Revista DMC - DMC Equipamentos
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Revista DMC - DMC Equipamentos
Edição Trimestral – volume 1 – número 1 – jan/fev/mar 2007 Journal ISSN 1980-8321 Foco DMC Equipamentos ANVISA: 80030810013 Ciência, Tecnologia e Arte A empresa DMC - Equipamentos Ltda., foi criada em 1998, na cidade de São Carlos, importante pólo tecnológico de desenvolvimento do Estado São Paulo. O início das operações de manufatura da DMC só foi possível graças à visão empreendedora de seus sócios proprietários que, colocando suas competências em avaliação, submeteram-se a enfrentar os desafios de um ambiente empresarial nacional pouco regulamentado no aspecto da proteção ao segredo industrial e do uso de patentes. Este mercado extremamente burocrático para a formalização legal dos produtos junto ao Ministério da Saúde, demandou altos investimentos financeiros em estruturas e mão de obra qualificada. Naquela época, assim como na atualidade, o Brasil não tinha como tradição a geração de tecnologia, e o setor de indústrias de equipamentos e produtos para a odontologia não era exceção, porém a DMC vem quebrando sistematicamente esse paradigma. Foi a primeira empresa no mundo a desenvolver a terceira e quarta gerações dos aparelhos de fotopolimerização utilizando emissores de estado sólido - LEDs - como fonte de luz. Criou e patenteou a tecnologia de fotoativação para clareamento dental que congrega dois tipos de emissores de luz de estado sólido (Laser de diodo e LEDs) e desenvolveu o mais completo sistema de laserterapia disponível no mercado mundial. Vale ressaltar que, todo o investimento necessário para a concretização desses projetos, bem como de outros que hoje estão em via de conclusão, é provido pela própria empresa, que desde o início de suas atividades, utiliza laboratórios particulares para finalidade de ensaios, condição vital à manutenção do segredo e desenvolvimento industrial. Em 2003, partindo da identificação da necessidade de aprimoramento dos agentes químicos de clareamento dental, no sentido de estabelecer uma maior compatibilidade entre estes e os sistemas de fotoativação disponíveis no mercado, a DMC investiu na construção de um laboratório químico. Sete meses após a inauguração deste laboratório com sede em São Carlos e filial no Rio de Janeiro, já estava concluído o desenvolvimento de novas soluções em termos de conjunto químico, envolvendo um sistema a base de peróxido de hidrogênio a 35%, bi-componente que contendo elemento corante e espessante oriundos da flora brasileira (urucum e juá), mantêm o nível adequado de absorção da luz que é gerada pela unidade fotoativadora. Durante o ano de 2004, todo o sistema de qualidade foi implantado e em Abril de 2005, a empresa passou pela primeira auditoria interna. Em 21 de Junho do mesmo ano, foi vistoriada pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, com a finalidade de analisar 116 (cento e dezesseis) itens que compõem as exigências da norma RDC 59 Boas Práticas de Fabricação de Produtos Médicos, vistoria essa, que culminou com a emissão em 07 de Novembro de 2005, da respectiva certificação. Em Julho de 2005, sob a coordenação da Professora Doutora Luciana Almeida Lopes, a DMC Foco DMC Equipamentos passou a contar com o apoio do recém criado NUPEN - Núcleo de Pesquisa e Ensino de Fototerapia nas Ciências da Saúde, responsável por estabelecer parcerias valorosas com instituições tais como, o LELO - Laboratório Especial de Laser em Odontologia - USP São Paulo; Fundecto - Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Odontologia - USP de São Paulo, entre outras. O NUPEN é uma entidade vinculada à empresa, que coordena as atividades de educação, pesquisa e desenvolvimento das técnicas de clareamento dental, laserterapia, fotoativação entre outras disponibilizando aos profissionais da saúde, o acesso às novas tecnologias através do incentivo e patrocínio de pesquisas que culminem com a criação de conceitos modernos de bioengenharia sem comprometimento da integridade do meio ambiente. Atualmente, a empresa está representada em quase todo o território nacional por uma equipe composta por dezessete representações, além de estar presente nos continentes: Latino Americano, Europeu, Asiatico e Africano, e conta com uma filial nos EUA. Na cidade de São Paulo - SP, está instalada a gerência do departamento de exportação além da central de "Call Center". Na cidade de Goiânia, funciona o Departamento de Marketing e Licitações. É graças a este conjunto de competências que, empresas tradicionais dos setores médico e odontológico, têm percebido o grande potencial tecnológico da organização e estão integrando em suas linhas de produtos, soluções personalizadas desenvolvidas pelos laboratórios da DMC Equipamentos Ltda. Não obstante todo esse esforço na direção da excelência tecnológica e qualidade que concederam à DMC a posição atual de líder mundial de tecnologia em vários segmentos do mercado odontológico, notadamente no campo da aplicação de fontes de luz de alto desempenho, tais como Diodos Emissores de Luz, os conhecidos LEDs e Laseres de Diodo, em 2007, a empresa segue com novos projetos, pretendendo aumentar sua participação no mercado odontológico e estruturar a atuação no segmento de produtos e equipamentos para a área médica, notadamente nas especialidades de Fisioterapia, Dermatologia Estética, Ortopedia e Neuro-cirurgia. ANVISA: 80030810015 EQUIPAMENTOS DMC Equipamentos Ltda. Rua Sebastião de Moraes 831 São Carlos - CEP 13562.030 Fone: +55 (16) 2107-2323 Fax: +55 (16) 3501-1830 Web site: www.dmc-dental.com.br 01 Editorial Sumário 1 Clareamento Dental - Caro colega, 2 A finalidade dessa revista é levar ao cirurgião-dentista clínico, notícias sobre as principais novidades no que se refere à tecnologia de um modo geral, com ênfase na fotônica, ou seja, aos equipamentos de última geração utilizados nas clínicas e consultórios Odontológicos, que têm a luz como sua valorosa aliada. A luz pode ser utilizada de diversas maneiras e para finalidades bastante abrangentes, e por isso com resultados clínicos bastante amplos. Nossa intenção é informar ao clínico geral, bem como ao especialista, as razões pelas quais os mesmos estão fazendo uso, a cada dia mais, de aparelhos que tratam ou diagnosticam, utilizando para isso uma fonte de luz do tipo Laser ou LED, ou ainda ambas conjugadas. Trazemos para você leitor, textos ilustrativos, principais dúvidas que afligem o usuário da tecnologia de luz, dicas e novidades nas áreas de Clareamento Dental, Laserterapia, PDT, Profilaxia Fotopolimerização e Cirurgia. Seja bem-vindo à Idade da Luz! 05 07 08 A Expressão Maior da Estética. Clareamento em Pacientes com Fluorose. Procedimento Clínico Passo a Passo. Uma Nova Endência dos Agentes Clareadores a Base de Peróxido de Hidrogênio para Emprego na Técnica de Consultório. 10 Laserterapia - A Ação do Laser de Baixa Intensidade na Mucosite Oral. - Dosimetria - Efeito da Aplicação do Laser Infravermelho Pulsado com Diferentes Fluências na Reparação Óssea 3 22 Xx 25 - Duvidas mais Frequentes sobre Fotopolimerização. 5 Cirurgia 29 - Novos Produtos para Cirurgia Óssea. 6 Profilaxia 7 Xx 33 Química - Novidades da Divisão Química. 02 Xx Fotopolimerização - A Utilização de Aparelhos de Ultra-som na Odontologia. Luciana Almeida Lopes Coordenadora do NuPEn 18 PDT - Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana O Mais Novo Aliado do Cirurgião-Dentista Nos Processos Infecciosos. 4 Xx 15 16 36 Fototerapia Fototerapia Luciana Almeida Lopes Mestre em Engenharia Biomédica pelo IP&D da UNIVAP/SJC e Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela USP/SC. Na Odontologia moderna existe uma tendência no sentido da utilização da luz como instrumento de tratamento, sendo que a essa linha de conduta chamamos genericamente de Fototerapia. Atualmente várias são as aplicações de diferentes tipos de luz na clínica odontológica. Podemos fazer um simples diagnóstico de cárie, utilizando para isso, um sistema a laser que identifica diferenças de comportamento óptico entre o tecido sadio e o tecido acometido pela cárie. Podemos utilizar o mesmo tipo de emissor laser com potências mais altas com finalidade terapêutica, ou que constitui a chamada Laserterapia, e cujos efeitos são: aliviar a dor, estimular a reparação tecidual, reduzir edema e hiperemia nos processos inflamatórios, prevenir infecções, além de agir tratando parestesias e paralisias. Podemos ainda, utilizar os laseres com potências bastante maiores, buscando uma ação cirúrgica clínica, seja removendo tecido cariado ou fazendo excisões ou incisões em tecido mole. Mas existe ainda, uma outra forma de utilização clínica da luz, em geral uma luz gerada a partir de um emissor semelhante ao emissor de luz laser (do tipo diodo laser), que é o LED (Light Emitting Diode - Diodo Emissor de Luz). Esse emissor é utilizado na ativação de processos químicos inerentes à fotopolimerização de resinas compostas e agentes químicos envolvidos no processo de clareamento dental. Utilizamos atualmente, uma tecnologia ainda mais moderna, que é a aplicação de luz usando a associação de emissores do tipo laser e LED em um mesmo equipamento,com a finalidade de acelerar e otimizar o procedimento de clareamento dental. E existe ainda, uma outra maneira de trabalharmos com o laser de baixa intensidade, que consiste no processo de terapia Fotodinâmica, pautada na capacidade que a luz tem de interagir com um agente fotossensivel específico, resultando em compostos reativos capazes de induzir a inviabilização de células, causando a morte de micoorganismos ou de células tumorais. 