exposição do conteúdo, empatia, ser ético nas relações, nos procedimentos e nas análises. 5. A qualidade dos aprendizes. Os melhores resultados são obtidos com uma seleção adequada q dos aprendizes. p Imprescindível p para os p p programas g de multiplicadores. p Gestão de Recursos Humanos 62 TreinamentoAprovação e Desenvolvimento do Programa de Treinamento: local, Validação A li Avaliação instalações, métodos, conteúdo, agenda, Rosária Aragoni recursos (instrutor, tecnologia, material didático,, máquinas q e equipamentos q p etc.). ) Não há necessidade de ajustes/melhorias. Aprovação do Projeto-piloto (projeto inicial para experimentação). Geralmente a validação é realizada pelo Analista de T&D. Validar: aprovar, confirmar, ratificar. Certificar ou atestar a exatidão, precisão, confiabilidade. Julgar habilitado em prova. Medição/mensuração dos resultados obtidos com o Treinamento. Comparação entre os resultados esperados e os resultados efetivamente alcançados (comparação da situação anterior com a situação atual, ou seja, após p o treinamento). ) Gestão de Recursos Humanos 63 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni 4 4ª Etapa Gestão de Recursos Humanos Como Avaliar o Programa de Treinamento e os Resultados Obtidos? 64 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Quatro Níveis de Avaliação de Treinamento A etapa final do processo de treinamento é a avaliação dos resultados obtidos. De acordo com Donald Kirkpatrick, existem quatro níveis de avaliação, que devem ser aplicados em seqüência, para medir a qualidade e a efetividade do treinamento. ● ● ● ● Nível 1 – Reação Nível 2 – Aprendizagem Nível 3 – Comportamento Nível 4 – Resultados Kirkpatrick salienta que todos os níveis precisam ser considerados, pela importância e por influenciar os demais. A cada nível o processo torna-se mais complexo e proporciona informações mais valiosas. 4ª Etapa Gestão de Recursos Humanos 65 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Quatro Níveis de Avaliação de Treinamento Nível 1 – Reação Mensura-se a reação ç dos p participantes p em relação ç ao p programa g de treinamento. Permite obter elementos importantes para adaptação e aperfeiçoamento do programa. Deve ser aplicada pelo Instrutor/Facilitador ao término do treinamento. Importante para Instrutores, consultorias e a própria empresa (vide roteiro – página 51). Reação positiva e satisfação, satisfação pode não assegurar o aprendizado, aprendizado mas reação negativa, negativa insatisfação, certamente reduz a possibilidade de aprendizado. Nível 2 – Aprendizagem Visa mensurar o progresso (crescimento, desenvolvimento) dos participantes em relação à aprendizagem. Neste nível é importante mensurar, comparar os conhecimentos e as habilidades do participante em relação ao tema antes e depois do treinamento. Podem ser utilizados: Testes de Conhecimentos ou de Capacidades e Avaliação do Desempenho. Para Kirkpatrick, a aprendizagem pode ser evidenciada quando os participantes mudam a forma de perceber a realidade, ampliam conhecimentos e/ou melhoram habilidades. Gestão de Recursos Humanos 66 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Quatro Níveis de Avaliação de Treinamento Nível 3 – Comportamento Kirkpatrick p define este nível como a extensão da mudança ç de conduta e de procedimento/comportamento das pessoas após o treinamento (até que ponto os novos conhecimentos estão sendo colocados em prática, contribuindo para a melhoria do desempenho). A fim de que a mudança de comportamento ocorra, quatro condições se fazem necessárias: 1. 1 2. 3. 4. A pessoa precisa querer mudar. mudar A pessoa precisa saber o quê e o como mudar. A pessoa precisa trabalhar num ambiente favorável à mudança (depende do superior imediato). A pessoa precisa ser premiada pela mudança (premiação intrínseca e extrínseca). O autor destaca também a importância das informações geradas pelas avaliações nos níveis anteriores, pois se a reação foi satisfatória (N1) e os objetivos de aprendizagem foram alcançados (N2), pode-se deduzir que as mudanças de comportamento (N3) e os resultados (N4) demandam outros t aspectos t mais i complexos, l como o clima li organizacional, i i l o reconhecimento h i t e o apoio i da d liderança. Premiação intrínseca: satisfação pessoal, orgulho, resultados obtidos com a mudança de comportamento. Premiação extrínseca: elogio por parte do superior imediato, imediato reconhecimento dos colegas e pares, pares prêmios em espécie, promoção, aumento de salário etc. Gestão de Recursos Humanos 67 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Quatro Níveis de Avaliação de Treinamento Nível 4 – Resultados Kirkpatrick p define este nível como: avaliação ç dos resultados alcançados ç com o treinamento. Incluem: aumento da participação de mercado, aumento das vendas, aumento da lucratividade, melhoria da qualidade, melhoria da produtividade, redução de custos, redução de rotatividade de pessoal, redução de acidentes de trabalho, dentre entre outros. RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (Return on Investment – ROI) Esse método busca medir qual foi o retorno financeiro que o treinamento trouxe para a empresa. p Importante A avaliação deve demonstrar a importância do treinamento e a sua contribuição para sucesso do negócio. Cabe reforçar novamente o valor da parceira e do trabalho integrado para uma missão global, unificando as funções de aprendizagem e de negócios. Gestão de Recursos Humanos 68 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Avaliação dos Resultados do Treinamento A Avaliação dos Resultados dos Programas de Treinamento deve ser feita nos mesmos níveis de análise utilizados p para o Levantamento das Necessidades de Treinamento (páginas: 32 e 33): 1. Avaliação no nível organizacional. O treinamento deve proporcionar resultados como: ● Aumento da eficiência e eficácia organizacional ● Competitividade organizacional ● Melhoria da imagem da empresa ● Melhoria do clima organizacional ● Melhoria no relacionamento entre empresa e colaboradores ● Melhorias no atendimento ao cliente ● Facilidade de mudanças e inovação ● Envolvimento dos gerentes nas práticas de treinamento etc. Gestão de Recursos Humanos 69 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Avaliação dos Resultados do Treinamento 2. Avaliação no nível de recursos humanos. O treinamento deve proporcionar resultados como: ● Redução da rotatividade de pessoal e absentísmo ● Aumento da eficácia individual e grupal ● Aquisição e elevação do conhecimento das pessoas ● Mudanças de atitudes e comportamentos das pessoas ● Aumento da competência das pessoas ● Melhoria da qualidade de vida no trabalho (QVT) etc. Gestão de Recursos Humanos 70 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Avaliação dos Resultados do Treinamento 3. Avaliação no nível dos cargos. O treinamento deve proporcionar resultados como: ● Adequação das pessoas aos requisitos exigidos pelos cargos ● Melhoria no espírito de grupo e da cooperação ● Aumento da produtividade ● Melhoria da qualidade dos produtos e serviços ● Redução do índice de acidentes no trabalho ● Redução do índice de manutenção de máquinas e equipamentos 4 Avaliação no nível de treinamento. 4. treinamento O treinamento deve proporcionar resultados como: ● Alcance dos objetivos do treinamento ● Retorno dos investimentos efetuados Gestão de Recursos Humanos 71 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Avaliação dos Resultados do Treinamento Alguns dados podem servir como indicadores para Avaliação dos Resultados do Treinamento: 1. Dados concretos, como: redução de custo e tempo, melhorias na qualidade, satisfação dos colaboradores. 2. Medidas de resultados, como: volume de clientes atendidos, tarefas e projetos concluídos, produtividade, dinheiro aplicado. 3. Exemplos de redução de custo: variáveis, fixos, operacionais e administrativos. 4. Exemplos de dados sobre melhorias na qualidade: índices de erros e de refugos (restos), volume de retrabalho, porcentagem de tarefas bem-sucedidas, variância ao redor de padrões organizacionais preestabelecidos. 5. Possibilidade de redução de tempo, como: tempo para concluir um projeto, tempo de processamento, tempo de supervisão, tempo de adaptação dos novos colaboradores, tempo de treinamento. Gestão de Recursos Humanos 72 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Responsabilidade de Linha e Função de Staff Treinamento como Responsabilidade de Linha e Função de Staff O treinamento – como todas as atividades voltadas para as pessoas – é uma responsabilidade de linha e uma função de staff. Em outras palavras, o treinamento é uma responsabilidade gerencial. Para apoiar os executivos, a empresa pode proporcionar assistência especializada por meio do órgão de treinamento. treinamento Assim, Assim a área de RH ou o órgão de treinamento pode assessorar – função de staff – cada executivo com os meios especializados, com recursos instrucionais, com programas preparados, com material didático etc. destinados a facilitar a tarefa de treinar o pessoal. Mas, de qualquer maneira, o conceito de treinamento está implícito na tarefa gerencial em todos os níveis ou áreas. áreas O executivo pode até delegar a tarefa de treinar sua equipe a terceiros, mas não pode desincumbir-se da responsabilidade em relação ao treinamento. É o executivo que deve cuidar para que sua equipe receba treinamento adequado continuamente. O treinamento é uma contínua redução da dissonância (falta de harmonia) e uma constante busca da eficiência e da eficácia das pessoas. pessoas Como conseqüência, conseqüência uma constante busca da competência profissional. Como resultado final, o alcance da excelência é o sucesso pessoal e organizacional. Gestão de Recursos Humanos 73 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Desenvolvimento l i t d Pessoas de Gestão de Recursos Humanos 74 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Métodos de Desenvolvimento de Pessoas Os principais métodos de desenvolvimento de pessoas no cargo atual são: 1. Rotação de Cargos ou Rotação de Função (Job Rotation). É a movimentação de pessoas em diversas posições e áreas da organização no esforço de expandir seus conhecimentos e suas habilidades. Pode ser vertical ou horizontal. horizontal A rotação vertical significa uma promoção provisória da pessoa para uma posição mais complexa. A rotação horizontal funciona como uma transferência lateral de curto prazo para absorção de conhecimentos e experiências da mesma complexidade. A rotação de cargos é um excelente método para transformar especialistas em generalistas. Permite o aumento das experiências individuais e estimula o desenvolvimento de novas idéias,, ao mesmo tempo p em q que p proporciona p oportunidades p para uma avaliação de desempenho mais ampla e confiável do colaborador. Gestão de Recursos Humanos 75 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Métodos de Desenvolvimento de Pessoas 2. Formação de Equipes Multifuncionais. São equipes formadas por profissionais do mesmo nível hierárquico, mas de diferentes áreas ou setores da empresa, que se juntam para cumprir uma tarefa. Permite trocar informações, desenvolver novas idéias, solucionar problemas e coordenar projetos complexos. Também são chamadas de equipes de projetos, força-tarefa e comitês (comissão). Pode ser composta por profissionais de diversas áreas, tais como, produção, planejamento, qualidade, engenharia de projetos, tecnologia da informação, marketing, finanças, recursos humanos dentre outras. Muitas organizações usam equipes horizontais e de duração limitada (temporária, transitória) Atribuições temporárias são interessantes e desafiadoras e proporcionam transitória). oportunidade de crescimento. Empresas como a Toyota, Honda, Nissan, BMW, GM, Ford adotaram essa forma de equipe para coordenar projetos complexos. Obj ti Objetivos: R d ã de Redução d tempo, t d custos de t e melhoria lh i da d qualidade. lid d Os membros dessas equipes precisam aprender a lidar com a diversidade, ou seja, com diferentes históricos, experiências e perspectivas. Gestão de Recursos Humanos 76 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Métodos de Desenvolvimento de Pessoas 3. Workshops. Seminários, cursos intensivos. Série de reuniões, geralmente de executivos, para a tomada de decisão e solução de problemas, visando à melhoria de algum setor da empresa. 