Clipping Março

Transcrição

Clipping Março
Clipping março de 2014
31.03.2014 – Jornal do Brasil - Milagre para uns, crescimento da economia foi
retrocesso para maioria ............................................................................................................ 5
Menção ao conselheiro Clemente Ganz Lúcio ........................................................................................................ 5
28.03.2014 - Tribuna da Bahia – Senai tem instituto de inovação e centro de logística
inaugurados em Salvador ......................................................................................................... 6
Menção ao conselheiro Robson Andrade ............................................................................................................... 6
25.03.2014 – G1 – Confiança do industrial gaúcho melhora em março, diz Fiergs.............. 7
Menção ao conselheiro Heitor José Müller ............................................................................................................. 7
25.03.2014 – Agência Estado - CNI defende tributação no destino de empresas
coligadas..................................................................................................................................... 8
Menção ao conselheiro Robson Andrade ............................................................................................................... 8
23.03.2014 – G1 - MEC vai criar bolsa para estudar competências emocionais dos
alunos ......................................................................................................................................... 8
Menção à conselheira Viviane Senna ..................................................................................................................... 8
21.03.2014 - Estado de Minas – Prefeitura lança proposta que pode encarecer imóveis
em Belo Horizonte.................................................................................................................... 10
Menção ao conselheiro Paulo Simão .................................................................................................................... 10
20.03.2014 – Agência Estado - Burocracia eleva em 12% preço dos imóveis .................... 12
Menção ao conselheiro Paulo Simão .................................................................................................................... 12
20.03.2014 – Exame - Burocracia eleva em 12% preço dos imóveis ................................... 13
Menção ao conselheiro Paulo Simão .................................................................................................................... 13
20.03.2014 - Zero Hora - Burocracia aumenta em 12% preço dos imóveis no Brasil ......... 14
Menção ao conselheiro Paulo Simão .................................................................................................................... 14
19.03.2014 – R7 – Disputas eleitorais atrapalham o crescimento do país, diz presidente
da Vale ...................................................................................................................................... 15
Menção à conselheira Luiza Helena Trajano e Murilo Ferreira............................................................................. 15
19.03.2014 - Rede Brasil Atual - Reforma tributária e investimento em educação são
essenciais para consolidar crescimento ............................................................................... 16
Menção à conselheira Luiza Helena Trajano ........................................................................................................ 16
19.03.2014 – Reuters - Magazine Luiza vê bom começo de ano em vendas ....................... 18
Menção à conselheira Luiza Helena Trajano ........................................................................................................ 18
18.03.2014 - Agência Estado - Para CBIC, ambiente é hostil para a iniciativa privada ...... 18
http://www.cdes.gov.br/
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Menção ao conselheiro Paulo Simão .................................................................................................................... 18
18.03.2014 - Agência Estado - Crédito deve manter expansão acima do PIB..................... 19
Menção ao conselheiro Murilo Portugal ................................................................................................................ 19
18.03.2014 - Jornal do Comércio – Estado é o terceiro em geração de postos formais
em fevereiro .............................................................................................................................. 20
Menção ao conselheiro José Heitor Müller ........................................................................................................... 20
17.03.2014 – Revista Exame – Novos ministros garantem dar continuidade a projetos ... 21
Menção ao conselheiro Clélio Campolina Diniz .................................................................................................... 21
14.03.2014 – Folha de S.Paulo – Executivos da indústria automotiva fazem previsões
dos próximos 20 anos ............................................................................................................. 22
Menção ao conselheiro Cledorvino Belini ............................................................................................................. 22
14.03.2014 – Época Negócios – Trabuco é eleito vice-presidente do conselho do
Bradesco ................................................................................................................................... 24
Menção ao conselheiro Luiz Carlos Trabuco Cappi .............................................................................................. 24
14.03.2014 – G1 – Reitor da UFMG irá comandar o Ministério da Ciência e Tecnologia ... 25
Menção ao conselheiro Clélio Campolina Diniz .................................................................................................... 25
14.03.2014 – Estadão – Trabuco é eleito vice-presidente do Conselho do Bradesco ....... 26
Menção ao conselheiro Luiz Carlos Trabuco Cappi .............................................................................................. 26
14.03.2014 – Diário o Comércio – Olavo Machado Junior é reeleito na FIEMG .................. 27
Menção ao conselheiro Olavo Machado Junior .................................................................................................... 27
13.03.2014 – Estado de Minas - Reunião entre empresários e Mantega sobre tributação
de lucros no exterior acaba sem acordo ............................................................................... 28
Menção ao conselheiro Paulo Godoy .................................................................................................................... 28
13.03.2014 – Correio Braziliense – Governo compra a energia, mas é o consumidor que
paga a conta ............................................................................................................................. 29
Menção aos conselheiros Paulo Godoy e Robson Andrade ................................................................................. 29
13.03.2014 – Folha de S.Paulo – Luiz Carlos Trabuco é eleito vice-presidente do
conselho do Bradesco ............................................................................................................. 29
Menção ao conselheiro Luiz Carlos Trabuco ........................................................................................................ 29
13.03.2014 – Agência Brasil – Manifestantes pedem melhoria na qualidade da telefonia
do país ...................................................................................................................................... 30
Menção ao conselheiro Ricardo Patah .................................................................................................................. 30
13.03.2014 – Revista Exame – O adeus à vida executiva ..................................................... 31
Menção ao conselheiro Pedro Parente ................................................................................................................. 31
http://www.cdes.gov.br/
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12.03.2014 – Estadão – Presidente da Vale vira porta-voz em reunião com Mantega ....... 32
Menção ao conselheiro Murilo Ferreira ................................................................................................................. 32
12.03.2014 – Agência Brasil – Presidente da Vale apoia MP que simplifica tributação de
empresas no exterior ............................................................................................................... 33
Menção ao conselheiro Murilo Ferreira ................................................................................................................. 33
12.03.2014 – Reuters - CEO da Vale vê progressos em MP sobre tributação no exterior . 33
Menção ao conselheiro Murilo Ferreira ................................................................................................................. 33
12.03.2014 – Revista Exame - Planos econômicos são constitucionais, diz Trabuco ....... 34
Menção ao conselheiro Luiz Carlos Trabuco ........................................................................................................ 34
12.03.2014 – Reuters - Preocupação de empresários com custo da energia domina
encontro com Mantega ............................................................................................................ 34
Menção ao conselheiro Robson Andrade ............................................................................................................. 34
12.03.2014 – Agência Estado – Mantega promete dialogo sobre coligadas diz
empresário ................................................................................................................................ 36
Menção ao conselheiro Paulo Godoy .................................................................................................................... 36
12.03.2014 – G1 – Vale diz que empresários vão apoiar MP sobre tributação no exterior 37
Menção ao conselheiro Murilo Ferreira ................................................................................................................. 37
11.03.2014 – Valor Econômico - Os limites do Estado e dos mercados ............................. 39
Artigo do Ex-conselheiro Delfim Netto ................................................................................................................... 39
11.03.2014 – Correio Braziliense – Mercado de trabalho: taxa de rotatividade cresceu
de 52% a 64% em 10 anos ....................................................................................................... 40
Menção ao conselheiro Clemente Ganz Lúcio ...................................................................................................... 40
11.03.2014 - Agência Brasil – Governo, entidades e sociedade civil discutem
rotatividade ............................................................................................................................... 42
Menção ao conselheiro Clemente Ganz Lúcio ...................................................................................................... 42
11.03.2014 - Jornal do Comércio – Fiergs destaca necessidade de intensificar a busca
por inovação ............................................................................................................................. 43
Menção ao conselheiro Heitor José Müller ........................................................................................................... 43
11.03.2014 - – Diário da Manhã - Desenvolvimento econômico é influenciado pelo
agronegócio, avalia Tarso ....................................................................................................... 44
Menção ao conselheiro Márcio Lopes de Freitas .................................................................................................. 44
10.03.2014 – Isto É Dinheiro – Gerdau repete a fórmula. E dá certo ................................... 45
Menção ao conselheiro Jorge Gerdau .................................................................................................................. 45
10.03.2014 – Isto É Dinheiro – Os gigantes de hoje atraem os gigantes de amanhã ......... 49
http://www.cdes.gov.br/
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Menção ao conselheiro Luiz Carlos Trabuco Cappi .............................................................................................. 49
06.03.2014 – Le Monde Diplomatique - As novas condições do desenvolvimento ............ 51
Artigo do ex-conselheiro Luiz Gonzaga Belluzzo .................................................................................................. 51
02.03.2014 - Tribuna do Norte - Lideranças pedem política com prioridade ao seguro
rural ........................................................................................................................................... 55
Menção ao conselheiro Rui Carlos Ottoni Prado .................................................................................................. 55
01.03.2014 – Isto é Dinheiro – As metas ambiciosas da Petrobras ..................................... 56
Menção à conselheira Luiza Helena Trajano ........................................................................................................ 56
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31.03.2014 – Jornal do Brasil - Milagre para uns, crescimento da economia foi
retrocesso para maioria
Menção ao conselheiro Clemente Ganz Lúcio
O forte crescimento da economia do país no período conhecido como milagre econômico, ocorrido no
final dos anos 1960 e início dos 1970, durante a ditadura militar, ganhou destaque graças aos índices de
crescimento obtidos pelo Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, a riqueza gerada não foi distribuída
igualmente entre os setores da economia. Para aqueles que viviam de salário mínimo, por exemplo, o
período representou um retrocesso.
―Nos anos 60 e 70, houve uma retomada do investimento público em infraestrutura, apoio ao processo
de industrialização, combinado muitas vezes com restrições ao crescimento do salário, especialmente
do salário mínimo. Portanto, um contingenciamento do crescimento de base na economia, favorecendo
uma formação de preços sem pressão de custo de salário‖, destaca o diretor do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1960, 20% dos
brasileiros mais pobres detinham 3,9% do total da renda nacional. Vinte anos depois, em 1980, 20% da
população mais pobre concentravam apenas 2,8% da renda produzida no país.
―O período do milagre econômico é um período de forte concentração de renda, tanto é que nesse
período você tem a famosa frase que se atribui ao Delfim [Netto, ex-ministro da Fazenda] de que é
preciso crescer para depois distribuir. Mas nós só conseguimos desconcentrar a renda a partir de
meados do ano 2000‖, destaca Clemente.
Segundo o professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo
(USP) e presidente da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), Manuel Enriquez Garcia, as reformas
econômicas feitas nos primeiros anos da ditadura militar, nos anos de 1964 a 1968, foram os principais
fatores para a criação de um ambiente favorável ao chamado milagre econômico, nos anos de 1968 a
1973.
―Foi a única ocasião em que se realizaram reformas de peso, do ponto de vista econômico. Reformas
importantíssimas. Foi criado o Banco Central, a lei que gere todo o Banco Central e o Sistema
Financeiro Nacional. Foi criado todo o mercado de capitais, todo o sistema tributário‖, relata.
No entanto, em 1974, após o chamado milagre econômico, o salário mínimo tinha a metade do poder
de compra de 1960. Em contrapartida, nos anos do milagre (1968 a 1973), a taxa de crescimento
econômico ficou em torno de 10%, com picos de 14%. A indústria de transformação cresceu quase
25%. Entre 1965 e 1974, o salário mínimo manteve, no entanto, na média anual, apenas 69% do poder
aquisitivo de 1940.
―Na verdade, houve um aumento da receita do Estado, um aumento da receita do capital e uma queda
na receita do trabalho‖, destaca o diretor do Dieese.
http://www.cdes.gov.br/
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―Houve, muitas vezes, críticas de que teria havido uma concentração de renda por conta da política
salarial. Mas o fato é que os setores de bens duráveis - geladeiras, televisores - cresceram muito. E os
setores de bem de capital - máquinas e equipamentos - e de bens intermediários cresceram muito
também. Isso acabou criando um mercado interno muito forte, que ajudou muito o crescimento
econômico‖, ressalva o professor da USP.
O país ficava mais rico, mas boa parte da população não era beneficiada na mesma proporção. De
acordo com o professor, a política salarial do regime procurava não dar aumentos salariais acima dos
ganhos de produtividade. Apenas recompunha as taxas de inflação passadas. À classe trabalhadora, por
exemplo, restaram poucas oportunidades.
―Só alguns setores, em função da falta de mão de obra mais especializada, passaram a pagar salários
bem acima da taxa de inflação. Mas foi pela necessidade imperiosa do setor industrial em demandar
uma mão de obra mais qualificada.‖
Além da concentração de renda, o país passou a enfrentar problemas com o choque do petróleo, em
1973. ―Os problemas começaram a surgir, ligados à dívida pública do ponto de vista interno e do ponto
de vista externo‖, ressalta o professor da USP.
Terminado o ciclo do milagre, a economia do país ingressa nos anos 1980 e 1990 profundamente
debilitada para conduzir qualquer estratégia de investimento, o que agrava a capacidade de
crescimento.
―A debilidade de estado era sempre fragilizada pelas crises internacionais, todas elas fragilizavam a
nossa economia. As contas públicas eram prejudicadas pelo déficit que nós tínhamos em conta
corrente, pelo valor de nossa dívida externa‖, destaca Clemente.
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28.03.2014 - Tribuna da Bahia – Senai tem instituto de inovação e centro de logística
inaugurados em Salvador
Menção ao conselheiro Robson Andrade
Foram inaugurados, nessa quinta-feira (27/3), os Institutos SENAI de Inovação (ISI) em Automação e
em Conformação Mecânica e União de Materiais, além do Centro de Referência em Logística. Os
núcleos tecnológicos funcionam nos novos prédios (3 e 4) do Cimatec, em Piatã, que dobra de tamanho
e passa a ser o Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia. A inauguração reuniu representantes do
governo, da CNI, instituições parceiras, indústrias, SENAI nacional e regional e FIEB.
Com os novos centros tecnológicos, destaca-se a ampliação da oferta de serviços e do desenvolvimento
de pesquisa aplicada em novas competências como microeletrônica robótica integrada, inteligência
artificial, sistemas embarcados, simulações numéricas (feitas por computador), atividades de
conformação (soldagem, por exemplo), e tecnologias de logística.
―As necessidades da indústria foram nos empurrando na busca de soluções para os seus problemas e, a
cada dia, caminhávamos para novos avanços. É isso exatamente que estamos aqui realizando: inovação
http://www.cdes.gov.br/
6
como mecanismo permanente para melhorar o acesso e o desempenho dos produtos nos mercados‖,
resumiu o presidente da FIEB, José Mascarenhas, em trechos do seu discurso.
Membro da Comissão de Ciência Tecnologia e Comunicação (CCT) do Senado, o senador Walter
Pinheiro destacou a importância do Cimatec como polo de desenvolvimento para a indústria. ―O
Cimatec é hoje um dos três principais centros tecnológicos do país, é um exemplo para todo o Brasil e
um orgulho para a Bahia‖, afirmou.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, revelou que os dois ISI
inaugurados são o terceiro e quarto do SENAI no país. ―As novas unidades integram uma rede de 25
institutos de inovação e tecnologia do SENAI, que serão entregues até 2015 e têm como meta
impulsionar a competitividade da indústria brasileira‖, disse.
Para desenvolver esta rede, o SENAI conta com parcerias com instituições como o Instituto Frauhofer,
da Alemanha, além de apoios de agências de fomento como o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), que vai financiar R$ 1,5 bilhão para o projeto. Presente ao evento de
inauguração, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, citou o Cimatec como referência na área.
―O Cimatec se consolidou como uma aglomeração virtuosa de competências e articulação de serviços
para o setor industrial‖, disse.
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25.03.2014 – G1 – Confiança do industrial gaúcho melhora em março, diz Fiergs
Menção ao conselheiro Heitor José Müller
Índice registrou crescimento de 1,8 pontos e atingiu 51,9 pontos.
Fiergs diz que confiança é importante para manter crescimento do setor.
Após três meses de queda, o Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho voltou a subir no
mês de março. Conforme levantamento da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), o
crescimento foi de 1,8 pontos em relação ao mês anterior, atingindo 51,9 pontos.
O resultado, porém, ficou bem abaixo da média do mês, 58,2 pontos, calculada desde que a série
histórica foi iniciada, em 2010. ―A recuperação da confiança é importante para a manutenção do
crescimento, uma vez que seu nível pesa nas decisões de investimentos da atividade produtiva‖,
analisou o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
Para 43,3% dos empresários gaúchos consultados, a economia brasileira piorou. Apenas 4,7%
manifestaram opinião contrária. Os demais afirmaram que nada mudou nos últimos seis meses em
relação às dificuldades já existentes. A percepção para o Rio Grande do Sul não foi muito diferente:
39,1% (ruim) e 7,9% (boa).
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http://www.cdes.gov.br/
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25.03.2014 – Agência Estado - CNI defende tributação no destino de empresas
coligadas
Menção ao conselheiro Robson Andrade
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, defendeu nesta terçafeira, 25, que a tributação das empresas brasileiras coligadas no exterior seja feita no destino. Na
solenidade de lançamento da Agenda Legislativa da Indústria 2014, em Brasília, Andrade disse que a
decisão vai influenciar as decisões das empresas brasileiras de investir no exterior.
"Se o Brasil quiser incentivar a presença global de suas empresas, deve adotar a tributação no seu
destino", afirmou. "Essa é uma decisão estratégica que influenciará diretamente a decisão das empresas
de investir ou não no exterior", completou.
A discussão sobre a tributação das empresas consta da Medida Provisória nº 627, batizada de MP das
Coligadas, e é um dos pontos prioritários da Agenda Legislativa da CNI entregue aos presidentes da
Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A
comissão mista que discute a MP se reúne na tarde desta terça-feira 25, e pode votar o parecer do líder
do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A CNI apresentou aos congressistas uma agenda mínima de votação com 14 itens, cinco dos quais
considerados urgentes para a indústria: a extinção da multa adicional de 10% do FGTS; o Marco Civil
da Internet; a regulamentação da terceirização; e o Reintegra, o Regime Especial de Reintegração de
Valores Tributários para as Empresas Exportadoras.
Robson Andrade disse que o Congresso é o "único" que pode mudar o pessimismo do setor. "Só os
senhores é que podem dar essa contribuição", afirmou, ao observar que o poder "historicamente" nunca
deixou de apoiar a CNI.
O presidente da Câmara disse que a pauta apresentada vai ser rapidamente analisada pelos
parlamentares. O presidente do Senado afirmou que é preciso priorizar a agenda legislativa, mesmo
que 2014 seja um ano de eleições gerais. Ele defendeu que a agenda seja discutida pelos candidatos a
presidente.
Renan alegou que o Senado tem tentado fazer a sua parte, com a votação da proposta de emenda à
Constituição que altera a tributação do comércio eletrônico. E disse que aprovará até meados do ano
uma nova Lei de Licitações. "Até encerrarmos este primeiro semestre nós aprovaremos a atualização
da lei de licitações", afirmou.
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23.03.2014 – G1 - MEC vai criar bolsa para estudar competências emocionais dos
alunos
Menção à conselheira Viviane Senna
Governo quer saber impactos de características emocionais na sala de aula.
Detalhes das bolsas serão definidos em edital da Capes em até 90 dias.
http://www.cdes.gov.br/
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O Ministério da Educação em parceria com o Instituto Ayrton Senna vai criar bolsas de estudo de pósgraduação para cursos no Brasil e no exterior para formar pesquisadores e professores que estudem os
impactos das competências socioemocionais, como otimismo, responsabilidade, determinação e
curiosidade, no aprendizado dos alunos. O termo de cooperação foi assinado nesta segunda-feira (24)
em São Paulo.
Os detalhes das bolsas, como o número que será disponibilizado, os valores, tempo de permanência e
perfil de quem poderá ser beneficiado será definido em edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal do Ensino Superior (Capes) que será publicado em até 90 dias.
Os impactos das competências socioemocionais ou não cognitivas é tema de um fórum internacional
que ocorre nesta segunda e terça-feira (25), em São Paulo. A Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) que também promove o fórum se comprometeu a liderar o
debate que envolve 14 países.
saiba mais
Currículo oculto
A presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, define as competências socioemocionais
como um currículo oculto que precisa ser descoberto e explorado. "Toda tarefa exige esforço. Nós
temos um currículo oculto com um conjunto de habilidades como persistência, criatividade e
disciplina. Nós não temos consciência que temos, mas elas são determinantes nos resultados na escola.
O desafio é tornar esse currículo oculto consciente e desenvolvido deliberadamente para que a gente
possa usufruir de todos os benefícios que ele traz para a vida de um ser humano. O desafio de trazer
isso para a escola não é só do Brasil, e sim, de todos os países."