03 Foco Aparelho para Clareamento Dental e Laserterapia Whitening Lase II Última geração em Sistema de Clareamento Dental. Unidade geradora de luz composta que possibilita o clareamento simultâneo por arco. Eficiente laser terapêutico compacto, ergonômico e arrojado. De uso fácil e seguro, permite notável desempenho e excelentes resultados clínicos. ANVISA: 80030810011 Aplicações Clareamento Dental . Minimização do tempo de procedimento e da ocorrência de Hipersensibilidade pós procedimento. Laserterapia . Alívio da dor (efeito antiálgico); . Reparação tecidual (efeito bioestimulador do trofismo celular); . Redução de edema e de hiperemia (efeito antiinflamatório, antiedematoso e normalizador circulatório). Dispositivos Integrados .Unidade de comando; .Peça-de-mão para Clareamento; .Peça-de-mão para Laserterapia .03 Óculos de proteção; .Maleta para transporte; .CD-Rom de Clareamento; .CD-Rom de Laserterapia. Especificações Técnicas: Características Elétricas: Tensão de Operação: 90~240V Potência Elétrica: 30W Clareamento dental .Emissor Visível: Comprimento de Onda: 470nm (típico) .Emissores Infravermelhos: Comprimento de Onda: 790~830nm (típico) 3 laseres de diodos infravermelhos Laserterapia .Emissor Visível: Comprimento de Onda: 660~685nm .Emissor Infravermelho: Comprimento de Onda: 790~830nm 6 LEDs de alta potência Peça de mão para Clareamento Dental 04 .Potência útil do laser vermelho e infravermelho: 100mW Clareamento Dental 1 A expressão maior da Estética Foto Cortesia: Dra. Rita de Cassia Amaral 1 Ismael Drigo Cação Especialista em Implantodontia e Mestrando em Bioengenharia e Fotônica no IPD, UNIVAP/SJC. Ávidos por alcançar, cada vez mais, a perfeição estética, uma avassaladora legião de pacientes busca em clínicas especializadas a solução de todas as suas imperfeições. Drenagem linfática, lipoaspiração, correções de quadril, aumentos ou diminuição de volumes de seios e nádegas, remoção de marcas de envelhecimento. manchas na pele, alisamentos capilares "definitivos", estão entre os maiores objetos de desejo dessa população. Uma pessoa, ao sentir-se bela, manifesta este bem-estar através da sua expressão facial. Nesta, ocorre uma diversidade de interações que vão desde a ativação do nervo facial, com a estimulação de toda a musculatura envolvida no processo biológico, que se traduz naquela que deve ser a expressão máxima do bem-estar: a felicidade; que tem, no sorriso bonito e saudável, a manifestação de sua intensidade. Sorrir, ato que demanda um grande grau de naturalidade, só conseguido quando o indivíduo está seguro, quanto à sua beleza e função. Sorrir, ação que delineia a beleza e promove a interação de todos os órgãos presentes na cavidade oral. Desta forma, temos nestes pacientes oportunidades de trabalho imensas que se iniciam naquela que é a primeira etapa de todo um processo reabilitador estético: o Clareamento Dental Fotoativado. Quando um paciente, nos procura para a realização de um Clareamento Dental, os seus níveis de expectativa são intensos, já que a mídia dá muita ênfase a esse tema. Tratar os dentes escurecidos, significa, devolver a eles condições para que a interação da luz natural com suas estruturas indique menor absorção e, portanto, um sensação visual de elementos dentais mais claros. A orientação inicial sobre os cuidados e as características pré, trans e pós-operatória da remoção de pigmentos intrínsecos e extrínsecos fará com que nossos pacientes participem ativamente de todo o processo e, principalmente, interpretem o resultado final, livre de questionamento, portanto, mostrando toda a sua satisfação. Excelente resultado clínico, conforto, rapidez e preservação da saúde oral são os quatro principais fatores indicados pelos pacientes como de fundamental importância numa sessão de Clareamento Dental. O desejo dos nossos pacientes por sistemas de clareamento que utilizem a tecnologia Laser, é um importante indicativo para todos os profissionais que se vêem na necessidade de absorver esta crescente demanda. Nos dias atuais, a ativação de um gel clareador que contenha peróxido de hidrogênio, através de um sistema de luzes, composto de laseres infravermelhos de baixa intensidade de potência e LED's azuis (maior eficácia quando comparados aos LED's verdes), possibilita os melhores resultados, com rapidez e menor sensibilidade. Existe uma família de equipamentos nacionais contendo 6 LED's ( 350 mW cada) e 3 laseres infravermelhos (200mW cada), conhecido, comercialmente, como Whitening Lase II, ou em sua versão mais simples Whitening Lase Light Plus, que nos oferece a oportunidade da realização de sessões de 50 minutos para a remoção de pigmentos de ambas as arcadas, o que coincide com as aspirações de toda uma população que deseja dentes claros e saudáveis, em atendimentos de curta duração, com o mínimo de sensibilidade e, portanto, valorizando o que há de melhor num mundo por vezes tumultuado: o Prazer de Sorrir. 05 Foco Clareamento Dental Sistemas ULTRA BLUE IV PLUS, E ULTRA BLUE IV PLUS II Sistemas de Múltiplas funções. Unidade geradora de luz composta para clareamento dental, laserterapia e fotopolimerização. Aplicações Clareamento dental Minimização do tempo de procedimento e da ocorrência de hipersensibiliade pós procedimento, uma vez que utiliza dois comprimentos de onda puros, sendo que um deles é gerado por um diodo infravermelho e o outro por uma matriz de LEDs azuis. Fotopolimerização de materiais fotossensíveis a comprimentos de onda situados entre 460 e 480nm. Laserterapia: alívio da dor (efeito antiálgico), reparação tecidual (efeito bioestimulador do tecido) Dispositivos Integrados Unidade de comando; Peça-de-mão; Óculos de Proteção; Sonda rígida coerente de 8mm; Maleta para transporte; CD-Rom de Clareamento; CD-Rom de Laserterapia. Dados Técnicos Sistema ULTRA BLUE IV Plus Emissor visível: comprimento de onda de 470nm (típico); Emissor infravermelho: comprimento de onda de 830nm (típico); Conjunto eletrônico microprocessado Potência elétrica: 30W Tensão de operação: 9OV ~ 24OV ANVISA: 80030810025 Sistema ULTRA BLUE IV Plus II Emissor visível: comprimento de onda de 470nm (típico); Emissor infravermelho: comprimento de onda de 830nm (típico); Emissor vermelho: comprimento de onda de 660nm (típico); Conjunto eletrônico microprocessado Potência elétrica: 30W Tensão de operação: 9OV ~ 24OV ANVISA: 80030810012 06 Clareamento Dental 1 1 Clareamento em pacientes com fluorose Leandro Bortoloti Scarpato Especialista em Dentística e Mestre em Odontologia/Dentística pela UERJ. Observar fluorose leve (manchas brancas no terço incisal) O uso indiscriminado de flúor durante a fase de formação e calcificação do esmalte dental pode levar à fluorose, que se caracteriza por alterações nos ameloblastos, resultando em uma matriz defeituosa e calcificação imperfeita. A severidade das manchas de fluorose depende de fatores como o período, a intensidade e o tempo de exposição ao flúor e a vulnerabilidade genética do indivíduo. Esses fatores podem resultar em manchas brancas, amarelas e marrons de várias intensidades, e ainda acarretar na perda de estrutura dental. As melhores respostas ao tratamento clareador estão relacionadas com manchas brancas difusas, superficiais e de baixa intensidade. Esse padrão de manchamento, dificilmente é notado de imediato no sorriso do paciente, quando os dentes estão hidratados, porém com a desidratação eles se evidenciam. Particularmente nas técnicas de clareamento em consultório, onde os dentes ficam sujeitos a longos períodos de desidratação, ao término da sessão clínica, podemos ter a impressão de um clareamento excessivo, ou ainda, que as áreas manchadas tornaram-se mais evidentes. Embora esses fatos possam alarmar, tanto o profissional como o paciente, geralmente com a re- hidratação completa do dente, que leva de cinco a sete dias, elas tendem a desaparecer novamente, evidenciando um clareamento uniforme do dente. Já as manchas brancas que são identificáveis com os dentes hidratados, tendem a ficar mais brancas com o tratamento clareador, chamando ainda mais atenção para as mesmas. Nestes casos, as técnicas de microabrasão preferencialmente devem preceder o clareamento. Manchas amarelas e marrons mais superficiais e sem cavitação respondem bem a um clareamento restrito às dimensões da mesma. C a s o manchas brancas também estejam presentes, técnicas de microabrasão podem ser associadas à técnica de clareamento. Para uma fluorose severa, onde são observados defeitos de superfícies, técnicas restauradoras deverão ser empregadas para se restabelecer tanto a estética como a função dos dentes envolvidos. A capacidade do clínico em identificar a pigmentação por fluorose e elaborar um protocolo de tratamento clareador condizente com a cor, intensidade e localização da mancha, irá levá-lo a resultados clareadores harmônicos, que provavelmente atenderão às expectativas do paciente. Fotos Cortesia do autor Fotocatalização em ambas as arcadas Aplicação de agente dessensibilizante com flúor e polimento, com disco de feltro e pasta diamantada. Aspecto final Quer saber mais? Visite o nosso site: www.nupen.com.br 07 1 Clareamento Dental 1 Procedimento Clínico Passo a passo Rita de Cássia Amaral Especialista em Dentística Restauradora pelo SOESP. 1 - Após profilaxia prévia com pedra pomes (3 dias antes), registrar a coloração inicial dos elementos dentais. Passo 1 2 - Na opção pelo isolamento relativo, posicionar inicialmente um afastador labial e lingual. 3 - Secar os dentes e a região do tecido gengival para aplicação do LASE PROTECT - BARREIRA GENGIVAL FOTOPOLIMERIZÁVEL. Em seguida, remover a tampa da seringa e encaixar firmemente a ponteira de aplicação. 4 - Aplicar o LASE PROTECT - BARREIRA GENGIVAL FOTOPOLIMERIZÁVEL em pequenas camadas, cobrindo cerca de 0,5 cm do tecido gengival circundante, selando toda a região a ser trabalhada, inclusive: colo cervical exposto, abrasões em superficie de esmalte. Passo 4 Passo 6 5 - Fotopolimerizar o LASE PROTECT - BARREIRA GENGIVAL FOTOPOLIMERIZÁVEL por, no mínimo, 30 segundos antes da aplicação do agente clareador. 6 - Aplicar o gel LASE PEROXIDE SENSY , previamente preparado, sobre a superfície vestibular dos dentes com auxílio de uma espátula ou seringa. Deve-se aplicar uma camada de gel com espessura entre 1mm e 2mm sobre todo o esmalte vestibular. 7 - Irradiar com o WHITENING LASE II , ou WHITENING LASE PLUS, ou ainda WHITENING LASE LIGHT PLUS por 3 minutos ( 1 minuto 08 Passo 7 Clareamento Dental 1 Passo 7 Passo 8 em cada arcada até completar o tempo descrito), deixar descansar por 3 a 4 minutos, aplicar a luz por mais 3 minutos e deixar descansar por mais 4 minutos. Nesta fase, a cor do produto terá mudado de vermelho para amarelo. Ou irradiar com o SISTEMA ULTRA BLUE IV PLUS ou SISTEMA ULTRA BLUE IV PLUS II por 2 minutos um setor (lado direito), inverter o lado (lado esquerdo) e irradiar por 2 minutos e em seguida irradiar por 2 minutos a parte central (incisivos). Após as três irradiações da primeira etapa, deixar o agente clareador em repouso por 1 minuto. Repetir a seqüência de aplicação novamente. 8 - Cada aplicação do gel deve ter a duração de 10 a 15 minutos. Após esse tempo, retirar o gel com a ponta aspiradora e limpar a superfície com uma gaze, jamais borrifar com spray ou jato de água. Passo 10 9 - Repetir os procedimentos de 6 a 8 por até mais duas vezes, dependendo do resultado obtido. 10 - Após o término da terceira aplicação do agente clareador, aspirar com sugador, removendo o gel em sua totalidade e lavar com água em abundância. Passo 13 11 - Remover a barreira gengival, destacando-a para frente. 12 - Polir os elementos dentais utilizando o disco impregnado, que deve ser previamente umedecendo. Fotos Cortesia: Dra. Rita de Cassia Amaral 13 - Fazer uma tomada de cor final. Aplicar o dessensibilizante. Nota: No caso de mais de uma sessão ser necessária, deverá ser observado um intervalo mínimo de 7 dias entre as sessões. Importante: - O equipamento emissor de luz - LED azul (visível) e infravermelha (invisível) utilizado deve apresentar irradiância de, no mínimo, 250mW/cm². Sistemas LED ou LED/Laser com baixa energia luminosa não são indicados para essa técnica de clareamento dental; - A utilização de jato de bicarbonato imediatamente antes do procedimento de clareamento pode inibir a ação do agente clareador, já que o referido composto é justamente o agente neutralizante da solução de peróxido de hidrogênio, que compõe o kit; - Caso o gel clareador esteja sendo armazenado sob refrigeração, é recomendável utilizá-lo somente após 30 minutos em temperatura ambiente; - Não deve ser utilizado nenhum produto dessensibilizante imediatamente antes da aplicação do Lase Peroxide Sensy. 09 1 Clareamento Dental 1 Uma nova tendência dos agentes clareadores a base de peróxido de hidrogênio para emprego na técnica de consultório. Antonio José Gaspar Especialista em Dentística e Mestre na aérea de Laser pelo IPEN/FOUSP. É consenso que, a busca pela estética e um sorriso harmônico proporcionado por dentes anatomicamente corretos e brancos é a tônica para os padrões de beleza da sociedade atual. O marketing a que estamos expostos na rotina diária, tem aumentando ainda mais a procura por procedimentos de estética dental conservadora, tal como o Clareamento Dental, aplicado principalmente através da técnica a ser utilizada em consultório, motivando cada vez mais as pessoas insatisfeitas com a coloração dos seus dentes. É sabido há muito tempo que, na técnica do clareamento dental, o agente químico é o principal responsável pelo processo de "despigmentação dental", apresentando-se sob a forma de peróxido de hidrogênio puro ou combinado, e em concentrações que podem variar de acordo com a técnica a ser utilizada. Para esse trabalho, observa-se uma grande variedade de sistemas de aplicação, tais como: OTC, moldeiras, ativação química ou através do emprego de fontes de energia como aceleradores e elementos de otimização do processo. A evolução tecnológica promoveu o aparecimento de equipamentos e produtos químicos especiais para o clareamento dental realizado exclusivamente em consultório, com o intuito de proporcionar maior comodidade e segurança à técnica. O conceito de catalisação da reação do agente clareador utilizando uma fonte de energia foi introduzido no século XIX, e citado por Maclsaac & Hoen (1994) em seu trabalho, quando recorreram à utilização de uma corrente elétrica associada a uma substância denominada pirozona (uma solução a 25% de 10 peróxido de hidrogênio em éter). Seguindo este mesmo princípio o calor, luz, eletricidade e ação química empregados neste procedimento, têm como objetivo agilizar a reação do agente clareador, e dessa forma, acelerar a liberação dos compostos reativos do peróxido de hidrogênio que, por sua vez, são conduzidos para o interior da estrutura dental, produzindo a quebra e/ou a modificação dos cromóforos "manchadores". Dessa forma, é de grande importância que os agentes clareadores apresentem fatores como: alta molhabilidade, características absorvedoras da luz emitida, pH e potência equalizados, determinando assim, uma ótima interação com as fontes de energia utilizadas. Este processo apresenta algumas vantagens como: controle do clareamento, redução do tempo de trabalho, a não dependência da colaboração do paciente, motivação dos pacientes, pois na maioria dos casos, é realizado em uma única sessão. Atualmente, o agente clareador mais utilizado na técnica do clareamento dental em consultório é o peróxido de hidrogênio, com concentração próxima ou igual a 35%, associado ou não a uma fonte de energia. Esta forma química tem demonstrado uma boa efetividade e boa velocidade para este tipo de procedimento clínico, obtido através do alto poder de penetração do peróxido, tanto no esmalte quanto na dentina, devido ao seu baixo peso molecular, além de sua propriedade de desnaturar proteínas, o que aumenta a movimentação iônica "através" do dente, facilitando a ação clareadora. O Conselho de Assuntos Científicos da ADA - (American Dental Association) em publicação científica na revista JADA (Journal of the American Dental Association, 1998), decidiu discutir a situação do clareamento dental associado à utilização de equipamentos laser neste processo, preocupando-se em monitorar e fornecer subsídios sobre o procedimento do clareamento assistido a laser. É sabido que as companhias que comercializam os sistemas para clareamento dental têm como objetivo aumentar a velocidade e a eficácia do tempo do processo. De acordo com estes fabricantes, a energia de emissão da luz laser deve ser absorvida pelo gel clareador recomendado, resultando em aumento da velocidade de reação. O desconforto sentido pelos pacientes por ocasião do Clareamento Dental pode estar relacionado à variação da concentração do fluido intersticial aumentada pela substância clareadora aplicada. A concentração desta solução é suficiente para provocar a degradação de mastócitos e isso resultará na liberação das substâncias que desencadeiam a reação inflamatória, através da vasodilatação arterial, elevação da pressão hidrostática capilar, aumento da passagem de proteínas plasmáticas para o interstício pulpar e aumento da pressão no tecido pulpar, além de causar uma despolarização neural, que altera a relação da bomba sódio-potássio, o que leva ao desencadeamento de um processo de dor aguda com episódios lancinantes e intermitentes. A concentração do peróxido presente na técnica em consultó- Clareamento Dental rio é bastante superior quando comparada à técnica da moldeira, e este fato se justifica, pois o objetivo é acelerar a resposta do clareamento. Dessa forma, não é raro notar a presença de um efeito secundário desconfortável para o paciente, que é a sensibilidade dentinária pós clareamento. A sensibilidade pós clareamento tem sido observada ao longo dos anos, mesmo quando do emprego da técnica de moldeira utilizando peróxido de carbamida a 10%, e é maior quando da utilização do mesmo composto, concentração 16%, se acentuando na técnica aplicada em consultório com o peróxido de hidrogênio a 35%. Muitas vezes se relaciona este desconforto ao emprego de uma fonte de energia, o que não é totalmente correto, pois existem outros fatores que podem gerar tal reação como: Potência e pH do agente clareador; alteração na pressão osmótica da polpa; excesso de energia e/ou geração de calor; deficiências ou falhas na estrutura dental; ressecamento dental; idade do paciente; demora na manobra da técnica; a presença de sensibilidade anterior ao clareamento, entre outros fatores. Bargui et al (1998) cita em seu trabalho que um dos principais efeitos colaterais no procedimento do clareamento em consultório está relacionado com a potência do agente clareador, seu pH bem como sua mobilidade. A sensibilidade dentinária associada ao Clareamento Dental em dentes vitalizados é muito comum, e raramente, essas alterações pulpares são irreversíveis, desaparecendo em um curto período de tempo. Nathason e Parra (1987) observaram a ocorrência de uma sensibilidade moderada que durou até 24 horas na maioria dos pacientes tratados com peróxido de hidrogênio a 35% associado a uma fonte de luz. Seal (1981) utilizou peróxido de hidrogênio a 35% sem aplicação de calor, em curto prazo foram observadas alterações histológicas e resposta inflamatória no tecido pulpar entre 3 e 15 dias. Atualmente o mercado apresentou uma nova proposta quanto à potência dos agentes clareadores, onde se trabalha com concentrações inferiores a 35%. Esta concentração foi elaborada seguindo a tendência apresentada pelas evolução tecnológica das fontes de energia e pelo domínio das propriedades ideais do agente clareador como: pH próximo da neutralidade, alta "molhabilidade", transporte de íons e emprego de espessante estáveis. Preocupada em obter um resultado bastante satisfatório e rápido, contudo, minimizando ou eliminando a resposta sensível durante e posterior a este procedimento, a empresa DMC apresentou no Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo edição de 2006, um agente clareador a base de peróxido de hidrogênio, com concentração de 25% - (LASE PEROXIDE SENY II ), agregando ao mercado e principalmente ao procedimento do clareamento, um produto inédito no mercado brasileiro. Este produto foi desenvolvido para a utilização em conjunto com com laser de alta potência (Ex: Argônio, Diodo, KTP), sistemas híbridos LED/Laser, LEDs, Arco de Plasma de Xenônio e até com os fotopolimerizadores halógenos. A aplicação do peróxido de hidrogênio a 25% como nova tendência de tratamento clareador, está indicada para ser trabalhada em todos os pacientes, porém com maior ênfase nos pacientes que apresentam sensibilidade anterior ao clareamento, pacientes jovens que apresentem um volume pulpar grande, para retoques, pois este produto tem como objetivo minimizar os efeitos colaterais indesejados como a irritação pulpar, formação de dentina reacionária e principalmente a diminuição da despolarização neural. As empresas brasileiras têm conquistado um grande destaque no cenário da Odontologia mundial, e hoje temos total segurança em trabalhar com vários produtos em nossa clínica e principalmente com aqueles aplicados na técnica do clareamento. Hoje temos no mercado mais uma ótima opção para a técnica de clareamento dental, e entendo que a utilização de agentes clareadores em concentrações menores, para o emprego da técnica de consultório, trará benefícios muito positivos quanto à sensibilidade, tornando esta técnica bastante segura e muito mais popular, pois já se percebeu que os pacientes têm demonstrado alguma resistência ao clareamento em consultório temendo a ocorrência de sensibilidade pós procedimento. 1 Cd-rom Clareamento Dental Conceitos e aplicações CONTEÚDO .Clareamento em dentes polpados .Clareamento em dentes despolpados .Em três diferentes versões, com métodos animados passo-apasso e filmes de procedimentos clínicos, usando diferentes aparelhos clareadores. .Manual dos aparelhos para clareamento dental. versão em: Português - Inglês - Espanhol 11 1 Clareamento Dental Registro ANVISA: 80030810010 Whitening Lase Plus Unidade geradora de luz composta que possibilita o clareamento simultâneo por arco. Aplicações Clareamento dental para uso em pacientes cujos dentes estejam com pigmentação não natural, tendo como vantagens a minimização do tempo de procedimento e da ocorrência de hipersensibilidade pós procedimento, uma vez que utiliza dois comprimentos de onda puros, sendo que um deles é gerado por um laser de diodo infravermelho e o outro por um conjunto de 72 LEDs azuis. Acessórios de Série: .Unidade de comando; .Peça de mão; .3 Óculos de proteção; .Maleta de transporte; .CD-Rom de Clareamento; Especificações Técnicas: Características Elétricas: Tensão de Operação: 90V ~ 240V Potência Elétrica: 10W Emissores Visíveis: Comprimento de Onda: 470nm Laser Infravermelho: Comprimento de Onda: 830nm 12 Clareamento Dental 1 Registro ANVISA: 80030810015 Whitening Lase Light Plus Última geração em Sistema de Clareamento Dental. Unidade geradora de luz composta que possibilita o clareamento simultâneo por arco. Aplicações Clareamento dental para uso em pacientes cujos dentes estejam com pigmentação não natural, tendo como vantagens a minimização do tempo de procedimento e da ocorrência de hipersensibilidade pós procedimento, uma vez que utiliza dois comprimentos de onda puros, sendo que um deles é gerado por 3 laseres de diodo infravermelhos e o outro por uma série de 6 LEDs azuis de auto desempenho. Sistema de suporte para peça-demão, inovador e compacto, e porque espaço no seu consultório é fundamental. Acessórios de Série: .Peça de mão; .3 Óculos de proteção; .Maleta para transporte; .CD-Rom de Clareamento; Especificações Técnicas: Características Elétricas: Tensão de Operação: 90V ~ 240V Potência Elétrica: 10W Emissores Visíveis: Comprimento de Onda: 470nm(típico) Laseres de Diodo Infravermelhos: Comprimento de Onda: 830nm(típico) * acessório opcional 13 Foco Aparelho para Laserterapia Sistema para Laserterapia THERA LASE ANVISA 80030810013 Aplicações Clínicas •Alveolite •Bioestimulação óssea •Disfunção da ATM •Gengivite •Herpes simples •Herpes zoster •Hipersensibilidade •Lesão traumática •Pericoronarite •Periodontia •Nevralgias •Paralisias •Queilite angular •Síndrome de dor •Úlcera afosa recorrente Características • Modo de operação Contínuo ou Pulsado (10~100Hz); • Modo de trabalho Por varredura ou pontos; • Modo assistido. Dados Técnicos • Comprimento de onda emissor visível; 660~685nm emissor invisível; 808~830nm • Potência útil dos emissores: 1OOmW • Tensão de alimentação: 90V ~ 24OV automática; • Sistema de condução de luz: Fibra óptica de núcleo único de 600 micra; • 2 Sistemas de monitoramento de potência; • Luz guia para o laser infravermelho. Última geração em aparelhos para laserterapia destinados às áreas de Odontologia, Fisioterapia e Medicina em geral. Contém todos os dispositivos de controle e segurança, que garantem máximo desempenho em processos que envolvem: Alívio da dor (efeito antiálgico); Redução de edema e de hiperemia (efeito antiinflamatório, antiedematoso e normalizador circulatório). 