4. Conferências, Congressos, Cursos, Palestras, Seminários. Métodos tradicionais de treinamento e desenvolvimento de pessoas que abordam as tendências de mercado e i inovações õ t tecnológicas. ló i Of Oferecem a oportunidade t id d de d adquirir d i i novos conhecimentos h i t e desenvolver habilidades conceituais e analíticas. Podem ser realizados externamente por consultorias especializadas ou in company (interno) realizados pela própria empresa ou por consultorias especializadas. 5. Estudo de Caso. É um método de desenvolvimento que permite investigar, analisar, diagnosticar um caso, uma situação, um problema real e apresentar soluções. Essa técnica desenvolve capacidade de análise e julgamento, comunicação, poder de argumentação, t ã persuasão, ã resolução l ã de d problemas bl etc. t Gestão de Recursos Humanos 77 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Métodos de Desenvolvimento de Pessoas 6. Exercícios de Simulação. A simulação extrapolou a seleção de pessoal e tornou-se também uma técnica de treinamento e desenvolvimento. Os exercícios de simulação incluem estudos de caso, jogos de empresas, role playing (dramatização, interpretação, simulação de papéis) dentre outros. Nas análises de estudo de caso, utiliza-se a experiência de outras organizações para que a pessoa descreva e diagnostique os problemas reais, analise as causas, desenvolva soluções alternativas, selecione aquela que julgue a mais adequada e a implemente. Os acontecimentos, fatos, situações e problemas abordados nos jogos empresariais e nos exercícios de simulação de papéis (role playing) podem ser reais ou simulados. 7. Coaching. É uma abordagem de desenvolvimento humano e profissional que tem como objetivo apoiar profissionais de qualquer área de atuação a maximizar seus resultados com base na otimização de seus próprios recursos técnicos e comportamentais. O coach (treinador) integra vários papéis, tais como: ensinar, treinar, preparar, orientar, guiar. Gestão de Recursos Humanos 78 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Métodos de Desenvolvimento de Pessoas 8. Universidades Corporativas. Tem por finalidade o desenvolvimento e a educação de colaboradores, clientes e fornecedores, com o objetivo de atender às estratégias empresariais como meio de alavancar novas oportunidades, entrar em novos mercados globais, criar relacionamentos mais profundos com os clientes e impulsionar a organização para um novo futuro. 9 9. Outdoor O td T i i Training (t i (treinamento t ao ar livre). li ) Uma U recente t tendência t dê i é a utilização tili ã de d treinamentos realizados em ambientes naturais e associados às práticas esportivas e técnicas de sobrevivência. Trata-se de uma metodologia de treinamento e desenvolvimento (participativo-vivencial) utilizada para identificar ou desenvolver competências comportamentais, tais como: liderança, trabalho em equipe, relacionamento interpessoal, comunicação, negociação, administração do tempo, resolução de problemas, superação de limites (físicos e psicológicos), resistência etc. É oferecido por consultorias especializadas em T&D (vide páginas: 82 a 85). Gestão de Recursos Humanos 79 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Métodos de Desenvolvimento de Pessoas 10. Jogos Empresariais. Também denominados business games ou management games. Metodologia de desenvolvimento inovadora (participativo-vivencial) utilizada para identificar ou desenvolver competências técnicas e comportamentais. Os jogadores devem definir estratégias, assumir riscos, desafios e responsabilidades, tomar decisões e solucionar problemas em equipes a respeito de situações reais ou simuladas. Os jogos empresariais podem ser computadorizados ou produzidos na forma de tabuleiros, por exemplo. Gestão de Recursos Humanos 80 Treinamento e D esenvolvimento Diferenças ç entre Estudo de Casos e Role-playing p y g Rosária Aragoni Estudo de Caso Role-playing 1. Apresenta um problema para discussão. 1. Coloca o problema dentro de uma situação real. 2. Deriva o problema de acontecimentos prévios. 2. Envolve o problema com processos atuais. 3. Lida freqüentemente com envolvam outras pessoas. que 3. Lida em geral com problemas que envolvem os participantes em si. 4. Lida com aspectos emocionais e atitudinais dentro de um ponto de referência intelectual. 4. Lida com aspectos emocionais e atitudinais dentro de um ponto de referência experimental. 5. Enfatiza a importância dos fatos. 5. Enfatiza a importância dos sentimentos. 6 E 6. Envolve l tipicamente i i di discussão d uma posição de i psicológica "externa" à situação problemática. 6 Lida 6. com participantes psicologicamente "dentro" problemática. 7. Facilita o envolvimento intelectual. 7. Feita para o envolvimento emocional. 8. Proporciona prática na análise de problemas. 8 P 8. Proporciona i interpessoais. 9. Proporciona hipóteses. problemas desenvolvimento de idéias e 9. Proporciona hipóteses. prática áti que estão da situação nas averiguações de h bilid d habilidades idéias 10. Treina o exercício de julgamento. 10. Treina o controle emocional. 11. Define a ação ou solução. 11. Proporciona a execução da ação ou solução. 12. Envolve ações cujas conseqüências geralmente indeterminadas. indeterminadas geralmente, são, 12. Envolve retroação contínua. Role-play: encenar, desempenhar um papel. Gestão de Recursos Humanos e 81 Treinamento e D esenvolvimento Outdoor Training g Rosária Aragoni Modalidades Competências/Características Corporativas Observáveis Canoagem Atividade utilizando caiaques ou pequenas canoas em leitos de rios e lagoas Trabalho em equipe g Rafting Descidas de corredeiras em botes infláveis T b lh em equipe Trabalho i Trekking Percurso a pé em ambientes naturais ou caminhadas empreendidas por trilhas (selvagens ou não) Resistência Canyoning (garganta sinuosa e profunda, cavada por curso d'água) Modalidade que utiliza técnicas de rappel para percorrer e explorar gargantas (desfiladeiro, estreito, passagem estreita e apertada entre duas montanhas) e cachoeiras Superação de limites (físicos e psicológicos) Rappel Técnica que consiste em descidas verticais utilizando corda presa em um ponto de segurança Superação de limites (físicos e psicológicos) Tirolesa Transposição de um ponto a outro por meio de cordas, usando-se equipamentos específicos Superação de limites (físicos e psicológicos) Escaladas, Mergulho, Vôo Duplo Resistência, Superação de limites (físicos e psicológicos), Trabalho em equipe Gestão de Recursos Humanos 82 Treinamento e D esenvolvimento Outdoor Training g Rosária Aragoni Consultorias/Clientes Modalidades Alinhamento estratégico de equipes, construir equipes de alto desempenho, transformar desafios e incertezas em oportunidades, liderança e empowerment (dar poder, autorização) de equipes, liderança flexível, flexível processo decisório, decisório gestão de processo de mudança, gestão de pessoas. Arvorismo Avanti Consultores [email protected] Clientes: Amil, Bradesco, DMRH, Levi’s, Natura, Nestlé, Novartis, Philips, SAP, Renner, Vale. PEDE Programa Experimental p Objetivos/Competências Corporativas Observáveis Educacional Comunicação efetiva e feedback, negociar soluções, administração do tempo, planejamento participativo, p p , atuar com p prazer no q que faz. Projeto Balsa Alinhamento estratégico e tático p/ alcance de objetivos e metas, otimização de esforços e compartilhamento de recursos (aumentar produtividade), conciliar cooperação e competição (resultados comuns). Refeição/Jantar Compartilhado Integração, planejamento, trabalho em equipe, descoberta de talentos, otimização de recursos, quebra de paradigmas e soma de conhecimentos, comunicação i ã “mão“ ã na-massa”” e motivação. i ã Empowerment: Dar poder, autorização. Otimização: Aproveitar ao máximo a capacidade de alguém ou de alguma coisa. Utilizar ao máximo determinado recurso (humano, físico e financeiro). Tornar ótimo. Paradigma: Modelo, protótipo. Protótipo : Primeiro tipo; primeiro exemplar; modelo. Gestão de Recursos Humanos 83 Treinamento e D esenvolvimento Outdoor Training g Rosária Aragoni Consultorias/Clientes Modalidades Treinamento em Veleiros Schürmann Corporate www.schurmann.com.br Clientes: 3M do Brasil, ABN Amro Bank, Banco do Brasil, Bradesco, Elma Chips, p , Fiat,, Fundação ç Dom Cabral,, Gerdau, HSBC, IBM do Brasil, IOB – Informações Objetivas Publicações Jurídicas, Itaú, Klabin Papéis, Laboratórios Aché, Mercedes Benz, Natura Nestlé, Natura, Nestlé Nokia, Nokia Novartis, Novartis Pão de Açúcar, Pepsico do Brasil, Petrobrás, Rapidão Cometa, SEBRAE, SENAC, Shell Brasil, Shopping Morumbi, Siemens, Sul América Seguros, S Suzano P Papel l e Celulose, C l l U il Unilever. Gestão de Recursos Humanos Objetivos/Competências Corporativas Observáveis Competências/Temas: Planejamento, motivação, espírito de equipe, liderança, rapidez nas decisões, desempenho, criatividade etc. A Arte de Lidar com Pessoas: Desenvolvimento de lideranças. lideranças Criando Times de Alto Desempenho: Team building (trabalho em equipe). Conhecimento garante o melhor caminho: Análise de problemas e tomadas de decisão. R Resolução l ã d de C flit Conflitos: S l õ Soluções para o entendimento e integração de equipes. Estratégias, Objetivos e Metas: Gestão da disciplina. Identidade, Visão, Valores e Missão: Criando uma cultura de alta performance. Gestão de Processos e Mudanças: Incentivando a transformação. A arte de ser entendido e causar percepção: Comunicação (endomarketing). (endomarketing) Os Resultados vêm das pessoas: Motivação e gestão da performance. Desenvolvimento Pessoal e Profissional: Aprendizado por experiência e não apenas pela instrução instrução. 