Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 357 – junho 2016

Transcrição

Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 357 – junho 2016
Director: Rui Rama da Silva
Junho de 2016
Edição: 357
Ano: XXXII
1,25€
BARCELINHOS
“Senhora Ministra, faça o favor
de aumentar os apoios aos bombeiros”
Página 17
SANTO ANDRÉ
Entraves não impedem
crescimento
Página 11
AVEIRO (NOVOS)
Página 13
“Temos
uns bombeiros excecionais”
CASCAIS
O sucesso de uma missão
dá força para a seguinte
Página 7
2
JUNHO 2016
Fotos: Texas Task Force
Morreu uma heroína do 11 de Setembro
A
imagem que reproduzimos comove, perturba e questiona sobre que laços tão fortes se estabelecem em situações como estas. O
corpo da cadela “Bretagne” passa entre alas de bombeiros em sentido, em
Houston, Estados Unidos da América.
Morreu o último dos 300 heróis caninos que participaram nas operações de
busca e salvamento das vítimas do
atentado ocorrido em 11 de Setembro
de 2001 na cidade norte-americana de
Nova Iorque.
A “Bretagne” foi “adormecida” aos
16 anos, depois de múltiplas falhas orgânicas que abalavam gravemente a
sua saúde, no final de uma vida dedicada integralmente ao próximo. Tinha
2 anos quando, tendo acabado o seu
treino como cão de busca em Houston
(Texas), teve o seu baptismo de fogo
nos escombros do “World Trade Center”, a par de mais três centenas de
cães cuja ação permitiu resgatar muitos sobreviventes e também recuperar
cadáveres.
A cadela “Bretagne”, da raça “golden
retriver”, trabalhou 12 horas seguidas
em cada um dos 10 dias em que foi
empenhada nas operações de resgate
no 11 de Setembro. E salvou centenas
de vidas.
Até aos 9 anos de idade, a cadela
viria ainda a participar em idênticas
operações de resgate na sequência dos
furacões Katrina, Ivan e Rita.
Depois, retirada dessa missão passou a participar, com grande sucesso,
em atividades com crianças associadas
à prevenção e à sensibilização para a
segurança e o socorro.
Quantas histórias destas haverão
em Portugal. Porventura, em menor
escala e impacto mas com o mesmo
sentido. Quantos cães há nos nossos
corpos de bombeiros disponíveis e aptos para a busca e o salvamento.
Em boa hora, os bombeiros portugueses, ao desenvolverem a ação cinotécnica, passaram a dispor de mais
uma valência importante, sem dúvida,
para aumentar a eficiência e a eficácia
das suas estruturas operacionais. Os
bombeiros também aqui inovaram,
como têm sabido fazer ao longo da sua
história em tantos outros domínios.
Perante novas situações, novos ris-
cos, os bombeiros têm procurado e
conseguido, a suas inteiras expensas,
equipar-se e formar-se em novas disciplinas.
As equipas cinotécnicas começaram
por ser uma surpresa, uma novidade,
que se tem replicado ao longo do país.
Começaram por ser fruto de pura carolice mas, felizmente, foram ganhando
importância e, até se pode dizer, legitimidade.
Hoje, a valia das equipas cinotécnicas não carece de demonstração. Mas,
porém, precisa de melhor enquadramento e financiamento assumido por
quem de direito.
O episódio da morte da cadela “Bretagne” demonstra à exaustão a enorme cumplicidade que se estabelece
entre os membros das equipas, a sintonia que se cria entre bombeiros e
animais num objectivo comum, numa
confiança mútua perante os riscos assumidos.
Saúdo as associações e corpos de
bombeiros, comandos, bombeiros e dirigentes que têm sabido apostar no
desenvolvimento da nova disciplina cinotécnica. São credores do nosso respeito pelo arrojo da decisão e, também, da assunção dos custos que isso
acarreta.
Comecei com uma notícia que, não
só nos comove, como também vem
enfatizar a importância das equipas cinotécnicas.
Artigo escrito de acordo com a
antiga ortografia
CASCAIS
JORNAL@LBP
Bombeiras pintam camaratas
Quando o povo sai à rua rendido à causa
A
s dez bombeiras dos Voluntários de Cascais que figuram e promoveram o calendário para o ano em curso são as mesmas que
agora, com a receita obtida com a sua venda e o apoio da “Robbialac”, começaram a pintar as duas camaratas do quartel, feminina e
masculina.
A Cláudia Correia, a Helena Madeira, a Vanessa Cortezia, a Filipa
Alves, a Alina Oliveira, a Ana Félix, a Patrícia Pires, a Joana Vasquez, a Cristina Santos e Soraia Rodrigues começaram por chamar
a si a iniciativa da produção dos calendários, em articulação com a
direção e o comando, e agora, mãos à obra, prosseguem a missão
a que se comprometeram.
As dez bombeiras começaram com as pinturas e vão seguir com
os cortinados a substituição de algumas janelas, substituir colchões, beneficiar camas, móveis e outros arranjos.
A direção e o comando saúdam a iniciativa dos elementos femininos, pelo entusiasmo com que a tomaram em mãos e os resultados que se aprontaram a concretizar.
N
as sociedades contemporâneas sobra
pouco tempo para quase tudo, designadamente para acompanhar as ações e atividades das instituições da terra. Nos meios
mais pequenos, a banda, o grupo de teatro
ou a equipa de futebol ainda têm seguidores, contudo nos núcleos urbanos de maior
dimensão essa ligação perde-se.
Ainda assim há exceções, muitas mais no
que toca às associações de bombeiros. Não
raras vezes, quando percorremos o País somos surpreendidos com grandiosas manifestações de apoio aos homens e mulheres
que servem tão nobre causa.
No passado dia 26 rumamos a Norte, mais concretamente
a Barcelos, onde as comemorações do 95.º aniversário e a
inauguração do quartel dos Voluntários de Barcelinhos mobilizaram centenas de pessoas. O povo saiu à rua para, entusiasticamente, celebrar, aplaudir, para participar na festa,
para expressar simpatia e orgulho pela instituição.
Importa registar que os Bombeiros de Barcelinhos conseguiram galvanizar a comunidade, fidelizar amigos, arregimentar apoiantes, captar beneméritos em suma envolver e
comprometer a comunidade com a atividade da associação,
que se pode arrogar de ter quase 30 mil associados, um
número absolutamente extraordinário, e que confirma o vigor desta casa.
O trabalho, a entrega, algum arrojo mas, claramente, a
“paixão” que dirigentes e bombeiros colocam na missão de
servir o concelho de Barcelos é um exemplo para o País. Na
verdade, nesta enorme família todos, sem exceção, são
bombeiros, ainda que alguns não enverguem a farda. O espírito de missão e a vontade de servir mais e melhor norteia
dirigentes, elementos da estrutura de comando, dos bombeiros no ativo ou quadro de honra.
A determinação deste punhado de homens bons, acaba
por ser contagiante e arrastar todos os setores da sociedade
civil, entidades e instituições como se ninguém quisesse ficar fora desta missão. E depois a gratidão, conceito tantas
vezes ignorado, mas que importa sublinhar, pois se o povo
está grato aos seus bombeiros, os bombeiros também não
esquecem o que povo faz por eles.
Sofia Ribeiro
3
JUNHO 2016
Foto: Marques Valentim
E
m 2013 começámos a dar
os primeiros passos,
quando referimos ao então Ministro da Administração
Interna (MAI), Dr. Miguel Macedo, a necessidade de uma
Lei de Financiamento para as
Associações Humanitárias de
Bombeiros, proposta logo
aceite, tendo sido iniciadas
conversações.
No início de 2014, em reunião havida na Secretaria de
Estado da Administração Interna (SEAI), é manifestada a
intenção do então Secretário
de Estado, Dr. João Almeida,
de avançar com uma Lei de Financiamento das Associações
Humanitárias de Bombeiros
Voluntários enquanto entidades detentoras dos Corpos de
Bombeiros.
Em Junho de 2014, é apresentado o primeiro estudo de
um projeto para ser trabalhado entre a LBP e o Secretário
de Estado da Administração
Interna.
Por essa altura é promovida
uma reunião pelo Secretário
de Estado João Almeida em
que estiveram presentes a LBP
e a ANMP e onde foi analisada
a questão do eventual financiamento por parte das autarquias.
Mais tarde a ANMP, veio a
manifestar-se contra a sua
participação no financiamento,
considerando inconstitucional
tal procedimento.
A LBP tomou posição através do ofício dirigido à ANMP e
eu próprio reiterei a nossa posição, em sucessivas cerimónias em que fui intervindo e
em declarações prestadas à
comunicação social, considerando a posição assumida pela
ANMP profundamente injusta e
lesiva para os bombeiros e
para as populações.
Em Setembro de 2014, é
apresentada uma versão melhorada da proposta de Lei
pela SEAI, tendo nós mais
uma vez apresentado os pontos de vista da LBP.
Considerámos na altura,
que se deveriam encontrar novas fontes de financiamento,
dada a recusa da Associação
Nacional de Municípios Portugueses em fazê-lo.
Assim, a LBP avançou com a
proposta do lançamento de
Importa fazer a cronologia
da Lei do Financiamento
uma taxa sobre os produtos
florestais, que seria aplicada à
fileira florestal, bem como a
várias entidades REN – REFERIndustria Petrolífera, e outras.
Perante a nossa insistência
junto do MAI, no Congresso
realizado em Coimbra, em Outubro de 2014, o então SEAI,
João Almeida, fez uma intervenção na abertura do mesmo, onde reafirmou o firme
propósito de avançar com a
Lei, assumindo uma proposta
no valor global de cerca de
12,5 milhões de euros. Durante o Congresso o Conselho
Executivo (CE) da LBP apresentou propostas concretas
sobre a Lei em estudo, que depois de devidamente analisadas e discutidas por todos, foram sufragadas, tendo sido
aprovadas por esmagadora
maioria dos delegados presentes no Congresso.
A LBP propôs também ao
Governo que a Lei fosse discutida, votada e aprovada na Assembleia da República (AR)
dando-lhe assim uma maior
força e abrangência política.
Em 14 de Maio de 2015, é
feito um ofício aos Presidentes
das Federações Distritais a solicitar-lhes a sua opinião. Não
obtivemos quaisquer respostas.
Em 20 de Junho de 2015, é
promovida uma reunião com
as Federações, na AHBV de
Caldas da Rainha, constando,
no ponto 2 da ordem de trabalhos, o estudo suporte da Lei
de Financiamento.
Aberta a discussão sobre a
matéria, não houve propostas
por parte das Federações. Assim, foi reconhecido como
bom o trabalho produzido pelo
Conselho Executivo ficando
por isso este mais avalizado
para prosseguir com as negociações.
No Conselho Nacional realizado em Peniche, foi distribuído um documento mais elaborado sobre a Lei do Financiamento.
Face aos ensaios feitos na
SEAI sobre a proposta de Lei,
O Conselho Executivo produziu
um parecer em que sustentava
que no primeiro ano da sua
aplicação nenhuma Associação
deveria receber menos de 3
por cento, nem mais de 25 por
cento.
Entretanto, o Ministério das
Finanças, introduziu um normativo na proposta, onde nenhuma Associação poderia
baixar no ano seguinte mais
de 10 por cento, bem como
ninguém receberia mais de 10
por cento de aumento.
A LBP manifestou-se logo
contra esta hipótese e propôs
que não houvesse esta cláusula. Porém, o Ministério das Finanças não abdicou desta norma, conseguindo-se, no entanto, que essa percentagem
baixasse para 5 por cento e se
mantivesse o aumento de 10
por cento.
Convém referir que se procurou, desde a primeira hora
que esta Lei corrigisse as assimetrias que estavam patentes
no PPC, com claros benefícios
para algumas Associações e
que face à aplicação da Lei pelos critérios adotados, tiveram, naturalmente em alguns
casos resultados negativos.
As bases em que o PPC assentava, eram manifestamente desajustadas da realidade.
Assim, impunha-se a feitura
de uma Lei que tratasse todos
por igual, como é o caso. Em
nosso entender, é exatamente
para isso que servem as Leis.
Em 26 de Setembro de
2015, no Conselho Nacional
realizado em Esposende, voltámos a insistir, na análise da
proposta de Lei de Financiamento, no sentido de, mais
uma vez, auscultarmos todos
sobre a forma como a Lei estava a ser negociada pelas partes. Solicitámos ali aos Senhores Conselheiros que, caso tivessem dúvidas, as apresentassem a fim de serem
devidamente esclarecidos.
Nesta reunião nada foi proposto que levasse a CE a alterar as posições sobre a matéria em análise e discussão.
Já em Janeiro de 2016, fomos confrontados com a aplicação da Lei, de forma que
considerámos altamente prejudicial para as AHB tendo solicitado de imediato, uma reunião
com o Presidente da ANPC,
para que nos explicassem a interpretação que esta fazia sobre a aplicação da Lei. Salien-
ta-se que o financiamento em
2014 era de cerca de 22 milhões de euros e que em 2015
passou para 23.727.000,00 €.
A verba que estava proposta
no OE para 2016 foi de
25.722.000,00 €, mas a formulação da norma prejudicava
enormemente as AHB pelo
erro do valor do cálculo de referência.
Tal deveu-se à incompetência da ANPC em não calcular
os valores com base no valor
de referência, que devia corresponder ao do último mês de
2015, e que a ser bem calculado dava um valor global de
26.261.385,00 €, tendo os
Bombeiros Portugueses sido
prejudicados em cerca de
560.000,00 €.
Face a esta situação, a LBP
reclamou com caráter de urgência uma reunião com o
atual SEAI, Dr. Jorge Gomes, e
recebemos como garantia que
tudo seria feito para não criar
dificuldades às Associações
Humanitárias de Bombeiros.
Foi proposta pela LBP uma
alteração que o SEAI enviou à
AR sob forma de “Cavaleiro
Orçamental”, tendo sido esta
aprovada por unanimidade.
Em resumo, conforme aqui
deixo descrito e sublinhado,
tudo fizemos para que a Lei
fosse uma boa Lei, embora
possível de ser melhorada.
Já propusemos ao Secretário de Estado da Administração
Interna, Dr. Jorge Gomes, e
reiterámos no Dia do Bombeiro Português, em Portimão, o
nosso firme propósito de avançarmos com uma proposta de
alteração, retirando a cláusula
que penaliza com corte de 5
por cento algumas Associações de Bombeiros. Igualmente diligenciaremos para que se
efetue no Orçamento de Estado (OE) de 2017 um aumento
correspondente a 2,5 milhões
de euros.
Continuaremos a trabalhar
por melhores condições para
os Bombeiros Portugueses. Estamos sem dúvida motivados
e empenhados para tal. Estamos certos e convictos que
trabalhando de forma integrada e em união será possível ultrapassar as dificuldades, razão pela qual também contamos com todos vós.
4
JUNHO 2016
POMBAL
A
alteração da Lei de Bases
da Proteção Civil, o Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro
(SIOPS), a diretiva Financeira e
o Programa de Financiamento
Portugal 2020 foram alguns
dos temas analisados e debatidos, no passado dia 9 de junho
em mais uma reunião de trabalho que sentou à mesma mesa
o Conselho Executivo da Liga
dos Bombeiros Portugueses
(LBP) e os presidentes das fe-
derações distritais de bombeiros.
Jaime Marta Soares abriu os
trabalhos dando conta do esforço desenvolvido pela confederação para que o processo de
revisão da Lei de Bases da Proteção Civil consagre as reivindicações dos bombeiros, lembrando contudo que a LBP “foi a
entidade que, entre mais de 50
entidades mais, propostas de
alteração apresentou”, declarando que não vai desistir de
TORRE DOS CLÉRIGOS
Irmandade oferece
receita à LBP
A
Irmandade dos Clérigos, Porto, vai entregar à Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP) a receita de bilheteira de
ingresso na Torre dos Clérigos de um fim-de-semana no valor de 15 mil euros.
É a segunda vez que aquela instituição decide apoiar os
bombeiros portugueses e a função social desempenhada
pela LBP. Em 2015 a instituição tomou idêntica iniciativa com
o mesmo objetivo.
lutar pelo que considera ser o
futuro do setor.
O presidente da Liga recordou as federadas das propostas
sufragadas no Congresso de
Coimbra tendo em vista a revisão da lei orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil
que, disse, pretende “cumprir
religiosamente” e nesse sentido
continua a exigir a criação de
uma Direção Nacional de Bombeiros (DNB) “autónoma, independente e orçamento próprio”,
bem como do “comando autónomo dos bombeiros”.
Num diálogo franco, aberto e
muito direto, o comandante Jaime Marta Soares apelou a consensos, a atitudes mas, sobretudo á união, defendendo que
só uma posição concertada e
firme possibilitará a almejada
“alteração de fundo no setor”.
Fez-se ouvir e quis ouvir e no
final saiu unanime a “decisão de
principio” que dá luz-verde à
Liga dos Bombeiros Portugueses para a apresentação de
uma “proposta concreta objetiva” para revisão da Lei Orgânica da ANPC, no que concerne a
uma nova DNB e à instituição
do comando autónomo.
Ratificada uma decisão, aliás,
já assumida em Coimbra, o presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses anunciou que o documento será devidamente
apresentado em conselho nacional, alertando contudo que
esta reivindicação poderá implicar uma posição de força para
que as exigências dos bombeiros sejam atendidas.
Fotos: Marques Valentim
Liga pondera passar das reivindicações à luta
No âmbito do processo de
reforma da lei que tutela o Instituto Nacional de Emergência
Médica, o presidente da confederação disse estar a enveredar todos os esforços para que
“o conselho diretivo daquele
organismo passe a incluir um
representante executivo da
LBP.”
Na ordem de trabalhos estavam consagrados vários outros
temas, nomeadamente a parceria com o INEM, o regulamento
do Programa de financiamento
Portugal 2020 e a Lei de Financiamento, que Jaime Marta
Soares continua defender ser
“uma boa lei com um mau financiamento”, e que, por isso
mesmo, a confederação de tudo
tem feito para a corrigir e, ob-
viamente, melhorar na estrita
defesa dos interesses dos bombeiros.
Depois de mais de duas ho-
ras de debate surgiu claro que
das reivindicações à luta pode
ser mesmo um pequeno passo.
Sofia Ribeiro
ção com o Consolata Hotel, situado em Fátima, no domínio
da ocupação dos tempos livres
e lazer dos sócios.
A mesma edição inclui ainda
uma separata de 14 páginas,
para memória futura, dedicada
à jornada associativa realizada
em Sintra, a 17 de outubro de
2015, na qual foram assinalados os 13 anos da REVIVER
MAIS e os 10 anos da NABUL,
Associação de Bombeiros Ultramarinos.
Entretanto, decorre uma
campanha de angariação de
sócios, designada por “1+1”,
com vista à duplicação da base
social da associação, que de
momento se situa em mais de
500 inscritos, espalhados de
Norte a Sul do país.
Os interessados (sócios e
não-sócios) em receber a
newsletter através de correio
eletrónico poderão enviar o
respetivo pedido, endereçado
ao Secretariado Permanente
da REVIVER MAIS, para [email protected], o mesmo
acontecendo com a proposta
de adesão de sócio. Mais informação em www.revivermais.
pt.
REVIVER MAIS
A
REVIVER MAIS, Associação
dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses, lançou recentemente o
número dois da sua newsletter.
Disponível apenas em suporte digital, trata-se de um
instrumento de comunicação
objetivado por manter o regular contacto com os sócios e,
ao mesmo tempo, dar a conhecer melhor o projeto social da
associação, numa perspetiva
alargada, inclusive, junto dos
operacionais e dirigentes dos
bombeiros portugueses.
Ao longo de 20 páginas, a
Newsletter projeta Associação
newsletter apresenta vários
assuntos de interesse que traduzem a nova dinâmica implementada pelo atual Conselho
de Administração Executivo.
De destacar, entre outras
ações em curso, o estabelecimento de uma nova parceria
com a Liga dos Bombeiros Portugueses, envolvendo a retoma da organização dos encontros de bombeiros honorários;
o acionamento de um plano de
remodelação e dinamização da
Delegação Distrital de Aveiro,
localizada no quartel-sede dos
Bombeiros Voluntários de S.
João da Madeira; e a celebra-
ção de um acordo de coopera-
5
JUNHO 2016
FORMAÇÃO DE BOMBEIROS
AEROPORTO DE LISBOA
O
Exercício à escala total
aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa foi palco na
madrugada do dia 22 de Junho
de um exercício de segurança
“à escala total”, com o objetivo
de testar o dispositivo de resposta a acidente naquela infraestrutura aeroportuária e “a
coordenação entre todas as entidades e meios envolvidos”.
O simulacro teve como guião
um acidente com uma aeronave
com 158 passageiros e seis tripulantes a bordo que devido a
um problema no trem de aterragem sai de pista e incendeia-se.
Na operação, que começou ao início da
madrugada e que terminou por volta das
6 da manhã, participaram 470 operacionais e 167 veículos dos corpos dos bombeiros do distrito de Lisboa, do aeroporto, do Instituto de Nacional de Emergência Médica, do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, Polícia de
Segurança Pública, entre outros agentes
de proteção civil.
Sérgio Santos
Escola Nacional de Bombeiros (ENB), através do seu
presidente, José Ferreira, e o
Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores
(SRPCBA), representado pelo
seu presidente, Capitão José
Dias, celebraram no passado dia
28 de junho um protocolo de
cooperação entre as duas instituições, tendo como principal
objetivo a formação dos bombeiros.
Nesse sentido, estão previstas ações de formação e partilha
de informação de forma a potenciar e otimizar recursos humanos, técnicos e até financeiros que contribuam para beneficiar e reforçar a formação dos
bombeiros continentais e açorianos.
A cerimónia teve lugar na
sede da ENB, em Sintra, na presença do secretário de Estado
da Administração Interna, Jorge
Gomes, e do secretário Regional
da Saúde dos Açores, Luís Mendes Cabral, que homologaram o
protocolo após a assinatura.
A cerimónia contou também
com a presença do presidente
da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, do Diretor Nacional
de Bombeiros da ANPC, Pedro
Lopes, e do presidente da Assembleia Municipal de Sintra,
Domingos Quintas.
