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FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE BRASÍLIA
JOAQUIM RENATO POMPEU DA SILVA
DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO:
ANÁLISE DOS TEXTOS E LÉXICOS BÍBLICOS E SUA INFLUÊNCIA
PARA O ENTENDIMENTO DO TEMA
Brasília
2012
ii
FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE BRASÍLIA
JOAQUIM RENATO POMPEU DA SILVA
DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO:
ANÁLISE DOS TEXTOS E LÉXICOS BÍBLICOS E SUA INFLUÊNCIA
PARA O ENTENDIMENTO DO TEMA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade Batista de Brasília como requisito
parcial para obtenção do grau de Bacharel em
Teologia.
Orientador: Prof. Msc. Afranio Gonçalves Castro.
Brasília
2012
iii
FACULDADE TEOLÓGICA BATISTA DE BRASÍLIA
JOAQUIM RENATO POMPEU DA SILVA
DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO:
ANÁLISE DOS TEXTOS E LÉXICOS BÍBLICOS E SUA INFLUÊNCIA
PARA O ENTENDIMENTO DO TEMA
Brasília DF, 04 de julho de 2012.
____________________________________________
Prof. Msc. Afranio Gonçalves Castro - Presidente.
Faculdade Teológica Batista de Brasília
____________________________________________
Prof Msc. Antônio de Jesus Silveira Leite - Membro
Faculdade Teológica Batista de Brasília
iv
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho ao Deus Triúno:
Deus Pai – Deus Supremo e único
Senhor; Deus Filho – Jesus Filho do Deus
Supremo, Criador de todas as coisas,
Salvador da humanidade; Deus Espírito
Santo – Presença ativa de Deus no
mundo.
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela vida, pois através da sua bendita e maravilhosa graça,
tirou-me do império das trevas e trouxe-me para o império do filho do seu amor. A
Ele honras e glórias.
Agradeço à minha querida e amada genitora que me gerou, deu-me do seu
amor e acompanhou-me com suas preciosas orações e ao meu genitor (in
memoriam) que também me deu a vida e pelos seus exemplos que me
acompanham até hoje.
Agradeço ao meu genitor espiritual, Pr. Marcílio Gomes Teixeira, pelo seu
amor e carinho com que me acolheu na Primeira Igreja Batista de Curitiba. Deus o
usou para me trazer aos pés de Jesus e também foi quem me ensinou os primeiros
passos da vida cristã.
Agradeço a todos os que apoiaram, durante o curso da minha vida cristã e
profissional: parentes, amigos, irmão na fé, pastores.
Agradeço a todos os professores da Faculdade Teológica Batista de Brasília
que sempre me apoiaram e incentivaram, ao longo do curso. Em especial ao
professor Mcs. Antônio de Jesus Silveira Leite que apoiou e corrigiu o meu préprojeto.
Agradeço ao meu orientador, professor Mcs. Afrânio Gonçalves Castro, pelo
apoio, pelas orientações precisas e correções realizadas, que proporcionaram a
finalização deste trabalho.
Por fim, agradeço à minha amada família, Débora minha esposa, Caroline
minha filha e Gustavo meu filho pelo apoio e pela paciência que tiveram, durante
todos esses anos de curso.
vi
EPIGRAFE
“Nem toda verdade deve ser dita, mas
tudo o que for dito deve ser verdadeiro”.
(Rev. Dr. Elias Abrahão – in memoriam –
Igreja Presbiteriana de Curitiba)
vii
RESUMO
Este trabalho tem por finalidade fazer uma abordagem bíblica a respeito do
casamento, divórcio e novo casamento. Para isso, abarca os ensinamentos
pertinentes das Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos. A questão do repúdio
ficou sem orientação desde a queda de Adão até a Lei de Moisés, quando, então,
Deus regulamentou sobre o assunto, limitando e disciplinando o repúdio, através da
carta de divórcio. No Antigo Testamento a condenação recaía mais sobre o repúdio,
que era a não liberação da mulher para casar de novo. Já nos Evangelhos foi dada
esta mesma ênfase, mas invocando a igualdade de direitos entre homem e mulher.
Neste artigo, pesquisamos as palavras hebraicas “repudiar” (“repúdio”), “termo de
divórcio” (“divórcio”) e “carta de divórcio (“divórcio”) nos livros do Antigo Testamento
e as palavras gregas equivalentes no Novo Testamento. Nosso campo de pesquisa
envolveu três léxicos hebraicos e oito léxicos gregos do Novo Testamento e foram
esclarecidas as dúvidas sobre este assunto.
Palavras-chave: divórcio; repúdio; novo casamento; biblismo; igreja.
