Maio - Sinduscon-PA
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SINDUSCON-PA Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará o construir BOLETIM INFORMATIVO - ANO 08 - Nº 92/MAIO 2013 Construção Saudável completa dois anos Sinduscon-PA lança nova fase do projeto Entrevista O novo diretor técnico da Cohab, o economista João Barral, fala sobre os projetos para o próximo biênio. www.sindusconpa.org.br Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará O projeto Construção Saudável, desenvolvido pelo Sinduscon-PA, completa em julho de 2013 dois anos de atividades. Com o objetivo de orientar os colaboradores nos canteiros de obras sobre doenças ainda comuns no estado, o projeto promoveu palestras a mais de dez mil pessoas, com informações voltadas à prevenção de doenças, identificação de sintomas e tratamento de enfermidades. Outro assunto de destaque no mês de maio foi a realização da XI FIPA, a Feira das Indústrias do Pará. O evento durou quatro dias, de 22 a 25 de maio, e teve como um dos destaques as obras de construção civil que ainda precisam ser realizadas no estado para alavancar a economia da região. De acordo com dados do Projeto Norte Competitivo, o custo total de investimentos nas obras gira em torno de R$ 30 bilhões, em 87 empreendimentos listados como prioritários. Na entrevista, o novo diretor técnico da Companhia de Habitação do Pará (Cohab), o economista João Hugo Barral de Miranda, explica sobre as ações do órgão e o plano de gestão para o próximo biênio. Ele também cita a parceria com o Sinduscon-PA como sendo fundamental para a realização de projetos. Nesta edição, ainda no setor habitacional abordamos a premiação que o órgão recebeu em maio: o Selo de Mérito 2013, por conta do Plano de Habitação de Interesse Social (Plhis). Na análise jurídica, apresentamos a desoneração da folha de pagamento das construtoras, publicada na Medida Provisória 612, em abril deste ano. Confira ainda uma prévia da palestra “Gerenciamento da Produtividade na Construção Civil”, que será promovida no próximo mês de junho, com o engenheiro civil Willy Castro. Ele vai mostrar como a indústria da construção civil pode se beneficiar com os métodos da Filosofia Lean. Boa leitura! Portaria do Ministério do Trabalho altera itens da NR-18 A Portaria 644, do Ministério do Trabalho e Emprego, que altera itens da Norma Regulamentadora NR-18 referente, dentre outros, a elevadores a cabo de aço para obras da construção civil foi publicada no dia 10 de maio, no Diário Oficial da União (DOU). De acordo com o normativo, são permitidas por 12 meses, contados da publicação da Portaria, a instalação e a utilização de elevador de passageiros tracionado com um único cabo, desde que atendidas às disposições da NR-18. Terminado esse prazo, os elevadores de passageiros tracionados a cabo poderão operar nas seguintes condições: a) As obras que já tenham instalados elevadores de passageiros tracionados com um único cabo poderão continuar operando por mais 12 meses, desde que atendam às disposições desta NR 18. b) Somente podem ser instalados elevadores de passageiros tracionados a cabo que atendam ao disposto na ABNT NBR 16.200:2013, ou alteração posterior, além das disposições da NR-18. DIRETORIA DIRETORI EDITORIAL EDITORIAL SINDUSCON-PA Marcelo Gil Castelo Branco Presidente Fernando de Almeida Teixeira Vice-Presidente Manoel Pereira dos Santos Júnior Diretor de Obras Públicas de Edificações Luiz Pires Maia Júnior Diretor Adjunto de Obras Públicas de Edificações Lázaro Ferreira de Castro Diretor de Obras Públicas Rodoviárias Paulo Maurício Oliveira Sales Diretor Adjunto de Obras Públicas Rodoviárias Paulo Guilherme Cavalleiro de Macedo Diretor de Obras Públicas de Saneamento e Urbanismo Wagner Jaccoud