Maio - Sinduscon-PA

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Maio - Sinduscon-PA
SINDUSCON-PA
Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará
o construir
BOLETIM INFORMATIVO - ANO 08 - Nº 92/MAIO 2013
Construção Saudável completa dois anos
Sinduscon-PA lança nova fase do projeto
Entrevista
O novo diretor técnico da Cohab, o economista João Barral, fala sobre os projetos para o próximo biênio.
www.sindusconpa.org.br
Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará
O projeto Construção Saudável, desenvolvido pelo Sinduscon-PA, completa em julho de 2013 dois anos de atividades. Com o objetivo de orientar os colaboradores nos canteiros de obras sobre doenças ainda comuns no estado, o projeto promoveu palestras a mais de dez mil pessoas, com informações voltadas à
prevenção de doenças, identificação de sintomas e tratamento de enfermidades.
Outro assunto de destaque no mês de maio foi a realização da XI FIPA, a
Feira das Indústrias do Pará. O evento durou quatro dias, de 22 a 25 de maio, e
teve como um dos destaques as obras de construção civil que ainda precisam ser
realizadas no estado para alavancar a economia da região. De acordo com dados
do Projeto Norte Competitivo, o custo total de investimentos nas obras gira em
torno de R$ 30 bilhões, em 87 empreendimentos listados como prioritários.
Na entrevista, o novo diretor técnico da Companhia de Habitação do Pará (Cohab), o economista João Hugo Barral de Miranda, explica sobre as ações do órgão e o
plano de gestão para o próximo biênio. Ele também cita a parceria com o Sinduscon-PA como sendo fundamental para a realização de projetos. Nesta edição, ainda no setor habitacional abordamos a premiação que o órgão recebeu em maio: o
Selo de Mérito 2013, por conta do Plano de Habitação de Interesse Social (Plhis).
Na análise jurídica, apresentamos a desoneração da folha de pagamento
das construtoras, publicada na Medida Provisória 612, em abril deste ano. Confira
ainda uma prévia da palestra “Gerenciamento da Produtividade na Construção
Civil”, que será promovida no próximo mês de junho, com o engenheiro civil Willy
Castro. Ele vai mostrar como a indústria da construção civil pode se beneficiar
com os métodos da Filosofia Lean.
Boa leitura!
Portaria do Ministério do Trabalho altera itens da NR-18
A Portaria 644, do Ministério do Trabalho e Emprego, que altera itens da Norma Regulamentadora NR-18 referente, dentre outros, a elevadores a cabo de aço
para obras da construção civil foi publicada no dia 10 de maio, no Diário Oficial da
União (DOU).
De acordo com o normativo, são permitidas por 12 meses, contados da publicação da Portaria, a instalação e a utilização de elevador de passageiros tracionado
com um único cabo, desde que atendidas às disposições da NR-18. Terminado
esse prazo, os elevadores de passageiros tracionados a cabo poderão operar nas
seguintes condições: a) As obras que já tenham instalados elevadores de passageiros tracionados com um único cabo poderão continuar operando por mais 12
meses, desde que atendam às disposições desta NR 18. b) Somente podem ser
instalados elevadores de passageiros tracionados a cabo que atendam ao disposto na
ABNT NBR 16.200:2013, ou alteração posterior, além das disposições da NR-18.