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho visa analisar os ensinos bíblicos sobre este assunto no Antigo e
Novo Testamentos. Para isso, iniciaremos na Lei de Moisés, passaremos pelo
período profético, incluindo o contexto histórico do povo judeu. Analisaremos as
Escrituras neotestamentárias nos Evangelhos e abordaremos as traduções e
interpretações das palavras hebraicas “repudiar” (“repúdio”), “termo de divórcio”
(“divórcio”) e “carta de divórcio (“divórcio”) nos livros do Antigo Testamento e as
palavras gregas equivalentes no Novo Testamento. Para isso pesquisaremos léxicos
hebraicos e léxicos gregos do Novo Testamento e esclareceremos as dúvidas sobre
este assunto. Finalmente, faremos uma pequena abordagem sobre este tema no
período histórico da igreja.
O ideal de Deus na Bíblia sempre foi a indissolubilidade do matrimônio, isso
no Antigo Testamento, nos tempos de Jesus, no Novo Testamento e continua na
igreja cristã da atualidade. Mas o divórcio sempre existiu. Isso é uma realidade que
está presente na igreja, bem como fora dela.
Sabemos que esta matéria gera muita discussão e não temos a pretensão de
esgotar o assunto, mas somente somar para o Reino, através desta contribuição.
Procuraremos mostrar os paradigmas, encarando estes temas sem preconceito,
para adquirirmos um entendimento bíblico a respeito do casamento e assim, levá-lo
a uma reflexão equilibrada e inclusiva em relação à pessoa divorciada, à luz da
graça de Deus.
O fracasso de uma relação conjugal, bem como a discriminação das pessoas,
nunca foram planos originários de Deus, portanto devemos conhecer a vontade
revelada do Criador, relativamente a estas proposições, para adotarmos uma
postura bíblica assertiva na atualidade.
9
1 CASAMENTO E DIVÓRCIO NO ANTIGO TESTAMENTO
Para entendermos a questão do casamento e divórcio no Novo Testamento,
precisamos conhecer o histórico desse assunto no Antigo Testamento. Devemos
estudar esse tema à luz de suas origens, pois é necessário conhecer as conjunturas
social, política e religiosa na qual essa questão estava inserida. Quando Jesus se
refere a esta matéria nos Evangelhos, Ele se refere à Lei oficial de Israel, dada por
Deus a Moisés, cerca de quatorze séculos atrás.
No Israel antigo, a família tinha sua origem no casamento entre um homem e
uma mulher e era a base vital da sociedade, a pedra fundamental de todo edifício.
Nos primeiros tempos ela formava até mesmo uma entidade separada sob o ponto
de vista da lei. A família não era apenas uma entidade social, mas também uma
comunidade religiosa.
As pessoas se casavam cedo em Israel. Geralmente o homem se casava aos
dezoito anos de idade e meninas eram casadas no momento em que estivessem
fisicamente aptas para isso, o que segundo a Lei, era aos doze anos e meio.
(DANIEL-ROPS, 2009 p. 137)
A mulher devia total fidelidade ao marido, mas não podia exigir o mesmo dele.
O marido não tinha o direito de vendê-la, mas não havia dificuldade em repudiá-la.
Sua posição na sociedade era inferior sob todos os aspectos. Havia um ditado em
Israel que “todo homem deveria agradecer diariamente a Deus por não ter nascido
mulher, nem pagão nem operário.” (DANIEL-ROPS, 2009 p. 146-157)
1.1 O REPÚDIO E O DIVÓRCIO NA LEI MOSAICA
Na Torá, em Deuteronômio, Deus institui, através de Moisés o termo de
divórcio, para evitar que se perpetuem as injustiças contra a mulher que se mostrava
fragilizada e indefesa no relacionamento conjugal.
“Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for
agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe
lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa; e se ela, saindo
da sua casa, for e se casar com outro homem;” (Dt 24.1,2)
10
“Achado coisa indecente nela”. O repúdio e, consequentemente, a carta de
divórcio podia ser por qualquer motivo, inclusive fútil, como a mulher ter feito uma
comida ruim ou, simplesmente, que outra mulher agradasse mais o marido.
A formalidade do repúdio era simples: o marido fazia uma declaração
contrária à que tinha estabelecido o casamento: “Ela já não é minha esposa e eu já
não sou mais seu marido”. (Os 2.2) (VAUX, 2004 p. 57)
1.2 O REPÚDIO E O DIVÓRCIO NOS PROFETAS E EM ESDRAS
Primeiro Jeremias explica a Israel (Reino do Norte) o conceito de repúdio,
divórcio e novo casamento à luz da Lei (Jr 3.1), depois ele fala do repúdio e
divórcio que efetivamente Deus fez com Israel, devido à sua infidelidade espiritual.