Fotos: Marques Valentim
A
ENB e SRPCBA assinam protocolo
6
JUNHO 2016
Desfolhando… “Fogo e Técnica”
Pesquisa/Texto:
Luís Miguel Baptista
H
á cerca de 40 anos (Fevereiro de 1978) era
dado à estampa o primeiro número da extinta revista “Fogo e Técnica”, propriedade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
Objectivada por “envidar
esforços no sentido de se colmatarem pelo menos algumas das enormes lacunas
sentidas pelos nossos Soldados da Paz em matéria de investigação e divulgação de
conhecimentos técnicos”, a
iniciativa editorial assumida
pela Confederação contou
com o apoio financeiro do então Conselho Nacional do
Serviço de Incêndios.
O seu aparecimento verificou-se em plena fase de
reestruturação da LBP, no seguimento da qual a instituição atingiu uma dinâmica
sem precedentes, repercutida, por exemplo, num maior
fomento da formação na actividade dos corpos de bombeiros. Foi, de resto, neste con-
C
texto, que se verificaram as
primeiras projecções e medidas de sensibilização governativa sobre a necessidade
da criação da vulgarmente
designada “Escola do Fogo”,
ou seja, o embrião da Escola
Nacional de Bombeiros, tornada realidade na década seguinte.
De igual modo, pela sua
mais-valia, merece ser particularizada a criação do Secretariado Técnico da Liga
dos Bombeiros Portugueses,
consagrado em novas disposições estatutárias saídas do
Congresso Extraordinário de
1975, reunido no Estoril, destinado ao acompanhamento
específico da problemática do
fogo, privilegiando a ciência e
a inovação.
No que respeita à revista,
esta viu-se consubstanciada
num novo padrão comunicacional, inspirado na linha editorial das publicações da National Fire Protection Association, organismo de origem
norte-americana com quem
foram incrementadas relações, concedendo autoriza-
ção, à LBP, para a utilização
dos seus textos.
Ainda assim, da parte do
então Conselho Administrativo e Técnico, responsável
pela direcção e edição, houve
o cuidado de estabelecer uma
ponte de significação entre
passado e presente, pois a
nova publicação procurou dar
continuidade ao antigo “Boletim da Liga dos Bombeiros
Portugueses”, entretanto suspenso, mantendo-se a sua
designação no cabeçalho e a
respectiva sequência numérica.
Paralelamente, “Fogo e
Técnica” deu nome a uma colecção de livros de carácter
especializado, seguida por
muitos bombeiros do país
como instrumento de estudo
e aperfeiçoamento.
Porque a história da revista
não se esgota numa única
evocação,
oportunamente
voltaremos ao assunto, dando a conhecer, entre outros
aspectos, as suas capas e alguns dos seus conteúdos.
Por agora, resta-nos recordar os títulos dos artigos téc-
nicos que ocuparam as páginas de “Fogo e Técnica”, em
Fevereiro de 1978:
“Perante o fogo, o homem
é um ser frágil”, Três bombeiros morreram por ignorarem
os perigos a que estavam expostos…”, Muita atenção
àquelas paredes”, “O desastre da Madeira” e “A detecção
de radiações no âmbito de
segurança dos corpos de
bombeiros”.
Apenas mais uma referência, a título de curiosidade: a
fotografia publicada na capa
foi cedida por João Lima Cascada, ao tempo comandante
dos Bombeiros Voluntários de
Lagos, mais tarde inspector
regional dos Bombeiros do Algarve e presidente do Serviço
Nacional de Bombeiros. Tendo
como tema a “extinção de incêndio em navio”, retrata uma
fase da formação recebida por
bombeiros portugueses, num
curso frequentado em França.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
Site do NHPM da LBP:
www.lbpmemoria.wix.com/
nucleomuseologico
Diploma de Honra
da Real Associação dos Bombeiros Voluntários d’Ajuda
onferido a Júlio Canongia,
voluntário n.º 7 do Corpo
Activo da Real Associação dos
Bombeiros
Voluntários
d’Ajuda, a 17 de Abril de 1907,
em homenagem à sua heroicidade.
Destacou-se, com grave risco de vida, no salvamento de
quatro pessoas prestes a morrerem nas chamas, quando do
pavoroso incêndio ocorrido na
Rua da Madalena, n.º 237, em
10 de Abril do mesmo ano.
Reza a história que fez de
ponte com o seu próprio corpo, de modo a permitir a passagem das vítimas para o prédio contíguo.
O presente diploma tem a
particularidade de se tratar de
uma aguarela original, da autoria de A.M. Nunes.
A par da fotografia do homenageado figura uma imagem do edifício atingido. Deste
subsistiram apenas as paredes
exteriores. Todo o resto foi
consumido pelas chamas.
Salvaram-se 34 pessoas. O
número de vítimas mortais
atingiu os 13 moradores, 11
dos quais ficaram soterrados
nos escombros e duas crianças
do sexo feminino caíram de
andares elevados, vindo a embater na calçada da rua.
Detectado às duas horas da
madrugada, o incêndio teve
origem num armazém de fazendas que existia no primeiro
piso.
Intervieram os Bombeiros
Municipais de Lisboa e os
Bombeiros Voluntários da Ajuda, acompanhados do seu comandante honorário, o Infante
D. Afonso, irmão do rei D. Carlos.
As proporções do sinistro
chocaram toda a cidade.
Três presumíveis incendiários foram julgados em tribunal, no âmbito de um processo
que prendeu a atenção da opinião pública. Somente dois dos
envolvidos acabaram por ser
considerados culpados e, em
consequência disso, condenados à pena de prisão.
O Núcleo de História e Património Museológico da Liga dos
OLIVEIRA DO HOSPITAL
O
s Bombeiros Voluntários de
Oliveira do Hospital concluíram recentemente o restauro
completo da primeira ambulância de socorro que receberam
do então Serviço Nacional de
Ambulâncias (SNA) antecessor
do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
É evidente o rigor que os
bombeiros puseram na difícil tarefa de recuperação da viatura.
Ambulância SNA já está recuperada
Falta-lhes, contudo, encontrar
uma maca da época para completar o trabalho já que não
conseguiram recuperar a original.
Como é sabido, se o SNA, e
depois o INEM, vingaram em
Portugal como um salto qualitativo na prestação do socorro
pré-hospitalar foi sem dúvida
devido ao grande empenhamento dos bombeiros voluntá-
rios nesse sentido. Foi assim no
início, continuou a sê-lo e nos
dias de hoje a realidade é a
mesma. De outro modo, por
muitos méritos e qualidades que
o Sistema de Emergência Médica (SIEM) tenha tido e ainda tenha não seria possível operacionalizá-lo à escala nacional.
Com a criação do SNA os próprios bombeiros, cientes da importância desse desafio, tam-
bém fizeram um importante esforço na qualificação do socorro.
O modelo de ambulância SNA
que os Voluntários de Oliveira
do Hospital agora recuperaram,
e outros modelos que à época
fizeram história em todo o país
como “115”, tiveram sempre em
comum o facto de estarem associados às associações e corpos de bombeiros.
Bombeiros Portugueses dispõe
de bibliografia sobre o assunto.
Por sua vez, os efeitos do incêndio podem ser identificados
através de imagens publicadas
na “Illustração Portugueza”, de
22 de Abril de 1907, cuja edição se encontra disponível na
Hemeroteca Digital, da Hemeroteca Municipal de Lisboa, no
seguinte link:
http://hemerotecadigital.
cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/N61/N61_master/N61.pdf
7
JUNHO 2016
CASCAIS
Bombeiros cumprem a missão de salvar vidas
No dia 26 de março, Cascais despertou, ainda de
madrugada, com o alerta de incêndio num edifício de
apartamentos, habitados por muitas dezenas de
pessoas.
Portugal assistiu, em direto, pelos vários canais de
televisão, ao desenrolar das operações,
desconhecendo, contudo, o inferno vivido no interior
dos Cascais Atrium.
No rescaldo desta mega-operação, seis feridos
ligeiros, avultados danos materiais e os relatos
memórias de quatro bombeiros que, pondo em risco
as suas vidas, salvaram as de outros.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
P
ortugal acordou, no passado dia 26
de março, com as imagens do
grande incêndio no edifício Cascais
Atrium. As chamas deflagram pouco depois da 3 horas da manhã, envolveram
uma centena de bombeiros, muitos
meios que só desmobilizaram já depois
das 13 horas. Na avaliação dos danos,
um imóvel completamente destruído,
milhares de euros de prejuízo, dezenas
de desalojados, seis feridos sem gravidade, numa contabilidade que, contudo, não envolve vidas humanas. A
pronta intervenção dos bombeiros permitiu, uma vez mais, evitar a tragédia.
O chefe Mário Chapelas e os bombeiros Rodrigo Silva, Nuno Silva e Miguel
Simões, dos Voluntários de Cascais viveram momentos intensos que garantem lhes ficaram marcados na memória
“para sempre”.
“Tendo em conta a proporção e a violência das chamas, foi um milagre não
ter morrido ninguém. Naquelas condições até os bombeiros podiam lá ter ficado”, defende o bombeiro de 1.ª Rodrigo Silva.
Os relatos destes quatro homens a
forma como reconstituem os momentos
vividos permitem conhecer a real dimensão deste incêndio que colocou à
prova não só a prontidão como a formação dos bombeiros.
O bombeiro de 2.ª Nuno Silva revela
que chegou ao Cascais Atrium com a
primeira equipa e dirigiu-se de imediato ao 511 onde terá começado o incêndio, alegadamente provocado por um
problema num televisor. Conta que, depois de descarregados dois extintores,
os bombeiros tentam acionar o sistema
de segurança contraincêndios do edifício, que não funcionou. Entretanto, os
vizinhos deram conta que na varanda
se encontravam quatro pessoas, a
equipa separou-se uma para preparar
os meios de ataque e Nuno com o apoio
de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) escalou o edifício, pelo exterior, e com o apoio da escada de gancho conseguiu, um a um retirar da varanda a mãe, o pai, a as duas filhas,
espanhóis de férias em Portugal.
Não foi uma operação fácil, mas
este experiente com bombeiro com
mais de 15 anos de carreira, não vacilou.
Quando a família estava a salvo o
bombeiro regressou ao interior do edifício para as operações de combate às
chamas, que já tinham tomado os pisos superiores.
Minutos depois, entra em ação a
equipa liderada pelo chefe Chapelas,
que com Rodrigo e Miguel assumiram a
missão de retirar dois homens presos
numa outra varanda a tentar escapar
do inferno. Com formação em grande
ângulo, o grupo ponderou alcançar o
5.º piso pelo exterior, mas várias “barreiras arquitetónicas” tornariam a missão demasiado arriscada. Avançou então o “plano B”. Rodrigo e Miguel tentariam pela caixa das escadas, a partir
do 3.º piso chegar ao apartamento.
Devidamente equipados, deram início
à operação de resgaste.
O fumo espesso, muito calor, pedaços de plástico a “borbulhar no chão”
e o estuque que se soltava das paredes impedia a rápido rápida. Pelo caminho era ainda necessário abrir portas na tentativa de fazer circular o ar e
baixar a temperatura. A subida foi feita de avanços e recuos e, durante longos minutos, “fechados numa caixa de
betão” os dois bombeiros perderam as
comunicações com o exterior.
Cá fora a comandar as operações
Mário Chapelas não obstante os seus
45 anos de serviço, dos muitos teatros
de operações que pisou, confessa que
sentiu ”medo”, que temeu o pior:
“Pensei que os tinha perdido… sabia
que não iria conseguir viver com isso”,
assegura, emocionado tentando conter uma lágrima teimosa.
Mas esta história teve um final feliz.
Mário Chapelas revela, então, a alegria que sentiu quando se preparava
para “arvorar a escada para tirar os
dois homens da varanda” viu o braço
de um dos seus bombeiros a puxar
uma das vítimas.
Parte da missão estava cumprida e
a tempo, pois os homens em desespero tentavam fazer uma espécie de corda com os frisos das janelas, com o
intuito de escapar ao fogo, contudo,
saltariam, certamente, para a morte.
Felizmente, os bombeiros chegaram
primeiro.
Protegidos por uns turcos molhados
e com indicações para susterem a respiração os moradores, apoiados pelos
dois operacionais dos Voluntários de
Cascais, acabaram por alcançar o 3.º
piso, onde foram de imediato ajudados pelas equipas de socorro.
Mário, Rodrigo e Nuno, já estiveram
em muitos teatros de operações, passaram por muito, apanharam alguns
“sustos”, contudo, não têm dúvidas
que esta foi uma das mais marcantes
missões das suas vidas, enquanto o jovem Miguel com 23 anos, e apenas
cinco de bombeiro, acredita que, difi-
cilmente, enfrentará outro desafio desta dimensão.
Três meses depois, e numa análise
distanciada dos acontecimentos, os
quatro bombeiros reconhecem que as
situações vividas no 26 de março de
2016 permitiram confirmar que fizeram a escolha certa, que a sua “vocação” saiu reforçada.
E se “o que não nos mata, torna-nos
mais fortes“, estes quatro homens estarão, certamente, mais preparados
para próxima missão, sempre com a
firme determinação de salvar vidas.
8
JUNHO 2016
VALBOM
D
Federação promove jornadas
ecorreram no passado dia
28 de maio, no Centro Social
e Cultural de Valbom - Gondomar as 1.ªs Jornadas Técnicas,
versando a temática dos e Incêndios Florestais, uma iniciativa da Federação dos Bombeiros
do Distrito do Porto que permitiu reunir com vários agentes de
agentes da proteção Civil (bombeiros, técnicos e forças de segurança) para uma reflexão sobre prevenção, combate, rescaldo e vigilância.
A iniciativa contou com as intervenções dos técnicos de gabinetes florestais Artur Borges
(Felgueiras), Paulo Bessa (Penafiel) e José Gonçalves (Valongo)
para abordagem da temática “A
Prevenção e Combate dos Incêndios Florestais”. “O Rescaldo
e Vigilância nos Incêndios Florestais” foi a questão apresentada por Manuel Rainha do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
(ICNF), a que se seguiu um debate moderado por
Carlos Alves, Comandante Operacional Distrital do
Porto.
Marcaram presença nestes jornadas, entre outras individualidades, Joaquim Oliveira e Silva,
MORA
O
presidente da Federação dos Bombeiros do Porto;
Artur Teixeira, coordenador municipal da proteção
Civil; Sérgio Barros, 2.º CODIS; Silvino Sousa, do
ICNF, bem como representantes do Comando Metropolitano da PSP do Porto, dos GIPS e das associações e corpos de bombeiros do distrito.
FREIXO DE ESPADA À CINTA
A
Debater o combate transfronteiriço
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Freixo de Espada à Cinta organizou um interessante e muito
oportuno encontro sobre os fogos rurais e florestais em zona
transfronteiriça. Tornou-se possível assim fazer um balanço da
cooperação há muito existente
entre bombeiros e outros parceiros da proteção civil de ambos os países, Portugal e Espanha, e lançar pistas para o seu
alargamento e melhoria.
O encontro, realizado no auditório municipal, contou com
intervenções, do secretário de
Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, do presidente
da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, do presidente
da Federação de Bombeiros de
Bragança, Diamantino Pais, do
comandante distrital da ANPC,
João Nel Afonso, da presidente
da Câmara Municipal, Maria do
Céu Quintas, anfitreados pelo presidente da direção dos bombeiros organizadores, Edgar Gata, do
comando e restantes dirigentes e bombeiros.
Intervieram também neste encontro, quer o
coordenador da proteção civil da cidade espanhola de Salamanca, quer os representantes dos Ins-
C
Intermarché apoia bombeiros
om a chegada do verão e com o calor
a apertar, o Intermarché, atento às
necessidades dos Bombeiros Famalicenses, entregou ao quartel uma palete de
água, oferta “muito oportuna e de grande
utilidade” na missão que os operacionais
enfrentam no combate aos incêndios.
Os Famalicenses agradecem, assim,
“ao responsável do Intermarché pelo reconhecimento pelo esforço dos que trabalham em prol da segurança e bem-estar
das populações”.
s Bombeiros Voluntários de
Mora participaram no passado dia 15 de Junho na reunião anual com os proprietários
agro-florestais do concelho de
Mora, que visa a preparação
para o período crítico da defesa
da floresta contra incêndios.
A reunião contou com as intervenções de João Belchorinho, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
(ICNF), do sargento-ajudante
Paulo Vicente da Guarda Nacional Republicana (GNR), do comandante José Ribeiro, CODIS
de Évora da Autoridade Nacio-
nal de Proteção Civil (ANPC), e
de Luís Caramujo, comandante
do corpo de bombeiros de Mora,
durante as quais foram apresentados os três pilares da defesa da floresta contra incêndios, nomeadamente, a prevenção estrutural, a vigilância, a
deteção e fiscalização, e o combate.
O encontro contou com a
presença dos proprietários
agroflorestais do concelho, associações de produtores florestais, autarcas do concelho, órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Volun-
tários de Mora e outros
utilizadores da floresta, como
apicultores, associações de caçadores, entre outros.
Na mesma reunião foi ainda
apresentado pelo comandante
Luís Caramujo, os meios do corpo de bombeiros de Mora e, em
particular, os meios integrados
no DECIF 2016 e o planeamento e preparação efetuados para
resposta ao período que se
aproxima.
O encontro terminou com um
pequeno lanche, patrocinado
pelo Crédito Agrícola (CA) MorAvis.
VIDAGO
O
Visita de autarcas franceses
s Bombeiros Voluntários
de Vidago receberam recentemente a visita de um
grupo de autarcas franceses,
que integrava o presidente das
Comunidades de Alta Charent,
Critian Faubert, Jean Michel
Dufaut, presidente do Município de Roumaziêres e Jaques
Marsac presidente do Município de Genovillac e respetivas
famílias. A recebe-los este a
direção liderada por Francisco
Oliveira. O quartel, viaturas e
equipamentos, foram objeto
de pormenorizada e esclarecedora visita daqueles autarcas
A vista ocorreu a 6 de junho
e a delegação ouviu o segundo
titutos Politécnicos da Guarda e de Bragança e,
ainda, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro.
Após o almoço, que reuniu todos os presentes
no encontro, decorreu uma visita ao miradouro
do Penedo Durão.
VILA NOVA DE FAMALICÃO
Sensibilizar os proprietários florestais
comandante interino, António
Carlos Sequeira Sousa, explicar os meios e modos de atuação dos Voluntários de Vidago
em situações de incêndio.
Um dos objetivos da visita
organizada pelo amigo luso-
-francês dos Bombeiros de Vidago, Manuel Silva, é proporcionar uma geminação próxima entre os Voluntários de Vidago e os Bombeiros de
Roumaziêres.
Durante a tarde, ouve espaço para um porto de honra, e
para a troca de lembranças.
Os Bombeiros de Vidago foram
presenteados com um capacete para o museu da associação
e retribuíram com a oferta de
medalhas e galhardetes da associação. Durante o convívio,
um dos visitantes surpreendeu
os bombeiros de Vidago com a
interpretação do Hino Nacional
Português, com uma trompete.
MERCEANA
A
Juntas oferecem equipamento
participação conjunta de
várias juntas de freguesia
permitiram aos Bombeiros Voluntários da Merceana, Alenquer, adquirir vários equipamentos para desencarceramento que as fotos identificam.
Para tal, os Voluntários da
Merceana contaram com a colaboração, da Junta de Freguesia
da Ventosa, da Junta de Freguesia de Vila Verde dos Francos, da União de Freguesias de
Aldeia Galega da Merceana e
Aldeia Gavinha, da União de
Freguesias de Ribafria e Pereiro
de Palhacana bem como do
Grupo de Jovens de Aldeia Gavinha.
O comandante Nuno Santos
manifesta-se satisfeito com a
possibilidade de enriquecer o
conjunto de ferramentas de
que dispõem para o desencarceramento de vítimas e elogia a
disponibilidade e a concertação
conjunta das autarquias para
aquele objetivo.
9
JUNHO 2016
SÃO JOÃO DA MADEIRA
nze novos elementos reforçam, desde o passado
dia 25 de junho, o Corpo
de Bombeiros de São João da
Madeira. Numa cerimónia pública, integrada no programa do
Dia Municipal do Bombeiro e do
88.º aniversário da instituição,
a cidade deu as boas vindas aos
operacionais que, perante vasta
plateia, juraram honrar o lema
“vida por vida”.
O Dia Municipal do Bombeiro,
instituído pela autarquia em
2012, é assinalado no último
sábado de cada mês de junho,
com o intuito de estreitar laços,
fomentar a proximidade e a interação dos sanjoanenses com
os seus bombeiros.
Este ano, o quartel foi deslocalizado para a Praça Luís Ribeiro, o que permitiu dar a conhecer os meios e os rostos que
garantem o socorro à cidade.
A imposição das insígnias de
bombeiros de 3.º a uma dezena
de jovens constituiu o momento
maior das celebrações. Assumiram, publicamente, o compromisso com a causa: Santiago
Manuel Anacleto, Rui Filipe da
Silva Sousa, Tiago Santos Ferreira, Nelson João Oliveira de
Castro, Bruna Daniela Fernandes da Silva, Rafael Olivieri, Daniel Filipe da Costa Silva, Marcelo Ricardo dos Santos, Manuel José Martins Oliveira, Bernardo António Seixas Cabral e
Vera Sofia Coelho Gonçalves.
Em dia de festa que assinalava, também, o encerramento
das comemorações do 88.º aniversário da associação, receberam medalhas de assiduidade
os bombeiros de 1.ª João Ricardo Teixeira (20 anos - Grau
Ouro) e Bruno Miguel Santos
(15 anos - Grau Ouro), os bombeiros de 2.ª Fernando Duarte
(15 anos - Grau Ouro) e Vitor
Hugo da Costa (10 anos – Grau
Prata) e as bombeiras de 3.ª
Sarah Conceição Ferreira e Eva
Fotos: Marques Valentim
O
Reforços chegam ao quartel
em dia municipal
Alexandra Monteiro (5 anos –
Grau Cobre). Na sessão foram,
ainda, agraciados os dirigentes
António Almeida Válega, Germano Sá Oliveira e Francisco
Nelson Lopes pelos longos anos
de dedicação e entrega à associação.
O presidente do conselho
executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses marcou presença nas cerimónias para dar
as boas vindas aos novos bombeiros, desejar-lhes “êxito, força, vontade e sorte” numa caminhada marcada pela “felicidade, compromisso e entrega
aos outros”. Numa curta intervenção, Jaime Marta Soares
enalteceu o trabalho desenvolvido pela instituição em prol da
cidade e da qualidade de vida
das populações.
