Dossier de imprensa

Transcrição

Dossier de imprensa
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Uma família desmembrada por pequenos segredos que se tornam em
enormes mentiras tenta desesperadamente permanecer unida e recusa-se
a aceitar a Verdade. Para evitar fazer face a pesadas provas e
responsabilidades, eles escolhem ignorar a Verdade, e recusam ver, ouvir
ou falar sobre ela, como na fábula dos Três Macacos. Mas evitará este
jogo o confronto com a Verdade?
TURQUIA, FRANÇA, ITÁLIA, 2008, 109MN, 2:35, COR
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NOTA DE INTENÇÕES DO REALIZADOR
Desde que me lembro que fico intrigado, fascinado e ao mesmo tempo
assustado com as manifestações do espectro incrivelmente alargado da psique
humana. Sempre fiquei espantado ao ver a coexistência, no coração da alma
humana, entre o poder de governar e a capacidade de perdoar, entre o
interesse pelas coisas mais sagradas e pelas mais banais, entre o amor e o
ódio.
E o que me leva a fazer filmes é essa vontade de compreender o nosso
mundo interior que não pode ser formulado racionalmente. O filme pretende
apresentar esse género de situação emocional e psicológica, ao trazer para a
cena uma intriga carregada de relações complexas e violentas que se
desenvolvem entre as quatro personagens principais. Tentei dramatizar os
pensamentos abstractos, as crenças e os conflitos conceptuais que vivemos no
mais profundo de nós, personificando-as através dos protagonistas desta
narrativa.
O que mais surpreende aqui é o desvio que destabiliza todo o conjunto, a
estrada atravessada que se separa da estrada principal. Por exemplo esse
momento onde um ser corajoso se encontra de repente de joelhos, a tremer de
medo. Ou então, esse instante onde um cobarde de repente prova ter coragem.
Tentar compreender a natureza humana e melhor compreender-nos a nóspróprios, descrevê-la através de antagonismos deste género, eis o que
tentámos fazer nesta história.
Nuri Bilge Ceylan
Nasceu em Istambul em 1959. Depois de ter obtido o seu
diploma de engenheiro na Universidade de Bosphoro,
estuda cinema durante dois anos na Universidade de
Mima Sinan de Istambul.
1995 KOZA
Em competição em Cannes 1995 – 20 mn
1997 KASABA
Prémio Cagliari – 85mn
1999 MAYIS SIKINTISI (NUVENS DE MAIO)
Em competição em Berlim 2000 – 117mn
2003 UZAK (LONGÍNQUO)
Cannes 2003 – Grande Prémio e Prémio Duplo de
Interpretação Masculina – 110mn
2006 IKLIMLER (CLIMAS)
Em competição em Cannes 2006 – 96mn
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PALMARÉS DO FILME
FESTIVAL DE CANNES
MELHOR REALIZADOR
FESTIVAL CINEFÃ DE OSIAN
MELHOR REALIZADOR
FESTIVAL CAMARA DE CINEMA “MANAKI BROTHERS”
PRÉMIO MOSFILM
MENÇÃO ESPECIAL
FESTIVAL DE HAIFA
MELHOR FILME (ÂNCORA DE OURO)
ASIA PACIFIC SCREEN AWARDS
MELHOR REALIZADOR
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A BOA RECEPÇÃO DA IMPRENSA
DURANTE O FESTIVAL DE CANNES
Entre os mais belos filmes recentes que eu vi, Três Macacos é o meu favorito
até agora.
Matt Noler
HOUSE NEXT DOOR
Dos filmes que competem para a Palma de Ouro, prémio máximo do festival, o
mais aplaudido pela crítica até à data foi Três Macacos da Turquia de Nuri Bilge
Ceylan, um conto passado à volta de tensões familiares.
TIMES
… Se as previsões dos jornais da profissão forem alguma indicação, o filme
mais aclamado até agora é Três Macacos de Nuri Bilge Ceylan.
