Untitled - Caixa Cultural

Transcrição

Untitled - Caixa Cultural
CAIXA Cultural Salvador
05/07 a 21/08/2016
CAIXA Cultural Recife
01/09 a 16/10/2016
CAIXA Cultural Curi ba
29/11 a 12/02/2017
Exhibi on 'Êxodos', by Sebas ão Salgado
Exposição 'Êxodos', de Sebas ão Salgado
Since it was established in 1861, Caixa has always sought to be more than just a bank, but a truly
present ins tu on in the lives of millions of Brazilians.
Desde que foi criada, em 1861, a Caixa sempre buscou ser mais que apenas um banco,
mas uma ins tuição realmente presente na vida de milhões de brasileiros.
The effec ve par cipa on of CAIXA in the development of our ci es, and their presence in the life
of every ci zen of this country, is consolidated through programs and financing project of
infrastructure and sanita on of the brazilian municipali es; the implementa on and
administra on of social programs of the Federal Government; the gran ng of loans at affordable
interest for all and housing financing to the whole society, as well as several other broad social
outreach programs.
A par cipação efe va da CAIXA no desenvolvimento das nossas cidades, e sua
presença na vida de cada cidadão deste país, consolida-se por meio de programas e
projetos de financiamento da infraestrutura e do saneamento básico dos municípios
brasileiros; da execução e administração de programas sociais do Governo Federal; da
concessão de créditos a juros acessíveis a todos e do financiamento habitacional a toda
a sociedade, além de vários outros programas de largo alcance social.
Ac ng in promo ng ci zenship and sustainable development of the country, as a financial
ins tu on, public policy agent and strategic partner of the Brazilian State is the mission of this
public company whose history visit three centuries of Brazilian life.
It was in the course of this successful existence that CAIXA approached the ar st and na onal art.
And has, over the past decades, consolida ng its image of strong supporter of our culture, and
owner of an important network of cultural spaces, which today boosts the cultural life of seven
Brazilian capital ci es, which promotes and fosters the ar s c produc on of the country, and
contributes decisively to the dissemina on and apprecia on of the Brazilian culture.
With this exhibi on, CAIXA reaffirms its cultural policy, its social voca on and the willingness to
democra ze access to their spaces and their ar s c program, and fulfills, in this way, its
ins tu onal role to s mulate the crea on and give concrete condi ons so that the ar st can
present his work and disseminate his art.
Interna onally awarded, Sebas ão Salgado is considered one of the greatest talents of world
photography by social content in his work. In "Êxodos", the photographer traveled for six years
through 40 countries to show humanity in transit, causing a reflec on about poli cal, social and
economic issues of people who were forced to leave their homeland.
CAIXA appreciates your par cipa on and believe that, this way, is contribu ng to the renova on,
expansion and strengthening of the arts in Brazil, and expanding cultural development
opportuni es for our people.
Caixa Econômica Federal
Atuar na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do País, como
ins tuição financeira, agente de polí cas públicas e parceira estratégica do Estado
Brasileiro, é a missão desta empresa pública cuja história visita três séculos da vida
brasileira.
Foi no transcurso desta vitoriosa existência que a CAIXA aproximou-se do ar sta e da
arte nacional. E vem, ao longo das úl mas décadas, consolidando sua imagem de
grande apoiadora da nossa cultura, e detentora de uma importante rede de espaços
culturais, que hoje impulsiona a vida cultural de sete capitais brasileiras, onde promove
e fomenta a produção ar s ca do país, e contribui de maneira decisiva para a difusão e
valorização da cultura brasileira.
Com esta exposição, a CAIXA reafirma sua polí ca cultural, sua vocação social e a
disposição de democra zar o acesso aos seus espaços e à sua programação ar s ca, e
cumpre, desta forma, seu papel ins tucional de es mular a criação e dar condições
concretas para que o ar sta possa apresentar seu trabalho e divulgar sua arte.
Premiado internacionalmente, Sebas ão Salgado é considerado um dos maiores
talentos da fotografia mundial pelo teor social em seu trabalho. Em “Êxodos”, o
fotografo viajou durante seis anos por 40 países para mostrar a humanidade em
trânsito, provocando uma reflexão sobre as questões polí cas, sociais e econômicas
de pessoas que foram obrigadas a deixar a terra natal.