No Dia Municipal do Bombeiro, o presidente da Câmara Mu-
nicipal de São João da Madeira,
Ricardo Oliveira Figueiredo,
considerou ser da mais elementar justiça “proteger quem protege”, dando conta de uma
bem-sucedida parceria, que
muito tem beneficiado o concelho e as suas populações.
O autarca considerou ainda
que a trazer estas comemorações para uma das mais simbólicas praças da cidade é o justo
reconhecimento da atividade
desta associação que ao receber mais 11 operacionais dá
uma “prova de vitalidade”.
O presidente da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de São João da Madeira, Carlos Coelho, congratulou-se com a chegada de novos
elementos a esta grande família, declarando que eles são a
garantia do futuro da instituição
do corpo de bombeiros.
“Vocês são o nosso orgulho”,
disse, deixando assim reconhecimento público pela atividade
dos homens e mulheres que integram o efetivo.
Normando de Oliveira, comandante dos voluntários sanjoanenses deu a boas vindas
aos novos bombeiros alertando
para as dificuldades desta missão. Deixando clara as obrigações de cada um destes jovens
que devem sentir orgulho em
envergar a farda, em servir a
cidade, honrado os critérios de
rigor e exigência que norteiam
um corpo de bombeiros que
“trabalha todos os dias para ser
cada vez melhor”.
Entre outras individualidades
marcaram, presença nesta sessão o Comandante Operacional
de Agrupamento Distrital do
Centro Norte, António Ribeiro;
o Comandante Operacional Distrital, José Bismarck, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, An-
tónio Valente e ainda os deputados da Assembleia da
República Susana Lamas e João
de Almeida, anterior secretário
de Estado da Administração Interna.
A fechar o programa a associação apresentou à população
uma motobomba de grande débito colocada ao serviço do concelho, bem como os novos equipamentos de proteção individual dos operacionais.
Sofia Ribeiro
IDANHA-A-NOVA
A
cidade do Fundão acolheu a IV Gala dos Bombeiros do Distrito de Castelo Branco, promovida pela Federação dos Bombeiros do Distrito de
Castelo Branco.
Nessa edição, José Sanches Crespo, bombeiro
de 1.ª do Quadro de Honra (QH) dos Bombeiros
Voluntários de Idanha-a-Nova (BVIN), foi a figura
homenageada pelo seu corpo de bombeiros e ainda por todos os presentes nesta gala anual.
A Gala dos Bombeiros do Distrito de Castelo
Branco é uma cerimónia que vai já na quarta edição, que reúne bombeiros e dirigentes de associações e corpos de bombeiros do distrito.
Cada ano a gala decorre numa localidade diferente do distrito, com organização da associação
de bombeiros local. Este ano a gala realizou-se
Homenagem ao bombeiro José Crespo
na cidade do Fundão, coincidindo com o aniversário dos Bombeiros Voluntários do Fundão, que celebraram 89 anos de existência no mesmo dia.
Como todos os anos, o momento alto deste
evento é a entrega das distinções às personalida-
des ou instituições eleitas por cada associação e
corpo de bombeiros do distrito, para homenagear
e reconhecer nesta cerimónia.
O bombeiro de 1ª José Sanches Crespo foi a
escolha do comando e direção dos Bombeiros Vo-
luntários de Idanha-a-Nova, no ano em que se
assinalam os 10 anos da sua passagem ao quadro de honra.
Para o comando e a direção dos Voluntários de
Idanha-a-Nova esta homenagem é mais que justa e merecida, justificando-se pela “afinca ligação, de José Crespo, aos Bombeiros Voluntários
de Idanha-a-Nova”.
José Sanches Crespo, natural de Ladoeiro, Idanha-a-Nova, ingressou no corpo de bombeiros
em 1977 como aspirante mantendo-se no quadro
ativo até ao posto de bombeiro de 1.ª. Em 2006
passou ao QH.
Na gala estiveram também presentes familiares, alguns inclusive bombeiros, caso dos filhos e
nora, para se associarem à justa homenagem.
10
JUNHO 2016
U
PALMELA
AVEIRO
Homenagear e afirmar
o papel dos bombeiros
Dia distrital lembra falecidos em 1986
ma sessão solene de homenagem aos bombeiros constituiu momento alto das comemorações do Dia Municipal do
Bombeiro no concelho de Palmela.
Esta iniciativa, da Câmara
Municipal de Palmela e das três
associações de bombeiros do
concelho – Palmela, Pinhal
Novo e Águas de Moura, visou,
uma vez mais, homenagear e
afirmar o papel dos bombeiros
na sociedade.
A sessão contou com a presença de várias entidades representativas das estruturas
dos bombeiros, da proteção civil e do município.
O programa de encerramento
das comemorações, que se prolongaram durante todo o mês
de maio, integrou ainda uma
exposição de viaturas de socorro e de combate a incêndios e o
desfile apeado e motorizado
Em 16.ª edição, as comemorações tiveram como tema,
“Comunidades resilientes, a importância do patamar local”, sublinhando a importância de termos populações
mais despertas e bem preparadas para agir, em
caso de risco ou catástrofe.
O
presidente da Liga dos
Bombeiros
Portugueses
(LBP) lamentou em Águeda a
ausência dos órgãos de comunicação social nacionais no momento em se homenageava a
memória dos 13 bombeiros e 3
civis falecidos em 14 de junho
de 1986 no combate aos incêndios florestais que então fustigaram violentamente aquela
zona.
“A revolta do presidente da
Liga neste momento é muito
grande”, sublinhou o comandante Jaime Marta Soares,
“lembrando que os bombeiros
têm memória, os bombeiros recordam
os seus camaradas, o quanto se dão à
sociedade e que morrem por ela, e o
país hoje devia saber o que se está a
passar aqui”.
Passados precisamente 30 anos sobre a tragédia, o presidente da LBP manifesta “um grande respeito e uma
grande saudade por aqueles que aqui
ficaram ao serviço desta terra e desta
gente”” e lembra que naquele momento
“estava também num incêndio na Lousã quando através das comunicações soube o que
se estava a passar”. “E se o momento para nós
bombeiros era terrível o que era para os seus familiares” recorda o comandante Jaime Soares.
O presidente da LBP falava no decurso das cerimónias promovidas pela Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro e pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Águeda para
comemorar o Dia Distrital do Bombeiro e o 30º
aniversário do incêndio de 1986.
O comandante Jaime Marta Soares, acompanhado do presidente federativo Paulo Marco Braga e do presidente da associação local, José Rolim, bem como do comandante operacional de
agrupamento distrital centro-norte da ANPC, António Ribeiro, do comandante distrital de Aveiro
da ANPC, José Bismarck, de autarcas locais e de
comandos e dirigentes das associações de bombeiros congéneres, participou nas várias cerimónias realizadas junto das lápides que agora assinalam os locais do falecimento dos 13 bombeiros.
ALERTA VERMELHO
PARA A SEGURANÇA
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL
A reabilitação do bombeiro no combate aos incêndios florestais
O
êxito das operações no
combate aos incêndios florestais depende de uma multiplicidade de fatores desde a
meteorologia, ao planeamento
das operações, ao número de
veículos e de meios aéreos
empenhados, entre outros,
onde sem qualquer dúvida se
destaca um eixo central nesta
equação, o próprio BOMBEIRO.
Neste sentido, a capacidade
operacional de cada bombeiro
está dependente da saúde
ocupacional que evidencia antes, durante e após as operações de socorro. Uma ferra-
Consequências Graves da
Desidratação:
• Diminui a capacidade do
corpo manter a temperatura;
• Causa dor de cabeça,
náuseas e vómitos;
• Diminui a força, resistência e mobilidade;
• Perda de concentração e
diminuição da capacidade de
tomada de decisões.
menta fundamental para assegurar a saúde dos operacionais
é o TRIÂNGULO DA REABILITAÇÃO – A Hidratação, Alimentação e Fadiga. Na rúbrica
deste mês vamos abordar especificamente o vértice da HIDRATAÇÃO.
Causa do Risco
• Défice do nível de aptidão física prévia ao combate
em muitos bombeiros;
• Elevados níveis de esforço e de temperatura a que os
bombeiros estão expostos;
• Quantidade e tipo de
vestuário/equipamento
de
proteção utilizado nas operações;
• A adrenalina, o stresse e
ritmo acelerado de trabalho
faz com que por vezes o bombeiro se esqueça de repor os
níveis de hidratação, podendo
perder até um litro de transpiração.
Medidas de Reabilitação:
• É essencial beber água
antes de sentir sede;
• Uma contínua hidratação, procurando beber cerca
de meio litro de água por cada
hora de combate;
• Depois do combate, hidratar de forma gradual e espaçada, para repor os níveis
de hidratação;
• O consumo de álcool (interfere com a concentração) e
de bebidas com elevada cafeína (dificulta a gestão de stresse) é também desaconselhado, pois provoca a perda de
água e contribui para a desidratação;
• Ao contrário de outras
medidas promotoras da segurança operacional, a hidratação é de fácil resolução e depende de cada uma das Equipas e de cada Bombeiro.
Os CHEFES DE EQUIPA devem incentivar os seus Bombeiros a repor os níveis de hidratação, pois se apenas ingerirem líquidos quando tiverem
sede aumenta significativamente a probabilidade de ficarem desidratados. Adicionalmente, num cenário extremo
como os incêndios florestais o
bombeiro pode ficar desidratado mesmo sem chegar a
sentir sede.
A perda de água (desidratação) é prejudicial à saúde e
bem-estar do bombeiro e tem
impacto negativo no seu desempenho. Uma dor de cabeça ou reduzida produção de
urina, baça e escura, são sinais precoces de desidratação. Esta pode também afetar
o Bombeiro ao nível psicológico, influenciando negativamente a sua capacidade de
pensamento e a tomada de
decisões acertadas.
Uma HIDRATAÇÃO adequada é a chave para o bem-estar
do bombeiro durante e após
as operações de socorro em
geral e especialmente para a
época de INCÊNDIOS FLORESTAIS.
Para mais informações ou
esclarecimentos, contate a Divisão de Segurança, Saúde e
Estatuto Social da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC),
através do telefone 214 247
100 ou do endereço eletrónico
[email protected].
11
JUNHO 2016
SANTO ANDRÉ
Entraves não impedem crescimento
Os Bombeiros de Santo André são
confrontados todos os dias com a falta de
condições de um quartel que, inaugurado
em 2002, continua ainda por concluir.
Ainda assim, mercê de um esforço coletivo,
nos últimos anos tem sido possível
introduzir alguns melhoramentos para que
nada falte aos mais de 50 operacionais que
servem as populações desta vila do
concelho de Santiago do Cacém.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
inda que com todo o rigor
na gestão dos recursos financeiros a Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santo André recusa
fechar a torneia do investimento, até porque importa assegurar a qualidade no serviço prestado às populações.
Esta ainda jovem instituição,
fundada em 1989, dispõe dos
meios, dos equipamentos e dos
recursos humanos, contudo luta
todos os dias com a falta de espaços para acolher os 55 homens e mulheres que integram
o efetivo, tudo porque contínua
por executar a segunda fase de
uma obra inaugurada em 2002,
correspondente aos áreas de
apoio à atividade operacional,
designadamente
camaratas,
balneários, espaços de formação e parque de viaturas e central de comunicações.
Para tentar resolver, de uma
vez, esta lacuna a associação
tentou recorrer a fundos europeus, pretensão que saiu gorada, devido a um “equívoco” na
avaliação da candidatura. O erro
foi reconhecido mas não em devido tempo, contudo, a resiliência que é apanágio dos bombeiros, não permite que os Voluntários de Santo André abdiquem
de uma justa aspiração. O projeto, cuja concretização rondará
os 400 mil euros, aguarda agora
luz-verde do Programa 2020.
Inconformados por natureza,
dirigentes e bombeiros não baixam os braços, e até que seja
reposta justiça neste processo
não deixarão de investir em pequenas intervenções, numa e
outra solução improvisada para
garantir condições de trabalho e
o conforto possível aos 55 operacionais que integram este efetivo.
O presidente da direção da
associação, Manuel Santos, o
comandante e o 2.º comandante do corpo de bombeiros, respetivamente, Alberto Trigo e
Humberto Campos receberam o
jornal Bombeiros de Portugal
para dar a conhecer a instituição.
No quartel de Santo André a
boa vontade e o espírito de sa-
crifício dos operacionais têm
sido providenciais, tal como os
investimentos em meios, na formação e na segurança dos bombeiros, para que associação se
possa orgulhar do serviço de excelência prestado às populações, como, aliás, faz questão
de salientar o responsável operacional.
Obrigados a trabalhar “muito”
e em várias frentes, o corpo de
bombeiros pode, ainda assim,
contar com o apoio da Câmara
Municipal de Santiago do Cacém, ainda assim continua a faltar o entendimento que permita
dotar o quartel com uma equipa
de primeira intervenção. Atualmente a associação conta com
14 funcionários para dar resposta às solicitações de uma freguesia com 12 mil habitantes,
número que “triplica no verão”,
conforme assinala o comandante.
O presidente Manuel Santos
não esconde a frágil situação financeira da instituição, ainda
assim uma gestão apertada e rigorosa tem permitido manter as
contas em ordem, sem descurar
as necessidades do corpo de
bombeiros, tanto ao nível de
viaturas, como dos equipamentos, com especial enfoque para
a proteção individual dos operacionais. Os Voluntários de Santo
André contam com um parque
adaptado às necessidades da
área de intervenção, contudo, o
crescimento da cidade, onde o
betão se vai impondo, obriga a
ponderar a aquisição de um veículo urbano, como assinala Alberto Trigo.
O responsável operacional
conta com um efetivo “jovem e
motivado” e a causa continua a
atrair novos voluntários e a permitir formar novos bombeiros
todos os anos não obstante a
“burocracia e as exigências, nomeadamente em matéria de
formação” que em nada contribuam para atrair ou fixar novos
elementos nos quartéis, segundo defende Alberto Trigo.
Como diria o poeta “o cami-
nho faz-se caminhando” e é
desta forma que os Voluntários
de Santo André vão alcançando
o futuro, até porque esta equipa
recusa a estagnação, ainda que
muitas vezes os entraves teimem em travar o ímpeto de
crescimento que norteia esta
ainda jovem instituição do distrito de Setúbal.
12
JUNHO 2016
PALMELA
A
AÇORES
Município investe na requalificação
Câmara Municipal de Palmela aprovou, de forma
unânime, na reunião pública
realizada a 6 de abril, comparticipar na requalificação dos
quartéis dos Bombeiros de Palmela e do Pinhal Novo. O compromisso é expresso com a celebração de protocolos de cooperação financeira com as duas
instituições, em que o município se obriga a comparticipar
até ao máximo de 50 por cento
do valor total das empreitadas.
Este apoio surge na sequência da parceria que o Município
e as três associações do concelho – Palmela, Pinhal Novo e
Águas de Moura – têm mantido, no sentido de dotar os
quartéis das melhores condições de trabalho, “conducentes
à prestação de um serviço de
grande qualidade às populações. Anualmente, são atribuídos apoios para o funcionamento dos Grupos de Bombeiros Permanentes e para investimento em equipamento,
viaturas e instalações”. Registe-se que os Bombeiros de
Águas de Moura inauguraram,
em 2009, um novo quartel, re-
censeando-se, agora, outras
necessidades.
Apesar de terem visto recusadas as candidaturas apresentadas ao POSEUR – Programa
Operacional Sustentabilidade e
Eficiência no Uso dos Recursos,
no âmbito do Portugal 2020, as
Associações de Bombeiros de
Palmela e de Pinhal Novo vão
continuar a procurar cofinanciamento para a concretização de
tão significativos investimentos.
Segundo o município, “uma
vez reunidas as condições técnicas e financeiras para o desenvolvimento das empreitadas, seguir-se-á a celebração
de um contrato programa”.
FELGUEIRAS
União de freguesias entrega equipamentos
Moto de água
chega a Santa Maria
A
Associação Humanitária de Bombeiros
Voluntários de Santa Maria, Açores, recebeu uma moto de água para reforço das
suas missões de prevenção, busca e salvamento. A entrega da mota de água resulta
de um contrato de comodato estabelecido
entre o Serviço Regional de Proteção Civil e
Bombeiros dos Açores e a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Santa
Maria, para, como sublinhou o secretário Regional da Saúde, “servir melhor os açorianos
e aqueles que visitam os Açores”.
Luis Cabral lembrou que, “com o crescimento do turismo nos Açores, é uma res-
ponsabilidade do Governo Regional promover o bem-estar e a segurança de todos” e,
no caso concreto da ilha de Santa Maria,
“onde as atividades náuticas são muito procuradas, a entrega desta moto de água para
auxiliar a autoridade marítima na segurança
da orla costeira faz todo o sentido”.
O investimento feito, de cerca de 20 mil
euros, esquadra-se no compromisso de dotar os corpos de bombeiros com os meios de
socorro adequados às suas necessidades,
por parte da Secretaria Regional da Saúde,
através do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.
CANHA
Associação têm novo salão de festas
C
onhecedora do trabalho desenvolvido pelos
Voluntários de Felgueiras em prol da comunidade que servem, mas também ciente de algumas dificuldades com que se debatem para diariamente protegerem a sua população, a união
das freguesias da sede do concelho, “num gesto
de reconhecimento”, presenteou os bombeiros,
com sete rádios de comunicações de Banda Alta
VHF.
O presidente da União de Freguesias de Margaride, Várzea, Varziela, Lagares e Moure, José Luís
Martins e a tesoureira Margarida Almeida, deslo-
caram-se, no passado dia 3 de junho ao quartel,
para na presença de alguns ‘’soldados da paz’’
entregarem os equipamentos ao presidente da
direção Arnaldo Freitas e ao comandante Júlio Pereira.
Estes rádios usados nos teatros de operações,
revestem-se de “enorme importância no sucesso
das missões de socorro, para os quais estes homens e mulheres são chamados diariamente”,
assinala o comandante, agradecendo o apoio e
desejando que “exemplos destes sejam seguidos
por outros”.
AVIS
“C
Autarquia subsidia viaturas
onsiderando o papel fundamental que a
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Avisenses desenvolve no sistema de
proteção civil, nomeadamente nas funções de socorro a doentes e sinistrados, em situações de
emergência e de catástrofe e no combate a fogos
urbanos e florestais, e as dificuldades financeiras
com que se depara”, a Câmara Municipal de Avis
deliberou atribuir à instituição um subsídio de 35
mil euros, “destinado a comparticipar a aquisição
de viaturas”.
A proposta, apresentada presidente da autarquia, visa garantir “condições mínimas de funcionamento e operacionalidade” da associação, tendo em conta “o agravamento das suas condições
económicas”; sustenta o documento aprovado
pelo executivo no passado mês de maio.
A Associação dos Bombeiros
Voluntários de Canha esteve
em festa, no passado dia 4 de
junho, com a inauguração de
um salão de festas e eventos, à
qual se associou Nuno Canta,
presidente da Câmara Municipal
do Montijo.
O comandante do corpo de
Bombeiros, Urbano Emídio, reconheceu, na ocasião que esta
era uma obra “há muito reivindicada pela instituição”, mas
que sou agora possível concretizar no âmbito do processo de
reconversão e requalificação
das instalações.
“O pavilhão, transformado
em salão, está preparado para
receber eventos promovidos
pela associação possa organizar, mas também pelas instituições públicas e/ou privadas locais e pelos associados sócios
que dele necessitarem”, salientou, para depois agradecer à
autarquia os apoios concedidos
que permitiram “realizar as
obras, praticamente concluídas”, que permitem dignificar e
tornar mais funcional o complexo.
Já Nuno Canta frisou que os
subsídios dados à instituição visam não só a “manutenção e
obras do quartel, mas a aquisição de meios de socorro e urgência”.
“A Câmara Municipal do Montijo continuará sempre a associar-se de forma empenhada ao
trabalho desta associação humanitária, certos de que essa é
a vontade do povo do Montijo e
de Canha”, afirmou.
O autarca congratulou-se
com a presença de tantas pes-
soas na sessão, prova da “capacidade de união dos canhenses”, apelando ainda assim para
fortalecimento dessa ligação o
que impõe generosidade e entreajuda.
13
JUNHO 2016
AVEIRO (NOVOS)
“Temos uns bombeiros excecionais”
A Associação Humanitária de Bombeiros
Guilherme Gomes Fernandes - Bombeiros
Novos (Aveiro) assinala este ano 108 anos
de existência marcados pelo trabalho e
entrega de várias gerações de dirigentes e
bombeiros todos determinados em
contribuir para o engrandecimento desta
nobre instituição.
A história recente dá conta de alguns
problemas que a perseverança, marca
desta casa, tem permitido debelar.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
F
undada a 30 de novembro
de 1908, a Associação Humanitária de Bombeiros
Guilherme Gomes Fernandes Bombeiros Novos transpira vitalidade e dinamismo, ainda
que nem sempre seja fácil, sobretudo na conjuntura atual,
tanto a nível financeiro como
social. Mas os desafios não intimidam os “Novos”, como assinala o presidente da direção,
João Carlos Albuquerque Pinto.
A exiguidade das instalações
constitui uma preocupação,
que o investimento na requalificação dos espaços não mitiga.
Sem possibilidades de expansão, o quartel instalado no centro cidade é uma casa demasiado pequena para a dimensão
do corpo de bombeiros que
conta, atualmente, com 95 efetivos.
O presidente recorda que,
durante quase uma década, os
Bombeiros Novos tentaram junto da Câmara encontrar uma
solução para a questão, que
chegou há três anos com a cedência de um terreno. De lá
para cá, o processo esteve,
quase, estagnado até porque a
debilidade financeira da instituição não permitia sequer sonhar
com a construção de um novo
quartel.
“Um conjunto de situações,
incluindo a crise e alguns azares” impôs outras prioridades
como explica o presidente da
direção:
“Andámos tão ocupados,
quase obcecados com a resolução da crise financeira que não
procuramos sequer despertar,
em quem de direito, a vontade
política que viabiliza projetos
desta natureza”.
Ainda que subsistam algumas dificuldades, direção e comando concordam “existir a necessidade absoluta de um novo
quartel”, não obstante, nos últimos anos, várias intervenções
no edifício do centro da cidade
tenham permitido melhorar as
condições dadas aos operacionais que garantem a proteção e
o socorro a metade do território
concelhio, contas feitas aos cerca de 46 mil habitantes da área
de intervenção própria deste
corpo de bombeiros.
Na verdade o tempo urge e
os Voluntários Novos estão
cientes que importa aproveitar
as janelas de oportunidade
abertas pelos quadros de financiamento comunitário, pois sem
esse apoio dificilmente a associação encontrará recursos para
custear a obra.
No âmbito dos apoios, direção e comando destacam o esforço da Câmara Municipal de
Aveiro para dar resposta às necessidades dos dois corpos de
bombeiros do município, sendo
aliás um “exemplo a nível do
distrito”.
São escassos os recursos e
muitas as exigências para uma
associação que para além das
instalações-sede, garante ainda
o funcionamento de uma secção destacada em São Jacinto,
distanciada 60 quilómetros por
terra e cerca de oito pela ria.
Este “míni-quartel”, inaugurado
na década de 80 do século passado, e que, durante anos, contou com o apoio do voluntariado, hoje não dispensa os assa-
lariados, pois, como explica o
comandante Ricardo Fradique,
o encerramento dos estaleiros
navais veio criar sérias dificuldades no recrutamento de
bombeiros, para aquela área do
concelho. Para proteger aquela
freguesia do concelho de Aveiro, os cerca de 250 hectares de
reserva natural e garantir o socorro a cerca 800 pessoas os
Bombeiros Novos mantém a seção, optando por uma gestão
integrada dos recursos humanos e mantendo em permanência uma das cinco tripulações
INEM em S. Jacinto.
A associação conta, atualmente, com cerca de 22 funcionários, mas “já foram mais de
30”, um reajustamento imposto
quando a instituição optou, “há
uns anos”, por deixar de efetuar
serviços de transporte de doentes não urgentes.
“Somos um corpo de bombeiros todo virado para o socorro”,
diz o comandante, dando conta
dos muitos desafios impostos
pelo concelho que impõem
prontidão e preparação aos
operacionais.
Ricardo Fradique fala com orgulho de um efetivo jovem,
“com uma média de idades que
não ultrapassa os 27 anos”, motivado e talhado para fazer mais
e melhor, não obstante todas as
dificuldades e restrições que assolaram a instituição.
“Temos uns bombeiros excecionais”, regista do comandante, dando conta que, para além
do cumprimento da sua missão
em todos os teatros de operações, ainda “colaboram imenso
com a associação”, nomeadamente na promoção de iniciativas várias, que já permitiram à
associação adquirir três viaturas, bem como vários equipamentos de proteção de individual.
O responsável operacional
salienta que o “voluntariado é
extremamente importante no
socorro prestado à cidade de
Aveiro” e, embora o número de
inscritos tenha vindo a diminuir” todos os anos o quartel
assegura o reforço do efetivo,
para o qual também concorre a
escola de infantes e cadetes
que nos últimos cinco anos é
responsável por alguns ingressos, curiosamente também de
pais das crianças e jovem que a
frequentam.
Esta é uma instituição muito
dinâmica, voltada para o exterior, preocupada com as questões da imagem e da comunicação, atenta à mais-valia das
parcerias dentro e fora das
fronteiras do concelho. Neste
âmbito, o presidente da direção
e o secretário da direção, Roque
Gamelas, fazem questão de salientar a geminação com os
bombeiros franceses de Arcachon, um intercâmbio “importante em termos culturais”, assente na troca de experiências
e que tem permitido que os
operacionais franceses visitem
Aveiro, da mesma forma que
“praticamente todos” os bombeiros aveirenses tenham já conhecido a região de Bordéus.
Não obstante as dificuldades
e os entraves dentro de portas,
a instituição esteve sempre na
primeira linha na luta coletiva
pela dignificação do setor, desde logo reivindicando o respeito
que os bombeiros merecem de
entidades como o Instituto Nacional de Emergência Médica
(INEM) ou exigindo justiça nos
apoios concedidos às associações de cariz humanitário, apelando à descriminação positiva
que permita, por exemplo, uma
redução no preço dos combustíveis.
O dever de honrar o legado
dos fundadores é desafiante,
ainda assim não mais que a
missão de salvar vidas assumida por quase uma centena de
homens e mulheres abnegados
e é esta complementaridade
que permite que aos Bombeiros
Novos de Aveiro orgulharem-se
todos os dias do serviço prestado às populações.
14
JUNHO 2016
PONTE DE SOR
Q
Concluída formação para aeródromo
uinze operacionais dos
Bombeiros Voluntários de
Ponte de Sor concluíram no
passado dia 4 de junho a formação de “Serviço Básico de
Salvamento e Luta contra Incêndios”. Esta formação tornou-se necessária, considerando a
alteração para categoria superior do Aeródromo Municipal de
Ponte de Sor, que agora pode
receber aeronaves de maior dimensão e com maior número
de passageiros.
Para Simão Velez, Comandante dos Bombeiros de Ponte
de Sor e Coordenador Municipal
de Proteção Civil “Esta formação pôs à prova a condição física e técnica dos Bombeiros que
nela participaram, permitindo
um crescimento técnico específico muito relevante.”
O comandante dos Voluntários de Ponte de Sor referiu ainda que “não é suficiente termos
um bom veículo e novos equipamentos na Unidade de Bombeiros do Aeródromo, a resposta operacional de excelência
implica ainda a adequada competência operacional dos Bombeiros e a esse propósito posso
afirmar que o desempenho tido pelos
Bombeiros no exercício final da formação, corresponde aos desideratos em
matéria de qualidade da resposta operacional”.
A Unidade de Bombeiros de Aeródromo do Aeródromo Municipal de
Ponte de Sor prevê para breve um
teste efetivo à sua capacidade de reposta operacional, nomeadamente,
com a realização de um exercício Livex que envolverá, inclusive outros
meios de emergência locais.
BSB PORTO
Terceiro encontro de salvamento urbano
A
SUL E SUESTE
A
Barreiro em Madrid
convite da Associación Profesional de Rescate en Accidentes de Trafico (APRAT), uma
Equipa de Salvamento e Desencarceramento do Corpo de
Bombeiros do Sul e Sueste
marcou presença no XII Encuentro Nacional de Rescate en
Accidentes de Tráfico, que decorreu em Alcorcón (Madrid),
entre 1 e 4 de junho.
Esta participação ocorreu
pelo quarto ano consecutivo,
consolidando, assim,” uma relação ibérica profícua com impacto muito positivo a nível da formação especializada”, conforme
assinala fonte dos Voluntários
de Sul e Sueste.
C
O grupo integrou os bombeiros de 2.ª Miguel Saldanha e
Nádia Conceição e os bombei-
ros de 3.ª Miguel Mendes, Ana
Rita Martins, Fernando Santos e
Pedro Tomé.
Simulacro testa estagiários
ecorreu no centro da localidade de Casal Comba um
simulacro de acidente multivitimas que visou testar as capacidades dos estagiários dos Voluntários da Pampilhosa, após a
conclusão da formação na área
da emergência pré-hospitalar.
No local, o grupo foi apoiado
pelos operacionais deste corpo
de bombeiros.
mentos de Espanha, França, Inglaterra, Bulgária
e Portugal.
A cerimónia de Encerramento foi presidida pelo
vereador do Pelouro da Fiscalização e Proteção
Civil, Manuel de Sampaio Pimentel, que procedeu
à entrega do troféu à equipa vencedora – Alpincor, de Espanha, tendo enaltecido a importância
da realização do III MESMU, como contributo
para a melhoria da resposta na proteção e socorro de pessoas e bens.
(Texto e fotos do subchefe António Oliveira)
COIMBRA
PAMPILHOSA
D
cidade do Porto foi palco, entre 26 e 29 de
maio, do III Meeting de Equipas de Salvamento em Meio Urbano (III MESMU).
Este evento, para além da vertente competitiva, teve como principal objetivo a partilha de conhecimentos e experiências entre as diversas
equipas que nele participaram. Após a abertura
oficial do III MESMU, no final do dia 26, realizou-se pela primeira vez, já na madrugada do dia 27,
um exercício noturno no Pavilhão Rosa Mota,
num cenário de multivítimas, com a participação
conjunta de todas as equipas. No mesmo dia, da
parte da tarde, decorreram também pela primeira vez, na Biblioteca Almeida Garrett, as Jornadas Técnicas no âmbito do Resgate.
No dia 28, realizou-se o evento principal do III
MESMU denominado “competição de técnicas de
resgate em cinco cenários”, que decorreu em diversos locais da cidade do Porto, nomeadamente,
na Avenida dos Aliados, no Silo Auto, na Avenida
D. Afonso Henriques, no Largo dos Amores de
Perdição e na Praça dos Poveiros.
No dia 29, nos Jardins do Palácio de Cristal,
decorreu a competição de “técnicas de progressão vertical”, onde as diversas equipas tiveram
que competir entre si demonstrando várias técnicas de progressão na vertical em provas de velocidade e destreza utilizadas em manobras de resgate de vítimas.
O III MESMU, teve a participação de várias
equipas nacionais e internacionais, ao nível da
competição e observadores, destacando-se ele-
Meia centena em instrução
erca de meia centena de
operacionais dos Corpos de
Bombeiros de Condeixa, Penacova e Vila Nova de Poiares,
participaram, no passado dia
18, numa instrução conjunta de
combate a incêndios florestais.
Esta ação que se realizou na
Pegada, Lousã, visou rotinar
práticas e técnicas, nomeadamente no uso das ferramentas
e na manuais, na aplicação do
protocolo LACES e na promoção
de trabalho de equipa.
15
JUNHO 2016
POMBAL
Câmara Municipal de Pombal aprovou, por unanimidade, um conjunto de benefícios sociais para os bombeiros
voluntários do concelho, cumprindo-se assim a intenção
anunciada pelo presidente do
executivo, Diogo Mateus, por
ocasião do 104.º aniversário
Associação Humanitárias dos
Bombeiros Voluntários de Pombal.
Desta forma, o município
passa a assegurar o pagamento de seguros de acidentes pessoais dos bombeiros, preste
apoio jurídico em processos
com origem em factos ocorridos em serviço, garanta prioridade, em igualdade de condições, na atribuição de habitação social promovida ou sob
administração do município.
Os bombeiros passam ainda
a beneficiar de acesso gratuito
às Piscinas Municipais, bem
como iniciativas de caráter
desportivo e culturais promovidas pela autarquia.
Para além da isenção de pagamento de algumas taxas
municipais, a autarquia concede, ainda, passe mensal gratuito na Rede de Transportes Públicos Pombus e institui uma
bolsa de estudos mensal, no
valor de 75 euros, “a filhos de
bombeiros falecidos em serviços ou com doença contraída
no exercício de funções”.
E, enquanto tarda o consenso no seio da Associação Nacional de Municípios Portugueses
no apoio às associações humanitárias e corpos de bombeiros,
alguns concelhos do País avançam com medidas que visam
por uma lado “reconhecer o es-
forço, a entrega e a dedicação
que estes homens e mulheres
prestam à População”, como
sustenta o presidente da Câmara de Pombal, mas, também, incentivar o voluntariado.
Nos últimos tempos, vários
municípios têm alargado o âmbito das parcerias com os bombeiros, aliando o apoio financeiro, a uma componente mais
social, voltada para os homens
e mulheres que dão vida à causa, numa tentativa de atrair
mais voluntários para os quartéis.
Exemplos de boas práticas
não faltam e o movimento de
municípios que investem, hoje,
nos bombeiros de amanhã vai
conquistando subscritores entre eles Fafe, Murtosa, Vila
Nova de Cerveira, Chaves, Esposende, Paços de Ferreira, Pe-
Foto: Marques Valentim
A
Autarquias investem nos incentivos ao voluntariado
nafiel, Amares, Santa Marta de
Penaguião, Ribeira Grande,
Horta e ainda Guimarães e Cabeceiras de Basto que ultimam
projetos nesta vertente. Regis-
te-se que, também recentemente o Governo regional dos
Açores anunciou o Decreto Legislativo Regional que concede
“novos direitos e regalias” aos
bombeiros que passam a beneficiar, entre outros, apoios na
saúde, na educação e no acesso á habitação.
Sofia Ribeiro
COIMBRA
Bênção dos capacetes juntou 300
D
ecorreu na igreja da Sé
Nova de Coimbra a cerimónia da bênção dos capacetes de
combate a fogos florestais or-
ganizada pela Federação de
Bombeiros do Distrito de Coimbra e presidida pelo Bispo D.
Virgílio do Nascimento.
A cerimónia contou com a
presença de três centenas de
bombeiros, comandos e dirigentes das associações e cor-
pos de bombeiros do distrito de
Coimbra e muito público que
quis testemunhar a demonstração de fé dos bombeiros.
A Liga dos Bombeiros Portugueses esteve representada
pelo vogal do conselho fiscal,
Rogério Silva.
AJUDA
Voluntários têm nova casa
P
assado mais de um século, a
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários da Ajuda
regressou à sua freguesia e a
um novo quartel, deixando assim as desadequadas instalações da Praça da Alegria.
Inauguradas no dia 24 de
maio, as instalações situadas
junto ao Polo Universitário, com
uma área de 1500 metros quadrados abrem caminho ao crescimento e potenciam uma nova
dinâmica.
O edil de Lisboa, Fernando
Medina, acompanhado pela
presidente da direção da associação, Luísa Vicente Mendes e
o comandante António Lesia
descerraram a placa que assinala um início ciclo na vida deste corpo de bombeiros, numa
nova casa que recebeu o nome
do chefe Mário Justino Marques
Castanheira.
Nas breves alocuções que
marcaram a sessão, ficou sublinhada a satisfação dos autarcas
das freguesias da Ajuda e Alcântara pela proximidade com
os bombeiros, mas também a
mais-valia deste investimento
em matéria de proteção civil
para a segurança e o socorro
das populações da zona ocidental da cidade.
Na sessão foram ainda inauguradas duas ambulâncias de
socorro (ABSC) e distinguidos
vários elementos corpo de
bombeiros com medalhas da
Liga dos Bombeiros Portugueses e da associação.
Sérgio Santos
Após a cerimónia decorreu
um almoço convívio na Associação de Bombeiros Voluntários
de Brasfemes.
16
JUNHO 2016
BRAGA
“A
Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP),
está totalmente disponível para todas as reformas
a levar a efeito nos bombeiros
portugueses, porque não há
bombeiros profissionais e
bombeiros voluntários, são todos bombeiros na sua essência
na sua paixão, na sua entrega,
na sua doação”, palavras de
Jaime Marta Soares, no passado dia 3 de junho, na inauguração do quartel da Companhia de Bombeiros Sapadores
de Braga (CBSB). Perante uma
vasta plateia o presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses defendeu que a solução
para os problemas do setor
impõe a união, propondo um
diálogo aberto entre o governo, a Associação Nacional dos
Municípios Portugueses, a Associação de Bombeiros Profissionais e a Liga dos Bombeiros
Portugueses”.
Na presença de ministra da
Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, o presidente da LBP incluiu na sua
alocução um rol de duras críticas ao Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM)
que, disse, “continua a ignorar
os bombeiros” pondo em causa o trabalho de um “parceiro
que garante 95 por cento da
sua atividade”.
Fotos: Marques Valentim
Sapadores têm novo quartel
“Sem nós o INEM não existe, não responde aos portugueses”, considerou, dizendo
ainda que este organismo tutelado pelo Ministério da Saúde está de costas voltadas
para a Autoridade Nacional de
Proteção Civil, a Escola Nacional de Bombeiros e à Associação Nacional dos Bombeiros
Profissionais.
“Isto não pode continuar!”,
acentuou.
Mas porque o dia era de festa, Jaime Marta Soares não
deixou de enaltecer “o empenho da autarquia bracarense”,
na concretização de uma “obra
de importância e grande relevância de que os bombeiros
estavam credores”.
O presidente da Câmara
Municipal de Braga, Ricardo
Rio, congratulou-se com que o
que classificou de “um equipamento de excelência e de futuro”, que mais não é do que “a
concretização de um sonho
antigo”, recordando que “o anterior quartel tinha mais de 50
anos, estava degradado, não
tinha condições de conforto e
de funcionamento condignas
para esta corporação.
O projeto evidencia-se pela
clara definição e separação
funcional dos espaços, e inclui
quatro volumes: edifício principal, parque de viaturas e socorros a náufragos, casa-escola e arrecadações exteriores
de apoio.
O novo quartel, para além
de garantir condições de excelência aos cerca de uma centena de bombeiros que constituem o efetivo, vai permitir à
CBSB admitir elementos do
sexo feminino, situação que
pelas condições estruturais até
agora existentes, designadamente a falta de balneários,
não era possível concretizar
Representando um investimento global superior a 1.2
milhões de euros, a obra beneficiou de financiamento do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT).
De referir que a CBSB recebeu outros financiamentos,
nomeadamente do Quadro de
Referência Estratégico Nacional (QREN) para aquisição de,
um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI) e um ligeiro de combate de a incêndios (VLCI), bem como de
equipamento de proteção individual.
Sofia Ribeiro
17
JUNHO 2016
BARCELINHOS
Complexo modelo vai receber
heliporto e BAL
No passado dia 26 de junho cumpriu-se
mais um desígnio dos Bombeiros de
Barcelinhos com a inauguração do novo
complexo operacional, que poderá vir a
receber ainda um heliporto e uma Base de
Apoio Logístico.
Centenas de pessoas testemunharam o
acontecimento que constituiu o momento
maior das comemorações do 95.º
aniversário desta instituição do distrito de
Braga.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
P
ompa, circunstância, mas
também brio, atavio e a
solenidade que os grandes momentos impõem marcaram a inauguração do novo
quartel dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos, que, no
dia 26 de junho, cumpriram
uma antiga aspiração”, conforme recordou José Costa, o
presidente desta instituição
que completa, este ano, 95
anos de valorosos serviços
prestados à comunidade e ao
País.
A cerimónia, presidida pela
ministra da Administração Interna, Constança de Sousa, ficou marcada pelas emoções,
mas também pela gratidão,
pois direção e comando não
esqueceram cada uma das entidades e individualidades da
sociedade civil, mas também
os dirigentes e bombeiros que
se envolveram na concretização deste “sonho”.
Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP), falou de um
“dia histórico” para o município
de Barcelos, enalteceu a mobilização da comunidade em prol
dos seus bombeiros, não deixando, contudo, de destacar “a
perseverança e a competência,
paixão e amor à instituição”
que, em todo o processo, nortearam o presidente da direção
e o comandante José Beleza.
Dirigindo-se à ministra da
Administração Interna, o presidente da LBP não resistiu em
recorrer ao caderno reivindicativo para pedir mais apoios
para o setor:
“O Orçamento do Estado
está aí à porta e faça o favor de
aumentar os apoios aos bombeiros”, salientou o responsá-
vel, para depois reiterar que a
“Lei de financiamento é uma
boa lei, o financiamento da lei é
que não é assim tão bom”.
“Sabemos que há muito ainda a fazer, mas não é uma
questão de querer, mas de poder”, afirmou Constança Urbano de Sousa, respondendo, assim, ao repto do comandante
Jaime Marta Soares.
Numa curta intervenção, a
titular da pasta da Administração Interna felicitou a associação pelo “magnífico quartel”,
pela “dinâmica” e pela “robusta
capacidade de intervenção”
que permitiu envolver a comunidade neste projeto.
A ministra não perdeu a
oportunidade para relembrar
que estão abertos dois concursos destinados à aquisição de
equipamentos e intervenções
nos quartéis, da mesma forma
que recordou o “reforço de dois
milhões de euros do Orçamento
de Estado” no setor.
Orçado em cerca de dois milhões de euros, o imponente
complexo operacional reúne todas as condições de operacio-
nalidade e de conforto para
acolher mais de uma centena
de bombeiros.
“A corporação tem quase um
milhão para pagar, mas é aqui
que entra a vontade da sociedade civil, que participou, e
acredito, continuará a participar, em várias atividades de
angariação de fundos”, referiu
o presidente da direção, José
Costa.
Registe-se, que neste âmbito, foram muitas as incitativas
promovidas nos últimos anos
pelos Voluntários de Barcelinhos com particular destaque
para a campanha de associados
que, hoje, “já são mais de 28
mil”.
Importa salientar que este
equipamento, que obteve financiamento comunitário, ainda antes de inaugurado recebeu obras de ampliação, a expensas da associação, mas,
conforme anunciou o presidente da instituição, já se anunciam outras:
“Ainda falta a terceira fase”,
assinalou José Costa que pretende ver aquela unidade dota-
da de um heliporto “para situações de emergência clínica”
bem como de Base de Apoio
Logístico (BAL).
O presidente da direção
aproveitou a sessão solene do
95.º aniversário para dar conta
de um investimento de 75 mil
euros em equipamentos de
proteção individual.
A sessão ficou ainda marcada pela entrega do crachá de
ouro da liga dos Bombeiros
portugueses ao presidente da
direção José Arlindo Costa, vice
presidente José Carlos de Lima
Real, bombeiro de 1.ª José
Martinho Amaral Oliveira e os
subchefes Pedro Manuel Guimarães Monteiro e Fernando da
Silva Pereira, e ainda pela atribuição de condecorações, distinções, bem como dos títulos
“sócio benemérito” e de “sócio
honorário” a várias personalidades, nomadamente à ministra da tutela e à apresentadora
de televisão Sónia Araújo.
O vasto programa festivo integrou ainda a inauguração e
bênção de uma nova ambulância, oferecida por um benemérito, e a apresentação viatura
histórica de combate a incêndios, recentemente, restaurada.
18
O
JUNHO 2016
ESMORIZ
FAMALICÃO
Praias mais seguras
Acidentes dão trabalho aos bombeiros
s Bombeiros Voluntários de
Esmoriz, cumprindo a tradição de vários anos, já cumpriram a fase de preparação e estão a arrancar com a operação
de vigilância e segurança nas
praias da sua área de intervenção. Para isso iniciaram em
maio o recrutamento de nadadores salvadores para a época
balnear. Entretanto, os nadadores salvadores que já integram
estruturas da Associação Humanitária e Corpo de Bombeiros foram também alvo de
ações de formação e de avaliação.
No próximo dia 2 de julho é aberta oficialmente
a época de vigilância de praias em Esmoriz, Cortegaça e Maceda, neste caso sob a responsabilidade dos Bombeiros de Esmoriz, em articulação
com as autoridades da área marítima, mas também com as autarquias locais e o Município.
Os Bombeiros de Esmoriz, na verdade, já iniciaram, em 15 de junho último, o apoio em quatro praias (Barrinha Norte, Barrinha Sul (Cantinho), Cortegaça e São Pedro Maceda) e, a partir
de 1 de julho, juntam mais duas, a Praia Velha de
Esmoriz e Santa Marinha (Praia Velha de Maceda)
A intervenção dos Voluntários de Esmoriz conta com a participação da Câmara Municipal de
despiste de uma viatura ligeira que embateu
num muro provocou ferimentos ligeiros no
condutor, que foi transportado ao hospital. O acidente que ocorreu no dia 30 de maio na EN309,
em S. Cosme do Vale, mobilizou meios e operacionais dos Voluntários de Famalicão.
Este corpo de bombeiros esteve envolvido no
socorro a uma vítima que sofreu um acidente de
trabalho, em Ruivães.
Um homem de cerca de 60 ficou gravemente
ferido na sequência da queda de uma estrutura
metálica.
O ferido foi encaminhado para o Hospital S.
João no Porto.
Ovar em cerca de 75 por cento, mais de 40 mil
euros, dos encargos totais da vigilância nas
praias, e as juntas de freguesia assumem o restante, 4.000 euros da Junta de Freguesia de Esmoriz, 2.900 euros da Junta de Freguesia de Cortegaça, e da Junta de Freguesia de Maceda a
quantia de 1.700 euros.
Mais uma vez, as Associações Humanitárias de
Esmoriz e Ovar em parceria com as Juntas de
Freguesia e com a Câmara Municipal querem assegurar que a época balnear 2016 seja segura,
2o que embelezaria ainda mais o galardão da
bandeira Azul atribuído em praticamente todas as
freguesias marítimas, com praias/postos de praia
do concelho”.
MERCEANA
O
Bebé nasce numa ambulância
s Bombeiros Voluntários da
Merceana protagonizaram
recentemente a realização do
parto de uma menina no interior de uma das suas ambulâncias. Os autores do parto foram os tripulantes de ambulância de socorro (TAS) e bombeiros de 3.ª, Cristiano Vale e
André Santos, com o apoio
posterior da equipa da viatura
médica (VMER) do Hospital de
Vila Franca de Xira.
O alerta surgiu na central
dos Voluntários da Merceana
no passado dia 19, pouco depois das 22 horas, para socorrer uma grávida em trabalho
de parto. Pouco depois, a equipa de bombeiros chegou junto
O
da parturiente e, de imediato,
ajudou a menina a vir ao mundo.
Uma equipa de parabéns e
A operação de socorro contou envolveu seis
bombeiros e dois veículos dos Voluntários de Famalicão e a viatura médica do Hospital de Famalicão e respetiva tripulação.
FAMALICENSES
D
Atividade na terra e no rio
ia 30 de maio, os Bombeiros
Famalicenses foram intervenientes nas operações de socorro num acidente na A3 perto
da saída da Cruz do qual resultou um ferido ligeiro. Para este
teatro de operações foram mobilizados 10 bombeiros apoiados por um veículo de desencarceramento e duas ambulâncias de socorro.
Já no dia 11 de junho este
corpo de bombeiros deu apoio
aos mergulhadores dos Voluntários Amares e Vila Verde na
remoção de um carro que caiu
ao rio Cávado na freguesia de
Prado, concelho de Vila Verde.
Neste estivaram de operações estiveram 10 operacionais
com o veículo de desencarceramento e um barco.
Os Famalicenses participaram, também, no passado dia
18, no apoio às operações de
resgate do corpo do menino
que, alegadamente, a progenitora atirou ao Rio Cávado, em
Barcelos, deslocando para o local duas viaturas, um barco e
quatro bombeiros.
um comandante, Nuno Santos,
muito satisfeito, conforme nos
confiou, com a excelente prestação dos dois bombeiros.
MOURÃO
Operacionais vivem momento emocionante
A
ambulância dos Bombeiros Voluntários de Mourão, com os bombeiros Helder Saramago e Miguel Ramalho a bordo, saiu para dar resposta a
mais uma situação de emergência pré-hospitalar na vila de Mourão com a
SIV de Moura também ativada para o
local.
Quando os bombeiros se preparavam para transportar Cristina Silva
para Évora e já com a SIV de Moura no
local, a pequena Leonor, assim se chama a bebé que não quis esperar pela
chegada ao hospital para nascer, decidiu sair da barriga da mãe, que já se
encontrava na ambulância pronta para
ser transportada para o Hospital Espírito Santo de Évora, que fica sensivelmente a 60 quilómetros de distância.
No universo da emergência pré-hospitalar ajudar uma criança a nascer é
sempre algo de “muito emocionante e
de certeza que os Bombeiros Helder e
Miguel vão recordar para sempre
aquele momento”, regista fonte dos
voluntários de Mourão..
LOURES
O
Bombeiros fazem parto
Tiago Alexandre vai saber no futuro que veio
ao mundo na mão de dois bombeiros voluntários de Loures. O Tiago Santos e o Acácio Baptista
Severino foram os parteiros inesperados mas executores dessa missão na perfeição.
O pedido de socorro chegou de madrugada à
central de comunicações dos Bombeiros Voluntários de Loures. Quando os dois bombeiros saíram
do quartel já sabiam que se tratava de uma mulher
em trabalho de parto. Só não sabiam que a sua
missão iria ser acelerada e que o parto, afinal, acabaria por ocorrer na própria ambulância e com a
sua intervenção direta. Preparados e treinados
para tal o Tiago e o Acácio cumpriram com eficácia
o seu papel.
19
JUNHO 2016
CANTANHEDE
Comando
entregue
a José Oliveira
MORA
D
Segundo comandante toma posse
ecorreu, no passado dia 15 de junho, no quartel
dos Bombeiros Voluntários de Mora, a tomada
de posse do segundo comandante daquele corpo de
bombeiros, Vítor Manuel Prates Lamarosa Dias.
A cerimónia foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão de Matos, e
contou ainda com a presença do comandante operacional distrital de Évora da ANPC, José Ribeiro, do
comandante do corpo de bombeiros, Luís Caramujo,
de diversos autarcas do concelho, dos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mora, entre outros convidados.
Perante a formatura do corpo de bombeiros, Vítor
Dias tomou posse como seu segundo comandante,
assumindo o compromisso de honrar o cargo, defender o corpo de bombeiros e trabalhar para a população do Concelho.
Vítor Dias, ingressou nos Bombeiros Voluntários
de Mora em 1986 e, a partir de 2005 assumiu o cargo de adjunto de comando. A confiança depositada
pelo comandante e direção da Associação foi a referência para a sua promoção ao novo cargo, mas o
reconhecimento dos operacionais foi importante no
assumir desta nova missão.
Na sua intervenção, o comandante Luís Caramujo
lembrou a memória do bombeiro de 3ª do Quadro
de Honra Manuel António Pontes, recentemente falecido, reforçou a confiança no novo segundo comandante e realçou a presença dos operacionais do
corpo de bombeiros demonstrada com brio e dedicação, apresentando o dispositivo do corpo de bombeiros no DECIF 2016 ao presidente da Câmara de
Mora e ao comandante operacional distrital.
Na mesma cerimónia, a Comissão de Festas do
Corpo de Bombeiros, entregou 10 mochilas de combate a incêndios, com sistema de hidratação e equi-
pamento de sobrevivência (fire shelter), adquiridos
através de realização de atividades organizadas
pela mesma comissão.
Nas intervenções finais, o presidente da Direcção,
Francisco Comba da Silva, felicitou o segundo comandante lembrando as exigências que tal função
acarreta, o comandante operacional distrital, realçou o empenho do corpo de bombeiros de Mora nas
diversas missões e felicitou o novo segundo comandante. Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão de Matos, lembrou a importância que o corpo de bombeiros tem no Concelho,
agradeceu os serviços prestados aos munícipes,
realçou o papel que o novo segundo comandante
teve nos últimos anos no corpo de bombeiros e lembrou a forma organizada e motivada com que comando e direção tem desempenhado a sua missão
no último ano e meio.
O
comando dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede foi entregue a José Manuel Ferreira Oliveira,
em regime de substituição. A alteração na estrutura deve-se ao facto
de Jorge Jesus ter solicitado a não
renovação da sua comissão justificada por “razões familiares”.
Desta forma, a direção da Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Cantanhede, decidiu
manter em funções, até ao final do
ano. a restante equipa. Assim sendo, o 2.º comandante José Oliveira
assume a estrutura, coadjuvado
pelo adjunto de Nuno Carvalho.
MONTIJO
L
uis Manuel Neves da Silva e
Ricardo Filipe Baltazar Costa
tomaram posse, respetivamente,
como segundo comandante e adjunto do comando do corpo de
bombeiros da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários
do Montijo.
“Foi há cerca de trinta anos
que iniciei, como cadete, o meu
percurso como bombeiro, progredi até ao posto de chefe, e em
2002 assumi funções no comando deste Corpo de Bombeiros, a
cuja vida e causa sempre me dediquei de corpo e alma” lembrou
o recém-empossado segundo comandante.
Luis Silva lembra que “neste
corpo de bombeiros vivi vários
Estrutura recebe reforços
momentos, alguns maus, outros
muito especiais, e hoje, este dia,
é um desses momentos especiais
que tenho o prazer de partilhar
convosco”, razão para associar
“as minhas primeiras palavras às
pessoas que mais contribuíram
para a minha formação enquanto
homem, bombeiro, e agora segundo comandante, à minha
mãe e ao meu pai” e ainda,” à
minha esposa aos meus filhos, e
aos meus sogros, apenas quero
agradecer todo o vosso apoio, e
dizer que conto convosco nesta
nova missão, estando convicto e
com o desejo que possam estar
sempre ao meu lado”. Dirigiu-se
ainda aos padrinhos Rui Bolinhas, e Elisabete Grilo”, e aos
amigos, “porque são únicos, e
sem vós nunca poderia ter a estabilidade emocional que no meu
desempenho tanta falta me faz”.
Na qualidade de segundo comandante da corporação, “cujas
funções aceito hoje solenemente”, Luis Silva dirige-se ainda
“aos meus amigos e superiores
hierárquicos que já não estão
entre nós, com quem tive o privilégio de viver e trabalhar
como bombeiro, ao lado do comandante Mário Cruz e do ajudante Manel dos Bombeiros, entre outros, que recordo com
saudade, o chefe Faustino, Leiria de Sousa, Augusto Azevedo,
e outros”.
Luis Silva agradece ao “amigo
e comandante Américo, pela
confiança que depositaste em
mim há um ano atrás e pela amizade, companheirismo, e sacrifí-
cio, que partilhámos até aqui” e,
ao novo adjunto Ricardo Costa,
“desejo-te as maiores felicidades, e sorte nesta tua nova missão, tenho a certeza que pela tua
competência serás o adjunto do
comando que qualquer comando
gostaria de ter”.
PONTE DE SOR
Promoções para 37
N
o passado dia 10 de junho teve lugar a cerimónia de imposição de insígnias a trinta e sete novos elementos nos Bombeiros Voluntários de Ponte de Sor. Um extraordinário aumento de
efetivos, sendo que, trinta e quatro elementos foram integrados
no recrutamento de 2015 e três em recrutamentos anteriores.
Para Simão Velez, comandante dos Bombeiros de Ponte de
Sor, “Este tão expressivo ingresso, que muito nos conforta, é
uma parte visível do trabalho que temos vindo a desenvolver
desde maio de 2015”. Segundo o mesmo responsável “reconhe-
ço que este foi um processo de grande empenhamento e dedicação, quer dos formadores, instrutores e dos próprios estagiários,
pois só assim é possível levar a efeito um rigoroso plano de formação.”
A cerimónia teve ainda outros pontos altos, nomeadamente, a
imposição de galões ao novo chefe, Paulo Galveias e à subchefe,
Vera Alves, na sequência da conclusão dos respetivos concursos.
Segundo o comandante Simão Velez, “ fizemos um esforço relevante para preenchermos as diferentes categorias, entre outu-
bro de 2015 e janeiro de 2016 abrimos concursos para bombeiros de 2.ª, 1.ª, subchefes e chefes, sendo este um momento de
dupla satisfação para o comando”.
Após o ato de imposição de insígnias teve lugar a apresentação pública de duas novas ambulâncias, sendo uma oferta do
Município de Ponte de Sor.
Concluídas as cerimónias seguiu-se um merecido almoço convívio entre todos os promovidos e demais bombeiros, comando,
direção, responsáveis autárquicos e convidados.
20
JUNHO 2016
VIDAGO
O
Mais 11 no quadro ativo
s Bombeiros Voluntários de
Vidago contam com mais
11 novos elementos no seu
quadro ativo. Algo que o comandante Bruno Henriques,
considera como uma mais-valia
para este corpo de bombeiros.
O comandante destacou ainda
a formação que os bombeiros
tiveram ao longo deste ano,
garantindo que estão na sua
força máxima, salientando
também os meios operacionais
de que dispõem.
Chegado ao fim o período
probatório e de estágio, o quadro ativo dos Bombeiros Voluntários de Vidago conta, desde o
mês de maio, com 10 novos
bombeiros de 3.ª e um bombeiro especialista: David Gonçalves Pereira, David Alexandre
Leite Pereira, Nádia Basto Carocha, João Manuel Gomes dos
Reis, Luís Carlos Martins de
Barros, Marlene Catarina Fernandes dos Santos,
Carlos Manuel Barbosa Salgado, Mário Diogo
Santos Diegues, Ricardo Alexandre Taveira Ferreira, Ana Cristina Alves Leitão e o bombeiro especialista Manuel Rodrigues Pereira.
Para assinalar o momento da passagem ao
quadro ativo deste novos bombeiros, foi realizada uma formatura ao fim da tarde do dia 4 de
junho, frente ao quartel sede dos Bombeiros Voluntários de Vidago, onde oficialmente foram
também promovidos a bombeiros de 1.ª: - Bruno Miguel Machado Sarmento, Liliana Filipa Rodrigues Santos, Mário António Pereira Teixeira,
António de Jesus Ribeiro.
A assistir ao ato estiveram vários familiares e
amigos dos recém-promovidos, que tiveram o
privilégio de colocar as novas divisas aos novos
bombeiros já que cada um teve a liberdade de
escolher quem lhe colocaria as novas insígnias.
No final da cerimónia, o presidente da Associação, Francisco Oliveira, fez questão de enaltecer a dedicação e o empenho de todos os elementos e a importância da existência de todos
CASCAIS
A
aqueles que decidem abraçar o voluntariado,
como Bombeiros Voluntários. Hoje é um dia importante para vós e para a nossa Associação ficamos assim mais enriquecidos e as populações
que servimos, mais protegidas, por isso deveis
sentir orgulho em ser bombeiro. Ser bombeiro
voluntário é tão “simples” quanto isso. É dizer
que se está disposto a arriscar a vida pelos outros, a troco de nada.
Os novos bombeiros de 3.ª vêm agora reforçar
os Voluntários de Vidago, que conta atualmente
com mais de 50 elementos no quadro ativo
Na mesma cerimónia, e por proposta do comandante dos Bombeiros Voluntários de Vidago,
foi anunciada a composição do quadro de comando com a indigitação, para segundo comandante, do subchefe António Carlos Sequeira Sousa e, para adjunto de comando, do bombeiro de
1.ª, Bruno Miguel Sarmento. Com a indigitação
destes bombeiros fica completa a reestruturação
da estrutura de comando. Para o comandante
Bruno Henriques, “são estes momentos simples
que marcam a vida desta associação.”
TORRES NOVAS
O
Quartel ganha sete voluntários
s Voluntários Torrejanos reforçaram o efetivo com sete novos elementos. O curso iniciado a 9 de janeiro
de 2015, depois de cumpridas todas as
fase da formação terminou a 14 de
maio de 2016 com a imposição das
respetivas insígnias, numa cerimónia
“muito expressiva e concorrida” testemunhada por direção, comando, corpo
ativo e familiares dos novos bombeiros.
Integram este grupo de voluntários
disponíveis para servir o próximo e
honrar o lema “Vida por Vida”, no qual
as mulheres estão em maioria, Ana
Luísa Reis Cabeleira, Débora Sofia
Cambé Pinheiro, Eliana Raquel Rodrigues Lopes, Irina Rafaela Costa Grade,
Rute Gonçalves Gomes, Diogo Filipe
Patrício Afonso e Nelson José Martins
Rodrigues.
Autarquia apoia formação de TAS
Câmara Municipal de Cascais decidiu
apoiar mais uma vez as cinco associações
de bombeiros voluntários do concelho (Cascais, Estoril, Alcabideche, Parede e Carcavelos e S. Domingos de Rana) para a obtenção
de formação em tripulantes de ambulância de
socorro (TAS), como aconteceu nos mesmos
moldes em 2014.
O apoio agora facultado, solicitado através
do secretariado concelhio das cinco associa-
ções, abrange a formação para 15 novos TAS.
A decisão agora tomada, e a decidida também
em 2014, insere-se no protocolo existente
entre as associações de bombeiros e a Autarquia no âmbito da formação.
Refira-se que, há vários anos, a Câmara
Municipal de Cascais também apoia a formação conjunta inicial de bombeiro promovida
pelas associações através das respectivas recrutas.
BATALHA
J
Quartel recebe reforços
oaquim Coelho, Tiago Pereira, Nicolae Purice, Joni Vieira e Joaquim Meneses, Cátia
Ferreira, Ana Repolho e Tânia
Henriques reforçam, desde o
passado dia 9 de junho, o efetivo dos Bombeiros da Batalha, depois de terem concluído
com êxito o curso inicial de
formação, realizado o estágio
e cumprido período probatório, num percurso acompanhado e orientado pelo comando.
Os oito elementos receberam as divisas de bombeiro de 3.ª numa simbólica
cerimónia que reuniu direção, o comando, e corpo ativo, bem como familiares
destes novos voluntários. Na ocasião
Realçamos que “Só com a entrada de
novos elementos é possível garantir o
funcionamento e a continuidade desta
instituição”, salientam direção e comando.
Entretanto, já decorre o processo de recrutamento para um novo curso de Instrução Inicial
de Bombeiros, que já regista 15 inscrições,
contudo, conforme sublinha fonte da institui-
ção, apelando à participação de todos os que se
sintam tocados pela causa.
Mais informações disponíveis em www.bv-batalha.pt.
CONDEIXA A NOVA
O
Ingressos e promoções
s Bombeiros de Condeixa-a-Nova contam com 10 novos efetivos no contingente, um
reforço importante para qualificar a resposta às solicitações de
um território exigente.
O quartel deu, recentemente,
as boas vindas aos bombeiros
de 3.ª Isabel Joaquim, Sónia
Reis, Bruno Leite, Luís Veloso,
Tânia Gonçalves, Rui Godinho,
Rafael Baptista, Flávio Dias,
Luís Albano e Samuel Santos.
No dia da receção aos novos
voluntários, foram, ainda, promovidos à categoria de bombeiros de 1.ª Jorge Ferreira, Dina
Natário, Ramiro Alves, Rúben
Reis e Pedro Filipe.
21
JUNHO 2016
SÃO PEDRO DE SINTRA
Fotos: Marques Valentim
Bombeiros recebem Fénix de Honra
“H
á que avançar rapidamente para alteração
profunda da legislação portuguesa em matéria de proteção
civil”, defendeu Jaime Marta
Soares, presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP)
nas cerimónias do 110.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de São Pedro de Sintra, deixando a garantia que “os bombeiros não se vão calar até conseguirem atingir os seus objetivos” que, disse, “visam melhorar a resposta dada às
populações”, exigindo “a revisão das leis orgânicas da Autoridade Nacional de Proteção Civil e do Instituto Nacional de
Emergência Médica”.
Perante a vasta plateia, o
responsável máximo da confederação falou de alguns dos
problemas do setor e garantiu
que a Liga não abdicará de reivindicar as soluções junto da
tutela.
E porque o dia era dedicado
aos Voluntários de São Pedro de
Sintra o comandante Jaime
Marta Soares não deixou de sa-
lientar “o grande o trabalho desenvolvido por esta magnífica
organização”, que “pratica a solidariedade e o humanismo”,
agraciando a instituição com a
fénix de honra.
A cerimónia, que reuniu no
quartel, no dia 10 de junho, feriado nacional, muitas dezenas
de pessoas teve, ainda, como
momento maior a receção no
quadro ativo de sete novos elementos. Foi com emoção, mas
com muita alegria que os estagiários receberem, por mérito
próprio, depois de cumprindo
um exigente período de formação, as insígnias de bombeiro
de 3.º. Os Voluntários de S. Pedro de Sintra podem contar
agora nas suas fileiras com Luis
Miguel Resende Martins, Cátia
Patricia Pedro Gonçalves, Liliana Isabel Rodrigues Oliveira,
Marta Sofia Carvalho Janicas,
Miriam Sande Nunes Ferreira e
Maria de Lurdes Sousa Teixeira
e Marta Filipa Miranda Mendes.
No decorrer da sessão solene, a empresa Mafep, Lda foi
agraciada com crachá de ouro e
o comandante do Quadro Honra
Domingos Pedro de Jesus Gaspar, distinguido a medalha serviços distintos, grau ouro.
Foram ainda entregues medalhas da Câmara Municipal de
Sintra e, também da associação
a bombeiros e dirigentes, mas
também a Domingos Linhares
Quintas, presidente da Assembleia Municipal de Sintra que
viu reconhecida o apoio dado à
instituição, e os bombeiros em
geral, com o galardão de ouro
da instituição.
O programa incluiu ainda a
inauguração de um campo de
treinos e bênção de três novas
viaturas.
Marcaram presença nas cerimónias entre outras individualidades, o presidente da Assembleia Municipal de Sintra, Domingos Linhares Quintas; o Comandante Operacional de
Agrupamento Distrital do Sul da
Autoridade Nacional de Proteção Civil, Elísio Oliveira e o vice-presidente da Federação dos
Bombeiros do Distrito de Lisboa, António Gualdino.
Sofia Ribeiro
ARRIFANA
Bombeiro António Valente recebe crachá
O
bombeiro de 1.ª da Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Arrifana, António Augusto Valente,
recebeu o crachá de ouro e o
presidente da assembleia-geral
da instituição a medalha de dedicação grau ouro da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP).
As duas distinções foram entregues durante as comemorações do 89.º aniversário da Associação. Em parada, foram
ainda entregues medalhas de
assiduidade e dedicação. Na
oportunidade, o subchefe José
Miguel e o bombeiro de 1.ª José
Santos receberam a medalha
de 30 anos da Associação.
A medalha de 25 anos, grau
ouro, da LBP foi entregue ao
bombeiro de 2.ª Joaquim Santos, a de 15 anos - ouro, aos
bombeiros de 2.ª, Jorge Vieira e
Nuno Pereira, a de 10 anos –
prata, aos bombeiros de 3.ª,
Ana Cardoso e José Silva, e de
5 anos, aos bombeiros de 3.ª,
Cristele Santos e Alda Silva.
As comemorações contaram
com as presenças, do vereador
da Câmara Municipal de Santa
Maraia da Feira, Vitor Marques,
do comandante Gomes da Costa, em representação da LBP,
do presidente da Federação de
Bombeiros de Aveiro, Marco
Braga, do comandante distrital
da ANPC, José Birmarck, do representante da Junta de Freguesia da Arrifana, Rui Sá, acolhidos, pelo presidente da assembleia – geral, Delfim Silva,
do presidente da direção, Serafim Aires Lopes, do presidente
do conselho fiscal, Jorge Silva,
do comandante Joaquim Teixeira, e dos restantes elementos
dos órgãos sociais e do comando.
As comemorações iniciaram-
-se em 2 de junho último com a
inauguração de uma exposição
de pintura de Rogéria Guiomar
no salão nobre da instituição,
seguindo-se, no dia 4, um convívio de pesca em S. Jacinto, no
dia 10, o quartel aberto na Avenida do Corgo, no dia 18, as
condecorações em parada, a
sessão solene, a romagem aos
cemitérios de Cesar, Romariz,
Milheiros de Poiares, Escapães
e Arrifana e a missa na igreja
paroquial e, no dia 25, um jogo
convívio de futebol.
22
JUNHO 2016
CHAVES
Presidente da LBP diz que Estado lida mal com os bombeiros
O
presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) lamenta que o Estado não saiba “lidar” com os bombeiros apontado o défice existente entre as vantagens que o primeiro tira da
disponibilidade e intervenção dos segundos e a
falta de ressarcimento respectivo desse esforço.
O comandante Jaime Marta Soares falava no decurso da sessão solene comemorativa do 80º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Salvação
Pública de Chaves (BVSP), cujas comemorações
decorreram em ambiente de festa e confraternização, contando com a presença de familiares e de
várias entidades civis, religiosas e militares.
O dia começou bem cedo com o hastear da
bandeira. Os Bombeiros Voluntários de Salvação
Pública rumaram nos seus veículos para o Cemitério Novo de Chaves. para homenagear a memória dos bombeiros ali sepultados, seguindo
para o Senhor das Portas, junto ao local onde durante anos estiveram instalados. Depois desfilaram pela Avenida dos Bombeiros até ao Cemitério
Velho, local onde foi depositado mais um ramo.
Seguiu-se o desfile das viaturas pela cidade em
direção ao quartel, onde foi benzida pelo padre
José Banha uma nova ambulância.
Na sessão solene procedeu-se à promoção de
oito estagiários a bombeiros e à atribuição de várias distinções e medalhas.
No uso da palavra, Alcino Rodrigues, presidente da direção dos BVSP, salientou todo o trabalho
realizado pelos bombeiros da sua corporação e
agradeceu a todos os familiares dos mesmos
“pela paciência, pela compreensão, porque não é
fácil, são muitas horas que os nossos bombeiros
deixam de estar com a sua família para as passarem aqui a ajudar a população”.
Interveio ainda o presidente da LBP e, depois,
a concluir a cerimónia,
António Cabeleira, presidente da Câmara Municipal de Chaves, mostrou-se muito emocionado
com a condecoração de dois amigos de infância e
deixou ainda uma palavra de apreço e agradecimento a todos os bombeiros e aos familiares dos
mesmos.
Durante a sessão houve ainda tempo para entregar um diploma a bombeiros e funcionários.
A propósito, José Silva, comandante dos BVSP,
destacou a importância da data que se celebrou:
“Tem um grande significado. São 80 anos a servir
a população flaviense, e não só. A população do
distrito também, quando somos solicitados. 80
anos de sofrimento, mas também de muitas alegrias. Quando a população olha para nós e nos
diz um ‘obrigado’ no fim é sinal de que a missão
está cumprida e conseguimos atingir o nosso objetivo”, e desejou ainda que “mais 80 anos, e depois outros 80. Eu já não estarei cá, mas espero
que haja continuidade. As casas continuam com
gente nova, com massa fresca, com novas ideias,
porque assim é que tem de ser”.
Maura Teixeira
/ Jornal Diário @tual
NAZARÉ
Voluntários comemoram 89 anos de existência
B
ombeiros, famílias, empresários, dirigentes e autarcas
uniram-se nas comemorações
do 89.º aniversário dos Voluntários da Nazaré numa festa marcada pela entrega de donativos,
a promoção de oito novos elementos à categoria de bombeiro
de 3.ª, e a atribuição a medalha
de Serviços Distintos (grau de
ouro) aos empresários Luís Silvério e Luís Tereso, pela colaboração dada á instituição
João Paulo Estrelinha, comandante do corpo de bombeiros, recordou, na ocasião, que
“as batalhas difíceis travadas
nestes cinco anos de comando”
salientando, contudo, que a resposta ás solicitações não tem
falhado, também devido “ao
apoio que a sociedade civil tem
dado, e aos contributos dos empresários, e da Câmara Municipal da Nazaré que, desde a entrada em funções da gestão de
Walter Chicharro, tem prestado
uma ajuda regular, e muito importante, a este corpo de bombeiros”.
“O nosso objetivo é colocar a
corporação no topo do distrito
de Leiria”, declarou o comandante de 63 voluntários, cuja
formação e equipamento pessoal têm vindo a ser reforçados,
para que a “segurança de cada
um esteja efetiva durante as
ações que exigem toda a rapidez e eficácia às populações, e
ao país”
A Associação Humanitária
anunciou que pretende adquirir
uma viatura de combate a incêndios florestais e remodelar
as atuais instalações, criando
um novo parque para arrumação dos carros de serviço e melhorando os balneários femininos, bem como a central.
“Contamos com o apoio de
todos para cumprir o nosso objetivo, nomeadamente do senhor Presidente da Câmara,
para a aquisição da nova viatura
de combate aos fogos e as obras
de remodelação das instalações”, disse Joaquim Morais,
presidente da instituição para
quem a “Nazaré possui o melhor
corpo de bombeiros e o melhor
comandante” no distrito de Leiria.
O presidente da Câmara Municipal, Walter Chicharro, garantiu o empenho em honrar os
compromissos
assumidos,
anunciando que no próximo ano
autarquia vai “proceder à aquisição de uma viatura de comando”.
Em dia de festa, o edil entre-
gou um cheque de 33.300 euros
à associação, “metade da comparticipação anual da Câmara
no âmbito do protocolo de
apoios à corporação, e a comparticipação dos Serviços Municipalizados para a compra o gerador”.
Walter Chicharro disponibilizou-se, ainda, para “estudar as
necessidades dos bombeiros
Voluntários e ponderar as soluções para as mesmas” bem
como “a avaliar, ao nível da comunidade intermunicipal, os
possíveis incentivos a dar aos
que se dedicam ao voluntariado,
nestas associações”.
Mário Cerol, em representação da Liga Portuguesa dos
Bombeiros, reforçou que a “segurança é a prioridade numa atividade que envolve grande risco
e dedicação”, pelo que solicitou o
empenho dos decisores na “criação de condições de incentivo ao
voluntariado e na atribuição de
benefícios a quem se arrisca em
prol da comunidade”.
As três juntas de freguesia do
concelho também entregaram
donativos ao corpo de bombeiros.
Durante a sessão foram, ainda, distinguidos vários empresários pelo apoio prestado à causa.
23
JUNHO 2016
SINTRA
O
Presidente da República,
Marcelo Rebelo de Sousa,
valoriza o papel do bombeiro
“nos tempos de relativismo nos
valores e de egoísmo que estamos a viver” e em que se “louva
o sucesso fácil e rápido” e quando, “ não se recorda o mérito da
preparação”,daqueles, como os
bombeiros, que trabalham
exaustivamente numa aventura
de sobrevivência, de afirmação,
para terem mais equipamentos
e outros meios de socorro.
Marcelo Rebelo de Sousa falava na sessão solene do 126º
aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sintra onde foi distinguido como sócio honorário da
instituição, que considerou uma
“das mais gratificantes” condecorações que já recebeu e com
que “fico muito honrado”. O Presidente da República manifestou-se também surpreendido ao
ser informado que foi o primeiro
Chefe do Estado a visitar aquela
instituição em 126 anos de vida.
Antes da sessão solene foram
inauguradas três viaturas, uma
viatura de transporte de doentes (VDTD), uma viatura especial para salvamento, resgate e
mergulho adaptada da anterior
função de ambulância oferecida
por bombeiros suíços, e um
VTTU que substitui outro perdido em acidente no ano transato.
Na sessão solene foram promovidos, a bombeiros de 3.ª, os
estagiários, Sónia Mimoso, Bruna Vicente, Filipa Brásio, Tomás
Clemente, Igor Morgado, Daniel
Calhau, Bruno Dias e Ruben
Carvalho.
Foram ainda condecorados diversos bombeiros por assiduidade e bons serviços pela Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP),
pela Câmara de Sintra (CMS) e
pela Associação.
Foto: CM Sintra
Fotos: Sérgio Santos
Presidente da República valoriza o papel do bombeiro
Com a medalha de 30 anos
da CMS foram condecorados o
adjunto de comando João Manuel Antunes e o chefe Luís Alves. O Presidente da República
e o presidente da Câmara de
Sintra, Basílio Horta, procederam à entrega. O bombeiro de
2.ª António Calhau também recebeu a medalha de 25 anos da
Associação e, a medalha de 20
anos CMS foram contemplados,
o subchefe Nuno Saraiva, o
bombeiro de 1.ª António Pereira
e o bombeiro de 3ª João Jacinto.
A medalha de 15 anos da Associação foi atribuída ao bombeiro de 2.ª Sérgio Pereira e, a
de 5 anos, aos bombeiros de
2ª, João Carlos Silva e Paulo
Vieira e, de 3.ª, Ricardo Poeira
e Andreia Fernandes.
A medalha de 10 anos da LBP
foi entregue aos bombeiros, de
1.ª, Armindo Jorge, de 2.ª,
João Carlos Silva e Cátia Vilares, e de 3.ª, Pedro Costa, Maria do Céu Leitão e Ricardo
Poeira.
Além das personalidades já
referidas, estiveram também
presentes, o presidente da
ANPC, major general Grave Pereira, o vogal da LBP, Rama da
Silva, o presidente da Federação de Lisboa, comandante An-
tónio Carvalho, o comandante
distrital da ANPC, Carlos Mata,
o presidente da Assembleia Municipal, Domingos Quintas, o
vereador Marco Almeida e outros autarcas, acolhidos pelo
presidente da assembleia-geral, Hermínio Santos, do presidente da direção, Bento Marques, do comandante Francisco
Rosa, e dos restantes órgãos
sociais e comando.
ENTRE-OS-RIOS
Seguros de saúde para 300 em Penafiel
O
s Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios assinalaram o 93º aniversário, com a tradicional
formatura geral e desfile de bombeiros e a sessão
solene, que ficou marcada pelo anúncio de que a
Câmara de Penafiel vai assegurar seguro de saúde
aos cerca de 300 bombeiros voluntários do concelho.
No decorrer da cerimónia, Antonino de Sousa,
presidente da autarquia, anunciou que, numa “iniciativa pioneira a nível nacional”, o município vai
criar uma equipa especializada no rescaldo de incêndios florestais.
Respondendo a um apelo da direção dos Voluntários de Entre-os-Rios o edil assegurou a autarquia vai “assumir a responsabilidade pela participação da componente nacional” na candidatura
aos fundos comunitários para aquisição de uma
viatura de combate a incêndios florestais.
Destaque ainda para a intervenção de António
Fontes, presidente da direção da instituição, que
lamentou os custos e as exigências “cada vez
maiores”, em oposição às receitas “menores”.
Considerando o “parque de viaturas de combate a incêndios muito envelhecido”, o responsável
congratulou-se a candidatura a fundos comunitários que viabilizam a compra de um novo veículo
para “suprir a falta do autotanque abatido”.
Por sua vez, Joaquim Oliveira Silva, presidente
da Federação de Bombeiros do Porto, felicitou a
associação que, “com largos pergaminhos, se distingue no seio dos bombeiros”, a nível distrital e
nacional. Enalteceu ainda o trabalho da autarquia
de Penafiel, “pioneira e um exemplo” no apoio aos
soldados da paz. Referindo-se ainda à candidatura
aos fundos comunitários, o dirigente salientou a
“dificuldade de convencer o poder a olhar” para o
Norte, mas frisou que “não há ventos” que o “derrubem”.
José Campos, representante da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), quis “desmistificar” a
questão dos incêndios florestais, que apenas correspondem a “5 por cento dos serviços” assegurados pelos corpos de bombeiros.
“Isso humilha-nos e é uma enorme ingratidão,
porque esquecem-se dos bens e das milhares de
pessoas que salvamos diariamente”, desabafou o
responsável da LBP, salientando que os bombeiros
fazem, em todo o País, “um milhão e duzentas mil
intervenções pré-hospitalares”. Com efeito, o
também comandante dos Bombeiros da Lixa referiu que o INEM, a instituição responsável por tal,
apenas assegura “15 por cento das emergências
pré-hospitalares”, sendo os bombeiros responsáveis por “80 por cento e a Cruz Vermelha por 5”.
“Somos a mais importante estrutura de socorro, humanitarismo e solidariedade”, realçou, sublinhando que é necessário haver o “envolvimento” das populações e das autarquias no apoio aos
bombeiros.
Durante a sessão foram, ainda, entregues 10
diplomas e certificados a jovens das escolinhas e
foram promovidos oito bombeiros.
BP com A Verdade (texto)
A Verdade (fotos)
24
JUNHO 2016
LOUSADA
F
Sete novas viaturas e distinções em dia de aniversário
oi com “pompa e circunstância” que os Bombeiros Voluntários de Lousada assinalaram
os 90 anos da corporação.
Depois da formatura na Avenida do Senhor dos Aflitos, cinco ambulâncias de transporte
de doentes, uma outra de socorro e uma viatura de desencarceramento receberam a
bênção ao que se seguiu sessão
solene durante a qual foram homenageados e distinguidos
quase meia centena de bombeiros, numa cerimónia pela secretária de Estado adjunta da
Administração Interna, Isabel
Oneto.
Na ocasião, perante vasta
plateia, o presidente da direção
da instituição adiantou que o
quartel vai, em breve, receber
obras de remodelação e ampliação.
“Investir nas instalações é
imperioso”entrar em obras em
breve, .
“Queremos formar mais e
melhores bombeiros”, afirmou
Antero Correia, declarando que
essa é aposta a manter, assim
como a renovação dos meios e
equipamentos, o que exige “um
grande esforço económico e financeiro”. Por outro lado, “proteger quem protege é a principal preocupação”, estando a associação a equipar os seus
bombeiros com “o melhor” em
matéria de proteção individual..
Antero Correia destacou ainda o facto de a Câmara Municipal de Lousada ter oferecido
uma das viaturas e das outras
terem sido “apadrinhadas” por
várias empresas.
Presente na cerimónia, o edil
Pedro Machado elogiou a instituição e realçou o papel do voluntariado.
“É importante criar incentivos
para o voluntariado”, disse, dirigindo-se à secretária de Estado, revelando que “este ano o
município decidiu criar isenções
nas tarifas de água, saneamento e resíduos para todos os elementos do quadro ativo.
“Queríamos ir mais longe e
criar isenção de IMI para os
bombeiros voluntários”, acrescentou, pedindo legislação para
que tal seja possível e deixando
ainda a Isabel Oneto um repto
ao Governo para que institua
uma bonificação ao nível do IRS
para os soldados da paz.
“A qualificação destes homens e mulheres tem que ser
objetivo e a principal prioridade
de qualquer política de Proteção
Civil”, afirmou a representante
da tutela, sublinhando que “não
há desenvolvimento do País sem
uma Proteção Civil forte”, sendo
que isso passa pela articulação
entre diferentes estruturas, sobretudo a nível municipal.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) associou-se à efe-
méride e, na ocasião, José Miranda, vice-presidente da confederação agraciou com o crachá de ouro José Alexandre
Alves Magalhães e, a título póstumo, Joaquim Gonçalves da
Silva
Em dia de festa 24 bombeiros
receberam, ainda, com meda-
lhas de assiduidade grau Cobre,
Prata e Ouro, da Liga dos Bombeiros Portugueses, por cinco,
10 e 20 anos de bons e efetivos
serviços. Outros 12 foram distinguidos com a medalha de dedicação, grau Ouro, por 25 anos
de serviços prestados. Na sessão foram ainda promovidos 11
elementos a bombeiro de 2.ª.
A associação premiou ainda
os cinco soldados da paz que
realizaram o maior número de
serviços voluntários em 2015,
sendo o primeiro classificado
Pedro Ribeiro.
Durante a cerimónia, o comandante dos Bombeiros de
Lousada destacou a história da
associação e falou de “honra,
glória e missão que definem o
que se faz neste corpo de bombeiros”. Albano Teixeira, relembrou ainda o lema. “Continuidade, progresso e crescimento”
que norteiam esta instituição
com 90 anos de bons serviços
prestados à continuidade.
BP com Verdadeiro Olhar
(texto e fotos)
Verdadeiro Olhar (fotos)
ZAMBUJAL
Fotos: Marques Valentim
Crachá de ouro homenageia dirigente
O
presidente da assembleia-geral da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do
Zambujal, concelho de Loures, Eduardo Alberto
Nunes Coelho, foi distinguido pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) com o crachá de ouro.
O crachá foi-lhe entregue pelo presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, a
convite do representante da LBP presente.
Esta distinção, proposta à LBP pela direção da
associação, pretende homenagear o longo e laborioso percurso de Eduardo Coelho como dirigente
da instituição desde a década de 70 do século
passado.
Na mesma sessão, que celebrou o 85.º aniversário da associação, o 135.º aniversário da banda
e 40.º aniversário do atual quartel, procedeu-se
também à entrega de outras distinções, nomeadamente, de assiduidade da LBP. Assim, com a
medalha de dedicação, 25 anos, foram distinguidos, o comandante Sérgio Mendes, o chefe Patrick Carlos, os subchefes Rui Almeida, Frederico
Silva e Dionísio Roberto, com 20 anos, ouro, o
segundo comandante Paulo Jorge Pereira, o subchefe Paulo Barbosa, o bombeiro de 1.ª Nuno
Fonseca, o bombeiro de 2.ª Sérgio Blanco e os
bombeiros de 3.ª Susana Fonseca e Pedro Mateus.
Ainda no âmbito das medalhas de assiduidade,
foram distinguidos, com a de 15 anos, os bombeiros, de 1ª, Jorge Barbosa, de 2.ª, Patrícia Mateus,
Cátia Vicente e Filipe Fonseca, e de 3ª, Telmo Tomé,
com a medalha de 10 anos, os bombeiros de 2.ª,
Rui Pedro Silva e César Gonçalves, e de 3.ª, Celso
Cardoso, Ruben Anjos, Adriano Courela, Pedro Esteves, Leandro Blanco e Dinis Costa, e com a de 5
anos, os bombeiros de 3.ª, Ruben Mendonça, Cláudio Courela, João Alves, Stefan Popesou e Flávio
Moreira.
Procedeu-se também à promoção a bombeiros de
3.ª dos estagiários Pedro Ramos e Ricardo Ferreira.
Na sessão foram ainda entregues emblemas da
Associação, de ouro, ao músico da banda Francisco Tojal e ao chefe José Blanco Cal, e de prata, ao
sócio João Manuel Antunes Alves. No primeiro
caso, para homenagear a longa carreira de músico e nos dois restantes pelo apoio distinto dado à
manutenção das viaturas da instituição.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara de
Loures fez questão de destacar que no concelho
“não temos condições nem queremos bombeiros
profissionais” defendendo que o atual “modelo
corresponde às necessidades e ao espírito comunitário que o acompanha”. Bernardino Soares
adiantou que em 2016 a Autarquia vai atribuir
1.7 milhões de euros pelas sete associações de
bombeiros do concelho e que “tudo o que é orçamentado é sempre transferido”.
A sessão solene contou também com as presenças, do presidente da Federação de Bombeiros de Lisboa, comandante António Carvalho, da
presidente da Assembleia Municipal, Fernanda
Santos, do comandante distrital da ANPC, Carlos
Mata, do presidente da União de Freguesias de S.
Antão e S. Julião do Tojal, João Florindo, acolhidos pelo presidente da direção, Norberto Fernandes, do comandante do QH, Joaquim Vicente, e
restantes órgãos sociais e comando.
25
JUNHO 2016
VILA POUCA DE AGUIAR
Fotos: Marques Valentim
Bombeiros ajudam ao desenvolvimento económico
A
s associações de bombeiros não
se esgotam no socorro e “desempenham também um papel social,
cultural e ambiental muito importante e ajudam até ao desenvolvimento
económico dos municípios”, lembrou
o presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) em Vila Pouca de
Aguiar.
O comandante Jaime Marta Soares
falava durante a cerimónia comemorativa do 98.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar, durante a qual recordou ainda que os
bombeiros voluntários exercem uma
atividade constante, de grande operacionalidade que no âmbito da proteção civil desempenha o papel principal em 98 por cento dessas missões.
O presidente da LBP, acompanhado
do presidente da Câmara Municipal,
Alberto Machado, e do presidente da
direção da Associação, José Eduardo
Quinteiro, procedeu à colocação do
crachá de ouro da LBP no estandarte
da instituição e à atribuição da medalha de serviços distintos grau ouro da
LBP ao comandante Borges Machado.
Foram inauguradas três ambulâncias, duas de transporte e uma de socorro, apadrinhadas pelas empresas
“Intermarché”, “Agroaguiar” e “Japautomotive de Vila Real”.
O corpo de bombeiros passou a integrar mais 12 elementos promovidos a 3.ª, José Miguel Machado, Joana Lopes, Sara Castanheiro, Rafael
Silva, Patrícia Carreira, Armindo Serafim, Gabriel Faria, Marcelo Carreira,
Mário Pinto e Inês Sousa.
