De olho no - FTD Educação

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De olho no - FTD Educação
De olho no
História
Thatiane Tomal Pinela Bruzaroschi
Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Professora do Ensino Fundamental.
Liz Andréia Giaretta
MANUAL DO
PROFESSOR
Pós-graduada em Ensino de Geografia pela
Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR).
Mestre em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp-SP).
Autora de material didático para o Ensino Fundamental e para a
Alfabetização de Jovens e Adultos.
Assessora pedagógica e palestrante nas áreas de Geografia e História.
1a edição
São Paulo ̶ 2011
2
o
ano
História
De olho no futuro – História – Nova edição, 2o ano
Copyright © Thatiane Tomal Pinela Bruzaroschi e Liz Andréia Giaretta, 2011
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Editora FTD S.A., sucessora da QUINTETO EDITORIAL LTDA.
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Arte
Projeto gráfico e capa
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Edição de imagens
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Ilustrações
N. Akira
Studio Maya
Studio Pack
Foto da capa
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Iconografia
Pesquisador
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Assistente
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Editoração eletrônica
Diagramação
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Tratamento de imagens
José Vitor Costa
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Bruzaroschi, Thatiane Tomal Pinela
De olho no futuro : história, 2o ano / Thatiane
Tomal Pinela Bruzaroschi, Liz Andréia Giaretta. —
1. ed. — São Paulo : Quinteto Editorial, 2011.
Nova edição.
ISBN 978-85-305-0648-3 (aluno)
ISBN 978-85-305-0649-0 (professor)
1. História (Ensino fundamental) I. Giaretta, Liz
Andréia. II. Título.
Gerente de produção gráfica
Reginaldo Soares Damasceno
11-02414
CDD-372.89
Índices para catálogo sistemático:
1. História : Ensino fundamental 372.89
Apresentação
Este livro é um convite ao estudo da História. Juntos
vamos conhecer o modo de vida de pessoas de
diferentes lugares, no passado e no presente, e descobrir
como a história dessas pessoas está relacionada à nossa
própria vida.
Por meio desse estudo, também vamos compreender
melhor o mundo em que vivemos e perceber que é no
dia a dia que nós fazemos a História.
Um ótimo ano de estudos!
Photodisc/Getty Images
PhotoDisc/Getty Images
Photodisc/Getty Images
N. Akira
As autoras
SUMÁRIO
1
EU E OS OUTROS ................................................... 6
Somos iguais, mas diferentes ..........................................................8
Respeitando as diferenças...............................................................9
As minhas preferências..................................................................12
As brincadeiras preferidas da turma ..............................................14
As brincadeiras têm história ...........................................................18
ALGO A MAIS
Brincadeiras de todos os tempos ..................................................................20
Todo mundo tem um nome ...........................................................24
O sobrenome ................................................................................26
A origem dos sobrenomes.............................................................27
ALGO A MAIS
Quem nunca teve um apelido ........................................................................27
Sugestões de leitura.............................................................................. 31
CADA PESSOA TEM UMA HISTÓRIA ................ 32
Você se lembra...? .........................................................................34
A história por meio de relatos ........................................................35
Objetos pessoais do passado .......................................................37
Imagens que contam histórias .......................................................40
NA LINHA DO TEMPO
A linha do tempo da vida ...............................................................................42
ALGO A MAIS
As fontes históricas ........................................................................................46
Os documentos pessoais ..............................................................48
A certidão de nascimento ..............................................................50
Outros documentos pessoais ........................................................52
Photodisc/Getty Images
Sugestões de leitura.............................................................................. 55
N. Akira
2
Photodisc/Getty Images
Photodisc/Getty Images
3
O TEMPO NÃO PARA! ........................................ 56
Diferentes períodos de tempo........................................................58
Os meses do ano ..........................................................................62
O calendário ..................................................................................64
ALGO A MAIS
Calendário indígena........................................................................................67
O calendário tem história ...............................................................68
O relógio........................................................................................70
O dia a dia e as horas ....................................................................71
ALGO A MAIS
Outros tipos de relógio ...................................................................................74
O tempo passa, as pessoas mudam .............................................76
Nossas preferências também mudam ...........................................78
Sugestões de leitura .......................................................................79
4
O COTIDIANO ...................................................... 80
O dia a dia de uma criança. ...........................................................82
Organizando o cotidiano................................................................84
O cotidiano das crianças indígenas ...............................................88
O cotidiano da família ....................................................................90
As atividades cotidianas ................................................................94
ALGO A MAIS
O dia a dia de crianças no passado ..............................................................97
As crianças e o trabalho ..............................................................100
Danos à saúde das crianças trabalhadoras .................................... 101
O trabalho infantil no passado ....................................................... 102
Os direitos da criança ..................................................................104
Sugestões de leitura .....................................................................107
GLOSSÁRIO ........................................................ 108
1
EU E OS OUTROS
Observe as fotografias a seguir. Elas retratam crianças com
diferentes características físicas.
Acervo de família
Acervo de família
Veja nas Orientações para o professor sugestões para trabalhar os conteúdos deste capítulo.
Nome: Gabriel.
Idade: 6 anos.
Cor dos cabelos: Castanhos.
Cor dos olhos: Castanhos.
Fabio Colombini
Nome: Julianna.
Idade: 8 anos.
Cor dos cabelos: Loiros.
Cor dos olhos: Azuis.
Nome: Purenuna.
Idade: 6 anos.
Cor dos cabelos: Pretos.
Cor dos olhos: Pretos.
Auxilie os alunos na identificação das diferenças na idade
e na cor dos olhos e dos cabelos, solicitando a eles que
formem duplas para analisar as fotografias.
Destaque para os alunos que, independentemente das
características físicas, todas as pessoas devem ser tratadas
com respeito. Incentive e valorize essa atitude entre os
alunos.
6
Acervo de família
Vanessa Volk/Acervo da editora
Acervo de família
Nome: João Gabriel.
Idade: 4 anos.
Cor dos cabelos: Pretos.
Cor dos olhos: Pretos.
Nome: Larissa.
Idade: 6 anos.
Cor dos cabelos: Pretos.
Cor dos olhos: Pretos.
*As principais semelhanças e diferenças entre as crianças
retratadas estão relacionadas às características físicas,
como peso, cor dos olhos, dos cabelos e da pele, porém,
observando a legenda, a idade também pode ser considerada
uma diferença.
Nome: Natália.
Idade: 8 anos.
Cor dos cabelos: Ruivos.
Cor dos olhos: Castanhos.
Para tornar o aprendizado mais significativo, promova
debates sobre as questões propostas neste capítulo,
estimulando a participação de todos os alunos. Assim,
eles terão oportunidade de trocar ideias e compartilhar
experiências, desenvolvendo a expressão oral e o respeito
à diversidade de opiniões. Se achar conveniente, peça aos
alunos que anotem suas conclusões no caderno.
1
Cite algumas semelhanças existentes entre as crianças
retratadas nas fotografias. Cite também algumas diferenças.*
2
Além da aparência física, que outras características fazem as
resposta: O jeito de pensar, de
pessoas serem diferentes umas das outras? Possível
agir e sentir; os gostos e as preferências,
entre outras.
Converse
com seus
colegas
7
Somos iguais, mas diferentes
Não existem duas pessoas iguais no mundo. Cada pessoa tem
uma aparência e um jeito de ser que são únicos.
*Possível resposta: Respeitar as diferenças é respeitar a si mesmo
Leia o texto a seguir. porque também somos diferentes das outras pessoas. Assim, como
devemos respeitar os outros, esperamos ser respeitados. Quando isso ocorre, tornamo-nos mais capazes de
conviver harmoniosamente, além de aprender sobre outras culturas e visões de mundo, fazendo o bem para si e
para os outros.
Quando olho no espelho, vejo como somos diferentes. Sou de um jeito
e meus colegas são de outro.
Tenho um nome, uma família e uma casa como eles, só que
diferentes. Cada um de meus colegas de classe tem tudo o que eu tenho.
Somos iguais, mas tão diferentes.
O nome é diferente, a família, a casa, a história, os gostos, as
amizades, as preferências são diferentes. Cada um tem seu jeito de viver,
de ver, de gostar, de pensar, de acreditar.
O jeito de cada um é diferente, mas somos todos iguais, muito iguais.
Por isso, respeitar as diferenças é respeitar a si próprio.
Viva a igualdade! Viva a diferença!
Ilustrações: Studio Maya
Edson Gabriel Garcia. O jeito de cada um: iguais e diferentes. São Paulo:
FTD, 2001. p. 44-5. (Conversas sobre cidadania).
Em sua opinião, por que respeitar as diferenças é respeitar
a si próprio? Converse com os colegas. Pessoal. *
8
Converse
com seus
colegas
Respeitando as diferenças
Ministério da Saúde / Fundação Victor Civita. Ilustrações: Orlando Ribeiro Pedroso Jr.
Observe o cartaz a seguir e leia as informações que ele apresenta.
Cartaz do Ministério da Saúde e da Fundação Victor Civita.
Quais são as diferenças destacadas no cartaz? Converse
com os colegas.
Converse
com seus
colegas
Diferenças na cor da pele; na maneira de ser, pensar e agir; no modo de andar, falar e ver o mundo;
e também no ritmo do aprendizado.
9
TROCANDO IDEIAS
**Após ouvir
as opiniões
dos alunos,
comente que,
nesta pintura,
Rockwell teve
a intenção de
retratar pessoas
diferentes para
reforçar a ideia
da regra de
ouro, mostrando
o respeito à
diversidade em
uma situação
em que pessoas
de diferentes
etnias e culturas
estão juntas,
dividindo
harmonicamente
o mesmo espaço
e respeitando a
religião um do
outro. Destaque
as diferenças das
características
físicas, das
vestimentas e
dos símbolos
religiosos.
Norman Rockwell - A regra de ouro. 1961. Mosaico. Museu Norman Rockwell, Massachusetts. Foto: Topham/TopFoto/Keystone
Observe uma pintura feita pelo artista norte-americano Norman
Rockwell (1894-1978), chamada A regra de ouro.
Nessa pintura, Rockwell retratou lado a lado pessoas
de diferentes etnias e religiões, divulgando a chamada
“regra de ouro”, que diz o seguinte: “Faça para os outros aquilo
que gostaria que fosse feito para você”. *
Converse com os colegas sobre as questões a seguir.
• Em sua opinião, por que Rockwell retratou
sário
os
Ao encontrar
pessoas tão diferentes umas das outras em
uma palavra
sua pintura? Pessoal.**
no texto com
esse destaque,
• Você concorda com a “regra de ouro”?
procure o
Por quê? Pessoal.
significado dela
• De que maneira a “regra de ouro” pode ser
no glossário,
que começa na
aplicada na sala de aula e na escola em que
página 108.
você estuda? Pessoal.
gl
Converse
com seus
colegas
10
*Explique aos alunos que esta frase está escrita na parte inferior da pintura, em inglês, língua falada nos
Estados Unidos, onde o autor da pintura nasceu.
ATIVIDADES
1
Faça, no caderno, um desenho representando como
você é fisicamente. Não se esqueça de incluir algumas
características, por exemplo a cor dos olhos e dos cabelos.
2
Como vimos nas páginas anteriores, o respeito às diferenças é
essencial para que haja uma boa convivência entre as pessoas.
Veja a seguir uma situação muito comum nas escolas.
As respostas
devem ser
anotadas no
caderno.
No pátio da escola, crianças como você se
divertem com diversas brincadeiras, porém é
muito comum ver grupos separados de meninas,
brincando, por exemplo, de amarelinha, e de
meninos, jogando futebol.
a ) Qual a sua opinião sobre essa situação? Escolha uma das
Veja nas Orientações para o
opções a seguir e copie no caderno. Pessoal.
professor sugestões para trabalhar esta
atividade.
A
Você acha melhor que meninos e meninas brinquem
separadamente, pois há brincadeiras que são de meninas, e
outras que são de meninos.
B
Você se aborrece com essa situação, pois gosta e prefere
brincar das duas coisas, de futebol e amarelinha, e acha que
não devia haver separação entre meninos e meninas nessas
brincadeiras.
C
Você queria muito experimentar a brincadeira do outro grupo,
mas tem vergonha e acha que os outros podem rir de você.
D
Você tenta convencer os seus amigos a brincar de outra
coisa, como peteca ou bolinhas de gude, assim todos podem
brincar juntos.
Fonte: Laura Jaffé; Laure Saint-Marc. Convivendo com as diferenças.
São Paulo: Ática, 2005. p. 36-9.
b ) Agora, converse com seus colegas sobre a opção que você
escolheu e explique os motivos dessa escolha. Pessoal.
11
As minhas preferências
Existem pessoas que são muito parecidas fisicamente. É o caso,
por exemplo, de alguns irmãos gêmeos.
Veja a história de duas irmãs gêmeas.
A Flávia andava sempre com uma maria-chiquinha
amarela e a Andréa, com uma azul, senão ninguém as
reconhecia. Por fora, eram iguaizinhas, mas tinham gostos
diferentes e sabiam ser independentes: nunca se vestiam do
mesmo jeito [...].
Studio Pack
Anna Flora. O louco do meu bairro. São Paulo: Ática, 1999. p. 1.
Converse com os colegas sobre as questões a seguir.
Converse
com seus
colegas
1
O que a autora do texto quis dizer ao afirmar que as meninas
eram iguaizinhas por fora? Ela quis dizer que as meninas eram muito parecidas fisicamente.
2
Em que Flávia e Andréa eram diferentes? Elas tinham gostos diferentes.
12
Flávia e Andréa são muito parecidas fisicamente, mas têm
gostos diferentes.
Agora, conheça a seguir alguns gostos de outras crianças.
Eu gosto
mesmo é de
futebol!
O meu animal
preferido é o
cachorro.
Ilustrações: Studio Pack
A banana é
a minha fruta
preferida!
Na escola,
a matéria de que
eu mais gosto
é História!
Cite algo de que você gosta e converse com os colegas
para conhecer alguns de seus gostos e preferências. Pessoal.
Converse
com seus
colegas
13
As brincadeiras preferidas da turma
Acervo da editora
Toda criança gosta de brincar, e cada uma costuma ter uma
brincadeira preferida.
Na escola de Juliana, os alunos realizaram uma atividade para
verificar quais eram as brincadeiras preferidas por eles.
A professora pediu a cada aluno que dissesse a brincadeira de
que mais gosta e anotou na lousa. Observe qual foi o resultado.
Observe a tabela acima e responda às questões no caderno.
1
Quantos alunos estudam na turma de Juliana?
2
Qual é a brincadeira preferida pelo maior número de alunos?
3
Qual é a brincadeira preferida pelo menor número de alunos?
31 alunos. Auxilie os alunos no cálculo para chegar à resposta correta.
14
Queimada.
Amarelinha.
ATIVIDADES
1
Que tal fazer uma atividade semelhante à da turma
de Juliana e descobrir quais são as brincadeiras
preferidas pelos alunos da sua turma? Para isso, siga
as orientações a seguir.
•
Conte para seus colegas qual é a sua
brincadeira preferida. Pessoal.
•
O professor anotará na lousa o nome das
brincadeiras citadas.*
•
Em seguida, ele anotará o número dos
alunos que preferem cada uma das
brincadeiras citadas.
•
Depois que o levantamento das
informações estiver pronto, o professor vai
montar uma tabela no quadro, semelhante
à tabela da página anterior.
As respostas
devem ser
anotadas no
caderno.
*Oriente a
exposição das
brincadeiras
preferidas pelos
alunos de modo
que cada criança
fale de uma vez.
Observe a tabela sobre as brincadeiras preferidas da sua turma
e responda no caderno às questões.
Esta resposta representa
a ) Quantos alunos participaram desta atividade? o número de alunos que
participaram da atividade. Caso algum aluno tenha faltado, ele não terá sido considerado na contagem.
b ) Qual a brincadeira preferida pelo maior número de alunos da
sua turma?
c ) Qual é a brincadeira preferida pelo menor número de alunos?
d ) Compare a tabela da sua turma com a da turma de Juliana.
No levantamento que vocês fizeram apareceram brincadeiras
diferentes das que foram citadas na turma de Juliana? Quais?
e ) Escreva um texto em seu caderno sobre as suas brincadeiras
preferidas e explique por que você gosta de algumas
brincadeiras e por que você não gosta de outras. Em
seguida, apresente a sua opinião aos colegas e conheça
também as opiniões deles.
15
Boneca.
16
Quiabo.
Cachorro.
Bicicleta.
Tom Brakefield/Photodisc/Getty Images
Macarrão.
Gato.
Leonardo Mari/Acervo da editora
PhotoDisc/Getty Images
Alface.
Stockdisc/Getty Images
PhotoDisc/Getty Images
PhotoDisc/Getty Images
Sorvete.
StockDisc/Getty Images
StockDisc/Getty Images
PhotoDisc/Getty Images
Leonardo Mari/Acervo da editora
Marinez Maravalhas Gomes
PhotoDisc/Getty Images
2
Observe os elementos apresentados a seguir.
Bife.
Feijão.
Cavalo.
Skate.
Os elementos apresentados nesta atividade não estão proporcionais entre si.
Natação.
Norbert Schaefer/Alamy/Other Images
PhotoDisc/Getty Images
PhotoDisc/Getty Images
Futebol.
Bambolê.
a ) Agora, escreva no caderno o nome dos elementos
apresentados, separando-os em três grupos, de acordo com
seus gostos pessoais. Pessoal.
gosto muito
gosto
não gosto
b ) Após separar os elementos apresentados de acordo com
seus gostos pessoais, compare suas respostas com as de
um colega e verifique se suas preferências são semelhantes
ou são diferentes. Pessoal.
COLOCANDO EM PRÁTICA
Para conhecer um pouco mais as semelhanças e as
diferenças entre os colegas da sua turma, você pode realizar a
atividade a seguir.
Recorte de jornais e revistas figuras que representem
algumas das suas preferências, por exemplo, na alimentação, nas
atividades escolares, nas brincadeiras, na música, entre outras
que você achar interessantes.
Cole essas figuras em folhas de papel e traga-as para a sala
de aula.
Depois, com o auxílio do professor, apresente essas
informações aos seus colegas.
Procure identificar algumas semelhanças e também
diferenças entre os gostos e as preferências dos alunos da turma.
17
As brincadeiras têm história
Você sabia que muitas brincadeiras que conhecemos hoje já
faziam parte do dia a dia de crianças que viveram há milhares de
anos? Várias dessas brincadeiras permaneceram, com poucas
modificações, até os dias de hoje.
Veja a seguir como brincavam algumas crianças de diferentes
povos que viveram em outras épocas.
Há cerca de 4 000 anos, as crianças que viviam no Egito*
brincavam de cabo-de-guerra, de pião e de bola. Elas também
costumavam brincar com bonecas feitas de madeira.
As bonecas das crianças egípcias eram
decoradas com desenhos e tinham
cabelos feitos com contas de argila.
Na Grécia,* há cerca de 2 500 anos,
as crianças brincavam de rolar aros. Elas
também gostavam de brincar com bolas
e ioiôs de cerâmica.
Além das bolas e ioiôs, vários outros brinquedos
utilizados pelas crianças gregas eram fabricados
com cerâmica. Alguns desses brinquedos
representavam figuras de pessoas e animais.
As crianças que viviam na China* há cerca
de 2 000 anos gostavam muito de empinar pipas.
Outra brincadeira comum entre as crianças
chinesas era um jogo em que se utilizavam
varetas de bambu.
No jogo de varetas, que se chamava liu bo,
a criança espalhava as varetas e depois tinha
de retirar uma a uma, sem mover as outras.
18
Ilustrações: Studio Maya
*Utilize um mapa-múndi e mostre
aos alunos a localização do
Egito, da Grécia e da China.
Há cerca de 2 000 anos, as crianças que viviam em Roma *
costumavam jogar com dados feitos de ossos e, também, brincar
com bolinhas de gude e piões.
Muitas crianças
romanas colecionavam
bolinhas de gude.
Há cerca de 1 000 anos, as crianças que viviam nos Reinos
Iorubás, na África,* se divertiam brincando de caçar, pescar e nadar
em rios e lagos. Elas também gostavam de jogos, como a cama de
gato.
No jogo da cama de gato,
as crianças criavam várias
figuras entrelaçando um
cordão entre os dedos da
mão.
As crianças vikings, que viveram há cerca de 1 000 anos na
região onde atualmente se encontra a Noruega,* brincavam de
batalhas com bolas de neve. No inverno, elas aproveitavam para
brincar de patinar nos rios congelados. *Utilize um mapa-múndi e mostre aos
Ilustrações: Studio Maya
alunos a localização de Roma, da
África e da Noruega.
•
Os patins usados pelas
crianças vikings eram
feitos de couro e ossos.
Você já brincou de alguma das brincadeiras que foram
apresentadas nesta página e na anterior? Qual? Comente com
os colegas. Pessoal.
19
ALGO A MAIS
Brincadeiras de todos os tempos
Seus avós e seus pais nasceram e foram crianças em épocas
diferentes da sua. No entanto, muitas brincadeiras que fazem parte
do seu dia a dia também fizeram parte da infância deles, como
jogos, brincadeiras de rua e cantigas de roda.
Conheça a seguir algumas dessas
brincadeiras.
Empinar pipa é uma brincadeira
muito antiga e muito praticada em
todo o mundo.
Dependendo da região do
Brasil, a pipa pode receber nomes
diferentes, como papagaio,
pandorga, arraia, cangula, estrela,
maranhão, entre outros.
Ilustrações: Studio Pack
Para empinar pipa são necessários alguns cuidados,
por exemplo evitar locais onde haja carros, degraus,
postes, fios elétricos e antenas.
Com o pião é possível
realizar diversos jogos e
brincadeiras. O pião é um
brinquedo feito de madeira,
com um prego na ponta, que
é chamado de ferrão. Com
o pião é possível realizar
diversos jogos e brincadeiras.
Muitas crianças brincam de rodar pião sozinhas, mas
outras preferem competir com os amigos.
20
Pular corda é uma brincadeira muito conhecida entre as
crianças. Além de divertida, essa brincadeira é um ótimo exercício
para o corpo.
Essa é uma brincadeira que pode ser praticada
individualmente ou por várias pessoas.
Ilustrações: Studio Pack
Nas brincadeiras de roda, as crianças, de mãos dadas, se
movimentam e fazem representações ao som de uma cantiga.
21
ATIVIDADES
Brincar é uma atividade que sempre fez parte da vida
das crianças, em todos os lugares do mundo. Onde existem
crianças, existem brincadeiras.
Observe a imagem a seguir.
Jogos Infantis. c. 1868-1912. Museu Van Gogh, Amsterdã
1
22
Leia as questões e anote as respostas no caderno.
a ) O que as pessoas representadas na imagem da
página anterior estão fazendo? Brincando.
As respostas
devem ser
anotadas no
caderno.
b ) Em sua opinião, a imagem representa acontecimentos da
atualidade ou de uma outra época?
De uma outra época.
c ) Anote no caderno quais pistas você utilizou na identificação
da época em que viveram as pessoas representadas.
X
A data de produção da imagem.
As brincadeiras representadas na imagem.
X
O vestuário das crianças representadas.
*Possíveis respostas: o
vestuário das pessoas, que
é tipicamente japonês; as
características físicas, como
o formato dos olhos; as
inscrições que acompanham
a imagem; a presença das
bandeiras do Japão; entre
outras.
Ilustrações: Acervo da editora
d ) Em sua opinião, qual é o país de origem das pessoas
representadas?
Canadá.
Brasil.
X
Japão.
e ) Quais pistas você observou para identificar o provável país
de origem das pessoas representadas? *
f ) Quais das brincadeiras apresentadas na imagem você
costuma realizar com os seus colegas atualmente? Pessoal.
g ) As ilustrações a seguir são reproduções das brincadeiras
apresentadas na imagem da página 22. Observe-as e
escreva o nome das brincadeiras que elas representam.
B
C
Ilustrações: N. Akira
A
Pular corda.
Rodar pião.
Andar de
perna de pau.
23
Todo mundo tem um nome
Todas as pessoas quando nascem recebem um nome. O
nome nos acompanha durante toda a vida e é por meio dele que
somos identificados.
O texto a seguir trata da importância do nome para as
pessoas. Leia-o.
̶ Ei, você! ̶ diz a menina.
̶ Quem, eu? ̶ dizem os meninos no pátio da escola.
̶ Não, você, de camiseta branca.
̶ Mas todos nós estamos de camiseta branca!
̶ Mas eu quero falar com você que usa óculos.
̶ Ah! Meu nome é Miguel.
Você já imaginou que confusão seria
se as pessoas não tivessem nomes?
Os nomes existem para identificar
as pessoas, sabermos quem é quem.
24
Studio Pack
As pessoas passam por muitas
transformações ao longo dos anos, mas
o nome geralmente continua o mesmo
durante toda a vida.
Assim também aconteceu com
você. Desde que nasceu, você passou
por várias transformações, mas seu
nome continuou sendo...
Qual é mesmo o seu nome?
Diga o seu nome completo para os colegas.
Pessoal.
25
O sobrenome
Além do nome, as pessoas recebem um sobrenome. O
sobrenome indica a família a que a pessoa pertence. Algumas
pessoas recebem o sobrenome do pai e da mãe; outras recebem só
o sobrenome do pai; e outras, só o sobrenome da mãe.
Veja o exemplo a seguir.
Nome: Patrícia Oliveira Dias
Nome do pai: Roberto Vieira Dias
Nome da mãe: Lúcia Campos Oliveira
Leia as questões a seguir e anote as respostas no caderno.
1
Qual é o sobrenome de Patrícia que é igual ao do pai dela? Dias.
2
Qual é o sobrenome de Patrícia que é igual ao da mãe dela? Oliveira.
3
Escreva no caderno o seu nome completo. Pessoal.
4
De quem você recebeu o seu sobrenome? Pessoal.
5
Por que é importante que as pessoas tenham sobrenome?
Converse com os colegas. Pessoal.
PESQUISANDO
Você sabia que os nomes das pessoas costumam ter
significados? Em alguns casos, as pessoas que escolhem o nome
de uma criança analisam o seu significado antes de escolhê-lo.
Veja o significado de alguns nomes.
André: homem corajoso.
Jéssica: cheia de riqueza.
Leonardo: forte como um leão.
Sofia: sabedoria.
• E você, sabe o significado do seu nome? Pessoal.
Caso não saiba, faça uma pesquisa sobre o significado do
seu nome. Para isso, pergunte a seus pais ou responsáveis, ou
então procure informações em livros, em revistas especializadas
ou na internet. Traga essas informações para a sala e comente
com os seus colegas de turma.
26
A origem dos sobrenomes
Autor desconhecido. Brasão de Pedro Álvares Cabral.
Gravura. s.d. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro
Os primeiros sobrenomes foram criados para diferenciar pessoas
que tinham nomes iguais.
Os sobrenomes podiam fazer referência a uma região de origem
da família, como Coimbra (em Portugal) ou Aragão (na Espanha), ou
ainda a uma profissão, como Ferreira, que corresponde a uma família
de ferreiros. Há também aqueles sobrenomes que se originaram de
nomes de animais como Lobo e Leão.
Existem também os sobrenomes indígenas, geralmente
relacionados ao povo ao qual o indígena pertence.
ALGO A MAIS
Algumas famílias
possuem brasões, que
são figuras com os
símbolos da família.
A família Cabral, por
exemplo, era formada
por criadores de cabras
e tinha esse animal
como símbolo em seu
brasão.
Quem nunca teve um apelido?
Muitas pessoas são conhecidas mais pelo apelido do que
pelo próprio nome. Geralmente o apelido é utilizado para facilitar
a identificação de uma pessoa. Muitas pessoas com o nome de
Francisco, por exemplo, são apelidadas de Chico, e pessoas com
o nome José são apelidadas de Zé. Porém temos que tomar muito
cuidado ao dar um apelido a alguém, para que não seja considerado
ofensivo e magoar a pessoa.
Há também os nomes artísticos, muito utilizados por atores,
cantores e bailarinos que trocam seus nomes reais por outros de
sua preferência. Por exemplo, o verdadeiro nome da atriz conhecida
como Fernanda Montenegro é Arlete Pinheiro Esteves da Silva, e o do
cantor Zeca Baleiro é José Ribamar Coelho Santos.
27
ATIVIDADES
1
Ordene as letras de cada quadro, seguindo as setas, e
descubra nomes de pessoas. Escreva-os no caderno.
As respostas
devem ser
anotadas no
caderno.
A - Paulo; B - Laura; C - Nelson; D - Viviane; E - Marlene; F - Carlos; G - Maria Eduarda; H - Pedro Henrique.
A
B
A
L
U
P
A
L
C
I
A
L
R
O
I
A
V
N
E
E
V
O
S
U
D
N
M
E
G
M
A
I
R
U
A
E
D
R
D
A
A
N
F
A
R
L
N
E
H
E
L
R
S
O
C
P
E
D
A
H
E
R
N
I
U
Q
O
R
E
2
Com os colegas e com o auxílio do professor, elaborem uma lista
na lousa com os nomes dos alunos da sua turma. Depois, copie-os no caderno, em ordem alfabética. Pessoal.
3
Há colegas da sua turma que têm nome igual ou semelhante? Se
houver, copie no caderno o nome e o sobrenome deles. Pessoal.
28
Os sobrenomes, geralmente, têm uma história e um significado.
Veja a seguir alguns sobrenomes e os seus significados.
Identifique o significado de cada um dos sobrenomes e
relacione-os no caderno.
A – Pereira; B – Padovani; C – Oliveira; D – Ferreira; E – Silva; F – Rocha.
Pereira
Ferreira
Oliveira
A
Padovani
Silva
Rocha
B
Família das pessoas que
plantavam pêra.
C
Família das pessoas originárias
da região de Pádua,* na Itália.
D
Família das pessoas que
cultivavam oliveiras.
E
Família das pessoas que
trabalhavam como ferreiros.
F
Ilustrações: Studio Maya
4
Família das pessoas que viviam
próximas da floresta (selva).
Família que habitava uma
região rochosa.
*Explique aos alunos que Pádua é o nome em português da cidade de Padova, na Itália.
29
ENTREVISTANDO
Fazer perguntas, conversar com as pessoas, ouvir suas
histórias é uma maneira muito importante e interessante para se
obter informações sobre o passado.
Agora, você pode descobrir um pouco mais sobre a história
do seu nome entrevistando um de seus pais ou a pessoa
responsável por você, seguindo o roteiro a seguir.
Roteiro da entrevista
Nome do entrevistado
Idade
Data da entrevista
1
Quem escolheu o meu nome?
2
Por que esse nome foi escolhido?
3
Meu nome foi escolhido antes ou depois do meu nascimento?
4
Havia sido sugerido algum outro nome para mim? Qual?
Traga a sua entrevista para a sala de aula e, com os colegas,
comparem as respostas obtidas.
Importante!
Ao realizar uma entrevista, alguns cuidados devem ser
tomados. Veja a seguir:
• Verifique qual é o melhor horário e local para a pessoa
que será entrevistada.
• Procure ser pontual.
• Mesmo quando a pessoa entrevistada já é conhecida,
como no caso de um parente ou amigo próximo, sempre
se comporte com respeito e educação.
• Seja objetivo e tenha sempre um roteiro para facilitar sua
entrevista.
• Procure prestar atenção nos detalhes que a pessoa lhe
informar.
• Se perceber que a fala do entrevistado foge um pouco
do roteiro da entrevista, anote-a mesmo assim, pois ela
pode revelar muitas informações interessantes.
30
Nesse livro, você vai conhecer a história de uma
família que tem um filho com Síndrome de Down,
apelidado carinhosamente de China, e como seu
irmão Tico aprende muitas coisas convivendo com
essa criança tão especial.
• Orelha de limão, de Katja Reider
e Ângela von Roehl. São Paulo,
Brinque-book.
Ao ler esse livro você vai conhecer a história de
uma ovelha que tem uma das orelhas na cor
amarelo-limão. Por ser diferente das outras, essa
ovelha é discriminada em seu grupo. Nesse livro,
que tem várias imagens e um texto bem leve, você
descobrirá um pouco mais sobre a importância de
se respeitar as diferenças.
Livro de Todd Parr. Tudo bem ser diferente.
Editora Panda Books: São Paulo, 2002
Portela. São Paulo, Moderna.
Livro de Katja Reider e Ângela von Roehl. Orelha de
limão. Editora Brinque-book: São Paulo, 1999
• Alguém muito especial, de Miriam
Livro de Miriam Portela. Alguém muito especial.
Editora Moderna: São Paulo, 1998
SUGESTÕES DE LEITURA
• Tudo bem ser diferente, de
Todd Parr. São Paulo, Panda Books.
• Minha avó tem Alzheimer, de
Dagmar H. Mueller e Verena Balhaus.
São Paulo, Scipione.
Ao ler esse livro, você vai descobrir a história de
Paula, uma garota cuja avó desenvolveu a doença
de Alzheimer, que faz a pessoa perder pouco a
pouco a memória. O convívio entre as duas faz
Paula compreender um pouco mais sobre o
universo especial em que sua avó vive.
Livro de Dagmar H. Muller e Verena Balhaus. Minha avó
tem Alzheimer. Editora Scipione: São Paulo, 2006
Com um texto agradável e ilustrações bem-humoradas, esse livro trata das diferenças entre
as pessoas de forma bastante positiva.
31

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