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Um celeiro de informações para o homem do campo! Cooperativas registram aumento nas exportações. Pág. 4. www.agroredenoticias.com.br Avicultores criam associação no MS. Pág. 10. Nº 12, Ano 1 - Nov / Dez de 2008 - R$ 5,00 Agricultores questionam o valor do preço mínimo do milho. Pág. 11. AgroDestaque – Publicação já é referência para os produtores paranaenses Jornal AgroRede completa o primeiro aniversário Lançado em dezembro de 2007, o Jornal AgroRede Notícias completa nesta edição um ano de prestação de serviços, levando sempre informações de qualidade para o homem do campo. O AgroRede Notícias já se tornou referência para os produtores rurais do Estado, e além da versão impressa, também está disponível na Internet. Pág. 2. Cana: Produtividade agrícola e industrial garante expansão A expansão da produção de cana-de-açúcar e etanol, nas últimas décadas, ocorreu não só em área cultivada, mas também a partir de expressivos ganhos em produtividade nas fases agrícola e industrial, com aumentos anuais de 1,4% e 1,6%, respectivamente. Este é um dos dados de estudo apresentado na Conferência Internacional sobre BioUnica combustíveis, em São Paulo. Pág. 3. Castro é quem mais produz leite no Brasil USDA aponta queda da produção mundial de carne bovina Suínos: Embrapa alerta sobre cuidados com o uso da água O mundo deverá produzir 58,96 milhões de toneladas equivalente carcaça de carne bovina em 2009, uma retração de 0,5% em relação às 59,25 milhões de toneladas que deverão ser produzidas este ano. Pág. 6. A Embrapa Suínos e Aves quer chamar a atenção dos suinocultores para os cuidados que precisam tomar com a água no início do verão, época em que este recurso se torna mais escasso em alguns Estados do País, principalmente na região Nordeste. Pág. 8. Divulgação BRS Conquista é apresentada aos produtores paranaenses Os municípios paranaenses de Castro, Toledo, Nova Esperança e Ortigueira se destacam entre os líderes nacionais na produção de leite, suínos e frangos, casulos do bicho-da-seda e mel. A pesquisa com os resultados da produção municipal de 2007 foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pág. 7. A bananicultura do Paraná conta desde o mês de novembro, com uma nova cultivar a ser plantada, comercializada e consumida: é a BRS Conquista, apresentada em Andirá para 85 participantes convidados. Pág. 9. Cafeicultores paranaenses são premiados em Concurso Nacional. Pág. 12. 2 novembro / dezembro de 2008 Opinião Crise mundial: Oportunidade para os biocombustíveis A crise mundial da economia preocupa. Mesmo que tenha se iniciado no mercado imobiliário estadunidense a mesma passa a atingir a todos os setores, de norte a sul, de leste a oeste, o que deixou muitos sem entender o porquê de todos (sem exceção) sofrerem com tal fato. Recentemente, quando do anúncio dos primeiros balanços negativos envolvendo a economia internacional, o Governo brasileiro ainda tentou minimizar os seus efeitos, afirmando inclusive que nosso sistema bancário suportaria e ficaria imune. Mas não demorou a acontecer: o impacto atinge também o Brasil, o que era inevitável. É correto afirmar que os bancos brasileiros mantêm uma certa resistência, pois, por conta dos juros altos, possuem ainda uma boa reserva de capital. O que tudo indica, é que ainda somos um país privile- giado em meio a tantas incertezas. Se prestarmos atenção ao mercado dos Biocombustíveis, por exemplo, é possível enxergar um bom momento para os produtores brasileiros. A retração nos cronogramas de implantação de novas plantas não deve ser entendida como único resultado da turbulência monetária, mas cabe nos atentarmos se muitos destes projetos não poderiam estar inclusos num percentual natural daqueles que, desde a sua concepção, tinham um caráter eminentemente especulativo. A fusão de grupos também faz parte do equilíbrio que o mercado exige em qualquer atividade econômica de tal importância. Não podemos negar porém que o setor também será penalizado, com a dificuldade para a obtenção de crédito oriundos de capital externo para investimentos em novas unidades de produção, mas os números do mercado nos deixa esperançosos de que o setor sucroalcooleiro, dentre os vários setores da economia, é um dos que tende a sofrer menos os efeitos da crise. E por que não sermos otimistas e dizer que este pode ser o momento do etanol brasileiro?! Vejamos a Alemanha, por exemplo, um dos prin- “ do barril de petróleo estão fazendo com que os alemães se rendam. Berlim chegou a pedir junto ao Parlamento Europeu que a meta de uso de biocombustíveis estipulada pela Comissão Européia seja diminuída, devido à sua dificuldade de produção. Mas o Parlamento tende a não facilitar, pois a tendência É o momento do governo brasileiro tirar o máximo de proveito possível da nossa capacidade de produção perante a crise global, pois nestas situações alguns lamentam e choram. Aproveitemos então para vender o lenço cipais países produtores de biocombustíveis na Europa. A crise mundial afetou tanto sua economia, que as cerca de 30 usinas existentes no país estão correndo o risco de terem que encerrar suas atividades. A concorrência de produtos externos, como o etanol brasileiro, a falta de produtividade e a baixa no preço ” mundial é a diminuição do uso do petróleo, e um incremento cada vez maior de alternativas limpas de combustíveis. O mesmo vem ocorrendo na Espanha, onde muitas usinas podem parar sua produção, pois é mais vantajoso importar o biocombustível. Nos Estados Unidos também é o momento para uma maior inserção do etanol brasileiro. O candidato republicano à presidência, John McCain, em sua campanha deixou bem claro suas intenções quanto ao protecionismo realizado pelo governo Bush, e defendido pelo candidato democrata Barack Obama, quanto ao etanol produzido por eles através do milho. McCain condena esta prática, e diz que a mesma só traz prejuízos, tanto ao Brasil, que encontra uma tarifa de US$ 0,54 por galão para entrar no país, quanto para o próprio Estados Unidos, que se vêem obrigados a consumirem um biocombustível caro, e que ameaça a produção de alimentos. Mesmo que John McCain não foi eleito, ao menos suas idéias estão sendo observadas, e com certeza o próximo presidente estadunidense ficará mais atento às vantagens de se importar o etanol brasileiro produzido através da cana-de-açúcar. O momento é de instabilidade, e projeções precipitadas podem ser uma armadilha. Porém, o mercado interno de biocombustíveis continua em franca expansão, com cerca de 90% dos automóveis nacionais saindo de fábrica com motor flex-fuel, e acompanhando este fator, o consumo de etanol nos postos brasileiros deve aumentar de 1,6 bilhão de litros mensais em 2007, para 1,9 bilhão em 2008. Ou seja, o setor está aquecido, e não temos dúvidas que é uma tendência mundial. É o momento do governo brasileiro tirar o máximo de proveito possível da nossa capacidade de produção perante a crise global, pois nestas situações alguns lamentam e choram. Aproveitemos então para vender o lenço. O Brasil reúne todas as condições, e o mercado necessita do nosso produto, portanto é tudo uma questão de planejamento. Autor: Helbert de Matos Zanatta - Graduado em Relações Internacionais e pós-Graduando em Gestão do Agronegócio. Contato: [email protected] Informação e tecnologia ajudam agricultores a suportar efeitos da crise mundial Há várias semanas, vivemos sobressaltados, diante da verdadeira gangorra em que se transformaram os mercados mundiais. Neste momento, não há setor ou país que possa se considerar imune à crise financeira internacional. No tocante à agricultura, pouco depois de anunciada a maior colheita de grãos da história – 143,8 milhões de toneladas – as atenções se voltam para o plantio da safra 2008/2009. Em termos práticos, a maior dificuldade no momento está na compra de insumos, especialmente fertilizantes, cujos preços são atrelados ao dólar, o que causa impactos relevantes sobre os custos dos produtores. Para completar o cenário de incertezas, as restrições à liberação de crédito suscitam dúvidas quanto ao desempenho da próxima colheita. No caso específico dos exportadores, há ainda a natural retração dos mercados consumidores internacionais. Atento a este quadro, o Governo federal já anunciou várias medidas para garantir a próxima safra. No total, representarão injeção de quase R$ 15 bilhões em recursos na agricultura. É importante ainda que seja garantido o aporte de R$ 13 bilhões em crédito, previstos no último Plano Safra para a agricultura familiar, anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Deste EDITORIAL total, 10% devem vir para Minas Gerais, aproximadamente R$ 1,3 bilhão. Resta aos produtores e a todos que se ocupam da atividade agropecuária seguir produzindo, na ex- tenho certeza: os agricultores mineiros estão cada vez mais bem preparados, com maior acesso a informações e tecnologia para conduzir de forma sustentável seus negócios. “ Com certeza, vai haver redução no consumo mundial, porém, principalmente de produtos supérfluos e menos de alimentos. Por isso, esta é uma oportunidade para o Brasil, que tem muitas vantagens competitivas na agricultura ” pectativa de que as medidas tomadas para amenizar os efeitos da maior crise mundial em décadas tenham bom resultado. Se o momento é de indefinições, de uma coisa Mensagem Afinal, não foi à toa que o crédito oficial para a agricultura familiar cresceu mais de 500% desde 2002. Os recursos para a assistência técnica e extensão rural foram ampliados em mais de 1.200% no mesmo período. O investimento deve sempre vir acompanhado de conhecimento, para o desenvolvimento da agricultura, que contemple não apenas o aumento da produção, em termos numéricos, mas principalmente a sustentação das populações rurais em condições dignas. Destaco alguns números para situar melhor o leitor dos grandes centros urbanos a respeito da importância da agricultura familiar: é este segmento que garante 70% dos alimentos da cesta básica consumidos no Brasil, sendo 67% do feijão, 56% do leite, 89% da mandioca e 70% da carne de frango. Com certeza, vai haver redução no consumo mundial, porém, principalmente de produtos supérfluos e menos de alimentos. Por isso, esta é uma oportunidade para o Brasil, que tem muitas vantagens competitivas na agricultura, em relação a outros países. É tempo agora de agregar valor aos produtos agrícolas, por meio de investimento na qualidade. Também é preciso que os produtores avancem na profissionalização da atividade, na gestão do negócio, com otimização do uso de insumos para o controle de pragas e doenças e redução de perdas na colheita. Autor: José Silva - Engenheiro agrônomo, presidente da Emater/MG e Asbraer. Contatos: (31) 3349 8093 / www.asbraer.org.br Expediente Um ano de trabalho! Nesta edição, a equipe do AgroRede Notícias tem a satisfação e a alegria de comemorar uma importante data: o primeiro ano de aniversário de atividades do nosso Jornal. Originário do website (www.agroredenoticias.com.br) e que possui o mesmo nome da publicação, o Jornal AgroRede Notícias nestes últimos doze meses esteve presente nos principais eventos agropecuários do Norte do Paraná e se consolidou como uma referência para o homem do campo de várias regiões do País. Com mais de 20.000 acessos de leitura por mês pelos profissionais do agronegócio – entre consultas as mídias impressa e eletrônica – o AgroRede Notícias surgiu com o intuito de levar informações de qualidade ao pequeno, médio e grande produtor rural. Graças à colaboração de vocês e de nossos anunciantes, estamos conseguindo realizar este objetivo. Em 2009, esperamos continuar contando mais uma vez com este apoio. Aproveitamos a ocasião para externar os nossos desejos de um final de ano de boas festas, com muita paz, harmonia e com as bênçãos de Deus. E que no próximo ano, além da prosperidade, tenhamos 365 dias de muito trabalho! Muito se fala da crise financeira mundial, mas sabemos que apenas o produtor rural é quem garante o alimento de cada dia. Por isso, deixemos as especulações à parte, e vamos levantar a cabeça! Lembre-se: a cada segundo a população mundial cresce ainda mais e a demanda por alimentos é constante. Um celeiro de informações para o homem do campo! Edição 12 – Ano I - Novembro / Dezembro de 2008 Circulação Nacional O AgroRede Notícias é uma publicação mensal. Conselho Editorial Leonardo Mari Olavo Alves Sérgio Mari Jr. Editor-Chefe Olavo Alves Mtb 4285/17 E-mail: [email protected] Editoria de Arte Cedilha Comunicação e Design Colaboradores Angelo Cesar Baroto (arte) Cristiano Mazzo (comercial) Rogers Alberto Fernades (arte) Departamento Comercial Rua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7 CEP 86061-000 Londrina - PR Telefones: (43) 3025-3230 / (43) 3338-6367 (43) 9978-9388 E-mail: [email protected] Impressão Gráfica Gazeta do Povo - Londrina Textos de articulistas e colaboradores não representam necessariamente a opinião dos editores. O AgroRede Notícias não se responsabiliza por produtos e serviços divulgados. 