clique aqui para baixar o arquivo

Transcrição

clique aqui para baixar o arquivo
Um celeiro de informações para o homem do campo!
Cooperativas
registram aumento
nas exportações.
Pág. 4.
www.agroredenoticias.com.br
Avicultores criam
associação no MS.
Pág. 10.
Nº 12, Ano 1 - Nov / Dez de 2008 - R$ 5,00
Agricultores
questionam o valor
do preço mínimo
do milho. Pág. 11.
AgroDestaque – Publicação já é referência para os produtores paranaenses
Jornal AgroRede completa o
primeiro aniversário
Lançado em dezembro de 2007, o Jornal AgroRede Notícias completa nesta edição
um ano de prestação de serviços, levando sempre informações de qualidade para o homem do campo. O AgroRede Notícias já se tornou referência para os produtores rurais do
Estado, e além da versão impressa, também está disponível na Internet. Pág. 2.
Cana: Produtividade agrícola
e industrial garante expansão
A expansão da produção de cana-de-açúcar e etanol, nas últimas décadas, ocorreu não só em área cultivada,
mas também a partir de expressivos ganhos em produtividade nas fases agrícola e industrial, com aumentos anuais
de 1,4% e 1,6%, respectivamente. Este é
um dos dados de estudo apresentado
na Conferência Internacional sobre BioUnica
combustíveis, em São Paulo. Pág. 3.
Castro é quem mais produz leite no Brasil
USDA aponta
queda da
produção mundial
de carne bovina
Suínos: Embrapa
alerta sobre
cuidados com o
uso da água
O mundo deverá produzir 58,96 milhões de toneladas equivalente carcaça de carne bovina em
2009, uma retração de
0,5% em relação às 59,25
milhões de toneladas que
deverão ser produzidas
este ano. Pág. 6.
A Embrapa Suínos e Aves
quer chamar a atenção dos
suinocultores para os cuidados
que precisam tomar com a
água no início do verão, época
em que este recurso se torna
mais escasso em alguns Estados do País, principalmente na
região Nordeste. Pág. 8.
Divulgação
BRS Conquista é apresentada
aos produtores paranaenses
Os municípios paranaenses de Castro, Toledo, Nova Esperança e Ortigueira se destacam entre os líderes nacionais na produção de
leite, suínos e frangos, casulos do bicho-da-seda e mel. A pesquisa
com os resultados da produção municipal de 2007 foi divulgada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pág. 7.
A bananicultura do
Paraná conta desde o mês
de novembro, com uma
nova cultivar a ser plantada, comercializada e consumida: é a BRS Conquista,
apresentada em Andirá
para 85 participantes convidados. Pág. 9.
Cafeicultores paranaenses são premiados em Concurso Nacional. Pág. 12.
2
novembro / dezembro de 2008
Opinião
Crise mundial: Oportunidade para os biocombustíveis
A
crise
mundial
da
economia
preocupa. Mesmo que tenha se iniciado no mercado
imobiliário estadunidense
a mesma passa a atingir a
todos os setores, de norte
a sul, de leste a oeste, o
que deixou muitos sem entender o porquê de todos
(sem exceção) sofrerem
com tal fato. Recentemente, quando do anúncio dos
primeiros balanços negativos envolvendo a economia internacional, o Governo brasileiro ainda tentou
minimizar os seus efeitos,
afirmando inclusive que
nosso sistema bancário suportaria e ficaria imune.
Mas não demorou a acontecer: o impacto atinge
também o Brasil, o que era
inevitável.
É correto afirmar que
os bancos brasileiros mantêm uma certa resistência,
pois, por conta dos juros altos, possuem ainda uma
boa reserva de capital. O
que tudo indica, é que ainda somos um país privile-
giado em meio a tantas incertezas. Se prestarmos
atenção ao mercado dos
Biocombustíveis, por exemplo, é possível enxergar um
bom momento para os produtores brasileiros.
A retração nos cronogramas de implantação de
novas plantas não deve ser
entendida como único resultado da turbulência monetária, mas cabe nos atentarmos se muitos destes
projetos não poderiam estar inclusos num percentual
natural daqueles que, desde a sua concepção, tinham um caráter eminentemente especulativo. A
fusão de grupos também
faz parte do equilíbrio que
o mercado exige em qualquer atividade econômica
de tal importância. Não
podemos negar porém que
o setor também será penalizado, com a dificuldade
para a obtenção de crédito
oriundos de capital externo para investimentos em
novas unidades de produção, mas os números do
mercado nos deixa esperançosos de que o setor
sucroalcooleiro, dentre os
vários setores da economia, é um dos que tende a
sofrer menos os efeitos da
crise. E por que não sermos
otimistas e dizer que este
pode ser o momento do
etanol brasileiro?!
Vejamos a Alemanha,
por exemplo, um dos prin-
“
do barril de petróleo estão
fazendo com que os alemães se rendam. Berlim
chegou a pedir junto ao
Parlamento Europeu que a
meta de uso de biocombustíveis estipulada pela
Comissão Européia seja diminuída, devido à sua dificuldade de produção. Mas
o Parlamento tende a não
facilitar, pois a tendência
É o momento do governo brasileiro tirar
o máximo de proveito possível da nossa
capacidade de produção perante a crise
global, pois nestas situações alguns
lamentam e choram. Aproveitemos
então para vender o lenço
cipais países produtores de
biocombustíveis na Europa. A crise mundial afetou
tanto sua economia, que as
cerca de 30 usinas existentes no país estão correndo
o risco de terem que encerrar suas atividades. A
concorrência de produtos
externos, como o etanol
brasileiro, a falta de produtividade e a baixa no preço
”
mundial é a diminuição do
uso do petróleo, e um incremento cada vez maior
de alternativas limpas de
combustíveis. O mesmo
vem ocorrendo na Espanha, onde muitas usinas
podem parar sua produção, pois é mais vantajoso
importar o biocombustível.
Nos Estados Unidos também é o momento para
uma maior inserção do etanol brasileiro. O candidato
republicano à presidência,
John McCain, em sua campanha deixou bem claro
suas intenções quanto ao
protecionismo
realizado
pelo governo Bush, e defendido pelo candidato
democrata Barack Obama,
quanto ao etanol produzido por eles através do milho. McCain condena esta
prática, e diz que a mesma
só traz prejuízos, tanto ao
Brasil, que encontra uma
tarifa de US$ 0,54 por galão para entrar no país,
quanto para o próprio Estados Unidos, que se vêem
obrigados a consumirem
um biocombustível caro, e
que ameaça a produção de
alimentos. Mesmo que
John McCain não foi eleito,
ao menos suas idéias estão
sendo observadas, e com
certeza o próximo presidente estadunidense ficará
mais atento às vantagens
de se importar o etanol
brasileiro produzido através da cana-de-açúcar.
O momento é de instabilidade, e projeções precipitadas podem ser uma armadilha. Porém, o mercado interno
de biocombustíveis continua
em franca expansão, com cerca de 90% dos automóveis nacionais saindo de fábrica com
motor flex-fuel, e acompanhando este fator, o consumo
de etanol nos postos brasileiros deve aumentar de 1,6 bilhão de litros mensais em
2007, para 1,9 bilhão em 2008.
Ou seja, o setor está aquecido, e não temos dúvidas que
é uma tendência mundial. É o
momento do governo brasileiro tirar o máximo de proveito possível da nossa capacidade de produção perante a
crise global, pois nestas situações alguns lamentam e choram. Aproveitemos então para
vender o lenço. O Brasil reúne
todas as condições, e o mercado necessita do nosso produto, portanto é tudo uma
questão de planejamento.
Autor: Helbert de Matos
Zanatta - Graduado em Relações
Internacionais e pós-Graduando em
Gestão do Agronegócio. Contato:
[email protected]
Informação e tecnologia ajudam agricultores a suportar efeitos da crise mundial
Há várias semanas, vivemos sobressaltados, diante da verdadeira gangorra
em que se transformaram os
mercados mundiais. Neste
momento, não há setor ou
país que possa se considerar
imune à crise financeira internacional. No tocante à
agricultura, pouco depois de
anunciada a maior colheita
de grãos da história – 143,8
milhões de toneladas – as
atenções se voltam para o
plantio da safra 2008/2009.
Em termos práticos, a
maior dificuldade no momento está na compra de
insumos,
especialmente
fertilizantes, cujos preços
são atrelados ao dólar, o
que causa impactos relevantes sobre os custos dos
produtores. Para completar
o cenário de incertezas, as
restrições à liberação de
crédito suscitam dúvidas
quanto ao desempenho da
próxima colheita. No caso
específico dos exportadores, há ainda a natural retração dos mercados consumidores internacionais.
Atento a este quadro,
o Governo federal já anunciou várias medidas para
garantir a próxima safra.
No total, representarão injeção de quase R$ 15 bilhões em recursos na agricultura. É importante ainda
que seja garantido o aporte de R$ 13 bilhões em crédito, previstos no último
Plano Safra para a agricultura familiar, anunciado
pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário. Deste
EDITORIAL
total, 10% devem vir para
Minas Gerais, aproximadamente R$ 1,3 bilhão.
Resta aos produtores
e a todos que se ocupam
da atividade agropecuária
seguir produzindo, na ex-
tenho certeza: os agricultores mineiros estão cada
vez mais bem preparados,
com maior acesso a informações e tecnologia para
conduzir de forma sustentável seus negócios.
“
Com certeza, vai haver redução no
consumo mundial, porém, principalmente de produtos supérfluos e menos de alimentos. Por isso, esta é
uma oportunidade para o Brasil, que
tem muitas vantagens competitivas
na agricultura
”
pectativa de que as medidas tomadas para amenizar
os efeitos da maior crise
mundial em décadas tenham bom resultado.
Se o momento é de
indefinições, de uma coisa
Mensagem
Afinal, não foi à toa
que o crédito oficial para a
agricultura familiar cresceu
mais de 500% desde 2002.
Os recursos para a assistência técnica e extensão
rural foram ampliados em
mais de 1.200% no mesmo
período. O investimento
deve sempre vir acompanhado de conhecimento,
para o desenvolvimento
da agricultura, que contemple não apenas o aumento da produção, em
termos numéricos, mas
principalmente a sustentação das populações rurais
em condições dignas.
Destaco alguns números para situar melhor o leitor
dos grandes centros urbanos
a respeito da importância da
agricultura familiar: é este
segmento que garante 70%
dos alimentos da cesta básica consumidos no Brasil,
sendo 67% do feijão, 56% do
leite, 89% da mandioca e
70% da carne de frango.
Com certeza, vai haver
redução no consumo mundial, porém, principalmente
de produtos supérfluos e
menos de alimentos. Por
isso, esta é uma oportunidade para o Brasil, que tem
muitas vantagens competitivas na agricultura, em relação a outros países.
É tempo agora de
agregar valor aos produtos
agrícolas, por meio de investimento na qualidade.
Também é preciso que os
produtores avancem na profissionalização da atividade,
na gestão do negócio, com
otimização do uso de insumos para o controle de pragas e doenças e redução de
perdas na colheita.
Autor: José Silva - Engenheiro
agrônomo, presidente da Emater/MG
e Asbraer. Contatos: (31) 3349 8093 /
www.asbraer.org.br
Expediente
Um ano de trabalho!
Nesta edição, a equipe do AgroRede Notícias tem a satisfação e a alegria de comemorar uma importante data: o primeiro ano de aniversário de atividades do nosso Jornal.
Originário do website (www.agroredenoticias.com.br) e que
possui o mesmo nome da publicação, o Jornal AgroRede Notícias
nestes últimos doze meses esteve presente nos principais eventos
agropecuários do Norte do Paraná e se consolidou como uma referência para o homem do campo de várias regiões do País. Com
mais de 20.000 acessos de leitura por mês pelos profissionais do
agronegócio – entre consultas as mídias impressa e eletrônica – o
AgroRede Notícias surgiu com o intuito de levar informações de
qualidade ao pequeno, médio e grande produtor rural. Graças à
colaboração de vocês e de nossos anunciantes, estamos conseguindo realizar este objetivo.
Em 2009, esperamos continuar contando mais uma vez
com este apoio. Aproveitamos a ocasião para externar os
nossos desejos de um final de ano de boas festas, com muita
paz, harmonia e com as bênçãos de Deus.
E que no próximo ano, além da prosperidade, tenhamos
365 dias de muito trabalho! Muito se fala da crise financeira
mundial, mas sabemos que apenas o produtor rural é quem
garante o alimento de cada dia. Por isso, deixemos as especulações à parte, e vamos levantar a cabeça! Lembre-se: a cada
segundo a população mundial cresce ainda mais e a demanda
por alimentos é constante.
Um celeiro de informações para o homem do campo!
Edição 12 – Ano I - Novembro / Dezembro de 2008
Circulação Nacional
O AgroRede Notícias é uma publicação mensal.
Conselho Editorial
Leonardo Mari
Olavo Alves
Sérgio Mari Jr.
Editor-Chefe
Olavo Alves
Mtb 4285/17
E-mail: [email protected]
Editoria de Arte
Cedilha Comunicação e Design
Colaboradores
Angelo Cesar Baroto (arte)
Cristiano Mazzo (comercial)
Rogers Alberto Fernades (arte)
Departamento Comercial
Rua Foz do Iguaçu, 90 – sala 7
CEP 86061-000 Londrina - PR
Telefones: (43) 3025-3230 / (43) 3338-6367
(43) 9978-9388
E-mail: [email protected]
Impressão
Gráfica Gazeta do Povo - Londrina
Textos de articulistas e colaboradores não
representam necessariamente a opinião dos editores. O AgroRede Notícias não se responsabiliza
por produtos e serviços divulgados.
3
novembro / dezembro de 2008
Cana-de-açúcar – Estudo aponta crescimento anual de 3,1% da produção de etanol por hectare cultivado
A
expansão
da
produção de cana-de-açúcar e etanol, nas
últimas décadas, ocorreu
não só em área cultivada,
mas também a partir de expressivos ganhos em produtividade nas fases agrícola e
industrial, com aumentos
anuais de 1,4% e 1,6%, respectivamente. Este é um
dos dados apontados no estudo Bioetanol de cana-deaçúcar - Energia para o desenvolvimento sustentável,
lançado no mês de novembro, durante a Conferência
Internacional sobre Biocombustíveis, em São Paulo/SP.
De acordo com a publicação, o processo resultou em
crescimento anual de 3,1%
da produção de etanol por
hectare cultivado, ao longo
de 32 anos.
O diretor do Departamento de Cana-de-Açúcar
e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa),
Alexandre Strapasson, acredita que é preciso considerar a proporção do uso da
cana-de-açúcar no Brasil
para produção do biocombustível. “São quatro milhões de hectares, ou 0,5%
do território nacional, muito pouco em comparação
com as áreas disponíveis
para agricultura”, enfatizou.
