De olho no - FTD Educação
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De olho no História Thatiane Tomal Pinela Bruzaroschi Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Professora do Ensino Fundamental. Liz Andréia Giaretta MANUAL DO PROFESSOR Pós-graduada em Ensino de Geografia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL-PR). Mestre em Geografia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp-SP). Autora de material didático para o Ensino Fundamental e para a Alfabetização de Jovens e Adultos. Assessora pedagógica e palestrante nas áreas de Geografia e História. 1a edição São Paulo ̶ 2011 2 o ano História De olho no futuro – História – Nova edição, 2o ano Copyright © Thatiane Tomal Pinela Bruzaroschi e Liz Andréia Giaretta, 2011 Todos os direitos reservados à Editora FTD S.A., sucessora da QUINTETO EDITORIAL LTDA. Matriz: Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. (0-XX-11) 3598-6000 – Fax: (0-XX-11) 3598-6360 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 Internet: <www.ftd.com.br> E-mail: [email protected] Diretora editorial Silmara Sapiense Vespasiano Editora Débora Lima Editora assistente Poliana F. Asturiano Assistente de produção Lilia Pires Revisoras Carolina Manley Célia R. N. Camargo Fernanda Rodrigues Rita Lopes Sirlei S. Panochia Solange Pereira Coordenador de produção editorial Caio Leandro Rios Editor de arte Claudio Cuellar Arte Projeto gráfico e capa Marcela Pialarissi Edição de imagens Bruno Henrique dos Santos Cerkuenik Ilustrações N. Akira Studio Maya Studio Pack Foto da capa Masterfile/Other Images Iconografia Pesquisador Daniel Cymbalista Assistente Cristina Mota Editoração eletrônica Diagramação Daniela Cordeiro de Oliveira Tratamento de imagens José Vitor Costa Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Bruzaroschi, Thatiane Tomal Pinela De olho no futuro : história, 2o ano / Thatiane Tomal Pinela Bruzaroschi, Liz Andréia Giaretta. — 1. ed. — São Paulo : Quinteto Editorial, 2011. Nova edição. ISBN 978-85-305-0648-3 (aluno) ISBN 978-85-305-0649-0 (professor) 1. História (Ensino fundamental) I. Giaretta, Liz Andréia. II. Título. Gerente de produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno 11-02414 CDD-372.89 Índices para catálogo sistemático: 1. História : Ensino fundamental 372.89 Apresentação Este livro é um convite ao estudo da História. Juntos vamos conhecer o modo de vida de pessoas de diferentes lugares, no passado e no presente, e descobrir como a história dessas pessoas está relacionada à nossa própria vida. Por meio desse estudo, também vamos compreender melhor o mundo em que vivemos e perceber que é no dia a dia que nós fazemos a História. Um ótimo ano de estudos! Photodisc/Getty Images PhotoDisc/Getty Images Photodisc/Getty Images N. Akira As autoras SUMÁRIO 1 EU E OS OUTROS ................................................... 6 Somos iguais, mas diferentes ..........................................................8 Respeitando as diferenças...............................................................9 As minhas preferências..................................................................12 As brincadeiras preferidas da turma ..............................................14 As brincadeiras têm história ...........................................................18 ALGO A MAIS Brincadeiras de todos os tempos ..................................................................20 Todo mundo tem um nome ...........................................................24 O sobrenome ................................................................................26 A origem dos sobrenomes.............................................................27 ALGO A MAIS Quem nunca teve um apelido ........................................................................27 Sugestões de leitura.............................................................................. 31 CADA PESSOA TEM UMA HISTÓRIA ................ 