“Quando por causa de tudo isto, por ter cometido adultério, eu despedi a pérfida
Israel e lhe dei carta de divórcio. Vi que a falsa Judá, sua irmã, não temeu; mas ela
mesma foi e se deu à prostituição.” (Jr 3.8) Israel foi “divorciada” por estar sendo
deportada pela Assíria (722 a.C.), um exílio do qual ela jamais retornou. (GENEBRA,
2007 p. 864)
Em Isaías, quando Judá (Reino do Sul) foi para o Exílio Babilônico, o Senhor
demonstra toda sua coerência a respeito de ter repudiado Judá, mas contudo não
expediu a carta de divórcio. Se isso tivesse acontecido, Judá jamais teria
retornado. (GENEBRA, 2007 p. 843) “Assim diz o Senhor: Onde está a carta de
divórcio de vossa mãe, pela qual eu a repudiei? Ou quem é o meu credor, a quem
eu vos tenha vendido? Eis que por causa das vossas iniquidades é que fostes
vendidos, e por causa das vossas transgressões vossa mãe foi repudiada.” (Is 50.1)
Logo que o povo judeu voltou do exílio babilônico, por volta de 538 a.C., o
sacerdote Esdras promoveu uma rejeição coletiva (repúdio coletivo) das muitas
mulheres estrangeiras que se casaram com os judeus que estavam na palestina e
segundo a Lei (repúdio mais a carta de divórcio) Ed (10.1-3).
Malaquias ensina que o casamento faz dos cônjuges um só ser, e que o
marido deve sustentar o juramento feito à sua companheira através do casamento,
pois escreve:
“Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que
cobre de violência as suas vestes, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, cuidai de
vós mesmos e não sejais infiéis.” (Ml 2.14-16)
11
As palavras hebraicas nos livros do Antigo Testamento para “repúdio”,
“repudiar”, “termo de divórcio” e “carta de divórcio”, de acordo com o texto
original hebraico da BÍBLIA HEBRAICA STUTTGARTENSIA (BHS), traduzidas em
português por João Ferreira de Almeida, versão REVISTA E ATUALIZADA, são:
xL;v; (shallach) – Repúdio (Ml 2.16) – “Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que
odeia o repúdio...” (odeia o “shallach”)
xL;v;y> (y shallach) – Repudiar (Jr 3.1) – “Se um homem repudiar sua mulher…”
e
(Se um homem “yeshallach” sua mulher...)
ttuyrIK. rp,sE (sefer k rithuth) – Termo de divórcio (Dt 24.1) – “... e se ele lhe
e
lavrar um termo de divórcio, e lhe der na mão, e a despedir de casa;” (... e se ele
lhe lavrar um “sefer kerithuth”, e lhe der na mão, e a despedir de casa;)
h::"yt,tuyrIIK. rp,,s-E taE (ʼeth-sefer k rithutheyah) – Carta de divórcio (Jr 3.8) – “...
e
eu despedi a pérfida Israel e lhe dei carta de divórcio,...” (... eu despedi a pérfida
Israel e lhe dei “ʼeth-sefer kerithutheyah”,...)
Fonte: BibleWorks 7 e 8
Devemos fazer distinção entre as palavras “repudiar” e “divorciar”, pois são
diferentes e possuem significados distintos. No contexto do Antigo Testamento,
existiam mulheres repudiadas (mandadas embora) e que não recebiam a carta de
divórcio, portanto, pela Lei, elas não eram consideradas divorciadas, ou seja, não
eram legalmente separadas dos seus maridos. Como exemplo podemos citar:
Em 1Cr 8.8 Saarim repudiou (“shallach”) suas duas mulheres Husim e Baara, mas
o texto não fala sobre ele ter dado a elas as cartas de divórcio, como previa a Lei em
Dt 24.1. No entanto, em Jr 3.8 fala que o próprio Deus dá o exemplo de separação
plena, pois despediu (repudiou) (“shallach”) a pérfida Israel e lhe deu a carta de
divórcio (et-sefer kerithutheyah). A falta de entendimento destes conceitos pode
gerar muita confusão de interpretação das Escrituras a respeito desta matéria.
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2 CASAMENTO, DIVÓRCIO E NOVO CASAMENTO NO NOVO TESTAMENTO
No contexto do Novo Testamento, à época de Jesus, a situação da mulher
dentro do casamento continuava praticamente a mesma do Antigo Testamento; sua
condição era de serva diante do marido. Mas os direitos do esposo iam ainda mais
longe. Ele podia requisitar o que ela encontrasse, assim como a renda de seu
trabalho manual, e tinha o direito de anular os votos. A mulher era obrigada a
obedecer ao marido como o seu senhor – ele era chamado por ela de “rab”, que em
hebraico significa chefe; capitão – e essa obediência se revestia de dever religioso.
