Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 357 – junho 2016
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Jornal "Bombeiros de Portugal" – Edição 357 – junho 2016
Director: Rui Rama da Silva Junho de 2016 Edição: 357 Ano: XXXII 1,25€ BARCELINHOS “Senhora Ministra, faça o favor de aumentar os apoios aos bombeiros” Página 17 SANTO ANDRÉ Entraves não impedem crescimento Página 11 AVEIRO (NOVOS) Página 13 “Temos uns bombeiros excecionais” CASCAIS O sucesso de uma missão dá força para a seguinte Página 7 2 JUNHO 2016 Fotos: Texas Task Force Morreu uma heroína do 11 de Setembro A imagem que reproduzimos comove, perturba e questiona sobre que laços tão fortes se estabelecem em situações como estas. O corpo da cadela “Bretagne” passa entre alas de bombeiros em sentido, em Houston, Estados Unidos da América. Morreu o último dos 300 heróis caninos que participaram nas operações de busca e salvamento das vítimas do atentado ocorrido em 11 de Setembro de 2001 na cidade norte-americana de Nova Iorque. A “Bretagne” foi “adormecida” aos 16 anos, depois de múltiplas falhas orgânicas que abalavam gravemente a sua saúde, no final de uma vida dedicada integralmente ao próximo. Tinha 2 anos quando, tendo acabado o seu treino como cão de busca em Houston (Texas), teve o seu baptismo de fogo nos escombros do “World Trade Center”, a par de mais três centenas de cães cuja ação permitiu resgatar muitos sobreviventes e também recuperar cadáveres. A cadela “Bretagne”, da raça “golden retriver”, trabalhou 12 horas seguidas em cada um dos 10 dias em que foi empenhada nas operações de resgate no 11 de Setembro. E salvou centenas de vidas. Até aos 9 anos de idade, a cadela viria ainda a participar em idênticas operações de resgate na sequência dos furacões Katrina, Ivan e Rita. Depois, retirada dessa missão passou a participar, com grande sucesso, em atividades com crianças associadas à prevenção e à sensibilização para a segurança e o socorro. Quantas histórias destas haverão em Portugal. Porventura, em menor escala e impacto mas com o mesmo sentido. Quantos cães há nos nossos corpos de bombeiros disponíveis e aptos para a busca e o salvamento. Em boa hora, os bombeiros portugueses, ao desenvolverem a ação cinotécnica, passaram a dispor de mais uma valência importante, sem dúvida, para aumentar a eficiência e a eficácia das suas estruturas operacionais. Os bombeiros também aqui inovaram, como têm sabido fazer ao longo da sua história em tantos outros domínios. Perante novas situações, novos ris- cos, os bombeiros têm procurado e conseguido, a suas inteiras expensas, equipar-se e formar-se em novas disciplinas. As equipas cinotécnicas começaram por ser uma surpresa, uma novidade, que se tem replicado ao longo do país. Começaram por ser fruto de pura carolice mas, felizmente, foram ganhando importância e, até se pode dizer, legitimidade. Hoje, a valia das equipas cinotécnicas não carece de demonstração. Mas, porém, precisa de melhor enquadramento e financiamento assumido por quem de direito. O episódio da morte da cadela “Bretagne” demonstra à exaustão a enorme cumplicidade que se estabelece entre os membros das equipas, a sintonia que se cria entre bombeiros e animais num objectivo comum, numa confiança mútua perante os riscos assumidos. Saúdo as associações e corpos de bombeiros, comandos, bombeiros e dirigentes que têm sabido apostar no desenvolvimento da nova disciplina cinotécnica. São credores do nosso respeito pelo arrojo da decisão e, também, da assunção dos custos que isso acarreta. Comecei com uma notícia que, não só nos comove, como também vem enfatizar a importância das equipas cinotécnicas. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia CASCAIS JORNAL@LBP Bombeiras pintam camaratas Quando o povo sai à rua rendido à causa A s dez bombeiras dos Voluntários de Cascais que figuram e promoveram o calendário para o ano em curso são as mesmas que agora, com a receita obtida com a sua venda e o apoio da “Robbialac”, começaram a pintar as duas camaratas do quartel, feminina e masculina. A Cláudia Correia, a Helena Madeira, a Vanessa Cortezia, a Filipa Alves, a Alina Oliveira, a Ana Félix, a Patrícia Pires, a Joana Vasquez, a Cristina Santos e Soraia Rodrigues começaram por chamar a si a iniciativa da produção dos calendários, em articulação com a direção e o comando, e agora, mãos à obra, prosseguem a missão a que se comprometeram. As dez bombeiras começaram com as pinturas e vão seguir com os cortinados a substituição de algumas janelas, substituir colchões, beneficiar camas, móveis e outros arranjos. A direção e o comando saúdam a iniciativa dos elementos femininos, pelo entusiasmo com que a tomaram em mãos e os resultados que se aprontaram a concretizar. N as sociedades contemporâneas sobra pouco tempo para quase tudo, designadamente para acompanhar as ações e atividades das instituições da terra. Nos meios mais pequenos, a banda, o grupo de teatro ou a equipa de futebol ainda têm seguidores, contudo nos núcleos urbanos de maior dimensão essa ligação perde-se. Ainda assim há exceções, muitas mais no que toca às associações de bombeiros. Não raras vezes, quando percorremos o País somos surpreendidos com grandiosas manifestações de apoio aos homens e mulheres que servem tão nobre causa. No passado dia 26 rumamos a Norte, mais concretamente a Barcelos, onde as comemorações do 95.º aniversário e a inauguração do quartel dos Voluntários de Barcelinhos mobilizaram centenas de pessoas. O povo saiu à rua para, entusiasticamente, celebrar, aplaudir, para participar na festa, para expressar simpatia e orgulho pela instituição. Importa registar que os Bombeiros de Barcelinhos conseguiram galvanizar a comunidade, fidelizar amigos, arregimentar apoiantes, captar beneméritos em suma envolver e comprometer a comunidade com a atividade da associação, que se pode arrogar de ter quase 30 mil associados, um número absolutamente extraordinário, e que confirma o vigor desta casa. O trabalho, a entrega, algum arrojo mas, claramente, a “paixão” que dirigentes e bombeiros colocam na missão de servir o concelho de Barcelos é um exemplo para o País. Na verdade, nesta enorme família todos, sem exceção, são bombeiros, ainda que alguns não enverguem a farda. O espírito de missão e a vontade de servir mais e melhor norteia dirigentes, elementos da estrutura de comando, dos bombeiros no ativo ou quadro de honra. A determinação deste punhado de homens bons, acaba por ser contagiante e arrastar todos os setores da sociedade civil, entidades e instituições como se ninguém quisesse ficar fora desta missão. E depois a gratidão, conceito tantas vezes ignorado, mas que importa sublinhar, pois se o povo está grato aos seus bombeiros, os bombeiros também não esquecem o que povo faz por eles. Sofia Ribeiro 3 JUNHO 2016 Foto: Marques Valentim E m 2013 começámos a dar os primeiros passos, quando referimos ao então Ministro da Administração Interna (MAI), Dr. Miguel Macedo, a necessidade de uma Lei de Financiamento para as Associações Humanitárias de Bombeiros, proposta logo aceite, tendo sido iniciadas conversações. No início de 2014, em reunião havida na Secretaria de Estado da Administração Interna (SEAI), é manifestada a intenção do então Secretário de Estado, Dr. João Almeida, de avançar com uma Lei de Financiamento das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários enquanto entidades detentoras dos Corpos de Bombeiros. Em Junho de 2014, é apresentado o primeiro estudo de um projeto para ser trabalhado entre a LBP e o Secretário de Estado da Administração Interna. Por essa altura é promovida uma reunião pelo Secretário de Estado João Almeida em que estiveram presentes a LBP e a ANMP e onde foi analisada a questão do eventual financiamento por parte das autarquias. Mais tarde a ANMP, veio a manifestar-se contra a sua participação no financiamento, considerando inconstitucional tal procedimento. A LBP tomou posição através do ofício dirigido à ANMP e eu próprio reiterei a nossa posição, em sucessivas cerimónias em que fui intervindo e em declarações prestadas à comunicação social, considerando a posição assumida pela ANMP profundamente injusta e lesiva para os bombeiros e para as populações. Em Setembro de 2014, é apresentada uma versão melhorada da proposta de Lei pela SEAI, tendo nós mais uma vez apresentado os pontos de vista da LBP. Considerámos na altura, que se deveriam encontrar novas fontes de financiamento, dada a recusa da Associação Nacional de Municípios Portugueses em fazê-lo. Assim, a LBP avançou com a proposta do lançamento de Importa fazer a cronologia da Lei do Financiamento uma taxa sobre os produtos florestais, que seria aplicada à fileira florestal, bem como a várias entidades REN – REFERIndustria Petrolífera, e outras. Perante a nossa insistência junto do MAI, no Congresso realizado em Coimbra, em Outubro de 2014, o então SEAI, João Almeida, fez uma intervenção na abertura do mesmo, onde reafirmou o firme propósito de avançar com a Lei, assumindo uma proposta no valor global de cerca de 12,5 milhões de euros. Durante o Congresso o Conselho Executivo (CE) da LBP apresentou propostas concretas sobre a Lei em estudo, que depois de devidamente analisadas e discutidas por todos, foram sufragadas, tendo sido aprovadas por esmagadora maioria dos delegados presentes no Congresso. A LBP propôs também ao Governo que a Lei fosse discutida, votada e aprovada na Assembleia da República (AR) dando-lhe assim uma maior força e abrangência política. Em 14 de Maio de 2015, é feito um ofício aos Presidentes das Federações Distritais a solicitar-lhes a sua opinião. Não obtivemos quaisquer respostas. Em 20 de Junho de 2015, é promovida uma reunião com as Federações, na AHBV de Caldas da Rainha, constando, no ponto 2 da ordem de trabalhos, o estudo suporte da Lei de Financiamento. Aberta a discussão sobre a matéria, não houve propostas por parte das Federações. Assim, foi reconhecido como bom o trabalho produzido pelo Conselho Executivo ficando por isso este mais avalizado para prosseguir com as negociações. No Conselho Nacional realizado em Peniche, foi distribuído um documento mais elaborado sobre a Lei do Financiamento. Face aos ensaios feitos na SEAI sobre a proposta de Lei, O Conselho Executivo produziu um parecer em que sustentava que no primeiro ano da sua aplicação nenhuma Associação deveria receber menos de 3 por cento, nem mais de 25 por cento. Entretanto, o Ministério das Finanças, introduziu um normativo na proposta, onde nenhuma Associação poderia baixar no ano seguinte mais de 10 por cento, bem como ninguém receberia mais de 10 por cento de aumento. A LBP manifestou-se logo contra esta hipótese e propôs que não houvesse esta cláusula. Porém, o Ministério das Finanças não abdicou desta norma, conseguindo-se, no entanto, que essa percentagem baixasse para 5 por cento e se mantivesse o aumento de 10 por cento. Convém referir que se procurou, desde a primeira hora que esta Lei corrigisse as assimetrias que estavam patentes no PPC, com claros benefícios para algumas Associações e que face à aplicação da Lei pelos critérios adotados, tiveram, naturalmente em alguns casos resultados negativos. As bases em que o PPC assentava, eram manifestamente desajustadas da realidade. Assim, impunha-se a feitura de uma Lei que tratasse todos por igual, como é o caso. Em nosso entender, é exatamente para isso que servem as Leis. Em 26 de Setembro de 2015, no Conselho Nacional realizado em Esposende, voltámos a insistir, na análise da proposta de Lei de Financiamento, no sentido de, mais uma vez, auscultarmos todos sobre a forma como a Lei estava a ser negociada pelas partes. Solicitámos ali aos Senhores Conselheiros que, caso tivessem dúvidas, as apresentassem a fim de serem devidamente esclarecidos. Nesta reunião nada foi proposto que levasse a CE a alterar as posições sobre a matéria em análise e discussão. Já em Janeiro de 2016, fomos confrontados com a aplicação da Lei, de forma que considerámos altamente prejudicial para as AHB tendo solicitado de imediato, uma reunião com o Presidente da ANPC, para que nos explicassem a interpretação que esta fazia sobre a aplicação da Lei. Salien- ta-se que o financiamento em 2014 era de cerca de 22 milhões de euros e que em 2015 passou para 23.727.000,00 €. A verba que estava proposta no OE para 2016 foi de 25.722.000,00 €, mas a formulação da norma prejudicava enormemente as AHB pelo erro do valor do cálculo de referência. Tal deveu-se à incompetência da ANPC em não calcular os valores com base no valor de referência, que devia corresponder ao do último mês de 2015, e que a ser bem calculado dava um valor global de 26.261.385,00 €, tendo os Bombeiros Portugueses sido prejudicados em cerca de 560.000,00 €. Face a esta situação, a LBP reclamou com caráter de urgência uma reunião com o atual SEAI, Dr. Jorge Gomes, e recebemos como garantia que tudo seria feito para não criar dificuldades às Associações Humanitárias de Bombeiros. Foi proposta pela LBP uma alteração que o SEAI enviou à AR sob forma de “Cavaleiro Orçamental”, tendo sido esta aprovada por unanimidade. Em resumo, conforme aqui deixo descrito e sublinhado, tudo fizemos para que a Lei fosse uma boa Lei, embora possível de ser melhorada. Já propusemos ao Secretário de Estado da Administração Interna, Dr. Jorge Gomes, e reiterámos no Dia do Bombeiro Português, em Portimão, o nosso firme propósito de avançarmos com uma proposta de alteração, retirando a cláusula que penaliza com corte de 5 por cento algumas Associações de Bombeiros. Igualmente diligenciaremos para que se efetue no Orçamento de Estado (OE) de 2017 um aumento correspondente a 2,5 milhões de euros. Continuaremos a trabalhar por melhores condições para os Bombeiros Portugueses. Estamos sem dúvida motivados e empenhados para tal. Estamos certos e convictos que trabalhando de forma integrada e em união será possível ultrapassar as dificuldades, razão pela qual também contamos com todos vós. 4 JUNHO 2016 POMBAL A alteração da Lei de Bases da Proteção Civil, o Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS), a diretiva Financeira e o Programa de Financiamento Portugal 2020 foram alguns dos temas analisados e debatidos, no passado dia 9 de junho em mais uma reunião de trabalho que sentou à mesma mesa o Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e os presidentes das fe- derações distritais de bombeiros. Jaime Marta Soares abriu os trabalhos dando conta do esforço desenvolvido pela confederação para que o processo de revisão da Lei de Bases da Proteção Civil consagre as reivindicações dos bombeiros, lembrando contudo que a LBP “foi a entidade que, entre mais de 50 entidades mais, propostas de alteração apresentou”, declarando que não vai desistir de TORRE DOS CLÉRIGOS Irmandade oferece receita à LBP A Irmandade dos Clérigos, Porto, vai entregar à Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) a receita de bilheteira de ingresso na Torre dos Clérigos de um fim-de-semana no valor de 15 mil euros. É a segunda vez que aquela instituição decide apoiar os bombeiros portugueses e a função social desempenhada pela LBP. Em 2015 a instituição tomou idêntica iniciativa com o mesmo objetivo. lutar pelo que considera ser o futuro do setor. O presidente da Liga recordou as federadas das propostas sufragadas no Congresso de Coimbra tendo em vista a revisão da lei orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil que, disse, pretende “cumprir religiosamente” e nesse sentido continua a exigir a criação de uma Direção Nacional de Bombeiros (DNB) “autónoma, independente e orçamento próprio”, bem como do “comando autónomo dos bombeiros”. Num diálogo franco, aberto e muito direto, o comandante Jaime Marta Soares apelou a consensos, a atitudes mas, sobretudo á união, defendendo que só uma posição concertada e firme possibilitará a almejada “alteração de fundo no setor”. Fez-se ouvir e quis ouvir e no final saiu unanime a “decisão de principio” que dá luz-verde à Liga dos Bombeiros Portugueses para a apresentação de uma “proposta concreta objetiva” para revisão da Lei Orgânica da ANPC, no que concerne a uma nova DNB e à instituição do comando autónomo. Ratificada uma decisão, aliás, já assumida em Coimbra, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses anunciou que o documento será devidamente apresentado em conselho nacional, alertando contudo que esta reivindicação poderá implicar uma posição de força para que as exigências dos bombeiros sejam atendidas. Fotos: Marques Valentim Liga pondera passar das reivindicações à luta No âmbito do processo de reforma da lei que tutela o Instituto Nacional de Emergência Médica, o presidente da confederação disse estar a enveredar todos os esforços para que “o conselho diretivo daquele organismo passe a incluir um representante executivo da LBP.” Na ordem de trabalhos estavam consagrados vários outros temas, nomeadamente a parceria com o INEM, o regulamento do Programa de financiamento Portugal 2020 e a Lei de Financiamento, que Jaime Marta Soares continua defender ser “uma boa lei com um mau financiamento”, e que, por isso mesmo, a confederação de tudo tem feito para a corrigir e, ob- viamente, melhorar na estrita defesa dos interesses dos bombeiros. Depois de mais de duas ho- ras de debate surgiu claro que das reivindicações à luta pode ser mesmo um pequeno passo. Sofia Ribeiro ção com o Consolata Hotel, situado em Fátima, no domínio da ocupação dos tempos livres e lazer dos sócios. A mesma edição inclui ainda uma separata de 14 páginas, para memória futura, dedicada à jornada associativa realizada em Sintra, a 17 de outubro de 2015, na qual foram assinalados os 13 anos da REVIVER MAIS e os 10 anos da NABUL, Associação de Bombeiros Ultramarinos. Entretanto, decorre uma campanha de angariação de sócios, designada por “1+1”, com vista à duplicação da base social da associação, que de momento se situa em mais de 500 inscritos, espalhados de Norte a Sul do país. Os interessados (sócios e não-sócios) em receber a newsletter através de correio eletrónico poderão enviar o respetivo pedido, endereçado ao Secretariado Permanente da REVIVER MAIS, para [email protected], o mesmo acontecendo com a proposta de adesão de sócio. Mais informação em www.revivermais. pt. REVIVER MAIS A REVIVER MAIS, Associação dos Operacionais e Dirigentes dos Bombeiros Portugueses, lançou recentemente o número dois da sua newsletter. Disponível apenas em suporte digital, trata-se de um instrumento de comunicação objetivado por manter o regular contacto com os sócios e, ao mesmo tempo, dar a conhecer melhor o projeto social da associação, numa perspetiva alargada, inclusive, junto dos operacionais e dirigentes dos bombeiros portugueses. Ao longo de 20 páginas, a Newsletter projeta Associação newsletter apresenta vários assuntos de interesse que traduzem a nova dinâmica implementada pelo atual Conselho de Administração Executivo. De destacar, entre outras ações em curso, o estabelecimento de uma nova parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, envolvendo a retoma da organização dos encontros de bombeiros honorários; o acionamento de um plano de remodelação e dinamização da Delegação Distrital de Aveiro, localizada no quartel-sede dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira; e a celebra- ção de um acordo de coopera- 5 JUNHO 2016 FORMAÇÃO DE BOMBEIROS AEROPORTO DE LISBOA O Exercício à escala total aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa foi palco na madrugada do dia 22 de Junho de um exercício de segurança “à escala total”, com o objetivo de testar o dispositivo de resposta a acidente naquela infraestrutura aeroportuária e “a coordenação entre todas as entidades e meios envolvidos”. O simulacro teve como guião um acidente com uma aeronave com 158 passageiros e seis tripulantes a bordo que devido a um problema no trem de aterragem sai de pista e incendeia-se. Na operação, que começou ao início da madrugada e que terminou por volta das 6 da manhã, participaram 470 operacionais e 167 veículos dos corpos dos bombeiros do distrito de Lisboa, do aeroporto, do Instituto de Nacional de Emergência Médica, do Serviço Municipal de Proteção Civil de Lisboa, Polícia de Segurança Pública, entre outros agentes de proteção civil. Sérgio Santos Escola Nacional de Bombeiros (ENB), através do seu presidente, José Ferreira, e o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA), representado pelo seu presidente, Capitão José Dias, celebraram no passado dia 28 de junho um protocolo de cooperação entre as duas instituições, tendo como principal objetivo a formação dos bombeiros. Nesse sentido, estão previstas ações de formação e partilha de informação de forma a potenciar e otimizar recursos humanos, técnicos e até financeiros que contribuam para beneficiar e reforçar a formação dos bombeiros continentais e açorianos. A cerimónia teve lugar na sede da ENB, em Sintra, na presença do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, e do secretário Regional da Saúde dos Açores, Luís Mendes Cabral, que homologaram o protocolo após a assinatura. A cerimónia contou também com a presença do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, do Diretor Nacional de Bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, e do presidente da Assembleia Municipal de Sintra, Domingos Quintas. Fotos: Marques Valentim A ENB e SRPCBA assinam protocolo 6 JUNHO 2016 Desfolhando… “Fogo e