a eliminação de defeitos - ABRAGNOSE

ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
PODCAST ABRAGNOSE
Academia Brasileira de Gnose
Curitiba/PR e São Paulo/SP – Brasil – Ano LIII da Era de Aquário
Helen Sarto de Mello – Presidente da Academia Brasileira de Gnose
Karl Bunn – Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
Ricardo Bianca de Mello – Coordenador de Instrução
© Direitos autorais desta edição: Academia Brasileira de Gnose (ABRAGNOSE):
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A ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS
20.05.2014
Por Karl Bunn
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Bem-vindos ao encontro desta noite.
Hoje vamos iniciar uma seqüência de temas relacionados à morte de defeitos.
Em encontros anteriores tratamos dos aspectos essenciais do DESPERTAR DA
CONSCIÊNCIA.
Agora passaremos a tratar de diversos temas psicológicos que, no seu conjunto, nos levarão
não só ao despertar da consciência, mas também à prática do primeiro fator de revolução
de consciência.
Aos que chegam agora, esclarecemos que o PRIMEIRO FATOR DE REVOLUÇÃO DE
CONSCIÊNCIA diz respeito à morte ou eliminação de nossos defeitos psicológicos, os
quais, no seu conjunto, formam o ego-personalidade.
Para se chegar à eliminação de um defeito, primeiro temos que identificá-lo ou tomar
consciência de sua existência em nossa mente, em nosso mundo mental.
Isso se faz mediante o exercício da AUTO-OBSERVAÇÃO, já abordado em encontros
anteriores.
Quando alguém pratica a AUTO-OBSERVAÇÃO, passa a perceber que em sua mente há
incontáveis e variados elementos psicológicos que vivem em permanente atrito e disputa
pelo comando da máquina humana, vale dizer, das funções psicofisiológicas da criatura
humana.
Em outras palavras: esses defeitos querem monopolizar os pensamentos, os sentimentos,
nossos atos e também nossa vontade.
Em realidade, não apenas querem monopolizar como, de fato, monopolizam.
A CONSCIÊNCIA, A ALMA, que deveria conduzir nossa existência, simplesmente se
encontra dominada e escravizada por esses milhares de eus-diabos de nossa mente.
Cada elemento desses é autônomo, independente; é como se fosse uma pessoa, uma
criatura, com vida própria, criada, alimentada e protegida por nós mesmos, ao longo de
nossas existências.
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Cada defeito que vive em nossa mente tem uma forma, uma aparência. Essa forma ou
aparência sempre é diabólica, animalesca, bestial. No antigo Egito, essas criaturas
psicológicas eram denominadas de DIABOS VERMELHOS DE SETH.
Isso, por si só, diz tudo: são diabos que regem, ditam e conduzem nossa vida, quer
admitamos esse fato ou não.
No gnosticismo moderno essas entidades tenebrosas são denominadas de ‘egos’. Mas,
entenda-se: cada ego é um pequeno diabo, que tem existência real e concreta no mundo
mental.
Portanto, em gnose, quando se diz ou se fala de ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS, estamos
falando concretamente que precisamos e devemos ELIMINAR essas criaturas diabólicas de
nossa mente, as quais, repito, fomos nós mesmos que as criamos, alimentamos e
defendemos - e por isso hoje são muito fortes e ativas em nosso mundo mental.
Para eliminar esses eus-diabos há uma didática, uma técnica, muito simples de ser
praticada, tão simples que geralmente desprezamos ou duvidamos de sua eficácia.
Vamos dizer agora como é e como funciona essa didática.
Começa-se pela AUTO-OBSERVAÇÃO.
Isso nos permite investigar todos aqueles que vivem em nosso mundo mental. Fazendo isso
vamos descobrir e conhecer essas criaturas mentais.
Sim, elas são feitas de matéria mental, da matéria de nossa própria mente.
Cada defeito, diabo ou ego identificado, deve ser estudado e analisado, para se chegar à
compreensão do mesmo.
E agora vem a grande pergunta: Como se estuda um defeito?
A resposta é muito simples: Da mesma forma que um cientista faz quando larga o conforto
da vida moderna e decide se internar nas selvas africanas para estudar o comportamento
dos gorilas – ou de qualquer outra espécie.
‘Estudar’ equivale a ‘observar comportamentos, relações ou transações’ entre os diversos
elementos do grupo.
Em nosso caso, é observar as transações ou relacionamentos feitos entre os diversos egos
durante o dia.
É observar detalhadamente cada pensamento, cada detalhe, cada conduta praticada por nós
mesmos, diariamente, pelo tempo que for necessário.
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O cientista que decidiu estudar os gorilas na selva africana, certamente, antes de escrever
um livro sobre suas observações, ou sobre o seu trabalho, passa muitos anos na selva,
dedicado a observar, estudar, analisar e entender aquilo que vê ou que observa.
O estudante gnóstico que decide se internar na selva psicológica de sua mente, certamente
terá que fazer um trabalho muito parecido.
Por muitos anos terá que, pacientemente, observar, registrar, anotar, fotografar, filmar,
elaborar fichas de anotações, etc. sobre cada membro do grupo que está estudando.
Isso significa que o trabalho de observação e estudo de nossos defeitos deve ser bem
organizado, criterioso; deve-se levar um registro de cada defeito ou de cada grupo de
defeito estudado.
Sem ordem ou organização no trabalho sobre si, o estudante se perde, se desconcentra,
esquece das coisas. Em gnose se aprende de forma bem direta que é necessário criar ou
desenvolver a ‘memória trabalho’.
A ‘memória-trabalho’, para os que não tem boa memória é feita pelos registros e anotações.
Por isso, é indispensável fazer anotações.
Todo aquele que realiza esse trabalho de observação, estudo e análise, da forma como
dizemos aqui, certamente chegará à compreensão das condutas observadas.
Na vida física, o cientista do nosso exemplo, evidentemente não interferirá na conduta nem
na organização dos gorilas africanos. Nem os eliminará.
No caso do trabalho psicológico pessoal, não devemos nem justificar nem condenar nossos
defeitos. Apenas observar, estudar e analisar.
Isso nos dará a compreensão sobre cada elementos estudado.
Uma vez que tenhamos compreendido um defeito, este deverá ser levada à presença de um
PODER, FORÇA ou POTÊNCIA superior à nossa mente.
Esse PODER SUPERIOR chama-se DEVI KUNDALINI SHAKTI. É nossa MÃE DIVINA
que elimina nossos defeitos compreendidos.
Entenda-se de forma clara e simples que dentro de cada diabo psicológico há um átomo de
consciência aprisionado.
Mediante a compreensão psicológica, esse átomo é liberado. Mas resta ainda o cadáver
desse defeito, o qual precisa ser eliminado, pulverizado, reduzido a poeira cósmica, como
diz nosso Mestre.
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A didática desse trabalho é bem simples. Exige bastante trabalho e dedicação, não vamos
negar.
O que de fato custa e faz com que bem poucos alcancem o triunfo nesse tipo de trabalho é a
falta de disciplina ou de mentalidade científica, vale dizer: organização na vida pessoal.
Temos a marcada tendência de esperar que tudo caia do céu. Fomos adestrados a pensar
que a evolução da natureza por si mesma nos levará à liberação de nossa atual condição de
homens-máquinas ou de perversos eus-diabos.
Saibamos todos que na natureza existe tanto a evolução quanto a involução. As escolas mal
chamadas de esotéricas dos tempos atuais ensinam mentiras e deturpam a realidade.
Não existe a tal evolução que um dia nos levará a uma suposta condição ou estado divino.
Quem quiser deixar de ser eu-diabo e se tornar Anjo ou Deva terá que trabalhar – e
trabalhar muito – para alcançar tal estado.
A gigantesca maioria dos seres humanos, conduzidos pelas famosas leis de evolução e
involução, leva todos aqueles que não trabalham sobre si ao Abismo, à morte segunda, à
dissolução final, ao crisol das reciclagens cósmicas.
A natureza nos cria e nos alimenta porque precisa de nós. Porém, como bem mostra a crua
realidade da vida, tudo que nasce, atinge uma maturidade, frutifica, e depois entra
decrepitude, e ao final, morre.
A humanidade, cosmicamente falando, é como uma simples árvore: nasce, cresce,
amadurece, dá frutos ou atende a seu propósito e, depois, começa a fenecer, até que por
fim, seca e morre.
O indivíduo humano recebe um determinado prazo de vida e também de vidas. Em cada
vida, vivemos o tempo que nos é dado pelo Karma, por nossa VIRGEM DA LUZ, nossa
DIVINA MÃE KUNDALINI. Terminado o prazo, morremos. Passado algum tempo,
renascemos, ganhamos nova vida ou nova existência.
Cada ciclo humano compreende 108 vidas. Vale dizer, temos 108 existências para
crescermos, evoluirmos e deixarmos da condição de eu-diabo para o estado
verdadeiramente humano, o qual nos permite aceder a condição de Deva ou de Anjo.
Findo o ciclo de 108 vidas, ingressamos no Abismo, no Inferno, no crisol da dissolução da
natureza, onde ela recicla as formas de vida e também nos dá novas oportunidades de
renascimentos em melhores condições.
Entendamos que se não eliminarmos nossos defeitos, nossos egos, esses agregados mentais
ou psicológicos, que são nossos diabos vermelhos, a natureza o fará, obrigatoriamente.
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Os Santos Mestres da Venerável Loja Branca em todos os tempos sempre avisaram a
humanidade sobre esses ciclos de vida e morte, de nascimentos e renascimentos. Sempre
ensinaram que é bem melhor e menos sofrido fazermos o trabalho de purificação aqui na
superfície.
Porém, ninguém dá ouvidos. Somente aqueles poucos que se interessam pela REEVOLUÇÃO de sua consciência, é que se livram da SEGUNDA MORTE ou da
DESTRUIÇÃO DO (ou NO) ABISMO.
Muita gente quer se tornar um Iniciado, um ADEPTO, um MESTRE. Muitos anelam até
mesmo a CRISTIFICAÇÃO. Ou se tornar um AUTO-GERADO, um FILHO DE SUA
PRÓPRIA OBRA.
Tudo isso está ao alcance de todos. Qualquer pessoa sincera e devotada pode alcançar os
mais elevados graus de CONSCIÊNCIA CÓSMICA.
Tudo que é pedido, exigido ou necessário dos anelantes desses sublimes caminhos é
dedicação, devoção, disciplina, constância e continuidade de propósitos numa determinada
direção e com a reta determinação ou encausamento.
Sem uma boa escola ou um Mestre qualificado ninguém consegue avançar na SENDA
INICIÁTICA.
Por isso, os inconstantes, indisciplinados, auto-suficientes, rebeldes sem causa ou mal
encausados, todos fracassam.
Total obediência ao Guru é tão só um dos requisitos para triunfar nesse caminho.
Isso exige extrema HUMILDADE e também FÉ ou CONFIANÇA no Guru, no Mestre ou
na Escola.
Nos tempos atuais a única escola que pode nos dar a instrução segura para esse propósito é
a ESCOLA GNÓSTICA criada pelo Venerável Mestre Samael Aun Weor.
Não queremos depreciar ou desprezar nenhuma outra escola ou instrutor, mas tendo
investigado as principais doutrinas atualmente disponíveis, vemos claramente que tudo por
aí tornou-se nos tempos modernos excelentes JARDINS DE INFÂNCIA ESOTÉRICOS.
Pois, para triunfar na VIA INICIÁTICA é preciso saber MORRER EM DEFEITOS,
NASCER ou RENASCER do ESPÍRITO e SACRIFICAR-SE PELA HUMANIDADE.
No encontro de hoje estamos salientando apenas alguns aspectos desse MORRER EM
DEFEITOS, da necessidade que temos de fazer esse trabalho em nós mesmos.
Uma vez que se aprenda a técnica ou a didática, a partir daí o único restante a fazer é
PRATICAR A VIDA TODA ATÉ ELIMINAR 100% DE NOSSOS DEFEITOS.
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Dito isso, o resto é mera filosofia esotérica que nos rouba tempo e energia.
A situação que se apresenta diante de nossos olhos então passa a ser absurdamente simples:
OU FAZEMOS OU NÃO FAZEMOS O TRABALHO SOBRE NÓS MESMOS.
Se quisermos triunfar, temos que praticar essa didática, morrer diariamente em defeitos,
melhorar conseqüentemente nossa conduta e aprender a andar de mãos dadas com nossa
DIVINA MÃE KUNDALINI.
Sendo a gnose um completo sistema de vida ou toda uma filosofia de vida cujo maior
propósito é o DESPERTAR A CONSCIÊNCIA, MORRER EM DEFEITOS, CRESCER EM
VIRTUDES, RENASCER DO ESPÍRITO e exercitar de forma voluntária e consciente a
CARIDADE UNIVERSAL, temos aí o modus vivendi que nos conduzirá às elevadas esferas
ou regiões espirituais.
Cumpriremos assim a máxima que é “viver no mundo sem ser do mundo”. Noutras
palavras, “cumprir o sagrado dever Parlock do Ser” ou simplesmente “fazer a vontade do
Pai tanto na Terra quanto no Céu”.
A INICIAÇÃO não é realizada com meras leituras e estudos intelectuais. A INICIAÇÃO é
prática e concreta, construída detalhe a detalhe, aqui e agora, em nosso mundo físico, de
carne e osso, vivendo a vida como ela se apresenta, só que de forma edificante e
vivificantemente reta.
Em assim fazendo, um dia qualquer, nós nos daremos conta de nossa jornada íntima e de
quanto avançamos.
Não há porque vivermos estressados por causa da Iniciação ou da Via Espiritual. Por outro
lado, se relaxarmos ou levarmos a vida como qualquer mortal comum e corrente, é claro
que nenhuma transformação interna ocorrerá.
A VIA ESPIRITUAL é muito simples. Basta fazermos o que precisa ser feito, diariamente,
pacientemente, com disciplina, fé, dedicação, e com profundo AMOR AO TRABALHO.
Paz Inverencial!
Karl Bunn
Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
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