O divórcio achava-se exclusivamente do lado do homem. Havia uma corrente
exegética defendida pelos hilelitas1 que davam ao marido o direito sumário de
afastar de casa a mulher (repudiar) e entendiam o texto de Dt 24.1 da seguinte
forma:
a. Se a mulher praticasse uma indecência (“‘erwat”) em hebraico;
b. Se a mulher praticasse qualquer coisa (“dabar”), em hebraico, que
desagradasse ao marido. (JEREMIAS, 1986 p. 485-487)
Mesmo assim, muitos homens ainda continuavam a cometer injustiças:
mandavam embora (repudiavam) sua primeira esposa, casavam segunda vez e não
davam a carta de divórcio àquela. Dessa forma, faziam-na de sua propriedade,
como escrava ou deixavam-na em isolamento total. Era um tempo cruel para as
mulheres repudiadas e também uma tradição comum à época, mas totalmente
contrária a Lei judaica (a Torá). (CALLISON, 2003 p. 95)
O judeu Flávio Josefo, nascido em Jerusalém em 37 d.C., escritor do
século I, relatou sobre a lei do divórcio de Dt 24.1-4 (apud CALLISON, 2003 p. 94):
“Aquele que deseja divorciar-se de sua esposa, por qualquer motivo
(muito comum entre os homens), deve registrar por escrito que nunca
voltará a casar com aquela mulher. Portanto, ela terá a liberdade de
casar com outro homem. Entretanto, enquanto essa carta de divórcio
não lhe for dada, não poderá fazê-lo”.
__________________
1
Refere-se aos fundadores de duas escolas rabínicas de Jerusalém, datadas entre a segunda
metade do primeiro séc. a.C. e início do séc. I d.C., que adotavam posicionamentos distintos para o
estudo da Lei, Hillel e Shammai. Carta de divórcio (Dt 24.1-4): Os shamaítas entendiam que o repúdio
somente deveria acontecer se houvesse adultério da mulher. Já os hilelitas entendiam diferente, que
o repúdio da mulher poderia ocorrer por qualquer motivo. (CAVALCANTI, 2005 p. 145)
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2.1 POSICIONAMENTO DE JESUS NOS EVANGELHOS
Para entendermos de maneira eficaz os ensinos de Jesus nos Evangelhos,
muitas vezes, devemos contextualizá-los com o conhecimento do Antigo
Testamento, bem como na língua hebraica original em que ele foi escrito, pois Jesus
era judeu e estava inserido nesse meio, quando do seu ministério.
Analisaremos os vocábulos “repúdio” e “divórcio” utilizados em hebraico e
que possuem seus correspondentes no grego do Novo Testamento. Estas palavras
gregas foram também utilizadas por Jesus nos Evangelhos. Os significados destes
termos estão de acordo com o texto original hebraico da BÍBLIA HEBRAICA
STUTTGARTENSIA (BHS), traduzidos em português por João Ferreira de Almeida,
versão REVISTA E ATUALIZADA, são:
xL;v; (shallach)
- Repudiar ------
avpolu,w (apolúo)
- Repudiar
(repúdio)
ttuyrIK. (k rithuth)
e
(repúdio)
- Divórcio ------
avposta,sion (apostásion) - Divórcio
Fonte: BibleWorks 7 e 8
Para comprovarmos isso, fizemos uma pesquisa em três léxicos hebraicos
atuais e dois deles traduzem a forma do verbo “shallach”, somente, como sinônimos
do verbo “repudiar” e o terceiro admite a possibilidade desta tradução:
TABELA DE LÉXICOS HEBRAICOS
FORMA DO VERBO HEBRAICO
Léxico
1
2
3
Holladay Hebrew
Lexicon (1997)
TWOT Hebrew
Lexicon (1980)
BDB Hebrew
Lexicon (full)
(1895 – El. 2001)
xL;v; (shallach) TEMPO INF. “PIEL”
Versículos do Antigo
Testamento
sugeridos pelo léxico
Dt 21.14
nihil
Dt 22.19; 22.29; 24.1;
24.3;
Jr 3.1; Ml 2.16
Verbo hebraico
traduzido para o Inglês
(no sentido de divórcio)
send away;
dismiss (a wife)
send away
Tradução
para o
Português
repudiar
send away;
dismiss of wife (= divorce)
repudiar;
divorciar
repudiar
Ref. BibleWorks 7 e 8
Fizemos outra pesquisa nos mesmos léxicos hebraicos e os três traduzem a
palavra “kerithuth” como a palavra “divórcio” ou como a sinônima “dissolução”,
expressando, portanto, a ideia de um documento de consumação do casamento:
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TABELA DE LÉXICOS HEBRAICOS
FORMA DA PALAVRA HEBRAICA
Léxico
1
2
3
Holladay Hebrew
Lexicon (1997)
TWOT Hebrew
Lexicon (1980)
BDB Hebrew
Lexicon (full)
(1895 – El. 2001)
Versículos do Antigo
Testamento
sugeridos pelo léxico
Dt 24.1; Is 50.1;
Jr 3.8
nihil
ttuyrIK. (k rithuth)
e
Palavra hebraica
traduzida para o Inglês
(no sentido de divórcio)
divorce;
dismissal
dismissal
Tradução
para o
Português
divórcio;
dissolução
dissolução
divorcement
divórcio
Dt 24.1; 24.3; Is 50.1;
Jr 3.8
Ref. BibleWorks 7 e 8
Pesquisamos também em oito léxicos gregos atuais e apenas três deles
traduzem a forma do verbo “apolúo”, somente, como o verbo “divorciar”:
TABELA DE LÉXICOS GREGOS – FORMAS DO VERBO “avpolu,w” (apolúo)
Léxico
1
2
3
4
5
6
7
8
Friberg Lexicon
(2000)
UBS Dictionary
(1987)
Louw-Nida
Lexicon - (1988)
Liddell-Scott
Lexicon
(1851–Eletr.1998)
Thayer Lexicon
(1879–Eletr.2000)
LEH Lexicon
(1996)
Gingrich Lexicon
(1965)
VGNT Dictionary
(1997)
Versículos sobre
divórcio, sugeridos
pelo léxico
Mt 19.3
Nihil
Mt 5.31
Verbo grego traduzido
para o Inglês
(no sentido de divórcio)
send away;
dismiss
send away
divorce
divorce
Tradução
para o
Português
repudiar
divorce
divorciar
repudiate
repudiar
nihil
nihil
divorce
divorciar
dismiss;
send away
repudiar
Nihil
Mt 5.31
Mt 19.3,7-9
Mc 10.2,4,11-12
Lc 16.18
Na LXX: Nihil
Mc 10.2,4,11
Nihil
repudiar
divorciar
divorciar
Ref. BibleWorks 7 e 8
Pesquisamos ainda nos mesmos léxicos gregos e todos eles, sem exceção,
traduzem a palavra “apostásion” como a expressão “carta de divórcio” ou como
sinônimo da mesma, isso ocorreu até mesmo na versão Septuaginta – LXX
(tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego):
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avposta,sion
TABELA DE LÉXICOS GREGOS – FORMAS DA PALAVRA GREGA
(apostásion)
Versículos sobre
Palavra grega
Léxico
divórcio,
traduzida para o Inglês
sugeridos pelo
(no sentido de
léxico
divórcio)
certificate of divorce;
1 Friberg Lexicon
Mt 5.31;19.7
legal technical term,
(2000)
the act of putting away a
wife divorce
2 UBS Dictionary
nihil
written notice of divorce
(1987)
3 Louw-Nida Lexicon
Mt 5.31
written notice of divorce
(1988)
4 Liddell-Scott Lexicon nihil
writing or bill of divorce
(1851 – Eletr. 1998)
5 Thayer Lexicon
Mt 5.31; 19.7;
divorce;
(1879 – Eletr. 2000)
Mc 10.4
book or bill of divorce
6 LEH Lexicon
Na LXX: Dt 24.1,3;
abandonment;
(1996)
Is 50.1; Jr 3.8
certificate of divorce
7 Gingrich Lexicon
Mt 5.31; 19.7;
divorce
(1965)
Mc 10.4
8 VGNT Dictionary
Mt 5.31
deed of divorce
(1997)
Tradução
para o
Português
carta de
divórcio
notificação
de divórcio
notificação
de divórcio
carta de
divórcio
carta de
divórcio
certificado de
divórcio
divórcio
(carta de)
escritura de
divórcio
Ref. BibleWorks 7 e 8
Procedemos, a partir disso, o cruzamento das informações pesquisadas,
esclarecendo que os dados levantados tiveram foco somente na área de
relacionamento conjugal nos Evangelhos (casamento, divórcio e novo casamento).
Inicialmente, analisamos o verbo hebraico “shallach” que teve sua tradução
plena para o português como “repudiar” (repúdio). O verbo grego “apolúo”, pelo
critério numérico não se sustentou na sua tradução como “divorciar”. Sua
sustentação se deu como “repudiar” (repúdio), concordando inteiramente com a
tradução para o português de João Ferreira de Almeida na versão REVISTA E
ATUALIZADA (1996). Decorrente disso, o verbo hebraico “shallach” (repudiar),
utilizado no Antigo Testamento, possui seu correspondente no grego do Novo
Testamento “apolúo” (repudiar).
Finalmente, analisamos a palavra hebraica “kerithuth” que teve sua tradução
para o português, por unanimidade de sentido, como “divórcio”, expressando ainda
a ideia de um documento. A palavra grega “apostásion” teve sua tradução de forma
absoluta como “divórcio”, expressando também a ideia de um documento.
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Portanto, a palavra hebraica “kerithuth” (divórcio), utilizada no Antigo Testamento,
possui sua correspondente no grego do Novo Testamento como “apostásion”
(divórcio).
Passaremos agora a tratar da exegese de textos bíblicos, relacionados ao
assunto, utilizados por Jesus. No contexto histórico do Novo Testamento, “apolúo”,
no sentido de relacionamento conjugal, significa deixar de lado, mandar embora,
“repudiar” e podemos afirmar que não representa tecnicamente divórcio, ou seja,
não representa o termo técnico para divórcio.
Se um homem repudiasse “apolúo” sua esposa, sem se incomodar de dar-lhe
a carta de divórcio “apostásion”, ninguém iria se opor a ele, dentro daquela cultura
judaica. Muito menos, a pobre mulher repudiada. Mas Jesus contestou e disse: “É
mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei. Quem repudiar
sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher
repudiada pelo marido também comete adultério”. (Lc 16.17,18)
A diferença entre “repudiar” e “divorciar” (no grego “apolúo” e “apostásion”)
é grande. “Apolúo” apontava que a mulher era escrava, repudiada, sem direitos,
sem recursos, roubada nos seus direitos básicos do casamento monogâmico.
“Apostásion” queria dizer que a separação se consumava, podendo haver um novo
casamento legal, posteriormente. O papel fazia toda diferença. A mulher que tinha
sido mandada embora, poderia se casar novamente com outro homem, como a Lei
dizia em Dt 24.2. Essa era a Lei.
Jesus falou ainda:
“Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de
relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a
repudiada comete adultério.” (Mt 5.31,32)
Para entendermos essa passagem, precisamos compreender bem o termo
grego traduzido por “relações sexuais ilícitas”. Este vocábulo citado por Jesus
refere-se a palavra “porneías”, que aponta qualquer relação sexual fora do
casamento, ou seja, em que não há envolvimento de pessoas casadas legalmente.
Este termo não pode ser confundido com “adultério”, pois a palavra grega exclusiva
para isso é “moikeía”. Neste caso específico, Ele se referia a qualquer tipo de
promiscuidade praticada.
17
Logo, o que Jesus estava dizendo é que: “Qualquer que repudiar sua mulher
e não obedecer os preceitos legais do divórcio, não pode ter o reconhecimento
legítimo da dissolução do seu casamento, portanto, expõe (sua mulher) a tornar-se
adúltera, (visto que ela, oficialmente, ainda é casada) e quem casar com a
repudiada comete adultério, pois ela ainda se encontra casada.” Exceto em caso de
“relações sexuais ilícitas” (“porneías”), ou seja, quando houve envolvimento
sexual, sem um casamento formal. Neste caso, se não existiu um casamento
legítimo, não há o que se falar em adultério “moikeía”, pois a união formal não
existiu (esse relacionamento está na ilicitude). Então nestes casos, o repúdio é
naturalmente aceito, sem o cônjuge daquele relacionamento incorrer em adultério,
mesmo não havendo uma separação legal. Esta é a exceção citada por Jesus.
Se verificarmos todas as passagens do Novo Testamento, podemos perceber
que Jesus não se pronunciou a respeito de divórcio (“apostásion”) e novo
casamento e deixou em aberto esta questão. A palavra “apostásion” aparece
somente três vezes nos Evangelhos em Mt 5.31; 19.7 e Mc 10.4 e todas estas
citações de Jesus estão no tempo passado. Após Jesus dizer “Eu, porém, vos
digo...” nunca aparece a palavra divórcio (“apostásion”). Portanto, não houve nova
orientação sobre esta matéria.
Um divórcio (“apostásion”) é consequência de um repúdio (“apolúo”). Jesus
falou sobre o repúdio, mas a respeito do divórcio, intencionalmente, Ele não se
pronunciou.
2.2 BÍBLIA VERSÃO INGLESA KING JAMES – 1611
A Bíblia na versão King James (Rei Jaime ou Tiago) é uma tradução inglesa
da Bíblia, realizada em benefício da Igreja Anglicana, sob ordens do rei Jaime I. A
sua primeira publicação data de 1611 e causou um profundo impacto, não apenas
nas traduções inglesas posteriores, mas na literatura inglesa como um todo. As
obras de autores famosos como John Bunyan, John Milton, Herman Melville,
John Dryden e William Wordsworth estão repletas de aparentes inspirações nesta
tradução da Bíblia.
Pode-se dizer que a Bíblia do rei James trouxe uma ressignificação para a
Bíblia no período; até então livro o qual poucos obtinham acesso para leitura.
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No início, a tradução era manuscrita e de alto custo e a sua confecção não
demorava menos de dois anos por unidade. Até hoje esta versão da Bíblia é
respeitada por muitos cristãos, sendo que até existem grupos que a consideram a
melhor tradução da Bíblia, já feita até hoje.
2.3 VERSÃO KING JAMES – 1611 E A DISTORÇÃO NA TRADUÇÃO DAS
PALAVRAS REPÚDIO E DIVÓRCIO
Nessa versão da Bíblia King James mais antiga que foi traduzida em 1611
d.C., das quatorze citações de Jesus para a palavra grega “apolúo” (repúdio), uma
delas em Mt 5.32, foi traduzida “distorcidamente” por “apostásion” (divórcio), ou
seja, a tradução do texto bíblico ficou, completamente, com seu sentido alterado:
apresentou a palavra “divorciada”, em lugar de “repudiada”.
A tradução desvirtuada do vocábulo grego “apolúo” gerou grande confusão
de interpretação no vernáculo, devido à troca das palavras “repudiar” por ”divorciar”.
“Quem repudiar sua mulher...” por “Quem se divorciar da sua mulher...” A distorção
ficou estabelecida, pois foi escrito: “e aquele que casar com a divorciada comete
adultério”.
A palavra grega para este versículo não é “apostásion”, mas uma forma do
verbo “apolúo”, situação, essa, que não inclui carta de divórcio para a mulher.
Nesse caso, a mulher tecnicamente ainda estava casada. Depois disso, bastante do
foi impresso sofreu influência dessa tradução errônea da versão King James e
muitos léxicos americanos foram afetados por isso, como foi amplamente
demonstrado, anteriormente, nas nossas pesquisas destas palavras.
Todos os textos que tratam sobre divórcio, citados por Jesus nos Evangelhos,
usam alguma forma da palavra “apolúo” (repudiar) e nenhum deles utiliza a palavra
“apostásion” (divorciar). São um total de 14 citações, nos versículos abaixo: Mt
5.31,32 (3 citações); Mt 19.3-9 (5 citações); Mc 10.2-12 (4 citações) e Lc 16.17,18 (2
citações).
19
Analisaremos todos estes textos nos originais do grego do Novo Testamento:
TABELA DE VERSÍCULOS NO GREGO ORIGINAL – FORMAS DO VERBO
“APOLÚO” (repudiar)
Versículo
Grego original
Vers. BYZ e BGT*
1
Mt 5.31
avpolu,sh|
Grego Classe
gramatical
aor 3ª p. sing.
Português
Ver. ARA*
Inglês
Ver. KJV 1611
repudiar
put away his wife
2
Mt 5.32a
avpolu,wn
part pres. ativo
repudiar
put away his wife
3
Mt 5.32b
avpolelume,nhn
part. perf. pas. repudiada
that is divorced
4
Mt 19.3
avpolu/sai
inf. aor ativo
repudiar
put away his wife
5
Mt 19.7
avpolu/sai
inf. aor ativo
repudiar
put her away
6
Mt 19.8
avpolu/sai
inf. aor ativo
repudiar
7
Mt 19.9a
avpolu,sh|
aor 3ª p. sing.
repudiar
put away your
wives
put away his wife
8
Mt 19.9b
avpolelume,nhn
part. perf. pas. repudiada
which is put away
9
Mc 10.2
avpolu/sai
inf. aor ativo
repudiar
put away his wife?
10
Mc 10.4
avpolu/sai
inf. aor ativo
repudiar
put her away
11
Mc 10.11
avpolu,sh|
aor 3ª p. sing.
repudiar
put away his wife
12
Mc 10.12
avpolu,sh|
aor 3ª p. sing.
repudiar
13
Lc 16.18a
avpolu,wn
part pres. ativo
repudiar
14
Lc 16.18b
avpolelume,nhn
part. perf. pas. repudiada
put away her
husband
putteth away his
wife
that is put away
Ref. BibleWorks 7
* Legenda: BYZ - Versão grega do NT por Robinson-Pierpont Texto Majoritário - 1995;
BGT - Versão grega do BibleWorks - LXX/BNT;
ARA - Versão da Bíblia em português – Tradução de Almeida Revista e Atualizada - 1993;
KJV - Versão da Bíblia King James com códigos - (1611/1769).
Como podemos constatar, no texto de Mt 5.32b, o mesmo verbo
“apoleluménen”, que é uma forma do verbo “apolúo”, está traduzido como
“divorciada”, diferentemente, dos outros textos de Mt 19.9b e Lc 16.18b, que o
traduzem como “repudiada”.
20
A versão mais antiga da Bíblia em português é a tradução de João Ferreira de
Almeida. Em sua versão ARA*, sempre usou o verbo “repudiar”, para todas estas
passagens do grego original.
Para ilustrarmos a importância do significado correto da tradução destas
palavras, utilizaremos o texto do Evangelho de Marcos. No contexto do Novo
Testamento e por conseguinte, desta passagem, existia uma disparidade muito
grande entre o homem a mulher na área conjugal. Jesus exigiu que fosse cumprida
a Lei e estabeleceu os mesmos direitos para ambos.
Jesus disse: “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério
contra aquela”. (Mc 10.11)
Neste caso, o pecado de adultério recaía sobre os homens, que na prática
não aceitavam ser inclusos como adúlteros, por praticarem o repúdio (“apolúo”) sem
expedir a carta de divórcio (“apostásion”) e contraírem, mesmo assim, novos
casamentos. Jesus inseriu, neste episódio, todos homens, que fossem encontrados
nestas condições, a tornarem-se réus de adultério, tanto quanto a mulher já o era.
Pois, Jesus sempre teve como padrão a justiça e a igualdade entre o homem e a
mulher.
Os discípulos, que eram judeus e, religiosa e culturalmente possuíam este
mesmo pensamento, ficaram estarrecidos e reagiram a essas declarações de Jesus
e disseram-lhe: “Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não
convém casar”. (Mt 19.10)
21
CONCLUSÃO
O divórcio e novo casamento nos Evangelhos sempre foram um tema de
grande interesse para os cristãos, em todas as épocas. Saber exatamente o que
Jesus falou sobre estes assuntos é de extrema necessidade, para uma vida cristã
salutar. Nosso estudo visou clarificar os pontos traduzidos e interpretados
equivocadamente a respeito do aspecto conjugal, citados por Jesus, quando do seu
ministério terreno.
Em primeiro lugar, demonstramos que o verbo hebraico “shallach”
(“repudiar”) no Antigo Testamento possui seu correspondente na língua grega do
Novo Testamento como “apolúo”, que significa deixar de lado, mandar embora,
“repudiar”. Em segundo lugar, comprovamos também que a palavra hebraica
“kerithuth” (“divórcio”) também no Antigo Testamento possui sua correspondente
no grego do Novo Testamento que é “apostásion”, que quer dizer carta de
divórcio, expressando a ideia de um documento de dissolução do casamento.
Em terceiro lugar, deduzimos que Jesus nunca se pronunciou a respeito de
“divórcio” (apostásion) e novo casamento, nos Evangelhos e deixou em aberto
esta questão. Significa que o divórcio poderá existir, apesar de que o plano original
de Deus é que os casais não se separem. (Gn 2.24)
Em quarto lugar, Jesus não estabeleceu um novo legalismo, a respeito do
divórcio e novo casamento, pois não era seu pressuposto primordial a revisão da Lei
Mosaica. Ele cumpriu a Lei e sua intenção maior foi apontar os erros cometidos
pelos legalistas
judeus,
a
respeito
do assunto,
e
condenar
os
abusos
convenientemente cometidos por eles.
O divórcio é uma solução pontual e radical para os problemas,
perceptivamente, insolúveis do casamento, na visão dos cônjuges envolvidos. Ele
termina com toda a esperança de que o casamento seja conservado, e declara
publicamente que ele falhou. Ele declara o término legal do matrimônio, portanto, se
houver qualquer acusação de pecado de adultério, de bigamia etc., isso termina e
qualquer das partes pode voltar a casar-se novamente, pois ele rompe todos os
laços maritais e todo controle do cônjuge anterior.
22
Jesus veio para salvar os pecadores. As únicas pessoas que Ele sempre
rejeitou foram as que queriam justificar a si mesmas, os religiosos “justos”. Se há
perdão, não há mais punição para o erro (já bastam as consequências dele), a
pessoa se torna participante da graça de Deus.
As pessoas divorciadas e, principalmente, as que se casam de novo, em
muitos contextos eclesiásticos, têm sido excluídas da comunhão e do serviço
cristão, da alegria e da igualdade, e até, muitas vezes, da salvação. Não devemos
esquecer que Cristo também morreu na cruz, por essas pessoas.
23
REFERÊNCIAS
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Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1996.
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João Ferreira de Almeida. São Paulo: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil,
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HEBRAICA
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