GRENOBLE INP – UNESP – UFPB - CT

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GRENOBLE INP – UNESP – UFPB - CT
PROGRAMA DE COPERAÇÃO FRANCO-BRASILEIRO NA ÁREA DA FORMAÇÃO DE ENGENHEIROS
PROGRAMA BRAFITEC
(Brasil/França Engenheiro Tecnologia)
(CONVENÇÃO CAPES - CDEFI)
PROJETOS 2011 / 2012
PROPOSTO POR :
GRENOBLE INP – UNESP – UFPB – ENSGSI/INPL
TÍTULO:
ASPECTOS INTER CULTURAIS: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
PARTICIPANTES:
FRANÇA: GRENOBLE INP, ESNGSI (Ecole de l'INPL),
BRASIL : UNESP, UFPB
1
Documento Síntese
PARCEIROS formação profissional 2
1. INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA PARA AMPLIAÇÃO DO ACORDO 6
1.1. Um avaliação positiva 6
1.2. Ampliação do Acordo de 7
2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS 8
2.1. Breve descrição das oito instituições
Universidade Estadual Paulista, São Paulo (UNESP) 8
Universidade Federal de Paraíba (UFPB) 8
Escola Nacional de Engenharia de Sistemas Industriais / Lorena INP (ENSGSI / INPL) 8
Instituto Politécnico de Grenoble (Grenoble INP) 9
2.2. Wills troca comum de 9
2.3. Desenvolvimento de inter-culturalismo 10
2.4. Um forte contexto científico e industrial 10
3. Programa de Intercâmbio 10
3.1. Número de participantes 11
3.2. áreas de formação e envolvidos no programa de troca de 12
3.3. Descrição dos cursos e validação dos créditos 12
Cursos para engenheiros e UNESP UFPB 13
validação mútua das dotações de 14
validação mútuo de créditos no âmbito do intercâmbio de alunos: 15
3.4. Processo de seleção para alunos de 16
3.5. Lições associados ao programa de troca de 16
Geral 16
17 cursos oferecidos
3.6. Articulação com o grau duplo INP Grenoble-UNESP 17
3.7. Critérios para seleção de empresas para receber 18 alunos em estágios
3.8. Logística relacionadas ao projeto 19
3.9. Assistência aos alunos 19
3.10. Aprendizagem e gestão intercultural 20
Anfitrião em 20 universidades
No original de 21 universidades
3.11. Mobilidade dos Professores e Investigadores 21
Plano de trabalho de professores brasileiros que participam do projeto 21
Plano de Trabalho dos professores franceses que participam do projeto 22
3.12. Agenda 23
3.13. Investigação e cooperação científica 23
3.14. Bolsa de Aplicação 24
4. Os custos projetados 24
5. Acompanhamento de Projeto 25
6. compromisso institucional 26
2
RENOVAÇÃO
Aspectos Inter-Culturais: A Engenharia de Produção e a Inovação
Tecnológica
PANORAMA
Neste projeto, nós apresentamos um relatório sobre as medidas tomadas nos primeiros dois anos
de trabalho N08-05 (INP Grenoble colaboração e UNESP) e propomos uma prorrogação com
inclusão de novos parceiros e de novas idéias para a renovação.
O acordo anterior permitia impulsionar o intercâmbio com o Brasil, em particular a mobilidade
França-Brasil. Investimentos significativos foram feitos pelo INP Grenoble no sentido de
desenvolver uma visão do Brasil como parceiro econômico importante. Este projeto irá sustentar
esta dinâmica, envolvendo outros parceiros. Este acordo, tal como o anterior, visa combinar a
experiência acadêmica e experiência em um ambiente profissional para estudantes de
intercâmbio.
PARCERIAS
UNESP – Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita
Filho”
Rua Quirino de Andrade, 216
CEP 01049-010, São Paulo, SP, Brasil
http://www.unesp.br
Responsável : Prof. Herman Jacobus CORNELIS VOORVALD, Reitor
Coordenador : José Celso Freire Junior – Diretor de Relações
Internacionais
e-mail : [email protected]
UFPB – Universidade Federal da Paraiba
Cidade Universitária - João Pessoa - PB – Brasil
CEP - 58059-900
http://www.ufpb.br
Responsável : Rômulo Soares Polari , Reitor
Coordenador : Joácio de Araújo Morais Júnior
e-mail : [email protected]
3
Grenoble INP
46, avenue Félix Viallet - 38031 Grenoble Cedex 1 – France
Tel +33 (0)3 83 19 32 32 – Fax +33 (0)3 19 32 00
http://www.grenoble-inp.fr/
Responsável : Paul JAQUET – Administrador Geral de Grenoble INP
Coordenador: Guillaume Thomann
e-mail : [email protected]
ENSGSI – École Nationale Supérieure en Génie des Systèmes
Industriels / INPL
8, rue Bastien Lepage – BP 90647 – 54010 Nancy Cedex – France
Tel +33 (0)3 83 19 32 32 – Fax +33 (0)3 19 32 00
http://www.ensgsi.inpl-nancy.fr
Responsável : Pascal LHOSTE, Diretor ENSGSI
Coordenador : Frédérique MAYER
e-mail : [email protected]
RESPONSÁVEIS DO PROJETO
Grenoble INP
Guillaume Thomann, Professor, Encarregado de Relações Internacionais, École de Génie Industriel
– Coordenador Francês
INPL
Frédérique Mayer, Professor, Encarregado de Relações Internacionais, École Nationale Supérieure
en Génie des Systèmes Industriels – Coordenador Local
UNESP
José Celso Freire Junior, Livre Docente, Diretor de Relações Internacionais – Coordenador
Brasileiro.
UFPB
Joácio de Araújo Morais Júnior, Professor Adjunto, Departamento de Engenharia Civil e MeioAmbiente – Coordenador Local.
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INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA PARA AMPLIAÇÃO DO ACORDO
1.1. Uma avaliação positiva
O intuito do projeto BRAFITEC "Aspectos Inter Culturais: A Engenharia Industrial e Inovação Tecnológica
“ submetido em 2008 para os anos de 2009 e 2010, destinava-se a agir concretamente nas seguintes
direções:
- Equilibrar o envio de estudantes, aumentando o número de estudantes franceses em intercâmbio no
Brasil;
- Desenvolver parcerias da indústria para oferecer aos alunos um ambiente adequado para sua carreira
profissional.
Este programa faz parte da estratégia global de Grenoble INP para desenvolver laços com o Brasil. O
ano 2009-2010 foi declarado o ano do Brasil em Engenharia Industrial, com atividades diferentes para
descobrir as oportunidades de mobilidade no Brasil. O resultado dessas ações tem reforçado as nossas
ambições globais, pois os resultados são bastante positivos, com o envio de quatro estudantes de Grenoble
INP para cursar um semestre em departamentos da UNESP. Além disso, outros estudantes foram para
outras universidades parceiras, especialmente no contexto do Programa Europeu EBW.
Para apoiar o programa, um curso de Português foi lançado no início de setembro de 2009, que permitiu
que dois estudantes de Grenoble (Engenharia Industrial), fossem para a Unesp no primeiro semestre de
2010 (um em Bauru - Departamento de Engenharia de Produção e outro em Guaratinguetá Departamento de Engenharia de Materiais) da UNESP.
Graças a acordos com as nossas empresas parceiras, um deles também está envolvido em um projeto de
formação na empresa PSA em São Paulo.
Dois outros alunos de INP Grenoble foram no início de setembro para a UNESP (um para Guaratinguetá
Departamento de Engenharia Produção e outro para Sorocaba - Engenharia de Automação e Controle) ,
inclusive um deles no projeto de Duplo Diploma.
Cursos de Português em Grenoble foram renovados para setembro de 2010 e ampliados na ENSE3 (cujos
alunos são altamente propensos a receber formação na UFPB).
Um engenheiro sênior de PSA - São Paulo foi autorizado por 3 semanas na Escola de Engenharia Industrial
no financiamento da Cátedra Internacional de Engenharia Industrial. Durante a sua estada, várias
atividades foram organizadas:
- Efetuadas 18h de aula com alunos do Departamento de Engenharia de Produtos,
- Seminários de pesquisa foram realizadas com as equipes do G-SCOP Laboratório UMR 5272 e três áreas
de cooperação foram identificadas,
- Reuniões com líderes, diretores e professores para aprofundar as relações e compromissos profissionais.
Este acordo BRAFITEC também permitiu:
- Melhoria na organização de recepções de estudantes brasileiros em geral (especificamente para receber
e discutir com eles sobre seus planos de estudo)
- Maior envolvimento na integração com outros estudantes franceses e estrangeiros,
- Compreender melhor o funcionamento do sistema brasileiro de ensino superior e da comunidade
científica,
- Identificar e iniciar as discussões concretas sobre o possível co-orientação de mestrados.