DIRETORIA
DIRETORI
EDITORIAL
EDITORIAL
SINDUSCON-PA
Marcelo Gil Castelo Branco
Presidente
Fernando de Almeida Teixeira
Vice-Presidente
Manoel Pereira dos Santos Júnior
Diretor de Obras Públicas de Edificações
Luiz Pires Maia Júnior
Diretor Adjunto de Obras Públicas
de Edificações
Lázaro Ferreira de Castro
Diretor de Obras Públicas Rodoviárias
Paulo Maurício Oliveira Sales
Diretor Adjunto de Obras Públicas Rodoviárias
Paulo Guilherme Cavalleiro de Macedo
Diretor de Obras Públicas de Saneamento
e Urbanismo
Wagner Jaccoud Bitar
Diretor de Obras e Serviços
da Iniciativa Privada
João Ricardo Domingues Lobo
Diretor de Indústria Imobiliária
Alex Dias Carvalho
Diretor Adjunto de Indústria Imobiliária
Fernando José Hoyos Bentes
Diretor de Segurança do Trabalho
e Meio Ambiente
Luiz Carlos Corrêa de Oliveira
Diretor Adjunto de Segurança do Trabalho
e Meio Ambiente
Paulo Henrique Domingues Lobo
Diretor de Materiais de Construção
Jorge Manoel Coutinho Ferreira
Diretor Adjunto de Materiais de Construção
Luiz Sérgio Campos Lisboa
Diretor de Economia e Estatística
Armando Câmara Uchôa Júnior
Diretor Adjunto de Economia e Estatística
Daniel de Oliveira Sobrinho Diretor do Setor Elétrico
Oriovaldo Mateus
Diretor Regional Sul do Pará
Suplentes de Diretoria
José Maria dos Reis Cardoso
1º Suplente
Álvaro Gomes Tandaya Neto
2° Suplente
Alexandre de Souza Coelho
3° Suplente
Conselho Fiscal
Lutfala de Castro Bitar
Jefferson Rodrigues Brasil
Antônio Clementino Rezende dos Santos
Clóvis Acatauassú Freire
Antônio Fernando Wanderley Moreira
José Nicolau Netto Sabádo
EXPEDIENTE
Sede Administrativa: Tv. Quintino Bocaiúva, 1588, 1 Andar, Nazaré – Belém
Central Belém: Av. Nazaré, 649 – Nazaré - (91) 3241-8383
Central Parauapebas: Rua 24 de março, 02 – Rio Verde
Central Marabá: Folha 26, Quadra 14 – Lote 1, Sala 103 - Edifício Amazon Center - Nova Marabá
Projeto Gráfico: Belle Époque Produtora/Gilvan Capistrano – Edição: Belle Époque/Gil Sóter
Redação: Gil Sóter/Gilvan Capistrano Fotos: Gil Sóter/Divulgação Diagramação: Fábio Beltrão
Coordenação: Eliana Veloso Farias
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www.sindusconpa.org.br
ACONTECEU
ACONTECEU
Para mostrar diversos aspectos da indústria
que se desenvolve no Pará, a Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) promoveu de 22 a 25 de maio,
no Hangar, em Belém, a XI Fipa – Feira das Indústrias
do Pará. Foram cem expositores de diversas áreas de
produção, inclusive construção civil. Mais de 35 mil
pessoas participaram do evento este ano.
O setor capitaneado pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará (Sinduscon-PA)
teve especial destaque, com a discussão sobre a necessidade de se implantarem obras que devem melhorar a questão logística no estado. Um dos temas
principais da Feira foi a competitividade da indústria
paraense. O Projeto Norte Competitivo listou 87 obras
prioritárias, com custo total de R$ 30 bilhões.
Ao longo dos anos, a indústria tem perdido participação no PIB, passando de 35,9%, em 1984, para
14,2%, em 2012. Essa perda de participação é reflexo
da maior importação de produtos manufaturados. A
indústria nacional deixa de produzir, por não ter competitividade com os importados.
“Neste ano, buscamos agregar a Feira uma rica
programação que trouxesse para o centro da discussão temas relevantes ligados à competitividade da indústria paraense. A Fiepa luta por uma indústria mais
forte e que possa disputar de igual com as demais
de outras regiões brasileiras e de outros países. A logística portuária é um desses temas que são imprescindíveis para o crescimento da indústria”, ressaltou
José Conrado Santos, presidente do Sistema Fiepa.
O diretor da Macrologística Consultoria, responsável pelo Projeto Norte Competitivo, Renato Pavan,
coordena estudos que indicam as obras prioritárias
que são de extrema importância para a logística. “O
Foto: Bruno Carachesti
Competitividade de mercado
e logística foram tema de
debate na XI Fipa
Valmir Rossi - presidente Banco da Amazônia, Zenaldo Coutinho,
Helenilson Pontes e José Conrado
custo logístico brasileiro é de 12,6% do PIB Nacional.