De acordo com o termo de cooperação assinado por Viviane Senna e o ministro da Educação, José
Henrique Paim, caberá à Capes a oferta e o gerenciamento das bolsas, e o instituto será responsável por
fornecer subsídios técnicos para definir, por exemplo, o número de bolsas oferecidas.
Para que o aluno aprenda matemática é preciso algo a mais. Uso o exemplo da perseverança, para fazer
algo bem feito é preciso tentar uma vez, duas vezes..."
Francisco Soares, presidente do Inep
O ministro da Educação, José Henrique Paim, afirmou que os estados e municípios que promoverem
iniciativas que valorizem as competências socioemocionais dos alunos poderão recorrer a
financiamentos do governo federal. "É um tema novo não é só no Brasil. Essa temática precisa ser
estimulada em vários aspectos, seja na pesquisa, para formar massa crítica, seja no aspecto que envolve
avaliação e implantação de políticas. Queremos também incentivar iniciativas que alguns estados têm,
aquilo que o ministério achar condizente, vamos financiar."
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),
Francisco Soares, disse que as competências socioemocionais precisam ser estudadas porque fica claro
que elas impactam o aprendizado dos alunos e vão além das condições socioeconômicas da família.
"Para que o aluno aprenda matemática é preciso algo a mais. Uso o exemplo da perseverança, para
fazer algo bem feito é preciso tentar uma vez, duas vezes... Na arte isto está muito claro, um pianista
treina muito. Há fatores não cognitivos para explicar."
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21.03.2014 - Estado de Minas – Prefeitura lança proposta que pode encarecer imóveis
em Belo Horizonte
Menção ao conselheiro Paulo Simão
Intenção é nivelar coeficiente de edificação à medida do terreno e cobrar pela área construída
excedente. Empresas preveem elevação de despesas.
A Prefeitura de Belo Horizonte lançou no sábado, durante reunião do Conselho Municipal de Política
Urbana (Compur), proposta que, se aprovada, vai modificar radicalmente a lógica de ocupação da
cidade e do mercado imobiliário. A ideia do Executivo é que o potencial de construção dos terrenos
deixe de pertencer aos lotes e passe a ser público, administrado pela prefeitura, que por sua vez, vai
vender o direito de construir. A área para construção de prédios, que hoje está incluída no preço do
terreno, seria comercializada à parte, a preços fixados pelo poder público. Assim, ao mesmo tempo que
a medida possibilita organizar a ocupação do espaço urbano, o Executivo também cria um novo
mecanismo de arrecadação para bancar futuros investimentos financiados por um novo e milionário
mercado.
A proposta em discussão precisa ser aprovada pelo Compur e pela Câmara Municipal. O potencial de
construção da cidade varia, em algumas regiões pode ser de 1,5, em outras próximo a 3, por exemplo.
A ideia é trazer todas as áreas da cidade para o coeficiente 1. Para construir além do mínimo
(equivalente à área do terreno), o interessado deverá comprar esses estoques do governo. Com a
medida, a área que pode ser construída em um lote cai drasticamente – pode ser reduzida em mais de
um terço. Representantes da construção civil acreditam que a medida vai encarecer os imóveis em Belo
Horizonte; já a prefeitura aposta que a proposta, se aprovada, vai provocar uma queda de preço dos
terrenos, compensando o crescimento no valor da construção.
Em regiões como a área central da cidade é possível a construção de 2,7 mil metros quadrados em uma
área de mil metros quadrados. Com a nova lei, o excedente aos mil metros quadrados teriam que ser
comprados da prefeitura. A proposta está prevista no Estatuto das Cidades, mas pegou de surpresa o
mercado. O principal receio é de que a mudança paralise e encareça o valor dos imóveis que já
sofreram forte alta.
Se por um lado o Executivo quer ter nas mãos o ordenamento da cidade, o que é positivo ―e faz
sentido‖, por outro, existem preocupações, observa o presidente da Câmara de Construção da
Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Teodomiro Diniz Camargos. Ele aponta que
cidades como São Paulo lançaram mão de medida parecida em corredores determinados, já a Prefeitura
de Belo Horizonte quer a medida para toda a cidade. ―O que é um enorme volume para ser
administrado‖, observa. O empresário lembra que a política de controle e venda dos estoques é um
projeto complexo, que deve ser público, transparente e com preços definidos. ―Projetos mais antigos
como a outorga onerosa (mecanismo que permite construir acima do máximo permitido mediante
contrapartidas ou pagamento) depois de quatro anos ainda não saíram do papel. Outra questão é a
gestão. O tempo não interessa tanto ao poder público, mas deve ser ágil, porque é fatal para a
economia."
Benefícios
http://www.cdes.gov.br/
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Leonardo Castro, secretário municipal adjunto de Planejamento Urbano, explica que a medida proposta
pela prefeitura é adotada em diversas cidades do mundo e vai estimular a construção em áreas
pulverizadas da cidade, inclusive em regiões onde há pouco interesse. Segundo ele, o preço do estoque
segue o do valor do terreno e pode ser reduzido se houver contrapartidas que beneficiem a cidade, ou
até no caso de imóveis com uso misto, residencial e comercial, assim como em construções de uso
social.
Segundo Castro, os terrenos vão se adequar ao seu novo uso, sofrendo redução de preços e, para evitar
que áreas na cidade fiquem subutilizadas, quando há carência de terrenos, ele diz que o poder público
tem como recurso elevar progressivamente o valor do IPTU e ainda usar de desapropriação por dívida
ativa. ―Acreditamos que o preço dos imóveis não será elevado, e os terrenos vão se adequar. Uma área
onde era possível construir 40 apartamentos tem um determinado preço, se esse potencial cai 50%, o
valor também deve cair‖, compara.
O secretário admite que parte do mercado sentiria os impactos da medida. ―Quem investiu em terrenos
para especulação imobiliária, dentro desse novo conceito pode não obter pela área o valor que
pretendia‖, admite. Bráulio Garcia, diretor da área imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção
Civil (Sinduscon), imagina que, se aprovada, a nova medida vai encarecer as construções
principalmente em áreas próximas à Avenida do Contorno. Segundo ele, o valor do terreno chega a
representar 50% do custo da construção.
Caminho de incertezas
O projeto do Executivo Municipal de Belo Horizonte deve esquentar as discussões que até maio
acontecem no Conselho Municipal de Política Urbana (Compur). A política de comercialização de
estoques para construção ordena a ocupação do espaço urbano e pode gerar contrapartidas para obras
públicas, mas por enquanto, em sua fase inicial, dá um apequena mostra das incertezas sobre a
operação do sistema de estoques, uma vez a lei aprovada.
―A proposta da prefeitura ainda precisa ser estudada, mas a princípio o que se propõe é reduzir o
potencial de construção não oneroso‖, explica Cláudia Leite, conselheira do Instituto dos Arquitetos do
Brasil (IAB-MG) e membro do Conselho de Política Urbana (Compur). Segundo ela, a proposta é
legítima e prevista pelo Estatuto das Cidades. O que ocorre é que hoje a prefeitura permite construções
sem custo e agora pode passar a cobrar. A especialista pondera, no entanto, que a arrecadação deve ser
regulada por fundo que financie obras públicas com amplo controle social. Ela aponta que propostas
com essa natureza são uma operação complexa e preocupam sob o ponto de vista da descontinuidade
das políticas públicas com trocas de governo. ―A grande pergunta é: a prefeitura terá capacidade de
gerenciar a medida?‖
Para o construtor Ricardo Catão, a medida vai mexer não apenas com o setor mas com a iniciativa
privada. ―Quem tem um terreno hoje com intenção de construir, depois da aprovação da lei perde essa
certeza. Tudo vai depender da quantidade de estoques construtivos disponibilizados no mercado. A
cada quatro anos a lei de construção está sendo alterada. A falta de previsibilidade é muito ruim‖,
critica.
Para o secretário municipal adjunto de Planejamento Urbano, Leonardo Castro, a prefeitura está
preparada para administrar o novo sistema, e sua previsão em lei pode ajudar a continuidade da política
por governos seguintes. (MC)
http://www.cdes.gov.br/
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Burocracia tem custo de 12%
Brasília – Incompetência, má gestão, leis confusas e contraditórias, atraso tecnológico: é longa a lista
de deficiências que atrasam e encarecem os empreendimentos imobiliários no Brasil. Todo o trâmite de
licenciamentos e aprovações, incluindo os gastos com documentação, representam, em média, 12% do
valor de um imóvel residencial, segundo estudo divulgado ontem pelo setor. Da compra do terreno à
entrega das unidades, o custo da burocracia chega a R$ 18 bilhões por ano. E quem paga essa conta é o
consumidor.
Entre os entraves elencados, quatro se destacam, na avaliação do presidente da Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (Cbic), Paulo Simão: a ―caótica‖ aprovação de projetos nas prefeituras; a falta
de padronização e critério nos cartórios; o imbróglio do licenciamento ambiental; e mudanças
aleatórias em planos diretores. ―Da forma como são hoje, esses processos são um desastre. A sociedade
paga por algo que simplesmente não serve para nada, estão enxugando gelo‖, comentou.
No curto prazo, apesar de números e constatações fortes do estudo, os representantes do setor sabem
que pouco podem fazer para mudar esse quadro. No máximo, conquistarão discursos de apoio, como o
protagonizado também ontem pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, durante a apresentação
dos dados. ―Estamos fazendo a nossa parte‖, disse ela. Desde o ano passado, executivos da construção
civil têm batido à porta de autoridades para convencê-los da necessidade de reduzir a burocracia, que,
segundo definiu o presidente da Cbic, é um ―convite à corrupção‖.
Acabando com a ineficiência — ou pelo menos minimizando-a —, o prazo de entrega de imóveis
poderia ser reduzido em até dois anos, de acordo com o estudo, coordenado pela consultoria americana
Booz & Company. Não são raros os exemplos de apartamentos e casas prontos e ociosos à espera de
visitas e assinaturas de funcionários de concessionárias de água e luz, por exemplo. Nem mesmo o que
se espera como básico, como o registro eletrônico de empreendimentos, se concretizou no país. ―Ainda
que não consigamos mudar a lei, podemos simplificar o processo‖, ponderou o presidente da
Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Rubens Menin. (Por Diego Amorim)
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20.03.2014 – Agência Estado - Burocracia eleva em 12% preço dos imóveis
Menção ao conselheiro Paulo Simão
O comprador de um imóvel paga até 12% a mais por gastos com papelada excessiva e atrasos na
construção e entrega dos empreendimentos no País. Por ano, a burocracia custa R$ 18 bilhões, segundo
estudo da consultoria internacional Booz Co., divulgado na quarta-feira, 19, pelo setor da construção
civil. O levantamento, feito a pedido da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), da
Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e do Movimento Brasil Competitivo
(MBC), identificou 18 grandes entraves na construção de imóveis em todo o País.
Os principais problemas encontrados pelo estudo "O custo da burocracia no imóvel" são atraso na
aprovação dos projetos pelas prefeituras, falta de padronização de procedimentos nos cartórios e "falta
de clareza" nas avaliações das licenças ambientais. Além disso, segundo o setor, é comum que
mudanças na legislação, como alterações nos planos diretores e de zoneamento municipais, atinjam
obras em andamento.
http://www.cdes.gov.br/
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De acordo com o estudo, dos cinco anos que um imóvel financiado com recursos do FGTS leva para
sair da planta à entrega das chaves, dois anos são consumidos apenas pelos processos burocráticos.
"Ainda vivemos um ambiente muito hostil ao empreendedorismo, que afeta não só as empresas do
setor. Essa conta exagerada da burocracia é paga totalmente pelo consumidor", afirmou Paulo Simão,
presidente da CBIC.
O documento envolveu todas as categorias de imóveis: dos direcionados à baixa renda no programa
Minha Casa, Minha Vida aos empreendimentos de multiuso de grande porte, tanto residenciais como
comerciais. Foram estudados 50 empreendimentos de empresas de tamanhos diferentes.
Os gargalos mais críticos são comuns no início dos projetos. O maior impacto da burocracia está na
prospecção e compra do terreno e na definição do projeto, licenciamento e aprovação.
As prefeituras e os cartórios foram eleitos os principais antros da burocracia. Segundo o estudo, as
administrações municipais não possuem funcionários preparados e em quantidade suficiente para a
tramitação dos projetos e exigem aval de diversos órgãos dispersos para levantar um imóvel. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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20.03.2014 – Exame - Burocracia eleva em 12% preço dos imóveis
Menção ao conselheiro Paulo Simão
Por ano, a burocracia custa R$ 18 bilhões, segundo estudo.
Imóveis: os principais problemas encontrados pelo estudo são atraso na aprovação dos projetos pelas
prefeituras e falta de padronização de procedimentos nos cartórios.
Brasília - O comprador de um imóvel paga até 12% a mais por gastos com papelada excessiva e atrasos
na construção e entrega dos empreendimentos no País. Por ano, a burocracia custa R$ 18 bilhões,
segundo estudo da consultoria internacional Booz Co., divulgado na quarta-feira, 19, pelo setor da
construção civil.
O levantamento, feito a pedido da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), da
Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e do Movimento Brasil Competitivo
(MBC), identificou 18 grandes entraves na construção de imóveis em todo o País.
Os principais problemas encontrados pelo estudo "O custo da burocracia no imóvel" são atraso na
aprovação dos projetos pelas prefeituras, falta de padronização de procedimentos nos cartórios e "falta
de clareza" nas avaliações das licenças ambientais.
Além disso, segundo o setor, é comum que mudanças na legislação, como alterações nos planos
diretores e de zoneamento municipais, atinjam obras em andamento.
De acordo com o estudo, dos cinco anos que um imóvel financiado com recursos do FGTS leva para
sair da planta à entrega das chaves, dois anos são consumidos apenas pelos processos burocráticos.
http://www.cdes.gov.br/
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"Ainda vivemos um ambiente muito hostil ao empreendedorismo, que afeta não só as empresas do
setor. Essa conta exagerada da burocracia é paga totalmente pelo consumidor", afirmou Paulo Simão,
presidente da CBIC.
O documento envolveu todas as categorias de imóveis: dos direcionados à baixa renda no programa
Minha Casa, Minha Vida aos empreendimentos de multiuso de grande porte, tanto residenciais como
comerciais. Foram estudados 50 empreendimentos de empresas de tamanhos diferentes.
Os gargalos mais críticos são comuns no início dos projetos. O maior impacto da burocracia está na
prospecção e compra do terreno e na definição do projeto, licenciamento e aprovação.
As prefeituras e os cartórios foram eleitos os principais antros da burocracia. Segundo o estudo, as
administrações municipais não possuem funcionários preparados e em quantidade suficiente para a
tramitação dos projetos e exigem aval de diversos órgãos dispersos para levantar um imóvel. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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20.03.2014 - Zero Hora - Burocracia aumenta em 12% preço dos imóveis no Brasil
Menção ao conselheiro Paulo Simão
Estudo divulgado nesta quarta identificou 18 grandes problemas, que consomem R$ 18 bilhões por ano
Atraso na aprovação dos projetos pelas prefeituras é um dos principais problemas encontrados pelo
estudo.
O comprador de um imóvel paga até 12% a mais por gastos com papelada excessiva e atrasos na
construção e entrega dos empreendimentos no País. Por ano, a burocracia custa R$ 18 bilhões, segundo
estudo da consultoria internacional Booz Co., divulgado na quarta-feira pelo setor da construção civil.
O levantamento, feito a pedido da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), da
Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e do Movimento Brasil Competitivo
(MBC), identificou 18 grandes entraves na construção de imóveis em todo o País.
Os principais problemas encontrados pelo estudo O custo da burocracia no imóvel são atraso na
aprovação dos projetos pelas prefeituras, falta de padronização de procedimentos nos cartórios e "falta
de clareza" nas avaliações das licenças ambientais. Além disso, segundo o setor, é comum que
mudanças na legislação, como alterações nos planos diretores e de zoneamento municipais, atinjam
obras em andamento.
De acordo com o estudo, dos cinco anos que um imóvel financiado com recursos do FGTS leva para
sair da planta à entrega das chaves, dois anos são consumidos apenas pelos processos burocráticos.
– Ainda vivemos um ambiente muito hostil ao empreendedorismo, que afeta não só as empresas do
setor. Essa conta exagerada da burocracia é paga totalmente pelo consumidor – afirma Paulo Simão,
presidente da CBIC.
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O documento envolveu todas as categorias de imóveis: dos direcionados à baixa renda no programa
Minha Casa, Minha Vida aos empreendimentos de multiuso de grande porte, tanto residenciais como
comerciais. Foram estudados 50 empreendimentos de empresas de tamanhos diferentes.
Os gargalos mais críticos são comuns no início dos projetos. O maior impacto da burocracia está na
prospecção e compra do terreno e na definição do projeto, licenciamento e aprovação.
As prefeituras e os cartórios foram eleitos os principais antros da burocracia. Segundo o estudo, as
administrações municipais não possuem funcionários preparados e em quantidade suficiente para a
tramitação dos projetos e exigem aval de diversos órgãos dispersos para levantar um imóvel.
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19.03.2014 – R7 – Disputas eleitorais atrapalham o crescimento do país, diz presidente
da Vale
Menção à conselheira Luiza Helena Trajano e Murilo Ferreira
Para Murilo Ferreira, brasileiro não aceita mais ser ―vira-lata‖
Os empresários brasileiros esperam que o País tenha maior crescimento e querem, além da reforma
tributária, investimentos em educação, qualificação de mão de obra e controle da inflação. As
declarações foram feitas nesta quarta-feira (19) durante o Fórum Brasil: Diálogos Para o Futuro, evento
organizado pela revista Carta Capital que reúne políticos e empresários brasileiros.
―Temos um viés de crescimento e vamos em frente. A mineração é um setor importante para o País,
pois tem geração de emprego e aumento nos investimentos estruturais no Brasil. Não aceitamos mais
ser vira-lata, estamos investindo e vamos crescer‖, disse Murilo Ferreira, presidente da Vale.
Segundo a presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, há uma década o varejo brasileiro
não tinha grande representatividade. ―[Mas] os empresários se uniram e conseguiram crescer 8% no
último ano‖.
— Estamos interessados no crescimento do Brasil. Mas gastamos 2% do investimento da empresa
apenas para controlar os tributos. São 32 mudanças de impostos por dia. Cada Estado tem uma política
de ICMS [imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços]. Só vai mudar isso quando
a gente se unir.
Próxima crise mundial será na China, diz nobel
Para o presidente do Grupo CAOA, Antonio Maciel Neto, o Brasil precisa se focar em três itens para
voltar a crescer: controlar inflação, aumentar investimento e produtividade.
— A atual inflação é preocupante, ter entre 5% e 6% ao ano ainda é muito alto. É preciso ter uma
racionalização da tributação. No futuro, o País precisa ter inflação de 2%. O investimento é baixo e,
para resolver a infraestrutura, é preciso ter regras estáveis e sérias. Além disso, temos uma pesada
tributação sobre o investimento. Em relação à produtividade, o Brasil teve um ganho, mas parou. O
País precisa de investimento de gente, educação, inovação, ciência e tecnologia.
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Eleições
Os empresários disseram ainda que a discussão eleitoral é um entrave para o crescimento. Segundo
eles, a reforma tributária não vai sair do papel porque os políticos se preocupam apenas com a disputa
na eleição.
―Cada grupo econômico está ligado a um partido, fala uma coisa e está tudo contaminado‖, disse o
presidente da Vale.
— Antecipamos a discussão a cada ano. Esse processo indisciplinado foi levado para fora do País.
Luiza Trajano afirma ainda que é convidada ―para muita coisa, mas não tem partido. Meu partido é o
Brasil‖. Ela disse que o objetivo é ajudar o País.
Já de acordo com Maciel Neto, o brasileiro está animado, quer fazer para frente, mas ―falta perspectiva
de futuro, que deve ser focada violentamente na educação‖.
Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, essa é a área que o "Brasil está devendo muito".
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19.03.2014 - Rede Brasil Atual - Reforma tributária e investimento em educação são
essenciais para consolidar crescimento
Menção à conselheira Luiza Helena Trajano
Em fórum promovido pela revista CartaCapital, consenso é de que sistema de impostos, de 1967,
emperra consolidação de avanços da economia. Dona de rede varejista critica comunicação do governo
São Paulo – A necessidade das reformas tributária e política, além de investimentos pesados a longo
prazo em educação, são fundamentais para o Brasil conseguir consolidar um crescimento econômico
menos influenciável pelos humores e crises episódicas da economia internacional. A constatação foi
consensual hoje (19) entre os debatedores do segundo dia do fórum ―Diálogos Capitais: Fórum Brasil –
Diálogos para o Futuro‖, promovido pela revista CartaCapital.