Este projeto visa consolidar os ganhos dos investimentos realizados no âmbito da UNESP e expandir para
outros parceiros.
No lado da UNESP, no primeiro ano, 5 alunos foram para Grenoble (Luiza Fernandes Martins dos Santos,
Marcela Frank da Silva DD, Ana Beatriz Fantinati Lucente, Yves Gramkow Yoshida - DD e Débora Campos
de Paula). Dois deles ainda estão em Grenoble, desde então, para uma dupla titulação.
Para este ano de 2010 cinco outros estudantes (Fábio Eduardo Ferraz de Carvalho, Fank Mendes,
Guilherme Bueno Mariani, Kaito Arnona Lacerda e Ahmad Youssef Abou Hamou) estão em Grenoble,
todos para obter um duplo diploma .
5
Em termos de atividades de língua e cultura, A UNESP organizou em julho de 2010 um curso de francês
intensivo para os 5 selecionados para o projeto, mas também outros 24 alunos que foram para a França.
Um reflexo deste projeto foi a sua importância como um motivador para a elaboração da nova resolução
que gerencia a mobilidade de estudantes de graduação da UNESP. Para garantir o reconhecimento de
créditos de estudantes internacionais de forma mais direta, considerando o pedido da CAPES para esse
reconhecimento, o departamento de relações internacionais da Unesp trabalhou e aprovou a legislação
mais moderna da Mobilidade entre universidades brasileiras.
Oportunidades para interação com a PSA estão sendo desenvolvidas e os alunos da Unesp devem iniciar
cursos neste sentido.
Durante as missões de trabalho na França, membros do corpo docente participaram de seminários de
"descoberta na pesquisa conjunta" para destacar as oportunidades para a colaboração entre equipes de
INP Grenoble e UNESP. Com base nessas visitas, à UNESP atualmente está oferecendo uma vaga de
professor convidado para tornar possível a estadia de um professor de Grenoble no programa de
doutorado na UNESP.
1.2. A ampliação do acordo
Com o apoio dos departamentos de relações internacionais, os coordenadores dos projetos atuais e
futuros, decidiu-se ampliar esse acordo com duas outras universidades francesas e brasileiras.
Estamos vendo o aumento das preocupações sociais sobre o meio ambiente, levando em conta a gestão de
resíduos, eco-design e as conseqüências ecológicas do ciclo de vida do produto global.
O fluxo de estudantes franceses que procuram fazer uma viagem para o Brasil durante seus estudos
universitários também estão em andamento nas áreas de especialização oferecidos. Por isso, prevêem um
aumento do fluxo de estudantes (consequência direta da amplicaçao do acordo)
É por isso que propomos a adesão ao acordo N08-05 do Departamento de Engenharia Civil e Meio
Ambiente do Centro de Tecnologia, Universidade Federal da Paraíba e da Escola Nacional de Industriais de
Engenharia de Sistemas do Instituto Nacional Polytechnique de Lorraine. Em cada um dos cursos
oferecidos pelos parceiros neste projeto, é possível confrontar os aspectos ambientais relacionados, de
uma forma ou de outra, o ciclo de vida do produto (matéria-prima e design, fabricação, logística e
transporte, reciclagem, reutilização, de tratamento de resíduos, etc) ..
Ressaltamos também o fato de que as universidades parceiras no Brasil se encontram geograficamente
distantes, uma no sudeste e outra na região nordeste. Isto oferece ao estudante francês uma opção
adicional para descobrir esta riquíssima cultura brasileira, juntamente com uma experiência de estudo em
escolas de engenharia de grande porte.
Queremos também que essa parceria ofereça oportunidades para as universidades brasileiras e francesas
trabalharem em conjunto. Por fim, acreditamos que a participação dos estudantes que participam neste
projeto será reforçada.
2.CONTEXTO E OBJETIVOS
2.1
Breve descrição das instituições
Universidade Estadual Paulista, São Paulo (UNESP)
A Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho, UNESP foi fundada em 1976, de institutos
isolados do Estado de São Paulo. Ela oferece uma educação pública gratuita de qualidade e hoje é
classificada como uma das melhores universidades do Brasil e do mundo pela Times Higher Education
Ranking. A UNESP tem uma característica incomum, uma vez que está espalhada por todo o estado de São
Paulo, em 23 cidades com 22 campi localizados no interior e um outro na capital. A UNESP com as outras
duas universidades estaduais (USP, UNICAMP) beneficia-se dos recursos do estado de São Paulo
A UNESP inclui 32 faculdades e institutos, totalizando 168 opções de graduação que oferecem
treinamento para cerca de 8.000 novos profissionais a cada ano, incluindo 800 médicos e 115 programas
de pós-graduação, mestrado e doutorado (91), que administra cerca de 15.000 estudantes. No total,
UNESP atualmente 50.000 alunos, 3.500 professores (95% são médicos) e 7.000 funcionários.
6
A UNESP conta com 5 Campus, de Guaratinguetá, Bauru, Ilha Solteira, Sorocaba e São José do Rio Preto,
que oferecem cursos de engenharia entre os melhores do Brasil. Nos campus são oferecidos os cursos de
Engenharia Civil, Elétrica, Mecânica, Industrial, Automação, ambiente, materiais, etc.
Universidade Federal de Paraíba (UFPB)
A Universidade Federal da Paraíba - UFPB, é uma universidade multidisciplinar, no âmbito do
Ministério da Educação com base em dois campi. O Centro de Tecnologia (CT-UFPB) é especificamente
responsável pela formação e investigação em vários campos da engenharia. O centro de tecnologia
oferece treinamento e capacitação da engenharia de nível superior nas áreas de Engenharia,
Engenharia de Materiais, Engenharia Ambiental, Engenharia Mecânica, Engenharia de Alimentos,
Engenharia Industrial, Engenharia Química, Arquitetura e Urbanismo. Mais precisamente, o
departamento de engenharia civil e ambiental que será envolvido no projeto.
Escola Nacional de Engenharia de Sistemas Industriais / INP (ENSGSI / INPL)
Escola Nacional de Engenheiros autorizado pela comissão francesa Des títulos d'Ingénieurs (CTI) e do
Ministério da Educação, ENSGSI forma engenheiros especialistas em inovação e mudança com base
nos generalistas científicos. Ele implementa as práticas educativas originais que combinam a formação
científica e de gestão: inovação da engenharia, auto-aprendizado, treinamento e desenvolvimento
pessoal, etc.
A especificidade do ENSGSI é transformar conhecimento científico em competências através da
introdução de uma parte substancial do ensino pela ação através da realização de projetos industriais.
No curso de engenharia, as aulas são estruturadas em torno de projetos industriais. O terceiro ano
permite uma transição gradual da responsabilidade industrial com a execução de uma tarefa em uma
empresa durante 8 meses. A ENSGSI forma engenheiros especialistas em inovação e mudança com
base em generalistas científicos.
O Mestrado em Design na sua especialidade Global de Gestão da Inovação e Design Industrial (MIDI),
visa proporcionar formação avançada em métodos científicos de concepção, experimentação de
produtos inovadores e de avaliação dos mercados de destino.
Esta especialidade é reforçada através da formação em gestão da inovação em sua dimensão humana.
Ele responde às necessidades emergentes das organizações para desenvolver um bom Engenheiro de
Inovação para integrar, simultaneamente e de forma colaborativa dimensões complementares: uma
dimensão técnica (escolha de design, seleção de materiais, avaliação de mercados-alvo, ...) e uma
dimensão de gestão (projetos-piloto, ...) e uma dimensão humana (gestão de equipe, ...). A natureza
internacional da especialidade já está enraizada na sua doutrina, porque ela tem desenvolvido uma
parceria com a Maestria Logística da Universidade de Cuyo, em Mendoza, na Argentina e outra com
Maestria Ingeneria Industrial da Universidade de Santiago do Chile, Chile .
Instituto Politécnico de (Grenoble INP) Grenoble
O processo seletivo para o L3 em Grenoble INP (L3) segue as seguintes etapas:
- 75% em nível de Bac + 2, após a prova comum (acessível a partir de classes preparatórias das grandes
écoles)
- 10% dos alunos são admitidos no nível de BAC através de “classes preparatórias integradas”,
localizado em Grenoble, Toulouse, Nancy ou escola de Valência, ESISAR
- 15% no nível BAC + 2 ou BAC +3 através da admissão sob os títulos (L2, DUT, BTS + Prepa ATS L3,
MA).
Os alunos recebem título de licenciado em uma das seis especialidades do INP Grenoble quando
validarem seus L3. Eles, então, passam por um Master (M1 e M2), que lhes é oferecido após a sua
Licenciatura. Um total de 22 cursos são oferecidos no INP Grenoble. Começam por este curso, o curso
7
de engenharia de INP Grenoble, que lhes dá o grau de Mestre. O último semestre é dedicado ao projeto
final.