Já o dos Estados Unidos está em 8,2%. Se o nosso custo caísse em 1%, isto refletiria no aumento do
setor agrícola em 5%, na elevação das exportações
dos produtos manufaturados em 4%, o embarque de
minérios aumentaria em 1%, e as exportações da Região Norte cresceriam em 23%”, afirmou Pavan.
Além do consultor da Macrologística, participaram da discussão sobre a questão de obras para melhoria da logística Wagner Cardoso; o ex-diretor do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Pagot; o advogado Osvaldo Agripino Jr., especialista em direito portuário – já que o
tema também está em pauta nas discussões políticas
brasileiras. O evento foi realizado pelo Sistema Fiepa
e Faepa e contou com o apoio do escritório de advocacia Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães,
Pinheiro & Scaff e do Centro de Estudos das Sociedades de Advogados – Cesa.
Com informações da Ascom/Fiepa.
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O economista João Hugo Barral de Miranda foi
nomeado diretor técnico da Companhia de Habitação
do Pará (Cohab). O novo gestor da Ditec foi apresentado oficialmente no último dia 29 de abril pela presidente
do órgão, Noêmia Jacob.
Pós-graduado em Gestão Empresarial, Barral é
funcionário da Caixa Econômica Federal há 33 anos.
Sua carreira na empresa começou aos 20 anos. De lá
para cá, ele exerceu diversas funções: trabalhou como
caixa, depois se tornou gerente, e passou ainda por diversos outros cargos administrativos. Nos últimos cinco
anos, era responsável pela área de desenvolvimento urbano dentro da Superintendência.
Toda a longa experiência adquirida em décadas
de trabalho irá respaldá-lo no comando de três gerências na Cohab: a de Projetos, de Obras, e de Trabalho
Técnico Social. Como principal meta, o novo diretor afirma que pretende ampliar a atuação da Companhia a
todos os municípios do Pará, e dar celeridade aos projetos do PAC. Para isso, ele destaca a parceria com o
Sinduscon-Pa., em entrevista exclusiva ao informativo
O Construir. Confira.
Foto: Ascom/Cohab
Entrevista
Entrevista
João Barral assume
a diretoria técnica da Cohab
O economista João Hugo Barral de Miranda
e a presidente da Cohab, Noêmia Jacob
população até o final do ano de 2014. São 15 contratos em execução que totalizam um valor próximo a R$
500.000.000,00.
Quais os principais desafios da Ditec em um estado com tantas carências habitacionais como o Pará?
Ampliar a atuação da Cohab, buscando alcançar
o máximo de municípios do Estado nas ações de redução do déficit habitacional e intervenção com infraestruQual é o papel da Ditec na Cohab?
tura, saneamento, água e esgoto em áreas ocupadas,
A Ditec tem como função principal coordenar, bem como buscar a regularização fundiária de todas
acompanhar e avaliar as atividades pertinentes à elabo- essas áreas de intervenção.
ração de projetos, avaliação e orçamentação, realização das obras executadas pelas empresas contratadas
Qual a importância da parceria com o Sinduse elaboração e implementação de projetos de trabalho con-PA para o desenvolvimento dos projetos habitatécnico social.
cionais junto à Ditec?
O Sinduscon-PA, como órgão que congrega um
Quais os principais projetos e obras que se- grande número de empresas da construção civil no esrão executados no próximo biênio pela Cohab?
tado do Pará, em conjunto com a Cohab, tem imporAo assumir a Diretoria Técnica, recebemos da tância fundamental no trabalho de definição de áreas
presidente da empresa Noêmia Jacob, a missão de prioritárias para intervenções que venham beneficiar, de
agilizar os contratos do PAC visando entregá-los à imediato grande parte da população do Estado.
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Durante a realização de obras de construção
civil é imprescindível obedecer às normas de segurança do trabalho, para o bem dos colaboradores.
O assunto já pode ser acessado no principal canal
de vídeos da internet, o Youtube. O Serviço Social
da Indústria (Sesi) disponibilizou vídeos educativos
para tratar deste assunto. Produzido em parceria
com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Confederação Nacional das Industrias
(CNI), Seconci Brasil e Sindicatos da Indústria da
Construção (SINDUSCON), trabalhadores e gestores de empresas, o projeto “100% Seguro” conta
com orientações sobre o uso de equipamentos de
proteção individual, combate a choques elétricos,
cuidados para o trabalho em altura, entre outras.