84 Treinamento e D esenvolvimento Outdoor Training g Rosária Aragoni Consultorias/Clientes Toque de Areia www.toquede areia.com.br Clientes: AES Eletropaulo, Avon, Banco Itaú, Bosch, Carrefour, Delboni, Eurofarma Grupo Santander Banespa, Eurofarma, Banespa Laboratórios Pfizer, Nestlé, Pão de Açúcar, Philip Morres, Price Waterhousecoopers, Rhodia, Unilever, Votorantim. Trilhas do Rio www.ttrilhasdorio.com.br Clientes: Ambev, Banco do Brasil, Claro Claro, Coca-Cola Coca Cola Brasil, Brasil Nokia Nokia, Novartis, Oi, Petrobrás, SENAC, Siemens, TIM, Vivo. Objetivos/Competências Corporativas Observáveis Modalidades Balonismo Paraquedismo e Superação de limites. Peças Teatrais: Apertem os Cintos, o Cliente SUMIU. O que te Impede de Ser Mais? O Segredo de Maria. Revolução dos Campeões. Conflito de Gerações. ç Nós e a Norma. Responsabilidade Social uma idéia do outro mundo. Etc. Curso: Oficina Teatral para não Atores. Atores Temas das Peças: Qualidade no Atendimento ao Cliente. Relacionamento e Comportamento Humano. Gestão de Pessoas. Convivência entre as Gerações. Motivação. Conscientização da Responsabilidade Social. Mudança e Crescimento. Código de Ética. Assédio Moral. Competências: p Liderança, ç , Trabalho em Equipe, q p , Comunicação, Estratégia, Foco em Resultados, Foco no Cliente, Solução de Conflitos, Integração, Relacionamento Interpessoal, Assumir riscos, etc. CAD Circuito de Aventuras e Desenvolvimento Promover auto-estima, quebra de paradigma, desenvolver ousadia (coragem), despertar a iniciativa e o espírito de liderança, executar o planejamento planejamento, disciplina disciplina, desenvolver boa comunicação, mudança, identificação e/ou superação de limites. Gestão de Recursos Humanos 85 Treinamento e D esenvolvimento Outras Consultorias Rosária Aragoni Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (www.abtd.com.br) ● CBTD – Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (Exposição de Produtos e Serviços para RH) ● CRIAR – Congresso Brasileiro de Criatividade, RH & Gestão com Pessoas ● Fórum de Líderes ● Seminários Estratégicos Dinâmica Desenvolvimento de Recursos Humanos (www.dinamicarhltda.com.br) ● Coaching ● Gestão de Marketing ● Gestão de Pessoas ● Gestão de Processos ● Gestão Financeira ● Palestras ● Treinamentos in Company Fundação Dom Cabral (www.fdc.org.br) ● Gestão com Pessoas ● Gestão Financeira ● Gestão para Resultados ● Liderança ● Programas de Desenvolvimento de Conselheiros ● Cursos in Company ● MBA Executivo Gestão de Recursos Humanos 86 Treinamento e D esenvolvimento Outras Consultorias Rosária Aragoni Integração e Escola de Negócios (www.integracao.com.br) ● Cursos de Atualização ● Programas de Formação ● Seminários ● Cursos On-line ● e-Learning ● Cursos in Company ● MBA Executivo ● Programa de Coaching Corporativo ● Desenvolvimento de Gestores Áreas: Comunicação, Finanças, Logística, Recursos Humanos, Vendas etc. MicroPower (www.micropower.com.br/consultoria) ● Consultoria: Avaliação do Desempenho, Cargos e Salário, Planejamento de C Carreira e Sucessão S etc. ● e-Learning ● Performance e Desenvolvimento de Talentos ● Remuneração Estratégica ● Tecnologia T l i para Gestão G ã de d Pessoas P ● Universidade Corporativa Gestão de Recursos Humanos 87 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Métodos de Desenvolvimento de Pessoas Os dois tipos de métodos de desenvolvimento de pessoas fora do cargo são: 1. Tutoria. É a assistência que executivos da cúpula oferecem as pessoas que aspiram subir a níveis mais elevados dentro da organização. A progressão na carreira requer que as pessoas sejam favorecidas por pessoas com posições dominantes na organização e que definem os objetivos corporativos, corporativos prioridades e padrões. padrões Dá-se o nome de tutoria (mentoring), quando um gerente exerce um papel ativo em guiar e orientar uma pessoa em sua carreira. Assim como um técnico observa, analisa e tenta melhorar o desempenho dos atletas, o tutor proporciona orientação na hierarquia corporativa guia, corporativa, guia aconselha, aconselha critica, critica dá sugestões para ajudar no crescimento do colaborador. Tutores ou mentores são executivos que se oferecem para assistir os colaboradores juniores de outras áreas da empresa para lhes proporcionar um sistema de apoio e suporte profissional e político. Gestão de Recursos Humanos 88 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Métodos de Desenvolvimento de Pessoas 2. Aconselhamento de Funcionários. O gerente proporciona aconselhamento no sentido de assessorar as pessoas no desempenho de suas atividades. O aconselhamento se aproxima da abordagem de tutoria, mas difere em um aspecto. O aconselhamento ocorre quando surge algum problema de desempenho e o foco da discussão é relacionado com o processo de disciplina. Quando o colaborador apresenta um comportamento inconsistente com o ambiente de trabalho (ausências, atrasos, irritação, insubordinação) ou é incapaz de desempenhar o cargo satisfatoriamente, f o gerente deve interferir. f C Contudo, antes que ocorra a intervenção, é imperativo que o gerente identifique claramente o problema. Se o problema de desempenho está relacionado com a capacidade do colaborador, o esforço gerencial passa a ser o de facilitador de treinamento ou de desenvolvimento. O processo d aconselhamento de lh d funcionários de f i ái exige i d gerente grande do d habilidade h bilid d de d ouvir i e de d persuadir. Gestão de Recursos Humanos 89 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Desenvolvimento de Carreiras O desenvolvimento de pessoas está intimamente relacionado com o desenvolvimento de suas carreiras. Carreira é uma sucessão ou seqüência de cargos ocupados por uma pessoa ao longo de sua vida profissional. A carreira pressupõe desenvolvimento profissional gradativo e cargos crescentemente mais elevados e complexos. O desenvolvimento de carreiras é um processo formalizado e seqüencial que focaliza o planejamento da carreira futura dos colaboradores que têm potencial para ocupar cargos mais elevados. O desenvolvimento de carreiras é alcançado quando as organizações conseguem integrar o processo com outros programas de RH, como avaliação do desempenho, T&D e planejamento de RH. Os primeiros planos de desenvolvimento de carreiras adotados pelas organizações eram rigidamente formalizados e estavam voltados unicamente para as necessidades organizacionais, como um planejamento prévio e preparação antecipada dos colaboradores para expansão, novos mercados e outras mudanças organizacionais. Mais recentemente, esses planos deixaram de ser unilaterais e passaram a abranger tanto as necessidades da organização como das pessoas envolvidas. Gestão de Recursos Humanos 90 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Desenvolvimento de Carreiras Algumas organizações estão atribuindo gradativamente a responsabilidade pela administração de carreira aos seus próprios colaboradores, dando-lhes todas as condições e suportes possíveis para que eles façam escolhas adequadas e sejam bem-sucedidos. Isso envolve alguns problemas nas organizações achatadas de hoje, onde as oportunidades de se movimentar verticalmente na hierarquia são bem menores do que nas organizações tradicionais e burocráticas. Os colaboradores precisam de alguma orientação para desenvolver suas carreiras, seja dentro ou fora da organização. Gestão de Recursos Humanos 91 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Desenvolvimento de Carreiras As principais ferramentas utilizadas pelas organizações para o desenvolvimento de carreiras são: 1. Centro de Avaliação. Técnicas de seleção de talentos humanos, como entrevistas, exercícios dirigidos e jogos de empresas utilizadas em centros de avaliação são também utilizadas no desenvolvimento de carreiras. carreiras Os centros de avaliação proporcionam retroação sobre as forças e fraquezas dos candidatos e a compreensão de suas habilidades, ajudando-os a desenvolver objetivos e planos de carreiras adequados e realísticos. 2. Testes Psicológicos. Utilizados na seleção de pessoal servem para ajudar os colaboradores a compreender melhor seus interesses e habilidades. 3. Avaliação do Desempenho. É outra fonte de informação valiosa sobre o desenvolvimento de carreiras. Gestão de Recursos Humanos 92 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Desenvolvimento de Carreiras 4. Projeções de Promoções. Essas projeções são feitas pelos gerentes e ajudam a organização a identificar pessoas que apresentam grande potencial de avanço e ajudam os colaboradores a melhorar seus conhecimentos e experiências. 5. Planejamento de Sucessão. Focaliza o preparo das pessoas para preencher posições mais complexas. Gestão de Recursos Humanos 93 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Desenvolvimento de Carreiras Além dessas ferramentas, existem os seguintes esquemas de orientação aos colaboradores: 1. Aconselhamento Individual de Carreiras. Com o objetivo de ajudar cada colaborador a examinar suas aspirações de carreira. O aconselhamento inclui as responsabilidades do cargo atual, atual interesses e objetivos de carreira do colaborador. colaborador Na Coca-Cola Coca Cola e Disney, Disney o aconselhamento é feito por especialistas. Quando o gerente de linha conduz as sessões de aconselhamento, o staff de RH geralmente monitora a eficácia e proporciona assistência na forma de treinamento e formatos de aconselhamento. A vantagem é que o gerente de linha tem a proximidade e avalia melhor as forças e fraquezas e tem maior visão do futuro do subordinado. Gestão de Recursos Humanos 94 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Desenvolvimento de Carreiras 2. Serviços de Informações aos Colaboradores. Servem para oferecer aos colaboradores informações a respeito das oportunidades internas. Os mais comuns são: ● Sistemas de informações sobre oportunidades de vagas. Nos quais a organização anuncia aberturas de ofertas de cargos, reforçando a noção de que a organização promove de dentro. ● Inventários de habilidades. É um banco de dados centralizado das habilidades, capacidades, conhecimentos e educação dos empregados e que é utilizado para proporcionar uma idéia das necessidades de T&D da força de trabalho e identificar os talentos existentes. Na verdade, é um banco de talentos. ● Mapas de carreiras. carreiras Trata-se de uma espécie de organograma com as possíveis direções e oportunidades de carreira disponíveis na organização, as etapas e degraus existentes e os meios para chegar lá. ● Centro de recursos de carreira. É uma coleção de materiais para o desenvolvimento de carreira, carreira como bibliotecas, bibliotecas casos, casos CD-ROM CD ROM’s s, DVD DVD’s s, tapes, tapes e software. A Kodak tem em sua matriz em NY, três centros internos de carreira conhecidos como Kodak Career Services e oferece conselheiros profissionais de carreira, biblioteca, recursos instrucionais e programas formais de T&D. Gestão de Recursos Humanos 95 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Programas de Trainees As organizações bem-sucedidas estão investindo fortemente em programas de trainees, como um mecanismo de enriquecimento planejado do capital humano a longo prazo e um verdadeiro programa de melhoria continua da qualidade do pessoal estendido a longo prazo. Uma espécie de investimento no sucesso futuro da empresa. Os participantes do programa desenvolvem um estágio programado; recebem treinamento planejado e contínuo, ministrado por profissionais de alto nível da empresa; participam ativamente de certas atividades previamente estabelecidas, enquanto são continuamente monitorados e avaliados quanto ao seu desempenho, vinculação com a empresa e sua cultura, espírito de equipe e potencial de desenvolvimento. Gestão de Recursos Humanos 96 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Questões para Estudo 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. Conceitue Aprendizagem e fale sobre seus princípios. Conceitue Educação. Cite e explique os Tipos de Educação. Explique Andragogia. Fale sobre os processos de desenvolver pessoas. Diferencie T&D e DO. Monte os estratos de desenvolvimento. A Psicologia Industrial e Organizacional busca respostas cientificas para três perguntas, quais são? Fale a e sob sobre e as abo abordagens dage s dos p processos ocessos de dese desenvolvimento. o e o Defina Treinamento. Diferencie Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas – T&D. Cite os principais objetivos do treinamento. O conteúdo do treinamento pode envolver quatro tipos de mudanças de comportamento. Cite-as e explique-as. O treinamento é um processo cíclico e contínuo composto de quatro etapas. Cite-as e p q explique-as. Defina necessidades de treinamento. Gestão de Recursos Humanos 97 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Questões para Estudo 15. O levantamento das necessidades de treinamento pode ser feito em quatro níveis de análise. Cite-as e explique-as. 16. Cite e explique os principais meios para levantamento de necessidades de treinamento. 17. Defina Indicadores de Necessidades de Treinamento (a priori e a posteriori) e exemplifique. 18 Fale sobre a programação e planejamento do treinamento. 18. treinamento 19. Fale sobre a execução do treinamento. 20. Defina validação e avaliação do treinamento. 21. Fale sobre a avaliação dos resultados do treinamento. 22. Explique treinamento como responsabilidade de linha e função de staff. 23. Cite os principais métodos de desenvolvimento de pessoas no cargo atual e fora do cargo. 