Apesar de os índices mostrarem que o país vive uma situação ―praticamente de pleno emprego‖ (4,8%
em janeiro, segundo o IBGE), segundo os debatedores, há problemas estruturais e institucionais que
alimentam o pessimismo. A inflação decorrente da indexação é um deles, e sua superação depende de
fatores diferentes, entre os quais a reforma do sistema tributário.
―Nosso sistema tributa o investimento e o desestimula‖, disse o economista Luiz Gonzaga Belluzzo.
―A última reforma foi feita em 1967. Mas é difícil fazer uma reforma porque tem a questão federativa,
de estados e municípios.‖ O ICMS é o maior entrave do sistema brasileiro, já que cada estado tem uma
legislação, o que provoca uma guerra de alíquotas, a chamada ―guerra fiscal‖. Para ele, o sistema
brasileiro é ―um Frankenstein‖.
Entre os problemas institucionais citados por Belluzzo está também a atuação do Ministério Público e
de parte da imprensa. ―A Receita Federal não pode legislar e o Ministério Público não pode tomar
certas medidas que toma.‖ Segundo o economista, ―o Brasil está carregado de sintomas de
http://www.cdes.gov.br/
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incivilidade‖ manifestados principalmente em veículos jornalísticos, por meio de um pacto: ―Você dá o
escândalo e eu dou a notícia. A responsabilidade cívica da imprensa brasileira é nenhuma. Conheço
pessoas honestas cuja reputação foi manchada, e, depois que são envolvidas, não saem mais‖, afirmou.
Partidarização
Para Belluzzo, o país precisa superar a partidarização das discussões sobre políticas econômicas para
desenvolver planos e estratégias de longo prazo. ―A questão econômica foi partidarizada.‖ De acordo
com o presidente da Vale, Murilo Ferreira, o calendário eleitoral, com eleições a cada dois anos, agrava
a ―partidarização‖ das discussões sobre políticas públicas e tributárias do governo, independentemente
do partido no poder, e contribui para criar um clima de incertezas e desconfianças. ―Dois meses depois
da eleição de 2012 já estávamos em clima eleitoral, de disputa, de eleição antecipada.‖
Mas, para Ferreira, não há razão para o pessimismo exagerado que tem sido disseminado por setores
do mercado e da imprensa. ―Estão querendo nos impor de novo o complexo de vira-lata. Nós
acreditamos no Brasil, acreditamos nos Brics [grupo econômico-político formado por Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul]. O Brasil está em viés de crescimento‖, constata o presidente da Vale.
A empresária Luiza Trajano, presidenta do Magazine Luiza, está otimista, pelo menos em relação ao
setor varejista. ―Tivemos um janeiro espetacular e um fevereiro muito bom", afirmou. Para ela, as
políticas sociais e moradias populares, como do programa Minha Casa Minha Vida, são motivo para
boas expectativas, já que novos imóveis significam a venda de móveis e eletrodomésticos, segmento de
sua loja.
Educação
Os debatedores consideram que a educação é uma área que precisa de atenção. Apesar do pessimismo
de setores da economia e da mídia, Luiza Trajano diz que que a população está interessada em aspectos
econômicos que afetam sua vida diretamente. ―As pessoas querem saber da renda, do emprego e da
educação para seus filhos.‖
―Temos que ver a educação como meio de criar cidadãos‖, acrescentou Belluzzo.
Para Antonio Maciel, da Hyundai, se não é possível fazer pactos nacionais, entre partidos e líderes, em
torno de áreas que envolvem interesses políticos e econômicos, a educação poderia ser o tema de um
pacto. ―Pacto em tudo não dá, mas poderia ser feito em educação. Falta uma perspectiva de futuro
focada principalmente na educação‖.
Tanto para Belluzzo como para Luiza Trajano está havendo um problema de comunicação grave no
governo. O economista criticou a política relativa aos combustíveis do governo federal e disse que falta
clareza sobre o assunto. ―A contenção no reajuste do combustível causou mal estar e influiu no
pessimismo [dos agentes econômicos]. Existe a necessidade de comunicar claramente.‖
Para a presidenta do Magazine Luiza, o país parece mergulhado num estado de depressão e o governo
não esclarece os números. ―Todo mundo fala mal do Brasil. A comunicação está muito ruim. Precisa
falar para a presidenta‖, avalia. ―Fala-se que o Brasil vai gastar R$ 7 bilhões na Rio 2016, mas
ninguém diz que é tudo patrocínio de empresas.‖
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a presidenta da Petrobras, Graça Foster, esperados no
evento, não compareceram.
http://www.cdes.gov.br/
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19.03.2014 – Reuters - Magazine Luiza vê bom começo de ano em vendas
Menção à conselheira Luiza Helena Trajano
Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza: "Janeiro foi espetacular (em vendas); fevereiro, porque não
teve carnaval, foi como nunca tivemos; e estamos tendo um março muito bom"
São Paulo - A presidente do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, afirmou nesta quarta-feira que a
varejista de móveis e eletrodomésticos teve um bom começo de ano, observando que, no cenário
macroeconômico, o nível de inadimplência não preocupa.
"Janeiro foi espetacular (em vendas); fevereiro, porque não teve carnaval, foi como nunca tivemos; e
estamos tendo um março muito bom", disse Luiza em encontro com empresários realizado em São
Paulo. A empresária não deu detalhes.
Ela acrescentou não acreditar em uma bolha de consumo, enxergando uma demanda firme diante da
perspectiva de entrega de moradias através do programa do governo Minha Casa, Minha Vida, de
habitação popular.
Na avaliação de Luiza, a inadimplência dos consumidores está em nível "muito baixo", após uma fase
de aumento gerada pelas condições facilitadas na venda de carros no país.
"Lá atrás, o automóvel gerou uma inadimplência quando foi vendido em 60 meses sem entrada. Mas
porque fomos (indústria automotiva) sem juízo, querer vender desta forma é querer ter prejuízo",
afirmou.
Em 2013, o Magazine Luiza registrou receita líquida de 8,1 bilhões de reais, alta de 14,5 por cento
sobre o resultado do ano anterior, com um crescimento de 10,5 por cento nas vendas nas mesmas lojas
físicas, base que contempla os pontos abertos há pelo menos um ano.
No fim de fevereiro, o diretor superintendente do Magazine Luiza, Marcelo Silva, afirmou que a
companhia prevê vendas acima da média do mercado no primeiro semestre, acrescentando que, para o
ano, a expectativa é de um crescimento de dois dígitos baixos nas lojas físicas.
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18.03.2014 - Agência Estado - Para CBIC, ambiente é hostil para a iniciativa privada
Menção ao conselheiro Paulo Simão
O setor privado está vivendo um ambiente desfavorável para os investimentos, de acordo com o
presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Simão. "O ambiente está
hostil para os empresários", afirmou, citando excesso de burocracia, inflação alta, intervencionismo do
governo e leis trabalhistas consideradas arcaicas.
http://www.cdes.gov.br/
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A crítica de Simão ao ambiente de negócios ocorreu durante a cerimônia de abertura da Feicon
Batimat, feira de materiais de construção. O evento também conta com participação do ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Mauro Borges.
Simão deu o exemplo de um estudo encomendado pela entidade apontando que a burocracia responde
por 12% a 31% dos custos de uma obra. "Quem paga por isso é o consumidor, que também tem que
esperar mais para receber o empreendimento".
O presidente da CBIC fez reclamações sobre as leis trabalhistas, consideradas obsoletas na sua opinião,
e citou ainda que a nova lei anticorrupção representa uma ameaça indevida a empresários.
Por fim, Simão fez duras críticas a economistas e representantes de setores que apontam para a
existência de uma bolha imobiliária no País. "Ou são pessoas ignorantes ou agem de má fé", frisou.
Segundo ele, uma bolha só ocorreria se houver descontrole nas concessões de crédito para compra e
construção de imóveis, o que não ocorre, segundo ele. "Mais recursos para o setor imobiliário
significam menos recursos para outros setores. Isso pode estar causando ciúmes", afirmou.
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18.03.2014 - Agência Estado - Crédito deve manter expansão acima do PIB
Menção ao conselheiro Murilo Portugal
As operações de concessão de crédito em 2014 deverão, mais uma vez, apresentar índices de expansão
mais "rápidos" que o Produto Interno Bruto (PIB), disse, nesta terça-feira, 18, o presidente da
Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal.
O executivo, que presidiu a cerimônia da 5ª edição do Prêmio de Economia Bancária, se ateve aos
dados da pesquisa de mercado divulgada recentemente pela Febraban, segundo a qual o crédito neste
ano deverá registrar crescimento nominal de 13% a 14%. "Considerando que o PIB possa crescer 2,5%
neste ano e que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche
em 5,5%, teremos mais um ano de expansão do crédito", disse o presidente da Febraban.
Não incomoda a Portugal a previsão de que o crescimento do crédito em 2014 se dará em uma
velocidade menor que a do ano passado. "O crescimento do crédito vem sendo menor nos últimos
anos, mas sempre acima do PIB", disse. "É natural que desacelere. Quando temos um volume de
crédito muito pequeno, as taxas de crescimento são maiores. Quando já há um volume grande de
crédito, as taxas de crescimento são menores", ponderou o presidente da Febraban.
A composição do crédito em 2014, de acordo com Portugal, se mostrará com o crédito direcionado
crescendo acima do crédito livre.
Setor elétrico
O presidente da Febraban evitou comentar a discussão envolvendo o processo de financiamento do
setor elétrico pelos bancos. Ele alegou que esta é uma questão comercial que diz respeito a cada banco.
O executivo deu essa resposta ao ser indagado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da
Agência Estado, se a Febraban teria uma posição dos bancos sobre a afirmação do governo de que irá
autorizar a contratação de um financiamento privado de R$ 8 bilhões pela Câmara de Comercialização
http://www.cdes.gov.br/
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de Energia Elétrica (CCEE) para que as distribuidoras paguem as dívidas com as geradoras, além dos
R$ 4 bilhões que o governo já injetou no setor. "Não posso comentar nada, porque essa é uma questão
comercial para os bancos."
Recentemente, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse que o governo avalia o
processo de financiamento do setor elétrico contando com capital das instituições privadas.
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18.03.2014 - Jornal do Comércio – Estado é o terceiro em geração de postos formais
em fevereiro
Menção ao conselheiro José Heitor Müller
Ministro anunciou, na Capital, melhorias na pasta e relançamento do Mais Emprego Ministro
anunciou, na Capital, melhorias na pasta e relançamento do Mais Emprego
Patrícia Comunello
O Estado ficou em terceiro lugar na geração de empregos formais em fevereiro no Brasil. O saldo entre
admissões e demissões ficou positivo em 26,5 mil vagas entre 260,8 mil no País, segundo o ministro
do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que abriu ontem, em Porto Alegre, um encontro sobre acidentes
e segurança no trabalho, na sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). Dias visitou no fim da
manhã as obras de ampliação da Celulose Riograndense em Guaíba, avaliadas em R$ 5 bilhões, maior
investimento da história recente do Estado. O empreendimento virou exemplo de contratação de mão
de obra regional formada em programas de qualificação profissional bancados pelo governo federal.
Mais de 4 mil trabalhadores atuam na construção e instalações. O novo complexo, que quadruplicará a
capacidade de processamento de celulose, será inaugurado em 3 de maio de 2015.
Os dados completos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de fevereiro foram
divulgados em Florianópolis, em Santa Catarina. Dias noticiou o balanço em seu estado natal, Santa
Catarina, que também foi destaque no mês passado, com novos 27.891 empregos, perdendo apenas
para São Paulo, com 77.928 novas vagas. ―O emprego vai bombar o ano todo. Vamos chegar a um
saldo de 1,5 milhão de vagas formais‖, declarou.
Em números absolutos, os destaques na geração de vagas no País foram o setor de serviços, com
geração de 143.345 postos; indústria de transformação, com 51.951 vagas em fevereiro e construção
civil, com saldo positivo de 25.055 vagas. O ministro destacou que os desafios, neste ano, estão na
qualificação profissional e acesso a tecnologias. A meta é abrir 500 mil vagas no Pronatec Trabalhador,
250 mil no ProJovem e outras 100 mil no segmento de Menor Aprendiz. Segundo Dias, a fase atual é
de apuração da demanda pelas comissões estaduais de emprego.
Na intermediação de oferta de emprego, o governo vai relançar, no fim do mês, o portal Mais
Emprego, com ajustes na ferramenta para permitir maior autonomia e agilidade na busca de trabalho
pelas pessoas. ―O trabalhador fará sua busca, inserindo seus dados, procurando pelo nome da empresa,
setor e faixa de salário‖, prometeu Dias. O novo portal, que chegou a ser lançado em 2011 pelo então
ministro do Trabalho Carlos Lupi está dentro de pacote de ações para modernizar a estrutura de
atendimento da pasta.
http://www.cdes.gov.br/
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―A presidente Dilma determinou as mudanças, garantiu recursos, e teremos apoio do Banco do Brasil e
da Caixa Econômica Federal. Será um novo ministério‖, definiu o titular. As mudanças devem
consumir R$ 360 milhões mas não ficarão prontas neste ano, devido ao tempo de implementação.
Também serão feitas reformas de agências de atendimento e construção de sedes. O Estado será
contemplado pelo pacote.
Industriais apontam a intempestividade das autuações trabalhistas
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que é preciso cuidar da saúde e segurança dos
trabalhadores. Uma das razões é o impacto nas despesas no Ministério da Saúde e na Previdência
Social. Em 2013, o ministro disse que ocorreram 700 mil casos. Foram feitas 135.546 inspeções em
empresas no Brasil. Dias participou ontem do Encontro Estadual de Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), na Fiergs, em Porto Alegre. O
elevado número envolve, segundo o ministro, desde aspectos culturais até a falta de comissões de
segurança nas fábricas. O governo fará uma campanha publicitária abordando saúde, segurança e
trabalho, que estreará na Copa do Mundo.
O presidente da Fiergs, Heitor José Müller, e dirigentes da entidade tiveram um rápido encontro, a
portas fechadas, com o ministro. Na pauta, as corriqueiras interdições e paralisações de obras na
construção civil devido a inconformidades a normas técnicas de segurança que geram medidas de
fiscais e auditores.
A construção lidera em embargos e interdições no País, com 3.427 casos em 2013, seguido por 630 no
comércio. Müller apontou a ―intempestividade das autuações‖ como problema principal e defendeu
mais diálogo para ajustar as condutas e atender às regras. ―O fiscal não vai primeiro na obra para
orientar e cobrar depois. Em vez disso, já autua e interdita máquinas‖, exemplificou o dirigente
industrial. O titular da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Flávio Zacher, garantiu que
buscará mais equilíbrio na atuação do órgão. ―Sem abrir mão da lei. Mas quanto mais diálogo, mais
fácil será o entendimento.‖
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17.03.2014 – Revista Exame – Novos ministros garantem dar continuidade a projetos
Menção ao conselheiro Clélio Campolina Diniz
Para novo ministro das Cidades, prioridade será atender às questões de mobilidade urbana, do
saneamento, da infraestrutura e do Minha Casa Minha Vida.
Dilma dá posse a ministros: a presidente também empossou hoje os novos chefes do Desenvolvimento
Agrário, da Pesca e Aquicultura, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Brasília - Os novos ministros de Ciência, Tecnologia e Inovação, Turismo e Cidades que assumiram
suas pastas hoje (17) garantiram que irão trabalhar para manter e melhorar os projetos já tocados pelos
ministérios.
O novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação disse que o principal desafio do Brasil é melhorar
a posição do país no setor. ―Pretendo elaborar projetos consistentes para a educação, ciência e
http://www.cdes.gov.br/
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tecnologia para que o país aproveite as mudanças que estão acontecendo no cenário mundial e melhore
sua posição de inserção na ordem global‖, disse Clelio Campolina Diniz.
Ele garantiu que vai analisar rapidamente todos os projetos do setor. ―Eu sou um pesquisador, eu varo
madrugadas, rapidamente tomarei conhecimento de tudo, essa é a minha tarefa, minha missão de vida.‖
Na avaliação da presidente Dilma Rousseff, o novo ministro saiu de um bem sucedido mandato como
reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que se destaca pela internacionalização e
pela sua pós-graduação, cujos cursos estão entre os mais bem conceituados do país.
Para o novo ministro das Cidades, Gilberto Occhi, a prioridade será dar continuidade ao trabalho da
pasta e atender às determinações da política pública do governo federal, como nas questões de
mobilidade urbana, do saneamento, da infraestrutura e, principalmente, o Programa Minha Casa,
Minha Vida. ―Vamos trabalhar com todos os segmentos, através do Minha Casa, Minha Vida, desde o
rural, entidades, movimentos sociais e também as operações de mercado. Nosso objetivo é entregar até
o final do ano todas as metas que foram colocadas pelo governo federal.‖
Occhi era vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal e substitui o ministro Aguinaldo
Ribeiro. Segundo a presidente Dilma Rousseff, o ministro acompanhou, como dirigente da Caixa, o
desenho e a implementação de todas as políticas que agora terá atribuição de conduzir.
O ministro do Turismo, Vinicius Nobre Lages, garantiu que assume o cargo com tranqulidade,
independentemente do contexto de tensão da reforma ministerial. ―Minha disposição é trabalhar e
dialogar para mostrar que uma indicação técnica pode ter também capacidade política para construir as
alianças e para terminarmos esse governo bem, cumprindo as metas e acolhendo aqueles que virão
visitar o país durante a Copa. Enfim, é trabalho, trabalho, trabalho, não tenho tempo para pensar em
outra coisa‖, disse.
Em seu discurso, a presidente Dilma destacou que Lages traz para o Ministério do Turismo toda sua
experiência com os organismos internacionais da área, com destaque para sua atuação com a
Organização Mundial do Turismo e sua presença como diretor de turismo e relações internacionais do
Sebrae.
A presidente Dilma Rousseff também empossou hoje os novos chefes das pastas do Desenvolvimento
Agrário, da Pesca e Aquicultura, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Cinco dos seis ministros que deixam hoje o cargo saem para se candidatar às eleições de outubro. Há
pouco mais de um mês, Dilma já havia feito a troca de comando nos ministérios da Educação, da
Saúde, da Secretaria de Comunicação, e da Casa Civil.
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14.03.2014 – Folha de S.Paulo – Executivos da indústria automotiva fazem previsões
dos próximos 20 anos
Menção ao conselheiro Cledorvino Belini
http://www.cdes.gov.br/
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Uma comparação entre o mercado brasileiro de automóveis de 1994 com o de 2014 mostra um grande
avanço. Não apenas no montante de carros vendidos, mas também em tecnologia, segurança e nível de
emissões. O que devemos, então, esperar dos próximos 20 anos?
Não haverá uma grande revolução, segundo Sérgio Habib, presidente da JAC Motors e de um dos
maiores grupos de concessionárias do Brasil.
Isso porque, em duas décadas, uma montadora consegue idealizar e lançar, no máximo, duas ou três
gerações de um mesmo carro, o que limita mudanças profundas.
"Como a idade média da frota brasileira é de 11 anos, podemos imaginar que, em 2034, o carro que
estamos planejando fabricar hoje ainda estará circulando pelas ruas", afirma Habib.
EFICIÊNCIA EM PAUTA
Se, ao menos conceitualmente, os carros que vemos hoje não deverão sofrer grandes transformações
nos próximos 20 anos, uma questão deverá variar bastante: a da eficiência energética.
Nesse aspecto, Cledorvino Belini, presidente da Fiat, acredita que o Inovar-Auto (programa de
estimulo à produção nacional) terá papel fundamental.
"O programa vai muito além do incentivo à produção local. Ele estimula ainda o desenvolvimento
tecnológico dos novos veículos, com ganhos em inovação, segurança e proteção ao ambiente."
A questão da eficiência energética é o ponto alto do atual regime automotivo brasileiro, que vai até
2017.
Linha de produção do VW Golf em Wolfsburg é semelhante a que será montada em São José dos
Pinhais (PR)
CONECTADOS
Se por fora os carros não deverão mudar muito, por dentro a história é bem diferente. A conectividade
dará o tom, sendo que sistemas de entretenimento e informação deverão estar cada vez mais ligados a
smartphones e também a internet.
"A tendência é aproximar a relação entre o carro e seu condutor", afirma Dirlei Dias, gerente de vendas
e marketing da Mercedes.
Para Habib, os carros deverão acompanhar o que existe de mais atual em tecnologia. "Os sistemas a
bordo irão evoluir de acordo com o desenvolvimento da informática, permitindo grandes avanços,
principalmente, em conectividade", diz.
A tecnologia da informação também deverá promover a segurança nos carros. Dias aponta que haverá
cada vez mais sistemas de auxílio à condução, "para auxiliar o condutor e minimizar erros".
Já Belini vai além: "O avanço da tecnologia da informação vai conectar o veículo ao condutor, os
veículos entre si e os veículos à infraestrutura de circulação, com amplo acesso a informações sobre
condições de tráfego e circulação. O ato de dirigir será auxiliado pela tecnologia e planejado para ser
mais eficiente e rápido", afirma. Será a vez do carro autônomo, que dispensa o motorista.
http://www.cdes.gov.br/
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No Japão, a tecnologia será aplicada pela primeira vez na cidade de Tóquio, durante a Olimpíada de
2020.
As fabricantes habilitadas assumem o compromisso de atingir novos patamares de eficiência e redução
de consumo de combustíveis. A meta é melhorar em até 18% a eficiência energética.
Essa busca também passa pela diversificação da matriz energética. "A melhor alternativa é aquela
disponível ao menor custo econômico, social e ambiental. E isso varia de região para região. O motor a
combustão ainda será utilizado por muitos anos, mas poderá ser abastecido por diferentes combustíveis
e conviverá com elétricos e híbridos", acredita Belini.
Opinião compartilhada por William Lee, presidente da Hyundai do Brasil. "Mas as inovações ainda
dependem de questões relacionadas ao mercado, como escala de produção", complementa.
Outro ponto do qual novos meios de propulsão dependem é de incentivos tributários -o governo estuda
criar um pacote para os elétricos, considerados "verdes", mas que hoje pagam 25% de IPI (Imposto
sobre Produtos industrializados), ante 3% dos populares flex.
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14.03.2014 – Época Negócios – Trabuco é eleito vice-presidente do conselho do
Bradesco
Menção ao conselheiro Luiz Carlos Trabuco Cappi
Nomeação pode ser primeiro passo para o processo de sucessão dentro do conselho
Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, foi eleito na quinta-feira (13/03), vicepresidente do Conselho de Administração da instituição, o que trouxe ao mercado a expectativa de que
a nomeação possa ser um primeiro passo para o processo de sucessão dentro do conselho, com vistas à
substituição do atual presidente, Lázaro Brandão, de 88 anos.
Trabuco tem uma formação acadêmica pouco usual para o mercado financeiro. Formado pela
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo e tem pós-graduação em Sócio-Psicologia,
começou a trabalhar no banco em 1969 como escriturário. Foi presidente da seguradora e, em 2009,
assumiu o comando da organização.
Organização
Trabuco é o terceiro presidente da história do Bradesco desde a saída do fundador, Amador Aguiar, da
função. Além disso, é o primeiro a ser nomeado vice-presidente do conselho. O presidente anterior,
Márcio Cypriano, não chegou a assumir um cargo de destaque no conselho. Já Brandão, durante a
década de 90, acumulava as funções de presidente executivo e do conselho.
Trabuco assume o lugar de Antonio Bornia, que permanece no conselho. Os demais membros também
foram mantidos e são: Mário Teixeira, João Aguiar, Denise Aguiar, Carlos Alberto Rodrigues
Guilherme, Milton Matsumoto e José Alcides Munhoz.
No ano passado, o Bradesco lucrou R$ 12 bilhões, mas enfrentou desafios como as perdas com
operações de tesouraria. Para este ano, o banco espera a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a
correção da poupança em função dos planos econômicos.
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http://www.cdes.gov.br/
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
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14.03.2014 – G1 – Reitor da UFMG irá comandar o Ministério da Ciência e Tecnologia
Menção ao conselheiro Clélio Campolina Diniz
Clelio Campolina foi escolhido para substituir Marco Antônio Raupp. De perfil técnico, ele é formado
em engenharia e seguiu carreira acadêmica.
Indicado nesta quinta-feira (13) pela presidente Dilma Rousseff para comandar o Ministério da Ciência
e Tecnologia, o mineiro Clelio Campolina Diniz tem um extenso histórico acadêmico. Desde 2010, ele
é o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Campolina vai substituir Marco Antônio
Raupp, que comanda a pasta desde junho de 2012.
O novo integrante da Esplanada dos Ministérios nasceu em Esmeraldas, município da região
metropolitana de Belo Horizonte. Ele é o mais novo de 11 irmãos. É casado e tem três filhos.
Graduado em engenharia mecânica pela Pontifícia Universidade Católica de Minas (PUC-MG), o
futuro ministro é doutor em ciência econômica pela Universidade Estadual de Campinas. A trajetória
profissional do novo auxiliar da presidente Dilma é de atuação em institutos e universidades.
Ele foi diretor-presidente do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTEC) e presidente da Câmara
de Ciência Sociais Aplicadas da FAPEMIG.
O novo titular da Ciência e Tecnologia foi uma escolha técnica da presidente Dilma Rousseff, assim
como havia sido Marco Antônio Raupp, que sucedeu Aloizio Mercadante. Ele deve deixar o cargo na
próxima semana, no dia 18, quando o novo reitor Jaime Arturo Ramírez será empossado.
Desde 2010, o atual reitor da UFMG integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
(CDES), órgão de assessoramento da Presidência da República.
Trocas na Esplanada
Além de Clelio Campolina Diniz, o Palácio do Planalto anunciou nesta quinta-feira (13) os nomes de
cinco outros ministros escolhidos pela presidente Dilma Rousseff.
Cidades
Gilberto Occhi, atual vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal. Formado em direito e
pós-graduado em Finanças, é funcionário do banco desde 1980 e atou como gerente em diversas áreas
e superintendente no Espírito Santo e Alagoas.
Agricultura
Neri Geller , atual secretário de Política Agrícola do ministério. Agricultor de soja e milho em Mato
Grosss, foi vereador duas vezes pelo PSDB em Lucas do Rio Verde (MT) entre 1996 e 2004. Em 2007,
foi eleito deputado federal, reelegendo-se em 2011.
Desenvolvimento Agrário
http://www.cdes.gov.br/
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Miguel Rossetto , presidente da Petrobras Biocombustíveis e ex-ministro do Desenvolvimento Agrário
(no governo Luiz Inácio Lula da Silva). Fundador do PT, iniciou militância política na década de 70 no
movimento sindical. Em 1996, elegeu-se deputado federal e em 1998, vice-governador do estado, na
chapa formada com Olívio Dutra.
Turismo
Vinicius Nobre Lages, gerente de assessoria internacional do Sebrae. Engenheiro agrônomo, tem
doutorado em Economia na França, especializado em economia de serviços, turismo e
desenvolvimento de negócios. Membro do Conselho Nacional de Turismo de 2003 a 2007, foi
representante na Organização Mundial do Turismo entre 2003 e 2007, e 2011.
Pesca
Eduardo Lopes, senador (PRB-RJ). Paulista de Santo André, é bacharel em Teologia, jornalista e
apresentador de TV. Entre 2007 e 2011, foi deputado federal. Atualmente exerce o mandato de senador
e líder do PRB na Casa.
A posse de todos eles está prevista para a próxima segunda-feira (17), às 10h.
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14.03.2014 – Estadão – Trabuco é eleito vice-presidente do Conselho do Bradesco
Menção ao conselheiro Luiz Carlos Trabuco Cappi
Presidente do banco vai substituir Antônio Bornia, que estava no cargo desde 1999 e permanecerá
como membro do conselho.
Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, foi eleito ontem vice-presidente do Conselho de
Administração da instituição, o que trouxe ao mercado a expectativa de que a nomeação possa ser um
primeiro passo para o processo de sucessão dentro do conselho, com vistas à substituição do atual
presidente, Lázaro Brandão, de 88 anos.
Trabuco tem uma formação acadêmica pouco usual para o mercado financeiro. Formado pela
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo e tem pós-graduação em Sócio-Psicologia,
começou a trabalhar no banco em 1969, como escriturário.
Foi presidente da seguradora e, em 2009, assumiu o comando da organização.
Organização. Trabuco é o terceiro presidente da história do Bradesco desde a saída do fundador
Amador Aguiar da função. Além disso, é o primeiro a ser nomeado vice-presidente do conselho. O
presidente anterior, Márcio Cypriano não chegou a assumir um cargo de destaque no conselho. Já
Brandão, durante a década de 90 acumulava as funções de presidente executivo e do conselho.
Trabuco assume o lugar de Antonio Bornia, que permanece no conselho. Os demais membros também
foram mantidos e são: Mário Teixeira, João Aguiar, Denise Aguiar, Carlos Alberto Rodrigues
Guilherme, Milton Matsumoto e José Alcides Munhoz.
http://www.cdes.gov.br/
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No ano passado, o Bradesco lucrou R$ 12 bilhões, mas enfrentou desafios como as perdas com
operações de tesouraria. Para este ano, o banco espera a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a
correção da poupança em função dos planos econômicos.
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14.03.2014 – Diário o Comércio – Olavo Machado Junior é reeleito na FIEMG
Menção ao conselheiro Olavo Machado Junior
Machado Junior cobra mais igualdade de condições para a atividade
A indústria mineira precisa de igualdade de tratamento para poder se diversificar cada vez mais e
aumentar sua contribuição ao desenvolvimento da economia do Estado. Esta é a avaliação do
presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Junior,
reeleito ontem para mais quatro anos à frente da entidade.
Segundo ele, é grande o potencial das empresas mineiras. Porém, para que o mesmo seja aproveitado, é
preciso que o governo adote medidas mais assertivas e menos centralizadas. "Nosso desejo, enquanto
representante do setor no Estado, é que a indústria possa estar presente de maneira sólida no mercado
nacional e internacional. Temos capacidade de ajudar a atividade no país, mas é necessário um esforço
de todos para equalizar as condições de competitividade", diz Machado Junior.
Em seu primeiro mandato, que começou em 2010 e se encerra no dia 15 de maio, quando é
comemorado o Dia da Indústria, foi dada prioridade, entre outras coisas, à questão da competitividade.
Nesse sentido, o presidente da Fiemg destaca quatro ações realizadas nos últimos quatro anos. E
adianta que na gestão 2014-2018 o trabalho será de continuidade.
"Nesse período, destacamos a implantação do Senai/Cetec, que visa à diversificação da nossa indústria;
a escola móvel do Sesi/Senai, que leva oportunidade de trabalho a inúmeros mineiros; o Minas
Sustentável, que representa o desenvolvimento consciente do Estado; e a segurança do trabalho,
importante em todos os campos de atuação", enumera.
Machado Junior ressalta ainda que durante seu novo mandato à frente da entidade, o objetivo será
manter estas e outras iniciativas, sem, no entanto, deixar de ousar na implementação de novas
estratégias para alavancar e promover a valorização da indústria, defendendo os interesses do setor.
Por isso, conforme ele, o trabalho deverá ser focado tanto na área de tecnologia, na busca de melhores
condições para investimentos, quanto na de recursos humanos, para proporcionar mais treinamentos e
melhoras as condições de trabalho aos funcionários das empresas do segmento. Outro trabalho que
deverá ser feito pela Fiemg é a busca por uma representatividade adequada na política.
Unanimidade - Machado Junior foi reeleito por unanimidade, pela primeira vez na história da entidade.
Dos 136 sindicatos filiados, 133 estavam aptos a votar na eleição da nova diretoria. Dois justificaram a
ausência, 131 se credenciaram para a votação e 128 presenças foram registradas. Todos os presentes
votaram na chapa única, não tendo sido registrado nenhum voto nulo ou em branco.
Além dele, foram eleitos vice-presidentes: Aguinaldo Diniz Filho, Alberto José Salum, Carlos Mário
de Moraes, Edwaldo Almada de Abreu, Flávio Roscoe Nogueira, José Batista de Oliveira, José
http://www.cdes.gov.br/
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Fernando Coura, Lincoln Gonçalves Fernandes, Luiz Fernando Pires, Petrônio Machado Zica, Ricardo
Vinhas, Romeu Scarioli, Teodomiro Diniz Camargos, Valentino Rizzioli e Vicente de Paula Aleixo
Dias.
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13.03.2014 – Estado de Minas - Reunião entre empresários e Mantega sobre tributação
de lucros no exterior acaba sem acordo
Menção ao conselheiro Paulo Godoy
Alterações na medida provisória (MP) 627, que trata do tema, foi discutida no encontro.
Brasília – Os esforços do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para melhorar a imagem do governo
não convenceu empresários. Em reunião realizada nessa quarta-feira, em Brasília, os participantes
saíram frustrados. A falta de acordo em torno da Medida Provisória (MP) 627, que trata da tributação
para companhias com subsidiárias no exterior, levou a criação de um grupo de trabalho formado por
executivos do setor privado e técnicos governistas. Apesar de não compartilhar da mesma visão da
equipe econômica sobre a nova legislação e acerca das condições da economia, o empresariado
apresentou um discurso semelhante e cauteloso, disse apoiar o governo na aprovação do projeto no
Congresso, mas que as regras precisam ser refinadas.
Marcos Jank, diretor executivo global de assuntos corporativos da BRFoods, holding que reúne
Perdigão e Sadia, demonstrou frustração com o resultado da reunião. ―Acho que havia mais
expectativas. Mas a gente está fazendo mais uma vez esse dialogo para ver se a MP acerta, porque ela
realmente aumenta a tributação‖, disse.
A medida provisória precisa ser votada até abril para não caducar. ―Caso não aprove a MP, o Brasil
será o único no mundo a adotar esse regime (de tributar todos os resultados). O mundo todo adota a
sistemática de só tributar dessa maneira quando o investidor está em paraíso fiscal‖, explicou o
advogado André Martins de Andrade.
Almoço por R$ 40
A reunião foi seguida de almoço e, em tempos de aperto fiscal, o menu oferecido por Mantega custou
R$ 40 a cada um dos 18 empresários presentes. No cardápio, carne e peixe. Teve como porta-voz o
presidente da Vale, Murilo Ferreira, que anunciou o apoio do empresariado ao governo na votação do
Congresso. Ferreira, desconfortável com a tarefa, saiu no meio da reunião para falar com a imprensa.
―Vamos trabalhar pela aprovação da medida provisória como está, mas com pequenos refinamentos no
Congresso‖.
O desconforto do executivo, em parte, pode ser explicado pela dívida de R$ 45 bilhões que a Vale
tinha com o governo. A companhia desistiu da ação na Justiça e aderiu ao programa de parcelamento
(Refis) oferecido pelo governo. Segundo Ferreira, os empresários trabalham com a possibilidade de
uma segunda MP, após a aprovação da atual, com o objetivo de ―refinar‖ o sistema de tributação.
Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Base e Infraestrutura (Abdib), disse
que o governo está disposto a ceder. ―O ministro falou em nome dele e da presidente (Dilma Rousseff)
http://www.cdes.gov.br/
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que o governo tem todo interesse em que as empresas brasileiras tenham operações internacionais‖,
afirmou.
O ministro ainda defendeu as ações do governo para estimular a economia, as desonerações
tributárias, o comprometimento da Fazenda com as contas públicas e disse que a carestia está sob
controle.
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13.03.2014 – Correio Braziliense – Governo compra a energia, mas é o consumidor que
paga a conta
Menção aos conselheiros Paulo Godoy e Robson Andrade
O ministro da Fazenda promete contornar a pressão de custos sobre concessionárias de energia sem
alterar os contratos do setor.
Aporte do Tesouro evitou inadimplência das concessionárias de eletricidade, mas as incertezas
continuam.
Sob pressão de empresários para reagir à crise de abastecimento de energia e com o receio de gerar
ainda mais desconfiança nos mercados, o governo descartou ontem recorrer a novas mudanças no
marco regulatório do setor. Para lidar com os pesados gastos adicionais provocados pelo acionamento
generalizado de termelétricas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou mudar as regras em
vigor para as concessionárias.
A informação foi dada pelo presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base
(Abdib), Paulo Godoy, logo após a reunião de Mantega com executivos de grandes empresas. ―O
ministro prometeu trabalhar em medidas para normalizar a situação e mencionou que nenhuma
intervenção será feita, respeitando a estrutura dos contratos‖, afirmou.
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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, descartou o risco de
racionamento, mas expressou a preocupação das empresas com o custo da energia. ―Não há essa
possibilidade, até porque as térmicas estão ligadas. Mas o uso delas tem um custo elevado, e não
queremos que esse custo seja repassado nem para a indústria nem para o consumidor‖, disse.
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13.03.2014 – Folha de S.Paulo – Luiz Carlos Trabuco é eleito vice-presidente do
conselho do Bradesco
Menção ao conselheiro Luiz Carlos Trabuco
O presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, 62, despontou como favorito para
sucessão de Lázaro Brandão, 87, na chefia do Conselho de Administração do banco ao ser escolhido
ontem para a vice-presidência do colegiado.
http://www.cdes.gov.br/
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Brandão é presidente do Conselho há 23 anos, cargo que acumulou com a presidência da diretoria até
1999, como sucessor do fundador, Amador Aguiar.
O colegiado do Bradesco é conhecido por ter mais influência sobre a estratégia dos negócios do que os
conselhos da maioria das companhias.
Trabuco é funcionário ―da casa‖, uma característica comum entre os escolhidos para a liderança na
empresa. Entrou no banco em 1969 e acumulou experiência em diversas áreas até ser escolhido por
Brandão para a presidência-executiva em 2009.
―Ele é querido pelo Brandão. É um nome muito vinculado a essa postura conservadora e perene que o
Bradesco busca‖, afirma João Augusto Salles da Consultoria Lopes Filho.
Para o presidente da consultoria Austin Ratings, Erivelto Rodrigues, a escolha do executivo para a
vice-presidência é uma decisão inteligente, de olho na sucessão de Brandão.
―Ele mostrou competência como presidente-executivo. Já havia mostrado quando foi presidente da
seguradora e isso tudo ele vai levar para o Conselho‖, afirma.
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13.03.2014 – Agência Brasil – Manifestantes pedem melhoria na qualidade da telefonia
do país
Menção ao conselheiro Ricardo Patah
Mais de 50 pessoas se concentraram no final da manhã de hoje (13) em uma das entradas do prédio da
Câmara dos Deputados para reclamar sobre o serviço de telefonia no país e pedir providências ao
Legislativo. Filiados à União Geral dos Trabalhadores (UGT) – central formada por mais de 1,1 mil
sindicados –, os manifestantes carregavam cartazes e panfletos elencando os principais problemas
enfrentados pelos usuários do setor, que ocupa o topo das listas de reclamações de entidades ligadas a
defesa do consumidor.
Ricardo Patah, presidente da UGT, disse que, por representar mais de sete milhões de brasileiros, a
central sindical tentou contornar situações junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
sem sucesso. Ontem (13), Patah participou da comissão que foi recebida pelo presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Segundo ele, a posição de Alves foi apoiar o movimento.
A comissão entregou à Alves um levantamento feito pela Associação Brasileira de Defesa do
Consumidor em que aponta, por exemplo, defeitos no sistema 3G da telefonia móvel. ―Como o país
quer criar o 4G?‖, questionou Patah.
Ao declarar ―mais uma vítima da falta de qualidade da telefonia‖, o presidente da Casa prometeu
conversar com as operadoras que atuam no país. Patah confirmou que a reunião foi marcada para
quarta-feira (26) e a estratégia, caso não seja fechado um acordo, é reunir todos os projetos de lei em
andamento na Câmara para tentar apontar uma saída para os problemas relatados por consumidores.
http://www.cdes.gov.br/
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Na lista de demandas, os manifestantes pedem mais qualidade dos serviços, suspensão de venda de
planos pelas operadoras com maior número de reclamações, melhoria na fiscalização e punição do
setor, faturas mais transparentes, redução do valor da assinatura básica do telefone fixo e a participação
dos trabalhadores nas decisões da Anatel.
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13.03.2014 – Revista Exame – O adeus à vida executiva
Menção ao conselheiro Pedro Parente
Pedro Parente, de 61 anos, explica por que tomou a decisão de deixar o cargo de presidência da
Bunge, empresa de agronegócio e alimentos, e conta quais são os seus planos para o futuro.
Pedro - A decisão aconteceu porque, chegando aos 60 anos, cada ano da vida se torna mais importante.
Quero ser o senhor do meu tempo, o que é impossível quando se é um CEO.
A função de executivo toma muito tempo. Tirando o pouco tempo que você dedica à sua família, se for
cuidadoso, não há tempo para se dedicar a atividades que podem ser muito importantes para você. Eu
quero viajar mais, me dedicar a iniciativas de contribuição social e fazer coisas que nunca fiz. Sempre
sonhei em pilotar aviões e acho que agora vou tentar aprender.
VOCÊ S/A - O cansaço da rotina da carreira executiva influenciou a decisão?
Pedro- Um pouco. Eu estava cansado de não ter total controle sobre a minha agenda. Mas a minha
disposição aos 60 é a mesma dos meus 40 anos. Por isso não vou parar de trabalhar, apenas mudar o
foco da minha atuação para ter mais qualidade de vida. .
VOCÊ S/A - Como foi a negociação de sua saída?
Pedro - Foi muito tranquila. Eu conversei, em junho de 2013, com o CEO global da Bunge e disse que
gostaria de parar mesmo em 2014, como definia o meu contrato. Esse período poderia ser estendido se
nós concordássemos, mas eu teria que ficar por um ciclo de mais quatro anos e achei que era o
momento certo de parar.
A única coisa difícil foi não poder falar com os funcionários da Bunge sobre o assunto até o início
desse ano – foi um pedido da direção mundial que guardássemos segredo. Isso foi complicado para
mim, pois sou muito transparente.
VOCÊ S/A - E como está sendo o processo de sucessão?
Pedro - A empresa está entrevistando candidatos internos e externos para a vaga. Eu participo, mas a
decisão final não é minha, é do CEO global.
VOCÊ S/A - Quais são seus planos concretos para o pós-carreira?
Pedro - Pretendo dividir meu tempo entre algumas atividades. Devo me dedicar mais à administração
da Prada Assessoria, empresa da minha esposa da qual também faço parte, e que cuida de fortunas de
20 famílias. Também quero participar de conselhos empresariais, mas no máximo cinco.
http://www.cdes.gov.br/
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Já participo de três hoje e iria para mais dos — gosto do mundo corporativo e quero contribuir com as
empresas de alguma maneira. Por ter sido ministro da Casa Civil [durante o governo Fernando
Henrique Cardoso], eu tenho vontade de atuar socialmente, só que não quero voltar para a vida pública,
por isso estou montando um projeto de inovação na área educacional junto com meu filho.
VOCÊ S/A - O senhor acredita que atingiu o auge do sucesso?
Pedro - Eu entendo que, para muitos, ocupar uma posição máxima de executivo em uma grande
empresa é o ápice do sucesso. Mas eu não acredito que tenha chegado ao auge da minha vida. Existe
uma história que é muito emblemática e explica bem a busca pelo sucesso.
Certa vez, o embaixador Marcos Azambuja estava conversando com Camilo Penna [ex-ministro da
Indústria e Comércio durante o governo de João Figueiredo. Azambuja disse que se mataria quando
chegasse ao auge do sucesso e perguntou o que Penna faria. Ele disse que ia pensar sobre o assunto.
Alguns dias depois, perguntou ao Azambuja: ―Como é que você vai saber que chegou mesmo ao auge
para tomar a decisão de se suicidar sem arrependimento?‖. Azambuja respondeu que, de fato, não tem
como saber se já alcançamos o sucesso — e, ainda bem, porque ele já estava arrependido dessa história
de suicídio.
Essa é uma anedota, mas que me ajudou a pensar que nunca sabemos quando chegaremos ao auge das
nossas vidas e é isso que nos mantém vivos.
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12.03.2014 – Estadão – Presidente da Vale vira porta-voz em reunião com Mantega
Menção ao conselheiro Murilo Ferreira
RENATA VERÍSSIMO E ADRIANA FERNANDES - Agencia Estado
BRASÍLIA - Foi emblemática a escolha do presidente da Vale, Murilo Ferreira, para anunciar à
imprensa o apoio das empresas à votação no Congresso da Medida Provisória 627, que trata da
tributação do lucro de multinacionais brasileiras no exterior. Visivelmente desconfortável, Murilo
Ferreira deixou por alguns instantes o encontro com 18 empresários e o ministro da Fazenda, Guido
Mantega, para uma breve declaração.
A MP 627 foi o assunto discutido na primeira parte da reunião que durou cerca de duas horas. O
encontro entrou no seu segundo momento, quando está sendo servido um almoço e será discutida a
conjuntura econômica.
A Vale era a empresa com o maior débito junto à Receita, em torno de R$ 45 bilhões, e questionava na
Justiça a cobrança dos tributos pela Receita Federal. Ela teve que desistir da ação para poder aderir ao
programa de parcelamento (Refis) oferecido pelo governo às multinacionais.
Na ocasião, no final de 2013, a empresa informou que faria o pagamento de R$ 5,965 bilhões à vista e
mais R$ 16,360 bilhões parcelados em 179 meses. Por conta disso, a empresa amargou um prejuízo no
ano passado. O valor pago foi menor que o passivo da empresa por conta dos descontos oferecidos pela
MP.
http://www.cdes.gov.br/
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Os dezoito empresários que estão na reunião com o ministro da Fazenda são: Paulo Godoy (ABDIB),
Flávio Machado (Andrade Gutierrez), João Castro Neves (Ambev), Marcos Jank (BRF), Luiz Roberto
Ortiz (Camargo Correa), Nelson Salgado (Embraer), Jorge Gerdau (Gerdau), Rubens Ometto Silveira
Mello (Grupo Cosan), Ricardo de Queiroz Galvão (Grupo Queiroz Galvão), Eduardo Ferreira
(Helibras), Joesley Mendonça Batista (J&F), José Martins (Marcopolo), Leo Pinheiro (OAS), Marcelo
Odebrecht (Odebrecht), João Carlos Brega (Whilrpool América Latina), Murilo Ferreira (Vale), Raul
Calfat (Votorantim) e Robson Andrade (CNI).
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12.03.2014 – Agência Brasil – Presidente da Vale apoia MP que simplifica tributação de
empresas no exterior
Menção ao conselheiro Murilo Ferreira
Daniel Lima - Repórter da Agência Brasil Edição: José Romildo
Após participar de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com dirigentes empresariais
de grande porte do país, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse hoje esperar que a Medida
Provisória (MP) 627, que simplifica a tributação de empresas brasileiras no exterior, seja aprovada nas
próximas semanas "com pequenos refinamentos".
Além do ministro Mantega, participam da reunião, que ainda não terminou, os seguintes empresários:
presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy;
presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau; presidente da Ambev, João Castro Neves; presidente da
Brasil Foods, Marcos Jank; e presidente do Grupo Cosan, Rubens Ometto. A MP, que se encontra em
exame no Congresso Nacional, pretende também revogar o Regime Tributário de Transição (RTT). Os
efeitos da MP serão aplicados a partir de 2015.
Pelas regras em vigor, empresas brasileiras com filiais no exterior precisam conviver com três padrões
contábeis diferentes, o brasileiro, o europeu e o americano, fator que contribui para dificultar o balanço
do grupo empresarial.
O secretário da Receita Federal, Carlos Albertou Barreto, em conversa com jornalistas, disse hoje - ao
deixar o Ministério da Fazenda - que desconhece detalhes da discussão dos assuntos da MP debatidos
na reunião do ministro Mantega com empresários. Acrescentou que não participou da reunião.
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12.03.2014 – Reuters - CEO da Vale vê progressos em MP sobre tributação no exterior
Menção ao conselheiro Murilo Ferreira
BRASÍLIA, 12 Mar (Reuters) - O governo reconhece que há alguns pontos a serem superados na
medida provisória 627 que trata da tributação de subsidiárias brasileiras no exterior, mas progressos
foram obtidos, disse o presidente-executivo da Vale, Murilo Ferreira, em entrevista a jornalistas após
reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Com tais avanços registrados, o executivo disse que trabalhará para aprovação da medida.
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"Tivemos uma longa reunião onde foram apontados os grandes progressos, especialmente em relação à
Repetro e às empresas exportadoras, e foi reconhecido que ainda existem pontos a serem superados
para as operações no exterior", disse Ferreira.
Ele afirmou ainda que o governo deve refinar medidas sobre tributação de subsidiárias nas próximas
semanas e meses, e isso poderia entrar em outra medida provisória.
"Foram reconhecidos alguns problemas na operação de empresas brasileiras no exterior, como por
exemplo a unidades em países do Oriente Médio, que trabalham com alíquotas diferentes das do
Brasil."
O encontro no ministério, em Brasília, reuniu diversos empresários, como Jorge Gerdau Johannpeter,
presidente do Conselho da Gerdau; Rubens Ometto, presidente do Conselho da Cosan; João Castro
Neves, diretor geral da Ambev, Joesley Batista, presidente da J&F, controladora da JBS; Marcelo
Odebrecht, presidente-executivo da Odebrecht ; Raul Calfat, presidente do Conselho do Grupo
Votorantim, além de representantes da Andrade Gutierrez, Grupo Queiroz Galvão, Camargo Correa,
Embraer, OAS, Marcopolo, BRF, entre outras empresas.
(Reportagem de Luciana Otoni)
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12.03.2014 – Revista Exame - Planos econômicos são constitucionais, diz Trabuco
Menção ao conselheiro Luiz Carlos Trabuco
SÃO PAULO - O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, defendeu que os planos econômicos
que serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) são constitucionais. Ele, no entanto, não quis
falar sobre expectativa a respeito da apreciação do Judiciário nesta questão e no julgamento pelo
Superior Tribunal de Justiça (STJ) do início da cobrança dos juros de mora, peça chave na questão dos
planos econômicos.
"Está havendo uma expansão da compreensão da sociedade sobre esses temas", disse Trabuco ao
Broadcast. "Os planos foram decisões tomadas por governos legítimos", completou. Trabuco está
presente em um almoço da Fundação Conselho Espanha Brasil com a presença do príncipe espanhol
Felipe. Também está presente o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal.
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12.03.2014 – Reuters - Preocupação de empresários com custo da energia domina
encontro com Mantega
Menção ao conselheiro Robson Andrade
Por Luciana Otoni e Nestor Rabello
BRASÍLIA, 12 Mar (Reuters) - Dirigentes de grandes companhias e representantes de importantes
setores produtivos do Brasil deixaram o encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta
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quarta-feira, em Brasília, sem dar sinais concretos de melhora da economia, mas manifestando grande
preocupação com o setor elétrico e com riscos de aumento dos custos com energia.
Durante longa reunião de análise sobre a capacidade de crescimento da economia brasileira, integrantes
do grupo de 18 participantes, entre empresários e dirigentes setoriais, questionaram o ministro sobre se
o custo elevado da energia pelo acionamento das usinas térmicas será repassado ao setor produtivo.
Os empresários levantaram dúvidas, ainda, sobre a disponibilidade de energia, apesar de reconhecerem
que o risco de racionamento é pequeno.
"Comentamos ao ministro que existe preocupação com relação ao setor elétrico", disse o presidente da
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. "Estamos pedindo que não haja esse
aumento de custo e o governo tem que encontrar mecanismos que não penalize a indústria."
O baixo nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país levou ao aumento da geração de
energia térmica, aumentando o custo da energia para as distribuidoras no curto prazo.
O governo anunciou na sexta-feira o repasse de 1,2 bilhão de reais do Tesouro Nacional às
distribuidoras de energia, via Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). para ajudá-las a cobrir os
gastos com a energia mais cara em janeiro. Mas não definiu ainda como irá proceder no restante do
ano, mantendo a incerteza sobre a questão energética.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Base (Abdib), Paulo Godoy, disse que durante o
encontro, Mantega descartou o rompimento de contratos do setor elétrico para lidar com gastos
adicionais pelo acionamento de térmicas.
"O ministro mencionou que nenhuma medida intervencionista será feita na área de energia elétrica e
serão tomadas medidas que respeitam a estrutura dos contratos", disse o presidente da Abdib a
jornalistas, ao deixar a reunião.
O ministro, segundo ele, também frisou "que não haverá nenhum tipo de ruptura das regras e de
contratos".
CONFIANÇA
O governo buscou melhorar a sua relação com o setor privado com o encontro deste quarta-feira e
aumentar a confiança na política econômica. Mas os empresários saíram reticentes do encontro.
"Tem que melhorar a confiança e o diálogo permanente para que haja coerência nas decisões (...) para
que o mercado possa compreender as medidas tomadas e aproveitar potencial do país para
melhorarmos o desempenho da economia", disse Godoy.
Segundo o presidente da Abdib, durante a reunião Mantega disse que o governo dará coerência à
política fiscal, que tem sido de alvo de críticas do mercado e das agências de classificação de risco.
A fim de melhorar a confiança e evitar risco de rebaixamento do rating brasileiro, no fim de fevereiro o
governo anunciou nova meta de superávit primário de 99 bilhões de reais, correspondente a 1,9 por
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cento do Produto Interno Bruto (PIB) para o setor público consolidado em 2014, que foi considerada
mais exequível.
TRIBUTAÇÃO NO EXTERIOR
A tributação do lucro de controladas e coligadas de grupos brasileiros no exterior também ocupou boa
parte do encontro.
O presidente da mineradora Vale, Murilo Ferreira, disse a jornalistas, depois da reunião, que "o grupo
(de empresários) decidiu por apoio forte" à Medida Provisória 627, que trata do assunto.
Enviada ao Congresso no fim do ano passado, essa MP dá prazo de até cinco anos para o recolhimento
dos tributos federais incidentes sobre os ganhos das multinacionais no exterior.
Ferreira disse, no entanto, que não há convergência entre o governo e os empresários sobre o teor
integral da MP e que alguns temas serão negociados posteriormente.
"Foram apontados alguns problemas em operações de empresas brasileiras no exterior. Há países no
Oriente Médio que trabalham com alíquotas muito diferentes da brasileira. Necessita-se de evolução
em alguns pontos", disse Ferreira.
Segundo um dos participantes do encontro, que pediu para não ser identificado, o governo admitiu que
o texto enviado ao Congresso não contempla todos os aspectos negociados com as empresas. Mas o
ministro sinalizou que o que tinha sido acordado será honrado.
O lucro de controladas de multinacionais no exterior é tributado no Brasil em 34 por cento, na alíquota
conjunta do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL).
A expectativa, conforme relatou o diretor-executivo global do grupo BRF, Marcos Jank, é que haja
outras reuniões com membros da Fazenda para a definição completa da tributação do lucro das
controladas de multinacionais no exterior.
(Reportagem adicional de Aluísio Alves, em São Paulo)
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12.03.2014 – Agência Estado – Mantega promete dialogo sobre coligadas diz
empresário
Menção ao conselheiro Paulo Godoy
O presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy,
informou nesta quarta-feira, 12, que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu, durante reunião
com os empresários, manter o diálogo com as empresas com atuação no exterior para discutir os
problemas contidos na Medida Provisória 627, conhecida como MP das Coligadas.
Segundo o Ministério da Fazenda, haverá uma reunião técnica nos próximos dias para debater o
assunto. "Parte dos problemas está sendo resolvida no conjunto da negociação da MP. E, na parte dos
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problemas que não podem ser resolvidos no conjunto da MP, há o compromisso do governo de
continuar se reunindo com grandes companhias que investem no exterior", disse Godoy.
O empresário disse ainda que a principal preocupação das empresas é evitar a bitributação, para
impedir que as que pagam tributos no país de origem não sejam tributadas novamente no Brasil. "O
governo está aberto para fazer correções a qualquer momento seja nela (na MP) ou em outro momento
que se queira fazer", afirmou Godoy.
Energia
O presidente da Abdib informou também que o ministro afirmou que não haverá nenhuma medida
intervencionista na área de energia elétrica e que todas as medidas respeitarão a estrutura dos contratos.
"Energia é um tema que preocupa a todos. Mas ele não disse quais medidas o governo vai tomar, mas
disse que serão respeitadas as regras do jogo e os contratos", afirmou após a reunião.
Godoy contou que Mantega informou, na reunião, que o governo está trabalhando em medidas para
normalizar a questão da energia elétrica. No entanto, não informou detalhes sobre essas atuações e a
fonte dos recursos.
O empresário disse que o ministro também falou da coerência que o governo vai procurar dar
especialmente na política fiscal e restabelecer a confiança do mercado. "Eu acho que esse é o tom
geral: que o Brasil tem condições de sustentar o crescimento e que dificilmente alguma empresa de
atividade global deixará de vir para o Brasil."
Diálogo permanente
Godoy disse que é preciso melhorar a confiança e estabelecer um diálogo permanente para que haja
coerência nas decisões e que o mercado possa compreender todas as medidas que estão sendo tomadas
e melhorar o desempenho da economia. Na avaliação do empresário, o canal de diálogo do governo
nunca foi quebrado. "Eu acho que, com a Fazenda, não há nenhum tipo de queixa de obstrução na base
do diálogo", disse.
Ele informou também que os empresários continuarão debatendo com o governo temas ligados à área
tributária com a extinção do Regime de Transição Tributária (RTT) e as questões envolvidas na
globalização das empresas brasileiras. "O ministro disse, em nome da presidente, que há todo interesse
do governo que as empresas brasileiras tenham operações internacionais porque isso cria valor para o
País. Então, é preciso estar sempre atentos em quais são os elementos que estão bloqueando a perfeita
atuação das empresas no exterior", disse.
Depois do almoço com os empresários, Mantega seguiu para uma reunião no Palácio do Planalto. Na
saída, o ministro evitou comentar detalhes da reunião e disse apenas que tinha sido "muito boa".
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12.03.2014 – G1 – Vale diz que empresários vão apoiar MP sobre tributação no exterior
Menção ao conselheiro Murilo Ferreira
Mantega recebeu nesta quarta (12) grandes grupos para tratar de MP.
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Texto sobre tributação de lucro no exterior tramita no Congresso.
Fábio Amato
Comente agoraO presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse nesta quarta-feira (12) que os grandes
grupos econômicos nacionais vão trabalhar pela aprovação, no Congresso, da Medida Provisória 627,
que trata da tributação sobre o lucro de subsidiárias de empresas brasileiras no exterior. O conteúdo da
MP foi debatido entre empresários e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante uma reunião
seguida de almoço em Brasília.
―O progresso que foi feito até agora [com a MP 627] nos pontos endereçados foi tão grande que vamos
trabalhar pela aprovação da medida provisória, com pequenos refinamentos que se dão na última hora
no Congresso‖, disse Ferreira a jornalistas ao final da reunião, que aconteceu na sede do Ministério da
Fazenda.
Ferreira não deu detalhes sobre os ―refinamentos‖ vistos como necessários pelos empresários. Ele
apontou apenas que eles devem ocorrer em trechos da MP que tratam das ―operações de empresas
brasileiras no exterior‖ e de diferenças nas alíquotas de tributos cobrados pelo Brasil e outros países.
Além do presidente da Vale, participaram da reunião com Mantega o presidente da Associação
Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy; o presidente da Ambev, João
Castro Neves; o diretor da BRF, Marcos Jank; o vice-presidente do Conselho de Administração da
Camargo Correa, Luiz Roberto Ortiz; o vice-presidente de Relações Institucionais da Embraer, Nelson
Salgado; o presidente do Conselho de Administração da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter; o
presidente do grupo Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello; o conselheiro do grupo Queiroz Galvão
Ricardo de Queiroz Galvão; o presidente da Helibras, Eduardo Marson Ferreira; o presidente do
Conselho de Administração da J&F,Joesley Mendonça Batista; o vice-presidente da Marcopolo, José
Antonio Fernandes Martins; o presidente da OAS, Leo Pinheiro; o presidente da Odebrecht, Marcelo
Bahia Odebrecht; o presidente da Whilrpool, João Carlos Brega; o presidente do Conselho de
Administração da Votorantim, Raul Calfat, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI),
Robson Andrade; e Flávio Machado, representante da Andrade Gutierrez.
Votação da MP no Congresso
O prazo para votação da MP no Congresso termina em abril. Esse processo, porém, vem sofrendo
influência das disputas entre o governo federal e o PMDB envolvendo a reforma ministerial – o relator
da medida provisória na comissão especial que a analisa é o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
que está em confronto direto com o governo da presidente Dilma Rousseff.
Caso a MP não seja votada até abril, as empresas vão ter que recolher os tributos sobre o lucro obtido
no exterior conforme a regra antiga, que previa pagamento integral no momento em que esse lucro é
registrado no balanço de cada subsidiária. A medida provisória estabelece que esse pagamento pode ser
parcelado em até 5 anos, o que beneficia as empresas.
Sardinhada
No final da manhã, um grupo de cerca de 50 representantes da Força Sindical fez um protesto em
frente ao Ministério da Fazenda. Eles fizeram churrasco de sardinha e levaram faixas para criticar o
almoço entre Mantega e grandes empresários e pressionar pelo correção da tabela do Imposto de
Renda.
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11.03.2014 – Valor Econômico - Os limites do Estado e dos mercados
Artigo do Ex-conselheiro Delfim Netto
Quando olhamos a eterna busca do homem para encontrar uma organização social que lhe dê cada vez
mais tempo para construir a sua humanidade, vemos que ela exige, pelo menos, o simultâneo
atendimento de três objetivos: uma ampla liberdade individual, num ambiente de crescente igualdade
de oportunidades, o que só é possível se o tempo de produção das suas necessidades materiais diminuir
continuamente pelo aumento da sua eficiência. Ocorre que eles não são inteiramente compatíveis.
