Manual de Exames Abril 2012
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Manual de Exames Abril 2012
Manual de Exames Abril 2012 CARIÓTIPO, Líquido Amniótico Mnemônico: CG005LA Sinônímia: Cariótipo de âmnio, Cariótipo de amniocentese, Cariótipo de LA, Citogenética de líquido amniótico, Análise cromossômica de líquido amniótico Prazo: 20 dias corridos Informações de uso clínico Aplicação clínica: Alterações morfológicas ao ultrassom, antecedentes familiares de cromossomopatias, idade materna avançada (> 35 anos), abortos de repetição, risco aumentado para de anomalia cromossômica na triagem bioquímica Informação adicional: No diagnóstico pré-natal é possível detectar mais de 1000 doenças hereditárias. A maioria delas são herdadas de forma autossômica recessiva. O diagnóstico pré-natal utilizando sondas genéticas tornou-se disponível para fibrose cística, distrofia muscular, anemia falciforme, hemofilia e muitas outras anomalias genéticas.Isto pode ser realizado tanto em células de cultura do líquido amniótico como em amostragem de vilo corial. O exame de FISH também pode ser aplicado ao diagnóstico pré-natal como complementar ao estudo citogenético, utilizando as sondas para os cromossomos 21, 13, 18, X e Y. Valores de referência: 46,XX (sexo feminino) Interpretação: Os estudos citogenéticos de líquido amniótico são considerados com 99% de acurácia na detecção de grandes anomalias cromossômicas fetais. Alterações envolvendo microalterações podem ser detectadas por técnicas de citogenética molecular, como FISH, MLPA, CGH array. 46,XY (sexo masculino) Aproximadamente 3% das amostras de líquido amniótico analisadas apresentam anomalias cromossômicas. Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais Manual de Exames Abril 2012 como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes sobre as limitações técnicas do exame. Informações sobre Amostras Amostra: Líquido amniótico, Líquido do higroma cístico, Líquido pleural Volume: 15 a 20ml Transporte: Na própria seringa de coleta, não passar para tubos não estéreis. Recebimento da amostra 2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as 12:00hs Instruções de armazenamento: Manter a amostra refrigerada (8ºC) na própria seringa, NÃO CONGELAR Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada Causas de rejeição da amostra: Alta contaminação do líquido amniótico com células sanguíneas; amostra congelada; amostra transportada em recipiente com tampa de borracha (borracha é tóxica para amniócitos) Informações sobre o método laboratorial Procedimento: Análise do cariótipo fetal, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas Metodologia: Cultura de células de amniócitos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais Limitações: Embora a taxa de sucesso seja de 99%, as causas para as limitações são: insucesso de cultura devido a coleta de amostras de células em degeneração, amostra inadequada, contaminação do líquido com células sanguíneas, bactérias, leveduras. Não detecção de microalterações cromossômicas. Manual de Exames Abril 2012 Referências: 1. Nicolaides K, Brizot M de L, Patel F, et al, “Comparison of Chorionic Villus Sampling and Amniocentesis for Fetal Karyotyping at 10-13 Weeks' Gestation,” Lancet, 1994, 334(8920):435-9 [published erratum: Lancet, 1994, 344(8925):830]. PubMed 7914564 2. Ledbetter DH, Zachary JM, Simpson JL, et al, “Cytogenetic Results From the U.S. Collaborative Study on CVS,” Prenat Diagn, 1992, 12(5):317-45. PubMed 1523201 3. Desnick RJ, Schuette JL, Golbus MS, et al, “First-Trimester Biochemical and Molecular Diagnoses Using Chorionic Villi: High Accuracy in the U.S. Collaborative Study,” Prenat Diagn, 1992, 12(5):357-72. PubMed 1523203 4. DiLiberti JH, Greenstein MA, Rosengren SS, “Prenatal Diagnosis,” Pediatr Rev, 1992, 13(9):33442. PubMed 1409163 5. Chueh J, Golbus MS, “Prenatal Diagnosis Using Fetal Cells in the Maternal Circulation,” Semin Perinatol, 1990, 14(6):471-82.PubMed 2077667 6. Moraes AC. Aplicação dos métodos de hibridização in situ fluorescente e reação de cadeia em polimerase como auxílio à citogenética em matéria fetal e de perda gestacional: correlação com os achados anatomopatológicos [Tese de Doutorado], UNIFESP, 2003 7. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora Manual de Exames Abril 2012 CARIÓTIPO, Vilo Corial Mnemônico: CG008VC Sinônímia: Cariótipo de vilosidade coriônica, Cariótipo de biópsia de vilo corial (BVC), Cariótipo de placenta Prazo: 10 dias corridos Informações de uso clínico Aplicação clínica: Translucência nucal alterada, marcadores ultrassonográficos, antecedentes familiares de cromossomopatias, idade materna avançada (>35 anos), abortos de repetição Informação adicional: No diagnóstico pré-natal é possível detectar mais de 1000 doenças hereditárias. A maioria delas são herdadas de forma autossômica recessiva. O diagnóstico pré-natal utilizando sondas genéticas tornou-se disponível para fibrose cística, distrofia muscular, anemia falciforme, hemofilia e muitas outras anomalias genéticas. Isto pode ser realizado tanto em células de cultura do líquido amniótico como em amostragem de vilo corial. O exame de FISH também pode ser aplicado ao diagnóstico pré-natal como complementar ao estudo citogenético, utilizando as sondas para os cromossomos 21, 13, 18, X e Y. Valores de referência: 46,XX (sexo feminino) Interpretação: Os estudos citogenéticos de vilo corial são considerados com 99% de acurácia na detecção da maioria das anomalias cromossômicas fetais. Alterações envolvendo microdeleções podem ser detectadas por técnicas de citogenética molecular, como FISH, MLPA, CGH array. 46,XY (sexo masculino) Aproximadamente 3% das amostras de líquido amniótico analisadas apresentam anomalias cromossômicas. Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, Manual de Exames Abril 2012 mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes sobre as limitações técnicas do exame. Informações sobre Amostras Amostra: Vilo corial – solicitar ao laboratório meio de transporte Volume: 10 a 30 mg Transporte: Na própria seringa de coleta, não passar para tubos não estéreis. Recebimento da amostra 2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00h e aos sábados das 08:00 as 12:00h Instruções de armazenamento: Manter a amostra refrigerada (8ºC) na própria seringa, NÃO CONGELAR Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada Causas de rejeição da amostra: Quantidade inadequada da amostra, interferências de temperatura no trasnporte, embalagens inadequadas que podem resultar em contaminações durante o transporte Informações sobre o método laboratorial Procedimento: Análise do cariótipo fetal, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas Metodologia: Cultura de células de vilosidade coriônica para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais Limitações: Embora a taxa de sucesso seja de 99%, as causas para as limitações são: insucesso de cultura devido a coleta de amostras de células em degeneração, amostra inadequada, contaminação com células maternas. Falso-mosaicismo cromossômico pode ocorrer devido a artefato da cultura e presença de anormalidades cromossômicas em células da placenta que não ocorrem nas células do feto (mosaicismo confinado à placenta). Não detecção de microalterações cromossômicas. Manual de Exames Abril 2012 Referências: 1. Breed AS, Mantingh A, Beekhuis JR, et al: The predictive value of cytogenetic diagnosis after CVS: 1,500 cases. Prenat Diagn 1990;10:101-110 2. Canadian Collaborative CVS-Amniocentesis Clinical Trial Group: Multicentre randomized clinical trial of chorionic villus sampling and amniocentesis. Lancet 1989;1:1-6 3. Ledbetter DH, Martin AO, Verlinsky Y, et al: Cytogenetic results of chorionic villus sampling: high success rate and diagnostic accuracy in the United States collaborative study. Am J Obstet Gynecol 1990;162:495-501 4. Moraes AC. Aplicação dos métodos de hibridização in situ fluorescente e reação de cadeia em polimerase como auxílio à citogenética em matéria fetal e de perda gestacional: correlação com os achados anatomopatológicos [Tese de Doutorado], UNIFESP, 2003 5. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora Manual de Exames Abril 2012 CARIÓTIPO, Produto de Concepção Mnemônico: CG006PC Sinônímia: Cariótipo de material de placenta, Cariótipo de material fetal, Cariótipo de aborto, Cariótipo placentário Prazo: 30 dias corridos Informações de uso clínico Aplicação clínica: Abortos de repetição ou habitual (acima da 2ª perda gestacional), antecedentes familiares de cromossomopatias, FIV, gestação anembrionada, mola hidatiforme Informação adicional: Dentre as anomalias cromossomopatias encontradas (cerca de 50% dos casos) as trissomias dos cromossomos 16, 22, 15, 21, 13 e 18 são as mais frequentes, além da monossomia do cromossomo X e as triploidias. 15 a 40% dos abortamentos retidos ou óbito fetal podem não haver crescimento celular devido à degeneração da vilosidade coriônica ou autólise da pele fetal. Para estes casos o exame de FISH pode ser aplicado como complementar ao estudo citogenético, utilizando as sondas para os cromossomos 21, 13, 18, X e Y e as sondas dos cromossomos 16, 22, 15. Valores de referência: 46,XX (sexo feminino) Interpretação: O achado de uma anomalia cromossômica pode explicar a causa de um aborto ou natimorto, particularmente quando os resultados mostram aneuploidia do cromossomo ou um rearranjo estrutural desequilibrada. Para rearranjos cromossômicos equilibrados, às vezes é difícil determinar se a anormalidade cromossômica é a causa direta de um aborto ou natimorto. Nestas situações, o estudo do cariótipo de sangue periférico dos pais pode ser útil para determinar se uma anormalidade é familiar ou de novo. Outra situação para solicitar o cariótipo dos pais é quando não há crescimento celular em um 2º ou mais abortamento retido. 46,XY (sexo masculino) Manual de Exames Abril 2012 Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes sobre as limitações técnicas do exame. Informações sobre Amostras Amostra: Vilo corial, pele fetal – solicitar ao laboratório meio de transporte Volume: 30 a 50 mg ou 2 a 4 mm3 Transporte: No próprio frasco fornecido pelo laboratório, não passar para tubos não estéreis. Recebimento da amostra 2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00h e aos sábados das 08:00 as 12:00h Instruções de armazenamento: Manter a amostra refrigerada (8ºC) no próprio frasco, NÃO CONGELAR Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada Causas de rejeição da amostra: Amostra inadequada (coágulos, decídua), interferências de temperatura no trasnporte, embalagens inadequadas que podem resultar em contaminações durante o transporte, amostras em álcool ou formol Informações sobre o método laboratorial Procedimento: Análise do cariótipo fetal, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas Metodologia: Cultura de células de vilosidade coriônica ou de fibroblastos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais Limitações: Contaminação com células maternas, abortamento retido por mais de 7 a 10 dias e entrega da amostra com mais de 48 horas da coleta possuem 15 a 40% de chance de não haver crescimento das células fetais para a análise do cariótipo. Presença de anormalidades cromossômicas em Manual de Exames Abril 2012 células da placenta que não ocorrem nas células do feto (mosaicismo confinado à placenta). Não detecção de microalterações cromossômicas. Referências: 1. Breed AS, Mantingh A, Beekhuis JR, et al: The predictive value of cytogenetic diagnosis after CVS: 1,500 cases. Prenat Diagn 1990;10:101-110 2. Kalousek DK. Clinical significance of morphologic and genetic examination of spontaneously aborted embryos. Am J Reprod Immunol. 1998;39(2):108-19 3. Kalousek DK. Anatomic and chromosome anomalies in specimens of early spontaneous abortions: seven-year experience. Birth Defects Orig Artic Ser. 1987;23(1):153-68 4. Kalousek DK, Dimmick JE. Pathology of spontaneous abortions and chromosomal abnormalities in stillbirth and neonatal death. In: Dimmick JE, Kalousek DK, editors. Developmental pathology of the embryo and fetus. Philadelphia: JB Lippincott; 1992. p. 55-110 5. Moraes AC. Aplicação dos métodos de hibridização in situ fluorescente e reação de cadeia em polimerase como auxílio à citogenética em matéria fetal e de perda gestacional: correlação com os achados anatomopatológicos [Tese de Doutorado], UNIFESP, 2003 6. Moraes AC, Hashimoto EM. Estudo cromossômico de restos ovulares. In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003a. p.117-122 7. Moraes AC et al. Abordagem citogenética e molecular em material de abortos espontâneos. Ver Brás Ginecol Obstet. 2005;27(9):554-60 8. Ledbetter DH, Martin AO, Verlinsky Y, et al: Cytogenetic results of chorionic villus sampling: high success rate and diagnostic accuracy in the United States collaborative study. Am J Obstet Gynecol 1990;162:495-501 9. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora Manual de Exames Abril 2012 CARIÓTIPO, Cordocentese Mnemônico: CG004SF Sinônímia: Cariótipo de sangue fetal, Cariótipo de sangue de cordão umbilical, Cariótipo de cordão Prazo: 10 dias corridos Informações de uso clínico Aplicação clínica: Malformações ao ultrassom de segundo ou terceiro trimestre, confirmação de resultados de mosaicismo cromossômico no líquido amniótico, infecção fetal, entre outras. Informação adicional: Em geral, realizada em gestantes com anomalias fetais detectadas ao ultrassom no segundo ou terceiro trimestre da gestação. Valores de referência: 46,XX (sexo feminino) Interpretação: O resultado citogenético de cordocentese depende da avaliação conjunta com os dados da paciente, uma vez que pode haver a contaminação de células sanguíneas maternas na amostra coletada. Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes sobre as limitações técnicas do exame. 46,XY (sexo masculino) Informações sobre Amostras Amostra: Sangue fetal – Heparina sódica Volume: 1a3 Transporte: Na própria seringa de coleta, não passar para tubos não estéreis. Manual de Exames Abril 2012 Recebimento da amostra 2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as 12:00hs Instruções de armazenamento: Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada Causas de rejeição da amostra: Amostra hemolisada, coagulada, exposição da amostra a temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica Informações sobre o método laboratorial Procedimento: Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas Metodologia: Cultura temporária de linfócitos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais Limitações: Amostras com contaminação de sangue materno, linfócitos T que não respondem ao mitógeno utilizado para estimular as células em mitose e a não detecção de microalterações cromossômicas. Referências: 1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts, 1983, pp 1-29 2. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997 3. Moorehead PS, Nowell PC, Mellman WJ, Battips DM, Hungerford DA. Chromosome preparations of leukocytes cultured from human peripheral blood. Exp Cell Res 1960;20: 613-6 4. Moraes AC, Hashimoto EM, Dovigo JRD. Princípios básicos de citogenética e biologia molecular. In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003b. p.75-82 5. Trent RJ, “Manual de Diagnóstico Pré-Natal”, 1997, Livraria Santos Editora Manual de Exames Abril 2012 CARIÓTIPO, Sangue Periférico - Constitucional Mnemônico: CG007SP Sinônímia: Cariótipo de sangue, Cariótipo Banda G, Cariótipo constitucional Prazo: 20 dias corridos Informações de uso clínico Aplicação clínica: Casais com aborto de repetição, infertilidade, atraso de desenvolvimento, retardo mental, recém-nascidos com genitália ambígua, anomalias cromossômicas, baixa estatura, Síndrome de Down Informação adicional: Anomalias cromossômicas causam uma vasta gama de distúrbios relacionados com doenças congênitas e defeitos de nascimento. O estudo do cariótipo é realizado no sangue para uma variedade de indicações incluindo retardo mental, possível síndrome de Down, baixa estatura ou amenorréia primária (síndrome de Turner), abortos de repetição, infertilidade, várias anomalias congênitas, determinação do sexo e muitos outros Valores de referência: 46,XX (sexo feminino) Interpretação: Ao interpretar os resultados, os seguintes fatores devem ser considerados: algumas anomalias cromossômicas são equilibradas (sem aparente ganho ou perda de material genético) e não pode estar associadas com defeitos de nascimento. No entanto, anormalidades equilibradas muitas vezes causam infertilidade e, quando herdado de forma desequilibrada, podem resultar em defeitos de nascimento na sua descendência. 46,XY (sexo masculino) Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes Manual de Exames Abril 2012 sobre as limitações técnicas do exame. Informações sobre Amostras Amostra: Sangue periférico – Heparina sódica Volume: 5 a 10ml (adulto), 2 a 5ml (recém-nascido) Transporte: Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta heparinizada, não passar para tubos não estéreis. Recebimento da amostra 2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as 12:00hs Instruções de armazenamento: Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada Causas de rejeição da amostra: Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor (roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica Informações sobre o método laboratorial Procedimento: Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas Metodologia: Cultura temporária de linfócitos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais Limitações: Linfócitos T que não respondem ao mitógeno utilizado para estimular as células em mitose, mosaicismo cromossômico pode ser perdido devido a um erro de amostragem estatística (raro) e na não detecção de microalterações cromossômicas. Manual de Exames Abril 2012 Referências: 1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts, 1983, pp 1-29 2. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997 3. Moorehead PS, Nowell PC, Mellman WJ, Battips DM, Hungerford DA. Chromosome preparations of leukocytes cultured from human peripheral blood. Exp Cell Res 1960;20: 613-6 4. Moraes AC, Hashimoto EM, Dovigo JRD. Princípios básicos de citogenética e biologia molecular. In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003b. p.75-82 Manual de Exames Abril 2012 CARIÓTIPO, Sangue Periférico – Contagem ampliada Mnemônico: CG010SP Sinônímia: Cariótipo de sangue para mosaicismo, Cariótipo de mosaico de Turner Prazo: 30 dias corridos Informações de uso clínico Aplicação clínica: Realizado para confirmação ou exclusão de mosaicismo Informação adicional: A presença de duas linhagens ou mais de células cromossomicamente diferentes em um mesmo indivíduo é considerada um mosaicismo cromossômico. Para identificar estes mosaicismos é necessário a análise do cariótipo de 50 a 100 células. Valores de referência: 46,XX (sexo feminino) Interpretação: Um cariótipo normal não exclui a possibilidade de defeitos congênitos, tais como aqueles causados por anomalias cromossômicas submicroscópicas, mutações moleculares, e outros fatores ambientais (exposição a agentes teratogênicos). Por estas razões os médicos devem informar os pacientes sobre as limitações técnicas do exame. 46,XY (sexo masculino) Informações sobre Amostras Amostra: Sangue periférico – Heparina sódica Volume: 5 a 10ml (adulto), 2 a 5ml (recém-nascido) Transporte: Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta heparinizada, não passar para tubos não estéreis. Recebimento da amostra 2ª a 6ª no horário das 08:00 as 17:00hs e aos sábados das 08:00 as 12:00hs Manual de Exames Abril 2012 Instruções de armazenamento: Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR Estabilidade: 48 horas após a coleta mantida refrigerada Causas de rejeição da amostra: Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor (roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica Informações sobre o método laboratorial Procedimento: Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas Metodologia: Cultura temporária de linfócitos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais Limitações: Linfócitos T que não respondem ao mitógeno utilizado para estimular as células em mitose, mosaicismo cromossômico pode ser perdido devido a um erro de amostragem estatística (raro) e na não detecção de microalterações cromossômicas. Referências: 1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts, 1983, pp 1-29 2. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997 3. Moorehead PS, Nowell PC, Mellman WJ, Battips DM, Hungerford DA. Chromosome preparations of leukocytes cultured from human peripheral blood. Exp Cell Res 1960;20: 613-6 4. Moraes AC, Hashimoto EM, Dovigo JRD. Princípios básicos de citogenética e biologia molecular. In: Moron AF. Medicina Fetal na Prática Obstétrica. Editora Santos; 2003b. p.75-82 Manual de Exames Abril 2012 CARIÓTIPO, Sangue Periférico - Hematológico Mnemônico: CG002SP Sinônímia: Cariótipo de sangue hematológico, Cariótipo de sangue oncohemato, Cariótipo com banda G para leucemia, Cariótipo para cromossomo Philadelphia Prazo: 20 dias corridos Informações de uso clínico Aplicação clínica: Suspeita de LMC e demais leucemias, ou outras disordens hematológicas malignas. É indicado quando não é possível coletar a medula óssea e o paciente apresenta alta porcentagem de células blásticas em divisão na corrente circulatótia Informação adicional: As anomalias cromossômicas desempenham um papel fundamental na patogênese, diagnóstico e acompanhamento do tratamento de muitas doenças hematológicas. Sempre que possível, é importante realizar o cariótipo para detectar possíveis desordens hematológicas neoplásicas na medula óssea. Estudos de medula óssea são mais sensíveis e as possibilidades de encontrar células em metafase são cerca de 95%, em comparação com apenas uma chance de 60% para estudos de sangue. Quando não é possível coletar a medula óssea, o cariótipo de sangue podem ser útil. Quando células do sangue são cultivadas em meio de cultura sem mitógenos, a observação de qualquer clone cromossomicamente anormal pode ser compatível com um processo neoplásico Valores de referência: 46,XX (sexo feminino) Interpretação: A presença de um clone anormal geralmente indica um processo neoplásico maligno. A ausência de um clone anormal aparente no sangue pode resultar de uma falta de circulação de células anormais e não de uma ausência de doença. Em raras ocasiões, a presença de uma anormalidade pode associada com uma anomalia congênita e, assim, não relacionada a um processo maligno. 46,XY (sexo masculino) Manual de Exames Abril 2012 Informações sobre Amostras Amostra: Sangue periférico – Heparina sódica Volume: 5 a 10ml Transporte: Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta heparinizada, não passar para tubos não estéreis. Recebimento da amostra 2ª a 4ª no horário das 08:00 as 17:00hs e as 5ª das 08:00 as 14:00hs (devido aos tempos de cultura) Instruções de armazenamento: Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR Estabilidade: 24 horas após a coleta mantida refrigerada Causas de rejeição da amostra: Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor (roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica Informações sobre o método laboratorial Procedimento: Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas Metodologia: Cultura temporária de linfócitos sem estimulação de mitógenos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais Limitações: Células tumorais não dividindo ou não circulante na corrente sanguínea . Manual de Exames Abril 2012 Referências: 1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts, 1983, pp 1-29 2. Dewald GW, Ketterling RP, Wyatt WA, Stupca PJ: Cytogenetic studies in neoplastic hematologic disorders. In Clinical Laboratory Medicine, 2nd edition. Edited by KD McClatchey. Baltimore, Williams & Wilkens, 2002, pp 658-685 3. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997 Manual de Exames Abril 2012 CARIÓTIPO, Medula Óssea Mnemônico: CG001MO Sinônímia: Cariótipo de medula, Cariótipo de aspirado de medula óssea, Cariótipo oncohemato, Cariótipo para cromossomo Philadelphia Prazo: 15 dias corridos Informações de uso clínico Aplicação clínica: Suspeita de LMC, LMA, LLC, LLA, Mielodisplasia, Pancitopenia, Anemia aplásica, Plaquetopenia, Mieloma múltiplo. Informação adicional: As anomalias cromossômicas desempenham um papel fundamental na patogênese, diagnóstico e acompanhamento do tratamento de muitas doenças hematológicas. Sempre que possível, é importante realizar o cariótipo para detectar possíveis desordens hematológicas neoplásicas na medula óssea. Certas anomalias cromossômicas podem ajudar na classificação de uma malignidade. Como exemplos, o cromossomo Philadelphia (Ph), também conhecido como t(9;22)(q34;q11.2), é geralmente indicativo de leucemia mielóide crônica (LMC) ou leucemia aguda; t(8;21)(q22;q22) define um subconjunto dos pacientes com leucemia mielóide aguda, M2; e t(8;14)(q24.1;q32) está associado a Leucemia/linfoma de Burkitt. O cariótipo de aspirado de medula óssea, também auxilia no monitoramento do tratamento de pacientes, e pode identificar a progressão da doença, tais como o início da crise blástica na LMC, que muitas vezes é caracterizado por Trissomia 8, isocromossomo 17q e vários cromossomos de Ph. Valores de referência: 46,XX (sexo feminino) Interpretação: Para garantir a interpretação, é importante fornecer ao laboratório as informações clínicas do paciente para realizar o cariótipo. Os seguintes fatores são importantes na interpretação dos resultados: embora a presença de um clone anormal geralmente indique um processo neoplásico maligno, em situações raras, o clone pode refletir uma condição benigna. A ausência de um clone anormal pode ser o resultado 46,XY (sexo masculino) Manual de Exames Abril 2012 de uma coleta da amostra de um local que não está envolvido na neoplasia ou pode indicar que a desordem é causada por anormalidades submicroscópicas que não podem ser identificadas pela análise do cromossomo. Em raras ocasiões, a presença de uma anormalidade pode estar associada com uma anomalia congênita e, assim, não relacionada à um processo maligno. Informações sobre Amostras Amostra: Aspirado de medula óssea – Heparina sódica Volume: 3 a 5ml Transporte: Em tubo de tampa verde com heparina ou na própria seringa de coleta heparinizada, não passar para tubos não estéreis. Recebimento da amostra 2ª a 4ª no horário das 08:00 as 17:00hs e as 5ª das 08:00 as 14:00hs (devido aos tempos de cultura) Instruções de armazenamento: Manter a amostra refrigerada (8ºC), NÃO CONGELAR Estabilidade: 24 horas após a coleta mantida refrigerada Causas de rejeição da amostra: Amostra hemolisada, coagulada, em tubos com tampas de outra cor (roxa, azul, cinza, vermelha, branca), exposição da amostra a temperaturas extremas (ex. congelada), amostras com heparina lítica Informações sobre o método laboratorial Procedimento: Análise do cariótipo, através de cultura de células e Banda G com resolução de 400-550 Bandas Metodologia: Cultura temporária de linfócitos sem estimulação de mitógenos para investigação de anomalias cromossômicas numéricas e estruturais Manual de Exames Abril 2012 Referências: 1. Dewald GW: Modern methods of chromosome analysis and their application in clinical practice. In Clinical Laboratory Annual. Vol. 2. Edited by HA Homburger, JG Batsakis. Appleton-Century-Crofts, 1983, pp 1-29 2. Dewald GW, Ketterling RP, Wyatt WA, Stupca PJ: Cytogenetic studies in neoplastic hematologic disorders. In Clinical Laboratory Medicine, 2nd edition. Edited by KD McClatchey. Baltimore, Williams & Wilkens, 2002, pp 658-685 3. Barch MJ, Knutsen T, Spurbeck JL: The AGT Cytogenetics Laboratory Manual. 3rd edition. 1997
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