A internacionalização é uma das prioridades da instituição nos próximos anos. Para uma oportunidade
de carreira ainda melhor, nós pretendemos atingir 100% de mobilidade em quatro anos. Isso quer
dizer que todos os licenciados de Grenoble INP terão passado pelo menos três meses no exterior, quer
durante o curso ou durante os estágios curriculares. O Brasil é um parceiro do destino do INP, que
participa no programa Erasmus Mundus ECW desde 2008 com a UNICAMP. Além disso, um acordo de
cooperação com a UFCG foi assinado em julho de 2009.
Os cursos do INP Grenoble envolvidos em prioridade nesse projeto são a formação de engenheiros nas
áreas de sistemas avançados e redes, incluindo eletroeletrônicos, informática e tecnologias
incorporadas (escola Grenoble INP - ESISAR) e formação em engenharia indústria, incluindo Supply
Chain Engenharia e Engenharia de Produtos (INP Grenoble-Engenharia Industrial)
2.2 Desejos comuns de intercâmbio
A colaboração entre o Instituto Politécnico de Grenoble (Grenoble INP) e a Faculdade de
Engenharia/Campus de Guaratinguetá da Universidade Estadual Paulista (UNESP/FE-G) teve início em
2002 e permitiu estabelecer um intercâmbio entre alunos de engenharia das duas instituições. Essa
colaboração conduziu à assinatura de um acordo de duplo diploma em engenharia, em 2007.
O presente projeto tem como objetivo desenvolver e perpetuar essa parceria, facilitando os intercâmbios
de estudantes e professores e apoiando o programa de duplo diploma.
Deve-se ressaltar que a cooperação com o Brasil é um dos eixos prioritários da política internacional do
Grenoble INP, tanto no nível da formação de engenheiros quanto no da pesquisa. Além disso, Grenoble INP
pretende obter uma taxa de 80% de mobilidade internacional de seus alunos em dois anos (100% em
2013) através de algumas iniciativas. Dentre elas, estão:
• Desenvolvimento de uma rede de empresas parceiras;
• Aumento do número de possibilidades de acolhida nas universidades parceiras
Além disso, as preocupações ambientais são onipresentes em atividades de formação, científica e de
investigação. Futuros engenheiros devem saber como integrar estas questões nas suas áreas de
especialização. É por isso que nós queremos integrar estas questões em nosso intercâmbio, incluindo o
trabalho com o Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UFPB e trabalhar mais em conjunto com
ENSE3 INP Grenoble. O ENSGSI é bem conhecido do INP Grenoble e as nossas vontades são idênticas para
avançar nesta direção.
2.3 Desenvolvimento da interculturalidade
Este projeto pode ser analisado através de dois pontos de vista. O primeiro que se deseja evidenciar, além
da abordagem lingüística e do acompanhamento administrativo, é a dimensão inter-cultural deste
programa de cooperação. A experiência adquirida em matéria de mobilidade nos leva a pensar que é
necessário não somente apoiar a mobilidade estudantil e favorecer o aprendizado lingüístico e cultural,
mas que igualmente é necessário colocar em andamento uma real política de internacionalização,
associando os atores – alunos, professores e técnicos administrativos – de modo a assegurar e perenizar
uma forte atratividade ao programa. Trata-se, então, de apoiar o aprendizado da língua dentro de um
contexto científico e profissional, facilitando ao mesmo tempo a aproximação intercultural. Além disso, o
sucesso profissional dos alunos nas empresas necessita um acompanhamento específico que ajude na
compreensão das diferenças culturais e facilite sua inserção profissional.
2.4 Um contexto industrial e científico forte
O segundo ponto de vista ressalta o interesse e a necessidade das empresas internacionais na contratação
de engenheiros que sejam capazes de comandar projetos com equipes interculturais. Esses engenheiros
devem ser capazes de inovar e de reagir de modo eficaz face ao comportamento imprevisível da economia.
8
As empresas parceiras deste programa declararam seu interesse em integrar em suas equipes
“engenheiros multiculturais” de alto nível que possam atuar em seus processos de concepção e fabricação.
Deste modo, buscando atender tais solicitações, propõe-se este projeto BRAFITEC que tem como um de
seus objetivos consolidar um acompanhamento das estratégias de desenvolvimento das empresas.
Esta consolidação depende, obrigatoriamente, de parcerias fortes e complementares. Isto fez com que se
decidisse por ter, prioritariamente, como apoio, parceiros industriais locais que têm atividades de
pesquisa e desenvolvimento conhecidas. Tal decisão só pode ser considerada viável devido aos pontos de
convergência existentes nas atividades de pesquisa das instituições.
Deseja-se que nossos engenheiros – franceses e brasileiros – participem de grupos interdisciplinares que
saibam suscitar, criar, parametrizar, implementar, comandar e avaliar novas oportunidades em projetos
que se apóiem em novas tecnologias. Logo, poderão participar do programa estudantes de engenharia de
diferentes especialidades, especialmente os interessados em desenvolver, além de conhecimentos
técnicos, capacidades e atitudes inovadoras. Todos os estudantes selecionados para o programa serão
imersos em culturas e em procedimentos educacionais diferentes. Serão valorizadas as formações
complementares e as experiências nas empresas deverão ser variadas e complexas.
Os estudantes desenvolverão, assim, competências atualmente apreciadas pelas empresas. E, por seu lado,
os professores que participam do projeto garantirão a disseminação das conquistas e a perenização do
programa.
Para a implantação e suporte a este programa BRAFITEC entre a UNESP/UFPB e o Grenoble INP, duas
grandes empresas já declararam formalmente seu interesse em participar e em investir. São elas o grupo
PSA (Peugeot e Citroën) e Volvo, cujas operações e implantações nos dois continentes estão em sintonia
com o tipo de colaboração científica e tecnológica aqui proposta.
Obs: manifestação das empresas em anexo a esta proposta.
3
PROGRAMA DOS INTERCÂMBIOS
Os intercâmbios de estudo dos estudantes de engenharia terão uma duração de um ou dois semestres,
seguido de um período de um semestre de estágio em uma empresa parceira.
Cada ano os intercâmbios serão acompanhados por dois professores (um de cada universidade) que serão
responsáveis pelo balanço das estadias dos estudantes.
3.1 Número de participantes
Antecedentes:
Histórico de intercâmbio de estudantes entre Grenoble INP e UNESP :
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2007/2008
2006/2007
Estudantes de Grenoble INP na UNESP
2 (um em DD)
2
1
9
Histórico dos intercâmbios de estudantes entre a UNESP e Grenoble INP e ENSGSI/INPL :
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2007/2008
2006/2007
Estudantes da UNESP no Grenoble INP
10
14
8
13
9
Estudantes da UNESP no INPL
3
2
3
2
1
Atualmente, há pouco intercâmbio entre as duas universidades francesas e a UFPB. No entanto, o ENSE3
INP Grenoble é uma escola que oferece cursos em plena consonância com o departamento de formação de
Engenharia Civil e Ambiental da UFPB.
Para o ano de 2010-2011, ainda não foram computados os dados globais dos INP Grenoble. Na verdade o
programa é executado pela Engenharia Industrial, mas destina-se a cobrir todos os alunos de INP
Grenoble.
Até 2008-2009, estávamos conscientes de um forte desequilíbrio entre os intercâmbios do Brasil para a
França e vice-versa. As nossas propostas para dois semestres de formação com estágio em uma empresa e
aulas de Português para os estudantes franceses, pelo menos, um ano antes da sua partida permitiu-nos
aumentar o fluxo de estudantes franceses na UNESP .
Existe desde 2007 um acordo de duplo diploma entre INP Grenoble e UNESP para todas as escolas em
Grenoble INP e o ex departamento Telecom, assinado em 16 maio de 2007. Esta convenção está disponível
em anexo.
- 3 alunos de DD da UNESP foram recebidos no Instituto de Grenoble, Faculdade de Engenharia Industrial
em Setembro de 2010
- 1 aluno de DD de Grenoble INP - Escola Nacional de Águas, Energia e Ambiente foi recebida na UNESP em
setembro de 2010
Além disso, os pesquisadores da UNESP participaram com o Laboratório de Software-Sistema-NetworkIMAG (LSR-IMAG) em um projeto CAPES COFECUB "STIMULI" Distributed Multimedia Sistema de
Informação coordenado por Hervé Martin e outro FAPESP- CNRS com a coordenação de Jerôme
Gensel. Este ano de 2010, pesquisadores da UNESP, também apresentaram um projeto na chamada
Franco-Brasileira Stic AmSud.
Outras colaborações provavelmente já aconteceram ou estão em curso entre o Grenoble INP e UNESP, mas
nós não temos atualmente os dados coletados.
