Investigadora salva filho e prende ladrão em casa

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Investigadora salva filho e prende ladrão em casa
VITÓRIA, ES, SÁBADO, 06 DE NOVEMBRO DE 2010 ATRIBUNA
21
Polícia
Investigadora salva filho
e prende ladrão em casa
FOTOS: RODRIGO GAVINI/AT
A policial civil recebeu
um telefonema da nora,
avisando sobre o
assalto. Ela foi para
local e conseguiu
impedir o crime
Geize Miranda
rês bandidos, sendo um armado, invadiram a casa do
filho de uma policial civil no
bairro Nossa Senhora da Penha,
em Vila Velha, na noite de quintafeira. Eles pularam o portão da residência por volta das 22h30 e a
ação foi vista por vizinhos.
O filho da policial estava em casa
com a mulher e o filho de 5 anos,
quando começaram a ouvir gritos
de “pega ladrão”.
Desesperada, a nora da policial
ligou para a sogra e pediu socorro.
A investigadora Marisa Loureiro,
47 anos, e o marido moram em um
bairro vizinho e foram às pressas,
de carro, para a casa do filho.
Durante esses momentos, o casal e o filho se trancaram em casa e
os bandidos não conseguiram ter
acesso ao interior do imóvel. A policial chegou rápido e ainda conseguiu alcançar um dos três bandidos na garagem.
Um dos acusados, um adolescente de 16 anos, já tinha arrombado o carro do filho dela quando foi
preso pela policial. Os dois parceiros dele conseguiram fugir.
Ela algemou o menor, que foi le-
T
A INVESTIGADORA Marisa recebeu telefonema da nora, pegou sua arma e conseguiu prender um dos bandidos
vado em uma radiopatrulha da Polícia Militar para o Departamento
de Polícia Judiciária (DPJ) de Vila
Velha, onde foi autuado em flagrante por assalto.
Marisa conta que estava chegando em casa, por volta de 22 horas,
quando recebeu a ligação de sua
nora. “Ela dizia que todo mundo
na rua estava gritando: ‘pega la-
drão, pega ladrão!’”.
A investigadora, que estava de
folga, pegou sua arma, chamou o
marido e saiu correndo para a casa
do filho.
Quando chegou ao local, a vizinhança já estava na rua e tentava
prender o menor. Os outros dois
resolveram fugir quando perceberam que tinham sido descobertos
Bruno agride
fotógrafos
em sala de
audiência
CONTAGEM
O goleiro Bruno Fernandes de
Souza agrediu na tarde de ontem dois fotógrafos dos jornais
O Tempo e Hoje em Dia, de Belo
Horizonte, durante audiência
no Fórum de Contagem, na
Grande Belo Horizonte.
Ele é réu no processo em que
é acusado de mandar matar sua
ex-namorada Eliza Samudio.
Bruno empurrou os dois profissionais quando a juíza Marixa
Fabiane Lopes Rodrigues, da
Vara do Tribunal do Júri de
Contagem, autorizou a entrada
de cinegrafistas e fotógrafos na
sala por 10 minutos.
O goleiro pediu para ir ao banheiro e, escoltado por um PM,
agrediu os fotógrafos. Eles não
tiveram ferimentos aparentes,
por isso resolveram não registrar queixa. Um deles chegou a
registrar a imagem do atleta
pouco antes do ocorrido.
Na audiência, a juíza deferiu
apenas dois pedidos: o de permissão para visita aos réus na
prisão com notebooks e computadores, e o de encaminhamento de um ofício à polícia perguntando se o desaparecimento de
Eliza ainda é investigado.
SAMUEL AGUIAR/O TEMPO/AGÊNCIA ESTADO
pelos moradores.
“Um deles, que também era menor, deixou a identidade cair”,
contou a investigadora, que levou
o documento para a delegacia.
Após consulta, a polícia verificou que os dois menores - o que foi
detido e o outro que deixou a identidade cair - não tinham passagem
pela polícia.
ENTREVISTA MARISA LOUREIRO
“Não tenho medo, nasci policial”
Há 19 anos na Polícia Civil, a investigadora Marisa Loureiro, 47
anos, se considera uma mulher
destemida e que não tem medo de
nada. “Já nasci policial”, brinca ela,
ao contar como entrou na casa do
filho e prendeu um menor que assaltava a residência com outros
dois comparsas.
A TRIBUNA – Como recebeu o
telefonema da sua nora?
INVESTIGADORA – Eu estava
chegando em casa quando minha
nora me ligou. Ela estava desesperada e gritava ao telefone, dizendo
que poderia ter um ladrão dentro
da casa deles e que os vizinhos não
paravam de gritar “pega ladrão”.
> A senhora deu algum tipo de
orientação a ela?
Como moramos muito perto,
disse a ela para se acalmar e que
estava indo para lá imediatamente.
Chamei meu marido e chegamos
realmente rápido à casa, mas dois
bandidos tinham conseguido escapar. Dei voz de prisão ao tercei-
ro, que não reagiu e foi algemado.
> Teve tempo de conversar
com sua família? Como reagiu
seu neto de 5 anos?
Minha nora contou que meu neto ouviu que havia ladrões em casa
e começou a chorar e gritar: ‘Chama a vovó’. É que ele sabe que sou
policial e que poderia prendê-los.
> Em algum momento se sentiu vítima da criminalidade?
Nunca me sinto vítima porque
meu papel é ser policial, mesmo
quando o caso é na minha família.
Nunca tenho medo de nada, já
nasci policial.
> Foi a primeira vez que al-
Já prendi
bandidos três
vezes. Duas foram meus
filhos as vítimas e em
outra circunstância, eu
mesma fui assaltada
“
gum parente seu foi assaltado?
Já prendi bandidos três vezes.
Duas vezes foram meus filhos as
vítimas e em outra, eu mesma fui
assaltada na rua. Corri atrás do criminoso e o prendi em flagrante no
centro de Vitória.
Outra vez, minha filha chegava
do trabalho com o dinheiro do pri-
BRUNO, antes da agressão
meiro mês de seu primeiro emprego. O ladrão levou a bolsa e o celular. Minha filha gritou e eu saí de
bicicleta atrás do bandido.
Passei em um posto policial e
chamei os PMs, que em duas viaturas me ajudaram a prender o
bandido. Conseguimos recuperar
tudo o que foi roubado.
POLICIAL
mostra seu
distintivo de
investigadora:
19 anos de
atuação
nas ruas
Atropelado
por ônibus ao
cair de calçada
na BR-262
Um ônibus do Transcol, linha
901 (Terminal de Campo Grande-Viana), da Viação Santa Zita,
atropelou e matou um homem
que caiu da calçada do ponto de
ônibus da BR-262, na entrada
do bairro Vila Capixaba, Cariacica, às 20h50 de ontem.
Segundo testemunhas, o homem aparentava sinais de embriaguez e se desequilibrou na
hora em que o veículo saía do
ponto, após deixar passageiros.
No ônibus havia cerca de 70
pessoas, que presenciaram o
atropelamento e disseram que o
motorista não teve culpa. O homem estava sem documentos.

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