CASO CLÍNICO 6
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584_CC.indd 1 7/20/11 5:19 PM Anestesia para Revascularização do Miocárdio CASO CLÍNICO 6 584_CC.indd 2 7/20/11 5:20 PM Revascularização do Miocárdio CIRURGIA PROPOSTA ACM, 52 anos, masculino DADOS DEMOGRÁFICOS Anestesia para Revascularização do Miocárdio CASO CLÍNICO Mestrado em Anestesiologia pela Unifesp Título Superior em Anestesiologia – Tsa/ Sba Médico Anestesiologista do Hospital E Maternidade Sao Luiz - Sp CRM: 92.500 Dr. Roberto Manara Victorio Ferreira 584_CC.indd 3 7/20/11 5:20 PM Dados Clínicos: Paciente internou no hospital para ser submetido à cirurgia de Tireoidectomia e, na visita pré-anestésica, relatou que apresentava angina de peito aos grandes esforços. Relatava forte antecedente coronariano hereditário e tabagismo (20 ci- Paciente: ACM, sexo masculino, 52 anos, 80 kg, 1,78m, branco, engenheiro. Comorbidades associadas: Dislipidemia, Hipertensão Arterial Sistêmica, Tabagismo. CASO CLÍNICO Revascularização do Miocárdio garros/dia). Apresentava exame físico normal, PA= 140X90 mmHg, exames laboratoriais com dislipidemia, ECG com alteração difusa de repolarização e inversão de onda T e teste de esforço negativo para isquemia. Mesmo assim, devido aos fortes antecedentes pessoais e familiares, foi realizado um exame de ECO STRESS. Como o resultado foi positivo, optado por cateterismo com diagnóstico de obstrução triarterial e indicação cirúrgica. 584_CC.indd 4 7/20/11 5:20 PM A monitorização utilizada foi eletrocardiograma, oximetria de pulso, capnografia, pressão arterial inva- Acesso venoso em membro superior esquerdo com cateter 16 G, acesso venoso central com duplo lúmen em veia jugular interna direita, pressão arterial média em membro superior esquerdo. Hidratação com Ringer Lactato. Perioperatório: Clonidina 80 mcg VO, 30 minutos antes do início da cirurgia. Paciente chegou ao centro cirúrgico tranquilo, sonolento. Efeito previsto. Técnica anestésica: pré-anestésico: Após esse período, procedeu- se a indução da anestesia com remifentanil em bolus de 0,5 mcg/kg e cisatracúrio 0,2 mg/kg, sendo mantido remifentanil por infusão contínua na dose de 0,3- 0,5 mcg/kg/ min. Procedida intubação orotraqueal e ventilação Enquanto eram providenciados os acessos e o paciente monitorizado, foi administrado Diprivan PFS® (propofol) por infusão alvo-controlada até BIS=45 (perda de consciência). Isso ocorreu com dose de propofol de 1,80 mcg/mL. siva, monitor de débito cardíaco contínuo, monitor de atividade cerebral (BIS), monitor da junção neuromuscular em posição facial e débito urinário por sonda vesical. 584_CC.indd 5 7/20/11 5:20 PM O procedimento transcorreu sem intercorrências. Foi mantida infusão alvo-controlada de propofol com alvo entre 1,80 e 2,70 mcg/mL e remifentanil na dose de 0,3- 0,5 mcg/kg/min., com bolus quando necessário. Durante todo o tempo, o BIS permaneceu entre 40 e 50 e, durante a circulação extracorpórea (CEC), houve necessidade de aumento do alvo do propofol (2,70 mcg/mL). O cisatracúrio foi feito em dose de bolus, segundo monitorização do Train of Four (TOF). Foi necessária a utilização de Nitroprussiato de Sódio, Noradrenalina e Lidocaína durante a entrada e saída de CEC. O tempo total de procedimento foi de 5 horas e 30 minutos, com 1hora e 30 minutos mecânica por volume controlado, com auxílio de bolus de remifentanil. Trinta minutos antes do término do procedimento, foi administrado 0,1 mg/kg de morfina e mantido PCA (Patient Controlled Analgesia), segundo esquema protocolar. Paciente foi encaminhado intubado e estável hemodinamicamente para UTI sob anestesia por infusão alvo-controlada, sendo desintubado 4 horas após o procedimento. Recebeu alta para o quarto após 3 dias de UTI e alta hospitalar no décimo dia de pós-operatório. de CEC. 584_CC.indd 6 7/20/11 5:20 PM Existem algumas estratégias protetoras como o uso Dentre as principais características clínicas que interferem no ato operatório, temos os pacientes com comorbidades como: HAS (hipertensão arterial sistêmica), Diabetes Mellitus, doenças cerebrovasculares, dentre outras. Porém, algumas complicações como insuficiência cardíaca descompensada, diminuição da capacidade pulmonar e arritmias ventriculares aumentam os riscos de complicações espontâneas.1,2 1. Quais as principais características clínicas do paciente com coronariopatia, que influenciam na escolha da técnica anestésica? Seguimos um protocolo para a realização de exames pré-operatórios para cirurgia cardíaca. Realizamos a coleta de exames laboratorias gerais (Na, K, ureia, 2. Quais os exames pré-operatórios que devem ser solicitados? Por quê? de beta bloqueadores, estatinas, antiagregantes plaquetários e a própria técnica anestésica. Sabemos que, além do efeito cárdio protetor de determinadas medicações (por exemplo: menor incidência de arritmias com o uso de propofol), a estabilidade hemodinâmica é a maior responsável pela proteção cardíaca e é mais facilmente atingida com a técnica de anestesia alvo-controlada.3 584_CC.indd 7 7/20/11 5:20 PM Realizamos a indução para cirurgia cardíaca utilizan- 4. Como deve ser realizada a indução e a manutenção (antes, durante e ao final da circulação extracorpórea) para a realização da revascularização de miocárdio? Por quê? 3. A anestesia venosa total tem indicação para este caso? Por quê? Quando realizamos anestesia para cirurgia de revascularização do miocárdio, temos como objetivo manter o paciente com a melhor estabilidade hemo- dinâmica possível.7 Talvez seja esse o maior efeito cárdio protetor que podemos prover ao nosso paciente.8 Devemos ainda ter uma indução, manutenção e recuperação anestésica suave, previsível, com estabilidade hemodinâmica e com possibilidade de alterações anestésicas rápidas. Assim sendo, a anestesia venosa total se torna a melhor alternativa para que todos esses objetivos sejam alcançados.9 creatinina, glicemia em jejum, coagulograma e hemograma completo), ECG e raio X de tórax.4 Esses exames devem ser solicitados, pois servirão como parâmetro basal, permitindo uma melhor comparação de possíveis alterações durante o ato cirúrgico e uma adequada monitoração do paciente. Além desses, outros exames são realizados de acordo com o estado clínico do paciente.5,6 584_CC.indd 8 7/20/11 5:20 PM do de preferência o Diprivan PFS® a 2 % (menor concentração lipídica em pacientes normalmente dislipidêmicos) na concentração alvo de 2 mcg/mL10, observando o momento de perda de consciência (BIS entre 40 e 50). Neste momento, iniciamos o remifentanil na dose de 0,3- 0,5 mcg/kg/min., com bolus de 0,5 mcg/kg/min quando necessário. Procedemos ao bloqueador neuromuscular e realizamos a manutenção da anestesia com dose alvo de propofol necessária, para manter BIS nos valores já determinados e remifentanil entre 0,3- 0,5 mcg/kg/min., com bolus de acordo com o estímulo cirúrgico. Devemos ainda, durante a CEC, aumentar a dose de propofol, devido ao maior volume de distribuição durante esse período e de sua propriedade antioxidante e cardioproA maior parte dos pacientes que não apresentam complicações durante o ato intraoperatório, são candidatos a programas de fast track ou desintubação precoce, diminuindo a incidência de complicações como infecção pulmonar e aumento do consumo de oxigênio pelo miocárdio. Existem algumas complicações como sangramento ativo, instabilidade hemodinâmica, arritmias ventriculares e complicações 5. Como se deve proceder ao final da anestesia? Quais os critérios para extubação precoce? tetora.11,12 Para fins práticos, utilizamos a infusão por uma linha acessória na CEC e não nas linhas venosas do paciente. 584_CC.indd 9 7/20/11 5:20 PM 3. Normocapnia 2. Oxigenação adequada (PaO2/FiO2>200) 1. Paciente acordado e responsivo 5. Ausência de sangramentos Temos que ter em mente que a desintubação precoce deve ser planejada desde o ato pré-operatório13 e, para que isso seja possível, 30 minutos antes do término do procedimento, procedemos a infusão de 0,1 mg/kg de morfina e realizamos a parada de infusão de propofol e remifentanil. Revertemos o bloqueio neuromuscular, com auxílio de monitorização e avaliamos os seguintes critérios: Para que esse objetivo seja cumprido, preferimos utilizar a anestesia venosa total (AVT) por infusão alvo- controlada (IAC), com a utilização de propofol e remifentanil, pois além de propiciar melhor controle de estabilidade hemodinâmica e efeito cardioprotetor, possibilita melhor avaliação dos pacientes. Devemos, ainda, lembrar que o programa de fast track não contempla apenas os pacientes desintu- 7. Ausência de instabilidade hemodinâmica14 6. Ausência de arritmias 4. Temperatura normal neurológicas, que são contraindicações relativas. 584_CC.indd 10 7/20/11 5:20 PM DILUIÇÃO 1mg/mL Utilizamos como técnica analgésica no pós-operatório a infusão contínua venosa de Morfina16,17 por PCA (Patient Controlled Analgesia), após uma dose de 0,1 mg/ kg 30 minutos antes do término da cirurgia, como tabela abaixo: 6. Qual a técnica de analgesia pós-operatória que pode ser utilizada? bados em sala, mas também aqueles nas primeiras horas após a cirurgia. Nesse caso, os pacientes são mantidos com AVT por IAC no ambiente de terapia intensiva.15 1 mg 20 minutos 100 mg DOSE DE BOLUS INTERVALO DE TEMPO DOSE TOTAL Referências Bibliográficas: 1. American College of Physicians. Clinical Guideline, Part I. Guidelines for Assessing and Managing the Perioperative Risk from Coronary Artery Disease Associated with Major Non cardiac Surgery. Ann Intern Med. 127:309-12, 1997. 2. Burger W, Chemnitius JM, Kneissl GD, Rucker G. Low-dose aspirin for secondary cardiovascu- Não utilizamos bloqueios espinhais associados, devido à anticoagulação durante o ato operatório e associamos à prescrição do paciente analgésicos comuns e anti-inflamatórios.18 1 mg/hora DOSE DE INFUSÃO CONTÍNUA 584_CC.indd 11 7/20/11 5:20 PM lar prevention: cardiovascular risks after its perioperative withdrawal versus bleeding risks with its continuation: review and meta-analysis. J Intern Med. 257(5):399-414, 2005. 3. Devereaux PJ, Yang H, Yusuf S et al. Effects of extended-release metoprolol succinate in patients undergoing non-cardiac surgery (POISE trial): a randomised controlled trial. Lancet. 371(9627):1839-47, 2008. 4. ACC/AHA 2007 Guidelines on perioperative cardiovascular evaluation and care for noncardiac surgery: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 50: 159-241,2007. 5. Roizen MF. Pre operative evaluation. In Miller RD(ed) Anesthesia ed 5. Philadelphia, Churchil Livingstone. 843-46, 2000. 6. Poldermans D, Hoeks SE, Feringa HH. Pre-operative risk assessment and risk reduction before surgery. J Am Coll Cardiol. 51:1913-24, 2008. 7. Ouattara A. Boccara G. Lemaire S. Kockler U. Landi M. Vaissier E. Leger P. Coriat P. Target-controlled infusion of propofol and remifentanil in cardiacanaesthesia: influence of age on predicted effect-site concentrations. British Journal of Anaesthesia. 90(5):617-22, 2003 May. 8. Bein B. Renner J. Caliebe D. Hanss R. Bauer M. Fraund S. Scholz J. The effects of interrupted or continuous administration of sevoflurane on preconditioning before cardio-pulmonary bypass in coronary artery surgery: comparison with continuous propofol. [Comparative Study. Journal Article. Anaesthesia. 63(10):1046-55, 2008 Oct. 9. Morikawa N. Oishi K. Takeyama M. Noguchi T. Pharmacokinetics of propofol in elderly coronary artery bypass graft patients under total intravenous anesthesia. Biological & Pharmaceutical Bulletin. 25(6):813-5, 2002 Jun. 10. Zattoni, J., Rossi, A., et al. Propofol 1% and propofol 2% are equally effective and well tolerated during anaesthesia of patients undergoing elective craniotomy for neurosurgical procedures. Minerva Anestesiol. 66: 531-7, 2000 Apr. 11. Xia Z. Huang Z. Ansley DM. Large-dose propofol during cardiopulmonary bypass decreases 584_CC.indd 12 7/20/11 5:20 PM biochemical markers of myocardial injury in coronary surgery patients: a comparison with isoflurane. Anesthesia & Analgesia. 103(3):527-32, 2006 Sep. 12. Shao H. Li J. Zhou Y. Ge Z. Fan J. Shao Z. Zeng Y. Dose-dependent protective effect of propofol against mitochondrial dysfunction in ischaemic/reperfused rat heart: role of cardiolipin.British Journal of Pharmacology. 153(8):1641-9, 2008 Apr. 13. Marquez J, Magovern J, et al - Cardiac surgery “fast tracking” in an academic hospital. J Cardiothorac Vasc Anesth. 9:34-36, 1995. 14. Carmona MJC, Menezes VL, Auler Jr JOC et al – Extubação precoce no pós-operatório de cirurgia cardíaca. Rev Bras Anestesiol. 43:329-333, 1993. 15. Kaplan JA - The “fast track”. J Cardiothorac Vasc Anesth,9:1, 1995. 16. Gurbet A. Goren S. Sahin S. Uckunkaya N. Korfali G. Comparison of analgesic effects of morphine, fentanyl, and remifentanil with intravenous patient-controlled analgesia after cardiac surgery. Journal of Cardiothoracic & Vascular Anesthesia. 18(6):755-8, 2004 Dec. 17. Rauf K. Vohra A. Fernandez-Jimenez P., et al. Remifentanil infusion in association with fentanyl-propofol anaesthesia in patients undergoing cardiac surgery: effects on morphine requirement and postoperative analgesia. British Journal of Anaesthesia. 95(5):611-5, 2005 Nov. 18. Guler T. Unlugenc H. Gundogan Z. Ozalevli M. Balcioglu O. Topcuoglu MS. A background infusion of morphine enhances patient-controlled analgesia after cardiac surgery. Canadian Journal of Anaesthesia. 51(7):718-22, 2004 Aug-Sep. 584_CC.indd 13 7/20/11 5:20 PM Diprivan® (propofol) é um agente de anestesia geral de curta duração, com rápido início de ação de aproximadamente 30 segundos. Indicações: Diprivan é um agente anestésico intravenoso de curta ação, adequado para indução e manutenção de anestesia geral em procedimentos cirúrgicos. Pode também ser usado para a sedação de pacientes adultos ventilados, que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva e, também, para sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico. Contraindicações: Diprivan é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula; para sedação em crianças com menos de 3 anos de idade com infecção grave do trato respiratório, recebendo tratamento intensivo e para sedação de crianças de todas as idades com difteria ou epiglotite, recebendo tratamento intensivo. Cuidados e Advertências: Advertências: Quando Diprivan é administrado para sedação consciente, procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico, os pacientes devem ser continuamente monitorados para sinais precoces de hipotensão, obstrução das vias aéreas e dessaturação de oxigênio. Quando Diprivan é usado para sedação durante procedimentos cirúrgicos, podem ocorrer movimentos involuntários dos pacientes. Durante procedimentos que requerem imobilidade, esses movimentos podem ser perigosos para o local cirúrgico. A liberação do paciente da sala de recupera- Diprivan® 1% e 2% (propofol) 584_CC.indd 14 7/20/11 5:20 PM ção requer atenção especial, de modo a assegurar a completa recuperação da anestesia geral. Assim como com outros agentes anestésicos intravenosos, deve-se tomar cuidado em pacientes com insuficiência cardíaca, respiratória, renal ou hepática, pacientes hipovolêmicos ou debilitados. Diprivan não possui atividade vagolítica e tem sido associado com relatos de bradicardia (ocasionalmente profunda) e também assístole. Deve-se considerar a administração intravenosa de um agente anticolinérgico antes da indução ou durante a manutenção da anestesia, especialmente em situações em que haja probabilidade de predominância do tônus vagal ou quando Diprivan for associado a outros agentes com potencial para causar bradicardia. Quando Diprivan for administrado a um paciente epiléptico, pode haver risco de convulsão. Deve-se dispensar cuidado especial aos pacientes com disfunções no metabolismo de gordura e em outras condições que requeiram cautela na utilização de emulsões lipídicas. A necessidade de zinco suplementar deve ser considerada durante a administração prolongada de Diprivan, particularmente em pacientes que tenham predisposição à deficiência em zinco, tais como aqueles com queimaduras, diarreia e/ou sépsis. O uso de Diprivan utilizando-se o sistema TCI DIPRIFUSOR é restrito à indução e manutenção de anestesia geral, sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico e sedação de pacientes adultos ventilados, que estejam recebendo cuidados de terapia intensiva. O sistema TCI DIPRIFUSOR não é recomendado para uso em crianças. A administração de Diprivan 2% por injeção em bolus não é 584_CC.indd 15 7/20/11 5:20 PM recomendada. Uso durante a gravidez e a lactação: Categoria de risco na gravidez: B. Diprivan não deve ser usado durante a gravidez. Todavia, este produto foi usado durante interrupção da gestação no primeiro trimestre, quando indicada. A segurança para o neonato, quando do uso de Diprivan em mulheres que estejam amamentando, não foi estabelecida. Diprivan atravessa a placenta e pode estar associado à depressão neonatal. O produto não deve ser utilizado em anestesia obstétrica. Interações medicamentosas: recomenda-se que os bloqueadores neuromusculares atracúrio e mivacúrio, não devem ser administrados na mesma via IV antes de se eliminar os indícios de Diprivan. Doses menores de Diprivan podem ser necessárias em situações em que a anestesia geral é utilizada como um adjunto às técnicas anestésicas regionais. (para maiores informações vide bula completa do produto). Reações adversas: As reações adversas mais comumente informadas são efeitos colaterais farmacologicamente previsíveis de um agente anestésico, como a hipotensão, dor local em indução, bradicardia, apneia transitória durante a indução, náusea e vômito durante a fase de recuperação, dor de cabeça durante a fase de recuperação, sintomas de abstinência em crianças, ruborização em crianças (outras reações adversas vide bula completa do produto). Posologia: Adultos: Indução de anestesia geral: Diprivan 1% pode ser usado para induzir anestesia através de infusão ou injeção lenta em bolus. Diprivan 2% deve ser usado para induzir anestesia através de infusão e somente naqueles pacientes que receberão Diprivan 2% para manutenção de anestesia. Administrar 584_CC.indd 16 7/20/11 5:20 PM aproximadamente 40 mg a cada 10 segundos em adulto razoavelmente saudável, por injeção em bolus ou por infusão, até que os sinais clínicos demonstrem o início da anestesia. Manutenção de anestesia geral: A profundidade requerida da anestesia pode ser mantida pela administração de Diprivan por infusão contínua ou por injeções repetidas em bolus.- Infusão contínua – Diprivan 1% ou Diprivan 2% podem ser usados. A velocidade adequada de administração varia consideravelmente entre pacientes, mas velocidades na faixa de 4 a 12 mg/kg/h, normalmente mantêm a anestesia satisfatoriamente. Injeções repetidas em bolus – recomenda-se que apenas Diprivan 1% seja utilizado. Se for utilizada a técnica que envolve injeções repetidas em bolus, podem ser administrados aumentos de 25 mg (2,5 mL) a 50 mg (5 mL), de acordo com a necessidade clínica. Sedação na UTI: A velocidade de infusão deve ser ajustada de acordo com a profundidade necessária de sedação, sendo que velocidades em torno de 0,3 a 4,0 mg/kg/h devem produzir sedação satisfatória. Sedação consciente para cirurgia e procedimentos de diagnóstico: A maioria dos pacientes necessitará de 0,5 a 1 mg/kg por aproximadamente 1 a 5 minutos para iniciar a sedação. A manutenção da sedação pode ser atingida pela titulação da infusão de Diprivan até o nível desejado de sedação – a maioria dos pacientes irá necessitar de 1,5 a 4,5 mg/kg/h. Adicional à infusão, a administração em bolus de 10 a 20 mg pode ser usada se for necessário um rápido aumento na profundidade da sedação. Crianças: Administração de Diprivan por sistema TCI DIPRIFUSOR não é recomendado para uso em crianças. Indu- 584_CC.indd 17 7/20/11 5:20 PM ção de anestesia geral: A dose deve ser ajustada em relação à idade e/ou ao peso. A maioria dos pacientes com mais de 8 anos provavelmente irá necessitar aproximadamente 2,5 mg/kg de Diprivan para a indução da anestesia. Manutenção da anestesia: A profundidade necessária de anestesia pode ser mantida pela administração de Diprivan por infusão ou por injeções repetidas em bolus. É recomendado que somente Diprivan 1% seja usado se forem usadas injeções repetidas em bolus. Geral: A velocidade necessária de administração varia consideravelmente entre os pacientes, no entanto, a faixa de 9 a 15 mg/kg/h normalmente produz anestesia satisfatória. Idosos: Em pacientes idosos, a dose de Diprivan necessária para a indução de anestesia é reduzida. Sistema TCI DIPRIFUSOR: Indução e manutenção da anestesia geral: Em pacientes adultos com idade abaixo de 55 anos a anestesia pode normalmente ser induzida com concentrações alvo de propofol em torno de 4 a 8 mcg/mL. Uma concentração alvo inicial de 4 mcg/mL é recomendada em pacientes pré-medicados e, em pacientes sem pré-medicação, a concentração alvo inicial recomendada é de 6 mcg/mL. O tempo de indução com estas concentrações alvo é geralmente de 60-120 segundos. As concentrações alvo podem então ser aumentadas na proporção de 0,5 a 1,0 mcg/mL em intervalos de 1 minuto a fim de se atingir uma indução gradual de anestesia. Sedação consciente para procedimentos cirúrgicos e de diagnóstico: Em geral, serão necessárias concentrações sanguíneas de propofol no intervalo de 0,5 a 2,5 mcg/mL. O ajuste da concentração alvo deve ser titulado conforme a resposta 584_CC.indd 18 7/20/11 5:20 PM do paciente, para obter a profundidade de sedação consciente desejada. Sedação na UTI: Em geral, serão necessárias concentrações sanguíneas de propofol no intervalo de 0,2 a 2,0 mcg/mL (para informações mais detalhadas da posologia vide bula completa do produto). Superdose: É possível que a superdosagem acidental acarrete depressão cardiorrespiratória que deve ser tratada através de ventilação artificial com oxigênio. A depressão cardiovascular requer a inclinação da cabeça do paciente e, se for grave, o uso de expansores plasmáticos e agentes vasopressores. Apresentações: Diprivan 1% emulsão para injeção via intravenosa é apresentado em embalagens com 5 ampolas contendo 20 mL ou 1 frasco-ampola contendo 50 ou 100 mL e embalagem com 1 seringa pronta para uso contendo 50 mL. Diprivan 2% emulsão para injeção via intravenosa é apresentado em embalagem com 1 frasco-ampola contendo 50 mL ou embalagem com 1 seringa pronta para uso contendo 50 mL. USO ADULTO (Diprivan PFS 1% e 2% seringas prontas para uso) e CRIANÇAS ACIMA DE 3 ANOS (Diprivan 1% e 2% frascos-ampolas e ampolas). VIA INTRAVENOSA. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. USO RESTRITO A HOSPITAIS. Para maiores informações, consulte a bula completa do produto (CDS 11.06 Janeiro/08). AstraZeneca do Brasil Ltda., Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia - SP - CEP 06707-000 Tel.: 0800-0145578. www.astrazeneca.com.br Diprivan®. MS – 1.1618.0011 584_CC.indd 19 7/20/11 5:20 PM Diprivan® (propofol) é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas. Interações medicamentosas: recomenda-se que os bloqueadores neuromusculares atracúrio e mivacúrio, não devam ser administrados na mesma via IV antes de se eliminar os indícios de Diprivan®. Contraindicações: Diprivan® é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula. Para uma anestesia geral confiável e eficaz, siga por estas 3 direções: VANTAGENS DO DIPRIFUSOR™: e concentração.2 • Reconhecimento automático da medicação sem custo para o hospital. • Manutenção e reposição de peças, • Aparelho em comodato. • Treinamento e suporte científico. Material destinado à classe médica. 1- Servin, F. S. TCI compared with manually controlled infusion of propofol: a multicentre study [Target Controlled Intravenous Anaesthesia using ‘Diprifusor’]. Anaesthesia 1998; 53(suppl 1): 82-86. 2- Gray J. M.; Kenny G. N. C.. Development of the technology for ˝Diprifusor TCI systems. Anaesthesia, 1998; 53(suppl 1): 22-27. 7/20/11 5:20 PM 584_CC.indd 20 1621143 - Produzido em Julho/2011
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