Os olhos verdes
Transcrição
Os olhos verdes
---~ - ORELLANA COl J ,CcrC)N Cuu,:c>\O Gustavo Adolfo Becquer Leyendas ~ Lendas EDIC;:AO BILiNGOE SELH>\O I, ESTUDO INTRODUTC)R10 ANTONIO R. ESTEVES TRi\DUC;Ao ANTONIO R. ESTEVES (com a colabora<;:ao de Nelson A. Kakitani e Edson A. Locoman) ; ' Ii ,. ~ EMBAJADA CONSEJERiA d \lill'7,'1i ' DE ESPANA Colecci6n Orellana c= N° 17 =:> Colec;:ao Orellana l' ~ DE EDUCA06t-l EN BRASIllA 2005 DIRFCT OR Dr. I.A C()I.FCC.I(">~ Jose Antonio Perez Gu ti errez 11181 r Becquer, Gustavo Ado lfo Leyendas - Lenda s / Gusrnvo Ado lfo Bec(1uer; sel e~ ii o, estudo introdutorio e trauu~iio, Anton io Roberto Esteves (co m a colabora~iio ue N e lso n A. Kakitani e Eu so n r\. Locoman).- Brasilia : Embajaua de r .spana. Con seje ria ue Educaci6n, 2005. 280 p. (Colecci6 n O rellana, 17 . C{) l e~ao Orellana) 1. Literarura, Espanha 2. Narra ti va espanhola I. Titulo II. Esteves, r\ntonio Roberto III Serie stas palavras como diretor da Cole~ao paLl saudar um novo volume E cia O relbna sao palavras de agradeClmento e de reflexao so bre 0 CDU 821.1 34.2 (60) 11.<I ' .llh o realtz ado. Logo no nLlm ero 12, Poelas do SEcufa de Ollro Espmlhof, COD 862E " " :1110 de 2000, tive a imensa so rte e honra de co-dirigir aqueb bela , ,I i(io com 0 amigo Manuel Morillo Caballero. Atc h oje, ourubro de )()OS, nasceram meia duzia de livros que ri ve 0 prazer de acompanh :l r. ( 'Illsidcro, ass im, ter atingido 0 o bJ etivo de dar continuicbde a uma (, ,)J('<;:50 qu e so ube servir d e can al e r eferencia para um publico lot .Isilciro, que. atraves da formula bilingue. teve acesso a obras-primas ,1.1 litcratura em lingua castelhana o u es p anhob. Neste period o lutam os ; III 1\1'01 d e fner perdurar no tempo a propria Cole~ao e, para mim, fato de esea Ldtima public a~50 , que ..lr.~ , "nSlitui uma enorme alcgria ~Jli~ l/:or:l vem MlNISTERJ O DE EDUCACION Y CIENCIA © EOITA: S ECRETAR i A GENERAL TEeNlcA. SUBOIRECCl6N GENERAL OE INFORMACl6N y I" 1(' I (' r cx pressado 0 desejo d e que fosse eu 0 apresentad o r d e sua PUBLICACIONES " .hlll'i:io das Rimas de Becqu cr (Orellana, 14:2001 ). Logo dcpoi s 0 I. ' .1I lilccimento ja se fez vcr: a U BE, Uni ao Brasilcir;l de Esc ri tores, i 1II I','(' O U ;10 tradutor, em ;lto solen e no Centro Cultural da Acadcllli:l '" de Letras, 0 Premio Jo aquim Norbcrto de tradl1~ao de poes ia. 1\1.I:. ilc-ir.l Apesar do excelente Estudo Intro durorio de Antonio R. E steves, Impres i6n: TH ESAURUS EDITORA DE BRASILIA lIu s lr~cj ones: ser as Lcyendas de Gus t avo Adolfo Becqucr. Agrad e~o, mais uma vez, ao tambem amigo Jose Jcronymo Rivera EMBAJADA DE ESPANA EN BRASIL - CONSEJERIA DE EDUCACI6N Y ClENClA NIPO: 65 1-05-314-7 ISBN: 85 -7062-503-0 a luz, 0 il l l l Ill xo como critico e tradutor. caio na tenta-;:ao de falar da obra 11' 1'(11 ,/,1.\ de Becquer. Los oJos VERDES OS OLHOS VERDES' (LEYENDA) (LENDA) Haec mucho riempo qu e renla ganas de eseribir cU:1lquicr eosa H[l muico tempo que eu rinh a vonLlde de cscrever qualquer con esr(' rlrul o. H oy, que se m e ha presenrado ocasion, 10 he puesro con co isa COI11 estc titulo. Hoje, que surgi u a oeasi':io, coloquei-o em letras lerras grandes en b prim era cuartilla d e pape!, y lu ego he capricho vobr la pluma. dcj ~ldo a Yo nco qu e he visto unos ojos como los que he pintado en esra bem grandes na primeir;l p;lgina e deixei. em seguida, a pluma voar, a seu bel prnCf. C reio que vi uns OU10S iguais :lOS que deseMei nest;) Icnda. N:io sci se foi Icyenda. N o SC si en suenos, pero yo los he visto. De seguro no los em SOMO, mas estou ceno que os vi. Ebem vcrd.1(lc que nao podl'Tei descreve-Ios podre dcscribir ral cuaI elIos eran: lumin osos, transparrntcs como b s exaLuncnte como eram: ILuninosos, u';msparentes como as goras da dluva que go tas de la Iluvia que se rcsbJbn so bre las hojas de los arboles despues resV:lbV~Ul' sobre as foIhas das [Jrvores depois de Wlla rempcsclde de vedo. Dc d e unJ t empes tad de verano . Dc t o d os modos, cuento con ]a codos os modos, conto com a in':lgina~ao de meus kicores para fazer-m e imJginacion d e mis lecto res para h ace rme comprender en es te qu e comprccndcr meIhor nestc que poderi;unos dnm:lr de esbo~o de qLUdrO que p udicramos llamar boceto de un cuadro que pintarc algun dla. prerendo pintar algwn dia. I -Hcrido va d ciervo ... , h erid o va; no hJY