Ao longo dessa caminhada, duas instituições foram "descobertas", cuja relação vai gestando uma
aproximação assintótica àqueles valores: o "mercado", de um lado, e o "sufrágio universal - a urna", de
outro. Uma espécie de jogo, entre elas, impôs um papel cada vez mais relevante a um Estado
constitucionalmente controlado, que "garante" as liberdades individuais, as condições jurídicas
exigidas para o bom funcionamento dos mercados (garantia de propriedade) e seja capaz de corrigir
alguns de seus efeitos colaterais: sua tendência ínsita a ampliar as desigualdades e ajustar-se flutuando
o nível de emprego, o que gera insegurança e estresse nos trabalhadores.
É fundamental incorporar o fato que a organização social (transitória) em que estamos vivendo, e que
tem permitido a continuidade do processo civilizatório, não foi inventada por ninguém. Ela é produto
de uma seleção histórica quase natural que vai continuar e, provavelmente, se acelerar. Ela é
claramente "injusta" e talvez seja a pior, com exceção de todas as outras "inventadas" por cérebros
"progressistas" e postas em prática pelos heróis mais "reacionários" da história.
O setor privado precisa aceitar que o papel do Estado vem mudando
O século XX é o cemitério dessas tentativas de "curto-circuito" para construir o "homem novo", a
"nova sociedade", que seria o fim da história. Felizmente, o Parque Jurássico ainda está aberto, com
alguns exemplares como Cuba e Coreia do Norte para provar que para a sociedade não existe almoço
grátis, e que não é possível distribuir o que ainda não foi produzido, a não ser pedindo emprestado...
Nessa linha evolutiva, podemos ver que o fim da Primeira Guerra Mundial assistiu à destruição das
sociedades hierarquizadas e ao aparecimento do "sonho" comunista, a URSS, que se suicidou em 1989,
no meio da mais fantástica ineficiência produtiva, depois de ter sido saudado, nos anos 60-70, como o
sucesso do "planejamento racional" que iria superar a "irracional" economia de mercado!
Nos anos 30 do século passado, todas as velhas certezas terminaram: as sociedades estáveis e
hierarquizadas, o padrão-ouro e a organização da economia que corrigia os ciclos pela flexibilização
dos salários. A revolução rooseveltiana liquidou o que restava do velho capitalismo para construir o
novo, agora sob a estrita vigilância do Estado. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, houve um
quase experimento de laboratório: um breve namoro com o socialismo e o planejamento "indicativo"
na Inglaterra e na França, que fracassou, e a adoção simultânea da economia social de mercado na
Alemanha, que mostrou, na pratica, a sua superioridade.
O setor privado precisa aceitar que o papel do Estado vem sempre crescendo e mudando. Desde a
Primeira Guerra Mundial, assumiu relevância no suprimento de saúde, educação, infraestrutura,
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proteção social, no enfrentamento da pobreza absoluta, no exercício de monopólios naturais e de
atividades produtivas (transferidas, posteriormente, por privatizações em busca da produtividade). O
Estado eficiente e responsável pela harmonia social não pode restringir o seu protagonismo às
canônicas políticas fiscal, monetária e cambial, e não pode ser considerado um intruso quando regula,
dentro da lei, a atividade dos mercados.
E o Estado, como deve entender os mercados? Em primeiro lugar, abandonando a ideia de que sabe
mais do que eles e que é capaz de substituí-los pela pressão do "politicamente correto". De que vai
reinventar a roda recuperando o "preço justo" dos escolásticos. Os mercados sobreviveram e
produziram resultados razoáveis na Alemanha dos anos 50-60 do século passado (contra a tendência
planejadora da ocupação militar americana) e foram a essência do milagre chinês depois de 1978.
É hoje mais claro do que nunca, pela fantástica acumulação de evidências empíricas, que o sistema de
preços fornece sinais que levam a alocação dos fatores de produção a resultados muito superiores a
qualquer planejamento, sem preço, ou arbítrio voluntarista do poder incumbente que se imagina
onisciente.
O Estado tem que incorporar que os mercados são um processo experimental insubstituível, através do
qual o sistema descobre como absorver as mudanças aleatórias do comportamento dos agentes e do
ambiente econômico. Eles são, no fundo, um mecanismo de descobrimento.
O mundo é dominado pela incerteza. O futuro é opaco e imprevisível. A coordenação pelo mercado
não é uma tentativa de previsão, mas uma exploração do futuro. Além do mais, um mercado
competitivo adequadamente regulado para controlar a tendência à concentração do poder econômico (e
político) dos oligopólios, é importante para reforçar o papel da democracia.
Se o Estado não entender o papel dos mercados, os dois serão inservíveis para continuar o processo
civilizatório que os homens buscam para construir a sua humanidade, porque se reduzirá o
desenvolvimento econômico, que fornece a energia para realizá-lo.
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11.03.2014 – Correio Braziliense – Mercado de trabalho: taxa de rotatividade cresceu
de 52% a 64% em 10 anos
Menção ao conselheiro Clemente Ganz Lúcio
Em setores com a construção civil a taxa chega a 115%
Vera Batista
De acordo com dados divulgados no I Seminário sobre Rotatividade no Mercado de Trabalho, a
rotatividade no mercado de trabalho brasileiro cresceu de 52% em 2003 para 64% em 2012 - quando
levado em consideração um período de um ano na empresa. Esse é um comportamento que se eleva a
cada dia, principalmente nos setores de serviços, onde a rotatividade chega a atingir 60%. No
comércio, a rotatividade registrada durante o período foi de 64%, enquanto na agricultura atingiu 92%.
Na construção civil a taxa foi ainda mais, de 115%. Já em alguns ramos da indústria de transformação
o índice chega a 53%.
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O economista José Pastore, especialista em relações de trabalho da Universidade de São Paulo, citou
estudos específicos que comprovam que ao longo de um ano, cerca de 10% dos empregos industriais
desaparecem, enquanto outros 10% são criados. Nesse setor, a dispensa sem justa causa chega a 42%.
Ele citou um cálculo que causou certo desconforto naqueles que acompanharam a palestra: o
empregado que trabalhou um ano em uma empresa com salário mensal de R$ 1 mil, acumula ao longo
de um ano, R$1.040 mil na conta do FGTS (inclusive a parcela do 13º salário). Depois da demissão,
ele irá sacar esse montante e vai receber mais R$ 400 de indenização de dispensa. Além do salário do
mês, ele tem direito a mais R$ 1 mil de 13º salário e a R$ 1.333 de férias e abono. Ainda
desempregado, ele irá receber quatro parcelas de R$ 800 reais do seguro desemprego.
"Em resumo, nesses quatros meses, ele terá R$ 7.973 reais, o que da uma média mensal de quase R$ 2
mil reais, ou seja, o dobro do que ganhava quando estava empregado. Se nesses período de
desemprego, ele trabalhar no mercado informal, com um salário também de R$1 mil por mês, ele terá
mais R$ 4 mil. O ganho total no período sobe para 12 mil reais, e além disso ele vai receber um salário
mínimo de abono", contou.
Porém, Clemente Ganz Lucio, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese), afirmou que o cálculo não se trata de um incentivo para que as pessoas
peçam demissão. Na verdade, isso significa que tem algo errado com o mercado de trabalho e que
precisa ser ajustado. As políticas públicas para conter a rotatividade na indústria, por exemplo, não são
iguais as que devem ser implementadas na agricultura que tem uma sazonalidade especifica.
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Na indústria, no comércio e no serviço de maneira geral, 40% das demissões ainda são provocadas
pelas empresas para cortar custos e elevar lucros. As medidas para criar um sistema de proteção ao
trabalhador, em grande parte, não acarretam custos. Como o mercado está aquecido, 53% dos
trabalhadores que são demitidos não acessam o seguro desemprego. Esse dado é significativo, pois em
2003 eram 51%.
Ele afirmou também que a toda terceirização que não está prevista na CLT de mão de obra deve ser
enfrentada. O próprio estado tem problemas, como por exemplo, na contratação de professores que
começam a trabalhar em março e são demitidos em dezembro e depois são recontratados em março e
demitidos em dezembro. Mesmo que um gestor público não queira demitir, ele está impedido porque a
lei proíbe manter quem não é servidor público concursado.
O procurador do trabalho, José Lima, disse que concorda com Pastore quanto a falta de mão de obra,
mas não porque o trabalhador quer ser demitido e receber o fundo de garantia e benefícios. "Emprego
está difícil e ponto. Os desligamentos tem várias causas, inclusive assédio moral em ambiente de
trabalho", disse, o procurador. "O que precisa ser mudado é o sistema que não traz dignidade ao
trabalhador", explicou Lima. Segundo ele o que incomoda é a falta de importância. "Se o empregador
tiver de tomar uma atitude que prejudica o trabalhador ele faz, porque simplesmente não se importa,
não é por ser uma questão pessoal", finaliza.
O procurador informou que nos cálculos de Pastore, parece que é um bom negócio ficar desempregado
porque o salário dobra em dois ou três meses. "Se isso fosse verdade não haveria filas em empresas que
abrem vagas e nem tanta concorrência nos concursos públicos em busca da estabilidade", explicou
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Lima. De acordo com ele, o resultado da rotatividade é a informalidade e a baixa qualificação da mão
de obra.
Lima também citou uma pesquisa que prevê que de 2012 a 2014 a rotatividade vai crescer 12,9%, isso
significa que são 161,7 milhões de trabalhadores trocando de emprego e que a tendência em 5 anos, ou
seja, ate 2014, é que cerca de 5 milhões de trabalhadores sejam dispensados.
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11.03.2014 - Agência Brasil – Governo, entidades e sociedade civil discutem
rotatividade
Menção ao conselheiro Clemente Ganz Lúcio
Governo, entidade representativas, acadêmicos e sociedade civil discutirão entre hoje (11) e amanhã
(12) a rotatividade no mercado de trabalho. O objetivo do seminário promovido pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) é estudar o fenômeno, que atinge a mão de obra no Brasil e elaborar
políticas públicas que solucionem os impactos negativos do fim da permanência do trabalhador nos
postos de trabalho.
De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) e do Ministério do Trabalho, a rotatividade alcança grande parte da mão de obra em
determinados setores da economia – 93% na agricultura e 64% no comércio, por exemplo. Em termos
gerais, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2012, a taxa de rotatividade no
Brasil chega a 64%.
O fenômeno, identificado como a simples saída de um posto de trabalho para outro, tem basicamente
duas justificativas possíveis. A primeira, de interesse do trabalhador, que deixa um emprego por outro
que considera mais interessante – por melhor salário, oportunidade, condições ou conveniência. Nesse
caso, a rotatividade é considerada positiva: é um indicativo de dinamismo do mercado, que tem
demanda por mão de obra e valoriza os trabalhadores mais qualificados – o que se reflete no aumento
dos salários oferecidos.
A segunda justificativa para a rotatividade é a demissão do trabalhador, por interesse do empregador,
com o objetivo de contratar mão de obra mais barata. Nesse caso, o novo funcionário é admitido com
salários mais baixos ou com menos benefícios do que o anterior. Esse tipo de rotatividade é
considerado negativo, pois entende-se que há precarização da relação de trabalho.
Para o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o atual diagnóstico da rotatividade no Brasil tende ao lado
positivo, da demanda por mão de obra no contexto em que se entende que o mercado está em pleno
emprego. Segundo dados do Dieese, em janeiro deste ano, a taxa de desemprego no país alcançou
9,5%,
―O emprego no Brasil está garantido neste ano. Não há risco. Pelo sétimo mês seguido temos aumento
real de salários acima da inflação e aumento da geração de empregos. É sinal que vamos ter
crescimento. Os números do Ministério do Trabalho são muito bons. O que nos preocupa não é agora,
mas o momento que não estará tão bom quanto agora‖, informou o ministro.
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―Precisamos olhar para o mercado de trabalho brasileiro e entender a razão, com o contexto de quase
pleno emprego, de termos taxa de rotatividade tão alta. Do lado empresarial, há queixa constante de
que é caro demitir. Do lado dos trabalhadores, de que a demissão é feita para reduzir custos. As lógicas
não batem‖, argumentou o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência, José Lopes Feijó.
Para o secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da Previdência Socal (MPS),
Leonardo Rolim, a atual legislação brasileira induz à rotatividade: é preciso que haja mudanças para
reter os trabalhadores nas empresas.
―Ninguém ganha [com a rotatividade], as empresas perdem produtividade, o trabalhador perde direitos
e o governo tem despesa. Hoje, a nossa legislação induz à rotatividade. Temos com desafio mudar essa
lógica, ter uma legislação que induza os trabalhadores a ficarem mais tempo nas empresas. A
fidelização é interessante para todos‖, disse Rolim.
―Não há bala de ouro, uma única medida capaz de resolver esse problema, que é complexo. O convite
para essa atividade é um grande desafio. Temos de abrir o diálogo sobre esse tema polêmico e que
exigirá esforços de todos nos para enfrentá-lo‖, informou o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz
Lúcio.
De acordo com o representante do Fórum Nacional de Secretários de Trabalho (Fonset), Nilton
Vasconcelos, é importante que os setores governamentais, empresariais e laborais tenham em vista a
proporção em que a rotatividade cresce no país e os encargos que a acompanham.
―Temos de saber se vamos ter mais recursos para essas políticas públicas ou não‖, disse Vasconcelos,
especialmente em relação ao pagamento de seguro-desemprego. Em 2013, o Ministério do Trabalho
gastou cerca de R$ 30 bilhões com o pagamento do benefício. Com o reajuste do salário mínimo, que
passou de R$ 678 para R$ 724 em 2014, o aporte pode ser ainda maior neste ano.
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11.03.2014 - Jornal do Comércio – Fiergs destaca necessidade de intensificar a busca
por inovação
Menção ao conselheiro Heitor José Müller
Os empresários brasileiros precisam intensificar o relacionamento com novos mercados. O alerta é do
presidente da Fiergs, Heitor José Müller. ―Temos indústrias muito bem estruturadas, entretanto,
precisamos olhar para o futuro, o que torna essencial a participação em feiras e convenções
internacionais que apontam o que de mais novo o mercado está oferecendo‖, comenta.
Para ele, é preciso correr para recuperar o terreno perdido na área tecnológica nas últimas décadas e
trabalhar para que as empresas brasileiras sejam capazes de criar soluções inovadoras para o mercado
mundial. ―A tecnologia avançou de forma fantástica nos últimos anos, mas não me lembro de nada de
revolucionário que tenha sido introduzido no mercado mundial por uma empresa nacional‖, relata.
O otimismo fica por contra dos parques tecnológicos gaúchos que podem estar formando dentro das
suas estruturas empresas que, no futuro, poderão dar uma resposta mais positiva em termos de
inovação. Para o presidente da Fiergs, o acordo feito pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI)
e o governo federal – que disponibilizou financiamento para que as federações estaduais implantem
centros de inovação –, é outro passo importante nesse sentido.
http://www.cdes.gov.br/
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No Rio Grande do Sul, a Fiergs está estruturando duas dessas estruturas no âmbito do Senai: na área de
polímeros e metalmecânico, que devem ser inaugurados em breve. A iniciativa tem o apoio do
Massachusetts Institute of Technology (MIT) e o Instituto Fraunhofer, da Alemanha.
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11.03.2014 - – Diário da Manhã - Desenvolvimento econômico é influenciado pelo
agronegócio, avalia Tarso
Menção ao conselheiro Márcio Lopes de Freitas
A visita do vice-presidente da República, Michel Temer, ao Parque da Expodireto Cotrijal, nesta
segunda-feira (10), alterou a agenda do evento, obrigando a organização da feira a transferir a abertura
para o turno da tarde. Durante a manhã, porém, autoridades e lideranças políticas e do agronegócio
foram recebidas no Auditório Central do Parque em uma cerimônia batizada pela organização como
―um acolhimento‖. ―Devemos celebrar a vinda do vice-presidente, pois demonstra que a Expodireto é
cada vez mais importante no cenário nacional‖, avaliou o presidente da feira, Nei César Mânica.
Contando com a presença de deputados Estaduais e Federais, prefeitos e vereadores regionais e
presidentes de entidades e organizações ligadas ao agronegócio no Auditório, Mânica reforçou que a
―Expodireto não é mais um evento local ou regional‖. ―A feira é do Estado, do Brasil e, mais do que
nunca, do mundo‖, salientou Mânica, acrescentando que a inovação, a disseminação de tecnologias e a
oportunidade de realizar negócios continua sendo a principal base do evento.
Nesta mesma linha de pensamento, o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB),
Márcio Lopes de Freitas, destacou que o Estado é privilegiado por ―ter uma base cooperativista tão
forte‖. ―Pessoas que sabem se organizar e sob uma liderança forte promovem mudanças positivas no
cenário econômico e produtivo‖, disse Freitas, refletindo que a Expodireto ―derrama e extrapola o
potencial do agronegócio para o Brasil e também para outros países‖.
Sem anúncios de novos ou de ampliação de programas e projetos, o governador Tarso Genro, em seu
discurso de acolhimento na 15 ª Expodireto Cotrijal, falou em conspiração de entidades financeiras
sediadas na Europa, em sua maioria na Inglaterra , na tentativa de enfraquecer a moeda nacional e
assim visando a formação de grandes conglomerados financeiros. O governador ressaltou, no entanto,
que o crescimento do Estado no primeiro trimestre deste ano deve ser três vezes maior do que o PIB
brasileiro.
Os números, conforme o governador, devem ser anunciados possivelmente no dia 15 de março,
antecipou que o percentual de crescimento deve ficar entre 6,6% a 6,8%. Tarso atribui o crescimento a
força do cooperativismo, aos agricultores e aos demais setores que tem suas atividades atrelados ao
setor primário. O chefe do Piratini também ressaltou a necessidade de ampliar a influência política do
Estado perante ao Governo Federal.
Boas razões para celebrar
O ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, reforçou que o governo federal não tem
medido esforços para garantir o desenvolvimento de pequenas, médias e grandes propriedades. ―Não
faltam recursos para investimentos. Há crédito e linhas de financiamento para custeio no Pronaf,
http://www.cdes.gov.br/
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Pronamp e PSI. Ou seja, todos os públicos estão contemplados‖, reiterou Vargas, complementando que
o crescimento do país está acima da média de outros, sustentado pelo agronegócio. ―A distribuição de
renda permitiu um aumento do poder aquisitivo da população e, com isso, todos os setores foram
beneficiados‖.
Vargas ainda comentou que o agronegócio brasileiro tem boas razões para comemorar, pois o cenário
está otimista para novos investimentos e para o desenvolvimento do setor. ―A safra deste ano deve ser
tão boa quanto foi a do ciclo passado e isso vai se refletir em todos os setores da economia. É notável
que quando o agronegócio vai bem, todo o país se fortalece‖, reconheceu o ministro do MDA.
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Gilmar Sossella, reforçou o papel da Expodireto
como uma vitrine para o agronegócio e disse que o Parlamento gaúcho tem se debruçado sobre temas
importantes para o setor produtivo, mas frisou que um assunto que tem merecido amplos debates é
renegociação da dívida do Estado com a União. ―Não podemos mais arcar com esta despesa que se
tornou impagável‖, ponderou, observando que também é importante discutir a infraestrutura de
transporte para o escoamento das safras e impulsionar debates acerca da irrigação. ―São questões que
merecem atenção e dedicação‖.
O prefeito de Não-Me-Toque, Antônio Vicente Piva, disse que o município, mais uma vez, se
transforma no quinta da agricultura de precisão. ―O agronegócio promove melhorias e consolida o
desenvolvimento econômico de Não-Me-Toque e do Estado‖, frisou.
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10.03.2014 – Isto É Dinheiro – Gerdau repete a fórmula. E dá certo
Menção ao conselheiro Jorge Gerdau
A maior siderúrgica das Américas insiste na globalização, triplica seu lucro no último trimestre de
2013 e supera as concorrentes brasileiras. Conheça o segredo da companhia e seus planos para crescer
ainda mais no futuro
Por Rodrigo CAETANO e Ana Paula MACHADO
Confira os bastidores da reportagem
O físico Albert Einstein costumava afirmar que insanidade é fazer a mesma coisa dia após dia e esperar
resultados diferentes. É dele também outra frase célebre: ―Algo só é impossível até que alguém duvide
e acabe provando o contrário‖. As duas frases do pai da teoria da relatividade cabem como uma luva
para explicar a trajetória da siderúrgica gaúcha Gerdau nos últimos anos. A companhia, maior
fabricante de aço das Américas, vive atualmente um momento de bonança. Seu lucro líquido triplicou
no último trimestre do ano passado, para R$ 492 milhões, ajudando a elevar os ganhos em 11% no ano,
para R$ 1,6 bilhão.