Durante a cerimónia realizada ao
ar livre foram também distinguidos
com medalhas de assiduidade os
bombeiros, (20 anos) o bombeiro de
3.ª José Laurentino Lagoa, (15 anos)
o bombeiro de 3.ª José Bragado Silva, (10 anos) os bombeiros de 2.ª
Hugo Medeiros, Ricardo Borges e
Cláudia Rodrigues, e com a medalha
de 5 anos os diretores, José Alberto
Campos, António Saraiva de Sousa e
Celestiano Teixeira da Fonte.
Além das personalidades já referidas, estiveram também presentes, o
presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Vila Real, José Pinheiro, o comandante distrital de
operações de socorro da ANPC, Álvaro Ribeiro, o presidente da assem-
bleia-geral da Associação, Delfim
Santos, bem como os restantes elementos dos órgãos sociais e dirigentes e comandos de associações congéneres.
PAREDES
N
a cerimónia comemorativa do seu 132.º
aniversário, a Associação Humanitária
de Bombeiros Voluntários de Paredes inaugurou a sua plataforma mecânica, deu posse ao novo adjunto de comando e prestou
homenagens. Neste caso, através da atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao segundo-comandante José Maria Garcês e ao presidente da Câmara Municipal, Celso Ferreira, e a
medalha de serviços distintos grau ouro da
LBP ao vereador da proteção civil Manuel
Fernando Rocha.
O vice-presidente da LBP presente, comandante do QH José Miranda, coordenou a
atribuição das distinções.
A posse do novo adjunto de comando do
corpo de bombeiros, Carlos Vitor Martins, foi
outro ponto alto das cerimónias.
“Missão cumprida, está resolvida a nossa
única a principal fragilidade operacional”
afirmou o comandante José Morais, satisfeito pelo facto da Associação ter recebido de
prenda a tão “ambicionada” e “necessária”
plataforma mecânica. Para a sua obtenção,
o papel do vereador Manuel Fernando Rocha
foi decisivo para resolver o impasse na aquisição da plataforma mecânica de 150 mil
euros, financiada pela Câmara Municipal.
“O corpo de Bombeiros de Paredes está
bem e recomenda-se”, sustentou o comandante José Morais durante a sua interven-
Fotos: Verdadeiro Olhar
Plataforma mecânica já chegou ao quartel
ção, salientando que contam com 80 elementos no quadro ativo, 12 estagiários e 30
infantes e cadetes. “Em Outubro deste ano
termina a minha comissão de serviço e é
preciso equacionar o futuro”, referiu.
O presidente da direção, Mário Sousa,
realçou que se “concretizou um sonho” com
a aquisição deste novo equipamento apontando que, ao longo de 2016 e 2017, o valor
investido será reembolsado pela Câmara
Municipal de Paredes.
Em representação da Câmara Municipal
de Paredes, o seu vice-presidente, Pedro
Mendes, referiu que, até ao final de 2017,
serão entregues à corporação paredense
mais de 101 mil euros, adiantando que “31
mil euros foram entregues recentemente e
uma segunda tranche de igual valor chegará
em setembro, sendo o restante valor entregue no próximo ano”.
O presidente da autarquia, que não pode
estar presente, deixou um vídeo com um
pequeno testemunho, falando do apoio que
tem sido dado aos bombeiros do concelho
nos últimos 11 anos e a satisfação “por ver
chegar um equipamento fundamental para o
socorro à população”. “O nosso contributo
foi o que foi necessário. Era um equipamento de que a cidade e o concelho precisavam”, sustentou Celso Ferreira.
Agradecemos a colaboração do jornal
“Verdadeiro Olhar”.
26
Fotos: CM Boticas
JUNHO 2016
BOTICAS
A
Associação
Humanitária
dos Bombeiros Voluntários
de Boticas recebeu mais 8 novos bombeiros de 3.ª. A cerimónia decorreu durante a comemoração dos 45 anos de
vida da instituição, com uma
cerimónia que reuniu bombeiros, familiares, associados, representantes de várias entidades, nomeadamente, o comandante José Morais, em representação do conselho executivo
da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) o presidente da
Federação de Bombeiros de
Vila Real, José Pinheiro, e o comandante operacional distrital
de operações de socorro da
ANPC, Álvaro Ribeiro,
A promoção dos 8 elementos
a bombeiros de 3.ª decorreu
durante a sessão solene. São
eles, a Sónia Fernandes, Catia
Rio, Ana Patrícia Assis, Michel
Carneiro, Claudia Lage, Marcelo Fernandes, Carlos Dias e Pedro Esteves.
Foram ainda agraciados com
a medalha de assiduidade da
LBP, 10 anos, grau prata, o
bombeiro de 3ª Rui Fernandes,
Efetivo conta com mais oito elementos
e com a de 15 anos, ouro, o
bombeiro de 2ª Luís Cílio Rosa
e o bombeiro de 3ª Alberto
Cunha.
As comemorações do 45.º
aniversário dos Bombeiros de
Boticas ficaram ainda marcadas pela inauguração e bênção
de duas novas viaturas, uma
ambulância de transporte de
doentes (ABTD) e um veículo
de comando tático (VCOT),
uma das quais apadrinhada por
Sara Hoya, responsável ambiental do Projeto Tâmega da
empresa Iberdrola.
O presidente dos Bombeiros
Voluntários de Boticas, Fernando Queiroga, afirmou que “a
aquisição de mais duas viaturas é fundamental para que os
serviços prestados à população
do concelho sejam de qualidade”.
De seguida, realizou-se o
tradicional desfile apeado e
motorizado pelas ruas da vila e
a homenagem a todos os bombeiros junto ao monumento dedicado aos soldados da paz, localizado na rotunda do Largo
Conde Vila Real.
NELAS
Quatro viaturas chegam em dia de festa
A
comemoração do 96.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Nelas, foi celebrada no
passado dia 24, incluindo a
inauguração de quatro novas
viaturas.
O programa iniciou-se com o
habitual hastear das bandeiras,
seguindo-se o desfile apeado,
que se antecedeu à sessão solene onde os presentes foram
acolhidos pelo presidente da di-
reção, Jorge Paiva, pelo comandante Filipe Almeida, e restantes órgãos sociais e elementos
de comando.
Contando com a representação de diversas entidades, a
sessão, presidida pelo presidente da Câmara Municipal,
Borges da Silva teve como ponto alto a condecoração de diversos bombeiros, nomeadamente
a atribuição do crachá de ouro
da Liga dos Bombeiros Portu-
gueses ao chefe João Aguieira,
há 47 anos ligado à instituição,
e a atribuição da medalha de
serviços distintos, grau ouro à
colaboradora da associação
Olga Alves Valério, pela dedicação, empenho e competência
na defesa dos interesses da instituição. O comandante José
Requeijo representou a confederação na cerimónia e convidou entidades presentes a
acompanhá-lo na entrega das
duas distinções.
Foi também apresentado o
vídeo institucional dos Bombeiros de Nelas, que já se revelou
“viral” nas redes sociais, demonstrando terem sido cumpridos os objetivos de fomentar a
captação de novos elementos
para a escola de formação de
novos bombeiros.
No seu discurso, o presidente
da Câmara Municipal anunciou
a atribuição de 20 mil euros à
instituição, resultante do protocolo estabelecido em 2016.
De seguida realizou-se a habitual missa de S. João, finda a
qual houve lugar à bênção de 4
veículos que foram apadrinhadas por elementos do quadro
de honra e direção. Após esse
ato foi feita a habitual romagem
ao cemitério de Nelas para homenagem aos bombeiros, diretores e associados já falecidos.
Ao fim da tarde e dada a vontade de todos os elementos do
corpo de bombeiros, apesar de
não constar do programa, foi
realizado um desfile motorizado
pelas ruas de Nelas
“Um dia marcante e recheado
de interesse, que demonstrou a
vitalidade e dinâmica desta tão
nobre associação e o seu corpo
de bombeiros” conforme nos
confessou um dos seus dirigentes.
27
JUNHO 2016
LAGARES DA BEIRA
Presidente da LBP recorda pioneirismo das zonas operacionais
presidente da Liga dos
Bombeiros
Portugueses
(LBP) lembrou em Lagares da
Beira, Oliveira do Hospital, o
pioneirismo do distrito de Coimbra no âmbito das zonas operacionais, sublinhou a importância da sua continuidade e lamentou que a Proteção Civil se
aproveite das estruturas dos
bombeiros “como se fosse coisa
sua”.
O comandante Jaime Marta
Soares falava durante as comemorações do 70.º aniversário
da Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira, lamentando ainda
que, não obstante os bombeiros
satisfazerem 98 por cento da
atividade de socorro do INEM,
este desrespeite e assuma uma
atitude elitista e autista para
com o seu principal parceiro.
A par da comemoração do
aniversário, os Voluntários de
Lagares da Beira procederam à
inauguração da ampliação e remodelação do seu quartel, que
implicou um investimento de
300 mil euros e uma comparticipação de verbas comunitárias
(POVT) próxima dos 255 mil
euros.
Ainda na parada, procedeu-se à entrega de divisas aos 9
elementos da escolinha de infantes e cadetes entrados no último ano. São 3 infantes, 4 cadetes e 2 estagiários. A Escola
teve início em 2013 e dela fazem parte 20 elementos.
Fotos: Marques Valentim
O
Procedeu-se à promoção a 3ª
dos bombeiros João Amaro e
José Caseiro e, a 1ª, da Daniela
Cardoso, do António Mendes e
do André Santos.
Foram também entregues
medalhas de assiduidade e dedicação, por 25 anos, a Joaquim Paulino e José Carvalho,
de 2º anos, a António Marques,
José Rodrigues, João Bernardo,
Adérito Lopes e Hortênsio Mar-
ques, de 15 anos, a Walter
Marques, de 10 anos, a Daniela
Cardoso, António Mendes e Hélio Damião, e de 5 anos, a Andreia Brizida, Carla Madeira,
José Costa, Guilherme Monteiro, Fátima Neves e Paulo Mendes.
Decorreu também a entrega
simbólica do segundo EPI florestal a todo o corpo de bombeiros.
Na sessão solene, que se seguiu ao desfile temático apeado
e motorizado, foram homenageados, como sócia benemérita, Maria de Lurdes Esteves, e
como sócio honorário, José
Francisco Sousa Brás.
Seguiu-se a entrega do prémio “Bombeiro de Mérito 2015”
ao bombeiro de 2.ª André Filipe
Oliveira Abreu, que incluiu um
valor pecuniário de 750 euros
atribuídos pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, de
que o galardoado abdicou a favor do corpo de bombeiros.
Durante a sessão o presidente da LBP convidou várias entidades presentes a acompanhá-
-lo, na atribuição do crachá de
ouro da LBP, ao presidente da
assembleia-geral,
Amadeu
Cura, ao bombeiro de 1.ª António Abrantes e ao de 2.ª Artur
Campos, da medalha de serviços distintos ouro da LBP, ao
vice-presidente da direção, Telmo Esteves, ao comandante do
QH António Garcia e do vice-presidente da direção José Álvaro Figueiredo, e da medalha
de serviços distintos prata, ao
vice-presidente Henrique Ferreira, e aos bombeiros de 1.ª,
António Cardoso e José Santos.
As comemorações contaram
também com as presenças, do
presidente da Câmara, José
Carlos Alexandrino Mendes, do
deputado João Pinho de Almeida, do Diretor Nacional de Bombeiros da ANPC, Pedro Lopes,
do presidente da Federação de
Bombeiros de Coimbra, comandante António Simões, do comandante e segundo comandante distrital da ANPC, Carlos
Tavares e António Oliveira, acolhidos pelo presidente da direção, António Maceira Gonçalves, o presidente da assembleia-geral, Amadeu Cura, do
comandante António Tavares, e
restantes órgãos sociais e elementos de comando.
ARRUDA DOS VINHOS
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Arruda dos Vinhos comemorou,
no passado dia 10 de junho, 127
anos da data da sua fundação e
aproveitou a oportunidade para
a apresentação da sua recém-formada escola de 20 infantes e
cadetes que traduz a continuidade do voluntariado associativo.
Como habitualmente,
os
bombeiros e a população local
uniram-se para festejar esta
centenária efeméride e o dia
teve inicio com a homenagem
aos bombeiros falecidos ao serviço de Portugal, visita ao cemitério e deposição de flores no
talhão dos bombeiros, apresentação de cumprimentos na câmara municipal e desfile pelas
ruas da vila.
Escola assegura o futuro
A meio da manhã procedeu-se
à receção às entidades convidadas e, de seguida, o presidente
da direção, José Maria Seixas,
procedeu à apresentação pública
do equipamento adquirido pelo
Município em resultado do Orçamento Participativo, em que os
Bombeiros foram largamente
vencedores, composto por um
gerador, bem como diverso equipamento de apoio ao corpo de
bombeiros , adquirido pela direção.
De seguida, teve lugar uma
sessão solene no salão da asso-
ciação, repleto de população arrudense, Autarcas, forças vivas
locais e representantes de associações de bombeiros vizinhas e de todas as coletividades
do concelho.
A cerimónia, que foi presidida
pelo presidente da Câmara Mu-
nicipal, André Rijo, contou ainda
com a presença do Diretor Nacional de Bombeiros, Pedro Lopes , em representação do presidente da ANPC, do comandante
Fernando Barão em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses, do comandante distri-
tal da ANPC, Carlos Mata, e em
representação da Federação Distrital de Bombeiros de Lisboa o
comandante Pedro Araújo.
Foram homenageados vários
bombeiros com medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros
Portugueses e da associação e o
destaque de todos os intervenientes foi para a apresentação
da escola de recrutas recentemente formada e composta por
20 crianças, que assim iniciam
a sua participação na vida dos
bombeiros locais.
No final teve lugar um almoço
de confraternização com a presença de bombeiros, órgãos sociais, entidades convidadas e sócios que perfizeram 25 e 50 anos
de associados, bem como, os
seus familiares.
28
JUNHO 2016
VILA REAL
s comemorações do centésimo vigésimo quinto aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Vila Real-Cruz Verde encerraram no passado dia 28 de
maio, com as duas últimas atividades evocativas da efeméride.
Durante a tarde desse dia, o
corpo de bombeiros realizou um
exercício/simulacro de incêndio
urbano no edifício “A” das resi-
ESTREMOZ
Associação apela à solidariedade
O
s Bombeiros de Estremoz acabam de lançar uma campanha de angariação de fundos
para ajudar a custear uma ambulância, recentemente, adquirida mas já colocada à
disposição das populações deste concelho alentejano. Trata-se de um investimento na
ordem dos 40 mil euros, que instituição considerou fundamental para manter elevados os
padrões de qualidade do serviço prestado à comunidade.
Os Bombeiros de Estremoz apelam assim à solidariedade de todos. Os donativos podem
ser enviados por cheque ou entregues na sede da associação ou depositados nas contas
bancárias com os IBANs - PT50 0045 6170 40095739371 70. (CCAM Estremoz) ou PT50
0035 0294 00005374230 52 (CGD Estremoz).
ALBUFEIRA
Bar apoia causa
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albufeira (AHBVA) recebeu um
donativo do Sherry´s Bar, no valor de 4,232.56€,
resultante da prática de Skydiving promovido por
John Helliot, Alan Nicol, Kevin Sherry, Linda
Bimpson, Frank Meade, Rigo, Helen Goldsack e
Ade Harman.
A verba angariada, foi entregue no quartel pelo
proprietário do bar, Kevin Sherry, numa sessão
que contou com a participação da direção, do comando e dos bombeiros.
“Considerando a dependência de apoios para a
manutenção da atividade operacional desenvolvida pelo corpo de Bombeiros, a associação louva
esta iniciativa que em boa altura veio apoiar a
aquisição de equipamentos de proteção individual para os operacionais”, segundo regista fonte
da instituição.
dências universitárias “Além-Rio” onde pode treinar e testar
procedimentos operacionais de
busca e salvamento, progressão de linhas de mangueira e
técnicas de resgate de vítimas,
durante o combate a um incêndio urbano em edifícios de
grande altura. Estiveram envolvidos no simulacro, 31 operacionais, 1 veículo de comando,
2 veículos de combate a incêndios, 1 veículo escada, 1 ambulância de socorro e 1 veículo de
apoio logístico. A PSP de Vila
Real colaborou na realização do
exercício através da implementação da área de segurança da
zona de intervenção bem como
na orientação do trânsito.
À noite, realizou-se, no salão
nobre do Quartel Albano Silva,
um memorável concerto pela
Banda de Música de Mateus
com a colaboração do Grupo
Coral dos Bombeiros da Cruz
Verde, tendo sido um momento
de altíssimo nível, não só pela
qualidade artística evidenciada,
como pela solenidade e simbolismo que emprestou às comemorações.
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Rebordosa celebrou recentemente um protocolo com a Mpclinic que permite garantir descontos nos tratamentos em medicina
dentária e nutrição clínica aos colaboradores, dirigentes e corpo ativo, bem como aos seus familiares diretos.
Na celebração desta parceria entre as instituições estiveram presentes Abel Moreira, presidente da direção da associação, o comandante Simão
Barbosa, e, em representação da clínica, os médicos Mário Pedro e Bárbara Marques.
Cruz Verde, onde o público que
lotava o salão não regateou
aplausos, presenteando a Banda de Mateus e o Coro dos
Bombeiros com vibrantes e demoradas ovações.
CANTANHEDE
O
Confraria oferece desfibrilhador
s Bombeiros Voluntários de
Cantanhede (Secção da Tocha) foram, recentemente, entronizados Confrades de Honra
da Confraria Gastronómica da
Gândara “Aromas e Sabores
Gandareses”. A distinção foi
feita no decurso do XI Capítulo
da Confraria, momento escolhido também para a oferta de um
desfibrilhador à corpo de bombeiros.
José Tereso, um dos confrades da “Aromas e Sabores Gandareses”, justificou a distinção
com o relevante trabalho prestado pelos bombeiros à região.
O desfibrilhador oferecido à
Secção da Tocha custou dois
mil e quinhentos euros e vai
substituir outro que já se encontrava obsoleto.
“Sabíamos que a corporação
queria substituir aquele equipamento e decidimos contribuir, garantindo que a Secção
tem agora ao seu dispor tecnologia moderna para servir a po-
pulação”, acrescentou José Tereso.
Para Nuno Carvalho, adjunto
de comando dos Voluntários de
Cantanhede, o novo equipamento é muito bem-vindo, pela
sua importância na primeira intervenção a doentes em paragem cardiorrespiratória.
“Faço regularmente serviço
de emergência e posso dizer
que sem este equipamento o
nosso sucesso é diminuto.
Quando devidamente aplicado,
aumenta significativamente a
probabilidade de sobrevivência
em caso de paragem respiratória. A pronta e correta execução
do Suporte Básico de Vida e o
desfibrilhador são essenciais
para reduzir a mortalidade associadas à paragem cardiorrespiratória. Muitas vítimas de paragem cardíaca estão hoje vivas graças a este aparelho”,
salientou Nuno Carvalho.
PENAFIEL
REBORDOSA
Bombeiros investem em parcerias
O programa musical incluiu
obras de Tchaikovsky, Arturo
Marquez, Terry Kenny e John
Williams entre outros. O alinhamento do concerto finalizou
com o Hino do Bombeiros da
È
Cidade acolhe “Noite Vermelha”
já no próximo 9 de julho que Penafiel se veste vermelho para receber uma animada festa
promovida pelos bombeiros da cidade que prometem música e muita animação toda a noite.
A “Noite Vermelha” já há muitos meses que
envolve as populações, as instituições e as empresas locais que muito tem contribuído para o
êxito do evento que levará artistas bem conhecidos a atuar em vários pontos da cidade, conforme anunciam direção e comando da instituição.
Esta que será “a noite mais longa do ano”
abre o programa festivo do 135.º aniversário
dos Bombeiros Voluntários de Penafiel que se
prolonga no dia 10 com um vasto conjunto de
Foto: Marques Valentim
A
Cruz Verde encerra comemorações
iniciativas das quais se destacam a sessão solene, agendada para as 11.20h. e o desfile apeado
e motorizado, com início previsto para as
16.30h..
29
JUNHO 2016
S. JOÃO MADEIRA
Cromos divulgam história
LOUSADA
M
Meio milhar em encontro distrital
eia centena de jovens de 22 corpos de bombeiros reuniram-se em Lousada no I Encontro
Distrital de Escolinhas de Bombeiros do Porto.
A iniciativa “Bombeiro d’Ouro”, organizada Voluntários de Lousada, no âmbito das comemorações dos 90 anos da associação humanitária,
cumpriu os objetivos, garante Albano Teixeira.
“O feedback é muito positivo e as nossas expectativas foram cumpridas. Além disso, foi possível passar a mensagem à sociedade de que os
bombeiros são muito mais que uma missão, são
também educação”, referiu o lousadense. Promover o voluntariado e o gosto pelo socorro junto
dos mais novos era o grande objetivo deste projeto pioneiro.
Recorde-se que esta ação incluiu provas práticas relacionadas com a atividade dos bombeiros
e um desfile pelas ruas da vila.
Participaram no encontro os bombeiros de Entre-Os-Rios, Freamunde (A e B), Gondomar, Marco de Canaveses, Matosinhos Leça, Moreira da
Maia, Lordelo, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Póvoa do Varzim, Rebordosa, S.
Mamede Infesta, S. Pedro da Cova, Tirsenses,
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira lançou em
abril passado uma caderneta de cromos que está
a ser um sucesso local de vendas.
A coleção denominada “Super Bombeiros - Heróis de S. João” destina-se a dar a conhecer a
história da instituição com base em fotos que fazem parte do seu acervo e também a divulgar a
Escola de Infantes e Cadetes e as suas atividades.
A caderneta e respetivos cromos têm sido procurados por pessoas de diferentes níveis etários.
Entre os mais velhos estarão pessoas que direta
ou indiretamente estiveram ligadas à história dos
bombeiros e do concelho, seguem-se os colecionadores e também, em particular, os jovens.
SEIXAL
Assinalado Dia da Criança
Valadares, Valongo, Vila das Aves e Vila do Conde.
Verdadeiro Olhar (texto e fotos)
ÁGUAS DE MOURA
Sensibilização e formação
O
Agrupamento de Escolas
“José Saramago”, em colaboração com os Bombeiros de
Águas de Moura, promoveram
várias sessões de Sensibilização e Formação de Suporte Básico de Vida (SBV), na escola
sede, em Poceirão, numa ação
integrada no novo programa
curricular do 9.º ano e do plano
anual de atividades.