Brian D. Johnson
MACLEANS. CA
Tenho uma suspeita oculta que este filme maravilhoso vai sair daqui com a
Palma de Ouro.(…)
O calor abrasador é maravilhoso para contrapor a tensão. Isto é um must.
James Christopher
TIMES
Fiquei enganchado desde a partida – colado, fascinado. Estava num estado
bastante excitado porque eu sabia – sabia absolutamente – que estava a ver o
primeiro filme maior do festival.
Jeffrey Wells
HOLLYWOOD ELSEWHERE
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Aslan tem absolutamente de ser posta no topo da lista para as vencedoras de
Melhor Actriz aqui. Não me interessa o que possa acontecer daqui ao dia 23 – o
seu desempenho é de arrasar. (…)
É obviamente cedo para falarmos de vencedores da Palma de Ouro, mas
quando um filme tem a Coisa Certa que Não Dá para Enganar, sabe-se logo.
Fortaleza moral, uma visão afiada como uma navalha e segurança no andar
estilístico deste calibre são impossíveis de ignorar.
Jeffrey Overstreet
LOOKING CLOSER
Os actores principais são espectacularmente convincentes como unidade
disfuncional
Justin Chang
VARIETY
Ceylan, quase 50 anos e já vencedor de uma data de prémios pelos seus
primeiros quatro filmes, é visto como um dos mais distintos realizadores da
última década. (…)
É a sua terceira aparição em Cannes, onde o filme é dado como estando na
linha da frente dos 22 presentes para a prestigiosa Palma de Ouro do festival.
Agência France Press
Ceylan falou do seu desejo de capturar as emoções mais recônditas das suas
personagens. Por vezes ele consegue aguentar estes grandes planos
caprichosos durante só um bocadinho de tempo a mais, mas ele é também um
artesão hábil com um instinto Hitchcockiano para fazer subir a tensão. Parco
em diálogos, mas desempenhado com uma intensidade feroz, Três Macacos
parece ser um forte candidato a algum tipo de prémio por parte do júri de Sean
Penn.
Geoffrey MacNab
THE INDEPENDENT
Nuri Bilge Ceylan (que, têm de admitir, é um grande nome)
Richard Corliss
TIME (USD)
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Começa com o gatilho Simenon e acaba por aproximar-se de Dostoievsky –
talvez com uma pitada de Coens. Neste momento, é o meu candidato favorito
para a Palma de Ouro.
Jonathan Romney
THE INDEPENDENT
Reagi muito negativamente ontem à noite (…) – e agora estou-me a sentir
ligeiramente desconcertado, convencido que a minha reacção foi errada.
David Cox
CHANNEL 4
Este drama absorvente ainda merecia a sua ronda de aplausos enquanto o
genérico corria.
Jamie Graham
TOTAL FILM
É o melhor filme de Ceylan de sempre (…)
A fotografia de Ceylan é maravilhosa, mais uma vez.
Charles Ealy
AUSTIN360
Vistos separadamente, nenhum dos elementos do filme são menos que
soberbos; não havia nada que não fosse de ficar preso, e maravilhosamente
filmado.
Peter Bradshaw
THE GUARDIAN
O que acontece enquanto o homem inocente está na prisão é o tema de uma
história que o arrasta para uma obra de arte de desespero prolongado, uma
linha que não espero ver nos anúncios.
Jay Stone,
MONTREAL GAZETTE
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A REACÇÃO DA IMPRENSA
INTERNACIONAL DEPOIS DO FESTIVAL
O filme era um dos favoritos da crítica de entre os 22 concorrentes para a
prestigiosa Palma de Ouro.
News.com (Austrália)
…Três Macacos, a obra de arte negra que lida com uma família recheada de
segredos, definitivamente merecia um dos prémios maiores do festival.
Samir Farid
AL-AHRAM
Ceylan já fez belos filmes antes, nomeadamente o notável Longínquo; este é
um dos seus melhores e merecidamente venceu o prémio de melhor realizador.
David Stratton
THE AUSTRALIAN
O prémio de Melhor Realizador para Nuri Bilge Ceylan com Três Macacos é
uma coisa que é dificilmente discutível.