Técnica” Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista H á cerca de 40 anos (Fevereiro de 1978) era dado à estampa o primeiro número da extinta revista “Fogo e Técnica”, propriedade da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). Objectivada por “envidar esforços no sentido de se colmatarem pelo menos algumas das enormes lacunas sentidas pelos nossos Soldados da Paz em matéria de investigação e divulgação de conhecimentos técnicos”, a iniciativa editorial assumida pela Confederação contou com o apoio financeiro do então Conselho Nacional do Serviço de Incêndios. O seu aparecimento verificou-se em plena fase de reestruturação da LBP, no seguimento da qual a instituição atingiu uma dinâmica sem precedentes, repercutida, por exemplo, num maior fomento da formação na actividade dos corpos de bombeiros. Foi, de resto, neste con- C texto, que se verificaram as primeiras projecções e medidas de sensibilização governativa sobre a necessidade da criação da vulgarmente designada “Escola do Fogo”, ou seja, o embrião da Escola Nacional de Bombeiros, tornada realidade na década seguinte. De igual modo, pela sua mais-valia, merece ser particularizada a criação do Secretariado Técnico da Liga dos Bombeiros Portugueses, consagrado em novas disposições estatutárias saídas do Congresso Extraordinário de 1975, reunido no Estoril, destinado ao acompanhamento específico da problemática do fogo, privilegiando a ciência e a inovação. No que respeita à revista, esta viu-se consubstanciada num novo padrão comunicacional, inspirado na linha editorial das publicações da National Fire Protection Association, organismo de origem norte-americana com quem foram incrementadas relações, concedendo autoriza- ção, à LBP, para a utilização dos seus textos. Ainda assim, da parte do então Conselho Administrativo e Técnico, responsável pela direcção e edição, houve o cuidado de estabelecer uma ponte de significação entre passado e presente, pois a nova publicação procurou dar continuidade ao antigo “Boletim da Liga dos Bombeiros Portugueses”, entretanto suspenso, mantendo-se a sua designação no cabeçalho e a respectiva sequência numérica. Paralelamente, “Fogo e Técnica” deu nome a uma colecção de livros de carácter especializado, seguida por muitos bombeiros do país como instrumento de estudo e aperfeiçoamento. Porque a história da revista não se esgota numa única evocação, oportunamente voltaremos ao assunto, dando a conhecer, entre outros aspectos, as suas capas e alguns dos seus conteúdos. Por agora, resta-nos recordar os títulos dos artigos téc- nicos que ocuparam as páginas de “Fogo e Técnica”, em Fevereiro de 1978: “Perante o fogo, o homem é um ser frágil”, Três bombeiros morreram por ignorarem os perigos a que estavam expostos…”, Muita atenção àquelas paredes”, “O desastre da Madeira” e “A detecção de radiações no âmbito de segurança dos corpos de bombeiros”. Apenas mais uma referência, a título de curiosidade: a fotografia publicada na capa foi cedida por João Lima Cascada, ao tempo comandante dos Bombeiros Voluntários de Lagos, mais tarde inspector regional dos Bombeiros do Algarve e presidente do Serviço Nacional de Bombeiros. Tendo como tema a “extinção de incêndio em navio”, retrata uma fase da formação recebida por bombeiros portugueses, num curso frequentado em França. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia Site do NHPM da LBP: www.lbpmemoria.wix.com/ nucleomuseologico Diploma de Honra da Real Associação dos Bombeiros Voluntários d’Ajuda onferido a Júlio Canongia, voluntário n.º 7 do Corpo Activo da Real Associação dos Bombeiros Voluntários d’Ajuda, a 17 de Abril de 1907, em homenagem à sua heroicidade. Destacou-se, com grave risco de vida, no salvamento de quatro pessoas prestes a morrerem nas chamas, quando do pavoroso incêndio ocorrido na Rua da Madalena, n.º 237, em 10 de Abril do mesmo ano. Reza a história que fez de ponte com o seu próprio corpo, de modo a permitir a passagem das vítimas para o prédio contíguo. O presente diploma tem a particularidade de se tratar de uma aguarela original, da autoria de A.M. Nunes. A par da fotografia do homenageado figura uma imagem do edifício atingido. Deste subsistiram apenas as paredes exteriores. Todo o resto foi consumido pelas chamas. Salvaram-se 34 pessoas. O número de vítimas mortais atingiu os 13 moradores, 11 dos quais ficaram soterrados nos escombros e duas crianças do sexo feminino caíram de andares elevados, vindo a embater na calçada da rua. Detectado às duas horas da madrugada, o incêndio teve origem num armazém de fazendas que existia no primeiro piso. Intervieram os Bombeiros Municipais de Lisboa e os Bombeiros Voluntários da Ajuda, acompanhados do seu comandante honorário, o Infante D. Afonso, irmão do rei D. Carlos. As proporções do sinistro chocaram toda a cidade. Três presumíveis incendiários foram julgados em tribunal, no âmbito de um processo que prendeu a atenção da opinião pública. Somente dois dos envolvidos acabaram por ser considerados culpados e, em consequência disso, condenados à pena de prisão. O Núcleo de História e Património Museológico da Liga dos OLIVEIRA DO HOSPITAL O s Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital concluíram recentemente o restauro completo da primeira ambulância de socorro que receberam do então Serviço Nacional de Ambulâncias (SNA) antecessor do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). É evidente o rigor que os bombeiros puseram na difícil tarefa de recuperação da viatura. Ambulância SNA já está recuperada Falta-lhes, contudo, encontrar uma maca da época para completar o trabalho já que não conseguiram recuperar a original. Como é sabido, se o SNA, e depois o INEM, vingaram em Portugal como um salto qualitativo na prestação do socorro pré-hospitalar foi sem dúvida devido ao grande empenhamento dos bombeiros voluntá- rios nesse sentido. Foi assim no início, continuou a sê-lo e nos dias de hoje a realidade é a mesma. De outro modo, por muitos méritos e qualidades que o Sistema de Emergência Médica (SIEM) tenha tido e ainda tenha não seria possível operacionalizá-lo à escala nacional. Com a criação do SNA os próprios bombeiros, cientes da importância desse desafio, tam- bém fizeram um importante esforço na qualificação do socorro. O modelo de ambulância SNA que os Voluntários de Oliveira do Hospital agora recuperaram, e outros modelos que à época fizeram história em todo o país como “115”, tiveram sempre em comum o facto de estarem associados às associações e corpos de bombeiros. Bombeiros Portugueses dispõe de bibliografia sobre o assunto. Por sua vez, os efeitos do incêndio podem ser identificados através de imagens publicadas na “Illustração Portugueza”, de 22 de Abril de 1907, cuja edição se encontra disponível na Hemeroteca Digital, da Hemeroteca Municipal de Lisboa, no seguinte link: http://hemerotecadigital. cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1907/N61/N61_master/N61.pdf 7 JUNHO 2016 CASCAIS Bombeiros cumprem a missão de salvar vidas No dia 26 de março, Cascais despertou, ainda de madrugada, com o alerta de incêndio num edifício de apartamentos, habitados por muitas dezenas de pessoas. Portugal assistiu, em direto, pelos vários canais de televisão, ao desenrolar das operações, desconhecendo, contudo, o inferno vivido no interior dos Cascais Atrium. No rescaldo desta mega-operação, seis feridos ligeiros, avultados danos materiais e os relatos memórias de quatro bombeiros que, pondo em risco as suas vidas, salvaram as de outros. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim P ortugal acordou, no passado dia 26 de março, com as imagens do grande incêndio no edifício Cascais Atrium. As chamas deflagram pouco depois da 3 horas da manhã, envolveram uma centena de bombeiros, muitos meios que só desmobilizaram já depois das 13 horas. Na avaliação dos danos, um imóvel completamente destruído, milhares de euros de prejuízo, dezenas de desalojados, seis feridos sem gravidade, numa contabilidade que, contudo, não envolve vidas humanas. A pronta intervenção dos bombeiros permitiu, uma vez mais, evitar a tragédia. O chefe Mário Chapelas e os bombeiros Rodrigo Silva, Nuno Silva e Miguel Simões, dos Voluntários de Cascais viveram momentos intensos que garantem lhes ficaram marcados na memória “para sempre”. “Tendo em conta a proporção e a violência das chamas, foi um milagre não ter morrido ninguém. Naquelas condições até os bombeiros podiam lá ter ficado”, defende o bombeiro de 1.ª Rodrigo Silva. Os relatos destes quatro homens a forma como reconstituem os momentos vividos permitem conhecer a real dimensão deste incêndio que colocou à prova não só a prontidão como a formação dos bombeiros. O bombeiro de 2.ª Nuno Silva revela que chegou ao Cascais Atrium com a primeira equipa e dirigiu-se de imediato ao 511 onde terá começado o incêndio, alegadamente provocado por um problema num televisor. Conta que, depois de descarregados dois extintores, os bombeiros tentam acionar o sistema de segurança contraincêndios do edifício, que não funcionou. Entretanto, os vizinhos deram conta que na varanda se encontravam quatro pessoas, a equipa separou-se uma para preparar os meios de ataque e Nuno com o apoio de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) escalou o edifício, pelo exterior, e com o apoio da escada de gancho conseguiu, um a um retirar da varanda a mãe, o pai, a as duas filhas, espanhóis de férias em Portugal. Não foi uma operação fácil, mas este experiente com bombeiro com mais de 15 anos de carreira, não vacilou. Quando a família estava a salvo o bombeiro regressou ao interior do edifício para as operações de combate às chamas, que já tinham tomado os pisos superiores. Minutos depois, entra em ação a equipa liderada pelo chefe Chapelas, que com Rodrigo e Miguel assumiram a missão de retirar dois homens presos numa outra varanda a tentar escapar do inferno. Com formação em grande ângulo, o grupo ponderou alcançar o 5.º piso pelo exterior, mas várias “barreiras arquitetónicas” tornariam a missão demasiado arriscada. Avançou então o “plano B”. Rodrigo e Miguel tentariam pela caixa das escadas, a partir do 3.º piso chegar ao apartamento. Devidamente equipados, deram início à operação de resgaste. O fumo espesso, muito calor, pedaços de plástico a “borbulhar no chão” e o estuque que se soltava das paredes impedia a rápido rápida. Pelo caminho era ainda necessário abrir portas na tentativa de fazer circular o ar e baixar a temperatura. A subida foi feita de avanços e recuos e, durante longos minutos, “fechados numa caixa de betão” os dois bombeiros perderam as comunicações com o exterior. Cá fora a comandar as operações Mário Chapelas não obstante os seus 45 anos de serviço, dos muitos teatros de operações que pisou, confessa que sentiu ”medo”, que temeu o pior: “Pensei que os tinha perdido… sabia que não iria conseguir viver com isso”, assegura, emocionado tentando conter uma lágrima teimosa. Mas esta história teve um final feliz. Mário Chapelas revela, então, a alegria que sentiu quando se preparava para “arvorar a escada para tirar os dois homens da varanda” viu o braço de um dos seus bombeiros a puxar uma das vítimas. Parte da missão estava cumprida e a tempo, pois os homens em desespero tentavam fazer uma espécie de corda com os frisos das janelas, com o intuito de escapar ao fogo, contudo, saltariam, certamente, para a morte. Felizmente, os bombeiros chegaram primeiro. Protegidos por uns turcos molhados e com indicações para susterem a respiração os moradores, apoiados pelos dois operacionais dos Voluntários de Cascais, acabaram por alcançar o 3.º piso, onde foram de imediato ajudados pelas equipas de socorro. Mário, Rodrigo e Nuno, já estiveram em muitos teatros de operações, passaram por muito, apanharam alguns “sustos”, contudo, não têm dúvidas que esta foi uma das mais marcantes missões das suas vidas, enquanto o jovem Miguel com 23 anos, e apenas cinco de bombeiro, acredita que, difi- cilmente, enfrentará outro desafio desta dimensão. Três meses depois, e numa análise distanciada dos acontecimentos, os quatro bombeiros reconhecem que as situações vividas no 26 de março de 2016 permitiram confirmar que fizeram a escolha certa, que a sua “vocação” saiu reforçada. E se “o que não nos mata, torna-nos mais fortes“, estes quatro homens estarão, certamente, mais preparados para próxima missão, sempre com a firme determinação de salvar vidas. 8 JUNHO 2016 VALBOM D Federação promove jornadas ecorreram no passado dia 28 de maio, no Centro Social e Cultural de Valbom - Gondomar as 1.ªs Jornadas Técnicas, versando a temática dos e Incêndios Florestais, uma iniciativa da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto que permitiu reunir com vários agentes de agentes da proteção Civil (bombeiros, técnicos e forças de segurança) para uma reflexão sobre prevenção, combate, rescaldo e vigilância. A iniciativa contou com as intervenções dos técnicos de gabinetes florestais Artur Borges (Felgueiras), Paulo Bessa (Penafiel) e José Gonçalves (Valongo) para abordagem da temática “A Prevenção e Combate dos Incêndios Florestais”. “O Rescaldo e Vigilância nos Incêndios Florestais” foi a questão apresentada por Manuel Rainha do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a que se seguiu um debate moderado por Carlos Alves, Comandante Operacional Distrital do Porto. Marcaram presença nestes jornadas, entre outras individualidades, Joaquim Oliveira e Silva, MORA O presidente da Federação dos Bombeiros do Porto; Artur Teixeira, coordenador municipal da proteção Civil; Sérgio Barros, 2.º CODIS; Silvino Sousa, do ICNF, bem como representantes do Comando Metropolitano da PSP do Porto, dos GIPS e das associações e corpos de bombeiros do distrito. FREIXO DE ESPADA À CINTA A Debater o combate transfronteiriço Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Freixo de Espada à Cinta organizou um interessante e muito oportuno encontro sobre os fogos rurais e florestais em zona transfronteiriça. Tornou-se possível assim fazer um balanço da cooperação há muito existente entre bombeiros e outros parceiros da proteção civil de ambos os países, Portugal e Espanha, e lançar pistas para o seu alargamento e melhoria. O encontro, realizado no auditório municipal, contou com intervenções, do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, do presidente da Federação de Bombeiros de Bragança, Diamantino Pais, do comandante distrital da ANPC, João Nel Afonso, da presidente da Câmara Municipal, Maria do Céu Quintas, anfitreados pelo presidente da direção dos bombeiros organizadores, Edgar Gata, do comando e restantes dirigentes e bombeiros. Intervieram também neste encontro, quer o coordenador da proteção civil da cidade espanhola de Salamanca, quer os representantes dos Ins- C Intermarché apoia bombeiros om a chegada do verão e com o calor a apertar, o Intermarché, atento às necessidades dos Bombeiros Famalicenses, entregou ao quartel uma palete de água, oferta “muito oportuna e de grande utilidade” na missão que os operacionais enfrentam no combate aos incêndios. Os Famalicenses agradecem, assim, “ao responsável do Intermarché pelo reconhecimento pelo esforço dos que trabalham em prol da segurança e bem-estar das populações”. s Bombeiros Voluntários de Mora participaram no passado dia 15 de Junho na reunião anual com os proprietários agro-florestais do concelho de Mora, que visa a preparação para o período crítico da defesa da floresta contra incêndios. A reunião contou com as intervenções de João Belchorinho, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), do sargento-ajudante Paulo Vicente da Guarda Nacional Republicana (GNR), do comandante José Ribeiro, CODIS de Évora da Autoridade Nacio- nal de Proteção Civil (ANPC), e de Luís Caramujo, comandante do corpo de bombeiros de Mora, durante as quais foram apresentados os três pilares da defesa da floresta contra incêndios, nomeadamente, a prevenção estrutural, a vigilância, a deteção e fiscalização, e o combate. O encontro contou com a presença dos proprietários agroflorestais do concelho, associações de produtores florestais, autarcas do concelho, órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Volun- tários de Mora e outros utilizadores da floresta, como apicultores, associações de caçadores, entre outros. Na mesma reunião foi ainda apresentado pelo comandante Luís Caramujo, os meios do corpo de bombeiros de Mora e, em particular, os meios integrados no DECIF 2016 e o planeamento e preparação efetuados para resposta ao período que se aproxima. O encontro terminou com um pequeno lanche, patrocinado pelo Crédito Agrícola (CA) MorAvis. VIDAGO O Visita de autarcas franceses s Bombeiros Voluntários de Vidago receberam recentemente a visita de um grupo de autarcas franceses, que integrava o presidente das Comunidades de Alta Charent, Critian Faubert, Jean Michel Dufaut, presidente do Município de Roumaziêres e Jaques Marsac presidente do Município de Genovillac e respetivas famílias. A recebe-los este a direção liderada por Francisco Oliveira. O quartel, viaturas e equipamentos, foram objeto de pormenorizada e esclarecedora visita daqueles autarcas A vista ocorreu a 6 de junho e a delegação ouviu o segundo titutos Politécnicos da Guarda e de Bragança e, ainda, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Após o almoço, que reuniu todos os presentes no encontro, decorreu uma visita ao miradouro do Penedo Durão. VILA NOVA DE FAMALICÃO Sensibilizar os proprietários florestais comandante interino, António Carlos Sequeira Sousa, explicar os meios e modos de atuação dos Voluntários de Vidago em situações de incêndio. Um dos objetivos da visita organizada pelo amigo luso- -francês dos Bombeiros de Vidago, Manuel Silva, é proporcionar uma geminação próxima entre os Voluntários de Vidago e os Bombeiros de Roumaziêres. Durante a tarde, ouve espaço para um porto de honra, e para a troca de lembranças. Os Bombeiros de Vidago foram presenteados com um capacete para o museu da associação e retribuíram com a oferta de medalhas e galhardetes da associação. Durante o convívio, um dos visitantes surpreendeu os bombeiros de Vidago com a interpretação do Hino Nacional Português, com uma trompete. MERCEANA A Juntas oferecem equipamento participação conjunta de várias juntas de freguesia permitiram aos Bombeiros Voluntários da Merceana, Alenquer, adquirir vários equipamentos para desencarceramento que as fotos identificam. Para tal, os Voluntários da Merceana contaram com a colaboração, da Junta de Freguesia da Ventosa, da Junta de Freguesia de Vila Verde dos Francos, da União de Freguesias de Aldeia Galega da Merceana e Aldeia Gavinha, da União de Freguesias de Ribafria e Pereiro de Palhacana bem como do Grupo de Jovens de Aldeia Gavinha. O comandante Nuno Santos manifesta-se satisfeito com a possibilidade de enriquecer o conjunto de ferramentas de que dispõem para o desencarceramento de vítimas e elogia a disponibilidade e a concertação conjunta das autarquias para aquele objetivo. 9 JUNHO 2016 SÃO JOÃO DA MADEIRA nze novos elementos reforçam, desde o passado dia 25 de junho, o Corpo de Bombeiros de São João da Madeira. Numa cerimónia pública, integrada no programa do Dia Municipal do Bombeiro e do 88.º aniversário da instituição, a cidade deu as boas vindas aos operacionais que, perante vasta plateia, juraram honrar o lema “vida por vida”. O Dia Municipal do Bombeiro, instituído pela autarquia em 2012, é assinalado no último sábado de cada mês de junho, com o intuito de estreitar laços, fomentar a proximidade e a interação dos sanjoanenses com os seus bombeiros. Este ano, o quartel foi deslocalizado para a Praça Luís Ribeiro, o que permitiu dar a conhecer os meios e os rostos que garantem o socorro à cidade. A imposição das insígnias de bombeiros de 3.º a uma dezena de jovens constituiu o momento maior das celebrações. Assumiram, publicamente, o compromisso com a causa: Santiago Manuel Anacleto, Rui Filipe da Silva Sousa, Tiago Santos Ferreira, Nelson João Oliveira de Castro, Bruna Daniela Fernandes da Silva, Rafael Olivieri, Daniel Filipe da Costa Silva, Marcelo Ricardo dos Santos, Manuel José Martins Oliveira, Bernardo António Seixas Cabral e Vera Sofia Coelho Gonçalves. Em dia de festa que assinalava, também, o encerramento das comemorações do 88.º aniversário da associação, receberam medalhas de assiduidade os bombeiros de 1.ª João Ricardo Teixeira (20 anos - Grau Ouro) e Bruno Miguel Santos (15 anos - Grau Ouro), os bombeiros de 2.ª Fernando Duarte (15 anos - Grau Ouro) e Vitor Hugo da Costa (10 anos – Grau Prata) e as bombeiras de 3.ª Sarah Conceição Ferreira e Eva Fotos: Marques Valentim O Reforços chegam ao quartel em dia municipal Alexandra Monteiro (5 anos – Grau Cobre). Na sessão foram, ainda, agraciados os dirigentes António Almeida Válega, Germano Sá Oliveira e Francisco Nelson Lopes pelos longos anos de dedicação e entrega à associação. O presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses marcou presença nas cerimónias para dar as boas vindas aos novos bombeiros, desejar-lhes “êxito, força, vontade e sorte” numa caminhada marcada pela “felicidade, compromisso e entrega aos outros”. Numa curta intervenção, Jaime Marta Soares enalteceu o trabalho desenvolvido pela instituição em prol da cidade e da qualidade de vida das populações. No Dia Municipal do Bombeiro, o presidente da Câmara Mu- nicipal de São João da Madeira, Ricardo Oliveira Figueiredo, considerou ser da mais elementar justiça “proteger quem protege”, dando conta de uma bem-sucedida parceria, que muito tem beneficiado o concelho e as suas populações. O autarca considerou ainda que a trazer estas comemorações para uma das mais simbólicas praças da cidade é o justo reconhecimento da atividade desta associação que ao receber mais 11 operacionais dá uma “prova de vitalidade”. O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de São João da Madeira, Carlos Coelho, congratulou-se com a chegada de novos elementos a esta grande família, declarando que eles são a garantia do futuro da instituição do corpo de bombeiros. “Vocês são o nosso orgulho”, disse, deixando assim reconhecimento público pela atividade dos homens e mulheres que integram o efetivo. Normando de Oliveira, comandante dos voluntários sanjoanenses deu a boas vindas aos novos bombeiros alertando para as dificuldades desta missão. Deixando clara as obrigações de cada um destes jovens que devem sentir orgulho em envergar a farda, em servir a cidade, honrado os critérios de rigor e exigência que norteiam um corpo de bombeiros que “trabalha todos os dias para ser cada vez melhor”. Entre outras individualidades marcaram, presença nesta sessão o Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Centro Norte, António Ribeiro; o Comandante Operacional Distrital, José Bismarck, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, An- tónio Valente e ainda os deputados da Assembleia da República Susana Lamas e João de Almeida, anterior secretário de Estado da Administração Interna. A fechar o programa a associação apresentou à população uma motobomba de grande débito colocada ao serviço do concelho, bem como os novos equipamentos de proteção individual dos operacionais. Sofia Ribeiro IDANHA-A-NOVA A cidade do Fundão acolheu a IV Gala dos Bombeiros do Distrito de Castelo Branco, promovida pela Federação dos Bombeiros do Distrito de Castelo Branco. Nessa edição, José Sanches Crespo, bombeiro de 1.ª do Quadro de Honra (QH) dos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova (BVIN), foi a figura homenageada pelo seu corpo de bombeiros e ainda por todos os presentes nesta gala anual. A Gala dos Bombeiros do Distrito de Castelo Branco é uma cerimónia que vai já na quarta edição, que reúne bombeiros e dirigentes de associações e corpos de bombeiros do distrito. Cada ano a gala decorre numa localidade diferente do distrito, com organização da associação de bombeiros local. Este ano a gala realizou-se Homenagem ao bombeiro José Crespo na cidade do Fundão, coincidindo com o aniversário dos Bombeiros Voluntários do Fundão, que celebraram 89 anos de existência no mesmo dia. Como todos os anos, o momento alto deste evento é a entrega das distinções às personalida- des ou instituições eleitas por cada associação e corpo de bombeiros do distrito, para homenagear e reconhecer nesta cerimónia. O bombeiro de 1ª José Sanches Crespo foi a escolha do comando e direção dos Bombeiros Vo- luntários de Idanha-a-Nova, no ano em que se assinalam os 10 anos da sua passagem ao quadro de honra. Para o comando e a direção dos Voluntários de Idanha-a-Nova esta homenagem é mais que justa e merecida, justificando-se pela “afinca ligação, de José Crespo, aos Bombeiros Voluntários de Idanha-a-Nova”. José Sanches Crespo, natural de Ladoeiro, Idanha-a-Nova, ingressou no corpo de bombeiros em 1977 como aspirante mantendo-se no quadro ativo até ao posto de bombeiro de 1.ª. Em 2006 passou ao QH. Na gala estiveram também presentes familiares, alguns inclusive bombeiros, caso dos filhos e nora, para se associarem à justa homenagem. 10 JUNHO 2016 U PALMELA AVEIRO Homenagear e afirmar o papel dos bombeiros Dia distrital lembra falecidos em 1986 ma sessão solene de homenagem aos bombeiros constituiu momento alto das comemorações do Dia Municipal do Bombeiro no concelho de Palmela. Esta iniciativa, da Câmara Municipal de Palmela e das três associações de bombeiros do concelho – Palmela, Pinhal Novo e Águas de Moura, visou, uma vez mais, homenagear e afirmar o papel dos bombeiros na sociedade. A sessão contou com a presença de várias entidades representativas das estruturas dos bombeiros, da proteção civil e do município. O programa de encerramento das comemorações, que se prolongaram durante todo o mês de maio, integrou ainda uma exposição de viaturas de socorro e de combate a incêndios e o desfile apeado e motorizado Em 16.ª edição, as comemorações tiveram como tema, “Comunidades resilientes, a importância do patamar local”, sublinhando a importância de termos populações mais despertas e bem preparadas para agir, em caso de risco ou catástrofe. O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) lamentou em Águeda a ausência dos órgãos de comunicação social nacionais no momento em se homenageava a memória dos 13 bombeiros e 3 civis falecidos em 14 de junho de 1986 no combate aos incêndios florestais que então fustigaram violentamente aquela zona. “A revolta do presidente da Liga neste momento é muito grande”, sublinhou o comandante Jaime Marta Soares, “lembrando que os bombeiros têm memória, os bombeiros recordam os seus camaradas, o quanto se dão à sociedade e que morrem por ela, e o país hoje devia saber o que se está a passar aqui”. Passados precisamente 30 anos sobre a tragédia, o presidente da LBP manifesta “um grande respeito e uma grande saudade por aqueles que aqui ficaram ao serviço desta terra e desta gente”” e lembra que naquele momento “estava também num incêndio na Lousã quando através das comunicações soube o que se estava a passar”. “E se o momento para nós bombeiros era terrível o que era para os seus familiares” recorda o comandante Jaime Soares. O presidente da LBP falava no decurso das cerimónias promovidas pela Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro e pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Águeda para comemorar o Dia Distrital do Bombeiro e o 30º aniversário do incêndio de 1986. O comandante Jaime Marta Soares, acompanhado do presidente federativo Paulo Marco Braga e do presidente da associação local, José Rolim, bem como do comandante operacional de agrupamento distrital centro-norte da ANPC, António Ribeiro, do comandante distrital de Aveiro da ANPC, José Bismarck, de autarcas locais e de comandos e dirigentes das associações de bombeiros congéneres, participou nas várias cerimónias realizadas junto das lápides que agora assinalam os locais do falecimento dos 13 bombeiros. ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL A reabilitação do bombeiro no combate aos incêndios florestais O êxito das operações no combate aos incêndios florestais depende de uma multiplicidade de fatores desde a meteorologia, ao planeamento das operações, ao número de veículos e de meios aéreos empenhados, entre outros, onde sem qualquer dúvida se destaca um eixo central nesta equação, o próprio BOMBEIRO. Neste sentido, a capacidade operacional de cada bombeiro está dependente da saúde ocupacional que evidencia antes, durante e após as operações de socorro. Uma ferra- Consequências Graves da Desidratação: • Diminui a capacidade do corpo manter a temperatura; • Causa dor de cabeça, náuseas e vómitos; • Diminui a força, resistência e mobilidade; • Perda de concentração e diminuição da capacidade de tomada de decisões. menta fundamental para assegurar a saúde dos operacionais é o TRIÂNGULO DA REABILITAÇÃO – A Hidratação, Alimentação e Fadiga. Na rúbrica deste mês vamos abordar especificamente o vértice da HIDRATAÇÃO. Causa do Risco • Défice do nível de aptidão física prévia ao combate em muitos bombeiros; • Elevados níveis de esforço e de temperatura a que os bombeiros estão expostos; • Quantidade e tipo de vestuário/equipamento de proteção utilizado nas operações; • A adrenalina, o stresse e ritmo acelerado de trabalho faz com que por vezes o bombeiro se esqueça de repor os níveis de hidratação, podendo perder até um litro de transpiração. Medidas de Reabilitação: • É essencial beber água antes de sentir sede; • Uma contínua hidratação, procurando beber cerca de meio litro de água por cada hora de combate; • Depois do combate, hidratar de forma gradual e espaçada, para repor os níveis de hidratação; • O consumo de álcool (interfere com a concentração) e de bebidas com elevada cafeína (dificulta a gestão de stresse) é também desaconselhado, pois provoca a perda de água e contribui para a desidratação; • Ao contrário de outras medidas promotoras da segurança operacional, a hidratação é de fácil resolução e depende de cada uma das Equipas e de cada Bombeiro. Os CHEFES DE EQUIPA devem incentivar os seus Bombeiros a repor os níveis de hidratação, pois se apenas ingerirem líquidos quando tiverem sede aumenta significativamente a probabilidade de ficarem desidratados. Adicionalmente, num cenário extremo como os incêndios florestais o bombeiro pode ficar desidratado mesmo sem chegar a sentir sede. A perda de água (desidratação) é prejudicial à saúde e bem-estar do bombeiro e tem impacto negativo no seu desempenho. Uma dor de cabeça ou reduzida produção de urina, baça e escura, são sinais precoces de desidratação. Esta pode também afetar o Bombeiro ao nível psicológico, influenciando negativamente a sua capacidade de pensamento e a tomada de decisões acertadas. Uma HIDRATAÇÃO adequada é a chave para o bem-estar do bombeiro durante e após as operações de socorro em geral e especialmente para a época de INCÊNDIOS FLORESTAIS. Para mais informações ou esclarecimentos, contate a Divisão de Segurança, Saúde e Estatuto Social da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC), através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletrónico [email protected]. 11 JUNHO 2016 SANTO ANDRÉ Entraves não impedem crescimento Os Bombeiros de Santo André são confrontados todos os dias com a falta de condições de um quartel que, inaugurado em 2002, continua ainda por concluir. Ainda assim, mercê de um esforço coletivo, nos últimos anos tem sido possível introduzir alguns melhoramentos para que nada falte aos mais de 50 operacionais que servem as populações desta vila do concelho de Santiago do Cacém. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim A inda que com todo o rigor na gestão dos recursos financeiros a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santo André recusa fechar a torneia do investimento, até porque importa assegurar a qualidade no serviço prestado às populações. Esta ainda jovem instituição, fundada em 1989, dispõe dos meios, dos equipamentos e dos recursos humanos, contudo luta todos os dias com a falta de espaços para acolher os 55 homens e mulheres que integram o efetivo, tudo porque contínua por executar a segunda fase de uma obra inaugurada em 2002, correspondente aos áreas de apoio à atividade operacional, designadamente camaratas, balneários, espaços de formação e parque de viaturas e central de comunicações. Para tentar resolver, de uma vez, esta lacuna a associação tentou recorrer a fundos europeus, pretensão que saiu gorada, devido a um “equívoco” na avaliação da candidatura. O erro foi reconhecido mas não em devido tempo, contudo, a resiliência que é apanágio dos bombeiros, não permite que os Voluntários de Santo André abdiquem de uma justa aspiração. O projeto, cuja concretização rondará os 400 mil euros, aguarda agora luz-verde do Programa 2020. Inconformados por natureza, dirigentes e bombeiros não baixam os braços, e até que seja reposta justiça neste processo não deixarão de investir em pequenas intervenções, numa e outra solução improvisada para garantir condições de trabalho e o conforto possível aos 55 operacionais que integram este efetivo. O presidente da direção da associação, Manuel Santos, o comandante e o 2.º comandante do corpo de bombeiros, respetivamente, Alberto Trigo e Humberto Campos receberam o jornal Bombeiros de Portugal para dar a conhecer a instituição. No quartel de Santo André a boa vontade e o espírito de sa- crifício dos operacionais têm sido providenciais, tal como os investimentos em meios, na formação e na segurança dos bombeiros, para que associação se possa orgulhar do serviço de excelência prestado às populações, como, aliás, faz questão de salientar o responsável operacional. Obrigados a trabalhar “muito” e em várias frentes, o corpo de bombeiros pode, ainda assim, contar com o apoio da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, ainda assim continua a faltar o entendimento que permita dotar o quartel com uma equipa de primeira intervenção. Atualmente a associação conta com 14 funcionários para dar resposta às solicitações de uma freguesia com 12 mil habitantes, número que “triplica no verão”, conforme assinala o comandante. O presidente Manuel Santos não esconde a frágil situação financeira da instituição, ainda assim uma gestão apertada e rigorosa tem permitido manter as contas em ordem, sem descurar as necessidades do corpo de bombeiros, tanto ao nível de viaturas, como dos equipamentos, com especial enfoque para a proteção individual dos operacionais. Os Voluntários de Santo André contam com um parque adaptado às necessidades da área de intervenção, contudo, o crescimento da cidade, onde o betão se vai impondo, obriga a ponderar a aquisição de um veículo urbano, como assinala Alberto Trigo. O responsável operacional conta com um efetivo “jovem e motivado” e a causa continua a atrair novos voluntários e a permitir formar novos bombeiros todos os anos não obstante a “burocracia e as exigências, nomeadamente em matéria de formação” que em nada contribuam para atrair ou fixar novos elementos nos quartéis, segundo defende Alberto Trigo. Como diria o poeta “o cami- nho faz-se caminhando” e é desta forma que os Voluntários de Santo André vão alcançando o futuro, até porque esta equipa recusa a estagnação, ainda que muitas vezes os entraves teimem em travar o ímpeto de crescimento que norteia esta ainda jovem instituição do distrito de Setúbal. 12 JUNHO 2016 PALMELA A AÇORES Município investe na requalificação Câmara Municipal de Palmela aprovou, de forma unânime, na reunião pública realizada a 6 de abril, comparticipar na requalificação dos quartéis dos Bombeiros de Palmela e do Pinhal Novo. O compromisso é expresso com a celebração de protocolos de cooperação financeira com as duas instituições, em que o município se obriga a comparticipar até ao máximo de 50 por cento do valor total das empreitadas. Este apoio surge na sequência da parceria que o Município e as três associações do concelho – Palmela, Pinhal Novo e Águas de Moura – têm mantido, no sentido de dotar os quartéis das melhores condições de trabalho, “conducentes à prestação de um serviço de grande qualidade às populações. Anualmente, são atribuídos apoios para o funcionamento dos Grupos de Bombeiros Permanentes e para investimento em equipamento, viaturas e instalações”. Registe-se que os Bombeiros de Águas de Moura inauguraram, em 2009, um novo quartel, re- censeando-se, agora, outras necessidades. Apesar de terem visto recusadas as candidaturas apresentadas ao POSEUR – Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos, no âmbito do Portugal 2020, as Associações de Bombeiros de Palmela e de Pinhal Novo vão continuar a procurar cofinanciamento para a concretização de tão significativos investimentos. Segundo o município, “uma vez reunidas as condições técnicas e financeiras para o desenvolvimento das empreitadas, seguir-se-á a celebração de um contrato programa”. FELGUEIRAS União de freguesias entrega equipamentos Moto de água chega a Santa Maria A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Santa Maria, Açores, recebeu uma moto de água para reforço das suas missões de prevenção, busca e salvamento. A entrega da mota de água resulta de um contrato de comodato estabelecido entre o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores e a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Santa Maria, para, como sublinhou o secretário Regional da Saúde, “servir melhor os açorianos e aqueles que visitam os Açores”. Luis Cabral lembrou que, “com o crescimento do turismo nos Açores, é uma res- ponsabilidade do Governo Regional promover o bem-estar e a segurança de todos” e, no caso concreto da ilha de Santa Maria, “onde as atividades náuticas são muito procuradas, a entrega desta moto de água para auxiliar a autoridade marítima na segurança da orla costeira faz todo o sentido”. O investimento feito, de cerca de 20 mil euros, esquadra-se no compromisso de dotar os corpos de bombeiros com os meios de socorro adequados às suas necessidades, por parte da Secretaria Regional da Saúde, através do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores. CANHA Associação têm novo salão de festas C onhecedora do trabalho desenvolvido pelos Voluntários de Felgueiras em prol da comunidade que servem, mas também ciente de algumas dificuldades com que se debatem para diariamente protegerem a sua população, a união das freguesias da sede do concelho, “num gesto de reconhecimento”, presenteou os bombeiros, com sete rádios de comunicações de Banda Alta VHF. O presidente da União de Freguesias de Margaride, Várzea, Varziela, Lagares e Moure, José Luís Martins e a tesoureira Margarida Almeida, deslo- caram-se, no passado dia 3 de junho ao quartel, para na presença de alguns ‘’soldados da paz’’ entregarem os equipamentos ao presidente da direção Arnaldo Freitas e ao comandante Júlio Pereira. Estes rádios usados nos teatros de operações, revestem-se de “enorme importância no sucesso das missões de socorro, para os quais estes homens e mulheres são chamados diariamente”, assinala o comandante, agradecendo o apoio e desejando que “exemplos destes sejam seguidos por outros”. AVIS “C Autarquia subsidia viaturas onsiderando o papel fundamental que a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Avisenses desenvolve no sistema de proteção civil, nomeadamente nas funções de socorro a doentes e sinistrados, em situações de emergência e de catástrofe e no combate a fogos urbanos e florestais, e as dificuldades financeiras com que se depara”, a Câmara Municipal de Avis deliberou atribuir à instituição um subsídio de 35 mil euros, “destinado a comparticipar a aquisição de viaturas”. A proposta, apresentada presidente da autarquia, visa garantir “condições mínimas de funcionamento e operacionalidade” da associação, tendo em conta “o agravamento das suas condições económicas”; sustenta o documento aprovado pelo executivo no passado mês de maio. A Associação dos Bombeiros Voluntários de Canha esteve em festa, no passado dia 4 de junho, com a inauguração de um salão de festas e eventos, à qual se associou Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo. O comandante do corpo de Bombeiros, Urbano Emídio, reconheceu, na ocasião que esta era uma obra “há muito reivindicada pela instituição”, mas que sou agora possível concretizar no âmbito do processo de reconversão e requalificação das instalações. “O pavilhão, transformado em salão, está preparado para receber eventos promovidos pela associação possa organizar, mas também pelas instituições públicas e/ou privadas locais e pelos associados sócios que dele necessitarem”, salientou, para depois agradecer à autarquia os apoios concedidos que permitiram “realizar as obras, praticamente concluídas”, que permitem dignificar e tornar mais funcional o complexo. Já Nuno Canta frisou que os subsídios dados à instituição visam não só a “manutenção e obras do quartel, mas a aquisição de meios de socorro e urgência”. “A Câmara Municipal do Montijo continuará sempre a associar-se de forma empenhada ao trabalho desta associação humanitária, certos de que essa é a vontade do povo do Montijo e de Canha”, afirmou. O autarca congratulou-se com a presença de tantas pes- soas na sessão, prova da “capacidade de união dos canhenses”, apelando ainda assim para fortalecimento dessa ligação o que impõe generosidade e entreajuda. 13 JUNHO 2016 AVEIRO (NOVOS) “Temos uns bombeiros excecionais” A Associação Humanitária de Bombeiros Guilherme Gomes Fernandes - Bombeiros Novos (Aveiro) assinala este ano 108 anos de existência marcados pelo trabalho e entrega de várias gerações de dirigentes e bombeiros todos determinados em contribuir para o engrandecimento desta nobre instituição. A história recente dá conta de alguns problemas que a perseverança, marca desta casa, tem permitido debelar. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim F undada a 30 de novembro de 1908, a Associação Humanitária de Bombeiros Guilherme Gomes Fernandes Bombeiros Novos transpira vitalidade e dinamismo, ainda que nem sempre seja fácil, sobretudo na conjuntura atual, tanto a nível financeiro como social. Mas os desafios não intimidam os “Novos”, como assinala o presidente da direção, João Carlos Albuquerque Pinto. A exiguidade das instalações constitui uma preocupação, que o investimento na requalificação dos espaços não mitiga. Sem possibilidades de expansão, o quartel instalado no centro cidade é uma casa demasiado pequena para a dimensão do corpo de bombeiros que conta, atualmente, com 95 efetivos. O presidente recorda que, durante quase uma década, os Bombeiros Novos tentaram junto da Câmara encontrar uma solução para a questão, que chegou há três anos com a cedência de um terreno. De lá para cá, o processo esteve, quase, estagnado até porque a debilidade financeira da instituição não permitia sequer sonhar com a construção de um novo quartel. “Um conjunto de situações, incluindo a crise e alguns azares” impôs outras prioridades como explica o presidente da direção: “Andámos tão ocupados, quase obcecados com a resolução da crise financeira que não procuramos sequer despertar, em quem de direito, a vontade política que viabiliza projetos desta natureza”. Ainda que subsistam algumas dificuldades, direção e comando concordam “existir a necessidade absoluta de um novo quartel”, não obstante, nos últimos anos, várias intervenções no edifício do centro da cidade tenham permitido melhorar as condições dadas aos operacionais que garantem a proteção e o socorro a metade do território concelhio, contas feitas aos cerca de 46 mil habitantes da área de intervenção própria deste corpo de bombeiros. Na verdade o tempo urge e os Voluntários Novos estão cientes que importa aproveitar as janelas de oportunidade abertas pelos quadros de financiamento comunitário, pois sem esse apoio dificilmente a associação encontrará recursos para custear a obra. No âmbito dos apoios, direção e comando destacam o esforço da Câmara Municipal de Aveiro para dar resposta às necessidades dos dois corpos de bombeiros do município, sendo aliás um “exemplo a nível do distrito”. São escassos os recursos e muitas as exigências para uma associação que para além das instalações-sede, garante ainda o funcionamento de uma secção destacada em São Jacinto, distanciada 60 quilómetros por terra e cerca de oito pela ria. Este “míni-quartel”, inaugurado na década de 80 do século passado, e que, durante anos, contou com o apoio do voluntariado, hoje não dispensa os assa- lariados, pois, como explica o comandante Ricardo Fradique, o encerramento dos estaleiros navais veio criar sérias dificuldades no recrutamento de bombeiros, para aquela área do concelho. Para proteger aquela freguesia do concelho de Aveiro, os cerca de 250 hectares de reserva natural e garantir o socorro a cerca 800 pessoas os Bombeiros Novos mantém a seção, optando por uma gestão integrada dos recursos humanos e mantendo em permanência uma das cinco tripulações INEM em S. Jacinto. A associação conta, atualmente, com cerca de 22 funcionários, mas “já foram mais de 30”, um reajustamento imposto quando a instituição optou, “há uns anos”, por deixar de efetuar serviços de transporte de doentes não urgentes. “Somos um corpo de bombeiros todo virado para o socorro”, diz o comandante, dando conta dos muitos desafios impostos pelo concelho que impõem prontidão e preparação aos operacionais. Ricardo Fradique fala com orgulho de um efetivo jovem, “com uma média de idades que não ultrapassa os 27 anos”, motivado e talhado para fazer mais e melhor, não obstante todas as dificuldades e restrições que assolaram a instituição. “Temos uns bombeiros excecionais”, regista do comandante, dando conta que, para além do cumprimento da sua missão em todos os teatros de operações, ainda “colaboram imenso com a associação”, nomeadamente na promoção de iniciativas várias, que já permitiram à associação adquirir três viaturas, bem como vários equipamentos de proteção de individual. O responsável operacional salienta que o “voluntariado é extremamente importante no socorro prestado à cidade de Aveiro” e, embora o número de inscritos tenha vindo a diminuir” todos os anos o quartel assegura o reforço do efetivo, para o qual também concorre a escola de infantes e cadetes que nos últimos cinco anos é responsável por alguns ingressos, curiosamente também de pais das crianças e jovem que a frequentam. Esta é uma instituição muito dinâmica, voltada para o exterior, preocupada com as questões da imagem e da comunicação, atenta à mais-valia das parcerias dentro e fora das fronteiras do concelho. Neste âmbito, o presidente da direção e o secretário da direção, Roque Gamelas, fazem questão de salientar a geminação com os bombeiros franceses de Arcachon, um intercâmbio “importante em termos culturais”, assente na troca de experiências e que tem permitido que os operacionais franceses visitem Aveiro, da mesma forma que “praticamente todos” os bombeiros aveirenses tenham já conhecido a região de Bordéus. Não obstante as dificuldades e os entraves dentro de portas, a instituição esteve sempre na primeira linha na luta coletiva pela dignificação do setor, desde logo reivindicando o respeito que os bombeiros merecem de entidades como o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ou exigindo justiça nos apoios concedidos às associações de cariz humanitário, apelando à descriminação positiva que permita, por exemplo, uma redução no preço dos combustíveis. O dever de honrar o legado dos fundadores é desafiante, ainda assim não mais que a missão de salvar vidas assumida por quase uma centena de homens e mulheres abnegados e é esta complementaridade que permite que aos Bombeiros Novos de Aveiro orgulharem-se todos os dias do serviço prestado às populações. 14 JUNHO 2016 PONTE DE SOR Q Concluída formação para aeródromo uinze operacionais dos Bombeiros Voluntários de Ponte de Sor concluíram no passado dia 4 de junho a formação de “Serviço Básico de Salvamento e Luta contra Incêndios”. Esta formação tornou-se necessária, considerando a alteração para categoria superior do Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, que agora pode receber aeronaves de maior dimensão e com maior número de passageiros. Para Simão Velez, Comandante dos Bombeiros de Ponte de Sor e Coordenador Municipal de Proteção Civil “Esta formação pôs à prova a condição física e técnica dos Bombeiros que nela participaram, permitindo um crescimento técnico específico muito relevante.” O comandante dos Voluntários de Ponte de Sor referiu ainda que “não é suficiente termos um bom veículo e novos equipamentos na Unidade de Bombeiros do Aeródromo, a resposta operacional de excelência implica ainda a adequada competência operacional dos Bombeiros e a esse propósito posso afirmar que o desempenho tido pelos Bombeiros no exercício final da formação, corresponde aos desideratos em matéria de qualidade da resposta operacional”. A Unidade de Bombeiros de Aeródromo do Aeródromo Municipal de Ponte de Sor prevê para breve um teste efetivo à sua capacidade de reposta operacional, nomeadamente, com a realização de um exercício Livex que envolverá, inclusive outros meios de emergência locais. BSB PORTO Terceiro encontro de salvamento urbano A SUL E SUESTE A Barreiro em Madrid convite da Associación Profesional de Rescate en Accidentes de Trafico (APRAT), uma Equipa de Salvamento e Desencarceramento do Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste marcou presença no XII Encuentro Nacional de Rescate en Accidentes de Tráfico, que decorreu em Alcorcón (Madrid), entre 1 e 4 de junho. Esta participação ocorreu pelo quarto ano consecutivo, consolidando, assim,” uma relação ibérica profícua com impacto muito positivo a nível da formação especializada”, conforme assinala fonte dos Voluntários de Sul e Sueste. C O grupo integrou os bombeiros de 2.ª Miguel Saldanha e Nádia Conceição e os bombei- ros de 3.ª Miguel Mendes, Ana Rita Martins, Fernando Santos e Pedro Tomé. Simulacro testa estagiários ecorreu no centro da localidade de Casal Comba um simulacro de acidente multivitimas que visou testar as capacidades dos estagiários dos Voluntários da Pampilhosa, após a conclusão da formação na área da emergência pré-hospitalar. No local, o grupo foi apoiado pelos operacionais deste corpo de bombeiros. mentos de Espanha, França, Inglaterra, Bulgária e Portugal. A cerimónia de Encerramento foi presidida pelo vereador do Pelouro da Fiscalização e Proteção Civil, Manuel de Sampaio Pimentel, que procedeu à entrega do troféu à equipa vencedora – Alpincor, de Espanha, tendo enaltecido a importância da realização do III MESMU, como contributo para a melhoria da resposta na proteção e socorro de pessoas e bens. (Texto e fotos do subchefe António Oliveira) COIMBRA PAMPILHOSA D cidade do Porto foi palco, entre 26 e 29 de maio, do III Meeting de Equipas de Salvamento em Meio Urbano (III MESMU). Este evento, para além da vertente competitiva, teve como principal objetivo a partilha de conhecimentos e experiências entre as diversas equipas que nele participaram. Após a abertura oficial do III MESMU, no final do dia 26, realizou-se pela primeira vez, já na madrugada do dia 27, um exercício noturno no Pavilhão Rosa Mota, num cenário de multivítimas, com a participação conjunta de todas as equipas. No mesmo dia, da parte da tarde, decorreram também pela primeira vez, na Biblioteca Almeida Garrett, as Jornadas Técnicas no âmbito do Resgate. No dia 28, realizou-se o evento principal do III MESMU denominado “competição de técnicas de resgate em cinco cenários”, que decorreu em diversos locais da cidade do Porto, nomeadamente, na Avenida dos Aliados, no Silo Auto, na Avenida D. Afonso Henriques, no Largo dos Amores de Perdição e na Praça dos Poveiros. No dia 29, nos Jardins do Palácio de Cristal, decorreu a competição de “técnicas de progressão vertical”, onde as diversas equipas tiveram que competir entre si demonstrando várias técnicas de progressão na vertical em provas de velocidade e destreza utilizadas em manobras de resgate de vítimas. O III MESMU, teve a participação de várias equipas nacionais e internacionais, ao nível da competição e observadores, destacando-se ele- Meia centena em instrução erca de meia centena de operacionais dos Corpos de Bombeiros de Condeixa, Penacova e Vila Nova de Poiares, participaram, no passado dia 18, numa instrução conjunta de combate a incêndios florestais. Esta ação que se realizou na Pegada, Lousã, visou rotinar práticas e técnicas, nomeadamente no uso das ferramentas e na manuais, na aplicação do protocolo LACES e na promoção de trabalho de equipa. 15 JUNHO 2016 POMBAL Câmara Municipal de Pombal aprovou, por unanimidade, um conjunto de benefícios sociais para os bombeiros voluntários do concelho, cumprindo-se assim a intenção anunciada pelo presidente do executivo, Diogo Mateus, por ocasião do 104.º aniversário Associação Humanitárias dos Bombeiros Voluntários de Pombal. Desta forma, o município passa a assegurar o pagamento de seguros de acidentes pessoais dos bombeiros, preste apoio jurídico em processos com origem em factos ocorridos em serviço, garanta prioridade, em igualdade de condições, na atribuição de habitação social promovida ou sob administração do município. Os bombeiros passam ainda a beneficiar de acesso gratuito às Piscinas Municipais, bem como iniciativas de caráter desportivo e culturais promovidas pela autarquia. Para além da isenção de pagamento de algumas taxas municipais, a autarquia concede, ainda, passe mensal gratuito na Rede de Transportes Públicos Pombus e institui uma bolsa de estudos mensal, no valor de 75 euros, “a filhos de bombeiros falecidos em serviços ou com doença contraída no exercício de funções”. E, enquanto tarda o consenso no seio da Associação Nacional de Municípios Portugueses no apoio às associações humanitárias e corpos de bombeiros, alguns concelhos do País avançam com medidas que visam por uma lado “reconhecer o es- forço, a entrega e a dedicação que estes homens e mulheres prestam à População”, como sustenta o presidente da Câmara de Pombal, mas, também, incentivar o voluntariado. Nos últimos tempos, vários municípios têm alargado o âmbito das parcerias com os bombeiros, aliando o apoio financeiro, a uma componente mais social, voltada para os homens e mulheres que dão vida à causa, numa tentativa de atrair mais voluntários para os quartéis. Exemplos de boas práticas não faltam e o movimento de municípios que investem, hoje, nos bombeiros de amanhã vai conquistando subscritores entre eles Fafe, Murtosa, Vila Nova de Cerveira, Chaves, Esposende, Paços de Ferreira, Pe- Foto: Marques Valentim A Autarquias investem nos incentivos ao voluntariado nafiel, Amares, Santa Marta de Penaguião, Ribeira Grande, Horta e ainda Guimarães e Cabeceiras de Basto que ultimam projetos nesta vertente. Regis- te-se que, também recentemente o Governo regional dos Açores anunciou o Decreto Legislativo Regional que concede “novos direitos e regalias” aos bombeiros que passam a beneficiar, entre outros, apoios na saúde, na educação e no acesso á habitação. Sofia Ribeiro COIMBRA Bênção dos capacetes juntou 300 D ecorreu na igreja da Sé Nova de Coimbra a cerimónia da bênção dos capacetes de combate a fogos florestais or- ganizada pela Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra e presidida pelo Bispo D. Virgílio do Nascimento. A cerimónia contou com a presença de três centenas de bombeiros, comandos e dirigentes das associações e cor- pos de bombeiros do distrito de Coimbra e muito público que quis testemunhar a demonstração de fé dos bombeiros. A Liga dos Bombeiros Portugueses esteve representada pelo vogal do conselho fiscal, Rogério Silva. AJUDA Voluntários têm nova casa P assado mais de um século, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Ajuda regressou à sua freguesia e a um novo quartel, deixando assim as desadequadas instalações da Praça da Alegria. Inauguradas no dia 24 de maio, as instalações situadas junto ao Polo Universitário, com uma área de 1500 metros quadrados abrem caminho ao crescimento e potenciam uma nova dinâmica. O edil de Lisboa, Fernando Medina, acompanhado pela presidente da direção da associação, Luísa Vicente Mendes e o comandante António Lesia descerraram a placa que assinala um início ciclo na vida deste corpo de bombeiros, numa nova casa que recebeu o nome do chefe Mário Justino Marques Castanheira. Nas breves alocuções que marcaram a sessão, ficou sublinhada a satisfação dos autarcas das freguesias da Ajuda e Alcântara pela proximidade com os bombeiros, mas também a mais-valia deste investimento em matéria de proteção civil para a segurança e o socorro das populações da zona ocidental da cidade. Na sessão foram ainda inauguradas duas ambulâncias de socorro (ABSC) e distinguidos vários elementos corpo de bombeiros com medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses e da associação. Sérgio Santos Após a cerimónia decorreu um almoço convívio na Associação de Bombeiros Voluntários de Brasfemes. 16 JUNHO 2016 BRAGA “A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), está totalmente disponível para todas as reformas a levar a efeito nos bombeiros portugueses, porque não há bombeiros profissionais e bombeiros voluntários, são todos bombeiros na sua essência na sua paixão, na sua entrega, na sua doação”, palavras de Jaime Marta Soares, no passado dia 3 de junho, na inauguração do quartel da Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga (CBSB). Perante uma vasta plateia o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses defendeu que a solução para os problemas do setor impõe a união, propondo um diálogo aberto entre o governo, a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, a Associação de Bombeiros Profissionais e a Liga dos Bombeiros Portugueses”. Na presença de ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, o presidente da LBP incluiu na sua alocução um rol de duras críticas ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que, disse, “continua a ignorar os bombeiros” pondo em causa o trabalho de um “parceiro que garante 95 por cento da sua atividade”. Fotos: Marques Valentim Sapadores têm novo quartel “Sem nós o INEM não existe, não responde aos portugueses”, considerou, dizendo ainda que este organismo tutelado pelo Ministério da Saúde está de costas voltadas para a Autoridade Nacional de Proteção Civil, a Escola Nacional de Bombeiros e à Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais. “Isto não pode continuar!”, acentuou. Mas porque o dia era de festa, Jaime Marta Soares não deixou de enaltecer “o empenho da autarquia bracarense”, na concretização de uma “obra de importância e grande relevância de que os bombeiros estavam credores”. O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, congratulou-se com que o que classificou de “um equipamento de excelência e de futuro”, que mais não é do que “a concretização de um sonho antigo”, recordando que “o anterior quartel tinha mais de 50 anos, estava degradado, não tinha condições de conforto e de funcionamento condignas para esta corporação. O projeto evidencia-se pela clara definição e separação funcional dos espaços, e inclui quatro volumes: edifício principal, parque de viaturas e socorros a náufragos, casa-escola e arrecadações exteriores de apoio. O novo quartel, para além de garantir condições de excelência aos cerca de uma centena de bombeiros que constituem o efetivo, vai permitir à CBSB admitir elementos do sexo feminino, situação que pelas condições estruturais até agora existentes, designadamente a falta de balneários, não era possível concretizar Representando um investimento global superior a 1.2 milhões de euros, a obra beneficiou de financiamento do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT). De referir que a CBSB recebeu outros financiamentos, nomeadamente do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para aquisição de, um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI) e um ligeiro de combate de a incêndios (VLCI), bem como de equipamento de proteção individual. Sofia Ribeiro 17 JUNHO 2016 BARCELINHOS Complexo modelo vai receber heliporto e BAL No passado dia 26 de junho cumpriu-se mais um desígnio dos Bombeiros de Barcelinhos com a inauguração do novo complexo operacional, que poderá vir a receber ainda um heliporto e uma Base de Apoio Logístico. Centenas de pessoas testemunharam o acontecimento que constituiu o momento maior das comemorações do 95.º aniversário desta instituição do distrito de Braga. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim P ompa, circunstância, mas também brio, atavio e a solenidade que os grandes momentos impõem marcaram a inauguração do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos, que, no dia 26 de junho, cumpriram uma antiga aspiração”, conforme recordou José Costa, o presidente desta instituição que completa, este ano, 95 anos de valorosos serviços prestados à comunidade e ao País. A cerimónia, presidida pela ministra da Administração Interna, Constança de Sousa, ficou marcada pelas emoções, mas também pela gratidão, pois direção e comando não esqueceram cada uma das entidades e individualidades da sociedade civil, mas também os dirigentes e bombeiros que se envolveram na concretização deste “sonho”. Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), falou de um “dia histórico” para o município de Barcelos, enalteceu a mobilização da comunidade em prol dos seus bombeiros, não deixando, contudo, de destacar “a perseverança e a competência, paixão e amor à instituição” que, em todo o processo, nortearam o presidente da direção e o comandante José Beleza. Dirigindo-se à ministra da Administração Interna, o presidente da LBP não resistiu em recorrer ao caderno reivindicativo para pedir mais apoios para o setor: “O Orçamento do Estado está aí à porta e faça o favor de aumentar os apoios aos bombeiros”, salientou o responsá- vel, para depois reiterar que a “Lei de financiamento é uma boa lei, o financiamento da lei é que não é assim tão bom”. “Sabemos que há muito ainda a fazer, mas não é uma questão de querer, mas de poder”, afirmou Constança Urbano de Sousa, respondendo, assim, ao repto do comandante Jaime Marta Soares. Numa curta intervenção, a titular da pasta da Administração Interna felicitou a associação pelo “magnífico quartel”, pela “dinâmica” e pela “robusta capacidade de intervenção” que permitiu envolver a comunidade neste projeto. A ministra não perdeu a oportunidade para relembrar que estão abertos dois concursos destinados à aquisição de equipamentos e intervenções nos quartéis, da mesma forma que recordou o “reforço de dois milhões de euros do Orçamento de Estado” no setor. Orçado em cerca de dois milhões de euros, o imponente complexo operacional reúne todas as condições de operacio- nalidade e de conforto para acolher mais de uma centena de bombeiros. “A corporação tem quase um milhão para pagar, mas é aqui que entra a vontade da sociedade civil, que participou, e acredito, continuará a participar, em várias atividades de angariação de fundos”, referiu o presidente da direção, José Costa. Registe-se, que neste âmbito, foram muitas as incitativas promovidas nos últimos anos pelos Voluntários de Barcelinhos com particular destaque para a campanha de associados que, hoje, “já são mais de 28 mil”. Importa salientar que este equipamento, que obteve financiamento comunitário, ainda antes de inaugurado recebeu obras de ampliação, a expensas da associação, mas, conforme anunciou o presidente da instituição, já se anunciam outras: “Ainda falta a terceira fase”, assinalou José Costa que pretende ver aquela unidade dota- da de um heliporto “para situações de emergência clínica” bem como de Base de Apoio Logístico (BAL). O presidente da direção aproveitou a sessão solene do 95.º aniversário para dar conta de um investimento de 75 mil euros em equipamentos de proteção individual. A sessão ficou ainda marcada pela entrega do crachá de ouro da liga dos Bombeiros portugueses ao presidente da direção José Arlindo Costa, vice presidente José Carlos de Lima Real, bombeiro de 1.ª José Martinho Amaral Oliveira e os subchefes Pedro Manuel Guimarães Monteiro e Fernando da Silva Pereira, e ainda pela atribuição de condecorações, distinções, bem como dos títulos “sócio benemérito” e de “sócio honorário” a várias personalidades, nomadamente à ministra da tutela e à apresentadora de televisão Sónia Araújo. O vasto programa festivo integrou ainda a inauguração e bênção de uma nova ambulância, oferecida por um benemérito, e a apresentação viatura histórica de combate a incêndios, recentemente, restaurada. 18 O JUNHO 2016 ESMORIZ FAMALICÃO Praias mais seguras Acidentes dão trabalho aos bombeiros s Bombeiros Voluntários de Esmoriz, cumprindo a tradição de vários anos, já cumpriram a fase de preparação e estão a arrancar com a operação de vigilância e segurança nas praias da sua área de intervenção. Para isso iniciaram em maio o recrutamento de nadadores salvadores para a época balnear. Entretanto, os nadadores salvadores que já integram estruturas da Associação Humanitária e Corpo de Bombeiros foram também alvo de ações de formação e de avaliação. No próximo dia 2 de julho é aberta oficialmente a época de vigilância de praias em Esmoriz, Cortegaça e Maceda, neste caso sob a responsabilidade dos Bombeiros de Esmoriz, em articulação com as autoridades da área marítima, mas também com as autarquias locais e o Município. Os Bombeiros de Esmoriz, na verdade, já iniciaram, em 15 de junho último, o apoio em quatro praias (Barrinha Norte, Barrinha Sul (Cantinho), Cortegaça e São Pedro Maceda) e, a partir de 1 de julho, juntam mais duas, a Praia Velha de Esmoriz e Santa Marinha (Praia Velha de Maceda) A intervenção dos Voluntários de Esmoriz conta com a participação da Câmara Municipal de despiste de uma viatura ligeira que embateu num muro provocou ferimentos ligeiros no condutor, que foi transportado ao hospital. O acidente que ocorreu no dia 30 de maio na EN309, em S. Cosme do Vale, mobilizou meios e operacionais dos Voluntários de Famalicão. Este corpo de bombeiros esteve envolvido no socorro a uma vítima que sofreu um acidente de trabalho, em Ruivães. Um homem de cerca de 60 ficou gravemente ferido na sequência da queda de uma estrutura metálica. O ferido foi encaminhado para o Hospital S. João no Porto. Ovar em cerca de 75 por cento, mais de 40 mil euros, dos encargos totais da vigilância nas praias, e as juntas de freguesia assumem o restante, 4.000 euros da Junta de Freguesia de Esmoriz, 2.900 euros da Junta de Freguesia de Cortegaça, e da Junta de Freguesia de Maceda a quantia de 1.700 euros. Mais uma vez, as Associações Humanitárias de Esmoriz e Ovar em parceria com as Juntas de Freguesia e com a Câmara Municipal querem assegurar que a época balnear 2016 seja segura, 2o que embelezaria ainda mais o galardão da bandeira Azul atribuído em praticamente todas as freguesias marítimas, com praias/postos de praia do concelho”. MERCEANA O Bebé nasce numa ambulância s Bombeiros Voluntários da Merceana protagonizaram recentemente a realização do parto de uma menina no interior de uma das suas ambulâncias. Os autores do parto foram os tripulantes de ambulância de socorro (TAS) e bombeiros de 3.ª, Cristiano Vale e André Santos, com o apoio posterior da equipa da viatura médica (VMER) do Hospital de Vila Franca de Xira. O alerta surgiu na central dos Voluntários da Merceana no passado dia 19, pouco depois das 22 horas, para socorrer uma grávida em trabalho de parto. Pouco depois, a equipa de bombeiros chegou junto O da parturiente e, de imediato, ajudou a menina a vir ao mundo. Uma equipa de parabéns e A operação de socorro contou envolveu seis bombeiros e dois veículos dos Voluntários de Famalicão e a viatura médica do Hospital de Famalicão e respetiva tripulação. FAMALICENSES D Atividade na terra e no rio ia 30 de maio, os Bombeiros Famalicenses foram intervenientes nas operações de socorro num acidente na A3 perto da saída da Cruz do qual resultou um ferido ligeiro. Para este teatro de operações foram mobilizados 10 bombeiros apoiados por um veículo de desencarceramento e duas ambulâncias de socorro. Já no dia 11 de junho este corpo de bombeiros deu apoio aos mergulhadores dos Voluntários Amares e Vila Verde na remoção de um carro que caiu ao rio Cávado na freguesia de Prado, concelho de Vila Verde. Neste estivaram de operações estiveram 10 operacionais com o veículo de desencarceramento e um barco. Os Famalicenses participaram, também, no passado dia 18, no apoio às operações de resgate do corpo do menino que, alegadamente, a progenitora atirou ao Rio Cávado, em Barcelos, deslocando para o local duas viaturas, um barco e quatro bombeiros. um comandante, Nuno Santos, muito satisfeito, conforme nos confiou, com a excelente prestação dos dois bombeiros. MOURÃO Operacionais vivem momento emocionante A ambulância dos Bombeiros Voluntários de Mourão, com os bombeiros Helder Saramago e Miguel Ramalho a bordo, saiu para dar resposta a mais uma situação de emergência pré-hospitalar na vila de Mourão com a SIV de Moura também ativada para o local. Quando os bombeiros se preparavam para transportar Cristina Silva para Évora e já com a SIV de Moura no local, a pequena Leonor, assim se chama a bebé que não quis esperar pela chegada ao hospital para nascer, decidiu sair da barriga da mãe, que já se encontrava na ambulância pronta para ser transportada para o Hospital Espírito Santo de Évora, que fica sensivelmente a 60 quilómetros de distância. No universo da emergência pré-hospitalar ajudar uma criança a nascer é sempre algo de “muito emocionante e de certeza que os Bombeiros Helder e Miguel vão recordar para sempre aquele momento”, regista fonte dos voluntários de Mourão.. LOURES O Bombeiros fazem parto Tiago Alexandre vai saber no futuro que veio ao mundo na mão de dois bombeiros voluntários de Loures. O Tiago Santos e o Acácio Baptista Severino foram os parteiros inesperados mas executores dessa missão na perfeição. O pedido de socorro chegou de madrugada à central de comunicações dos Bombeiros Voluntários de Loures. Quando os dois bombeiros saíram do quartel já sabiam que se tratava de uma mulher em trabalho de parto. Só não sabiam que a sua missão iria ser acelerada e que o parto, afinal, acabaria por ocorrer na própria ambulância e com a sua intervenção direta. Preparados e treinados para tal o Tiago e o Acácio cumpriram com eficácia o seu papel. 19 JUNHO 2016 CANTANHEDE Comando entregue a José Oliveira MORA D Segundo comandante toma posse ecorreu, no passado dia 15 de junho, no quartel dos Bombeiros Voluntários de Mora, a tomada de posse do segundo comandante daquele corpo de bombeiros, Vítor Manuel Prates Lamarosa Dias. A cerimónia foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão de Matos, e contou ainda com a presença do comandante operacional distrital de Évora da ANPC, José Ribeiro, do comandante do corpo de bombeiros, Luís Caramujo, de diversos autarcas do concelho, dos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mora, entre outros convidados. Perante a formatura do corpo de bombeiros, Vítor Dias tomou posse como seu segundo comandante, assumindo o compromisso de honrar o cargo, defender o corpo de bombeiros e trabalhar para a população do Concelho. Vítor Dias, ingressou nos Bombeiros Voluntários de Mora em 1986 e, a partir de 2005 assumiu o cargo de adjunto de comando. A confiança depositada pelo comandante e direção da Associação foi a referência para a sua promoção ao novo cargo, mas o reconhecimento dos operacionais foi importante no assumir desta nova missão. Na sua intervenção, o comandante Luís Caramujo lembrou a memória do bombeiro de 3ª do Quadro de Honra Manuel António Pontes, recentemente falecido, reforçou a confiança no novo segundo comandante e realçou a presença dos operacionais do corpo de bombeiros demonstrada com brio e dedicação, apresentando o dispositivo do corpo de bombeiros no DECIF 2016 ao presidente da Câmara de Mora e ao comandante operacional distrital. Na mesma cerimónia, a Comissão de Festas do Corpo de Bombeiros, entregou 10 mochilas de combate a incêndios, com sistema de hidratação e equi- pamento de sobrevivência (fire shelter), adquiridos através de realização de atividades organizadas pela mesma comissão. Nas intervenções finais, o presidente da Direcção, Francisco Comba da Silva, felicitou o segundo comandante lembrando as exigências que tal função acarreta, o comandante operacional distrital, realçou o empenho do corpo de bombeiros de Mora nas diversas missões e felicitou o novo segundo comandante. Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão de Matos, lembrou a importância que o corpo de bombeiros tem no Concelho, agradeceu os serviços prestados aos munícipes, realçou o papel que o novo segundo comandante teve nos últimos anos no corpo de bombeiros e lembrou a forma organizada e motivada com que comando e direção tem desempenhado a sua missão no último ano e meio. O comando dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede foi entregue a José Manuel Ferreira Oliveira, em regime de substituição. A alteração na estrutura deve-se ao facto de Jorge Jesus ter solicitado a não renovação da sua comissão justificada por “razões familiares”. Desta forma, a direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, decidiu manter em funções, até ao final do ano. a restante equipa. Assim sendo, o 2.º comandante José Oliveira assume a estrutura, coadjuvado pelo adjunto de Nuno Carvalho. MONTIJO L uis Manuel Neves da Silva e Ricardo Filipe Baltazar Costa tomaram posse, respetivamente, como segundo comandante e adjunto do comando do corpo de bombeiros da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Montijo. “Foi há cerca de trinta anos que iniciei, como cadete, o meu percurso como bombeiro, progredi até ao posto de chefe, e em 2002 assumi funções no comando deste Corpo de Bombeiros, a cuja vida e causa sempre me dediquei de corpo e alma” lembrou o recém-empossado segundo comandante. Luis Silva lembra que “neste corpo de bombeiros vivi vários Estrutura recebe reforços momentos, alguns maus, outros muito especiais, e hoje, este dia, é um desses momentos especiais que tenho o prazer de partilhar convosco”, razão para associar “as minhas primeiras palavras às pessoas que mais contribuíram para a minha formação enquanto homem, bombeiro, e agora segundo comandante, à minha mãe e ao meu pai” e ainda,” à minha esposa aos meus filhos, e aos meus sogros, apenas quero agradecer todo o vosso apoio, e dizer que conto convosco nesta nova missão, estando convicto e com o desejo que possam estar sempre ao meu lado”. Dirigiu-se ainda aos padrinhos Rui Bolinhas, e Elisabete Grilo”, e aos amigos, “porque são únicos, e sem vós nunca poderia ter a estabilidade emocional que no meu desempenho tanta falta me faz”. Na qualidade de segundo comandante da corporação, “cujas funções aceito hoje solenemente”, Luis Silva dirige-se ainda “aos meus amigos e superiores hierárquicos que já não estão entre nós, com quem tive o privilégio de viver e trabalhar como bombeiro, ao lado do comandante Mário Cruz e do ajudante Manel dos Bombeiros, entre outros, que recordo com saudade, o chefe Faustino, Leiria de Sousa, Augusto Azevedo, e outros”. Luis Silva agradece ao “amigo e comandante Américo, pela confiança que depositaste em mim há um ano atrás e pela amizade, companheirismo, e sacrifí- cio, que partilhámos até aqui” e, ao novo adjunto Ricardo Costa, “desejo-te as maiores felicidades, e sorte nesta tua nova missão, tenho a certeza que pela tua competência serás o adjunto do comando que qualquer comando gostaria de ter”. PONTE DE SOR Promoções para 37 N o passado dia 10 de junho teve lugar a cerimónia de imposição de insígnias a trinta e sete novos elementos nos Bombeiros Voluntários de Ponte de Sor. Um extraordinário aumento de efetivos, sendo que, trinta e quatro elementos foram integrados no recrutamento de 2015 e três em recrutamentos anteriores. Para Simão Velez, comandante dos Bombeiros de Ponte de Sor, “Este tão expressivo ingresso, que muito nos conforta, é uma parte visível do trabalho que temos vindo a desenvolver desde maio de 2015”. Segundo o mesmo responsável “reconhe- ço que este foi um processo de grande empenhamento e dedicação, quer dos formadores, instrutores e dos próprios estagiários, pois só assim é possível levar a efeito um rigoroso plano de formação.” A cerimónia teve ainda outros pontos altos, nomeadamente, a imposição de galões ao novo chefe, Paulo Galveias e à subchefe, Vera Alves, na sequência da conclusão dos respetivos concursos. Segundo o comandante Simão Velez, “ fizemos um esforço relevante para preenchermos as diferentes categorias, entre outu- bro de 2015 e janeiro de 2016 abrimos concursos para bombeiros de 2.ª, 1.ª, subchefes e chefes, sendo este um momento de dupla satisfação para o comando”. Após o ato de imposição de insígnias teve lugar a apresentação pública de duas novas ambulâncias, sendo uma oferta do Município de Ponte de Sor. Concluídas as cerimónias seguiu-se um merecido almoço convívio entre todos os promovidos e demais bombeiros, comando, direção, responsáveis autárquicos e convidados. 20 JUNHO 2016 VIDAGO O Mais 11 no quadro ativo s Bombeiros Voluntários de Vidago contam com mais 11 novos elementos no seu quadro ativo. Algo que o comandante Bruno Henriques, considera como uma mais-valia para este corpo de bombeiros. O comandante destacou ainda a formação que os bombeiros tiveram ao longo deste ano, garantindo que estão na sua força máxima, salientando também os meios operacionais de que dispõem. Chegado ao fim o período probatório e de estágio, o quadro ativo dos Bombeiros Voluntários de Vidago conta, desde o mês de maio, com 10 novos bombeiros de 3.ª e um bombeiro especialista: David Gonçalves Pereira, David Alexandre Leite Pereira, Nádia Basto Carocha, João Manuel Gomes dos Reis, Luís Carlos Martins de Barros, Marlene Catarina Fernandes dos Santos, Carlos Manuel Barbosa Salgado, Mário Diogo Santos Diegues, Ricardo Alexandre Taveira Ferreira, Ana Cristina Alves Leitão e o bombeiro especialista Manuel Rodrigues Pereira. Para assinalar o momento da passagem ao quadro ativo deste novos bombeiros, foi realizada uma formatura ao fim da tarde do dia 4 de junho, frente ao quartel sede dos Bombeiros Voluntários de Vidago, onde oficialmente foram também promovidos a bombeiros de 1.ª: - Bruno Miguel Machado Sarmento, Liliana Filipa Rodrigues Santos, Mário António Pereira Teixeira, António de Jesus Ribeiro. A assistir ao ato estiveram vários familiares e amigos dos recém-promovidos, que tiveram o privilégio de colocar as novas divisas aos novos bombeiros já que cada um teve a liberdade de escolher quem lhe colocaria as novas insígnias. No final da cerimónia, o presidente da Associação, Francisco Oliveira, fez questão de enaltecer a dedicação e o empenho de todos os elementos e a importância da existência de todos CASCAIS A aqueles que decidem abraçar o voluntariado, como Bombeiros Voluntários. Hoje é um dia importante para vós e para a nossa Associação ficamos assim mais enriquecidos e as populações que servimos, mais protegidas, por isso deveis sentir orgulho em ser bombeiro. Ser bombeiro voluntário é tão “simples” quanto isso. É dizer que se está disposto a arriscar a vida pelos outros, a troco de nada. Os novos bombeiros de 3.ª vêm agora reforçar os Voluntários de Vidago, que conta atualmente com mais de 50 elementos no quadro ativo Na mesma cerimónia, e por proposta do comandante dos Bombeiros Voluntários de Vidago, foi anunciada a composição do quadro de comando com a indigitação, para segundo comandante, do subchefe António Carlos Sequeira Sousa e, para adjunto de comando, do bombeiro de 1.ª, Bruno Miguel Sarmento. Com a indigitação destes bombeiros fica completa a reestruturação da estrutura de comando. Para o comandante Bruno Henriques, “são estes momentos simples que marcam a vida desta associação.” TORRES NOVAS O Quartel ganha sete voluntários s Voluntários Torrejanos reforçaram o efetivo com sete novos elementos. O curso iniciado a 9 de janeiro de 2015, depois de cumpridas todas as fase da formação terminou a 14 de maio de 2016 com a imposição das respetivas insígnias, numa cerimónia “muito expressiva e concorrida” testemunhada por direção, comando, corpo ativo e familiares dos novos bombeiros. Integram este grupo de voluntários disponíveis para servir o próximo e honrar o lema “Vida por Vida”, no qual as mulheres estão em maioria, Ana Luísa Reis Cabeleira, Débora Sofia Cambé Pinheiro, Eliana Raquel Rodrigues Lopes, Irina Rafaela Costa Grade, Rute Gonçalves Gomes, Diogo Filipe Patrício Afonso e Nelson José Martins Rodrigues. Autarquia apoia formação de TAS Câmara Municipal de Cascais decidiu apoiar mais uma vez as cinco associações de bombeiros voluntários do concelho (Cascais, Estoril, Alcabideche, Parede e Carcavelos e S. Domingos de Rana) para a obtenção de formação em tripulantes de ambulância de socorro (TAS), como aconteceu nos mesmos moldes em 2014. O apoio agora facultado, solicitado através do secretariado concelhio das cinco associa- ções, abrange a formação para 15 novos TAS. A decisão agora tomada, e a decidida também em 2014, insere-se no protocolo existente entre as associações de bombeiros e a Autarquia no âmbito da formação. Refira-se que, há vários anos, a Câmara Municipal de Cascais também apoia a formação conjunta inicial de bombeiro promovida pelas associações através das respectivas recrutas. BATALHA J Quartel recebe reforços oaquim Coelho, Tiago Pereira, Nicolae Purice, Joni Vieira e Joaquim Meneses, Cátia Ferreira, Ana Repolho e Tânia Henriques reforçam, desde o passado dia 9 de junho, o efetivo dos Bombeiros da Batalha, depois de terem concluído com êxito o curso inicial de formação, realizado o estágio e cumprido período probatório, num percurso acompanhado e orientado pelo comando. Os oito elementos receberam as divisas de bombeiro de 3.ª numa simbólica cerimónia que reuniu direção, o comando, e corpo ativo, bem como familiares destes novos voluntários. Na ocasião Realçamos que “Só com a entrada de novos elementos é possível garantir o funcionamento e a continuidade desta instituição”, salientam direção e comando. Entretanto, já decorre o processo de recrutamento para um novo curso de Instrução Inicial de Bombeiros, que já regista 15 inscrições, contudo, conforme sublinha fonte da institui- ção, apelando à participação de todos os que se sintam tocados pela causa. Mais informações disponíveis em www.bv-batalha.pt. CONDEIXA A NOVA O Ingressos e promoções s Bombeiros de Condeixa-a-Nova contam com 10 novos efetivos no contingente, um reforço importante para qualificar a resposta às solicitações de um território exigente. O quartel deu, recentemente, as boas vindas aos bombeiros de 3.ª Isabel Joaquim, Sónia Reis, Bruno Leite, Luís Veloso, Tânia Gonçalves, Rui Godinho, Rafael Baptista, Flávio Dias, Luís Albano e Samuel Santos. No dia da receção aos novos voluntários, foram, ainda, promovidos à categoria de bombeiros de 1.ª Jorge Ferreira, Dina Natário, Ramiro Alves, Rúben Reis e Pedro Filipe. 21 JUNHO 2016 SÃO PEDRO DE SINTRA Fotos: Marques Valentim Bombeiros recebem Fénix de Honra “H á que avançar rapidamente para alteração profunda da legislação portuguesa em matéria de proteção civil”, defendeu Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) nas cerimónias do 110.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra, deixando a garantia que “os bombeiros não se vão calar até conseguirem atingir os seus objetivos” que, disse, “visam melhorar a resposta dada às populações”, exigindo “a revisão das leis orgânicas da Autoridade Nacional de Proteção Civil e do Instituto Nacional de Emergência Médica”. Perante a vasta plateia, o responsável máximo da confederação falou de alguns dos problemas do setor e garantiu que a Liga não abdicará de reivindicar as soluções junto da tutela. E porque o dia era dedicado aos Voluntários de São Pedro de Sintra o comandante Jaime Marta Soares não deixou de sa- lientar “o grande o trabalho desenvolvido por esta magnífica organização”, que “pratica a solidariedade e o humanismo”, agraciando a instituição com a fénix de honra. A cerimónia, que reuniu no quartel, no dia 10 de junho, feriado nacional, muitas dezenas de pessoas teve, ainda, como momento maior a receção no quadro ativo de sete novos elementos. Foi com emoção, mas com muita alegria que os estagiários receberem, por mérito próprio, depois de cumprindo um exigente período de formação, as insígnias de bombeiro de 3.º. Os Voluntários de S. Pedro de Sintra podem contar agora nas suas fileiras com Luis Miguel Resende Martins, Cátia Patricia Pedro Gonçalves, Liliana Isabel Rodrigues Oliveira, Marta Sofia Carvalho Janicas, Miriam Sande Nunes Ferreira e Maria de Lurdes Sousa Teixeira e Marta Filipa Miranda Mendes. No decorrer da sessão solene, a empresa Mafep, Lda foi agraciada com crachá de ouro e o comandante do Quadro Honra Domingos Pedro de Jesus Gaspar, distinguido a medalha serviços distintos, grau ouro. Foram ainda entregues medalhas da Câmara Municipal de Sintra e, também da associação a bombeiros e dirigentes, mas também a Domingos Linhares Quintas, presidente da Assembleia Municipal de Sintra que viu reconhecida o apoio dado à instituição, e os bombeiros em geral, com o galardão de ouro da instituição. O programa incluiu ainda a inauguração de um campo de treinos e bênção de três novas viaturas. Marcaram presença nas cerimónias entre outras individualidades, o presidente da Assembleia Municipal de Sintra, Domingos Linhares Quintas; o Comandante Operacional de Agrupamento Distrital do Sul da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Elísio Oliveira e o vice-presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa, António Gualdino. Sofia Ribeiro ARRIFANA Bombeiro António Valente recebe crachá O bombeiro de 1.