Bitar Diretor de Obras e Serviços da Iniciativa Privada João Ricardo Domingues Lobo Diretor de Indústria Imobiliária Alex Dias Carvalho Diretor Adjunto de Indústria Imobiliária Fernando José Hoyos Bentes Diretor de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente Luiz Carlos Corrêa de Oliveira Diretor Adjunto de Segurança do Trabalho e Meio Ambiente Paulo Henrique Domingues Lobo Diretor de Materiais de Construção Jorge Manoel Coutinho Ferreira Diretor Adjunto de Materiais de Construção Luiz Sérgio Campos Lisboa Diretor de Economia e Estatística Armando Câmara Uchôa Júnior Diretor Adjunto de Economia e Estatística Daniel de Oliveira Sobrinho Diretor do Setor Elétrico Oriovaldo Mateus Diretor Regional Sul do Pará Suplentes de Diretoria José Maria dos Reis Cardoso 1º Suplente Álvaro Gomes Tandaya Neto 2° Suplente Alexandre de Souza Coelho 3° Suplente Conselho Fiscal Lutfala de Castro Bitar Jefferson Rodrigues Brasil Antônio Clementino Rezende dos Santos Clóvis Acatauassú Freire Antônio Fernando Wanderley Moreira José Nicolau Netto Sabádo EXPEDIENTE Sede Administrativa: Tv. Quintino Bocaiúva, 1588, 1 Andar, Nazaré – Belém Central Belém: Av. Nazaré, 649 – Nazaré - (91) 3241-8383 Central Parauapebas: Rua 24 de março, 02 – Rio Verde Central Marabá: Folha 26, Quadra 14 – Lote 1, Sala 103 - Edifício Amazon Center - Nova Marabá Projeto Gráfico: Belle Époque Produtora/Gilvan Capistrano – Edição: Belle Époque/Gil Sóter Redação: Gil Sóter/Gilvan Capistrano Fotos: Gil Sóter/Divulgação Diagramação: Fábio Beltrão Coordenação: Eliana Veloso Farias 2 www.sindusconpa.org.br ACONTECEU ACONTECEU Para mostrar diversos aspectos da indústria que se desenvolve no Pará, a Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) promoveu de 22 a 25 de maio, no Hangar, em Belém, a XI Fipa – Feira das Indústrias do Pará. Foram cem expositores de diversas áreas de produção, inclusive construção civil. Mais de 35 mil pessoas participaram do evento este ano. O setor capitaneado pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA) teve especial destaque, com a discussão sobre a necessidade de se implantarem obras que devem melhorar a questão logística no estado. Um dos temas principais da Feira foi a competitividade da indústria paraense. O Projeto Norte Competitivo listou 87 obras prioritárias, com custo total de R$ 30 bilhões. Ao longo dos anos, a indústria tem perdido participação no PIB, passando de 35,9%, em 1984, para 14,2%, em 2012. Essa perda de participação é reflexo da maior importação de produtos manufaturados. A indústria nacional deixa de produzir, por não ter competitividade com os importados. “Neste ano, buscamos agregar a Feira uma rica programação que trouxesse para o centro da discussão temas relevantes ligados à competitividade da indústria paraense. A Fiepa luta por uma indústria mais forte e que possa disputar de igual com as demais de outras regiões brasileiras e de outros países. A logística portuária é um desses temas que são imprescindíveis para o crescimento da indústria”, ressaltou José Conrado Santos, presidente do Sistema Fiepa. O diretor da Macrologística Consultoria, responsável pelo Projeto Norte Competitivo, Renato Pavan, coordena estudos que indicam as obras prioritárias que são de extrema importância para a logística. “O Foto: Bruno Carachesti Competitividade de mercado e logística foram tema de debate na XI Fipa Valmir Rossi - presidente Banco da Amazônia, Zenaldo Coutinho, Helenilson Pontes e José Conrado custo logístico brasileiro é de 12,6% do PIB Nacional. Já o dos Estados Unidos está em 8,2%. Se o nosso custo caísse em 1%, isto refletiria no aumento do setor agrícola em 5%, na elevação das exportações dos produtos manufaturados em 4%, o embarque de minérios aumentaria em 1%, e as exportações da Região Norte cresceriam em 23%”, afirmou Pavan. Além do consultor da Macrologística, participaram da discussão sobre a questão de obras para melhoria da logística Wagner Cardoso; o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Pagot; o advogado Osvaldo Agripino Jr., especialista em direito portuário – já que o tema também está em pauta nas discussões políticas brasileiras. O evento foi realizado pelo Sistema Fiepa e Faepa e contou com o apoio do escritório de advocacia Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro & Scaff e do Centro de Estudos das Sociedades de Advogados – Cesa. Com informações da Ascom/Fiepa. 3 O economista João Hugo Barral de Miranda foi nomeado diretor técnico da Companhia de Habitação do Pará (Cohab). O novo gestor da Ditec foi apresentado oficialmente no último dia 29 de abril pela presidente do órgão, Noêmia Jacob. Pós-graduado em Gestão Empresarial, Barral é funcionário da Caixa Econômica Federal há 33 anos. Sua carreira na empresa começou aos 20 anos. De lá para cá, ele exerceu diversas funções: trabalhou como caixa, depois se tornou gerente, e passou ainda por diversos outros cargos administrativos. Nos últimos cinco anos, era responsável pela área de desenvolvimento urbano dentro da Superintendência. Toda a longa experiência adquirida em décadas de trabalho irá respaldá-lo no comando de três gerências na Cohab: a de Projetos, de Obras, e de Trabalho Técnico Social. Como principal meta, o novo diretor afirma que pretende ampliar a atuação da Companhia a todos os municípios do Pará, e dar celeridade aos projetos do PAC. Para isso, ele destaca a parceria com o Sinduscon-Pa., em entrevista exclusiva ao informativo O Construir. Confira. Foto: Ascom/Cohab Entrevista Entrevista João Barral assume a diretoria técnica da Cohab O economista João Hugo Barral de Miranda e a presidente da Cohab, Noêmia Jacob população até o final do ano de 2014. São 15 contratos em execução que totalizam um valor próximo a R$ 500.000.000,00. Quais os principais desafios da Ditec em um estado com tantas carências habitacionais como o Pará? Ampliar a atuação da Cohab, buscando alcançar o máximo de municípios do Estado nas ações de redução do déficit habitacional e intervenção com infraestruQual é o papel da Ditec na Cohab? tura, saneamento, água e esgoto em áreas ocupadas, A Ditec tem como função principal coordenar, bem como buscar a regularização fundiária de todas acompanhar e avaliar as atividades pertinentes à elabo- essas áreas de intervenção. ração de projetos, avaliação e orçamentação, realização das obras executadas pelas empresas contratadas Qual a importância da parceria com o Sinduse elaboração e implementação de projetos de trabalho con-PA para o desenvolvimento dos projetos habitatécnico social. cionais junto à Ditec? O Sinduscon-PA, como órgão que congrega um Quais os principais projetos e obras que se- grande número de empresas da construção civil no esrão executados no próximo biênio pela Cohab? tado do Pará, em conjunto com a Cohab, tem imporAo assumir a Diretoria Técnica, recebemos da tância fundamental no trabalho de definição de áreas presidente da empresa Noêmia Jacob, a missão de prioritárias para intervenções que venham beneficiar, de agilizar os contratos do PAC visando entregá-los à imediato grande parte da população do Estado. 