Peter Bradshaw
THE GUARDIAN
Quando o realizador turco Nuri Bilge Ceylan ganhou o prémio de Melhor
Realizador em Cannes no mês passado pelo seu filme Três Macacos, dedicou
o prémio “ao meu belo e solitário país”.
Vincent Boland
FINANCIAL TIMES
O filme também consegue ser um triunfo na fotografia.
Kathryn Durfee
FILMPHILE
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VISÕES DA IMPRENSA INTERNACIONAL
(…) Poderia ser um romance americano negro dos anos 30 ou o início de um
Simenon. É o novo filme de Nuri Bilge Ceylan, em competição no Festival de
Cannes, e o cineasta turco aventura-se longe daquele que foi o seu porto de
ancoragem. Abandona a veia auto-biográfica, emprega pela primeira vez
actores profissionais e tem em consideração o cinema dos outros. O resultado é
impressionante de inteligência, mas também desconcertante, tão longe que leva
Ceylan o seu jogo de deformação do filme de género.
(…)Nuri Bilge Ceylan actua a contra-corrente das regras do género. Em vez de
levar os desejos e ódios conjugais e familiares até ao seu paroxismo, distendeos, fá-los soçobrar no silêncio e na inacção, numa entropia onde tudo se atola.
Os três macacos que tapam os olhos, as orelhas, e a boca chamam-se aqui
Eyup, Hacer e Ismael.
Não é o mais excitante dos espectáculos (com a excepção da queda que é
aqui uma bela pirueta), e Ceylan joga com o risco do tédio. Ele mantém-se à
distância, graças ao seu talento singular de realizador.
Como Climas, o seu filme anterior, ele filmou Três Macacos em imagens
digitais. A sua crónica da morte de um casal era feita de imagens que gravavam
cada detalhe dos rostos, dos corpos e dos locais. Desta vez, a informação é
mais fragmentária, demoramos, por exemplo, muito tempo a descobrir o belo
rosto de Hacer,
(…) Esta experiência é conduzida com grande determinação, que revela da
liberdade no cinema de Ceylan. Era sem dúvida necessária esta pequena
renúncia para que o cineasta continuasse a avançar.
Thomas Sotinel
LE MONDE
A habitual atenção que Ceylan dá ao indivíduo foi agora expandida para incluir
uma família, composta por um marido, Eyup, uma mulher, Hacer, e o seu filho
adolescente Ismael. (…) Nada parece acontecer, no entanto pequenas pistas
são continuamente plantadas que vão continuar a construir através do filme e
conduzir a várias grandes, ainda que sub valorizadas, compensações
emocionais.
Não há ninguém na actualidade a trabalhar no cinema que seja capaz de
sugerir um estado psicológico interior tão bem como Ceylan o faz, apenas
através da observação externa de uma personagem imóvel. Para mais, ele
utiliza o quadro completo, que é sempre perfeitamente composto para uma
expressividade máxima, ou num extremamente longo plano, ou num grande
plano devastador. Diferenças de focos e ângulos de câmara são também
meticulosamente pensados, e a tensão criada numas poucas cenas
propositadamente desenhadas pode ser avassaladora.
(…) um filme onde cada plano parece tirado directamente de uma galeria de
arte e igualmente poderoso, e tranquilamente, satisfatório.
Peter Brunnette
HOLLYWOOD REPORTER
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Á primeira vista, o melhor filme até aqui para mim – Três macacos de Nuri Bilge
Ceylan – é muito superficialmente sobre a encarceração, no aspecto em que a
história é rapidamente desencadeada quando um político local que concorre às
eleições convence o seu condutor a levar com as culpas por ele depois de
atropelar um homem; em retorno paga o salário do seu empregado ao filho
adolescente, e entrega-lhe uma grande soma quando sair da prisão cerca de
seis meses depois.