O ENSGSI tem desenvolvido parcerias com o Brasil em vários níveis, a fim de facilitar e supervisionar a
mobilidade dos estudantes e / ou professor:
- No Projeto Master especialidade Global de Gestão da Inovação e Design Industrial é um acordo de
cooperação na fase final de validação com a UNESP, a fim de aprovar os acordos de swap, que já em curso;
- Como parte da formação do engenheiro com a PUC do Paraná desde 2003.
As quatro universidades que participam neste projecto estão também parte outros projetos BRAFITEC
depósitos BRAFITEC com outros parceiros. Os projetos apresentados visam logicamente complementares
e mutuamente enriquecedoras.
10
Fluxo previsto para o programa BRAFITEC:
Estudantes:
França-Brasil: 8 bolsas de um semestre por ano
Brasil-França: 6 bolsas de um ano e 6 de um semestre por ano
Professores:
França-Brasil: 2 estadias por ano
Brasil-França: 2 estadias por ano
3.2 Áreas de Formação associadas a este programa de intercâmbio
Bolsas para as áreas relacionadas à engenharia e suas aplicações. São cobertas pelo acordo:
- Instituto Politécnico de Grenoble (Grenoble INP, que inclui seis Escolas)
- Escola Nacional de Sistemas Industriais de Engenharia do Instituto Politécnico de Lorraine (ENSGSI /
INPL)
- Faculdades de Engenharia Campus de Guaratinguetá, Bauru, Sorocaba e Ilha Solteira da Universidade
Estadual de São Paulo (UNESP, que inclui cinco municípios)
- O Departamento de Engenharia Civil e Tecnologia do Ambiente Center, da Universidade Federal da
Paraíba.
3.3 Duração dos ciclos de estudo e validação de créditos
Na França e no Brasil, após os estudos secundários, a duração dos estudos para a obtenção do título de
engenheiro é de cinco anos. As características partiiculares dos cursos são apresentadas a seguir.
Currículo de engenharia – Grenoble INP
-
Dois anos de preparação (classes preparatórias ou curso preparatório politécnico) e em seguida
entrada, após concurso, nas escolas de especialização;
-
Três anos nas escolas de especialização:
o
O primeiro ano (semestres 1 e 2) é dedicado a formação geral de base nas disciplinas da
escola. Um estágio de 4 a 6 semanas é solicitado neste nível de estudo;
o
O segundo ano de estudos (semestres 3 e 4) é constituído de cursos comuns e de módulos
opcionais entre as diferentes especialidades propostas pela escola. Um estágio de “Engenheiro
Assistente” com duração mínima de 6 semanas é efetuado (geralmente em uma empresa)
durante o verão, entre o segundo e o terceiro ano.
o
O terceiro ano é essencialmente constituído de cursos avançados na especialidade escolhida
pelo estudante (semestre 5) e de um “Projeto de Final de Estudos” com duração de 5 meses
realizado no ambiente profissional (semestre 6).
Curso de engenheiro no ENSGSI/INPL
O percurso do aluno no ENSGSI é descrita pela tabela abaixo:
Sept.
Fev.
S1
S2
1º ano aulas
preparatórias
França ou
ENSGSI
Sept.
Fev.
S3
S4
2 º ano aulas
preparatórias
França ou
ENSGSI
Sept.
S5
Fev.
S6
1º ano
ENSGSI
Sept.
S7
Fev.
S8
2º ano
ENSGSI
Sept.
Fev.
S9
S10
3º ano 3º ano
ENSGSI ENSGSI Diploma de
estágio Engenheiro
France ENSGSI
ou
exterior
11
Curso de um ano com reconhecimento de créditos - ENSGSI – Caso 1 Ciclo preparatório ENSGSI está
descrito na tabela abaixo:
Sept.
Fev.
S1
S2
1º ano ciclo
preparatório
ENSGSI
Sept.
Fev.
S3
S4
º
2 ano ciclo
preparatório
ENSGSI
Sept.
S5
Fev.
Sept.
Fev.
Sept.
Fev.
S6
S7
S8
S9
S10
º
ano
º
ano
º
1º ano
2
2
3 ano 3º ano
ENSGSI ou início ENSGSI ENSGSI ENSGSI ENSGSI Diploma de
no 1 ou 2
ou
ou
estágio Engenheiro
ENSGSI
semestres
início
início
na
França
ou
exterior
Curso de um ano com reconhecimento de créditoss - ENSGSI – Caso 2 Admissão ENSGSI ao Bac+2 está
descrita na tabela abaixo :
Sept.
Fev.
S1
S2
1º ano ciclo
preparatório
France
Sept.
Fev.
S3
S4
2º ano ciclo
preparatório
França
Sept.
S5
Fev.
S6
1º ano
ENSGSI
Sept.
Fev.
Sept.
S7
S8
S9
2º ano 2º ano 3º ano
ENSGSI ENSGSI ENSGSI
ou
ou
início
início
Fev.
S10
3º ano
ENSGSI Diploma de
estágio Engenheiro
França ENSGSI
ou
exterior
Além da internacionalização de currículos, os alunos do ENSGSI têm a oportunidade, no 3° ano, de integrar
três tipos de Master (M2), juntamente com o seu curso de engenharia:
- Master Design Global, com especialização em Gestão e Desenho Industrial
- Master de Controle de Projetos e Desenvolvimento dos Territórios, especialização em Engenharia
Urbana, Cidade e arredores
- Master em Desenvolvimento Sustentável, especialição em Engenharia de Meio Ambiente Sustentável.
Curso de engenharia na UNESP e UFPB
o O ingresso na universidade é feito através de um concurso público (Vestibular);
o Os dois primeiros anos são destinados a uma formação de base. Durante este período, o estudante
deve adquirir conhecimentos sólidos nas áreas de ciência e matemática, de tal modo que ele possa
compreender e desenvolver a tecnologia associada a sua futura área profissional. Durante estes
dois anos o estudante começa também a ter contato com conhecimentos associados a sua
especialização.
o Os três anos seguintes são dedicados a especialização. Durante o terceiro ano, os estudantes serão
confrontados em cada curso (Engenharia Civil, Elétrica, Materiais, Mecânica e Produção) aos
conceitos gerais de sua área de estudo. O quarto ano é dedicado a disciplinas que apresentam aos
alunos conceitos mais aprofundados de suas áreas de estudo. Durante o quinto ano eles seguem
cursos opcionais que complementam sua formação, enquanto realizam ao mesmo tempo um
estágio em uma empresa.
Validação Recíproca de Créditos
Na UNESP/UFPB, cada disciplina tem duração de um ano ou de um semestre. Cada disciplina está
associada a um número de créditos, que corresponde ao número de horas de aula dividido por 15 (crédito
12
UNESP/UFPB). Deste modo, para uma disciplina com 3 créditos o aluno deverá cursar 45 horas de aula.
Para cada disciplina são aplicadas diferentes avaliações, cujas notas variam de 0 a 10. Para a avaliação
geral do aluno a nota é ponderada em relação ao número de créditos da disciplina. Para ser aprovado em
uma disciplina, um estudante deve obter uma nota superior a sete.
O sistema de notas do Grenoble INP segue a norma européia ECTS. A validação é feita por ano. Um ano é
composto de dois semestres, e cada semestre possui um volume de 30 créditos ECTS.
1 ano
1 semestre
60 ECTS
120 créditos Brasil
1500-1800 h de trabalho*
30 ECTS
60 créditos Brasil
750-900 h de trabalho *
1 ECTS
2 créditos Brasil
25-30h de trabalho *
* as horas individuais de trabalho incluem as horas de cursos teóricos, laboratórios e projetos.
Cada disciplina integra uma avaliação cuja nota vai de 0 (mínimo) a 20 (máximo) e está ligada a um
coeficiente que segue a norma européia ECTS. Para cada disciplina o estudante obtém uma nota (A, B, C, D,
E em caso de validação, e F e FX em caso de não validação) que indica sua situação em relação ao resultado
esperado, de acordo com a tabela apresentada na seqüência.
Nota
ECTS
% dos estudantes
admitidos que
deverão obter a nota
Definição
A
10
EXCELENTE- resultado remarcável, com somente algumas insuficiências
B
25
MUITO BOM – resultado superior à média, apesar de um certo número de insuficiências
C
30
BOM- trabalho geralmente bom, apesar de um certo número de insuficiências notáveis
D
25
SATISFATÓRIO – trabalho correto, mas contendo lacunas importantes
E
10
PASSÁVEL – resultado satisfatório aos critérios mínimos
FX
-
INSUFICIENTE – é necessário realizar um trabalho suplementar para outorgar o crédito
F
-
INSUFICIENTE- é necessário realizar um trabalho suplementar considerável
Créditos ECTS:
1 ano acadêmico = 60 créditos - 1 semestre = 30 créditos
Para validar um ano no Grenoble INP, um estudante deve validar 60 ECTS de disciplinas e obter uma
média global de 12/20 no ano.