3 novembro / dezembro de 2008 Cana-de-açúcar – Estudo aponta crescimento anual de 3,1% da produção de etanol por hectare cultivado A expansão da produção de cana-de-açúcar e etanol, nas últimas décadas, ocorreu não só em área cultivada, mas também a partir de expressivos ganhos em produtividade nas fases agrícola e industrial, com aumentos anuais de 1,4% e 1,6%, respectivamente. Este é um dos dados apontados no estudo Bioetanol de cana-deaçúcar - Energia para o desenvolvimento sustentável, lançado no mês de novembro, durante a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo/SP. De acordo com a publicação, o processo resultou em crescimento anual de 3,1% da produção de etanol por hectare cultivado, ao longo de 32 anos. O diretor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Alexandre Strapasson, acredita que é preciso considerar a proporção do uso da cana-de-açúcar no Brasil para produção do biocombustível. “São quatro milhões de hectares, ou 0,5% do território nacional, muito pouco em comparação com as áreas disponíveis para agricultura”, enfatizou. Os dados oficiais são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com Strapasson, para se planejar o futuro do setor, o governo está finalizando o zoneamento agroecológico que vai disciplinar a expansão da área de cultivo da cana no País. O diretor do Mapa comentou, ainda, que 70% da expansão da cana tem ocorrido em áreas de pastagens, como acontece em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, que são os maiores produtores nacionais, com ganho em produtividade, tanto da cana-deaçúcar como da pecuária. Publicação O livro apresenta um Unica Produtividade agrícola e industrial garante expansão Levantamento foi realizado pelo IBGE e Conab panorama da cana-de-açúcar e do etanol no Brasil e em países com potencial de produção do biocombustível. ADM entra no setor sucroenergético brasileiro A gigante multinacional Archer Daniels Midland (ADM) confirmou, no início de novembro, o que já era especulado há meses: a empresa anunciou sua entrada na indústria brasileira da cana-de-açúcar, por meio de uma parceria com o Grupo Cabrera que prevê investimentos de US$ 500 milhões ao longo de sete anos. Segundo o presidente do conselho e CEO da ADM, Pat Woertz, a intenção da parceria é produzir cerca de 290 milhões de litros de etanol por ano. A ADM, uma das maiores produtoras de etanol de milho nos Estados Unidos, também produz biodiesel de soja no Brasil, nos EUA e na Europa. Aquisição da CanaVialis ilustra futuro promissor da cana A aquisição anunciada no início de novembro pela multinacional Monsanto das empresas de melhoramento genético e biotecnologia de cana-de-açúcar, CanaVialis S.A. e Alellyx S.A., ilustra o potencial e a diversificação da indústria brasileira da cana-de-açúcar. A opinião é do presidente da União da Indústria da Canade-Açúcar (UNICA), Marcos Sawaya Jank, que considera a chegada de uma das principais empresas de tecnologia agrícola do mundo ao setor sucroenergético brasileiro um fato de grande relevância. “É uma decisão que acrescenta a cana-de-açúcar à linha de produtos da maior produtora de sementes do mundo e estabelece o etanol de cana-de-açúcar como um produto com futuro garantido, pois a Monsanto só espera resultados concretos desse investimento a partir de 2016”, comentou Jank. O vice-presidente de estratégias globais da Monsanto, Carl Casale, considerou a aquisição como “uma grande oportunidade para diversificar o portfólio de tecnologias voltadas para culturas específicas e produzir inovações de longo prazo para uma cultura vital, como a da cana-de-açúcar”. Longo Prazo Sediadas no Brasil, a CanaVialis e a Alellyx são controladas pela Aly Participações Ltda. e integram o Grupo Votorantim. O negócio foi fechado em US$ 290 milhões, e descrito em nota oficial da Monsanto como um investimento voltado para os desafios de longo prazo que precisam ser enfrentados para atender à crescente demanda global por alimentos e biocombustíveis. “O objetivo é diversificar o atual portfólio e trazer inovações para esta cultura, por meio de sua experiência no melhoramento genético de plantas e em biotecnologia”, conclui a nota da empresa. Foi produzido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) em parceria com a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e a Or- ganização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). Da Redação China quer fortalecer cooperação com Brasil para produção de etanol Com um mercado que hoje consome 70 bilhões de litros de gasolina por ano, a China busca estreitar a cooperação com o Brasil para a produção de etanol de cana-de-açúcar, para reduzir sua dependência de petróleo e garantir benefícios para o meio ambiente, especialmente a redução na emissão de gases de efeito estufa. Essa é a expectativa do vice-ministro de Energia da Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional da China, Sun Qin, uma das principais autoridades energéticas do governo chinês. Ele lidera uma missão que teve como objetivo conhecer de perto o setor sucroenergético brasileiro e participar do evento “Brasil Biocombustíveis”, realizado pelo governo federal no mês de novembro, em São Paulo. Os chineses já utilizam a mistura de 10% de etanol na gasolina (E10) em cinco de suas províncias, e têm como desafio adotar o E10 em todo o território nacional. “A China deseja continuar a cooperação técnica e de negócios com o Brasil e, desta forma, fortalecer a produção e o consumo de etanol em ambos os países”, afirmou Sun Qin. Potencial “O mercado potencial da China é muito expressivo: seriam necessários 7 bilhões de litros de etanol por ano para garantir que o E10 fosse oferecido em todo o país”, afirmou o diretor-executivo da União da Indústria de Canade-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa, que acompanhou o grupo de chineses du- rante visita à Usina São João (USJ), em Araras (SP). “Para se ter uma idéia, o Brasil exportou em 2007 perto de 3,5 bilhões de litros de etanol, ou seja, metade do que a China precisaria hoje para o seu mercado interno”, comparou Sousa, ressaltando que o maior mercado de gasolina do mundo, o americano, consome 500 bilhões de litros do derivado de petróleo por ano. A delegação do ministro Sun Quin incluiu executivos da PetroChina, uma das maiores petrolíferas e distribuidoras da China, e da COFCO, o mais importante agente chinês de produção de etanol de milho e também uma das maiores importadoras chinesas da soja brasileira. Biodiesel para consumo próprio A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou no final de outubro, o projeto de lei 3.336/08, de autoria do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), que autoriza os agricultores a produzirem biodiesel para consumo próprio. A proposta que modifica a lei 11.116/05, permite ainda que as associações e cooperativas agropecuárias transformem grãos em biodiesel para uso de seus associados sem a obrigatoriedade do Registro Especial na Receita Federal. Heinze observa que a medida proporcionará redução dos custos de produção com reflexos positivos na renda do produtor e no preço dos alimentos e das matériasprimas oriundas do meio rural. “É fundamental que se busque reduzir as despesas. Fato que é importante não apenas para os produtores rurais, mas para toda a sociedade. Com um custo menor os produtores poderão gerar mais renda, empregos e ainda aumentar a produção agrícola”, explica o parlamentar. No mesmo PL, Heinze também propõe a não incidência da contribuição para o PIS/Pasep e a Cofins sobre o volume de biodiesel produzido para o consumo próprio ou do grupo de produtores associados. “Com isso os produtores rurais terão maior autonomia, isoladamente ou organizados em sociedades, para produzirem parte do combustível utilizado em suas atividades, evitando, ainda, o trânsito desnecessário do óleo das áreas rurais para as refinarias e destas, de volta para o campo”, argumenta Heinze. Tramitação O projeto que tramita em caráter conclusivo - não precisa ser apreciado em plenário - será encaminhado para as comissões de Minas e Energia; Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 4 novembro / dezembro de 2008 Cooperativismo – As vendas do setor ao exterior somaram US$ 3,13 bilhões nos nove primeiros meses do ano A s exportações diretas das cooperativas brasileiras registraram um crescimento de 27,5% no acumulado de janeiro a setembro de 2008, na comparação com o mesmo período de 2007. As vendas do setor ao exterior somaram US$ 3,13 bilhões, enquanto no ano passado totalizaram US$ 2,46 bilhões. Já o volume exportado foi de 5,63 milhões de toneladas, contra 6,48 milhões de toneladas em 2007. Os dados fazem parte de um estudo da gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC). A análise indica que a balança comercial do setor apresentou um superávit de US$ 2,71 bilhões, com crescimento de 20,46% em relação aos meses de janeiro a setembro do ano anterior. Nesse mesmo período, as cooperativas brasileiras importaram US$ 419,49 milhões. O resultado vem em conseqüência, principalmente, da comercialização dos produtos do complexo soja, do setor sucroalcooleiro e das carnes. Câmbio Conforme o estudo, os valores exportados e a cotação do dólar apresentaram comportamentos inversos. Mesmo com os desafios impostos para a exportação da produção, destacando-se a valorização do Real de 43,01% nos meses de janeiro a setembro, entre 2004 e 2008, as Koslovski afirma que Paraná vai manter produção agrícola Ocepar Apesar da estimativa de redução 3,3% na produção nacional de grãos na próxima safra, anunciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná deve repetir o bom desempenho da sua produção agrícola na safra passada. Segundo o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, com base em levantamento realizado por técnicos da Ocepar e da Faep, o Estado terá um acréscimo na área do plantio da soja de cerca de 2,5% e uma redução de 1,5% no milho, diferente do cenário brasileiro. “Mas em termos de produtividade, a soja deve melhorar, considerando que a produção da oleaginosa deve crescer 5,25% e o milho deve cair apenas 1%”, afirmou o dirigente. De acordo com o dirigente, o recuo na produção brasileira foi puxado pelo Centro Oeste, onde há uma expectativa de redução de 10% na safra de algodão e de 6% no milho. “No Centro Oeste, a atividade agrícola contava com o apoio de uma série de empresas que financiavam os produtores, garantindo a comercialização futura da safra. Em função da crise mundial, as empresas que respondiam por cerca de 40% do crédito para custeio na região, praticamente, deixaram de financiar o setor agrícola. Em função disso, o produtor está mais seletivo no que vai plantar”, disse. cooperativas registraram receitas cambiais crescentes. Porém, os impactos da crise mundial resultaram em saída de dólares do Brasil e elevações significativas na taxa de câmbio, para patamares superiores a 2,10 R$/US$-1. O estudo mostra ainda que as variações observadas nas exportações brasileiras foram superiores no primeiro período analisado (janeiro a setembro de 2005) e no último intervalo (janeiro a setembro de 2008). Contudo, nos meses de janeiro a setembro de 2006 e de 2007, as taxas de crescimento das exportações diretas das cooperativas ultrapassaram as taxas médias da economia brasileira. Da Redação Divulgação Exportações das cooperativas crescem 27,5% Setor já registrou um superávit de 2,71 bilhões de dólares Sicredi inaugura unidade em Jaguapitã A Sicredi Vale do Bandeirante inaugurou, no mês de novembro, mais uma unidade de atendimento cooperativo, em Jaguapitã, região Norte do Paraná. A cooperativa passa a contar com nove postos de atendimento (Astorga, Munhoz de Melo, Santa Fé, Colorado, Sabáudia, Pitangueiras, Prado Ferreira, Ângulo e Jaguapitã) e a expectativa é de conquistar 400 novos associados no primeiro ano de funcionamento. Desde que foi inaugurada, em 1983, a Sicredi Vale do Bandeirante apresentou uma evolução significativa nos números. No início das atividades a cooperativa contava com 59 associados e hoje já está com 6.198. O presidente da Sicredi Vale do Bandeirante, João Carlos Berlese, afirma que a presença do sistema em Jaguapitã é de extrema importância para alavancar os negócios da região. “A participação da Sicredi Vale do Bandeirante é destaque no processo de desenvolvimento dos municípios que fazem parte da área de ação da cooperativa e, Jaguapitã, pelo crescimento que tem demonstrado nos últimos anos e pelas parcerias que firmamos não poderia ficar de fora, visto que o município está entre um dos maiores, em população e arrecadação”, esclarece. Para a instalação da unidade foram investidos aproximadamente R$ 120 mil. Os produtores rurais que realizam operações relativas à circulação de mercadorias têm até o dia 31 de dezembro para solicitarem nas prefeituras de suas cidades a inscrição no novo Cadastro do Produtor Rural da Receita Estadual do Paraná. O aviso é feito pelo contador da Coopermibra - Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil, Carlos Luis Benassi. Ele explica que com esse cadastramento os agricultores vão ganhar uma identidade própria, com a inscrição estadual para comercialização da sua produção. Esse procedimento está previs- to no Decreto 1668, de 25 de outubro de 2007, e será feito sem qualquer custo para o produtor. O prazo para a inscrição deveria ter sido encerrado no dia 30 de junho, mas atendendo a uma solicitação do Sistema Ocepar, a Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná decidiu ampliar o período para o cadastramento. O CADPRO, como está sendo chamado o documento, foi criado com o objetivo de organizar um sistema de emissão de notas fiscais num cadastro único e simplificado, que visa oferecer maior transparência nas operações realizadas pelo produtor rural e o compartilhamento de informações (preservando o sigilo fiscal). Outros benefícios do sistema são o maior tempo para verificação dos dados da comercialização para o Índice de Participação do Município, o fim da apresentação da contra-nota e o reconhecimento do produtor como empresário (sem os ônus fiscais). Emater de Londrina realiza qualificação do Pronaf Grãos Agricultores familiares de Londrina, beneficiários do crédito rural Pronaf, participaram do encontro para a segunda etapa de qualificação sobre a cultura da soja, com o tema Manejo Integrado de Pragas e Doenças. Segundo o extensionista municipal Paulo Mrtvi, do instituto Emater vinculado à Seab/PR, “a reunião técnica é um dos caminhos encontrados para dar mais segurança aos agricultores familiares que cultivam soja em suas peque- nas propriedades rurais, de como melhor produzir obtendo mais produtividade, reduzindo custos de produção e, principalmente, cuidando das questões ambientais quanto ao uso de agrotóxicos”. A reunião de qualificação do Pronaf para os produtores de grãos foi realizada na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no Parque Arthur Thomas, numa promoção do Instituto Emater, SMAA, Cresol Londrina e Banco do Brasil. Coagel ganha prêmio da Bayer A Coagel Cooperativa Agroindustrial foi agraciada com o prêmio “Conquista Brasil”, outorgado pela Bayer CropScience, como “melhor distribuidora”, categoria Performance do Brasil. A Bayer classifica os seus distribuidores em três categorias: Premium, Performance e Potential. Todos os anos a multinacional faz uma avaliação dos seus distribuidores para premiar o melhor desempenho. De acordo com o engenheiro agrônomo, Gerônimo Benetore, gerente da área comercial da Cooperativa, a Coagel está classificada como distribuidor Performance e, no ano de 2007, ela ganhou em primeiro lugar o prêmio “Conquista Brasil” de melhor cooperativa do Brasil na categoria. Influência japonesa no cooperativismo é Produtor paranaense tem até 31 de tema de palestra dezembro para requerer inscrição estadual O diretor presidente da Camda, Osvaldo Kunio Matsuda, proferiu palestras na Semana de Administração da Unesp/Tupã, e na Semana de Agronomia da FAI/Adamantina, no interior paulista. O tema explanado foi sobre “A influência japonesa no Cooperativismo”, e na ocasião se discutiu os três grandes momentos da imigração japonesa neste ano em que se comemoram os seus 100 anos. O primeiro, ligado à tecnologia trazida e ao cooperativismo quando cinco anos após a vinda do povo japonês “nasce” em 1913 a Cooperativa Cotia, a Cooperativa Central Sul Brasil em 1928, a Cooperativa Agrícola Sul Brasil em 1954 e a Camda em 1965 - fundada por Mário Matsuda (atual presidente de honra). O segundo grande momento foi o projeto Prodecer, na década de 70, quando por um convênio firmado entre o Brasil e o Japão – com a Cotia e seus cooperados - houve o “desbravamento” do cerrado, com o início da expansão da fronteira agrícola brasileira e o desenvolvimento da cultura da soja no país. “Este convênio perdurou pelo menos por seis mandatos presidenciais”, disse Osvaldo Matsuda. O terceiro momento é o atual, com o acordo firmado no protocolo de Kioto, e que objetiva o etanol e o biocombustível brasileiro. Documentos O cadastro é gratuito e, para se inscrever, o produtor deve comparecer no Departamento de Tributação do seu Município com o original e a cópia de documentos como: comprovante do INCRA e ITR; contrato de Arrendamento ou Parceria, quando for o caso, registrado em cartório, exceto para área de inferior a 50 hectares (nesse caso será exigida a cópia do contrato, com firma reconhecida dos contratantes e das testemunhas); CPF e RG; e comprovante de residência atualizada e do contrato de compra e venda (quando o imóvel não estiver no nome do proprietário). Para incluir familiares como agregados (pessoa que participa da produção rural sem vínculo empregatício), o produtor deverá apresentar também o CPF e RG destes e, no caso da esposa, a certidão de casamento. Isenção do ICMS Com o cadastramento o produtor receberá o comprovante de inscrição e uma carteira de identificação do CADPRO. Essa inscrição servirá também como comprovante para a obtenção de isenção do ICMS incidente no consumo de energia elétrica rural. A partir da inscrição, a nota fiscal de produtor rural, além de acompanhar o transporte da produção comercializada, poderá ser registrada nas empresas destinatárias, dispensando assim, na maioria dos casos, a emissão da nota fiscal de entrada (a chamada contra-nota). “Os produtores associados à Coopermibra deverão procurar a Cooperativa para incluírem essa inscrição estadual também em seus cadastros de cooperados”, comenta Benassi. A partir do dia 1º de janeiro de 2009 as notas fiscais sem a inscrição estadual não terão mais validade, ou seja, quem não se cadastrar não poderá mais emitir nota fiscal de venda e transporte de produtos agropecuários e estará sujeito ao pagamento de multa sobre o valor da mercadoria que estiver em seu poder. 5 novembro / dezembro de 2008 Pecuária de Leite – Valor recebido pelo produtor em outubro teve recuo de 7,3% na comparação com setembro A queda registrada nos preços do litro de leite pagos aos produtores no Brasil nos últimos meses pode provocar desaceleração no ritmo das exportações de produtos lácteos. O alerta foi feito no início de novembro pelo assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Marcelo Martins, durante audiência pública na Câmara dos Deputados para debater a atual situação do setor leiteiro. Ele informou que o valor médio recebido pelo pecuarista em outubro foi de R$ 0,61, recuo de 7,3% em relação a setembro deste ano e de 18,9% na comparação com outubro do ano passado. “Estes preços podem desestimular os produ- tores a produzir”, afirmou Martins. De janeiro a setembro de 2008, as exportações de lácteos cresceram 160% em relação ao mesmo período de 2007, totalizando US$ 397 milhões. O assessor da CNA atribuiu a redução dos valores recebidos pelos pecuaristas de leite principalmente ao aumento da produção, que foi de 15% no primeiro semestre deste ano, e à retração do consumo de leite e derivados causada pela alta dos alimentos e do maior endividamento das famílias, o que gerou um excedente de 1,4 bilhão de litros. Para regular a oferta e garantir o abastecimento interno e a ampliação das exportações, além de recuperar os preços pagos ao produtor, Martins defendeu a adoção de medi- das de apoio à comercialização, como a liberação de R$ 300 milhões de Empréstimo do Governo Federal (EGF) para estocar 400 milhões de litros e de outros R$ 100 milhões, em Contratos Privados de Opção e Venda (Prop), para escoamento de um bilhão de litros, levando leite das principais bacias leiteiras para regiões menos consumidoras. Estas reivindicações, já feitas ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, estão em análise pelo Ministério da Fazenda. Custos Totais Segundo Marcelo Martins, a receita obtida pelo produtor atualmente cobre apenas o Custo Operacional Efetivo (COE) da atividade leiteira, que consiste nos gastos mais rotineiros (sal mineral, mão-de-obra, medicamentos, entre outros). Contudo, ele ressaltou que os ganhos obtidos com a produção não cobrem os custos totais da atividade, principalmente devido à depreciação do patrimônio, que leva à necessidade de reposição de máquinas e benfeitorias. “Se a queda continuar, a receita não vai pagar nem os custos efetivos”, disse o assessor. Ele acrescentou que a retração nos preços do leite não é exclusiva no Brasil e tem provocado quedas significativas nos valores dos produtos lácteos comercializados no mercado internacional. A tonelada do leite em pó integral, por exemplo, caiu de US$ 4,7 mil para US$ 2,9 mil, enquanto a tonelada do leite Divulgação Queda nos preços pode reduzir as exportações Receitas cobrem apenas custos operacionais em pó desnatado sofreu diminuição de US$ 4 mil para US$ 2,2 mil. O representante da CNA cobrou outras ações para estimular a produção brasileira de leite, como o fim da cobrança de PIS/Co- fins sobre rações e sais minerais, além de acordos de equivalência sanitária, habilitação de novas fábricas para exportação e continuidade das ações de combate à fraude no leite. Da Redação Artigo: Estabilização do dólar em patamares superiores A turbulência no mercado internacional continua forte, e ainda estamos muito apreensivos para ver o quanto essa crise vai atingir o Brasil. Nos parece que as commodities de alimentos serão menos afetadas que as demais. Se isso realmente acontecer, o cenário para nós, produtores brasileiros, não será tão ruim. Estamos esperando uma estabilização do dólar em patamares superiores aos que estavam antes da crise, que já é melhor para exportar e, também, serve para compensar um pouco a Levantamento vai apurar custo da produção de leite Representantes da cadeia produtiva do leite estiveram reunidos em Brasília, para discutir a qualidade do leite e os desafios para o setor. O objetivo de propor ações imediatas para a produção do leite com qualidade e adequar o produto às exigências do mercado internacional também fizeram parte da pauta do encontro. De acordo com o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, somente com a implantação das boas práticas na produção, o Brasil estará habilitado a produzir leite seguro e de qualidade, tanto para atender o consumidor brasileiro quanto para se adequar às exigências do mercado externo. “A produção de leite seguro e de Técnicos da área de Informações do Agronegócio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vão apurar, pela primeira vez, o custo da produção de leite na agricultura empresarial. O trabalho de campo será nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia em propriedades que produzam acima de 150 litros de leite por dia. Os valores vão subsidiar o governo na definição do preço mínimo estabelecido pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). qualidade é uma demanda dos consumidores em todo o mundo. O Brasil está fazendo um grande esforço neste sentido. Entretanto, alguns indicadores relacionados à composição do leite e à higiene da ordenha ainda precisam melhorar para se alcançar os padrões mínimos exigidos”, diz Vilela. Durante o encontro, os participantes propuseram ações para garantir a inclusão de produtores familiares no âmbito da melhoria da qualidade do leite, ampliar o Programa de Alimentos Seguros (PAS-Campo) para atender todo o País e motivar empresas e cooperativas de laticínios a participarem do Programa. A expectativa é que, em breve, se crie um PAS-Leite. Feileite movimenta 7 milhões em negócios A segunda edição da Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite 2008), realizada entre os dias 28 de outubro a 01 de novembro, alcançou os objetivos estabelecidos por seus organizadores. O evento, realizado no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP), recebeu mais de 15 mil visitas e gerou receita de R$ 7 milhões, apenas com os leilões e financiamentos bancários, voltados para a aquisição de equipamentos, insumos, genética e acessórios. Por funcionar como uma verdadeira vitrine da pecuária leiteira, a feira também possibilitou a prospecção de muitos negócios por parte das empresas que devem ser concretizados nos próximos meses. PR: Coasul realiza 3ª Semana do Leite Entre os dias 18 e 20 de novembro, a 3ª Semana do Leite foi promovida pela Coasul em parceria com a Tortuga Cia. Zootécnica Agrária. Três equipes de profissionais trabalharam para levar ao produtor rural - da área de abrangência da cooperativa - informações importantes sobre a criação de gado leiteiro. Os assuntos abordados foram nutrição e mineralização no gado leiteiro, temas considerados importantes, já que uma pequena diferença no manejo da produção de leite pode gerar resultados muito positivos no final. velmente, um aumento já no começo do ano que vem. O mercado mundial ainda está muito tumultuado. Estamos esperando um pouco de calma, e as pessoas voltarem a ter mais raciocínio lógico, para tomarem as decisões. Até lá, temos de aguardar o vai e vem dos preços das commodities, da bolsa de valores e do dólar. Assim, vai ser um pouco mais fácil para enxergarmos o que vem pela frente. Enquanto isso, temos de seguir firmes, reduzindo os nossos custos de produção. Autor: Renato José Beleze Presidente da Confepar Pesquisadores do IAPAR apresentam tecnologias a pequenos produtores de leite A Estação Experimental de Pato Branco do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAr) recebeu a visita de produtores de leite do sudoeste do Paraná, durante o mês de novembro. Eles foram acompanhados pelo coordenador regional de pesquisa, Alceu Luiz Assmann, e pelos pesquisadores do Programa de Produção Animal, André Finkler da Silveira e João Ari Gualberto Hill, que apresentaram tecnologias para redução dos custos de produção, uma necessidade dos agropecuaristas familiares. Reciclagem de nutrientes, consórcio (gramíneas e leguminosas) e manejo das pastagens, processo de conservação de forragens, em especial a fenação, e nutrição animal foram algum dos assuntos discutidos com os produtores. Em uma visita ao banco de germoplasma de forragens, existente na unidade desde 2002, eles conheceram as espécies mais adaptadas à região. “Quando voltei do meu curso de pós-graduação percebi aqui uma carência em informações de quais espécies de forrageiras eram mais adaptadas à região e também de quais são as mais produtivas e apresentam uma melhor qualidade nutricional para a produção animal, principalmente para a produção de leite”, explica Assmann. Segundo o pesquisador, atualmente o sudoeste do estado começa a se destacar na produção de leite à base de pasto, com uma estrutura Divulgação Qualidade do leite é debatida em Brasília queda que o leite em pó teve em dólar no mercado internacional. Com este panorama lá fora, falta ver como ficará a produção no mercado interno. Será que a safra vai vir forte? Como vai ser o comportamento do produtor com os custos dos insumos altos? E o clima? Estes elementos, junto com a exportação, é que vão definir os preços para os próximos meses. O cenário mais favorável seria se o leite não viesse tão forte, e um aumento no volume exportado. Com isto, poderíamos ter uma estabilidade de preços e, prova- de informação para a produção de forragem o ano todo, a partir da geração de tecnologias voltadas à produção desse alimento. Vários colégios agrícolas e prefeituras municipais do Paraná e Santa Catarina, de acordo com Assmann, já adquiriram mudas de forrageiras provenientes do IAPAR para repassar a produtores, beneficiando mais de mil propriedades. 6 novembro / dezembro de 2008 Pecuária de Corte – Entre as regiões pesquisadas, a maior expansão foi verificada no Paraná Custos da atividade sobem 30,56% Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária de corte apresentou alta de 1,33% em agosto, acumulando elevação de 30,56% nos oito primeiros meses de 2008. Dos dez estados que fazem parte da pesquisa, Rondônia foi o estado com a maior variação do COE neste ano, de 40,95%, seguido por Paraná (40,84%) e Pará (35,77%). As informações estão na edição de outubro dos Ativos da Pecuária de Corte, publicação elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). Vilão Segundo o estudo, o sal mineral continua sendo o item mais caro dos custos de produção da pecuária, com aumento de 92,72% no ano. A pesquisa aponta também que o Custo Operacional Total (COT) em 2008 aumentou 26,93% na média nacional. Em agosto, o COT subiu 1,56%. Entre as regiões pesquisadas, a maior expansão foi verificada no Paraná, onde os custos totais subiram 36,37%. Já a arroba do boi gordo teve valorização de 26,35% na média Brasil. O levantamento da Confederação Nacional da Agricultura e do Cepea/USP aponta que os pecuaristas de Rondônia tiveram a maior alta nos preços pagos pelo boi, que chegou a 38,51% de janeiro a agosto deste ano. AEN / PR O A arroba do boi está mais valorizada em Rondônia Da Redação Campos & Carrer: Inseminação artificial ao alcance de todos A equipe técnica da Campos & Carrer esteve na fazenda Nova Esperança, em São José do Ivaí, Paraná, propriedade do pecuarista José Carlos Moreira, para realizar mais um serviço de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IAFT). Segundo o médico veterinário e sócio-gerente da Campos & Carrer, Luigi Carrer Filho, o trabalho realizado na Nova Esperança foi excelente: “A fazenda está localizada na região do Vale do Ivaí, onde temos um clima agradável. A pastagem estava bem formada e os animais possuíam um escore corporal muito bom. Observamos cuidadosamente a parte de mineralização e sanitária. Trabalhamos com um lote de 30 novilhas Nelore, com 24 meses de idade. Todos os animais foram examinados clinicamente antes do início do trabalho, sendo apenas um descartado”, afirma Carrer. A equipe da Campos & Carrer introduziu o implante de progesterona, que garante a sincronização e induz o cio e a ovulação, além disso, o produto reduz o intervalo entre os partos, aumenta a taxa de prenhez, programa a época das parições, facilita o manejo e reduz o estresse dos animais, além de aumentar a produtividade do rebanho. Foram dez dias de trabalho, preliminarmente. Após 60 dias da IATF (Inseminação Artificial Tempo Fixo), foi realizado o diagnóstico de gestação, por meio do Toque Retal e Ultra–Som. Vale lembrar que esse serviço foi realizado mesmo sem a propriedade dispor de estrutura para Inseminação Artificial: “A Campos & Carrer oferece todos os equipamentos necessários: botijão de sêmen, inseminador, sêmen, hormonioterapia para o protocolo, médico veteri- nário e bainha. Além disso, dispomos de uma equipe especializada, o que torna o serviço acessível a todos”, lembra Carrer. Resultado Das 29 fêmeas trabalhadas, foi obtido um índice de 51,72% (15/29) em tempo fixo, ou seja, dez dias entre o início do tratamento e a prenhez. Após o diagnóstico de gestação, as fêmeas foram colocadas com o touro. Para Luigi Carrer Filho, uma das grandes vantagens do projeto é diminuir o período de estação de monta: “Se colocarmos em uma planilha de custo, podemos observar que o custo da IATF ficou menor do que a Inseminação Artificial tradicional e menor até mesmo que a monta natural”, conclui o médico veterinário. Mais informações: (43) 3324-7831 ou www.camposecarrer.com.br Divulgação Recomendações sobre bem-estar animal são publicadas no Diário Oficial O uso de transporte e manejo adequados para redução do estresse e sofrimento dos animais e a adoção de dieta satisfatória, apropriada e segura em suas diversas fases de vida são algumas das orientações da Instrução Normativa nº 56, publicada em novembro, no Diário Oficial da União. Ela representa mais um marco legal do setor e traz recomendações gerais de boas práticas para o bem-estar animal. Desde a década de 30, o Brasil atende a princípios de bem-estar animal. Um decreto, publicado em 1934, estabelece medidas de proteção aos animais, prevenindo maus tratos. Em 1950, foi criado o Serviço de Inspeção Federal, regulamentado pelo decreto 30.691/52, que cria normas para o processamento de produtos de origem animal em estabelecimentos inspecionados pelo governo federal. Mais recentemente, foi publicada a Instrução Normativa nº 3, que traz regulamentações técnicas sobre métodos de insensibilização para o abate humanitário, ou seja, procedimentos que permitem o abate evitando o sofrimento do animal. Essas regras, que estão em vigor, são referência para o setor produtivo e contribuem para o bom desempenho do País no mercado internacional. USDA aponta queda da produção mundial de carne bovina O mundo deverá produzir 58,96 milhões de toneladas equivalente carcaça de carne bovina em 2009, uma retração de 0,5% em relação às 59,25 milhões de toneladas que deverão ser produzidas este ano. As estimativas são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O USDA aponta que os ligeiros aumentos de produção esperados no Brasil, Índia e China serão “anulados” pelas quedas esperadas para a União Européia, Austrália, Argentina e Rússia. “Essa retração da produção mundial, apesar de bastante modesta, é muito bem vinda, já que em 2009 iremos colher os reflexos negativos da crise financeira, iniciada nos EUA, sobre a demanda”, avaliam os analistas da Scot Consultoria. Mais informações: www.scotconsultoria.com.br Rodrigues vai falar das tendências do agronegócio em evento do Brahman Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, confirmou sua participação e abrirá o I Congresso Brasileiro e Latino-Americano da Raça Brahman, no dia 04 de fevereiro, no Riocentro – Rio de Janeiro (RJ). Rodrigues, uma das maiores autoridades no agronegócio internacional, falará sobre as Tendências do Agronegócio Mundial com ênfase ao mercado de carne bovina, para uma platéia composta por pecuaristas e empresários ligados à cadeia da produção de pelo menos 15 países. “Ninguém melhor que Roberto Rodrigues para passar aos pecuaristas, técnicos e demais profissionais envolvidos com a produção de carne bovina a melhor mensagem sobre os rumos da economia mundial num momento de indefinições globais”, ressalta Amauri José Dimarzio, presidente da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), entidade promotora do evento. Roberto Rodrigues tem longa trajetória no agronegócio brasileiro e mundial. Além de ex-ministro da Agricultura, ele foi presidente da Organização Internacional das Cooperativas e da Sociedade Rural Brasileira. Produtor rural, Rodrigues é atualmente coordenador do Conselho Superior de Agronegócios da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas. Contato Os interessados em participar do 1° Congresso Brasileiro e Latino-americano da Raça Brahman podem entrar em contato com a empresa organizadora Fagga Eventos pelo e-mail: [email protected] ou pelo telefone (21) 3035-3100. Exportações de couros somaram US$ 1,68 bi até outubro As exportações brasileiras de couros movimentaram US$ 1,68 bilhão até outubro, registrando queda de 8% em relação ao acumulado do ano passado, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em relação aos couros bovinos, as exportações registraram US$ 1,65 bilhão, decréscimo de 8,1 % nos dez meses deste ano. A despeito da queda das vendas externas, a contribuição do setor curtidor para o saldo de US$ 20,8 bilhões da balança comercial brasileira é expressiva, representando, até outubro, 7,4% do total. “A indústria brasileira do couro continua extremamente preocupada com a queda das exportações, tanto em receita quanto em volume, fruto do longo período do câmbio apreciado, além dos já conhecidos obstáculos do Custo Brasil (altas taxas de juros, excessiva burocracia, precariedade do sistema de infra-estrutura, entre outros), agravada pela crise internacional”, adverte o presidente do CICB, Luiz Bittencourt. Para contrapor-se a este quadro, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) vem pleiteando junto ao governo o reajuste no Revitaliza (programa do Governo Federal que concede linhas especiais de financiamento a capital de giro, investimento e exportação). “A vinculação do capital de giro aos investimentos futuros transforma esse importante programa em matéria para ‘inglês ver’. O que os setores produtivos precisam, nessa época de incertezas e de crédito escasso, é de capital de giro”, defende Bittencourt. Principais Destinos No mês de outubro, os principais destinos do couro brasileiro foram a China e Hong Kong, ambos com US$ 537,5 milhões (32% de participação); Itália, com US$ 453,4 milhões (26,9% de participação); e Estados Unidos, US$ 153,1 milhões (9,1%). No período, o Vietnã foi o mercado que mais cresceu (96%), somando US$ 80 milhões. Os demais países que adquiri- ram o produto nacional foram: a Indonésia comprou US$ 59,1 milhões do produto nacional (incremento de 15%), Alemanha, que aumentou suas compras em 44%, importando US$ 35 milhões, enquanto o México adquiriu US$ 40,7 milhões, representando crescimento de 26%, e a Noruega, que importou US$ 24,6 milhões do couro brasileiro (aumento de 66%). Estados Exportadores O balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros até outubro, em comparação aos dez meses de 2007, indica que São Paulo continua na liderança estadual (US$ 519,4 milhões, participação de 31% e redução de 19%), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 447,7 milhões, participação de 26,64% e crescimento de 3%), Ceará (US$ 167 milhões, 10,21% e aumento de 42%) e Mato Grosso do Sul (US$ 93,21 milhões, 5,55% e decréscimo de 16%). Os demais estados são Bahia (US$ 88,17 milhões), Paraná (US$ 87,77 milhões), Goiás (US$ 74,23 milhões) e Minas Gerais (US$ 73,82 milhões). 7 novembro / dezembro de 2008 AgroDestaque – Paraná se destaca também na produção de frangos, suínos, bicho-da-seda e mel O s municípios paranaenses de Castro, Toledo, Nova Esperança e Ortigueira se destacam entre os líderes nacionais na produção de leite, suínos e frangos, casulos do bicho-da-seda e mel. A pesquisa com os resultados da produção municipal de 2007, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de novembro aponta que o Paraná é o maior produtor de aves e de casulos do bicho-da-seda do País, o segundo maior produtor de mel, o terceiro na produção de suínos e leite e o décimo colocado na produção de bovinos. Na Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), o município de Castro foi o campeão na produção de leite, com 135,67 milhões de litros em 2007. Nessa atividade, os municípios paranaenses de Marechal Cândido Rondon, Toledo e Carambeí se destacaram entre os 10 municípios brasileiros com as maiores produções de leite. No ranking nacional, o Estado do Paraná aparece como terceiro maior produtor de leite naquele ano (2007) com uma produção de 2,7 bilhões de litros. Essa pesquisa da produção pecuária municipal reflete a estimativa feita naquele ano, onde se levou em conta as informações das lideranças obtidas em reuniões feitas nos municípios. Na avaliação do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Valter Bianchini, o Paraná recebeu muitos investimentos na área de laticínios, mas os resultados deverão ser mais expressivos daqui para frente quando os negócios estarão mais amadurecidos. Outras Atividades Na produção de frangos, onde o Estado é confirmado como o maior produtor nacional com uma produção de 195,8 milhões de cabeças em 2007, que corresponde a 21,1% da produção nacional. Os municípios de Toledo, Piraí do Sul, Cascavel, Palotina e Dois Vizinhos se desta- cam entre os 20 municípios com os maiores efetivos no plantel avícola. O município de Toledo é o maior produtor de frangos do Paraná e o quinto no País com uma produção anual em 2007 de oito milhões de cabeças. Toledo se destaca também na produção de suínos, onde aparece em terceiro lugar no ranking da produção nacional. Em 2007, o município mantinha um plantel com 412.980 cabeças. O Paraná é o terceiro produtor nacional de suínos com um plantel de 4,73 milhões de cabeças, responsável por 13,2% da produção nacional. A pesquisa do IBGE mantém o Paraná na liderança da produção de casulos do bicho-da-seda com uma produção de 7.304 toneladas de casulos. Na listagem dos 20 municípios brasileiros com as maiores produções, todos são do Paraná. Desses, os municípios de Nova Esperança, Alto Paraná e Altônia estão entre os três maiores produtores. Divulgação Castro é o município que mais produz leite Município alcançou em 2007 a produção de 135,6 milhões de litros Outro setor que o Paraná se mantém na liderança é a produção de mel, com 4.632 toneladas produzidas em 2007. O resultado representa uma participação de 13,3% na produção nacional que atingiu 34.747 toneladas de mel produzidas no País. O município paranaense de Ortigueira é o oi- tavo produtor de mel no ranking nacional dos 20 municípios brasileiros com as maiores produções. Corte No setor de bovinos a produção paranaense se situa na décima colocação com um rebanho de 9,49 milhões de cabeças. No Paraná, houve um movimento de abate de fêmeas muito severo por causa da baixa rentabilidade da pecuária acumulada desde 2002. Os preços do boi gordo ficaram muito achatados em 2007 e os pecuaristas abateram suas fêmeas para saldar compromissos, enquanto outros liquidaram seus plantéis e saíram da atividade. Da Redação Artigo: Os Benefícios da Maturidade Econômica As notícias sobre a crise financeira internacional tomaram conta dos jornais nos últimos meses, diante da gravidade da situação econômica nos países desenvolvidos, que chega a ser comparada, com as devidas ressalvas, com a grande depressão de 1929. Bolsas de Valores despencaram, indicadores de confiança passaram a retratar um momento de preocupação, empresas passaram e enfrentar dificuldades e pacotes trilhonários de socorro foram montados às pressas - visando mitigar os efeitos perversos de uma das maiores crises financeiras da história. Paralelamente a este processo, o ano de 2008 vinha sendo marcado para o Brasil pelo forte ritmo de expansão da atividade, empregos em elevação e elevada credibilidade internacional que culminou na obtenção do grau de investimento em meio à crise. Esses fatores evidenciavam um dos maiores ciclos de crescimento da economia brasileira das últimas décadas, derivado da responsabilidade na gestão macroeconômica, do aumento da internacionalização das empresas e manutenção do tripé baseado no sistema de metas para a inflação, câmbio flutuante e metas fiscais. Contudo, a crise internacional mudou de patamar a partir de setembro, tornando impossível manter até mesmo o discurso de descolamento da nossa economia dos acontecimentos externos. Nesse ambiente, a grande questão não é saber se seremos ou não afetados pela crise, mas sim identificar o tamanho e a duração dos impactos negativos sobre a nossa economia. Até o momento, poucos indicadores apresentam sinais de retração, o que poderia manter o otimismo e a tese do descolamento. Contudo, existem fortes evidências de que empresas estão revendo projetos e orçamentos para o próximo ano, diante da piora das condições de financiamento externo e das incertezas que pairam sobre os rumos da economia. Assim, embora seja, neste momento, difícil precisar o tamanho da desaceleração da economia brasileira, é forçoso reconhecer que o quarto trimestre deste ano já mostrará que o ritmo da atividade interna sofreu alteração significativa. Por outro lado, nunca é demais lembrar que nas crises internacionais da década de 1990, originadas em países em desenvolvimento e de proporções bem menores que a atual, a economia brasileira acabava entrando em recessão no ano seguinte, o que não deve se repetir. Para 2009, enquanto o cenário para os países desenvolvidos indica um ambiente recessivo, para o Brasil – e diversos outros países emergentes – a expectativa é de uma acomodação do crescimento. Após expansão da economia superior a 5% no biênio 200708, projeta-se uma taxa de crescimento de 2,5% para o Brasil em 2009. Portanto, pode-se concluir que as informações disponíveis até o momento indicam que os efeitos deletérios advindos do exterior mudarão, de fato, o patamar de crescimento no Brasil neste e no próximo ano, contudo, sem a necessidade de pacotes mágicos, incapazes de evitar oscilações abruptas na renda e no emprego. Este é o resultado direto da maturidade macroeconômica atingida. Autor: Paulo Chananeco F. de Barcellos Neto - Diretor Adjunto de Economia e Riscos de Mercado, do Banco Cooperativo Sicredi 8 novembro / dezembro de 2008 Suinocultura – No verão o recurso se torna mais escasso e deve ser armazenado antecipadamente Embrapa alerta sobre cuidados com o uso da água O uso da água dentro do galpão também merece uma atenção especial, alguns vazamentos que parecem ser pequenos no primeiro momento, podem se transformar em perdas grandes de água com o passar dos dias. Segundo o pesquisador Júlio Palhares, quando o produtor desperdiça água, está perdendo duas vezes. “O produtor perde um recurso natural e joga dinheiro fora, a água que sai dos vazamentos poderá comprometer o manejo dos dejetos, aumentando os custos de produção. O suinocultor acaba perdendo duplamente. Por isso, monitorar a rede hidráulica é item importantíssimo”. O bom uso de bebedouros contribui para a economia deste recurso que, na época de seca é tão raro. Esses bebedouros econômicos acabam tendo um custo maior que os outros mais comuns, porém garantem menor perda de água, diminuindo o volume de dejetos e os gastos com o manejo do mesmo. Lavagem O processo de lavagem dos galpões é uma prática que também exige uma certa atenção quanto à quantidade de água utilizada. Segundo o pesquisador, esse aspecto já melhorou bastante nos últimos anos. “Há um tempo a prática de lavagem de galpões em algumas produções era feita diariamente. Hoje em dia, o pessoal só lava no final do lote, quando os animais já saíram”, explica o pesquisador. Outro aspecto importante quanto à lavagem dos galpões é o equipamento usado. Existem desde mangueiras de borracha que gastam mais água até jatos de pressão, que gastam menos. Por ser um equipamento mais sofisticado, o jato acaba tendo um custo um pouco maior, mas é o mais indicado para diminuir consumo. Ovinos Cadeia produtiva discute criação de ovinos em MS A última reunião técnica deste ano da Câmara Setorial de Ovinocaprinocultura de Mato Grosso do Sul foi realizada no final de outubro, na Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande/MS. O encontro reuniu representantes de 26 entidades para um balanço anual das atividades e a programação do setor para o próximo ano. O objetivo é de orga- nizar e impulsionar a cadeia produtiva de ovinocaprinocultura, transformando a atividade de cria em empresarial. O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), pretende treinar produtores do estado e técnicos da Agraer. Na Fazenda Modelo, da Embrapa Gado de Corte, funciona um Arranjo Produtivo Local (APL), com 130 animais, destinado à pesquisa, capacitação, transferência de tecnologia e fomento no estado. De acordo com dados do IBGE de 2005, o número de ovinos no Mato Grosso do Sul é de aproximadamente 440 mil animais, o que representa 6% do rebanho nacional. Ovinocultura anima criadores de Roraima Divulgação A Embrapa Suínos e Aves, unidade vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quer chamar a atenção dos suinocultores para os cuidados que precisam tomar com a água no início do verão, época em que esse recurso se torna mais escasso. Segundo o pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Julio Cesar Pascale Palhares, o primeiro ponto a ser destacado para que o suinocultor não tenha problemas com a falta de água no verão é a necessidade de desenvolver ações na época em que se tem água disponível. Uma opção para a escassez da água no verão é o uso de cisternas, porém elas devem ser construídas na época das águas e não na chegada do verão. “A cisterna feita na época da seca só vai gerar resultado na próxima seca, porque para a atual não tem mais chuva”, explica Júlio Palhares. A limpeza dos galpões exige atenção diferenciada Esses são alguns pontos focais no manejo dos suínos que podem ser atuados de maneira positiva na conservação da água. “Um bebedouro eficiente, uma rede hidráulica bem monitorada, vai diminuir o volume de captação de água, essas relações são difíceis de serem vistas pelos pro- dutores, mas são coisas simples que podem ser feitas e que vão dar resultado eficiente” explica Júlio Palhares. A conservação da água não demanda custos, mas sim conhecimento. Além desses cuidados já citados, é importante preservar a vegetação e os rios. A legislação determina que todas as nascentes devam possuir um raio de 50 metros de vegetação ao seu redor. Da mesma forma, é importante conservar a mata ciliar que colabora com a conservação da água nos rios. Cumprir a legislação e principalmente o Código Florestal é importante. Da Redação Queda de 30% no preço pago ao produtor assusta suinocultores Os preços dos suínos vivos pagos aos produtores tiveram queda de 30%, no final de outubro e início de novembro, surpreendendo os suinocultores, que não encontram razões que justifiquem esse comportamento em período tão curto. Na avaliação do presidente da Comissão Nacional de Suinocultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Simplício Lopes, “a receita do produtor ficará igual ou abaixo dos custos de produção, retomando o quadro de crise que atingiu o setor há dois anos”. Ele explica que, enquanto os suinocultores têm recebido remuneração menor, as exportações de carne suína, em valores, vêm registrando aumentos significativos. Segundo ele, em setembro, as vendas externas tiveram incremento de 63,33% em comparação ao mesmo mês de 2007. Segundo Simplício, as exportações de carne suína somaram US$ 1,18 bilhão, no acumulado de 2008, com expansão de 38,11% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 12 meses, entre outubro de 2007 e setembro de 2008, a variação das vendas externas do segmento foi de 33,41% em relação ao período anterior, mantendo perspectivas favoráveis para 2008. “A desvalorização recente do real implicou em maior remuneração aos exportadores brasileiros. Por que o suinocultor tem de arcar sozinho com esta queda de preços?”, questiona Renato Simplício, que também é 1º Vice-Presidente da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (FAPE/DF). Medidas “Diante de dados tão positivos e perspectivas otimistas das exportações, não tem sentido os suinocultores conviver com estas quedas exacerbadas”, acrescenta o vice-presidente da CNA. Na sua avaliação, com esta conjuntura, o produtor “perderá o que vinha recuperando de crises anteriores vividas pelo setor”. Para reverter esta situação, ele defende a adoção de mecanismos que evitem distorções na cadeia produtiva de suínos, para evitar que os produtores, que são tomadores de preços, não tenham a sua remuneração afetada pela queda dos preços pagos pelo suíno vivo. “Os preços caem de uma vez e demoram semanas ou meses para se recuperarem”, afirma o presidente da Comissão Nacional de Suinocultura. Divulgação Manejo nutricional incorreto traz prejuízos para os ovinos, afirma especialista A criação de ovinos ganhou impulso nos últimos dez anos, em Roraima. Os criadores do estado perceberam que investir nesses rebanhos pode ser um bom negócio. A matemática é simples: o tempo de abate do carneiro é menor, enquanto o preço da carne no mercado é maior que o da bovina. E os gastos com alimentação e manuseio não se diferenciam de outros rebanhos. Segundo o presidente da Associação de Criadores de Ovinos de Roraima, Manoel Leopoldo Filho, a espera pelo abate dura cerca de dois anos no caso dos bovinos, enquanto para o ovino o ponto ideal é com seis meses. “E o quilo da carne de carneiro, no estado, varia entre 12 e 14 reais, independente do corte. Ao contrário do gado, que tem um preço diferente para cada corte. Na prática, o faturamento com a criação de carneiros pode ser até dez vezes maior em comparação com o rebanho bovino”, garante. Mas os bons ventos no setor não vêm soprando por acaso. Leopoldo ressalta a importância do trabalho em conjunto entre a Embrapa e a Associação de Criadores, que contribui bastante para a expansão do rebanho ovino em Roraima, com a aquisição de reprodutores e matrizes de alta linhagem, que permitem melhoramento genético dos animais. Falta de Dados A raça Santa Inês é a mais difundida, existindo em menor número exemplares de Dorper, Barriga Negra. Não existem estimativas oficiais sobre o rebanho ovino de Roraima, mas se calcula em 30 mil cabeças. Também não existe, no estado, um abatedouro com as especificações sanitárias adequadas. Por isso, por enquanto, a carne é voltada apenas para consumo interno e não passa por inspeção rigorosa. Um risco para a população. Mas o presidente da Associação vislumbra um cenário diferente para 2009, quando deve ser liberada verba do Governo Federal para a construção do abatedouro. O médico veterinário Ramayana Menezes, pesquisador da Embrapa Roraima, confirma que os criadores estão investindo nas instalações, manejo e alimentação do rebanho. “Eles participam com entusiasmo das capacitações que oferecemos, mas ainda falham na gestão da propriedade. E não fazem o registro dos nascimentos e dos custos de produção”, lamenta. A zootecnista Soraia Marques Putrino, gerente de P&D do grupo Evialis no Brasil, levanta um tema preocupante para a ovinocultura brasileira. Segundo ela, “grande parte dos criadores não oferece nutrição adequada para seus animais”. Com isso, o desempenho dos animais destinados ao abate cai, ocorrendo menor ganho de peso, conversão alimentar, falta de cobertura de gordura adequada, além de menor desempenho reprodutivo e deficiência na produção de leite para as crias. Outra conseqüência é que eles ficam mais susceptíveis a doenças de origem metabólica ou por baixa imunidade. “Uma nutrição deficiente pode fazer com que a produtividade seja reduzida a ponto de inviabilizar economicamente a criação”, ressalta a gerente. Problemas Alguns problemas metabólicos que podem ser listados: a acidose, que em geral é ocasionada devido à falta de volumoso na dieta; a urolitíase em ovinos, também causada pela deficiência de volumoso e/ou desequilíbrio de minerais na dieta. Além disso, fêmeas no estágio final de gestação que estão super ou sub-nutridas, podem adquirir a toxemia da prenhes. “Os erros com relação ao manejo nutricional predominam. E, na verdade, quando feita corretamente é a melhor forma de prevenir e solucionar alguns problemas como esses que acontecem com tanta freqüência no campo”, enfatiza Soraia Putrino. A nutrição de ovinos, assim como de outras espécies deve estar baseada nas exigências nutricionais de cada categoria animal, que variam de acordo com o peso, idade, raça, sexo e fase da vida – crescimento, engorda, gestação e lactação. Maiores Exigências O animal jovem, em fase de crescimento, por exemplo, tem maiores exigências de proteína em relação ao animal adulto, já que possui acentuada deposição muscular. As exigências de proteína tam- bém são mais elevadas para fêmeas em terço final de gestação – cordeiros ganham até 70% do seu peso no nascimento -, e lactação em relação às fêmeas em manutenção. Já as exigências de energia são maiores na fase de deposição de gordura como animais em terminação; e, mais uma vez, as fêmeas em terço final de gestação têm maiores requerimentos energéticos em relação às que estão na fase de manutenção. Para o suprimento da proteína e energia requeridas em algumas fases da vida do animal, é fornecido o alimento concentrado. O tipo de concentrado e a quantidade a serem fornecidos dependem da qualidade do volumoso que os animais têm à disposição. E assim como a deficiência de nutrientes pode comprometer a produtividade animal, o excesso pode causar o mesmo efeito. O excesso de energia, por exemplo, eleva o acúmulo de gordura que pode comprometer a performance de animais destinados à reprodução. 9 novembro / dezembro de 2008 Fruticultura – Encontro técnico foi realizado pela Emater, em Andirá, na região Norte do Estado A bananicultura do Paraná conta desde o mês de novembro, com uma nova cultivar a ser plantada, comercializada e consumida. É a BRS Conquista, apresentada em Andirá para 85 participantes convidados, integrantes da cadeia produtiva e dirigida principalmente para a agricultura familiar por suas características de resistência às doenças, elevada produtividade e redução nos atuais custos de produção da banana cultivada tradicionalmente. A solenidade de apresentação ocorreu no Cine Teatro São Carlos, conduzida pelo extensionista, engenheiro agrônomo Élcio Félix Rampazzo, coordenador macroregional do Projeto Frutas do Emater, instituto estadual oficial vinculado à SEAB/PR. Os participantes do encontro também foram recebidos por Eliazar Vivot Dias, em Itambaracá para visitação de 55 plantas na unidade demonstrativa, com mudas aclimatadas em 25 de janeiro de Setor de máquinas agrícolas cresce 16,6% Os dados sobre o desempenho da indústria de máquinas agrícolas até novembro mostram que o setor vai encerrar o ano atingindo suas expectativas. As vendas de máquinas agrícolas somaram 4,3 mil unidades em novembro de 2008, o que representa uma queda de 21,2% em relação a outubro e um crescimento de 16,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado dos primeiros onze meses do ano, foram vendidas no mercado interno 50,8 mil máquinas agrícolas, volume 42,8% maior que o registrado em igual intervalo de 2007. Na realidade, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) fez pequena revisão para cima no volume de vendas em 2008. A entidade projeta agora que as vendas internas de máquinas agrícolas irão crescer 40% em 2008, para um total de 53,8 mil unidades. Anteriormente, a projeção era de 53,1 mil unidades e alta de 38,6%. 2007 e plantio em 22 de fevereiro, com início da colheita da primeira produção em 15 de abril de 2008. Na oportunidade o pesquisador Luadir Gasparotto, responsável pelo projeto de geração da cultivar, destacou o trabalho desenvolvido no campo experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus/AM, e assegurou ainda que ela estará disponível em mudas microprogadas, pela SBW do Brasil Agrifloricultura, de Holambra, São Paulo, a partir do primeiro semestre de 2009. Vantagens Dentre os aspectos potenciais da nova banana estão o sabor peculiar agridoce pelo equilíbrio entre açúcares e ácidos, casca fina, coloração amarelo claro, polpa de coloração creme, aroma proeminente e agradável, como comprovou o menino Lucas Braga, de 9 anos, convidado pela comissão organizadora para saborear o primeiro fruto dos ca- chos colocados para degustação dos visitantes. Mesmo variando em tecnologias adotadas nas diversas regiões produtoras a média dos resultados pode ser de fruto pesando 90g, cacho de 29kg, 326 frutos por cacho, 13 pencas por cacho, pencas de 2,25kg e alta resistência ao despencamento. Do plantio à emissão de cacho, no Paraná, leva 360 dias (de fevereiro a dezembro), de 8 a 9 folhas viáveis na colheita e produtividade média de 30 toneladas por hectare no segundo ano de produção, com 1,6 mil plantas por hectare no espaçamento de 3,0m x 2,0m. O plantio pode ser efetuado em qualquer época do ano, quando irrigado e em diferentes tipos de solo e seu desenvolvimento em unidades demonstrativas no sul onde as áreas estão sujeitas a geadas, tem sido satisfatório. Sigatoka O maior destaque da cultivar BRS Conquista, se- Técnicos africanos participam de curso sobre frutas tropicais na Embrapa No mês de novembro, na Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das Almas/BA) foi realizado o IV Curso Internacional sobre Produção de Frutas Tropicais. O treinamento tem o objetivo de oferecer aos técnicos de países africanos de língua portuguesa (Palop) a oportunidade de aperfeiçoarem seus conhecimentos sobre técnicas de produção e póscolheita de frutas tropicais sob condições de agricultura familiar e empresarial. “De volta a seus países, eles serão multiplicadores e vão poder contribuir para o desenvolvimento da fruticultura, em especial do abacaxi, acerola, banana, citros, manga e maracujá”, explica o pesquisador Domingo Haroldo Reinhardt, articulador internacional da Unidade. Aspectos socioeconômicos e estatísticos na fruticultura, recursos genéticos e melhoramento, manejo do solo, nutrientes e água, controle de pragas e doenças, sistemas integrados de produção, manejo dos frutos na colheita e pós-colheita e formas de processamento fizeram parte dos principais temas da programação de quatro semanas. Além das aulas teóricas, foram realizadas excursões regionais e visitas a produtores, campos de produção de mudas e unidades de processamento de frutas. Parceria O curso é resultado de um acordo de cooperação técnica entre Brasil e Japão, assinado em 2001. Seis cursos similares já foram realizados até 2007 – três sobre frutas tropicais e três sobre mandioca, capacitando 85 técnicos. O acordo prevê mais três cursos até 2011. Participam funcionários de instituições de pesquisa e extensão de Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Moçambique. Pela primeira vez em sete anos, três vagas foram ocupadas por brasileiros, cujas despesas não são cobertas pelos organizadores. Os órgãos parceiros da Embrapa na execução do acordo são a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, e a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica), principal agente financiador. Pêra é uma nova opção no Semi-Árido A pêra pode se estabelecer como alternativa de plantio comercial nas áreas irrigadas do submédio do Vale do São Francisco, clima quente e com pequenas variações ao longo do ano. A Embrapa Semi-Árido realiza estudos para superar a necessidade de frio que a pêra requer nas áreas onde é cultivada. Assim como aconteceu com a uva, há cerca de 30 anos, as pesquisa buscam formas de manejo das pereiras e sua adaptação às condições ambientais do sertão nordestino. De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo Roberto Coelho Lopes, bons resultados ampliaram os objetivos da pesquisa. Inicial- mente eram duas variedades testadas, atualmente são 18 novas cultivares, dentre elas algumas das mais cultivadas e comercializadas mundialmente. Se até meados de 2009, for comprovada a viabilidade desses novos materiais, o pesquisador acredita que terá um bom indicativo para recomendar o plantio de pêra nas áreas irrigadas do Submédio do Vale do São Francisco. A pêra é a terceira mais consumida e mais importada pelo Brasil, entre as frutas de clima temperado. O consumo atual é de mais de 150 mil toneladas. A produção nacional anda é insignificante e não alcança sequer 10% do total consu- mido. As áreas cultivadas estão concentradas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo e as colheitas acontecem entre os meses de fevereiro a maio. O agrônomo considera favorável o mercado de pêras no Brasil. A demanda atual pode crescer e chegar a 300 mil toneladas ao ano, desde que a cadeia produtiva em torno da cultura abasteça o mercado com frutos de qualidade e preços competitivos. Diversificar as opções de cultivo no Submédio é uma estratégia inteligente para chegar ao mercado com oferta de várias frutas em épocas diferentes do ano, explica. Emater BRS Conquista é apresentada aos paranaenses Produtores assistiram palestras técnicas sobre a nova variedade gundo Gasparotto é a sua alta resistência as doenças Sigatoka-amarela e Sigatoka-negra, além da resistência completa ao Mal-de-Panamá. Qualidades essas que vão permitir a fácil propagação como alternativa frutícola na diversificação agrícola da pequena propriedade rural, destaca o extensionista Rampazzo. “Esta nova cultivar deverá ter seu consumo recomendado como banana Conquista, sem confundir o consumidor porque não é e nem veio substituir a banana maçã. É, sem dúvida, um produto diferenciado e pode ser produzida sem ou com o mínimo de agrotóxicos, ideal para os bananicultores enquadrados na agricultura familiar”. Da Redação Bahia é sede de encontro para garantir sanidade na fruticultura Com o segundo maior pólo de fruticultura do país, localizado no município de Livramento de Nossa Senhora, a Bahia foi sede do 7º Encontro Estadual de Moscasdas Frutas. O evento, realizado no mês de novembro, na cidade de Rio de Contas, a 612 quilômetros de Salvador, na Chapada Diamantina, teve como objetivo capacitar profissionais da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e de outras agências de defesa dos estados do Rio Grande do Norte, Céara e Pará, contra a entrada da Mosca-da-carambola. A praga é originária da Malásia e atualmente foi detectada no estado do Amapá, atingindo frutas de todas as espécies, inviabilizando a comercialização e exportação. De acordo com o coor- denador do Programa de Mosca-das Frutas, da Adab, Raimundo Sampaio, a praga precisa ser combatida por ser uma ameaça à fruticultura nacional. “Caso a praga chegue a Bahia, vai atingir principalmente a manga, fruta que tem a segunda maior produção do Brasil. A mosca-da-carambola pode causar a perda de até 70% da produção e aumentar o uso do agrotóxico, além de impedir a exportação da manga para países como Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Japão e Europa”, explicou Sampaio. O coordenador do programa avalia que o encontro é uma forma de proteger o agronegócio baiano sendo que 90% da área cultivada por manga na região de Livramento de Nossa Senhora é explorada pela agricultura familiar. “É importante cuidar da fruticultura para garantir uma maior sanidade do produto”, ressaltou. Presenças Durante o encontro, foram realizados treinamentos, aulas teóricas e práticas de laboratório, ministradas por técnicos da Adab, órgão que gerenciou o encontro, e pela coordenadora nacional do Programa de Mosca-das frutas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Maria Júlia Goddoy. A finalidade é criar uma equipe de emergência atuante no combate. O evento teve também as presenças de representantes da Biofábrica Moscamed, empresa que atua no monitoramento de pragas, e do diretor do Instituto Agronômico Nacional do Paraguai, Miguel Blanco. 10 novembro / dezembro de 2008 Avicultura – Um dos objetivos é estimular o crescimento da atividade no Estado C om o objetivo de fortalecer a atividade avícola no Estado, os produtores de aves de Mato Grosso do Sul criaram no mês de novembro, na sede da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) a Avimasul (Associação dos Avicultores de Mato Grosso do Sul). A economista da Famasul, Adriana Mascarenhas, assessorou todo o processo de estruturação da Avimasul desde o início do Projeto. Adriana afirma que o momento é muito propício para a criação da Avimasul, porque o cenário econômico para a produção de aves é favorável para o Brasil. “Apesar da crise mundial a avicultura vem crescendo e provavelmente não sofrerá grandes impactos como outros setores já estão sofrendo. As expectativas para esse setor em 2009 são muito boas e por isso a criação da associação nesse momento é muito importante”, declara Adriana. Números Segundo dados divulgados pela Abef (Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango) entre janeiro e outubro deste ano as exportações de carne de frango totalizaram embarques de 3,1 milhões de toneladas, registrando um crescimento de 17% na comparação com o mesmo período de 2007. Nesses 10 meses de 2008, a receita cambial somou US$ 6 bilhões, o que representa um aumento de 54%. A produção de carne de frango em Mato Grosso do Sul equivale a 3,6% da produção nacional. Somente este ano já foram produzidas cerca de 118.177.908 Kg de Frango. Adriana analisa que houve um crescimento, mas ele ainda foi pequeno perto de outros estados. Os avicultores acreditam que com a criação da Avimasul será possível levar as demandas do setor para o governo fazendo com que esse setor cresça em MS. A alta carga tributária e o alto custo de energia elétrica para a atividade são fatores que sempre prejudicaram o setor. Com a associação, as expectativas são de que essas questões possam ser resolvidas mais rapidamente. AEN / PR Produtores criam associação em MS Criadores querem amenizar custos com a atividade Da Redação Copacol participa da 13ª Festa do Frango Comitê Sanitário da Unifrango realiza reunião outubro, a Cooperativa também mencionou o reconhecimento de estar entre as 150 melhores empresas do País para se trabalhar e expôs com imagens e embalagens, os seus diversos produtos à base de frango, reconhecidos no Brasil e no mundo pela qualidade e sabor. Ainda no estande, os convidados puderam conhecer um pouco mais sobre o novo negócio da Copacol: a piscicultura. Premiação No sábado, dia 22 de novembro, a Cooperativa entregou o Prêmio de Qualidade na Propriedade Rural para 45 avicultores integrados. Para cuidar de um aviá- rio, é preciso dedicação. Manejo de equipamentos, manutenção, arborização e preservação do meio ambiente, são algumas das atividades que precisam ser realizadas pelos avicultores. Segundo o presidente da Cooperativa, Valter Pitol, essa premiação é realizada com o objetivo de incentivar os avicultores a manter a qualidade na produção de frangos e também nas propriedades rurais. “Somos uma empresa global e precisamos produzir com eficiência e qualidade nossos produtos para sermos competitivos no mercado, e os produtores tem papel fundamental nesse processo”, salienta Pitol. Coopermibra apresenta resultado do milho BT Agricultores associados a Coopermibra - Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil, conheceram no final de outubro, os resultados do cultivo do milho BT Yeldgard, o transgênico resistente à lagarta. A apresentação, promovida pela Agroeste, foi feita em duas, das oito propriedades rurais do município de Campo Mourão que adquiriram a semente na Cooperativa e cultivaram áreas experimentais e até mesmo comerciais com a variedade AS-1551. “Os resultados estão surpreendendo os produtores”, afirma o engenheiro agrônomo Fábio Cesar Debortoli, da Agroeste. “Temos 100% de satisfação”, destaca ao falar sobre a diferença entre o milho convencional e o transgênico, plantados na mesma época e mesma área. “A diferença é nítida. No milho convencional, apesar de já terem sido feitas de três a quatro aplicações, as lagartas continuam atacando as plantas. Já no milho BT, mesmo sem nenhuma aplicação, as plantas estão intactas”, conta. Quem comprovou pessoalmente essa diferença foi o produtor Odilson Alvaristo. “Vou plantar esse milho na próxima safra”, afirmou ao falar das vantagens que observou no experimento. Além de reduzir os riscos de contaminação ambiental e humana, o produtor ainda economiza na compra de inseticidas e em todo o processo de aplicação, que envolve gastos com combustível, mão-de-obra, desgaste do maquinário e outros. “No final, essa economia compensa o custo maior da semente”, diz Alva- risto ao citar ainda que: “Outra vantagem é que a lavoura não sofre com o ataque da lagarta”. Produtividade De acordo com Debertoli, por não ser atacado pela lagarta, a média de produtividade do milho BT deverá ser de 8% a 10% maior do que as variedades