4 Durante a realização de obras de construção civil é imprescindível obedecer às normas de segurança do trabalho, para o bem dos colaboradores. O assunto já pode ser acessado no principal canal de vídeos da internet, o Youtube. O Serviço Social da Indústria (Sesi) disponibilizou vídeos educativos para tratar deste assunto. Produzido em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Confederação Nacional das Industrias (CNI), Seconci Brasil e Sindicatos da Indústria da Construção (SINDUSCON), trabalhadores e gestores de empresas, o projeto “100% Seguro” conta com orientações sobre o uso de equipamentos de proteção individual, combate a choques elétricos, cuidados para o trabalho em altura, entre outras. No total, são 100 vídeos referentes à segurança do trabalho nas diversas etapas de uma obra. Foi produzido um kit com Manual e quatro box’s dos vídeos. A iniciativa integra o Programa Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho para a Indústria da Construção. Desde 2012, o programa realiza ações como treinamentos para gestores e trabalhadores, além de diagnósticos sobre as condições do ambiente de trabalho, e deve receber investimentos de R$ 18 milhões até 2014. Os vídeos podem auxiliar as empresas do setor de construção em treinamentos sobre segurança nos canteiros de obras. O conteúdo dos programas envolve: equipamentos de proteção individual (EPIS), escavações, proteção em instalações elétricas, movimentação de cargas e pessoas, proteção coletiva contra quedas, andaimes e escadas, andaimes suspensos mecânicos manuais e motorizados, andaimes apoiados e em balanço, alvenaria de vedação, barreiras horizontais – pisos e shafts, barreiras com redes, cabos de aço e de fibra sintética, cadeira suspensa, escadas portáteis e fixas, guarda-corpos e rodapé, rampas e passarelas, plataformas de proteção, etc. As inovações sobre soluções em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) serão distribuídas por todo o país, com material em vídeo, internet e revista. São reportagens, pesquisas e comentários de especialistas para os profissionais com o objetivo de diminuir os perigos nas construções, demolições ou reformas. CAPACITAÇÃO CAPACITAÇÃO Vídeos sobre prevenção de acidentes podem ser consultados na internet Download do Manual: www.portaldaindustria.com.br/ sesi/canal/pnsstic/ Canal You Tube: www.youtube.com/playlist?list=PL4_wpZsopCJJ-18x-Dl2hes_FW_UHaSDX End.: ROD. PA-150 (ALÇA VIÁRIA) KM 2,5 S/N - MARITUBA/PA TEL/FAX.: (91) 3184-8500 / 3184-8560 5 Matéria de capa Matéria de capa Construção Saudável completa dois anos de atividades e inicia nova fase da campanha Com o objetivo de orientar os colaboradores da construção civil, o Sinduscon-PA promove desde 2011 o projeto Construção Saudável, com abordagens de assuntos como prevenção e tratamento de doenças. Dez mil pessoas já participaram de atividades da campanha. O projeto é ação integrante da política de responsabilidade social desenvolvida pelo sindicato. A campanha tem o apoio do Ministério Público do Estado (MPE), da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), da Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMI) e da Associação das Construtoras de Obras Públicas do Estado do Pará (ACOP). Na primeira etapa do projeto, foram abordados tópicos como dengue, hanseníase e tuberculose, assuntos que foram escolhidos com base nas queixas dos trabalhadores acometidos por estas doenças, no próprio serviço médico do Sinduscon-PA. “São doenças de preocupação frequente dos órgãos de saúde, o que não quer dizer necessariamente que sejam consequências diretas do trabalho no setor da construção civil”, pontua Eliana Veloso. Diante dos bons resultados e da relevância da ação à saúde do trabalhador, o Sinduscon-PA lança no mês de junho a segunda etapa do projeto, que irá abordar temas sobre doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), alcoolismo e tabagismo. Na ação, médicos, enfermeiros e outros profissionais atuam em canteiros de obras, onde são repassadas informações sobre doenças recorrentes no público alvo do projeto. Por meio de cartilhas informativas elaboradas pela equipe de especialistas, os colaboradores podem tirar suas dúvidas sobre os assuntos e ter acesso a informações adicionais sobre locais onde os sintomas podem ser tratados, caso o trabalhador seja acometido por alguma enfermidade. Eliana Veloso, gestora da Central de Serviços do Sinduscon-PA, comenta o saldo positivo da campanha nos dois primeiros anos de atuação. “Realizamos um processo educativo direcionado para 10 mil trabalhadores na primeira fase do projeto e essa aproximação nos permitiu conhecer novas demandas de interesse do trabalhador do setor da construção na grande Belém”. 