Em razão de um processo de seleção concorrido, o Grenoble INP, como todas as Grandes Écoles, tem
alunos que se situam entre os 10% melhores possuidores do Baccalauréat francês. Este fato deve ser
levado em consideração na análise dos resultados dos estudantes que participarão do intercâmbio, em
relação aos outros estudantes que constituem a base da nota ECTS.
Validação recíproca dos créditos no processo de intercâmbio de estudantes:
Cada estudante que efetuar um intercâmbio de estudos neste programa será acompanhado por dois
professores tutores, um na universidade de origem e outra na universidade de acolhida. O papel do tutor
na universidade de origem é guiar o aluno na concepção de seu programa de estudos, e também na
validação deste programa antes de sua partida. Alterações eventuais poderão ser efetuadas no início do
programa de intercâmbio, quando o aluno já se encontrar na instituição de acolhida.
O papel do tutor na instituição de acolhida é propor e seguir o estágio do aluno e, ao final, transmitir os
resultados à instituição de origem. A validação recíproca dos créditos e a tradução das notas entre os dois
sistemas serão feitas por acordo entre os dois tutores, segundo as regras:
13
•
Condições para os estudantes do Grenoble INP & ENSGSI/INPL :
•
Condições para se candidatar a esse programa: Os estudantes do Grenoble INP & ENSGSI/INPL
podem se candidatar a um intercâmbio na UNESP/UFPB se pelo menos 120 créditos ECTS do
programa do Grenoble INP & ENSGSI/INPL tiverem sido, ou estejam sendo, obtidos no Grenoble INP
& ENSGSI/INPL. Estes 120 créditos ECTS devem ter sido obtidos antes da inscrição na UNESP/UFPB.
•
Condições para a estadia na UNESP /UFPB:
Uma vez aceitos no programa, os alunos do Grenoble INP & ENSGSI/INPL devem:
• Seguir pelo menos um semestre de curso na UNESP/UFPB, correspondendo a um mínimo de
24 créditos de disciplinas científicas da UNESP/UFPB. O estudante poderá também efetuar um
trabalho de graduação com duração mínima de 4 meses.
• O trabalho de graduação pode ser feito em uma empresa ou em um laboratório de pesquisa da
UNESP/UFPB. O relatório final deve conter resumos em francês e português. Este projeto será
examinado na UNESP/UFPB e no Grenoble INP& ENSGSI/INPL, sendo possível uma defesa
única, da qual deverá participar um júri misto das duas instituições. Os candidatos do
programa BRAFITEC terão conhecimento das empresas parceiras que se comprometeram com
este projeto, sendo que o tema desenvolvido em seus Trabalhos de Graduação será definido
conjuntamente com estas empresas.
•
Validação pelo Grenoble INP & ENSGSI/INPL dos créditos realizados na UNESP/UFPB:
Os créditos e notas obtidos na UNESP/UFPB serão inteiramente reconhecidos pelo Grenoble INP.
A média resultante deste programa (incluindo um relatório sobre o intercâmbio e uma nota sobre
a cultura do país) conduz a uma nota final (de 0 a 20) que será ponderada em relação a 30 ECTS. A
nota do projeto (de 0 a 20) será também ponderada por 30 ECTS.
•
Condições para os estudantes da UNESP/UFPB:
•
Condições para se candidatar a esse programa:
Os estudantes da UNESP/UFPB podem se candidatar a este programa se as condições
apresentadas a seguir forem atendidas:
• Terem obtido ou estarem obtendo pelo menos 150 créditos UNESP/UFPB (equivalente a 3
anos e meio) dos cursos de Engenharia;
• Terem coeficiente de rendimento (CR) superior a 7,0 (sete sobre dez).
•
Condições para a estadia no grupo INP: Uma vez aceitos no programa, os estudantes da
UNESP/UFPB devem::
• Completar pelo menos 24 créditos de cursos científicos (um semestre) no Grenoble INP;
• Além dos 24 créditos, o aluno deve fazer um semestre de curso suplementar no Grenoble INP
& ENSGSI/INPL ou efetuar um trabalho de graduação de duração mínima de 4 meses;
• O trabalho de graduação pode ser feito em uma empresa ou em um laboratório de pesquisa do
Grenoble INP & ENSGSI/INPL. O relatório deve conter um resumo em francês e português. Este
projeto será examinado na UNESP/UFPB e no Grenoble INP & ENSGSI/INPL, sendo possível
uma defesa única da qual deverá participar um júri misto entre Grenoble INP & ENSGSI/INPL e
UNESP/UFPB. Os candidatos do programa BRAFITEC terão conhecimento das empresas
parceiras que se comprometeram com este projeto, sendo que o tema desenvolvido em seus
Trabalhos de Graduação será definido conjuntamente com estas empresas.
•
Validação pela UNESP/UFPB dos créditos feitos no Grenoble INP & ENSGSI/INPL:
Os créditos ECTS obtidos junto ao Grenoble INP & ENSGSI/INPL serão validados como créditos
UNESP/UFPB, obrigatórios ou opcionais, após a análise pela UNESP/UFPB. O Projeto de Final de
Estudos será validado como Trabalho de Graduação e a nota terá um coeficiente de 6 créditos
UNESP/UFPB. Se o estudante realizar um estágio em uma empresa, para esse estágio serão
atribuídos 12 créditos UNESP/UFPB relativo à disciplina Estágio Supervisionado. No caso geral, o
aluno irá cursar primeiramente sete semestres na UNESP/UFPB para depois iniciar seus estudos
14
em Grenoble/Nancy, onde deverá realizar mais um ano de estudos. Para finalizar, o aluno deverá
retornar à UNESP/UFPB para completar os cursos obrigatórios necessários à integralização de
seus créditos junto a UNESP/UFPB. Para garantir a validação das disciplinas cursadas no Grenoble
INP & ENSGSI/INPL, o aluno deverá, antes de sua partida, validar seu programa de estudos junto
ao respectivo Conselho de Curso. Além disso, o acordo de Duplo Diploma assinado entre a UNESP e
o Grenoble INP garante a validação dos créditos dos alunos que participam do programa.
3.4 Seleção dos estudantes
Os estudantes serão selecionados e aceitos neste programa de acordo com os seguintes critérios: histórico
escolar, competência na língua do país de acolhida, motivação e habilidade para compreender e participar
do programa de intercâmbio, que será avaliada em entrevista.
A seleção será efetuada em colaboração entre as duas instituições, sendo baseada nos formulários de
candidatura e em entrevistas.
A seleção será efetuada sob a responsabilidade da universidade de origem, sendo que a universidade de
acolhida pode, eventualmente, modificar o número de vagas destinadas ao intercâmbio.
Também será considerada a motivação do estudante em realizar seu Trabalho de Graduação junto às
empresas parceiras do programa.
3.5 Disciplinas envolvidas no intercâmbio
Pontos Gerais
Este programa de intercâmbio assegura unicamente a participação de estudantes que já tenham realizado
7/10 de seus cursos. As disciplinas que os estudantes podem cursar serão, portanto, associadas à área
específica de seus cursos, ou seja, especializações de final de curso. A escolha precisa das disciplinas a
serem seguidas nas instituições de acolhida será feita antes da partida do estudante e considerará a
disponibilidade dos cursos da instituição de acolhida, o interesse do estudante e a necessidade futura de
validação dos créditos. Os tutores deverão estar atentos a este processo, pois dele depende a garantia que
todos os objetivos do programa sejam atingidos.
Programas oferecidos
Pelo lado francês
ENSGSI / INPL: Engenharia Industrial e Gestão da Inovação
Para este programa de intercâmbio, sugerimos que os estudantes brasileiros que desejam realizar parte
de seu curso no ENSGSI nos seguintes módulos: Design/Inovação, Engenharia Industrial e Engenharia de
Sistemas - maior especialidade e onde podemos adicionar valor. Demonstra-se uma seleção de cursos ao
longo de um ciclo de engenharia (detalhadas no anexo http://www.ensgsi.inpl-nancy.fr/etudes--admissions_ingenieur_descriptif-des-modules-de-cours---cursus-ingenieur_3.html). Se o aluno optar por
terminar o seu último ano de engenharia na ENSGSI, ele terá a oportunidade que outros estudantes
normalmente matriculados na escola têm, de integrar um dos três Masters especializados (cf. seção 3.2 ).
Quanto ao seu trabalho final, ele pode realizar tanto na França ou no Brasil ou em qualquer outro país da
sua escolha. Neste contexto, será realizada uma co-orientação.
Em Grenoble
O INP Grenoble possui numerosas ofertas de formação em um dos 22 cursos orientados para as
profissões, é difícil aqui para oferecer uma escolha explícita da UE. O currículo seguido por estudantes
brasileiros pode ter a seguinte forma:
15
Para os alunos de intercâmbio:
- um semestre de estudos em um dos cursos do INP Grenoble (Nível Master1 ou Master2)
- se o semestre for equivalente ao Master de nível 2, o aluno pode optar por fazer o seu Projeto Final
em negócios a ser realizado em um laboratório de pesquisa parceiro.
Para os estudantes de duplo diploma:
- três semestres de estudo em um dos Cursos INP Grenoble (Nível Master1 ou Master2)
- o aluno concluirá sua formação através do Projeto Final em negócios a ser realizado em um
laboratório de pesquisa parceiro.
Pelo lado brasileiro
UNESP e UFPB
UNESP oferece a mesma situação de Grenoble. Estudantes franceses podem fazer cursos em vários de
nossos programas e o esquema adotado será o mesmo INP Grenoble:
Para os alunos de intercâmbio:
- um semestre de estudos em um dos Cursos de Engenharia do Campus da UFPB ou UNESP
- se o semestre for equivalente ao Master de nível 2, o aluno pode optar por fazer o seu Projeto Final
em negócios a ser realizado em um laboratório de pesquisa parceiro.
Para os estudantes de duplo diploma:
- três semestres de estudo em um dos Cursos de Engenharia da UNESP ou UFPB
- o aluno concluirá sua formação através do Projeto Final em negócios a ser realizado em um
laboratório de pesquisa parceiro.
3.6 Procedimentos para obtenção do duplo-diploma Grenoble INP – UNESP
Os estudantes que participarem do programa BRAFITEC, e que permanecerem no mínimo três semestres
na instituição de acolhida, poderão ser beneficiados do programa de duplo-diploma já existente entre o
Grenoble INP e a Faculdade de Engenharia/Campus de Guaratinguetá da UNESP. Esperamos que este
projeto BRAFITEC permita igualmente que o programa de duplo diploma possa ser estendido às novas
instituições participantes.
3.7 Critérios para seleção das empresas que receberão os estudantes para estágio
Grenoble INP, ENSGSI/INPL, UFPB e UNESP são instituições diretamente associadas às áreas industrial e
econômica regional e têm relações estreitas com empresas. Assim, numerosas possibilidades de estágios e
projetos são oferecidas aos estudantes.
No âmbito deste programa BRAFITEC 2009-2010, foram feitos contatos junto a empresas próximas das
instituições participantes. Algumas delas já se manifestaram de forma oficial em relação a este projeto, se
prontificando a:
• Receber um fluxo constante de estagiários por ano, inicialmente durante os dois anos referentes
ao programa BRAFITEC, podendo, no entanto, haver renovação deste processo;
• Efetuar o pagamento de bolsas aos estudantes que realizarem estágios em suas instalações.
Os coordenadores do programa se comprometem com os responsáveis pelas empresas que os estudantes
sejam orientados a dar especial atenção às áreas de especialização e técnicas associadas às tarefas
desempenhadas durante seus estágios (« stage de fin d’étude ») e, conseqüentemente, de seus Trabalhos
de Graduação. Comprometemo-nos ainda a propor aos empresários, com antecedência de 6 meses, e em
função da empresa e de sua localização, datas e períodos de duração para os estágios que correspondam
às suas necessidades.
Os documentos que atestam o engajamento (correspondências via email) estão anexados a este projeto. A
partir destes documentos pode-se constatar que já estão assegurados 3 estágios para estudantes
16
brasileiros na França e 2 estágios para estudantes franceses no Brasil. Outros contatos estão sendo
realizados para aumentar esta oferta, antes mesmo da implantação deste programa.
Além disso, na região de Guaratinguetá, a presença de várias empresas multinacionais (BASF, General
Motors, Volkswagen, Embraer, PSA, etc.), garante uma oferta de estágios compatível com o nível
pretendido para nossos alunos de engenharia. As empresas serão solicitadas pela UNESP a acolher os
estudantes do Grenoble INP no âmbito deste programa.
Quando o contrato de estudos de estudantes franceses na UFBP incluir um estágio industrial, professores
da Engenharia Civil e Ambiental da UFPB ajudarão estes estudantes a encontrar o estágio entre seus
parceiros habituais. A UFPB tem uma longa tradição de relações industriais, projetos e estágios em
empresas brasileiras localizadas no Brasil ou no exterior. Estes incluem AMBEV, ALPARGATAS, HONDA,
PETROBRAS, PERBRAS, Refinações de Milho Brasil, etc. A Federação das Indústrias da Paraíba (IPSF), por
meio do Instituto Evaldo Lodi (IEL), também tomará as medidas necessárias para encontrar uma
colocação para estudantes franceses de permanecerem na UFPB.
O Grenoble INP oferece aos estudantes acolhidos possibilidades múltiplas de entrar em contato com
empresas em sua área de atuação:
• Uma ativa associação de empresas nas escolas, oferecendo uma proximidade com os futuros
empregadores, facilitando discussões e a procura de estágios;
• Fórum “Odyssée de l'entreprise” que é organizado pelo ESC de Grenoble e pelo Grenoble INP, para
os estudantes destas duas instituições;
• Jornada Industrial, em que os engenheiros originários da escola apresentam a evolução dos seus
domínios de atuação aos alunos;
• Seminário de Carreiras (uma semana em fevereiro ou março, para os alunos do quinto ano)
durante o qual as empresas apresentam suas área de atuação e suas ofertas de estágio;
• Ciclo de conferências industriais organizadas para os alunos do quinto ano.
Momentos e espaços de permeabilidade entre ENSGSI e o status sócio-econômico são muitos e variados:
• De um ponto de vista formal, a escola baseia-se no seu Conselho para a orientação e formação:
50% dos seus membros tem algum tipo de carência sócio-econômica.
• Entre os professores permanentes da escola, 52% são engenheiros diplomados e/ou têm
experiência em empresas. Além disso, estes profissionais são responsáveis por 14% do volume de
horas de formação da escola, seja na gestão de todos ou parte dos módulos de ensino, ou para
conferências temáticas específicas.
• Ensino desenvolvido pelo ENSGSI depende de parcerias fortes com as empresas. Se os projetos do
1 º e 2 º ano do curso de engenharia (projetos industriais) baseiam-se mais especificamente sobre
PMI/PME, missões industriais regionais com duração de 8 meses podem ser oferecidas aos alunos
do 3 º ano de engenharia, envolvendo grandes grupos na França e no exterior;
• Esses parceiros também estão convidados a participar dos trabalhos finais dos estudantes ou para
diversas intervenções e apresentações dos trabalhos dos alunos. Além disso, a introdução no
organograma ENSGSI de um Serviço de Relações Industriais, em 2005, que reuniu a função de
coordenar e profissionalizar as diversas atividades já realizadas neste área
• Por iniciativa dos alunos do 1º e 2º anos do curso, o Pólo de Negócios Escola-Empresa (Pólo
REE) organiza, uma ou duas vezes por ano, um fórum do ENSGSI para ex-alunos de engenharia. A
oportunidade de melhorar a carreira dos ex-alunos, e reforçar os laços comerciais dos estudantes...
Os estudantes acolhidos no programa terão assim acesso a diferentes propostas de estágio/projeto em
empresas. O tema do estágio ou projeto será escolhido em comum acordo entre tutor e o aluno.
17
3.8 Logística do projeto
Os estudantes aceitos no programa se beneficiarão na instituição de acolhida de todas as vantagens e
direitos oferecidos aos estudantes normalmente inscritos no estabelecimento, particularmente em relação
à assistência ao alojamento, preferencialmente em residência universitária para os estudantes brasileiros
na França. Do lado brasileiro, os estudantes poderão ficar em residência universitária ou em residências
mantidas por grupos de estudantes (repúblicas). O coordenador brasileiro do projeto se ocupará dos
estudantes estrangeiros desde sua chegada a São Paulo e a João Pessoa.
Em ambos os casos, as universidades se comprometem a receber os alunos da seguinte forma:
• Auxílio para encontrar alojamento, incluindo o acesso à moradia a taxas preferenciais: Cidade
Universitária, por exemplo, na França
• - Acesso a médicos e a seguridade social a partir da matrícula (de acordo com a convenção, os
alunos serão isentos da taxa de matrícula universitária)
• - Acesso ao serviço internacional de estudantes brasileiros do INP para facilitar todos os
procedimentos administrativos (Visto, entre outros)
• - Apoio inicial dos alunos franceses e auxílio à implementação dos procedimentos administrativos
(Visto e moradia, entre outros)
• - Acesso a bibliotecas e infra-estrutura da universidade.
3.9 Acompanhamento dos estudantes
Cada aluno é supervisionado por dois professores: um professor na universidade de acolhimento, que
monitora a permanência do aluno, e outro na universidade de origem, que assegura a validade do
currículo. Os tutores são professores especialistas na área da formação do aluno.
