programa aprendizagem comunitária e novos saberes

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programa aprendizagem comunitária e novos saberes
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
FORMULÁRIO-SÍNTESE DA PROPOSTA - SIGProj
EDITAL PROEXT 2011
Uso exclusivo da Pró-Reitoria (Decanato) de Extensão
PROCESSO N°:
SIGProj N°: 76811.394.34950.13042011
PARTE I - IDENTIFICAÇÃO
TÍTULO: Aprendizagem comunitária e novos saberes: Terra Indígena Raposa Serra do Sol, Região
Ingarikó/RR
( X ) Programa
(
) Projeto
(
(
) Prestação de Serviços
) Evento
(
) Curso
ÁREA TEMÁTICA PRINCIPAL:
( ) Comunicação
( ) Cultura
(
) Direitos Humanos e Justiça ( X )Educação
(
(
) Tecnologia e Produção
) Meio Ambiente
(
) Saúde
COORDENADOR: Márcia Teixeira Falcão
E-MAIL: [email protected]
FONE/CONTATO: (95)36218047 / (95)81112897
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(
) Trabalho
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR
FORMULÁRIO DE CADASTRO DE PROGRAMA DE EXTENSÃO
Uso exclusivo da Pró-Reitoria (Decanato) de Extensão
PROCESSO N°:
SIGProj N°: 76811.394.34950.13042011
1. Introdução
1.1 Identificação da Ação
Título:
Aprendizagem comunitária e novos saberes: Terra Indígena Raposa
Serra do Sol, Região Ingarikó/RR
Coordenador:
Márcia Teixeira Falcão / Docente
Tipo da Ação:
Programa
Ações Vinculadas:
Não existem ações vinculadas
Edital:
PROEXT 2011
Faixa de Valor:
PROGRAMA de R$ 0,00 a R$ 150.000,00
Instituição:
IFRR - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA DE RORAIMA
Unidade Geral:
UGP - Unidade Geral Padrão
Unidade de Origem:
UOP - Unidade de Origem Padrão
Início Previsto:
01/01/2012
Término Previsto:
01/01/2013
Possui Recurso Financeiro:
Sim
Gestor:
Márcia Teixeira Falcão / Docente
Órgão Financeiro:
Conta Única
1.2 Detalhes da Ação
Carga Horária Total da Ação:
600 horas
Justificativa da Carga Horária:
A carga horária será de 600 horas, considerando a distância de 420
km entre Boa Vista e a localidade estuda. O acesso a região ocorre
somente através de avião, por essa razão as atividades ocorrerão
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de forma bimestral durante 10 dias em horário integral.
Periodicidade:
Outra
A Ação é Curricular?
Sim
Abrangência:
Regional
Tem Limite de Vagas?
Não
Local de Realização:
As atividades práticas serão desenvolvidas na Terra Indígena
Raposa Serra do Sol, Região Ingarikó, localizada no municipio do
Uiramutã, na região do Parque Nacional do Monte Roraima.
As atividades de gabinete ocorrerão no Campus Boa Vista do IFRR,
serão utilizados laboratorios de Geoprocessamento, informática,
enfermagem, pesquisa, biblioteca.
Para o deslocamento serão utilizados transporte aéreo, rodoviário e
veículos da instituição.
Período de Realização:
As atividade de campo ocorrerão bimestralmente durante 10 dias
em horário integral, conforme especificado abaixo:
Novembro - segunda quinzena.
Fevereiro - segunda quinzena.
Abril - primeira quinzena.
Junho - primeiro quinzena.
Setembro - segunda quinzena.
novembro - primeira quinzena.
Tem Inscrição?
Sim
Início das Inscrições:
01/01/2012
Término das Inscrições:
01/01/2013
Contato para Inscrição:
As inscrições ocorrerão na Diretoria de Extensão na Coordenação
do Cursos de Extensão no Campus Boa Vista, situada na Avenida
Glaycon de Paiva, 2496, bairro Pricumã, no horário de expediente.
Tem Custo de Insc./Mensalidade?
Não
1.3 Público-Alvo
O público alvo que será beneficiado pela ação de extensão serão os indígenas da Terra Indígena Raposa Serra
do Sol, Região Ingarikó área politicamente partilhada entre a República Cooperativista da Guiana, República
Bolivariana da Venezuela e o Brasil. Contará com a participação das seguintes comunidades: Serra do Sol,
Paramaná, Sauparú, Aiwdei, Pipi, Área Única (Sirikokén), Kumaipá, Manalai, Mapaé (Karamambatai). Essa
população é de aproximadamente 1.170 pessoas, que tradicionalmente habitam as serras da região nordeste de
Roraima.
Nº Estimado de Público:
43
Discriminar Público-Alvo:
A
B
C
D
E
Total
Público Interno da Universidade/Instituto
11
20
4
3
0
38
Instituições Governamentais Federais
0
0
0
0
0
0
Instituições Governamentais Estaduais
0
0
0
0
0
0
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Instituições Governamentais Municipais
0
0
0
2
0
2
Organizações de Iniciativa Privada
0
0
0
3
0
3
Movimentos Sociais
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
Organizações Sindicais
0
0
0
0
0
0
Grupos Comunitários
0
0
0
0
0
0
Outros
0
0
0
0
0
0
Total
11
20
4
8
0
43
Organizações Não-Governamentais
(ONGs/OSCIPs)
Legenda:
(A) Docente
(B) Discentes de Graduação
(C) Discentes de Pós-Graduação
(D) Técnico Administrativo
(E) Outro
1.4 Parcerias
Nome
Sigla
Parceria
Tipo de Instituição/IPES
Serviço Brasileiro de
Oferecimento dos cursos de
Assistência a Micro e
SEBRA
Pequena Empresa de
E-RR
Externa à IES
Organização de Iniciativa
Privada
Roraima
Serviço Nacional de
Aprendizagem
Comercial de Roraima
Participação
empreendedorismo aos
público alvo do projeto de
extensão.
SENAC
-RR
Externa à IES
Organização de Iniciativa
Privada
Oferecimento de cursos de
aproveitamento de produtos
alimentícios.
1.5 Caracterização da Ação
Área de Conhecimento:
Ciências Humanas » Educação » Ensino-Aprendizagem » Métodos
e Técnicas de Ensino
Área Temática Principal:
Educação
Área Temática Secundária:
Meio ambiente
Linha de Extensão:
Educação Ambiental
Linha Temática:
Linha Temática 1: Educação
1.6 Descrição da Ação
Resumo da Proposta:
O programa que se pretende desenvolver tem como objetivo desenvolver os saberes indígenas Terra
Indígena Raposa Serra do Sol - TIRSS, região Ingarikó, através da prática, da oralidade, dos saberes
construídos a partir dos atos, significações éticas que configuram situações harmônicas baseadas no
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respeito, no espaço de identidade e na memória coletiva da comunidade. A metodologia enfocará as
dimensões da sustentabilidade ecológica, social, cultural, política, econômica e espacial. Através de cursos
de capacitação e oficinas para a comunidade, envolvendo alunos dos cursos de Tecnologia em Gestão de
Turismo, Saneamento Ambiental, Analise e Desenvolvimento de Sistemas, Gestão Hospitalar, Técnico em
Enfermagem, os quais farão laboratórios vivenciais. Os resultados esperados terão como base atender os
desafios do milênio (pobreza e fome, ensino primário universal, igualdade de gênero, mortalidade infantil,
saúde materna, doenças graves, sustentabilidade ambiental e parceria global), uma vez que a comunidade
vive numa área geograficamente isolada, dependente das políticas públicas assistencialistas que
interferem de forma negativa nos valores identitários. O desenvolvimento do programa proporcionará a
melhoraria da qualidade de vida seguintes aspectos: manutenção da cultura local, produção agrícola,
culinária, pintura, resgate dos mitos e ritos.
Palavras-Chave:
Índios Ingarikó, saberes indígenas, valores identitários, qualidade de vida, manutenção da cultura.
Informações Relevantes para Avaliação da Proposta:
Verificou-se que em função das políticas assistencialistas os indígenas têm dado pouca importância aos
valores culturais locais. Uma vez que encontram facilidades na aquisição de produtos industrializados,
mesmo que para isso tenham que esperar por vôos particulares ou da Força Aérea. Esta questão fica
evidenciada pela diminuição da alimentação e da produção, pois dispensam pouca importância ao cultivo
da roça e explicam que isto se deve ao fato de a comunidade ter atribuições como: estudar, trabalhar,
receber dinheiro (política assistencialista) para ir às compras em Boa Vista. Outro fator que favorece a
perda das raízes é o êxodo de jovens na sua melhor fase produtiva, contribuindo para redução da força de
trabalho nas comunidades.
A negação dos valores culturais vem colaborando para a geração excedente de resíduos sólidos como:
plásticos, latas e outros, os quais são dispostos de forma incorreta por toda a comunidade. Outro fator
preocupante é a quantidade de água parada, decorrente da presença de buracos que são cavados para
cobrir as paredes das moradias, o que proporciona a geração de doenças de veiculação hídrica tais como
a dengue, malária e proliferação de outros insetos.
1.6.1 Justificativa
As comunidades indígenas da Serra do Sol, também conhecidas como Kapon (Ingarikó, Patamona e
Akawaio), habitam uma área partilhada pelo Brasil, República Cooperativista da Guiana e República
Bolivariana da Venezuela, na circunvizinhança do Monte Roraima, marco da tríplice fronteira. No Brasil, os
Ingarikó e os Patamona ocupam aproximadamente 8% da Terra Indígena Raposa Serra do Sol - TIRSS,
que segundo Mlymarz (2008) o grupo localiza-se com maior incidência na área do Parque Nacional do
Monte Roraima, decretado em 1989 e juridicamente definido como em regime de dupla afetação .
Conforme Lauriola (2003), os Ingarikó representam o maior grupo indígena da TIRSS, com uma população
de aproximadamente 1.170 pessoas, divididas em 8 comunidades, que tradicionalmente habitam as serras
da região nordeste de Roraima. Esses indígenas também habitam a República Bolivariana da Venezuela,
onde vivem aproximadamente 500 pessoas, e na República Cooperativista da Guiana (ex-Guiana inglesa),
esse grupo, conhecido como Akawaio, soma a maior população totalizando 7.760 indivíduos.
A tabela abaixo mostra a distribuição populacional nas sete aldeias ingarikó entre os anos de 1992 e 2007:
Nome da aldeiaPopulação em 1992População em 2007EscolaPosto de Saúde
Serra do Sol186330Fundamental/MédioTem
Manalai178344Fundamental/MédioTem
Kumaipá69145FundamentalTem
Mapaé/Karamãbatei57143FundamentalTem
Sauparu5689FundamentalTem
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Awendei/Canauapai4082FundamentalTem
Pipi2837FundamentalTem
Total6141170
Fontes: Dados do CIDR (Centro de Informação Diocese de Roraima) de 1992 (in: Abreu, 2004) e Coping IX Assembléia Geral de 2007.
Lauriola (2003) chama atenção para o fato que a Terra Indígena Raposa Serra do Sol, região Ingarikó, tem
um rico potencial de desenvolvimento, sobre o qual o conflito demarcatório é central. Além das riquezas
minerais, já amplamente documentadas pelo Instituto Socioambiental - ISA - citamos as potencialidades
para o desenvolvimento da indústria do turismo que está diretamente relacionado à implementação do
Parque Nacional do Monte Roraima - PNMR.
De acordo com Cruz (2005), as religiões e seus missionários funcionaram como apaziguadores dos índios
e consequentemente como abridores de caminho para os conquistadores, favorecendo uma drástica
alteração em toda estrutura cultural e espiritual dos índios Karib. Por estarem localizados numa área, sem
dúvida, de atração paisagística de maior destaque no norte do Brasil, próximo ao escudo cristalino do
planalto das Guianas, os Ingarikó já têm alguma experiência com a recepção de visitantes, uma vez que,
segundo Silva (2009), recebem turistas através de “duas agências de turismo” as quais estão localizadas
“no centro de Boa Vista, conectadas ao trade internacional”. Acredita-se que esses indígenas trabalham
para os agentes de viagem apenas como carregadores de bagagem dos turistas.
Diante deste cenário, é que se elaborou o programa Desenvolvendo novos saberes através da
aprendizagem comunitária na TIRSS, região Ingarikó, com a finalidade conhecer os saberes dos indígenas
que vivem nessa localidade, e a partir daí desenvolver novos saberes através da aprendizagem
comunitária. Utilizando para isso, os conhecimentos práticos, orais e os saberes construídos, através da
metodologia Sachs (2000) que enfoca as dimensões da sustentabilidade ecológica, social, cultural,
política, econômica e espacial. Que será desenvolvida através de cursos de capacitação e oficinas na
região e contará com o envolvimento dos docentes e discentes, através de laboratórios vivenciais
contemplando o currículo dos cursos de tecnologia e técnicos, assim como instituições parceiras como o
Serviço de Apoio a Micro e Pequena Empresa - SEBRAE-RR, Conselho dos Povos Indígenas Ingarikó –
COPING, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC e outras.
Nesta perspectiva, espera-se desenvolver atividades práticas dos componentes curriculares gestão
comunitária e planejamento do ecoturismo uma vez estes permeiam a relação trabalho, educação e
ambiente. Acredita-se a aprendizagem ambiental tornar-se um saber prático na medida em que a partir
deles são desenvolvidas ações de ensino e aprendizagem em âmbitos sociais distintos, podendo ser
dentro e fora da instituição com mediação cultural de educadores que sistematizam saberes no contexto
das relações próprias da aprendizagem.
Desta forma o presente programa tem a preocupação de atender aos objetivos do milênio, tendo em vista
que no ano de 2015, se encerra o prazo para que as metas sejam alcançadas. Por essa razão o Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima consciente da sua função social junto a
comunidade é que desenvolve essa proposta na perspectiva de contribuir com a inclusão social do Índios
Ingarikó e resgatar a cidadania deste.
1.6.2 Fundamentação Teórica
Etnoturismo
O etnoturismo ou turismo indígena é um segmento do turismo, relativamente novo e as definições acerca
do tema se confundem, uma vez que ecoturismo, sustentabilidade e turismo cultural, são atividades que
estão inseridas dentro das práticas de turismo que acontecem em áreas ou comunidades indígenas.
Independente da definição sabe-se que essa atividade realizada em áreas indígenas consiste no
aproveitamento da cultura de uma determinada etnia, onde todas as manifestações culturais de um povo
que potencialmente pode ser um atrativo para os visitantes e certamente se enquadram nos preceitos do
ecoturismo, turismo sustentável, turismo de natureza e de turismo cultural.
Tem o propósito de preservar a biodiversidade local, com o consentimento da comunidade e estimular o
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desenvolvimento econômico. Apesar da controvérsia quanto à definição, este é um segmento que atrai um
grande número de turistas devido ao vasto número de atividades que podem ser desenvolvidas dentro dos
conceitos de turismo, sustentabilidade, ecoturismo, cultura, observação, comunidade, história, idioma,
crenças, tradições, gastronomia, produção e artes.
A principal idéia do etnoturismo é aproveitar o potencial turístico e divulgar a importância e a necessidade
de conservação da riqueza amazônica, tanto em relação ao patrimônio natural quanto ao cultural e
tradicional já existente nessa área.
Quando nos referimos ao etnoturismo, também estamos falando de identidade negra e de outros grupos
sociais, porém este trabalho tem como foco o etnoturismo, referente às comunidades indígenas.
Conforme afirma Pelegrini Filho (2000 apud BRITO 2009, p. 20) o etnoturismo ou turismo em áreas
indígenas está dentro dos conceitos de cultura, pois nesta perspectiva está incluso o turismo alternativo,
que possui um público mais seleto e contra o turismo de massa, dessa forma, se enquadra nos conceitos
ambientais e de sustentabilidade. O turismo alternativo apontado por Mieczkowski (1995) como um
conjunto de atividades opostas ao turismo de massa, com formas não associadas ao turismo convencional
de larga escala.
O respeito e cuidado em relação aos valores socioculturais, e o grau de envolvimento com a sociedade
envolvente devem ser observados e ressaltados no planejamento dessa modalidade turística de modo a
não permitir a descaracterização da cultura dos povos indígenas. Os Índios Ingarikó praticam a religião e
desenvolvem um ritual dançante chamado Aleluia, que segundo Butt Colson (1998 apud CRUZ, 2005).
A proliferação das diferentes ordens religiosas criou uma situação complexa para os missionários que
queriam conquistar cada vez mais os Índios. Foi a partir dessa situação de complexidade que se deu entre
os Anglicanos, Católicos Romanos e Adventistas do Sétimo Dia. Os aliados religiosos decidiram “criar”, ou
melhor, revitalizar a religião chamada Aleluia , cujo conceito se resume em um “Sincretismo religioso.”
Para Azevedo (2007) os elementos que fazem parte do etnoturismo: ecoturismo, sustentabilidade,
natureza e cultura, se inter-relacionam de uma maneira singular na Amazônia. E isso só vem a confirmar o
potencial do etnoturismo no Estado de Roraima, especialmente na Serra do Sol onde essa atividade pode
ser diversificada, como propõe Wearing e Neil (2001) desde a observação de pássaros, estudo científico,
safáris fotográficos, trekking, mergulho, canoagem, caminhada na mata e até recuperação de
ecossistemas danificados.
Os povos tradicionais ou povos da floresta são pessoas que sem destruir os inúmeros recursos que a
floresta oferece, acumulam de geração em geração conhecimentos e saberes sobre o uso das inúmeras
plantas e animais. Seus costumes refletem a convivência em harmonia com a natureza, o que se traduz
nas ricas manifestações da cultura amazônica, com seu folclore, música, ritos, dança artesanato e sua
culinária (especialmente as produzidas a partir da mandioca, principal cultura dos Ingarikó).
No entanto esses conhecimentos e saberes não são reconhecidos pela sociedade envolvente, com isso,
esses sujeitos estão à mercê exclusivamente das políticas assistencialistas dos governos federal e
estadual. Nesse sentido, Muñoz (2003, p.286) afirma que:
o saber indígena implica a memória e uma série sucessivas de atos e de sentido comunitário; se
reconhecem em significações éticas e configuram situações harmônicas baseado no respeito, num espaço
de identidade e memória de todos. A rede de saberes indígenas não se reconhece em conceitos
verbalizados se não em práticas e pela convivência.
A partir deste contexto, a autora enfatiza que a vida que os reconhecem na natureza é tão diversa como a
humanidade mesma; “nela identificam formas de representação sentido com as quais a humanidade
indígena interatua, e da convivência surgem situações de aprendizagem e intercâmbio”.
O saber adquirido durante toda a história da humanidade está submetido ao contexto geográfico, cultural e
ecológico de forma intrínseca que implica na formação do ser humano (LEFF, 2007) considerando que o
saber ambiental pode transformar-se em uma estratégia da apropriação de práticas para adquirir novos
saberes, melhorando a qualidade de vida da comunidade.
Nesse contexto faz parte do saber indígena diferentes estratégias e atitudes como por exemplo: saber
cuidar (natureza), pois o saber é cotidiano e nessa convivência pratica-se o respeito e reconhecimento do
dos saberes tradicionais.
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Para que o etnoturismo seja sustentável em nível ecológico e cultural é importante que a comunidade
informe aos visitantes quanto aos costumes locais, as possibilidades de contato, celebrações religiosas,
hábitos e expectativas da população quanto ao processo de visitação, inclusive sobre possíveis problemas
a serem gerados na relação entre moradores e visitantes.
Nessa perspectiva Vieira et al (2007) enfatiza que os povos indígenas possuem conhecimentos
tradicionais milenares que necessitam serem valorizados e reconhecidos. Enquanto Muñoz (2003) reforça
que o sentido étnico desse saber é expresso numa ética do saber cuidar, essa dinâmica se revela numa
pedagogia comunitária, sendo reconhecida em saberes compartilhados, que se potencializam através do
aprendizado indígena. Daí a importância da certificação profissional e formação continuada através dos
saberes indígenas visando e boas práticas do etnoturismo.
A identificação deve ser cuidadosa, para evitar distúrbios sociais e invasão de privacidade dos moradores.
É importante lembrar que algumas festas e cerimônias devem ser resguardadas, quando assim a
comunidade desejar, a fim de manter as tradições vivas e autênticas. Também é fundamental que as
atividades de turismo étnico sejam praticadas por turistas que tragam consigo o interesse autêntico pela
natureza e cultura do local a ser visitado.
É necessário que a população como um todo reconheça e valorize a identidade étnica das comunidades
indígenas, assim como suas línguas, tradições organizacionais, técnicas de produção, ocupação da terra e
recursos naturais, para na perspectiva de um convívio pacífico através do intercâmbio cultural que o
etnoturismo tem a oferecer.
Nessa concepção, o turismo étnico é inspirado na diversidade étnica dos povos com suas identidades
específicas, sendo desenvolvido não exclusivamente por eles, fato que justificaria em parte, o caráter mais
comercial da atividade.
No entanto, é necessário que os conhecimentos dos indígenas sejam certificados juntamente com a
elevação do nível de escolaridade, a atividade seja regulamentada através de diretrizes especificas, pois o
etnoturismo assim como outras atividades deve caminhar dentro das bases legais, a fim de facilitar a
fiscalização, garantindo a preservação dos povos, suas culturas e tradições, e ainda resguardar meio
ambiente em que vivem, o qual deve ser utilizado de maneira sustentável.
UMA PROPOSTA DE QUALIFICAÇÃO EM ETNOTURISMO PARA OS ÍNDIOS INGARIKÓ
De acordo com Saviani (2007) a ontologia e a historicidade da categoria trabalho evidenciam que o
homem diferencia-se dos outros seres pela forma como interage com o ambiente natural e pela
capacidade de projetar a própria existência. O homem somente subsiste porque é capaz de agir sobre o
meio em que vive modificando-o a fim de satisfazer as próprias necessidades. Esta ação intencional e
inerente ao homem é chamada de trabalho, uma vez que sem realizá-lo o homem não poderia conservar a
sua existência.
Esse pensamento de Saviani encontra respaldo na visão de Marx (1985), que considera o trabalho como
categoria fundante do homem como ser social, sendo sua relação com o mundo determinada pelo modo
como exerce sua atividade produtiva. Por meio do trabalho, o homem atua e transforma a natureza e, ao
fazê-lo, também transforma a si próprio. Como ser criativo, sujeito da própria existência, o homem cria e
re-cria formas de se relacionar com a natureza e com os outros seres humanos. Desta forma, o processo
pelo qual o homem produz a própria vida transforma-se ao longo do tempo, assume novas características
e formas de organização, ou seja, revela-se como um processo histórico.
Neste processo, a educação, como categoria ontológica ligada ao processo de trabalho garante ao homem
a produção sistemática de conhecimentos e de sua própria existência enquanto ser social. Nesta
perspectiva, conforme Santos e Blengini (2007), o trabalho é o princípio orientador dos processos
educacionais e a escola, o espaço permanente de produção de conhecimentos.
Assim, a educação aqui defendida pressupunha aliar ensino e trabalho, por meio da associação da
educação intelectual e tecnológica através da ciência, sistematizando a transmissão do saber técnico e, ao
mesmo tempo, rompendo com as práticas comportamentalistas e pragmáticas.
É salutar ressaltar a percepção de Gramsci (1985) sobre a discussão acerca da relação entre educação e
trabalho, ao privilegiar a formação do sujeito na perspectiva da omnilateralidade, ou seja, o
desenvolvimento integral de todas as potencialidades humanas, das dimensões intelectuais, afetivas,
estéticas e físicas, como meio para a transformação dos indivíduos em sujeitos. Para Gramsci (1985), a
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criação de uma escola unitária, de cultura geral, humanista, formativa, tendo como base um processo vivo
que equilibra o desenvolvimento da capacidade de trabalhar manualmente (técnica) e o desenvolvimento
das capacidades de trabalho intelectual (cognitivo), seria o desfecho de todo o processo de crise da velha
escola, determinada pelas sociedades pré-industriais, com o que a escola se separou da vida, tornando-se
desinteressada e formativa. Para o autor,
[...] o advento da escola unitária significa o início de novas relações entre trabalho intelectual e trabalho
industrial não apenas na escola, mas em toda a vida social. O princípio unitário, por isso, irá se refletir em
todos os organismos de cultura, transformando-os e emprestando-lhes um novo conteúdo (GRAMSCI,
1985, p. 125).
Assim sendo, a educação integra ensinar e aprender, um fenômeno visto em qualquer sociedade,
responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da passagem, às gerações que se seguem, dos
meios culturais necessários a convivência de um membro na sua sociedade. A educação está presente
nos mais variados espaços de convívio social, podendo ser do tipo formal: Processo educativo sistemático,
oferecido por tempo prolongado e encadeado por sucessivos graus, através de um currículo escrito
regulado e com uma divisão de trabalho desde a direção, docentes e alunos.
Neste contexto, a Educação Profissional objetiva incrementar as competências laborais dos educandos
mediante uma orientação mais específica que a educação geral. Lopes (2006) destaca que a educação
profissional reorienta a oferta de ensino-formação, possibilita o desenvolvimento de novas oportunidades
de emprego, a promoção da qualidade e da inserção profissional de jovens e adultos para o exercício de
profissões de nível ‘fundamental’ médio e de nível superior e, por último, atualiza e aprofunda
conhecimentos voltados para o mundo do trabalho.
Sem dúvida, o trabalho e a educação são esferas centrais das sociedades do século XXI no que concerne
à consecução de melhores padrões de vida e justiça social. A partir desse contexto o trabalho realizado na
comunidade indígena Serra do Sol levou a candidata a refletir sobre a compreensão que os indígenas
Ingarikó tem sobre a importância da história e da geografia na vida da comunidade, visando à
implementação de uma nova atividade econômica, como geradora de renda.