ª da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Arrifana, António Augusto Valente, recebeu o crachá de ouro e o presidente da assembleia-geral da instituição a medalha de dedicação grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP). As duas distinções foram entregues durante as comemorações do 89.º aniversário da Associação. Em parada, foram ainda entregues medalhas de assiduidade e dedicação. Na oportunidade, o subchefe José Miguel e o bombeiro de 1.ª José Santos receberam a medalha de 30 anos da Associação. A medalha de 25 anos, grau ouro, da LBP foi entregue ao bombeiro de 2.ª Joaquim Santos, a de 15 anos - ouro, aos bombeiros de 2.ª, Jorge Vieira e Nuno Pereira, a de 10 anos – prata, aos bombeiros de 3.ª, Ana Cardoso e José Silva, e de 5 anos, aos bombeiros de 3.ª, Cristele Santos e Alda Silva. As comemorações contaram com as presenças, do vereador da Câmara Municipal de Santa Maraia da Feira, Vitor Marques, do comandante Gomes da Costa, em representação da LBP, do presidente da Federação de Bombeiros de Aveiro, Marco Braga, do comandante distrital da ANPC, José Birmarck, do representante da Junta de Freguesia da Arrifana, Rui Sá, acolhidos, pelo presidente da assembleia – geral, Delfim Silva, do presidente da direção, Serafim Aires Lopes, do presidente do conselho fiscal, Jorge Silva, do comandante Joaquim Teixeira, e dos restantes elementos dos órgãos sociais e do comando. As comemorações iniciaram- -se em 2 de junho último com a inauguração de uma exposição de pintura de Rogéria Guiomar no salão nobre da instituição, seguindo-se, no dia 4, um convívio de pesca em S. Jacinto, no dia 10, o quartel aberto na Avenida do Corgo, no dia 18, as condecorações em parada, a sessão solene, a romagem aos cemitérios de Cesar, Romariz, Milheiros de Poiares, Escapães e Arrifana e a missa na igreja paroquial e, no dia 25, um jogo convívio de futebol. 22 JUNHO 2016 CHAVES Presidente da LBP diz que Estado lida mal com os bombeiros O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) lamenta que o Estado não saiba “lidar” com os bombeiros apontado o défice existente entre as vantagens que o primeiro tira da disponibilidade e intervenção dos segundos e a falta de ressarcimento respectivo desse esforço. O comandante Jaime Marta Soares falava no decurso da sessão solene comemorativa do 80º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública de Chaves (BVSP), cujas comemorações decorreram em ambiente de festa e confraternização, contando com a presença de familiares e de várias entidades civis, religiosas e militares. O dia começou bem cedo com o hastear da bandeira. Os Bombeiros Voluntários de Salvação Pública rumaram nos seus veículos para o Cemitério Novo de Chaves. para homenagear a memória dos bombeiros ali sepultados, seguindo para o Senhor das Portas, junto ao local onde durante anos estiveram instalados. Depois desfilaram pela Avenida dos Bombeiros até ao Cemitério Velho, local onde foi depositado mais um ramo. Seguiu-se o desfile das viaturas pela cidade em direção ao quartel, onde foi benzida pelo padre José Banha uma nova ambulância. Na sessão solene procedeu-se à promoção de oito estagiários a bombeiros e à atribuição de várias distinções e medalhas. No uso da palavra, Alcino Rodrigues, presidente da direção dos BVSP, salientou todo o trabalho realizado pelos bombeiros da sua corporação e agradeceu a todos os familiares dos mesmos “pela paciência, pela compreensão, porque não é fácil, são muitas horas que os nossos bombeiros deixam de estar com a sua família para as passarem aqui a ajudar a população”. Interveio ainda o presidente da LBP e, depois, a concluir a cerimónia, António Cabeleira, presidente da Câmara Municipal de Chaves, mostrou-se muito emocionado com a condecoração de dois amigos de infância e deixou ainda uma palavra de apreço e agradecimento a todos os bombeiros e aos familiares dos mesmos. Durante a sessão houve ainda tempo para entregar um diploma a bombeiros e funcionários. A propósito, José Silva, comandante dos BVSP, destacou a importância da data que se celebrou: “Tem um grande significado. São 80 anos a servir a população flaviense, e não só. A população do distrito também, quando somos solicitados. 80 anos de sofrimento, mas também de muitas alegrias. Quando a população olha para nós e nos diz um ‘obrigado’ no fim é sinal de que a missão está cumprida e conseguimos atingir o nosso objetivo”, e desejou ainda que “mais 80 anos, e depois outros 80. Eu já não estarei cá, mas espero que haja continuidade. As casas continuam com gente nova, com massa fresca, com novas ideias, porque assim é que tem de ser”. Maura Teixeira / Jornal Diário @tual NAZARÉ Voluntários comemoram 89 anos de existência B ombeiros, famílias, empresários, dirigentes e autarcas uniram-se nas comemorações do 89.º aniversário dos Voluntários da Nazaré numa festa marcada pela entrega de donativos, a promoção de oito novos elementos à categoria de bombeiro de 3.ª, e a atribuição a medalha de Serviços Distintos (grau de ouro) aos empresários Luís Silvério e Luís Tereso, pela colaboração dada á instituição João Paulo Estrelinha, comandante do corpo de bombeiros, recordou, na ocasião, que “as batalhas difíceis travadas nestes cinco anos de comando” salientando, contudo, que a resposta ás solicitações não tem falhado, também devido “ao apoio que a sociedade civil tem dado, e aos contributos dos empresários, e da Câmara Municipal da Nazaré que, desde a entrada em funções da gestão de Walter Chicharro, tem prestado uma ajuda regular, e muito importante, a este corpo de bombeiros”. “O nosso objetivo é colocar a corporação no topo do distrito de Leiria”, declarou o comandante de 63 voluntários, cuja formação e equipamento pessoal têm vindo a ser reforçados, para que a “segurança de cada um esteja efetiva durante as ações que exigem toda a rapidez e eficácia às populações, e ao país” A Associação Humanitária anunciou que pretende adquirir uma viatura de combate a incêndios florestais e remodelar as atuais instalações, criando um novo parque para arrumação dos carros de serviço e melhorando os balneários femininos, bem como a central. “Contamos com o apoio de todos para cumprir o nosso objetivo, nomeadamente do senhor Presidente da Câmara, para a aquisição da nova viatura de combate aos fogos e as obras de remodelação das instalações”, disse Joaquim Morais, presidente da instituição para quem a “Nazaré possui o melhor corpo de bombeiros e o melhor comandante” no distrito de Leiria. O presidente da Câmara Municipal, Walter Chicharro, garantiu o empenho em honrar os compromissos assumidos, anunciando que no próximo ano autarquia vai “proceder à aquisição de uma viatura de comando”. Em dia de festa, o edil entre- gou um cheque de 33.300 euros à associação, “metade da comparticipação anual da Câmara no âmbito do protocolo de apoios à corporação, e a comparticipação dos Serviços Municipalizados para a compra o gerador”. Walter Chicharro disponibilizou-se, ainda, para “estudar as necessidades dos bombeiros Voluntários e ponderar as soluções para as mesmas” bem como “a avaliar, ao nível da comunidade intermunicipal, os possíveis incentivos a dar aos que se dedicam ao voluntariado, nestas associações”. Mário Cerol, em representação da Liga Portuguesa dos Bombeiros, reforçou que a “segurança é a prioridade numa atividade que envolve grande risco e dedicação”, pelo que solicitou o empenho dos decisores na “criação de condições de incentivo ao voluntariado e na atribuição de benefícios a quem se arrisca em prol da comunidade”. As três juntas de freguesia do concelho também entregaram donativos ao corpo de bombeiros. Durante a sessão foram, ainda, distinguidos vários empresários pelo apoio prestado à causa. 23 JUNHO 2016 SINTRA O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, valoriza o papel do bombeiro “nos tempos de relativismo nos valores e de egoísmo que estamos a viver” e em que se “louva o sucesso fácil e rápido” e quando, “ não se recorda o mérito da preparação”,daqueles, como os bombeiros, que trabalham exaustivamente numa aventura de sobrevivência, de afirmação, para terem mais equipamentos e outros meios de socorro. Marcelo Rebelo de Sousa falava na sessão solene do 126º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sintra onde foi distinguido como sócio honorário da instituição, que considerou uma “das mais gratificantes” condecorações que já recebeu e com que “fico muito honrado”. O Presidente da República manifestou-se também surpreendido ao ser informado que foi o primeiro Chefe do Estado a visitar aquela instituição em 126 anos de vida. Antes da sessão solene foram inauguradas três viaturas, uma viatura de transporte de doentes (VDTD), uma viatura especial para salvamento, resgate e mergulho adaptada da anterior função de ambulância oferecida por bombeiros suíços, e um VTTU que substitui outro perdido em acidente no ano transato. Na sessão solene foram promovidos, a bombeiros de 3.ª, os estagiários, Sónia Mimoso, Bruna Vicente, Filipa Brásio, Tomás Clemente, Igor Morgado, Daniel Calhau, Bruno Dias e Ruben Carvalho. Foram ainda condecorados diversos bombeiros por assiduidade e bons serviços pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), pela Câmara de Sintra (CMS) e pela Associação. Foto: CM Sintra Fotos: Sérgio Santos Presidente da República valoriza o papel do bombeiro Com a medalha de 30 anos da CMS foram condecorados o adjunto de comando João Manuel Antunes e o chefe Luís Alves. O Presidente da República e o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, procederam à entrega. O bombeiro de 2.ª António Calhau também recebeu a medalha de 25 anos da Associação e, a medalha de 20 anos CMS foram contemplados, o subchefe Nuno Saraiva, o bombeiro de 1.ª António Pereira e o bombeiro de 3ª João Jacinto. A medalha de 15 anos da Associação foi atribuída ao bombeiro de 2.ª Sérgio Pereira e, a de 5 anos, aos bombeiros de 2ª, João Carlos Silva e Paulo Vieira e, de 3.ª, Ricardo Poeira e Andreia Fernandes. A medalha de 10 anos da LBP foi entregue aos bombeiros, de 1.ª, Armindo Jorge, de 2.ª, João Carlos Silva e Cátia Vilares, e de 3.ª, Pedro Costa, Maria do Céu Leitão e Ricardo Poeira. Além das personalidades já referidas, estiveram também presentes, o presidente da ANPC, major general Grave Pereira, o vogal da LBP, Rama da Silva, o presidente da Federação de Lisboa, comandante An- tónio Carvalho, o comandante distrital da ANPC, Carlos Mata, o presidente da Assembleia Municipal, Domingos Quintas, o vereador Marco Almeida e outros autarcas, acolhidos pelo presidente da assembleia-geral, Hermínio Santos, do presidente da direção, Bento Marques, do comandante Francisco Rosa, e dos restantes órgãos sociais e comando. ENTRE-OS-RIOS Seguros de saúde para 300 em Penafiel O s Bombeiros Voluntários de Entre-os-Rios assinalaram o 93º aniversário, com a tradicional formatura geral e desfile de bombeiros e a sessão solene, que ficou marcada pelo anúncio de que a Câmara de Penafiel vai assegurar seguro de saúde aos cerca de 300 bombeiros voluntários do concelho. No decorrer da cerimónia, Antonino de Sousa, presidente da autarquia, anunciou que, numa “iniciativa pioneira a nível nacional”, o município vai criar uma equipa especializada no rescaldo de incêndios florestais. Respondendo a um apelo da direção dos Voluntários de Entre-os-Rios o edil assegurou a autarquia vai “assumir a responsabilidade pela participação da componente nacional” na candidatura aos fundos comunitários para aquisição de uma viatura de combate a incêndios florestais. Destaque ainda para a intervenção de António Fontes, presidente da direção da instituição, que lamentou os custos e as exigências “cada vez maiores”, em oposição às receitas “menores”. Considerando o “parque de viaturas de combate a incêndios muito envelhecido”, o responsável congratulou-se a candidatura a fundos comunitários que viabilizam a compra de um novo veículo para “suprir a falta do autotanque abatido”. Por sua vez, Joaquim Oliveira Silva, presidente da Federação de Bombeiros do Porto, felicitou a associação que, “com largos pergaminhos, se distingue no seio dos bombeiros”, a nível distrital e nacional. Enalteceu ainda o trabalho da autarquia de Penafiel, “pioneira e um exemplo” no apoio aos soldados da paz. Referindo-se ainda à candidatura aos fundos comunitários, o dirigente salientou a “dificuldade de convencer o poder a olhar” para o Norte, mas frisou que “não há ventos” que o “derrubem”. José Campos, representante da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), quis “desmistificar” a questão dos incêndios florestais, que apenas correspondem a “5 por cento dos serviços” assegurados pelos corpos de bombeiros. “Isso humilha-nos e é uma enorme ingratidão, porque esquecem-se dos bens e das milhares de pessoas que salvamos diariamente”, desabafou o responsável da LBP, salientando que os bombeiros fazem, em todo o País, “um milhão e duzentas mil intervenções pré-hospitalares”. Com efeito, o também comandante dos Bombeiros da Lixa referiu que o INEM, a instituição responsável por tal, apenas assegura “15 por cento das emergências pré-hospitalares”, sendo os bombeiros responsáveis por “80 por cento e a Cruz Vermelha por 5”. “Somos a mais importante estrutura de socorro, humanitarismo e solidariedade”, realçou, sublinhando que é necessário haver o “envolvimento” das populações e das autarquias no apoio aos bombeiros. Durante a sessão foram, ainda, entregues 10 diplomas e certificados a jovens das escolinhas e foram promovidos oito bombeiros. BP com A Verdade (texto) A Verdade (fotos) 24 JUNHO 2016 LOUSADA F Sete novas viaturas e distinções em dia de aniversário oi com “pompa e circunstância” que os Bombeiros Voluntários de Lousada assinalaram os 90 anos da corporação. Depois da formatura na Avenida do Senhor dos Aflitos, cinco ambulâncias de transporte de doentes, uma outra de socorro e uma viatura de desencarceramento receberam a bênção ao que se seguiu sessão solene durante a qual foram homenageados e distinguidos quase meia centena de bombeiros, numa cerimónia pela secretária de Estado adjunta da Administração Interna, Isabel Oneto. Na ocasião, perante vasta plateia, o presidente da direção da instituição adiantou que o quartel vai, em breve, receber obras de remodelação e ampliação. “Investir nas instalações é imperioso”entrar em obras em breve, . “Queremos formar mais e melhores bombeiros”, afirmou Antero Correia, declarando que essa é aposta a manter, assim como a renovação dos meios e equipamentos, o que exige “um grande esforço económico e financeiro”. Por outro lado, “proteger quem protege é a principal preocupação”, estando a associação a equipar os seus bombeiros com “o melhor” em matéria de proteção individual.. Antero Correia destacou ainda o facto de a Câmara Municipal de Lousada ter oferecido uma das viaturas e das outras terem sido “apadrinhadas” por várias empresas. Presente na cerimónia, o edil Pedro Machado elogiou a instituição e realçou o papel do voluntariado. “É importante criar incentivos para o voluntariado”, disse, dirigindo-se à secretária de Estado, revelando que “este ano o município decidiu criar isenções nas tarifas de água, saneamento e resíduos para todos os elementos do quadro ativo. “Queríamos ir mais longe e criar isenção de IMI para os bombeiros voluntários”, acrescentou, pedindo legislação para que tal seja possível e deixando ainda a Isabel Oneto um repto ao Governo para que institua uma bonificação ao nível do IRS para os soldados da paz. “A qualificação destes homens e mulheres tem que ser objetivo e a principal prioridade de qualquer política de Proteção Civil”, afirmou a representante da tutela, sublinhando que “não há desenvolvimento do País sem uma Proteção Civil forte”, sendo que isso passa pela articulação entre diferentes estruturas, sobretudo a nível municipal. A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) associou-se à efe- méride e, na ocasião, José Miranda, vice-presidente da confederação agraciou com o crachá de ouro José Alexandre Alves Magalhães e, a título póstumo, Joaquim Gonçalves da Silva Em dia de festa 24 bombeiros receberam, ainda, com meda- lhas de assiduidade grau Cobre, Prata e Ouro, da Liga dos Bombeiros Portugueses, por cinco, 10 e 20 anos de bons e efetivos serviços. Outros 12 foram distinguidos com a medalha de dedicação, grau Ouro, por 25 anos de serviços prestados. Na sessão foram ainda promovidos 11 elementos a bombeiro de 2.ª. A associação premiou ainda os cinco soldados da paz que realizaram o maior número de serviços voluntários em 2015, sendo o primeiro classificado Pedro Ribeiro. Durante a cerimónia, o comandante dos Bombeiros de Lousada destacou a história da associação e falou de “honra, glória e missão que definem o que se faz neste corpo de bombeiros”. Albano Teixeira, relembrou ainda o lema. “Continuidade, progresso e crescimento” que norteiam esta instituição com 90 anos de bons serviços prestados à continuidade. BP com Verdadeiro Olhar (texto e fotos) Verdadeiro Olhar (fotos) ZAMBUJAL Fotos: Marques Valentim Crachá de ouro homenageia dirigente O presidente da assembleia-geral da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do Zambujal, concelho de Loures, Eduardo Alberto Nunes Coelho, foi distinguido pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) com o crachá de ouro. O crachá foi-lhe entregue pelo presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, a convite do representante da LBP presente. Esta distinção, proposta à LBP pela direção da associação, pretende homenagear o longo e laborioso percurso de Eduardo Coelho como dirigente da instituição desde a década de 70 do século passado. Na mesma sessão, que celebrou o 85.º aniversário da associação, o 135.º aniversário da banda e 40.º aniversário do atual quartel, procedeu-se também à entrega de outras distinções, nomeadamente, de assiduidade da LBP. Assim, com a medalha de dedicação, 25 anos, foram distinguidos, o comandante Sérgio Mendes, o chefe Patrick Carlos, os subchefes Rui Almeida, Frederico Silva e Dionísio Roberto, com 20 anos, ouro, o segundo comandante Paulo Jorge Pereira, o subchefe Paulo Barbosa, o bombeiro de 1.ª Nuno Fonseca, o bombeiro de 2.ª Sérgio Blanco e os bombeiros de 3.ª Susana Fonseca e Pedro Mateus. Ainda no âmbito das medalhas de assiduidade, foram distinguidos, com a de 15 anos, os bombeiros, de 1ª, Jorge Barbosa, de 2.ª, Patrícia Mateus, Cátia Vicente e Filipe Fonseca, e de 3ª, Telmo Tomé, com a medalha de 10 anos, os bombeiros de 2.ª, Rui Pedro Silva e César Gonçalves, e de 3.ª, Celso Cardoso, Ruben Anjos, Adriano Courela, Pedro Esteves, Leandro Blanco e Dinis Costa, e com a de 5 anos, os bombeiros de 3.ª, Ruben Mendonça, Cláudio Courela, João Alves, Stefan Popesou e Flávio Moreira. Procedeu-se também à promoção a bombeiros de 3.ª dos estagiários Pedro Ramos e Ricardo Ferreira. Na sessão foram ainda entregues emblemas da Associação, de ouro, ao músico da banda Francisco Tojal e ao chefe José Blanco Cal, e de prata, ao sócio João Manuel Antunes Alves. No primeiro caso, para homenagear a longa carreira de músico e nos dois restantes pelo apoio distinto dado à manutenção das viaturas da instituição. Na sua intervenção, o presidente da Câmara de Loures fez questão de destacar que no concelho “não temos condições nem queremos bombeiros profissionais” defendendo que o atual “modelo corresponde às necessidades e ao espírito comunitário que o acompanha”. Bernardino Soares adiantou que em 2016 a Autarquia vai atribuir 1.7 milhões de euros pelas sete associações de bombeiros do concelho e que “tudo o que é orçamentado é sempre transferido”. A sessão solene contou também com as presenças, do presidente da Federação de Bombeiros de Lisboa, comandante António Carvalho, da presidente da Assembleia Municipal, Fernanda Santos, do comandante distrital da ANPC, Carlos Mata, do presidente da União de Freguesias de S. Antão e S. Julião do Tojal, João Florindo, acolhidos pelo presidente da direção, Norberto Fernandes, do comandante do QH, Joaquim Vicente, e restantes órgãos sociais e comando. 25 JUNHO 2016 VILA POUCA DE AGUIAR Fotos: Marques Valentim Bombeiros ajudam ao desenvolvimento económico A s associações de bombeiros não se esgotam no socorro e “desempenham também um papel social, cultural e ambiental muito importante e ajudam até ao desenvolvimento económico dos municípios”, lembrou o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) em Vila Pouca de Aguiar. O comandante Jaime Marta Soares falava durante a cerimónia comemorativa do 98.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Pouca de Aguiar, durante a qual recordou ainda que os bombeiros voluntários exercem uma atividade constante, de grande operacionalidade que no âmbito da proteção civil desempenha o papel principal em 98 por cento dessas missões. O presidente da LBP, acompanhado do presidente da Câmara Municipal, Alberto Machado, e do presidente da direção da Associação, José Eduardo Quinteiro, procedeu à colocação do crachá de ouro da LBP no estandarte da instituição e à atribuição da medalha de serviços distintos grau ouro da LBP ao comandante Borges Machado. Foram inauguradas três ambulâncias, duas de transporte e uma de socorro, apadrinhadas pelas empresas “Intermarché”, “Agroaguiar” e “Japautomotive de Vila Real”. O corpo de bombeiros passou a integrar mais 12 elementos promovidos a 3.