No Instituto de Grenoble, além do Departamento de Relações Internacionais (RI), cada escola tem seu
próprio setor de RI para receber, orientar e confirmar as disciplinas escolhidas. Um grupo de estudantes
franceses do Grenoble Institute of Technology orienta e apóia cada aluno. Iremos implementar um
acompanhamento sistemático e individualizado de estágio de pesquisa na França para alunos brasileiros.
A experiência tem demonstrado que esse acompanhamento é necessário para que os candidatos realizem
suas atividades com qualidade.
3.10 Aprendizagem da língua
Os estudantes receberão um suporte para sua iniciação cultural no país de destino. De modo clássico, os
estudantes envolvidos no programa poderão se beneficiar de cursos de línguas com uma abordagem
sobre as questões culturais:
Na universidade de acolhida
•
•
•
A UNESP/UFPB organizará um programa de acolhida para os estudantes franceses e oferecerá um
curso de português aos estudantes do Grenoble INP, no âmbito do programa de intercâmbio.
Atividades culturais (encontros, intercâmbios, etc.) serão desenvolvidas durante toda a estadia
dos estudantes franceses no Brasil. Conforme descrito, uma parte dos estudantes brasileiros
reside em repúblicas. No âmbito deste projeto, os estudantes franceses serão fortemente
aconselhados a habitar nas repúblicas, pois acredita-se que os estudantes poderão aproveitar o
ambiente para o aprendizado do português e, também, para efetuar sua integração cultural.
Para a UFPB, os alunos franceses serão recebidos na chegada em João Pessoa pelo coordenador
brasileiro da instituição, que intermediará os procedimentos administrativos, a fim de regularizar
a situação do estudante perante as autoridades brasileiras e a administração da Universidade. A
UFPB também irá auxiliar o estudante a encontrar alojamento pelo período de sua estadia.
Após a chegada ao Brasil, os alunos devem fazer um curso de Português organizado pela UFPB em
colaboração com a Faculdade de Letras, por 4 semanas. Um esforço especial será realizado pelos
dois parceiros brasileiros com a intenção de melhorar a recepção aos estudantes franceses.
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•
•
•
•
•
Professores franceses também serão recebidos pelo coordenador da instituição e receberão o
mesmo apoio para os procedimentos administrativos. Além disso, será dado o apoio necessário
para tornar eficazes os intercâmbios educacionais (cursos de preparação, seminários, etc ...).
Cursos de francês são oferecidos aos estudantes estrangeiros das escolas do grupo INP. Uma
semana intensiva (20 h de curso) será proposta antes do início do ano universitário, geralmente
no final de agosto ou na primeira semana de setembro. Esses cursos são realizados por
professores do CUEF (Centre Universitaire d'Etudes du Français) – Université Stendhal. Cursos de
francês são também oferecidos ao longo de todo o ano universitário (2 horas por semana). Os
estudantes têm ainda a possibilidade de seguir módulos de gramática ou de aprofundamento na
língua francesa na Universidade Stendhal, e também um módulo “inter-cultural” na universidade
Pierre Mendès France. O curso de francês dá direito à obtenção de créditos. Um certificado em
Língua Francesa será proposto aos alunos acolhidos no programa antes do final do intercâmbio no
Grenoble INP (DELF/DALF – diplôme – ou TCF – Test de Connaissance du Français).
Os estudantes podem seguir um curso de francês científico que lhes auxilia na familiarização com a
língua e com o contexto científico francês. Este dispositivo é um facilitador da integração dos
estudantes estrangeiros no estabelecimento, por se tratar de local de encontro e intercâmbio. Há,
assim, além do aspecto lingüístico, uma primeira sensibilização dos alunos ao aspecto intercultural
e, notadamente, ao processo pedagógico francês.
Em relação ainda à sensibilização intercultural, o grupo INP propõe aos alunos franceses e
estrangeiros o desenvolvimento de atividades, encontros e novas trocas. A questão da metodologia
universitária francesa mostra-se a cada dia mais e mais acertada, e os estudantes a solicitam cada
vez mais. As relações profissionais nas empresas têm também um forte aspecto cultural. O grupo
INP desenvolveu, portanto, um curso para sensibilizar os estudantes deste programa às questões
interculturais e para os auxiliar a obter uma boa integração acadêmica e profissional.
Conferências são organizadas pela AEPI (Agence d'Etudes et de Promotion de l'Isère) e pelas 4
universidades de Grenoble para os estudantes estrangeiros. O objetivo destas atividades é
possibilitar aos alunos conhecer melhor o ambiente sócio-econômico de Grenoble e criar uma rede
de contatos. Assim, os estudantes terão um maior conhecimento do ambiente industrial, científico
e universitário de Grenoble, bem como de seu patrimônio cultural.
Nas universidades de origem
Formação Linguistica de estudantes brasileiros no Brasil
Os estudantes brasileiros com interesse em participar do programa devem ter atingido o nível B1
(veja acima) validado por certificação interna ou externa antes da sua partida para a França, com a
possibilidade de, após sua chegada à França, realizar um curso intensivo de Francês como Língua
Estrangeira (FLE), proposto pela instituição de acolhimento durante o mês de agosto. Este
treinamento será obrigatório para aqueles que não têm o nível mínimo exigido (ver Processo de
Seleção).
Os estudantes brasileiros que desejam participar, mas que não têm conhecimento da língua
francesa, devem cursar a disciplina de Francês como Língua Estrangeira (ELF), proposto pelas
instituições brasileiras, antes de submeter sua candidatura. Caso não tenham atingido a
certificação de nível B1 validada interna ou externamente, antes de sua partida para a França,
devem se matricular em um programa intensivo de francês oferecido na França no mês de agosto.
O nível de proficiência será um dos fatores determinante na seleção dos candidatos.
Além disso, os estudantes brasileiros farão cursos em francês e cultura francesa organizados pela
instituição de acolhimento.
Formação Línguistica de estudantes franceses na França
Os estudantes franceses interessados em participar do programa e que tenham atingido a
certificação de nível B1 validada interna ou externamente antes de sua partida terão a
oportunidade de cursar um programa intensivo de Português como Língua Estrangeira oferecido
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pela instituição de acolhimento. Este treinamento será obrigatório para aqueles que não têm o
nível limiar exigido (ver Processo de Seleção).
Os estudantes franceses que desejam participar, mas não têm nenhum conhecimento de
Português, devem frequentar aulas de Português oferecidos pela instituições de acolhimento antes
de de submeter sua candidatura. Se não atingirem a certificação de nível B1 validado interna ou
externamente, antes da sua partida, devem se inscrever no programa de PortuguêsIntensivo
oferecido pela instituição de acolhimento antes do início das atividades do programa.
O nível de proficiência será um dos fatores determinante na seleção dos candidatos.
3.11 Mobilidade de professores
Plano de trabalho dos professores franceses envolvidos no projeto
Os professores das instituições francesas selecionadas para realizar missões no Brasil devem ter a sua
permanência planejada e previamente aprovada pelo Comitê de Coordenação responsável pelo projeto.
Durante a sua estadia, eles irão participar de atividades de ensino na sua área de especialização em
conferências e debates educacionais. Como tutores, serão responsáveis pelo acompanhamento dos
projetos e estágios para os alunos. Sua missão em particular será para o aconselhamento e
acompanhamento do estudante de intercâmbio francês, mas também a orientação de estudantes
brasileiros na França.
Os professores franceses que participem neste programa devem ter proficiência em Francês, Português ou
Inglês para tornar mais produtivas as atividades de intercâmbio na universidade de acolhimento.
Na tabela a seguir, é proposto um plano de trabalho preliminar para o intercâmbio dos professores.
Previsão e programação do
intercâmbio
Primeiro ano (2010):
Segundo ano (2011):
Missões França-Brasil
Missões Brasil-França
Duas missões de trabalho para a
apresentação de seminários e
debates para aprofundar o
conhecimento sobre o Brasil,
prevista para fevereiro de 2011
na UNESP/FEG Guaratinguetá e
na UFPB em João Pessoa.
Discussão
de
atividades
específicas de pesquisa e
desenvolvimento.
Duas missões de trabalho para a
avaliação do desempenho do
desenvolvimento do primeiro
ano do projeto, em Julho de
2012.
Duas missões de trabalho para a
avaliação parcial das atividades,
tendo em conta os dois primeiros
semestres cumpridos pelos até
janeiro de 2012[1].
Duas missões de trabalho em
junho de 2013 para avaliação
dos resultados finais do projecto
e estudos para a proposta de
prorrogação por dois anos
adicionais.