14 Dispositivos Integrados • • • • • Unidade de comando; 3 óculos de proteção; Cabo de fibra óptica de 600 micra; Pedal de acionamento; CD-Rom de laserterapia. Laserterapia 2 2 A ação do laser de baixa intensidade na mucosite oral Meire M. Fracher Abramoff Especialista em Periodontia pela ABENO. Foto Cortesia do autor Lesão Inicial O que é a mucosite oral? A mucosite oral (MO) é um efeito colateral decorrente da quimioterapia (QT) e/ou radioterapia (RT) empregadas para o tratamento de tumores malignos. A MO apresenta um impacto considerável na qualidade de vida, nas taxas de mortalidade e morbidade e no aumento do tempo e custos de internação hospitalar. Segundo estatísticas, a incidência da MO ocorre em aproximadamente 40% dos pacientes que realizam a QT, 80% dos pacientes submetidos ao transplante de medula e 100% dos pacientes que recebem a RT na região da cabeça e pescoço nos quais a cavidade oral foi afetada pela radiação. Como ocorre a mucosite oral? A ação citotóxica da QT diminui a taxa de proliferação da camada basal do epitélio da mucosa oral, o que resulta na atrofia e ulceração do tecido. Simultaneamente, drogas empregadas na QT, agem sobre a medula óssea, diminuindo a sua atividade, o que determina a diminuição do número de plaquetas e leucócitos. Assim, o paciente fica predisposto a sangramentos e infecções locais ou sistêmicas dependendo da severidade do envolvimento hematológico. Do ponto de vista molecular, tanto a RT como a QT, levam à quebra da fita de DNA com a liberação de radicais livres que ativam fatores de transcrição como o P-53 e o fator nuclear kB (NF-kB), que determina a morte celular. Esses fatores também ativam o fator de necrose tumoral (TNF-a) e interleucinas ß, 11 e 6, que serão responsáveis por alterações no tecido conectivo, no endotélio, e conseqüentemente, na camada basal do epitélio. Com a perda da integridade da mucosa oral, o paciente passa a ter dor, o que compromete a sua capacidade de se alimentar e hidratar corretamente, o que impede ou retarda a continuidade do plano de tratamento oncológico. Qual o papel do laser de baixa intensidade na evolução da mucosite oral? O laser de baixa intensidade tem uma ação preventiva capaz de evitar consideravelmente o aparecimento das úlceras, e ação terapêutica, com a redução da dor, do tempo de acometimento e da severidade da MO5- 11. Esses resultados são devidos à atuação do laser nos diversos tecidos biológicos, com uma melhora da drenagem linfática, da microcirculação, no alívio da dor, na proliferação e diferenciação dos fibroblastos, na síntese de colágeno e na reparação tecidual, com aumento da proliferação e mobilidade das células epiteliais (Turner). Vale ressaltar que, através desses efeitos, o laser de baixa intensidade é capaz de atuar em todas as fases da MO sem causar efeitos colaterais. Apesar da necessidade do emprego de outras medidas locais como, por exemplo, a orientação de higiene oral, remoção de traumas e focos de infecção, é inegável que o laser de baixa intensidade tem um papel importante dentro da terapêutica aplicada no controle da MO. Pós-tratamento 15 2 Laserterapia 2 Dosimetria Luciana Almeida-Lopes Mestre em Engenharia Biomédica pelo IP&D da UNIVAP/SJC e Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela USP/SC. 1. Qual a diferença entre intensidade ou irradiância e energia utilizada? Irradiância é o termo que os fotobiologistas usam como sinônimo para densidade de potência (DP), que é definida como sendo a potência óptica útil do laser expressa em Watts (W), dividida pela área irradiada expressa em centímetros quadrados (cm²). É através do controle da irradiância que o cirurgião pode cortar, vaporizar, coagular ou "soldar" o tecido, quando da utilização de laseres cirúrgicos. A densidade de potência apropriada pode, também, gerar fotoativação com o laser de baixa intensidade de energia, ou terapêutico. O outro fator sobre o qual o clínico tem controle é o tempo de exposição. Ao multiplicar-se a irradiância pelo tempo de exposição (dado em segundos), pode-se obter a fluência ou densidade de energia, ou ainda dose de energia (DE) expressa em Joules por centímetro quadrado (J/cm²). Para uma dada potência, a irradiância e fluência podem produzir efeitos nitidamente diferenciados sobre o tecido biológico. Por exemplo, um laser com potência óptica útil de 10 W, irradiando uma área 10 cm² (diâmetro aproximadamente = 3,5 cm), terá uma irradiância de 1 W/cm². Se o tempo de exposição for igual a 10 minutos, a fluência será de 600 J/cm², o que pode ser considerado como fora do padrão da Laserterapia utilizada em Odontologia, podendo causar, inclusive, dano no tecido alvo. Se o mesmo laser for focalizado sobre uma área de 1 cm², (diâmetro aproximadamente = 5,6 mm), a irradiância será aumentada em 10 vezes, o que aumentará consideravelmente a possibilidade de geração de dano térmico ao tecido. Se neste segundo caso, o tempo de exposição for reduzido a 2 segundos, então a fluência decresce drasticamente, atingindo valores da ordem de 20 J/cm², valor tipicamente utilizado em terapia com laser de baixa intensidade. A fluência é um conceito fundamental na biomedicina, já o jargão da Medicina e Odontologia, para o mesmo conceito, é dose. Em antibioticoterapia, por exemplo, para que se obtenha determinado efeito medicamentoso, a dose terapêutica administrada é fundamental, ou seja, a prescrição de uma dose muito baixa de determinado medicamento por quilograma/peso do paciente, implica na não obtenção do resultado esperado. Já a prescrição de uma dose muito alta do mesmo medicamento pode levar o paciente a uma intoxicação, ou mesmo a um choque anafilático. Da mesma forma, é feita a prescrição em 16 terapia com laser de baixa intensidade, isto é, doses muito baixas não causam efeitos satisfatórios nos tecidos, enquanto que doses muito altas em tecido mole, por exemplo, podem levar a uma inibição do processo cicatricial (isso é verdade somente para tecido mole). A fluência equivaleria, então, à quantidade de energia necessária para ativar um determinado número de moléculas, suficientes para levar o tecido a reagir de alguma maneira (a partir de um estimulo fotônico, teríamos uma fotorrecepção e conseqüentemente uma fotorresposta). Essa quantidade de energia vai estimular o tecido, sempre que excitado com uma dose satisfatória de laser, e varia segundo o tipo de tecido, o paciente em questão e a lesão a ser tratada. 2. Como calcular a fluência? Matematicamente, a fluência é o resultado do produto da potência expressa em Watts, pelo tempo de duração da sessão, expresso em segundos, dividido pela área da secção transversal do feixe laser, expressa em cm². 3. Por quê, entre as décadas de 60 e 80, para o cálculo de fluência considerávamos uma área de 1cm²? O primeiro laser de baixa intensidade usado em Medicina foi um modelo cujo meio-ativo era uma composição de gases Hélio e Neônio, (He-Ne), por Mester, na Hungria. Ele mediu a penetração desse laser em pele de caucasianos e obteve que a penetração do He-Ne, nesse tipo de pele cobria uma Laserterapia usuários de laser passaram a usar na fórmula para cálculo de fluência (DE = P x t / A) a área como SEMPRE igual a 1 cm². Nessas primeiras tabelas, as doses médias versavam entre 1 e 6 J/cm². Mas os tempos mudaram, os laseres de baixa intensidade passaram a emitir também no infravermelho, e os alvos ópticos também mudaram, pois agora, usamos laser em pele, em pêlo, em mucosa, em paciente branco, negro ou amarelo, tecidos esses que são muito heterogêneos do ponto de vista óptico. Então, modernamente, passamos a considerar como área para essa fórmula, não mais 1 cm², mas a área da secção transversal do feixe laser. Essa diferença na consideração da área gerou fluências entre 25 a 130 J/cm². Como se pode observar, acredita-se que a segunda é mais real. Não podemos calcular quanto cada tecido está absorvendo, entretanto, pode-se calcular quanto está sendo emitido por cada equipamento. A confusão toda ocorreu quando os usuários adotaram esses valores, pois como pode-se observar no quadro abaixo, fluência e energia, embora sejam conceitos físicos diferenciados, eram conceitos matemáticos idênticos, uma vez que, quando dividimos um valor com denominador igual a um, temos o resultado idêntico ao numerador da operação . 2 deu-se a confusão: 3. Por isso a DMC trabalha com um fator de multiplicação 20 em relação as doses utilizadas na década de 80? Esse multiplicador é um fator de correlação médio e está baseado na transposição das doses calculadas considerando a área de exposição como padrão e definida como sendo 1 centímetro quadrado, e as doses calculadas considerando a área de exposição como a área realmente coberta pelo feixe laser (área de cobertura sobre o tecido alvo - sempre considerando o método pontual de aplicação). Especificamente para o Thera Lase, a área da secção transversal do cabo de fibra óptica é de 0,00283 cm², porém estimamos que na média, a distância de aplicação seja de 2 mm (da ponta da fibra até o tecido alvo) e não realmente em contato, o que mudaria essa área para cerca de 0,0283 cm², ou seja, o equivalente a uma secção transversal de 0,19 cm de diâmetro. O fator de multiplicação exato seria a relação entre as áreas 1cm² e 0,0283 cm², que daria cerca de 35. Percebemos que apesar de ser essa a correlação matemática exata, no dia a dia clínico e em nossos estudos científicos, um fator ao redor de 20 seria mais razoável. Cd-rom: LaserterapiaConceitos e Aplicações CONTEÚDO Princípios físicos Princípios biológicos Parâmetros ajustáveis Segurança Quando passamos a utilizar, para o cálculo de fluência, áreas relacionadas à secção transversal do feixe laser, Versões em: Português, Inglês, Espanhol 17 2 Laserterapia Efeito da aplicação do laser infravermelho pulsado com diferentes fluências na reparação óssea - Estudo em ratos. 