Observou-se através da construção de painéis, etnomapas, histórias em quadrinho e demonstração dos
rituais que apesar do conhecimento profundo sobre o seu território, necessitam de certificação dos seus
saberes e cursos de qualificação em manejo florestal (objetivando manutenção das espécies), construção
civil (melhoramento das fossas negras através de técnicas sustentáveis), agricultura familiar (incentivo à
produção, visto que as comunidades estão perdendo o hábito do plantio), cooperativismo (na perspectiva
de aperfeiçoar o conhecimento natural da comunidade), plano de negócios (com a finalidade de que os
mesmos sejam os gestores da atividade econômica), gestão territorial (solicitação da comunidade),
gastronomia (aperfeiçoamento das técnicas de produção de alimentos e higiene) e revitalização da
produção de artefatos da cultura material (artesanato) e da cultura imaterial (danças, lendas, mitos e
músicas).
OBJETIVOS DO MILÊNIO
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA (2007), a Declaração do Milênio foi
aprovada pelas Nações Unidas no ano 2000 e os 191 países-membros da ONU, incluindo o Brasil,
assumiram um compromisso universal com a erradicação da pobreza e com a sustentabilidade do Planeta.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) é composto por 8 objetivos, com metas e indicadores
precisos, a serem atingidos pelos países até 2015, por meio de ações concretas dos governos e da
sociedade na busca pela solução de alguns graves problemas da humanidade.
Ainda segundo IPEA (2007) grande parte da redução das desigualdades é conseqüência direta dos
programas sociais de grande envergadura lançados pelos Governos Federal, Estadual e Municipal, entre
eles o Bolsa Família. Esses assistencialista apesar de muito importante na vida das comunidades
indígenas, os tem levado ao “comodismo”, uma vez que estão dependo de alimentação especialmente o
industrializada e em razão disso a produção agrícola, artesanal da comunidade tem diminuído
consideravelmente.
A diminuição da alimentação e da produção está relacionada a pouca importância que se dá hoje ao
cultivo da roça, situação decorrente do fato de a comunidade ter incorporado outros hábitos: estudar,
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trabalhar, receber dinheiro (política assistencialista) para ir às compras em Boa Vista.
Silva (2009) revela que as estatísticas registram uma evasão das malocas, a partir da adolescência,
quando jovens em sua melhor fase produtiva, abandonam as comunidades em busca de trabalho nas
cidades.
A partir deste contexto percebe-se que essa situação facilita a aquisição de produtos e materiais, que
antes não faziam parte da cultura indígena, gerando, excesso de resíduos sólidos, tais como: plásticos,
latas e outros, dispostos de forma incorreta por toda a comunidade. Outro fator preocupante é a
quantidade de água parada, decorrente da presença de buracos que são cavados para cobrir as paredes
das moradias, o que proporciona a geração de doenças de veiculação hídrica tais como a dengue, malária
e proliferação de outros insetos.
1.6.3 Objetivos
GERAL
Desenvolver novos saberes indígenas através da prática, da oralidade, dos saberes construídos a partir
dos atos significações éticas que configuram ações harmônicas, baseados no respeito, no espaço de
identidade e na memória coletiva da comunidade, com a finalidade de fortalecer os valores culturais locais
e atender os objetivos do milênio.
ESPECÍFICOS
Identificar os saberes dos Índios Ingarikó para fortalecer a identidade da comunidade.
Revitalizar a produção agrícola dos Índios Ingarikó para aumentar a quantidade de alimentos disponíveis à
comunidade.
Estimular a utilização e conservação dos recursos renováveis com o intuito de promover o sustentabilidade
ambiental.
Identificar os espaços naturais com potencial para desenvolvimento de trilhas interpretativas.
Oferecer instrumentos para comunidade compreender e praticar hábitos de saúde preventiva.
Incluir digitalmente os jovens e adultos da comunidade indígena.
1.6.4 Metodologia e Avaliação
O presente programa propõe-se a desenvolver os saberes indígenas da TIRSS, região Ingarikó, através da
prática, da oralidade, dos saberes construídos a partir dos atos, significações éticas que configuram
situações harmônicas baseadas no respeito, no espaço de identidade e na memória coletiva da
comunidade. Que de acordo Sachs (2000) estes saberes podem ser construídos através da metodologia
que enfoca as dimensões da sustentabilidade ecológica, social, cultural, política, econômica e espacial. O
método de abordagem será o etnográfico no qual Muñoz (2003) enfatiza que as práticas e os saberes
comunitários são revelados através da memória identitária dos indígenas Ingarikó, a qual é revelada
através da construção do conhecimento e os seus significados de acordo com a visão de mundo da
comunidade.
A metodologia abordará a pesquisa-participante, à medida que todas as metas serão planejadas,
avaliadas e executadas com os sujeitos envolvidos. Em todas as atividades perpassará a questão da
valorização da memória, da identidade indígena e a conquista da cidadania, em que os sujeitos serão ao
mesmo tempo público e protagonista, na perspectiva de integrar o saber popular e o saber acadêmico,
construindo um diálogo de respeito e assim propiciando novos conhecimentos.
Para coleta de dados serão utilizados os instrumentos de coleta verbal composto de questionários,
entrevista e formulários. Da mesma maneira será realizada a coleta não verbal, nesta fase o pesquisador
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desempenha uma postura de observador sistemático holístico da realidade estudada.
O programa envolverá atividades de campo, através de cursos de capacitação e oficinas, ministrados
pelos alunos dos cursos de Tecnologia em Gestão de Turismo, Saneamento Ambiental, Analise e
Desenvolvimento de Sistemas, Gestão Hospitalar, Técnico em Enfermagem, os quais farão laboratórios
vivenciais. Onde os indígenas terão oportunidade de refletir no conjunto sobre os valores culturais da
comunidade (técnicas de produção, artesanato, música, ritos, danças e alimentação), como parte da
revitalização da memória dos indígenas.
Como método procedimental utilzar-se-á o modelo desenvolvido por Jesinghaus (1999),
pressão-Estado-Resposta (PER) com finalidade utilizar indicadores e avaliar o sistema a partir dos
aspectos abaixo:
a)Pressão: atividades antrópicas que afetam o meio ou o estado da situação atual.
b)Estado: mudanças observadas no meio ou as forças e atividades que estão mantendo ou causando o
estado atual.
c)Resposta: medidas que estão sendo tomada para melhoria, manutenção ou reversão do quadro
encontrado.
A avaliação das atividades e das metas propostas será realizada através do acompanhamento e
monitoramento das ações desenvolvidas durante a execução do programa. Que acontecerá durante as
reuniões que serão programadas bimestralmente após os contatos dos discentes e docentes a
comunidade.
Com relação à avaliação dos discentes será através de relatórios bimestrais enquanto a comunidade de
formulários, do número de concluintes, da revitalização da produção agrícola, do gerenciamento dos
resíduos sólidos, do mapeamento e elaboração da trilha interpretativa, da catalogação dos produtos
produzidos pela comunidade, da mudança dos hábitos de higiene na manipulação de alimentos, da
mudança de habito na recepção de visitantes.
As atividades na Serra do Sol ocorrerão em etapas de forma interdisciplinar e multidisciplinar durante 10
dias a cada dois meses da seguinte forma:
METAS
ITEMMETASATIVIDADESPERÍODO
01Identificação os saberes dos Índios Ingarikó para fortalecer a identidade da comunidade.Diagnóstico
etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas Ingarikó cuja é finalidade de estimular a
apresentação e representação dos seus saberes, para identifica o estado da situação atual
(pressão/estado), através de indicadores dos desafios do milênio.
15/11 a 25/ 11/2011
03Revitalização da produção agrícola dos Índios Ingarikó para aumentar a quantidade e qualidade de
alimentos disponíveis na comunidade.
Registro e catalogação dos principais produtos produzidos pela comunidade.
Realização de curso de capacitação sobre a importância da produção agrícola na vida da comunidade.
Realização de curso de capacitação em assistência técnica na produção, colheita e destino do excedente
de alimentos.
20/02 a 29/02/2012
04Estimular a utilização e conservação dos recursos renováveis com o intuito de promover a
sustentabilidade ambiental.Curso de capacitação em educação ambiental (manejo florestal, cuidados com
o solo).
Curso e oficinas de capacitação em saúde ambiental (água, vetores).
Curso de capacitação sobre acondicionamento de resíduos sólidos.
Oficinas sobre reaproveitamento de materiais recicláveis produzidos pela comunidade.
09/04 a 18/04/2012
05Identificar os espaços naturais com potencial para desenvolvimento de trilhas interpretativas.Reuniões
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com os indígenas com finalidade de conhecer e catalogar espaços apropriados para trilhas interpretativas.
Curso de capacitação em gestão para o turismo sustentável.
Oficinas de capacitação de etnoturismo.
Oficinas de condutores de trilhas interpretativas.
Curso de capacitação em hospitalidade.
Curso de manipulação de alimentos.
Curso de gastronomia indígena.04/06 a 14/06/2012
06Oferecer instrumentos para comunidade compreender e praticar hábitos de saúde preventiva.
Curso de capacitação em higiene profilaxia.
Curso primeiros socorros.
17/09 a 26/09/2012
07Incluir digitalmente os jovens e adultos da comunidade indígena.
Curso de informática básica para os jovens e adultos da comunidade.05/11 a 15/11/2012
O desenvolvimento deste Programa contribuirá para reforçar a missão e o compromisso social do IFRR
para com a Amazônia, proporciona aos alunos de graduação e técnico envolvidos, a oportunidade de
aprofundar e ampliar a sua formação profissional, a partir das atividades de pesquisa e extensão aliadas
ao princípio da interdisciplinaridade que norteia esta proposta.
O impacto educativo deste programa irá proporcionar o rompimento do desconhecimento e do preconceito
da comunidade acadêmica e das instituições parceiras em relação às comunidades indígenas,
contribuindo para o combate aos processos de exclusão social.
O Programa permitirá a integração de ações de ensino, pesquisa e extensão, articulando várias áreas de
conhecimento e setores do IFRR, a partir de uma perspectiva interdisciplinar e intersetorial,
proporcionando aos alunos, técnicos e docentes experiências formativas práticas, envolvendo ações
diversas e amplas de educação.
1.6.5.1 Conteúdo Programático
A modalidade da ação de Extensão Universitária é "Programa", não necessitando do preenchimento deste
item no formulário do SIGProj.
1.6.6 Relação Ensino, Pesquisa e Extensão
Este programa está pautado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 relativos ao
ensino superior e técnico e na Lei nº 11.892/2008, que institui a Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia a qual na seção III,
Art. 7, trata dos objetivos e finalidades destes, ficando evidente no incisos IV e V que:
IV - desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da educação
profissional e tecnológica, em articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e com ênfase
na produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos;
V - estimular e apoiar processos educativos que levem à geração de trabalho e renda e à emancipação do
cidadão na perspectiva do desenvolvimento socioeconômico local e regional;
Face a esse contexto concorda-se com Castro (2004) que afirma que história da indissociabilidade entre
ensino, pesquisa e extensão tem como pano de fundo a história mesma das relações entre conhecimento
científico e demandas sociais. Historicamente, o conhecimento científico tornou-se uma forma privilegiada
de conhecimento, pela grande importância que adquiriu para a vida das sociedades contemporâneas. Isto
posto, vem corroborar, com o disposto no artigo 207 da Constituição Federal, caracterizam-se pela
indissociabilidade das atividades de ensino, de pesquisa e de extensão...”.
Nesse sentido, esse programa proporcionará a reflexão e a (re)construção de conceitos e valores em que
estavam mergulhados o discentes e o docentes, mas também da aprendizagem de técnicas pedagógicas
capazes de tornar o ensino, a pesquisa e a extensão um tripé mais prazeroso para os atores envolvidos no
processo.
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1.6.7 Programação
A modalidade da ação de Extensão Universitária é "Programa", não necessitando do preenchimento deste
item no formulário do SIGProj.
1.6.8 Avaliação
Pelo Público
Os instrumentos de avaliação utilizados para o público participante serão indicadores avaliativos, através
de formulários estruturados com questões objetivas, aplicados no final de cada etapa presencial.
Utilizar-se-a ainda reuniões com a comunidade indígena, objetivando coletar informações sobre o grau de
satisfação em relação ao desenvolvimento do programa.
Pela Equipe
O programa será avaliado durante todo o processo de execução envolvendo todos os atores do processo,
a saber: gestores do programa, parceiros envolvidos, discentes, docentes e o público alvo (citado
anteriormente).
a)Gestores do programa: relatórios trimestral, visitas in loco para observar a constância dos participantes,
número de participantes concluintes, números de docentes, discentes e técnicos envolvidos, número de
publicações decorrentes do desenvolvimento da proposta, apresentação em seminários, congressos e
outros relativos à pesquisa e extensão, visibilidade interna e externa em função do desenvolvimento da
proposta, mudança nos processos de produção da comunidade, mudança na qualidade de vida (saúde,
ambiente, nutrição, renda e outros).
b)Parceiros do programa: relatórios trimestrais, número de participantes concluintes, mudança nos
processos de produção da comunidade, mudança na qualidade de vida (saúde, ambiente, nutrição, renda
e outros).
c)Discentes: será através de relatórios bimestrais, compromisso com o programa, apresentação de artigos
em seminários e outros.
d)Docentes: relatórios bimestrais, acompanhamento dos discentes em todas as etapas do programa,
participação e apresentação de trabalhos em seminários, congressos e outros relativos ao tema em
epigrafe.
1.6.9 Solicitação de Apoio
A modalidade da ação de Extensão Universitária é "Programa", não necessitando do preenchimento deste
item no formulário do SIGProj.
1.6.10 Referências Bibliográficas
AZEVEDO, Luiza Luíndia. Ecoturismo Indígena. Quito: Abya-Yala, 2007.
BOSI, E. (Org) Simone Weil. A condição operária e outros estudos sobre a opressão. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1979.
BRITO Telma Medeiros. Turismo e Povos Indígenas. Anuário de Produção Acadêmica Docente. Vol III, N°
4, ano 2009. Anhanguera Educacional S.A. Publicação 19 de março de 2010.
CASTRO, L. M. C. A universidade, a extensão universitária e a produção de conhecimentos
emancipadores. In: ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO. Caxambu, MG. Anais da
27ª Reunião. 2004. Disponível em: <http://www2.uerj.br/~anped11/> Acesso em 07/04/11.
CRUZ, Maria Odileiz Sousa. Fonologia e Gramática Ingarikó - Kapon Brasil. Amsterdam: Vrije Universiteit
Amsterdam, 2005. (Tese de Doutorado).
GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira 1985.
LAURIOLA, Vincenzo. Ecologia Global contra Diversidade Cultural? Conservação da Natureza e Povos
Indígenas no Brasil. O Monte Roraima entre Parque Nacional e Terra Indígena Raposa-Serra do Sol,
Ambiente & Sociedade - Vol. V - no 2 - ago./dez. 2002 - Vol. VI - no 1 - jan./jul. 2003.
LEFF, Henrique. Epistemologia Ambiental. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2007.
LOPES, R. Robéria. Concepções Científicas e Pessoais sobre a Educação/Formação Profissional:
Contributos para a elaboração de um modelo teórico. Tese de doutorado. Braga: Universidade do Minho,
2006.
MARX, K. O Capital: critica da economia política. Volume I, Livro Primeiro. São Paulo: Ed. Nova Cultural,
1985.
MIECZKOWSKI, Z. Environmental issues of tourism and recreation. University Press of America, Inc:
Lantarn, Maryland, 1995.
SIGProj - Página 13 de 25
MLYMARZ, Ricardo Burg. Processo Participativo em Comunidade Indígena: Um Estudo sobre a Ação
Política dos Ingarikó Face à Conservação Ambiental do Parque Nacional do Monte Roraima. Dissertação
de Mestrado. São Paulo: USP, 2008.
MUÑOZ, Maritza Goméz. Saber Indígena e Meio Ambiente: Experiência de Aprendizagem Comunitária. In:
LEFF, Enrique (Coord). A Complexidade Ambiental. São Paulo: Cortez, 2003.
SACHS, Ignácio. Caminho para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2000.
SANTOS, A. Buy e BLENGINI, A. Paula, O trabalho como princípio educativo na educação básica:
construindo uma nova hegemonia para além da lógica utilitarista do capital. 2007. Disponible en:
<http://www.estudosdotrabalho.org/ anais6seminariodotrabalho/ indice.htm. acesso em 25.11.2009
SAVIANI, Dermeval. Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos. Campinas, Revista
Brasileira de Educação, v. 12, n. 34, 2007.
SILVA, Edileuza Lopes Sette. Plano de Uso Público do Parque Nacional do Monte Roraima: Proposta de
estruturação de uma cadeia produtiva de ecoturismo na calha do rio Cotingo, com base nos princípios da
Economia Ecológica. Dissertação de Mestrado. Boa Vista: UFRGS/UFRR, 2009.
VIEIRA, Francisco César Brito; SANTOS, Ademar Vieira; MARREIR, Thelma Lima da Cunha. Saberes
indígenas: educação ambiental com os povos indígenas da comunidade Terra Preta do Baixo Rio Negro
no Estado do Amazonas. Fórum Ambiental da Alta Paulista. Anais... vol III, 2007. (1CD-ROOM).
WEARING, Stephen; NEIL, John. Ecoturismo-Impacto, Tendencias y Posibilidades, Madrid: Editorial
Síntesis, 1999.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Objetivos de desenvolvimento do milênio: relatório
nacional de acompanhamento. Brasília: Ipea : MP, SPI, 2007.
1.6.11 Observações
O programa terá o apoio do Conselho dos Povos Indígenas Ingaricó - COPING, uma vez que este vem
procurando a instituição para desenvolver um projeto que venha auxiliar a comunidade indigena, Ingarikó a
melhorar a qualidade, através da produção e da cultura local.
1.7 Divulgação/Certificados
Meios de Divulgação:
Cartaz, Folder, Mala Direta, Internet
Contato:
Emissão de Certificados:
Participantes, Equipe de Execução
Qtde Estimada de Certificados para Participantes:
250
Qtde Estimada de Certificados para Equipe de Execução: 50
Total de Certificados:
300
Menção Mínima:
MS
Frequência Mínima (%):
0.75
Receberão certificados os participantes
executoresm, instrutores e colaboradores.
Justificativa de Certificados:
1.8 Outros Produtos Acadêmicos
Gera Produtos:
Sim
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do
programa,
os
Produtos:
Anais
Artigo
Capítulo de Livro
Oficina
Produto Audiovisual-DVD
Produto Audiovisual-Vídeo
Relatório Técnico
Revista
Descrição/Tiragem:
Serão publicados:
DVD'S - 250
VÍDEOS - 01
RELATÓRIOS - 02
REVISTAS - 02
ANAIS - 06
ARTIGOS - 08
CAPITULOS DE LIVROS - 02
1.9 Anexos
Nome
Tipo
Curriculum Lattes do
marcia_teixeira_falc
coordenador
Declaração da Pró Reitoria de
Extensão que a proposta foi
carta_extensao.pdf
aprovada nas instâncias
competentes
Termo de Compromisso da
Reitoria de aplicação integral
carta_reitoria.pdf
dos recursos nos
projetos/programas
selecionados
2. Equipe de Execução
2.1 Membros da Equipe de Execução
Docentes da IFRR
Nome
Regime - Contrato
Instituição
CH Total
Funções
Elizabete Melo Nogueira
Dedicação exclusiva
IFRR
80 hrs
Vice-Coordenador
Erika de Oliveira Lima
Dedicação exclusiva
IFRR
40 hrs
Instrutor
Leila Marcia Ghedin
Dedicação exclusiva
IFRR
40 hrs
Instrutor
Márcia Teixeira Falcão
Dedicação exclusiva
IFRR
80 hrs
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Coordenador,
Gestor
Discentes da IFRR
Não existem Discentes na sua atividade
Técnico-administrativo da IFRR
Não existem Técnicos na sua atividade
Outros membros externos a IFRR
Não existem Membros externos na sua atividade
Coordenador:
Nome: Márcia Teixeira Falcão
RGA:
CPF: 40675815215
Email: [email protected]
Categoria: Outra
Fone/Contato: (95)36218047 / (95)81112897
Gestor:
Nome: Márcia Teixeira Falcão
RGA:
CPF: 40675815215
Email: [email protected]
Categoria: Outra
Fone/Contato: (95)36218047 / (95)81112897
2.2 Cronograma de Atividades
Atividade:
Curso de capacitação em gestão para o turismo sustentável.
Oficinas de capacitação de etnoturismo.
Oficinas de condutores de trilhas interpretativas.
Início:
Carga Horária:
Responsável:
Ago/2012
Duração:
40 Horas Total
Leila Marcia Ghedin (C.H. 40 horas Total)
Atividade:
Curso de capacitação em hospitalidade.
Início:
Carga Horária:
Responsável:
Ago/2012
Duração:
40 Horas Total
Erika de Oliveira Lima (C.H. 40 horas Total)
Atividade:
Diagnóstico etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas
Ingarikó cuja é finalidade de estimular a apresentação e representação dos seus
saberes, para identifica o estado da situação atual (pressão/estado), através de
indicadores dos desafios do milênio.
Início:
Fev/2012
Duração:
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10 Dias
10 Dias
10 Dias
Carga Horária:
Responsável:
80 Horas Total
Márcia Teixeira Falcão (C.H. 80 horas Total)
Atividade:
Reuniões com os indígenas com finalidade de conhecer e catalogar espaços
apropriados para trilhas interpretativas.
Curso de capacitação em gestão para o turismo sustentável.
Início:
Carga Horária:
Responsável:
Ago/2012
Duração:
80 Horas Total
Elizabete Melo Nogueira (C.H. 80 horas Total)
10 Dias
3. Receita
3.1 Arrecadação
Não há Arrecadação.
3.2 Recursos da IES (MEC)
Bolsas
Valor(R$)
Bolsa - Auxílio Financeiro a Estudantes (3390-18)
Bolsa - Auxílio Financeiro a Pesquisadores (3390-20)
16.200,00
0,00
Subtotal
R$ 16.200,00
Rubricas
Valor(R$)
Material de Consumo (3390-30)
34.755,50
Passagens e Despesas com Locomoção (3390-33)
19.860,00
Diárias - Pessoal Civil (3390-14)
44.250,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física (3390-36)
7.000,00
Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
(3390-39)
10.000,00
Equipamento e Material Permanente (4490-52)
15.405,00
Encargos Patronais (3390-47)
2.520,00
Subtotal
R$ 133.790,50
Total:
R$ 149.990,50
3.3 Recursos de Terceiros
Não há Recursos de Terceiros.
3.4 Receita Consolidada
Elementos da Receita (Com Bolsa)
Subtotal 1 (Arrecadação)
R$
0,00
Subtotal 2 (Recursos da IES (MEC): Bolsas + Outras Rubricas)
Subtotal 3 (Recursos de Terceiros)
149.990,50
0,00
Total
149.990,50
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Elementos da Receita (Sem Bolsa)
R$
Subtotal 1 (Arrecadação)
0,00
Subtotal 2 (Recursos da IES (MEC): Rubricas)
133.790,50
Subtotal 3 (Recursos de Terceiros)
0,00
Total
133.790,50
4. Despesas
Elementos de Despesas
Arrecadação (R$)
IES (MEC)(R$)
Terceiros (R$)
Total (R$)
0,00
16.200,00
0,00
16.200,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Subtotal 1
0,00
16.200,00
0,00
16.200,00
Diárias - Pessoal Civil (3390-14)
0,00
44.250,00
0,00
44.250,00
Material de Consumo (3390-30)
0,00
34.755,50
0,00
34.755,50
0,00
19.860,00
0,00
19.860,00
0,00
7.000,00
0,00
7.000,00
0,00
10.000,00
0,00
10.000,00
0,00
15.405,00
0,00
15.405,00
Outras Despesas
0,00
0,00
0,00
0,00
Outras Despesas (Impostos)
0,00
2.520,00
0,00
2.520,00
Subtotal
0,00
133.790,50
0,00
133.790,50
Total
0,00
149.990,50
0,00
149.990,50
Bolsa - Auxílio Financeiro a
Estudantes (3390-18)
Bolsa - Auxílio Financeiro a
Pesquisadores (3390-20)
Passagens e Despesas com
Locomoção (3390-33)
Outros Serviços de Terceiros Pessoa Física (3390-36)
Outros Serviços de Terceiros Pessoa Jurídica (3390-39)
Equipamento e Material Permanente
(4490-52)
Valor total solicitado em Reais: R$ 149.990,50
Cento e Quarenta e Nove Mil e Novecentos e Noventa Reais e Cinquenta Centavos
A seguir são apresentadas as despesas em relação a cada elemento de despesa da atividade: Diárias - Pessoal
Civil, Material de Consumo, Passagens e Despesas com Locomoção, Outros Serviços de Terceiros – Pessoa
Física, Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica, Equipamento e Material Permanente, Bolsistas e Outras
Despesas. Nos respectivos quadros de despesas são apresentados itens específicos, sendo relevante destacar
o campo “Fonte”. O campo “Fonte” refere-se à origem do recurso financeiro, podendo ser Arrecadação,
Instituição e Terceiros.
4.1 Despesas - Diárias
Localidade
Uiramutã - Roraima - Brasil
Qtde
Custo Unitário
Fonte
Custo Total
250,0
R$ 177,00
IES (MEC)
R$ 44.250,00
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Total
R$44.250,00
Observação: As diárias serâo pagas ao grupo gestor e facilitadores do programa quendo se deslocarem a área
Serra do Sol
4.2 Despesas - Material de Consumo
Descrição
Qtde
Unidade
Custo Unitário
Fonte
Custo Total
Apontador
5
Unidade(s)
R$ 1,00
IES (MEC)
R$ 5,00
Balão n°7 (50 unidades)
10
Unidade(s)
R$ 7,00
IES (MEC)
R$ 70,00
Barbante de Algodão 250 m
10
Unidade(s)
R$ 5,00
IES (MEC)
R$ 50,00
Bola Plástica
3
Unidade(s)
R$ 5,00
IES (MEC)
R$ 15,00
300
Unidade(s)
R$ 0,81
IES (MEC)
R$ 243,00
4
Unidade(s)
R$ 43,00
IES (MEC)
R$ 172,00
4
Unidade(s)
R$ 27,00
IES (MEC)
R$ 108,00
10
Unidade(s)
R$ 135,00
IES (MEC)
R$ 1.350,00
250
Unidade(s)
R$ 0,50
IES (MEC)
R$ 125,00
30
Unidade(s)
R$ 130,00
IES (MEC)
R$ 3.900,00
30
Unidade(s)
R$ 130,00
IES (MEC)
R$ 3.900,00
300
Unidade(s)
R$ 5,00
IES (MEC)
R$ 1.500,00
Clipes 2/0 (00)
2
Unidade(s)
R$ 1,50
IES (MEC)
R$ 3,00
Cola para isopor 500g
20
Unidade(s)
R$ 12,00
IES (MEC)
R$ 240,00
1.000
Unidade(s)
R$ 3,15
IES (MEC)
R$ 3.150,00
300
Unidade(s)
R$ 3,00
IES (MEC)
R$ 900,00
40
Unidade(s)
R$ 5,00
IES (MEC)
R$ 200,00
Estilete
5
Unidade(s)
R$ 3,50
IES (MEC)
R$ 17,50
Fita gomada 50x 50
30
Unidade(s)
R$ 8,50
IES (MEC)
R$ 255,00
Giz de Cera (12 unidades)
24
Unidade(s)
R$ 3,50
IES (MEC)
R$ 84,00
Grampeador grande
3
Unidade(s)
R$ 20,00
IES (MEC)
R$ 60,00
2
Unidade(s)
R$ 6,00
IES (MEC)
R$ 12,00
40
Unidade(s)
R$ 7,00
IES (MEC)
R$ 280,00
Borracha
Caixa de caneta
esferográfica azul
Caixa de lápis preto HB n°2
Caixa de Papel A4 (10
resmas)
Cartolina
Cartucho Multifuncional
Jato de Tinta Stylus
TX420W Wireless
(Impressora+
Copiadora+Scanner) colorido
Cartucho Multifuncional
Jato de Tinta Stylus
TX420W Wireless
(Impressora+
Copiadora+Scanner) - preto
CD-RW com capa
Combustível para carro
gasolina
DVD com capa
Emborrachado EVA (Cores
diversas)
Grampo para grampeador
(5.000 unidades)
Isopor 25mm
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Lápis de cor grande (12
24
Unidade(s)
R$ 6,00
IES (MEC)
R$ 144,00
50
Unidade(s)
R$ 15,00
IES (MEC)
R$ 750,00
300
Unidade(s)
R$ 0,10
IES (MEC)
R$ 30,00
1
Unidade(s)
R$ 38,00
IES (MEC)
R$ 38,00
Papel cartão
50
Unidade(s)
R$ 1,00
IES (MEC)
R$ 50,00
Papel linho
10
Unidade(s)
R$ 18,50
IES (MEC)
R$ 185,00
400
Unidade(s)
R$ 38,00
IES (MEC)
R$ 15.200,00
2
Unidade(s)
R$ 20,00
IES (MEC)
R$ 40,00
60
Unidade(s)
R$ 6,00
IES (MEC)
R$ 360,00
Pincel Atômico Permanente
20
Unidade(s)
R$ 3,00
IES (MEC)
R$ 60,00
Prancheta
20
Unidade(s)
R$ 10,00
IES (MEC)
R$ 200,00
Régua 30 cm
30
Unidade(s)
R$ 0,40
IES (MEC)
R$ 12,00
Régua de 50 cm
30
Unidade(s)
R$ 1,00
IES (MEC)
R$ 30,00
Tesoura sem ponta
300
Unidade(s)
R$ 3,00
IES (MEC)
R$ 900,00
3
Unidade(s)
R$ 39,00
IES (MEC)
R$ 117,00
unidades)
Lápis hidrocor (com 12
unidades)
Papel 40
Papel Almaço Pautado com
margem
Pasta com elástico plástica
tamanho A4
Perfurador
Pilhas Alcalinas (pacote
com 4 pilhas)
Transparências para
impressora (50 unidades)
Total
R$34.755,50
4.3 Despesas - Passagens
Percurso
Boa Vista » Serra do Sol » Boa Vista
Qtde
Custo Unitário
Fonte
Custo Total
6
R$ 3.310,00
IES (MEC)
R$ 19.860,00
Total
R$19.860,00
Observação: Deslocamento dos facilitadores e instrutores para a Serra do Sol, afim de executar o programa, no
período já discriminado anteriormente
4.4 Despesas - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física
Descrição
Fonte
Custo Total
IES (MEC)
R$ 7.000,00
Pagamento de transportadores de carga da pista de pouso até o local onde
acontecerá as atividades.
Pagamento de guias para reconhecimento e delimitação da trilha
interpretativa.
Pagamento de cozinheiro na localidade.
Pagamento de condutor de barco na região.
Total
R$7.000,00
4.5 Despesas - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
Descrição
Impressão de cartilha ambiental, pastas personalizadas, folders, cartazes,
banners, apostilhas, divulgação nos meios de comunicação local.
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Fonte
Custo Total
IES (MEC)
R$ 10.000,00
Total
R$10.000,00
4.6 Despesas - Equipamento e Material Permanente
Descrição
Qtde
Custo Unitário
Fonte
Custo Total
2
R$ 800,00
IES (MEC)
R$ 1.600,00
3
R$ 200,00
IES (MEC)
R$ 600,00
2
R$ 950,00
IES (MEC)
R$ 1.900,00
3
R$ 470,00
IES (MEC)
R$ 1.410,00
1
R$ 695,00
IES (MEC)
R$ 695,00
2
R$ 200,00
IES (MEC)
R$ 400,00
3
R$ 200,00
IES (MEC)
R$ 600,00
2
R$ 450,00
IES (MEC)
R$ 900,00
1
R$ 500,00
IES (MEC)
R$ 500,00
2
R$ 1.900,00
IES (MEC)
R$ 3.800,00
1
R$ 1.500,00
IES (MEC)
R$ 1.500,00
1
R$ 1.500,00
IES (MEC)
R$ 1.500,00
Câmera fotográfica digital Câmera Digital
DSC-H55 (14.1MP) c/ 10x Zoom Óptico, Foto
Panorâmica, LCD 3', Filma em HD e Bateria
Recarregável .
Cartão de memória para filmadora Stick Pro Duo
(2 gigas).
Filmadora Flash Memory SX20 com 50x Zoom
Óptico e LCD 2.7Filmadora Flash Memory SX20
com 50x Zoom Óptico e LCD 2.7 R$:
GPS Etrex Legend Hcx Garmin com mapas do
Brasil
Mesa de escritório para reunião acabamento
melamínico texturizado de 18mm em cores
variadas. Estrutura tubular em aço pintado no
sistema epóxi, bordas do tampo arredondadas
Microsystem Portátil c/cd e MP3 cabo line-in
AZ1134/55 PHILIPS com entrada USB.
Mini gravador de voz ICD-PX 820 535hrs 2gb
USB.
Multifuncional Jato de Tinta Stylus TX420W
Wireless (Impressora+ Copiadora+Scanner)
Nobreak Stay 1400 Bivolt NN.
Notebook, SIM c/ Intel Core i5 450M 2.4GHz
4GB 500GB DVD-RW Webcam 1.3MP LED 14'
Windows 7 Premium
Projetor Multimídia MP515 (2500 Ansi Lumens) .
TV 32' LCD Full HD - 32PFL3805D (1.920x1.080 pixels) - c/ Decodificador para TV
Digital embutido (DTV), 120Hz, 3 Entradas HDMI
e Entrada USB, Entrada PC
Total
R$15.405,00
Observação: A compra do material permanente será na utilização do desenvolvimento durante a execução do
programa, após o desenvolvimento das atividades, parte do material será doado para escola indigena da Serra
do Sol, e a outra parte será tombado como patrimônio do IFRR.
4.7 Despesas - Bolsistas
Nome do Bolsista
[!] A ser selecionado
Início/Térm
ino
01/01/2012
01/01/2013
Fonte
IES (MEC)
Tipo
Institucional
Discente de
Graduação
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Bolsa/Mês
R$ 150,00
Custo Total
R$ 1.800,00
[!] A ser selecionado
[!] A ser selecionado
[!] A ser selecionado
[!] A ser selecionado
[!] A ser selecionado
[!] A ser selecionado
[!] A ser selecionado
[!] A ser selecionado
01/01/2012
01/01/2013
01/01/2012
01/01/2013
01/01/2012
01/01/2013
01/01/2012
01/01/2013
01/01/2012
01/01/2013
01/01/2012
01/01/2013
01/01/2012
01/01/2013
01/01/2012
01/01/2013
IES (MEC)
IES (MEC)
IES (MEC)
IES (MEC)
IES (MEC)
IES (MEC)
IES (MEC)
IES (MEC)
Discente de
Graduação
Discente de
Graduação
Discente de
Graduação
Discente de
Graduação
Discente de
Graduação
Discente de
Graduação
Discente de
Graduação
Discente de
Graduação
Total
R$ 150,00
R$ 1.800,00
R$ 150,00
R$ 1.800,00
R$ 150,00
R$ 1.800,00
R$ 150,00
R$ 1.800,00
R$ 150,00
R$ 1.800,00
R$ 150,00
R$ 1.800,00
R$ 150,00
R$ 1.800,00
R$ 150,00
R$ 1.800,00
R$16.200,00
Observação: Os bolsistas selecionados receberão uma bolsa no valor de R$ 150,00 para auxiliar na locomoção e
alimentação
Plano de Trabalho do(s) Bolsista(s)
[!] A ser selecionado
Carga Horária Semanal: 20 hora(s)
Objetivos:
Auxiliar no desenvolvimento das atividades de campo e de laboratório durante a execução do
programa. Serão envolvido como monitores das oficinas, reuniões e levantamento de dados.
Atividades a serem desenvolvidas/Mês:
Diagnóstico etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas Ingarikó cuja é finalidade de
estimular a apresentação e representação dos seus saberes, para identifica o estado da situação atual
(pressão/estado), através de indicadores dos desafios do milênio. Mês de Fevereiro.
Registro e catalogação dos principais produtos produzidos pela comunidade.
Realização de curso de capacitação sobre a importância da produção agrícola na vida da comunidade.
Realização de curso de capacitação em assistência técnica na produção, colheita e destino do
excedente de alimentos. Mês de fevereiro.
[!] A ser selecionado
Carga Horária Semanal: 20 hora(s)
Objetivos:
Auxiliar no desenvolvimento das atividades de campo e de laboratório durante a execução do
programa. Serão envolvido como monitores das oficinas, reuniões e levantamento de dados.
Atividades a serem desenvolvidas/Mês:
Diagnóstico etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas Ingarikó cuja é finalidade de
estimular a apresentação e representação dos seus saberes, para identifica o estado da situação atual
(pressão/estado), através de indicadores dos desafios do milênio. Mês de Fevereiro.
Registro e catalogação dos principais produtos produzidos pela comunidade.
Realização de curso de capacitação sobre a importância da produção agrícola na vida da comunidade.
Realização de curso de capacitação em assistência técnica na produção, colheita e destino do
excedente de alimentos. Mês de fevereiro.
[!] A ser selecionado
Carga Horária Semanal: 20 hora(s)
Objetivos:
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Auxiliar no desenvolvimento das atividades de campo e de laboratório durante a execução do
programa. Serão envolvido como monitores das oficinas, reuniões e levantamento de dados.
Atividades a serem desenvolvidas/Mês:
Diagnóstico etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas Ingarikó cuja é finalidade de
estimular a apresentação e representação dos seus saberes, para identifica o estado da situação atual
(pressão/estado), através de indicadores dos desafios do milênio. Mês de Fevereiro.
Registro e catalogação dos principais produtos produzidos pela comunidade.
Realização de curso de capacitação sobre a importância da produção agrícola na vida da comunidade.
Realização de curso de capacitação em assistência técnica na produção, colheita e destino do
excedente de alimentos. Mês de fevereiro.
[!] A ser selecionado
Carga Horária Semanal: 20 hora(s)
Objetivos:
Auxiliar no desenvolvimento das atividades de campo e de laboratório durante a execução do
programa. Serão envolvido como monitores das oficinas, reuniões e levantamento de dados.
Atividades a serem desenvolvidas/Mês:
Diagnóstico etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas Ingarikó cuja é finalidade de
estimular a apresentação e representação dos seus saberes, para identifica o estado da situação atual
(pressão/estado), através de indicadores dos desafios do milênio. Mês de Fevereiro.
Registro e catalogação dos principais produtos produzidos pela comunidade.
Realização de curso de capacitação sobre a importância da produção agrícola na vida da comunidade.
Realização de curso de capacitação em assistência técnica na produção, colheita e destino do
excedente de alimentos. Mês de fevereiro.
[!] A ser selecionado
Carga Horária Semanal: 20 hora(s)
Objetivos:
Auxiliar no desenvolvimento das atividades de campo e de laboratório durante a execução do
programa. Serão envolvido como monitores das oficinas, reuniões e levantamento de dados.
Atividades a serem desenvolvidas/Mês:
Diagnóstico etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas Ingarikó cuja é finalidade de
estimular a apresentação e representação dos seus saberes, para identifica o estado da situação atual
(pressão/estado), através de indicadores dos desafios do milênio. Mês de Fevereiro.
Registro e catalogação dos principais produtos produzidos pela comunidade.
Realização de curso de capacitação sobre a importância da produção agrícola na vida da comunidade.
Realização de curso de capacitação em assistência técnica na produção, colheita e destino do
excedente de alimentos. Mês de fevereiro.
[!] A ser selecionado
Carga Horária Semanal: 20 hora(s)
Objetivos:
Auxiliar no desenvolvimento das atividades de campo e de laboratório durante a execução do
programa. Serão envolvido como monitores das oficinas, reuniões e levantamento de dados.
Atividades a serem desenvolvidas/Mês:
Diagnóstico etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas Ingarikó cuja é finalidade de
estimular a apresentação e representação dos seus saberes, para identifica o estado da situação atual
(pressão/estado), através de indicadores dos desafios do milênio. Mês de Fevereiro.
Registro e catalogação dos principais produtos produzidos pela comunidade.
Realização de curso de capacitação sobre a importância da produção agrícola na vida da comunidade.
Realização de curso de capacitação em assistência técnica na produção, colheita e destino do
excedente de alimentos. Mês de fevereiro.
[!] A ser selecionado
Carga Horária Semanal: 20 hora(s)
Objetivos:
Auxiliar no desenvolvimento das atividades de campo e de laboratório durante a execução do
programa. Serão envolvido como monitores das oficinas, reuniões e levantamento de dados.
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Atividades a serem desenvolvidas/Mês:
Diagnóstico etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas Ingarikó cuja é finalidade de
estimular a apresentação e representação dos seus saberes, para identifica o estado da situação atual
(pressão/estado), através de indicadores dos desafios do milênio. Mês de Fevereiro.
Registro e catalogação dos principais produtos produzidos pela comunidade.
Realização de curso de capacitação sobre a importância da produção agrícola na vida da comunidade.
Realização de curso de capacitação em assistência técnica na produção, colheita e destino do
excedente de alimentos. Mês de fevereiro.
[!] A ser selecionado
Carga Horária Semanal: 20 hora(s)
Objetivos:
Auxiliar no desenvolvimento das atividades de campo e de laboratório durante a execução do
programa. Serão envolvido como monitores das oficinas, reuniões e levantamento de dados.
Atividades a serem desenvolvidas/Mês:
Diagnóstico etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas Ingarikó cuja é finalidade de
estimular a apresentação e representação dos seus saberes, para identifica o estado da situação atual
(pressão/estado), através de indicadores dos desafios do milênio. Mês de Fevereiro.
Registro e catalogação dos principais produtos produzidos pela comunidade.
Realização de curso de capacitação sobre a importância da produção agrícola na vida da comunidade.
Realização de curso de capacitação em assistência técnica na produção, colheita e destino do
excedente de alimentos. Mês de fevereiro.
[!] A ser selecionado
Carga Horária Semanal: 20 hora(s)
Objetivos:
Auxiliar no desenvolvimento das atividades de campo e de laboratório durante a execução do
programa. Serão envolvido como munitores das oficinas, reuniões e levantamento de dados.
Atividades a serem desenvolvidas/Mês:
Diagnóstico etnográfico através de reuniões dialogadas com os indígenas Ingarikó cuja é finalidade de
estimular a apresentação e representação dos seus saberes, para identifica o estado da situação atual
(pressão/estado), através de indicadores dos desafios do milênio. Mês de Fevereiro.
Registro e catalogação dos principais produtos produzidos pela comunidade.
Realização de curso de capacitação sobre a importância da produção agrícola na vida da comunidade.
Realização de curso de capacitação em assistência técnica na produção, colheita e destino do
excedente de alimentos. Mês de fevereiro.
4.8 Despesas - Outras Despesas
Descrição
Fonte
Custo Total
INSS - 11%
Arrecadação
R$ 0,00
ISS - 5%
Arrecadação
R$ 0,00
PATRONAL - 20%
Arrecadação
R$ 0,00
SubTotal 1
R$ 0,00
INSS - 11%
IES (MEC)
R$ 770,00
ISS - 5%
IES (MEC)
R$ 350,00
PATRONAL - 20%
IES (MEC)
R$ 1.400,00
SubTotal 2
R$ 2.520,00
INSS - 11%
Terceiros
R$ 0,00
ISS - 5%
Terceiros
R$ 0,00
PATRONAL - 20%
Terceiros
R$ 0,00
SubTotal 3
R$ 0,00
Total
R$2.520,00
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4.9 Despesas - Resolução de Destinação Específica da IES (MEC)
Discriminação
R$
Total
0,00
, 23/06/2011
Local
Márcia Teixeira Falcão
Coordenador(a)/Tutor(a)
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