Os dados oficiais são do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab).
De acordo com Strapasson, para se planejar o futuro
do setor, o governo está finalizando o zoneamento agroecológico que vai disciplinar a
expansão da área de cultivo
da cana no País. O diretor do
Mapa comentou, ainda, que
70% da expansão da cana
tem ocorrido em áreas de
pastagens, como acontece
em São Paulo, Paraná, Minas
Gerais e Goiás, que são os
maiores produtores nacionais, com ganho em produtividade, tanto da cana-deaçúcar como da pecuária.
Publicação
O livro apresenta um
Unica
Produtividade agrícola e industrial garante expansão
Levantamento foi realizado pelo IBGE e Conab
panorama da cana-de-açúcar
e do etanol no Brasil e em
países com potencial de produção do biocombustível.
ADM entra no setor sucroenergético brasileiro
A gigante multinacional
Archer Daniels Midland
(ADM) confirmou, no início
de novembro, o que já era
especulado há meses: a empresa anunciou sua entrada
na indústria brasileira da cana-de-açúcar, por meio de
uma parceria com o Grupo
Cabrera que prevê investimentos de US$ 500 milhões
ao longo de sete anos.
Segundo o presidente
do conselho e CEO da
ADM, Pat Woertz, a intenção da parceria é produzir
cerca de 290 milhões de litros de etanol por ano. A
ADM, uma das maiores
produtoras de etanol de
milho nos Estados Unidos,
também produz biodiesel
de soja no Brasil, nos EUA
e na Europa.
Aquisição da CanaVialis ilustra
futuro promissor da cana
A aquisição anunciada
no início de novembro pela
multinacional Monsanto das
empresas de melhoramento
genético e biotecnologia de
cana-de-açúcar, CanaVialis S.A.
e Alellyx S.A., ilustra o potencial e a diversificação da indústria brasileira da cana-de-açúcar. A opinião é do presidente
da União da Indústria da Canade-Açúcar (UNICA), Marcos
Sawaya Jank, que considera a
chegada de uma das principais
empresas de tecnologia agrícola do mundo ao setor sucroenergético brasileiro um fato
de grande relevância.
“É uma decisão que
acrescenta a cana-de-açúcar à
linha de produtos da maior
produtora de sementes do
mundo e estabelece o etanol
de cana-de-açúcar como um
produto com futuro garantido, pois a Monsanto só espera resultados concretos desse
investimento a partir de 2016”,
comentou Jank. O vice-presidente de estratégias globais
da Monsanto, Carl Casale,
considerou a aquisição como
“uma grande oportunidade
para diversificar o portfólio de
tecnologias voltadas para culturas específicas e produzir
inovações de longo prazo
para uma cultura vital, como a
da cana-de-açúcar”.
Longo Prazo
Sediadas no Brasil, a
CanaVialis e a Alellyx são
controladas pela Aly Participações Ltda. e integram o
Grupo Votorantim. O negócio foi fechado em US$ 290
milhões, e descrito em nota
oficial da Monsanto como
um investimento voltado
para os desafios de longo
prazo que precisam ser enfrentados para atender à
crescente demanda global
por alimentos e biocombustíveis. “O objetivo é diversificar o atual portfólio e trazer inovações para esta
cultura, por meio de sua experiência no melhoramento
genético de plantas e em
biotecnologia”, conclui a
nota da empresa.
Foi produzido pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Centro de Gestão e
Estudos Estratégicos (CGEE)
em parceria com a Comissão
Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e a Or-
ganização das Nações Unidas para a Agricultura e a
Alimentação (FAO).
Da Redação
China quer fortalecer cooperação
com Brasil para produção de etanol
Com um mercado que
hoje consome 70 bilhões de litros de gasolina por ano, a China busca estreitar a cooperação
com o Brasil para a produção
de etanol de cana-de-açúcar,
para reduzir sua dependência
de petróleo e garantir benefícios para o meio ambiente, especialmente a redução na
emissão de gases de efeito estufa. Essa é a expectativa do vice-ministro de Energia da Comissão de Desenvolvimento e
Reforma Nacional da China,
Sun Qin, uma das principais autoridades energéticas do governo chinês. Ele lidera uma
missão que teve como objetivo
conhecer de perto o setor sucroenergético brasileiro e participar do evento “Brasil Biocombustíveis”, realizado pelo
governo federal no mês de novembro, em São Paulo.
Os chineses já utilizam a
mistura de 10% de etanol na
gasolina (E10) em cinco de
suas províncias, e têm como
desafio adotar o E10 em todo
o território nacional. “A China
deseja continuar a cooperação técnica e de negócios
com o Brasil e, desta forma,
fortalecer a produção e o consumo de etanol em ambos os
países”, afirmou Sun Qin.
Potencial
“O mercado potencial
da China é muito expressivo:
seriam necessários 7 bilhões
de litros de etanol por ano
para garantir que o E10 fosse
oferecido em todo o país”,
afirmou o diretor-executivo da
União da Indústria de Canade-Açúcar (UNICA), Eduardo
Leão de Sousa, que acompanhou o grupo de chineses du-
rante visita à Usina São João
(USJ), em Araras (SP).
“Para se ter uma idéia,
o Brasil exportou em 2007
perto de 3,5 bilhões de litros de etanol, ou seja, metade do que a China precisaria hoje para o seu
mercado interno”, comparou Sousa, ressaltando que
o maior mercado de gasolina do mundo, o americano, consome 500 bilhões
de litros do derivado de
petróleo por ano.
A delegação do ministro
Sun Quin incluiu executivos
da PetroChina, uma das maiores petrolíferas e distribuidoras da China, e da COFCO, o
mais importante agente chinês de produção de etanol de
milho e também uma das
maiores importadoras chinesas da soja brasileira.
Biodiesel para consumo próprio
A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou no final de outubro, o projeto de lei 3.336/08,
de autoria do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS),
que autoriza os agricultores a
produzirem biodiesel para
consumo próprio. A proposta
que modifica a lei 11.116/05,
permite ainda que as associações e cooperativas agropecuárias transformem grãos em
biodiesel para uso de seus associados sem a obrigatoriedade do Registro Especial na Receita Federal. Heinze observa
que a medida proporcionará
redução dos custos de produção com reflexos positivos na
renda do produtor e no preço
dos alimentos e das matériasprimas oriundas do meio rural.
“É fundamental que se busque
reduzir as despesas. Fato que
é importante não apenas para
os produtores rurais, mas para
toda a sociedade. Com um
custo menor os produtores poderão gerar mais renda, empregos e ainda aumentar a
produção agrícola”, explica o
parlamentar.
No mesmo PL, Heinze
também propõe a não incidência da contribuição para o
PIS/Pasep e a Cofins sobre o
volume de biodiesel produzido para o consumo próprio
ou do grupo de produtores
associados. “Com isso os produtores rurais terão maior autonomia, isoladamente ou organizados em sociedades,
para produzirem parte do
combustível utilizado em suas
atividades, evitando, ainda, o
trânsito desnecessário do óleo
das áreas rurais para as refinarias e destas, de volta para o
campo”, argumenta Heinze.
Tramitação
O projeto que tramita em
caráter conclusivo - não precisa
ser apreciado em plenário - será
encaminhado para as comissões de Minas e Energia; Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
4
novembro / dezembro de 2008
Cooperativismo – As vendas do setor ao exterior somaram US$ 3,13 bilhões nos nove primeiros meses do ano
A
s exportações diretas das cooperativas brasileiras registraram um
crescimento de 27,5% no acumulado de janeiro a setembro de 2008, na comparação
com o mesmo período de
2007. As vendas do setor ao
exterior somaram US$ 3,13
bilhões, enquanto no ano
passado totalizaram US$ 2,46
bilhões. Já o volume exportado foi de 5,63 milhões de toneladas, contra 6,48 milhões
de toneladas em 2007. Os
dados fazem parte de um estudo da gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),
com base em informações da
Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC).
A análise indica que a
balança comercial do setor
apresentou um superávit de
US$ 2,71 bilhões, com crescimento de 20,46% em relação
aos meses de janeiro a setembro do ano anterior. Nesse mesmo período, as cooperativas
brasileiras
importaram US$ 419,49 milhões. O resultado vem em
conseqüência, principalmente, da comercialização dos
produtos do complexo soja,
do setor sucroalcooleiro e
das carnes.
Câmbio
Conforme o estudo, os
valores exportados e a cotação do dólar apresentaram
comportamentos inversos.
Mesmo com os desafios impostos para a exportação da
produção, destacando-se a
valorização do Real de 43,01%
nos meses de janeiro a setembro, entre 2004 e 2008, as
Koslovski afirma que Paraná
vai manter produção agrícola
Ocepar
Apesar da estimativa de redução
3,3% na produção nacional de grãos na
próxima safra, anunciada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
o Paraná deve repetir o bom desempenho
da sua produção agrícola na safra passada. Segundo o presidente do Sistema
Ocepar, João Paulo Koslovski, com base
em levantamento realizado por técnicos da Ocepar e da
Faep, o Estado terá um acréscimo na área do plantio da
soja de cerca de 2,5% e uma redução de 1,5% no milho,
diferente do cenário brasileiro. “Mas em termos de produtividade, a soja deve melhorar, considerando que a produção da oleaginosa deve crescer 5,25% e o milho deve cair
apenas 1%”, afirmou o dirigente.
De acordo com o dirigente, o recuo na produção brasileira foi puxado pelo Centro Oeste, onde há uma expectativa
de redução de 10% na safra de algodão e de 6% no milho.
“No Centro Oeste, a atividade agrícola contava com o apoio
de uma série de empresas que financiavam os produtores,
garantindo a comercialização futura da safra. Em função da
crise mundial, as empresas que respondiam por cerca de 40%
do crédito para custeio na região, praticamente, deixaram de
financiar o setor agrícola. Em função disso, o produtor está
mais seletivo no que vai plantar”, disse.
cooperativas registraram receitas cambiais crescentes.
Porém, os impactos da crise
mundial resultaram em saída
de dólares do Brasil e elevações significativas na taxa de
câmbio, para patamares superiores a 2,10 R$/US$-1. O
estudo mostra ainda que as
variações observadas nas exportações brasileiras foram
superiores no primeiro período analisado (janeiro
a setembro de 2005)
e no último intervalo
(janeiro a setembro
de 2008). Contudo,
nos meses de janeiro
a setembro de 2006 e
de 2007, as taxas de
crescimento das exportações diretas das
cooperativas ultrapassaram
as taxas médias da economia
brasileira.
Da Redação
Divulgação
Exportações das cooperativas crescem 27,5%
Setor já registrou um superávit de 2,71 bilhões de dólares
Sicredi inaugura
unidade em Jaguapitã
A Sicredi Vale do
Bandeirante inaugurou,
no mês de novembro,
mais uma unidade de
atendimento cooperativo, em Jaguapitã, região
Norte do Paraná. A cooperativa passa a contar
com nove postos de
atendimento
(Astorga,
Munhoz de Melo, Santa
Fé, Colorado, Sabáudia,
Pitangueiras, Prado Ferreira, Ângulo e Jaguapitã) e a expectativa é de
conquistar 400 novos associados no primeiro ano
de funcionamento. Desde que foi inaugurada,
em 1983, a Sicredi Vale
do Bandeirante apresentou uma evolução significativa nos números. No
início das atividades a
cooperativa contava com
59 associados e hoje já
está com 6.198.
O presidente da Sicredi Vale do Bandeirante, João Carlos Berlese,
afirma que a presença do
sistema em Jaguapitã é
de extrema importância
para alavancar os negócios da região. “A participação da Sicredi Vale
do Bandeirante é destaque no processo de desenvolvimento dos municípios que fazem parte
da área de ação da cooperativa e, Jaguapitã,
pelo crescimento que
tem demonstrado nos últimos anos e pelas parcerias que firmamos não
poderia ficar de fora, visto que o município está
entre um dos maiores,
em população e arrecadação”, esclarece. Para a
instalação da unidade foram investidos aproximadamente R$ 120 mil.
Os produtores rurais
que realizam operações relativas à circulação de mercadorias têm até o dia 31
de dezembro para solicitarem nas prefeituras de suas
cidades a inscrição no novo
Cadastro do Produtor Rural
da Receita Estadual do Paraná. O aviso é feito pelo
contador da Coopermibra
- Cooperativa Mista Agropecuária do Brasil, Carlos
Luis Benassi. Ele explica
que com esse cadastramento os agricultores vão
ganhar uma identidade
própria, com a inscrição
estadual para comercialização da sua produção. Esse
procedimento está previs-
to no Decreto 1668, de 25
de outubro de 2007, e será
feito sem qualquer custo
para o produtor.
O prazo para a inscrição deveria ter sido encerrado no dia 30 de junho, mas atendendo a
uma solicitação do Sistema Ocepar, a Secretaria
de Estado da Fazenda do
Paraná decidiu ampliar o
período para o cadastramento. O CADPRO, como
está sendo chamado o
documento, foi criado
com o objetivo de organizar um sistema de emissão
de notas fiscais num cadastro único e simplificado, que visa oferecer
maior transparência nas
operações realizadas pelo
produtor rural e o compartilhamento de informações (preservando o sigilo
fiscal). Outros benefícios
do sistema são o maior
tempo para verificação
dos dados da comercialização para o Índice de
Participação do Município, o fim da apresentação da contra-nota e o reconhecimento do produtor
como empresário (sem os
ônus fiscais).
Emater de Londrina realiza
qualificação do Pronaf Grãos
Agricultores familiares
de Londrina, beneficiários
do crédito rural Pronaf, participaram do encontro para a
segunda etapa de qualificação sobre a cultura da soja,
com o tema Manejo Integrado de Pragas e Doenças.
Segundo o extensionista
municipal Paulo Mrtvi, do instituto Emater vinculado à
Seab/PR, “a reunião técnica é
um dos caminhos encontrados para dar mais segurança
aos agricultores familiares que
cultivam soja em suas peque-
nas propriedades rurais, de
como melhor produzir obtendo mais produtividade, reduzindo custos de produção e,
principalmente, cuidando das
questões ambientais quanto
ao uso de agrotóxicos”.
A reunião de qualificação do Pronaf para os produtores de grãos foi realizada
na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, no
Parque Arthur Thomas, numa
promoção do Instituto Emater, SMAA, Cresol Londrina e
Banco do Brasil.
Coagel ganha prêmio da Bayer
A Coagel Cooperativa Agroindustrial foi agraciada com o
prêmio “Conquista Brasil”, outorgado pela Bayer CropScience,
como “melhor distribuidora”, categoria Performance do Brasil. A
Bayer classifica os seus distribuidores em três categorias: Premium,
Performance e Potential. Todos os anos a multinacional faz uma
avaliação dos seus distribuidores para premiar o melhor desempenho. De acordo com o engenheiro agrônomo, Gerônimo Benetore, gerente da área comercial da Cooperativa, a Coagel está classificada como distribuidor Performance e, no ano de 2007, ela ganhou
em primeiro lugar o prêmio “Conquista Brasil” de melhor cooperativa do Brasil na categoria.
Influência japonesa
no cooperativismo é
Produtor paranaense tem até 31 de
tema de palestra
dezembro para requerer inscrição estadual
O diretor presidente da
Camda, Osvaldo Kunio Matsuda, proferiu palestras na Semana de Administração da
Unesp/Tupã, e na Semana de
Agronomia da FAI/Adamantina, no interior paulista. O tema
explanado foi sobre “A influência japonesa no Cooperativismo”, e na ocasião se discutiu os três grandes momentos
da imigração japonesa neste
ano em que se comemoram
os seus 100 anos.
O primeiro, ligado à
tecnologia trazida e ao cooperativismo quando cinco
anos após a vinda do povo
japonês “nasce” em 1913 a
Cooperativa Cotia, a Cooperativa Central Sul Brasil em
1928, a Cooperativa Agrícola
Sul Brasil em 1954 e a Camda
em 1965 - fundada por Mário
Matsuda (atual presidente
de honra).
O segundo grande momento foi o projeto Prodecer, na década de 70, quando por um convênio firmado
entre o Brasil e o Japão –
com a Cotia e seus cooperados - houve o “desbravamento” do cerrado, com o
início da expansão da fronteira agrícola brasileira e o
desenvolvimento da cultura
da soja no país. “Este convênio perdurou pelo menos
por seis mandatos presidenciais”, disse Osvaldo Matsuda. O terceiro momento é o
atual, com o acordo firmado
no protocolo de Kioto, e que
objetiva o etanol e o biocombustível brasileiro.
Documentos
O cadastro é gratuito
e, para se inscrever, o produtor deve comparecer no
Departamento de Tributação do seu Município com
o original e a cópia de documentos como: comprovante do INCRA e ITR;
contrato de Arrendamento
ou Parceria, quando for o
caso, registrado em cartório, exceto para área de
inferior a 50 hectares (nesse caso será exigida a cópia do contrato, com firma
reconhecida dos contratantes e das testemunhas);
CPF e RG; e comprovante
de residência atualizada e
do contrato de compra e
venda (quando o imóvel
não estiver no nome do
proprietário). Para incluir
familiares como agregados (pessoa que participa
da produção rural sem vínculo empregatício), o produtor deverá apresentar
também o CPF e RG destes e, no caso da esposa, a
certidão de casamento.
Isenção do ICMS
Com o cadastramento
o produtor receberá o
comprovante de inscrição
e uma carteira de identificação do CADPRO. Essa
inscrição servirá também
como comprovante para a
obtenção de isenção do
ICMS incidente no consumo de energia elétrica rural. A partir da inscrição, a
nota fiscal de produtor rural, além de acompanhar o
transporte da produção
comercializada, poderá ser
registrada nas empresas
destinatárias, dispensando
assim, na maioria dos casos, a emissão da nota fiscal de entrada (a chamada
contra-nota). “Os produtores associados à Coopermibra deverão procurar
a Cooperativa para incluírem essa inscrição estadual também em seus cadastros
de
cooperados”,
comenta Benassi. A partir
do dia 1º de janeiro de
2009 as notas fiscais sem a
inscrição estadual não terão mais validade, ou seja,
quem não se cadastrar não
poderá mais emitir nota
fiscal de venda e transporte de produtos agropecuários e estará sujeito ao
pagamento de multa sobre o valor da mercadoria
que estiver em seu poder.
5
novembro / dezembro de 2008
Pecuária de Leite – Valor recebido pelo produtor em outubro teve recuo de 7,3% na comparação com setembro
A
queda registrada
nos preços do litro de leite pagos aos produtores no Brasil nos últimos
meses pode provocar desaceleração no ritmo das exportações de produtos lácteos. O alerta foi feito no início
de novembro pelo assessor
técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da
Confederação da Agricultura
e Pecuária do Brasil (CNA),
Marcelo Martins, durante audiência pública na Câmara
dos Deputados para debater
a atual situação do setor leiteiro. Ele informou que o valor médio recebido pelo pecuarista em outubro foi de
R$ 0,61, recuo de 7,3% em
relação a setembro deste
ano e de 18,9% na comparação com outubro do ano
passado. “Estes preços podem desestimular os produ-
tores a produzir”, afirmou
Martins. De janeiro a setembro de 2008, as exportações
de lácteos cresceram 160%
em relação ao mesmo período de 2007, totalizando US$
397 milhões.
O assessor da CNA atribuiu a redução dos valores
recebidos pelos pecuaristas
de leite principalmente ao
aumento da produção, que
foi de 15% no primeiro semestre deste ano, e à retração do consumo de leite e
derivados causada pela alta
dos alimentos e do maior endividamento das famílias, o
que gerou um excedente de
1,4 bilhão de litros. Para regular a oferta e garantir o
abastecimento interno e a
ampliação das exportações,
além de recuperar os preços
pagos ao produtor, Martins
defendeu a adoção de medi-
das de apoio à comercialização, como a liberação de R$
300 milhões de Empréstimo
do Governo Federal (EGF)
para estocar 400 milhões de
litros e de outros R$ 100 milhões, em Contratos Privados
de Opção e Venda (Prop),
para escoamento de um bilhão de litros, levando leite
das principais bacias leiteiras
para regiões menos consumidoras. Estas reivindicações, já feitas ao ministro da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, estão em análise pelo
Ministério da Fazenda.
Custos Totais
Segundo Marcelo Martins, a receita obtida pelo
produtor atualmente cobre
apenas o Custo Operacional
Efetivo (COE) da atividade
leiteira, que consiste nos
gastos mais rotineiros (sal
mineral, mão-de-obra, medicamentos, entre outros).
Contudo, ele ressaltou que
os ganhos obtidos com a
produção não cobrem os
custos totais da atividade,
principalmente devido à depreciação do patrimônio,
que leva à necessidade de
reposição de máquinas e
benfeitorias. “Se a queda
continuar, a receita não vai
pagar nem os custos efetivos”, disse o assessor. Ele
acrescentou que a retração
nos preços do leite não é exclusiva no Brasil e tem provocado quedas significativas
nos valores dos produtos
lácteos comercializados no
mercado internacional. A tonelada do leite em pó integral, por exemplo, caiu de
US$ 4,7 mil para US$ 2,9 mil,
enquanto a tonelada do leite
Divulgação
Queda nos preços pode reduzir as exportações
Receitas cobrem apenas custos operacionais
em pó desnatado sofreu diminuição de US$ 4 mil para
US$ 2,2 mil.
O representante da
CNA cobrou outras ações
para estimular a produção
brasileira de leite, como o
fim da cobrança de PIS/Co-
fins sobre rações e sais minerais, além de acordos de
equivalência sanitária, habilitação de novas fábricas para
exportação e continuidade
das ações de combate à
fraude no leite.
Da Redação
Artigo:
Estabilização do dólar
em patamares superiores
A turbulência no mercado internacional continua
forte, e ainda estamos muito
apreensivos para ver o quanto essa crise vai atingir o Brasil. Nos parece que as commodities de alimentos serão
menos afetadas que as demais. Se isso realmente
acontecer, o cenário para
nós, produtores brasileiros,
não será tão ruim.
Estamos
esperando
uma estabilização do dólar
em patamares superiores
aos que estavam antes da
crise, que já é melhor para
exportar e, também, serve
para compensar um pouco a
Levantamento vai
apurar custo da
produção de leite
Representantes da cadeia produtiva do leite estiveram reunidos em Brasília,
para discutir a qualidade do
leite e os desafios para o setor. O objetivo de propor
ações imediatas para a produção do leite com qualidade e adequar o produto às
exigências do mercado internacional também fizeram
parte da pauta do encontro.
De acordo com o chefe-geral da Embrapa Gado
de Leite, Duarte Vilela, somente com a implantação
das boas práticas na produção, o Brasil estará habilitado a produzir leite seguro e de qualidade, tanto
para atender o consumidor
brasileiro quanto para se
adequar às exigências do
mercado externo. “A produção de leite seguro e de
Técnicos da área de Informações do Agronegócio
da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) vão
apurar, pela primeira vez, o
custo da produção de leite
na agricultura empresarial. O
trabalho de campo será nos
estados de Minas Gerais, Rio
Grande do Sul, Goiás e Rondônia em propriedades que
produzam acima de 150 litros de leite por dia.
Os valores vão subsidiar o governo na definição
do preço mínimo estabelecido pela Política de Garantia
de Preços Mínimos (PGPM).
qualidade é uma demanda
dos consumidores em todo
o mundo. O Brasil está fazendo um grande esforço
neste sentido. Entretanto,
alguns indicadores relacionados à composição do
leite e à higiene da ordenha ainda precisam melhorar para se alcançar os padrões mínimos exigidos”,
diz Vilela.
Durante o encontro, os
participantes
propuseram
ações para garantir a inclusão
de produtores familiares no
âmbito da melhoria da qualidade do leite, ampliar o Programa de Alimentos Seguros
(PAS-Campo) para atender
todo o País e motivar empresas e cooperativas de laticínios
a participarem do Programa.
A expectativa é que, em breve, se crie um PAS-Leite.
Feileite movimenta 7
milhões em negócios
A segunda edição da
Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite
(Feileite 2008), realizada entre os dias 28 de outubro a
01 de novembro, alcançou
os objetivos estabelecidos
por seus organizadores. O
evento, realizado no Centro
de Exposições Imigrantes,
em São Paulo (SP), recebeu
mais de 15 mil visitas e gerou receita de R$ 7 milhões,
apenas com os leilões e financiamentos
bancários,
voltados para a aquisição
de equipamentos, insumos,
genética e acessórios. Por
funcionar como uma verdadeira vitrine da pecuária leiteira, a feira também possibilitou a prospecção de
muitos negócios por parte
das empresas que devem
ser concretizados nos próximos meses.
PR: Coasul
realiza 3ª
Semana do Leite
Entre os dias 18 e 20
de novembro, a 3ª Semana
do Leite foi promovida pela
Coasul em parceria com a
Tortuga Cia. Zootécnica
Agrária. Três equipes de
profissionais
trabalharam
para levar ao produtor rural
- da área de abrangência da
cooperativa - informações
importantes sobre a criação
de gado leiteiro. Os assuntos abordados foram nutrição e mineralização no
gado leiteiro, temas considerados importantes, já que
uma pequena diferença no
manejo da produção de leite pode gerar resultados
muito positivos no final.
velmente, um aumento já no
começo do ano que vem.
O mercado mundial
ainda está muito tumultuado. Estamos esperando um
pouco de calma, e as pessoas voltarem a ter mais raciocínio lógico, para tomarem
as decisões. Até lá, temos de
aguardar o vai e vem dos
preços das commodities, da
bolsa de valores e do dólar.
Assim, vai ser um pouco mais
fácil para enxergarmos o que
vem pela frente. Enquanto
isso, temos de seguir firmes,
reduzindo os nossos custos
de produção.
Autor: Renato José Beleze Presidente da Confepar
Pesquisadores do IAPAR
apresentam tecnologias a
pequenos produtores de leite
A Estação Experimental
de Pato Branco do Instituto
Agronômico do Paraná (IAPAr) recebeu a visita de produtores de leite do sudoeste
do Paraná, durante o mês de
novembro. Eles foram acompanhados pelo coordenador
regional de pesquisa, Alceu
Luiz Assmann, e pelos pesquisadores do Programa de
Produção Animal, André
Finkler da Silveira e João Ari
Gualberto Hill, que apresentaram tecnologias para redução dos custos de produção,
uma necessidade dos agropecuaristas familiares.
Reciclagem de nutrientes, consórcio (gramíneas e
leguminosas) e manejo das
pastagens, processo de conservação de forragens, em
especial a fenação, e nutrição animal foram algum dos
assuntos discutidos com os
produtores. Em uma visita ao
banco de germoplasma de
forragens, existente na unidade desde 2002, eles conheceram as espécies mais
adaptadas à região.
“Quando voltei do meu
curso de pós-graduação percebi aqui uma carência em
informações de quais espécies de forrageiras eram mais
adaptadas à região e também de quais são as mais
produtivas e apresentam
uma melhor qualidade nutricional para a produção animal, principalmente para a
produção de leite”, explica
Assmann.
Segundo o pesquisador,
atualmente o sudoeste do
estado começa a se destacar
na produção de leite à base
de pasto, com uma estrutura
Divulgação
Qualidade do leite é
debatida em Brasília
queda que o leite em pó
teve em dólar no mercado
internacional.
Com este panorama lá
fora, falta ver como ficará a
produção no mercado interno. Será que a safra vai vir forte? Como vai ser o comportamento do produtor com os
custos dos insumos altos? E o
clima? Estes elementos, junto
com a exportação, é que vão
definir os preços para os próximos meses. O cenário mais
favorável seria se o leite não
viesse tão forte, e um aumento no volume exportado. Com
isto, poderíamos ter uma estabilidade de preços e, prova-
de informação para a produção de forragem o ano todo,
a partir da geração de tecnologias voltadas à produção
desse alimento. Vários colégios agrícolas e prefeituras
municipais do Paraná e Santa
Catarina, de acordo com Assmann, já adquiriram mudas
de forrageiras provenientes
do IAPAR para repassar a produtores, beneficiando mais
de mil propriedades.
6
novembro / dezembro de 2008
Pecuária de Corte – Entre as regiões pesquisadas, a maior expansão foi verificada no Paraná
Custos da atividade sobem 30,56%
Custo Operacional Efetivo
(COE) da pecuária de corte apresentou alta de
1,33% em agosto, acumulando elevação de 30,56%
nos oito primeiros meses
de 2008. Dos dez estados
que fazem parte da pesquisa, Rondônia foi o estado com a maior variação
do COE neste ano, de
40,95%, seguido por Paraná
(40,84%)
e
Pará
(35,77%).
As informações estão
na edição de outubro dos
Ativos da Pecuária de Corte, publicação elaborada
pela Confederação da
Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA) e do Centro
de Estudos Avançados em
Economia Aplicada da Universidade de São Paulo
(Cepea/USP).
Vilão
Segundo o estudo, o sal
mineral continua sendo o item
mais caro dos custos de produção da pecuária, com aumento
de 92,72% no ano. A pesquisa
aponta também que o Custo
Operacional Total (COT) em
2008 aumentou 26,93% na média nacional. Em agosto, o
COT subiu 1,56%. Entre as regiões pesquisadas, a maior expansão foi verificada no Paraná, onde os custos totais
subiram 36,37%. Já a arroba do
boi gordo teve valorização de
26,35% na média Brasil.