2 Almeida-Lopes, L.; Moraes, V.; Pretel, H.; Ramalho, L.T.O.; Bagnato, V.S.; Sader, R. Metodologia Anestesia intramuscular Total = 36 animais Confecção do defeito Instrumentais (trefina 2,7mm) 6J 4J /cm2 350J /cm2 280J Defeito confeccionado /cm2 210J /cm2 140J 2J Grupos 8J 10J Distribuição dos animais ( grupos e períodos) cm2 70J/ 0J Os efeitos do laser sobre a proliferação celular são extensamente pesquisados e amplamente conhecidos. Entretanto há controvérsias sobre a melhor potência de trabalho, bem como a fluência e irradiância ideais, alem do número adequado de sessões para se obter o resultado desejado (ALMEIDA-LOPES L., et. al., 2001). Por outro lado, existe a possibilidade de que o laser provoque efeitos inibitórios locais quando utilizado de maneira incorreta, ainda que poucos trabalhos na literatura tenham conseguido provar esse efeito (GIMENEZ e CASADO, 1985; BOLTON, 1995). O objetivo deste trabalho foi demonstrar a melhor (ou melhores) fluência(s) de aplicação do laser 830nm, pulsado na cicatrização de defeitos ósseos em tíbia de ratos. Assim, avaliou-se a qualidade histológica do osso neoformado utilizando análise de microscopia óptica comum e de luz polarizada. 2 0J/cm 10 Dias 30 Dias 0 2 4 Número de animais 6 Fragmento da tíbia removido Parâmetros de Aplicação Potência de emissão ( P = 100mW); Comprimento de onda ( Î = 830nm); Diâmetro do laser ( Ë = 0,06mm); Frequência de pulso de 10 Hz; 3 sessões Intervalo de 72 horas com aplicação pontual 2 Fluência (J/cm ) 70 140 Energia (J) 2 4 Tempo (s) 40 60 Sutura interna e externa 210 280 350 6 8 10 120 160 200 ANVISA nº 80030810013 18 Laserterapia 2 Moda dos escores de Reparação Tecidual Gráfico do grau de Reparação Tecidual 4 3 10 Dias 30 Dias 2 1 c 0J / m2 /c 70J Controle m2 2J J/c 140 m2 4J J/c 210 m2 6J J/c 280 m2 8J J/c 350 m2 10J Fluência Dose (J/cm2) - Energia (J) Resultados 30 Dias 10 Dias Controle 2J 4J Controle 2J 4J 6J 8J 10J 6J 8J 10J Controle 2J 4J Controle 2J 4J 6J 8J 10J 6J 8J 10J Conclusões - A Laserterapia abreviou o processo de reparação óssea no período inicial de 10 dias; - Mostrou-se o laser ser dose-dependente com a presença de uma efetiva janela terapêutica de bioestimulação entre 4J e 8J; - O estímulo laser gerou dano tecidual local à partir de 10J de energia, caracterizado pela bio-inibição local no período inicial de 10 dias. 19 2 Laserterapia Sistema para Laserterapia FLASH LASE ANVISA nº 80030810017 Modelos: Eficiente laser terapêutico compacto, ergonômico e arrojado; De uso fácil e seguro, seu projeto permite notável desempenho do aparelho com excelentes resultados clínicos; Os modelos que compõem a família de Sistemas para Laserterapia Flash Lase são simples de operar e foram desenvolvidos para as áreas de Odontologia, Fisioterapia e Médica. FLASH LASE I, II e III Aplicações •Alívio da dor (efeito antiálgico) •Reparação tecidual (efeito bioestimulador do trofismo celular) •Redução de edema e de hiperemia (efeito antiinflamatório, antiedematoso e normalizador circulatório). • Alveolite • Bioestimulação óssea •Disfunção da ATM •Gengivite •Herpes simples •Herpes zoster •Hipersensibilidade •Lesão traumática •Pericoronarite •Periodontia •Nevralgias •Paralisias •Queilite angular •Síndrome de dor •Úlcera afosa recorrente Dispositivos integrados •Unidade de controle •3 óculos de proteção •CD-Rom Laserterapia •Maleta para transporte Especificações Técnicas Tensão de Alimentação: 9OV ~ 24OV automático Potência Elétrica: 5W lrradiância: 46mW/mm² Potência útil dos dois Emissores: 1OOmW FLASH LASE I - Comprimento de onda: emissor visível: 660 ~ 685nm FLASH LASE II - Comprimento de onda: emissor infravermelho: 790 ~ 830nm FLASH LASE III - Comprimento de onda: emissor visível: 660 ~ 685nm emissor infravermelho: 790 ~ 830nm 20 Laserterapia Sistema para Laserterapia PHOTON LASE ANVISA nº 80030810014 Os modelos do Sistema para Laserterapia Photon Lase são simples de operar e foram desenvolvidos para serem utilizados em diversos segmentos da saúde. 2 Aplicações .Alívio da dor (efeito antiálgico) .Reparação tecidual (efeito bioestimulador do trofismo celular) .Redução de edema e de hiperemia (efeito antiinflamatório, antiedematoso e normalizador circulatório). • Alveolite • Bioestimulação óssea •Disfunção da ATM •Gengivite •Herpes simples •Herpes zoster •Hipersensibilidade •Lesão traumática •Pericoronarite •Periodontia •Nevralgias •Paralisias •Queilite angular •Síndrome de dor •Úlcera afosa recorrente Dispositivos integrados .Unidade de controle .3 óculos de proteção .CD-Rom Laserterapia .Maleta para transporte .Pedal de acionamento Especificações Técnicas: - Tensão de Alimentação: 9OV ~ 24OV automático - Potência Elétrica: 30W - Irradiância: 46mW/mm² - Potência útil dos Emissores: 1OOmW Modelos: PHOTON LASE I, II e III PHOTON LASE I Comprimento de onda: emissor visível 660 ~ 685nm PHOTON LASE II Comprimento de onda: emissor infravermelho 790 ~ 830nm PHOTON LASE III Comprimento de onda: emissor visível 660 ~ 685nm emissor infravermelho 790 ~ 830nm 21 3 PDT 3 Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana: O mais novo aliado do cirurgião-dentista nos processos infecciosos Aécio Yamada Pós-Graduado pela Showa University, Tóquio/Japão e Doutorando IPEN/USP Fotos: Cortesia do autor Aplicação do fotossensibilzador após o preparo químico-mecânico do canal radicular Esta nova modalidade de utilização dos laseres de baixa potência está cada vez mais próxima da realidade do cirurgião-dentista. De maneira sucinta, a Terapia Fotodinâmica (PDT) associa o uso de um agente fotossensível com uma fonte de luz de comprimento de onda compatível, produzindo espécies reativas de oxigênio, os quais promoverão a morte bacteriana. A eficácia da Terapia Fotodinâmica dependerá, principalmente, das características químicas agente fotossensível ou corante. É importante que este agente químico tenha uma boa afinidade celular. Os principais agentes fotossensíveis utilizados na terapia fotodinâmica antimicrobiana são as fitalocianinas, as fenotiazinas e os fitoterápicos. Os laseres produzem luz monocromática (emissão de um único comprimento de onda), e por isso podem ser associados a agentes fotossensíveis conhecidos, com banda de absorção compatível ao comprimento de onda do laser, ou seja, capazes de absorver a maior parte da radiação emitida pela fonte de luz. Os primeiros relatos de pesquisas envolvendo a terapia fotodinâmica datam de aproximadamente 100 anos atrás, relatadas por Raab, que observou 22 uma combinação letal ao paramécio, do corante acridina com a luz. A PDT com finalidade antimicrobiana encontra-se bem estabelecida na literatura. Sua ação sobre bactérias Gram positivas e Gram negativas são relatadas com grande sucesso, principalmente em casos de infecções localizadas, superficiais e de microflora conhecida, como as que ocorrem na cavidade oral (Wilson et al., 1993; Dortbudak et al., 2001; Chan & Lay, 2003). As principais vantagens deste tipo de abordagem frente a atual terapêutica antibiótica, é de sua ação localizada e a possibilidade de procedimento sem evidências de surgimento de microorganismos resistentes após sua Irradiação sobre o agente fotossensível com o laser de baixa potência. PDT aplicação (fato corriqueiramente observado com o uso de antibióticos). Outra promissora vantagem apontada é a possibilidade de atuação em fungos e vírus (Wilson et al., 1993). A grande maioria das patologias observadas na rotina clínica do cirurgião-dentista está relacionada com a presença de bactérias, seja uma lesão de cárie, uma periodontite, uma lesão endodôntica, etc. Ao solucionar estas infecções de maneira eficiente e segura, o profissional estará restabelecendo a saúde oral do paciente, e é com esse intuito que estaremos fazendo uso da Terapia Fotodinâmica, e não como um substituto para o procedimento convencional, mas como uma terapia coadjuvante. O caso clínico apresentado ao lado, ilustra a associação da PDT ao tratamento endodôntico convencional. Após os procedimentos de cirurgia de acesso e preparo químico cirúrgico do canal radicular, foi realizada a terapia fotodinâmica, aplicando o agente fotossensível (fenotiazina), seguida de radiação de um laser de baixa potência. Foram realizadas coletas microbiológicas do canal radicular antes e após a PDT. Os resultados microbiológicos demonstraram uma redução bacteriana de 99,9%. A seqüência radiográfica comprova a eficácia desta nova terapia e a rapidez de cicatrização da lesão endodôntica. A terapia fotodinâmica antimicrobiana é uma das técnicas mais promissoras na Odontologia. A literatura demonstra que a PDT pode ser utilizada em um grande número de especialidades Odontológicas, com excelentes resultados, baixo custo, e sem efeitos colaterais e sistêmicos. 3 CD Rom PDT Aguarde Fibra óptica para PDT Controle Radiográfico Inicial Acoplável aos modelos: 30 dias 60 dias Photon Lase I, II e III Flash Lase I e II Thera Lase 23 Foco Aparelho para Fotopolimerização ULTRA BLUE IS 350mW, ULTRA BLUE IS 600mW Última geração em Fotopolimerização. Unidade ultra-compacta e ergonômica. Luz fria gerada por emissor tipo LED. Silencioso, pois dispença o uso de microventilador. Aplicações Fotopolimerização de materiais fotossensíveis a comprimentos de onda situados entre 450 e 480nm. Dispositivos Integrados Unidade controlada por microprocessador; Ciclos de trabalhos préprogramados; Sonda rígida coerente de diâmetro8mm. Dados Técnicos: Comprimento de onda: 450 ~ 480 nm; Irradiância: 350mW/cm² 600mW/cm² ANVISA: 80030819001 24 Fotopolimerização 4 4 Dúvidas mais frequentes sobre Fotopolimerização: Ivo Carlos Corrêa Prof. Adjunto do Departamento de Prótese e Materiais Dentários da UFRJ Foto: Cortesia: Dr Douglas Vieira Todas as resinas compostas precisam do mesmo tempo de fotoativação ? Não. As resinas compostas são constituídas de monômeros e cargas vítreas, mas são essas partículas vítreas que influenciam no tempo de fotoativação, devido aos diferentes mecanismos de interação com a luz emitida pelo fotopolimerizador. Resinas nanoparticuladas e microparticuladas precisam de um tempo maior de ativação (40s) do que resinas dos tipos híbrida e microhíbrida (20s). Também existe diferença na fotoativação de resinas para esmalte e dentina ? Sim. A maior opacidade dificulta a penetração da energia luminosa em profundidade, e desta forma, um tempo de fotoativação maior ou uma alta intensidade luminosa são essenciais para a adequada Fotopolimerização. Cores de dentina ou cores opacas necessitam geralmente de 40s de fotoativação, enquanto que cores de esmalte geralmente 20s. O que significa a intensidade de luz do fotopolimerizador ? A intensidade de luz pode ser entendida como a quantidade de fótons (unidade de energia luminosa) que é medida na ponta ótica do fotopolimerizador. A potência óptica gerada pelo aparelho é dada em miliWatt. Quanto mais potência - fótons (mW) por unidade de área (cm²) é emitida através da ponta de fibra óptica, maior será a sua intensidade de luz ou irradiância (mW/cm²). O mais importante em um fotopolimerizador é a intensidade de luz ? Sem dúvida que a intensidade de luz é importante, porém, tão ou mais importante que esta, é a qualidade da energia luminosa emitida pelo aparelho. A qualidade do feixe de luz azul é essencial para que os materiais resinosos alcancem suas propriedades ideais ao final da Fotopolimerização. O que realmente significa a qualidade de luz ? A qualidade da luz está relacionada com os comprimentos de onda (nanômetros nm) emitidos pelo fotopolimerizador, que vão determinar o tom de azul do feixe luminoso. O endurecimento de um material só ocorre se a luz do aparelho for absorvida por substâncias fotoiniciadoras presentes em adesivos, resinas e cimentos. Ao absorver a luz azul, os fotoiniciadores vão gerar os radicais livres que iniciarão o processo de polimerização. Portanto, quanto maior a pureza da luz azul gerada (qualidade) mais eficiente se torna a Fotopolimerização. É importante mencionar que, apesar da grande maioria das resinas e cimentos utilizarem um fotoiniciador chamado canforquinona, quem tem o pico de absorção em 470nm (nanômetros), existem alguns outros tipos de 25 4 Fotopolimerização Fotoiniciadores que têm picos de absorção mais baixos (entre 415 e 425 nm). Apenas uns poucos fotopolimerizadores que utilizam tecnologia LED, são capazes de polimerizar essas resinas e cimentos, e são aparelhos importados e de elevado custo. O que é importante saber sobre o fotopolimerizador no momento da compra ? 