Mas se na verdade apenas vemos um par de cenas na prisão, quando o filho
visita o pai, não quer dizer que a prisão não seja central, quase que uma
metáfora Dostoievskiana para o que acontece ao condutor, ao seu filho e à sua
mulher, e ao político. Pois aquela mentira contada aos polícias é apenas a
primeira – e de facto a fonte – de muitos mais enganos que formam as
interacções crescentemente distorcidas entre os quatro protagonistas, todos os
quais ficam presos na ratoeira pelos seus próprios medos, desejos, dúvidas e
suspeições.
O quinto filme é provavelmente o mais ambicioso até agora do realizador de
Longínquo e Climas. Tem o humor seco, ritmo seguro, visões psicológicas
astutas e o sentido de moral afiado que tem estado patente em todo o seu
trabalho, mas em muitos aspectos o filme parece uma extensão de Climas, não
só pelo olhar esclarecido, pela abordagem não sentimental das relações
macho-fémea de um casal e de uma família inteira e seus conhecidos, mas
também ao explorar o rico potencial permitido pela tecnologia digital; se pensou
que o olho de fotógrafo de Ceylan produziu imagens espantosas em Climas,
Três Macacos leva a capa ainda mais longe. Foi comprado para o Reino Unido,
por isso quando aparecer, veja-o – e maravilhe-se!
Geoff Andrew
TIME OUT
Um thriller psicológico de estilo negro ostensivamente rotineiro abre a porta dos
sonhos da alta arte na competição com o competidor Três Macacos. (…) O seu
novo filme representa um começo ousado do seu estilo passado: será melhor
descrito como um melodrama introspectivo, ainda que visualmente e
tonalmente, continua a ser um Ceylan na sua quinta-essência.
Pela primeira vez envolve-se na complexidade narrativa, tecendo um fio subtil,
torcido com ecos de escritores policiais tais como George Simenon e James
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McCain. Três Macacos vai consolidar-lhe a reputação entre os conhecedores
de arte, mas deveria arranjar-lhe novos amigos também. (…)
O tema do filme, como em tantos filmes negros, é a culpa, e as pessoas ou a
aceitam ou tentam despir-se dela: a alusão do título é aos macacos proverbiais
de vê/ouve/fala de nenhum nome do mal. A história começa num modo
crepuscular, embebido na noite, com um homem de meia-idade ao volante do
seu carro antes de causar um atropelo e fugir (é típico da abordagem elíptica do
filme que a vítima permaneça desconhecida).
O perpetuador é Servet, um político que teme que o acidente vá afectar as
suas hipóteses de vencer as eleições. Ele convence o seu condutor Eyup
(Bingol, mais conhecido na Turquia como cantor popular) a arcar a culpa, em
troca de um suborno que manterá a sua família segura.
(…)
Alguns tropos académicos típicos de thriller pulposo são desesperadamente
embrenhados na primeira hora, mas a astúcia da narrativa só se torna aparente
depois disso. É só aí, por exemplo, que Eyup, recentemente libertado, entra
realmente na acção como jogador, a ênfase do drama alterando-se
desconcertantemente na direcção dele. E é só ao fim de uma hora que
descobrimos que o casal tinha tido outro filho, há muito morto, que assombra a
imagem num par de planos enigmáticos, um deles um sonho com tons
vagamente Tarkovskianos.
Todo o longo, Ceylan e os seus co-argumentistas – a sua mulher Ebru Ceylan
e o actor Ercan Kesal – retêm sistematicamente a informação chave, mantendonos tão fora do círculo como as suas personagens muitas vezes estão. Muito do
filme gira crucialmente em volta das suspeições e ansiedade de pai e filho.
Como os anteriores filmes de Ceylan, este olha longa e duramente para os
mistérios e contradições auto destrutivas do coração humano, mas o vinco
sombrio e marcadamente pessimista também encontra espaço para o sentido
de humor negro sardónico, incorporado aqui numa piada recorrente de um
toque de telemóvel desinteressadamente eloquente.