24. Explique tutoria e aconselhamento de funcionários. 25 Explique 25. E li d desenvolvimento l i t de d carreias. i 26. Cite e explique as principais ferramentas utilizadas pelas organizações para o desenvolvimento de carreiras. q de orientação ç aos colaboradores,, referentes ao desenvolvimento 27. Fale sobre os esquemas de carreiras. Gestão de Recursos Humanos 98 Desen nvo olviime entto Treinamento e Desenvolvimento Disciplina p Treinamento e Gestão de Recursos Humanos (2ª P Parte) Rosária Aragoni 99 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica i â i de d Grupo Gestão de Recursos Humanos 100 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo A expressão “Dinâmica de Grupo” foi criada nos Estados Unidos, em 1945 por Kurt Lewin (psicólogo, doutor em filosofia, em 1940 tornou-se professor na Universidade de Harvard, fundou em 1945 o Centro de Pesquisas de Dinâmica de Grupo no Instituto de Tecnologia de Massachusetts). A Dinâmica de Grupo é usada nos Estados Unidos como ferramenta de aprendizagem desde 1950. No Brasil imagina-se que começou a ser utilizada nas escolas e nas empresas na década de 70, p porém não há dados comprobatórios. p A dinâmica é a atividade que leva o grupo a uma movimentação, a um trabalho em que se percebe, por exemplo, como cada pessoa se comporta em grupo (relacionamento interpessoal, trabalho em equipe), como é a comunicação (verbal e não-verbal), o nível de iniciativa, a liderança, o processo de pensamento, a criatividade, a expressão de sentimentos, o nível de frustração, como o participante reage no confronto de idéias, a solução de conflitos, a determinação, o autoconhecimento. A Dinâmica de Grupo é uma das inúmeras técnicas utilizadas em Seleção para avaliar o candidato mensurando seu estilo comportamental e convívio em grupo e para detectar competências candidato, (ausência ou presença). Para as organizações, não basta buscar o melhor profissional do mercado, mas também aquele que se adapta às suas necessidades. Gestão de Recursos Humanos 101 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo Em Treinamento e Desenvolvimento é utilizada para o aprendizado de conceitos, habilidades e atitudes, para integrar pessoas, solucionar conflitos de forma saudável, alinhar percepções e diretrizes, obter participação das pessoas nos processos organizacionais e também para detectar competências (ausência ou presença). As dinâmicas possibilitam vivências, que ao serem refletidas e partilhadas geram aprendizado pessoal e grupal, possibilitando, dentre outras coisas: ● Autoconhecimento como ser único e social; ● Exercício de escuta e acolhida do outro como ser diferente; ● Experiência E iê i de d abertura b t ao outro t e participação ti i ã grupal; l ● Percepção do todo e das partes, tanto da vida como da realidade que nos cerca; ● Desenvolvimento da consciência crítica; ● Confronto e avaliação da vida e da prática; ● Tomada de decisão de modo consciente e crítico; ● Sistematização de conteúdos, sentimentos e experiências; ● Construção coletiva do saber. Gestão de Recursos Humanos 102 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Etapas 1. Chegada Em muitos casos, a dinâmica começa quando o candidato ainda se encontra na sala de espera. Algumas empresas utilizam essa atividade para saber como é o candidato antes mesmo de iniciar essa etapa do processo seletivo. A secretária que o recepciona pode ser na verdade uma psicóloga. O selecionador/facilitador atrasa alguns minutos, enquanto ela se encarrega de observar sua reação diante do imprevisto. Pessoas que olham constantemente no relógio ou que reclamam em voz alta demonstram impaciência e falta de jogo de cintura. São analisadas: paciência, flexibilidade e capacidade de lidar com o imprevisto. 2. Aquecimento Realizada logo no início da dinâmica para "quebrar o gelo" e descontrair os participantes. Isso quer dizer que o facilitador da dinâmica precisará fazer uma leitura corporal do grupo para saber se há entrosamento. A p partir daí define-se o tipo p de aquecimento, q ,q que p pode ser físico,, p para relaxar e diminuir a empolgação, ou algum tipo de jogo que proporcione oportunidades de integração do grupo. Gestão de Recursos Humanos 103 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Etapas Existem alguns exemplos de dinâmicas para esta etapa: 1 O selecionador/facilitador distribui os crachás para os participantes e os divide em 1. duplas para que façam uma entrevista. Na base do improviso ou com o auxílio de um questionário, os participantes se conhecem e depois apresentam o entrevistado para os demais componentes do grupo; 2 Outra 2. O t maneira i de d aplicar li essa dinâmica di â i é formando f d um círculo í l com os participantes ti i t e oferecer uma bola para eles jogarem. O participante que estiver com a bola deve fazer uma frase incompleta e jogar a bola para que alguém a complete. Por exemplo: o candidato com a bola diz: "O que me entristece é ... " e passa a bola para outro componente t responder; d 3. Os candidatos recebem cartolina, jornais, revistas, tesoura, cola, canetas. O objetivo é fazer com que cada um se defina usando esses recursos. É permitido escrever, desenhar, colocar recortes de revistas, colar ilustrações; 4. Existe também o jogo da batata quente. Cada pessoa, ao receber a bola, precisa terminar a frase dita pelo condutor da dinâmica. "Eu gosto de ... ", "Me tira o sono ... ", "O que me entristece é ... ", "Às vezes eu me sinto como .... ". São analisados: interação, expressão e perfil psicológico. Gestão de Recursos Humanos 104 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Etapas 3. Auto-apresentação 1. Pode ser feita só oralmente, quando cada participante fará uma pequena descrição de sua vida pessoal e profissional; 2. Cada participante deve produzir um painel e fazer uma apresentação de si mesmo ao selecionador/facilitador e aos demais componentes do grupo. É a chamada Técnica Projetiva na qual o selecionador/facilitador avalia a habilidade que o participante tem de se Projetiva, projetar por meio de palavras e desenhos. A partir do que foi montado no painel e do jeito como o participante se expressa, o selecionador/facilitador consegue obter uma boa visão da sua personalidade. São analisados: auto-imagem auto imagem e autoconhecimento. autoconhecimento Gestão de Recursos Humanos 105 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Etapas 4. Atividade Principal Pode ser subdividida em três etapas: Execução ou Realização: Construção de um produto ou um projeto, como uma campanha de marketing por exemplo. marketing, exemplo Nesse caso, caso propõe propõe-se se aos candidatos ou colaboradores que criem um produto inovador, apresentando viabilidade de custo, estratégia de marketing, tempo de retorno e público-alvo. Com isso verificam-se criatividade, jogo de cintura, dinamismo, clareza de idéias, conhecimento do mercado, mercado visão, visão comportamento em relação ao grupo, grupo sintonia, sintonia e o principal, principal de que forma cada integrante contribui para isso. Comunicação: É sempre baseado em debates ou histórias. O grupo é dividido em duas partes. Depois é apresentado um tema da atualidade (geralmente polêmico) sobre o qual os participantes discutirão para desenvolver argumentação pertinente. Avalia-se a capacidade de argumentação, conhecimento do assunto, poder de g ç negociação. Gestão de Recursos Humanos 106 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Etapas Situacional: Pode ser feito verbalmente ou por meio de aplicação de questionários. Diante da apresentação de uma situação relacionada a problemas cotidianos das empresas, cada participante deve apontar possíveis soluções. O grupo pode ser dividido em duas equipes e, então, cada uma apresenta suas soluções. O objetivo é checar capacidade de compreensão, de síntese, liderança, habilidade ç do q que foi exposto p pelo g p grupo p oponente, p poder de negociação, p g ç coesão do analítica, aceitação grupo e maturidade. Outro exemplo: diante de uma situação em que um barco está afundando, lança-se a pergunta: quem você salvaria? O facilitador demonstra o perfil de cada um dos ocupantes do barco e cada um faz sua escolha. Esse tipo de dinâmica vai identificar os valores (econômico, religioso, humano) e se o participante é uma pessoa mais sonhadora, prática, organizada ou desregrada (dissipador, libertino, devasso). Gestão de Recursos Humanos 107 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Etapas Outras atividades comuns em Dinâmicas de Grupos: Consenso: Nessa C N atividade, ti id d o selecionador/facilitador l i d /f ilit d realiza li uma pergunta t como "Se "S vocês ê fossem viajar para uma ilha deserta ou para a Lua, o que levariam?" e pede para que todos os participantes dêem suas opiniões sobre os objetos que poderiam ser úteis nessa viagem. Cada candidato ou colaborador coloca seu ponto de vista abertamente enquanto o selecionador/facilitador se encarrega de d analisar li a performance f d cada de d um. O objetivo bj ti é fazer f com que, por meio i da d discussão, todos os participantes cheguem a um consenso comum. São analisados: perfil de liderança, sensatez das idéias expostas para o grupo e abertura para ouvir as opiniões dos demais participantes da discussão. Desenvolvimento e projetos em comum: Os candidatos ou colaboradores são divididos em grupos de mais ou menos três componentes e recebem das mãos do selecionador/facilitador diversos objetos, que vão desde revistas até utensílios de plástico. O objetivo é fazer com que o grupo, munido também de outros objetos como tesoura e cola, crie uma idéia e venda-a para o selecionador/facilitador. São analisados: colaboração, poder de persuasão, discussão das idéias e as diversas formas de colocá-las em prática. prática Gestão de Recursos Humanos 108 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Etapas Júri simulado: Os participantes são divididos em dois grupos. Um tem o objetivo de defender uma idéia e o outro de acusá-la. Um tema atual é proposto pelo selecionador/facilitador e a partir dele os dois grupos defenderão suas idéias, independentemente da real opinião que cada um possui sobre o tema abordado. Em determinado momento, os papéis são invertidos e quem acusou passa a defender. p de argumentação, g ç defesa de idéias, improviso, p São analisados: capacidade convencimento das pessoas e flexibilidade. É possível também avaliar perfil de liderança nesta atividade, desde que o candidato tenha habilidade para alcançar os demais componentes da equipe e controlar as situações de conflito. Atividades irreverentes: São utilizadas dependendo da empresa e do cargo pretendido. Por meio de artifícios, são surtidos efeitos variados nos participantes. Esses artifícios vão desde opinar sobre algum tema segurando um palito de fósforo aceso até brincadeiras de mímica. Na atividade do fósforo são avaliados: o controle, controle como o participante lida com pressão e como administra seu tempo. Nas mímicas são avaliados: o improviso, criatividade e as formas utilizadas pelo participante para lidar com problemas. Gestão de Recursos Humanos 109 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Etapas 5. Resgate Alguns profissionais de recursos humanos têm utilizado essa técnica para saber o que os candidatos acharam das atividades. Ouvem suas opiniões e argumentam dentro daquilo que é possível revelar. As atividades que compõem as dinâmicas de grupo não são imutáveis. Todas elas podem ser moldadas de acordo com o número de participantes e com o objetivo a ser alcançado. alcançado Nem sempre quem fala mais está propenso a conquistar a vaga ou aquele que se reserva está definitivamente desclassificado. Cada dinâmica tem o objetivo de detectar determinadas competências num candidato de acordo com o cargo e o perfil da empresa. Uma pessoa que fala alto demais, demais por exemplo, exemplo pode passar a impressão de um profissional que não sabe ouvir o outro. Os mais tímidos, ao contrário do que se pensa, também possuem boas chances. O que é interessante para uma empresa nem sempre é para a outra. As dinâmicas devem ser aplicadas por profissionais especializados e bem preparados ( i ól (psicólogos). ) Gestão de Recursos Humanos 110 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Elaboração/Descrição Elementos para elaboração/descrição de uma Dinâmica de Grupo: ● Título/Nome da Dinâmica. Exemplos: Dinâmica do Anel, Dinâmica da Bexiga. Dinâmica do Barbante. ● Objetivo(s): O que o grupo deve realizar/alcançar. ● Público Público-alvo alvo (a quem se destina): número, nível/perfil/características dos participantes, área de atuação. Pode ser fixo (exemplo: 30 participantes) ou variável (entre 15 ou 20 participantes). Algumas dinâmicas podem ser realizadas em duplas, trios, quartetos, quintetos ou sextetos, ou seja, não há um número mínimo de grupos, podendo ser recriado conforme a necessidade ou possibilidade. ● Materiais: folhas de sulfite, lápis de cor, tesoura, cartolina, revistas, jornais, cola, fita adesiva, barbante, bexigas, bola, objetos diversos, papel crepom, palito de fósforo, relógio/cronômetro etc. ● Recursos: datashow, datashow computador, computador note-book, note book aparelho de som, som aparelho de DVD etc. etc ● Tempo para realização: pode ser fixo (30 minutos) ou variável (alguns jogos terminam quando os participantes ou equipes atingem o objetivo, ou seja, antes do tempo estipulado). ● Duração: entre explicação, vivência e reflexão, para inclusão adequada no programa de treinamento. Gestão de Recursos Humanos 111 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Elaboração/Descrição ● Instruções/Regras/Procedimentos: Como realizar a tarefa. ● Espaço p ç físico: espaço p ç amplo, p sala com ou sem mesas e cadeiras, layout y da(s) ( ) sala(s), acústica etc. ● Competências Observáveis: capacidade de análise e de síntese, capacidade empreendedora, comprometimento, comunicação, criatividade, ética, flexibilidade, foco em resultados, iniciativa, interação (ação mútua), integração (adaptar (adaptar-se; se; juntar juntar-se, se, tornando-se parte integrante), liderança, motivação, negociação, percepção, relacionamento interpessoal, resolução de problemas, sincronismo, solução de conflitos, tomada de decisão, trabalho em equipe, visão global (sistêmica) etc. ● Reflexão/Feedback: Planejado e ajustado (adaptado) pelo Facilitador. Facilitador Etapas: ─ Exposição dos sentimentos/emoções, obstáculos/dificuldades, percepções, momentos agradáveis e desagradáveis durante a vivência. ─ Discussões, Discussões esclarecimentos e opiniões: exposição das lições e da aplicação prática dos conceitos vivenciados, dos objetivos alcançados ou não. ─ O facilitador deve procurar extrair o máximo dos participantes e acrescentar o que julgar necessário e que sirva para enriquecer ou aprofundar a discussão. ● Fechado: Finalização dos comentários. comentários Gestão de Recursos Humanos 112 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Planejamento e Organização O planejamento e a organização são de fundamental importância para o sucesso de q qualquer q dinâmica g grupal, p , devendo-se considerar: ● O nível hierárquico e perfil técnico e comportamental dos participantes (grau de instrução, conhecimentos, habilidades e atitudes) e tamanho do grupo; ● As competências e os requisitos que devem ser avaliados; ● A preparação dos recursos e materiais a serem utilizados (datashow, computador, note-book, aparelho de som, aparelho de DVD, instruções impressas, jogos, materiais, cases, filmes etc.) para não comprometer a aplicação e o desenvolvimento da dinâmica bem como, dinâmica, como o entendimento dos participantes; ● Preparação do local: espaço físico adequado, disposição das mesas e cadeiras, limpeza, higiene, temperatura, ventilação, iluminação, ruído etc.; ● Tempo adequado para a realização da dinâmica e suficiente para explorar, observar e perceber todos os pontos necessários; ● Maturidade, capacidade e experiência do selecionador/facilitador, para alcançar os resultados almejados. As dinâmicas A di â i podem d ser adaptadas d t d d acordo de d com a realidade lid d e o tamanho t h do d grupo. A preparação da dinâmica já é uma dinâmica a ser refletida e avaliada. Gestão de Recursos Humanos 113 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Fases da Aplicação A aplicação da dinâmica de grupo pode ser dividida nas seguintes fases: ● Ação: é a vivência propriamente dita. Esta fase requer do facilitador clareza na explanação das instruções, observação aguçada para inserir elementos, caso o grupo não esteja atuando conforme o esperado. ● Reflexão: este é o momento em que o grupo expõe seus sentimentos com relação à atividade, bem como, se conscientiza sobre o processo e resultado do jogo. ● Conceituação: diz respeito às fundamentações teóricas e aos conceitos que embasam as ações humanas, ao entendimento do processo e resultado grupal. Neste momento é desejável que o facilitador f agregue teorias e experiências comprovadas. ● Prática: nesta fase as pessoas deverão estabelecer relação com a prática, transferindo a situação de aprendizagem para o dia-a-dia e optando ou não, pela ç de comportamento. p mudança Gestão de Recursos Humanos 114 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Dinâmica de Grupo – Aplicação Para aplicação da dinâmica é fundamental: ● Conhecer todos os passos da dinâmica para aplicá-la com propriedade e segurança; ● Ter clareza dos resultados que se pretende alcançar, entendendo-a como um instrumento; ● Possibilitar um clima de espontaneidade entre os participantes; ● Perceber o nível de relação e entendimento do grupo, pois nem toda dinâmica se adapta bem a qualquer grupo. A dinâmica pode ser um instrumento enriquecedor se for bem utilizada e se o grupo estiver em condições de vivenciá-la; ● Observar Ob as expressões õ corporais, i sobretudo b t d as expressões õ faciais f i i dos d participantes ti i t no decorrer da dinâmica, para valorizar os sentimentos e reações de cada um; ● Esclarecer que o resultado alcançado com a dinâmica, é objeto de reflexão e aprendizagem. Gestão de Recursos Humanos 115 Treinamento e D–esenvolvimento Dinâmica de Grupo Ficha de Avaliação Nomes Competências Carlos Mariana Rosana Sílvio Rosária Aragoni Thais Liderança Empreendedorismo Trabalho em Equipe Modelo Equilíbrio Emocional Criatividade Flexibilidade Relacionamento I t Interpessoal l Negociação Integração Visão Global (Sistêmica) Comunicação Critérios para avaliar a presença ou ausência das competências no comportamento dos treinandos 4 = Acima da competência esperada 3 = Aprovado 2 = Favorável 1 = Favorável com restrição 0 = Não recomendado Gestão de Recursos Humanos 116 Treinamento e D–esenvolvimento Dinâmica de Grupo Ficha de Avaliação Nomes Competências Carlos Mariana Rosana Sílvio Rosária Aragoni Thais Liderança Empreendedorismo Trabalho em Equipe Modelo Equilíbrio Emocional Criatividade Flexibilidade Relacionamento I t Interpessoal l Negociação Integração Visão Global (Sistêmica) Comunicação Registro de Competências (ausência ou presença) 1 = Não atende 2 = Com restrições 3 = Potencial a ser desenvolvido 4 = Competência verificada 5 = Característica forte Gestão de Recursos Humanos 117 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Educação d ã ou Universidade i id d Corporativa (UCs) Gestão de Recursos Humanos 118 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) Muitas organizações estão caminhando gradativamente do T&D para a educação corporativa em uma migração paulatina e definitiva. A diferença está em que o T&D, por sua própria natureza e configuração, é quase sempre local, tópico, just in time, reativo, microorientado, agregador. A educação corporativa apresenta a vantagem de ser holística, sistêmica, proativa e sinérgica. Muitas vezes, ela é feita pelo conceito de universidade corporativa. Esta representa mais um processo, uma mentalidade, um estado de espírito generalizado do que propriamente um local físico ou uma entidade concreta. A educação corporativa, via universidades, institutos, centros ou escolas de diversos tipos e estruturas, surgiu e está crescendo, rapidamente, para atender às necessidades de educação continuada e, segundo Meister (1999), para sustentar a vantagem competitiva, inspirando um aprendizado permanente e um desempenho excepcional dos valores humanos e, conseqüentemente, das organizações. Tem por finalidade o desenvolvimento e a educação de colaboradores, clientes e fornecedores, com o objetivo de atender às estratégias empresariais como meio de alavancar novas oportunidades, entrar em novos mercados globais, criar relacionamentos mais profundos com os clientes e impulsionar a organização para um novo futuro. Paulatina: Feito pouco a pouco, devagar. Moroso, vagaroso. Sinérgica: Ação simultânea. Que se diz, faz ou acontece ao mesmo tempo que outra coisa. Concomitante. Gestão de Recursos Humanos 119 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) As pessoas precisarão desenvolver certas competências pessoais para atuarem nos novos ambientes de negócios, g , a saber: 1. Aprender a aprender: as pessoas precisam contribuir construtivamente em tudo, desde como assegurar qualidade dos produtos até como melhorar os processos organizacionais. Para tanto, tanto elas precisam ter condições de utilizar um conjunto de técnicas, técnicas como analisar situações, questionar, procurar conhecer o que não compreendem e pensar criativamente para gerar opções. O objetivo é fazer com que a atitude de aprender a aprender faça parte natural do modo como as pessoas pensam e comportam-se no trabalho. O conhecimento das pessoas constitui um ativo intangível. intangível Elas não são mais consideradas um elemento de custo no balanço patrimonial, mas parte integrante do seu capital intelectual. 2. Comunicação e colaboração: antigamente, o bom desempenho significava a execução de um conjunto de tarefas que eram repetitivas e a qualificação profissional era associada com cada tarefa específica. Agora, as equipes constituem o fundamento das organizações flexíveis e a eficiência das pessoas está cada vez mais vinculada com sua habilidade interpessoal de comunicação e colaboração. Gestão de Recursos Humanos 120 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) 3. Raciocínio criativo e solução de problemas: no passado, a administração paternalista assumia a responsabilidade de desenvolver os meios de aumentar a produtividade do trabalhador. Ela centralizava o pensar e o planejar. Hoje, espera-se que as pessoas no nível operacional descubram por si próprias como melhorar e agilizar seu trabalho. Para isso, elas precisam pensar criativamente, desenvolver habilidades de resolução de problemas e analisar situações, indagar, esclarecer o que não sabem e sugerir melhorias. 4. Conhecimento tecnológico: antigamente, conhecer tecnologia significava saber como operar o computador pessoal para processar textos ou análises financeiras. Agora, a ênfase está em usar o equipamento de informação que o conecte com os membros de suas equipes i ao redor d do d mundo. d As A pessoas deverão d ã usar computadores t d não ã apenas em suas tarefas relacionadas com o trabalho, mas, sobretudo para contatos com profissionais em todo o mundo, compartilhando as melhorias e recomendando melhorias em seus processos de trabalho. O computador será a principal plataforma de trabalho das organizações. i õ Gestão de Recursos Humanos 121 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) 5. Conhecimento global dos negócios: cada vez mais, as pessoas deverão aprender novas habilidades técnicas e comerciais que levem em conta o ambiente competitivo global, que não permite prever com nenhuma certeza o que virá no futuro para a organização ou para o mercado. Nesse ambiente global e volátil (que gira facilmente, inconstante, instável), a capacidade de ver o todo sistêmico em que a organização opera torna-se indispensável para cumprir a exigência de se agregar continuamente mais valor à organização. 