Sofer - Escriba

Transcrição

Sofer - Escriba
Sofer - Escriba
As mezuzot devem ser examinadas ao menos duas vezes a cada sete anos, embora seja
aconselhável que sejam revisadas uma vez por ano por um escriba devidamente qualificado.
Mesmo se na hora de sua compra a mezuzá esteja casher, ela pode, com o tempo, tornar-se
inválida.
No novo centro, você pode deixar sua Mezuzá ou Tefilin, e eles serão checados por um preço
razoável.
Você também pode:
- comprar Tefilin (grande e pequeno)
- comprar Mezuzot (três tamanhos)
- esclarecer suas dúvidas
Todas os Tefilin e Mezuzot, serão mandados para S. Paulo para ser verificados.
Sobre a Mezuzá
Hoje em dia, e sempre, a mezuzá, uma mitsvá que tem acompanhado o povo judeu ao longo
dos anos, mais do que nunca constitui o sinal de que nesta residência ou estabelecimento se
encontra um judeu, e em sua porta sua maior proteção: D'us.
1/7
Sofer - Escriba
"Mezuzá" é a palavra hebraica para designar umbral. Consiste em um pequeno rolo de
pergaminho (klaf) que contém duas passagens bíblicas, manuscritas, "Shemá" e "Vehaiá". A
mezuzá que deve ser afixada no umbral direito da porta de cada dependência de um lar ou
estabelecimento judaico, obedece ao seguinte mandamento da Torá: "Escreve-las-ás nos
umbrais de tua casa, e em teus portões" (Deuteronômio VI:9, XI:20)
É no conteúdo, guardado em seu interior, que reside o verdadeiro valor da mezuzá, e não em
seu invólucro. A mezuzá não deve ser julgada pela sua aparência. Para ser casher deve ser
escrita à mão, sobre pergaminho, e por um sofer (escriba) temente e observador dos
mandamentos divinos, habilitado para esta função, o que é fator essencial para tornar o
pergaminho sagrado.
No momento em que é afixada no batente da porta, ela atrai a santidade de D'us que pairará
sobre a casa ou estabelecimento.
No verso do pergaminho estão escritas as letras hebraicas Shin, Dalet e Yud, que forma o
acróstico das palavras hebraicas "Shomer Daltot Israel" – "Guardião das casas de Israel".
A mezuzá tem uma função semelhante à do capacete. Ao usá-lo, um possível acidente é
evitado ou amenizado. Do mesmo modo, quando é casher, a mezuzá tem o poder de proteger
2/7
Sofer - Escriba
os moradores da casa e evitar infortúnios.
Conteúdo
A Mezuzá contém duas passagens bíblicas que mencionam o mandamento Divino de afixá-la
nos umbrais das portas: "Shemá" e "Vehaiá" (Devarim 6,4-9 e 11,12-21).
O "Shemá" proclama a unicidade do D'us único e nosso eterno e sagrado dever de servi-Lo, e
somente a Ele.
O "Vehaiá" expressa a garantia Divina de que nossa observância dos preceitos da Torá será
recompensada e nos previne sobre as consequências se os desobedecermos.
A mitsvá da mezuzá demonstra claramente que não somente a sinagoga ou qualquer outro
local de estudo são sagrados, como também nosso lar.
Significado
Embora atualmente existam centenas de sofisticados equipamentos de vigilância (câmeras,
aparatos eletrônicos, entre alarmes e até cercas elétricas) para o povo judeu a mezuzá afixada
na porta sempre constituirá sua maior proteção.
Ao entrar ou ao sair seremos sempre lembrados de quem é o verdadeiro "Guardião das casas
de Israel."
Cuidados na aquisição
3/7
Sofer - Escriba
É importante lembrar que o componente principal da mezuzá é o pergaminho, e não o estojo.
Deve-se tomar cuidado na hora da compra da mezuzá, pois ela é um objeto sagrado. Deve ser
escrita por um escriba autorizado, com tinta e pena apropriadas sobre um pergaminho de um
animal casher.
Mesmo que na hora de sua compra a mezuzá esteja casher, ela pode, com o tempo, tornar-se
inválida por várias razões. Uma única trinca numa pequena letra pode tornar a mezuzá
não-casher, imprópria para uso; por isso ela deve ser periodicamente verificada por um escriba
competente.
Leis referentes à colocação da mezuzá
- O rolo de pergaminho é enrolado no sentido do comprimento e envolvido por um plástico
ou papel e colocado dentro de um estojo e afixado ao batente da porta. É permitido talhar uma
cavidade (com menos de 7,5 cm de profundidade) no batente para lá colocar a mezuzá.
- A mezuzá deve ser colocada em cada entrada da casa (mesmo que apenas uma entrada
seja usada normalmente), escritório, loja, fábrica, etc.
- Pátios e propriedades fechadas por cercas ou muros também devem possuir mezuzá,
que deve ser colocada na entrada, uma vez que está escrito que as mezuzot precisam ser
afixadas "nos teus portões".
- Coloca-se uma mezuzá na entrada de cada cômodo no interior da casa, não somente na
porta principal, mas em todas as portas que conduzem a aposentos com área mínima de 1.80
m2 (inclusive despensa e quarto de empregados).
- Não se coloca mezuzá nas portas de banheiros, toaletes ou casas de banho.
- Ela é afixada no terço superior do batente direito, na parte mais externa do umbral e em
posição oblíqua, com a parte superior apontada para o interior do aposento, para os
ashkenazim, e em posição quase reta para os sefaradim.
- Quando a porta se abre para dentro do cômodo a mezuzá é afixada do lado direito de
quem entra; quando a porta se abre para fora, ela é afixada do lado direito de quem sai.
4/7
Sofer - Escriba
- Não se deve afixar a mezuzá atrás da porta dentro de casa.
- Se mais de uma mezuzá fôr afixada ao mesmo tempo (em várias portas), uma só bênção
é suficiente (na primeira a ser afixada).
- Onde não houver porta entre dois ambientes, o lado direito será considerado da entrada
para o aposento mais importante.
- Numa casa própria a benção da mezuzá é recitada na hora da colocação, enquanto que
numa alugada, é recitada somente sobre a mezuzá afixada após trinta dias do início da
locação. (exceto na Terra de Israel, onde devem ser afixadas imediatamente).
- O costume Chabad é afixar as mezuzot logo, sem recitar a bênção; e no trigésimo dia
trocar a mezuzá da porta principal por outra de melhor qualidade e então recitar a brachá.
- A mezuzá só precisa ser colocada em casas ou cômodos construídos para uso
permanente (uma sucá, por exemplo, não precisa de mezuzá, pois é uma moradia temporária).
- Toda abertura construída com dois batentes e uma verga precisa de mezuzá (se não
possuir uma porta para fechá-la, coloca-se sem recitar a brachá, bênção).
- A mezuzá pode ser afixada por qualquer membro da família.
- Quando nos mudamos de uma casa e sabemos que um judeu se mudará para lá,
devemos deixá-las.
- Desde tempos imemoriais a mezuzá, vem marcando o lar judeu e identificando-o como
uma residência judia. O judeu deve lembrar ao entrar e ao sair, da Presença Divina e de Sua
Unicidade, bem como de seu dever de acatar todas as leis e todos os preceitos contidos na
Torá.
- Maimônides explica que são ignorantes os que consideram a mezuzá um amuleto, algo
que traz sorte para a casa. "Aqueles tolos não apenas deixam de cumprir a mitsvá, mas tratam
5/7
Sofer - Escriba
uma grande mitsvá, que diz respeito à Unicidade de D'us e nos lembra a amá-lo e venerá-lo,
como se fosse um amuleto destinado a beneficiá-los pessoalmente...".
- É costume colocar a mão direita sobre a mezuzá e beijá-la, ao entrar e sair de casa.
- As mezuzot devem ser examinadas ao menos duas vezes a cada sete anos, embora seja
aconselhável que sejam revisadas uma vez por ano por um escriba devidamente qualificado.
Mesmo se na hora de sua compra a mezuzá esteja casher, ela pode, com o tempo, tornar-se
inválida.
- Em caso de dúvida um rabino deve ser consultado.
Bênção
Antes de afixar a mezuzá, a seguinte bênção deve ser recitada:
Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu, Me-lech haolám, asher kideshánu bemitsvotáv vetsivánu
licbôa mezuzá.
"Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus
mandamentos e nos ordenou afixar a mezuzá."
Duas Histórias
O poder da mezuzá
O Talmud nos conta que Ônkelos, filho de Kalônimos (eminente personagem do antigo Império
Romano), ao converter-se ao judaísmo, despertou a ira de César.
6/7
Sofer - Escriba
César enviou um grupo de soldados para induzi-lo a mudar de idéia, mas ocorreu justamente o
contrário. Ônkelos conseguiu persuadir os soldados a se converterem, como ele próprio havia
feito.
Ao perguntarem-lhe porque fazia isto, respondeu: "Habitualmente, quando um rei de carne e
osso está dentro de seu palácio, seus servos protegem-no, e ficam do lado de fora. :Nosso Rei
do Universo permite que seus servos sentem do lado de dentro, enquanto Ele os protege".
Também aqueles soldados converteram-se.
Rabi Yehudá Hanassi, o "Príncipe"
Relato do Talmud
O Talmud relata uma história sobre o grande Rabi Yehudá Hanassi (o "Príncipe"): Artaban, o
rei de Partin enviou-lhe como presente uma pérola maravilhosa. Rabi Yehudá retribuiu com
outro presente – uma mezuzá. Ultrajado pelo que lhe parecia zombaria, o rei repreendeu
severamente a Rabi Yehudá:"–Vós me insultastes. Eu vos enviei um presente de valor
incalculável e vós retribuistes com uma ninharia sem valor!"
Rabi Yehudá apressou-se em explicar: "O presente que me enviastes é tão valioso que deverá
ser cuidadosamente vigiado, ao passo que o que eu vos dei vos guardará mesmo quando
estiveres dormindo".
7/7

Documentos relacionados