O levantamento da Confederação Nacional da Agricultura e do Cepea/USP aponta que os pecuaristas de
Rondônia tiveram a maior alta
nos preços pagos pelo boi,
que chegou a 38,51% de janeiro a agosto deste ano.
AEN / PR
O
A arroba do boi está mais valorizada em Rondônia
Da Redação
Campos & Carrer: Inseminação
artificial ao alcance de todos
A equipe técnica da
Campos & Carrer esteve na
fazenda Nova Esperança, em
São José do Ivaí, Paraná,
propriedade do pecuarista
José Carlos Moreira, para realizar mais um serviço de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IAFT).
Segundo o médico veterinário e sócio-gerente da
Campos & Carrer, Luigi Carrer Filho, o trabalho realizado na Nova Esperança foi
excelente: “A fazenda está
localizada na região do Vale
do Ivaí, onde temos um clima agradável. A pastagem
estava bem formada e os
animais possuíam um escore corporal muito bom. Observamos cuidadosamente a
parte de mineralização e sanitária. Trabalhamos com
um lote de 30 novilhas Nelore, com 24 meses de idade.
Todos os animais foram examinados clinicamente antes
do início do trabalho, sendo
apenas um descartado”,
afirma Carrer.
A equipe da Campos
& Carrer introduziu o implante de progesterona,
que garante a sincronização
e induz o cio e a ovulação,
além disso, o produto reduz
o intervalo entre os partos,
aumenta a taxa de prenhez,
programa a época das parições, facilita o manejo e reduz o estresse dos animais,
além de aumentar a produtividade do rebanho. Foram
dez dias de trabalho, preliminarmente.
Após 60 dias da IATF
(Inseminação Artificial Tempo Fixo), foi realizado o
diagnóstico de gestação,
por meio do Toque Retal e
Ultra–Som. Vale lembrar
que esse serviço foi realizado mesmo sem a propriedade dispor de estrutura
para Inseminação Artificial:
“A Campos & Carrer oferece todos os equipamentos
necessários: botijão de sêmen, inseminador, sêmen,
hormonioterapia para o
protocolo, médico veteri-
nário e bainha. Além disso,
dispomos de uma equipe
especializada, o que torna
o serviço acessível a todos”, lembra Carrer.
Resultado
Das 29 fêmeas trabalhadas, foi obtido um índice de 51,72% (15/29) em
tempo fixo, ou seja, dez
dias entre o início do tratamento e a prenhez. Após o
diagnóstico de gestação,
as fêmeas foram colocadas
com o touro.
Para Luigi Carrer Filho,
uma das grandes vantagens
do projeto é diminuir o período de estação de monta:
“Se colocarmos em uma planilha de custo, podemos observar que o custo da IATF
ficou menor do que a Inseminação Artificial tradicional e
menor até mesmo que a
monta natural”, conclui o
médico veterinário.
Mais informações: (43)
3324-7831 ou www.camposecarrer.com.br
Divulgação
Recomendações sobre bem-estar animal
são publicadas no Diário Oficial
O uso de transporte e
manejo adequados para redução do estresse e sofrimento dos animais e a adoção de dieta satisfatória,
apropriada e segura em suas
diversas fases de vida são algumas das orientações da
Instrução Normativa nº 56,
publicada em novembro, no
Diário Oficial da União. Ela
representa mais um marco legal do setor e traz recomendações gerais de boas práticas para o bem-estar animal.
Desde a década de 30,
o Brasil atende a princípios
de bem-estar animal. Um
decreto, publicado em 1934,
estabelece medidas de proteção aos animais, prevenindo maus tratos. Em 1950, foi
criado o Serviço de Inspeção Federal, regulamentado pelo decreto 30.691/52,
que cria normas para o processamento de produtos de
origem animal em estabelecimentos inspecionados
pelo governo federal.
Mais recentemente, foi
publicada a Instrução Normativa nº 3, que traz regulamentações técnicas sobre
métodos de insensibilização
para o abate humanitário,
ou seja, procedimentos que
permitem o abate evitando
o sofrimento do animal. Essas regras, que estão em vigor, são referência para o
setor produtivo e contribuem para o bom desempenho do País no mercado
internacional.
USDA aponta
queda da
produção mundial
de carne bovina
O mundo deverá produzir 58,96 milhões de toneladas equivalente carcaça de
carne bovina em 2009, uma
retração de 0,5% em relação
às 59,25 milhões de toneladas que deverão ser produzidas este ano. As estimativas
são do Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O USDA aponta que os
ligeiros aumentos de produção esperados no Brasil, Índia e China serão “anulados”
pelas quedas esperadas para
a União Européia, Austrália,
Argentina e Rússia.
“Essa retração da produção mundial, apesar de
bastante modesta, é muito
bem vinda, já que em 2009
iremos colher os reflexos negativos da crise financeira,
iniciada nos EUA, sobre a
demanda”, avaliam os analistas da Scot Consultoria.
Mais informações: www.scotconsultoria.com.br
Rodrigues vai falar das tendências do
agronegócio em evento do Brahman
Roberto
Rodrigues,
ex-ministro da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
do Brasil, confirmou sua
participação e abrirá o I
Congresso Brasileiro e Latino-Americano da Raça
Brahman, no dia 04 de fevereiro, no Riocentro – Rio
de Janeiro (RJ).
Rodrigues, uma das
maiores autoridades no
agronegócio
internacional, falará sobre as Tendências do Agronegócio
Mundial com ênfase ao
mercado de carne bovina,
para uma platéia composta por pecuaristas e empresários ligados à cadeia
da produção de pelo menos 15 países.
“Ninguém
melhor
que Roberto Rodrigues
para passar aos pecuaristas, técnicos e demais
profissionais envolvidos
com a produção de carne
bovina a melhor mensagem sobre os rumos da
economia mundial num
momento de indefinições
globais”, ressalta Amauri
José Dimarzio, presidente
da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB), entidade promotora do evento.
Roberto
Rodrigues
tem longa trajetória no
agronegócio brasileiro e
mundial. Além de ex-ministro da Agricultura, ele foi
presidente da Organização
Internacional das Cooperativas e da Sociedade Rural
Brasileira. Produtor rural,
Rodrigues é atualmente
coordenador do Conselho
Superior de Agronegócios
da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e do Centro de Agronegócios
da
Fundação
Getúlio Vargas.
Contato
Os interessados em
participar do 1° Congresso
Brasileiro e Latino-americano
da Raça Brahman podem entrar em contato com a empresa organizadora Fagga
Eventos pelo e-mail: [email protected] ou
pelo telefone (21) 3035-3100.
Exportações de couros somaram
US$ 1,68 bi até outubro
As exportações brasileiras de couros movimentaram
US$ 1,68 bilhão até outubro,
registrando queda de 8% em
relação ao acumulado do ano
passado, segundo dados elaborados pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil
(CICB), com base no balanço
da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior. Em relação
aos couros bovinos, as exportações registraram US$ 1,65
bilhão, decréscimo de 8,1 %
nos dez meses deste ano.
A despeito da queda das
vendas externas, a contribuição do setor curtidor para o
saldo de US$ 20,8 bilhões da
balança comercial brasileira é
expressiva, representando, até
outubro, 7,4% do total.
“A indústria brasileira do
couro continua extremamente
preocupada com a queda das
exportações, tanto em receita
quanto em volume, fruto do longo período do câmbio apreciado, além dos já conhecidos obstáculos do Custo Brasil (altas
taxas de juros, excessiva burocracia, precariedade do sistema
de infra-estrutura, entre outros),
agravada pela crise internacional”, adverte o presidente do
CICB, Luiz Bittencourt.
Para contrapor-se a este
quadro, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil
(CICB) vem pleiteando junto
ao governo o reajuste no Revitaliza (programa do Governo
Federal que concede linhas especiais de financiamento a capital de giro, investimento e
exportação). “A vinculação do
capital de giro aos investimentos futuros transforma esse importante programa em matéria
para ‘inglês ver’. O que os setores produtivos precisam,
nessa época de incertezas e de
crédito escasso, é de capital
de giro”, defende Bittencourt.
Principais Destinos
No mês de outubro, os
principais destinos do couro
brasileiro foram a China e Hong
Kong, ambos com US$ 537,5 milhões (32% de participação); Itália, com US$ 453,4 milhões
(26,9% de participação); e Estados Unidos, US$ 153,1 milhões
(9,1%). No período, o Vietnã foi
o mercado que mais cresceu
(96%), somando US$ 80 milhões.
Os demais países que adquiri-
ram o produto nacional foram: a
Indonésia comprou US$ 59,1 milhões do produto nacional (incremento de 15%), Alemanha,
que aumentou suas compras
em 44%, importando US$ 35 milhões, enquanto o México adquiriu US$ 40,7 milhões, representando crescimento de 26%,
e a Noruega, que importou US$
24,6 milhões do couro brasileiro
(aumento de 66%).
Estados
Exportadores
O balanço das vendas externas de couros dos estados
brasileiros até outubro, em
comparação aos dez meses de
2007, indica que São Paulo continua na liderança estadual (US$
519,4 milhões, participação de
31% e redução de 19%), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$
447,7 milhões, participação de
26,64% e crescimento de 3%),
Ceará (US$ 167 milhões, 10,21%
e aumento de 42%) e Mato
Grosso do Sul (US$ 93,21 milhões, 5,55% e decréscimo de
16%). Os demais estados são
Bahia (US$ 88,17 milhões), Paraná (US$ 87,77 milhões), Goiás
(US$ 74,23 milhões) e Minas
Gerais (US$ 73,82 milhões).
7
novembro / dezembro de 2008
AgroDestaque – Paraná se destaca também na produção de frangos, suínos, bicho-da-seda e mel
O
s municípios paranaenses
de
Castro, Toledo, Nova Esperança e Ortigueira se
destacam entre os líderes
nacionais na produção de
leite, suínos e frangos, casulos do bicho-da-seda e
mel. A pesquisa com os
resultados da produção
municipal de 2007, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no final de
novembro aponta que o
Paraná é o maior produtor
de aves e de casulos do
bicho-da-seda do País, o
segundo maior produtor
de mel, o terceiro na produção de suínos e leite e
o décimo colocado na
produção de bovinos.
Na Pesquisa Pecuária
Municipal (PPM), o município de Castro foi o campeão na produção de leite,
com 135,67 milhões de litros em 2007. Nessa atividade, os municípios paranaenses
de
Marechal
Cândido Rondon, Toledo e
Carambeí se destacaram
entre os 10 municípios brasileiros com as maiores
produções de leite.
No ranking nacional, o
Estado do Paraná aparece
como terceiro maior produtor de leite naquele ano
(2007) com uma produção de
2,7 bilhões de litros. Essa
pesquisa da produção pecuária municipal reflete a estimativa feita naquele ano,
onde se levou em conta as
informações das lideranças
obtidas em reuniões feitas
nos municípios.
Na avaliação do secretário da Agricultura e do
Abastecimento, Valter Bianchini, o Paraná recebeu muitos investimentos na área de
laticínios, mas os resultados
deverão ser mais expressivos
daqui para frente quando os
negócios estarão mais amadurecidos.
Outras Atividades
Na produção de frangos, onde o Estado é confirmado como o maior produtor nacional com uma
produção de 195,8 milhões
de cabeças em 2007, que
corresponde a 21,1% da
produção nacional. Os municípios de Toledo, Piraí
do Sul, Cascavel, Palotina
e Dois Vizinhos se desta-
cam entre os 20 municípios
com os maiores efetivos
no plantel avícola.
O município de Toledo é o maior produtor de
frangos do Paraná e o
quinto no País com uma
produção anual em 2007
de oito milhões de cabeças. Toledo se destaca
também na produção de
suínos, onde aparece em
terceiro lugar no ranking
da produção nacional. Em
2007, o município mantinha um plantel com
412.980 cabeças. O Paraná é o terceiro produtor
nacional de suínos com
um plantel de 4,73 milhões de cabeças, responsável por 13,2% da produção nacional.
A pesquisa do IBGE
mantém o Paraná na liderança da produção de casulos
do bicho-da-seda com uma
produção de 7.304 toneladas
de casulos. Na listagem dos
20 municípios brasileiros
com as maiores produções,
todos são do Paraná. Desses,
os municípios de Nova Esperança, Alto Paraná e Altônia
estão entre os três maiores
produtores.
Divulgação
Castro é o município que mais produz leite
Município alcançou em 2007 a produção de 135,6 milhões de litros
Outro setor que o Paraná se mantém na liderança é a produção de
mel, com 4.632 toneladas
produzidas em 2007. O resultado representa uma
participação de 13,3% na
produção nacional que
atingiu 34.747 toneladas
de mel produzidas no
País. O município paranaense de Ortigueira é o oi-
tavo produtor de mel no
ranking nacional dos 20
municípios brasileiros com
as maiores produções.
Corte
No setor de bovinos a
produção paranaense se situa na décima colocação
com um rebanho de 9,49 milhões de cabeças. No Paraná, houve um movimento de
abate de fêmeas muito severo por causa da baixa rentabilidade da pecuária acumulada desde 2002. Os preços
do boi gordo ficaram muito
achatados em 2007 e os pecuaristas abateram suas fêmeas para saldar compromissos, enquanto outros
liquidaram seus plantéis e
saíram da atividade.
Da Redação
Artigo:
Os Benefícios da Maturidade Econômica
As notícias sobre a crise
financeira internacional tomaram conta dos jornais nos
últimos meses, diante da
gravidade da situação econômica nos países desenvolvidos, que chega a ser comparada, com as devidas
ressalvas, com a grande depressão de 1929. Bolsas de
Valores despencaram, indicadores de confiança passaram a retratar um momento
de preocupação, empresas
passaram e enfrentar dificuldades e pacotes trilhonários
de socorro foram montados
às pressas - visando mitigar
os efeitos perversos de uma
das maiores crises financeiras da história.
Paralelamente a este
processo, o ano de 2008 vinha sendo marcado para o
Brasil pelo forte ritmo de expansão da atividade, empregos em elevação e elevada
credibilidade internacional que culminou na obtenção
do grau de investimento em
meio à crise. Esses fatores
evidenciavam um dos maiores ciclos de crescimento da
economia brasileira das últimas décadas, derivado da
responsabilidade na gestão
macroeconômica, do aumento da internacionalização das empresas e manutenção do tripé baseado no
sistema de metas para a inflação, câmbio flutuante e
metas fiscais.
Contudo, a crise internacional mudou de patamar
a partir de setembro, tornando impossível manter
até mesmo o discurso de
descolamento da nossa
economia dos acontecimentos externos. Nesse
ambiente, a grande questão não é saber se seremos
ou não afetados pela crise,
mas sim identificar o tamanho e a duração dos impactos negativos sobre a nossa
economia. Até o momento,
poucos indicadores apresentam sinais de retração, o
que poderia manter o otimismo e a tese do descolamento. Contudo, existem
fortes evidências de que
empresas estão revendo
projetos e orçamentos para
o próximo ano, diante da
piora das condições de financiamento externo e das
incertezas que pairam sobre os rumos da economia.
Assim, embora seja, neste
momento, difícil precisar o
tamanho da desaceleração
da economia brasileira, é
forçoso reconhecer que o
quarto trimestre deste ano
já mostrará que o ritmo da
atividade interna sofreu alteração significativa.
Por outro lado, nunca é
demais lembrar que nas crises internacionais da década
de 1990, originadas em países em desenvolvimento e
de proporções bem menores
que a atual, a economia brasileira acabava entrando em
recessão no ano seguinte, o
que não deve se repetir. Para
2009, enquanto o cenário
para os países desenvolvidos
indica um ambiente recessivo, para o Brasil – e diversos
outros países emergentes –
a expectativa é de uma acomodação do crescimento.
Após expansão da economia
superior a 5% no biênio 200708, projeta-se uma taxa de
crescimento de 2,5% para o
Brasil em 2009. Portanto, pode-se concluir que as informações disponíveis até o
momento indicam que os
efeitos deletérios advindos
do exterior mudarão, de fato,
o patamar de crescimento
no Brasil neste e no próximo
ano, contudo, sem a necessidade de pacotes mágicos,
incapazes de evitar oscilações abruptas na renda e no
emprego. Este é o resultado
direto da maturidade macroeconômica atingida.
Autor: Paulo Chananeco F. de
Barcellos Neto - Diretor Adjunto de
Economia e Riscos de Mercado, do
Banco Cooperativo Sicredi
8
novembro / dezembro de 2008
Suinocultura – No verão o recurso se torna mais escasso e deve ser armazenado antecipadamente
Embrapa alerta sobre cuidados com o uso da água
O uso da água dentro
do galpão também merece
uma atenção especial, alguns vazamentos que parecem ser pequenos no primeiro momento, podem se
transformar em perdas grandes de água com o passar
dos dias. Segundo o pesquisador Júlio Palhares, quando o produtor desperdiça
água, está perdendo duas
vezes. “O produtor perde
um recurso natural e joga dinheiro fora, a água que sai
dos vazamentos poderá
comprometer o manejo dos
dejetos, aumentando os
custos de produção. O suinocultor acaba perdendo
duplamente. Por isso, monitorar a rede hidráulica é item
importantíssimo”.
O bom uso de bebedouros contribui para a economia deste recurso que,
na época de seca é tão raro.
Esses bebedouros econômicos acabam tendo um
custo maior que os outros
mais comuns, porém garantem menor perda de água,
diminuindo o volume de
dejetos e os gastos com o
manejo do mesmo.
Lavagem
O processo de lavagem
dos galpões é uma prática
que também exige uma certa atenção quanto à quantidade de água utilizada. Segundo o pesquisador, esse
aspecto já melhorou bastante nos últimos anos. “Há um
tempo a prática de lavagem
de galpões em algumas produções era feita diariamente.
Hoje em dia, o pessoal só
lava no final do lote, quando
os animais já saíram”, explica o pesquisador. Outro aspecto importante quanto à
lavagem dos galpões é o
equipamento usado. Existem desde mangueiras de
borracha que gastam mais
água até jatos de pressão,
que gastam menos. Por ser
um equipamento mais sofisticado, o jato acaba tendo
um custo um pouco maior,
mas é o mais indicado para
diminuir consumo.
Ovinos
Cadeia produtiva discute
criação de ovinos em MS
A
última
reunião
técnica deste ano
da Câmara Setorial de Ovinocaprinocultura de Mato
Grosso do Sul foi realizada
no final de outubro, na Embrapa Gado de Corte, em
Campo Grande/MS. O encontro reuniu representantes
de 26 entidades para um balanço anual das atividades e
a programação do setor para
o próximo ano.
O objetivo é de orga-
nizar e impulsionar a cadeia
produtiva de ovinocaprinocultura, transformando a
atividade de cria em empresarial. O Serviço de
Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae), em parceria com a Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Agrário, produção, Indústria, Comércio e Turismo
(Seprotur), pretende treinar
produtores do estado e técnicos da Agraer.
Na Fazenda Modelo,
da Embrapa Gado de Corte,
funciona um Arranjo Produtivo Local (APL), com 130 animais, destinado à pesquisa,
capacitação, transferência
de tecnologia e fomento no
estado. De acordo com dados do IBGE de 2005, o número de ovinos no Mato
Grosso do Sul é de aproximadamente 440 mil animais,
o que representa 6% do rebanho nacional.
Ovinocultura anima criadores de Roraima
Divulgação
A
Embrapa Suínos
e Aves, unidade
vinculada ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quer chamar a
atenção dos suinocultores
para os cuidados que precisam tomar com a água no
início do verão, época em
que esse recurso se torna
mais escasso.
Segundo o pesquisador
da Embrapa Suínos e Aves,
Julio Cesar Pascale Palhares,
o primeiro ponto a ser destacado para que o suinocultor
não tenha problemas com a
falta de água no verão é a
necessidade de desenvolver
ações na época em que se
tem água disponível.
Uma opção para a escassez da água no verão é o
uso de cisternas, porém elas
devem ser construídas na
época das águas e não na
chegada do verão. “A cisterna feita na época da seca só
vai gerar resultado na próxima seca, porque para a atual
não tem mais chuva”, explica Júlio Palhares.
A limpeza dos galpões exige atenção diferenciada
Esses são alguns pontos
focais no manejo dos suínos
que podem ser atuados de
maneira positiva na conservação da água. “Um bebedouro
eficiente, uma rede hidráulica
bem monitorada, vai diminuir
o volume de captação de
água, essas relações são difíceis de serem vistas pelos pro-
dutores, mas são coisas simples que podem ser feitas e
que vão dar resultado eficiente” explica Júlio Palhares.
A conservação da água
não demanda custos, mas sim
conhecimento. Além desses
cuidados já citados, é importante preservar a vegetação e
os rios. A legislação determina
que todas as nascentes devam
possuir um raio de 50 metros
de vegetação ao seu redor. Da
mesma forma, é importante
conservar a mata ciliar que colabora com a conservação da
água nos rios. Cumprir a legislação e principalmente o Código Florestal é importante.
Da Redação
Queda de 30% no preço pago ao
produtor assusta suinocultores
Os preços dos suínos
vivos pagos aos produtores
tiveram queda de 30%, no final de outubro e início de
novembro, surpreendendo
os suinocultores, que não
encontram razões que justifiquem esse comportamento
em período tão curto. Na
avaliação do presidente da
Comissão Nacional de Suinocultura da Confederação
da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), Renato Simplício Lopes, “a receita do produtor ficará igual ou abaixo
dos custos de produção, retomando o quadro de crise
que atingiu o setor há dois
anos”. Ele explica que, enquanto os suinocultores têm
recebido remuneração menor, as exportações de carne
suína, em valores, vêm registrando aumentos significativos. Segundo ele, em setembro, as vendas externas
tiveram
incremento
de
63,33% em comparação ao
mesmo mês de 2007.
Segundo Simplício, as
exportações de carne suína
somaram US$ 1,18 bilhão, no
acumulado de 2008, com expansão de 38,11% em comparação ao mesmo período
do ano passado. Em 12 meses, entre outubro de 2007 e
setembro de 2008, a variação
das vendas externas do segmento foi de 33,41% em relação ao período anterior,
mantendo perspectivas favoráveis para 2008. “A desvalorização recente do real implicou em maior remuneração
aos exportadores brasileiros.
Por que o suinocultor tem de
arcar sozinho com esta queda de preços?”, questiona
Renato Simplício, que também é 1º Vice-Presidente da
CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal
(FAPE/DF).
Medidas
“Diante de dados tão
positivos e perspectivas otimistas das exportações, não
tem sentido os suinocultores
conviver com estas quedas
exacerbadas”, acrescenta o
vice-presidente da CNA. Na
sua avaliação, com esta conjuntura, o produtor “perderá
o que vinha recuperando de
crises anteriores vividas pelo
setor”. Para reverter esta situação, ele defende a adoção
de mecanismos que evitem
distorções na cadeia produtiva de suínos, para evitar que
os produtores, que são tomadores de preços, não tenham
a sua remuneração afetada
pela queda dos preços pagos
pelo suíno vivo. “Os preços
caem de uma vez e demoram
semanas ou meses para se
recuperarem”, afirma o presidente da Comissão Nacional
de Suinocultura.
Divulgação
Manejo nutricional incorreto traz prejuízos
para os ovinos, afirma especialista
A criação de ovinos ganhou impulso nos últimos dez
anos, em Roraima. Os criadores do estado perceberam
que investir nesses rebanhos
pode ser um bom negócio. A
matemática é simples: o tempo de abate do carneiro é
menor, enquanto o preço da
carne no mercado é maior
que o da bovina. E os gastos
com alimentação e manuseio
não se diferenciam de outros
rebanhos.
Segundo o presidente
da Associação de Criadores
de Ovinos de Roraima, Manoel Leopoldo Filho, a espera pelo abate dura cerca de
dois anos no caso dos bovinos, enquanto para o ovino
o ponto ideal é com seis meses. “E o quilo da carne de
carneiro, no estado, varia entre 12 e 14 reais, independente do corte. Ao contrário
do gado, que tem um preço
diferente para cada corte.
Na prática, o faturamento
com a criação de carneiros
pode ser até dez vezes maior
em comparação com o rebanho bovino”, garante.
Mas os bons ventos no
setor não vêm soprando por
acaso. Leopoldo ressalta a
importância do trabalho em
conjunto entre a Embrapa e
a Associação de Criadores,
que contribui bastante para
a expansão do rebanho ovino em Roraima, com a aquisição de reprodutores e matrizes de alta linhagem, que
permitem
melhoramento
genético dos animais.
Falta de Dados
A raça Santa Inês é a
mais difundida, existindo em
menor número exemplares
de Dorper, Barriga Negra.
Não existem estimativas oficiais sobre o rebanho ovino
de Roraima, mas se calcula
em 30 mil cabeças. Também
não existe, no estado, um
abatedouro com as especificações sanitárias adequadas.
Por isso, por enquanto, a carne é voltada apenas para
consumo interno e não passa por inspeção rigorosa. Um
risco para a população. Mas
o presidente da Associação
vislumbra um cenário diferente para 2009, quando
deve ser liberada verba do
Governo Federal para a
construção do abatedouro.
O médico veterinário
Ramayana Menezes, pesquisador da Embrapa Roraima,
confirma que os criadores
estão investindo nas instalações, manejo e alimentação
do rebanho. “Eles participam com entusiasmo das
capacitações que oferecemos, mas ainda falham na
gestão da propriedade. E
não fazem o registro dos
nascimentos e dos custos
de produção”, lamenta.
A zootecnista Soraia
Marques Putrino, gerente de
P&D do grupo Evialis no Brasil, levanta um tema preocupante para a ovinocultura
brasileira. Segundo ela,
“grande parte dos criadores
não oferece nutrição adequada para seus animais”.
Com isso, o desempenho dos animais destinados
ao abate cai, ocorrendo menor ganho de peso, conversão
alimentar, falta de cobertura
de gordura adequada, além
de menor desempenho reprodutivo e deficiência na produção de leite para as crias. Outra conseqüência é que eles
ficam mais susceptíveis a doenças de origem metabólica
ou por baixa imunidade. “Uma
nutrição deficiente pode fazer
com que a produtividade seja
reduzida a ponto de inviabilizar economicamente a criação”, ressalta a gerente.
Problemas
Alguns problemas metabólicos que podem ser listados: a acidose, que em geral é
ocasionada devido à falta de
volumoso na dieta; a urolitíase
em ovinos, também causada
pela deficiência de volumoso
e/ou desequilíbrio de minerais
na dieta. Além disso, fêmeas
no estágio final de gestação
que estão super ou sub-nutridas, podem adquirir a toxemia
da prenhes. “Os erros com relação ao manejo nutricional
predominam. E, na verdade,
quando feita corretamente é a
melhor forma de prevenir e solucionar alguns problemas
como esses que acontecem
com tanta freqüência no campo”, enfatiza Soraia Putrino.
A nutrição de ovinos,
assim como de outras espécies deve estar baseada nas
exigências nutricionais de
cada categoria animal, que
variam de acordo com o
peso, idade, raça, sexo e fase
da vida – crescimento, engorda, gestação e lactação.
Maiores Exigências
O animal jovem, em fase
de crescimento, por exemplo,
tem maiores exigências de
proteína em relação ao animal
adulto, já que possui acentuada deposição muscular. As
exigências de proteína tam-
bém são mais elevadas para
fêmeas em terço final de gestação – cordeiros ganham até
70% do seu peso no nascimento -, e lactação em relação
às fêmeas em manutenção.
Já as exigências de energia são maiores na fase de deposição de gordura como animais em terminação; e, mais
uma vez, as fêmeas em terço
final de gestação têm maiores
requerimentos energéticos
em relação às que estão na
fase de manutenção.
Para o suprimento da
proteína e energia requeridas
em algumas fases da vida do
animal, é fornecido o alimento concentrado. O tipo de
concentrado e a quantidade
a serem fornecidos dependem da qualidade do volumoso que os animais têm à
disposição. E assim como a
deficiência de nutrientes pode
comprometer a produtividade
animal, o excesso pode causar o mesmo efeito. O excesso de energia, por exemplo,
eleva o acúmulo de gordura
que pode comprometer a
performance de animais destinados à reprodução.
9
novembro / dezembro de 2008
Fruticultura – Encontro técnico foi realizado pela Emater, em Andirá, na região Norte do Estado
A
bananicultura do
Paraná conta desde o mês de novembro, com
uma nova cultivar a ser plantada, comercializada e consumida. É a BRS Conquista,
apresentada em Andirá para
85 participantes convidados,
integrantes da cadeia produtiva e dirigida principalmente para a agricultura familiar
por suas características de
resistência às doenças, elevada produtividade e redução nos atuais custos de produção da banana cultivada
tradicionalmente.
A solenidade de apresentação ocorreu no Cine
Teatro São Carlos, conduzida
pelo extensionista, engenheiro agrônomo Élcio Félix
Rampazzo, coordenador macroregional do Projeto Frutas
do Emater, instituto estadual
oficial vinculado à SEAB/PR.
Os participantes do encontro também foram recebidos
por Eliazar Vivot Dias, em
Itambaracá para visitação de
55 plantas na unidade demonstrativa, com mudas aclimatadas em 25 de janeiro de
Setor de
máquinas
agrícolas cresce
16,6%
Os dados sobre o desempenho da indústria de
máquinas agrícolas até
novembro mostram que o
setor vai encerrar o ano
atingindo suas expectativas. As vendas de máquinas agrícolas somaram 4,3
mil unidades em novembro de 2008, o que representa uma queda de
21,2% em relação a outubro e um crescimento de
16,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.
No acumulado dos
primeiros onze meses do
ano, foram vendidas no
mercado interno 50,8 mil
máquinas agrícolas, volume 42,8% maior que o registrado em igual intervalo de 2007. Na realidade,
a Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) fez pequena revisão
para cima no volume de
vendas em 2008. A entidade projeta agora que
as vendas internas de máquinas agrícolas irão crescer 40% em 2008, para um
total de 53,8 mil unidades. Anteriormente, a
projeção era de 53,1 mil
unidades e alta de 38,6%.
2007 e plantio em 22 de fevereiro, com início da colheita da primeira produção em
15 de abril de 2008.
Na oportunidade o pesquisador Luadir Gasparotto,
responsável pelo projeto de
geração da cultivar, destacou
o trabalho desenvolvido no
campo experimental da Embrapa Amazônia Ocidental,
em Manaus/AM, e assegurou ainda que ela estará disponível em mudas microprogadas, pela SBW do Brasil
Agrifloricultura, de Holambra, São Paulo, a partir do
primeiro semestre de 2009.
Vantagens
Dentre os aspectos potenciais da nova banana estão o sabor peculiar agridoce pelo equilíbrio entre
açúcares e ácidos, casca fina,
coloração amarelo claro, polpa de coloração creme, aroma proeminente e agradável, como comprovou o
menino Lucas Braga, de 9
anos, convidado pela comissão organizadora para saborear o primeiro fruto dos ca-
chos
colocados
para
degustação dos visitantes.
Mesmo variando em tecnologias adotadas nas diversas
regiões produtoras a média
dos resultados pode ser de
fruto pesando 90g, cacho de
29kg, 326 frutos por cacho,
13 pencas por cacho, pencas
de 2,25kg e alta resistência
ao despencamento.
Do plantio à emissão de
cacho, no Paraná, leva 360
dias (de fevereiro a dezembro), de 8 a 9 folhas viáveis na
colheita e produtividade média de 30 toneladas por hectare no segundo ano de produção, com 1,6 mil plantas
por hectare no espaçamento
de 3,0m x 2,0m. O plantio
pode ser efetuado em qualquer época do ano, quando
irrigado e em diferentes tipos
de solo e seu desenvolvimento em unidades demonstrativas no sul onde as áreas estão
sujeitas a geadas, tem sido
satisfatório.
Sigatoka
O maior destaque da
cultivar BRS Conquista, se-
Técnicos africanos
participam de curso sobre
frutas tropicais na Embrapa
No mês de novembro,
na Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical (Cruz das
Almas/BA) foi realizado o IV
Curso Internacional sobre
Produção de Frutas Tropicais.
O treinamento tem o objetivo de oferecer aos técnicos
de países africanos de língua
portuguesa (Palop) a oportunidade de aperfeiçoarem
seus conhecimentos sobre
técnicas de produção e póscolheita de frutas tropicais
sob condições de agricultura
familiar e empresarial.
“De volta a seus países,
eles serão multiplicadores e
vão poder contribuir para o
desenvolvimento da fruticultura, em especial do abacaxi,
acerola, banana, citros, manga e maracujá”, explica o
pesquisador Domingo Haroldo Reinhardt, articulador
internacional da Unidade.
Aspectos socioeconômicos e estatísticos na fruticultura, recursos genéticos e
melhoramento, manejo do
solo, nutrientes e água, controle de pragas e doenças,
sistemas integrados de produção, manejo dos frutos na
colheita e pós-colheita e formas de processamento fizeram parte dos principais temas da programação de
quatro semanas. Além das
aulas teóricas, foram realizadas excursões regionais e visitas a produtores, campos
de produção de mudas e
unidades de processamento
de frutas.
Parceria
O curso é resultado de
um acordo de cooperação
técnica entre Brasil e Japão,
assinado em 2001. Seis cursos similares já foram realizados até 2007 – três sobre frutas tropicais e três sobre
mandioca, capacitando 85
técnicos. O acordo prevê
mais três cursos até 2011.
Participam funcionários
de instituições de pesquisa e
extensão de Angola, Cabo
Verde, São Tomé e Príncipe,
Guiné-Bissau e Moçambique. Pela primeira vez em
sete anos, três vagas foram
ocupadas por brasileiros,
cujas despesas não são cobertas pelos organizadores.
Os órgãos parceiros da
Embrapa na execução do
acordo são a Agência Brasileira de Cooperação (ABC),
do Ministério das Relações
Exteriores, e a Agência Japonesa de Cooperação Internacional (Jica), principal
agente financiador.
Pêra é uma nova opção no Semi-Árido
A pêra pode se estabelecer como alternativa de
plantio comercial nas áreas
irrigadas do submédio do
Vale do São Francisco, clima
quente e com pequenas variações ao longo do ano. A
Embrapa Semi-Árido realiza
estudos para superar a necessidade de frio que a pêra
requer nas áreas onde é cultivada. Assim como aconteceu com a uva, há cerca de
30 anos, as pesquisa buscam
formas de manejo das pereiras e sua adaptação às
condições ambientais do
sertão nordestino.
De acordo com o engenheiro agrônomo Paulo
Roberto Coelho Lopes, bons
resultados ampliaram os objetivos da pesquisa. Inicial-
mente eram duas variedades testadas, atualmente
são 18 novas cultivares, dentre elas algumas das mais
cultivadas e comercializadas
mundialmente. Se até meados de 2009, for comprovada a viabilidade desses novos materiais, o pesquisador
acredita que terá um bom
indicativo para recomendar
o plantio de pêra nas áreas
irrigadas do Submédio do
Vale do São Francisco.
A pêra é a terceira
mais consumida e mais importada pelo Brasil, entre
as frutas de clima temperado. O consumo atual é de
mais de 150 mil toneladas.
A produção nacional anda é
insignificante e não alcança
sequer 10% do total consu-
mido. As áreas cultivadas
estão concentradas nos estados do Rio Grande do
Sul, Santa Catarina, Paraná
e São Paulo e as colheitas
acontecem entre os meses
de fevereiro a maio.
O agrônomo considera favorável o mercado de
pêras no Brasil. A demanda
atual pode crescer e chegar
a 300 mil toneladas ao ano,
desde que a cadeia produtiva em torno da cultura
abasteça o mercado com
frutos de qualidade e preços competitivos. Diversificar as opções de cultivo no
Submédio é uma estratégia
inteligente para chegar ao
mercado com oferta de várias frutas em épocas diferentes do ano, explica.
Emater
BRS Conquista é apresentada aos paranaenses
Produtores assistiram palestras técnicas sobre a nova variedade
gundo Gasparotto é a sua alta
resistência as doenças Sigatoka-amarela e Sigatoka-negra, além da resistência completa ao Mal-de-Panamá.
Qualidades essas que vão
permitir a fácil propagação
como alternativa frutícola na
diversificação agrícola da pequena propriedade rural, destaca o extensionista Rampazzo. “Esta nova cultivar deverá
ter seu consumo recomendado como banana Conquista,
sem confundir o consumidor
porque não é e nem veio
substituir a banana maçã. É,
sem dúvida, um produto diferenciado e pode ser produzida sem ou com o mínimo de
agrotóxicos, ideal para os bananicultores enquadrados na
agricultura familiar”.
Da Redação
Bahia é sede de encontro para
garantir sanidade na fruticultura
Com o segundo maior
pólo de fruticultura do país,
localizado no município de
Livramento de Nossa Senhora, a Bahia foi sede do 7º Encontro Estadual de Moscasdas Frutas. O evento,
realizado no mês de novembro, na cidade de Rio de
Contas, a 612 quilômetros
de Salvador, na Chapada
Diamantina, teve como objetivo capacitar profissionais
da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia
(Adab) e de outras agências
de defesa dos estados do
Rio Grande do Norte, Céara
e Pará, contra a entrada da
Mosca-da-carambola.
A praga é originária da
Malásia e atualmente foi detectada no estado do Amapá, atingindo frutas de todas
as espécies, inviabilizando a
comercialização e exportação. De acordo com o coor-
denador do Programa de
Mosca-das Frutas, da Adab,
Raimundo Sampaio, a praga
precisa ser combatida por
ser uma ameaça à fruticultura nacional.
“Caso a praga chegue a
Bahia, vai atingir principalmente a manga, fruta que tem
a segunda maior produção do
Brasil. A mosca-da-carambola
pode causar a perda de até
70% da produção e aumentar
o uso do agrotóxico, além de
impedir a exportação da manga para países como Argentina, Uruguai, Estados Unidos,
Japão e Europa”, explicou
Sampaio.
O coordenador do programa avalia que o encontro
é uma forma de proteger o
agronegócio baiano sendo
que 90% da área cultivada
por manga na região de Livramento de Nossa Senhora
é explorada pela agricultura
familiar. “É importante cuidar da fruticultura para garantir uma maior sanidade
do produto”, ressaltou.
Presenças
Durante o encontro, foram realizados treinamentos,
aulas teóricas e práticas de laboratório, ministradas por técnicos da Adab, órgão que gerenciou o encontro, e pela
coordenadora nacional do
Programa de Mosca-das frutas do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento
(Mapa), Maria Júlia Goddoy. A
finalidade é criar uma equipe
de emergência atuante no
combate. O evento teve também as presenças de representantes da Biofábrica Moscamed, empresa que atua no
monitoramento de pragas, e
do diretor do Instituto Agronômico Nacional do Paraguai,
Miguel Blanco.
10
novembro / dezembro de 2008
Avicultura – Um dos objetivos é estimular o crescimento da atividade no Estado
C
om o objetivo de
fortalecer a atividade avícola no Estado, os produtores de aves de Mato
Grosso do Sul criaram no mês
de novembro, na sede da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) a Avimasul
(Associação dos Avicultores
de Mato Grosso do Sul).
A economista da Famasul, Adriana Mascarenhas, assessorou todo o processo de
estruturação da Avimasul desde o início do Projeto. Adriana
afirma que o momento é muito propício para a criação da
Avimasul, porque o cenário
econômico para a produção
de aves é favorável para o Brasil. “Apesar da crise mundial a
avicultura vem crescendo e
provavelmente não sofrerá
grandes impactos como outros setores já estão sofrendo.
As expectativas para esse setor em 2009 são muito boas e
por isso a criação da associação nesse momento é muito
importante”, declara Adriana.
Números
Segundo dados divulgados pela Abef (Associação
Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango) entre
janeiro e outubro deste ano as
exportações de carne de frango totalizaram embarques de
3,1 milhões de toneladas, registrando um crescimento de
17% na comparação com o
mesmo período de 2007. Nesses 10 meses de 2008, a receita cambial somou US$ 6 bilhões, o que representa um
aumento de 54%.
A produção de carne de
frango em Mato Grosso do
Sul equivale a 3,6% da produção nacional. Somente este
ano já foram produzidas cerca
de 118.177.908 Kg de Frango.
Adriana analisa que houve um
crescimento, mas ele ainda foi
pequeno perto de outros estados. Os avicultores acreditam que com a criação da
Avimasul será possível levar
as demandas do setor para o
governo fazendo com que
esse setor cresça em MS. A
alta carga tributária e o alto
custo de energia elétrica para
a atividade são fatores que
sempre prejudicaram o setor.
Com a associação, as expectativas são de que essas questões possam ser resolvidas
mais rapidamente.
AEN / PR
Produtores criam associação em MS
Criadores querem amenizar custos com a atividade
Da Redação
Copacol participa da 13ª Festa do Frango Comitê Sanitário da Unifrango realiza reunião
outubro, a Cooperativa também mencionou o reconhecimento de estar entre as
150 melhores empresas do
País para se trabalhar e expôs com imagens e embalagens, os seus diversos produtos à base de frango,
reconhecidos no Brasil e no
mundo pela qualidade e sabor. Ainda no estande, os
convidados puderam conhecer um pouco mais sobre o
novo negócio da Copacol: a
piscicultura.
Premiação
No sábado, dia 22 de
novembro, a Cooperativa
entregou o Prêmio de Qualidade na Propriedade Rural
para 45 avicultores integrados. Para cuidar de um aviá-
rio, é preciso dedicação. Manejo de equipamentos,
manutenção, arborização e
preservação do meio ambiente, são algumas das atividades que precisam ser realizadas pelos avicultores.
Segundo o presidente
da Cooperativa, Valter Pitol,
essa premiação é realizada
com o objetivo de incentivar
os avicultores a manter a
qualidade na produção de
frangos e também nas propriedades rurais. “Somos
uma empresa global e precisamos produzir com eficiência e qualidade nossos produtos
para
sermos
competitivos no mercado, e
os produtores tem papel fundamental nesse processo”,
salienta Pitol.
Coopermibra apresenta
resultado do milho BT
Agricultores associados
a Coopermibra - Cooperativa Mista Agropecuária do
Brasil, conheceram no final
de outubro, os resultados do
cultivo do milho BT Yeldgard,
o transgênico resistente à lagarta. A apresentação, promovida pela Agroeste, foi
feita em duas, das oito propriedades rurais do município de Campo Mourão que
adquiriram a semente na Cooperativa e cultivaram áreas
experimentais e até mesmo
comerciais com a variedade
AS-1551. “Os resultados estão surpreendendo os produtores”, afirma o engenheiro agrônomo Fábio Cesar
Debortoli, da Agroeste. “Temos 100% de satisfação”,
destaca ao falar sobre a diferença entre o milho convencional e o transgênico, plantados na mesma época e
mesma área. “A diferença é
nítida. No milho convencional, apesar de já terem sido
feitas de três a quatro aplicações, as lagartas continuam
atacando as plantas. Já no
milho BT, mesmo sem nenhuma aplicação, as plantas
estão intactas”, conta.
Quem comprovou pessoalmente essa diferença foi
o produtor Odilson Alvaristo.
“Vou plantar esse milho na
próxima safra”, afirmou ao
falar das vantagens que observou no experimento.
Além de reduzir os riscos de
contaminação ambiental e
humana, o produtor ainda
economiza na compra de inseticidas e em todo o processo de aplicação, que envolve
gastos
com
combustível, mão-de-obra,
desgaste do maquinário e
outros. “No final, essa economia compensa o custo
maior da semente”, diz Alva-
risto ao citar ainda que: “Outra vantagem é que a lavoura
não sofre com o ataque da
lagarta”.
Produtividade
De acordo com Debertoli, por não ser atacado pela
lagarta, a média de produtividade do milho BT deverá
ser de 8% a 10% maior do
que as variedades convencionais. “Em resumo o milho
BT Yeldgard, proporciona
menor custo de produção e
maior produtividade”, salienta lembrando que muitos
produtores deverão optar
por essa nova tecnologia
para a safrinha. Debertoli cita
ainda que a Coopermibra foi
uma das primeiras a repassar
a semente do milho BT para
seus cooperados na região
de Campo Mourão e deverá
ser a primeira a oferecer o
produto para a safrinha.
Brasil restabelece exportação carne
de frango in natura para a China
O Brasil restabeleceu
a exportação de carne de
frango in natura para a China e está concluindo as negociações para o comércio
de carne suína, anunciou,
no início de dezembro, o
ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
Reinhold Stephanes. A retomada do comércio, segundo ele, atende a uma
reivindicação do setor produtivo, sendo significativa
para o País, devido à capacidade de consumo do mercado chinês.
Principais compradores
de produtos agropecuários
brasileiros, os chineses farão,
inicialmente, negócios com
24 abatedouros localizados
em oito estados: Rio Grande
do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso
Sul, Mato Grosso, Goiás e
Minas Gerais.
As negociações ocor-
reram, em Pequim (China),
entre o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura,
Inácio Kroetz, e o vice-ministro de Administração,
Quarentena, Supervisão e
Inspeção da República Popular da China, Wei Chuanzhong. No caso da carne
de frango in natura, o restabelecimento do comércio é imediato, validado
pelas duas autoridades.
No final de outubro, foi
realizada uma reunião extraordinária do Comitê Sanitário da Unifrango. O encontro, no Hotel Deville, em
Maringá/PR, contou com a
presença de representantes
de dez empresas associadas
(Averama, Frangos Canção,
Coroaves, Frangos Pioneiro,
Avenorte, Avícola Felipe,
Granjeiro, Frango Seva e
Avebom), além de participantes não-associados (Fort
Dodge, A.B.Araujo, Suiaves
e Farmabase).
Os temas em discussão
nas palestras foram: “Coccidiostáticos e Promotores”,
com o palestrante Alexandre
Zochi, abordando questões
do uso de promotores de
crescimento em frango de
corte, drogas versus mercado internacional, farmacologia e qualidade intestinal;
“Lavagem e Desinfecção de
Aviários”, referente à limpeza, lavagem, desinfecção de
aviários e biossegurança; e
“Monitoria e Diagnóstico”,
uma mesa redonda sobre
doenças em frango de corte,
coordenada pelo representante do Abatedouro da Coroaves, Aníbal Cardoso.
Segundo Cardoso, que
atua na área de gerência de fomento da Coroaves e coordenou a reunião do Comitê Sanitário, “os temas tratados são
de extrema importância para a
atividade, abordando de forma ampla assuntos como
questões sanitárias, avaliação,
comparação de resultados, verificação de problemas e soluções comuns”, disse.
Pesquisa em doenças aviárias
integra o Programa da SDA
Desenvolver pesquisas
de interesse comum entre o
Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
(Mapa) e a Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS). Com esse objetivo,
o professor Carlos Tadeu Pippi Salle se inscreveu no programa Defesa Agropecuária:
Mais Ciência, Mais Tecnologia. O investimento de R$
120 milhões para financiar
pesquisa e desenvolver
ações de defesa agropecuária no País, até 2010, foi disponibilizado pela Secretaria
de Defesa Agropecuária
(SDA) do Mapa, em parceria
com o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT).
O professor Carlos Tadeu é doutor em Veterinária e
trabalha no Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Patologia Aviária (CDPA) da UFRGS. Com o projeto, pretende
transformar o CDPA num parceiro do Mapa para oferecer
tecnologia para o sistema de
avaliação de risco de doenças, além de auxiliar no diagnóstico de doenças aviárias e
promover o treinamento de
recursos humanos. “Essa parceria com universidades já
ocorre nos países desenvolvidos e é muito bem aproveita-
da na resolução dos problemas na área de defesa
agropecuária”, explica.
Centros
O projeto apresentado
pelo Professor Carlos Tadeu
concorre aos recursos da linha de ação nº 4, do programa Defesa Agropecuária:
Mais Ciência, Mais Tecnologia, que objetiva formar centros colaboradores em defesa agropecuária. Outras três
linhas de recursos estão previstas: capacitação de recursos humanos, projetos de
pesquisa científica e tecnológica e estruturação e implantação de redes de pesquisas
científicas.
Produção de carne de frango fica
próxima do milhão de toneladas
Levando em conta a
produção anterior de pintos
de corte e o resultado das
exportações de carne de
frango em outubro passado,
a APINCO estimou que no
décimo mês do ano foram
produzidas no País 990.463
toneladas de carne de frango, volume 11,11% e 6,90%
superior aos registrados,
respectivamente, em outubro de 2007 e em setembro
de 2008. Também foram superadas – em 4,7% - as
945.515 toneladas alcançadas em dezembro de 2007
e, por essa razão, o volume
produzido em outubro último corresponde a um novo
recorde do setor.
Com esse resultado, o
volume de carne de frango
produzido entre janeiro e
outubro de 2008 ultrapassa
ligeiramente os 9 milhões
de toneladas, sendo quase
AEN / PR
A Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata),
participou da 13ª Festa do
Frango promovida pela Prefeitura de Cafelândia entre
os dias 20 e 23 de novembro,
com o objetivo de integrar
as famílias de associados, de
colaboradores e da comunidade em geral. A Cooperativa conta hoje com cerca de
4,5 mil associados e mais de
6,5 mil colaboradores diretos. Segundo os organizadores, mais de 30 mil pessoas, entre moradores da
cidade e de localidades vizinhas, visitaram o evento.
Neste ano, o estande
da Copacol contemplou informações sobre os seus 45
anos de fundação. Além do
aniversário comemorado em
7% superior ao registrado
no mesmo período de
2007. Correspondendo a
uma produção média mensal de 905,8 mil toneladas,
a produção atual projeta
para a totalidade do ano
volume da ordem de 10,870
milhões de toneladas, 5,5%
a mais que o produzido no
ano passado.
Estimativas
O mais provável, no
entanto, é a produção do
corrente bimestre (o último
do ano) aproximar-se dos 2
milhões de toneladas. E,
neste caso, a produção anual de carne de frango deve
superar (embora ligeiramente) os 11 milhões de toneladas, aumentando pelo
menos 7% em relação ao
ano anterior.
Nos 12 meses encerrados em outubro passado a
produção brasileira de carne
de frango já somou quase
10,9 milhões de toneladas,
um volume 7,69% superior
ao alcançado no mesmo período anterior. As informações são da AviSite.
11
novembro / dezembro de 2008
Grãos – Valor sugerido pela Conab é insuficiente, apontam produtores e representantes de cooperativas
Preço mínimo do milho não cobre custos
e de R$ 14 para R$ 19 no
Nordeste. Durante a audiência, o superintendente da
Conab disse ainda que existe a intenção de dar aos produtores a opção de compra
de 2 milhões de toneladas
de milho. Os agricultores poderiam, assim, vender essa
produção para o governo ou
para o mercado.
aporte extra de R$ 1 bilhão
para garantir a comercialização dos produtos.
Apesar da disposição
do governo em apoiar os
Recursos
De uma forma geral, o
governo pretende, em
2009, reservar R$ 2,5 bilhões para a política de garantia de preço mínimo dos
mais diversos produtos da
agricultura brasileira. A
proposta orçamentária do
próximo ano já contempla
R$ 1,5 bilhão para essa finalidade, segundo o coordenador-geral de Cereais e
Culturas Anuais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Silvio Farnese. No entanto,
como essa proposta foi
elaborada antes da crise financeira mundial, o governo espera agora que os
parlamentares aprovem um
produtores de milho, o analista econômico do Sindicato
e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná
(Ocepar), Robson Mafioletti,
Feijão: Preço sobe para
consumidor e cai para produtor
Uma contradição nos
preços do feijão é motivo
de preocupação de produtores e consumidores do
grão em Goiás. Segundo levantamento da Gerência de
Estudos Técnicos da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás
(FAEG), o preço do produto
pago ao produtor caiu na
comparação com outubro e
para o consumidor houve
aumento de preço.
Em outubro, a saca custava R$ 130, e em novembro a
mesma saca de 60 kg já custa
R$ 90. Segundo os dados da
Superintendência de Estatística Pesquisa e Informação da
Secretaria de Planejamento
de Goiás, o preço do feijão no
varejo teve alta de 7,21% no
varejo e atualmente custa em
média nos supermercados de
R$ 3,80 a R$ 3,90 o quilo.
O analista de mercado
da FAEG, Pedro Arantes, afirma que o feijão que está no
mercado é de excelente qualidade, pois foi produzido a
partir de irrigação com pivôs.
“A culpa dos preços altos não
é produtor, que por sinal está
recebendo menos por quilo.
Há algo de errado”, ressalta.
Conselho do Consórcio Brasileiro
de Café se reúne no IAPAR
Com tradição na pesquisa sobre café, o IAPAR foi
a primeira instituição a acolher uma reunião do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e
Desenvolvimento do Café
(CBP&D/Café) fora de Brasília, no mês de novembro,
destacou o diretor-presidente do instituto, José Augusto
Teixeira de Freitas Picheth.
Definir um plano estratégico, fortalecer os laços entre as entidades participantes, conhecer e incentivar as
pesquisas na área foram alguns dos temas em pauta no
10º encontro do conselho
que, a convite de Picheth,
aconteceu no IAPAR. A idéia
de se descentralizar a reunião
teve a aprovação do gerente
geral da Embrapa Café e coordenador do consórcio,
Aymbiré Francisco Almeida
da Fonseca: “Esse método
proposto pelo IAPAR foi mui-
que participou da audiência,
representado a OCB - Organização das Cooperativas
Brasileiras, sugeriu um preço
mínimo maior, de R$ 19,06,
Divulgação
A
crise vivida pelos
produtores de milho no País, desencadeada
pela queda nos preços do cereal, estoques elevados e redução na exportação do produto, esteve em discussão na
segunda quinzena de novembro, durante audiência pública promovida pela Comissão
de Agricultura, Pecuária,
Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em Brasília. Além
de analisar as causas que desencadearam a crise, deputados, representantes de cooperativas e do governo federal
debateram sobre algumas
medidas para combater o
problema. Uma delas é o aumento do preço mínimo da
saca do grão em 2009.
A proposta apresentada pelo superintendente de
Gestão da Oferta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Carlos
Eduardo Cruz Tavares, é aumentar o preço mínimo de
forma regionalizada. O valor
da saca passaria de R$ 14
para R$ 16,50 no Sul e no Sudeste; de R$ 11 para R$ 13,20
em Mato Grosso e Rondônia;
to produtivo”, afirmou.
Também estiveram presentes o chefe do Departamento de Café da Empresa
Baiana de Desenvolvimento
Agrícola S.A. (EBDA), Ramiro
do Amaral; o presidente da
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
(Epamig), Baldonedo Arthur
Napoleão; a diretora do Núcleo de Pesquisa do Centro
de Café do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Terezinha de Jesus; o diretorpresidente
do
Instituto
Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão
Rural (Incaper), Gilmar Gusmão Dadalto; e o professor
da Universidade Federal de
Viçosa (UFV), Laércio Zambolim.
Consórcio
O CBP&D/Café é uma
congregação de institui-
ções de pesquisa e desenvolvimento que tem por
objetivo dar sustentação
tecnológica ao agronegócio do café no Brasil, no
sentido de expandir e consolidar a capacidade de
identificação de problemas
e geração de alternativas
tecnológicas.
Foi criado em março
de 1997 por dez instituições brasileiras de P&D do
café – EBDA, Embrapa,
Epamig, IAC, IAPAR, Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa/DCAF),
Empresa
de
Pesquisa
Agropecuária do Estado
do Rio de Janeiro (Pesagro), Universidade Federal
de Lavras (Ufla) e UFV, e
com a Embrapa (Empresa
Brasileira de Pesquisa
Agropecuária) como instituição coordenadora.
para a saca do milho produzido no Paraná. “O valor de
R$ 16,50 proposto pela Conab está abaixo dos custos
de produção, que é estima-
Fórum sobre seguro
rural reúne governo,
seguradoras e
produtores
Quase metade das operações com seguro rural no
País são feitas por produtores
paranaenses. E é a partir do
Paraná que começa um esforço articulado para modernizar
a legislação que regula o setor, ampliar as modalidades
de seguro hoje oferecidas, e,
conseqüentemente, massificar a adesão dos produtores.
Um seminário reuniu na
segunda quinzena de novembro, em Curitiba, representantes das seguradoras, governos,
produtores
rurais,
pesquisadores e profissionais
de mercado. O Seminário
“Risco, Desenvolvimento e
Seguro Rural” buscou identificar gargalos e pontos de convergência para impulsionar os
ainda baixos índices do seguro agrícola no Brasil. O fórum
foi promovido pela Federação
da Agricultura do Estado do
Paraná (FAEP), Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Instituto de Economia (IE) da Unicamp.
Além de técnicos das instituições citadas acima, participaram do debate especialistas
dos Ministérios da Agricultura
e Fazenda, Secretaria da Agricultura do Paraná (SEAB), Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz” (ESALQ) e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar).
do pela própria Conab em
R$ 19,06/saca de 60 kg. A
atuação do governo será de-
cisiva para enxugar a oferta e
sinalizar preços”, afirmou.
Da Redação
Embrapa recebe R$ 7,8 milhões
por sementes de soja transgênica
A Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) recebeu no dia
20 de novembro, sua parte
dos direitos de propriedade intelectual pela venda
[royalties], na última safra,
de variedades de soja geneticamente modificadas,
desenvolvidas em parceria
com a empresa Monsanto.
Este ano foram R$ 7,8 milhões destinados à estatal,
mais que o dobro recebido no ano passado (R$ 3,2
milhões). A sede do Centro nacional de Pesquisa
da Soja da Embrapa é em
Londrina.
O diretor-executivo da
Embrapa, José Geraldo
França, explicou que o convênio para desenvolvimento dessas variedades de
soja tiveram início em 2000,
mas as sementes só foram
colocadas no mercado em
2005. “O importante é que
esse dinheiro está ajudando a financiar novos projetos de pesquisa, não só da
Embrapa, mas de várias outras instituições brasileiras,
com a soja, o algodão, o arroz e de biofortificação para
culturas plantadas no Norte
e Nordeste do país”.
Fundo
Segundo França, esses recursos, que já chegaram a quase R$ 12 milhões
com
o
último
repasse, vão para um fundo de financiamento de
outras pesquisas. “Abrese um edital e são eleitas
aquelas (pesquisas) consideradas mais fortes do
ponto de vista técnico e
de aplicação”, afirmou. Os
R$ 7,8 milhões, vindos de
uma parte dos R$ 0,35/kg
de royalties cobrados na
venda de sementes de soja
da Embrapa com a tecnologia Roundup Ready®, da
Monsanto, já têm alguns
destinos definidos.