6. Liderança: o novo imperativo é o desenvolvimento da liderança nas organizações. A identificação e o desenvolvimento de pessoas excepcionais capazes de levar a organização para o novo século será fundamental. A criação de líderes será vital. E o segredo d do d sucesso estará t á cada d vez mais i nas pessoas. Gestão de Recursos Humanos 122 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) 7. Autogerenciamento da carreira: as organizações estão transferindo para as pessoas o autodesenvolvimento e o autogerenciamento para que elas possam assumir o controle de suas carreiras e gerenciar seu próprio desenvolvimento pessoal. Como as qualificações necessárias continuam a mudar e a evoluir, as pessoas de todos os níveis da organização assumem o compromisso de assegurar que possuem as qualificações, o conhecimento e as competências exigidas tanto na atividade atual, como nas futuras. Assim, a capacidade de gerenciar a própria vida profissional f passa a ser considerada uma competência adquirida e necessária para deslanchar todas as outras competências exigidas no novo ambiente de negócios. Trata-se do compromisso individual de buscar as qualificações, o conhecimento e as competências requeridos, seja na função atual, seja nos cargos futuro. Em resumo, fazer a mudança acontecer, viver a mudança e encarar a complexidade e a incerteza. Simplificar e descomplicar as organizações para desamarrá-Ias do entulho burocrático que ainda tolhe seu funcionamento. Dar mais liberdade às p pessoas p para q que elas p possam utilizar seu recurso mais importante: a inteligência, o talento e conhecimento. Gestão de Recursos Humanos 123 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Breve Panorama Mundial O número de organizações com UCs nos Estados Unidos cresceu de 400 em 1988, para mais de 2000 a partir de 2001. As experiências situam-se nos mais variados setores produtivos, como aeroespacial, alimentos, automobilístico, tecnologia de ponta, saúde, serviços financeiros, telecomunicações e varejo, entre outros. Alguns casos pioneiros e de referência são: Boeing, Cartepillar, Cisco Systems, Disney, Ford, GE, GM, IBM, Intel, McDonald's, Mastercard, Motorola, Oracle, Shell, Toyota e Xerox. Na Europa também é crescente o número de UCs; destacando-se as seguintes experiências nos países mencionados a seguir: ● Alemanha: Siemens e Volkswagen ● França: Accor e Carrefour ● Grã-Bretanha: Unilever ● Itália: Fiat e Telecom Itália ● Países Baixos: Heineken ● Suíça: ABB e Nestlé Gestão de Recursos Humanos 124 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Brasil O conceito de UC no Brasil começou a ser adotado no início da década de 1990, com o advento de um mercado cada vez mais globalizado, pressionando assim as organizações a investir na qualificação de seus colaboradores e comprometer-se com seu desenvolvimento contínuo, como um elemento-chave na criação de diferencial competitivo. A primeira experiência de implantação foi a da Academia Accor, em 1992. Em seguida surgiram a Universidade Martins do Varejo (1994); a Universidade Brahma (1995); a Universidade do Hambúrguer, do McDonald's (1997); o Visa Training, criado em 1997 e que originou a Universidade Visa, lançada oficialmente f em 2001; a Universidade Algar (1998); a Alcatel University e o Siemens Management Learning (1998); a Boston School do Bank Boston e a Universidade Datasul, implantadas em 1999. Com isso, na década de 1990, em torno de dez empresas criaram suas UCs. Gestão de Recursos Humanos 125 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Brasil A partir de 2000, é expressivo o crescimento dos casos de UCs no Brasil. Para se ter uma idéia, hoje são aproximadamente 170 organizações brasileiras ou multinacionais, tanto na esfera pública quanto privada, que já implantaram e estão operando seus SEC - Sistemas de Educação Corporativa. Dentre os vários exemplos podemos citar: Abril, Accor, AES Eletropaulo, Albert Einstein, Alcatel, Alcoa, Algar, Amesp, Ambev, Amil, Banco Central do Brasil, Banco do Brasil, Banco Itaú, BankBoston, BIC, BNDES, Bosch, Carrefour, Casas Pernambucanas, Caixa Econômica Federal, Citigroup, Companhia Vale do Rio Doce, Correios, Datasul, Elma Chips, Embasa, Embraer, Embratel, Facchini, Fiat, Fleury, Ford, Globo, GM, Habib's, IBM, Lojas Renner, McDonald's, Metrô-SP, Microsiga, Motorola, Natura, Nestlé, Oracle, Orbitall, Petrobras, Previdência, Real ABN Amro Bank, Redebahia, Sabesp, Sadia, Santander, Santista, Serasa, Siemens, Souza Cruz, TAM, Telemar, Tigre, Ultragaz, Unibanco, Unimed, Unisys, Visa, Vivax, Volkswagen e Xerox. Gestão de Recursos Humanos 126 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Brasil No livro Educação Corporativa no Brasil: mitos e verdades, são apresentados os sete princípios de sucesso que devem ser contemplados quando da elaboração do projeto de concepção do SEC (Sistema de Educação Corporativa). São eles: 1. Competitividade: valorizar a educação como forma de desenvolver o capital intelectual dos colaboradores, transformando transformando-os os efetivamente em fator de diferenciação da empresa perante os concorrentes. 2. Perpetuidade: entender a educação como um processo contínuo. 3. Conectividade: privilegiar a construção social do conhecimento estabelecendo conexões, intensificando a comunicação empresarial e favorecendo a interação para ampliar a quantidade e a qualidade da rede de relacionamentos com o público interno e externo (fornecedores, distribuidores, clientes, prestadores de serviço, comunidade etc.). 4. Disponibilidade: oferecer e disponibilizar atividades e recursos educacionais de fácil uso e acesso, a qualquer l h hora e em qualquer l l lugar. 5. Cidadania: estimular o exercício da cidadania, postura ética e responsabilidade social, individual e corporativa. Gestão de Recursos Humanos 127 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Brasil 6. Parceria: entender que desenvolver continuamente as competências críticas dos colaboradores no intenso ritmo requerido atualmente no mundo dos negócios é uma tarefa muito complexa e audaciosa, exigindo que se estabeleçam relações de parcerias internas (com líderes e gestores da organização) e externas (com universidades e instituições de nível superior), com ideais e interesses comuns na educação desses colaboradores. 7. Sustentabilidade: ser um centro gerador de resultados para a empresa, buscando sempre agregar valor ao negócio. A qualidade de um sistema de educação corporativa depende da qualidade de pensamento de seus idealizadores, idealizadores que deve ser balizado pelos sete princípios aqui apresentados - além disso, disso é preciso que haja práticas associadas a cada um deles. Gestão de Recursos Humanos 128 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Brasil No já citado livro de Eboli são apresentados os resultados de uma pesquisa sobre a realidade brasileira (de maio de 2002 a dezembro de 2003) que envolveu 21 empresas pertencentes a diversos setores produtivos, como água e saneamento, alimentos, comércio varejista, comunicação e gráfica, eletroeletrônica, energia elétrica, financeiro, higiene e limpeza, mineração e siderurgia, serviços, tecnologia e informática, telecomunicações e veículos e peças. Nessa pesquisa, pesquisa alguns aspectos mereceram destaque: ● dentre as 21 empresas estudadas, 12 tinham origem de capital brasileiro; ● cinco eram empresas públicas e 16 eram empresas privadas; praticamente todos os sistemas de educação ç corporativa p foram implantados p ap partir de ● p 2000. Em apenas três casos o processo começou antes; ● na maioria dos casos pesquisados, a UC estava vinculada à área de recursos humanos e não possuía natureza jurídica própria. Gestão de Recursos Humanos 129 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Brasil A seguir estão sintetizados os principais resultados obtidos no que diz respeito às práticas identificadas nos casos pesquisados, relacionando-as com os sete princípios de sucesso. ● Quase todos os casos apresentaram práticas relacionadas aos princípios da competitividade (obter comprometimento e envolvimento da alta cúpula; alinhar o modelo de gestão de pessoas às estratégias de negócio; implantar um modelo de gestão de pessoas por competências e conceber programas educacionais alinhados às estratégias do negócio) e da perpetuidade (ser veículo de disseminação da cultura empresarial e responsabilizar líderes e gestores pelo processo de aprendizagem). ● Em praticamente todas as empresas foram diagnosticadas as competências críticas ((empresariais p e humanas)) e foi implantado p um Modelo de Gestão de Pessoas p por Competências. ● Também estavam fortemente presentes práticas para favorecer o princípio da conectividade, tanto no sentido de promover gestão do conhecimento como no de intensificar a rede de relacionamentos com toda a cadeia de valor. valor Gestão de Recursos Humanos 130 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Brasil ● Embora em diferentes estágios de desenvolvimento e maturidade, práticas relativas à gestão do conhecimento foram identificadas em 15 UCs. Havia formas presenciais (núcleos de conhecimento compartilhado, grupos de estudo, trabalhos finais de cursos, multiplicadores de conhecimento, seminários internos e reuniões, troca de experiências com outras empresas, intercâmbios internacionais) e virtuais (comunidades virtuais de aprendizagem, salas de bate-papo virtuais – chats –, fórum e listas de discussão, projetos de memória técnica, plataformas f e portais corporativos, banco de dados de melhores práticas gerenciais etc.). ● Destacou-se também a forte preocupação em utilizar a tecnologia na educação, atendendo assim ao princípio da disponibilidade. Vinte UCs implantaram projetos virtuais de Educação, e as principais práticas identificadas foram: estações de autodesenvolvimento, CD-ROMs, vídeos, fitas cassetes, CD-Áudio com livro auto-instrutivo, treinamento baseado em computador (TBC), cursos on-line – intranet e internet – via Web e TV Corporativa via satélite. ● Dentre os 21 casos estudados: 15 possuíam instalações físicas e também projetos virtuais; um tinha apenas espaço físico; e cinco eram predominantemente virtuais. ● Em mais da metade dos casos, observou-se forte preocupação e compromisso da empresa com cidadania e responsabilidade social, social por meio de implantação de programas educacionais específicos para este fim. Gestão de Recursos Humanos 131 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Brasil ● Na maioria dos casos, líderes e gestores responsabilizavam-se pelo processo de aprendizagem, atendendo assim ao princípio das parcerias internas. ● Com relação ao estabelecimento de parcerias externas com instituições de ensino superior, esta também foi uma prática fortemente encontrada em 18 dos 21 casos pesquisados. ● Embora a preocupação de se tornar um centro de agregação de resultados para o negócio estivesse presente em todos os casos pesquisados, não se observou o correspondente esforço em implementar um sistema métrico que permitisse avaliar o impacto da UC nos negócios. Apenas em cinco casos já era uma prática. De modo geral, a partir do referencial teórico utilizado, pôde-se dizer que os casos de UCs analisados apresentavam projetos consistentes, cuidadosos e realmente orientados para agregação de valor ao negócio, embora em estágios diferentes de implementação. Gestão de Recursos Humanos 132 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Brasil Breve perfil das empresas e dos