6 Palestra do projeto Construção Saudável Matéria de capa Matéria de capa Na consulta aos trabalhadores, os três temas foram os mais indicados: DSTs apareceram como principal preocupação, com mais de 43%; em segundo lugar, o tabagismo, com 12%, e o alcoolismo foi o terceiro mais citado, com 11%. “Esse inventário também reflete o bom nível de consciência crítica dos nossos colaboradores que souberam eleger assuntos que afetam a qualidade de vida de muitas pessoas. Por isso, esperamos continuar alcançando o objetivo estratégico do projeto que é o da transformação social por meio da multiplicação de valores e de conhecimento”, afirmou Eliana Veloso. Empresas e trabalhadores apoiam a iniciativa A campanha atende necessidades das construtoras ao atuar como complemento à saúde do trabalhador. Para o sócio-proprietário da Work Engenharia, Coronel Joaci, a iniciativa é excelente. “A campanha é sempre boa porque tem o objetivo de proteger o trabalhador na empresa e isso é muito válido para o bem estar dos colaboradores”, disse o sócio da companhia que atua na capital paraense, em Marabá e em Santarém. Todo o trabalho é focado na qualidade de vida e por isso um acompanhamento constante é desenvolvido pela equipe do Sinduscon-Pa. “Depois da qualificação, voltamos em mais dois momentos. Primeiro na empresa, para avaliarmos qual foi a contribuição imediata que a ação proporcionou no processo educativo e na motivação do trabalhador pela sua própria qualidade vida e, logo depois, para fazermos a avaliação de resultado com os trabalhadores, identificando o nível de aproveitamento das informações e orientações no cotidiano pessoal e profissional”, explica Eliana. 7 Matéria de capa Matéria de capa “Além das considerações de caráter educativo vinculado à prevenção e ao conhecimento, bons resultados em qualidade e em produtividade são alcançados nos canteiros de produção. Isso porque a humanização das relações do trabalho é um dever e uma inteligência do construtor”, frisa o presidente Marcelo Gil Castelo Branco. Dr. Marcelo Gil - presidente do Sinduscon-PA DEMONSTRAÇÃO GRÁFICA DAS AVALIAÇÕES DOS PARTICIPANTES 1.º Expectativas alcançadas 2.º Contribuição para o nível de consciência/educação O trabalhador Josenaldo Costa, de 42 anos, já atua na construção civil há cinco anos e, em maio, participou pela primeira vez de palestra para tirar dúvidas sobre doenças muito ainda comuns no estado. “É realmente muito bom porque a gente recebe orientação, uma explicação. Muitos não têm essa oportunidade de serem orientados e com isso fica mais fácil a gente reconhecer os sintomas. Até comentei em casa sobre 8 a palestra”, disse. Já para Josenilson Nogueira, de 31 anos, e que está há pouco tempo no ramo da construção, apenas sete meses, a Campanha Construção Saudável serviu para um bom aprendizado. “Fiquei sabendo de coisas que antes eu não tinha conhecimento. A gente aprende mais e também pode tirar nossas dúvidas sobre as doenças que a gente pega”, comentou. Foto: Ascom/Cohab Noêmia Jacob e o vice-presidente de Governo da Caixa Econômica, José Urbano Duarte nuar com o trabalho, por meio da então criada Diretoria de Política Habitacional. “A meta desse trabalho é tornar as prefeituras aptas a executar a política habitacional e enfrentar as necessidades habitacionais em território paraense”, reforça a gerente de Estratégia de Política Habitacional da Cohab, Isabela Bandeira. De 2010 a 2012 foram 42 municípios beneficiados com a ação e a meta para este ano de 2013 é de capacitar 60 municípios, sendo que 54 já passaram pelos treinamentos, que ocorreram em Belém (e que reuniu 28 municípios) e nos municípios polos: Marabá (13 municípios), Altamira (5 municípios) e Santarém (8 municípios). Foto: Ascom/Cohab A Cohab-Pará foi uma das 12 instituições que receberam o Selo de Mérito 2013, por conta do Plano de Habitação de Interesse Social (Plhis). O projeto foi premiado na categoria Fortalecimento do Sistema de Habitação de Interesse Social e Gestão Pública, dentro da programação da edição 60 do Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, em Brasília. Com o prêmio, o Pará torna-se pentacampeão na categoria, uma vez que já recebeu a congratulação também nos anos de 1999, 2001, 2003 e 2005. Para a presidente da Cohab-Pará, Noêmia Jacob, o fato do Estado voltar a conquistar o prêmio após oito anos, mostra que o Pará reencontrou o rumo para estabelecer as políticas públicas de habitação em todas as regiões. “É um sentimento de que estamos no caminho certo e que nos estimula a ir além, de promover mais ações com o foco nos objetivos que estamos buscando. Política de habitação é muito mais que cimento e tijolo. É lidar com o sonho das pessoas, das famílias paraenses que querem ter não só uma casa, mas um lar digno”, disse. O plano surgiu após proposta do Governo Federal para cinco Estados (Pará, Sergipe, Maranhão, Goiás e Minas Gerais) para que fosse desenvolvido um acompanhamento junto aos municípios na elaboração dos planos de habitação. “Num Estado com as dimensões do Pará é gratificante receber um prêmio pelo planejamento das ações. Nosso objetivo é otimizar da melhor forma os recursos e dar aos municípios a possibilidade para que os gestores locais produzam um diagnóstico da situação e então apresentamos as melhores ferramentas para que possamos juntos solucionar esses desafios”, destaca Jacob. Dos cinco estados, somente o Pará cumpriu a meta. Com a sobra de recursos, a Cohab então capacitou mais 20 municípios em 2012 e, após a reestruturação da companhia, se discutiu a importância de conti- ESPECIAL ESPECIAL Pará é premiado nacionalmente com projeto de habitação Isabela Bandeira, Anna Carolina Holanda, Noêmia Jacob, Fátima Zeneia, Cláudia Zaidan 9 ANÁLISE JURÍDICA ANÁLISE JURÍDICA A desoneração da folha de pagamento das construtoras Em meados de abril deste ano, foi publicada a Medida Provisória 612, que dentre outros assuntos, trata sobre a desoneração da folha de pagamento na construção civil. Agora, as obras com matrículas CEI abertas a partir de 1º de abril de 2013, passarão a observar a retenção de 3,5%, e deverão recolher, a título de contribuição previdenciária, cerca de 2% sob o faturamento bruto da empresa. Tal incentivo não alcança as obras com CEI anterior à data acima, que continuam sob a regra que vigorava até então. Ademais, como normalmente tem acontecido na concessão de benefícios, há a definição dos beneficiários através da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE. E, dentre as significativas alterações promovidas pela MP 612/2013, está a conceituação do CNAE para enquadramento, não sendo mais pelo serviço realizado e sim pela atividade principal da empresa. São beneficiadas pelo incentivo as empresas que prestam serviços de construção civil dos seguintes CNAE: 412 (construção de edifício), 432 (instalações elétricas), (hidráulicas e outras instalações em construções), 433 (obras de acabamento), 439 (outros serviços especializados para construção). Também foram favorecidas as empresas que executam obras de infraestrutura, que tiveram o CNAE 421 (construção de rodovias, ferrovias, obras 10 urbanas e obra de arte especiais), 422 (obras de infraestrutura para energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por dutos)., 429 (construção de outras obras de infraestrutura) e 431 (demolição e preparação do terreno), incluídos no benefício. Outra novidade propiciada foi a inclusão da divisão 711 do CNAE, que compreende as atividades de serviços de arquitetura e engenharia, albergando, ainda, a consultoria e prestação de serviços técnicos de arquitetura. Ressalte-se que o CNAE principal é dos serviços cujo faturamento representar 50% ou mais da receita total da empresa. Por outro lado, as incorporadoras, que têm como principal atividade a venda de bens, imóveis, casas, apartamentos ou salas, enquadradas na divisão 411 do CNAE, não se beneficiarão da medida implementada. Logo, conclui-se que a desoneração da folha de pagamento é destinada somente para as pessoas jurídicas que prestam serviços de obras civis por empreitadas ou administração, não se aplicando a empresas que tenham receitas apenas de vendas de unidades imobiliárias. Ricardo Serruya Soriano de Mello (Assessor Jurídico do Sinduscon-PA O Sinduscon-PA promove no dia 6 de junho a palestra “Gerenciamento da Produtividade na Construção Civil”, com o engenheiro civil Willy Castro. O encontro irá debater métodos de gestão de obras, abordando aspectos teóricos e práticos. O palestrante irá mostrar ferramentas da Filosofia Lean, método que busca manter a obra organizada, para o cumprimento de prazos e custos determinados previamente no planejamento da empresa. O Lean Manufacturing foi criado pela multinacional japonesa Toyota para reduzir gastos durante o processo de produção industrial. “A meta principal é a redução de desperdícios e o aumento na produtividade. Na segunda Guerra Mundial, o Japão buscou maneiras de tornar seus produtos, que eram considerados ruins, mais competitivos”, disse o palestrante. Ele também informou que com isso, a Toyota se transformou na empresa automobilística mais lucrativa daquele país. Projeto Construir Projeto Construir Palestra aborda maneiras eficientes de conduzir grandes obras Diante dessa história de sucesso, a filosofia da companhia japonesa passou a ser adaptada para outros setores da economia, como a indústria da construção civil. Com a mesma premissa, mas com diferentes metodologias, a Filosofia Lean é hoje aplicada em grandes obras. “As ferramentas foram adaptadas, mas seguimos a mesma ideia da produção enxuta por eles desenvolvidos, para a construção civil, o que chamamos de Lean Construction”, explicou Castelo. CALENDÁRIO junho BELÉM CURSOS “Trabalho em Altura NR-35” “ Segurança em Instalações e Serviços com eletricidade- NR 10” CARGA HORÁRIA 08 40 INSTRUTOR Deivison Guerreio Geraldo Cunha HORÁRIO 18h às 22h 18h às 22h Inscrições e informações Central de Serviços Projeto Construir – Grande Belém Avenida Nazaré, 649 – 3241-8383 - www.sindusconpa.org.br - e-mail: [email protected] 11 Boletim Econômico Boletim Econômico Análise Econômica Maio de 2013. Por José Roberto Marques Rodrigues (Assessor Econômico do Sinduscon-PA) Conjuntura Melhora o cenário do mercado imobiliário do país. A capital Belém retoma a produção de imóveis para as classes de rendas A e B. A edição da revista Exame de 20.05 trouxe uma pesquisa em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas que aborda a melhoria do cenário no mercado imobiliário brasileiro, após o desaquecimento registrado a partir de 2011. Regionalizando-se a referida pesquisa e utilizando-se os números do Guia da Aquisição do Imóvel com Segurança, do Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará, o mercado imobiliário de Belém passou por um ritmo frenético de imóveis ofertados, ocasião em que os mesmo alcançaram uma valorização incomparável de 978,0% até 2011, bem superior ao rendimento de diversos ativos. Dentre os fatores associados à valorização analisada, destaca-se o crédito imobiliário, com as taxas de juros em queda na ordem de 8,5%, um ponto percentual acima da taxa Selic (7,5%), o que revelou uma demanda fortemente aquecida, refletida pelo gasto médio da famílias brasileiras de 43% de suas rendas em financiamentos habitacionais. Entretanto, no decorrer de 2011, a oferta de imó- eMPREGO ÍNDICES 6.1 – A abertura de vagas formais da economia paraense em abril de 2013 é 97% inferior às vagas criadas em abril de 2012. Em 12 meses, foi reduzido substancialmente o número de vagas criadas em 2012. Em abril, no Pará, foram criadas 150 vagas formais, que representa apenas 3% das vagas criadas no mês de abril de 2012, 4.662 postos com carteira assinada. Com exceção do extrativismo mineral, serviços industriais de utilidade pública e agropecuária que registraram perdas substanciais na geração de postos com carteira assinada no período. As maiores influências negativas nas perdas de empregos celetistas no mês de abril, em relação ao estoque de Índices do mês - março de 2013 Índice Mês Ano 12 Meses CUB 0,370,28 Sinapi (*) -0,20 0,44 INCC-DI 0,742,51 INCC-M 0,842,32 Pavimentação0,64 3,78 Terraplenagem0,56 3,19 INPC 0,592,66 IPCA 0,552,50 IGP-M 0,150,98 6,66 5,85 7,16 7,25 8,13 7,74 7,16 6,49 7,29 veis reduziu seu ritmo, em função da elevação do endividamento e da redução no ritmo de crescimento da economia, diminuindo o gasto médio das famílias brasileiras para 36% em financiamentos imobiliários, segundo estudos do Banco J.P. Morgan, citado pela Revista Exame. Em algumas capitais, foram cancelados empreendimentos por falta de demanda. Em Belém, depois de dois anos de ajustes do mercado imobiliário, a oferta de imóveis volta a ganhar força nas classes de renda A e B. Segundo a Exame, “a incorporadora Cyrela está construindo o condomínio residencial mais luxuoso da capital paraense, com apartamentos de mais de 300 metros quadrados e vista para a baia de Guajará. As unidades estão previstas para entrega em 2014.” Em Belém, os preços dos imóveis novos e usados estão nos seguintes patamares, segundo a edição da revista Exame: Imóveis novos: Tapanã: R$2.600 a 2.800. Batista Campos, Telégrafo e Umarizal: R$5.600 a 6.000. Imóveis Usados: Coqueiro, Guamá e Marambaia: R$2.300 a 2.700. Cremação, São Brás e Parque Verde: R$3.300 a 3.500. Batista Campos, Marco e Pedreira: R$3.700 a 4.100. Nazaré e Umarizal: R$4.500 a 4.800. trabalhadores empregados no mês anterior foram: 1- Serviços Industriais de Utilidade Pública: -50 (-0,64%) 2- Agropecuária: -58 (-0,110%). 3- Extrativa Mineral: – 124 (-0,66%). Em 12 meses, terminados em abril de 2013, foram criadas 25.712 vagas, ritmo de geração de empregos formais inferior em 49% ao total de 50.726 vagas no mesmo período do ano passado. Neste período, a Construção Civil paraense realizou abertura de 67% dos postos com carteira assinada que foram criados pelo setor no mesmo intervalo de tempo finalizados em abril de 2012 (17.721 vagas). Fonte (1) (2) (3) (3) (3) (3) (2) (2) (3) Fonte: (1) Sinduscon/PA; (2) IBGE, (3) FGV. (*) Sinapi/PA 12 C.U.B de abril de 2013 R$ 944,47 Projeto Custo R$/m2 Projeto Custo R$/m2 R 1 – B 958,07 PIS 645,99 R 1 – N 1.122,86 RP1Q 951,25 R 1 – A 1.404,45 CAL – 8 N 1.092,76 PP 4 – B 912,23 CAL – 8 A 1.169,15 PP 4 – N 1.062,62 CSL 8 – N 945,72 R 8 – B 871,12 CSL 8 – A 1.028,40 R 8 – N 944,47 CSL 16 – N 1.266,22 R 8 – A 1.153,32 CSL 16 – A 1.375,18 R 16 – N 915,57 GI 549,36 R 16 – A 1.209,94 Variação de Abril em relação a Março: 0,37