ª, José Miguel Machado, Joana Lopes, Sara Castanheiro, Rafael Silva, Patrícia Carreira, Armindo Serafim, Gabriel Faria, Marcelo Carreira, Mário Pinto e Inês Sousa. Durante a cerimónia realizada ao ar livre foram também distinguidos com medalhas de assiduidade os bombeiros, (20 anos) o bombeiro de 3.ª José Laurentino Lagoa, (15 anos) o bombeiro de 3.ª José Bragado Silva, (10 anos) os bombeiros de 2.ª Hugo Medeiros, Ricardo Borges e Cláudia Rodrigues, e com a medalha de 5 anos os diretores, José Alberto Campos, António Saraiva de Sousa e Celestiano Teixeira da Fonte. Além das personalidades já referidas, estiveram também presentes, o presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Vila Real, José Pinheiro, o comandante distrital de operações de socorro da ANPC, Álvaro Ribeiro, o presidente da assem- bleia-geral da Associação, Delfim Santos, bem como os restantes elementos dos órgãos sociais e dirigentes e comandos de associações congéneres. PAREDES N a cerimónia comemorativa do seu 132.º aniversário, a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Paredes inaugurou a sua plataforma mecânica, deu posse ao novo adjunto de comando e prestou homenagens. Neste caso, através da atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) ao segundo-comandante José Maria Garcês e ao presidente da Câmara Municipal, Celso Ferreira, e a medalha de serviços distintos grau ouro da LBP ao vereador da proteção civil Manuel Fernando Rocha. O vice-presidente da LBP presente, comandante do QH José Miranda, coordenou a atribuição das distinções. A posse do novo adjunto de comando do corpo de bombeiros, Carlos Vitor Martins, foi outro ponto alto das cerimónias. “Missão cumprida, está resolvida a nossa única a principal fragilidade operacional” afirmou o comandante José Morais, satisfeito pelo facto da Associação ter recebido de prenda a tão “ambicionada” e “necessária” plataforma mecânica. Para a sua obtenção, o papel do vereador Manuel Fernando Rocha foi decisivo para resolver o impasse na aquisição da plataforma mecânica de 150 mil euros, financiada pela Câmara Municipal. “O corpo de Bombeiros de Paredes está bem e recomenda-se”, sustentou o comandante José Morais durante a sua interven- Fotos: Verdadeiro Olhar Plataforma mecânica já chegou ao quartel ção, salientando que contam com 80 elementos no quadro ativo, 12 estagiários e 30 infantes e cadetes. “Em Outubro deste ano termina a minha comissão de serviço e é preciso equacionar o futuro”, referiu. O presidente da direção, Mário Sousa, realçou que se “concretizou um sonho” com a aquisição deste novo equipamento apontando que, ao longo de 2016 e 2017, o valor investido será reembolsado pela Câmara Municipal de Paredes. Em representação da Câmara Municipal de Paredes, o seu vice-presidente, Pedro Mendes, referiu que, até ao final de 2017, serão entregues à corporação paredense mais de 101 mil euros, adiantando que “31 mil euros foram entregues recentemente e uma segunda tranche de igual valor chegará em setembro, sendo o restante valor entregue no próximo ano”. O presidente da autarquia, que não pode estar presente, deixou um vídeo com um pequeno testemunho, falando do apoio que tem sido dado aos bombeiros do concelho nos últimos 11 anos e a satisfação “por ver chegar um equipamento fundamental para o socorro à população”. “O nosso contributo foi o que foi necessário. Era um equipamento de que a cidade e o concelho precisavam”, sustentou Celso Ferreira. Agradecemos a colaboração do jornal “Verdadeiro Olhar”. 26 Fotos: CM Boticas JUNHO 2016 BOTICAS A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Boticas recebeu mais 8 novos bombeiros de 3.ª. A cerimónia decorreu durante a comemoração dos 45 anos de vida da instituição, com uma cerimónia que reuniu bombeiros, familiares, associados, representantes de várias entidades, nomeadamente, o comandante José Morais, em representação do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) o presidente da Federação de Bombeiros de Vila Real, José Pinheiro, e o comandante operacional distrital de operações de socorro da ANPC, Álvaro Ribeiro, A promoção dos 8 elementos a bombeiros de 3.ª decorreu durante a sessão solene. São eles, a Sónia Fernandes, Catia Rio, Ana Patrícia Assis, Michel Carneiro, Claudia Lage, Marcelo Fernandes, Carlos Dias e Pedro Esteves. Foram ainda agraciados com a medalha de assiduidade da LBP, 10 anos, grau prata, o bombeiro de 3ª Rui Fernandes, Efetivo conta com mais oito elementos e com a de 15 anos, ouro, o bombeiro de 2ª Luís Cílio Rosa e o bombeiro de 3ª Alberto Cunha. As comemorações do 45.º aniversário dos Bombeiros de Boticas ficaram ainda marcadas pela inauguração e bênção de duas novas viaturas, uma ambulância de transporte de doentes (ABTD) e um veículo de comando tático (VCOT), uma das quais apadrinhada por Sara Hoya, responsável ambiental do Projeto Tâmega da empresa Iberdrola. O presidente dos Bombeiros Voluntários de Boticas, Fernando Queiroga, afirmou que “a aquisição de mais duas viaturas é fundamental para que os serviços prestados à população do concelho sejam de qualidade”. De seguida, realizou-se o tradicional desfile apeado e motorizado pelas ruas da vila e a homenagem a todos os bombeiros junto ao monumento dedicado aos soldados da paz, localizado na rotunda do Largo Conde Vila Real. NELAS Quatro viaturas chegam em dia de festa A comemoração do 96.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Nelas, foi celebrada no passado dia 24, incluindo a inauguração de quatro novas viaturas. O programa iniciou-se com o habitual hastear das bandeiras, seguindo-se o desfile apeado, que se antecedeu à sessão solene onde os presentes foram acolhidos pelo presidente da di- reção, Jorge Paiva, pelo comandante Filipe Almeida, e restantes órgãos sociais e elementos de comando. Contando com a representação de diversas entidades, a sessão, presidida pelo presidente da Câmara Municipal, Borges da Silva teve como ponto alto a condecoração de diversos bombeiros, nomeadamente a atribuição do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portu- gueses ao chefe João Aguieira, há 47 anos ligado à instituição, e a atribuição da medalha de serviços distintos, grau ouro à colaboradora da associação Olga Alves Valério, pela dedicação, empenho e competência na defesa dos interesses da instituição. O comandante José Requeijo representou a confederação na cerimónia e convidou entidades presentes a acompanhá-lo na entrega das duas distinções. Foi também apresentado o vídeo institucional dos Bombeiros de Nelas, que já se revelou “viral” nas redes sociais, demonstrando terem sido cumpridos os objetivos de fomentar a captação de novos elementos para a escola de formação de novos bombeiros. No seu discurso, o presidente da Câmara Municipal anunciou a atribuição de 20 mil euros à instituição, resultante do protocolo estabelecido em 2016. De seguida realizou-se a habitual missa de S. João, finda a qual houve lugar à bênção de 4 veículos que foram apadrinhadas por elementos do quadro de honra e direção. Após esse ato foi feita a habitual romagem ao cemitério de Nelas para homenagem aos bombeiros, diretores e associados já falecidos. Ao fim da tarde e dada a vontade de todos os elementos do corpo de bombeiros, apesar de não constar do programa, foi realizado um desfile motorizado pelas ruas de Nelas “Um dia marcante e recheado de interesse, que demonstrou a vitalidade e dinâmica desta tão nobre associação e o seu corpo de bombeiros” conforme nos confessou um dos seus dirigentes. 27 JUNHO 2016 LAGARES DA BEIRA Presidente da LBP recorda pioneirismo das zonas operacionais presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) lembrou em Lagares da Beira, Oliveira do Hospital, o pioneirismo do distrito de Coimbra no âmbito das zonas operacionais, sublinhou a importância da sua continuidade e lamentou que a Proteção Civil se aproveite das estruturas dos bombeiros “como se fosse coisa sua”. O comandante Jaime Marta Soares falava durante as comemorações do 70.º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira, lamentando ainda que, não obstante os bombeiros satisfazerem 98 por cento da atividade de socorro do INEM, este desrespeite e assuma uma atitude elitista e autista para com o seu principal parceiro. A par da comemoração do aniversário, os Voluntários de Lagares da Beira procederam à inauguração da ampliação e remodelação do seu quartel, que implicou um investimento de 300 mil euros e uma comparticipação de verbas comunitárias (POVT) próxima dos 255 mil euros. Ainda na parada, procedeu-se à entrega de divisas aos 9 elementos da escolinha de infantes e cadetes entrados no último ano. São 3 infantes, 4 cadetes e 2 estagiários. A Escola teve início em 2013 e dela fazem parte 20 elementos. Fotos: Marques Valentim O Procedeu-se à promoção a 3ª dos bombeiros João Amaro e José Caseiro e, a 1ª, da Daniela Cardoso, do António Mendes e do André Santos. Foram também entregues medalhas de assiduidade e dedicação, por 25 anos, a Joaquim Paulino e José Carvalho, de 2º anos, a António Marques, José Rodrigues, João Bernardo, Adérito Lopes e Hortênsio Mar- ques, de 15 anos, a Walter Marques, de 10 anos, a Daniela Cardoso, António Mendes e Hélio Damião, e de 5 anos, a Andreia Brizida, Carla Madeira, José Costa, Guilherme Monteiro, Fátima Neves e Paulo Mendes. Decorreu também a entrega simbólica do segundo EPI florestal a todo o corpo de bombeiros. Na sessão solene, que se seguiu ao desfile temático apeado e motorizado, foram homenageados, como sócia benemérita, Maria de Lurdes Esteves, e como sócio honorário, José Francisco Sousa Brás. Seguiu-se a entrega do prémio “Bombeiro de Mérito 2015” ao bombeiro de 2.ª André Filipe Oliveira Abreu, que incluiu um valor pecuniário de 750 euros atribuídos pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, de que o galardoado abdicou a favor do corpo de bombeiros. Durante a sessão o presidente da LBP convidou várias entidades presentes a acompanhá- -lo, na atribuição do crachá de ouro da LBP, ao presidente da assembleia-geral, Amadeu Cura, ao bombeiro de 1.ª António Abrantes e ao de 2.ª Artur Campos, da medalha de serviços distintos ouro da LBP, ao vice-presidente da direção, Telmo Esteves, ao comandante do QH António Garcia e do vice-presidente da direção José Álvaro Figueiredo, e da medalha de serviços distintos prata, ao vice-presidente Henrique Ferreira, e aos bombeiros de 1.ª, António Cardoso e José Santos. As comemorações contaram também com as presenças, do presidente da Câmara, José Carlos Alexandrino Mendes, do deputado João Pinho de Almeida, do Diretor Nacional de Bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, do presidente da Federação de Bombeiros de Coimbra, comandante António Simões, do comandante e segundo comandante distrital da ANPC, Carlos Tavares e António Oliveira, acolhidos pelo presidente da direção, António Maceira Gonçalves, o presidente da assembleia-geral, Amadeu Cura, do comandante António Tavares, e restantes órgãos sociais e elementos de comando. ARRUDA DOS VINHOS A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos comemorou, no passado dia 10 de junho, 127 anos da data da sua fundação e aproveitou a oportunidade para a apresentação da sua recém-formada escola de 20 infantes e cadetes que traduz a continuidade do voluntariado associativo. Como habitualmente, os bombeiros e a população local uniram-se para festejar esta centenária efeméride e o dia teve inicio com a homenagem aos bombeiros falecidos ao serviço de Portugal, visita ao cemitério e deposição de flores no talhão dos bombeiros, apresentação de cumprimentos na câmara municipal e desfile pelas ruas da vila. Escola assegura o futuro A meio da manhã procedeu-se à receção às entidades convidadas e, de seguida, o presidente da direção, José Maria Seixas, procedeu à apresentação pública do equipamento adquirido pelo Município em resultado do Orçamento Participativo, em que os Bombeiros foram largamente vencedores, composto por um gerador, bem como diverso equipamento de apoio ao corpo de bombeiros , adquirido pela direção. De seguida, teve lugar uma sessão solene no salão da asso- ciação, repleto de população arrudense, Autarcas, forças vivas locais e representantes de associações de bombeiros vizinhas e de todas as coletividades do concelho. A cerimónia, que foi presidida pelo presidente da Câmara Mu- nicipal, André Rijo, contou ainda com a presença do Diretor Nacional de Bombeiros, Pedro Lopes , em representação do presidente da ANPC, do comandante Fernando Barão em representação da Liga dos Bombeiros Portugueses, do comandante distri- tal da ANPC, Carlos Mata, e em representação da Federação Distrital de Bombeiros de Lisboa o comandante Pedro Araújo. Foram homenageados vários bombeiros com medalhas de assiduidade da Liga dos Bombeiros Portugueses e da associação e o destaque de todos os intervenientes foi para a apresentação da escola de recrutas recentemente formada e composta por 20 crianças, que assim iniciam a sua participação na vida dos bombeiros locais. No final teve lugar um almoço de confraternização com a presença de bombeiros, órgãos sociais, entidades convidadas e sócios que perfizeram 25 e 50 anos de associados, bem como, os seus familiares. 28 JUNHO 2016 VILA REAL s comemorações do centésimo vigésimo quinto aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Real-Cruz Verde encerraram no passado dia 28 de maio, com as duas últimas atividades evocativas da efeméride. Durante a tarde desse dia, o corpo de bombeiros realizou um exercício/simulacro de incêndio urbano no edifício “A” das resi- ESTREMOZ Associação apela à solidariedade O s Bombeiros de Estremoz acabam de lançar uma campanha de angariação de fundos para ajudar a custear uma ambulância, recentemente, adquirida mas já colocada à disposição das populações deste concelho alentejano. Trata-se de um investimento na ordem dos 40 mil euros, que instituição considerou fundamental para manter elevados os padrões de qualidade do serviço prestado à comunidade. Os Bombeiros de Estremoz apelam assim à solidariedade de todos. Os donativos podem ser enviados por cheque ou entregues na sede da associação ou depositados nas contas bancárias com os IBANs - PT50 0045 6170 40095739371 70. (CCAM Estremoz) ou PT50 0035 0294 00005374230 52 (CGD Estremoz). ALBUFEIRA Bar apoia causa A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albufeira (AHBVA) recebeu um donativo do Sherry´s Bar, no valor de 4,232.56€, resultante da prática de Skydiving promovido por John Helliot, Alan Nicol, Kevin Sherry, Linda Bimpson, Frank Meade, Rigo, Helen Goldsack e Ade Harman. A verba angariada, foi entregue no quartel pelo proprietário do bar, Kevin Sherry, numa sessão que contou com a participação da direção, do comando e dos bombeiros. “Considerando a dependência de apoios para a manutenção da atividade operacional desenvolvida pelo corpo de Bombeiros, a associação louva esta iniciativa que em boa altura veio apoiar a aquisição de equipamentos de proteção individual para os operacionais”, segundo regista fonte da instituição. dências universitárias “Além-Rio” onde pode treinar e testar procedimentos operacionais de busca e salvamento, progressão de linhas de mangueira e técnicas de resgate de vítimas, durante o combate a um incêndio urbano em edifícios de grande altura. Estiveram envolvidos no simulacro, 31 operacionais, 1 veículo de comando, 2 veículos de combate a incêndios, 1 veículo escada, 1 ambulância de socorro e 1 veículo de apoio logístico. A PSP de Vila Real colaborou na realização do exercício através da implementação da área de segurança da zona de intervenção bem como na orientação do trânsito. À noite, realizou-se, no salão nobre do Quartel Albano Silva, um memorável concerto pela Banda de Música de Mateus com a colaboração do Grupo Coral dos Bombeiros da Cruz Verde, tendo sido um momento de altíssimo nível, não só pela qualidade artística evidenciada, como pela solenidade e simbolismo que emprestou às comemorações. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Rebordosa celebrou recentemente um protocolo com a Mpclinic que permite garantir descontos nos tratamentos em medicina dentária e nutrição clínica aos colaboradores, dirigentes e corpo ativo, bem como aos seus familiares diretos. Na celebração desta parceria entre as instituições estiveram presentes Abel Moreira, presidente da direção da associação, o comandante Simão Barbosa, e, em representação da clínica, os médicos Mário Pedro e Bárbara Marques. Cruz Verde, onde o público que lotava o salão não regateou aplausos, presenteando a Banda de Mateus e o Coro dos Bombeiros com vibrantes e demoradas ovações. CANTANHEDE O Confraria oferece desfibrilhador s Bombeiros Voluntários de Cantanhede (Secção da Tocha) foram, recentemente, entronizados Confrades de Honra da Confraria Gastronómica da Gândara “Aromas e Sabores Gandareses”. A distinção foi feita no decurso do XI Capítulo da Confraria, momento escolhido também para a oferta de um desfibrilhador à corpo de bombeiros. José Tereso, um dos confrades da “Aromas e Sabores Gandareses”, justificou a distinção com o relevante trabalho prestado pelos bombeiros à região. O desfibrilhador oferecido à Secção da Tocha custou dois mil e quinhentos euros e vai substituir outro que já se encontrava obsoleto. “Sabíamos que a corporação queria substituir aquele equipamento e decidimos contribuir, garantindo que a Secção tem agora ao seu dispor tecnologia moderna para servir a po- pulação”, acrescentou José Tereso. Para Nuno Carvalho, adjunto de comando dos Voluntários de Cantanhede, o novo equipamento é muito bem-vindo, pela sua importância na primeira intervenção a doentes em paragem cardiorrespiratória. “Faço regularmente serviço de emergência e posso dizer que sem este equipamento o nosso sucesso é diminuto. Quando devidamente aplicado, aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência em caso de paragem respiratória. A pronta e correta execução do Suporte Básico de Vida e o desfibrilhador são essenciais para reduzir a mortalidade associadas à paragem cardiorrespiratória. Muitas vítimas de paragem cardíaca estão hoje vivas graças a este aparelho”, salientou Nuno Carvalho. PENAFIEL REBORDOSA Bombeiros investem em parcerias O programa musical incluiu obras de Tchaikovsky, Arturo Marquez, Terry Kenny e John Williams entre outros. O alinhamento do concerto finalizou com o Hino do Bombeiros da È Cidade acolhe “Noite Vermelha” já no próximo 9 de julho que Penafiel se veste vermelho para receber uma animada festa promovida pelos bombeiros da cidade que prometem música e muita animação toda a noite. A “Noite Vermelha” já há muitos meses que envolve as populações, as instituições e as empresas locais que muito tem contribuído para o êxito do evento que levará artistas bem conhecidos a atuar em vários pontos da cidade, conforme anunciam direção e comando da instituição. Esta que será “a noite mais longa do ano” abre o programa festivo do 135.º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Penafiel que se prolonga no dia 10 com um vasto conjunto de Foto: Marques Valentim A Cruz Verde encerra comemorações iniciativas das quais se destacam a sessão solene, agendada para as 11.20h. e o desfile apeado e motorizado, com início previsto para as 16.30h.. 29 JUNHO 2016 S. JOÃO MADEIRA Cromos divulgam história LOUSADA M Meio milhar em encontro distrital eia centena de jovens de 22 corpos de bombeiros reuniram-se em Lousada no I Encontro Distrital de Escolinhas de Bombeiros do Porto. A iniciativa “Bombeiro d’Ouro”, organizada Voluntários de Lousada, no âmbito das comemorações dos 90 anos da associação humanitária, cumpriu os objetivos, garante Albano Teixeira. “O feedback é muito positivo e as nossas expectativas foram cumpridas. Além disso, foi possível passar a mensagem à sociedade de que os bombeiros são muito mais que uma missão, são também educação”, referiu o lousadense. Promover o voluntariado e o gosto pelo socorro junto dos mais novos era o grande objetivo deste projeto pioneiro. Recorde-se que esta ação incluiu provas práticas relacionadas com a atividade dos bombeiros e um desfile pelas ruas da vila. Participaram no encontro os bombeiros de Entre-Os-Rios, Freamunde (A e B), Gondomar, Marco de Canaveses, Matosinhos Leça, Moreira da Maia, Lordelo, Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Póvoa do Varzim, Rebordosa, S. Mamede Infesta, S. Pedro da Cova, Tirsenses, A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de S. João da Madeira lançou em abril passado uma caderneta de cromos que está a ser um sucesso local de vendas. A coleção denominada “Super Bombeiros - Heróis de S. João” destina-se a dar a conhecer a história da instituição com base em fotos que fazem parte do seu acervo e também a divulgar a Escola de Infantes e Cadetes e as suas atividades. A caderneta e respetivos cromos têm sido procurados por pessoas de diferentes níveis etários. Entre os mais velhos estarão pessoas que direta ou indiretamente estiveram ligadas à história dos bombeiros e do concelho, seguem-se os colecionadores e também, em particular, os jovens. SEIXAL Assinalado Dia da Criança Valadares, Valongo, Vila das Aves e Vila do Conde. Verdadeiro Olhar (texto e fotos) ÁGUAS DE MOURA Sensibilização e formação O Agrupamento de Escolas “José Saramago”, em colaboração com os Bombeiros de Águas de Moura, promoveram várias sessões de Sensibilização e Formação de Suporte Básico de Vida (SBV), na escola sede, em Poceirão, numa ação integrada no novo programa curricular do 9.