SECs Os resultados apresentados a seguir baseiam-se baseiam se na pesquisa "Mensuração Mensuração de Resultados em Educação Corporativa no Brasil“, realizada em novembro de 2004. Foram enviados questionários para 164 organizações que atuam no Brasil e que, sabidamente, apresentavam alguma iniciativa de educação corporativa. T i t e nove das Trinta d 164 organizações i õ às à quais i foram f enviados i d os questionários ti á i responderam d à às questões solicitadas. Essas empresas foram classificadas da seguinte maneira, de acordo com seu setor de atividade: 28% do setor financeiro; 10% da indústria primária; 21% da indústria secundária; 13% da indústria de infra-estrutura; e 28% do setor de serviços. Com base nos dados levantados, podem ser citados como pontos relevantes: ● notadamente houve uma maior participação de empresas privadas com faturamento superior a R$ 1 bilhão (61,5%) e com número de funcionários maior que dois mil ( (79,6%); ) ● houve praticamente um empate em termos da origem de capital das empresas: 56,4% de brasileiras, contra 43,6% de estrangeiras; ● a maior parte das empresas possuía uma abrangência de atuação em nível internacional internacional. Gestão de Recursos Humanos 133 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Brasil Em relação à caracterização dos SECs, evidenciaram-se os seguintes aspectos: ● a grande maioria dos SECs estava subordinada à área de gestão de pessoas (71,8%); ● pela posição na hierarquia da organização, o SEC se encontrava em um nível que podia ser considerado estratégico (para 33,3% estava um nível hierárquico abaixo do CEO, enquanto para 41% estava dois níveis abaixo do CEO); ● a grande maioria apontou utilizar ferramentas de e-learning (87,2% (87 2% dos entrevistados). entrevistados) Learning: Aprendizagem, ciência, saber, erudição. Erudição: Instrução vasta e variada. Gestão de Recursos Humanos 134 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) O papel das lideranças para o êxito de um SEC – Sistemas de Educação Corporativa Os especialistas no assunto evidenciam basicamente sete papéis a serem desempenhados pelos executivos para que estes atuem efetivamente como lideranças educadoras e construam de fato uma leaming organization (organizações de aprendizagem). De acordo com Meister, os papéis são os seguintes: ● visionário: i i á i apontar t a direção di ã do d SEC; SEC ● patrocinador: promover encorajamento nos colaboradores; ● controlador: participar ativamente no controle do desenvolvimento de competências; ● especialista: idealizar e desenvolver novos programas educacionais; ● professor: ensinar nos programas educacionais; ● aprendiz: mostrar também sua vontade de aprender freqüentando cursos; ● comunicador: divulgar e promover o SEC interna e externamente. O papel dos líderes é vital não apenas por serem agentes de disseminação, consolidação e transformação da cultura empresarial, mas principalmente porque será por meio de sua atuação exemplar que serão percebidos como lideranças educadoras, cujo modelo de comportamento deve ser seguido e buscado pelos demais colaboradores da empresa. empresa Gestão de Recursos Humanos 135 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Universidades Corporativas (UCs) – Consultorias Guia Brasileiro de Recursos Humanos (Guia Oficial da ABRH) – 2012 FIA - USP www.fia.com.br Trevisan Escola de Negócios www.trevisan.edu.br Fundação F d ã Dom D C b l Cabral www.fdc.org.br Universidade U i id d Gama G Filh Filho www.ugf.br Humus www humus com br www.humus.com.br Gestão de Recursos Humanos 136 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Desenvolvimento Organizacional (DO) Gestão de Recursos Humanos 137 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Algumas Definições de DO ● Desenvolvimento Organizacional é um esforço de longo prazo, apoiado pela alta direção, no sentido de melhorar os processos de resolução de problemas e de renovação organizacional, particularmente através de um eficaz e colaborativo diagnóstico e administração da cultura organizacional – com ênfase especial nas equipes formais de trabalho, equipes temporárias e cultura intergrupal – com a assistência de um consultorfacilitador e a utilização da teoria e tecnologia das ciências do comportamento, incluindo ação e pesquisa. ● DO é a aplicação dos conhecimentos das ciências comportamentais no esforço de longo prazo de melhorar a capacidade da organização de confrontar-se com as mudanças no ambiente externo e aumentar suas habilidades na solução de problemas. ● DO é um conjunto de intervenções planejadas de mudança construído sobre valores que p procuram incrementar a eficácia organizacional g e o bemhumanísticos e democráticos q estar dos funcionários. ● DO é um esforço abrangente para a melhoria da capacidade de uma organização em resolver problemas e melhorar seu desempenho. desempenho Gestão de Recursos Humanos 138 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Desenvolvimento Organizacional O DO é uma importante forma de lideres compartilharem poder para promover programas de mudança planejada, estimular a criatividade e inovação, e melhorar continuamente o desempenho organizacional. Apesar de envolver com freqüência a assistência de um consultor com treinamento especial, todos os gerentes podem e devem incluir o DO em suas agendas de liderança transformadora. Gestão de Recursos Humanos 139 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Características do DO O DO apresenta as seguintes características: 1. O DO é baseado na pesquisa e ação. O que significa coletar dados sobre uma unidade (como grupo, departamento ou a organização inteira) e alimentar os funcionários com esses dados a fim de que eles analisem e desenvolvam hipóteses sobre como essa unidade deveria ser se ela fosse excelente. excelente Em outros termos, termos o DO utiliza um diagnóstico da situação (pesquisa) e uma intervenção (mediação, intercessão, interferência) para alterar a situação (ação) e, posteriormente, um reforço para estabilizar e manter a nova situação. A metodologia pesquisa-ação é utilizada pelos especialistas em treinamento das Nações Unidas em empresas do setor público e privado de países em desenvolvimento, desenvolvimento como estratégia mais completa de mudança organizacional. 2. O DO aplica os conhecimentos das ciências comportamentais. Com o propósito de melhorar lh a eficácia fi á i da d organização. i ã Gestão de Recursos Humanos 140 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Características do DO 3. O DO muda atitudes, valores e crenças dos funcionários. Para que eles próprios possam identificar e implementar as mudanças – sejam técnicas, processuais, estruturais etc. – necessárias para melhorar o funcionamento da organização. 4. O DO muda a organização rumo a uma determinada direção. Como a melhoria na solução de problemas, flexibilidade, reatividade, incremento da qualidade do trabalho e aumento da eficácia. Gestão de Recursos Humanos 141 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Outras Características do DO • • • • • • • • • • Focaliza a organização como um todo Utiliza processos grupais Orientação sistêmica e abrangente Orientação contingencial Utiliza agentes de mudança da organização Proporciona retroação imediata dos dados Enfatiza a solução de problemas Estimula a aprendizagem experiencial Acelera o desenvolvimento de equipes de trabalho Focaliza as relações interativas e sociais Contingência: Fato possível, mas incerto. Eventualidade. Contingente: Que pode, ou não, suceder ou existir; duvidoso, eventual, incerto. Gestão de Recursos Humanos 142 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni O Processo do DO O DO utiliza um processo dinâmico composto de três fases distintas: 1. Diagnóstico. A partir da pesquisa sobre a situação atual. Geralmente, o diagnostico é uma percepção a respeito da necessidade de mudança na organização ou parte dela. O diagnóstico deve ser obtido através de entrevistas com as pessoas ou grupos envolvidos. 2 Intervenção. 2. Intervenção Uma ação para alterar a situação atual. atual Geralmente, Geralmente a intervenção é definida e planejada através de workshops e discussões entre as pessoas e grupos envolvidos para determinar as ações e os rumos adequados para a mudança. 3. Reforço. Um esforço para estabelecer e manter a nova situação, através da retroação. G l Geralmente, t o reforço f é obtido btid através t é de d reuniões iõ e avaliações li õ periódicas iódi que servem de d retroinformação a respeito da mudança alcançada. Na realidade,, o DO funciona como um p processo p planejado j e negociado g de mudança ç organizacional. O conceito de mudança é baseado no conceito de Lewin: a mudança é um processo de descongelamento, mudança e recongelamento. Gestão de Recursos Humanos 143 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Intervenções do DO A intervenção de DO é uma atividade estruturada que ajuda a gerar mudanças visando ao desenvolvimento organizacional. Os profissionais de DO reconhecem que as necessidades de crescimento e desenvolvimento pessoal costumam ser satisfeitas em um ambiente de trabalho onde existam desafios e suporte. Eles também concordam com a premissa de que a maioria das pessoas é capaz de assumir a responsabilidade por seus próprios atos e de contribuir positivamente para o desempenho organizacional. Gestão de Recursos Humanos 144 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Intervenções do DO Intervenções de DO individuais (visa ajudar a melhorar a eficácia individual) ● Treinamento de sensibilidade: sessões não-estruturadas (grupos T) onde os participantes aprendem habilidades interpessoais e a desenvolver uma maior sensibilidade para com outras pessoas. ● Treinamento gerencial: oportunidades educacionais estruturadas para o desenvolvimento de habilidades e competências gerenciais importantes. ● Negociação de papéis: interações estruturadas para esclarecer e negociar expectativas de papéis de pessoas trabalhando juntas. ● Novo desenho de cargos: realinhamento dos componentes de tarefas para melhor adequação às necessidades e capacidades individuais. individuais ● Planejamento de carreira: aconselhamento estruturado e sessões de discussões para ajudar indivíduos a planejar suas carreiras e programas de desenvolvimento pessoal. Gestão de Recursos Humanos 145 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Intervenções do DO A equipe tem um papel muito importante no desenvolvimento da organização. Os profissionais de DO reconhecem dois princípios nesse sentido. Primeiro, as equipes são vistas como importantes veículos para auxiliar pessoas a satisfazerem necessidades importantes. Segundo, acredita-se que a colaboração melhorada dentro das equipes e entre as equipes pode melhorar o desempenho organizacional. Intervenções de DO em equipe (visa melhorar a eficácia de equipe) ● Formação de equipe: experiências estruturadas para ajudar os membros da equipe a definir metas, melhorar relações interpessoais e se transformar em uma equipe que funcione melhor. melhor ● Consultoria de processo: observações e aconselhamento feitos por terceiros sobre os processos críticos de equipe (por exemplo, comunicação, conflito e tomada de decisões). ● Formação de equipes intergrupos: experiências estruturadas para ajudar duas ou mais equipes i a estabelecer t b l metas, t reduzir d i conflitos, flit melhorar lh as relações l õ intergrupos i t e torná-Ias t áI mais bem coordenadas. Gestão de Recursos Humanos 146 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Intervenções do DO No que diz respeito à organização como um todo, os profissionais de DO atuam sobre a premissa de que qualquer mudança em uma parte do sistema irá afetar outras partes. A cultura da organização é considerada responsável por um importante impacto nas atitudes e moral dos membros. E acredita-se que as estruturas e funções possam ser planejadas visando reunir pessoas, tecnologia e sistemas em combinações de trabalho altamente produtivas e satisfatórias. Intervenções de DO abrangendo a organização (ênfase na eficácia geral da organização) ● Feedback de pesquisa: coleta abrangente e sistemática de dados para identificar atitudes e necessidades, analisar resultados e planejar ações construtivas. ● Reunião de confronto: reuniões estruturadas com um dia de duração para reunir dados sobre problemas no ambiente de trabalho e planejar ações construtivas. ● Novo desenho estrutural: realinhamento da estrutura organizacional para atender as necessidades do ambiente e das forças contextuais. ● Gestão por objetivos: formalização da GPO por toda a organização para unir os objetivos de pessoas, grupos e organização. Gestão de Recursos Humanos 147 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Técnicas de DO O DO utiliza uma variada tecnologia. As principais técnicas de DO são: 1. Treinamento da Sensitividade (Sensibilidade). Constitui a técnica mais antiga e ampla de DO. Consiste em reunir grupos chamados T-groups (grupos de treinamento) e que são orientados por um líder treinado para aumentar a sua sensibilidade quanto às suas habilidades e dificuldades de relacionamento interpessoal. interpessoal O resultado consiste em maior criatividade (menos temor dos outros e menos posição de defesa), menor hostilidade (adverso, provocante, agressivo) quanto aos outros (devido a melhor compreensão dos outros) e maior sensitividade às influências sociais e psicológicas sobre o comportamento em trabalho. trabalho Isso favorece a flexibilidade do comportamento das pessoas em relação aos outros. Em geral, é aplicado de cima para baixo, começando na cúpula da organização e descendo até os níveis mais baixos. Gestão de Recursos Humanos 148 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Técnicas de DO 2. Análise Transacional (AT). É uma técnica que visa ao autodiagnóstico das relações interpessoais. As relações interpessoais ocorrem através de transações. Uma transação significa qualquer forma de comunicação, mensagem ou de relação com os demais. A AT é uma técnica destinada a indivíduos e não a grupos, pois se concentra nos estilos e conteúdos das comunicações entre as pessoas. Ela ensina as pessoas a enviar mensagens que sejam claras e ágeis e a dar respostas que sejam naturais e razoáveis. O objetivo é reduzir hábitos destrutivos de comunicação – os chamados “jogos” “ – nos quais a intenção ou o significado das comunicações fica obscuro ou distorcido. A AT assemelha-se a uma terapia psicológica para melhorar o relacionamento interpessoal, permitindo a cada indivíduo autodiagnosticar sua inter-relação com os outros para modificá-la e melhorá-la gradativamente. d i Gestão de Recursos Humanos 149 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Técnicas de DO 3. Desenvolvimento de Equipes. É uma técnica de alteração comportamental na qual várias pessoas de vários níveis e áreas da organização se reúnem sob a coordenação de um consultor ou líder e criticam-se mutuamente, procurando um ponto de encontro em que a colaboração seja mais frutífera, eliminando-se as barreiras interpessoais de comunicação pelo esclarecimento e compreensão de suas causas. Ao final, a equipe auto-avalia o seu comportamento através de determinadas variáveis. A idéia básica é construir equipes através da abertura de mentalidade e de ação das pessoas. No trabalho em equipe, são eliminadas as diferenças hierárquicas e os interesses específicos de cada departamento ou especialidade, proporcionando uma predisposição sadia para a interação e, conseqüentemente, para a criatividade e inovação. Muitas organizações estão transformando a sua estrutura organizacional baseada na departamentalização funcional em redes integradas de equipes na busca de flexibilização, inovação e mudança. Para tanto, equipes eficazes requerem a definição clara da filosofia e missão da organização, uma estrutura organizacional flexível e participativa, sistemas organizacionais adequados, políticas organizacionais que permitam o comprometimento das pessoas e funcionários treinados com habilidades técnicas e interpessoais. Gestão de Recursos Humanos 150 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Técnicas de DO 4. Consultoria de Procedimentos: é uma técnica em que cada equipe é coordenada por um consultor, cuja atuação varia enormemente. A coordenação permite certas intervenções para tornar a equipe mais sensível aos seus processos internos de estabelecer metas e objetivos, de participação, de sentimentos, de liderança de tomada de decisões, confiança e criatividade. O consultor trabalha com os membros da equipe para ajudá-los a compreender a dinâmica de suas relações de trabalho em situações de grupo e auxiliá-los a desenvolver o diagnóstico de barreiras e as habilidades de solução de problemas para fortalecer o senso de unidade entre seus membros, incrementar as relações interpessoais, melhorar o cumprimento das tarefas e aumentar a sua eficácia. Gestão de Recursos Humanos 151 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Técnicas de DO 5. Reunião de Confrontação. É uma técnica alteração comportamental com a ajuda de um consultor interno ou externo (denominado terceira parte). Dois grupos antagônicos (contrários, opostos) em conflito (desconfiança recíproca, discordância, antagonismo, hostilidade etc.) podem ser tratados através de uma reunião de confrontação que dura um dia, na qual cada grupo se auto-avalia, bem como avalia o comportamento do outro, como se fosse colocado diante do espelho. Nessa reunião, cada grupo apresenta ao outro os resultados daquelas avaliações e é interrogado no que se refere f a suas percepções. Segue-se uma discussão, inicialmente acalorada, tendendo a uma posição de compreensão e de entendimento recíprocos quanto ao comportamento das partes envolvidas. O consultor facilita a confrontação, com total isenção de ânimo, ponderando as críticas, íi moderando d d os trabalhos, b lh orientando i d a discussão di ã para a solução l ã construtiva i d do conflito e eliminando as barreiras intergrupais. A reunião de confrontação é uma técnica de enfoque socioterapêutico para melhorar a saúde da organização, incrementando as comunicações e relações entre diferentes departamentos ou equipes e planejar ações corretivas ti ou profiláticas filáti ( (preventivas). ti ) Gestão de Recursos Humanos 152 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Técnicas de DO 6. Retroação (Feedback) de Dados. É uma técnica de mudança de comportamento que parte do princípio de que quanto mais dados cognitivos (aquisição de um conhecimento) o indivíduo recebe, tanto maior será a sua possibilidade de organizar os dados e agir criativamente. A retroação de dados proporciona aprendizagem de novos dados a respeito de si mesmo, dos outros, dos processos grupais ou da dinâmica de toda a organização – dados que nem sempre são levados em consideração. A retroação refere-se às atividades e processos que refletem f e espelham a maneira pela qual uma pessoa é percebida ou visualizada pelas demais pessoas. Requer intensa comunicação e um fluxo adequado de informações dentro da organização para atualizar os membros e permitir que eles próprios possam conscientizar-se das mudanças e explorar as oportunidades que geralmente se encontram encobertas b d dentro d organização. da i ã Gestão de Recursos Humanos 153 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni As Aplicações do DO A variedade de aplicações do DO – também chamadas de intervenções ou técnicas de DO – aumentou nos últimos anos. O DO começou com intervenções em processos humanos para ajudar as pessoas a compreender melhor e modificar suas próprias atitudes, valores, crenças e, como conseqüência, melhorar a organização. Atualmente, a amplitude de aplicações do DO é impressionante em função da variedade das mudanças necessárias. Todas elas estão voltadas para proporcionar aos funcionários a coleta de dados a fim de criar e implementar as soluções necessárias e a retroação a fim f de criar condições de auto-avaliação do processo efetuado. f O DO está intimamente relacionado com mudanças que buscam agregar valor ao negócio da organização, às pessoas e aos clientes. No fundo, o DO pode ser utilizado para uma reavaliação da estrutura organizacional, dos processos e tecnologias utilizadas, dos produtos e serviços produzidos e da cultura organizacional. Além do mais, o DO tem um enorme potencial para complementar e incrementar os programas de qualidade total nas organizações, já que ambos têm vários aspectos em comum. Gestão de Recursos Humanos 154 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni As Aplicações do DO Os programas de qualidade total devem incluir alguns fatores que melhoram a competência individual dos funcionários, tais como: 1. Educação e treinamento. 2. Um processo seletivo capaz de alinhar personalidade, educação, conhecimentos e experiência com os requisitos do cargo. cargo 3. Métodos de trabalho estabelecidos para assegurar o melhor uso dos recursos. 4. Oportunidades para trabalhar em cargos multifuncionais e desenvolver novas habilidades. 5. Condições de trabalho com segurança e estabilidade. 6. Sistema de promoções e progressão profissional bem definido. 7. Supervisão e liderança desenhadas para desenvolver os talentos de cada pessoa. Nada melhor do que conjugar os aspectos positivos do DO e da qualidade total. Gestão de Recursos Humanos 155 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Questões para Estudo 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11 11. 12. 13. 14. Defina Dinâmica de Grupo. Fale sobre o histórico da Dinâmica de Grupo. Cite as etapas da Dinâmica de Grupo. Cite e explique os elementos para elaboração/descrição de uma Dinâmica de Grupo. Fale sobre o planejamento e a organização da Dinâmica de Grupo. Fale sobre a aplicação da Dinâmica de Grupo. Fale sobre Universidade Corporativa. As pessoas precisarão desenvolver certas competências pessoais para atuarem nos o os a ambientes b e es de negócios. egóc os C Cite-as e as e e explique-as. p que as novos Cite e explique os sete princípios de sucesso que devem ser contemplados quando da elaboração do projeto de concepção do SEC (Sistema de Educação Corporativa). Faça um breve panorama sobre as UCs (mundial e Brasil). F l sobre Fale b o papell das d lid lideranças para o êxito ê it de d um SEC – Sistemas Si t d Educação de Ed ã Corporativa. Defina DO – Desenvolvimento Organizacional. p q as 04 (q (quatro)) características do DO. Cite e explique Cite outras características do DO. Gestão de Recursos Humanos 156 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Questões para Estudo 15. O DO utiliza um processo composto de três fases distintas. Cite-as e explique-as. g a organização. g 16. Fale sobre as intervenções do DO individuais, em equipes e abrangendo Cite e explique. 17. O DO utiliza uma variada tecnologia. Cite e explique as principais técnicas de DO. 18. Fale sobre as aplicações do DO. Gestão de Recursos Humanos 157 Treinamento e Desenvolvimento Rosária Aragoni Referências Bibliográficas BOOG, Gustavo; BOOG, Magdalena. Coordenadores. Manual de Treinamento e Desenvolvimento: Gestão e Estratégias. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier – Campus, 2010. CHIAVENATO, Idalberto. CHIAVENATO Id lb t Recursos R H Humanos – O Capital C it l Humano H d das O Organizações. i õ Ri de Rio d Janeiro: Elsevier – Campus, 2009. CHIAVENATO,, Idalberto. Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos – Como Incrementar Talentos na Empresa. São Paulo: Manole, 2010. SILVA, Marilene Luiza da; NUNES, Gilvan da Silva. Recrutamento & Seleção de Pessoal. São Paulo: Érica 2005. Érica, 2005 Gestão de Recursos Humanos 158