Utilizando o vídeo HD com cores metalizadas e deslavadas, Ceylan e o DF
Ghokan Tiriaky fornecem as composições citadinas belamente compostas que
se tornaram na marca do realizador, assim como os estudos faciais que falam
mais eloquentemente sobre os conflitos emocionais das personagens do que os
grandes planos habituais. Um maravilhoso plano final digitalmente manipulado
dá ao filme um final em aberto perturbador que só pode agitar o debate e
mandar os espectadores intrigados para uma segunda visão.
O único senão é que o ritmo se torna um pouco preguiçoso na ponta final, e –
Enquanto é da natureza de um filme de Ceylan ser de combustão lenta – uma
depuração mínima poderia bem tornar um filme excepcional num quaseperfeito.
Jonathan Romney
SCREEN
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O título refere-se ao provérbio japonês em que três macacos sábios que são a
máxima pictórica para o “não vê mal, não ouve mal, não fala do mal”. Enquanto
existem múltiplas interpretações da máxima, aquela que parece mais próxima
do filme tem qualquer coisa a ver com um elefante na sala. Sem desvendar
muito da intriga, até ao finalzinho do filme, seria rebuscado saber exactamente
a que macacos o filme se estaria a referir: o encobrimento, a traição, o
assassínio, ou a peça que falta no puzzle da família. Talvez todos.
Para uma trama cheia de enganos, intrigas e paixões, Três Macacos foi despido
ao essencial, deixando apenas a lenta decadência de uma família a ocupar
plenamente o ecrã. Os acontecimentos servem apenas de âncora, pois a acção
real que propulsionou o filme era invisível na página. Apesar de se tornar
aparente a meio do caminho que o catalisador emocional do filme pode ter
começado antes do primeiro plano aparecer no ecrã (…)
Com Três Macacos, ele fecha um conjunto de filmes comoventes,
indistintamente belos, simultaneamente íntimos e afastados, como postais de
viagens de memórias.
As personagens estranhadas funcionavam como solitários apesar da sua
tentativa desastrada para se alcançarem. Por duas vezes a imagem de um só
gato de rua que atravessa vaidoso o ecrã com a forma da personagem a
partilhar o mesmo enquadramento. O grito de um gato pode ser terrivelmente
solitário e assombrante, e a sua presença no filme – junto com a
surpreendentemente arrepiante e triste peça-de-puzzle-da-família-que-falta –
deu a Três Macacos a dimensão espiritual característica do melhor dos filmes
de terror psicológico. O elenco parecia-se com pessoas reais, respirando e
sofrendo como pessoas reais, carregando uma fibra emocional em cada um dos
seus desempenhos, mesmo se as suas circunstâncias parecem um pouco
irreais.
Aurelle
CHICKS ON FIRE
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YAVUZ BINGÖL…………….EYÜP
HATICE ASLAN……………..HACER
AHMET RIFAT SUNGAR…..ISMAIL
ERCAN KESAL………………SERVET
ARGUMENTO
EBRU CEYLAN, ERCAN
KESAL,
NURI
BILGE
CEYLAN
REALIZAÇÃO NURI BILGE CEYLAN
PRODUTOR
ZEYNEP ÖZBATUR
CO-PRODUÇÃO FABIENNE VONIER,
VALERIO DE PAOLIS,
CEMAL NOYAN, NURI
BILGE CEYLAN
DIRECÇÃO DE FOTOGRAFIA
GÖKHAN TIRYAKI
1º ASSISTENTE DE CÂMARA
SERKAN GÜLGÜLER
SOM
MURAT SENÜRKMEZ
MONTAGEM DE SOM
UMUT SENYOL
MISTURA
OLIVIER GOINARD
MONTAGEM
AYHAN ERGÜRSEL, BORA
GÖKSINGÖL, NURI BILGE
CEYLAN
CORRECÇÃO DE COR
BORA GÖKSINGÖL
DIRECÇÃO ARTISTICA
EBRU CEYLAN
MAQUILHAGEM
GÜLCAN BAYAR ÖGE
DIRECÇÃO DE PRODUÇÃO
ARDA TOPALOGLU
1º ASSISTENTE DE REALIZAÇÃO
AYLA KARLI TEZGÖREN
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