No total, são 100 vídeos referentes à segurança do trabalho nas diversas etapas de uma obra.
Foi produzido um kit com Manual e quatro box’s dos
vídeos. A iniciativa integra o Programa Nacional de
Segurança e Saúde no Trabalho para a Indústria da
Construção. Desde 2012, o programa realiza ações
como treinamentos para gestores e trabalhadores, além de diagnósticos sobre as condições do
ambiente de trabalho, e deve receber investimentos
de R$ 18 milhões até 2014. Os vídeos podem auxiliar
as empresas do setor de construção em treinamentos
sobre segurança nos canteiros de obras.
O conteúdo dos programas envolve: equipamentos de proteção individual (EPIS), escavações,
proteção em instalações elétricas, movimentação de
cargas e pessoas, proteção coletiva contra quedas,
andaimes e escadas, andaimes suspensos mecânicos manuais e motorizados, andaimes apoiados e em
balanço, alvenaria de vedação, barreiras horizontais
– pisos e shafts, barreiras com redes, cabos de aço e
de fibra sintética, cadeira suspensa, escadas portáteis
e fixas, guarda-corpos e rodapé, rampas e passarelas,
plataformas de proteção, etc.
As inovações sobre soluções em Segurança e
Saúde no Trabalho (SST) serão distribuídas por todo
o país, com material em vídeo, internet e revista. São
reportagens, pesquisas e comentários de especialistas para os profissionais com o objetivo de diminuir os
perigos nas construções, demolições ou reformas.
CAPACITAÇÃO
CAPACITAÇÃO
Vídeos sobre prevenção de
acidentes podem ser
consultados na internet
Download do Manual: www.portaldaindustria.com.br/
sesi/canal/pnsstic/
Canal You Tube: www.youtube.com/playlist?list=PL4_wpZsopCJJ-18x-Dl2hes_FW_UHaSDX
End.: ROD. PA-150 (ALÇA VIÁRIA) KM 2,5 S/N - MARITUBA/PA
TEL/FAX.: (91) 3184-8500 / 3184-8560
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Matéria
de capa
Matéria
de capa
Construção Saudável completa
dois anos de atividades e inicia
nova fase da campanha
Com o objetivo de orientar os colaboradores
da construção civil, o Sinduscon-PA promove desde
2011 o projeto Construção Saudável, com abordagens de assuntos como prevenção e tratamento de
doenças. Dez mil pessoas já participaram de atividades da campanha.
O projeto é ação integrante da política de responsabilidade social desenvolvida pelo sindicato.
A campanha tem o apoio do Ministério Público do
Estado (MPE), da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), da Associação dos Dirigentes
das Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMI) e da
Associação das Construtoras de Obras Públicas do
Estado do Pará (ACOP).
Na primeira etapa do projeto, foram abordados
tópicos como dengue, hanseníase e tuberculose, assuntos que foram escolhidos com base nas queixas
dos trabalhadores acometidos por estas doenças, no
próprio serviço médico do Sinduscon-PA. “São doenças de preocupação frequente dos órgãos de saúde,
o que não quer dizer necessariamente que sejam consequências diretas do trabalho no setor da construção
civil”, pontua Eliana Veloso.
Diante dos bons resultados e da relevância da
ação à saúde do trabalhador, o Sinduscon-PA lança no mês de junho a segunda etapa do projeto,
que irá abordar temas sobre doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs), alcoolismo e tabagismo.
Na ação, médicos, enfermeiros e outros profissionais atuam em canteiros de obras, onde são
repassadas informações sobre doenças recorrentes no público alvo do projeto. Por meio de cartilhas
informativas elaboradas pela equipe de especialistas,
os colaboradores podem tirar suas dúvidas sobre os
assuntos e ter acesso a informações adicionais sobre
locais onde os sintomas podem ser tratados, caso o
trabalhador seja acometido por alguma enfermidade.
Eliana Veloso, gestora da Central de Serviços
do Sinduscon-PA, comenta o saldo positivo da campanha nos dois primeiros anos de atuação. “Realizamos um processo educativo direcionado para 10
mil trabalhadores na primeira fase do projeto e essa
aproximação nos permitiu conhecer novas demandas de interesse do trabalhador do setor da construção na grande Belém”.
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Palestra do projeto Construção Saudável
Matéria
de capa
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Na consulta aos trabalhadores, os três temas
foram os mais indicados: DSTs apareceram como
principal preocupação, com mais de 43%; em segundo lugar, o tabagismo, com 12%, e o alcoolismo
foi o terceiro mais citado, com 11%.
“Esse inventário também reflete o bom nível de consciência crítica dos nossos colaboradores que souberam eleger assuntos que afetam
a qualidade de vida de muitas pessoas. Por isso,
esperamos continuar alcançando o objetivo estratégico do projeto que é o da transformação social
por meio da multiplicação de valores e de conhecimento”, afirmou Eliana Veloso.
Empresas e trabalhadores
apoiam a iniciativa
A campanha atende necessidades das
construtoras ao atuar como complemento à saúde
do trabalhador. Para o sócio-proprietário da Work
Engenharia, Coronel Joaci, a iniciativa é excelente. “A campanha é sempre boa porque tem o
objetivo de proteger o trabalhador na empresa e
isso é muito válido para o bem estar dos colaboradores”, disse o sócio da companhia que atua na
capital paraense, em Marabá e em Santarém.
Todo o trabalho é focado na qualidade de
vida e por isso um acompanhamento constante é
desenvolvido pela equipe do Sinduscon-Pa. “Depois
da qualificação, voltamos em mais dois momentos.
Primeiro na empresa, para avaliarmos qual foi a
contribuição imediata que a ação proporcionou no
processo educativo e na motivação do trabalhador pela sua própria qualidade vida e, logo depois,
para fazermos a avaliação de resultado com os
trabalhadores, identificando o nível de aproveitamento das informações e orientações no cotidiano
pessoal e profissional”, explica Eliana.
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Matéria
de capa
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de capa
“Além das considerações de caráter educativo
vinculado à prevenção e ao conhecimento, bons resultados em qualidade e em produtividade são alcançados nos canteiros de produção. Isso porque a humanização das relações do trabalho é um dever e uma
inteligência do construtor”, frisa o presidente Marcelo
Gil Castelo Branco.
Dr. Marcelo Gil - presidente do Sinduscon-PA
DEMONSTRAÇÃO GRÁFICA DAS AVALIAÇÕES DOS PARTICIPANTES
1.º Expectativas alcançadas
2.º Contribuição para o nível de consciência/educação
O trabalhador Josenaldo Costa, de 42 anos, já
atua na construção civil há cinco anos e, em maio, participou pela primeira vez de palestra para tirar dúvidas
sobre doenças muito ainda comuns no estado. “É realmente muito bom porque a gente recebe orientação,
uma explicação. Muitos não têm essa oportunidade de
serem orientados e com isso fica mais fácil a gente
reconhecer os sintomas. Até comentei em casa sobre
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a palestra”, disse.
Já para Josenilson Nogueira, de 31 anos, e que
está há pouco tempo no ramo da construção, apenas
sete meses, a Campanha Construção Saudável serviu
para um bom aprendizado. “Fiquei sabendo de coisas
que antes eu não tinha conhecimento. A gente aprende mais e também pode tirar nossas dúvidas sobre as
doenças que a gente pega”, comentou.
Foto: Ascom/Cohab
Noêmia Jacob e o vice-presidente de Governo da Caixa Econômica,
José Urbano Duarte
nuar com o trabalho, por meio da então criada Diretoria de
Política Habitacional. “A meta desse trabalho é tornar as
prefeituras aptas a executar a política habitacional e enfrentar as necessidades habitacionais em território paraense”,
reforça a gerente de Estratégia de Política Habitacional da
Cohab, Isabela Bandeira.