convencionais. “Em resumo o milho BT Yeldgard, proporciona menor custo de produção e maior produtividade”, salienta lembrando que muitos produtores deverão optar por essa nova tecnologia para a safrinha. Debertoli cita ainda que a Coopermibra foi uma das primeiras a repassar a semente do milho BT para seus cooperados na região de Campo Mourão e deverá ser a primeira a oferecer o produto para a safrinha. Brasil restabelece exportação carne de frango in natura para a China O Brasil restabeleceu a exportação de carne de frango in natura para a China e está concluindo as negociações para o comércio de carne suína, anunciou, no início de dezembro, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. A retomada do comércio, segundo ele, atende a uma reivindicação do setor produtivo, sendo significativa para o País, devido à capacidade de consumo do mercado chinês. Principais compradores de produtos agropecuários brasileiros, os chineses farão, inicialmente, negócios com 24 abatedouros localizados em oito estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso Sul, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. As negociações ocor- reram, em Pequim (China), entre o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, e o vice-ministro de Administração, Quarentena, Supervisão e Inspeção da República Popular da China, Wei Chuanzhong. No caso da carne de frango in natura, o restabelecimento do comércio é imediato, validado pelas duas autoridades. No final de outubro, foi realizada uma reunião extraordinária do Comitê Sanitário da Unifrango. O encontro, no Hotel Deville, em Maringá/PR, contou com a presença de representantes de dez empresas associadas (Averama, Frangos Canção, Coroaves, Frangos Pioneiro, Avenorte, Avícola Felipe, Granjeiro, Frango Seva e Avebom), além de participantes não-associados (Fort Dodge, A.B.Araujo, Suiaves e Farmabase). Os temas em discussão nas palestras foram: “Coccidiostáticos e Promotores”, com o palestrante Alexandre Zochi, abordando questões do uso de promotores de crescimento em frango de corte, drogas versus mercado internacional, farmacologia e qualidade intestinal; “Lavagem e Desinfecção de Aviários”, referente à limpeza, lavagem, desinfecção de aviários e biossegurança; e “Monitoria e Diagnóstico”, uma mesa redonda sobre doenças em frango de corte, coordenada pelo representante do Abatedouro da Coroaves, Aníbal Cardoso. Segundo Cardoso, que atua na área de gerência de fomento da Coroaves e coordenou a reunião do Comitê Sanitário, “os temas tratados são de extrema importância para a atividade, abordando de forma ampla assuntos como questões sanitárias, avaliação, comparação de resultados, verificação de problemas e soluções comuns”, disse. Pesquisa em doenças aviárias integra o Programa da SDA Desenvolver pesquisas de interesse comum entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Com esse objetivo, o professor Carlos Tadeu Pippi Salle se inscreveu no programa Defesa Agropecuária: Mais Ciência, Mais Tecnologia. O investimento de R$ 120 milhões para financiar pesquisa e desenvolver ações de defesa agropecuária no País, até 2010, foi disponibilizado pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O professor Carlos Tadeu é doutor em Veterinária e trabalha no Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Patologia Aviária (CDPA) da UFRGS. Com o projeto, pretende transformar o CDPA num parceiro do Mapa para oferecer tecnologia para o sistema de avaliação de risco de doenças, além de auxiliar no diagnóstico de doenças aviárias e promover o treinamento de recursos humanos. “Essa parceria com universidades já ocorre nos países desenvolvidos e é muito bem aproveita- da na resolução dos problemas na área de defesa agropecuária”, explica. Centros O projeto apresentado pelo Professor Carlos Tadeu concorre aos recursos da linha de ação nº 4, do programa Defesa Agropecuária: Mais Ciência, Mais Tecnologia, que objetiva formar centros colaboradores em defesa agropecuária. Outras três linhas de recursos estão previstas: capacitação de recursos humanos, projetos de pesquisa científica e tecnológica e estruturação e implantação de redes de pesquisas científicas. Produção de carne de frango fica próxima do milhão de toneladas Levando em conta a produção anterior de pintos de corte e o resultado das exportações de carne de frango em outubro passado, a APINCO estimou que no décimo mês do ano foram produzidas no País 990.463 toneladas de carne de frango, volume 11,11% e 6,90% superior aos registrados, respectivamente, em outubro de 2007 e em setembro de 2008. Também foram superadas – em 4,7% - as 945.515 toneladas alcançadas em dezembro de 2007 e, por essa razão, o volume produzido em outubro último corresponde a um novo recorde do setor. Com esse resultado, o volume de carne de frango produzido entre janeiro e outubro de 2008 ultrapassa ligeiramente os 9 milhões de toneladas, sendo quase AEN / PR A Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata), participou da 13ª Festa do Frango promovida pela Prefeitura de Cafelândia entre os dias 20 e 23 de novembro, com o objetivo de integrar as famílias de associados, de colaboradores e da comunidade em geral. A Cooperativa conta hoje com cerca de 4,5 mil associados e mais de 6,5 mil colaboradores diretos. Segundo os organizadores, mais de 30 mil pessoas, entre moradores da cidade e de localidades vizinhas, visitaram o evento. Neste ano, o estande da Copacol contemplou informações sobre os seus 45 anos de fundação. Além do aniversário comemorado em 7% superior ao registrado no mesmo período de 2007. Correspondendo a uma produção média mensal de 905,8 mil toneladas, a produção atual projeta para a totalidade do ano volume da ordem de 10,870 milhões de toneladas, 5,5% a mais que o produzido no ano passado. Estimativas O mais provável, no entanto, é a produção do corrente bimestre (o último do ano) aproximar-se dos 2 milhões de toneladas. E, neste caso, a produção anual de carne de frango deve superar (embora ligeiramente) os 11 milhões de toneladas, aumentando pelo menos 7% em relação ao ano anterior. Nos 12 meses encerrados em outubro passado a produção brasileira de carne de frango já somou quase 10,9 milhões de toneladas, um volume 7,69% superior ao alcançado no mesmo período anterior. As informações são da AviSite. 11 novembro / dezembro de 2008 Grãos – Valor sugerido pela Conab é insuficiente, apontam produtores e representantes de cooperativas Preço mínimo do milho não cobre custos e de R$ 14 para R$ 19 no Nordeste. Durante a audiência, o superintendente da Conab disse ainda que existe a intenção de dar aos produtores a opção de compra de 2 milhões de toneladas de milho. Os agricultores poderiam, assim, vender essa produção para o governo ou para o mercado. aporte extra de R$ 1 bilhão para garantir a comercialização dos produtos. Apesar da disposição do governo em apoiar os Recursos De uma forma geral, o governo pretende, em 2009, reservar R$ 2,5 bilhões para a política de garantia de preço mínimo dos mais diversos produtos da agricultura brasileira. A proposta orçamentária do próximo ano já contempla R$ 1,5 bilhão para essa finalidade, segundo o coordenador-geral de Cereais e Culturas Anuais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Silvio Farnese. No entanto, como essa proposta foi elaborada antes da crise financeira mundial, o governo espera agora que os parlamentares aprovem um produtores de milho, o analista econômico do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Robson Mafioletti, Feijão: Preço sobe para consumidor e cai para produtor Uma contradição nos preços do feijão é motivo de preocupação de produtores e consumidores do grão em Goiás. Segundo levantamento da Gerência de Estudos Técnicos da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (FAEG), o preço do produto pago ao produtor caiu na comparação com outubro e para o consumidor houve aumento de preço. Em outubro, a saca custava R$ 130, e em novembro a mesma saca de 60 kg já custa R$ 90. Segundo os dados da Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação da Secretaria de Planejamento de Goiás, o preço do feijão no varejo teve alta de 7,21% no varejo e atualmente custa em média nos supermercados de R$ 3,80 a R$ 3,90 o quilo. O analista de mercado da FAEG, Pedro Arantes, afirma que o feijão que está no mercado é de excelente qualidade, pois foi produzido a partir de irrigação com pivôs. “A culpa dos preços altos não é produtor, que por sinal está recebendo menos por quilo. Há algo de errado”, ressalta. Conselho do Consórcio Brasileiro de Café se reúne no IAPAR Com tradição na pesquisa sobre café, o IAPAR foi a primeira instituição a acolher uma reunião do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBP&D/Café) fora de Brasília, no mês de novembro, destacou o diretor-presidente do instituto, José Augusto Teixeira de Freitas Picheth. Definir um plano estratégico, fortalecer os laços entre as entidades participantes, conhecer e incentivar as pesquisas na área foram alguns dos temas em pauta no 10º encontro do conselho que, a convite de Picheth, aconteceu no IAPAR. A idéia de se descentralizar a reunião teve a aprovação do gerente geral da Embrapa Café e coordenador do consórcio, Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca: “Esse método proposto pelo IAPAR foi mui- que participou da audiência, representado a OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras, sugeriu um preço mínimo maior, de R$ 19,06, Divulgação A crise vivida pelos produtores de milho no País, desencadeada pela queda nos preços do cereal, estoques elevados e redução na exportação do produto, esteve em discussão na segunda quinzena de novembro, durante audiência pública promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em Brasília. Além de analisar as causas que desencadearam a crise, deputados, representantes de cooperativas e do governo federal debateram sobre algumas medidas para combater o problema. Uma delas é o aumento do preço mínimo da saca do grão em 2009. A proposta apresentada pelo superintendente de Gestão da Oferta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Carlos Eduardo Cruz Tavares, é aumentar o preço mínimo de forma regionalizada. O valor da saca passaria de R$ 14 para R$ 16,50 no Sul e no Sudeste; de R$ 11 para R$ 13,20 em Mato Grosso e Rondônia; to produtivo”, afirmou. Também estiveram presentes o chefe do Departamento de Café da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), Ramiro do Amaral; o presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Baldonedo Arthur Napoleão; a diretora do Núcleo de Pesquisa do Centro de Café do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Terezinha de Jesus; o diretorpresidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Gilmar Gusmão Dadalto; e o professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Laércio Zambolim. Consórcio O CBP&D/Café é uma congregação de institui- ções de pesquisa e desenvolvimento que tem por objetivo dar sustentação tecnológica ao agronegócio do café no Brasil, no sentido de expandir e consolidar a capacidade de identificação de problemas e geração de alternativas tecnológicas. Foi criado em março de 1997 por dez instituições brasileiras de P&D do café – EBDA, Embrapa, Epamig, IAC, IAPAR, Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa/DCAF), Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro), Universidade Federal de Lavras (Ufla) e UFV, e com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) como instituição coordenadora. para a saca do milho produzido no Paraná. “O valor de R$ 16,50 proposto pela Conab está abaixo dos custos de produção, que é estima- Fórum sobre seguro rural reúne governo, seguradoras e produtores Quase metade das operações com seguro rural no País são feitas por produtores paranaenses. E é a partir do Paraná que começa um esforço articulado para modernizar a legislação que regula o setor, ampliar as modalidades de seguro hoje oferecidas, e, conseqüentemente, massificar a adesão dos produtores. Um seminário reuniu na segunda quinzena de novembro, em Curitiba, representantes das seguradoras, governos, produtores rurais, pesquisadores e profissionais de mercado. O Seminário “Risco, Desenvolvimento e Seguro Rural” buscou identificar gargalos e pontos de convergência para impulsionar os ainda baixos índices do seguro agrícola no Brasil. O fórum foi promovido pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Instituto de Economia (IE) da Unicamp. Além de técnicos das instituições citadas acima, participaram do debate especialistas dos Ministérios da Agricultura e Fazenda, Secretaria da Agricultura do Paraná (SEAB), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). do pela própria Conab em R$ 19,06/saca de 60 kg. A atuação do governo será de- cisiva para enxugar a oferta e sinalizar preços”, afirmou. Da Redação Embrapa recebe R$ 7,8 milhões por sementes de soja transgênica A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) recebeu no dia 20 de novembro, sua parte dos direitos de propriedade intelectual pela venda [royalties], na última safra, de variedades de soja geneticamente modificadas, desenvolvidas em parceria com a empresa Monsanto. Este ano foram R$ 7,8 milhões destinados à estatal, mais que o dobro recebido no ano passado (R$ 3,2 milhões). A sede do Centro nacional de Pesquisa da Soja da Embrapa é em Londrina. O diretor-executivo da Embrapa, José Geraldo França, explicou que o convênio para desenvolvimento dessas variedades de soja tiveram início em 2000, mas as sementes só foram colocadas no mercado em 2005. “O importante é que esse dinheiro está ajudando a financiar novos projetos de pesquisa, não só da Embrapa, mas de várias outras instituições brasileiras, com a soja, o algodão, o arroz e de biofortificação para culturas plantadas no Norte e Nordeste do país”. Fundo Segundo França, esses recursos, que já chegaram a quase R$ 12 milhões com o último repasse, vão para um fundo de financiamento de outras pesquisas. “Abrese um edital e são eleitas aquelas (pesquisas) consideradas mais fortes do ponto de vista técnico e de aplicação”, afirmou. Os R$ 7,8 milhões, vindos de uma parte dos R$ 0,35/kg de royalties cobrados na venda de sementes de soja da Embrapa com a tecnologia Roundup Ready®, da Monsanto, já têm alguns destinos definidos. Serão mais de dez projetos, mas três delas são consideradas prioritárias: incorporação de genes resistentes à brusone, doença que mais afeta o arroz nacional; desenvolvimento de alimentos mais nutritivos, com adição de ferro e vitaminas; e combate a uma doença que quase acabou com as citriculturas chinesa e sul-africana e que está preocupando produtores e cientistas brasileiros. Fone: (43) 3325-8751 www.aeroclubedelondrina.com.br 12 novembro / dezembro de 2008 AgroDestaque – Cafeicultores se destacaram em evento realizado no Pernambuco O cafeicultor Osvaldo Garcia, de Cornélio Procópio, obteve a terceira colocação no 5º Concurso Nacional da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Ele concorreu na categoria cereja descascado e teve seu lote arrematado em leilão por R$ 820 a saca. Competindo na categoria café natural, o produtor João Ferreira dos Santos Neto, de Apucarana, também chegou em terceiro lugar; com lance de R$ 460 a saca. O resultado foi divulgado no final de novembro, durante a cerimônia de encerramento do 16º Encontro Nacional das Indústrias de Café (Encafé), em Porto de Galinhas, Pernambuco. Ambos os produtores venceram, nas respectivas ca- tegorias, o concurso Café Qualidade Paraná, cuja etapa final foi realizada no dia 30 de outubro, em Mandaguari/PR. No certame nacional, eles concorreram com lotes de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo. “Esse desempenho confirma que o Paraná produz uma bebida de alta qualidade”, afirma Armando Androciolli, coordenador de pesquisas em café do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). O vencedor da categoria café cereja descascado foi Homero Teixeira de Macedo Júnior, de São Sebastião da Grama (SP), com lance no valor de R$ 2.470 por saca; o produtor Carlos Sérgio Sangland, de Araponga (MG), ficou em segundo lugar, com lance de R$1.460 a saca. Na categoria café natu- ral, foi vencedor o produtor Francisco Luiz da Costa, de Jacuí (MG), com lance de R$ 2.200 a saca. Anésio Contine, de Espírito Santo do Pinhal (SP), ficou com a segunda colocação, tendo seu lote obtido lance de R$ 995. Denomina-se cereja descascado o café em que é retirada a polpa do grão maduro, com o objetivo de deixar o produto por menos tempo no terreiro. No café natural, processamento normalmente utilizado no Brasil, o grão inteiro é encaminhado para a secagem. Regulamento O concurso Café Qualidade Paraná envolve as dez regiões produtoras do Estado: Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Ivai- porã, Toledo, Londrina, Maringá, Paranavaí, Santo Antonio da Platina e Umuarama. Cada uma delas realiza um concurso local e seleciona até dez lotes por categoria, que concorrem no certame de âmbito estadual. Para chegar à etapa final, realizada em Mandaguari, os cafés foram avaliados por uma comissão julgadora integrada por experientes provadores do Paraná, São Paulo e Espírito Santo, e receberam notas nos quesitos aroma, doçura, acidez, corpo, sabor, gosto remanescente e balanço da bebida. O café mais pontuado em cada categoria se qualifica para representar o Paraná no concurso nacional. Lá o julgamento não é feito por especialistas, mas pelo mercado, por intermédio de um leilão. Iapar Produtores do PR são premiados em concurso nacional Paranaenses durante a premiação O concurso Café Qualidade Paraná é uma realização do Governo do Paraná e da Câmara Setorial do Café do Estado, juntamente com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), Iapar, Instituto Emater-PR, Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, Seção de Café do Ministério da Agricultura, Abic e Sebrae. Também conta com o apoio de cooperativas, indústrias torrefadoras e empresas ligadas à cadeia produtiva do café. Da Redação Rede News John Deere reúne concessionários de regiões canavieiras em Ribeirão Preto Representantes dos concessionários das regiões canavieiras e dirigentes da John Deere reuniram-se no hotel JP, em Ribeirão Preto (SP), em um encontro para discutir os resultados de 2008 e as perspectivas para o próximo ano. Cerca de 120 pessoas participaram do encontro no dia 10 de novembro, e assistiram na abertura uma palestra do ex-ministro Roberto Rodrigues, que falou sobre as “Tendências e Desafios da Cadeia de Produção Canavieira no Brasil e no Mundo”. A avaliação da safra 2007/2008 e a apresentação da estratégia comercial para o próximo ano foram os temas apresentados em segui- da por Werner Santos, diretor comercial da John Deere Brasil, e José Luís Coelho, gerente nacional de Vendas Corporativas. Atendimento Na segunda parte da reunião, outro tema que mereceu grande atenção foi o Pós Venda Canavieiro. O gerente de Pós-Venda, Luiz Sartor, abordou a s principais iniciativas para aprimorar a qualidade do atendimento nas áreas de peças e de serviços, e foi seguido por exposições específicas sobre essas duas áreas e também sobre Treinamento. O trabalho realizado para intensificar a aplicação dos produtos do sistema AMS nos equipa- Maringá recebe Ônibus Itinerante Mata Viva, da BASF Maringá recebeu o projeto de educação ambiental, da BASF, “Ônibus Itinerante Mata Viva”, que visa sensibilizar jovens e adultos para a importância da preservação dos recursos naturais. O projeto, que irá percorrer o Brasil nos próximos meses, permaneceu em Maringá de 19 a 27 de novembro. O Ônibus itinerante ficou estacionado no Parque Industrial da Cocamar - Cooperativa Agroindustrial. Essa iniciativa faz parte do Programa Mata Viva de Adequação e Educação Am- biental e, além da cooperativa Cocamar, conta com a parceria da Suvinil, marca de tintas imobiliárias da BASF, e da Fundação Espaço ECO. O projeto foi desenvolvido pela Bellini Cultural, por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura e apoio da Secretaria de Educação e prefeitura. Os objetivos do projeto itinerante são promover espetáculos teatrais com temas relacionados ao meio ambiente, a democratização da cultura e a educação infantil, por meio da arte. mentos canavieiros foi o tema de outra palestra, apresentada por Ilson Eckert, gerente de AMS da John Deere. O tema final da reunião foi a apresentação de uma nova tecnologia que deve mudar o sistema de plantio da cana. A utilização de mudas pequenas, de 4 a 6 centímetros de comprimento, vai permitir a utilização de máquinas mais simples e leves para o trabalho do plantio. A John Deere está desenvolvendo as plantadoras para esse sistema, em parceria com a indústria Syngenta, responsável pelo lançamento da nova tecnologia, que deve começar a ser comercializada em 2010. Organizadores da 44ª Emapa divulgam agenda A organização da 44ª Exposição Municipal e Agropecuária de Avaré/ SP, já definiu as datas de realização da feira no próximo ano. De acordo com Ademir Belinato, presidente da Exposição, o evento iniciará dia 27 de fevereiro de 2009 e finaliza em 15 de março. O primeiro turno será dedicado à raça Nelore e o segundo para as raças Brahman, Simental, Angus, Santa Gertrudis, Limousin e Guzerá. Etapa do Circuito da PBR está confirmada na ExpoLondrina 2009 A Sociedade Rural do Paraná confirmou em novembro, a realização de mais uma etapa da PBR – Profissional Bull Riders - durante a 49ª Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, que acontece de 02 a 12 de abril de 2009. A ExpoLondrina terá uma das 40 etapas brasileiras que irão acontecer durante o ano, somente nos principais eventos e feiras agropecuárias. O circuito é o mais importante do país, e reúne sempre os melhores cowboys, já que só participam da prova os 35 mais bem ranqueados. Para Roberto Barros, coordenador da ExpoLondrina 2009, a expectativa é que nesta etapa da PBR o público seja maior que do ano passado, com o atrativo de um espetáculo bem diferenciado. “Além do circuito teremos também um grande show após o rodeio” – anuncia Barros. Premiação Bull Riders significa fama e dinheiro. Em Londrina os prêmios chegam a 35 mil reais aos campeões, além da disputa de uma vaga para a etapa internacional, que tem sua final em Las Vegas. E em território norte-americano um cowboy pode ficar bem perto de prêmios que chegam a U$ 3 milhões. Em 2008, 45 competidores foram para a final mundial, sendo oito brasileiros, entre eles o paranaense de Colorado, Leonil dos Santos, campeão de Barretos/SP. Dos seis finalistas da PBR em Las Vegas, quatro eram brasileiros. O vencedor da etapa norte-americana foi Robson Palermo e o Campeão Mundial foi Guilherme Marchi, que ganharam respectivamente 250 mil dólares e um milhão de dólares. Bayer lança certificado de qualidade Garantia de Sabor No segmento de frutas, qualidade e sabor fazem toda a diferença na hora de comercializar a produção. Por isso, a Bayer CropScience, em parceria com a Organização Não-Governamental HortiBrasil, desenvolveu o programa Garantia de Sabor, que confere um selo às frutas de qualidade e realmente saborosas. Com isso, o consumidor pode ter a certeza de estar adquirindo uma fruta de alta qualidade e com muito mais sabor. Desenvolvido por meio de uma rede de parcerias, o programa Garantia de Sabor envolve todos os segmentos da cadeia produtiva (produção, atacado e varejo), viabilizando assim que o sabor da fruta que sai da lavoura se mantenha até o seu consumo final. O ponto central dessa rede é a produção agrícola voltada para o sabor, ou seja, o produtor envolvido no programa deve adotar técnicas específicas para a obtenção de frutas saborosas. Em seguida, a rede de parcerias tem continuidade no atacado e no varejo, por meio do treinamento dos agentes de comercialização e da orientação do consumidor final. Inovação De acordo com o coordenador de Agricultura Sustentável da Bayer CropScience, Luiz Dinnouti, a interação entre todos elos da cadeia de produção e a preocupação com a sustentabilidade econômica dos agricultores são as características que tornam o Garantia de Sabor inovador. “O programa permite remunerar melhor os esforços do produtor em conseguir mais qualidade das frutas que serão oferecidas no mercado. Além disso, temos contribuído para o uso correto e seguro de defensivos agrícolas”, afirma. Para Teresa Gutierrez, Gerente de Projetos da HortiBrasil, todas as partes envolvidas na cadeia produtiva são beneficiadas com o programa. “As frutas saborosas têm valor pelo menos 50% superior se comparadas às azedas. Além disso, o fornecedor dessas frutas com mais sabor é sempre disputado pelos compradores. O consumidor satisfeito consome mais, o varejista e o atacadista vendem mais”, explica. Para a engenheira agrônoma da Cooperativa Cocari, Rosana Miranda de Castro, o suporte durante o processo de produção é de excelente qualidade e oferece aos produtores todo o apoio necessário para garantir a certificação. “Estamos com ótimas expectativas e esperamos que a Cocari fortaleça sua participação no programa, fazendo com que mais produtores possam ser certificados e beneficiados com o aumento de seus negócios”, conclui. Inicialmente o programa Garantia de Sabor trabalhará com abacaxi, uva e melão, frutas que apresentam maior incidência de problemas em relação ao sabor e são as que o consumidor encontra mais dificuldade de diferenciação ao fazer a escolha no momento da compra. Outras frutas devem ser incorporadas ao Programa ao longo do tempo. Mercado de aves de festa deve superar vendas de 2007 A proximidade das festas de fim de ano aquece o mercado de frangos especiais, principalmente com o Natal, em que o consumo de peru e demais aves de festa é bastante tradicional. Apesar da concorrência com outras carnes que disputam um espaço na ceia de Natal, a expectativa do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado Paraná (Sindiavipar) é de incremento de 10% a 15% nas vendas de aves de festa no Paraná. De acordo com levantamento do Sindiavipar, o frango especial responde por 10% das vendas de aves no Brasil no mês de dezembro. Além do peru, entram nesse nicho as aves de festa, com características peculiares comparado ao frango tradicional. São frangos maiores, mais pesados, que ficam mais tempo alojados. Nesse item, o Paraná é destaque nacional, sendo o maior produtor de aves especiais do país. “Enquanto o frango convencional tem tempo de alojamento de 42 dias, pesando entre 2,2 e 2,4 quilos, o frango de festa pesa de 3 a 4 quilos, com tempo de alojamento entre 46 e 47 dias”, explica o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. Segundo ele, o Paraná é o estado mais representativo no abate de aves destinadas às festas e este nicho de mercado representa uma oportunidade para aumentar as vendas das empresas, em especial neste momento de crise econômica. Para Domingos Martins, a concorrência de outras carnes não intimida, pois o mercado é forte e tradicional, além de receber impulso nas vendas em função do recebimento do 13º salário. “Nossa expectativa é de aumento no consumo de 10% a 15% na venda de aves de festa, também conhecida como ave especial, que é um tipo de frango maior, ideal para as ceias de Natal”, diz. “Nosso desejo é que todas as pessoas te- nham em suas mesas, durante os eventos de final de ano, algum tipo de ave, as especiais ou as comuns”, conclui o presidente do Sindiavipar. Perus Além de estimular o consumo interno de aves, a chegada do Natal também traz resultados diretos nas exportações paranaenses de perus. No acumulado janeiro-outubro deste ano, já foram produzidas 13.576.498 cabeças de peru, desempenho 7,43% superior ao mesmo período do ano passado, quando o abate havia sido de 12.567.761 cabeças. Nas vendas internacionais, o Paraná é hoje o maior exportador brasileiro de peru, respondendo por 26,13% das vendas brasileiras. De acordo com levantamento do Sindiavipar, no acumulado janeiro-outubro de 2008 o estado já exportou 20.421.258 quilos de peru, valor 1,33% ao mesmo período do ano anterior, quando haviam sido exportados 20.152.679 quilos.
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Autor: Beatriz da Silveira Pinheiro - Chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão
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