º ano e do plano anual de atividades. A formação, destinada aos alunos de quatro turmas realizou-se no âmbito da disciplina de Ciências Naturais e incluiu uma apresentação teórica do conceito de “cadeia de sobrevivência” e a importância de todos os seus elos, dando assim aos jovens a possibilidade de praticar as manobras de Suporte Básico de Vida, Desobstrução da Via Aérea e Posição Lateral de Segurança, com o objetivo de adquirirem conhecimentos mínimos para socorrerem pessoas em paragem cardiorrespiratória. Os sorrisos e a motivação que resultaram dos alunos, reforçam o conceito de que “a brincar também se aprendem coisas sérias”. PROTOCOLO A Federações fomentam a prática de ténis de mesa s Federações de Bombeiros dos Distritos de Viseu, Guarda e Castelo Branco, firmaram um protocolo de cooperação com a Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu, que visa promover a criação de secções da modalidade nas associações de bombeiros. Na sessão que oficializou o acordo, que teve lugar no salão nobre dos Voluntários de Seia, ficou expressa o compromisso de “incentivar os soldados da paz a adotarem estilos de vida saudáveis”, fomentando a prática desta modalidade. A Associação Humanitária dos Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal assinalou o Dia Mundial da Criança a 4 de junho, com uma atividade que juntou no quartel cerca de duas centenas de criança que participaram em inúmeras atividades. A ação terminou com uma formatura dos “aspirantes a bombeiro” que receberam, do comandante, certificados de participação. Este dia de quartel aberto aos mais novos contou com colaboração dos bombeiros, mas também de várias empresas do concelho que patrocinaram a iniciativa. BARREIRO O Sul e Sueste na Feira Pedagógica Corpo de Bombeiros do Sul e Sueste participou, de 1 a 4 de junho, no Parque da Cidade, na XV Feira Pedagógica do Barreiro. Numa parceria em regime de rotatividade com os Bombeiros do Barreiro (Corpo de Salvação Pública), foi possível manter permanentemente no certame pelo menos um veículo operacional, permitindo assim que as crianças pudessem contactar de perto com os meios utilizados pelos bombeiros nas suas missões de socorro. 30 F JUNHO 2016 CANTANHEDE CELORICO DE BASTO Carrinhos de rolamentos em Grande Prémio Bombeiros “zumbásticos” oi uma tarde em cheio a de último domingo, 22 de maio, para todos os que rumaram a Sepins para assistir a mais uma edição do Grande Prémio Ecológico de Carrinhos de Rolamentos, organizado pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede Velocidade, algumas quedas, mas, sobretudo, muita animação e boa disposição marcaram a prova que contou com 23 participantes, distribuídos pelas categorias de Ferro, Madeira/Ferro, Alterados, Juniores e Senhoras. Na categoria de Juniores sagrou-se vencedora Nádia Almeida, da equipa Limpa Valetas, já na categoria de Senhoras o primeiro lugar do pódio foi ocupado por Dora Mendes, dos Bombeiros de Cantanhede. Luís Ferreira, Bruno Ventura, Basílio Ferreira, todos da equipa Limpa Valetas conquistaram o primeiro prémio, respetivamente em “Madeira-Ferro”, “Ferro” e “Alterados”. Foram ainda entregues pré- mios ao mais novo participante, Cristiano Laranjeiro, (Limpa Valetas), ao mais velho corredor, Georgina Alves, (ADRT de Tondela) e ao proprietário do bólide mais original, Teotónio Ferreira, (Sepins). O s Bombeiros Voluntários Celoricenses organizaram uma Mega Aula de Zumba Solidária em quartel, com a verba a reverter para a instituição. Dezenas de pessoas aderiram à iniciativa e até os bombeiros “zumbaram”. “É formidável a envolvência dos bombeiros para promover iniciativas a favor de uma instituição. Bem-haja todos os que despenderam um pouco do seu tempo em favor desta instituição”, sublinhou Fernando Freitas, presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Celoricenses. A iniciativa insere-se num conjunto de ações culturais, promovidas pelos bombeiros e direcionadas à comunidade, com o objetivo de aproximar a instituição e os voluntários da população. “É muito importante que as pessoas conheçam o nosso quartel, os nossos Homens, a nossa missão, que saibam que estamos aqui para os socorrer sempre que necessário, que não tememos as adversidades. Mas, também é fundamental sentir o carinho da população. Ver esta gente toda a participar numa atividade promovida pelos bombeiros deixa-nos imensamente gratos”, palavras do comandante dos Celoricenses, António Marinho Gomes. Esta ação contou com a colaboração das Instrutoras de zumba Sandra Novais, Andreia Oliveira e Carmen Carvalho e com o apoio de comerciantes locais. A verba angariada será aplicada na aquisição de equipamento para os bombeiros. CANTANHEDE em junho de 1996 F Sucesso para concerto solidário oi um sucesso a terceira edição do Concerto Solidário dos alunos da Academia de Música de Cantanhede, a favor dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede. A plateia do salão do quartel encheu na totalidade para o espetáculo que este ano contou não apenas com a Orquestra de Sopros, mas também com a de instrumentos de arco, batizada de Pizzicatos. Mais uma vez, estes jovens músicos quiseram, através da sua música, sensibilizar para aquela que consideram ser uma causa de todos, os bombeiros. Neste sentido, o lucro das bilheteiras reverteu, na totalidade, para os Voluntários de Canta- nhede, com o objetivo de colmatar o desgaste de material que a corporação regista ao longo de todo o ano, sobretudo na época de incêndios que se avizinha. BATALHA Passeio de motorizadas antigas O s Bombeiros Voluntários da Batalha promoveram mais um passeio de motorizadas antigas organizado pelos. Esta terceira edição do evento que integrou as atividades da FIABA 2016, contou com a participação de cerca de 270 amantes de motorizadas clássicas que realizaram um per- curso de cerca de 60 Km com Inicio e fim na Batalha com passagem em Corte, Caldelas onde foi servido um pequeno lanche e de regresso por Arrabal. O encontro terminou com um almoço de confraternização no quartel Voluntários da Batalha. 31 JUNHO 2016 CORPOS DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS Perspetivar um novo modelo de socorro “Um homem de luvas brancas, com machado de prata às ordens e a cabeça adornada com um elmo de ouro, não é um homem. É um semi-deus.” João de Araújo Correia, escritor, 1957 “Os bombeiros são a grande arma do Governo e das populações na área da protecção civil.” Jorge Gomes, SEAI, 2015 E m Portugal, constituem a base do socorro às populações os Corpos de Bombeiros, criados e mantidos, sob uma matriz associativa que, todavia, não esgotam a sua missão e a sua dimensão social na participação no sistema de protecção civil, enquanto seus principais agentes, sendo os responsáveis pelo cumprimento de cerca de 90% das suas missões. E não há dúvidas que este modelo foi iniciado no final do séc. XIX com a criação da primeira Companhia de Bombeiros Voluntários de Lisboa e, que em 1880, se integrou na primeira associação humanitária, a AHBV de Lisboa. Este foi também o modelo que veio a ser replicado pelo país, já que a maioria dos municípios portugueses, nomeadamente os de pequena ou média dimensão populacional, sem recursos financeiros, foram incapazes de criar uma estrutura de socorro profissional e, em face dessa sua limitação orçamental, incentivaram a criação de Corpos de Bombeiros, de matriz voluntária detidos e mantidos quer jurídica quer financeiramente por uma associação de direito privado. Neste contexto político, económico e social do séc. XIX, o Município do Peso da Régua, então “com 2.497 habitantes e 750 fogos”, no âmbito das suas responsabilidades de proteção civil, então designado por “serviço de extinção de incêndios”, adquiriu material de combate a incêndios, duas bombas, que eram “postas à disposição do povo”, por não ter organizado uma companhia para usar tal material. Lembra o historiador José Afonso de Oliveira Soares a câ- mara municipal “em vista disso, sugeriu aos habitantes a ideia da organização de um corpo de bombeiros voluntários, ao qual se entregasse o material.”. E a sociedade civil reguense respondeu ao apelo da autarquia que, de imediato, constituiu um Corpo de Bombeiros Voluntário “que se dividia em duas esquadras comandados pelos respectivos chefes, com um médico, farmacêutico e capelão, todos debaixo da superintendência de um comandante”. Assim, em 28 de Novembro de 1880 nascia no país uma das primeiras associações, a AHBV do Peso da Régua. Quando há 136 anos, o meu antecessor José Braz Fernandes, iniciou funções directivas, com empenho e determinação pessoal num projeto pioneiro de manter um Corpo de Bombeiros Voluntários - então designada por Companhia de Incêndios desconhecia as dificuldades de organizar, financiar e manter operacional esta nova estrutura de socorro “os habitantes por ocasião dos incêndios ou suas consequências”. Este é o exemplo de uma sociedade civil, numa tarefa empreendedora e pioneira que, além do mais, se traduz num exercício de cidadania e de solidariedade social, veio a substituir-se numa competência e responsabilidade do Estado e do Município, como o principal agente de proteção civil e que, há mais de um século, resistindo às crises e às dificuldades económicas, bem como as todas mudanças políticas e sociais, continua ativamente a prestar missões socorro. Assente no voluntariado associativo, o Corpo de Bombeiros do Peso da Régua tem actual- mente uma dotação em recursos humanos de tipologia Tipo3 – cf. art 10, nº2 do Dec.- Lei nº247/207, de 25/6 – que prevê um máximo de 90 elementos no Quando Activo e de 2 elementos no Quadro de Comando, sendo que 14 destes elementos mantém um vínculo laboral à Associação, pelo que são autênticos bombeiros profissionais e, assim respondem sempre que são necessários noutras missões, apesar de estarem ao serviço afectos ao transporte de doentes programados e de emergência pré-hospitalar. E, nos últimos anos do nosso século, a grande inovação, para além do investimento em recursos materiais e na requalificação do Quartel, construído nos 30 do séc. XX, desenhado pelo famoso Arq. Oliveira Ferreira, natural de V. Nova de Gaia, foi a integração de uma Equipa Intervenção Permanente de Intervenção, constituída por cinco elementos, que pode ser entendida como a introdução de uma unidade mínima de profissionalização. Sendo esta a realidade do Corpo de Bombeiros do Peso da Régua que, em grande medida, se aproxima da maioria dos outros 416 CBs existentes, a nossa experiência de dirigente reconhece ainda fragilidades quer na componente associativa quer na componente operacional, que limitam a eficácia e prontidão da operacionalidade da missão de proteção de socorro. Por isso, temos a consciência que é tempo de repensar e de continuar a mudar o paradigma da constituição e de formação dos Corpos de Bombeiros de natureza associativa. E, temos de afirmar, que a RESCALDOS Reinava a confusão Naquela tarde de Agosto Por causa da regionalização E também dum fogo posto. Rapazes vamos depressa Anda o fogo no lameiro Condutor toca a dar mecha Directos a Vascoveiro. Agarrada à escada A bombeira vai segura Percorrendo a estrada Em cima da viatura. O vendaval era grande Fogo em mato rasteiro De noite não há quem ande O fogo chegou ao Pereiro. É só barrocos Manel Que andam aí a fazer Regressem já ao Quartel Vamos lá toca a mexer. Quase em flagrante Foi apanhado o imundo Falem com o Comandante Explicou o Segundo. Não devem fazer queimadas Nesta época de Verão Senão ficam danificadas As belezas da povoação. Carlos Pereira resposta não se pode ir buscar ao voluntariado que está em crise, por diversas razões, e há muito tempo deixou de ter disponibilidade e de satisfazer todas solicitações locais e de responder aos novos riscos da sociedade, sejam ele naturais ou tecnológicos. Contudo, evidencia a história que a protecção civil, nomeadamente a nível municipal, sempre esteve com o voluntariado, tendo em conta de aquela, cada vez mais, se assumir com realidade intersectorial que abrange a acção social, a saúde, a educação, o ambiente e ordenamento do território. Sendo insubstituível o voluntariado de natureza associativa, impõe-se uma mudança no paradigma e na dinâmica do servi- ço de socorro a nível municipal, justificado também pela alteração do conceito de segurança que hoje combina ordem pública e protecção civil. Este novo conceito, nascido das necessidades e exigências de uma sociedade cada vez mais securitária, implica uma maior atenção e intervenção do Estado na Proteção Civil e, por extensão, uma maior acção do Estado nos Corpos de bombeiros. Uma acção maior, ao nível de uma alteração do que tem sido o quadro tradicional dos poderes do Estado neste sector, ao nível do voluntariado vs. profissionalismo e ao nível do financiamento. Cabe referir, como nota de enquadramento e explicativa, que de todos os agentes de Protec- ção Civil, os bombeiros são o único de natureza privada e o único não profissional, e logo aquele com mais responsabilidades operacionais nas suas missões e que mais recursos, humanos e materiais, empenha nas missões. Esta realidade singular deve, por si só, implicar que o Estado e os Municípios, se decidam por uma opção clara sobre o modelo de gestão, institucional e operacional, mais adequado para os Corpos de Bombeiros, enquanto principal agente de protecção civil. Continua… Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia José Alfredo Almeida Presidente da Direcção da AHBVPR ANIVERSÁRIOS 2 de julho Bombeiros Voluntários de Alhandra . . . . . . 116 Bombeiros Voluntários de Carcavelos – S. Domingos Rana . . . . . . 105 Bombeiros Voluntários de Riba de Ave . . . . . 66 Bombeiros Voluntários de Vila de Aves . . . . . 39 4 de julho Bombeiros Voluntários de Gouveia . . . . . . 112 5 de julho Bombeiros Voluntários de Linda-a-Pastora . . . . . . . . . . . . . . . . . 125 Bombeiros Voluntários de Caneças . . . . . . . 39 6 de julho Bombeiros Voluntários de Penafiel . . . . . . . 135 Bombeiros Voluntários de São Pedro do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . 131 7 de julho Bombeiros Voluntários de Sobral de Monte Agraço . . . . . . . . . . . . 103 8 de julho Bombeiros Voluntários de Benavente . . . . . 131 Bombeiros Voluntários de Alcoentre . . . . . . 80 9 de julho Bombeiros Voluntários de Alijó . . . . . . . . . . 84 12 de julho Bombeiros Voluntários de Matosinhos Leça da Palmeira . . . . . . . . 143 Bombeiros Voluntários de Freamunde . . . . . 85 13 de julho Bombeiros Voluntários de Estarreja . . . . . . . 92 Bombeiros Voluntários de Fajões . . . . . . . . . 34 15 de julho Bombeiros Voluntários de Santo Tirso . . . . 138 Bombeiros Voluntários de Belas . . . . . . . . . 91 18 de julho Bombeiros Voluntários de Cercal do Alentejo . . . . . . . . . . . . . . . . 41 Bombeiros Voluntários de Serpa . . . . . . . . . 37 19 de julho Bombeiros Voluntários de Vouzela . . . . . . . 131 Bombeiros Voluntários de Lamego . . . . . . . 139 Bombeiros Voluntários de Meda . . . . . . . . . 86 Bombeiros Voluntários da Golegã . . . . . . . . 73 Bombeiros Voluntários de Águas de Moura . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 22 de julho Bombeiros Voluntários de Madalena . . . . . . 36 Bombeiros Voluntários de Serpins . . . . . . . . 23 23 de julho Bombeiros Voluntários Sul e Sueste, Barreiro . . . . . . . . . . . . . . . 122 24 de julho Bombeiros Municipais de Viseu . . . . . . . . . 189 Bombeiros Voluntários de Lagos . . . . . . . . 130 Bombeiros Voluntários de Santa Marta de Penaguião . . . . . . . . . . . 35 25 de julho Bombeiros Privativos Nestlé . . . . . . . . . . . . 31 26 de julho Bombeiros Voluntários de Bucelas . . . . . . . 125 Bombeiros Voluntários da Mealhada . . . . . . 89 29 de julho Bombeiros Voluntários de Mougadouro . . . . 84 Bombeiros Voluntários da Ilha do Corvo . . . . 29 30 de julho Bombeiros Voluntários de Mangualde . . . . . 87 Bombeiros Voluntários de Brasfemes . . . . . . 77 31 de julho Bombeiros Municipais de Santarém . . . . . . 186 Fonte: Base de Dados LBP 32 JUNHO 2016 INSPEÇÃO A AMBULÂNCIAS N o processo de verificação técnica de ambulâncias, relativamente ao banco do paciente e acompanhante, o INEM acolheu a proposta da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) no sentido de fazer prevalecer o bom senso no procedimento em causa. Assim, em circular divulgada junto das associações, corpos de bombeiros e federações, o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, dá conhecimento da informação recebida do INEM. Nos termos do Regulamento de Transporte de Doentes (RTD), publicado pela portaria n.º 260/2014 de 15-12, segundo a nota do INEM, “as ambulâncias devem cumprir com a norma europeia EN 1789, que determina, entre outros aspetos, as características da célula sanitária e dos bancos dos doentes e acompanhantes”. Durante as verificações técnicas, adianta o INEM, constatou-se que uma grande percen- tagem dos veículos não cumpria com o previsto requisito 4.5.3 relativo às dimensões dos bancos. Considerando que se trata de matéria alheia às entidades diretamente visadas (corpos de bombeiros, cruz vermelha portuguesa e outras entidades privadas) que fazem fé na homologação das entidades competentes, e que o procedimento de alteração/correção implica a paragem forçada do veículo, com consequências ao nível operacional, o Conselho Diretivo (CD) do INEM informou a LBP da decisão de “criar um regime excecional no âmbito da atividade de fiscalização de veículos de transporte de doentes (vistorias), com o intuito de superar as dificuldades advindas do facto de existirem veículos que não cumprem os requisitos da EN1789, por motivos alheios aos proprietários das viaturas”. O INEM decidiu também que, “transitoriamente, no que concerne às dimensões dos bancos nas células sanitárias das ambulâncias, e nos casos em que tal requisito não se verifique de facto, nos veículos matriculados até 30. 06. 2016, serão relevadas as referidas irregularidades.» Face ao exposto, a LBP chama a atenção para o facto dos veículos matriculados após 30/ 06/ 2016, terem, obrigatoriamente, de cumprir o requisito 4.5.3 da EN1789, relativamente às dimensões dos bancos. Assim, as AHB/ CB deverão exigir às empresas que procedam à transformação dos veículos, o cumprimento da Norma. Foto: Marques Valentim INEM corresponde a reivindicação da LBP TÚNEL DO MARÃO Ministra anuncia equipamentos em julho LOUVOR/REPREENSÃO Aos Municípios e populações que através do Orçamento Participativo chamaram a si a satisfação de muitas necessidades dos Bombeiros que caberia a outros satisfazer. À ANPC por mais uma vez não ter considerado as propostas da LBP na Circular Financeira que acompanhada a DON referente ao combate aos incêndios florestais. O s equipamentos de proteção individual para os bombeiros intervirem no Túnel do Marão serão entregues até final de julho segundo informou a ministra da Administração Interna. Constança Urbano de Sousa, informou ainda que os equipamentos serão entregues pela empresa “Infraestruturas de Portugal” às associações de bombeiros da Cruz Branca e Cruz Verde de Vila Real, de Amarante e de Vila Meã. O túnel entrou em funcionamento em 8 de maio e então simbolicamente procedeu-se à entrega de equipamentos que, na prática, só no prazo agora apontado pela ministra irão finalmente ser disponibilizados, na sequência da formação específica que também foi garantida aos bombeiros em Espanha. A ministra encontrava-se em Sanfins do Douro, onde presidiu à cerimónia comemorativa dos 125 anos dos bombeiros locais. A Crónica do bombeiro Manel H Querem tramar os comandantes á coisas que se passam às vezes à nossa volta que não dá para perceber. A ideia dos bombeiros é a de tentarem ser cada vez melhores, ter mais meios, estar mais bem preparados e aproveitar todos os que sabem mais para, onde estiverem, darem o seu melhor para bem de todos. Quantos mais e quanto melhor formos, no fund,o toda a gente beneficia e ganha com isso. À volta disto surge uma história que não dá para entender por que parece pretender ser o contrário. Há alguns comandantes de bombeiros que são ao mesmo tempo técnicos do INEM e estou certo que são bons e procuram ser cada vez melhores em ambas as funções. Ora alguns deles começaram agora a ser informados pelo INEM que só podem ser uma coisa. Parece que há uma qualquer lei que até dirá isso. As leis existem entre outras coisas para se- rem úteis e ajudarem a desenvolver uma sociedade melhor. Ora se no caso a lei não deixa que um técnico do INEM seja comandante de bombeiros e vice-versa alguma coisa temos que fazer. Nem o INEM quererá perder um bom técnico nem com certeza os bombeiros hão de querer perder um bom comandante. Ora importa resolver isto. Amigos entendam-se sobre isso, muda-se a lei, faz-se qualquer coisa mas não pode- mos é deixar fugir gente nossa que não chegou por acaso até ali, que estudaram, deram e continuam a dar o seu melhor. Não nos podemos dar ao luxo de ver dispensar essa gente, de vê-la ser maltratada, por que são dos nossos, por certo estão entre os melhores de nós e na missão do socorro todos fazem sempre falta. [email protected] FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 21 825 88 21 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal