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Um celeiro de informações para o homem do campo!
Empresas
anunciam
novidades para
a próxima safra.
Pág. 10.
www.agroredenoticias.com.br
Embrapa
lança novas
cultivares de
soja transgênica.
Pág. 11.
Nº 6, Ano 1 - Maio / Junho de 2008
Feicorte 2008
terá Congresso
Internacional.
Pág. 12.
Evento – A Exposição Agrícola é uma das grandes atrações das festividades da colônia japonesa
Expo Imin 100
Londrina será
em junho
Divulgação
A imigração japonesa influenciou decisivamente a atividade rural no Norte do Estado
do Paraná. E uma grandiosa
festa vai celebrar os 100 anos
da presença oriental na região
de Londrina: é a Expo Imin 100
Londrina – a Exposição do Século, que será realizada de 18 a
22 de junho, no Parque de Exposições Ney Braga. Pág. 7.
Divulgação
OIE declara 10
Estados brasileiros
livres de aftosa
O ministro da Agricultura, Reinhold
Stephanes, disse que a Organização
Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu o status de área livre de febre
aftosa com vacinação para dez Estados brasileiros e mais o Distrito Federal. São eles: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná,
Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e
Tocantins. Pág. 6.
Confepar
Confepar inaugura
unidade em Pato Branco
Mais de mil pessoas prestigiaram a
inauguração da unidade no município do
sudoeste do Estado. Além da diretoria da
Confepar, representantes da prefeitura de
Pato Branco, do presidente do Sistema
Ocepar, João Paulo Koslovski e outras autoridades, a solenidade contou com as
presenças de inúmeros cooperados das
oito filiadas da Confepar e produtores de
leite da região. Pág. 5.
2
maio / junho de 2008
Opinião
Entre a oportunidade e o fracasso
O
aumento mundial nos preços
das commodities agropecuárias é um fenômeno que
vai durar algum tempo. Não
se trata apenas do incremento da demanda por alimentos e rações por parte
dos países emergentes da
Ásia, do uso do milho para
fabricação de etanol nos Estados Unidos, mas igualmente do aumento generalizado no custo de produção
– sementes, fertilizantes,
agroquímicos e combustíveis - e transporte em escala
planetária. Segundo especialistas na área, os preços
dos produtos agropecuários, que vinham se mantendo baixos nas últimas décadas, apenas se ajustaram e
só retrocederão com uma
nova revolução no setor.
Esta revolução já está
ocorrendo e, infelizmente, o
Brasil coloca-se à sua margem
e, desta forma, deixa passar
uma extraordinária oportunidade para se firmar como o
grande celeiro do mundo.
Estive
recentemente
no Meio Oeste dos Estados
Unidos, visitando indústrias
de etanol, federações de
produtores rurais, o mais
moderno laboratório de
pesquisas agrícolas do mundo, e conversei com especialistas em comercialização
de produtos agrícolas. O
que vi é a preparação para
um novo grande salto na
tecnologia da produção
agrícola para o qual nosso
país não está institucionalmente preparado.
Fábricas que produzem
200 milhões de litros de etanol
com apenas 32 trabalhadores
e ainda fornecem o resíduo do
milho utilizado - 100 mil toneladas anuais – para ração animal
são o padrão industrial norteamericano. É verdade que
substancial parte do milho produzido naquele país está sendo utilizado como matéria-prima para fabricar combustível.
Mas isso está sendo solucionado pela pesquisa. O maior laboratório da Monsanto, em
Saint Louis no Missouri, está
desenvolvendo variedades de
milho transgênica que vão permitir rendimento de 28 toneladas por hectare, mais que o
dobro do produzido atualmen-
te naquele país e seis vezes
mais que a produtividade média brasileira.
Estas novas variedades
poderiam logo vir para o
Brasil, não fosse as posições
radicais daqueles que abominam o desenvolvimento
da agropecuária e demonizam as sementes transgênicas. Os Estados Unidos estão
se preparando para enfrentar a escassez do produto
com essa nova tecnologia.
Eles vão aumentar a produção de etanol com custos
menores e retomar a sua posição no mercado mundial.
A imensa brecha que se
abriu no mercado mundial de
milho, soja, álcool, carnes e
outros produtos, poderia facilmente ser tomada pelo Brasil
se houvesse vontade política
de eliminar todas as barreiras
que existem, inclusive as de
natureza política, para a adoção das novas tecnologias,
não apenas a do milho mais
produtivo, mas do resistente à
seca (lembrando a recorrência
do fenômeno na Região Sul),
soja com maior teor de óleo,
inclusive ômega 3, só para
mencionar dois dos produtos
de interesse do Paraná e base
para a produção de leite e carnes de aves e suínos em pequenas propriedades. Na
mesma área, hoje utilizada
para produzir no verão oito
milhões de toneladas de milho no Paraná, com as novas
variedades transgênicas, será
possível produzir até 30 milhões toneladas.
Mas se o Paraná, por
uma desses milagres, pudesse adotar as novas variedades nos próximos anos, enfrentaria um outro problema
sério: não teria como escoar
uma produção dessa magnitude. Não temos ferrovias,
nem portos e nem rodovias
para suportar uma avalanche
desse tamanho.
O Brasil e o Paraná, em
particular, têm uma oportunidade fantástica , mas para
aproveitá-la é preciso deixar
o preconceito obscurantista
de lado e investir maciçamente na sua infra-estrutura.
O século XXI pode ser nosso
mas, para isso, é preciso muita aplicação.
Autor: Ágide Meneguette presidente do Sistema FAEP/
SENAR-PR
A vez do arroz tropical
O arroz, principal item da dieta das populações asiáticas,
passa por uma séria crise derivada do desequilíbrio entre a oferta
e a demanda. O estoque mundial do cereal, de 147 milhões de
toneladas (arroz beneficiado) no início da década, vem sendo gradativamente reduzido e atualmente não passa de 78 milhões de
toneladas. Os países grandes consumidores são também grandes
produtores, devido às implicações sobre a segurança alimentar,
sendo o mercado internacional desse cereal muito restrito, não
excedendo de 30 milhões de toneladas.
Apesar das sinalizações de mercado, o presente panorama
de suspensão das transações por parte de exportadores tradicionais, corrida por estoques e expressiva elevação do preço do produto com desdobramentos até no nosso mercado, não era previsto tão cedo. Essa pressão foi acelerada por acidentes climáticos
que reduziram a produção de países exportadores. Mas tende a
permanecer em face do aumento da demanda derivada do aumento da população e do aumento da renda de uma parcela significativa de consumidores com pouco acesso anterior ao mercado. Potencializada pelo aumento de preço dos produtos agrícolas,
devido não só ao aumento de preço dos insumos como também
pela migração de investidores do setor imobiliário americano para
o mercado de “ commodities”.
Apesar do aumento dos preços internos, o Brasil encontra-se
em situação confortável quanto ao abastecimento. Na safra 2006/07
o Brasil produziu 11,3 milhões de toneladas (base casca) em cerca
de 2,9 milhões de hectares. Na presente safra, a estimativa é 12
milhões de toneladas para uma demanda interna de 13 milhões de
toneladas. Contudo, o suprimento atual é de 14,7 milhões de toneladas, derivadas da produção, estoques de passagem e importações. Assim, existe margem para exportar na mesma quantidade
do ano anterior, que foi da ordem de 400 mil toneladas.
Temos sempre destacado que o Brasil tem um enorme potencial para passar da condição de importador líquido para o de exportador de arroz. Os países grandes produtores e consumidores sofrem uma alta pressão de
urbanização e a água é recurso cada vez mais escasso. Por
outro lado, temos área agricultável e água em abundância.
Além disso, somos um dos poucos países do mundo onde
o ecossistema de terras altas desempenha importante papel complementar ao ecossistema de várzeas no atendimento da demanda interna de arroz, possibilitando rápidos
EDITORIAL
100 anos de trabalho, disciplina e
diversidade cultural
Em junho, será realizada a comemoração do centenário da
imigração japonesa no Brasil. A contribuição oriental para os
avanços da sociedade brasileira é enorme e significante, principalmente para quem trabalha no campo.
Com a cultura da disciplina e a valorização do trabalho, o
imigrante japonês colaborou para a exploração da borracha na
Amazônia e foi importante para a produção cafeeira em São Paulo
e no Paraná. Sem mencionar o legado tecnológico que a população oriental trouxe para o Brasil.
Atualmente, este intercâmbio é cada vez mais intenso,
com a transferência de tecnologia brasileira para o Japão na
produção de etanol, e a adoção, pelo Brasil, do modelo japonês
de TV Digital.
Mas, de todas as contribuições, a maior é a diversidade cultural e os laços de amizade entre as duas nações. No esporte, na
culinária, na educação, no entretenimento, a presença da imigração japonesa está enraizada no jeito brasileiro de ser e viver.
Para comemorar esta união, Londrina terá a sua versão da
Expo Imin 100. E uma das grandes atrações será a Exposição
Agrícola. O encontro organizado pela colônia japonesa está
agendado para o Parque de Exposições Ney Braga, entre os dias
18 e 22 de junho.
Aproveitamos esta oportunidade para agradecer aos irmãos descendentes japoneses pela valiosa contribuição social:
Arigatou Gozaimasu (muito obrigado)!!
ajustes sobre a área cultivada em resposta a um eventual
crescimento da demanda.
Atualmente, as várzeas subtropicais respondem por quase
70% da produção nacional, explorando o arroz sob o sistema de
cultivo irrigado. A alta concentração de recursos humanos e instituições envolvidas com pesquisa e extensão no RS e SC, associada à infra-estrutura da produção e organização da cadeia produtiva, permitiram avanços consistentes à exploração. Como resultado,
a produtividade média atual é de 6,7 toneladas por hectare (t/ha)
no Rio Grande do Sul e de 7 t/ha em Santa Catarina. Considerase, contudo, que o potencial de exploração dessas várzeas já esteja praticamente atingido, não podendo exceder muito os atuais
1,2 milhão de hectares, sob risco de não ter as necessidades de
água atendidas. Os incrementos de produção sob esse ecossistema vão, pois, seguir dependendo principalmente de incrementos
de produtividade, a qual já atingiu um valor muito relevante.
O ecossistema de várzeas tropicais ainda é pouco explorado
com a produção de arroz. Pouco mais de 100 mil hectares são cultivados, dentre Mato Grosso do Sul, Tocantins, Roraima, Maranhão e
Goiás, entre outros menos relevantes. Destaca-se o enorme potencial de várzeas, especialmente na região Norte do país. Contudo,
incorporá-las à produção implica em altos investimentos com infraestrutura, além de conformação à legislação ambiental.
Por outro lado, no ambiente tropical predomina o cultivo
do arroz sob o ecossistema de terras altas. A existência de grandes extensões de áreas de cerrado já desmatadas, contínuas e
mecanizáveis, com baixo risco de veranicos, dotam o nosso país
de uma vantagem competitiva ímpar. Portanto, em curto prazo,
o Brasil teria condições de produzir excedentes ampliando a
área cultivada com arroz sob o ecossistema de terras altas, inserido na renovação de pastagens degradadas ou em sistemas de
produção de grãos, evitando-se a abertura de novas áreas.
No período de abertura dos cerrados, o cultivo chegou a ocupar 4,5 milhões de hectares. Atualmente ocupa menos de 2 milhões
de hectares e a ampliação de área deve ser estimulada apenas nas
microrregiões classificadas como de baixo risco climático, respeitando-se as recomendações da data de plantio e ciclo da cultivar
emanadas do Zoneamento Agroclimático. Os Estados do Mato
Grosso, Pará, Rondônia, Tocantins e Maranhão apresentam uma
considerável proporção de áreas consideradas como de baixo risco
climático. Reitera-se, contudo, que não é desejável promover o
charge
crescimento do cultivo na modalidade de abertura de área ou em
regiões sem infra-estrutura de produção e beneficiamento. Pelo
seu destacado potencial para o cultivo, aliado ao moderno parque
industrial, sobressai a região centro-norte do Mato Grosso. Poderiam ainda ser estimulados a retomar o cultivo algumas áreas do
sudoeste e sul de Goiás, triângulo mineiro e sul de Minas Gerais.
O estoque de tecnologias para o arroz de terras altas é
bastante consistente, abrangendo o já mencionado Zoneamento Agroclimático, técnicas de manejo do solo e da planta
e cultivares de tipo de planta melhorado. Ademais, a aparência do grão das cultivares, do tipo longo-fino, não permite
distingui-lo das do irrigado. Contudo, as peculiaridades do
sistema irrigado propiciam um produto de melhor aparência
e padrão, portanto mais apto a mercados mais exigentes.
Conclui-se que o arroz brasileiro pode ter um papel relevante na segurança alimentar de outros países, ao ajustar a área
cultivada no ambiente tropical para produzir excedentes. Contudo, esta não pode ser uma estratégia aleatória e ocasional, e sim
palmilhada passo a passo, devidamente acordada entre as cadeias produtivas dos dois ecossistemas e amparada por políticas e investimentos públicos e privados. E devidamente subsidiada pela pesquisa, que além de prover conhecimentos e
tecnologias para assegurar a competitividade e sustentabilidade da exploração e a rastreabilidade do produto, deve ajustá-lo
aos padrões de qualidade dos novos mercados.
Autor: Beatriz da Silveira Pinheiro - Chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão
Expediente
Um celeiro de informações para o homem do campo!
Edição 6 – Ano I - Circulação Nacional
Maio / Junho de 2008
O AgroRede Notícias é uma publicação mensal da Cedilha
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Impressão
Gráfica Gazeta do Povo - Londrina
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3
maio / junho de 2008
Cana-de-açúcar – A Advocacia Geral da União já deu parecer favorável a essa antiga demanda do setor
Governo sinaliza com preço mínimo para produtores
pondem por 27% da cana
esmagada no País.
“Se a inclusão for regulamentada, vai trazer uma tranqüilidade aos produtores, que
receberão um valor mínimo,
de acordo com a realidade e
com a conjuntura de cada região”, enfatizou Ustulin. Segundo ele, a expansão desordenada do setor causada pela
febre do etanol gerou um excedente de oferta superior à
demanda, que hoje é de seis
bilhões de litros de álcool.
“Deste total, há mercado apenas para três bilhões de litros”,
disse Ustulin, que defendeu a
estocagem do produto pelo
Governo. “Como conseqüência da falta de compradores,
os preços pagos aos fornecedores caíram, enquanto os
custos de produção aumentaram”, completou.
Próxima Safra
De acordo com Ustulin,
o preço pago aos produtores
para a próxima safra deverá
ficar em torno dos R$ 35 a tonelada, enquanto o custo de
produção por tonelada subirá de R$ 45 para acima dos
R$ 50. No Nordeste, as despesas totais dos fornecedores superam em 30% os valores pagos e na região
Centro-Sul esta diferença é
de 22% há pelo menos duas
safras. Em São Paulo, responsável por 60% da produção nacional, os preços caíram 25% de maio de 2007 a
março deste ano.
Ainda segundo ele, para
Unica
O
s produtores de
cana-de-açúcar
tiveram no início de maio
uma sinalização do Governo
para a inclusão do produto
na Política Geral de Preços
Mínimos (PGPM), a fim de
garantir uma rentabilidade
compatível com os custos de
produção. O presidente da
Comissão Nacional de Canade-Açúcar da Confederação
da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), Edison José Ustulin, informou que a Advocacia Geral da União (AGU),
que estava analisando o assunto, deu parecer favorável
a essa antiga demanda do
setor sucroalcooleiro. A iniciativa poderá beneficiar 60
mil produtores independentes (fornecedores) que res-
A iniciativa poderá beneficiar 60 mil produtores independentes
que os custos de produção
não se distanciem da receita
dos produtores, a PGPM permitiria, no caso da cana, a utilização do Prêmio Equalizador
Especialistas discutem as
vantagens do etanol brasileiro
mas abordados. Além disso,
o consultor da UNICA reforçou que as críticas sobre o
impacto da produção dos
biocombustíveis no preço
dos alimentos não tem consistência.
Imagem Correta
“O debate durante o fórum foi bastante rico e serviu
para passar a imagem correta
do etanol brasileiro”, afirmou
Szwarc, que palestrou em um
dos painéis junto com outros
especialistas do setor da agricultura e meio ambiente.
O 54º Fórum de Debates Projeto Brasil foi realizado
pela Agência de Informações
Unica
A redução na emissão
de gases de efeito estufa em
até 80%, se comparado com
combustíveis fósseis, foi uma
das questões apresentadas
pelo consultor de emissões e
tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc, no 54º Fórum de Debates Projeto Brasil,
realizado em São Paulo.
Szwarc apresentou dados sobre o crescimento do
consumo de etanol no País,
graças ao crescimento da frota de carros flex. A eficiência
energética e ambiental do
biocombustível e a redução
da emissão de gases de efeito estufa também foram te-
Dinheiro Vivo, com o objetivo
de promover discussões sobre a Agroenergia, setor de
extrema importância para o
crescimento do País, tendo
como tema principal a defesa
do etanol brasileiro.
O evento contou com
a participação de represen-
tantes de entidades públicas e privadas, além de acadêmicos e especialistas do
setor. A mediação dos debates ficou a cargo do jornalista Luís Nassif, diretorpresidente da Agência
Dinheiro Vivo e idealizador
do projeto.
UNICA divulga nota sobre potencial
negativo da Lei Agrícola americana
Sob o título “Risco de
distorções adicionais ao mercado de etanol”, a União da
Indústria de Cana-de-Açúcar
(UNICA) divulgou no início
de maio uma nota oficial informando que a entidade
considera que a recém-anunciada proposta de Lei Agrícola dos Estados Unidos
(EUA) oferece “potenciais
conseqüências negativas sobre as exportações de etanol
do Brasil para os EUA”.
A UNICA tem acompanhado o desenrolar dos fatos em Washington com
preocupação, de acordo
com a nota, e aguarda a
conclusão do processo antes de fazer uma análise
mais aprofundada.
A associação brasileira
ressalta, no entanto, que
apóia a posição do subsecretário-geral para assuntos econômicos do Itamaraty, embaixador Roberto Azevedo, que
indicou que o governo não
descarta a hipótese de apresentar queixa contra os EUA
na Organização Mundial do
Comércio, caso a nova lei seja
aprovada como está.
Entre várias medidas, o
texto atual da lei propõe estender até o final de 2010 a
tarifa de importação de 54
centavos de dólar por galão,
cobrada pelos EUA sobre o
etanol brasileiro.
Outro impacto seria o
de reduzir o incentivo para
empresas que fazem mistura
de etanol na gasolina, de 51
para 45 centavos de dólar
por galão. “Na prática, essa
combinação de medidas
ampliaria a discriminação
comercial contra o etanol
brasileiro nos EUA”, atesta a
nota da UNICA.
Distorções
Para o presidente da
UNICA, Marcos Jank, se
aprovada como está, a Lei
Agrícola criaria novas distorções que fechariam ainda
mais o já restrito mercado
americano para o etanol
oriundo de fontes energéticas ambientalmente mais
eficientes do que o milho,
como a cana-de-açúcar.
“Mais uma vez, o que
vemos é um assunto fundamental que deveria ser tratado como parte das soluções energéticas (menor
dependência pelo petróleo)
e ambientais (menor emissão de gases de efeito estufa) do planeta sendo apropriado por grupos de
interesses nacionais, dentro
do escopo limitado de uma
política agrícola baseada
em elevados subsídios e
proteções tarifárias cada vez
mais distorcivas”, frisou.
Ele acrescentou que a
postura do Congresso americano ilustra um dos gran-
des contra-sensos de nossos
tempos: “Enquanto combustíveis fósseis transitam
pelo mundo sem qualquer
obstrução comercial, os biocombustíveis renováveis seguem enfrentando toda sorte de obstáculos tarifários e
não-tarifários”.
“Num momento em
que o petróleo e o milho
batem recordes históricos
de preços, a alternativa de
uma maior importação de
etanol poderia complementar a crescente demanda
americana por este produto, reduzindo a pressão altista de preços, melhorando
o balanço de carbono dos
EUA e beneficiando potencialmente quase uma centena de países em desenvolvimento aptos a ofertar
biocombustíveis oriundos
de plantas tropicais mais
eficientes, como a cana-deaçúcar”, completou Jank.
Pago ao Produtor (Pepro). O
mecanismo é uma subvenção
econômica concedida ao produtor rural e/ou cooperativa
que se disponha a vender seu
produto pela diferença entre
o valor de referência estabelecido pelo Governo Federal e
o valor arrematado em leilão.
Da Redação
Álcool: MP 425 altera cobrança
de PIS/Cofins sobre vendas
O Diário Oficial da
União publicou no mês de
maio, em edição extraordinária, a Medida Provisória
(MP) número 425, de 30 de
abril, que trata da cobrança
do PIS/Cofins sobre as receitas resultantes da venda de
álcool. A MP altera artigos
de outra medida provisória
- a de número 413, de janeiro de 2008. Em meados do
mês passado, um acordo fechado entre representantes
do setor sucroalcooleiro e as
distribuidoras de combustíveis permitiu alterar a concentração tributária do PIS/
Cofins nas usinas, proposta
pela Medida Provisória 413.
O acordo foi selado
pela União da Indústria da
cana-de-açúcar (Unica) e o
Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom). Pelo acerto, em vez do proposto
inicialmente na MP 413, de
que 100% da cobrança do
PIS/Cofins ficasse concentrado nas usinas, esta cobrança ficaria 40% concentrada nas usinas e 60% nas
distribuidoras.
Anteriormente, a cobrança incidia
25% sobre usinas e 75% sobre as distribuidoras. As
informações são da Agência Estado.
Embrapa desenvolve
estudo sobre zoneamento
da cana-de-açúcar
Produzir de forma sustentável e de acordo com as
características de cada estado é o objetivo do estudo
sobre o zoneamento da
plantação de cana-de-açúcar desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária
(Embrapa),
vinculada ao Ministério da
Agricultura,
Pecuária
e
Abastecimento (Mapa). O
trabalho, com conclusão
prevista para o segundo semestre deste ano, contemplará setores interessados
na cultura da cana no País.
De acordo com o chefe-geral da unidade de Informática Agropecuária da
Embrapa, em Campinas/SP,
Eduardo Assad, o estudo
tem o mérito de levantar
um debate articulado visando o desenvolvimento das
culturas energéticas e de
grãos. “Será o primeiro trabalho de zoneamento para
uma cultura que articula,
sem conflitos, tanto as demandas do Ministério do
Meio Ambiente, como as
do Mapa”, informou.
As diretrizes e os critérios técnicos para a realização do zoneamento da canade-açúcar foram definidos
no Workshop da Cana-deAçúcar, que ocorreu na Embrapa Informática Agropecuária, em março deste ano.
Solo, clima, relevo, produção
e normatização, foram algumas das questões discutidas
no evento.
O estudo é coordenado pela Embrapa Solos (RJ)
e conta com participação
da Universidade Estadual
de Campinas (Unicamp), do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
da Companhia de Pesquisa
de
Recursos
Minerais
(CPRM) e de colaboradores
do setor privado e das universidades.
4
maio / junho de 2008
Cooperativismo – A preocupação é com o mercado internacional de estoques escassos de alimentos
A
umentar o volume de recursos
para R$ 110 bilhões para o
financiamento
da
safra
2008/09, facilitar o acesso ao
crédito, reduzir os juros do
crédito rural de 6,75% para
5% para o custeio e reduzir
os spreads bancários são algumas das medidas solicitadas pela Confederação da
Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA) e a Organização
das Cooperativas Brasileiras
(OCB) ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Reinhold
Stephanes, em reunião sobre
o Plano Agrícola e Pecuário.
Segundo o presidente
da Comissão Nacional de
Crédito Rural da CNA, Carlos Sperotto, "o setor produtivo precisa contar com uma
política de Governo que sustente a expansão da produção. Caso contrário, não
conseguirá atender à demanda de um mercado internacional de estoques escassos de alimentos e consumo
em franco crescimento".
deficiências logísticas e de
infra-estrutura, podem limitar o potencial de crescimento da agropecuária
brasileira. "Estas limitações
devem ser amenizadas com
a ampliação da disponibilidade de recursos do crédito rural", diz Sperotto. Atualmente, o crédito rural tem
financiando apenas 25% da
área plantada no País. Por
esse motivo, a CNA defende o aumento para R$ 110
bilhões dos recursos para
financiamento de custeio,
comercialização e investimento. Sugere, ainda, a
elevação de 25% para 30%
das exigibilidades bancárias destinadas à aplicação
ao crédito de custeio e comercialização, com taxa de
juros prefixada, o que representa quase R$ 40 bilhões do total do saldo médio dos depósitos à vista,
de R$ 120 bilhões. "Estes
recursos têm custo zero
para o banco e podem ser
emprestados a juros baixos", argumenta Sperotto.
Limitações
Crédito
O aumento considerável dos preços dos insumos
agropecuários, somado às
As atuais limitações no
acesso ao crédito pelo produtor rural reduzem a capa-
cidade de investimento e
expansão da produção do
setor. "O excesso de garantias exigidas para a contratação das operações bancárias
muitas vezes ultrapassam os
valores financiados", diz o
presidente da Comissão de
Crédito Rural da CNA. Os limites de crédito também
restringem o acesso do produtor aos financiamentos,
cuja liberação fica ainda mais
difícil em períodos de frustração de safra ou de dificuldades de comercialização.
As proposições apresentadas pela CNA e OCB
se concentram no crédito
rural, considerado um dos
instrumentos mais eficientes para alavancar a agricultura no curto prazo. Para
tanto, o documento também sugere medidas de
desoneração do crédito de
investimento, como a redução dos spreads (remuneração do banco) dos programas
do
BNDES
destinados à agropecuária,
hoje de até 6% ao ano, que
elevam os custos financeiros para o produtor. Pede,
também, a extinção da taxa
flat, de 4%, cobrada das indústrias de máquinas agrí-
Divulgação
OCB e CNA sugerem medidas para atender demanda
Consumo em franco crescimento pode ser outro entrave para o setor
colas e repassada aos produtores nos financiamentos
do Moderfrota. "A redução
dos spreads destes programas reflete diretamente na
composição da taxa de juros real paga pelos produtores", justifica Sperotto.
Incentivos
Se reduzida, a taxa de
juros para os financiamentos de custeio, comercialização e de investimentos
pode se tornar um incentivo à ampliação da produção agropecuária. No do-
cumento
entregue
ao
Ministério da Agricultura,
CNA e OCB defendem a redução dos atuais 6,75% de
juros do crédito oficial para
5%, de forma a acompanhar
o movimento de queda das
taxas de juros da economia.
Para o Proger Rural, destinado ao médio produtor, a
redução proposta seria de
6,25% para 4,5%.
Também foi solicitada
a ampliação para R$ 400 milhões dos recursos destinados à subvenção do seguro
rural, para elevar as subvenções do prêmio. "A área segurada ainda é exígua frente à totalidade da área
plantada no País", diz Sperotto. Segundo ele, é imprescindível a implementação de outras modalidades
de seguro rural, como o seguro de renda esperada.
Considera fundamental universalizar este instrumento
em termos de culturas e regiões atendidas.
Da Redação
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Fone: 3025-3230 - [email protected] - www.agroredenoticias.com.br
Copagril se destaca
como exportadora
As exportações brasileiras no primeiro trimestre
de 2008 é 13,6% maior que
o mesmo período do ano
passado. Somente as exportações do agronegócio
tiveram um aumento de
18,9% nos primeiros quatro
meses de 2008, se comparado com 2007. Os principais destaques nas exportações do agronegócio
brasileiro foram o complexo de carnes, que tomou a
ponta nas exportações com
um aumento de 28% e o
complexo de soja, com aumento de 43%. O Paraná
também contribuiu para a
elevação das exportações
com aumento de 9,3%, impulsionados principalmente
pelas cooperativas, sendo
que das 40 maiores empresas exportadoras do Estado, a Copagril está entre as
seis cooperativas que mais
produzem para o mercado
externo.
Produtos Nobres
Em 2007 as exportações
efetivadas pela Copagril representaram cerca de 67% de
toda produção da indústria.
Segundo o diretor presidente
da Copagril, Ricardo Sílvio
Chapla a Unidade Industrial de
Aves Copagril produz produtos nobres que têm boa aceitação no mercado externo, o
que reflete economicamente
no país, estado e em toda área
de ação da Copagril. “Pudemos conferir em viagens realizadas por diversos países que
compram nossos produtos
que temos boa aceitação porque trabalhamos para produzir
produtos com padrões de excelência e qualidade garantida. Um produto bem posicio-
nado no mercado externo
reflete em bons resultados
para toda cadeia produtiva,
em especial, aos cooperados.
Portanto, também queremos
parabenizar aos produtores
pelo bom trabalho desempenhado no campo, que está resultando em um produto final
de qualidade”, afirma Chapla.
Cooperativas
O sistema cooperativista como um todo foi destaque nas exportações, retomando a dianteira das
cooperativas
brasileiras
com crescimento de 67,8%,
conforme dados do Estudo
sobre a Evolução das Exportações Brasileiras do
Agronegócio, Paranaenses
e das Cooperativas, no primeiro quadrimestre de
2008, com dados do MDIC/
SECEX e Mapa.
Cooperlac inaugura indústria
na região de Toledo
A Cooperlac Cooperativa Agroindustrial, de Toledo, inaugurou no mês de
maio, sua indústria de alimentos, com capacidade de
produção de 4 mil toneladas/mês, e que demandou
investimentos de mais de R$
5 milhões. Com a indústria a
cooperativa quer assegurar
a disponibilidade de rações
fornecidas aos suínos, objetivando a melhoria da conversão alimentar. A indústria
está localizada na rodovia
PR-T 163, entre Toledo e
Três Bocas.
A cooperativa atua
com leite e suínos e tem
seis unidades: em Toledo
(sede e indústria), em Nova
Santa Rosa, em Catanduvas, em Guaraniauçu e em
Laranjeiras do Sul . Sua área
de atuação abrange 32 municípios do Paraná.
C.Vale lança
nova ração para
gado leiteiro
A Cooperativa C.Vale
está colazocando no mercado uma nova ração para gado
de leite. A composição da ração faz dela alimento especialmente recomendado para
vacas de alto desempenho.
O supervisor da fábrica de rações, médico veterinário Jânio Argenta, explica que o
produto apresenta alto valor
energético, o que favorece o
aumento da produção de leite. A matéria-prima que dá
esse diferencial à ração é milho, sorgo, trigo, triticale e
óleos. Argenta avalia que
essa composição pode assegurar aumento de 8 a 10% na
produção de leite.
Cocamar conquista
Prêmio Internacional
A Cocamar Cooperativa Agroindustrial de Maringá conquistou no mês de
maio, em Houston (EUA),
durante a sessão programática do Citrix Synergy,
congresso promovido pela
multinacional Citrix Systems, o Prêmio Citrix Inovação 2008.
“A mais importante
premiação obtida pela cooperativa em toda a sua
história mostra o seu avanço tecnológico”, avalia o
diretor secretário Divanir
Higino da Silva. A Cocamar
foi um dos 42 cases de em-
presas consideradas inovadoras, em todo o mundo,
selecionados pela Citrix.
Uma seleção prévia apontou 12 semifinalistas, dos
quais apenas 3 concorreram ao prêmio que está em
sua terceira edição.
A cooperativa de Maringá concorreu com duas
companhias norte-americanas: a Bechtel, com atuação
mundial na área de construção civil e gerenciamento
de projetos, e a Mutual,
uma seguradora também
de operação internacional.
Festa do Dia do Trabalho reúne 3
mil colaboradores na Corol
A Corol Cooperativa
Agroindustrial
promoveu
uma grande festa para marcar o Dia do Trabalho. Três
mil colaboradores participaram do evento realizado durante todo dia 1º de Maio na
sede recreativa da Arcol.
Além da festa para o trabalhador, também foi lembrado
que 2008 marca os 45 anos
de fundação da Corol, 30
anos da Associação Recreativa - Arcol - e 25 anos de criação da Credicorol.
A comemoração foi diversificada, para todos os
gostos com torneio de futebol suíço, de truco, brinque-
dos para recreação infantil,
sorteio de 50 brindes entre
geladeira, bicicletas e outros
prêmios, almoço de confraternização, show sertanejo
com a dupla Edu & Fernando e banda, participação de
um mágico, entre tantas outras atrações.
Homenagens
Vinte funcionários foram homenageados por
completar 20 anos de Corol
em 2008. Outros receberam
premiação especial pelos 30
anos como Aldo Mariz Sato,
Palmiro da Silva e Ademir
Marques da Silva (ambos
com 32 anos), Angelo Antônio Maroneze (35 anos) e Airton Jesus Liberatti, 36 anos,
o mais antigo da empresa.
Acostumado a agradecer
pessoalmente esses funcionários, durante a festa anual
do dia 1º de Maio, o presidente da Corol, Eliseu de
Paula, foi surpreendido pela
homenagem que recebeu
dos colaboradores pelos
seus 43 anos de participação
na diretoria da cooperativa.
Bastante emocionado, ele
disse: “Essa confraternização
serve para fortalecer os vínculos de amizade de toda
família Corol.”, disse.
5
maio / junho de 2008
Pecuária de Leite – Beleze: “É uma oportunidade ímpar para que os produtores levantem a cabeça”
Q
uem pôde presenciar a cerimônia de inauguração da
unidade industrial da Cooperativa Confepar em Pato
Branco testemunhou a força
do cooperativismo paranaense. Mais de mil pessoas
prestigiaram a inauguração
da unidade no município do
sudoeste do Estado. Além
da diretoria da Confepar, representantes da prefeitura
de Pato Branco, do presidente do Sistema Ocepar, João
Paulo Koslovski e outras autoridades, a solenidade contou com as presenças dos
senadores Álvaro Dias e Osmar Dias, inúmeros cooperados das oito filiadas da Confepar e produtores de leite
da região.
O presidente da Confepar, Renato José Beleze, diz
acreditar que o momento da
pecuária leiteira é bom e que
por isso os produtores devem
acreditar mais na atividade.
“A inauguração da Confepar
aqui em Pato Branco é uma
oportunidade ímpar para que
os produtores levantem a ca-
beça e passem a acreditar
mais na pecuária leiteira”,
afirmou. João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar,
que também prestigiou o
evento, disse que a expansão
da Confepar é uma prova da
força do sistema cooperativista paranaense. “Sabemos
que é uma responsabilidade
grande que a Confepar está
assumindo, mas temos consciência de que por trás disso
há milhares de pequenos
agricultores que serão viabilizados graças a essa atuação
da cooperativa.”
ao presidente da Confepar o
selo do Sistema de Inspeção
Federal (SIF).
Ainda na solenidade da
inauguração, o produtor de
leite Ludovino Sartor recebeu
homenagem da Câmara de
Vereadores de Pato Branco
por todo seu esforço dedicado à atividade leiteira e ao
município. Sartor, que por
muito tempo foi presidente
da Capeg (Cooperativa Agropecuária Guarany Ltda.), foi
um dos responsáveis pela
instalação da Confepar no
município. Isso porque, há alguns anos, conversando com
o prefeito municipal Roberto
Viganó, comentou sobre a
idoneidade e representatividade da cooperativa no setor
agropecuário do Paraná e sugeriu trazê-la para a região
sudoeste do Estado. O prefeito abraçou a idéia e iniciou
as conversações que, depois
de alguns anos, resultaram na
concretização do projeto industrial em Pato Branco.
Certificado
O presidente do Sindileite (Sindicato da Indústria
de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná), Wilson
Thiesen, e também o ex-secretário da Agricultura do
Paraná e atual assessor do
Ministério da Agricultura,
Newton Pohl Ribas, estiveram na inauguração. O assessor, que representou o
ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, aproveitou
a solenidade para entregar
Empregos
O investimento feito na
unidade tem por objetivo a
estabilização da Confepar na
região, que conta com uma
bacia leiteira forte e promissora. Nesta primeira fase, foram investidos em torno de
R$ 6 milhões para construir a
unidade que, por enquanto,
vai beneficiar o leite captado
na região. Até o momento
mais de 65 empregos diretos
foram gerados. Com a unidade devidamente instalada,
e em pleno funcionamento,
a capacidade de captação é
de 400 mil litros de leite/dia.
Para a segunda fase, a Confepar planeja investir mais R$
21 milhões na construção de
um novo concentrador, o
que possibilitará captar até 1
milhão de litros de leite/dia.
E na terceira e última etapa
os investimentos previstos
são de até R$ 50 milhões
para que a unidade de Pato
Branco possa produzir leite
em pó. Concluídas essas etapas, a estimativa é de que
mais de 370 empregos sejam
gerados na Confepar. Segundo o presidente da Confepar, Renato José Beleze,
Confepar
Confepar inaugura unidade em Pato Branco
A cerimônia reuniu milhares de produtores
os investimentos da terceira
etapa propiciarão a construção de uma torre de secagem na unidade para que o
leite em pó possa também
ser fabricado em Pato Branco. “Acredito que quando
alcançarmos as três etapas, a
planta industrial de Pato
Branco será bastante parecida com a de Londrina”, afirmou Beleze.
Assistência técnica
A expectativa é de que
pelo menos 4 mil produtores
de leite sejam beneficiados
com a vinda da cooperativa
para a região. O coordenador do trabalho de Assistência Técnica da Confepar,
Marcelo Rezende, explica
que atualmente a cooperativa presta assistência para
mais de 600 produtores de
leite, dos quais mais de 60%
estão concentrados na região de Pato Branco. “Essa
região tem o perfil adequado para a produção de leite.
São pequenas propriedades
onde o produtor retira dali
seu próprio sustento. É uma
região muito promissora”,
disse Rezende.
Da Redação
Vaca gorda reagiu 14,1% em SP MegaLeite 2008 é
Suplementos
De acordo com a Scot
Consultoria, os suplementos minerais para bovinos
subiram mais um pouco em
maio. Em média, a alta foi
de 3,15% em comparação a
abril. No entanto, alguns
produtos ainda subiram
mais de 30,0%.
Segundo as empresas
consultadas os preços dos
suplementos estão atrapalhando as vendas e provocando a migração de produtos dentro de uma
mesma marca. Muitos pecuaristas estão diminuindo
o fornecimento de sal mineral e passando a fornecer sal branco. Outros estão comprando produtos
mais baratos (menor porcentagem de fosfato na for-
lançada durante a
ExpoZebu
Divulgação
O preço da vaca gorda, em São Paulo, reagiu
14,1% desde o começo
desse ano. Os negócios
para a fêmea acontecem
entre
R$71,00/@
e
R$73,00/@, com 30 dias, livre do funrural, informa a
Scot Consultoria.
Segundo alguns compradores paulistas a oferta
de fêmeas está diminuindo. Apesar de os dados do
IBGE ainda indicarem um
abate de fêmeas acima da
média “normal”, a redução
da oferta é um indício de
que a retenção de matrizes
começou.
mulação) para os animais.
Para os analistas, isso pode
atrapalhar o desempenho
dos animais no médio e
longo prazo, provocando
um retrocesso na pecuária
brasileira.
MAPA e PF desmontam quadrilha
que fraudava leite em pó
Depois de um ano de investigação, a Polícia Federal
(PF), em conjunto com fiscais
do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
(Mapa), deflagrou, no mês de
maio, a “Operação Lactose”,
que desarticulou uma organização criminosa que adulterava leite em pó integral nos estados da Paraíba, Pernambuco,
Ceará, Bahia e Santa Catarina.
Foram expedidos, pela
Justiça Federal do Estado da
Paraíba, sete mandados de
prisão preventiva, sendo um
de prisão temporária, e 14 de
busca e apreensão. Entre os
detidos, um é servidor do Laboratório Nacional Agropecu-
ário (Lanagro) de Recife (PE).
Ele é suspeito de trocar as
amostras de produtos recebidos para análise, o que impedia a detecção da fraude.
A ação clandestina da
quadrilha consistia em misturar
soro de leite e outros ingredientes de origem láctea ao leite
em pó integral, o que diminuía
a qualidade nutricional do produto. Com isso, as empresas
aumentavam os lucros enganando os consumidores que
adquiriam um produto de qualidade inferior a do leite integral
pagando pelo preço deste.
Análises
As adulterações foram
detectadas por meio de
análises das amostras, coletadas pela PF, realizadas no
Lanagro da cidade de Pedro Leopoldo (MG). As fraudes identificadas não oferecem risco à saúde humana.
O soro de leite usado na
adulteração, quando obtido de acordo com a legislação, faz parte da formulação de outros produtos
lácteos, mas não pode ser
misturado ao leite para consumo humano.
Os envolvidos na fraude foram indiciados pela
prática de vários crimes
como estelionato, crime
contra saúde pública, for-
mação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de
documentos falsos e corrupção ativa e passiva.
As empresas alvo da
“Operação Lactose” são:
Big Leite Indústria e Comércio de Alimentos Ltda.,
na Paraíba; Milkly Indústria
e Comércio de Alimentos
Ltda., na Bahia; Farmilk Indústria de Alimentos Ltda.,
no Ceará; Via Láctea Indústria e Comércio de Alimentos Ltda., no Ceará;
Culau Alimentos Ltda., em
Santa Catarina e Sanita Indústria e Comércio Ltda.,
em Santa Catarina.
A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando (ABCG) lançou em
maio, durante a ExpoZebu
, a MegaLeite 2008 - 5ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite. A feira
será realizada de 30 de junho a 06 de julho em Uberaba/MG. O presidente da
entidade, José Donato
Dias Filho, e toda a diretoria receberam parceiros e
imprensa para anunciar as
novidades do encontro da
raça leileira, que é um dos
maiores do país.
Este ano, serão realizados 20 leilões durante a MegaLeite, o número representa quase o dobro do que o
registrado no ano passado
quando foram realizados 11
remates. O primeiro leilão
da Megaleite 2008, no dia
27 de junho, será o 7º Leilão
Melhorgen de Genética Leiteira, às 20h no Tattersal
ABCZ, no Parque Fernando
Costa em Uberaba. Além
dos leilões de animais Girolando, também serão realizados remates do Gir Leiteiro e de Ovinos.
Entre as novidades da
edição de 2008 da feira está
a realização da primeira Feira Pró-Genética de Gado
Leiteiro autorizada pela Secretaria de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, numa
parceria entre a Girolando,
Sindicato Rural de Uberaba,
Emater/MG e Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de
Uberaba (MG). Na ocasião
serão comercializados tourinhos leiteiros, com financiamento do Banco do Brasil.
Ministério cria Programa
Nacional de Educação Sanitária
O Ministério da Agricultura instituiu, no mês de maio,
o Programa Nacional de Educação Sanitária em Defesa
Agropecuária. A finalidade da
proposta é promover a sanidade e a qualidade dos produtos agropecuários brasileiros e de seus derivados, por
meio de ações educativas, em
toda a cadeia de produção.
A Instrução Normativa
nº 28, publicada no Diário
Oficial da União, prevê a rea-
lização de projetos educativo-sanitários em defesa
agropecuária a fim de despertar nos envolvidos a importância de primar pela excelência sanitária em todas
as etapas produtivas.
A gestão do programa
e o estabelecimento de uma
agenda de eventos educacionais, em nível nacional, ficarão a cargo do Ministério
da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
6
maio / junho de 2008
Pecuária de Corte – A baixa oferta de animais fez com que SP intensificasse as compras de boi em outros estados
T
radicionalmente,
em abril e maio, a
oferta de animais criados a
pasto costumava atingir os
maiores volumes. Neste ano,
porém, não se constata esse
movimento. O nível de oferta
no mercado pecuário brasileiro não só impediu retrações
dos preços como os levou a
atingir novos recordes. A análise é da equipe do Cepea/USP.
No dia 7 de abril, o Indicador do boi gordo ESALQ/
BM&F (estado de São Paulo)
fechou a R$ 77,30, o maior
preço nominal registrado pelo
Cepea desde o início do levantamento da arroba, em
março de 1994. Até então, o
maior valor havia sido observado em dezembro de 2007,
de R$ 77,29. Fechando em R$
77,55 no dia 30, no acumulado
de abril, a alta do Indicador foi
de 0,91%, movimento contrário ao observado no mesmo
período de 2007, quando
houve recuo de 1,34%.
Nelore Paulista
participa da
FAPI 2008
A Associação Paulista
dos Criadores de Nelore
(APCN) já definiu a programação da raça para a participação
da FAPI 2008 – feira que será
realizada em Ourinhos/SP, de
29 de maio a 8 de junho.
A entrada dos animais
está agendada para os dias 3 e
4 de junho. Os trabalhos de julgamento serão realizados entre os dias 6 e 8 de junho. Mais
informações com a APCN pelo
telefone (14) 3322-6411.
Além da diminuição do
volume de animais, pecuaristas que tinham lotes prontos
para abate estiveram resistindo às vendas, na expectativa
de obter valores ainda superiores. Nesse contexto, frigoríficos de São Paulo e das outras regiões consultadas pelo
Cepea seguiram com escalas
reduzidas e, em muitos casos,
também intercaladas.
Compras
A baixa oferta de animais no estado de São Paulo
fez com que frigoríficos paulistas intensificassem as compras de boi gordo em outros
estados onde a oferta, apesar
de pequena, mostrou-se
comparativamente
maior,
como é o caso de Mato Grosso do Sul. O aumento da demanda nesse estado fez com
que, no acumulado de abril,
as variações nas praças sulmato-grossenses
fossem
maiores que as das paulistas,
Com o tema “Zebu: Pecuária Sustentável”, a 74ª
edição da ExpoZebu (Exposição Internacional das Raças
Zebuínas), chegou ao final
no dia 10 de maio com um
balanço extremamente positivo. As negociações nos 47
remates da feira superaram
os valores da edição anterior,
atingindo uma movimentação total de R$ 68.491.000,00.
Em 2007, foram 44 leilões
com movimentação financeira de aproximadamente R$
60 milhões.
querem abertura do mercado
de material genético zebuíno
Vontade Política
Ao ser abordado sobre a
questão da assinatura do protocolo de intenções entre Brasil
e Panamá, assinado no dia 2 de
maio, durante a ExpoZebu
2008, o gerente de Relações Internacionais da ABCZ e do Brazilian Cattle, Gerson Simão, disse que o que falta para que a
comercialização de material genético bovino seja efetivada na
América Latina é apenas vontade política. “É totalmente segu-
Contratos Antecipados
Preocupados com a oferta futura de animais, sobretudo
para outubro e novembro, frigoríficos estiveram procurando
fechar contratos antecipados
com pecuaristas. Com isso,
muitos agentes procuram atrelar seus negócios para entregas futuras a contratos na Bolsa de Mercadorias & Futuros
(BM&F). Além dos preços, a
quantidade de contratos negociados na BM&F também
aumentou significativamente.
Em abril deste ano, o volume de contratos futuros de
boi gordo negociados na
BM&F foi de cerca de 40 mil,
61% a mais que no mesmo período do ano passado. No dia
30 de abril, os contratos de boi
gordo em aberto na BM&F correspondiam em torno de 30%
do total de contratos agropecuários negociados na Bolsa
(aproximadamente 127 mil). O
boi gordo continuou sendo a
mercadoria (agropecuária) mais
negociada no mercado futuro
brasileiro, seguido pelo contrato de café arábica.
O boi gordo é a mercadoria mais negociada na BMF
Reposição
No mercado de reposição, os preços do bezerro
continuaram com as altas diárias, iniciadas no início de 2007
nos estados de São Paulo e
Mato Grosso do Sul. Pecuaristas tiveram grandes dificuldades para efetuarem novas
compras de bezerros. Além
dos preços considerados altos
– o que eleva os custos nas ati-
vidades de recria e engorda –,
o volume disponível também
esteve reduzido.
Em abril, o Indicador do
bezerro ESALQ/BM&F (Mato
Grosso do Sul – animal de
oito a 12 meses) subiu 9%,
fechando em R$ 574,18 (à
vista) no dia 30. O boi magro
foi cotado a até R$ 1.000,00
em diversas regiões.
Da Redação
ExpoZebu 2008 é encerrada com balanço positivo OIE declara 10 Estados
Países da América Latina
A Reunião da Federação
Internacional de Criadores de
Zebu (Ficebu) foi realizada em 6
de maio, na sede da ABCZ, durante a ExpoZebu 2008. Durante
o encontro, os representantes
de associações de criadores de
vários países da América Latina
ressaltaram a necessidade de se
divulgar melhor as questões que
envolvem sanidade animal.
O presidente da Associação Mexicana de Criadores de
Zebu, Carlos Tamayo Cardenas, disse que o material genético bovino não deixa de entrar
nos países de forma ilegal e
isso é um problema grave, porque não se pode conferir a genealogia dos animais fruto de
inseminações com esse material, uma vez que não há como
se comprovar a procedência.
“Legalizar a situação dá muito
mais segurança e contribui
para o melhoramento genético do rebanho”, afirma. Outro
ponto observado por Carlos
Tamayo é o de que quando
um criador vai investir, prefere
fazer isso com produtos de origem comprovada e a legalização da comercialização desse
material genético torna-se uma
certificação de qualidade.
aproximando os valores da
arroba desses dois estados.
Enquanto a média de
São Paulo a prazo registrou
acréscimo de 0,98% em abril,
em Três Lagoas a arroba subiu 3,4%. No dia 30 de abril,
a arroba média a prazo em
São Paulo esteve a R$ 78,57
e em Três Lagoas a R$ 75,15.
Entre as praças pesquisadas pelo Cepea, o maior aumento nos preços da arroba no
decorrer de abril, de 6,35%, foi
observado em Tocantins, com o
valor médio saindo dos R$ 67,89
no dia 31 de março para R$ 72,20
em 30 de abril. Nessa região, o
valor máximo a prazo foi de R$
72,67 no dia 18 de abril. Já as
menores altas em abril foram registradas nas praças paulistas,
de 0,36% em São José do Rio
Preto, com a arroba passando
para R$ 78,68 no dia 30.
Divulgação
Mercado apresenta novos recordes nos preços
ro importar esse material, o que
existe é uma questão de ter
boa vontade para se sentar e
realizar um acordo como o que
foi feito entre Brasil e Panamá”,
explica. Gerson disse que o trabalho para que isso fosse possível foi feito durante três anos de
contatos com criadores, governos e associações.
O superintendente Técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian, falou sobre a possibilidade de se criar um registro
genealógico
internacional,
abordada na reunião por alguns
participantes. “Acredito que o
protocolo de intenção com o
Panamá já seja uma realização
fantástica em termos de abertura de mercado. Acho que devemos ser mais cautelosos e
deixar essa questão para outra
oportunidade, quando o mercado já estiver mais flexível às
questões comerciais”, pontua.
O presidente da Ficebu,
Fábio Jaramillo, considerou o
assunto importante e disse que
a entidade será parceira na melhor divulgação da qualidade
sanitária do material genético
zebuíno, enfatizando o fato de
que não há risco de importação
desse tipo de produto. O presidente da ABCZ e secretário
da Ficebu, José Olavo Borges
Mendes, afirmou que coloca
a ABCZ à disposição para intermediar junto ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento do Brasil a
movimentação no sentido de
se viabilizar o registro genealógico internacional, realizando primeiro a aproximação
dos governos para acordos
sanitários claros, com avaliações técnicas sobre a certificação desse tipo de registro.
Entre os dias 28 de abril e
10 de maio, passaram pelo
Parque Fernando Costa um total de 403.149 visitantes. A feira
foi prestigiada também por
560 visitantes estrangeiros de
mais de 30 países diferentes.
Em 2008, a ExpoZebu
bateu o recorde de animais
participantes.
Aproximadamente 3.500 animais foram inscritos para a exposição. Em
julgamento, estiveram em pista 2817 animais das raças nelore (1118 exemplares), nelore
mocha (157), brahman (474), gir
aptidão leiteira (280), gir dupla
aptidão (76), guzerá (325), indubrasil (30), sindi (37), tabapuã
(283) e gir mocha (37).
Durante a 74ª ExpoZebu,
foram realizados vários eventos importantes para a pecuária nacional: a reunião do FONESA (Fórum Nacional dos
Executores de Sanidade animal); reunião das Lideranças
da Pecuária; a assinatura do
protocolo sanitário para sêmen
e embriões entre Brasil e Panamá; reunião da ASBRAER; entre outros.
brasileiros livres de aftosa
O ministro da Agricultura,
Reinhold Stephanes, disse no
dia 26 de maio, que a Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) reconheceu o status de
área livre de febre aftosa com
vacinação para dez Estados brasileiros e mais o Distrito Federal.
São eles: Bahia, Espírito Santo,
Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São
Paulo, Sergipe e Tocantins.
A decisão foi comunicada ao ministro pela delegação
do Ministério que está em Pa-
ris, sede da organização. Segundo Stephanes, o Mato
Grosso do Sul ainda não foi reconhecido pela entidade como
área livre da doença pois faltaram informações adicionais do
ponto de vista técnico. “Essas
informações serão entregues à
OIE e, dentro de 60 dias, o status como área livre deve ser
reconhecido pela entidade internacional também para o
Mato Grosso do Sul”, disse
Stephanes. As informações
são da Agência Estado.
7
maio / junho de 2008
AgroDestaque – A Exposição Agrícola é uma das grandes atrações para a comemoração do centenário
A imigração japonesa
influenciou decisivamente a
atividade rural no Norte do
Estado do Paraná. E uma
grandiosa festa vai celebrar
os 100 anos da presença
oriental na região de Londrina: é a Expo Imin 100 Londrina – a Exposição do Século,
que será realizada de 18 a 22
de junho, no Parque de Exposições Ney Braga.
A organização está preparando um belo espetáculo
com a participação de mais
de 2 mil figurantes para a
abertura da Expo Imin 100
Londrina. Música ao vivo, teatro, coral de 700 crianças, artes
marciais e fogos de artifício da
Companhia Lanza de Curitiba
- única empresa do Brasil habilitada a participar da queima
de fogos de artifício das Olimpíadas de Pequim.
Alta Tecnologia
A Exposição de Tecnologia e Robótica será uma
das grandes atrações da
Expo Imin 100 Londrina.
Lazer, entretenimento,
inclusão digital, educação
tecnológica, apresentação
de robôs, viagens virtuais,
salas vivenciais, shows tecnológicos e muitas surpresas
aguardam os visitantes.
Toda a comunidade se
mobilizou para confeccionar
mil tanabatas para a decoração do Imin 100. Participaram
entidades e associações, grupos de terceira idade, crianças e alunos especiais em escolas públicas e particulares.
Tradição e Cultura
A Expo Imin vai mostrar a
cultura milenar japonesa com
culinária, exposição de bonsai,
ikebana, cerâmica, artesanato,
origami, cerimônia do chá, pintura clássica, brinquedos, vestuário, entre outros.
A programação inclui
ainda Matsuri Dance, Yossakoi
Soran, animê, mangá, cosplay,
danças folclóricas de diversos
países, cinema, bandas marciais, grupos musicais, orquestras, corais, mágica, exposição
Vazio Sanitário: Soja verde
não poderá ficar no campo
depois de 15 de junho
Os agricultores paranaenses que arriscaram
plantar a soja safrinha terão que colher suas lavouras antes do dia 15 de junho.
Caso
contrário,
estarão sujeitos as sanções
previstas em lei. O alerta
foi feito pelo chefe do Núcleo Regional da SEAB Secretaria de Estado da
Agricultura e do Abastecimento em Campo Mourão,
Erickson Camargo Chandoha. “A SEAB terá que
cumprir sua função, de fiscalizar e autuar conforme a
legislação”, afirma Chandoha ao informar que a lei
sobre o tema é de âmbito
federal, e não há nenhuma
expectativa de alteração
nas datas estabelecidas.
O Paraná criou o Programa Estadual de Controle
da Ferrugem Asiática no final do ano passado, aderindo assim ao Programa Nacional de Controle da
Ferrugem Asiática da Soja,
que foi implementado pelo
Ministério da Agricultura.
Uma das medidas do programa foi a implantação do
“Vazio Sanitário” - um período de três meses onde não
é permitida a presença de
soja no campo, seja ela originária de plantio ou que
tenha nascido voluntariamente de grãos que caem
durante a colheita ou no
transporte da safra a margens de estradas e ferrovias
(soja guaxa ou tigüera).
Período de Plantio
O período estabelecido
foi de 15 de junho a 15 de se-
tembro. Com isso, o plantio
da soja safrinha no Paraná ficou praticamente inviável
(devido ao período de plantio e o ciclo de outras culturas de verão). Mesmo assim,
alguns produtores conseguiram estabelecer um sistema
de plantio que permitiria a
colheita da soja safrinha antes do dia 15 de junho. Entretanto, condições climáticas não favoráveis (frio e
seca), atrasaram o desenvolvimento vegetativo das plantas. Por esse motivo a soja
não estará naturalmente
pronta para colheita até o
início do vazio sanitário.
“Quem tiver soja na véspera
do início do Vazio Sanitário
terá que fazer a dessecação
e colher”, alerta Chandoha.
Ferrugem Asiática
O Vazio Sanitário, explica Chandoha, é uma importante medida no combate a
Ferrugem Asiática, doença
que tem causado grandes
prejuízos a cultura da soja e
também o aumento no custo
de produção, principalmente com a aplicação de fungicidas. “A implantação do
vazio sanitário é benéfico
para o produtor”, afirma. O
chefe do Núcleo Regional da
SEAB, lembra que, segundo
os especialistas o fungo da
ferrugem só sobrevive e se
reproduz na planta viva (verde). Assim, com esse período de 90 dias sem a soja no
campo, a incidência da ferrugem diminui. Esse fato já
tem sido observado nos Estados que aderiram ao vazio
sanitário antes do Paraná.
de arte, patinação, karaokê,
entre outras atrações.
Agronegócios
A Expo Imin 100 terá um
espaço especial para o agronegócio. Serão palestras, cursos e
exposição do que há de mais
moderno de tecnologia a serviço da agricultura. Participarão
entidades como a Embrapa, Iapar, Emater, Abrasem, entre outras. Também será realizada a
tradicional Exposição Agrícola,
que chega a sua 47ª edição,
reunindo mais de 600 produtores rurais e 3 mil produtos.
Esportes
Na programação da
Expo Imin também haverá
demonstrações de artes marciais como o judô, karatê,
kendô e sumô.
Estão programadas apresentações especiais como concertos, corais, apresentações
teatrais, shows, encontros de
jovens, de mulheres, congressos, seminários, entre outros.
Da Redação
Divulgação
Expo Imin 100 Londrina será no Parque Ney Braga
8
maio / junho de 2008
Ovinos/Caprinos – O projeto exigiu investimentos de mais de R$ 2,8 milhões para o abate e processamento da carne
Coovicapar inaugura frigorífico de caprinos e ovinos
semana de acordo com a demanda. Atualmente são 62
associados, com um plantel
de aproximadamente 70 mil
animais. Segundo o diretor
secretário da Coovicapar,
Roberto Andrea Mafessoni,
até o final deste ano o número de associados deve chegar a 200. “Tem muita gente
interessada, de várias regiões do Paraná”, afirma Mafessoni. A área de atuação
da cooperativa abrange 73
municípios, de Guarapuava
ao extremo-oeste, além de
alguns associados no Mato
Grosso do Sul.
Processamento
O frigorífico, que exigiu
investimentos de mais de R$
2,8 milhões, vai permitir o abate e processamento da carne
para colocação no mercado
interno, que produz apenas
1/3 da demanda. A exportação também está entre os objetivos da cooperativa. O abate será concentrado em um
ou dois dias da semana, buscando otimizar o transporte e
reduzir custos. “O mercado é
excelente e está em expansão”, afirma Mafessoni. O Brasil importa, para atender à demanda interna, cerca de 44
mil toneladas/ano.
Lã
Além da carne, o frigorífico fará o primeiro processamento da pele dos animais,
permitindo que cada peça
seja vendida entre R$ 120,00 a
R$ 157,00. A cooperativa também comercializa a lã dos ovinos dos associados, que al-
Divulgação
A
Coovicapar - Cooperativa de Produtores de Ovinos e Caprinos do
Oeste do Paraná – inaugurou,
no mês de maio, seu frigorífico
localizado no distrito de Vila
Nova, em Toledo. O frigorífico
é resultado de uma parceria
entre a cooperativa, o município de Toledo e o Governo Federal, que financiou as obras
de construção. O município
participou com o terreno, a terraplenagem e outros custos.
A constituição da cooperativa foi a forma encontrada pelos produtores de
cabras e ovinos da região
para a industrialização e
acesso ao mercado. O frigorífico começa abatendo de
50 a 100 cabeças de animais
uma vez por semana, ampliando para duas vezes por
Além da carne, o frigorífico fará o processamento da pele dos animais
cança o preço de R$ 1,70 por
quilo. A Ile de France é a prin-
cipal raça de ovinos criados
pelos associados, seguida da
Texel e da Dorper.
Da Redação
Cooperativa elege diretoria
AveSui 2008 movimenta
negócios de R$ 350 milhões para o biênio 2008/2010
Público
A presença do público
também foi um capítulo à
parte da AveSui. A feira recebeu aproximadamente 21
mil visitantes, número que
superou as expectativas dos
organizadores. Além de produtores, empresários, técnicos e especialistas brasileiros,
compareceram
ao
evento visitantes de 23 países, como Equador, Hong
Kong, Bolívia, Estados Unidos, Itália, Arábia Saudita,
México, Argentina, Espanha,
Holanda, Canadá, França,
Suíça, Cuba, Peru, Dinamarca, Uruguai, Venezuela, Chile, Colômbia, Panamá, Portugal e Paraguai.
“O foco da AveSui é
possibilitar o encontro dos
fornecedores de produtos,
equipamentos e serviços com
seus parceiros, integrando os
diversos elos das cadeias pro-
A Coovicapar - Cooperativa de Ovinos e Caprinos
do Oeste do Paraná - realizou
no dia 17 de maio, eleições
para escolha da diretoria que
ficará à frente da cooperativa
no biênio 2008/2010. Na ocasião, também foi eleito o
Conselho Fiscal para o exercício 2008/2009. O deputado
federal e produtor rural
Dilceu Sperafico foi eleito
presidente.
A nova diretoria é formada por: Diretor Presidente, Dilceu João Sperafico;
Diretor
Vice-presidente,
Paulo Ângelo Bernardi; 1º
Diretor Secretario, Roberto
Andréa Maffessoni; 2º Diretor-Secretario, Alcir Dimas;
1º Tesoureiro, Orlando Dalmaso; 2º Tesoureiro, Ilídio
Dalbosco;
Conselho
Fiscal,Valmir Oldoni, Renato
Ernesto Reiman, Neudi Al-
ceu Magrin (Efetivos); Luiz
Fernando Sgoda, Ivanir A.
Dorigon, Antonio Piveta (Suplentes); Conselho Administrativo, Euclides Grolli, Airton Frasson, Pedro Diniz,
Liane Ietrobelli, Marcelo
Moraes, Jeomar Trivilin,
João Tonin, Egon Pudell.
Delegados Ocepar, Paulo
Bernardi, Rafael Maffessoni,
Liane Pietrobelli e Orlando
Dalmasso.
Pfizer apresenta
lançamento inovador para
doenças em suínos
Divulgação
Geração de negócios
para todos os elos da cadeia
da indústria de carne de frangos, ovos e carne suína, atualização de conhecimentos
técnicos nas mais diferentes
áreas e discussões políticas e
econômicas das atividades.
Estes foram os principais focos da 6ª edição da Feira da
Indústria Latino-Americana
de Aves e Suínos (AveSui),
único evento do continente a
contemplar os mercados de
aves e suínos. A exposição foi
realizada entre os dias 13 a 15
de maio, no CentroSul, Florianópolis (SC). Paralelamente à AveSui, foi promovida a
AquaFair, feira voltada aos
segmentos de aqüicultura,
maricultura e pesca.
A AveSui reuniu 250 empresas, sendo 48 de outros
países. Segundo projeções
dos organizadores, a feira encaminhou negócios de cerca
de R$ 350 milhões, contabilizando-se as transações fechadas durante o evento e os
negócios que serão concretizados a partir de entendimentos mantidos entre fornecedores
e
clientes.
Participaram representantes
dos mais diversos segmentos, como genética, nutrição
animal, produtos veterinários,
equipamentos para granjas,
transporte, embalagens, soluções ambientais, equipamentos para plantas processadoras de carnes e ovos e
de diversos outros serviços e
tecnologias voltadas às cadeias avícola e suinícola.
dutivas de aves e suínos. E
esse objetivo foi alcançado.
Além de fomentar as atividade, também criamos um ambiente de discussões de alto
nível e relevantes para o futuro de cada um destes mercados”, avalia Andrea Gessulli,
diretora da AveSui.
Decisões
A AveSui foi palco de encontro das principais lideranças da avicultura e suinocultura brasileiras, que participaram
do VII Seminário Internacional
de Aves e Suínos.
Ao todo, 60 palestrantes proferiram para profissionais, pesquisadores, estudantes,
acadêmicos
e
empresários do Brasil e exterior temas diversificados sobre a cadeia produtiva em
nove painéis, que retrataram
questões conjunturais e técnicas relacionadas aos setores de avicultura, suinocultura, aqüicultura, postura,
processamento de carne,
marketing da carne, bioenergia e nutrição.
Além disso, a AveSui
América Latina abrigou vários encontros, como a reunião da Câmara Setorial da
Cadeia Produtiva de Aves e
Suínos, com a presença de
Rubens Valentini (presidente
da câmara e da Associação
Brasileira dos Criadores de
Suínos), e de outras personalidades das atividades envolvidas. Na ocasião, a alta do
milho foi o protagonista da
pauta. Os altos custos desse
insumo figuram como o
grande entrave para produção animal brasileira. A União
Brasileira de Avicultura (UBA)
e a Associação Brasileira dos
Produtores e Exportadores
de Frangos (Abef) também
promoveram encontro de
seus líderes durante a feira.
Lançamentos
Além de uma série de
novidades em produtos e serviços, a AveSui promoveu o
lançamento do livro “Gestão
Ambiental na Suinocultura”,
elaborada pela Embrapa Suínos e Aves. Elaborado por 20
autores e editado por Milton
Antonio Segenfredo, o livro
retrata aspectos relacionados
ao manejo de dejetos dos suínos, abordando temas como
nutrição, equipamentos, legislação, gestão ambiental,
transformação de dejetos em
biofertilizantes, entre outros.
Edição 2009
A edição regional da
AveSui já tem data marcada.
Ela será realizada entre os
dias 27 a 29 de abril, no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo (SP).
A AveSui Regiões seguirá o
mesmo formato da AveSui
América Latina, em que a
geração de negócios e a
promoção do conhecimentos são os focos principais.
Além disso, a edição 2009 da
AveSui será muito especial,
pois comemorará os 100
anos da Gessulli Agribusiness, que também publica as
revistas Avicultura Industrial
e Suinocultura Industrial.
As doenças respiratórias estão entre as mais prevalentes na produção de suínos e são causadas por uma
série de fatores – infecciosos,
ambientais, sanitários e de
manejo. O impacto econômico relacionado aos problemas respiratórios é bastante sério, recaindo sobre
os produtores. A pneumonia
suína, por exemplo, pode
provocar entre 3% e 8% de
queda de desempenho no
ganho de peso por animal
produzido no Brasil. Atualmente, tais perdas representam de R$ 4,00 a R$ 10,00 de
prejuízos por suíno. Por isso,
são necessárias soluções
cada vez mais eficazes e que
não comprometam os resultados para o produtor.
A Pfizer, que sempre
seguiu este conceito, agora
o associa ao uso prudente
de antibióticos e lança Draxxin. O antibiótico é o primeiro com extra-longa ação,
aplicado em dose única injetável, indicado para prevenção e tratamento de doenças
respiratórias
em
suínos. “O medicamento
protege o animal por até 15
dias – diferentemente dos
produtos
convencionais,
que agem em média de 24 a
48 horas após a aplicação“,
explica Ângelo Melo, gerente da Unidade de Negócios
de Suínos e Aves da empresa. O período prolongado
de proteção oferecido por
Draxxin é um grande diferencial do produto, pois evita que o animal volte a ficar
doente (recidiva) cerca de
cinco dias após ser medicado, fato que ocorre com fre-
qüência e causa grande impacto na produção e
bem-estar dos suínos.
“Com extra-longa ação
e alto perfil de segurança, o
medicamento atinge rápida
e alta concentração nos pulmões dos suínos, podendo
ser aplicado desde o nascimento até cinco dias antes
do abate”, diz Melo. O tratamento completo combate e
previne as doenças associadas aos seguintes agentes
infecciosos:
Mycoplasma
hyopneumoniae, Actinobacillus
pleuropneumoniae,
Pasteurella multocida, Haemophilus parasuis e Bordetella bronchiseptica.
Mais informações: com
a Divisão de Saúde Animal
da Pfizer: www.pfizersaudeanimal.com.br ou pelo telefone 0800 011 1919.
Croácia quer comprar
carne suína brasileira
A Croácia quer importar carne suína do Brasil. Durante almoço no dia 20 de
maio, com representantes
do Grupo Parlamentar BrasilCroácia, na capital Zagreb, o
ministro croata da Agricultura elogiou a pujança da agropecuária brasileira e disse
que o porto de Rijeka, naquele país, deve ser a entrada dos produtos brasileiros
no mercado europeu.
Segundo o presidente
do Grupo Parlamentar BrasilCroácia, deputado Moacir Micheletto (PMDB/PR), o comércio entre os dois países tem
aumentado desde que o Senado Federal aprovou, em outubro de 2007, um acordo de
cooperação técnica e veterinária entre o Governo brasileiro e o da República da Croácia. “Nossa vinda aqui é para
reforçar estes laços políticos e
econômicos”, destaca o parlamentar. A Croácia, que tem
grande potencial na prospecção de petróleo, também
manifestou interesse em obter informações sobre a produção de biocombustíveis,
principalmente derivados da
cana-de-açúcar. Moacir Micheletto explicou que o Brasil
cultiva cerca de 6,9 milhões
de hectares de cana, mas dispõe ainda de muitas áreas
agricultáveis, que podem ser
incorporadas ao plantio de
culturas alimentícias.
O Grupo Parlamentar
Brasil-Croácia esteve reunido com o presidente da Croácia, Stjepan Mesic, com representantes da Câmara de
Comércio e do Parlamento
croata e fez visitas a agroindústrias daquele país. Acompanhou a missão, representando o setor cooperativista
o presidente da cooperativa
C.Vale, Alfredo Lang.
9
maio / junho de 2008
Fruticultura – Produtores de GO, SP, PR, BA, PE, MG, PA, MT e AM já testaram o novo produto
O
potencial produtivo, a resistência a pragas e doenças e a
adaptação a diferentes condições agroclimáticas dos
híbridos de maracujazeiroazedo BRS Gigante Amarelo,
BRS Sol do Cerrado e BRS
Ouro Vermelho, lançados em
maio, pela Embrapa Cerrados e Embrapa Transferência
de Tecnologia, Unidades da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, estão sendo testados por
pequenos produtores em diversas regiões do país.
Produtores de Goiás,
São Paulo, Paraná, Bahia,
Pernambuco, Minas Gerais,
Pará, Mato Grosso e Amazonas, estados em que foram instaladas unidades
demonstrativas da pesquisa, já estão colhendo frutos
dos três novos tipos de maracujá. “Avaliamos o potencial do material em diferentes regiões antes de fazer a
recomendação”, explica o
pesquisador Fábio Faleiro,
da Embrapa Cerrados.
Se depender da avaliação dos agricultores de
Cabeceiras (GO), município a 130 Km de Brasília
(DF), os híbridos já podem
ser recomendados para
cultivo no Centro-oeste.
Os três tipos de maracujá,
plantados por 13 produtores da Coopervila, cooperativa agrícola que reúne
21 agricultores familiares
de Cabeceiras, já renderam
a primeira safra. O plantio
foi feito no final de agosto
e as plantas começaram a
produzir em dezembro.
Agricultura Familiar
A possibilidade de colher a primeira safra poucos meses depois do plantio é uma das características
que fazem do maracujá
uma cultura apropriada
para a agricultura familiar.
Os agricultores da Coopervila têm uma área plantada
de maracujá de 15 hectares. A abóbora maranhão,
cultivada em 80 hectares, é
outra fonte de renda importante dos produtores
de Cabeceiras.
A unidade demonstrativa com os maracujás desenvolvidos pela Embrapa compreende duas lavouras. A
comparação entre as variedades tradicionalmente cultivadas na região com as novidades da pesquisa rende
elogios aos híbridos de maracujazeiro-azedo. Para o
produtor Alcindo João Grandotto, presidente da Coopervila, as variedades novas
têm maior produtividade e
ampliam as possibilidades
de atingir o mercado.
“As variedades antigas
serviam somente para indústria. Agora temos tamanho e
qualidade do fruto para comércio in natura e também
Embrapa
Embrapa lança novos híbridos de maracujá
A resistência a pragas e doenças é uma das características do novo produto
polpa ideal para a indústria”,
avalia Grandotto. A produção de maracujá da Coopervila é comprada integralmente pela indústria de alimentos
Kraft, proprietária da marca
de sucos Maguary. A tonelada do fruto é comercializada
a R$ 550, mas os produtores
acreditam que os novos maracujás devem possibilitar
um incremento de renda.
Almir Alves Trindade,
produtor rural natural de
Unaí (MG), mora há seis anos
em Cabeceiras. O agricultor
salienta que a primeira lavoura de maracujá cultivada
na Coopervila exigia mais
mão-de-obra e era mais suscetível a doenças como antracnose e virose. “A produção melhorou e sem precisar
fazer polinização. Está menos trabalhoso combater doenças também”, comenta.
Da Redação
Certificação deve envolver toda a cadeia produtiva
produtores rurais, a obter
mais flexibilidade no processo de certificação, instrumento que tende a ser cada
vez mais utilizado para que
o Brasil possa atender às
exigências dos clientes internacionais de comprovação de origem e segurança
para o consumo dos produtos agropecuários.
Na opinião de Meire, o
setor produtivo rural, diante
de seu potencial agrícola e
pecuário, tem plenas condições de desempenhar o papel
principal neste processo e tomar a iniciativa de fazer propostas de certificação que
atendam à sua realidade. “O
setor precisa ser pró-ativo,
apresentar soluções, e não
apenas responder a ataques
de setores contrários à expan-
A integração entre os
setores da cadeia produtiva do agronegócio junto
ao Governo e a entidades
não-governamentais
em
busca de um consenso
quanto a normas e critérios
de certificação de produtos agropecuários e agroindustriais foi defendida pela
superintendente do Instituto para o Agronegócio
Sustentável (Ares), Meire
Ferreira, durante o seminário “Os Impactos da Certificação para o Produtor Rural”,
na
sede
da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil
(CNA), em Brasília.
Segundo Meire, discussões mais freqüentes
ajudariam os segmentos do
agronegócio, entre eles os
são do agronegócio”, frisou.
Segurança Alimentar
A superintendente do
Instituto Ares, entidade que
envolve diversos segmentos
da cadeia produtiva do
agronegócio, disse ainda
que a preocupação com a
segurança alimentar, decorrente da certificação dos
produtos, fez com que os
Estados Unidos e a Europa
aumentassem a demanda
por produtos orgânicos. De
acordo com um estudo
mencionado em sua apresentação, a procura por alimentos e bebidas feitas a
partir de produtos cultivados sem agroquímicos aumentou mais de 40% entre
2002 e 2005. O montante
movimentado neste período
O greening está em
18,57% dos talhões do parque citrícola de São Paulo,
de acordo com o levantamento amostral da doença
feito em abril pelo Fundecitrus – Fundo de Defesa da
Citricultura. O trabalho constatou também que a doença
já está espalhada por todo o
Estado.
A faixa centro-sul é a
mais afetada. O greening
está presente em 27,6% dos
talhões de plantas cítricas da
região central, que concentra a maior quantidade de
árvores com sintomas (1,23%)
e também os municípios com
maior incidência da doença.
A região Sudeste de SP tem
a doença presente em 24,7%
dos talhões, mas com um número menor de plantas doentes (0,55%).
Em seguida, na seqüência de contaminação de
talhões, vêm as regiões Oeste (3,85%), Norte (2,80%) e
Noroeste (0,68%), mas todas
têm índice de plantas sintomáticas menor que 0,04%.
Alerta
Os números acendem o
sinal de alerta: um quinto
dos talhões da citricultura
paulista apresenta algum
grau de incidência de gree-
FUNDECITRUS
Greening atinge 18,5%
dos pomares de SP
ning. Além disso, a doença
não é mais um problema de
regiões isoladas, mas está
presente agora no Estado
todo. De acordo com dados
da Coordenadoria de Defesa
Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, a bactéria
do greening já foi confirmada em 162 municípios.
O levantamento foi
feito com o objetivo de
identificar a incidência da
doença em todas as regiões
do parque citrícola e de ter
um quadro da sua gravida-
de em um curto espaço de
tempo. Os inspetores do
Fundecitrus
percorreram
320 municípios, vistoriando
8.016 talhões a 10%, ou
seja, uma a cada 10 linhas
de plantas, fazendo a inspeção somente no chão,
somando 2,37 milhões de
árvores examinadas.
A metodologia foi elaborada juntamente com o
professor José Carlos Barbosa, do departamento de Estatística da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
da Unesp, em Jaboticabal.
passou de US$ 23 bilhões
para US$ 33 bilhões.
Para o presidente da
Comissão Nacional de Meio
Ambiente da CNA e vicepresidente do Instituto Ares,
Assuero Doca Veronez, é
preciso conciliar interesses
tanto dos mercados consumidores quanto da cadeia
produtiva.Ele ressaltou, no
entanto, que a tarefa é complexa e “vai depender de um
amplo processo de debate”,
devido às peculiaridades de
cada região. “A questão é
que o Brasil precisa se inserir
nesse processo de certificação, mas para isso precisamos também rever a nossas
leis”, afirmou Veronez, defendendo mudanças na legislação ambiental que, na
sua avaliação, engessa o
crescimento do agronegócio
brasileiro.
Produção Integrada
O assessor técnico da Secretaria de Desenvolvimento
Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento(Mapa),SidneyMedeiros,
informou que há 102 projetos
que estão sendo mapeados
pelo órgão para 2008/2009, envolvendo 42 produtos, dos
quais 62 com prioridade alta.
Em sua apresentação,
ele também abordou o Sistema Integrado de Produção
Agropecuária (Sapi), desenvolvido pela SDC, que já desenvolveu certificação para a
fruticultura, por meio do Programa de Produção Integrada de Frutas (PIF), que con-
templa 15 produtos. Segundo
ele, a intenção do Mapa é estender ainda este ano a certificação a outros alimentos
como café, leite e batata.
ABNT
O superintendente da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Francisco Oliveira, criticou a falta
de normas técnicas para produtos agropecuários no Brasil. Segundo ele, “não há
como fazer certificação sem
ter normas técnicas. Este é o
requisito básico”. De acordo
com Oliveira, em 2005, países
como a França dispunham,
há dois anos, de mais de 400
normas técnicas para vários
produtos, enquanto o Brasil
tinha normas apenas para
açúcar, álcool, café e batata.
10
maio / junho de 2008
Avicultura – duas novas regiões no genoma contêm genes associados a características de interesse da indústria
Frango é mapeado pela Esalq
obtidas a partir da associação de informação fenotípica
(da característica) e genotípica (do DNA).
Nova Metodologia
A identificação das regiões no genoma só foi possível devido à implementação
de uma nova metodologia de
análise, adaptada pelo então
doutorando Millor Fernandes
do Rosário, pesquisador do
Laboratório de Biotecnologia
Animal do Departamento de
Zootecnia da Esalq, e outros
colaboradores da instituição
de pesquisa.
Segundo ele, 360 frangos, fornecidos pela Embrapa Suínos e Aves, unidade
da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária em
Concórdia (SC), foram selecionados para ter seus DNAs
investigados por marcadores
moleculares localizados nos
cromossomos 1, 3 e 4, que
representam 29,2% de todo
o genoma da ave.
“A aplicação de um
método mais elaborado,
chamado mapeamento por
intervalo composto, é um
dos grandes méritos do estudo em relação aos já publicados por diversos grupos
de pesquisa”, disse Rosário.
“Ele foi implementado a partir da adaptação de outro
método proposto por pesquisadores da Universidade
da Carolina do Norte.”
“Com esse método
por nós aperfeiçoado, conseguimos mapear, no genoma do frango, um total de
21 QTLs, o que correspondeu a 50% mais QTLs mapeados em relação ao ma-
Unifrango participa da Sial
2008, em Xangai
Foi realizada em Xangai, na China, durante o mês
de maio, a Sial 2008 (Asia’s
Food Marketplace), uma das
principais feiras do ramo alimentício mundial. A empresa Unifrango Agroindustrial,
terceira maior produtora de
frango de corte do país, foi a
única empresa avícola brasileira participante do evento.
O bom resultado das atividades da Unifrango voltadas
para o mercado externo garantiu a participação da empresa nessa edição da Sial.
O grupo paranaense já
exporta para mais de 120 países, incluindo Japão, Arábia
Saudita e Rússia. Em 2007, a
empresa apresentou um
crescimento de 37,5% em
volume de centralização/intermediação de negócios.
Para o executivo da Unifrango, Pedro Henrique Oliveira,
a feira em Xangai auxilia na
projeção da Unifrango e do
Paraná no mercado de exportações. “A participação
na Sial 2008 possibilitou o
contato com clientes para
iniciar novas negociações
em bloco. Demos um passo
importante para colocar o
nome da Unifrango no mercado externo”, avaliou.
Ainda de acordo com
Oliveira, a consolidação do
potencial de produção da
Unifrango permite uma boa
recepção da empresa no
mercado de importação chinês. “A receptividade, por
parte principalmente dos
chineses, tem sido muito
boa, primeiro pela oportunidade de conhecer o potencial de produção do grupo e
depois porque a relação direta entre Brasil e China deve
ser em breve oficialmente
estabelecida. Hoje, nenhuma empresa brasileira exporta carne de frango direto
para a China, apenas via
Hong Kong”.
peamento por intervalo que
vem sendo empregado pela
comunidade científica da
área”, afirmou.
Aperfeiçoamento
“A grande diferença é
que o mapeamento por intervalo apresenta algumas limitações que foram aperfeiçoadas pelos pesquisadores
da universidade norte-americana em plantas, mas ainda
não tinha sido feito em populações de animais”, explicou Rosário.
O trabalho, orientado
pelo professor Antonio Augusto Franco Garcia, do Departamento de Genética, e
co-orientado pelo professor
Luiz Lehmann Coutinho, do
Departamento de Zootecnia,
ambos da Esalq, contou com
a colaboração de mestran-
dos e outros doutorandos da
instituição, além de pesquisadores da Embrapa Suínos
e Aves e da Faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Da Redação
Grupo de executivos do Japão
visita a Big Frango
A comitiva da Samioh
Foods Company do Japão,
chefiada pelo presidente
daquela entidade, Isao Minami, juntamente com Kazumi Yoshida, presidente
da Bisc Japan Corporation,
visitaram no mês de maio,
as modernas instalações da
Big Frango.
Na ocasião, a comitiva
foi recepcionada pelo presidente do Grupo Big Frango,
Evaldo Ulinski, acompanhado pelo vice-presidente
Evaldo Ulinski Jr. e Helio
Schorr, diretor de exportação. Os participantes do encontro, além de trocarem
informações de interesse
comum, tiveram a oportunidade de conhecer e se entusiasmar com o nível dos trabalhos em desenvolvimento
na empresa brasileira.
A Samioh, tradicional
importadora de carnes brasileiras para o Japão, está
em conjunto com a Big
Frango, desenvolvendo estudos para lançamento de
novos produtos.
A Big Frango é reconhecida internacionalmente pela qualidade de seus
produtos e está posicionada entre as maiores empresas de alimentos da Améri-
Divulgação
ma tese de doutorado apresentada no Programa de Pós-Graduação em Genética e
Melhoramento da Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (Esalq), em Piracicaba (SP), possibilitou a identificação de duas novas regiões
no genoma do frango que
contêm genes associados a
características de interesse
para a indústria avícola.
Com o objetivo de
compreender como as características de desempenho
e de rendimento de carcaça
de frangos de corte são controladas geneticamente, essas regiões – denominadas
QTLs (Quantitative Trait Loci,
na sigla em inglês) ou posições no genoma que controlam características quantitativas dos animais – foram
Divulgação
U
ca Latina e é uma das
maiores exportadoras do
País. A empresa, com mais
de 3.500 funcionários, exporta para mais de 50 nações, abrangendo América
Latina, Europa, Ásia e
Oriente Médio.
Agro lançamentos
Agritech apresenta trator
compacto de 70 cv e 16 válvulas
A Agritech Lavrale, fabricante de tratores e microtratores
Novas Colheitadeiras Valtra são
expostas na Agrishow
Além de sua linha tradicional de
produtos, a Valtra do Brasil S/A levou
um pacote de novidades para a Agrishow
2008, maior feira de tecnologia da América Latina.“A Agrishow 2008 reflete a
recuperação do setor agrícola e o setor
atravessa um momento satisfatório, com
Divulgação
boas perspectivas”, afirmou o diretor de Vendas e Pós-Vendas da Valtra, Orlando Silva.
A Valtra apresentou pela primeira vez na Agrishow Ribeirão Preto a sua linha de colheitadeiras, com dois modelos,
produzidos na planta da AGCO para a América do Sul, em
Santa Rosa/RS. Um deles é a BC4500, uma máquina classe IV
de trilha convencional, destinada às médias propriedades,
que tem mostrado ser de altíssima produtividade, grande robustez e simples para manutenção. O outro é a BC7500, de
trilha axial, para grandes áreas de alta produtividade e alta
qualidade do grão colhido.
Colhedora de Laranja Jacto K5000
é lançada no interior paulista
Depois de dar ao Brasil a primeira colhedora de café
do mundo, na década de 70, a Jacto Máquinas Agrícolas
S/A inova mais uma vez com o
lançamento da primeira colhedora de laranja totalmente
desenvolvida no Brasil e específica para as características das lavouras nacionais. A
Jacto K5000 foi apresentada
na Agrishow 2008.
No projeto, a Jacto utilizou o conhecimento adquirido com o desenvolvimento das
colhedoras para café, mas teve de criar soluções próprias
para a citricultura. O primeiro desafio foi a retirada dos frutos.
O sistema utilizado para a derriça do café não é apropriado
para a colheita de laranjas, frutos muito maiores e sujeitos a
danos. Foi desenvolvido um novo sistema que movimenta a
copa da planta em sentido vertical e permite a retirada dos
frutos com facilidade.
A Colhedora de Laranja Jacto K5000 tem as especificações técnicas ideais para trabalhar nos pomares brasileiros,
que se caracterizam por espaçamentos reduzidos. Apesar de
ser considerada uma máquina estreita é recomendada para
trabalhar em desníveis de até 15%. Mas a citricultura brasileira
também tem pomares com alta produtividade em espaçamentos maiores, em torno de oito metros entre as linhas e
cinco metros entre plantas.
Divulgação
Divulgação
A fábrica de tratores da Montenegro, no
Rio Grande do Sul, terceira unidade da John
Deere no Brasil, foi inaugurada em uma solenidade com a presença
de autoridades, empresários e clientes. A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius,
participou da cerimônia, realizada no interior da fábrica com
a presença de todos os funcionários.
O gerente da unidade de Montenegro, Edison Drescher,
agradeceu a presença dos clientes e lembrou a evolução da
fábrica desde o lançamento da pedra fundamental, três anos
atrás. Ele destacou a importância da dedicação e da qualidade da equipe de funcionários, formada por 715 pessoas, e
houve em seguida um momento de confraternização entre os
funcionários e os convidados.
Aaron Wetzel, vice-presidente de Vendas, Marketing e
Planejamento, destacou em seu discurso que a John Deere decidiu investir na América do Sul logo no início de seu processo
de internacionalização, e está presente no continente há 50
anos, quando foi instalada a fábrica de Rosário, na Argentina. A
presença no continente evoluiu com investimentos no Brasil a
partir de 1979, e tem agora outro avanço muito importante
com a inauguração da fábrica de Montenegro, disse ele.
“A nova fábrica é uma plataforma para o crescimento futuro no
Brasil e no resto do mundo”, afirmou Aaron Wetzel. “A demanda de
alimentos no mundo é crescente e a John Deere oferece tecnologia
para que o Brasil e a América do Sul possam continuar alimentando
o mundo”. Ele destacou também a importância dos funcionários da
unidade, dos fornecedores e dos concessionários para o trabalho da
nova fábrica e para o crescimento de John Deere.
Yanmar Agritech, apresentou durante a Agrishow Ribeirão Preto (SP), seu mais inovador e recém-lançado produto: o trator
1175. Inteiramente desenvolvido com tecnologia própria, o
projeto envolveu um investimento de cerca de R$ 9,5 milhões
e é o primeiro trator da marca a possuir 70 cavalos e o primeiro
do Brasil a levar para o campo um motor de 16 válvulas.
A empresa lançou na Agrishow a versão super-redução
do 1175, voltado especialmente para a cultura do café, colheita de cana e outras aplicações que necessitem de baixa
velocidade. “Agora a linha de tratores para café está completa com o superredução, máquina desenvolvida
para
culturas
que exigem baixa velocidade,
porém,
sem
perda de potência, como o café
e a colheita de
cana”, explica o
gerente de marketing da Agritech, Pedro Lima.
Além dos 70 cavalos de potência e das 16 válvulas, outra
novidade do 1175 é o número de marchas do trator, que aumentou de 9 para 12 e com o super redutor passa a ter 24
opções de velocidades, ampliando a adequação às necessidades de serviços. O trator pode ser usado, portanto, em diferentes ambientes e para variados serviços. O novo produto
também eleva a capacidade de levante de implementos em
até duas toneladas. Todas as máquinas da marca estão aptas
para se movimentar com o biodiesel B-5.
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John Deere inaugura fábrica em
Montenegro
11
maio / junho de 2008
Grãos – As variedades são mais indicadas para os Estados do Norte e Nordeste do País
A
Embrapa e a
Fundação
de
Apoio ao Corredor de Exportação Norte (Fapcen)
lançaram duas cultivares
transgênicas (BRS 278RR e
BRS 279RR) para as regiões
Norte e Nordeste do País,
durante o Agrobalsas, em
Balsas/MA. Na abertura do
evento, o chefe geral da
Embrapa Soja, Alexandre
Cattelan, e o chefe do comunicação e negócios, Pedro Moreira, entregaram um
display com amostras das
novas cultivares para a Fapcen. “Nossa idéia com esta
ação é simbolizar a disponibilização de um resultado
de pesquisa para o mercado”, explica Moreira.
As
duas
cultivares
transgênicas têm como dife-
rencial a resistência ao herbicida glifosato, portanto,
são especialmente recomendadas para áreas que
enfrentam dificuldades com
o controle de plantas daninhas, explica o pesquisador
José Ubirajara Vieira Moreira, da Embrapa Soja. Segundo ele, os lançamentos são
indicados para o sul do Maranhão, sudoeste do Piauí e
norte do Tocantins.
Precoce
O pesquisador diz
que a BRS 279RR é de ciclo precoce (entre 106 e
112 dias), o que é uma característica desejada, pois
possibilita mais uma opção de cultivar precoce no
mercado para esta região.
“A produtividade da nova
cultivar é similar aos materiais mais produtivos já
disponíveis no mercado,
mas tem como diferencial
a resistência ao nematóide
de galha, praga que causa
problemas na região”,
conta Vieira Moreira.
Segundo ele, a BRS
278RR apresenta alto potencial de rendimento, ciclo médio (entre 115 e 127
dias) e ainda mantém alta
capacidade de crescimento, mesmo em altitudes
abaixo de 400m. “Este é
um grande diferencial, porque a maior parte das áreas agricultáveis dessas regiões está situada em torno
de 400m de altitude”, explica Vieira Moreira.
Da Redação
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Novas cultivares de soja transgênica são lançadas
Alto potencial de rendimento é uma de suas qualidades
Boa parte da safrinha
brasileira de milho deverá
ser colhida no mês de junho. Este ano, a Conab
(Companhia Nacional de
Abastecimento) estima uma
produção de 18,3 milhões
de toneladas, quase 24%
maior que as 14,8 milhões
da safrinha passada. Os estados do Paraná e do Mato
Grosso continuam sendo os
principais produtores.
De acordo com o pesquisador da área de agrometeorologia da Embrapa
Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG), Williams Ferreira,
“a possibilidade de redução de chuvas no próximo
mês, aliada à possibilidade
de ocorrência de temperaturas acima da média normal no Paraná e em São
Paulo, poderá favorecer a
colheita do milho safrinha”.
Ele lembra que as regiões
onde houve boa distribuição de chuvas nos últimos
meses poderão ter aumentada a produtividade.
Williams explica que a
presença do La Niña é a principal responsável pela distribuição das chuvas no país.
Diferentemente do El Niño,
que tem suas conseqüências
bem definidas, a influência do
La Niña nas estações do ano é
irregular. “O enfraquecimento
deste fenômeno no último
mês não foi acentuado; porém, há ainda 50% de probabilidade de ocorrência de
condições neutras ainda em
2008”, explica o pesquisador.
Probabilidade
Seguindo este raciocínio, há probabilidde de
ocorrência de chuvas abaixo da média histórica nos
próximos meses em grande parte do Brasil. Em São
Paulo, no Leste de Mato
Grossso do Sul e no Paraná
(exceto no Oeste deste estado), provavelmente as
chuvas serão abaixo do
normal. Em Goiás, elas deverão permanecer bem
abaixo da média histórica
do período.
No Mato Grosso, as
chuvas vinham sendo regulares nos últimos meses;
nos próximos três meses,
no entanto, elas deverão
diminuir e ficar abaixo da
média, sobretudo no Sudeste do estado, próximo à
divisa com Goiás. Já em Mi-
nas as chuvas também deverão ser abaixo do normal,
exceto no Nordeste do estado, onde ocorrerão próximo ou pouco abaixo da
média histórica.
Quanto à temperatura, a área compreendida
por uma faixa que vai de
Mongaguá-SP, entrando no
continente até a altura de
Londrina-PR e, desta cidade, indo até Lavras do SulRS deve ter índices maiores
que a média dos próximos
meses. Ao contrário, nas
demais regiões do país as
temperaturas devem per-
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La Niña pode influenciar colheita do milho safrinha
manecer abaixo da média
normal, sobretudo numa
faixa que vai de IpojucaPE, passa por São Francisco do Maranhão-MA, segue até Dianópolis-TO e
termina em Mucuri, no extremo Sul baiano.
Comissão da Agricultura: Revisão dos Alerta Geada já está em funcionamento
O Iapar ativou no dia 5
(com até dois anos de implanlho fixo). Se há risco de geada,
índices de produtividade é aprovada de maio,
o Alerta Geada 2008.
tação) de café.
o serviço também emite um e-
O Projeto de Lei 78/07, de autoria do deputado Leonardo Vilela, que altera a Lei 8629/93,
foi aprovado no dia 14 de maio, pelos parlamentares da Comissão de Agricultura, Pecuária,
Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. O relator do projeto,
deputado Duarte Nogueira, apresentou parecer favorável, com substitutivo. O PL estabelece
alternativas à proposta do governo federal que pretende reajustar os índices de produtividade
mínima das propriedades rurais.
No projeto são definidos novos parâmetros de produtividade do imóvel rural para fins de
reforma agrária. Entre os parâmetros há um sistema que tem por base um laudo de avaliação
técnico-agronômico, elaborado por profissional habilitado em ciências agrárias. O laudo deve
considerar os níveis de produtividade, mas não de forma exclusiva nem estática. Segundo Vilela, a proposta de reajuste do governo é inaceitável. “Precisamos encontrar soluções compatíveis para o setor. Por isso, trabalhamos exaustivamente”, disse.
Trata-se de um serviço de previsão diária do risco de geadas, que visa auxiliar produtores a decidir sobre a adoção
preventiva de medidas de
proteção em lavouras novas
As previsões diárias podem ser acessadas gratuitamente pela internet (www.iapar.br) ou pelo telefone (43)
3391-4500 (neste caso, o custo
é de uma ligação para apare-
mail para cafeicultores e técnicos cadastrados. Interessados
em receber o alerta por correio
eletrônico devem se cadastrar
no endereço: alerta_geada@
iapar.br.
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Syngenta premia parceiros das
áreas de Químicos e Embalagens
Foi realizado no dia 13
de maio, o 1° Prêmio Fornecedor do Ano Syngenta 2007,
que reuniu os maiores e mais
importantes parceiros da empresa na área de Químicos e
de Embalagens. De um total
de 117 fornecedores, 18 parceiros participaram do evento
realizado pela Syngenta.
Da área de Químicos,
estiveram presentes as empresas Oxiteno, Cognis, Clariant, Lambra, Rhodia, Petrobras, Stepan, Akzo Nobel
e Croda. Da área de emba-
lagens, Garboni, Unipac,
Simplast, Engra, Grupo
Orsa, BRL-Rótulos Adesivos,
Lucchesi, Emplas e Deltaplam. A cerimônia de premiação, realizada no Espaço
de Eventos Vila Noah, elegeu os vencedores em sete
categorias: Responsabilidade Social 2007 – Petrobras;
Melhor Qualidade 2007 Grupo Orsa; Melhor Logística 2007 - BRL – Rótulos Adesivos; Melhor Inovação 2007
– Lambra; Destaque Químico 2007 – Oxiteno; Desta-
que Embalagens 2007 – Garboni; e Melhor Fornecedor
2007 – Oxiteno.
“O evento foi criado para
reconhecer um grupo seleto de
fornecedores por todo desempenho, entrega e produtividade dos serviços prestados à
Syngenta em 2007. Além de celebrarmos esta ação, nós também preparamos os nossos
parceiros para acompanharem
o crescimento da empresa neste e nos próximos anos”, afirmou José Nucci, Líder de Compras Supply da Syngenta.
Evoluindo com a pecuária brasileira.
www.camposecarrer.com.br
12
maio / junho de 2008
agrodestaque
Dentre as atrações, estão o Congresso Internacional Feicorte e o II Curso de Julgamento das Raças Zebuínas
Feicorte promete superar expectativas
14ª edição da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte), maior evento indoor do
setor na América Latina, será realizada entre os dias 17 a 21 de
junho, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Promovida pelo Agrocentro, a feira reunirá todos os elos que integram o mercado da carne bovina com o objetivo de viabilizar a
geração de novos negócios e, conseqüentemente, de colaborar para o fortalecimento do segmento.
Para alcançar este propósito, o evento oferecerá ao público uma intensa programação, composta por cursos, palestras,
seminários, leilões, congresso internacional, Cozinha Interativa,
exposições e julgamentos das principais raças da bovinocultura de corte, dentre outras atrações. No período em questão, o
público poderá conferir diversas opções de produtos e serviços para a produção de carne, equipamentos de última geração, genética e muita informação.
No total, a feira reunirá cerca de 350 expositores em uma
área de 70 mil m2 e contará com a presença de cerca de 4 mil
animais, entre bovinos, ovinos e caprinos. Além disso, 17 leilões já
estão confirmados, o que deverá ampliar o valor de negócios gerados em relação ao ano anterior, que foi de R$ 10 milhões com a
realização de 14 leilões. E para esta edição, os organizadores prevêem 30 mil visitantes durante os cinco dias de feira.
Julgamentos
As principais raças presentes no território nacional estarão expostas no evento, como o Nelore Mocho, Nelore Padrão, Simental,
Simbrasil, Brahman, Tabapuã, Santa Gertrudis, Caracu, Bonsmara,
Senepol, Angus, Canchim, Limousin, Wagyu, Guzerá e Charolês.
A 14ª edição da Feicorte contará com seis pistas de julgamentos, onde o melhor da genética nacional e internacional
serão apresentadas pelas raças Nelore Padrão, Nelore Mocho,
Tabapuã, Brahman, Simental, Simbrasil, Angus, Guzerá, Santa
Gertrudis, Canchim e Limousin.
Cozinha Interativa
Comprometida em gerar negócios, viabilizar contatos entre
públicos diversos e fomentar o mercado de pecuária de corte, a
Feicorte mais uma vez repetirá a fórmula que a consagrou como
uma das principais feiras da bovinocultura do mundo e oferecerá
uma programação variada.
Divulgação
A
Destaque para a Cozinha Interativa, espaço gastronômico criado para que os interessados possam conferir demonstrações e obter informações sobre o preparo de diversos pratos feitos a base da carne bovina. Neste ano, renomados
chefs estarão presentes para ensinar receitas produzidas a
partir da carne de cada raça presente na feira.
Congresso
A informação e capacitação também é uma das principais apostas do evento para promover o desenvolvimento do mercado bovino. Neste quesito, o público contará com o Congresso Internacional Feicorte 2008, que
será realizado nos dias 18 e 19 de junho e abordará temas
relacionados a todos os elos de produção e comercialização da carne bovina.
Os interessados poderão conferir também o II Curso
Feicorte de Julgamento das Raças Zebuínas, reconhecido e
oficializado pela Associação Brasileira dos Criadores de
Zebu (ABCZ). O curso será promovido nos dias 19, 20 e 21
de junho.
A Feicorte 2008 estará aberta ao público das 9h às 20h.
A entrada é gratuita. O Centro de Exposições Imigrantes está
localizado no km 1,5 da Rodovia Imigrantes. Mais informações sobre a Feicorte pelo site www.feicorte.com.br, e-mail:
[email protected] e telefone (11) 5067-6767.

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