De 2010 a 2012 foram 42 municípios beneficiados
com a ação e a meta para este ano de 2013 é de capacitar
60 municípios, sendo que 54 já passaram pelos treinamentos, que ocorreram em Belém (e que reuniu 28 municípios)
e nos municípios polos: Marabá (13 municípios), Altamira
(5 municípios) e Santarém (8 municípios).
Foto: Ascom/Cohab
A Cohab-Pará foi uma das 12 instituições que
receberam o Selo de Mérito 2013, por conta do Plano
de Habitação de Interesse Social (Plhis). O projeto foi
premiado na categoria Fortalecimento do Sistema de
Habitação de Interesse Social e Gestão Pública, dentro
da programação da edição 60 do Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, em Brasília.
Com o prêmio, o Pará torna-se pentacampeão na
categoria, uma vez que já recebeu a congratulação também nos anos de 1999, 2001, 2003 e 2005. Para a presidente da Cohab-Pará, Noêmia Jacob, o fato do Estado
voltar a conquistar o prêmio após oito anos, mostra que
o Pará reencontrou o rumo para estabelecer as políticas
públicas de habitação em todas as regiões.
“É um sentimento de que estamos no caminho certo
e que nos estimula a ir além, de promover mais ações com
o foco nos objetivos que estamos buscando. Política de
habitação é muito mais que cimento e tijolo. É lidar com o
sonho das pessoas, das famílias paraenses que querem
ter não só uma casa, mas um lar digno”, disse.
O plano surgiu após proposta do Governo Federal para cinco Estados (Pará, Sergipe, Maranhão, Goiás
e Minas Gerais) para que fosse desenvolvido um acompanhamento junto aos municípios na elaboração dos
planos de habitação.
“Num Estado com as dimensões do Pará é gratificante receber um prêmio pelo planejamento das ações.
Nosso objetivo é otimizar da melhor forma os recursos
e dar aos municípios a possibilidade para que os gestores locais produzam um diagnóstico da situação e então
apresentamos as melhores ferramentas para que possamos juntos solucionar esses desafios”, destaca Jacob.
Dos cinco estados, somente o Pará cumpriu a
meta. Com a sobra de recursos, a Cohab então capacitou mais 20 municípios em 2012 e, após a reestruturação da companhia, se discutiu a importância de conti-
ESPECIAL
ESPECIAL
Pará é premiado nacionalmente
com projeto de habitação
Isabela Bandeira, Anna Carolina Holanda, Noêmia Jacob, Fátima Zeneia,
Cláudia Zaidan
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ANÁLISE
JURÍDICA
ANÁLISE
JURÍDICA
A desoneração da folha de
pagamento das construtoras
Em meados de abril deste ano, foi publicada a Medida Provisória 612, que dentre
outros assuntos, trata sobre a desoneração da
folha de pagamento na construção civil. Agora,
as obras com matrículas CEI abertas a partir de
1º de abril de 2013, passarão a observar a retenção de 3,5%, e deverão recolher, a título de
contribuição previdenciária, cerca de 2% sob o
faturamento bruto da empresa.
Tal incentivo não alcança as obras com
CEI anterior à data acima, que continuam sob
a regra que vigorava até então.
Ademais, como normalmente tem acontecido na concessão de benefícios, há a definição dos beneficiários através da Classificação
Nacional de Atividades Econômicas – CNAE.
E, dentre as significativas alterações promovidas pela MP 612/2013, está a conceituação do
CNAE para enquadramento, não sendo mais
pelo serviço realizado e sim pela atividade principal da empresa.
São beneficiadas pelo incentivo as empresas que prestam serviços de construção
civil dos seguintes CNAE: 412 (construção de
edifício), 432 (instalações elétricas), (hidráulicas e outras instalações em construções), 433
(obras de acabamento), 439 (outros serviços
especializados para construção). Também foram favorecidas as empresas que executam
obras de infraestrutura, que tiveram o CNAE
421 (construção de rodovias, ferrovias, obras
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urbanas e obra de arte especiais), 422 (obras
de infraestrutura para energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por
dutos)., 429 (construção de outras obras de infraestrutura) e 431 (demolição e preparação do
terreno), incluídos no benefício.
Outra novidade propiciada foi a inclusão
da divisão 711 do CNAE, que compreende as
atividades de serviços de arquitetura e engenharia, albergando, ainda, a consultoria e prestação de serviços técnicos de arquitetura.