1.Verificar se o fabricante é especializado na tecnologia de fabricação de fotopolimerizadores (isso vai trazer tranqüilidade quanto à garantia, manutenção e assistência técnica). 2.Verificar a intensidade de luz do aparelho no momento da compra, visando atestar se a intensidade aferida coincide com a publicada pelo fabricante (testar em radiômetro portátil ou em radiômetro embutido no aparelho). 3.Verificar se o aparelho possui modo de ativação do tipo "soft-start" ou "ramp" instalado, ou se apenas apresenta o modo convencional contínuo de fotoativação (é interessante que a emissão de luz inicial seja mais baixa para em seguida ser emitida uma intensidade mais alta) 4.Verificar as características ergonômicas do aparelho como o peso, a forma, o manuseio, a portabilidade, o sistema operacional e a possibilidade de conexão com o equipo. Qual o protocolo de Fotopolimerização mais eficiente ? A maneira como você vai fotopolimerizar o seu material é dependente da intensidade de luz do seu aparelho. Para aparelhos de alta intensidade, ao invés de simplesmente diminuir o tempo de fotoativação tornando o processo mais rápido, recomenda-se iniciar a fotopolimerização com a ponta do aparelho afastada cerca de 10mm para simular um modo "softstart" de ativação. Após um tempo aproximado de 5s deve-se aproximar gradativamente a ponta do fotopolimerizador até uma distância de 1mm do material, assegurando assim a completa polimerização sem correr riscos de sensibilidade pósoperatória, oriunda da contração da resina E na cimentação de pinos endo26 Foto: Cortesia: Dr. Douglas Vieira dônticos, como devo proceder ? De novo a alta intensidade é importante, pois nestes casos, apesar da Fotopolimerização do terço cervical da raiz ser mais fácil, os terços médios e apical também devem ser polimerizados. Daí a necessidade de uma maior quantidade de fótons que possam alcançar em profundidade o cimento que fixará o pino. A cimentação de pinos metálicos não é 100% eficiente com cimentos resinosos duais ou fotopolimerizáveis. Como devo fotopolimerizar os adesivos dentários ? Apesar da espessura de adesivo que se aplica na cavidade não interferir na penetração da luz do fotopolimerizador, como ocorre nas resinas compostas, a fotopolimerização dessa camada deve ser eficiente. Uma adequada fotopolimerização do adesivo vai representar a formação de uma camada híbrida eficiente, fundamental nos procedimentos restauradores adesivos. Outro fator importante é que, sendo o adesivo líquido, provavelmente ocorrerá a penetração do oxigênio atmosférico que retarda e até inibe o processo de polimerização. Portanto, a qualidade da luz se torna mais importante do que a intensidade e nesses casos o rendimento de 100% é mais facilmente alcançado com fotopolimerizadores do tipo LED do que do tipo halógeno. Adesivos devem ser fotopolimerizados por 20s. Atenção: Em cavidades profundas ou muito profundas, como a fina camada de adesivo é fotopolimerizada em contato direto com dentina remenescente, deve-se tomar cuidado com o calor gerado pelos fotopolimerizadores convencionais halógenos de alta intensidade. A passagem do calor através da dentina pode atingir a polpa e causar problemas como alta sensibilidade pós-operatória e até pulpites leves ou moderadas. Nestes casos o uso de aparelhos LED é mais indicado, pois não produzem radiação infravermelha (calor) e são mais biocompatíveis. Outra atitude recomendavel, quando do uso de equipamento de luz halógena, é afastar a ponta do fotopolimerizador e aumentar o tempo de fotoativação do adesivo por mais 5 ou 10s, evitando assim a passagem integral do calor gerado, principalmente em aparelhos de alta intensidade de luz, como também favorecendo a dissipação desse calor pela distância entre o dente e o aparelho. O que determina ou classifica o fotopolimerizador como de baixa ou alta intensidade ? Muitos estudos já foram realizados a fim de determinar a intensidade ideal de um aparelho fotopolimerizador. As pesquisas mostram que a intensidade mínima aceitável é de 233mW/cm². Assim, os aparelhos de baixa intensidade atingem até 300mW/cm²; os de média intensidade emitem luz azul entre 400 e 600mW/cm²; e os de alta intensidade atingem mais de 700mW/cm². Essa é uma classificação que permite estabelecer os principais parâmetros para a escolha de um fotopolimerizador na clínica Odontológica. Visite o site : www.nupen.com.br Fotopolimerização Ultrablue Plus e Plus II 4 * O equipamento Ultrablue Plus II é uma derivação do modelo Ultrablue Plus, pois, além de possuir um conjunto de emissores tipo LED, apresenta ainda, uma peça de mão contendo um laser vermelho e um infravermelho, para uso em procedimentos de laserterapia. ANVISA: 80030810016 Vantagens: - Executa o clareamento em grupos 3 dentes simultaneamente; - Possui funções de clareamento dental, laserterapia* e fotopolimerização em um único equipamento. Acessórios de Série: - 02 Óculos de Proteção; - Maleta. - Sonda de fibra óptica de 8mm; ANVISA: 80030810038 Especificações Técnicas: .Tensão de Operação: 90V~240V .Potência Elétrica: 15W .Emissores tipo LED: Comprimento de Onda: 470nm e 515nm .Emissores tipo laser: .Diodo Laser Vermelho : Comprimento de Onda: 660 nm* .Diodo Laser Infravermelho: Comprimento de Onda: 808 nm* .Irradiância: Fotopolimerização: 600mW/cm² Clareamento Dental: 318mW/cm² 27 Foco Cirurgia Registro ANVISA: 80030810039 Mikro ac Sistema de Serras Destinadas à procedimentos cirúrgicos de cortes ósseos, onde é necessário alto poder de corte em espaços reduzidos. Acoplável a todos os tipos de motores cirúrgicos com sistema de encaixe E-type (INTRA ISO 3964). Troca rápida e segura das lâminas. Totalmente autoclavável. Disponíveis em 4 modelos: Reciprocante Este equipamento deve ser utilizado em procedimentos cirúrgicos que necessitem de movimento no sentido recíproco (para frente e para trás). As lâminas adequadas para este procedimento são: SR 001, SR 002 e SR 003 da família de Lâminas para Micro Serras. Sagittal A Micro Serra Sagittal deve ser utilizada em procedimentos cirúrgicos que necessitem de movimento no sentido oscilante frontal. As lâminas adequadas para este procedimento são: SS 001, SS 002, SS 003 e SS 004 da família de Lâminas para Micro Serras. Oscilatória Este modelo deve ser utilizado em procedimentos cirúrgicos que necessitem de movimento no sentido oscilante lateral. As lâminas adequadas para este procedimento são: SO 001, SO 002, SO 003 e SO 004 da família de Lâminas para Micro Serras. Recipro-Sagittal A Micro Serra Recipro-Sagittal deve ser utilizado em procedimentos cirúrgicos que necessitem de movimento no sentido orbital. As lâminas adequadas para este procedimento são: RS 001 e RS 002 da família de Lâminas para Micro Serras. 28 Cirurgia 5 Novos Produtos para Cirurgia Óssea 5 Attílio Lopes Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo faciais, Especialista em Patologista Bucal e Mestre em Clínicas Odontológicas pela UniCastelo/SP. A DMC, marca de fabricação e pesquisa de produtos Médicos e Odontológicos genuinamente brasileira, com sede em São Carlos, São Paulo, tem desenvolvido materiais, equipamentos e instrumentos destinados a cirurgias ósseas, altamente especializados, para uso em correções de deformidades congênitas, seqüelas de traumatismos crânio faciais e sobretudo, de correções cirúrgicas de desarmonias que possam afetar a função mastigatória ou estética dos pacientes. O desenvolvimento desses instrumentos e dispositivos destinados sobretudo aos cirurgiões crânio-faciais, cirurgiões buco-maxilo-faciais, implantodontistas, traumatologistas, ortopedistas e até neurocirurgiões, destina-se a otimizar o arsenal atualmente existente no mercado brasileiro que é constituído de itens importados, de elevado custo e manutenção demorada. Os produtos DMC, frente ao progresso da cirurgia brasileira, vêm preencher esta lacuna superando em eficácia, acabamento, custos, durabilidade e assistência técnica os similares oriundos dos centros tecnologicamente mais avançados do mundo. Entre esses itens, destacamos o Contra Ângulo 20:1 tipo Push Botton, de esmerado acabamento, com rotação máxima de 1500 rpm e acoplável a todos os motores para a Implantodontia nacionais e importados. As Micro-Serras Mikro Macht compõe uma família de equipamentos de acionamento pneumático ou elétrico, com diferentes tipos de Micro-Serras substituíveis durante o ato cirúrgico e diferentes opções de angulação, movimento das lâminas e forma geométrica, proporcionando ao cirurgião osteotomias homogêneas, principalmente nas cirurgias ortognáticas e naquelas de correção de perfis não harmoniosos (genioplastias com recuos, avanços, correção de laterodesvios e outras deformidades mentuais). São totalmente autoclaváveis, de dimensões compatíveis com as estruturas delicadas da cavidade oral, facilitando sobremaneira os procedimentos cirúrgicos intra-orais, principalmente aqueles que necessitam de movimento no sentido oscilante frontal oscilante lateral, sentido orbital e sentido recíproco (para a frente e para trás) oferecendo ao cirurgião opções multiplicadas de osteotomias e ressecções. O conjunto de Drills Angulares Mikro Macht são também outra conquista do departamento de desenvolvimento da DMC, graças às importantes inovações incorporadas às pelas peças-de-mão, que se apresentam em angulações diferentes, colo fino e estendido, visando melhor acesso à qualquer região da cavidade oral; a colocação ou substituição das brocas durante o ato cirúrgico é fácil, rápida e segura, dispensando qualquer tipo de rosqueamento ou ferramentas, pois utiliza acoplamento tipo engate rápido; transmite alto torque e possui todos os sistemas móveis apoiados sobre rolamentos de aço inox. Constitui um excelente conjunto cirúrgico para procedimentos tais como: osteotomias mandibulares anteriores e posteriores (ressecção de tumores), osteotomias mandibulares dentoalveolares, cirurgias de correção de assimetrias faciais, reconstruções ósseas, correção de hipertelorismo orbital, genioplastias, correção de fraturas LeFort I, II e III, correção de disostoses mandibulofaciais e deformidades traumáticas e secundárias a ressecção de tumores ósseos, assim como no tratamento cirúrgico de graves deformidades faciais como nas Síndromes de Apert, de Crouzon e na correção cirúrgica de fissuras palatinas ou alveolares. tecnologia em artroscopia 29 Foco Aparelho cirúrgico Drill Angular Multiplicador 1:2 Mikro Macht Dados técnicos: Rotação Máxima: 60.000 rpm - acoplado à turbina ou motor Encaixe E-type (INTRA ISO 3964) Drill Angular Mikro Macht Dados técnicos: Rotação Máxima: 30.000 rpm - acoplado à turbina ou motor Encaixe E-type (INTRA ISO 3964) Drill Reto Mikro Macht Dados técnicos: Rotação Máxima: 30.000 rpm - acoplado à turbina ou motor Encaixe E-type (INTRA ISO 3964) Registro ANVISA: 80030810037 O Sistema de Motores Mikro Macht consiste de uma família de equipamentos de comando elétrico ou pneumático que, em conjunto com as Brocas de Dissecção, é destinada às seguintes aplicações: Osteotomia Mandibular Anterior, Osteotomia Mandibular Posterior, Osteotomia Posterior Mandibular Dentealveolar, Assimetria Facial, Reconstrução Óssea, Orbital Hipertelorismo, Genioplastia, Osteotomia LeFort I,LeFort II e LeFort III, Correção Cantal Medial e Lateral, Disostese Mandibulofacial, Deformidades Traumáticas: Tratamento Primário e Secundário, Deformidades Secundárias a Tumores, Síndrome Apert e Crouzon e Fissuras. Linha Completa de Brocas de dissecção Registro ANVISA: 80030810034 Mikro ac M icro C 30 irurgia Cirurgia 5 Contra Ângulo Mikro 20:1 Dados técnicos: Rotação Máxima: 1.500 rpm 5 rolamentos em aço inox Encaixe de brocas tipo Push Botton Registro ANVISA: 80030810042 Surg Light Sistema de iluminação de campo cirúrgico utilizando tecntologia LED. Aplicações O Surg Light é um equipamento utilizado como fonte de luz nas especialiades Médicas (otorrinolaringologia, dermatologia), Odontológicas (cirurgias bucomaxilo facial, implantodontia), em diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos. Dados Técnicos Peso do capacete: 200g; Medida do fio do capacete: 1,30m; Tempo de uso: 3 horas ininterruptas; Potência da caixa de comando: 7W Potencia do carregador de baterias:14W Tenção do carregador de baterias: 90V~240V Luminosidade máxima: 130 Lumens. O equipamento possui três níves de intencidade: Baixa (65 Lumens); Média (98 Lumens); Alta (130 Lumens); Dispositivos integrados .Capacete; .Caixa de comando; .Carregador de baterias; .Maleta para transporte. Registro ANVISA: 80030819003 31 Foco Aparelho de Profilaxia LAXYS PRO, LAXYS PRO II Equipamentos destinados à trabalhos de profilaxia , especialmente na remoção de tártaro, através de raspagem ultra-sônica, além da remoção de manchas e placas bacterianas através de jateamento utilizando bicarbonato de sódio como elemento abrasivo. Aplicações Remoção da placa bacteriana, tártaro e de alguns tipos de manchas, através de processos abrasivos; Função de auxílio à instrumentação endodôntica. Dispositivos Integrados Sistema de jateamento (utilizando bicarbonato de sódio); - Transdutor piezoelétrico (cerâmico) ultra-sônico operando em 30 KHz; - Sistema de proteção contra entupimento.- Sistema de Irrigação integrado*; Dados Técnicos Versão completa do sistema de profilaxia ideal; - jato de bicarbonato e removedor de tártaro integrados; - Kit de insertos (TiPs); - Kit de limas endodônticas ultra-sônicas*; - lnserto (TIP) para limas endodônticas*; - Sistema Pet*; Especificações Técnicas Tensão:90V ~ 240V automática Potencia elétrica: 30W Laxys Pro ANVISA: 80030810028 32 Laxys Pro II* ANVISA: 80030810028 Profilaxia 6 6 A utilização de aparelhos de ultra-som na Odontologia. Emílio Barbosa e Silva Especialista, Mestre e Doutor em Periodontia pela UNESP. A placa bacteriana constitui-se no fator etiológico essencial para o desenvolvimento das doenças periodontal e ou cárie. O cálculo dentário, por sua vez, é um fator etiológico secundário, que promove uma maior retenção de placa bacteriana, interferindo negativamente na obtenção de um adequado controle da mesma. Tanto o cálculo quanto a superfície radicular exposta pela doença periodontal atuam como um reservatório para as substâncias tóxicas bacterianas e contribuem para a inflamação e perda dos tecidos de suporte do dente. (Checchi & Pelliccioni, 1988; Christensen & Bangerter, 1984). Visando a remoção de placa bacteriana, cálculo, manchas extrínsecas e cemento alterado, são atualmente utilizados instrumentos manuais, instrumentos sônicos e ultra-sônicos, laser, jatos de bicarbonato de sódio, escovas e taças de borracha associadas às pastas abrasivas (Glickman, 1972; Morlock, et al., 1992). Esses métodos produzem uma variedade de efeitos sobre a superfície radicular e os tecidos periodontais circunvizinhos, fazendo com que o profissional de Odontologia necessite ter plenos conhecimentos de seus efeitos benéficos e das possíveis alterações provocadas nestes tecidos para que possa utilizá-los com segurança e obtenha resultados positivos no tratamento. Zinner em 1955 foi quem introduziu a instrumentação ultra-sônica como parte da terapia periodontal. A técnica desenvolvida utilizava um instrumento ultra-sônico, com vibração de 29.000 ciclos por segundo, na presença de água, para remoção de depósitos de cálculo de superfícies dentárias. Os aparelhos ultra-sônicos são compostos de um gerador elétrico que confere energia em forma de vibrações de alta freqüência a uma peça de mão, a qual pode receber várias extremidades ativas. Estes raspadores ultra-sônicos são utilizados para o desbridamento, que é a remoção parcial do cálculo e do cemento, compatível com discretos ganhos de inserção e da conseqüente melhora dos tecidos periodontais. A idéia da instrumentação ultra-sônica para o tratamento por desbridamento preconiza uma descontaminação (por via cirúrgica ou não) que conduziria à melhora dos sinais clínicos e à exposição de porções radiculares subgengivais (Cochran et al., 1996). O desenvolvimento de novas tecnologias para estes aparelhos tem levado a ampliação de seu uso e facilitado o trabalho do cirurgião-dentista. No entanto, os benefícios e possíveis efeitos indesejados devem ser avaliados e levados em consideração quando de sua utilização. O ultra-som apresenta como principal vantagem ser de fácil utilização, o que pode resultar em um ganho de tempo entre 20 a 50% quando comparado à instrumentação manual (AAP, 2000). Grandes massas de cálculo e manchas, como, por exemplo, as provenientes da nicotina do fumo, podem ser removidas com menor esforço e rapidamente. Quando utilizado corretamente, não causa dilaceração tecidual e desconforto pós-operatório. Alguns estudos verificaram comparativamente a eficiência dos procedimentos de raspagem e alisamento radicular realizados manualmente versus instrumentos sônicos ou ultrasônicos. Coletivamente, estes estudos indicaram que a instrumentação manual geralmente consegue alcançar mais profundamente dentro da bolsa periodontal que pontas de desenho semelhante dos aparelhos sônicos e/ou ultrasônicos (Checchi & Pellicioni, 1988; Dragoo, 1992). Porém, a efetividade destes aparelhos estará sujeita a profundidade inicial da bolsa periodontal e também ao treinamento do operador (Rühling et al., 2003). É importante salientar que a dificuldade táctil do operador ao manusear estes aparelhos pode acarretar efeitos indesejados como a remoção do cemento radicular, levando à hipersensibilidade 33 6 Profilaxia dentinária, remoção parcial do cálculo dental, deixando a porção remanescente com aspecto de lisura a sondagem, risco de provocar danos aos tecidos periodontais quando utilizados incorretamente, produção de aerossol, aumentando os riscos de infecção cruzada dentro da clínica odontológica e dificuldade em atingir regiões com bolsas profundas, produzindo rugosidades e/ou irregularidades na superfície radicular que facilitariam a aderência bacteriana e reinfecção dos sítios afetados. Em relação à presença de sangue no spray produzido pelos aparelhos, são necessários cuidados especiais para o adequado controle da infecção no consultório. A realização de bochechos prévios ao atendimento com gluconato de clorexidina a 0,12% por 1 minuto pode reduzir em 90% os riscos de disseminação microbiana no ambiente de atendimento (AAP, 2000). Para minimizar os efeitos provocados pelas pontas de ultra-som sobre a superfície radicular como riscos, sulcos, ranhuras e depressões é necessário e importante a complementação com instrumentação manual seguida de polimento da superfície radicular, através de taças de borracha associadas à pasta profilática de granulação fina para reduzir ou eliminar as irregularidades produzidas por estes procedimentos.Com isto torna-se evidente a necessidade de um melhor controle dos agentes etiológicos de forma a coincidir com o objetivo pela busca da descontaminação bacteriana de sítios infectados. Outras questões que sempre envolvem o uso destes instrumentos são a efetividade do desbridamento radicular, a sobre-instrumentação e a extensão apical que pode ser atingida pelas pontas. Em relação a este último, os estudo de Dragoo (1992) e Clifford et al. (1999) avaliaram pontas tradicionais e "micro-ultrasônicas" em relação à sua capacidade de atingir a porção mais apical da bolsa e relataram resultados conflitantes. Dragoo (1992) descreve que muito raramente algum destes instrumentos consegue atingir a porção mais apical das bolsas. Por outro lado, Clifford et al. (1999) relatam que os dois tipos de pontas são capazes de atingir e raspar a placa localizada mais apicalmente em bolsas mais profundas. O conhecimento até hoje produzido é, portanto, suficiente para utilizar estes aparelhos com segurança desde que corretamente indicados e manuseados. 34 LAXYS JET Equipamento destinado à trabalhos de profilaxia , especialmente na remoção de manchas e placas bacterianas através de jateamento utilizando bicarbonato de sódio como elemento abrasivo. Laxys Jet ANVISA: 80030810001 - Unidade adaptável ao encaixe tipo Borden da caneta de alta rotação. Kit de Insertos para Profilaxia Profilaxia 6 LAXYS EASY e LAXYS EASY II Equipamentos destinados à trabalhos de profilaxia , especialmente na remoção de tártaro através de raspagem ultra-sônica, além da função de auxilio à instrumentação endodôntica. Laxys Easy II* ANVISA: 80030810027 Laxys Easy ANVISA: 80030810027 Dispositivos Integrados Transdutor piezoelétrico (cerâmico) ultrasônico a 30 KHz; - Kit de insertos; - Inserto (TIP) para limas endodônticas ultrasônicas; - Kit de limas ultra-sônicas; - Sistema de irrigação integrado*. Dados Técnicos: Tensão de operação: 90V ~ 240V Potência elétrica: 30 W 35 7 Divisão Química 7 Novidades da Divisão Química Como parte da filosofia de constante aprimoramento das soluções tecnológicas oferecidas ao mercado, criamos em 2004, uma divisão voltada para o desenvolvimento de famílias de produtos de base química, que têm sinergia com a linha de equipamentos tradicionalmente por nós fabricadas. Nesse sentido, criamos diversas opções para o segmento de Clareamento Dental, tais como: Laser Peroxide Sensy 35% Laser Peroxide Sensy II 25% Lase Peroxide Sensy consiste de uma família de agentes clareadores à base de Peróxido de Hidrogênio em concentrações de 25% e 35%, especialmente desenvolvidos para clareamento de dentes vitais e nãovitais, de uso exclusivo em consultório e obrigatoriamente utilizado em conjunto com proteção gengival através da aplicação da barreira gengival fotopolimerizável Lase Protect ou pela utilização de isolamento total com lençol de borracha. Trata-se de um produto com alto poder clareador, que tem seu melhor desempenho se utilizado em conjunto com os equipamentos Whitening Lase II, Whitening Lase Light Plus, Whitening Lase Plus, Sistema Ultra Blue IV, Sistema Ultra Blue IV Plus, Sistema Ultra Blue IV Plus II. Lase Protect - Barreira Gengival Fotopolimerizável De performance comprovada e fácil manejo, a barreira gengival fotopolimerizavél é um eficiente aliada na proteção gengival para procedimentos de clareamento dental em consultório, tanto para dentes polpados quanto despolpados. De coloração esverdeada, e fotopolimerizada através de luz azul, também pode ser usada no auxílio em procedimentos de isolamentos absolutos, nas diversas especialidades onde o clínico encontra dificuldades em realizar o procedimento, por exemplo, na endodontia e dentística nos casos de dentes com coroas clínicas destruídas. Home Peroxide; Gel de Clareamento caseiro à base de peróxido de carbamida nas concentrações 10% e 16% 36 acompanhado de flúor, nitrado de potácio e aromatizantes. Esse gel é indicado para pacientes com maior risco de sensibilidade, por exemplo, que apresente trincas no esmalte. A grande novidade é a moldeira termoconformável que acompanha o kit de clareamento dental. Com essa moldeira, o procedimento de clareamento fica muito facilitado pois não há necessidade de moldagens prévias e confecção em laboratórios. Home Peroxide II; Gel de Clareamento caseiro à base de peróxido de hidrogênio nas concentrações 6% e 7,5% acompanhado de flúor, nitrado de potássio e aromatizantes. Versão um pouco mais potente, indicada para pacientes com menor predisposição à sensibilidade, como por exemplo, pacientes idosos, sem presença de trincas ou desgastes incisais. O Kit contém uma moldeira termoconformável e um eficiente dessensibilizante de extrema importância no pós-clareamento, a fim de reestruturar a superfície do esmalte dental e controlar a sensibilidade. Sistema de Remoção de Manchas por Microabrasão Micropol Eficiente abrasivo removedor de manchas superficiais à base de ácido clorídrico em baixa concentração associado ao carbeto de silício. Tem como finalidade solucionar alterações de cores intríncecas superficiais, proporcionando a obtenção de resultados permanentes com pequena perda de tecido dental. Também pode ser usado a fim de corrigir irregularidades superficiais do esmalte, por exemplo, após remoções de brackets ortodônticos. Como comprovação do caráter inovador dessa nova divisão da DMC, decidimos incorporar no primeiro produto a ser desenvolvido, matérias primas de origem vegetal, facilmente renováveis e biodegradáveis. Assim, incorporamos o JUÁ e o URUCUM ao novo e revolucionário produto clareador dental LASE PEROXIDE SENSY - 35%. O JUÁ, extraído do juazeiro, árvore característica do Nordeste brasileiro, tem Divisão Química grande poder tensoativo, graças à presença de uma substância conhecida como SAPONINA. A raspa obtida do tronco do juazeiro, de onde se extrai o JUÁ, é utilizada há décadas por milhões de nordestinos na higiene dos dentes e com ótimos resultados práticos, tais como ação anti-cárie e removedor de placa microbiana dental, o que levou a comunidade científica a se interessar pelo assunto, tanto no Brasil como no exterior. O JUÁ, além dos valores agregados acima citados, é responsável: Pela agregação e estabilidade dos constituintes das fases 1 e 2 do produto. Pela molhabilidade da superfície dental, o que possibilita a aplicação de uma fina, uniforme e aderente camada de gel. Pela enxaguabilidade, isto é, pela facilidade com que o gel é removido da superfície dental, com água, após o término do clareamento. O URUCUM (Bixa orellana L.) é um arbusto que pode ser encontrado em todas as regiões do Brasil. Este arbusto produz sementes que são utilizadas para a extração de um corante totalmente natural, de fonte renovável, amplamente utilizado na indústria farma- 7 cêutica e alimentícia. Por ser um corante natural, um dos poucos que não fazem mal a saúde, é aceito, sem restrições, nos países em que foi proibida a utilização de corantes artificiais; a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a FAO (entidades da ONU) vêm recomendando medidas contra o uso de corantes artificias. Existe uma tendência mundial, de que os corantes naturais, principalmente o extraído do URUCUM, seja largamente empregado nos produtos industrializados que consumimos. Assim, com objetivo de acelerar o processo de clareamento, foi incorporado ao produto um corante à base de URUCUM, com a finalidade de absorver luz visível em determinada faixa de comprimento de onda, constituindo um sistema de ativação fotônica. Energia gerada pela fonte de luz, será responsável pela aceleração da liberação de oxigênio nascente e de outros radicais livres responsáveis pelo clareamento dos dentes. A mudança da cor do gel, de vermelho para laranja, auxilia a visualizar o andamento e o término do processo de clareamento. A coloração laranja oferece ainda a vantagem de continuar absorvendo a energia gerada pela fonte de luz na etapa final do processo. Anvisa: 80030810024 Anvisa: 80030810033 LASE PEROXIDE SENSY “Peróxido de Hidrogênio a 25 e 35% COMPOSIÇÃO DOS PRODUTOS - Gel Clareador Lase Peroxide Sensy, após a mistura das fases 1 e 2: peróxido de hidrogênio 25%/35%, espessante, corante, extratos vegetais, amida, agente sequestrante, glicol e água; - Dessensibilizante: água, essência, espessante, conservante, nitrato de potássio e fluoreto de sódio; - Lase Protect - Barreira Gengival Fotopolimerizável: metacrilato, canforquinona, sílica, amina terciária, corante e essência; - Solução Neutralizadora: bicarbonato de sódio 10%, conservante e água. - Pontas para Polimento Kit suficiente Para 3 pacientes 37 Foco Divisão Química Home Peroxide e Home Peroxide II ANVISA: 80030810018 ANVISA: 80030810045 Cada Kit contém: Home Peroxide: - 03 seringas com 3g de gel clareador; - 01 moldeira termomoldável; - 01 porta-moldeira; - 01 seringa com 2g de dessensibilizante pósclareamento dental; - 04 bicos aplicadores; - 01 manual do usuário; Home Peroxide II - 03 seringas com 3g de gel clareador; - 01 moldeira termomoldável; - 01 porta-moldeira; - 01 seringa com 2g de dessensibilizante pósclareamento dental; - 04 bicos aplicadores; - 01 manual do usuário. 38 SISTEMA CLAREADOR DENTAL O sistema clareador dental, nos modelos HOME PEROXIDE 10%, HOME PEROXIDE 16% (à base de Peróxido de Carbamida), e HOME PEROXIDE II 6% e HOME PEROXIDE II 7,5% (à base de Peróxido de Hidrogênio), consiste de versões de agentes para clareamento dental caseiro, e devem ser utilizadas sempre sob a orientação de um dentista. Os produtos contêm agentes dessensibilizantes em sua formulação, com a finalidade de reduzir a possibilidade de ocorrência de hipersensibilidade dentinária pós procedimento. Divisão Química Lase Protect 7 ANVISA: 80030810007 - Barreira Gengival Fotopolimerizável Lase Protect - 01 seringa com 3g de Barreira Gengival Fotopolimerizável; - 03 bicos aplicadores. Micropol Micropol - 01 seringa com 3g de Micropol; - 15 bicos aplicadores. - Removedor de manchas por micro abrasão ANVISA: 80030810044 39 Foco Núcleo de Pesquisa e Ensino Expediente Comissão Editorial Editora Científica: Luciana Almeida-Lopes Editor-Chefe: Renaldo Massini Júnior Conselho Editorial: Aécio Yamada, Attílio Lopes, Danny Frank Arendt, Douglas Vieira, Emilio Barbosa e Silva, Hermes Pretel, Ismael Drigo Cação, Ivo Carlos Correa, José Antonio Gaspar, Leandro Bortoloti Scarpato, Marcelo Ferrarezi, Meire M. Fracher Abramoff, Rita de Cássia Amaral. Conselheiros Científicos Internacionais: Josepa Rigau i Mas, Leo Stilberman, Mariano Vélez-González. Marketing: Lígia Maria Meirelles Editoração gráfica, desenvolvimento e Diagramação: René Orozco Fotolito: Copying Fotolitos Pesquisar, Ensinar, Orientar NuPEn: Núcleo de Pesquisa e Ensino de Fototerapia nas Ciências da Saúde. Coordenadora: Profa. Dra. Luciana Almeida-Lopes Gráfica: Suprema Gráfica e Editora Ltda. Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução integral ou parcial desta publicação ou de qualquer um de seus componentes (textos, imagens, etc.) sem a prévia e expressa autorização DISTRIBUIÇÃO GRATUITA São Carlos; 20 de Janeiro de 2007 40 Nosso material didático é especialmente desenvolvido de forma a facilitar a compreensão de seu conteúdo científico. Nossa Missão Promover a difusão da Laserterapia, do Clareamento Dental e da Fotoativação, colocandoos à disposição dos profissionais da área da saúde, popularizando essas metodologias terapêuticas e substanciando essas novas tecnologias. Nossas funções na DMC - Agendamento e organização de cursos coordenados total ou parcialmente pela DMC. - Agendamento e organização de cursos ministrados dentro de feiras e eventos. - Atendimento e encaminhamento dos profissionais da área de saúde que requisitarem aparelhos com finalidade de pesquisa de qualquer natureza. - Empréstimo de aparelhos para a finalidade acima descrita, sempre em caráter de comodato. - Organização de cursos ou qualquer atividade que envolva a FUNDECTO (SP), LELO (SP) e FOUSP Dentística (SP). - Encaminhamento de material de ensino (CDROM, revistas científicas, artigos científicos). Visite nosso site: www.nupen.com.br Ou fale conosco: [email protected] Temas publicados em Cd-Rom que acompanham os aparelhos DMC Foco Núcleo de Pesquisa e Ensino Seja qual for o futuro que a Tecnologia nos reserva, a DMC estará com você! Sergipe; Rio Grande do Norte; Paraíba; Maranhão Spaziodonto Responsável: Paulo Silva Telefone: 81-30625650 Bahia Alexandre Viana Representações Responsável: Alexandre Viana Telefone: 71-33441774 São Paulo DMC ABC Responsável: Claúdia Zerrener Telefone:11-44320232 Central Laser - S. José do R. Preto Responsável:Carlos Souza Telefone:17-32341417 Central Laser - São Paulo Responsável:Carlos Souza Telefone:11-50817998 Odontologia do Futuro Responsável:Milton Pinheiro Telefone:12 - 36488692 Global Laser Responsável:João Henrique Morelli Telefone:19-32955064 Technodontus Responsável:Edson Pegoraro Telefone:16-33338787 Paraná Biondo e Biondo Responsável: Marcelo Biondo Telefone:41-91793232 Rio Grande do Sul Nogueira Ribeiro Com. e Repres. Ltda Responsável: Eduardo Nogueira Telefone:51-30591309 Rio de Janeiro Minas Gerais Doctor Laser Responsável: Lívia Gomes Telefone:32-32151432 Dental Center Responsável: Vangelino Valiatti Telefone:27-33360222 Promodental Responsável: Luciano Telefone:31-33997171 Central Laser Responsável:Carlos Souza Telefone:34-32106947 Hugo Responsável:Hugo / Floriano Telefone:21-91581913 Odontologia do Futuro Responsável: Aderson Pinheiro Telefone:12 - 36488692 Goiás; Tocantins; Distrito Federal Othoscope Responsável: João Luiz Meirelles Telefone:62-32248666 Amazonas; Acre; Roraima; Rondônia Odontología do Futuro Responsável:Milton Pinheiro Telefone:82-30338590 Pará Espírito Santo Technodontus Dental Center Responsável: Vangelino Telefone:27-33360222 Mato Grosso; Mato Grosso do Sul Central Laser Responsável:Carlos Souza Telefone:17-32341417 Santa Catarina Odonto System New Responsável:Leandro Telefone:48-32232158