32 Você se lembra...? .........................................................................34 A história por meio de relatos ........................................................35 Objetos pessoais do passado .......................................................37 Imagens que contam histórias .......................................................40 NA LINHA DO TEMPO A linha do tempo da vida ...............................................................................42 ALGO A MAIS As fontes históricas ........................................................................................46 Os documentos pessoais ..............................................................48 A certidão de nascimento ..............................................................50 Outros documentos pessoais ........................................................52 Photodisc/Getty Images Sugestões de leitura.............................................................................. 55 N. Akira 2 Photodisc/Getty Images Photodisc/Getty Images 3 O TEMPO NÃO PARA! ........................................ 56 Diferentes períodos de tempo........................................................58 Os meses do ano ..........................................................................62 O calendário ..................................................................................64 ALGO A MAIS Calendário indígena........................................................................................67 O calendário tem história ...............................................................68 O relógio........................................................................................70 O dia a dia e as horas ....................................................................71 ALGO A MAIS Outros tipos de relógio ...................................................................................74 O tempo passa, as pessoas mudam .............................................76 Nossas preferências também mudam ...........................................78 Sugestões de leitura .......................................................................79 4 O COTIDIANO ...................................................... 80 O dia a dia de uma criança. ...........................................................82 Organizando o cotidiano................................................................84 O cotidiano das crianças indígenas ...............................................88 O cotidiano da família ....................................................................90 As atividades cotidianas ................................................................94 ALGO A MAIS O dia a dia de crianças no passado ..............................................................97 As crianças e o trabalho ..............................................................100 Danos à saúde das crianças trabalhadoras .................................... 101 O trabalho infantil no passado ....................................................... 102 Os direitos da criança ..................................................................104 Sugestões de leitura .....................................................................107 GLOSSÁRIO ........................................................ 108 1 EU E OS OUTROS Observe as fotografias a seguir. Elas retratam crianças com diferentes características físicas. Acervo de família Acervo de família Veja nas Orientações para o professor sugestões para trabalhar os conteúdos deste capítulo. Nome: Gabriel. Idade: 6 anos. Cor dos cabelos: Castanhos. Cor dos olhos: Castanhos. Fabio Colombini Nome: Julianna. Idade: 8 anos. Cor dos cabelos: Loiros. Cor dos olhos: Azuis. Nome: Purenuna. Idade: 6 anos. Cor dos cabelos: Pretos. Cor dos olhos: Pretos. Auxilie os alunos na identificação das diferenças na idade e na cor dos olhos e dos cabelos, solicitando a eles que formem duplas para analisar as fotografias. Destaque para os alunos que, independentemente das características físicas, todas as pessoas devem ser tratadas com respeito. Incentive e valorize essa atitude entre os alunos. 6 Acervo de família Vanessa Volk/Acervo da editora Acervo de família Nome: João Gabriel. Idade: 4 anos. Cor dos cabelos: Pretos. Cor dos olhos: Pretos. Nome: Larissa. Idade: 6 anos. Cor dos cabelos: Pretos. Cor dos olhos: Pretos. *As principais semelhanças e diferenças entre as crianças retratadas estão relacionadas às características físicas, como peso, cor dos olhos, dos cabelos e da pele, porém, observando a legenda, a idade também pode ser considerada uma diferença. Nome: Natália. Idade: 8 anos. Cor dos cabelos: Ruivos. Cor dos olhos: Castanhos. Para tornar o aprendizado mais significativo, promova debates sobre as questões propostas neste capítulo, estimulando a participação de todos os alunos. Assim, eles terão oportunidade de trocar ideias e compartilhar experiências, desenvolvendo a expressão oral e o respeito à diversidade de opiniões. Se achar conveniente, peça aos alunos que anotem suas conclusões no caderno. 1 Cite algumas semelhanças existentes entre as crianças retratadas nas fotografias. Cite também algumas diferenças.* 2 Além da aparência física, que outras características fazem as resposta: O jeito de pensar, de pessoas serem diferentes umas das outras? Possível agir e sentir; os gostos e as preferências, entre outras. Converse com seus colegas 7 Somos iguais, mas diferentes Não existem duas pessoas iguais no mundo. Cada pessoa tem uma aparência e um jeito de ser que são únicos. *Possível resposta: Respeitar as diferenças é respeitar a si mesmo Leia o texto a seguir. porque também somos diferentes das outras pessoas. Assim, como devemos respeitar os outros, esperamos ser respeitados. Quando isso ocorre, tornamo-nos mais capazes de conviver harmoniosamente, além de aprender sobre outras culturas e visões de mundo, fazendo o bem para si e para os outros. Quando olho no espelho, vejo como somos diferentes. Sou de um jeito e meus colegas são de outro. Tenho um nome, uma família e uma casa como eles, só que diferentes. Cada um de meus colegas de classe tem tudo o que eu tenho. Somos iguais, mas tão diferentes. O nome é diferente, a família, a casa, a história, os gostos, as amizades, as preferências são diferentes. Cada um tem seu jeito de viver, de ver, de gostar, de pensar, de acreditar. O jeito de cada um é diferente, mas somos todos iguais, muito iguais. Por isso, respeitar as diferenças é respeitar a si próprio. Viva a igualdade! Viva a diferença! Ilustrações: Studio Maya Edson Gabriel Garcia. O jeito de cada um: iguais e diferentes. São Paulo: FTD, 2001. p. 44-5. (Conversas sobre cidadania). Em sua opinião, por que respeitar as diferenças é respeitar a si próprio? Converse com os colegas. Pessoal. * 8 Converse com seus colegas Respeitando as diferenças Ministério da Saúde / Fundação Victor Civita. Ilustrações: Orlando Ribeiro Pedroso Jr. Observe o cartaz a seguir e leia as informações que ele apresenta. Cartaz do Ministério da Saúde e da Fundação Victor Civita. Quais são as diferenças destacadas no cartaz? Converse com os colegas. Converse com seus colegas Diferenças na cor da pele; na maneira de ser, pensar e agir; no modo de andar, falar e ver o mundo; e também no ritmo do aprendizado. 9 TROCANDO IDEIAS **Após ouvir as opiniões dos alunos, comente que, nesta pintura, Rockwell teve a intenção de retratar pessoas diferentes para reforçar a ideia da regra de ouro, mostrando o respeito à diversidade em uma situação em que pessoas de diferentes etnias e culturas estão juntas, dividindo harmonicamente o mesmo espaço e respeitando a religião um do outro. Destaque as diferenças das características físicas, das vestimentas e dos símbolos religiosos. Norman Rockwell - A regra de ouro. 1961. Mosaico. Museu Norman Rockwell, Massachusetts. Foto: Topham/TopFoto/Keystone Observe uma pintura feita pelo artista norte-americano Norman Rockwell (1894-1978), chamada A regra de ouro. Nessa pintura, Rockwell retratou lado a lado pessoas de diferentes etnias e religiões, divulgando a chamada “regra de ouro”, que diz o seguinte: “Faça para os outros aquilo que gostaria que fosse feito para você”. * Converse com os colegas sobre as questões a seguir. • Em sua opinião, por que Rockwell retratou sário os Ao encontrar pessoas tão diferentes umas das outras em uma palavra sua pintura? Pessoal.** no texto com esse destaque, • Você concorda com a “regra de ouro”? procure o Por quê? Pessoal. significado dela • De que maneira a “regra de ouro” pode ser no glossário, que começa na aplicada na sala de aula e na escola em que página 108. você estuda? Pessoal. gl Converse com seus colegas 10 *Explique aos alunos que esta frase está escrita na parte inferior da pintura, em inglês, língua falada nos Estados Unidos, onde o autor da pintura nasceu. ATIVIDADES 1 Faça, no caderno, um desenho representando como você é fisicamente. Não se esqueça de incluir algumas características, por exemplo a cor dos olhos e dos cabelos. 2 Como vimos nas páginas anteriores, o respeito às diferenças é essencial para que haja uma boa convivência entre as pessoas. Veja a seguir uma situação muito comum nas escolas. As respostas devem ser anotadas no caderno. No pátio da escola, crianças como você se divertem com diversas brincadeiras, porém é muito comum ver grupos separados de meninas, brincando, por exemplo, de amarelinha, e de meninos, jogando futebol. a ) Qual a sua opinião sobre essa situação? Escolha uma das Veja nas Orientações para o opções a seguir e copie no caderno. Pessoal. professor sugestões para trabalhar esta atividade. A Você acha melhor que meninos e meninas brinquem separadamente, pois há brincadeiras que são de meninas, e outras que são de meninos. B Você se aborrece com essa situação, pois gosta e prefere brincar das duas coisas, de futebol e amarelinha, e acha que não devia haver separação entre meninos e meninas nessas brincadeiras. C Você queria muito experimentar a brincadeira do outro grupo, mas tem vergonha e acha que os outros podem rir de você. D Você tenta convencer os seus amigos a brincar de outra coisa, como peteca ou bolinhas de gude, assim todos podem brincar juntos. Fonte: Laura Jaffé; Laure Saint-Marc. Convivendo com as diferenças. São Paulo: Ática, 2005. p. 36-9. b ) Agora, converse com seus colegas sobre a opção que você escolheu e explique os motivos dessa escolha. Pessoal. 11 As minhas preferências Existem pessoas que são muito parecidas fisicamente. É o caso, por exemplo, de alguns irmãos gêmeos. Veja a história de duas irmãs gêmeas. A Flávia andava sempre com uma maria-chiquinha amarela e a Andréa, com uma azul, senão ninguém as reconhecia. Por fora, eram iguaizinhas, mas tinham gostos diferentes e sabiam ser independentes: nunca se vestiam do mesmo jeito [...]. Studio Pack Anna Flora. O louco do meu bairro. São Paulo: Ática, 1999. p. 1. Converse com os colegas sobre as questões a seguir. Converse com seus colegas 1 O que a autora do texto quis dizer ao afirmar que as meninas eram iguaizinhas por fora? Ela quis dizer que as meninas eram muito parecidas fisicamente. 2 Em que Flávia e Andréa eram diferentes? Elas tinham gostos diferentes. 12 Flávia e Andréa são muito parecidas fisicamente, mas têm gostos diferentes. Agora, conheça a seguir alguns gostos de outras crianças. Eu gosto mesmo é de futebol! O meu animal preferido é o cachorro. Ilustrações: Studio Pack A banana é a minha fruta preferida! Na escola, a matéria de que eu mais gosto é História! Cite algo de que você gosta e converse com os colegas para conhecer alguns de seus gostos e preferências. Pessoal. Converse com seus colegas 13 As brincadeiras preferidas da turma Acervo da editora Toda criança gosta de brincar, e cada uma costuma ter uma brincadeira preferida. Na escola de Juliana, os alunos realizaram uma atividade para verificar quais eram as brincadeiras preferidas por eles. A professora pediu a cada aluno que dissesse a brincadeira de que mais gosta e anotou na lousa. Observe qual foi o resultado. Observe a tabela acima e responda às questões no caderno. 1 Quantos alunos estudam na turma de Juliana? 2 Qual é a brincadeira preferida pelo maior número de alunos? 3 Qual é a brincadeira preferida pelo menor número de alunos? 31 alunos. Auxilie os alunos no cálculo para chegar à resposta correta. 14 Queimada. Amarelinha. ATIVIDADES 1 Que tal fazer uma atividade semelhante à da turma de Juliana e descobrir quais são as brincadeiras preferidas pelos alunos da sua turma? Para isso, siga as orientações a seguir. • Conte para seus colegas qual é a sua brincadeira preferida. Pessoal. • O professor anotará na lousa o nome das brincadeiras citadas.* • Em seguida, ele anotará o número dos alunos que preferem cada uma das brincadeiras citadas. • Depois que o levantamento das informações estiver pronto, o professor vai montar uma tabela no quadro, semelhante à tabela da página anterior. As respostas devem ser anotadas no caderno. *Oriente a exposição das brincadeiras preferidas pelos alunos de modo que cada criança fale de uma vez. Observe a tabela sobre as brincadeiras preferidas da sua turma e responda no caderno às questões. Esta resposta representa a ) Quantos alunos participaram desta atividade? o número de alunos que participaram da atividade. Caso algum aluno tenha faltado, ele não terá sido considerado na contagem. b ) Qual a brincadeira preferida pelo maior número de alunos da sua turma? c ) Qual é a brincadeira preferida pelo menor número de alunos? d ) Compare a tabela da sua turma com a da turma de Juliana. No levantamento que vocês fizeram apareceram brincadeiras diferentes das que foram citadas na turma de Juliana? Quais? e ) Escreva um texto em seu caderno sobre as suas brincadeiras preferidas e explique por que você gosta de algumas brincadeiras e por que você não gosta de outras. Em seguida, apresente a sua opinião aos colegas e conheça também as opiniões deles. 15 Boneca. 16 Quiabo. Cachorro. Bicicleta. Tom Brakefield/Photodisc/Getty Images Macarrão. Gato. Leonardo Mari/Acervo da editora PhotoDisc/Getty Images Alface. Stockdisc/Getty Images PhotoDisc/Getty Images PhotoDisc/Getty Images Sorvete. StockDisc/Getty Images StockDisc/Getty Images PhotoDisc/Getty Images Leonardo Mari/Acervo da editora Marinez Maravalhas Gomes PhotoDisc/Getty Images 2 Observe os elementos apresentados a seguir. Bife. Feijão. Cavalo. Skate. Os elementos apresentados nesta atividade não estão proporcionais entre si. Natação. Norbert Schaefer/Alamy/Other Images PhotoDisc/Getty Images PhotoDisc/Getty Images Futebol. Bambolê. a ) Agora, escreva no caderno o nome dos elementos apresentados, separando-os em três grupos, de acordo com seus gostos pessoais. Pessoal. gosto muito gosto não gosto b ) Após separar os elementos apresentados de acordo com seus gostos pessoais, compare suas respostas com as de um colega e verifique se suas preferências são semelhantes ou são diferentes. Pessoal. COLOCANDO EM PRÁTICA Para conhecer um pouco mais as semelhanças e as diferenças entre os colegas da sua turma, você pode realizar a atividade a seguir. Recorte de jornais e revistas figuras que representem algumas das suas preferências, por exemplo, na alimentação, nas atividades escolares, nas brincadeiras, na música, entre outras que você achar interessantes. Cole essas figuras em folhas de papel e traga-as para a sala de aula. Depois, com o auxílio do professor, apresente essas informações aos seus colegas. Procure identificar algumas semelhanças e também diferenças entre os gostos e as preferências dos alunos da turma. 17 As brincadeiras têm história Você sabia que muitas brincadeiras que conhecemos hoje já faziam parte do dia a dia de crianças que viveram há milhares de anos? Várias dessas brincadeiras permaneceram, com poucas modificações, até os dias de hoje. Veja a seguir como brincavam algumas crianças de diferentes povos que viveram em outras épocas. Há cerca de 4 000 anos, as crianças que viviam no Egito* brincavam de cabo-de-guerra, de pião e de bola. Elas também costumavam brincar com bonecas feitas de madeira. As bonecas das crianças egípcias eram decoradas com desenhos e tinham cabelos feitos com contas de argila. Na Grécia,* há cerca de 2 500 anos, as crianças brincavam de rolar aros. Elas também gostavam de brincar com bolas e ioiôs de cerâmica. Além das bolas e ioiôs, vários outros brinquedos utilizados pelas crianças gregas eram fabricados com cerâmica. Alguns desses brinquedos representavam figuras de pessoas e animais. As crianças que viviam na China* há cerca de 2 000 anos gostavam muito de empinar pipas. Outra brincadeira comum entre as crianças chinesas era um jogo em que se utilizavam varetas de bambu. No jogo de varetas, que se chamava liu bo, a criança espalhava as varetas e depois tinha de retirar uma a uma, sem mover as outras. 18 Ilustrações: Studio Maya *Utilize um mapa-múndi e mostre aos alunos a localização do Egito, da Grécia e da China. Há cerca de 2 000 anos, as crianças que viviam em Roma * costumavam jogar com dados feitos de ossos e, também, brincar com bolinhas de gude e piões. Muitas crianças romanas colecionavam bolinhas de gude. Há cerca de 1 000 anos, as crianças que viviam nos Reinos Iorubás, na África,* se divertiam brincando de caçar, pescar e nadar em rios e lagos. Elas também gostavam de jogos, como a cama de gato. No jogo da cama de gato, as crianças criavam várias figuras entrelaçando um cordão entre os dedos da mão. As crianças vikings, que viveram há cerca de 1 000 anos na região onde atualmente se encontra a Noruega,* brincavam de batalhas com bolas de neve. No inverno, elas aproveitavam para brincar de patinar nos rios congelados. *Utilize um mapa-múndi e mostre aos Ilustrações: Studio Maya alunos a localização de Roma, da África e da Noruega. • Os patins usados pelas crianças vikings eram feitos de couro e ossos. Você já brincou de alguma das brincadeiras que foram apresentadas nesta página e na anterior? Qual? Comente com os colegas. Pessoal. 19 ALGO A MAIS Brincadeiras de todos os tempos Seus avós e seus pais nasceram e foram crianças em épocas diferentes da sua. No entanto, muitas brincadeiras que fazem parte do seu dia a dia também fizeram parte da infância deles, como jogos, brincadeiras de rua e cantigas de roda. Conheça a seguir algumas dessas brincadeiras. Empinar pipa é uma brincadeira muito antiga e muito praticada em todo o mundo. Dependendo da região do Brasil, a pipa pode receber nomes diferentes, como papagaio, pandorga, arraia, cangula, estrela, maranhão, entre outros. Ilustrações: Studio Pack Para empinar pipa são necessários alguns cuidados, por exemplo evitar locais onde haja carros, degraus, postes, fios elétricos e antenas. Com o pião é possível realizar diversos jogos e brincadeiras. O pião é um brinquedo feito de madeira, com um prego na ponta, que é chamado de ferrão. Com o pião é possível realizar diversos jogos e brincadeiras. Muitas crianças brincam de rodar pião sozinhas, mas outras preferem competir com os amigos. 20 Pular corda é uma brincadeira muito conhecida entre as crianças. Além de divertida, essa brincadeira é um ótimo exercício para o corpo. Essa é uma brincadeira que pode ser praticada individualmente ou por várias pessoas. Ilustrações: Studio Pack Nas brincadeiras de roda, as crianças, de mãos dadas, se movimentam e fazem representações ao som de uma cantiga. 21 ATIVIDADES Brincar é uma atividade que sempre fez parte da vida das crianças, em todos os lugares do mundo. Onde existem crianças, existem brincadeiras. Observe a imagem a seguir. Jogos Infantis. c. 1868-1912. Museu Van Gogh, Amsterdã 1 22 Leia as questões e anote as respostas no caderno. a ) O que as pessoas representadas na imagem da página anterior estão fazendo? Brincando. As respostas devem ser anotadas no caderno. b ) Em sua opinião, a imagem representa acontecimentos da atualidade ou de uma outra época? De uma outra época. c ) Anote no caderno quais pistas você utilizou na identificação da época em que viveram as pessoas representadas. X A data de produção da imagem. As brincadeiras representadas na imagem. X O vestuário das crianças representadas. *Possíveis respostas: o vestuário das pessoas, que é tipicamente japonês; as características físicas, como o formato dos olhos; as inscrições que acompanham a imagem; a presença das bandeiras do Japão; entre outras. Ilustrações: Acervo da editora d ) Em sua opinião, qual é o país de origem das pessoas representadas? Canadá. Brasil. X Japão. e ) Quais pistas você observou para identificar o provável país de origem das pessoas representadas? * f ) Quais das brincadeiras apresentadas na imagem você costuma realizar com os seus colegas atualmente? Pessoal. g ) As ilustrações a seguir são reproduções das brincadeiras apresentadas na imagem da página 22. Observe-as e escreva o nome das brincadeiras que elas representam. B C Ilustrações: N. Akira A Pular corda. Rodar pião. Andar de perna de pau. 23 Todo mundo tem um nome Todas as pessoas quando nascem recebem um nome. O nome nos acompanha durante toda a vida e é por meio dele que somos identificados. O texto a seguir trata da importância do nome para as pessoas. Leia-o. ̶ Ei, você! ̶ diz a menina. ̶ Quem, eu? ̶ dizem os meninos no pátio da escola. ̶ Não, você, de camiseta branca. ̶ Mas todos nós estamos de camiseta branca! ̶ Mas eu quero falar com você que usa óculos. ̶ Ah! Meu nome é Miguel. Você já imaginou que confusão seria se as pessoas não tivessem nomes? Os nomes existem para identificar as pessoas, sabermos quem é quem. 24 Studio Pack As pessoas passam por muitas transformações ao longo dos anos, mas o nome geralmente continua o mesmo durante toda a vida. Assim também aconteceu com você. Desde que nasceu, você passou por várias transformações, mas seu nome continuou sendo... Qual é mesmo o seu nome? Diga o seu nome completo para os colegas. Pessoal. 25 O sobrenome Além do nome, as pessoas recebem um sobrenome. O sobrenome indica a família a que a pessoa pertence. Algumas pessoas recebem o sobrenome do pai e da mãe; outras recebem só o sobrenome do pai; e outras, só o sobrenome da mãe. Veja o exemplo a seguir. Nome: Patrícia Oliveira Dias Nome do pai: Roberto Vieira Dias Nome da mãe: Lúcia Campos Oliveira Leia as questões a seguir e anote as respostas no caderno. 1 Qual é o sobrenome de Patrícia que é igual ao do pai dela? Dias. 2 Qual é o sobrenome de Patrícia que é igual ao da mãe dela? Oliveira. 3 Escreva no caderno o seu nome completo. Pessoal. 4 De quem você recebeu o seu sobrenome? Pessoal. 5 Por que é importante que as pessoas tenham sobrenome? Converse com os colegas. Pessoal. PESQUISANDO Você sabia que os nomes das pessoas costumam ter significados? Em alguns casos, as pessoas que escolhem o nome de uma criança analisam o seu significado antes de escolhê-lo. Veja o significado de alguns nomes. André: homem corajoso. Jéssica: cheia de riqueza. Leonardo: forte como um leão. Sofia: sabedoria. • E você, sabe o significado do seu nome? Pessoal. Caso não saiba, faça uma pesquisa sobre o significado do seu nome. Para isso, pergunte a seus pais ou responsáveis, ou então procure informações em livros, em revistas especializadas ou na internet. Traga essas informações para a sala e comente com os seus colegas de turma. 26 A origem dos sobrenomes Autor desconhecido. Brasão de Pedro Álvares Cabral. Gravura. s.d. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro Os primeiros sobrenomes foram criados para diferenciar pessoas que tinham nomes iguais. Os sobrenomes podiam fazer referência a uma região de origem da família, como Coimbra (em Portugal) ou Aragão (na Espanha), ou ainda a uma profissão, como Ferreira, que corresponde a uma família de ferreiros. Há também aqueles sobrenomes que se originaram de nomes de animais como Lobo e Leão. Existem também os sobrenomes indígenas, geralmente relacionados ao povo ao qual o indígena pertence. ALGO A MAIS Algumas famílias possuem brasões, que são figuras com os símbolos da família. A família Cabral, por exemplo, era formada por criadores de cabras e tinha esse animal como símbolo em seu brasão. Quem nunca teve um apelido? Muitas pessoas são conhecidas mais pelo apelido do que pelo próprio nome. Geralmente o apelido é utilizado para facilitar a identificação de uma pessoa. Muitas pessoas com o nome de Francisco, por exemplo, são apelidadas de Chico, e pessoas com o nome José são apelidadas de Zé. Porém temos que tomar muito cuidado ao dar um apelido a alguém, para que não seja considerado ofensivo e magoar a pessoa. Há também os nomes artísticos, muito utilizados por atores, cantores e bailarinos que trocam seus nomes reais por outros de sua preferência. Por exemplo, o verdadeiro nome da atriz conhecida como Fernanda Montenegro é Arlete Pinheiro Esteves da Silva, e o do cantor Zeca Baleiro é José Ribamar Coelho Santos. 27 ATIVIDADES 1 Ordene as letras de cada quadro, seguindo as setas, e descubra nomes de pessoas. Escreva-os no caderno. As respostas devem ser anotadas no caderno. A - Paulo; B - Laura; C - Nelson; D - Viviane; E - Marlene; F - Carlos; G - Maria Eduarda; H - Pedro Henrique. A B A L U P A L C I A L R O I A V N E E V O S U D N M E G M A I R U A E D R D A A N F A R L N E H E L R S O C P E D A H E R N I U Q O R E 2 Com os colegas e com o auxílio do professor, elaborem uma lista na lousa com os nomes dos alunos da sua turma. Depois, copie-os no caderno, em ordem alfabética. Pessoal. 3 Há colegas da sua turma que têm nome igual ou semelhante? Se houver, copie no caderno o nome e o sobrenome deles. Pessoal. 28 Os sobrenomes, geralmente, têm uma história e um significado. Veja a seguir alguns sobrenomes e os seus significados. Identifique o significado de cada um dos sobrenomes e relacione-os no caderno. A – Pereira; B – Padovani; C – Oliveira; D – Ferreira; E – Silva; F – Rocha. Pereira Ferreira Oliveira A Padovani Silva Rocha B Família das pessoas que plantavam pêra. C Família das pessoas originárias da região de Pádua,* na Itália. D Família das pessoas que cultivavam oliveiras. E Família das pessoas que trabalhavam como ferreiros. F Ilustrações: Studio Maya 4 Família das pessoas que viviam próximas da floresta (selva). Família que habitava uma região rochosa. *Explique aos alunos que Pádua é o nome em português da cidade de Padova, na Itália. 29 ENTREVISTANDO Fazer perguntas, conversar com as pessoas, ouvir suas histórias é uma maneira muito importante e interessante para se obter informações sobre o passado. Agora, você pode descobrir um pouco mais sobre a história do seu nome entrevistando um de seus pais ou a pessoa responsável por você, seguindo o roteiro a seguir. Roteiro da entrevista Nome do entrevistado Idade Data da entrevista 1 Quem escolheu o meu nome? 2 Por que esse nome foi escolhido? 3 Meu nome foi escolhido antes ou depois do meu nascimento? 4 Havia sido sugerido algum outro nome para mim? Qual? Traga a sua entrevista para a sala de aula e, com os colegas, comparem as respostas obtidas. Importante! Ao realizar uma entrevista, alguns cuidados devem ser tomados. Veja a seguir: • Verifique qual é o melhor horário e local para a pessoa que será entrevistada. • Procure ser pontual. • Mesmo quando a pessoa entrevistada já é conhecida, como no caso de um parente ou amigo próximo, sempre se comporte com respeito e educação. • Seja objetivo e tenha sempre um roteiro para facilitar sua entrevista. • Procure prestar atenção nos detalhes que a pessoa lhe informar. • Se perceber que a fala do entrevistado foge um pouco do roteiro da entrevista, anote-a mesmo assim, pois ela pode revelar muitas informações interessantes. 30 Nesse livro, você vai conhecer a história de uma família que tem um filho com Síndrome de Down, apelidado carinhosamente de China, e como seu irmão Tico aprende muitas coisas convivendo com essa criança tão especial. • Orelha de limão, de Katja Reider e Ângela von Roehl. São Paulo, Brinque-book. Ao ler esse livro você vai conhecer a história de uma ovelha que tem uma das orelhas na cor amarelo-limão. Por ser diferente das outras, essa ovelha é discriminada em seu grupo. Nesse livro, que tem várias imagens e um texto bem leve, você descobrirá um pouco mais sobre a importância de se respeitar as diferenças. Livro de Todd Parr. Tudo bem ser diferente. Editora Panda Books: São Paulo, 2002 Portela. São Paulo, Moderna. Livro de Katja Reider e Ângela von Roehl. Orelha de limão. Editora Brinque-book: São Paulo, 1999 • Alguém muito especial, de Miriam Livro de Miriam Portela. Alguém muito especial. Editora Moderna: São Paulo, 1998 SUGESTÕES DE LEITURA • Tudo bem ser diferente, de Todd Parr. São Paulo, Panda Books. • Minha avó tem Alzheimer, de Dagmar H. Mueller e Verena Balhaus. São Paulo, Scipione. Ao ler esse livro, você vai descobrir a história de Paula, uma garota cuja avó desenvolveu a doença de Alzheimer, que faz a pessoa perder pouco a pouco a memória. O convívio entre as duas faz Paula compreender um pouco mais sobre o universo especial em que sua avó vive. Livro de Dagmar H. Muller e Verena Balhaus. Minha avó tem Alzheimer. Editora Scipione: São Paulo, 2006 Com um texto agradável e ilustrações bem-humoradas, esse livro trata das diferenças entre as pessoas de forma bastante positiva. 31
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