André Gerdau, CEO: "O desempenho da companhia reflete nosso esforço em aprimorar a eficiência
das operações".
A receita líquida cresceu 5% no ano, alcançando R$ 39,86 bilhões. Trata-se do melhor resultado,
disparado, entre as siderúrgicas nacionais. No trimestre passado, a CSN, do empresário Benjamin
http://www.cdes.gov.br/
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Steinbruch, registrou prejuízo de R$ 487 milhões e a Usiminas teve lucro de apenas R$ 47 milhões.
Enquanto as concorrentes brasileiras sofrem as consequências do excesso de aço no mercado, resultado
da entrada dos chineses no setor, e a anglo-indiana ArcelorMittal, maior siderúrgica do mundo, investe
na diversificação do seu negócio para não sucumbir em meio à guerra de preços, a Gerdau colhe os
frutos do pensamento de longo prazo.
―O desempenho da companhia reflete nosso esforço em aprimorar a eficiência das operações‖, disse à
DINHEIRO André Gerdau Johannpeter, CEO da siderúrgica. A força da Gerdau se sustenta em três
pilares: a internacionalização, o foco no mercado de aços longos, usados na construção civil, e seu
braço de mineração. Atualmente, mais de 60% da sua receita é obtida no Exterior. Os Estados Unidos
respondem por 32% das vendas. A terra do Tio Sam é uma das grandes responsáveis pelo bom
momento da companhia. Com a retomada das atividades no setor imobiliário americano, que ficaram
praticamente paradas após a crise econômica mundial, a demanda por aços longos subiu
consideravelmente.
Na bolsa: negociadas em Nova York (foto) e em São Paulo, as ações preferenciais da Gerdau subiram
25,7% em 2012 e 3,7% em 2013. Neste ano, caíram 20,9% até 6 de março.
Líder no segmento e com uma marca forte, a siderúrgica gaúcha está nadando de braçadas nesse
mercado. No Brasil e em outros países emergentes, são as obras de infraestrutura que puxam o
crescimento da Gerdau. Ao mesmo tempo, sua produção de minério de ferro segue acelerada e deve
chegar a 18 milhões de toneladas até 2016 – no ano passado, foram 11,5 milhões de toneladas. A
empresa vendeu para terceiros 1,2 milhão de toneladas da commodity, o que ajudou a elevar o Ebitda
(medida de geração de caixa) para R$ 4,7 bilhões, com alta de 14,6% em 2013. Essa mesma estratégia,
que hoje é apontada como a fortaleza da gigante gaúcha do aço, no entanto, já foi muito criticada e até
considerada o pivô de um ano decepcionante para os acionistas.
Em 2009, no auge da crise financeira mundial, o desempenho da Gerdau era pior do que o de suas
concorrentes, ainda que todos estivessem sofrendo com o mau humor dos mercados. No segundo
trimestre daquele ano, ela chegou a registrar prejuízo de R$ 266 milhões, um fato raríssimo em sua
história. Esses resultados motivaram a agência de risco Standard & Poor’s a rebaixar sua nota de
crédito. Algumas operações da companhia lá fora chegaram a ser suspensas. Sua fábrica em Sayreville,
a poucos minutos de Nova York (EUA), parou e os funcionários foram dispensados. O mesmo
aconteceu na vizinha Perth Amboy, onde 165 operários ficaram sem trabalho, e em Sand Springs, no
Estado de Oklahoma.
As unidades ficaram paradas por até dois anos. A medida visava reduzir as despesas, que atingiram o
recorde de 9,3% sobre a receita em 2009. Na época, analistas diziam que a saída era reduzir a
dependência do aço longo e focar seus esforços no mercado brasileiro. Apesar do clamor por uma nova
rota, o CEO da Gerdau seguiu fazendo praticamente a mesma coisa. E, acredite, obteve resultados
diferentes. ―A nossa estratégia sempre foi a da diversificação geográfica‖, disse o empresário na época,
em entrevista à DINHEIRO. ―Se a crise atrapalha, ela também ajuda, porque há um efeito
compensatório.‖ O tempo se encarregou de mostrar que ele estava certo.
Hoje, quem sofre com um cenário econômico pouco favorável são as concorrentes. ―CSN e Usiminas
enfrentam uma nova realidade no mercado interno, com a cobrança do IPI cheio voltando para veículos
e produtos da linha branca‖, afirma Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora. ―Não sabemos
como esses setores vão se comportar este ano.‖ Outra dificuldade para os concorrentes é enfrentar os
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chineses. O país da Grande Muralha está inundando o mercado com seus produtos, principalmente
aços planos. Segundo a World Steel Association (WSA), a produção global de aço bruto totalizou 1,6
bilhão de toneladas em 2013, uma alta de 3,5% em relação ao ano anterior, sendo que na China a
produção de aço atingiu 779 milhões de toneladas, um crescimento de 7,5%.
No quintal das rivais: unidade de laminação da siderúrgica no distrito de Santa Cruz, na zona oeste do
Rio de Janeiro. A empresa vai entrar no mercado brasileiro de aços planos, voltados para o setor
automotivo, hoje dominado por suas rivais.
―Temos excesso de aço no mercado mundial‖, diz Victor Penna, analista do Banco do Brasil
Investimentos. O uso da capacidade instalada global, atualmente, está em 84%. Por conta disso, as
grandes produtoras, em especial as da China, estão voltando seu foco para os países emergentes.
―Devemos ver uma presença maior de aço importado no Brasil‖, diz Penna. Esses problemas não tiram
o sono de Gerdau. Os aços longos são difíceis de serem exportados, por conta do seu tamanho. Para ser
competitivo no setor, é preciso atuar localmente. Com fábricas em 14 países, a empresa está muito bem
posicionada. ―A principal vantagem da diversificação geográfica é a diluição de riscos‖, reafirma
Gerdau.
Para enfrentar os altos e baixos do mercado de aço, no entanto, é preciso mais do que manter-se fiel à
sua estratégia e pensar em longo prazo. Outra característica fundamental que faz da siderúrgica gaúcha
uma das maiores forças no disputado mercado de aço é o seu modelo de gestão. O constante
aprimoramento das operações e o corte de custos fazem parte do cotidiano do alto escalão executivo
desde a fundação da Fábrica de Pregos Pontas de Paris, em 1901, por João Gerdau. Mas foi durante a
gestão de Jorge Gerdau Johannpeter, filho do fundador e pai do atual CEO, que a siderúrgica ganhou
corpo e se tornou uma das maiores multinacionais brasileiras.
Concorrência: a ArcelorMittal, do gerente-geral André Munari,aposta em aços mais leves
Adepto das ideias do escritor Stuart Diamond, autor do best-seller ―Consiga o Que Você Quer‖, e fã do
guru brasileiro Vicente Falconi, Jorge Gerdau é obcecado pela eficiência. ―A busca pela boa gestão
deve fazer parte de nossas vidas, a começar pela quantidade de coisas que se coloca na geladeira e que
depois vai para o lixo‖, disse ele à DINHEIRO em 2012, ano em que foi eleito Empreendedor do Ano
na Indústria. ―Aprendi que, em tudo na vida, em qualquer empresa, é possível fazer a mesma coisa
gastando, no mínimo, 30% menos.‖ Atualmente, ele preside o conselho de administração da Gerdau e é
um dos principais interlocutores do empresariado brasileiro com a presidenta Dilma Rousseff.
André Gerdau, que assumiu o comando da gigante em 2007, num dos processos mais bem-sucedidos
de sucessão familiar entre os grandes grupos nacionais, segue a cartilha do pai. Seu currículo, por sinal,
é invejável. Além de ser formado em administração pela PUC do Rio Grande do Sul e ter feito pósgraduação em universidades do Canadá, da Inglaterra e dos Estados Unidos, André é medalhista
olímpico. Ele participou das equipes brasileiras de hipismo que ganharam duas medalhas de bronze, no
salto por equipes, nos jogos de Atlanta, em 1996, e de Sidney, em 2000. Ele tomou as rédeas da
companhia com a missão de dar continuidade ao processo de internacionalização.
Teve o azar de enfrentar uma das maiores crises financeiras da história um ano depois de assumir o
cargo. Mesmo assim, seguiu em frente e conseguiu expandir os negócios da Gerdau para a Índia, onde
a companhia opera há um ano em aços especiais. ―Na Ásia, nosso ingresso se fez pela Índia. É nesse
país de grandes oportunidades que estamos e continuaremos focados.‖ A China, portanto, não faz parte
http://www.cdes.gov.br/
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de seus planos de expansão. Assim como seus antecessores, André é um obcecado por reduzir custos.
No ano passado, enquanto as receitas cresceram 14,8%, as despesas de vendas subiram em um ritmo
bem menor: 5,7%.
―Reduzimos em quase R$ 1 bilhão o capital de giro‖, afirma o CEO. ―Assim, ampliamos a liquidez e
melhoramos nossos indicadores de endividamento.‖ A dívida líquida da empresa subiu de R$ 14,4
bilhões, em 2012, para R$ 16,3 bilhões no ano passado. A relação dívida/Ebitda, no entanto, caiu de
2,8 para 2,5 vezes. Geralmente, a busca incessante por economias pode provocar efeitos negativos na
qualidade da produção. Isso não acontece na Gerdau, internacionalmente conhecida por ter produtos
extremamente confiáveis. O GG 50, seu vergalhão mais famoso, é praticamente uma referência de
mercado.
Dinastia gaúcha: Jorge Gerdau e seu filho André
―A empresa sempre soube explorar muito bem a sua marca‖, afirma o professor Paulo Ferreira,
presidente do conselho da escola de negócios ISE Business School. ―Em um mercado como o de
construção, ser reconhecido pela qualidade é um diferencial muito importante.‖ Os próximos
movimentos da siderúrgica vão exigir ainda mais eficiência. A Gerdau iniciou, no ano passado, a
produção de aços planos em sua unidade de Ouro Branco, em Minas Gerais. O objetivo é atender,
principalmente, o mercado automotivo e o de máquinas e equipamentos. Trata-se de um movimento
arriscado.
―Esse mercado já é dominado por CSN, Usiminas e ArcelorMittal no Brasil‖, afirma Penna, do Banco
do Brasil. ―Será complicado, por conta da baixa perspectiva de crescimento, principalmente no
mercado automotivo.‖ O setor também passa por mudanças, o que vem exigindo inovações por parte
das siderúrgicas. Hoje, a demanda das montadoras é por materiais mais leves. Reduzindo o peso dos
carros, elas também diminuem o consumo de combustível, uma das metas do programa Inovar Auto,
lançado em 2012 pelo governo, que prevê reduções tributárias para quem fabricar no País e atingir
alguns padrões de eficiência.
Responsável por 35% do aço consumido pelas montadoras no Brasil, a ArcelorMittal já investe US$
250 milhões por ano em um programa de melhoria de peças automotivas. No segundo trimestre de
2015, a siderúrgica anglo-indiana passará a fabricar no Brasil o S-in Motion, tipo de aço desenvolvido
por ela que promete uma redução de até 20% no peso dos automóveis. ―Haverá crescimento nesse
mercado, mas ele será qualitativo, e não quantitativo‖, afirma André Munari, gerente-geral de vendas
da ArcelorMittal no Brasil. Atualmente, o produto é importado da França. Cerca de 15 mil toneladas
do aço foram vendidas no ano passado. Segundo estimativas da companhia, o uso de aços especiais e
de alta resistência pelas montadoras deve crescer de 6% para 25% do total até 2025.
APOSTA ARGENTINA O desafio é grande, mas, ao que parece, a Gerdau está disposta a encarar
realidades ainda mais difíceis. Além de passar a atuar no quintal das maiores competidoras, a empresa
está ampliando os investimentos na Argentina. Ela vai construir uma nova fábrica na cidade de Pérez,
na província de Santa Fé, para a fabricação de aço. Ao custo de US$ 190 milhões, a nova unidade terá
capacidade de produzir 650 mil toneladas por ano. No local, já existe uma laminadora da Gerdau, com
capacidade anual de 150 mil toneladas.
Sonho americano: fábrica da Gerdau em Cartersville, no Estado da Geórgia, nos Estados Unidos.
http://www.cdes.gov.br/
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O mercado americano responde por 32% das vendas da siderúrgica. Mais de 60% de sua receita vem
do Exterior
O objetivo é substituir a importação de 300 mil toneladas de aço. O investimento foi anunciado em
pleno Carnaval após uma reunião reservada de executivos da Gerdau, entre eles o seu CEO, com o
ministro da Economia, Axel Kicillof, e o ministro-chefe de gabinete, Jorge Capitanich. O movimento
pegou de surpresa muita gente, pois a Argentina passa por uma crise econômica severa. Mesmo assim,
o país hermano é considerado estratégico pela siderúrgica.
―A Argentina continua sendo uma das maiores economias e um dos maiores mercados consumidores
de aço da América Latina‖, afirma Gerdau. ―Fortalecer nossa presença em mercados relevantes faz
parte de nossa estratégia.‖ Caso daqui a cinco anos o país portenho dê um salto de crescimento e
fortaleça ainda mais a posição de liderança da companhia gaúcha, não será a primeira vez que ela terá
contrariado a maioria dos analistas. Como diria o gênio Albert Einstein, é no meio da dificuldade que
se encontra a oportunidade.
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10.03.2014 – Isto É Dinheiro – Os gigantes de hoje atraem os gigantes de amanhã
Menção ao conselheiro Luiz Carlos Trabuco Cappi
Grandes bancos reforçam linhas de crédito para conquistar e estimular as empresas de menor porte Por
Luiz Gustavo PACETE
A mais recente iniciativa do empresário paulista Jean Paul Cutrona, proprietário da incorporadora
Banco de Projetos Imobiliários, foi idealizar a construção de um grupo de edifícios residenciais e
comerciais em Osasco. Para isso, ele precisava de R$ 12 milhões em capital. Cutrona resolveu
conversar com um vizinho. No caso, o vizinho tratava-se do Brades-co, onde obteve o empréstimo.
―Sou cliente do banco há dez anos, e agora estou usando mais o crédito‖, diz ele. A exemplo de
Cutrona, os pequenos e médios empresários estão encontrando gerentes mais receptivos a seus pedidos
de financiamento.
Muitos deles serão, quem sabe, gigantes dos negócios do futuro. ―Depois do crescimento do consumo
nos últimos anos, a próxima arrancada do desenvolvimento brasileiro virá das empresas‖, diz Luiz
Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco. De olho nesse vetor de crescimento, o banco
anunciou, no dia 18 de fevereiro, a liberação de R$ 7 bilhões para essa categoria de empréstimos, um
aumento de 6% na carteira desses créditos. ―A inadimplência das pequenas e médias empresas caiu de
3,7% em 2012 para 3,1% em 2013, e essa é uma das principais motivações para a aposta nesse
segmento‖, diz Altair Antônio de Souza, diretor-executivo do Bradesco.
Segundo Souza, o banco atende 1,4 milhão de pequenas e médias empresas, que faturam até R$ 30
milhões por ano, uma carteira de crédito de R$ 135 bilhões, valor que já supera o crédito disponível
para pessoa física, atualmente em R$ 130,7 bilhões. Essa decisão representa uma guinada na estratégia
dos bancos. O aumento de 16,2% observado no crédito para as empresas ao longo de 2013 não teve
uma distribuição igualitária que contemplasse todas as pessoas jurídicas. A maior parte dos cerca de
seis milhões de pequenas e médias empresas brasileiras, que faturam até R$ 60 milhões por ano, ainda
vem enfrentando muitas dificuldades para obter financiamentos.
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Alguns dos motivos são comuns às companhias de todos os portes, como a alta dos juros e a
inadimplência, que permaneceram elevadas por vários meses e só começaram a recuar no fim de 2013.
Outros são específicos, como a dificuldade de esses clientes apresentarem garantias e comprovar seu
faturamento. Prova disso é que, em 2013, os resultados dos três principais bancos privados brasileiros
mostram que apenas o Bradesco ampliou os empréstimos para elas, tendo encerrado o ano com uma
carteira de R$ 128 bilhões, crescimento de 11,5% em relação a 2012.
Os demais bancos privados foram mais cautelosos: o Itaú, inclusive, chegou a diminuir sua oferta em
relação ao ano anterior em 3,9%, para R$ 85,4 bilhões, acompanhado pelo Santander, com uma
redução de 4%, para R$ 37,7 bilhões. Neste ano, o quadro deve mudar. ―Pequenas e médias empresas
costumam pagar juros mais elevados do que as corporações de grande porte‖, afirma João Carlos
Natal, consultor do Sebrae São Paulo. Ampliar os negócios com essa freguesia depende, porém, de
investimentos em tecnologia. ―Uma das grandes reivindicações dessas empresas é conseguir fazer
cobranças via celular, reduzindo o custo e aumentando a agilidade‖, afirma Souza, do Bradesco.
O empresário Cutrona e o gerente Souza: dinheiro emprestado com o vizinho
A iniciativa mais recente do banco é o Pos Mobile, sistema que permite ao empresário capturar as
informações dos cartões de débito e crédito de seus clientes pelo celular, e que foi desenvolvido em
parceria com a Cielo. ―Isso reduz as taxas cobradas do cliente de R$ 100 por mês para menos de R$
12‖, diz ele. Já a estratégia dos bancos públicos é manter o ritmo de crescimento. O Banco do Brasil
atende mais de 2,3 milhões de pequenas e médias empresas, para quem emprestou R$ 100 bilhões em
2013, um aumento de 12,3% em relação a 2012. Em dezembro, o banco estatal reabriu sua linha de
crédito para financiar impostos de empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano.
Para viabilizar essa estratégia, o BB iniciou a criação de uma rede de agências específicas para os
pequenos empresários. ―Já inauguramos três unidades, em Belo Horizonte, Campo Grande e Bauru, no
interior de São Paulo‖, diz Adilson do Nascimento, diretor de micro e pequenas empresas do BB. A
Caixa segue o mesmo caminho. O banco ainda não divulgou seu balanço de 2013, mas a estimativa dos
analistas é que os empréstimos para o setor tenham chegado a R$ 50 bilhões, um crescimento de 60%.
Certo é que a instituição criou, em 2013, uma linha de crédito para os empresários interessados em
financiar o pagamento de despesas de fim de ano.
―Já foram desembolsados R$ 3,4 bilhões para 1,7 milhão de empresas‖, diz Eugênia Regina de Melo,
superintendente nacional de empreendedorismo do banco. Ao contrário do Bradesco, cuja estratégia
privilegia o crescimento no crédito em geral para as pequenas, o HSBC prefere apostar em nichos. O
esforço do banco foi ampliar uma linha de financiamento à importação, dedicada às empresas menores
que estão interessadas em fazer negócios fora do Brasil. A adesão ao financiamento cresceu 13% em
2013. ―Aproveitamos a estrutura internacional do banco para permitir que essas empresas tenham
acesso ao mercado global‖, diz o diretor Marcelo Aleixo.
Apesar do esforço dos bancos, os entraves do setor impedem que o crédito atinja todo o seu potencial.
Além dos problemas de comprovação de receita e garantias, outro vilão é a informalidade. Natal, do
Sebrae, avalia que esse problema é, em muitos casos, fatal para as novas empresas. ―Quando não
conseguem obter créditos específicos com juros mais baixos, elas recorrem a financiamentos caros e
inadequados‖, afirma. No entanto, ele se diz otimista com a ampliação da parcela destinada às
pequenas empresas no crédito bancário. Segundo ele, mais e mais empresas têm investido em
http://www.cdes.gov.br/
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melhorias de gestão e controles, o que amplia sua capacidade de tomar empréstimos e deixam os
bancos mais confortáveis para apostar no setor.
O novo alvo das seguradoras
Não são apenas os bancos que elegeram as pequenas e médias empresas como clientes preferenciais
em 2014. Seguradoras, como a suíça Zurich e a japonesa Yasuda, tradicionalmente voltadas para o
atendimento a grandes empresas, vêm ampliando sua participação nesse negócio. A Zurich iniciou, em
abril de 2013, um processo de adaptação de seus produtos corporativos, como seguro patrimonial e
seguro de vida para funcionários de companhias de menor porte.
Leandro Poli: "Ainda há muito espaço para crescer no segmento de PME s"
A primeira fase será focada em atender apenas pequenas indústrias. Segundo Bruno Ciolli, gerente de
desenvolvimento de novos negócios da Zurich, o mercado potencial no Brasil é de seis mil empresas.