duda. Sc ve el ras tr o d e la sangre entre las zarzas del m o nte , y aI saltar un o de I - 0 ccrvo cs tJ fcrido. Est:l fcrid o, nao h:l duvidas. Pock o rasto de s;mgue entre as sar~as d o bosque e " T(aJu,~o Je Antonio R. Es(c"cs ( co m 11 6 l .10 cobbo(l,aO Jc EJson A. 1 17 Sl' vcr saltar uma d(,~S ;l ' l.ocol11:1") esos lentis cos han tlaqu ead o s us piernas ... Nu es tro jove n se n o r co mienza por don de Otros ac aban ... En CllarenLl an os de montero no h e visto mqor golpe ... Pno, ipor San Sa turio, patr6 n de Soria!, Cortadle el pa so pOl' esas carraSCJS, azuzad los perros, soplad en esciS rro mpa s hasta echar los higados, y hllndidle a lo s corceles una cuarLl de hi erro en los ijares: ,no vcis que se dirige hacia Ia fuente d e los Ala m os y si perdid o? Ia sa lva antes de m o rir podemos darle por LciS cuencas del Moncayo repitieron de eco en eco eI bramido de las trompas, el Iatir de la jauria desencadenada, y las VOces de los paj es reso naro n con nu eva furia, y el confuso tro pel de ho mbres, Glballos y perros se dirigi6 al punto que inigo, eI montero mayo r de los marqu eses de Almenar, se nalara Como el mas co rtarle el paso a 1a res. J. prop 6s ito para Pero todo fue inutil. Cuando el mas agil de los lebreles Il ego a las carrascas , jadeante y cubi er tas las fauces de espuma, ya el ciervo, rapido Como una sae ta, las habi a salva d o de un solo brinco, perdiendose entre los matorrales d e una troch a que conducia a la Fue nt e. -iAlto!... iAlto todo el mundo! - grit6 Inigo entonces- . Estaba de Dios que habia de m;ucharse. Y 1a cabalgata se detuvo, y enmudecieron las trompas , y los lebrel es dejaron refunfunando la pista a la voz de los cazadores. En aq ue! momento se reunia a Ia comitiva el heroe de la fies ta, Fernando de Argensola, el primogenito de Almenar. - , Que hac es? -exclam6. dirigi endos e a su montero, y en tanto, ya se pintaba el aso mbro en sus facciones, ya ardia la c61era en sus o jos- . ,Que h aces , imbecil? Yes que la pieza es ta h e rida, qu e es ]a primera que cae po r mi mano, y aband onas el rasrro y la dejas perd e r para que vaya a mo r ir en el fondo del b osq ue. ,C rees acaso q ue he vertido a mata r ciervo s para {es tin es de lobos? aroeiras-da-pLlia suas panas en fr aquecera m. N osso JOVC"llI nunca ti nlla visto um golpe mel hor. /Vbs, por amor de S;lO :-;, 11 t'lIll1. padroeiro d e S()ria, cortem sell caminho naqu ele carrascal! f\r i(l'11t ' ).' des! Soprern CSSJS cornetas ace sa ir 0 figad o l MeLlm as esporas Ill'sses cavalos. Voces n~o ('s tao vendo tllle elc es t;l indo em dire"ao d ;l f())Jr,· dos Alamos sc consegu ir chegar J:l ;m tes de mo rrer podemos d;'l-I o l' por perd ido? Os vales do M onclYo rcpetiram, d e ceo em eco, tro mbetas ; 0 0 bramido das btido da matilha solta e os gr itos dos pajens reSSO;lram com UIlla fLlria nova. Um confuso trope! de ho mens, de cavalos e de caes dirigiu-se para 0 ponto qu e inigo, 0 mateiro-chefe dos marqueses de Almenar, assinalou como mais apropr iado para cortar 0 passo da ca"a em fuga. No ent;lmo, tudo foi em vao. Quando lebreus chegou ao carrascal, ofegante e com esp uma, 0 0 mais rapido dos des focinh o co berto de 0 cervo, r:'tpido como uma tlecha , ja 0 tinha ultrapassado com ape nas um saI to, perdendo-se pelo maragal de uma ve reda que conduzia - a Fonte. Alto! Alto la todo mundo! - gritoLl Iiiigo, entao. Era vo ntad e de D eus qu e e1e escapasse . Deteve-se, entao a cava lgada. As t rombetas emudeceram e os lebreus inter ro m peram fungand o a carreira ao griro dos ca"adores. Naquele instante reunia-se de Argensola, - 0 acomi tiva 0 hero i da festa, Fernando primogenito da cas;) de Almenar. 0 que voc e es t a faze nd o? - exc!a mou, dirigind o -se ao m atei ro, ao mesm o tem po em que se delin eava em s uas fei"aes 0 assombro e ardia a colera em seus olh os- . 0 tlUC voce es ta fazendo , imbecil ? Nao es ta vendo que a pe"a esea ferida, que e a primeira que cai por minhas maos. E voce aba ndona sell rasro deixando-a perder-se para ir m orrer no fund o do bosque? Por acaso voce pensa que eLi vim matar cervos para que sirvam de frs tim para os lobos ? 118 " '- I d l ' II comep por o nd c muitos terminam. Em quarenta :tn OS COIllO 111.11,· ,, 1), 119 -Senor -murmuro Inigo entre dientes-. dc cstc punto. fS imposible pas;1I -Senhor, -murmurou Inigo entre os dentes- , c iilll',, ~,·.i\,,· 1 1'.I,sa r deste ponto. -;Imposlble! ,Y por que) -Impossivel por que? -Porque esa rroella -prosiguio d monrero- conduce ;1 b Fuente de los Alamos: b fuente de los Alamos, en cuyas aguas habir;! un espiritu del m ,l!. EI que osa enturbiar su corriente paga caro su ;nrevimienro. Ya b res habrJ salvado sus m ;i rgen es. ,Como las sa l varcis vos sin atLl er sobre vuesrra cabcz,1 ,llgllna calamidad ho rrible' Los cazadores Somos reyes del Moncayo, pero reyes que pagan un triburo. Pieza que se reFugia en esa (uente misrerios , a pleza perdida. -jPieza perdida! Primero perdere yo el seriorio de llli s padres, y primero perdere el anima en manos de Satands que permitir que se me escape ese ciervo, el unico que ha herido mi venablo, 1a primicia de mis excursiones de cazador... ,Lo ves ) ... ,Lo ve s? ... Aun se disringue a intervalos desde aqui: las piernas Ie se acorra; dejame ... , dejame ; su elra esa brida 0 t~lltan, su carrera re revuelco en el polvo ... ,Quien sabe si no Ie dare lugar para que Ilegue a la Fuenre? Y si lleg;lse, al diablo ella, su limpidez y sus habirado . jSUS, res jSUS caballo mio! Si 10 alcanzas, mando engarzar los diamanres de llli joyel en ru serreta de oro. 1 Re/aJllpago ; Caballo y jinere parrieron como un huracan. Inigo los siguio con b visra haSLl que se perdieron en la maleza; despues volvio los ojos en den-edor suyo; todo s, como el, permanecian inmovile s y co ns ternados. El montero exclamo al fin: -Seiiores, VOSOtros 10 habeis visto: me he expuesto a morir entre los pies de su caballo por detenerlo. Yo he cumplido con mi deber. Con el diablo no sirven valenti as. Basta aqui lJega el montero con su ballesta; de aqui en adelante, que pruebe a pasar eI capelhn Con su hisopo. -Por que esea vereda -prosscgUlll 0 matelro- vai d;n !,'\lte dos Alamos. Na fonre dos Alamos, em cujas aguas habit;) 11:1 lIl11 " ~ f)irito do rnal. Qucm ousa sUJar s ua <igua paga carD por sell .11 rcvirnento. Esra hora (:omo 0 animal j:1 deve ter cruzado suas lllargens. senhor vai ;ltravess5 -la se m atrair sobre slla cabe~a alguma 0 horrivel cabmidade? Nos, os Cl<;;ld ores somos os reis do Moncayo, II I as como reis pagamos urn tributo. 0 animal que se refugia nessa Illiste riosa fonte e lIlll animal perdido para nos. -Animal perdido! Preflro anres perder Preflro ;mtes perder escapc esse cervo, 0 J 0 senhorio de mells pais. minha alma nas maos de SaLmas a permitir que unico que foi ferido por minha lan~a, 0 primeiro de tn inhas excursoes como ca~ador... Voce esta vendo? Esta vendo? Pode-se ve-Io ainda, desde aqui, nos intervalos: ,1S pernas estao fracas, sua carreir;l diminui. Deixe-me ... Deixe-me. Solte as n~deas de meu cavalo ou ell () jogo na poeira' do chao... Quem sabe se n a~ Ihe darei opo rtunidade p<lr:J clue chegue a fonre? Ese chegar, que va para 0 diabo, ela, sua limpidez e seus habirantes. Eia, Relal/lpago! Eia, meu cavalo! Se voce alcan~ar 0 animal, mando eneravar os diamantes de minhas joias em sua serrilha de ouro. Cavalo e cavaleiro parciram como um furacao. Inigu acompanhou-os com a vista ate que desapareeeram no mataga!. Depois voltou os olhos para seu arredor. Como ele, todos permaneciam imoveis e consternados. o mateiro exc!amou por fim: -Senhores, voces 0 viram. Na tentativa de dere-Io, m e expw, a morrer entre as paras de se u cavalo. Cumpri com meu d ev<'\'. Contra 0 diabo d e nada serve a valentia. Ate aqui chega com sua balesta; daqui para frente que siga hissope . 120 121 0 0 111;)rci\,", capelao com ." ' 11 II II - 1<.'11<' is b color quebrada; :llld;iis 1l111srio y sOlllbrlo. (Que 0., sliced,, ) Dcsde d di:!, que' yo siclllpre rendr': par flillesro, Cil '-juc llcgasreis a la rlll'IICC de los l\blll OS Cil pos dc 1.1 rcs hCl'id;l, dlriase llllc una mala brllp OS ha cllClllijado can SliS hechizos. Ya 110 v;lis a los monres prccec1ldu de b rllidos;l pllria Ili cl dalllor de vues rras rrom pas despierca SliS eCllS. S610 Call csas cavibciones que os persiglicll , rodas LIs mananas rom;}is b ba11csr;] para cndcrczaros a b CSpcs ura y pCl'ln<lncecr en ella h,lsra qllc cl sol se c>cond e. Y cuallLio la noch e OSClIreec y volveis pa1ido y Farigado al c;]s rl11o, en ba1dc blls co ell b balldo1cLl los dcspojos de 1a Clza. (Que as ocupa ran brgas horas 1cjos de los que mas os quicrell) Mienrras Iiiigo h;lb1aba, Fernando, absorco ell sus idea s, s;lcaba maquin:l1menre asrilIJs de su escano de .:b:l no con el euehillo de monte. Dcspues de un largo sile ncio, que solo Inrcrrumpi;l cl chirrido de 1a hoja al resbalarse sobre b pulimenrada nudera, cl joven excl am 6, dirigicndose a su servidor, Como si no hubiera eseueh:ldo una sola d e sus palabras: -Inigo, ru que eres viejo, rLI l1 uC co noces rodas las gU:lridas del MOllcayo, que has vivido en sus fa1d;ls persiguiendo :l la s fieras, y ell ru s enanres excursiones de cazado r subis re mas de una vez a su eumbre, dime: (has enconrrado, por aeaso, una mujer que vive enrre sus rO C:ls? - jUna mujer! -excla.m6 el monrero con asombro y mirando1e de hiro en hir~. -Si -dijo e1 joven-; es una COsa CXrr:lna 10 que me sucede, muy ex rrana ... Crei poder gua rd ar esre sec rero erernam enre, pero n o es ya posib1e, rebo sa en mi coraz6n y <lSoma a mi semblanre. Voy, pues, <l revelarrelo... Tu me ayudar:ls a desvan ecer e1 misrerio que cnvuclve a esa criarura que, :!1 parecer, s610 para 122 - 0 sen hor csrfi sem cor: anda murcho e som brio. 0 que esr:l ,\c'o nrecendo? Desde aquele dia, que eu sc m pre rerei par funesro, que 0 'l' llhor chegou arc a fo nre dos Alamos arr[1S daqueie cervo ferido, poderia di ze r-se que uma bruxa maligna j,\ nao s;l i para 0 0 cnC<lIlrou com scus fciric;os. monre arrJs da ruidosa marilh;l ncm 0 senhor clamor de suas 0 I rombccas prod LI Z as SCLIS ecos. Solirari o com essas cavila<;oes que I'erseguem, rodJS as m<lnhas 0 se nho r roma sua balesra para desaparecer \las es pessuras do bosque cali pcrmanecer are que l]ll:lndo <l noire cai e 0 0 0 sol se ponha. E senhor volra pilido c brigado ao casrelo, procuro ern v:'io em sua bandolcira 0 resulrJdo dJ clpda. Com que llCUpJ fic:lndo rJntas horas lo nge dJqueles que ramo 0 0 senhor se amam ? Enquanro Inigo faiava, Fernando, absorro em suas id h ls, arrancava lascas de modo maquinal de sell banco de cbano com a bca de cac;a. Ap6s urn longo silencio, apenas inrerrompido pdo ruido da tllnillJ. ao resvalar na madeira po lida, 0 jovem exclamou, clirigindo-sc a seu fiel servidor, como se nao rivesse escu rado uma palavra sequel' daquilo qu e ele havia diro: -inigo, voce que jf! e velho, voce que conhece as recalltos m ais escondidos do Moncayo, voce que viveu nos sopes desse monre perseguindo as feras, e em suas erranres exc ursoes de cac;ador subiu mais d e uma vez ao seu cume, diga-me uma coisa: Voce enco ncro u alguma vez, por acaso, urn:! mulher que vi ve emre seus rochedos? -Urn:! mulher! - e xclamoLi 0 mar elro com ;lssombro, mirando-o de modo fixo. - Is so mesmo! -respondeu 0 jovem-. E uma coisa esquisira o que es ra aconrecendo comigo, muiro esquisira... Eu pensei que podia guardar es re seg redo erern am eme, mas nao e mais possive!, pois isso transborda d e meu cora<;:'io e chega a meu semblanre. Eu you enrao con rar para voce... Voce havera de ajudar-me desvendar 123 0 misrerio que ml existe. pues n:ldie 1a conDce. ni Ia ha visco. ni puede darme JlIllll . I" '" ningucm a conh"ce. netn a Vill pmais. ncm pode me dar nO[I(i :I' ,1.-1.1. ra zoll de ella. El montero. sin despegar los Iabio s. colocarst: junto :11 escaiio de ellvolve essa criawra que. segundo p:lrece. existe apenas paLl .'iU :1rr~lstro su banquill o hasta senor. del que no apartaba un punto o ,~o locar-se mateiro. sem despegar os labios. arrasrou sua banqucr:1 .It,'· junto ao assento de seu senhor. de quem nJO tirava os llllto,; los espantados O)OS. Este. despu fs de coordinar sus ideas. prosiguio perplexos. 0 jovcm. d epo is de organlzar as id cias. prosseguill desr( aSI: modo: -Desdc e! dia en quc. ;1 pcsar de tus fllIlestas predicciones, llegue a Ia Fuente de los Alamos y. atravesando sus Jguas, re co bre eI -Desde 0 dia em qu e, apesar de suas fllncstas prevlsoes. eu cheguei :it Fonte dos Alamos c atLlvessando suas aguas recuperci 0 ciervo que vuestra supers[icion hubierJ dejado huir, sc Ii... !) () mi alma cervo que sua superstiC;30 teri :1 deixad o escapar. encheu-se minha alma del deseo de la soledad. d e um desejo de solid:io. "Voce nlO conhece aqucle luga r'Veja. A Fonte brota escondida "( T u no conoces aquel sitio' Mira: la Fuente brot:l escondida en el seno de una pena, y cae. resbalandosc gota a got:!, pOl' entre las no seio de um pcnhasco verdes y t10tantes hojas de las plantas que creccn al borde d e s u cuna. folhas verdes e Huwantes das piant:ls que crescem. ao borde de sell Aquellas gotas, que al desprenderse brillan como puntos de oro y suenan leito . Aqucias gO[;)S, que ao se desprenderem brilham como pontOS de co mo las notas de un instrumento, se reunen entre los c&spcdes y, susurrando, susurrando, con un ruido se mejante al de bs abeps qu e zumban en torno de las flores, sc alejan por entre las arenas y forman I." cai resvalando-se gota a gotJ por entre as ouro e soam como no us d e um instrumento musical, reu nem-se entre as ervas, sussurrando e sussurrando. com um rUldo semelhante ao das abelhas que zu mbem ao redor das flores. afastam-se entre as areias e un cauce, y luchan con los obstflculos que se oponen a su camino, y se formam um caudal. Essas aguas lutam com os obstaculos que repliegan sobre Sl mismas, y saltan, y huyen, y corren. unas veces con atravessam seu caminho, dobram-se sobre si mesmas, saltam. fogem e risas; otras, con suspiros. hasta c<ler en un !ago. En el lago caen con un correm. algumas vezes com risos outras vezes com suspiros. ate cair rumor indescriptible. Lamentos, pabbras, nombres, cantares, yo no se em um lago. No lago caem com um rumor indescritlvel. Lamentos. 10 que he oldo en aque! rumor cuando me he sentado solo y febril palavras. nomes, cantos . Eu nem sei 0 que ouvi naquele ruldo quando sobre e! penasco a cuyos pies saltan las aguas de la Fuente misteriosa, me sentei, sozinho e febrl! sobre 0 penhasco a cujos pes despencam as para estancarse en una balsa profunda, cuya inmovil superficie apenas aguas da misteriosa fonte, para estancar-se num poc;o profundo. cuja riza eI viento de Ia tarde". superficie imove! apenas se movi menta levemente com 0 vento da tard e". "Todo alii es grande. La so ledad, con sus mil rumores "Tudo ali e imen so. A so lidao, com seus mil rumore s desconocidos, vive en aquellos lugares y embriaga el espiriru en su misterio sos. mora naquele lugar e embriaga 0 espirito com su .1 inefable melancolla. En las plateadas hojas de los alamos, en los huecos inefavel melancolia . Atraves das folhas prateadas dos alamos . no s de las pen as, en las ondas de! agua, parece que nos hablan los invisibles buracos das pedras , nas ondas da agua, parece que noS falam espiritus de la naturaleza, que reconocen un hermano en el inmorcal invisiveis espiritos da natureza, que reconhecem como irmao 0 imorq l espiritu del hombre. espirito do homem". 124 125 0 ; "Cuando al despuntar la maibna me veias tomar la ballesta y dirigirme al monte, no fu e nunea para perderme entre sus matorrales "Quando ao ckspontar do dia voce me via tamar .1 b;Jk ~ I ;1 dirigir-me ao monte, nunca foi para perder-me em sells matJgais (' ,11 r.l~ en pos de Ia eaza, no; iba a sentarme al borde de b fuenre a busear en de alguma cas:a. Nao. Eu ia sentar-me ~l beira da fonte para procuLlr sus ondas ... no se que, juna loeura! El dia que salte sobre ella con mi em suas ondas ... nao sci Relailipago, erei haber visto brillar en su fondo una eosa extrana ..., muy .,obre ela com meu Re/a/llpago pensei ter vis to brilhar em suas profundczas extrana: los oj os de una mujer. que. Uma loucura! 0 dia em que saltei 0 LIma coisa estranha, ll1uito estranha: os olhos de uma mulher". "Tal vez seria un rayo del sol que se rpe6 fugitiva cntre su espuma; "Talvez fosse LUll raio de luz que serpentcou fugitivo entre SU;JS tal vez una de esas flores que Hotan entre las algas de su seno y euyos espumas. Talvez uma dess~l.S Hores que Hutuam entre as algas de seu seio e clliees pareeen esmeraldas ...; no se; yo erei ver una mirJeia que se clav6 cUJos calices se parecem en Ia mia, una mirada que encendi6 en mi pecha un d eseo absurdo, clue penetrou em meus vlhos; uma mirada tlUC acendeu em meu peito um irrealizable; eI de encontrar una persona con unos oj os En su busca fui un dia y Otro a aquel si tio. desejo absurdo e impossivel: COIllO aquellos. "Por ultimo, una tarde ... yo me erei juguete de un sueiio...; pero no, es verdad; la he hablado ya muchas veces como te hab lo a ti ahora...; ;1 esmeraldas... Nao sei. Pensei ter visto uma mirada de encontrar uma pessoa com uns olhos 0 como aqudes. Em sua busca tenho ido dia apbs dia aque!e lugar". "Por Ultimo, unu tarde, senti-m e como numa brincadcira de um sonho. M,l.S nao! E verdade, ja falei com ela muitas vezcs, como estou una tarde encontre sentada en mi puesto, y vestida con unas ropas que (alando com voce agora. Uma tarde eneontrei-a sentada no meu lugar. lIegaban hasta las aguas y flotaban sobre su haz, una mujer hermosa Estava vestida com umas roupas que chegavam ate ~l.S Jguas e flutuavam sobre toda ponderaci6n. Sus cabellos eran como el oro; sus pestanas sobre sua superflcie. Uma mulher bonita acima de qualguer duvida. Seus brillaban como hi/os de luz, y entre las pestanas volteaban inquietas ( abe/os eram como una pupilas que yo habia vista ..., Sl, porque los oj os de aque/la mujer entre etas, moviam-se inquietas umas pupilas que eu ja havia visto. 1sso eran los ojos que yo tenia c1avados en la mente, unos ojos d e un color imposible, unos ojos ... -jVerdes! - exclarno Inigo con un acento de profundo terror e incorporandose de un salto en su asiento. 0 o uro; suas pestanas brJhavam como hos de luz c mesmo, porque os olhos daquela mulher eram os olhos que eu tinha cravados em minha mente, uns olhos de uma cor impossive!, uns olhos ..." -Verdes!!! - exc/amou Inigo com urn tom de profundo terror na voz e ajei tando-se nUIll saito em seu assento. Fernando Ie miro a su vez como asombrado de que concluyese Fernando mirou-o, por sua vez, assombrado por que ele concluira 10 que iba a deeir, y Ie pregunt6 con una mezcl a de ansiedad y alegria: -(La conoces' o que ia dizer e perguntou-Ihe com uma mescla de ansiedade e alegria : -jOh, no! - dijo el montera-. jUbreme Dios de conocerla! - Voce a conhece? -Ah, nao! -disse 0 mateiro- Deus me livre de conhece-Ia. Pero mis padres, al prohibirme /legar hasta esos lugares, me dijeron Mas meus pais, ao me proibirem de me aproximar daq ueles lugares, mil veces que eI espiritu, trasgo, demonio contaram mil vezes que 0 mujer que habita en sus 0 espirito, fantasma, demonio ou mulher que aguas tiene los ojos de ese color. Yo os conjuro por 10 que mas ameis habi ta suas aguas tem os olhos dessa cor. Eu conjuro en la tierra a no volver a la fuente de los Alamos. Un dia u otro os que mais ama neste mundo a nao voltar a por os pes naquela fonte dos alcanzara su venganza y expiareis, muriendo, el delito de haber encenegado sus ondas. Alamos. Mais dia menos dia 126 c expiara, com a morte, 0 0 0 senhor pelo senhor sera alcans:ado por sua vinganc;:a delito de haver enturvado suas ondas . 127 - iPori,) C]uc m:ls anm! -murmuro d jo\'en (011 0 jllVl'Ill (om llIli 11 ·",(' · SO[[" 150. sOll rl sa. -Si - -Pdo que m,lis allloJ) -Illurmurou ull a rrisr<.' -lsso mesilla -prossegulu prosigui6 el anciano-; por vuC'srros padres, par vuesrros 0 anci50-; por seus f';\ts; 1")1' dl'udos, par bs I:lgrimas de b que el cicio desrina para VUl'str~l CSPOS,l, sells entes queridos; pcbs I:lgril11as daqucb que por bs de Ull scrvidor, que os ha visto nacer. esposa; pcbs deste servo fiel llue 0 viu nascer. _ Voc~ sabe 0 que eu mais amo neste mundo) Voce tem idc' i;1 - .::Sabcs tLI 10 que mas amo en esre Illlllldo) (S~bes rLI por llue 0 ceu destina P;\I,I '11:1 d,lria yo el amur de mi padre, los besos dC' b que me dio b vid;l y ro do de pelo que eu trocaria el carino que pueden aresorar wdas bs lllujercs de b rierr:l? Por una a vida c wdo 0 cari nho que podem gu:ud'lr tolbs :lS mulhercs do mirada, por un;l so b mir~1da de esos ojos ... iMira como podre yo dejar mundo? Por uma mirada, por uma uiliel mirada (Liquelcs olhos... Vcj ;l de buscarlo s! Oijo Fernando estas pabbras con ral acento, que b Llgrima voce como cu nao poderci deixar de pro(ura-Ios! Fernando pronunciou csras p:liavras com tal for~a, que a IJgrim:l que temblaba en los parpados de Inigo se resbal6 silenc iosa por su que tremia n:lS palpebras de Inigo escorrcu silellCiosal11cnre por SU;l mejiHa, mientras exclam6 con acento sombrio: face, cnquanw de exclamava com to nalidade sombri:l: 0 amor de meu pai, os beijos de qu em me dell -Que seja feita :l vontade dos (4~us!!! -iCLlmplase la voluntad del cielo! III III -(Quien eres tu? (C ual es tu patria? (En d6nde habitas? Yo -Quem e voce? Qual e a sua patria. Onde voce mora. Ell venho vengo un dia y orro en tu busca, y ni yeo el corcel que re rra e a estos aqui dia ap6s dia a sua procura; nem vejo 0 corcel que a aaz para csre lugares ni a los servidores que conducen ru lirera. Rompe de una vcz lugar; nem os servipis que conduzem sua lireira. Rompa, de urna vez por eI misterioso velo en que te envuelves como en una noche profunda. rodas Yo re amo, y, noble 0 viHana, se re ruyo, ruyo siempre ... Eu EI sol habia rraspu es ro la cumbre del monte; las sombras bajab,1I1 misrerioso veu em que se envolve como em uma noire profund;l. 0 aIDO voce. E, seja nobre ou pobre, serei seu, seu para sempre.., o sol tinha ultrapassado 0 pico do monte; as sombras descialll a grandes p asos por su falda; la brisa gemi:l entre los alamos de 1.1 em grandes passadas por seus sopes; a brisa gemia en tre as alamos cia fuente, y la niebla, e1evandose poco a poco de la superflcie del lago, (onre; e a nevoa, e1evando-se pouco a pouco da sup erfic ie do lag(), comenzaba a envo lver las rocas de su margen. Sobre una de esras rocas, sobre una que pareda prOXlm:1 ;1 (ome<;:ava a envolver os rochedos de suas margens. Sobre um desses rochedos, lim que parecia que ia despencar no desplomarse en eI fondo de las aguas, en cuya superflcie se rerrarah,I, (undo das aguas, em cuja superficie esrava ref1erido; rrem endo, () remblancio, eI prim6genito de Almenar, de rodillas a los pies de ~\I I'rimogeniro de Almenar, de joelhos aos pes de sua misteriosa am:1nl,', misteriosa amante, procuraba en va no arrancarle el secre ro de '" eXlstenCla, Ella era hermosa, h ermosa y pal ida como una esra rua d. l'l"ocurava em vao arrancar-Ih e 0 segredo de sua exisrencia, Ela era formos a, formosa e palida como uma eSr:l.tlI ;l de ,dabas tr o. Um de seus cachos caia sobre seus ombros, desliLanc!" '" . ahbasrro, uno de sus rizos caia sobre sus hom bros, deslizandose enll, 128 129 los pliegues d el velo COIllO un L1yo de so l, llue atr;wiesa 1.1S nubes, y en eI ce rco de s us pcsLlihs rubi;ls brill.lban sus pupihs como dos esmeraldas sujetas en un;) joya de oro. Cuando el Joven aClb6 de hablarlc , sus labios se removi eron como para pronunci:lr algun:ls pabbras; f'ero 5610 exhJ.1aron un suspiro , ell tre as dobr~lduras d o vell, como um raio de sol llllC .1 11,IVl'SS :l lluvens. .1S r:: n;) moldur;) de SU,IS pestanas douradas brilhavanl ';lI.IS f)upi LI s como dU ~lS esmerald;)s encravadas em um:l j6ia de ouro. Quando 0 jovem aC<lboll de Ih e fabr, seus labios moveram-se como para pronunciar algumas palavras mas apenas exalara1n Ulll brisa al morir entre los JUIlCOS . brisa empurra p~Ha morrer entre os )lJIlCOS. -Voce nao me respo nde! - exclamou Fermndo ao ver fru strar -jNo me responde s l -exclalllo Fern;lIldo al vcr burlada su espe r:lnza- . (Querr;ls que de crediro ;1 10 que de tl me h;lIl dicho? jOh, no! ... Hablame; yo quiero saber si me amas; yo quin o s;lber si se sLia cspt'fan~;t. - Voci':: qLler que eu de crediro ao que disscram de voce? Olt, nao! F;tle comigo! Quero s;lber se voce me ama. Quero saber se posso am:l-la, se voce puedo amarte, si eres una mujer. .. exc bmo en un arrebato de amor: -Si 10 fuese s ... , te amarla .. , te amarl:l como te amo ahora, uma mulher... o EI joven v:lcil6 un instante; un sudor frio corno por sus dc ;lquella mUJe[, Y fascinad o por su brillo fosf6rtc o, dem en tc casi, e realm ente -Ou um demonio ... E se 0 foss e? jovem vacilou um instante. Um suor frio escorrell pel os seus - 0 un demonio ... (Y si 10 fuese? llli cmbros; sus pllpilas se dibtaron al fijarse con mas intensid:ld en las 0 d;) leve onda que ~1 un suspiro debi!, dolicnte, como cl d e 1:1 ligera onda qu e CIl1puJd una susp iro, um suspiro frftgil, traco e tri ste como membros. Suas pupilas se dibtaram ao fixa-Ias com mais intensidade !las pupilas d;tquela mulher. Enrao , fasci nado por seu brilho fosf6rico, quase d e mente, exclamou num arrebaro de arnor: -Se 0 fosse ... , eu . a amaria ... Eu amaria voce como a amo e que como es mt destino amane, hasta m ~ls all5. de est~1 vida, si hay algo agora; como e 0 meu destin o ama-Ia, alem desta vida, se mas alia de ella. alem dela. -Fernando -disse entao a formosa mulher com LIma voz -Fernando -dijo la hermos;) entonees con una voz semepnte a una mllslca-, yo re amo mas allll que tLI me amas; yo, que desciendo hasra un morral siendo un espifltu puro. No so)' una mujer como las que existen en Ia tlerra; soy una mUJ er digna de ti, que ere s superior :l los d emas hombres. Yo vivo en el fondo de esras aguas, incorp6rea como elbs, fugaz y trans parente: hablo con sus rumores y ondulo con sus pliegues. Yo n o castigo al qu e osa turbar la fuente donde moro; antes Ie premio con mi amor, como