[1] Os coordenadores brasileiros já conhecem o ambiente acadêmico francês, por já terem realizado
atividades, por pelo menos quatro anos consecutivos, em universidades francesas
3.12 Calendário
Os intercâmbios de estudantes se desenvolverão considerando um ano universitário completo e estarão
sujeitos ao calendário em vigor em cada instituição.
Na França, o ano universitário é constituído da seguinte forma:
• Primeiro semestre: meio de setembro à meio de fevereiro;
20
•
•
Segundo semestre: de fevereiro a junho (cursos ou Trabalho de Graduação “Projet de Fin
d’Études”);
Julho a Agosto: possibilidade de estágio em empresa ou laboratório de pesquisa.
Todos os estudantes brasileiros escolhidos para o programa BRASITEC serão acolhidos a partir de agosto
no Grenoble INP. Conforme citado, um curso intensivo de francês será organizado no final de agosto; outro
curso será organizado ao longo de todo o semestre (com o peso de 1,5 crédito ECTS). Outra semana de
francês intensiva está prevista para fevereiro.
Para o UNESP/UFPB, o ano universitário é constituído da seguinte forma:
• Primeiro semestre: de março a junho;
• Segundo semestre: de agosto a dezembro.
Os oito estudantes do Grenoble INP& ENSGSI/INP serão acolhidos a partir da metade de julho na
UNESP/UFPB. Durante toda a estadia eles irão acompanhar cursos na UNESP/UFPB e, após janeiro, eles
poderão efetuar um estágio em empresa parceira ou junto a grupos de pesquisa da UNESP/UFPB.
3.13 Pesquisa e colaboração científica
Deve-se ressaltar que se deseja estabelecer, de forma progressiva, colaborações relacionadas à pesquisa
entre as duas instituições, o que permitirá conduzir, de maneira incremental, um intercâmbio de
professores para a implementação de atividades de pesquisa com um nível científico avançado. Isto
permitirá que se proponha, em associação com as empresas parceiras, uma oportunidade dupla aos
estudantes em intercâmbio, para lhes permitir obter, além do diploma de engenheiro, um Master
Recherche appliqué (Mestrado Strictu-Senso).
Para iniciar o desenvolvimento de atividades comuns de pesquisa, pretende-se ter como base
colaborações e intercâmbios entre dois grupos das duas instituições. Grande parte dos professores
associados ao laboratório G-SCOP (Sciences pour la Conception, l’Optimisation et la Production de
Grenoble) da Escola de Engenharia Industrial do Grenoble INP desenvolvem atividades de pesquisa. Um
dos dois pólos deste laboratório (Optimisation et Systèmes de Production), desenvolve trabalho de
pesquisa associado aos temas, Otimização combinatória, Pesquisa operacional associada a sistemas de
produção e Gestão de sistemas de produção. Ao desenvolvimento destas atividades de pesquisa, estão
associados 33 professores/pesquisadores e 35 doutorandos/mestrandos.
Mesmo considerando a importante diferença operacional entre as estruturas organizacionais associadas à
pesquisa na França e no Brasil, é possível identificar atividades similares desenvolvidas por membros do
laboratório G-SCOP (unidade básica para o desenvolvimento de pesquisa) e membros do Departamento
de Produção da Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá da UNESP. Efetivamente, nove professores da
UNESP desenvolvem atualmente atividades de pesquisa em áreas nas quais se desenvolvem trabalhos no
G-SCOP, a saber: três em Pesquisa operacional associada a sistemas de produção, quatro em Gestão de
sistemas de produção e quatro em Otimização combinatória.
Com o desenvolvimento do projeto, pretende-se que novos grupos comuns sejam identificados, para o
desenvolvimento de atividades de pesquisa em outras áreas.
3.14
Candidaturas a Bolsas
Para a operação do programa BRAFITEC nos próximos dois anos, pedimos uma taxa fixa por aluno,
apoiando o único custo extra de mobilidade.
Estimamos que o número de estudantes brasileiros da UNESP / UFPB que irão estudar em
universidades parceiras franceses seja de 12 por ano (6 de cada universidade). Da mesma forma,
estima-se que o número de estudantes franceses do grupo INP que virão estudar na
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UNESP/UFPB seja 8 por ano (4 de cada universidade). Além disso, o intercâmbio de professores é
estimado em 2 por ano nos dois sentidos.
Estimativa de orçamento anual do INP Grenoble ENSGSI / INPL para estadias na UNESP/UFPB:
8 alunos por 6 meses + 2 visitas para os professores:
- 10 bolsas para o curso (8 para estudantes e 2 para professores)
- 2 bolsas de estudo para professores
- 8 bolsas para estudantes pelo período de seis meses
Orçamento anual estimando pela UNESP / UFPB para estadias em Grenoble INP/ENSGSI INPL:
6 alunos pelo período de um ano + 6 alunos pelo período de 6 meses + 2 visitas para os
professores:
- 14 bolsas para o curso (2 para professores e 12 para estudantes)
- 2 bolsas de estudos para professores
- 6 bolsas de estudos para estudantes pelo período de 6 meses
- 6 bolsas de estudos para estudantes pelo período de 12 meses
Orçamento
A tabela a seguir indica o custo para a mobilidade de um estudante brasileiro na França por um ano.
Item
1
2
3
4
Descrição
Passagem aérea
Valor Unitário (em R$)
2.550,00
(1.100,00 €)
2.000,00
Bolsa
(870,00 €)
Seguro
970,00
(420,00 €)
1.500,00
Auxílio instalação
(660,00 €)
Total por estudante brasileiro por ano
Quantidade
1
Total (em R$)
2.550,00
12
24.000,00
1
970,00
1
1.500,00
29.020,00
(12.620 €)
A tabela a seguir indica o custo para a mobilidade de um estudante brasileiro na França por um semestre.
Item
1
2
3
4
Descrição
Passagem aérea
Valor Unitário (em R$)
2.550,00
(1.100,00 €)
2.000,00
Bolsa
(870,00 €)
Seguro
485,00
(210,00 €)
750,00
Auxílio instalação
(330,00 €)
Total por estudante brasileiro por ano
Quantidade
1
Total (em R$)
2.550,00
6
12.000,00
1
485,00
1
750,00
15.785,00
(6.860 €)
A tabela a seguir indica o custo para a mobilidade de um estudante Frances no Brasil por um ano.
Item
1
Descrição
Passagem aérea
2
Auxílio a mobiliade
Valor Unitário (em R$)
1.850,00
(800,00 €)
810,00
Quantidade
1
Total (em R$)
1.850,00
6
4.860,00
22
(350,00 €)
Total por estudante Frances por ano
6.710,00
(2.920 €)
Os custos de uma missão de um professor brasileiro na França e de um professor francês no Brasil são
apresentados na tabela a seguir.
Item
1
2
3
Descrição
Valor Unitário (em R$) Quantidade
3.000,00
Billet
1
(1.300,00 €)
392,00
Indemnité journalière
21
(140,00 €)
580,00
1
Assurances
(250,00 €)
Total por professor brasileiro/francês por ano
Total (em R$)
3.000,00
6.960,00
580,00
10.540,00
(4.550 €)
Custo Total do Projeto por dois anos:
Descrição
Estudante brasileiro na França por um ano (12)
Estudante brasileiro na França por um semestre (12)
Estudante Frances no Brasil por um semestre (16)
Missão de um professor brasileiro na França (4)
Missão de um professor francês no Brasil (4)
Total
Valor (em R$)
348.240,00
189.420,00
107.360,00
42.160,00
42.280,00
729.460,00
(317.220 €)
4 Acompanhamento do projeto
O acompanhamento do projeto é assegurado pelos coordenadores em cada uma das universidades, pois
estes devem promover o programa, organizar o processo de seleção de candidatos e a atribuição de um
tutor a cada estudante. Conforme já comentado, cada estudante será acompanhado por dois tutores: um
na universidade de acolhida, para garantir o acompanhamento pedagógico da estadia; e outro na
universidade de origem, para garantir a validade do programa de estudos. Os tutores serão professores
especialistas na área de estudos dos estudantes.
As visitas de professores às universidades de acolhida são essenciais, pois garantem a coerência do
acompanhamento global do projeto. Para garantir o acompanhamento e o sucesso dos intercâmbios, é
importante que os diferentes componentes sejam diretamente implicados no projeto através dos tutores.
Por esta razão, duas visitas de professores tutores de cada instituição são previstas em cada ano. Estas
estadias proporcionarão a realização de seminários científicos em relação à área de trabalho dos
professores e serão abertos à participação de estudantes. Além disso, durante esta estadia os professores
poderão visitar outras escolas no Brasil e na França para estender este programa.
A escolha do tutor e da programação das visitas fica sob a responsabilidade dos coordenadores do projeto,
José Celso Freire Junior pela UNESP, Joacio Morais Junior pela UFPB, Frédérique Mayer pelo INPL e
Guillaume Thomann pelo Grenoble INP
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