―O atendimento a esse público requer maior profissionalização, já que é mais complexo, mas aumenta
a possibilidade de negócios em comparação com o seguro automotivo, um segmento mais concorrido‖,
diz. A Yasuda oferece apólices específicas para consultórios e escritórios.
Em 2013, o total de prêmios auferidos com elas foi de R$ 20 milhões, equivalente a 25% das receitas
obtidas no segmento das micro e pequenas empresas. A cifra representa um crescimento de 15% em
relação a 2012. Segundo Leandro Poli, diretor técnico da Yasuda, a estimativa é de que o segmento
cresça 20% neste ano. ―Também estamos fazendo mais negócios com bares, restaurantes e pousadas‖,
diz ele. ―É um processo difícil, que requer uma mudança cultural, mas vale a pena por seu potencial.‖
(L.G.P.)
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06.03.2014 – Le Monde Diplomatique - As novas condições do desenvolvimento
Artigo do ex-conselheiro Luiz Gonzaga Belluzzo
A abertura comercial com câmbio valorizado e juros altos suscitou o desaparecimento de elos das
cadeias produtivas na indústria de transformação, com perda de valor agregado gerado no país. Para
juntar ofensa à injúria, essa abertura afastou o Brasil do engajamento nas cadeias produtivas globais
por Luiz Gonzaga Belluzzo
O Le Monde Diplomatique Brasil me concede generosamente a oportunidade de discorrer sobre o tema
do desenvolvimento brasileiro, seus entraves e perspectivas. Vou concentrar a argumentação em uma
das minhas obsessões: perda de posição da indústria brasileira de transformação no âmbito das
reconfigurações do parque manufatureiro global. (Os velhos não escrevem, mas reescrevem ideias que
já tiveram, se é que tive alguma.)
Na transição dos anos 1970 para os 1980, o Brasil afastou-se das tendências da indústria global, ou
seja, deixou de incorporar os novos setores e, portanto, as novas tecnologias da chamada Terceira
Revolução Industrial. Falamos da informática, da microeletrônica, da química fina e da farmacêutica.
http://www.cdes.gov.br/
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No mesmo passo, a organização empresarial brasileira distanciou-se das novas formações empresariais
que surgiam sobretudo nas vibrantes economias exportadoras asiáticas, impulsionadas por agressivas
políticas industriais e de exportação de manufaturados. No final dos anos 1970, a produção e
exportação de manufaturados brasileiros eram próximas ou superiores às de seus concorrentes
asiáticos. Hoje esses países têm posições que são um múltiplo da produção e exportação brasileiras de
manufaturados.
Nos anos 1980, a economia brasileira foi submetida à regressão industrial e econômica deflagrada pela
crise da dívida externa e suas consequências fiscais e monetárias (enormes déficits fiscais e alta
inflação com indexação generalizada). Nesse período, favorecidas pelas políticas liberais nos países
desenvolvidos e pelas iniciativas domésticas de fortalecimento industrial e de exportação de
manufaturados, as grandes empresas asiáticas, particularmente as coreanas, seguiram o exemplo
japonês dos anos 1960 e 1970 e iniciaram uma escalada de internacionalização. Atualmente, essa
estratégia é perseguida pelos chineses.
No entanto, não há como compreender a trajetória da economia brasileira nos últimos anos sem
mencionar os equívocos de ―visão‖ acolhidos pelas políticas econômicas. Tais distonias cognitivas nos
levaram à regressão industrial. A relativa complexidade do fenômeno torna difícil sua compreensão e
comunicação no debate público em razão da disseminação de simplificações midiáticas e da
partidarização das posições em confronto.
Nos anos 1990, um novo ciclo de liquidez internacional ensejou a almejada estabilização do nível geral
de preços. As classes conservadoras e conversadoras não aprendem e – ao contrário dos Bourbons –
tampouco se lembram de coisa alguma. Diante da pletora de dólares, passaram a salivar com
intensidade e patrocinar as visões mais grotescas a respeito das relações entre desenvolvimento
econômico, abertura da economia e relações entre política fiscal e monetária. Aproveitaram a
abundância de dólares para matar a inflação, mas permitiram a valorização do câmbio, sob a alegação
primária (exportadora?) de que a liberalização do comércio e dos fluxos financeiros promoveria a
alocação eficiente dos recursos. Nessa visão, os ganhos de produtividade decorrentes das mudanças no
comportamento empresarial diante do câmbio valorizado seriam suficientes para dinamizar as
exportações, atrair investidores externos e deslanchar um forte ciclo de acumulação. Mas, na vida real,
a abertura comercial com câmbio valorizado e juros altos suscitou o desaparecimento de elos das
cadeias produtivas na indústria de transformação, com perda de valor agregado gerado no país,
decorrente da elevação dos coeficientes de importação – sem ganhos nas exportações – em cada uma
das cadeias de produção. Para juntar ofensa à injúria, essa forma anacrônica de abertura afastou o
Brasil do engajamento nas cadeias produtivas globais.
Com essa estratégia, o crescimento da economia brasileira foi pífio. O investimento estrangeiro buscou
o agronegócio e os serviços, enquanto a construção de uma nova capacidade produtiva na manufatura
deslocou-se para regiões mais atraentes, como a China, onde as políticas cambial e monetária
favoreceram as iniciativas de política industrial e construíram o caminho para o rápido crescimento da
exportação de manufaturados. Os dados da Organização Mundial do Comércio (OMC) mostram que a
China avançou velozmente na sua participação nas exportações mundiais. Suas vendas externas
evoluíram de menos de 2% em 1998 para 10,4% em 2012. A China figura em primeiro lugar no
ranking dos grandes exportadores, superando a Alemanha, o Japão e os Estados Unidos.
A partir de 2003, ainda à sombra de uma política monetária excessivamente conservadora, o país
executou uma política fiscal prudente com queda das dívidas bruta e líquida como proporção do PIB. A
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acumulação de reservas construiu defesas para prevenir os efeitos de uma eventual crise de balanço de
pagamentos. Isso foi proporcionado por uma conjuntura internacional excepcionalmente favorável que
levou às alturas os preços das commodities.
Nesse ambiente benfazejo, a política econômica do governo Lula não corrigiu os enganos dos anos
1990, mantendo a taxa de juros e o câmbio fora do lugar. Criou-se uma situação do tipo ―há bens que
vêm para o mal‖, ou seja, o câmbio valorizado era compensado pelos preços generosos dos produtos
primários formados num mercado mundial superaquecido.
Nas condições descritas, seria desejável buscar uma combinação câmbio-juro real mais estimulante
para o avanço das exportações e para o investimento nos setores mais dinâmicos do comércio mundial.
Esses seriam passos decisivos para a integração do país nos fluxos de exportação e importação
exigidos pela nova configuração da indústria global.
Desde a década de 1980, o investimento das grandes empresas transnacionais nos mercados
emergentes dinâmicos aumentou a participação dos fluxos de comércio intraempresas e intraindústrias.
Nas decisões de investimento passou-se a buscar uma divisão do trabalho entre o core business da
grande empresa e configurações mais eficientes para o suprimento de peças, partes e componentes para
o abastecimento do mercado mundial.
É natural, portanto, que essas novas relações entre investimento e comércio exigissem uma maior
flexibilidade na importação de insumos, componentes, partes e peças. De outro lado, essa abertura pura
e simples às importações não seria suficiente como fator de atração do investimento externo, na
ausência de um regime cambial e de incentivos favorável às exportações. A abundante literatura sobre
o desenvolvimento das economias do Leste Asiático demonstra inequivocamente que a forte promoção
de exportações antecedeu e combinou-se virtuosamente com a abertura comercial.
O equívoco dos proponentes da abertura comercial pura e dura começa quando atribuem à abertura da
economia – independentemente da configuração de preços relativos entre tradeables e non tradeables –
virtudes sobrenaturais e desconhecidas na literatura econômica relevante sobre o tema.
O Brasil encerrou os anos 1990 e atravessou a década seguinte com uma regressão da estrutura
industrial, ou seja, não acompanhou o avanço e a diferenciação setorial da manufatura global e,
ademais, perdeu competitividade e elos nas cadeias que conservou. Contrariamente ao afirmado pela
vulgata neoliberal a respeito da globalização, o movimento de relocalização manufatureira foi
determinado por duas forças complementares: o movimento competitivo da grande empresa
transnacional para ocupar espaços ―competitivos‖ e as políticas nacionais dos Estados soberanos nas
áreas receptoras.
A crise de 2008 acirrou a concorrência mundial à proporção que os mercados se contraíam. Isso deixou
ainda mais patente a fragilidade da inserção externa da economia brasileira. Não por acaso, as medidas
de incentivo tributário perdem eficácia, neutralizadas pelo pecado original da valorização da moeda.
Isso, além de comprometer o crescimento, o equilíbrio fiscal e a conta-corrente do balanço de
pagamentos, coloca pressão sobre a taxa de juros. Para quem tem um conhecimento elementar dos
processos de industrialização e de expansão industrial das economias emergentes, a manutenção do
câmbio sobrevalorizado ao longo de muitos anos é um erro crasso de política econômica que afeta
negativamente a política fiscal e a monetária.
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Após a estabilização dos anos 1990 e na sequência de uma década de proteção forçada pela crise
cambial, era imprescindível e saudável proceder a uma abertura comercial gradualista, preservando-se
uma taxa de câmbio estimulante às exportações. Na década de 1990, depois da estabilização, a
antecipação precipitada do último estágio da reforma tarifária associou-se à apreciação nominal do
câmbio para engendrar o fenômeno prodigioso da abertura com viés antiexportador. Esse gesto teve
graves consequências. Na prática conseguimos transformar um superávit comercial de US$ 10 bilhões
no final de 1994 em um déficit anualizado que alcançou US$ 10 bilhões no primeiro trimestre de 1995.
É lamentável que perdure a identificação entre ganhos de produtividade e competitividade
internacional. Além dos fatores sistêmicos favoráveis como câmbio adequado, custo de capital
reduzido e infraestrutura eficiente, a competitividade depende de certas características da estrutura
empresarial, particularmente da capacidade de inovação em empresas com estratégias agressivas de
conquista de mercados ou da competência de redes de pequenas e médias empresas na ocupação de
nichos de mercado.
É bastante reconhecida a necessidade da intervenção do Estado em processos que envolvam
externalidades positivas e negativas, informação assimétrica, incerteza, risco elevado e concentração
do poder econômico. Entre as externalidades positivas estão a construção de infraestrutura e outros
bens públicos, como a geração de conhecimento científico e tecnológico. A existência de assimetria de
informação afeta particularmente os mercados de crédito e de capitais e o mercado de câmbio, podendo
dar origem não só à alocação ineficiente de crédito e à marginalização de pequenas empresas, bem
como ensejar episódios especulativos. A incerteza, por sua vez, além de provocar volatilidade
recorrente nos mercados de valores mobiliários, tem, por isso mesmo, efeitos adversos sobre o
investimento produtivo, sobretudo aquele que envolve inovação. O risco elevado inibe operações de
longo prazo de maturação.
As falhas de mercado até agora analisadas recomendariam apenas a adoção de políticas ―horizontais‖ e
minimalistas. As condições de concorrência nas áreas mais dinâmicas da moderna economia industrial
impõem, no entanto, intervenções estratégicas e concebidas de forma a abranger cadeias industriais
inteiras.
Isso diz respeito às vantagens competitivas construídas pelas empresas em suas relações com
fornecedores e clientes. O novo paradigma industrial vem acentuando sobremaneira a importância
dessas vantagens. Entre elas devemos destacar: 1) processos cumulativos de aprendizado – learning by
doing – na produção flexível, no desenvolvimento de produtos; 2) economias de escala dinâmicas
(ganhos de volume associados ao tempo e ao aprendizado); 3) estruturação de redes eletrônicas de
intercâmbio de dados que maximizam a eficiência ao longo das cadeias de agregação de valor
(economia de capital de giro – sobretudo minimização de estoques, de custos de transporte e de
armazenagem); 4) novas economias de aglomeração (centros de compras e de assistência técnica e
formação de polos de conhecimentos técnicos e gerenciais); e 5) economias derivadas da cooperação
tecnológica e do codesenvolvimento de produtos e processos.
A literatura relevante na área de estratégias empresariais (Porter, Drucker) ou no âmbito da economia
industrial (Dosi, Freemann, Arcangeli, Zysmann, Tyson, Malerba) reconhece o caráter decisivo desses
processos e, sem exceção, observa que conformam um padrão de concorrência radicalmente distinto do
paradigma anterior. Este último era baseado em produção padronizada, tecnologia codificada, escalas
rígidas, aversão à cooperação. Os autores, em sua maioria, assinalam que a coordenação do Estado foi
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muito importante para acelerar a mudança de paradigmas, particularmente nas economias que estavam
em processo de industrialização rápida.
A nova concepção de políticas industriais ou de competitividade coloca no centro das preocupações a
indução daquelas sinergias baseadas no conhecimento e na capacidade de resposta à informação. O
novo papel do Estado deve estar concentrado na indução da cooperação, na coordenação dos atores e
na redução da incerteza. Sua tarefa não é a de ―escolher vencedores‖, mas a de criar condições para que
os vencedores apareçam.
Luiz Gonzaga Belluzzo é economista, professor da Unicamp e presidente do Conselho Curador da
Empresa Brasil de Comunicação.
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02.03.2014 - Tribuna do Norte - Lideranças pedem política com prioridade ao seguro
rural
Menção ao conselheiro Rui Carlos Ottoni Prado
São Paulo (AE) - Lideranças do setor rural querem que o governo estabeleça como prioridade o seguro
rural na política agrícola do País, diante das adversidades climáticas observadas neste início de ano
(seca em São Paulo e no Paraná e excesso de chuvas em Mato Grosso).
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Fábio
Meirelles, o modelo atual de política agrícola baseado no crédito rural está superado.
―O novo paradigma deve ser o do seguro rural, com destaque para o seguro de receita, que permite a
mitigação tanto do risco climático quanto do risco de preços‖, disse Meirelles, durante encontro com
os presidentes das Federações de Agricultura do Paraná e de Mato Grosso, em São Paulo (SP).
Conforme Meirelles, o seguro rural, por meio do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural,
padece da falta de estrutura técnica no Ministério da Agricultura e apoio financeiro. Ele salientou, por
meio de comunicado, que o Fundo de Catástrofe, instituído em 2010, até hoje não foi regulamentado.
O presidente do Sistema Famato, Rui Carlos Ottoni Prado, disse que em Mato Grosso, maior Estado
produtor de soja, as perdas já chegam a 500 mil toneladas, o que corresponde, em valores nominais, a
R$ 500 milhões.
Em relação ao milho da segunda safra, cujo plantio normalmente corresponde a 3,2 milhões de
hectares, até agora só foram plantados 1,9 milhão de hectares. ―Ou seja, não conseguimos colher a soja
e nem plantar o milho‖, lamentou.
As perdas de produção provocadas pela estiagem e altas temperaturas nas lavouras de soja do Paraná
ultrapassam 2 milhões de toneladas, segundo o presidentes da Federação da Agricultura do Estado de
Paraná, Ágide Meneguette. No caso do milho, o prejuízo alcança 100 mil toneladas. O prejuízo
financeiro aos produtores está sendo avaliado em R$ 42,5 milhões.
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01.03.2014 – Isto é Dinheiro – As metas ambiciosas da Petrobras
Menção à conselheira Luiza Helena Trajano
A Petrobras divulgou, na terça-feira 25, lucro de R$ 23,6 bilhões referente ao ano passado, um avanço
de 11% ante 2012
Por Cláudio GRADILONE
Destaque no pregão
A Petrobras divulgou, na terça-feira 25, lucro de R$ 23,6 bilhões referente ao ano passado, um avanço
de 11% ante 2012. No dia seguinte, a estatal comandada por Graça Foster anunciou a meta de ampliar
em 7,5% sua produção de petróleo em 2014. Ao todo, o plano de negócios que vai até 2018 prevê
investimentos de US$ 220,6 bilhões. Desse total, 70% serão destinados à exploração de petróleo e 18%
vão para abastecimento. No quarto trimestre de 2013, o faturamento foi de R$ 81 bilhões, aumento de
10,4% em relação a 2012, e o lucro líquido foi de R$ 6,28 bilhões, 36% superior à cifra esperada pelos
analistas, embora 18% inferior à de 2012. A contabilidade de hedge, que permite à companhia atenuar
os impactos da variação cambial sobre sua dívida em dólares, evitou perdas financeiras de R$ 4,52
bilhões. No pregão da quarta-feira 26, as ações preferenciais caíram 3,5%, para R$ 13,68, no menor
nível desde 2005.
Palavra do analista:
Luiz Carvalho e Filipe Gouveia, analistas do banco HSBC, embora avaliem que a Petrobras tenha
excelentes ativos em seu portfólio e um potencial de crescimento impressionante, afirmam estar
neutros em relação às ações da companhia devido à intervenção do governo. Karina Freitas, da
corretora Concórdia, também afirma estar neutra em relação às perspectivas para os papéis, por causa
da demora na maturação dos investimentos.
Petroquímica
Braskem pagará 78% a mais pela Solvay
A Braskem elevou em 78% o preço da Oferta Pública de Aquisição (OPA) para as ações da unidade
argentina da Solvay Indupa. A nova proposta decorre da decisão desfavorável da Comisión Nacional
de Valores (CNV), em 3 de janeiro. O novo valor proposto pela petroquímica presidida por Carlos
Fadigas é de 2,40 pesos por ação. As ações ordinárias caíram 20,7% em 2014.
Papéis avulsos
A mágica da Ambev
A Ambev divulgou, na quarta-feira 26, seus resultados de 2013. No ano passado, a receita líquida
cresceu 6,4%, para R$ 34,8 bilhões, e o lucro líquido ajustado foi de R$ 9,5 bilhões, alta de 50% ante
2012. O resultado foi conseguido apesar de as vendas da fabricante presidida por João Castro Neves
terem caído 3,2% em volume.
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Touro x Urso
A incerteza dos investidores com relação ao desempenho das principais ações do pregão, Petrobras e
Vale, fez com que a bolsa repetisse em fevereiro o mau desempenho de janeiro. Até a quarta-feira 26, o
Índice Bovespa amargou uma queda de 2,50%, após ter passado o mês testando um suporte de 46.500
pontos.
Construção
Moura Dubeux reforça o caixa
A construtora pernambucana Moura Dubeux pretende captar R$ 175 milhões com a emissão de
debêntures não conversíveis em ações. A oferta terá até 1.750 papéis com valor nominal de R$ 100 mil
e vencimento até 15 de fevereiro de 2021. Segundo a empresa, 70% dos recursos serão usados para
alongar dívidas e o restante ficará no caixa.
Quem vem lá
Sanepar emitirá novas ações
A Sanepar informou, na segunda-feira 24, que iniciou o processo de oferta pública de distribuição
primária e secundária de ações preferenciais. A emissão será feita em mercado de balcão e vai incluir
esforços de colocação no Exterior. Em 2014, as ações acumulam queda de 23,5%.
Varejo
Magazine Luiza reverte prejuízo
A Magazine Luiza divulgou, na segunda-feira 24, um lucro líquido de R$ 113,8 milhões em 2013.
Com isso, a companhia presidida por Luiza Helena Trajano reverteu o prejuízo de R$ 6,7 milhões de
2012. A explicação para o resultado positivo foi o avanço de 14,6% da receita bruta consolidada, que
subiu para R$ 9,69 bilhões, com o aumento das vendas nas lojas e no comércio eletrônico.
―Independentemente de um consumidor mais cauteloso e da recente alta de taxa de juros, vamos
encarar o desafio de entregar melhores resultados em 2014‖, informou a empresa em nota. Apesar da
melhora nos resultados, as ações da companhia registram queda de 5,4%, neste ano.
Mercado em números
Hypermarcas
R$ 1,1 bilhão - É o centro da meta da geração de caixa prevista para 2014. No ano passado, esse
indicador foi de R$ 1 bilhão.
Even
R$ 282,8 milhões - É o lucro líquido ajustado da incorporadora em 2013. O valor é 10,1% maior do
que o apresentado em 2012, mas a receita líquida caiu 2,1%.
HRT
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R$ 75 milhões - É o valor do financiamento quitado pela subsidiária HRT O&G Exploração e
Produção de Petróleo com o banco Credit Suisse. A última prestação venceria em abril, mas a
companhia antecipou o pagamento.
Marcopolo
R$ 66,7 milhões - É o valor do pagamento de dividendos referente ao exercício de 2013. A empresa
também vai pagar R$ 62,6 milhões de juros sobre capital próprio.
Log-In
R$ 6,6 milhões - É o lucro líquido registrado pela companhia em 2013, segundo prévia operacional
divulgada na segunda-feira 24.
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