Bhagavan Sri Ramana Maharshi

Transcrição

Bhagavan Sri Ramana Maharshi
O Encontro
Bhagavan Sri Ramana Maharshi
A Luz no Caminho - Associação Espiritualista
-
Distribuição gratuita
Outubro de 2013
Editorial
Sem medo de ser feliz
Por Marcos Garcia
Às vezes para manter o status,
por conveniência, por medo ou
qualquer outra razão e não justificativa, usamos a mentira. Enganamos
a um, a outro, a si mesmo, mas
nunca a Ele. Se antes de uma atitude duvidosa conversássemos com
Deus, certamente a mentira nem
“teria perna”. O mundo da ilusão
pode nos levar longe. Longe das
pessoas que a gente ama, longe
de Deus. Não importa o tamanho,
mas quando a mentira faz parte de
nossa vida, mais nos distanciamos
de Deus.
“Eu sou o caminho, a verdade,
a vida...” Assim disse Jesus. A verdade sempre está presente na vida
e na história de Deus. Então para
que deixar a mentira sobreviver? E
para sustentar uma mentira, a pessoa mente e assim vai como uma
avalanche, que fica represada até
vir à tona. Aí o estrago é grande e
só a união através de muito amor
e desapego é capaz de estancar a
dor, amenizar o rancor e abrir o
caminho para a raiz da verdade ser
replantada.
O caminho direto ao Pai não
é só de flores, de alegria, mas de
perseverança na adversidade e felicidade na superação, sempre tendo
Deus como alimento espiritual no
nosso caminhar.
A grande verdade é acreditar
que Deus é a única luz, única razão,
a única e mais forte motivação para
viver. A verdade conduz a Deus.
Viver na verdade é viver com Deus,
viver sem sobressalto, viver na verdade, sem medo de ser feliz.
Conversas com Sri Bhagavan: O Senso de Ação
Maharshi: A presente dificuldade consiste em o homem pensar ser o agente da ação. Mas isso é um
erro. É o Poder Supremo que faz tudo; o homem é apenas uma ferramenta. Se aceitar esta posição,
ele ficará livre de problemas. Tome como exemplo a figura no gorupam (torre do templo), feita para
parecer carregar o peso da torre sobre seus ombros. Sua pose é de quem emprega grande esforço
para suportar a pesada torre. Mas pense: a torre é construída sobre a terra e descansa sobre suas
fundações. A imagem (semelhante a de Atlas carregando o globo) é uma parte da torre, mas foi feita
para parecer como se a sustentasse. Não é engraçado? Assim é o homem que toma para si o senso
de ação.
- Conversas §63
02
Círculo de Estudos
Amma, a mãe divina
Amma nasceu em uma vila pobre de pescadores em Kerala, sul
da Índia, em 1953. Ainda criança,
ficou claro que Sudhamani, como
era chamada na época, era especial. Sem qualquer estímulo, ela era
profundamente espiritualizada, e a
intensidade de sua compaixão era
notável. Ela era diferente, mal compreendida e maltratada; teve uma
infância muito difícil e sofreu muitíssimo. Embora fosse apenas uma
criança, começou a refletir sobre a
questão do sofrimento. Ela sentia
uma presença tão forte de Deus
dentro dela que queria confortar e
elevar espiritualmente aqueles que
eram menos afortunados que ela.
Quando Sudhamani estava com
vinte e poucos anos, a maternidade universal que despertara nela fez
com que ela abraçasse espontaneamente todos os que viessem até ela.
Ela sentia que cada um era como
seu próprio filho, e pessoas de todas as idades começaram a chamála de Amma (Mãe). Dessa forma, o
darshan da Amma tomou a forma
de um caloroso e amoroso abraço.
A compaixão da Amma ultrapassa
todas as barreiras de nacionalidade,
casta, raça, gênero, posição socioeconômica, credo, religião e condição
de saúde. Para onde quer que viaje,
ela cumprimenta cada um que se
aproxima dela com um abraço maternal, mostrando com seu exemplo
que a aceitação e o amor incondicionais são a base do serviço ao
próximo.
Do livro O Supremo Sucesso, de Swami Ramakrishnananda Puri.
Nota: A palavra darshan é tradicionalmente
usada no contexto do encontro com uma
pessoa sagrada.
Próxima palestra
Tema: Conhecendo o Hinduísmo:
Origens e Crenças
Palestrante: Surya
Data: 26 de outubro, às 19h
Estante
Momentos Recordados
“Faça o que eu digo, mas não
faça o que eu faço” é um provérbio que não pode ser aplicado à
vida de Ramana. Muitos de seus
ensinamentos foram transmitidos através do silêncio ou de
exemplos. Embora simples, as
ações de Bhagavan, se observadas com atenção, eram
verdadeiras instruções so-
bre autoconhecimento, unidade,
submissão, amor universal, desapego. Neste livro, Sri V. Ganesan
relata algumas dessas situações,
lembranças de seu convívio diário com o mestre e de outros
devotos com quem conversou e
que também tiveram a oportunidade de desfrutar da presença
do Maharshi.
Este livro pode ser adquirido em A Luz no Caminho
- Associação Espiritualista. Informe-se na secretaria.
O Encontro
outubro, 2013
Título: Momentos Recordados Reminiscências de Bhagavan Ramana
Autor: Sri V. Ganesan
03
Filosofia
Cuide apenas de você
Certo dia, um dos devotos veio
a Bhagavan e disse, em um excitado murmúrio: “Veja, Bhagavan!
Olhe para aquele homem!” Todos
se viraram para olhar. Vimos um
homem que estava cochilando, balançando para frente e para trás.
O senhor que havia se aproximado
de Bhagavan queixou-se: “Eu o tenho observado nos últimos dias, e
ele sempre dorme na presença de
Bhagavan!”
Bhagavan olhou para o devoto
e respondeu: “Este homem está fazendo o que veio para fazer aqui.
Mas e você? Você veio para observar as pessoas, e ver quem está
acordado e quem está dormindo?
Por que você não cuida apenas
de você?”
Vendo o “super-zeloso” devoto
ser assim repreendido, todos os
demais começaram a rir. Bhagavan
não gostava de que as pessoas
criticassem os “outros”. Ele costumava dizer que tão logo a pessoa
se concentrasse na tarefa que tinha para fazer, sequer notaria o
que os “outros” estavam fazendo.
Só podemos criticar os “outros”
quando sua atenção se desvia do
trabalho a ser feito!
Do livro Cherished Memories, traduzido por
Vera Carolina Ramalho de Mello.
outubro, 2013
O Encontro
amor
04
Casa de Ramana
Um lar onde sobra
Abrigo para
mulheres carentes
no Grajaú, Casa
de Ramana é
um exemplo de
solidariedade.
Por Daniel
Braga
A doação é uma ferramenta básica da filantropia, mas o conceito
encontra várias definições na Casa
de Ramana, na Rua Juiz de Fora
55, no Grajaú. A instituição é mantida por voluntários, que proporcionam assistência médica e social a
idosas carentes há 17 anos.
Toda a nossa diretoria é voluntária. Hoje, nove idosas fazem
parte da nossa família e passam
por sessões de aplicação de reiki,
tratamento de acupuntura e aulas
de artesanato. Tudo ministrado por
voluntários também. Assim, amparamos e resgatamos a dignidade
perdida do cidadão idoso”, conta Marly Rattes, administradora da
casa.
Apesar do custo médio de R$ 24
Hudson Pontes
mil por mês para manter enfermeiras e outros profissionais, a instituição se orgulha de viver apenas
de doações e da renda de eventos.
“Estamos sempre em campanha
e de mãos esticadas, seja por mantimentos, roupas, remédios ou mesmo por recursos para manutenção”,
explica Marly, referindo-se à instituição, que ainda assiste mais de
30 idosos não residentes com distribuição de cestas básicas, atendimento clínico e assistência jurídica.
Segundo ela, para orientação e
controle das ações da casa, todos
os idosos assistidos foram cadastrados e acolhidos a partir de comprovada a situação de risco social.
“Nosso propósito é ajudar quem
está nessa condição. E isso nos
permite, inclusive, ir além, para podermos beneficiar 200 crianças com
mochilas, cadernos e outros acessórios escolares. São os netos e bisnetos desses idosos, que precisam
comprovar que estão matriculados
na escola”.
Matéria publicada na edição de 22 de agosto
de 2013 do jornal O Globo - Tijuca.
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O Encontro
outubro, 2013

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