Ressalte-se que o CNAE principal é dos
serviços cujo faturamento representar 50% ou
mais da receita total da empresa.
Por outro lado, as incorporadoras, que
têm como principal atividade a venda de bens,
imóveis, casas, apartamentos ou salas, enquadradas na divisão 411 do CNAE, não se beneficiarão da medida implementada.
Logo, conclui-se que a desoneração da
folha de pagamento é destinada somente
para as pessoas jurídicas que prestam serviços de obras civis por empreitadas ou administração, não se aplicando a empresas que
tenham receitas apenas de vendas de unidades imobiliárias.
Ricardo Serruya Soriano de Mello
(Assessor Jurídico do Sinduscon-PA
O Sinduscon-PA promove no dia 6 de junho a palestra “Gerenciamento da Produtividade na Construção Civil”, com o engenheiro civil
Willy Castro. O encontro irá debater métodos de
gestão de obras, abordando aspectos teóricos e
práticos. O palestrante irá mostrar ferramentas
da Filosofia Lean, método que busca manter a
obra organizada, para o cumprimento de prazos
e custos determinados previamente no planejamento da empresa.
O Lean Manufacturing foi criado pela multinacional japonesa Toyota para reduzir gastos
durante o processo de produção industrial. “A
meta principal é a redução de desperdícios e o
aumento na produtividade. Na segunda Guerra
Mundial, o Japão buscou maneiras de tornar
seus produtos, que eram considerados ruins,
mais competitivos”, disse o palestrante. Ele também informou que com isso, a Toyota se transformou na empresa automobilística mais lucrativa daquele país.
Projeto
Construir
Projeto
Construir
Palestra aborda maneiras eficientes
de conduzir grandes obras
Diante dessa história de sucesso, a filosofia da
companhia japonesa passou a ser adaptada para outros setores da economia, como a indústria da construção civil. Com a mesma premissa, mas com diferentes metodologias, a Filosofia Lean é hoje aplicada
em grandes obras. “As ferramentas foram adaptadas,
mas seguimos a mesma ideia da produção enxuta
por eles desenvolvidos, para a construção civil, o que
chamamos de Lean Construction”, explicou Castelo.
CALENDÁRIO junho
BELÉM
CURSOS
“Trabalho em Altura NR-35”
“ Segurança em Instalações e Serviços com eletricidade- NR 10”
CARGA HORÁRIA
08
40
INSTRUTOR
Deivison Guerreio
Geraldo Cunha
HORÁRIO
18h às 22h
18h às 22h
Inscrições e informações
Central de Serviços Projeto Construir – Grande Belém
Avenida Nazaré, 649 – 3241-8383 - www.sindusconpa.org.br - e-mail: [email protected]
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Boletim Econômico
Boletim
Econômico
Análise Econômica Maio de 2013.
Por José Roberto Marques Rodrigues (Assessor Econômico do Sinduscon-PA)
Conjuntura
Melhora o cenário do mercado imobiliário do país.
A capital Belém retoma a produção de imóveis para as
classes de rendas A e B.
A edição da revista Exame de 20.05 trouxe uma
pesquisa em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas que aborda a melhoria do cenário no mercado
imobiliário brasileiro, após o desaquecimento registrado
a partir de 2011.
Regionalizando-se a referida pesquisa e utilizando-se os números do Guia da Aquisição do Imóvel com
Segurança, do Sindicato da Indústria da Construção do
Estado do Pará, o mercado imobiliário de Belém passou
por um ritmo frenético de imóveis ofertados, ocasião em
que os mesmo alcançaram uma valorização incomparável de 978,0% até 2011, bem superior ao rendimento de
diversos ativos.
Dentre os fatores associados à valorização analisada, destaca-se o crédito imobiliário, com as taxas de juros
em queda na ordem de 8,5%, um ponto percentual acima da
taxa Selic (7,5%), o que revelou uma demanda fortemente
aquecida, refletida pelo gasto médio da famílias brasileiras
de 43% de suas rendas em financiamentos habitacionais.
Entretanto, no decorrer de 2011, a oferta de imó-
eMPREGO
ÍNDICES
6.1 – A abertura de vagas formais da economia paraense em abril de 2013 é 97% inferior às vagas criadas
em abril de 2012. Em 12 meses, foi reduzido substancialmente o número de vagas criadas em 2012.
Em abril, no Pará, foram criadas 150 vagas formais,
que representa apenas 3% das vagas criadas no mês de
abril de 2012, 4.662 postos com carteira assinada. Com
exceção do extrativismo mineral, serviços industriais de
utilidade pública e agropecuária que registraram perdas
substanciais na geração de postos com carteira assinada
no período.
As maiores influências negativas nas perdas de empregos celetistas no mês de abril, em relação ao estoque de
Índices do mês - março de 2013
Índice
Mês
Ano
12 Meses
CUB
0,370,28
Sinapi (*)
-0,20
0,44
INCC-DI 0,742,51
INCC-M 0,842,32
Pavimentação0,64 3,78
Terraplenagem0,56 3,19
INPC
0,592,66
IPCA
0,552,50
IGP-M
0,150,98
6,66
5,85
7,16
7,25
8,13
7,74
7,16
6,49
7,29
veis reduziu seu ritmo, em função da elevação do endividamento e da redução no ritmo de crescimento da economia, diminuindo o gasto médio das famílias brasileiras
para 36% em financiamentos imobiliários, segundo estudos do Banco J.P. Morgan, citado pela Revista Exame.
Em algumas capitais, foram cancelados empreendimentos por falta de demanda.
Em Belém, depois de dois anos de ajustes do
mercado imobiliário, a oferta de imóveis volta a ganhar
força nas classes de renda A e B. Segundo a Exame,
“a incorporadora Cyrela está construindo o condomínio
residencial mais luxuoso da capital paraense, com apartamentos de mais de 300 metros quadrados e vista para
a baia de Guajará. As unidades estão previstas para entrega em 2014.”
Em Belém, os preços dos imóveis novos e usados
estão nos seguintes patamares, segundo a edição da revista Exame: Imóveis novos: Tapanã: R$2.600 a 2.800.
Batista Campos, Telégrafo e Umarizal: R$5.600 a 6.000.
Imóveis Usados: Coqueiro, Guamá e Marambaia: R$2.300
a 2.700. Cremação, São Brás e Parque Verde: R$3.300
a 3.500. Batista Campos, Marco e Pedreira: R$3.700 a
4.100. Nazaré e Umarizal: R$4.500 a 4.800.
trabalhadores empregados no mês anterior foram:
1- Serviços Industriais de Utilidade Pública: -50 (-0,64%)
2- Agropecuária: -58 (-0,110%).
3- Extrativa Mineral: – 124 (-0,66%).
Em 12 meses, terminados em abril de 2013, foram
criadas 25.712 vagas, ritmo de geração de empregos formais inferior em 49% ao total de 50.726 vagas no mesmo
período do ano passado.
Neste período, a Construção Civil paraense realizou
abertura de 67% dos postos com carteira assinada que
foram criados pelo setor no mesmo intervalo de tempo
finalizados em abril de 2012 (17.721 vagas).
Fonte
(1)
(2)
(3)
(3)
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(3)
(2)
(2)
(3)
Fonte: (1) Sinduscon/PA; (2) IBGE, (3) FGV. (*) Sinapi/PA
12
C.U.B de abril de 2013
R$ 944,47
Projeto Custo R$/m2
Projeto
Custo R$/m2
R 1 – B 958,07
PIS
645,99
R 1 – N 1.122,86
RP1Q
951,25
R 1 – A
1.404,45
CAL – 8 N 1.092,76
PP 4 – B 912,23
CAL – 8 A 1.169,15
PP 4 – N 1.062,62
CSL 8 – N 945,72
R 8 – B 871,12
CSL 8 – A 1.028,40
R 8 – N 944,47
CSL 16 – N 1.266,22
R 8 – A
1.153,32
CSL 16 – A 1.375,18
R 16 – N 915,57
GI
549,36
R 16 – A 1.209,94
Variação de Abril em relação a Março: 0,37