un mortal s uperior a las supersticiones del vulgo, como a un ama nte capaz d e comprender mi cariilo extraiio y ml s re noso. Mielltr;ts elb hablaba aSI, eI joven, absorro en Ia co ntemplaci6n de su f;tntastica hermosur;t, ;ttc-lido como por UIU fuerz;t d esco noc ida, 130 ha algo can~ao- eu amo voce muito mais que des~o ate urn mortal sendo LIm espirito puro. semelhante a uma suave voce a mim. Eu, que Nao so u uma mulher como as que existem na terra. Sou uma mulher d igna de voce que e superior aO$ demais homens. Eu vi vo no fundo destas aguas, sou incorp6rea como essas ag uas . Fugaz e trans parente. Falo com se us rumores e me movo com suas ondula~6es. Eu nao castigo aquele que turva a Fonte onde moro. Em vez disso eu as 0 premio com meu amor, como um mortal sup erior supersti~6es do populacho, como a um amante capn de compreender meu carinho estranho e misterioso. Enquanro e1a assim falava, 0 jovem, absorto na contempi:l),:io de sua fant5stiCa formosura, atraido como por uma 131 for~;l d,'sc o nhc ri,1:l. se aproximab~l lll ~lS y m;lS al borde de Ia roca. La mUJer d e los OJl)S \'crde,:. prosig ui6 aSI: -(Ve5, vcS el llmpido ro ndo de esc !ago) (Ves eS,lS ~)IaJl('lS de aproximav,l-se m,lis c m;li s da belr ;l do abisl1lo. 1\ ,1"dlu: I' ,If! ~·d l l i' verdes prossegui ,l com esus pabvr'ls: - Voce CSt:l vendo? Voce ve 0 fund o limpidD d" 1. 1 ~'\1 \ "1 ' . [,," Lll·gas y verdes hops que se ag itan en SLI fondo? .. Elbs nos d ,ldn un vendo essas pbnus 10 ng,ls e t"o lh .ls verdes que ~l' .1~II.'111 ''' ! -, Ui, !echo de cs m craldas y corates .... y yo ... , yo te dare una feli c idad s in protLlI1ciCLaS) Eh, nos dado um Iciro de esmeraldas c (or.lis ... I , II . ,.1 nomb re, esa felicid ad que h:1s soi'bdo en tus ho ra s de deliri o y que no d,m: i ;1 voce pllede o fr ece rre L1adie .. . Yen; h n iebb del bgo n o ra sob re nu es tras tem so nh:ld o crn SLl,L<; hll r;ls de d ell rio e que ningu&m podcr,\ ,,/ ,'1," , I fuentes como LIn p,lbetl6n de lino ... : la s ondas nos Hal1lan con s us Ve ilin A nevoa do lago HUtli .l sob·c nossas fo ntes como Ll111 1';1\Iilll.l" voces inCOl1lprl'nsiblcs; eI vie n ro empiez'l emrc los Jbrnos d e amo r; ven ..., ven ... d e linho ... As o nd;)s nos chanulll CO Ill S li S hill1n os 1I1lla t"clici d.1de inomin.\vcl. Essa fdicidade C0111 .1 ' I" .d SU:lS 1'111' vozes incompreeIlSIVl'IS. (,) vento d;l inicio entre os [)Lunos ,1 sells hinos de '1I110r. Venlu! Venh.l l La noch e comenzaba a ex tend er sus so mbr,ls; b lun a riclaba en A noite comepva ,1 (stender s uas sombras ; ;1 lua brillL1v;1 la sup erfi c ie del bgo ; b niebb se Jrrcmo limba a l soplo del ,lire, y los trel11ulante na s upcrficic d o lago ; ,1 n evo a rodopia va ao so pr ,lr ti,) o jos verd es brilbban en ]a osc urid ad como los fuego s fatu os qu e' corren ven to ; e os o lh os verdes brilh;1Yam na o bsc uridade como 0 fOgO -f:ltliO sob re el h az de las ag uas infectas .. . "Ve n , ven ..." Es ta s pabbras que co rre sobre a sLiperficic d ~lS :lgLlJS plltridas..:'Vcnha l Ven ha!" ESt:l-' z umbaban en los o ldos de Fernando C0l110 un conjum. "Ven ..." , y la palavras z umbi Jm nos o uvid os de Fc rn ;lnd o como um co nJLl ro . mujer misteriosa 10 lIam ab,l al borde d el ab isl110 d o nd e es t aba s uspendida, y parecla ofrecerle un beso.. .. un beso ... "Venha!" A mulher mis teriosa cha m <lva-o ao borde do ab ism o onde es tava s Li spensa e parcci a o ferecer-lh e LIm beijo ... Um beijo... Fer nando di o un P,lS0 ha c ia ell a ... , o tro, y simi6 un os brazos E Fernando deu urn passo n,l d ires:3.o dela ... Outro mai s . L delgados y fl ex ibles qu e se liaban a su cuello, y un;) sens,1( i6n frla en senti u un s bras:os dclgados c tl ex iveis que se enrolavam em se u pesco~lI sus bbios ardorosos, un beso d e nieve ... , y vacil6 ..., y perdi6 pic, y cay6 e uma se nsas:3.o fria em seus labios ,nd o rosos. Um beijo de neve ... L al Jgua co n un rLimor sordo y lL,gubre. v:lcilou, perdeu pe e caiu na agua co m um rLild o su rdo e lugubn:. Las aguas sa lta ron en ch ispas de ILl z y se cerraron sob re su As aguas saltaram em chispas de ILl z e se fc cha ram so bre se ll cuerpo , y sus circulos d e pIau fueron ensanch and ose, ensanchandose, hasta expirar en las o rillas. co rpo. Seus clrculos de prata foram se abrindo, se ;lbrind o, ate fen ec" r 132 Junto as margens. 133