Serão mais de dez
projetos, mas três delas
são consideradas prioritárias: incorporação de genes resistentes à brusone,
doença que mais afeta o
arroz nacional; desenvolvimento de alimentos mais
nutritivos, com adição de
ferro e vitaminas; e combate a uma doença que
quase acabou com as citriculturas chinesa e sul-africana e que está preocupando
produtores
e
cientistas brasileiros.
Fone: (43) 3325-8751
www.aeroclubedelondrina.com.br
12
novembro / dezembro de 2008
AgroDestaque – Cafeicultores se destacaram em evento realizado no Pernambuco
O
cafeicultor Osvaldo Garcia, de
Cornélio Procópio, obteve a
terceira colocação no 5º
Concurso Nacional da Associação Brasileira da Indústria
de Café (Abic). Ele concorreu
na categoria cereja descascado e teve seu lote arrematado em leilão por R$ 820 a
saca. Competindo na categoria café natural, o produtor João Ferreira dos Santos
Neto, de Apucarana, também chegou em terceiro lugar; com lance de R$ 460 a
saca. O resultado foi divulgado no final de novembro, durante a cerimônia de encerramento do 16º Encontro
Nacional das Indústrias de
Café (Encafé), em Porto de
Galinhas, Pernambuco.
Ambos os produtores
venceram, nas respectivas ca-
tegorias, o concurso Café Qualidade Paraná, cuja etapa final
foi realizada no dia 30 de outubro, em Mandaguari/PR. No
certame nacional, eles concorreram com lotes de São Paulo,
Minas Gerais, Bahia e Espírito
Santo. “Esse desempenho
confirma que o Paraná produz
uma bebida de alta qualidade”, afirma Armando Androciolli, coordenador de pesquisas em café do Instituto
Agronômico do Paraná (Iapar).
O vencedor da categoria café cereja descascado
foi Homero Teixeira de Macedo Júnior, de São Sebastião da Grama (SP), com lance no valor de R$ 2.470 por
saca; o produtor Carlos Sérgio Sangland, de Araponga
(MG), ficou em segundo lugar, com lance de R$1.460 a
saca. Na categoria café natu-
ral, foi vencedor o produtor
Francisco Luiz da Costa, de
Jacuí (MG), com lance de R$
2.200 a saca. Anésio Contine,
de Espírito Santo do Pinhal
(SP), ficou com a segunda
colocação, tendo seu lote
obtido lance de R$ 995.
Denomina-se
cereja
descascado o café em que é
retirada a polpa do grão maduro, com o objetivo de deixar o produto por menos
tempo no terreiro. No café
natural, processamento normalmente utilizado no Brasil,
o grão inteiro é encaminhado para a secagem.
Regulamento
O concurso Café Qualidade Paraná envolve as dez
regiões produtoras do Estado: Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Ivai-
porã, Toledo, Londrina,
Maringá, Paranavaí, Santo
Antonio da Platina e Umuarama. Cada uma delas realiza
um concurso local e seleciona até dez lotes por categoria, que concorrem no certame de âmbito estadual.
Para chegar à etapa final,
realizada em Mandaguari, os
cafés foram avaliados por uma
comissão julgadora integrada
por experientes provadores
do Paraná, São Paulo e Espírito Santo, e receberam notas
nos quesitos aroma, doçura,
acidez, corpo, sabor, gosto remanescente e balanço da bebida. O café mais pontuado
em cada categoria se qualifica
para representar o Paraná no
concurso nacional. Lá o julgamento não é feito por especialistas, mas pelo mercado,
por intermédio de um leilão.
Iapar
Produtores do PR são premiados em concurso nacional
Paranaenses durante a premiação
O concurso Café Qualidade Paraná é uma realização do Governo do Paraná e
da Câmara Setorial do Café
do Estado, juntamente com
a Secretaria de Agricultura e
Abastecimento (Seab), Iapar,
Instituto Emater-PR, Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar),
Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do
Café, Seção de Café do Ministério da Agricultura, Abic
e Sebrae. Também conta
com o apoio de cooperativas, indústrias torrefadoras e
empresas ligadas à cadeia
produtiva do café.
Da Redação
Rede News
John Deere reúne concessionários de
regiões canavieiras em Ribeirão Preto
Representantes
dos
concessionários das regiões
canavieiras e dirigentes da
John Deere reuniram-se no
hotel JP, em Ribeirão Preto
(SP), em um encontro para
discutir os resultados de
2008 e as perspectivas para o
próximo ano. Cerca de 120
pessoas participaram do encontro no dia 10 de novembro, e assistiram na abertura
uma palestra do ex-ministro
Roberto Rodrigues, que falou sobre as “Tendências e
Desafios da Cadeia de Produção Canavieira no Brasil e
no Mundo”.
A avaliação da safra
2007/2008 e a apresentação
da estratégia comercial para
o próximo ano foram os temas apresentados em segui-
da por Werner Santos, diretor comercial da John Deere
Brasil, e José Luís Coelho,
gerente nacional de Vendas
Corporativas.
Atendimento
Na segunda parte da
reunião, outro tema que mereceu grande atenção foi o
Pós Venda Canavieiro. O gerente de Pós-Venda, Luiz Sartor, abordou a s principais
iniciativas para aprimorar a
qualidade do atendimento
nas áreas de peças e de serviços, e foi seguido por exposições específicas sobre
essas duas áreas e também
sobre Treinamento. O trabalho realizado para intensificar
a aplicação dos produtos do
sistema AMS nos equipa-
Maringá recebe Ônibus
Itinerante Mata Viva, da BASF
Maringá recebeu o projeto de educação ambiental,
da BASF, “Ônibus Itinerante
Mata Viva”, que visa sensibilizar jovens e adultos para a
importância da preservação
dos recursos naturais. O projeto, que irá percorrer o Brasil nos próximos meses, permaneceu em Maringá de 19
a 27 de novembro.
O Ônibus itinerante ficou estacionado no Parque
Industrial da Cocamar - Cooperativa
Agroindustrial.
Essa iniciativa faz parte do
Programa Mata Viva de Adequação e Educação Am-
biental e, além da cooperativa Cocamar, conta com a
parceria da Suvinil, marca
de tintas imobiliárias da
BASF, e da Fundação Espaço ECO. O projeto foi desenvolvido pela Bellini Cultural, por meio da Lei
Rouanet de Incentivo à Cultura e apoio da Secretaria
de Educação e prefeitura.
Os objetivos do projeto
itinerante são promover espetáculos teatrais com temas
relacionados ao meio ambiente, a democratização da
cultura e a educação infantil,
por meio da arte.
mentos canavieiros foi o
tema de outra palestra, apresentada por Ilson Eckert, gerente de AMS da John Deere.
O tema final da reunião
foi a apresentação de uma
nova tecnologia que deve
mudar o sistema de plantio
da cana. A utilização de mudas pequenas, de 4 a 6 centímetros de comprimento, vai
permitir a utilização de máquinas mais simples e leves
para o trabalho do plantio. A
John Deere está desenvolvendo as plantadoras para
esse sistema, em parceria
com a indústria Syngenta,
responsável pelo lançamento da nova tecnologia, que
deve começar a ser comercializada em 2010.
Organizadores
da 44ª Emapa
divulgam agenda
A organização da 44ª
Exposição Municipal e
Agropecuária de Avaré/
SP, já definiu as datas de
realização da feira no próximo ano. De acordo com
Ademir Belinato, presidente da Exposição, o
evento iniciará dia 27 de
fevereiro de 2009 e finaliza em 15 de março.
O primeiro turno será
dedicado à raça Nelore e
o segundo para as raças
Brahman, Simental, Angus,
Santa Gertrudis, Limousin
e Guzerá.
Etapa do Circuito da PBR está
confirmada na ExpoLondrina 2009
A Sociedade Rural do Paraná confirmou em novembro,
a realização de mais uma etapa da PBR – Profissional Bull
Riders - durante a 49ª Exposição Agropecuária e Industrial
de Londrina, que acontece de
02 a 12 de abril de 2009.
A ExpoLondrina terá
uma das 40 etapas brasileiras
que irão acontecer durante o
ano, somente nos principais
eventos e feiras agropecuárias. O circuito é o mais importante do país, e reúne sempre
os melhores cowboys, já que
só participam da prova os 35
mais bem ranqueados.
Para Roberto Barros,
coordenador da ExpoLondrina 2009, a expectativa é que
nesta etapa da PBR o público seja maior que do ano
passado, com o atrativo de
um espetáculo bem diferenciado. “Além do circuito teremos também um grande
show após o rodeio” – anuncia Barros.
Premiação
Bull Riders significa
fama e dinheiro. Em Londrina os prêmios chegam a 35
mil reais aos campeões, além
da disputa de uma vaga para
a etapa internacional, que
tem sua final em Las Vegas. E
em território norte-americano um cowboy pode ficar
bem perto de prêmios que
chegam a U$ 3 milhões.
Em 2008, 45 competidores foram para a final mundial, sendo oito brasileiros,
entre eles o paranaense de
Colorado, Leonil dos Santos,
campeão de Barretos/SP.
Dos seis finalistas da PBR em
Las Vegas, quatro eram brasileiros. O vencedor da etapa
norte-americana foi Robson
Palermo e o Campeão Mundial foi Guilherme Marchi,
que ganharam respectivamente 250 mil dólares e um
milhão de dólares.
Bayer lança certificado de
qualidade Garantia de Sabor
No segmento de frutas,
qualidade e sabor fazem
toda a diferença na hora de
comercializar a produção.
Por isso, a Bayer CropScience, em parceria com a Organização Não-Governamental
HortiBrasil, desenvolveu o
programa Garantia de Sabor,
que confere um selo às frutas
de qualidade e realmente
saborosas. Com isso, o consumidor pode ter a certeza
de estar adquirindo uma fruta de alta qualidade e com
muito mais sabor.
Desenvolvido por meio
de uma rede de parcerias, o
programa Garantia de Sabor
envolve todos os segmentos
da cadeia produtiva (produção, atacado e varejo), viabilizando assim que o sabor da
fruta que sai da lavoura se
mantenha até o seu consumo final. O ponto central
dessa rede é a produção
agrícola voltada para o sabor, ou seja, o produtor envolvido no programa deve
adotar técnicas específicas
para a obtenção de frutas saborosas. Em seguida, a rede
de parcerias tem continuidade no atacado e no varejo,
por meio do treinamento
dos agentes de comercialização e da orientação do
consumidor final.
Inovação
De acordo com o coordenador de Agricultura Sustentável da Bayer CropScience, Luiz Dinnouti, a interação
entre todos elos da cadeia
de produção e a preocupação com a sustentabilidade
econômica dos agricultores
são as características que
tornam o Garantia de Sabor
inovador. “O programa permite remunerar melhor os
esforços do produtor em
conseguir mais qualidade
das frutas que serão oferecidas no mercado. Além disso,
temos contribuído para o
uso correto e seguro de defensivos agrícolas”, afirma.
Para Teresa Gutierrez,
Gerente de Projetos da HortiBrasil, todas as partes envolvidas na cadeia produtiva
são beneficiadas com o programa. “As frutas saborosas
têm valor pelo menos 50%
superior se comparadas às
azedas. Além disso, o fornecedor dessas frutas com mais
sabor é sempre disputado
pelos compradores. O consumidor satisfeito consome
mais, o varejista e o atacadista vendem mais”, explica.
Para a engenheira agrônoma da Cooperativa Cocari, Rosana Miranda de Castro,
o suporte durante o processo de produção é de excelente qualidade e oferece
aos produtores todo o apoio
necessário para garantir a
certificação. “Estamos com
ótimas expectativas e esperamos que a Cocari fortaleça
sua participação no programa, fazendo com que mais
produtores possam ser certificados e beneficiados com
o aumento de seus negócios”, conclui.
Inicialmente o programa Garantia de Sabor trabalhará com abacaxi, uva e melão, frutas que apresentam
maior incidência de problemas em relação ao sabor e
são as que o consumidor encontra mais dificuldade de
diferenciação ao fazer a escolha no momento da compra. Outras frutas devem ser
incorporadas ao Programa
ao longo do tempo.
Mercado de aves de festa
deve superar vendas de 2007
A proximidade das festas de fim de ano aquece o
mercado de frangos especiais, principalmente com o
Natal, em que o consumo de
peru e demais aves de festa
é bastante tradicional. Apesar da concorrência com outras carnes que disputam um
espaço na ceia de Natal, a
expectativa do Sindicato das
Indústrias de Produtos Avícolas do Estado Paraná (Sindiavipar) é de incremento de
10% a 15% nas vendas de
aves de festa no Paraná.
De acordo com levantamento do Sindiavipar, o frango especial responde por 10%
das vendas de aves no Brasil
no mês de dezembro. Além
do peru, entram nesse nicho
as aves de festa, com características peculiares comparado
ao frango tradicional. São
frangos maiores, mais pesados, que ficam mais tempo
alojados. Nesse item, o Paraná é destaque nacional, sendo
o maior produtor de aves especiais do país. “Enquanto o
frango convencional tem tempo de alojamento de 42 dias,
pesando entre 2,2 e 2,4 quilos,
o frango de festa pesa de 3 a 4
quilos, com tempo de alojamento entre 46 e 47 dias”, explica o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins.
Segundo ele, o Paraná é
o estado mais representativo
no abate de aves destinadas
às festas e este nicho de mercado representa uma oportunidade para aumentar as vendas das empresas, em especial
neste momento de crise econômica. Para Domingos Martins, a concorrência de outras
carnes não intimida, pois o
mercado é forte e tradicional,
além de receber impulso nas
vendas em função do recebimento do 13º salário. “Nossa
expectativa é de aumento no
consumo de 10% a 15% na
venda de aves de festa, também conhecida como ave especial, que é um tipo de frango maior, ideal para as ceias
de Natal”, diz. “Nosso desejo
é que todas as pessoas te-
nham em suas mesas, durante
os eventos de final de ano, algum tipo de ave, as especiais
ou as comuns”, conclui o presidente do Sindiavipar.
Perus
Além de estimular o consumo interno de aves, a chegada do Natal também traz resultados diretos nas exportações
paranaenses de perus. No acumulado janeiro-outubro deste
ano, já foram produzidas
13.576.498 cabeças de peru, desempenho 7,43% superior ao
mesmo período do ano passado, quando o abate havia sido
de 12.567.761 cabeças. Nas vendas internacionais, o Paraná é
hoje o maior exportador brasileiro de peru, respondendo por
26,13% das vendas brasileiras.
De acordo com levantamento
do Sindiavipar, no acumulado
janeiro-outubro de 2008 o estado já exportou 20.421.258 quilos
de peru, valor 1,33% ao mesmo
período do ano anterior, quando haviam sido exportados
20.152.679 quilos.

Documentos relacionados

clique aqui para baixar o arquivo

clique aqui para baixar o arquivo Autor: Beatriz da Silveira Pinheiro - Chefe-Geral da Embrapa Arroz e Feijão

Leia mais