25 de Julho - Quarta-feira - FEI
Transcrição
25 de Julho - Quarta-feira - FEI
26 de JULHO de 2012 Ensinar e Aprender na Universidade Católica – Educar e Formar. Federação Internacional de Universidades Católicas | Centro Universitário da FEI LÍDERES DISCUTEM RELAÇÃO ALUNO/PROFESSOR E INTERDISCIPLINARIDADE NO 3º DIA DO EVENTO 25/07 Ensinar e aprender no século XXI Unindo os conhecimentos Imagens do terceiro dia da Assembleia Teaching and learning in the 21st century Joining knowledge Photos of the third day of the Assembly Uniendo conocimientos Enseñar y aprender en el siglo XXI Fotos del tercero dia de la Asamblea Unir les connaissances Enseigner et apprendre au XXIème siècle’ 2-3-4-5 Photos du troisième jorn de l’Assembleé 6-7-8-9 10-11-12 2 24ª Assembleia Geral ENSINAR E APRENDER NO SÉCULO XXI POR QUE O JOVEM DE HOJE PRECISA SE COMUNICAR COM O MUNDO TODO EM BUSCA DE RESPOSTAS QUE PODEM SER RESPONDIDAS PELO SEU PRÓPRIO PROFESSOR, A POUCOS METROS DE DISTÂNCIA? A relação entre os dois principais personagens de uma universidade, aluno e professor é o que muitas vezes define a qualidade profissional de ambos os lados, e consequentemente da instituição de ensino em que fazem parte. Mas essa relação tem mudado muito nos últimos anos e a maneira como essas mudanças precisam ser enfrentadas foi o que o Prof. Manuel Joaquim Pinho Moreira de Azevedo, da Universidade Católica Portuguesa – Portugal abordou em sua palestra “O Relacionamento Professor/Estudante no Século XXI” e que também foi debatida pelo professor da Faculté Universitaires Notre- Dame de La Paix – Belgium, Ives Poullet. A inserção da tecnologia foi, mais uma vez, um dos pontos abordados pelo professor Manuel Joaquim em sua palestra como fator de influência na relação atual do aluno e professor. Segundo ele, o papel do professor em um triângulo aluno, aula e mestre, é no sentido figurado, ‘morto’ e explica o porquê. “Atualmente o cenário de uma sala de aula é um Power Point com alguns pontos da matéria no lugar do quadro negro e o aluno fazendo anotações para, mais tarde, caso julgue necessário, buscar as respostas no universo eletrônico, área de total conhecimento dos jovens. Em outras palavras, o terceiro lado deste triângulo, que é o mestre, torna-se desnecessário”, diz o palestrante. Mas até que ponto essa distância na relação professor e aluno pode ser considerada apenas uma responsabilidade do educador? Para o professor Ives Poullet, mesmo que o cenário de uma sala de aula seja outro, ou seja, onde um professor compartilha de seu conhecimento pleno sobre determinada disciplina é possível encontrar um aluno se distraindo com uma dessas modernidades eletrônicas, capazes de levar o aluno da sala de aula para o outro lado do mundo sem que o seu corpo saia do lugar. Neste caso, segundo o professor, o ‘morto’ no triângulo é o aluno. O professor Ives acredita também que a tecnologia é benéfica para a educação, desde que ela não seja compreendida como uma forma prática do conhecimento. Para ele, a busca pelo saber e por uma resposta não pode parar no primeiro click, ou seja, é preciso avançar, ser crítico, buscar o porquê do que se está respondendo, e é aí que entra o novo professor para o novo aluno. “Se queremos que os nossos alunos sejam mais críticos, mais famintos pelo saber, questionadores, precisamos criar perguntas que os façam pensar, questionar e que os induzam a prosseguir além do primeiro click. O novo professor para o novo aluno precisa extrair o melhor dele utilizando as ferramentas deste novo aluno”, completou o professor Ives. As Universidades também precisam entender o seu papel neste contexto. Segundo o professor Manuel Joaquim, as instituições precisam acompanhar de perto esta interação do aluno e professor. Para ele não existe mais neutralidade por parte da reitoria, mas sim a necessidade de se reinventar e de buscar uma maneira de dizer aos seus alunos: ‘Eis me aqui’. “A universidade é uma praça cultural de encontro humano, seja pelo conhecimento ou pelo pessoal e, tanto nós, educadores, como os nossos alunos precisamos ser desafiados a nos reinventarmos, ou estaremos fadados a sermos meras peças dentro de catedrais”, disse o professor Manuel Joaquim. 3 24ª Assembleia Geral TEACHING AND LEARNING IN THE 21ST CENTURY WHY DO TODAY’S YOUNG PEOPLE NEED TO COMMUNICATE WITH THE ENTIRE WORLD TO FIND ANSWERS THAT COULD BE ANSWERED BY THEIR OWN TEACHER, JUST A FEW METERS AWAY? T he relationship between the two main characters at a university, the student and teacher, is oftentimes what defines the professional quality of both sides and, as a result, the learning institution of which they are part. Yet, this relationship has changed significantly in recent years. Prof. Manuel Joaquim Pinho Moreira de Azevedo, from the Universidade Católica Portuguesa – Portugal, discussed how these changes need to be faced in his talk on “The Teacher/Student Relationship in the 21st Century,” a topic which he debated with Prof. Ives Poullet from the Faculté Universitaires Notre-Dame de La Paix – Belgium. The use of technology was once again a point of discussion for Prof. Manuel Joaquim in his talk on how this factor influences the current student-teacher relationship. According to Joaquim, the professor holds a ‘dead’ role, in the figurative sense, in the student-classroom-teacher triangle. He explained why. “Right now, the situation in a classroom is a PowerPoint, with some subject points instead of the blackboard, and students taking notes so that, later, if they find it necessary, they can look for answers in the electronic world, an area that young people are totally familiar with. In other words, the third side of this triangle, or the teacher, becomes unnecessary,” said the speaker. But how much can this professor-student relationship be considered the educator’s responsibility alone? For Prof. Ives Poullet, even if it is a different classroom situation, that is, where the teacher shares his or her full knowledge on a certain subject, it is possible to find a student messing around with these modern electronics, which can take students from the classroom to the other side of the world without having to physically go anywhere. According to the professor, in this case the ‘dead’ one in the triangle is the student. Prof. Ives also believes that technology is beneficial to education, provided it is not understood as a practical form of knowledge. For him, the search for knowledge and for an answer cannot stop with the first click; in other words, you need to move forward, be critical, look for the why behind the answer, and that is where the new teacher comes in for the new student. “If we want our students to be more critical, hungrier for knowledge, inquisitive, we need to create questions that make them think and question, leading them to move beyond the first click. The new teacher needs to bring the best out of the new student, using this new student’s tools,” added Prof. Ives. The Universities also need to understand their role in this context. According to Prof. Manuel Joaquim, the institutions need to closely follow this interaction between student and teacher. For him, there is no longer neutrality by deans, but rather a need to reinvent and look for a way to tell students: ‘This is me here.’ “The university is a cultural meeting place for humans, whether because of knowledge or people, and both we, as educators, and our students need to be challenged to reinvent ourselves, or we will be destined to be nothing more than figures inside of cathedrals,” said Prof. Manuel Joaquim. 4 24ª Assembleia Geral ENSEÑAR Y APRENDER EN EL SIGLO XXI ¿POR QUÉ LOS JÓVENES DE HOY EN DÍA SIENTEN LA NECESIDAD DE COMUNICARSE CON EL MUNDO ENTERO PARA ENCONTRAR LAS RESPUESTAS QUE SUS PROFESORES PUEDEN DARLES? L a relación enseñante/ enseñado en el siglo XXI ha sido el tema central de la mañana del miércoles 25 de julio. El Prof. Joaquim Azevedo, Presidente del campus de Porto de la Universidad Católica de Portugal preparó su conferencia en base al contexto sociocultural europeo. En particular, llamó la atención sobre el hecho que las instituciones de enseñanza superior son hoy en día gestionadas como empresas estratégicas en el mercado global, en vez de ser concebidas como lugares de formación integral de la persona. Las universidades europeas siguen una lógica marcada por la agenda económica. Para las universidades católicas, ello constituye una fuente importante de preocupación, lo que apela a reflexionar detenidamente. En este contexto, pensar la relación profesor-estudiante puede parecer « exótico » y bastante anticuado. Esta relación « profesor-estudiante » implica comprender a la juventud que llega a la universidad con un saber que los enseñantes no acaban de aprehender adecuadamente. Nuestra juventud es el reflejo de la inquietud propia de estos tiempos, de la crisis y de la incertidumbre dominante que hace que su futuro sea incierto. Un sentimiento de impotencia que la impide actuar, de ahí la insatisfacción y la indignación. El Prof. Manuel Joaquim Azevedo ha igualmente abordado, en el transcurso de su intervención, el uso de la tecnología, la cual influye en la relación enseñante-enseñado en la actualidad. A su parecer, el profesor tiene un papel pasivo (« Dead role » en sentido figurado) en el triángulo « Estudiante-Saber-Enseñante ». Prosigue explicando que hoy en día un PowerPoint de presentación substituye la pizarra, de manera que los estudiantes que toman notas pueden, en caso de ser necesario, buscar respuestas en el mundo virtual. Mundo que dominan a la perfección ; lo que lleva a la supresión del tercer vértice del triángulo : el enseñante. El Prof. Yves Poullet, Rector de las Facultés Universitaires Notre-Dame de la Paix, especialista de las NTICs y del Derecho de Internet ha evocado otra faceta de la problemática, formulando de entrada la pregunta siguiente : « ¿Se debe educar con o sin internet? » Ha basado su reflexión en los escritos de Michel Serres, quien invita a dialogar mejor con esta nueva generación que ha inventado una nueva manera de vivir juntos. La universidad tiene el deber de utilizar este nuevo modo de acceder a la información. El enseñante comete un grave error si no toma en cuenta esta realidad estudiantil. Debe enseñar de forma diferente. Según el respondente, tenemos que tomar en consideración esta juventud con el fin de proponer un nuevo tipo de enseñanza, poniendo dichos instrumentos tecnológicos a su servicio. La universidad debe, por tanto, colocar internet en el centro de sus preocupaciones pedagógicas. El nuevo papel del enseñante consiste en servir de enlace con el estudiante. Debe ser humilde, guía y moderador. 5 24ª Assembleia Geral ENSEIGNER ET APPRENDRE AU XXIÈME SIÈCLE’ POURQUOI LES JEUNES D’AUJOURD’HUI ONT-ILS BESOIN DE COMMUNIQUER AVEC LE MONDE ENTIER POUR TROUVER LES RÉPONSES QUI PEUVENT ÊTRE DONNÉES PAR LEURS ENSEIGNANTS L a relation enseignant/ enseigné au XXIème siècle a été le thème de la matinée du mercredi 25 juillet. Le Prof. Joaquim Azevedo Président du Campus de Porto de l’Université Catholique du Portugal a construit son propos à partir du contexte socio-culturel européen. Il a notamment attiré l’attention sur le fait que les institutions d’enseignement supérieur sont aujourd’hui gérées comme des entreprises stratégiques dans le marché global plutôt que comme des lieux de formation intégrale de la personne. Les universités européennes suivent une logique marquée par l’agenda économique. Pour les universités catholiques, cela constitue une préoccupation et appelle à une profonde réflexion. Dans ce contexte, penser la relation professeur-étudiant peut apparaître « exotique » et assez démodée. Cette relation « professeur-étudiant » implique de comprendre cette jeunesse qui arrive à l’université avec un savoir mal appréhendé par les enseignants. Notre jeunesse transpire l’inquiétude de son temps, la crise et l’incertitude dominante qui rend son futur incertain. Un sentiment d’impuissance qui la rend incapable d’agir, d’où l’insatisfaction et l’indignation. Le Pr Manuel Joaquim Azevedo a également abordé lors de son intervention l’usage de la technologie. Celle-ci influence la relation enseignant-enseigné aujourd’hui. Selon lui, le professseur tient un rôle passif (« Dead role » au sens figuratif) dans le triangle « Etudiant-Savoir-Enseignant ». Il a alors expliqué qu’aujourd’hui un Power Point présentant a remplacé le tableau noir, de sorte que les étudiants qui prennent des notes, peuvent si nécessaire chercher des réponses dans le monde virtuel. Monde, qu’ils maîtrisent parfaitement. Ce qui a pour conséquence de supprimer le troisième côté du triangle : l’enseignant. Le Professeur Yves Poullet, Recteur des Facultés Universitaires Notre-Dame de la Paix, spécialiste des NTICs et du Droit de l’internet a livré un contrepoint dans lequel il a posé d’entrée la question suivante :« Faut-il éduquer avec ou sans internet ? » Il a appuyé sa réflexion sur les écrits de Michel Serres qui invite à mieux dialoguer avec cette génération nouvelle qui a inventé une nouvelle manière de vivre ensemble. L’université a le devoir d’utiliser ce nouvel accès à l’information. L’enseignant commet une faute grave s’il ne prend pas en compte cette réalité étudiante. Il doit enseigner autrement. Selon lui, il faut s’appuyer sur cette jeunesse pour créer un nouvel enseignement, en mettant ces outils technologiques à son service. L’université doit alors accepter de mettre l’Internet au centre des préoccupations pédagogiques. Le nouveau rôle de l’enseignant est de servir d’interface avec l’étudiant. Il doit être humble, guide et modérateur. 6 24ª Assembleia Geral UNINDO OS CONHECIMENTOS EXPERIÊNCIAS, SOLUÇÕES E DESAFIOS PARA QUE A INTERDISCIPLINARIDADE DEIXE DE SER APENAS UM DIÁLOGO E SE TORNE UMA AÇÃO O diálogo entre as disciplinas foi o tema de discussão durante a mesa redonda “Conexões do Conhecimento”, com a participação dos professores Greg Craven – Australian Catholic University – Austrália, Thérèse Lebrun – Universidade Católica de Lile – França e Thomas Chathamparampil, c.m.i da Christ University – Índia. Em uma mesa redonda os professores compartilharam um pouco da experiência de suas universidades em relação ao diálogo entre as disciplinas. A professora Thérèse, da Universidade de Lili, falou sobre como os departamentos de engenharia, ciências sociais e medicina da universidade em que atua trabalham juntos em prol dos mais necessitados, em especial os idosos. “A medicina entra com seus conhecimentos na área da saúde, a engenharia no desenvolvimento de materiais e soluções de acessibilidade e a ciências sociais trabalha o psicológico, o acolhimento. Todos dão a sua parcela de conhecimento em prol dos mais necessitados”, relatou a professora. Já na Índia o professor da Christ University, Thomas Chathamparampil, c.m.i. explica que, mesmo sendo todas universidades católicas, as instituições do país possuem uma diversidade de ideias muito grande, devido ao fato de estarem situadas em estados diferentes e possuírem outras culturas, por isso a dificuldade em tornar o diálogo entre as disciplinas uma realidade. Mas isso não impediu que outras possibilidades de diálogos fossem criadas. “Nós desenvolvemos um comitê com professores de graduação, mestrado e doutorado de diversas universidades católicas e buscamos soluções e ideias para assuntos não acadêmicos, mas para questões humanísticas, afinal, nós não preparamos alunos apenas para o mundo profissional, preparamos esses jovens para a vida também, e quando falamos em valores humanos todas as disciplinas estão unidas”, contou o professor. Considerada uma questão essencial a ser trabalhada nas universidades católicas, a interdisciplinaridade, na visão do professor Greg Craven, da Australian Catholic University – Austrália esbar- ra muitas vezes na lealdade de cada disciplina em não se abrirem, justamente para não serem cobradas e criticadas, e também, pelo fato de muitas áreas estarem em níveis diferentes, como a medicina e a enfermagem, exemplificou o professor. Ele explica que a medicina trabalha com a pesquisa da cura, já a enfermagem com os cuidados do paciente, mas lembra que todas tem a mesma importância e que ambas dependem uma da outra. “Uma cirurgia de sucesso realizada pelo melhor médico não teria êxito se o paciente não estivesse sob os cuidados de um enfermeiro. O que precisa ser trabalhado neste contexto todo não é o diálogo entre as disciplinas mas um diálogo de disciplinas”, disse o professor Greg. 7 24ª Assembleia Geral JOINING KNOWLEDGE EXPERIENCES, SOLUTIONS AND CHALLENGES SO THAT INTERDISCIPLINARITY BECOMES AN ACTION AND STOPS BEING JUST DIALOGUE T he dialogue between disciplines was the topic of discussion during a roundtable on “Knowledge Connections,” with participation from Professors Greg Craven – Australian Catholic University – Australia, Thérèse Lebrun – Lille Catholic University – France, and Thomas Chathamparampil, c.m.i., from Christ University – India. At the roundtable, the tea chers shared a little of their universities’ experience in relation to the dialogue between disciplines. Professor Thérèse, from Lille Catholic University, spoke about the engineering, social sciences and medicine departments at the university where she works with those most in need, particularly the elderly. “Medicine contributes with its know-how in the health area, engineering in development of materials and accessibility solutions, and social sciences works with psychology, reception. They all do their part on behalf of those most in need,” said the professor. While in India, Professor Thomas Chathamparampil, c.m.i., of Christ University, explains that even though they are all Catholic universities, the country’s institutions have a vast diversity of ideas, because they are located in different states and have other cultures. This is what makes it hard for interdisciplinary dialogue to become a reality. Yet this has not stopped other dialogue possibilities from being created. “We have developed a committee with undergraduate, master’s and doctoral professors from various Catholic universities, and we look for solutions and ideas not for academic matters, but for humanistic issues; after all, we are not preparing students for the professional world alone, we are also preparing them for life, and when we talk about human values, all disciplines are united,” said the professor. Interdisciplinarity is considered to be an essential matter for Catholic universities to work on in the view of Professor Greg Craven, of Australian Catholic University – Australia. Craven often comes up against the loyalty in each discipline, where they remain closed off, precisely because they do not want to be held responsible and criticized, as well as because many areas are on different levels, such as medicine and nursing, examples given by the professor. He explains that medicine works with researching the cure, while nursing cares for the patient; but, he notes that all are equally important and depend on one another. “A successful surgery done by the best doctor will not be successful if the patient is not under a nurse’s care. What needs to be worked on in this entire context is not interdisciplinary dialogue, but a dialogue of disciplines,” said Professor Greg. 8 24ª Assembleia Geral UNIENDO CONOCIMIENTOS EXPERIENCIAS, SOLUCIONES Y DESAFÍOS PARA QUE LA INTERDISCIPLINARIDAD DEJE DE SER UN MERO DIÁLOGO Y SE CONVIERTA EN ACCIÓN E l diálogo entre disciplinas fue el tema de discusión de la mesa redonda sobre “Las conexiones del saber”, que contó con la participación de los profesores Greg Craven (Australian Catholic University, Australia), Thérèse Lebrun (Université Catholique de Lille, Francia) y Thomas Chathamparampil, c.m.i. (Christ University, India). En esta mesa redonda, los profesores compartieron algunas de sus experiencias en relación con el diálogo entre disciplinas en sus propias universidades. La Profa. Thérèse Lebrun, de la Université Catholique de Lille, contó cómo los departamentos de ingeniería, ciencias sociales y medicina de la universidad que preside trabajan juntos en pro de los más necesitados, especialmente los ancianos. “La medicina aporta sus conocimientos al área de la salud, la ingeniería contribuye al desarrollo de materiales y de soluciones de accesibilidad, y las ciencias sociales tratan cuestiones de orden psicólogo. Todas estas disciplinas ponen su conocimiento al servicio de los más necesitados”, señaló la profesora. En India, el Prof. Thomas Chathamparampil, c.m.i., de Christ University, cuenta que las universidades católicas del país, aún siendo todas católicas, poseen una gran diversidad de ideas por el hecho de estar localizadas en estados diferentes y tener culturas distintas. De ahí la dificultad de hacer realidad el diálogo entre disciplinas. No obstante, ello no impidió que otras posibilidades de diálogo se concretizasen. “He- mos creado un comité con profesores de segundo ciclo, de máster y de doctorado de varias universidades católicas, y buscamos soluciones e ideas no tanto para cuestiones académicas como para cuestiones humanísticas. A fin de cuentas, nosotros no preparamos a los alumnos únicamente para el mundo laboral, sino que ante todo los preparamos para la vida, y cuando nos referimos a valores humanos, todas las disciplinas se encuentran unidas”, observó el profesor. En opinión del Prof. Greg Craven, de la Australian Catholic University (Australia), es esencial que en las universidades católicas la interdisciplinaridad sea una realidad. Parece ser que a menudo las disciplinas son reacias a abrirse, ello con el fin de evi- tar así exigencias y críticas, y también porque muchas se encuentran en niveles diferentes, como es el caso de la medicina y de la enfermería, ejemplificó el profesor. Así, mientras que la medicina tiene por objetivo curar al paciente, la enfermería se ocupa de cuidar de él; esto dicho, el profesor recuerda a los asistentes que ambas disciplinas tienen la misma importancia y que dependen la una de la otra. En este sentido, el profesor comenta que ni siquiera el mejor médico podría curar a un paciente de no estar éste recibiendo los cuidados adecuados por parte de un enfermero. En este contexto, lo que se debe por tanto alentar no es el diálogo entre disciplinas, sino un diálogo de disciplinas, concluye el Prof. Craven. 9 24ª Assembleia Geral UNIR LES CONNAISSANCES EXPÉRIENCES, SOLUTIONS ET DÉFIS POUR QUE L’INTERDISCIPLINARITÉ DEVIENNE UN DIALOGUE VÉRITABLE CONVERTI EN ACTIONS L e dialogue des disciplines a été abordé lors de la table ronde intitulée « les connections du savoir ». Y participaient le Pr Greg Craven (Australian Catholic University, Australie), la Pr Thérèse Lebrun (Université Catholique de Lille, France) et le Pr Thomas Chathamparampil, c.m.i. (Christ University, Inde). Les intervenants ont partagé avec la salle quelques unes de leurs expériences en matière de dialogue des disciplines. Thérèse Lebrun a expliqué comment les départements d’ingénierie, de sciences sociales et de médecine de son université, travaillent ensemble au sein d’instituts transversaux sur les problèmes de vieillisse- ment et de grande pauvreté. Par exemple a-t-elle dit “la médecine apporte ses connaissances dans le domaine de la santé, l’ingénierie contribue au développement d’outils et de solutions en matière d’accessibilité et enfin les sciences sociales abordent les questions psychologiques. Toutes ces disciplines mettent leurs connaissances au service des plus défavorisés”. En Inde, Thomas Chathamparampil, c.m.i., nous a entretenu du fait que les universités catholiques du pays, bien que catholiques, montrent une grande diversité, en raison de leur localisation dans des Etats différents et de leurs cultures différentes. De là, la difficulté d’un dialogue entre les disciplines. Néanmoins, selon lui, cette possibilité de dialogue peut exister : « Nous avons créé un Comité avec des professeurs enseignant en second cycle, en master et en doctorat de différentes universités catholiques, et pour rechercher des solutions et des idées, pas tant pour des questions académiques que pour des questions humanistes. En fin de compte, nous ne préparons pas seulement les étudiants au monde du travail mais avant tout pour les préparer à la vie et quand nous nous référons aux valeurs humaines, toutes les disciplines s’unissent”. Selon Greg Craven, il est essentiel, qu’au sein des universités catholiques, l’interdisciplinarité devienne une réalité. Souvent les disciplines sont réticentes à s’ouvrir afin de ne pas être soumises à des exigences et des critiques, mais aussi parce que beaucoup se trouvent à des niveaux différents. Il cite alors en exemple le cas d’une faculté de médecine et d’une école d’infirmières : si le médecin guérit, l’infirmière soigne. Cela dit le professeur Craven nous rappelle que les deux disciplines se complètent. En ce sens, le meilleur médecin ne peut soigner sans l’assistance de l’infirmière. Dans ce contexte, ce qui doit être recherché n’est pas tant un dialogue entre disciplines, mais un dialogue des disciplines. 10 24ª Assembleia Geral Fotos do dia 25 de julho | Photos of the day july 25 24ª Assembleia Geral Fotos do dia 25 de julho | Photos of the day july 25 11 12 24ª Assembleia Geral Fotos do dia 25 de julho | Photos of the day july 25 Créditos Setor de Comunicação e Marketing do Centro Universitário da FEI e Setor de Comunicação da FIUC Communication and Marketing Department of FEI University and Communication Department of IFCU www.twitter.com/feionline www.facebook.com/centrouniversitariodafei www.fei.edu.br/fiuc www.twitter.com/feionline www.facebook.com/centrouniversitariodafei www.fei.edu.br/fiuc Textos: Fabrício Fernando Bomfim - Diagramação: Cleonice Molina Matos Fotos: Ilton Barbosa - Tradução: Secretaria da FIUC