A CAIXA agradece sua par cipação e acredita, desta maneira, estar contribuindo para
a renovação, ampliação e fortalecimento das artes no Brasil, e ampliando as
oportunidades de desenvolvimento cultural do nosso povo.
Caixa Econômica Federal
"Êxodos" documents the history of mankind in transit. It is a disturbing story, because few
people leave their homeland willingly. In general they become migrants, refugees or exiled
constrained by forces that they do not have control, fleeing poverty, repression or wars.
They leave with the belongings they can carry, go forward as they can on board of fragile boats,
squeezed into trains and trucks, on foot... They travel alone, with family or in groups. Some know
where they are going, confident that a be er life expects them. Others are simply fleeing, relieved
to be alive. Many will not be able to get anywhere.
"More than ever, I feel that the human race is only one. There are color differences, languages,
cultures and opportuni es, but the feelings and people reac ons are the same" said Sebas ão
Salgado in the presenta on of the photographic exhibi on "Êxodos" launched at the turn of the
century and result of the work developed by the photographer in partnership with his wife, Lélia
Deluiz Wanick Salgado, for six years, covering 40 countries.
In the special exhibi on of "Êxodos", with the curatorship of Lélia Deluiz Wanick Salgado,
performed by Via Press Comunicação e Eventos visitors can check the posters divided into five
central themes - Africa, Struggle for Land, Refugees and Migrated, Megaci es and Children
Portraits. They are impac ng images that reflects the escape of migrants, refugees and displaced
persons in different parts of the world; the unparalleled tragedy in Africa; the rural exodus, the
land conflict and the chao c urbaniza on in La n America; images of the new Asian
megalopolises, and in each of these extreme situa ons, the record of the ones that, even in the
middle of the chaos, keeps alive the flame of hope and human dignity, the children.
The collec on of 60 images that make up this exhibi on was donated by Lélia DeLuiz Wanick and
Sebas ão Salgado to Terra Ins tute, an environmental NGO that the couple founded in 1998 in
Aimorés-MG, which acts in the environmental recovery of all Vale do Rio Doce a Atlan c Forest
region between the states of Minas Gerais and Espirito Santo. All the resources obtained from this
exhibi on will go to ac ons developed by the ins tu on, such as reforesta on of degraded areas,
produc on of na ve seedlings, springs restora on, promo on of sustainable agriculture and
environmental educa on, as well as a support in its maintenance.
“Êxodos”
documenta a história da humanidade em trânsito. É uma história
perturbadora, pois poucas pessoas abandonam a terra natal por vontade própria. Em
geral elas se tornam migrantes, refugiadas ou exiladas constrangidas por forças que
não têm como controlar, fugindo da pobreza, da repressão ou das guerras.
Partem com os pertences que conseguem carregar, avançam como podem a bordo de
frágeis embarcações, espremidas em trens e caminhões, a pé... Viajam sozinhas, com as
famílias ou em grupos. Algumas sabem para onde estão indo, confiantes de que as
espera uma vida melhor. Outras estão simplesmente em fuga, aliviadas por estarem
vivas. Muitas não conseguirão chegar a lugar nenhum.
"Mais do que nunca, sinto que a raça humana é somente uma. Há diferenças de cores,
línguas, culturas e oportunidades, mas os sen mentos e reações das pessoas são
semelhantes”, disse Sebas ão Salgado na apresentação da exposição fotográfica
“Êxodos”, lançada na virada do século e fruto de um trabalho desenvolvido pelo
fotógrafo, durante seis anos, percorrendo 40 países.
Na mostra especial de “Êxodos” com curadoria de Lélia Wanick Salgado, realizada pela
Via Press Comunicação e Eventos o visitante poderá conferir os posters divididos em
cinco temas centrais – África, Luta pela Terra, Refugiados e Migrados, Megacidades e
Retratos de Crianças. São imagens impactantes que retratam a fuga de migrantes,
refugiados e pessoas deslocadas em diferentes pontos do mundo; a tragédia sem
paralelo da África; o êxodo rural, o conflito de terras e a urbanização caó ca na
América La na; imagens das novas megalópoles asiá cas e, em cada uma dessas
situações extremas, o registro dos que, mesmo em meio ao caos, mantém viva a chama
da esperança e da dignidade humana, as crianças.
A coleção com 60 imagens que compõem essa exposição foi doada por Lélia Deluiz
Wanick e Sebas ão Salgado ao Ins tuto Terra, ONG ambiental que o casal fundou em
1998, em Aimorés-MG, e que atua na recuperação ambiental de todo o Vale do Rio
Doce, região de Mata Atlân ca entre os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Todos os recursos ob dos com esta exposição serão rever dos para ações
desenvolvidas pela ins tuição, como reflorestamento de áreas degradadas, produção
de mudas na vas, recuperação de nascentes, promoção da agricultura sustentável e
educação ambiental, bem como apoio na sua manutenção.
O Fotógrafo
Sebas ão Salgado nasceu no dia 8 de fevereiro de 1944 em Aimorés, Minas Gerais, Brasil.
Vive em Paris. Economista de formação, começou sua carreira de fotógrafo em Paris, em
1973. Trabalhou sucessivamente com as agências Sygma, Gamma e Magnum Photos até
1994 quando, ao lado de Lélia Wanick Salgado, fundou a agência de fotografia, Amazonas
Images, que se tornou a base e o coração de todas as a vidades inerentes ao seu trabalho.
Viajou em mais de 100 países para projetos fotográficos que, além de inúmeras publicações
na imprensa, foram apresentados em forma de livros e exposições em museus no mundo
inteiro, tais como: Outras Américas (1986), Sahel, l'Homme en détresse (1986),
Trabalhadores (1993), Terra (1997), Êxodos e Retratos de Crianças do Êxodo (2000), Africa
(2007), e Genesis (2013). O livro mais recente, Perfume de Sonho, é fruto de uma viagem ao
mundo do café (2015).
Sebas ão Salgado recebeu inúmeros prêmios, pelos seus trabalhos fotográficos. É
Embaixador de Boa-Vontade da UNICEF, membro honorário da Academy of Arts and Science
dos Estados Unidos. Recebeu a comenda da Ordem do Rio Branco no Brasil e é Commandeur
de l'Ordre des Arts et des Le res, pelo Ministério da Cultura e da Communicação da França.
Em 13 de abril 2016, foi eleito membro da Académie des Beaux-Arts de l'Ins tut de France,
assumindo a cadeira ocupada anteriormente pelo fotógrafo Lucien Clergue.
Sebas ão Salgado was born on February 8, 1944 in Aimorés, Minas Gerais, Brazil. He lives in Paris.
Graduated in economy, he began his photography career in Paris in 1973. He worked successively with
agencies like Sygma, Gamma and Magnum Photos un l 1994 when, alongside Lélia Wanick Salgado,
founded the photographic agency, Amazonas Images, which became the base and the heart of all
ac vi es related to his work.
He traveled over 100 countries for photographic projects that, besides numerous publica ons in the
press, were presented in the form of books and exhibi ons in museums worldwide, such as Outras
Américas (1986), Sahel, l'Homme en détresse (1986), Trabalhadores (1993), Terra (1997), Êxodos and
Retratos de Crianças do Êxodos (2000), Africa (2007) and Genesis (2013). The latest book, Perfume de
Sonho, is the result of a trip to the coffee world (2015).
Sebas ão Salgado has received numerous awards for his photographic work. He is Ambassador of
Goodwill at UNICEF, honorary member of the Academy of Arts and Science of the United States. He
received the commenda on of « Ordem do Rio Branco no Brasil » and is « Commandeur de l'Ordre des
Arts et des Le res » by the Ministry of Culture and Communica on of France.
On April 13, 2016, he was elected member of the Académie des Beaux-Arts from l'Ins tut de France,
taking the chair previously occupied by the photographer Lucien Clergue.
UNICEF/HQ01-0123/ NICOLE TOUTOUNJI
The Fotographer
O Ins tuto Terra
ONG ambiental fundada por Lélia Deluiz Wanick Salgado e Sebas ão Salgado em 1998,
no município de Aimorés-MG, o Ins tuto Terra atua na recuperação da Mata Atlân ca, na
proteção de nascentes, na educação ambiental e pesquisa cien fica aplicada, bem como
na promoção do desenvolvimento sustentável do Vale do Rio Doce.
A experiência bem-sucedida de recuperação ambiental promovida em sua sede, na RPPN
Fazenda Bulcão, está sendo replicada em municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais,
e já soma mais de 7,5 mil hectares de áreas degradadas de Mata Atlân ca em processo de
recuperação na região, além da proteção de milhares de nascentes na Bacia Hidrográfica
do Rio Doce.
Em reconhecimento ao trabalho desenvolvido no Ins tuto Terra, em 2012, Sebas ão e
Lélia receberam o Prêmio e. Ins tuto e, UNESCO Brasil e Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro, e também o Prêmio Personalidade Ambiental, WWF-Brasil.
Saiba mais em www.ins tutoterra.org.
The Terra Ins tute
Environmental NGO founded by Lélia Deluiz Wanick Salgado and Sebas ão Salgado in 1998, in the
municipality of Aimorés-MG, the Terra Ins tute acts in the recovery of the Atlan c Forest, in the
protec on of the springs, in the environmental educa on and applied scien fic research as well as in
the promo on of sustainable development at Vale do Rio Doce.
The successful experience of environmental recovery promoted in its head office, in RPPN Fazenda
Bulcão, is being replicated in ci es of Espírito Santo and Minas Gerais, and has already more than 7,5
thousand hectares of Atlan c Forest degraded areas in recovery process at the region, beyond the
protec on of thousands of springs at Rio Doce´s water catchment area.
In recogni on of the work developed by Terra Ins tute in 2012, Sebas ão and Lélia received the
Award e. Ins tute e, and UNESCO Brazil and Municipality of the City of Rio de Janeiro, and also the
Prize « Environmental Personality », WWF-Brazil.
Learn more at www.ins tutoterra.org.
S É R I E
REFUGIADOS
E MIGRADOS
SERIES: REFUGEES AND MIGRATED
Quase sempre os migrantes abandonam seus lares cheios de esperança; os refugiados
costumam fazê-lo por medo. Mesmo assim, cada um a sua maneira, todos são vi mas de
forças além de seu controle: a pobreza e a violência. A maioria dos migrantes do Terceiro
Mundo ruma para a cidade, mas os mais ambiciosos têm os Estados Unidos e a Europa
como meta. Suas jornadas são longas e cheias de perigos, mas amparadas pelo sonho de
uma vida melhor. Aqueles que se tornam refugiados, contudo, não o fazem por vontade
própria. Foi o caso de curdos, afegãos, bósnios, sérvios e kosovares, que veram de deixar
seus lares forçados pela guerra e, como os pales nos, que passaram décadas em campos
de refugiados, muitas vezes alimentam o desejo de voltar para casa. Para alguns deles,
porém, a ruptura com o passado é permanente: de refugiados passarão a exilados, e de
exilados também eles passarão a migrantes.
O en mes migrants leave their homes full of hope; refugees usually do so out of fear. S ll, each in
their own way, all of them are vic ms of forces beyond their control: poverty and violence. Most of
Third World migrants heads to the city, but the most ambi ous have the United States and Europe as
a goal. Their journeys are long and full of dangers, but supported by the dream of a be er life. Those
who become refugees, however, do not do this own will. This was the case of Kurds, Afghans,
Bosnians, Serbs and Kosovars, who had to leave their homes forced by war and, like the Pales nians,
who have spent decades in refugee camps, o en feed the desire to return home. For some of them,
however, the break with the past is permanent: from refugees they will become exiles, and from exiles
they will become migrants too.
S É R I E
ÁFRICA
SERIES: AFRICA
A África foi trauma zada pelo sofrimento e o desespero. Seu povo ficou profundamente
marcado pela pobreza, a fome, a corrupção, o despo smo e a guerra. Trinta anos depois
que Sebas ão Salgado visitou o con nente pela primeira vez, de um modo geral as coisas
haviam piorado. Moçambique era a exceção: décadas de guerra civil finalmente haviam
chegado ao fim, permi ndo que centenas de milhares de refugiados voltassem para casa.
Enquanto isso, Angola e o Sul do Sudão con nuavam assolados por guerras. Em certos
momentos, a impressão era a de que Estados Unidos e Europa haviam riscado a África do
mapa, dando-a por perdida. Não há dúvida de que pouco fizeram para interromper o
genocídio de 1994 em Ruanda, em que cerca de 1 milhão de Tutsi perderam a vida. Na
sequência, os problemas de Ruanda a ngiram o Zaire, com centenas de milhares de
refugiados Hutu transformando-se em novas ví mas da polí ca étnica da África Central.
Africa was trauma zed by suffering and despair. Its people were deeply marked by poverty, hunger,
corrup on, despo sm and war. Thirty years a er Sebas ão Salgado visited the con nent for the first
me, in general, things had go en worse. Mozambique was an excep on: decades of civil war had
finally reached the end, allowing that hundreds of thousands of refugees return home. Meanwhile,
Angola and South Sudan remained ravaged by war. At certain mes, the impression was that United
States and Europe had wiped off Africa from the map, giving it up for lost. There is no doubt that very
li le they did to stop the 1994 genocide in Rwanda where about 1 million Tutsi lost their lives. In
sequence, Rwanda problems reached Zaire, with hundreds of thousands of Hutu refugees turning
into new vic ms of Central Africa ethnic policy.
S É R I E
LUTA PELA
TERRA
SERIES: STRUGGLE FOR LAND
A história da América La na também foi moldada pela migração de dezenas de milhões de
camponeses para as áreas urbanas. A maioria deles abandona o campo em decorrência da
pobreza, visto que as melhores terras cul váveis estão concentradas nas mãos de uma
minoria rica. “Êxodos” revela imagens dos que se recusaram a desis r: os indígenas da
região amazônica em sua luta para permanecer em suas terras tribais; no Sul do México, os
rebeldes zapa stas pegaram em armas para recuperar as terras que haviam perdido; o
Movimento dos Sem-Terra, que no Brasil ousou apropriar-se de propriedades privadas a
despeito da repressão. De um modo geral, porém, a batalha estava perdida: nos povoados
das montanhas equatorianas o fotógrafo foi ao encontro de uma população formada por
mulheres e crianças, pois os homens haviam migrado. A consequência de todo essa
movimentação são as vastas metrópoles incontroláveis que se formaram, rodeadas pelas
favelas onde se apinham os migrantes.
The history of La n America was also shaped by the migra on of tens of millions of peasants to urban
areas. Most of them leave the field due to poverty, since the best farmable lands are concentrated in
the hands of a wealthy minority. "Êxodos" reveals images of those who refused to give up: the
indigenous people of the amazon region in their fight to remain in their tribal lands; in southern
Mexico, the zapa stas rebels took up arms to recover the lands they had lost; the Landless Movement
in Brazil, which dared to appropriate private proper es despite the repression. In general, however,
the ba le was lost: in the villages of the ecuadorian mountains the photographer went to meet a
popula on formed by women and children because the men had migrated. The consequence of all
this movement are the uncontrollable vast metropolis that have formed, surrounded by slums
crowded of migrants.
S É R I E
MEGACIDADES
SERIES: MEGACITIES
O êxodo da pobreza rural deu à Ásia um novo perfil urbano. Para os camponeses do estado
indiano de Bihar, por exemplo, assim como para os agricultores da ilha de Mindanao, nas
Filipinas, e os pescadores do Vietnã, as cidades se transformaram em polos de atração
irresis veis. Do Cairo a Xangai, de Istambul a Jacarta, a migração (mul plicada por altos
índices de natalidade) gerou megacidades somente igualadas, na América La na, por
Cidade do México e São Paulo. Na Ásia, contudo, a mudança foi ainda mais repen na, com
favelas alastrando-se e novos e resplandecentes centros financeiros surgindo quase ao
mesmo tempo. Xangai, por exemplo, modificou-se a ponto de tornar-se irreconhecível no
decorrer de não mais que uma década. Nem mesmo diante de condições de vida precárias,
os migrantes deixavam de acreditar que deram um passo na direção de uma vida melhor.
The exodus of rural poverty gave Asia a new urban profile. For the peasants of the Indian state of Bihar,
for example, as well as for farmers in the island of Mindanao in the Philippines and Vietnam fishermen,
ci es became irresis ble a rac on poles. From Cairo to Shanghai, from Istanbul to Jakarta, migra on
(mul plied by high birth rates) generated megaci es only equaled, in La n America, by Mexico City
and São Paulo. In Asia, however, the change was even more sudden, with slums spreading and new and
resplendent financial centers popping up around the same me. Shanghai, for example, changed to
the point of becoming unrecognizable over no more than a decade. Not even in the face of poor living
condi ons, migrants stopped believing that they took a step toward a be er life.
S É R I E
RETRATOS DE
CRIANÇA
SERIES: CHILDREN PORTRAITS
Em toda situação de crise, seja guerra, miséria ou desastre natural, as crianças são as
maiores ví mas. Mais fracas fisicamente, são sempre as primeiras a sucumbir à fome ou à
doença. Emocionalmente vulneráveis, não tem condições de compreender por que estão
sendo expulsas de suas casas, por que os vizinhos passaram a atacá-las, por que foram
viver numa favela cercada de detritos ou num campo de refugiados cercado de dor.
Isentas de responsabilidade pelo próprio des no são, por definição, inocentes. Mesmo
assim – a não ser que estejam gravemente enfermas –, mesmo nas piores circunstâncias as
crianças são a fonte da mais pura energia. Todo fotógrafo que já tenha trabalhado entre
refugiados ou migrantes urbanos verificou esse fato. Há crianças por toda parte, em geral
mais visíveis do que os adultos. Ao ver uma câmera, dão pulos de entusiasmo, riem,
acenam. Às vezes sua alegria de viver chega a interceptar o registro fotográfico do que está
acontecendo com elas. Como é possível uma criança sorridente representar o infortúnio
mais profundo? Se no início do projeto o fotógrafo não havia planejado publicar aqueles
retratos, no decorrer das viagens acabou chegando à conclusão de que elas mereciam um
foro próprio. Sua história pode ser a mesma dos pais, mas elas a vivenciaram – e contavamna de outro jeito. Elas aparecem lindas, felizes, orgulhosas, pensa vas ou tristes. Por um
breve instante, veram condições de dizer “Eu sou”.
In any crisis situa on, whether war, poverty or natural disaster, children are the main vic ms. More
physically weak, they are always the first to succumb to hunger or disease. Emo onally vulnerable, they
are unable to understand why they are being driven from their homes, why the neighbors began to
a ack them, why they were living in a slum surrounded by debris or in a refugee field surrounded by
pain. Free from responsibility for their own des ny, they are, by defini on, innocent. Even so - unless
they are seriously ill -, even in the worst circumstances children are the source of pure energy. Every
photographer who has worked among refugees or urban migrants found this. There are children
everywhere, in general more visible than adults. When they see a camera, give enthusiasm leaps, laugh,
wave. Some mes their joy of living comes to intercept the photographic record of what is happening to
them. How is possible that a smiling child can represent the deepest misfortune? If at the beginning of
the project the photographer had not planned to publish those pictures, in the course of travel
eventually came to the conclusion that they deserved a proper forum. Their story may be the same as
the parents, but they experience it - and tell it otherwise. They appear beau ful, happy, proud,
though ul or sad. For a brief moment, they were able to say "I am".
Baixe o app CAIXA Cultural
Acesse www.caixacultural.gov.br
Curta facebook.com/CaixaCulturalSalvador
facebook.com/CaixaCulturalRecife
facebook.com/CaixaCulturalCuritiba
FOTÓGRAFO
Sebastião Salgado
CURADORIA
Lélia Deluiz Wanick Salgado
COORDENAÇÃO GERAL
Elaine Hazin
PROJETO EXPOGRÁFICO
Rose Lima e Fritz Zehnle Jr.
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO
Carla Gatis
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Ricardo Cavalcanti
ASSISTENTE DO PROJETO
Suellen Santana
MONTAGEM
Adriano Passos
João Costa
Ademir Santos
Anilson dos Santos
ILUMINAÇÃO
João Batista
TRADUÇÃO
Laura Gurgel
IDENTIDADE VISUAL
Lado B Propaganda
ASSESSORIA DE IMPRENSA
Via Press Comunicação e Eventos
REALIZAÇÃO
Via Press Comunicação e Eventos
AGRADECIMENTOS
Instituto Terra
CAIXA Cultural Salvador:
R. Carlos Gomes, 57 - Centro, Salvador - BA
(71) 3421-4200
CAIXA Cultural Recife:
Av. Alfredo Lisboa, 505 - Bairro do Recife, Recife - PE
(81) 3425-1900
CAIXA Cultural Curi ba:
R. Conselheiro Laurindo, 280 - Centro, Curi ba - PR
(41) 2118-5001
EXERCITE A SUA
CIDADANIA,
RECICLE E REUTILIZE.
TODOS CONTRA
O AEDES AEGYPTI
#ZicaZero
Realização: