Diapositivo 1
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Diapositivo 1
Centrais de cogeração em edifícios: o caso da Sonae Sierra Miguel Gil Mata 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 1 Centrais de Cogeração em edifícios – o caso da Sonae Sierra 1. O conceito de Cogeração - eficiência e sustentabilidade 2. Aplicação aos centros comerciais 3. Racionalidade económica 4. Soluções tecnológicas 5. Breve apresentação da central do Norteshopping 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 2 Definição de Cogeração Definição Etimológica Produção conjunta de duas ou mais formas de energia Definição Legal Portuguesa De acordo com o decreto-lei n.º 186/95, a cogeração é definida como: O processo de produção combinada de energia eléctrica e térmica, destinando-se ambas a consumo próprio ou de terceiros, com respeito pelas condições previstas na lei. Definição Técnica Produção de energia eléctrica enquanto se satisfazem as necessidades térmicas 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 3 Cogeração: vantagens A Cogeração apresenta diversas vantagens: •Poupança de energia primária (face à produção separada de calor e electricidade) •Menor emissão de gases com efeito de estufa •Produção descentralizada, com consumo local – menores perdas de transporte •Menores necessidades de investimento em redes de transporte e distribuição •Redundância de fornecimento e auto-suficiência energética •Aproveitamento de recursos locais Cogeração - Eficiência - Sustentabilidade 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 5 Aplicação aos Centros Comerciais Para satisfazer as necessidades energéticas próprias à exploração de um Centro Comercial Quais as necessidades energéticas de um Centro Comercial? Dependem do clima em que está inserido Dependem da concepção do edifício Necessidade de Calor e Frio (principalmente) 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 6 Necessidades energéticas num centro comercial Frio Calor Aquecimento de piscina de health-club Águas quentes sanitárias Climatização (lojas e espaços comuns) Refrigeração (retalho alimentar) Tudo somado, as necessidades maiores são de frio com eventual uso de calor quando estão presentes “health-clubs” ou afins. As quantidades dependem da construção e dimensão do Centro Comercial. 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 7 Diagrama de cargas típico de um Centro Comercial 4000 3500 3000 kWf 2500 2000 1500 1000 500 0 Hora 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 10 Análise de viabilidade económica: que abordagem? Remuneração Investimento Energia Eléctrica Operação e Manutenção Central de Cogeração Combustível 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente Calor Calor Chiller de Absorção Frio 11 Soluções Tecnológicas Conversão de calor em frio Para efectuar a conversão de calor em frio utilizam-se os chamados “chillers” de absorção. Os chillers de absorção utilizam uma fonte de calor para gerar um ciclo de refrigeração. O calor necessário provém da queima directa de um combustível, ou é fornecido na forma de vapor de baixa pressão, água quente, energia solar ou através de um processo de purga quente. 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 14 Maquinas primárias utilizadas em centrais de Cogeração Motores “Otto” Motores “Diesel” Motores “Stirling” Turbinas 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 19 Motores “Otto” • É o tipo de motor que boa parte dos automóveis utiliza nos nossos dias. Baseia-se no ciclo termodinâmico Otto. Num motor de ciclo Otto a combustão dá-se da seguinte forma: 1- Mistura de ar e combustível; 2- Compressão em cada cilindro e a ignição é provocada por uma faísca externa, na câmara de combustão; 3- O combustível queima-se e o pistão é empurrado para baixo; 4- Os gases de escape são dirigidos para fora; 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 20 Motores “Diesel” Num motor de ciclo Diesel, apenas ar é comprimido no cilindro, sendo o combustível injectado na fase final do ciclo de compressão e dando a sua ignição espontânea devido à alta temperatura do ar comprimido. Motor diesel mais potente do mundo: Wärtsilä-Sulzer RTA96-C 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 22 Turbinas Turbina é um equipamento construído para captar e converter energia mecânica e térmica contida num fluido, em trabalho de eixo. Os dois tipos de turbinas mais utilizados em centrais de cogeração hoje em dia são: Turbina a gás 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente Turbina a vapor 29 Turbina a gás Uma turbina a gás simples é constituída por três secções fundamentais: Um compressor, uma zona de combustão, uma turbina de potência. Uma turbina a gás funciona segundo o princípio do ciclo de Brayton. Onde: "O ar comprimido é misturado com combustível e inflamado em condições de pressão constante".O resultado é a expansão do gás quente que produz trabalho através duma turbina. 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 30 Turbina a vapor Turbina a vapor é um equipamento que aproveita a energia calorífica do vapor e transforma em energia mecânica. Tipos de configuração: • Contrapressão: neste tipo de turbina de vapor, o vapor sai da turbina à pressão atmosférica ou a uma pressão mais elevada; • Condensação: neste tipo de turbina de vapor, o vapor é “extraído” da turbina por subtiragens intermédias a pressões inferiores à pressão atmosférica; • Sistema com fluído orgânico, funcionando segundo um ciclo de base Rankine; 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 33 Exemplo: a Central de Cogeração do NorteShopping Chillers de absorção Pfrio = 2 x 1750 kW COP = 0.7 eléctrico = 40% Térmico = 40% Geradores em ciclo Otto a GN Pelec = 2 x 2950 kWe (complementados por 8 MW de refrigeração por compressão) 29 Maio 2009 FEUP – Semana da Energia e Ambiente 37