A formação, destinada aos
alunos de quatro turmas realizou-se no âmbito da disciplina
de Ciências Naturais e incluiu
uma apresentação teórica do
conceito de “cadeia de sobrevivência” e a importância de todos os seus elos, dando assim
aos jovens a possibilidade de
praticar as manobras de Suporte Básico de Vida, Desobstrução
da Via Aérea e Posição Lateral
de Segurança, com o objetivo
de adquirirem conhecimentos
mínimos para socorrerem pessoas em paragem cardiorrespiratória.
Os sorrisos e a motivação
que resultaram dos alunos, reforçam o conceito de que “a
brincar também se aprendem
coisas sérias”.
PROTOCOLO
A
Federações fomentam
a prática de ténis de mesa
s Federações de Bombeiros
dos Distritos de Viseu,
Guarda e Castelo Branco, firmaram um protocolo de cooperação com a Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu, que visa promover a criação de secções da modalidade
nas associações de bombeiros.
Na sessão que oficializou o
acordo, que teve lugar no salão
nobre dos Voluntários de Seia,
ficou expressa o compromisso
de “incentivar os soldados da
paz a adotarem estilos de vida
saudáveis”, fomentando a prática desta modalidade.
A
Associação Humanitária dos Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal assinalou o Dia
Mundial da Criança a 4 de junho, com uma atividade que juntou no quartel cerca de duas centenas de criança que participaram em inúmeras atividades.
A ação terminou com uma formatura dos “aspirantes a bombeiro” que receberam, do comandante, certificados de participação.
Este dia de quartel aberto aos mais novos contou com colaboração dos bombeiros, mas também de várias empresas do concelho que patrocinaram a iniciativa.
BARREIRO
O
Sul e Sueste na Feira Pedagógica
Corpo de Bombeiros do Sul e
Sueste participou, de 1 a 4 de junho, no Parque da Cidade, na XV Feira
Pedagógica do Barreiro.
Numa parceria em regime de rotatividade com os Bombeiros do Barreiro
(Corpo de Salvação Pública), foi possível manter permanentemente no certame pelo menos um veículo operacional, permitindo assim que as crianças pudessem contactar de perto com
os meios utilizados pelos bombeiros
nas suas missões de socorro.
30
F
JUNHO 2016
CANTANHEDE
CELORICO DE BASTO
Carrinhos de rolamentos
em Grande Prémio
Bombeiros “zumbásticos”
oi uma tarde em cheio a de último domingo, 22
de maio, para todos os que rumaram a Sepins
para assistir a mais uma edição do Grande Prémio Ecológico de Carrinhos de Rolamentos, organizado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede
Velocidade, algumas quedas,
mas, sobretudo, muita animação
e boa disposição marcaram a
prova que contou com 23 participantes, distribuídos pelas categorias de Ferro, Madeira/Ferro,
Alterados, Juniores e Senhoras.
Na categoria de Juniores sagrou-se vencedora Nádia Almeida, da equipa Limpa Valetas, já
na categoria de Senhoras o primeiro lugar do pódio foi ocupado
por Dora Mendes, dos Bombeiros
de Cantanhede. Luís Ferreira,
Bruno Ventura, Basílio Ferreira,
todos da equipa Limpa Valetas
conquistaram o primeiro prémio,
respetivamente em “Madeira-Ferro”, “Ferro” e “Alterados”.
Foram ainda entregues pré-
mios ao mais novo participante, Cristiano Laranjeiro, (Limpa Valetas), ao mais velho corredor,
Georgina Alves, (ADRT de Tondela) e ao proprietário do bólide mais original, Teotónio Ferreira,
(Sepins).
O
s Bombeiros Voluntários
Celoricenses organizaram
uma Mega Aula de Zumba Solidária em quartel, com a verba a reverter para a instituição. Dezenas de pessoas aderiram à iniciativa e até os
bombeiros “zumbaram”.
“É formidável a envolvência
dos bombeiros para promover
iniciativas a favor de uma instituição. Bem-haja todos os
que despenderam um pouco
do seu tempo em favor desta
instituição”, sublinhou Fernando Freitas, presidente da Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários Celoricenses.
A iniciativa insere-se num
conjunto de ações culturais,
promovidas pelos bombeiros e
direcionadas à comunidade,
com o objetivo de aproximar a
instituição e os voluntários da
população.
“É muito importante que as
pessoas conheçam o nosso quartel, os nossos
Homens, a nossa missão, que saibam que estamos aqui para os socorrer sempre que necessário, que não tememos as adversidades.
Mas, também é fundamental sentir o carinho
da população. Ver esta gente toda a participar
numa atividade promovida pelos bombeiros
deixa-nos imensamente gratos”, palavras do
comandante dos Celoricenses, António Marinho Gomes.
Esta ação contou com a colaboração das Instrutoras de zumba Sandra Novais, Andreia Oliveira e Carmen Carvalho e com o apoio de comerciantes locais.
A verba angariada será aplicada na aquisição
de equipamento para os bombeiros.
CANTANHEDE
em junho de 1996
F
Sucesso para concerto solidário
oi um sucesso a terceira edição do Concerto Solidário
dos alunos da Academia de Música de Cantanhede, a favor dos
Bombeiros Voluntários de Cantanhede.
A plateia do salão do quartel
encheu na totalidade para o espetáculo que este ano contou
não apenas com a Orquestra de
Sopros, mas também com a de
instrumentos de arco, batizada
de Pizzicatos.
Mais uma vez, estes jovens
músicos quiseram, através da
sua música, sensibilizar para
aquela que consideram ser uma
causa de todos, os bombeiros.
Neste sentido, o lucro das bilheteiras reverteu, na totalidade,
para os Voluntários de Canta-
nhede, com o objetivo de colmatar o desgaste de material
que a corporação regista ao
longo de todo o ano, sobretudo
na época de incêndios que se
avizinha.
BATALHA
Passeio de motorizadas antigas
O
s Bombeiros Voluntários da Batalha promoveram mais um passeio de motorizadas antigas
organizado pelos. Esta terceira edição do evento
que integrou as atividades da FIABA 2016, contou com a participação de cerca de 270 amantes
de motorizadas clássicas que realizaram um per-
curso de cerca de 60 Km com Inicio e fim na Batalha com passagem em Corte, Caldelas onde foi
servido um pequeno lanche e de regresso por Arrabal. O encontro terminou com um almoço de
confraternização no quartel Voluntários da Batalha.
31
JUNHO 2016
CORPOS DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS
Perspetivar um novo modelo de socorro
“Um homem de luvas brancas, com machado de prata às ordens e
a cabeça adornada com um elmo de ouro, não é um homem. É um
semi-deus.”
João de Araújo Correia, escritor, 1957
“Os bombeiros são a grande arma do Governo e das populações na
área da protecção civil.”
Jorge Gomes, SEAI, 2015
E
m Portugal, constituem a
base do socorro às populações os Corpos de Bombeiros, criados e mantidos, sob
uma matriz associativa que, todavia, não esgotam a sua missão e a sua dimensão social na
participação no sistema de protecção civil, enquanto seus principais agentes, sendo os responsáveis pelo cumprimento de
cerca de 90% das suas missões.
E não há dúvidas que este
modelo foi iniciado no final do
séc. XIX com a criação da primeira Companhia de Bombeiros
Voluntários de Lisboa e, que em
1880, se integrou na primeira
associação humanitária, a AHBV
de Lisboa.
Este foi também o modelo
que veio a ser replicado pelo
país, já que a maioria dos municípios portugueses, nomeadamente os de pequena ou média
dimensão populacional, sem recursos financeiros, foram incapazes de criar uma estrutura de
socorro profissional e, em face
dessa sua limitação orçamental,
incentivaram a criação de Corpos de Bombeiros, de matriz voluntária detidos e mantidos quer
jurídica quer financeiramente
por uma associação de direito
privado.
Neste contexto político, económico e social do séc. XIX, o
Município do Peso da Régua, então “com 2.497 habitantes e
750 fogos”, no âmbito das suas
responsabilidades de proteção
civil, então designado por “serviço de extinção de incêndios”,
adquiriu material de combate a
incêndios, duas bombas, que
eram “postas à disposição do
povo”, por não ter organizado
uma companhia para usar tal
material.
Lembra o historiador José
Afonso de Oliveira Soares a câ-
mara municipal “em vista disso,
sugeriu aos habitantes a ideia
da organização de um corpo de
bombeiros voluntários, ao qual
se entregasse o material.”.
E a sociedade civil reguense
respondeu ao apelo da autarquia que, de imediato, constituiu um Corpo de Bombeiros Voluntário “que se dividia em duas
esquadras comandados pelos
respectivos chefes, com um médico, farmacêutico e capelão,
todos debaixo da superintendência de um comandante”.
Assim, em 28 de Novembro
de 1880 nascia no país uma das
primeiras associações, a AHBV
do Peso da Régua.
Quando há 136 anos, o meu
antecessor José Braz Fernandes, iniciou funções directivas,
com empenho e determinação
pessoal num projeto pioneiro de
manter um Corpo de Bombeiros
Voluntários - então designada
por Companhia de Incêndios desconhecia as dificuldades de
organizar, financiar e manter
operacional esta nova estrutura
de socorro “os habitantes por
ocasião dos incêndios ou suas
consequências”.
Este é o exemplo de uma sociedade civil, numa tarefa empreendedora e pioneira que,
além do mais, se traduz num
exercício de cidadania e de solidariedade social, veio a substituir-se numa competência e
responsabilidade do Estado e do
Município, como o principal
agente de proteção civil e que,
há mais de um século, resistindo às crises e às dificuldades
económicas, bem como as todas
mudanças políticas e sociais,
continua ativamente a prestar
missões socorro.
Assente no voluntariado associativo, o Corpo de Bombeiros
do Peso da Régua tem actual-
mente uma dotação em recursos humanos de tipologia Tipo3
– cf. art 10, nº2 do Dec.- Lei
nº247/207, de 25/6 – que prevê
um máximo de 90 elementos no
Quando Activo e de 2 elementos
no Quadro de Comando, sendo
que 14 destes elementos mantém um vínculo laboral à Associação, pelo que são autênticos
bombeiros profissionais e, assim respondem sempre que são
necessários noutras missões,
apesar de estarem ao serviço
afectos ao transporte de doentes programados e de emergência pré-hospitalar.
E, nos últimos anos do nosso
século, a grande inovação, para
além do investimento em recursos materiais e na requalificação do Quartel, construído nos
30 do séc. XX, desenhado pelo
famoso Arq. Oliveira Ferreira,
natural de V. Nova de Gaia, foi a
integração de uma Equipa Intervenção Permanente de Intervenção, constituída por cinco
elementos, que pode ser entendida como a introdução de uma
unidade mínima de profissionalização.
Sendo esta a realidade do
Corpo de Bombeiros do Peso da
Régua que, em grande medida,
se aproxima da maioria dos outros 416 CBs existentes, a
nossa experiência de dirigente
reconhece ainda fragilidades
quer na componente associativa
quer na componente operacional, que limitam a eficácia e
prontidão da operacionalidade
da missão de proteção de socorro.
Por isso, temos a consciência
que é tempo de repensar e de
continuar a mudar o paradigma
da constituição e de formação
dos Corpos de Bombeiros de natureza associativa.
E, temos de afirmar, que a
RESCALDOS
Reinava a confusão
Naquela tarde de Agosto
Por causa da regionalização
E também dum fogo posto.
Rapazes vamos depressa
Anda o fogo no lameiro
Condutor toca a dar mecha
Directos a Vascoveiro.
Agarrada à escada
A bombeira vai segura
Percorrendo a estrada
Em cima da viatura.
O vendaval era grande
Fogo em mato rasteiro
De noite não há quem ande
O fogo chegou ao Pereiro.
É só barrocos Manel
Que andam aí a fazer
Regressem já ao Quartel
Vamos lá toca a mexer.
Quase em flagrante
Foi apanhado o imundo
Falem com o Comandante
Explicou o Segundo.
Não devem fazer queimadas
Nesta época de Verão
Senão ficam danificadas
As belezas da povoação.
Carlos Pereira
resposta não se pode ir buscar
ao voluntariado que está em crise, por diversas razões, e há
muito tempo deixou de ter disponibilidade e de satisfazer todas solicitações locais e de responder aos novos riscos da sociedade, sejam ele naturais ou
tecnológicos.
Contudo, evidencia a história
que a protecção civil, nomeadamente a nível municipal, sempre
esteve com o voluntariado, tendo em conta de aquela, cada vez
mais, se assumir com realidade
intersectorial que abrange a acção social, a saúde, a educação,
o ambiente e ordenamento do
território.
Sendo insubstituível o voluntariado de natureza associativa,
impõe-se uma mudança no paradigma e na dinâmica do servi-
ço de socorro a nível municipal,
justificado também pela alteração do conceito de segurança
que hoje combina ordem pública
e protecção civil.
Este novo conceito, nascido
das necessidades e exigências
de uma sociedade cada vez mais
securitária, implica uma maior
atenção e intervenção do Estado
na Proteção Civil e, por extensão, uma maior acção do Estado
nos Corpos de bombeiros.
Uma acção maior, ao nível de
uma alteração do que tem sido o
quadro tradicional dos poderes
do Estado neste sector, ao nível
do voluntariado vs. profissionalismo e ao nível do financiamento.
Cabe referir, como nota de enquadramento e explicativa, que
de todos os agentes de Protec-
ção Civil, os bombeiros são o
único de natureza privada e o
único não profissional, e logo
aquele com mais responsabilidades operacionais nas suas missões e que mais recursos, humanos e materiais, empenha
nas missões.
Esta realidade singular deve,
por si só, implicar que o Estado e
os Municípios, se decidam por
uma opção clara sobre o modelo
de gestão, institucional e operacional, mais adequado para os
Corpos de Bombeiros, enquanto
principal agente de protecção civil.
Continua…
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
José Alfredo Almeida
Presidente da Direcção
da AHBVPR
ANIVERSÁRIOS
2 de julho
Bombeiros Voluntários de Alhandra . . . . . . 116
Bombeiros Voluntários
de Carcavelos – S. Domingos Rana . . . . . . 105
Bombeiros Voluntários de Riba de Ave . . . . . 66
Bombeiros Voluntários de Vila de Aves . . . . . 39
4 de julho
Bombeiros Voluntários de Gouveia . . . . . . 112
5 de julho
Bombeiros Voluntários
de Linda-a-Pastora . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
Bombeiros Voluntários de Caneças . . . . . . . 39
6 de julho
Bombeiros Voluntários de Penafiel . . . . . . . 135
Bombeiros Voluntários
de São Pedro do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . 131
7 de julho
Bombeiros Voluntários
de Sobral de Monte Agraço . . . . . . . . . . . . 103
8 de julho
Bombeiros Voluntários de Benavente . . . . . 131
Bombeiros Voluntários de Alcoentre . . . . . . 80
9 de julho
Bombeiros Voluntários de Alijó . . . . . . . . . . 84
12 de julho
Bombeiros Voluntários
de Matosinhos Leça da Palmeira . . . . . . . . 143
Bombeiros Voluntários de Freamunde . . . . . 85
13 de julho
Bombeiros Voluntários de Estarreja . . . . . . . 92
Bombeiros Voluntários de Fajões . . . . . . . . . 34
15 de julho
Bombeiros Voluntários de Santo Tirso . . . . 138
Bombeiros Voluntários de Belas . . . . . . . . . 91
18 de julho
Bombeiros Voluntários
de Cercal do Alentejo . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Bombeiros Voluntários de Serpa . . . . . . . . . 37
19 de julho
Bombeiros Voluntários de Vouzela . . . . . . . 131
Bombeiros Voluntários de Lamego . . . . . . . 139
Bombeiros Voluntários de Meda . . . . . . . . . 86
Bombeiros Voluntários da Golegã . . . . . . . . 73
Bombeiros Voluntários
de Águas de Moura . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
22 de julho
Bombeiros Voluntários de Madalena . . . . . . 36
Bombeiros Voluntários de Serpins . . . . . . . . 23
23 de julho
Bombeiros Voluntários
Sul e Sueste, Barreiro . . . . . . . . . . . . . . . 122
24 de julho
Bombeiros Municipais de Viseu . . . . . . . . . 189
Bombeiros Voluntários de Lagos . . . . . . . . 130
Bombeiros Voluntários
de Santa Marta de Penaguião . . . . . . . . . . . 35
25 de julho
Bombeiros Privativos Nestlé . . . . . . . . . . . . 31
26 de julho
Bombeiros Voluntários de Bucelas . . . . . . . 125
Bombeiros Voluntários da Mealhada . . . . . . 89
29 de julho
Bombeiros Voluntários de Mougadouro . . . . 84
Bombeiros Voluntários da Ilha do Corvo . . . . 29
30 de julho
Bombeiros Voluntários de Mangualde . . . . . 87
Bombeiros Voluntários de Brasfemes . . . . . . 77
31 de julho
Bombeiros Municipais de Santarém . . . . . . 186
Fonte: Base de Dados LBP
32
JUNHO 2016
INSPEÇÃO A AMBULÂNCIAS
N
o processo de verificação
técnica de ambulâncias,
relativamente ao banco
do paciente e acompanhante, o
INEM acolheu a proposta da
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) no sentido de fazer
prevalecer o bom senso no procedimento em causa.
Assim, em circular divulgada
junto das associações, corpos
de bombeiros e federações, o
presidente da LBP, comandante
Jaime Marta Soares, dá conhecimento da informação recebida do INEM.
Nos termos do Regulamento
de Transporte de Doentes
(RTD), publicado pela portaria
n.º 260/2014 de 15-12, segundo a nota do INEM, “as ambulâncias devem cumprir com a
norma europeia EN 1789, que
determina, entre outros aspetos, as características da célula
sanitária e dos bancos dos
doentes e acompanhantes”.
Durante as verificações técnicas, adianta o INEM, constatou-se que uma grande percen-
tagem dos veículos não cumpria com o previsto requisito
4.5.3 relativo às dimensões dos
bancos.
Considerando que se trata de
matéria alheia às entidades diretamente visadas (corpos de
bombeiros, cruz vermelha portuguesa e outras entidades privadas) que fazem fé na homologação das entidades competentes, e que o procedimento
de alteração/correção implica a
paragem forçada do veículo,
com consequências ao nível
operacional, o Conselho Diretivo (CD) do INEM informou a
LBP da decisão de “criar um regime excecional no âmbito da
atividade de fiscalização de veículos de transporte de doentes
(vistorias), com o intuito de superar as dificuldades advindas
do facto de existirem veículos
que não cumprem os requisitos
da EN1789, por motivos alheios
aos proprietários das viaturas”.
O INEM decidiu também que,
“transitoriamente, no que concerne às dimensões dos bancos
nas células sanitárias das ambulâncias, e nos casos em que
tal requisito não se verifique de
facto, nos veículos matriculados até 30. 06. 2016, serão relevadas as referidas irregularidades.»
Face ao exposto, a LBP chama a atenção para o facto dos
veículos matriculados após 30/
06/ 2016, terem, obrigatoriamente, de cumprir o requisito
4.5.3 da EN1789, relativamente às dimensões dos bancos.
Assim, as AHB/ CB deverão
exigir às empresas que procedam à transformação dos veículos, o cumprimento da Norma.
Foto: Marques Valentim
INEM corresponde a reivindicação da LBP
TÚNEL DO MARÃO
Ministra anuncia equipamentos em julho
LOUVOR/REPREENSÃO
Aos Municípios e populações que através do
Orçamento Participativo chamaram a si a satisfação de muitas necessidades dos Bombeiros que caberia a outros satisfazer.
À ANPC por mais uma vez não ter considerado as propostas da LBP na Circular Financeira que acompanhada a DON referente ao combate aos incêndios florestais.
O
s equipamentos de proteção individual para os bombeiros
intervirem no Túnel do Marão serão entregues até final de
julho segundo informou a ministra da Administração Interna.
Constança Urbano de Sousa, informou ainda que os equipamentos serão entregues pela empresa “Infraestruturas de Portugal” às associações de bombeiros da Cruz Branca e Cruz Verde de Vila Real, de Amarante e de Vila Meã.
O túnel entrou em funcionamento em 8 de maio e então simbolicamente procedeu-se à entrega de equipamentos que, na
prática, só no prazo agora apontado pela ministra irão finalmente ser disponibilizados, na sequência da formação específica
que também foi garantida aos bombeiros em Espanha.
A ministra encontrava-se em Sanfins do Douro, onde presidiu
à cerimónia comemorativa dos 125 anos dos bombeiros locais.
A Crónica
do bombeiro Manel
H
Querem tramar os comandantes
á coisas que se passam às vezes à
nossa volta que não dá para perceber. A ideia dos bombeiros é a de
tentarem ser cada vez melhores, ter
mais meios, estar mais bem preparados e aproveitar todos os que sabem
mais para, onde estiverem, darem o
seu melhor para bem de todos. Quantos mais e quanto melhor formos, no
fund,o toda a gente beneficia e ganha
com isso.
À volta disto surge uma história
que não dá para entender por que
parece pretender ser o contrário. Há
alguns comandantes de bombeiros
que são ao mesmo tempo técnicos
do INEM e estou certo que são bons
e procuram ser cada vez melhores
em ambas as funções. Ora alguns
deles começaram agora a ser informados pelo INEM que só podem ser
uma coisa. Parece que há uma qualquer lei que até dirá isso. As leis
existem entre outras coisas para se-
rem úteis e ajudarem a desenvolver
uma sociedade melhor. Ora se no
caso a lei não deixa que um técnico
do INEM seja comandante de bombeiros e vice-versa alguma coisa temos que fazer. Nem o INEM quererá
perder um bom técnico nem com
certeza os bombeiros hão de querer
perder um bom comandante. Ora importa resolver isto. Amigos entendam-se sobre isso, muda-se a lei,
faz-se qualquer coisa mas não pode-
mos é deixar fugir gente nossa que
não chegou por acaso até ali, que estudaram, deram e continuam a dar o
seu melhor.
Não nos podemos dar ao luxo de
ver dispensar essa gente, de vê-la
ser maltratada, por que são dos nossos, por certo estão entre os melhores de nós e na missão do socorro todos fazem sempre falta.
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