utilização da terapia por exercício no tratamento da dor lombar e
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utilização da terapia por exercício no tratamento da dor lombar e
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM FISIOTERAPIA WENIS CAETANO DE ABREU UTILIZAÇÃO DA TERAPIA POR EXERCÍCIO NO TRATAMENTO DA DOR LOMBAR E PÉLVICA GESTACIONAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA SÃO PAULO 2015 WENIS CAETANO DE ABREU UTILIZAÇÃO DA TERAPIA POR EXERCÍCIO NO TRATAMENTO DA DOR LOMBAR E PÉLVICA GESTACIONAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA Defesa apresentada ao Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, sob orientação da Prof.ª Dr.ª Cristina Maria Nunes Cabral e co-orientação da Prof.ª Dr.ª Lucíola da Cunha Menezes Costa, como requisito para obtenção do título de Mestre. SÃO PAULO 2015 SUMÁRIO Prefácio ............................................................................................................................... i Resumo ............................................................................................................................... ii Abstract .............................................................................................................................. iii Capítulo 1: Introdução ..................................................................................................... 1 Introdução .......................................................................................................................... 2 Definição ...................................................................................................................... 2 Epidemiologia .............................................................................................................. 2 Etiologia ....................................................................................................................... 3 Diagnóstico .................................................................................................................. 4 Prognóstico ................................................................................................................... 5 Tratamento ................................................................................................................... 5 Justificativa e objetivos ..................................................................................................... 7 Referências ......................................................................................................................... 8 Capítulo 2 - Utilização da terapia por exercício no tratamento da dor lombar e pélvica gestacional: uma revisão sistemática .................................................................. 11 Página de título .................................................................................................................. 12 Resumo ............................................................................................................................... 13 Introdução .......................................................................................................................... 14 Método ................................................................................................................................ 15 Tipo de estudos ............................................................................................................ 15 Tipo de participantes .................................................................................................... 15 Intervenções ................................................................................................................. 15 Tipos de desfechos ....................................................................................................... 16 Desfechos primários ..................................................................................................... 16 Desfecho secundário .................................................................................................... 16 Estratégias de busca ..................................................................................................... 16 Coleta de dados e análise ............................................................................................. 16 Seleção de estudos ........................................................................................................ 17 Extração de dados ........................................................................................................ 17 Avaliação de viés dos estudos ...................................................................................... 17 Resultados .......................................................................................................................... 18 Seleção dos estudos ...................................................................................................... 18 Características dos estudos ........................................................................................... 19 Resultados da qualidade metodológica ........................................................................ 21 Heterogeneidade dos estudos incluídos ....................................................................... 21 Comparação dos estudos conforme o tratamento ......................................................... 21 Exercícios contra não tratamento ................................................................................. 21 Exercícios contra intervenção mínima ou cuidados usuais .......................................... 22 Exercícios contra outro tipo de tratamento .................................................................. 22 Discussão ............................................................................................................................ 40 Conclusão ........................................................................................................................... 43 Referências ......................................................................................................................... 44 Capítulo 3 - Considerações finais ..................................................................................... 47 Considerações finais .......................................................................................................... 48 Anexos ................................................................................................................................ 49 Apêndice A - busca eletrônica ..................................................................................... 50 Normas de publicação da Revista Brasileira de Fisioterapia - Instruções aos autores 58 i PREFÁCIO Esta defesa de mestrado aborda uma revisão sistemática acerca das terapias por exercício utilizadas para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Ela é dividida em três capítulos, que podem ser lidos independentemente, sendo que para cada capítulo há uma lista independente de referências. O Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo permite incluir artigos publicados, aceitos ou submetidos para publicação em seu formato de publicação ou submissão no corpo do exemplar da defesa. O capítulo 1 é uma introdução à dissertação, fornecendo uma visão geral da literatura sobre a dor lombar e pélvica gestacional. O capítulo 2 tem por objetivo revisar sistematicamente as evidências de estudos controlados aleatorizados que abordem a terapia por exercício na dor, incapacidade, recuperação e saúde geral em mulheres com dor lombar e pélvica gestacional. Este documento está apresentado conforme as exigências da Revista Brasileira de Fisioterapia, em que será submetido para publicação. As normas de publicação da mesma se encontram em anexo ao final da defesa. O capítulo 3 consiste nas considerações finais e as implicações clínicas da pesquisa. ii RESUMO Esta defesa de mestrado objetiva revisar de maneira sistemática as evidências de estudos controlados aleatorizados acerca das terapias por exercício na dor, incapacidade, recuperação e saúde geral de mulheres com dor lombar e pélvica gestacional. Diversas revisões já abordaram tal assunto, porém não revisaram exclusivamente as terapias por exercícios para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. O capítulo 2 descreve o método utilizado para avaliar sistematicamente os estudos controlados aleatorizados de dor lombar e pélvica gestacional. Foram considerados apenas ensaios controlados aleatorizados, com claro desenho metodológico e métodos apropriados de aleatorização. As participantes deveriam ser portadoras de dor lombar e pélvica gestacional, independente do período gestacional. Foram incluídos estudos que utilizaram quaisquer terapias por exercícios para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional, comparada com o não tratamento, intervenção mínima, lista de espera, placebo, quaisquer outros tipos de tratamentos conservadores ou outros tipos de exercícios. Para tal, a descrição da terapia dos estudos precisa sugerir que o principal componente dos mesmos são os exercícios. Os desfechos analisados foram dor, incapacidade, melhora global ou recuperação percebida e qualidade de vida relacionada à saúde. Os estudos foram analisados por dois avaliadores independentes e o risco de viés foi analisado com base nos critérios estabelecidos pela escala PEDro. Foram encontrados 384 estudos, dos quais 20 estudos foram incluídos para análise final. Com base nos dados captados dos estudos incluídos para esta revisão sistemática, não é possível afirmar a superioridade dos exercícios para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional em comparação com o não tratamento, com a intervenção mínima e cuidados usuais, e com outros exercícios. Faz-se necessário a publicação de estudos de melhor qualidade metodológica para fundamentar a utilização dos exercícios para o tratamento de mulheres portadoras de tal condição. iii ABSTRACT The objective of this study is to systematically review the evidence about exercise therapy in pain, disability, recovery and general health of pregnant women with lumbar and pelvic pain. Several revisions have addressed this subject, but they did not revise exclusively the exercise therapy for the treatment of lumbar and pelvic pain. Chapter 2 describes the method used to assess systematically randomized controlled trials. We considered only randomized controlled trials, with appropriate methodological design of randomization methods. The participants should present lumbar and pelvic pain, regardless of the gestational period. We included studies that used any exercise therapy for the treatment of lumbar and pelvic pain, compared with no treatment, minimal intervention, waiting list, placebo, any other conservative treatments or other types of exercises. The description of the studies should suggest that the main component were the exercises. The outcome measures were pain, disability, global improvement or perceived recovery and quality of life related to health. The studies were analyzed by two independent assessors and the risk of bias was assessed based on the criteria established by the PEDro scale. We found 384 studies, of which 20 studies were included for final analysis. Based on the data obtained from the studies included in this systematic review, we can not affirm the superiority of exercises for the treatment of lumbar and pelvic pain compared with no treatment, with minimal intervention and usual care, and other exercises. The publication of studies with better methodological quality is necessary to support the use of exercise for the treatment of women with this condition. 1 CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO 2 INTRODUÇÃO Definição Segundo as diretrizes europeias de diagnóstico e tratamento da dor lombar e pélvica gestacional, três tipos de dor podem ser referidas durante a gravidez: dor lombar, dor pélvica e dor lombopélvica1. A dor lombar é caracterizada pela sensibilidade dolorosa e desconforto localizados entre a décima segunda costela e as pregas glúteas, podendo ou não vir acompanhada de irradiação para os membros inferiores2, 3. A dor pélvica gestacional é a dor situada na região das articulações sacroilíacas, entre a espinha ilíaca póstero-superior e a prega glútea, que pode irradiar para a região perineal e/ou para os membros inferiores e provocar instabilidades articulares3-9. A dor lombopélvica gestacional é assim considerada quando não há distinção entre a dor lombar ou pélvica gestacional1. Existe um grande número de termos que indicam a presença de dor lombar e pélvica gestacional 1, 4, incluindo: dor lombar, dor pélvica, dor lombopélvica, dor pélvica posterior, síndrome da cintura pélvica, instabilidade pélvica, dor lombossacral e insuficiência pélvica1, 2, 10. A falta de uniformização das definições gera uma variedade de estudos de incidência e prevalência de dor lombar ou pélvica gestacional, dificultando a comparação dos resultados2, 10 . Sendo assim, para este estudo será utilizado o termo genérico de dor lombar e pélvica gestacional, considerando as definições supracitadas de dor lombar, dor pélvica e dor lombopélvica gestacional. Epidemiologia Ainda que comum durante a gestação, não há um consenso quanto à incidência e a prevalência da dor lombar e pélvica gestacional. Prevalência se refere ao número de casos de uma doença existentes em determinada população em um período de tempo, mensurando a porção de indivíduos acometidos pela doença em determinado momento. Incidência é a quantidade de novos casos de uma doença em dado período do tempo em uma população exposta ao adoecimento no início da observação11, 12. As diretrizes europeias de diagnóstico e tratamento da dor lombar e pélvica gestacional indicam que a incidência e a prevalência pontual da dor lombar e pélvica gestacional são de 20% das gestantes, na qual 5% apresentam graves problemas dolorosos8. Alguns autores relatam uma variação da incidência durante a gestação entre 4% e 76%3, 8, 10. Essa grande variação se deve ao fato de alguns estudos serem prospectivos e outros serem retrospectivos. Outros problemas para tal variação são as 3 diferentes definições, a falta de localização correta da dor e as formas de realização do diagnóstico2, 8, 10. A dor lombar gestacional é uma das complicações mais comuns durante o período gestacional3, 6, 7, 9, 13-17 . A dor lombar é quatro vezes mais frequente em mulheres grávidas quando comparada às não grávidas15, apresentando exacerbação no final do dia7, 14. A dor pélvica gestacional é quatro vezes mais comum que a dor lombar gestacional10, podendo haver recorrência na gestação subsequente em até 85% dos casos2. A dor lombar e pélvica gestacional provoca grande impacto econômico, visto que é considerada uma das principais causas de incapacidade e absenteísmo durante o período da gestação4, 18. A dor lombopélvica é a mais severa e incapacitante, o que gera mais licenças por doença19. É um problema mundial, independente das condições socioeconômicas dos países20, 21 . Trata-se de um sintoma clínico preocupante em países escandinavos, pois o número de licenças médicas é considerável, representando a maioria das causas de licenças entre gestantes nesses países3, 6, 13, 22. Em média, as licenças tendem a durar mais de 15 dias22. Outro estudo constatou que a dor lombar acarreta 37% de licença médica, e a dor pélvica representa 72% das licenças, por um período aproximado de 12 a 15 semanas23. O número de licenças médicas também é elevado entre as mulheres suecas2, tanto que em 1991, 21% das grávidas estavam de licença por dor lombar com duração média de 7,5 semanas. O relatório do Conselho Nacional de Seguros Sociais da Suécia publicado em 1995 constatou que, das mulheres puerperais no ano de 1992, 72% precisaram de licença por doença em algum período gestacional, sendo que 10% destas devido à dor lombar gestacional16. Visto a alta prevalência e incidência de dor lombar e pélvica gestacional, faz-se necessário medidas de intervenção efetivas para o problema em questão. Etiologia Não há um fator de risco único e dominante para o desenvolvimento e para o curso da dor lombar e pélvica gestacional23. Consideram-se como fatores de risco para o surgimento da dor lombar e pélvica gestacional: presença de dor lombar antes da gestação1, 8, 22, dor lombar nas últimas gestações2, 8, índice de massa corporal elevado2, coluna1, aumento do diâmetro abdominal1, 23 20, 23 , aumento de carga na , disfunções musculares1, 23 , nulíparas20, fetos muito pesados1, 2, 23, possuir histórico de tabagismo e de trabalhos extenuantes8, histórico de hipermobilidade1, 2, 20, 23 e amenorreia2, 14. A dor lombar e pélvica gestacional é duas vezes mais comum nas mulheres que apresentaram dor lombar nas gestações anteriores, e as mulheres mais jovens apresentam maior risco para o desenvolvimento da dor lombar 4 gestacional2, 14. Além disso, a dor lombar também possui relação com gestações gemelares devido ao aumento do diâmetro abdominal2. Alguns estudos1, 20 sugerem que o uso de contraceptivos orais pode estar envolvido com o desenvolvimento da dor lombar gestacional, entretanto, não foram encontrados estudos clínicos que comprovem tal afirmação, assim como o aumento da concentração de relaxina1, causando frouxidão ligamentar24. A dor lombar pode também ser explicada por fatores psicossociais23, como a ansiedade6 e a depressão20. Ademais, o aumento da lordose lombar também pode estar envolvido com o desenvolvimento da dor lombar e pélvica gestacional, pois ocorrem alterações posturais para equilibrar o peso anterior do corpo em relação ao centro de gravidade, inclinando a pelve e aumentando a tensão na região lombopélvica3, 25, 26, devido a um encurtamento da musculatura paravertebral e estiramento excessivo dos músculos abdominais. Tais mudanças comprometem a resistência e a estabilidade pélvica3, predispondo a perda do equilíbrio e aumentando o risco de quedas24. Todavia, segundo as diretrizes europeias em dor lombar gestacional, há consenso de que o peso, a altura, o tabagismo, a idade, o intervalo de tempo desde a última gravidez e o uso de pílulas anticoncepcionais não são fatores de risco para o surgimento da dor lombar e pélvica gestacional8. Diagnóstico Respostas álgicas positivas são referidas por mulheres acometidas por episódios de dor lombar e pélvica gestacional mediante determinados testes diagnósticos5. Recomenda-se fazer mapas de referência de dor2, 4, 8 , de maneira a identificar a localização da dor mediante a marcação de um desenho das partes anterior e posterior do corpo da coluna lombar até os membros inferiores2-4, 8, 27, 28. Alguns testes específicos são recomendados, tais como: teste de elevação ativa da perna reta, teste de provocação de dor pélvica posterior1, 8, 19, 27, 29, teste de Gaenslen8, 19, palpação bilateral dos ligamentos sacroilíacos dorsais, provocação de dor na sínfise púbica pelo teste de Trendelenburg modificado, teste Faber Patrick e palpação da sínfise púbica8, 29 . Sugere-se também a realização de testes de força e de dor isométrica bilateral de adutores da coxa27, teste de distração ilíaca e teste de impulso sacral19. Portanto, a utilização de métodos combinados tem sido comum para a realização do diagnóstico. Alguns exemplos são: inspeção da postura ortostática associada à inclinação pélvica, à palpação dos ligamentos e músculos e dos testes de provocação de dor lombar e na sínfise púbica. O teste que apresenta mais confiabilidade para provocar dor na região lombar é 5 o Faber Patrick, enquanto para a sínfise púbica tem-se a palpação da sínfise púbica e o teste de Trendelenburg modificado8. Prognóstico Considerada um relevante problema de saúde, a dor lombar gestacional pode se tornar crônica e levar a incapacidade22. Os sintomas surgem pouco antes do final do primeiro trimestre da gestação, com tendência a aumentar com o decorrer do período gestacional, com determinados movimentos e com alguns exercícios físicos3, 7, 14, 21. Normalmente as gestantes adotam padrões anormais de atividade muscular para aliviar a dor, sobrecarregando a musculatura e as articulações, provocando aumento da dor no final da gestação30. O quadro doloroso provoca efeito negativo sobre as atividades diárias13, 21, 29-31 de caminhar, levantar, deitar-se em decúbito dorsal e mudança de decúbito no leito, subida de escadas, exercícios físicos, tarefas domésticas, vida sexual, qualidade do sono, lazer e relações pessoais21, 30, 31. A dor pélvica gestacional também apresenta sintomas que tendem a maximizar com a progressão da gestação3, 5-9. Embora seja vista como dor transitória e com tendência a diminuição após o parto22, a dor lombar e pélvica gestacional pode persistir por três semanas após o parto19. Há mulheres que referem dor durante os três primeiros meses após o parto4, que tende a persistir por um ano após o parto1, 4, 32, embora consta em outro estudo uma incidência de persistência da dor em 40% dos casos em um período de 18 meses pós-parto22. Além disso, pode persistir por até seis anos após o parto em 7% das mulheres33. Tais mulheres necessitam de acompanhamento e tratamento especiais4. Tratamento Os tratamentos mais utilizados para a redução da dor lombar e pélvica gestacional, recomendados pelas diretrizes europeias em dor lombar e pélvica gestacional, são os exercícios específicos de estabilização pélvica, acupuntura8, 30 e hidroginástica8. Outras intervenções também já foram utilizadas: outros tipos de exercícios, massagens, tratamentos individualizados, mobilizações, manipulações, informações, eletroterapia, travesseiros e cintos pélvicos, fixadores externos, cirurgias e injeções8. Entretanto, não existem estudos consistentes e significativos que evidenciam a utilização de algumas das terapias supramencionadas para a prevenção e o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Dentre elas: mobilizações, manipulações, travesseiros e cintos pélvicos. Não se recomendam 6 também o uso da eletroterapia, de fixadores externos e de cirurgias, pois não foram encontrados estudos na área8. Há também a utilização da terapia craniossacral, porém com redução do quadro doloroso apenas no período da manhã. Assim, mais estudos precisam ser realizados para recomendar como tratamento para a dor lombar e pélvica gestacional34. Já foi utilizado também a reeducação postural global (RPG), contribuindo para as limitações funcionais oriundas da gestação31. O tratamento através do método yoga também é usado e há relatos de que seja mais eficaz para a redução da dor lombopélvica em comparação com orientações posturais35. É utilizado também tratamento através da manipulação osteopática, que reduz a dor e melhora a funcionalidade de gestantes com dor lombar e pélvica36. Recomendam-se também as informações, desde que sejam multiprofissionais. Também são recomendadas a hidroginástica8 e a acupuntura8, 29, 30, 33, embora sejam necessários estudos mais aprofundados e com melhor qualidade metodológica por falta de evidências mais concretas8, 30, 33. Segundo as diretrizes do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas para o exercício durante a gestação, uma completa avaliação deve ser realizada antes que um programa de exercícios seja iniciado, sendo recomendado todo o pré-natal de rotina. Assim, atenção deve ser dada ao tipo e à intensidade do exercício, sua duração e a frequência das sessões. Adicionalmente deve-se dar atenção a progressão da intensidade dos exercícios ao longo do tempo24. De acordo com as diretrizes europeias em dor lombar e pélvica gestacional, os programas de intervenção mediante treinamento físico e aconselhamento individual para dor lombar e pélvica gestacional reduzem a intensidade dolorosa, o número de licenças médicas e os custos com a saúde, assim como auxiliam na promoção da saúde das gestantes 8. Porém, seguindo as diretrizes canadenses para reeducação postural de mulheres com dor lombar e pélvica gestacional, os exercícios regulares ainda não produzem efeitos significativos para enfatizar que são benéficos para a postura e para os ajustes posturais26. Os exercícios durante a gestação minimizam a dor e melhoram a qualidade de vida das mulheres durante o período gestacional e após o parto3, 37. Ocorre restauração da biomecânica lombopélvica, estabilizando tal região, melhorando a postura e a função muscular, pois gera fortalecimento da musculatura paravertebral e abdominal3, 13. Devido a redução da frouxidão das articulações sacroilíacas3, os efeitos são mais significativos sobre a flexibilidade da coluna vertebral, reduzindo significativamente a sensibilidade dolorosa13. Portanto, os programas de tratamento que incluem exercícios específicos de estabilização são recomendados pelas diretrizes europeias em dor lombar e pélvica gestacional8, 30. As evidências são significativas, sobretudo em relação à utilização dos exercícios individualizados. As massagens são 7 recomendadas como adjuvante dos programas de tratamento que incluem exercícios específicos de estabilização lombopélvica, nunca como terapia única. Todavia, é sabido que os exercícios efetuados no ambiente aquático são benéficos para as gestantes pois, além de reduzir a dor na segunda metade da gestação16, reduzem o tempo de licenças médicas5, 16. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS Vários estudos já foram publicados, mas ainda há entre eles uma grande quantidade de nomenclaturas e definições acerca da dor lombar e pélvica gestacional. Há limitações diagnósticas e ainda há estudos discrepantes quanto a localização exata da dor, dificultando a comparação dos resultados8. Existem muitas revisões sistemáticas que relatam terapias por exercício físico para gestantes com complicações pré-natais portadoras de dor lombar e pélvica gestacional, como a pré-eclâmpsia38 e o diabetes gestacional39, visto que são comuns durante o período gestacional. Algumas revisões sistemáticas e outros estudos incluem em seus desfechos a continuidade da dor após o período gestacional40, enquanto outros se referem apenas ao tratamento da dor lombar e pélvica gestacional após o parto41-44, e ainda há estudos realizados durante o parto45. Quanto as terapias fisioterapêuticas para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional, observa-se uma variável quantidade de estudos. Assim, considerando que não foram encontradas revisões sistemáticas publicadas até o presente momento que avaliem apenas os efeitos de terapias por exercícios físicos no tratamento da dor lombar e pélvica gestacional que atendam aos padrões metodológicos atuais, e que tenham incluído apenas pacientes durante o período gestacional, o objetivo do presente estudo é revisar sistematicamente as evidências de estudos controlados aleatorizados acerca da efetividade da terapia por exercício na dor, incapacidade, recuperação e saúde geral de mulheres com dor lombar e pélvica gestacional. 8 REFERÊNCIAS 1. Mousavi SJ, Parnianpour M, Vleeming A. Pregnancy related pelvic girdle pain and low back pain in an Iranian population. Spine (Phila Pa 1976). 2007;32(3):E100-4. 2. Mogren IM, Pohjanen AI. Low back pain and pelvic pain during pregnancy: prevalence and risk factors. Spine (Phila Pa 1976). 2005;30(8):983-91. 3. Kluge J, Hall D, Louw Q, Theron G, Grove D. 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Exercise or other physical activity for preventing pre-eclampsia and its complications. Cochrane Database Syst Rev. 2006(2):CD005942. 39. Ceysens G, Rouiller D, Boulvain M. Exercise for diabetic pregnant women. Cochrane Database Syst Rev. 2006(3):CD004225. 40. Nascimento SL, Surita FG, Cecatti JG. Physical exercise during pregnancy: a systematic review. Curr Opin Obstet Gynecol. 2012;24(6):387-94. 41. Ferreira CW, Alburquerque-Sendi NF. Effectiveness of physical therapy for pregnancy-related low back and/or pelvic pain after delivery: a systematic review. Physiother Theory Pract. 2013;29(6):419-31. 42. Bastiaenen CH, de Bie RA, Vlaeyen JW, Goossens ME, Leffers P, Wolters PM, et al. Long-term effectiveness and costs of a brief self-management intervention in women with pregnancy-related low back pain after delivery. BMC Pregnancy Childbirth. 2008;8:19. 43. Bastiaenen CH, de Bie RA, Wolters PM, Vlaeyen JW, Leffers P, Stelma F, et al. Effectiveness of a tailor-made intervention for pregnancy-related pelvic girdle and/or low back pain after delivery: short-term results of a randomized clinical trial [ISRCTN08477490]. BMC Musculoskelet Disord. 2006;7:19. 44. Gutke A, Sjodahl J, Oberg B. Specific muscle stabilizing as home exercises for persistent pelvic girdle pain after pregnancy: a randomized, controlled clinical trial. J Rehabil Med. 2010;42(10):929-35. 45. Leung RW, Li JF, Leung MK, Fung BK, Fung LC, Tai SM, et al. Efficacy of birth ball exercises on labour pain management. Hong Kong Med J. 2013;19(5):393-9. 11 CAPÍTULO 2 UTILIZAÇÃO DA TERAPIA POR EXERCÍCIO NO TRATAMENTO DA DOR LOMBAR E PÉLVICA GESTACIONAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA 12 UTILIZAÇÃO DA TERAPIA POR EXERCÍCIO NO TRATAMENTO DA DOR LOMBAR E PÉLVICA GESTACIONAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA EXERCISE THERAPY IN THE TREATMENT OF LUMBAR AND PELVIC PAIN DURING PREGNANCY: A SYSTEMATIC REVIEW Título resumido: Exercícios para dor lombar e pélvica gestacional Running title: Exercises for lumbar and pelvic pain during pregnancy WENIS CAETANO DE ABREU1, LUCÍOLA DA CUNHA MENEZES COSTA1, FELIPE RIBEIRO CABRAL FAGUNDES1, CRISTINA MARIA NUNES CABRAL1* Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo – São Paulo SP – Brasil * Autor correspondente: (011) 2178-1565, Rua Cesário Galeno 448/475, São Paulo, CEP: 03071-000, Tatuapé, SP; [email protected] Palavras-chaves: exercício; tratamento; dor lombar; dor pélvica; gestação Keywords: exercise; treatment; low back pain; pelvic pain; pregnancy 13 RESUMO Introdução: Durante o período gestacional três dores podem ser distinguidas: dor lombar, dor pélvica e dor lombopélvica. Os tratamentos mais utilizados e recomendados para essas dores são exercícios específicos de estabilização lombopélvica, acupuntura e hidroginástica. Até o presente momento não há revisões sistemáticas que avaliem apenas os efeitos das terapias por exercício físico no tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Objetivo: Revisar sistematicamente as evidências de estudos controlados aleatorizados acerca da terapia por exercício na dor, incapacidade, recuperação e saúde geral em mulheres com dor lombar e pélvica gestacional. Métodos: Buscas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE, EMBASE, CINAHL, CENTRAL e PEDro em fevereiro de 2014. Algumas palavras-chave utilizadas foram: “randomized controlled trial”, “dorsalgia”, “back pain”, “low back pain”, “exercise”, “physical exercise” e “exercise therapy”. Apenas estudos controlados aleatorizados de mulheres com dor lombar e pélvica gestacional foram selecionados, cujo tratamento foi baseado em terapias por exercícios, sem restrições ao idioma de publicação. Resultados: Os estudos elegíveis encontrados nas bases de dados totalizaram 384. Tendo os critérios de elegibilidade como base, foram elegíveis 57 estudos para leitura de texto completo, dos quais 20 foram incluídos para a análise. Baseando-se nos dados captados dos estudos incluídos nessa pesquisa, não se pode confirmar que os exercícios são superiores ao não tratamento, à intervenção mínima e aos cuidados usuais, e à outros exercícios para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Estudos com melhor qualidade metodológica precisam ser realizados para fundamentar tal afirmação. Palavras chave: Dor lombar; dor pélvica; terapia por exercício; tratamento 14 INTRODUÇÃO Mulheres durante o período gestacional podem referir três tipos de dor: dor lombar, dor pélvica e dor lombopélvica1. Considera-se como dor lombar gestacional a dor localizada entre a última costela e as pregas glúteas, e pode ou não irradiar para a região dos membros inferiores2, 3. Localizada nas articulações sacroilíacas, precisamente entre a espinha ilíaca póstero-superior e a prega glútea, a dor pélvica gestacional também pode irradiar para os membros inferiores, além da irradiação para a região perineal3-8. Quando não se consegue realizar distinção entre a dor lombar e pélvica gestacional, a dor é considerada lombopélvica gestacional1. Diversas intervenções já foram avaliadas para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Porém, ainda não há estudos que apresentem fortes evidências para a utilização de mobilizações, manipulações, travesseiros e cintos pélvicos na prevenção e no tratamento de tal condição física. Não é recomendada também a utilização da eletroterapia, visto que não foram encontrados estudos na área7. As informações são recomendadas, desde que sejam multiprofissionais. As massagens também são recomendadas, desde que façam parte de programas de tratamento que incluem exercícios específicos de estabilização, nunca como terapia única7, 9. A hidroterapia7 e a acupuntura7, 10-12 também são recomendadas, porém estudos mais aprofundados e com melhor qualidade metodológica precisam ser realizados por falta de evidências mais concretas7, 11, 12, embora sabe-se que os exercícios aquáticos reduzem a intensidade da dor na segunda metade da gestação13 e o tempo de licenças médicas das gestantes5, 13. Também é referido na literatura o uso do método yoga como tratamento para a dor lombar e pélvica gestacional. Tal método tende a ser mais eficaz para minimizar a dor lombopélvica em comparação com orientações posturais14. Os exercícios e os programas de tratamento que incluem exercícios específicos de estabilização são recomendados7, pois minimizam a dor e melhoram a qualidade de vida das mulheres durante a gravidez e após o parto3, 15. Evidências significativas foram encontradas, principalmente no que tange à utilização de exercícios individualizados7. Esses exercícios restauram a biomecânica lombopélvica, melhorando a função muscular e a postura das gestantes3, 16. São significativos sobre a flexibilidade da coluna vertebral e sobre o quadro doloroso16, pois reduzem a frouxidão das articulações sacroilíacas3. Porém, de acordo com as diretrizes canadenses, não foram encontrados efeitos significativos dos exercícios sobre a postura e sobre os ajustes posturais, que consequentemente influenciam no quadro doloroso devido ao aumento da lordose lombar17. 15 Existem várias revisões sistemáticas sobre o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Porém, algumas incluem pacientes com complicações pré-natais, como a préeclâmpsia18 e o diabetes gestacional19, além de exercícios realizados durante20 e após o parto21-25. A maioria das revisões sistemáticas sobre exercícios para o tratamento dessa condição apresenta evidências limitadas para a redução da dor e baixa qualidade metodológica26, não atendendo aos padrões metodológicos atuais27. Além disso, a heterogeneidade dos estudos não permite dizer que as terapias são potencialmente benéficas para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional28. Portanto, considerando que não foram encontradas revisões sistemáticas publicadas até o presente momento que avaliem apenas as terapias por exercícios físicos no tratamento da dor lombar e pélvica gestacional, exclusivamente durante o período da gestação, e que atendam aos padrões metodológicos atuais, o objetivo deste estudo é revisar de forma sistemática as evidências de estudos controlados aleatorizados a respeito da efetividade da terapia por exercício na dor, incapacidade, recuperação e saúde geral em mulheres portadoras de dor lombar e pélvica gestacional. MÉTODO Tipo de estudos Foram incluídos neste estudo apenas ensaios controlados aleatorizados, com desenho metodológico claramente explicado e métodos apropriados de aleatorização. Os estudos em que o tipo de alocação foi baseado em métodos passíveis de viés não foram elegíveis para a inclusão (por exemplo, alocação por data de nascimento). Tipo de participantes Mulheres grávidas em qualquer período da gravidez com queixa de dor lombar ou pélvica. Intervenções Qualquer terapia por exercício usada no tratamento da dor lombar ou pélvica gestacional comparada com não tratamento, intervenção mínima, lista de espera, placebo ou qualquer outro tipo de tratamento conservador. Foram considerados na revisão apenas estudos cujos delineamentos utilizados sugerem que o principal componente dos mesmos foram os exercícios. 16 Tipos de desfechos Foram avaliados os seguintes desfechos: dor, incapacidade, recuperação e saúde geral, além dos efeitos adversos para a mãe, recém-nascido ou ambos, caso tenham sido descritos pelos autores. Desfechos primários Intensidade da dor: foram utilizados dados obtidos por meio da Escala Visual Analógica (EVA), Escala Numérica de Dor e pelo Escore de McGill; Incapacidade: foram extraídos os dados de estudos que utilizaram o Questionário Roland Morris de Incapacidade ou o Índice de Incapacidade de Oswestry; Melhora global ou recuperação percebida. Desfecho secundário Qualidade de vida relacionada à saúde: por meio de dados obtidos pelo SF-36 (medido pela sub-escala “estado geral de saúde”), EuroQol, estado geral de saúde (medido em uma EVA) ou semelhante validado. Estratégias de busca A pesquisa eletrônica foi realizada sem limitação de idioma e de data até o dia 24/02/2014. Foram consideradas as seguintes bases de dados: Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), MEDLINE, EMBASE, CINAHL e PEDro. Foi utilizada a estratégia de busca da Cochrane Back Review Group associada a da Cochrane Pregnancy and Childbirth Group’s Trials Register, para procurar ensaios controlados aleatorizados em dor lombar. Foram usadas também palavras do MeSH (Apêndice A). Ao final da seleção, uma busca manual foi realizada nas referências dos artigos incluídos. Coleta de dados e análise Dois avaliadores independentes realizaram a seleção dos estudos e a extração dos dados. Os avaliadores analisaram os critérios de elegibilidade da pesquisa, a extração dos dados, o risco de viés e a importância clínica dos estudos. Quando não houve consenso entre os avaliadores, um terceiro avaliador foi acionado para a resolução das divergências para todas as fases da revisão. 17 Os avaliadores dos estudos não ficaram cegos aos autores, às publicações e às instituições. Quando as informações dos estudos foram insuficientes para tal revisão, os autores dos ensaios controlados aleatorizados inseridos foram contatados para o fornecimento ou o esclarecimento de informações adicionais. Seleção de estudos Os resumos dos estudos foram avaliados quanto a sua adequação para a revisão. Os estudos foram incluídos com base no delineamento dos estudos, o tipo de participantes e os tipos de intervenções. Quando surgiram dúvidas quanto à elegibilidade do estudo, analisou-se o texto completo do mesmo. Tal revisão abrange textos na íntegra relevantes após avaliação independente. Foram avaliadas somente publicações com textos completos, sendo excluídos os resumos, trabalhos de congressos e quaisquer outras literaturas não pertinentes para a revisão. Não houve restrição em relação ao idioma de publicação. Extração de dados Foram extraídos dos estudos as características dos mesmos (por exemplo, o local onde foi desenvolvido), assim como as modalidades de recrutamento (anúncios de jornais, por exemplo), a fonte de financiamento e o risco de viés, a população analisada e os critérios de inclusão. Foram analisadas ainda as características da amostra (como exemplo, o número de participantes e idade), a descrição das intervenções experimentais e controle (por exemplo, o tipo de terapia por exercício), além das co-intervenções, os resultados obtidos e as conclusões dos autores. Posteriormente foram utilizados os dados quanto aos resultados primários dos estudos, analisados pelos escores de média e desvio padrão. Avaliação de viés dos estudos O risco de viés dos estudos foi analisado utilizando os critérios estabelecidos pelo banco de dados do PEDro, que compreende estudos controlados aleatorizados, revisões sistemáticas e diretrizes para a prática clínica em Fisioterapia. Através da escala PEDro é possível saber a qualidade metodológica dos ensaios clínicos. A escala PEDro compreende 11 critérios de avaliação metodológica, na qual quanto mais alto o escore, melhor é a qualidade metodológica do ensaio controlado e menor é o risco de viés29. 18 Para a avaliação da validade interna dos estudos, a escala PEDro verifica a existência de diversos critérios, que incluem: aleatorização dos grupos, ocultação da distribuição dos grupos, comparação inicial dos grupos, cegamento dos pacientes, terapeutas e avaliadores do estudo, análise por intenção de tratar e adequação do período de follow-up. A interpretabilidade é avaliada constatando a existência de comparações estatísticas entre os grupos, além das estimativas e medidas de variabilidade29. Uma escala de 11 itens é formada com base nos critérios supracitados. Caso um ensaio controlado não faça referência específica a determinado critério, pontua-se como inexistente. Um dos critérios é referente à validade externa e é relativo aos critérios de elegibilidade do estudo. Tal critério não reflete as dimensões de qualidade ponderadas pela escala PEDro. Assim, não é calculado na pontuação da metodologia apresentada nos resultados da busca e, portanto, apenas 10 dos 11 itens fornecem pontuação (máximo de 10 pontos)29. RESULTADOS Seleção dos estudos Foram encontrados 384 estudos controlados aleatorizados. Após a exclusão considerando os critérios de elegibilidade, foram elegíveis 57 estudos para leitura de texto completo, dos quais 20 foram incluídos para a análise (Figura 1). Alguns autores foram contatados para o envio de informações pertinentes para tal pesquisa, porém não foi recebida resposta de muitos deles30-32, nem mesmo após o envio das mensagens em outros dois momentos. Dois autores enviaram os dados solicitados17, 33. Outros dois autores3, 8 também enviaram os dados, porém apenas os dados de dor. Um dos autores34 que respondeu ao ser procurado relatou que não haviam mais dados além dos já mencionados na pesquisa. Foi realizada comutação de três artigos35-37, porém obtivemos apenas um36 deles. Não realizou-se a comutação de outros três artigos, pois os mesmos não possuem indexação na PubMed. Faltaram dados de outros dois artigos13, 36, pois não se encontrou o contato dos autores para a solicitação dos dados pertinentes. Não foram encontrados estudos na busca manual. 19 Figura 1. Processo de seleção dos estudos incluídos para a análise *ECA: Ensaio Controlado Aleatorizado Características dos estudos Dos 20 artigos incluídos, um estudo comparou os exercícios posturais com o não tratamento33. Um estudo comparou os efeitos de um programa de exercícios de fortalecimento abdominal, paravertebral e femoral com o não tratamento16. Outro estudo comparou um programa de exercícios coletivos, contendo informações e educação ergonômica, com o não tratamento31. Os exercícios de hidroginástica também foram comparados com o não tratamento em outro estudo13. 20 Três estudos possibilitaram comparar um programa de exercícios com informações sobre postura e ergonomia3, 30, 38. Um estudo comparou a eficácia de um tratamento padrão sozinho, do tratamento padrão com a acupuntura e do tratamento padrão com exercícios de estabilização10. Outro estudo realizou a comparação de exercícios baseados na Reeducação Postural Global (RPG) com orientações rotineiras para o controle da dor lombar39. Comparouse também a efetividade de exercícios de alongamento ativo com as orientações médicas34. O método yoga também foi comparado com orientações posturais (por meio de cartilhas educativas)14. Um estudo comparou um programa de exercícios (físicos, atividades educativas e exercícios domiciliares) com as atividades do pré-natal40. Outro estudo comparou um programa de tratamento fisioterapêutico com as informações médicas usuais32. Há também um estudo que compara três grupos: Back School e um programa de treinamento modificado coletivo, Back School e um programa de treinamento modificado individual, e pré-natal usual apenas36. Um programa de exercícios ergométricos também foi comparado com o acompanhamento rotineiro de controle da dor lombar41. Outro estudo também realizou a comparação de um protocolo de educação padronizada (cartilha, palestras, fitas audiovisuais e registros diários dos exercícios) com a intervenção médica usual6. Também há a comparação de um programa de exercícios (aeróbicos, fisioterapêuticos e domiciliares) com informações e cuidados habituais do pré-natal42. Em outro estudo, comparou-se três diferentes tratamentos fisioterapêuticos para dor pélvica gestacional: um grupo de informações (sobre anatomia, postura e ergonomia), um com informações e um programa de exercícios domiciliares de estabilização pélvica e alongamentos, e outro grupo de informações com exercícios de estabilização com fortalecimento15. Outro estudo também realizou a comparação de três diferentes tratamentos para dor lombar gestacional: o grupo de exercícios (cartilha, exercícios de estabilidade lombar e recomendações posturais), o grupo de manipulação e o grupo da técnica neuroemocional43. Há também o estudo que comparou os efeitos da acupuntura com a fisioterapia para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional8. A Tabela 1 descreve as características dos estudos. De forma geral, os estudos incluíram individualmente entre 34 a 958 mulheres com idade entre 22,9 e 31,1 anos, cujos tratamentos com exercícios físicos foram realizados durante a gestação. Tais estudos incluíram tratamentos com exercícios comparando com o não tratamento, intervenção mínima ou cuidados usuais, ou outro tipo de tratamento. A Tabela 2 descreve os detalhes da extração de dados dos estudos. 21 Os autores dos estudos incluídos para esta revisão sistemática não descreveram os efeitos adversos para a mãe, para o recém-nascido, ou para ambos. Resultados da qualidade metodológica Em relação a qualidade metodológica dos 20 artigos analisados, apenas 7 já estavam com os escores disponíveis na base de dados da PEDro. Os demais artigos foram avaliados manualmente por dois avaliadores independentes. Os escores dos estudos variaram entre 1 e 8 pontos em uma escala de zero a dez pontos (Tabela 3). Todos os estudos analisados perderam pontos no que tange às técnicas de cegamento dos sujeitos e dos terapeutas, e somente nove estudos10, 15, 16, 30-32, 38, 39, 43 obtiveram pontuação no critério de cegamento dos avaliadores. A média dos escores dos artigos foi de 5,45 pontos. Heterogeneidade dos estudos incluídos Uma heterogeneidade significativa foi encontrada nos estudos incluídos quanto as características da população estudada, as avaliações e intervenções utilizadas e aos resultados obtidos. As intervenções variaram quanto ao tipo de tratamento e a duração das mesmas. Os tratamentos envolveram a utilização de programas de reabilitação coletiva e individual, presenciais e em domicílio, aconselhamentos, informações, acupuntura, RPG, exercícios de estabilização lombopélvica, yoga e Back School. A duração dos tratamentos também foi muito variada: de quatro semanas a 12 meses após o parto. Dos 20 artigos analisados, sete deles13, 30-32, 34, 36, 42 não descreveram ou não enviaram os resultados numéricos dos desfechos analisados. Ainda considerando todos os artigos, um deles33 avaliou o desfecho dor durante quatro semanas da gestação e em quatro meses após o parto. Outros cinco artigos13, 15, 31, 32, 36 também acompanharam as mulheres após o parto. Um deles38 avaliou as mulheres em quatro momentos do período gestacional. Dez3, 8, 10, 14, 16, 34, 39, 41-43 realizaram a avaliação em dois momentos da gestação. Dois estudos6, 40 realizaram a avaliação das gestantes em três momentos da gravidez. Todavia, para esta revisão sistemática, considerou-se apenas os dados coletados durante o período gestacional. Comparação dos estudos conforme o tratamento Exercícios contra não tratamento Os artigos de exercícios versus o não tratamento totalizaram 4, cuja média de qualidade metodológica é 5,5 pontos. Apenas um dos estudos16 recebeu pontuação de qualidade metodológica de 7, numa escala de 10 pontos. Este estudo encontrou efeito significativo do 22 exercício sobre a intensidade da dor, assim como outro estudo13 de qualidade metodológica inferior. Os outros dois estudos31, 33 não encontraram diferenças entre os grupos em relação a dor. Apenas um estudo33 avaliou a incapacidade, não encontrando diferenças significativas entre os grupos. Exercícios contra intervenção mínima ou cuidados usuais Os estudos de exercícios versus intervenção mínima ou cuidados usuais totalizaram 13. A média de qualidade metodológica, seguindo a escala PEDro, foi de 5,38 pontos. Dois estudos10, 32 obtiveram pontuação 8 na escala PEDro e três estudos3, 38, 42 obtiveram pontuação 7. Os demais estudos pontuaram abaixo desses escores. Um estudo32 com boa qualidade metodológica, comparando exercícios fisioterapêuticos com o tratamento obstétrico usual, constatou que o uso da fisioterapia deixa as gestantes menos propensas a relatarem dor e melhora a funcionalidade das mesmas. Outro estudo42, com escore 7 na escala PEDro, encontrou resultados conflitantes. Segundo os autores, não há diferenças significantes entre os grupos de fisioterapia e cuidados usuais do pré-natal para a dor e incapacidade. Em contrapartida, outro estudo30, com escore de 4 pontos, relata que um programa de reabilitação reduz a dor no grupo de exercícios e piora no grupo de cuidados usuais. Outro estudo36 comparou o tratamento com Back School, associado a um programa de treinamento modificado para dor lombar e pélvica gestacional. Os autores encontraram resultados significativos para a melhora da dor, porém tal estudo recebeu escore de 1 ponto na escala PEDro. Exercícios contra outro tipo de exercício Os estudos incluídos que compararam exercícios com outros exercícios totalizaram 3 artigos. A média de qualidade metodológica dos mesmos foi de 5,66 pontos. Apenas um estudo43 recebeu escore 7 numa pontuação de 10 pontos. Os autores de tal estudo compararam os exercícios com manipulações e técnicas neuroemocionais. Constatou-se melhora significativa da dor nos grupos de exercícios e manipulação. Além disso, os três grupos obtiveram melhora clínica significativa da incapacidade. Por outro lado, o estudo de NilssonWikmar et al (2005)15, pontuado em 6 na escala PEDro, comparando exercícios supervisionados com exercícios domiciliares, não encontrou diferenças estatisticamente significantes entre os grupos na melhora da dor e da incapacidade. 23 Tabela 1. Características dos estudos Exercícios x Não tratamento Autores (ano) Participantes Intervenção Momentos de avaliação Dumas et al (1995)33 N: 94 GE: exercícios aeróbicos, ginástica e relaxamento, sessões de 1 hora, 4 semanas durante a gravidez e 4 meses após o parto 4 semanas durante a gravidez e 4 meses após o parto GE: 33; Média de idade (anos): 28,8 (3,6) Garshasbi e Zadeh (2005)16 GC: 61; Média de idade (anos): 29,8 (3,2) GC: permaneceu sedentário e não se envolveu em qualquer forma de exercícios N: 212 GE: programa de exercícios três vezes por semana; durante 12 semanas GE: 107; Média de idade (anos): 26,3 (4,8) Antes e depois de 12 semanas GC: não foi realizada intervenção GC: 105; Média de idade (anos): 26,5 (4,4). Haugland et al (2006)31 Kihlstrand et al (1999)13 N: 958 GE: 275; Média de idade (anos): 28,9 (4,49) GE: programa educativo em grupos de no máximo 5 gestantes; sessões de 2 horas, uma vez por semana em 4 semanas consecutivas GC: 285; Média de idade (anos): 28,9 (4,41) GC: não foi realizada intervenção N: 258 GE: exercícios aquáticos, entre 17 e 20 sessões, 1 vez na semana e 1 hora de duração GE: 129; Média de idade (anos): 28 GC: 129; Média de idade (anos): 29 Antes e após 6 e 12 meses pósparto 15-18 semanas, 34 semanas e 1 semana pós-parto GC: Não há relatos no artigo Exercícios x Intervenção mínima ou cuidados usuais Autores (ano) Participantes Intervenção Momentos de avaliação 24 Beyaz et al (2011)30 N: 36 GE: 15; Média de idade (anos): 24,53 (3,22) GE: programa de reabilitação e exercícios, 3 vezes por semana, a cada outro dia, até a 37ª semana de gestação Dados não enviados pelos autores GC: treinamento teórico e informações na maternidade GC: 21; Média de idade (anos): 25,19 (3,51) Eggen et al (2012)38 N: 257 GE: exercícios supervisionados e tratamento padrão GE: 129; Média de idade (anos): 30,6 (4,8) GC: apenas tratamento padrão Na 24ª, 28ª, 32ª e 36ª semanas de gestação GC: 128; Média de idade (anos): 30 (4,8) Elden et al (2005)10 N: 386 G1: tratamento padrão com aconselhamentos e informações G1: 130; Média de idade (anos): 30,8 (4,8) G2: tratamento padrão e acupuntura, 6 sessões de 30 minutos durante 6 semanas G2: 125; Média de idade (anos): 30,6 (4) G3: tratamento padrão com exercícios de estabilização, 6 sessões de 1 hora durante 6 semanas Antes e depois de 6 semanas G3: 131; Média de idade (anos): 30 (4) Gil et al (2011)39 N: 34 GE: sessões de RPG durante oito semanas consecutivas. Duração de 40 minutos GE:17; Média de idade (anos): 29 GC: Orientações de rotina para controle da dor Antes e depois de 8 sessões (5,2) GC: 17; Média de idade (anos): 23,7 (3,9) Kluge et al (2011) 3 N: 50 GE: 26; Média de idade (anos): 27 GE: informações verbais e um programa de exercícios em folheto. Aulas semanais durante 10 semanas. Duração de Antes e depois de 10 semanas de tratamento 25 (20 a 32) 30 a 45 minutos. GC: 24; Média de idade (anos): 29 GC: apenas informações verbais (21 a 39) Martins e Silva (2005)34 N: 69 GE: 33; Média de idade (anos): não relatado GE: exercícios posturais e alongamentos. Sessões de 1 hora, durante 8 semanas Antes e depois de 8 sessões GC: apenas recomendações médicas GC: 36: Média de idade (anos): não relatado Martins e Silva (2013)14 N: 60 GE: 30; Média de idade (anos): 26 (24 a 30) GC: 30; Média de idade (anos): 23 (17 a 29) Miquelutti et al (2013)40 N: 197 GE: 97; Média de idade (anos): 22,9 (4,6) GE: exercícios orientados pelo método yoga. Duração de 10 semanas 10 sessões, 1 vez por semana, durante 1 hora cada Antes e após 10 semanas/sessões GC: orientações e panfleto educativo GE: Exercícios físicos, atividade educativas e instruções sobre exercícios domiciliares GC: Atividades educativas do pré-natal e informações Com até 30 semanas de gestação; entre 31 e 36 semanas de gestação; a partir da 37 semana de gestação GC: 100; Média de idade (anos): 22,9 (5,1) Mørkved et al (2007)32 N: 301 GE: 148; Média de idade (anos): 28 (5,3) GC: 153; Média de idade (anos): 26,9 (3,9) GE: treinamento fisioterapêutico durante 1 hora, uma vez por semana durante 12 semanas GC: Informações usuais do obstetra ou do clínico geral Na 20ª e na 36ª semana de gestação; 3 meses após o parto 26 Ostgaard et al (1994)36 N: 407 G1: 145; Média de idade (anos): não relatado G2: 123; Média de idade (anos): não relatado Grupo A: Back School e um programa de treinamento modificado. Duas sessões de 45 minutos Grupo B: Back School e um programa de treinamento modificado. Individual e 5 sessões de 30 minutos Antes, na 36ª semana gestacional, 8 semanas após o parto GC: Apenas pré-natal usual G3: 139; Média de idade (anos): não relatado Sedaghati et al (2007)41 N: 90 GE: 40; Média de idade (anos): 23,28 (2,52) GE: programa de exercícios de aquecimento, aeróbicos e relaxamento; 1 hora de duração, durante 8 semanas Antes e depois de 8 semanas GC: apenas acompanhamento de rotina GC: 50; Média de idade (anos): 23,26 (4,23) Shim et al (2007)6 N: 56 GE: 29; Média de idade (anos): 28,1 (2,9) GC: 27; Média de idade (anos): 28,6 (3,2) Stafne et al (2012)42 N: 855 GE: 429; Média de idade (anos): 30,5 (4,4) GC: 426; Média de idade (anos): 30,4 (4,3) GE: programa padronizado: panfleto, palestra, fita audiovisual para demonstrar o exercício e registro de exercício diário; sessões de 45 minutos, 5 a 7 vezes semanais Antes (17-22 semanas de gestação), após 6 e após 12 semanas GC: apenas rotina médica GE: programa de exercícios fisioterapêuticos; 12 semanas de exercícios aeróbicos e de fortalecimento com duração de 1 hora Antes (18 a 22 semanas de gestação) e depois (32 a 36 semanas de gestação) GC: informações e cuidados habituais do pré-natal Exercícios x Outro tipo de exercício Autores (ano) Participantes Intervenção Momentos de avaliação Nilsson-Wikmar et al N: 118 Grupo 1: protocolo de educação padronizada: panfleto, Antes (de 35 a 38 semanas de 27 (2005)15 G1: 40; Média de idade (anos): 28,4 (3,9) palestra, fita audiovisual para demonstração dos exercícios diários G2: 41; Média de idade (anos): 29,5 (3,3) Grupo 2: informações; programa de exercícios domiciliares G3: 37; Média de idade (anos): 29,7 (5,4) Peterson et al (2012)43 N: 57 G1: 22; Média de idade (anos): 28,7 (5,1) G2: 15; Média de idade (anos): 31,1 (4,2) gestação); 6 e 12 meses após o parto Grupo 3: grupo de exercícios e informações, baseado em um programa de treinamento, 2 vezes na semana Grupo 1: de exercícios, livreto e recomendações posturais. Duração de 15 minutos domiciliares, 5 vezes na semana. Antes e após 8 sessões Grupo 2: grupo de manipulações Grupo 3: técnica neuroemocional G3: 20; Média de idade (anos): 29,7 (5,5) Wedenberg et al (2000)8 N: 60 GE: 30; Média de idade (anos): 28,4 (21 a 36) GC: 30; Média de idade (anos): 29,4 (22 a 36) GE: acupuntura, 3 vezes por semana durante as primeiras 2 semanas. Em seguida, 2 vezes por semana, totalizando 10 tratamentos em 1 mês, de 30 minutos cada Dor antes e depois GC: fisioterapia, 1 ou 2 vezes na semana, totalizando 10 tratamentos dentro de 6-8 semanas de 50 minutos cada *GE: Grupo de Exercícios; GC: Grupo Controle; G1: Grupo 1; G2: Grupo 2; G3: Grupo 3; RPG: Reeducação Postural Global Tabela 2. Detalhes da extração dos dados dos estudos, em médias e desvio-padrão Exercícios x Não tratamento Autores (ano) Antes do tratamento Após o tratamento Dumas et al (1995)33 GE: RSPL: 1,42 (1,44); LF: 1,17 GE: RSPL: 0,87 (1,34); LF: 1,09 Resultados Não houve diferença significativa entre os grupos quanto a dor 28 (0,27) (0,11) e quanto a incapacidade GC: RSPL: 1,81 (1,99); LF: 1,22 (0,27) GC: RSPL: 1,6 (1,8); LF: 1,11 (0,21) Garshasbi e Zadeh (2005)16 GE: KEBK: 23,6 (18,09) GE: KEBK: 30,48 (15,46) GC: KEBK: 31,63 (20) GC: KEBK: 33 (20,39) Haugland et al (2006)31 Não descrevem os valores Não descrevem os valores Não há diferenças entre os grupos em relação a dor Kihlstrand et al (1999)13 Não descrevem os valores Não descrevem os valores Houve redução da dor e das licenças por doença no grupo de exercícios Efeito significativo na intensidade da dor Exercícios x Intervenção mínima ou cuidados usuais Autores (ano) Antes do tratamento Após o tratamento Resultados Beyaz et al (2011)30 Não descrevem os valores Não descrevem os valores A gravidade da dor reduz no grupo de exercícios e aumenta significativamente no grupo controle Eggen et al (2012)38 GE: Escala numérica (dor lombar): 38 (29,5) GE: Escala numérica (dor lombar): 44 (42,7) Os exercícios coletivos supervisionados não reduzem a prevalência de dor lombar e pélvica gestacional GC: Escala numérica (dor lombar): 37 (28,9) GC: Escala numérica (dor lombar): 49 (45,8) GE: Escala numérica (dor pélvica): 24 (18,6) GE: Escala numérica (dor pélvica): 52 (50,5) GC: Escala numérica (dor pélvica): 22 (17,2) GC: Escala numérica (dor pélvica): 55 (51,4) GE: RMDQ: 0,7 (0,5 a 0,9) GE: RMDQ: 2,8 (2,1 to 3,6) GC: RMDQ: 0,8 (0,5 a 1,1) GC: RMDQ: 3 (2,3 to 3,9) 29 Elden et al (2005)10 G1: VAS manhã: 22 (13 a 43) G1: VAS manhã: 18 (9 a 37) G1: VAS noite: 60 (4 a 73) G1: VAS noite: 45 (21 a 68) G2: VAS manhã: 23 (15 a 44) G2: VAS manhã: 15 (7 a 29) G2: VAS noite: 65 (47 a 76) G2: VAS noite: 31 (12 a 58) G3: VAS manhã: 23 (13 a 41) G3: VAS manhã: 27 (12 a 58) G3: VAS noite: 63 (49 a 75) G3: VAS noite: 58 (40 a 74) GE: VAS: 5,2 (1,5) GE: VAS: 0,9 (1,3) GC: VAS: 5,8 (1,2) GC: VAS: 7 (1,4) GE: RMDQ: 7,1 (5) GE: RMDQ: 2,3 (2,9) GC: RMDQ: 9,5 (4,5) GC: RMDQ: 13,8 (3,8) GE: VAS: 30,0 (3 a 47) GE: VAS: 18,5 (0 a 40) GC: VAS: 31 (9 a 54) GC: VAS: 33 (5 a 50) GE: RMDQ: 71 (5 a 143) GE: RMDQ: 39,5 (0 a 135) GC: RMDQ: 77,5 (16 a 142) GC: RMDQ: 77 (4 a 140) Martins e Silva (2005)34 Não descrevem os valores Não descrevem os valores Diminuição significativa da dor no grupo de exercícios Martins e Silva (2013)14 GE: VAS: 6 (5 a 7) GE: VAS: 0 (0 a 1) Redução significativa da dor no grupo de exercícios GC: VAS: 7 (5 a 8) GC: VAS: 4,5 (1 a 7,5) Miquelutti et al (2013)40 GE: VAS lombar: 4,7 (2,7) GE: VAS lombar: 5,1 (2,3) GE: VAS pélvica: 3,8 (2,1) GE: VAS pélvica: 5,5 (2,9) GC: VAS lombar: 4,5 (2,2) GC: VAS lombar: 4,8 (2,5) Gil et al (2011)39 Kluge et al (2011)3 Exercícios de estabilização como complemento ao tratamento padrão. Acupuntura é superior aos exercícios de estabilização Diferença significativa entre os grupos, com menor intensidade de dor no grupo de exercícios. Redução da incapacidade no grupo de exercícios e aumento no grupo controle Mudanças significativas na intensidade da dor e na incapacidade do grupo de exercícios; sem alterações significativas no grupo controle Não houve diferença entre os grupos em relação a prevalência e a intensidade da dor lombopélvica 30 GC: VAS pélvica: 4,7 (2,4) GC: VAS pélvica: 5,9 (2,8) Mørkved et al (2007)32 Não descrevem os valores Não descrevem os valores O grupo de exercícios é menos propenso a relatar dor. Não houve diferença entre os grupos em relação as licenças médicas. Grupo de exercícios com melhor funcionalidade Ostgaard et al (1994)36 Não descrevem os valores Não descrevem os valores Houve redução significativa da dor no grupo de exercícios Sedaghati et al (2007)41 GE: QUEBEC: 20,43 (7,25) GE: QUEBEC: 21,23 (7,29) GC: QUEBEC: 21,88 (7,06) GC: QUEBEC: 27,7 (5,65) Não houve aumento da dor no grupo de exercícios, porém houve no grupo controle Shim et al (2007)6 GE: VAS: 5,82 (2,43) GE: VAS: 4,21 (2,55) GC: VAS: 5,29 (2,09) GC: VAS: 5,67 (2,18) GE: ODI: 42,55 (13,53) GE: ODI: 41,66 (17,15) GC: ODI: 36,44 (12,14) GC: ODI: 43,41 (14,75) Não descrevem os valores Não descrevem os valores Stafne et al (2012)42 A dor no grupo de exercícios foi significativamente menor que no controle. Não houve diferenças estatisticamente significativas na incapacidade e no nível de ansiedade entre os grupos Não houve diferenças entre os grupos em relação a intensidade da dor Exercícios x Outro tipo de exercício Autores (ano) Antes do tratamento Após o tratamento Resultados Nilsson-Wikmar et al (2005)15 G1: VAS: 49 (8 a 77) G1: VAS: 5 (0 a 78) G2: VAS: 46 (1 a 100) G2: VAS: 11 (0 a 62) Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em relação à dor e ao índice de atividade total G3: VAS: 47 (5 a 95) G3: VAS: 16 (0 a 74) G1: DRI: 41 (1 a 78) G1: DRI: 8 (2 a 34) G2: DRI: 38 (1 a 86) G2: DRI: 10 (0 a 69) G3: DRI: 40 (7 a 72) G3: DRI: 12 (2 a 62) 31 Peterson et al (2012)43 Wedenberg et al (2000)8 G1: VAS: 3,9 (1,5) G1: VAS: 2,4 (1,8) Grupo de exercícios e terapia manipulativa espinhal tiveram melhora clinicamente significativa na dor. Os três grupos tiveram melhora clinicamente significativa da incapacidade G2: VAS: 3,5 (1,1) G2: VAS: 1,9 (1,7) G3: VAS: 3,2 (1,4) G3: VAS: 2,4 (1,6) G1: RMDQ: 10,7 (4,9) G1: RMDQ: 6,1 (5,9) G2: RMDQ: 8,7 (4,1) G2: RMDQ: 4,1 (4,3) G3: RMDQ: 9,3 (3,7) G3: RMDQ: 5,7 (4,7) GE: VAS manhã: 3,4 (2,11) GE: VAS manhã: 0,86 (0,87) GC: VAS manhã: 3,65 (2,84) GC: VAS manhã: 2,32 (2,31) GE: VAS noite: 7,38 (1,68) GE: VAS noite: 1,68 (1,89) GC: VAS noite: 6,56 (2,51) GC: VAS noite: 4,47 (2,61) Não descrevem dados de incapacidade Não descrevem dados de incapacidade Dor no grupo acupuntura foi significativamente menor que o de fisioterapia. No grupo fisioterapia a dor foi estatisticamente significante a noite. A incapacidade foi significativamente menor no grupo acupuntura *GE: Grupo de exercícios; GC: Grupo controle; G1: Grupo 1; G2: Grupo 2; G3: Grupo 3; RSPL: Escala de classificação de dor Leavitt; LF: Limitação funcional; KEBK: Questionário de dor KEBK; RMDQ: Questionário Roland-Morris de incapacidade; VAS: Escala visual analógica; QUEBEC: Escala de incapacidade de dor lombar; ODI: Índice de Incapacidade Oswestry; DRI: Índice de Deficiência Tabela 3. Avaliação da qualidade metodológica pela escala PEDro Autores (ano) Itens da Escala PEDro 1 2 3 4 5 6 7 Pontuação na Escala PEDro 8 9 10 11 1 0 1 1 Exercícios x Não tratamento Dumas et al 1 0 0 1 0 0 0 4/10* 32 (1995)33 Garshasbi et al (2005)16 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 7/10 Haugland et al (2006)31 1 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 5/10* Kihlstrand et al (1999)13 1 1 1 1 0 0 0 1 0 1 1 6/10 Exercícios x Intervenção mínima ou cuidados usuais Beyaz et al (2011)30 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 0 4/10* Eggen et al (2012)38 1 1 1 1 0 0 1 1 0 1 1 7/10* Elden et al (2005)10 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 8/10 Gil et al (2011)39 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 6/10 Kluge et al (2011)3 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 7/10* Martins e Silva (2005)34 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2/10 Martins e Silva (2013)14 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 1 5/10* Miquelutti et al (2013)40 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 6/10* Mørkved et al (2007)32 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 8/10* Ostgaard et al (1994)36 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1/10 33 Sedaghati et al (2007)41 0 1 0 1 0 0 0 1 0 1 1 5/10 Shim et al (2007)6 1 0 0 1 0 0 0 1 0 1 1 4/10* Stafne et al (2012)42 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 7/10* Exercícios x Outro tipo de exercício Nilsson-Wikmar et al (2005)15 1 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1 6/10* Peterson et al (2012)43 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 7/10* Wedenberg et al (2000)8 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 4/10* Legenda: 1: Critério de elegibilidade; 2: Distribuição aleatória; 3: Alocação secreta; 4: Indicadores prognósticos semelhantes no início do tratamento; 5: Cegamento de sujeitos; 6: Cegamento de terapeutas; 7: Cegamento de avaliadores; 8: Follow-up > 85%; 9: Análise por intenção de tratamento; 10: Descrição estatística inter-grupos; 11: Presença de medidas de precisão e variabilidade; 1: sim; 0: não. Os estudos cujas pontuações finais estão marcados com um asterisco (*) não foram pontuados segundo os avaliadores da base de dados PEDro, e sim por consenso dos avaliadores desta pesquisa. Tabela 4. Desfechos avaliados pelos estudos e diferença entre as médias Autores (ano) Desfecho e Instrumento de avaliação Diferença entre as médias (IC=95%) Exercícios x Não tratamento Dumas et al (1995)33 Dor: Diário da dor (0-5); RSPL (13 palavras descritas) Dor 17-24 semanas: 0,14 (-0,99 a 1,27) Incapacidade: Questionário de Bergquist-Ullman e Larson (3 pontos) Dor 25-33 semanas: -0,31 (-1,42 a 0,80) Dor 33-42 semanas: -0,62 (-1,71 a 0,47) 34 Dor 43+ semanas: 0,83 (-0,02 a 1,68) Incapacidade: 17-24 semanas: 0,05 (-0,09 a 0,19) Incapacidade: 25-33 semanas: 0 (-0,18 a 0,18) Incapacidade: 33-42 semanas: -0,16 (-0,34 a 0,02) Incapacidade: 43+ semanas: 0,02 (-0,07 a 0,11) Garshasbi e Zadeh (2005)16 Dor: KEBK (1-4) Dor antes do exercício: 8,03 (2,87 a 13,19) Haugland et al (2006)31 Dor: VAS (0-10) Dados não fornecidos pelos autores Kihlstrand et al (1999)13 Dor: Escala numérica (0-10) E-mail dos autores não encontrado Dor após o exercício: 2,52 (-2,37 a 7,41) Exercícios x Intervenção mínima ou cuidados usuais Beyaz et al (2011)30 Dor: VAS Dados não fornecidos pelos autores Eggen et al (2012)38 Dor: Escala numérica (0-10); Dor pélvica baseline: -2 (-6,4 a 2,4) Incapacidade: Questionário Roland-Morris; Dor lombar baseline: -1 (-8,17 a 6,17) Qualidade de vida: Survey (SF- 8): Componente físico (PCS) e mental (MCS) Dor pélvica 24ª: 6 (-1,64 a 13,64) Dor lombar 24ª: -2 (-9,83 a 5,83) Dor pélvica 28ª: 4 (-5,49 a 13,49) Dor lombar 28ª: 6 (-3,7 a 15,7) Dor pélvica 32ª: 0 (-11,46 a 11,46) Dor lombar 32ª: 19 (8,78 a 29,22) Dor pélvica 36ª: 3 (-10,87 a 16,87) 35 Dor lombar 36ª: 5 (-7,06 a 17,06) Incapacidade 24ª:-0,9 (-1,9 a 0,0) Incapacidade 28ª: -0,9 (-2,1 a 0,3) Incapacidade 32ª: -1,6 (-2,9 a 0,3) Incapacidade 36ª: -0,7 (2,1 a 0,7) PCS baseline: -2,6 (-4,75 a -0,45) MCS baseline: 0,7 (-1,45 a 2,85) PCS 24ª: -0,5 (-2,63 a 1,63) MCS 24ª: 0,2 (-1,82 a 2,22) PCS 28ª: -0,9 (-3,15 a 1,35) MCS 28ª: 1,5 (-0,46 a 3,46) PCS 32ª: -2,2 (-4,53 a 0,13 MCS 32ª: 0,5 (-1,46 a 2,46) PCS 36ª: -1,2 (-3,64 a 1,24) MCS 36ª: 0,8 (-1,46 a 3,06) Elden et al (2005)10 Dor: VAS (0-100) Dor manhã: S−ACU: 12 (5.9 a 17.3) Recuperação percebida S−SE: 9 (1.7 a 12.8) ACU-SE: -3 (-7,8 a 0,3) Dor a tarde: S−ACU: 27 (13.3 a 29.5) S−SE: 13 (2.7 a 17.5) 36 ACU−SE: −14 (−18.1 a −3.3) Gil et al (2011) 39 Dor: VAS (0-10) Incapacidade: Questionário Roland-Morris Kluge et al (2011)3 Dor: 5,9 (5,0 a 6,7) Incapacidade: 2,21 (1,75 a 2,67) Dor: Escala numérica (0-10) Dor antes: 3,75 (-3,55 a 11,05) Incapacidade: Questionário Roland-Morris modificado Dados de incapacidade ausentes Martins e Silva (2005)34 Dor: VAS (0-10) Dados não fornecidos pelos autores Martins e Silva (2013)14 Dor: VAS (0-10) Dor inicial grupo yoga: 6 (5 a 7) Dor final grupo yoga: 0 (0 a 1) Dor inicial grupo postura: 7 (5 a 8) Dor final grupo postura: 4,5 (1 a 7,5) Miquelutti et al (2013)40 Dor: VAS (0-10) Dor lombar 30ª: -0,2 (-0,89 a 0,49) Dor lombar 31-36ª: 0 (-0,68 a 0,68) Dor lombar 37ª: -0,3 (-0,98 a 0,38) Dor pélvica 30ª: 0,9 (0,27 a 1,53) Dor pélvica 31-36ª: 0,5 (-0,2 a 1,2) Dor pélvica 37ª: 0,4 (-0,4 a 1,2) Mørkved et al (2007)32 Dor: Desenho do corpo; VAS (0-100) Incapacidade: Índice de Deficiência (DRI) Dados não fornecidos pelos autores Ostgaard et al (1994)36 Dor: VAS (1-10) E-mail dos autores não encontrado 37 Sedaghati et al (2007)41 Dor: QUEBEC (0-100) Dor antes: 1,45 (-1,56 a 4,46) Shim et al (2007)6 Dor: VAS (0-10) Dor baseline: -0,53 (-1,75 a 0,69) Incapacidade: Questionário de Incapacidade Oswestry Dor 6 semanas: -0,42 (-1,68 a 0,84) Dor depois: -6,47 (-9,18 a -3,76) Dor 12 semanas: 1,46 (0,18 a 2,74) Incapacidade baseline: -6,11 (-13,02 a 0,80) Incapacidade 6 semanas: -6,41 (-13,99 a 1,17) Incapacidade 12 semanas: 1,75 (-6,85 a 10,35) Stafne et al (2012)42 Dor: VAS (0-100) Dor manhã: 0,5 (-3,1 a 4,1) Incapacidade: Índice de incapacidade Rating (DRI) Dor noite: -0,2 (-4,6 a 4,2) Incapacidade: -1,2 (-4,5 a 2,1) Exercícios x Outro tipo de exercício Nilsson-Wikmar et al (2005)15 Dor: VAS (0-100); Desenho de dor Grupo informação - Dor no presente: Incapacidade: DRI Até 38 semanas: -5 (-72 a 72) De 38 semanas ao parto: 44 (-8 a 94) Grupo informação - Dor acentuada: Até 38 semanas: -4 (-56 a 62) De 38 semanas ao parto: 7 (-11 a 57) Grupo informação - capacidade total de atividade: Até 38 semanas: -21 (-72 a 26) 38 De 38 semanas ao parto: 56 (16–84) Grupo exercícios iniciais - Dor no presente: Até 38 semanas: -6 (-81 a 79) De 38 semanas ao parto: 60 (-29 a 94) Grupo exercícios iniciais - Dor acentuada: Até 38 semanas: -6 (-81 a 23) De 38 semanas ao parto: 14 (-15 a 59) Grupo exercícios iniciais - capacidade total de atividade: Até 38 semanas: -23 (-61 a 24) De 38 semanas ao parto: 56 (-6 a 87) Grupo exercícios clínicos - Dor no presente: Até 38 semanas: 1 (-65 a 73) De 38 semanas ao parto: 43 (-15 a 87) Grupo exercícios clínicos - Dor acentuada: Até 38 semanas: -1 (-32 a 30) De 38 semanas ao parto: 7 (-2 a 30) Grupo exercícios clínicos - capacidade total de atividade: Até 38 semanas: -25 (-61 a 28) De 38 semanas ao parto: 51 (14 a 88) Peterson et al (2012)43 Dor: Escala numérica (0-10) Dor 39 Incapacidade: Questionário Roland-Morris Ex2 vs NET −0.1 (−1.1, 1.0) Ex2 vs SMT −0.5 (−1.8, 0.7) SMT2 vs NET 0.5 (−0.7, 1.6) Incapacidade Ex2 vs NET: −0.3 (−3.7, 3.0) Ex2 vs SMT −2.0 (−5.6, 1.6) SMT2 vs NET 1.6 (−1.5, 4.8) Wedenberg et al (2000)8 Dor: VAS (0-10) Dor manhã antes: 0,25 (-1,04 a 1,54) Incapacidade: Índice de Deficiência (0 – sem incapacidade; 10 – máxima deficiência) Dor manhã depois: 1,46 (0,56 a 2,36) Dor noite antes: -0,82 (-1,92 a 0,28) Dor noite depois: 2,79 (1,61 a 3,97) Dados de incapacidade não recebidos * RSPL: Escala de classificação de dor Leavitt; KEBK: Questionário de dor KEBK; VAS: Escala Visual Analógica; PCS: Componente físico; MCS: Componente mental; S: Grupo padrão; ACU: Grupo acupuntura; SE: Grupo exercício de estabilização; QUEBEC: Escala de incapacidade de dor lombar; DRI: Índice de Deficiência; EX: Grupo de exercício; NET: Técnica Neuroemocional; SMT: Terapia Manipulativa 40 DISCUSSÃO Esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar as evidências de estudos controlados aleatorizados acerca da efetividade de terapias baseadas por exercícios no controle da dor, da incapacidade, da recuperação e da saúde geral de mulheres portadoras de dor lombar e pélvica gestacional. Considerando a intervenção baseada em exercícios versus o não tratamento, não é possível afirmar a superioridade da mesma, já que apenas dois estudos13, 16 observaram efeito significativo do exercício sobre a dor, sendo apenas um deles16 de alta qualidade metodológica. Ao comparar as terapias por exercícios com a intervenção mínima e com os cuidados usuais, alguns estudos3, 10, 32, 38, 42 apresentaram boa qualidade metodológica. Entretanto, não se pode afirmar a superioridade dos exercícios, visto que os resultados são conflitantes. Também não se pode afirmar a superioridade dos exercícios ao comparar com outros tipos de exercícios, visto que apenas um estudo43 chegou a conclusões a favor dos exercícios. O estudo de Mørkved et al (2007)32, incluído nesta revisão sistemática, comparou os exercícios fisioterapêuticos com o tratamento obstétrico usual. Os autores chegaram a conclusão de que os exercícios fisioterapêuticos deixam as gestantes menos propensas a relatarem dor, além de melhorar a funcionalidade das mesmas. Entretanto, considerando a heterogeneidade dos estudos e a qualidade metodológica dos mesmos, não é possível afirmar que a fisioterapia produz efeito significativo para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Estudos futuros precisam atender às normas metodológicas atuais. A revisão sistemática de Stuge et al (2003)27 também avaliou a eficácia das intervenções fisioterapêuticas para a prevenção e para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Porém, não encontraram diferenças na intensidade dolorosa e na incapacidade a favor das intervenções fisioterapêuticas. Os autores também alertam para a baixa qualidade metodológica e para a heterogeneidade dos estudos incluídos. Comparando os exercícios com intervenção mínima ou cuidados usuais, Elden et al (2005)10, analisando apenas o desfecho dor, observaram melhora da dor com os exercícios de estabilização lombopélvica, embora encontrando resultados superiores no grupo de acupuntura. Resultados semelhantes também foram relatados na revisão sistemática de Pennick e Young (2007)44. Segundo os autores, a acupuntura é superior aos exercícios para a redução da dor lombar e pélvica gestacional no período noturno, sendo também mais eficaz do que a fisioterapia para o tratamento de tal condição. Todavia, os autores atentam para as limitações metodológicas dos estudos incluídos, fazendo-se necessário analisar os resultados 41 com cautela. Estes resultados corroboram com a revisão sistemática de Ee et al (2008)26, que também relataram a superioridade da acupuntura em relação ao tratamento padrão isolado e a fisioterapia. Porém, os autores também consideram as evidências limitadas, relatando a necessidade de ensaios controlados aleatorizados adicionais de alta qualidade metodológica para apoiar a utilização da acupuntura para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. O estudo de Kihlstrand et al (1999)13, incluído na presente revisão sistemática, investigou os efeitos da terapia aquática para o tratamento de mulheres portadoras de dor lombar e pélvica gestacional. Segundo os autores, embora a dor aumente com o progredir da gestação, tende a diminuir significativamente na segunda metade da gravidez. Os resultados obtidos pela revisão sistemática de Waller et al (2009)28 foram diferentes desta revisão. De acordo com os autores, embora a hidroterapia tenha efeito benéfico, não apresentou superioridade em relação à outras intervenções. Pennick e Young (2007)44 encontraram resultados favoráveis em relação a terapia aquática ao comparar seus efeitos com o pré-natal usual. Porém os autores atentam para analisar os resultados com cautela, visto as limitações metodológicas dos estudos incluídos para a revisão. Dos vinte estudos incluídos nesta revisão sistemática, todos avaliaram dor e/ou incapacidade em seus desfechos, o que é normal, visto as queixas relatadas por mulheres durante o período gestacional. Por outro lado, apenas um estudo38 avaliou o desfecho qualidade de vida e outro10 avaliou a recuperação percebida. Tais desfechos também são importantes durante a avaliação dessa população, visto os efeitos da gestação na qualidade de vida e na saúde geral de mulheres portadoras de dor lombar e pélvica gestacional. Para a análise da qualidade metodológica dos estudos incluídos nesta revisão sistemática considerou-se a escala PEDro. A escala é composta de 11 critérios de avaliação, dos quais 10 deles são contabilizados na pontuação final. Entretanto, quando se tratam de ensaios controlados aleatorizados referentes a intervenções baseadas em exercícios, apenas 8 critérios podem ser pontuados. Os outros 2 critérios são referentes ao cegamento do terapeuta e do paciente. Considerando que se tratam de exercícios, não é possível realizar o cegamento do terapeuta e do paciente. Assim, a pontuação máxima dos estudos é de 8 pontos. Dos estudos incluídos na presente revisão sistemática, apenas 10%10, 32 receberam a pontuação 8 e 25%3, 16, 38, 42, 43 dos mesmos receberam 7 pontos. Nos demais estudos6, 8, 13-15, 30, 31, 34, 36, 39-41, 45 , pode-se considerar que a qualidade metodológica foi moderada ou baixa, o que compromete o nível de evidência dos resultados e a possível contribuição dos mesmos na prática clínica. Essa observação sobre a baixa qualidade metodológica dos estudos que 42 avaliam o efeito de terapias no tratamento da dor lombar e pélvica gestacional também foi realizada por outros autores26, 27, 44. 43 CONCLUSÃO Considerando que apenas um estudo com boa qualidade metodológica encontrou efeitos benéficos do exercício na intensidade da dor, não é possível confirmar a superioridade dos exercícios em relação ao não tratamento para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. São necessários mais estudos para considerar tal afirmativa. Os estudos que comparam os exercícios com intervenção mínima e com os cuidados usuais apresentam resultados conflitantes. Portanto, não se pode afirmar que os exercícios são superiores para a melhora da dor e da incapacidade de mulheres portadoras de dor lombar e pélvica gestacional. Também não é possível considerar que os exercícios melhoram a dor e a incapacidade de mulheres com tal condição quando comparados com outros exercícios. Estudos mais aprofundados precisam ser realizados, pois apenas um estudo chegou a conclusões a favor dos exercícios. 44 REFERÊNCIAS 1. Mousavi SJ, Parnianpour M, Vleeming A. Pregnancy related pelvic girdle pain and low back pain in an Iranian population. Spine (Phila Pa 1976). 2007;32(3):E100-4. 2. Mogren IM, Pohjanen AI. Low back pain and pelvic pain during pregnancy: prevalence and risk factors. Spine (Phila Pa 1976). 2005;30(8):983-91. 3. Kluge J, Hall D, Louw Q, Theron G, Grove D. Specific exercises to treat pregnancyrelated low back pain in a South African population. Int J Gynaecol Obstet. 2011;113(3):18791. 4. Van De Pol G, Van Brummen HJ, Bruinse HW, Heintz AP, Van Der Vaart CH. Pregnancy-related pelvic girdle pain in the Netherlands. Acta Obstet Gynecol Scand. 2007;86(4):416-22. 5. Granath AB, Hellgren MS, Gunnarsson RK. Water aerobics reduces sick leave due to low back pain during pregnancy. J Obstet Gynecol Neonatal Nurs. 2006;35(4):465-71. 6. 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Elden H, Ostgaard HC, Fagevik-Olsen M, Ladfors L, Hagberg H. Treatments of pelvic girdle pain in pregnant women: adverse effects of standard treatment, acupuncture and stabilising exercises on the pregnancy, mother, delivery and the fetus/neonate. BMC Complement Altern Med. 2008;8:34. 12. Elden H, Fagevik-Olsen M, Ostgaard HC, Stener-Victorin E, Hagberg H. Acupuncture as an adjunct to standard treatment for pelvic girdle pain in pregnant women: randomised double-blinded controlled trial comparing acupuncture with non-penetrating sham acupuncture. BJOG. 2008;115(13):1655-68. 13. Kihlstrand M, Stenman B, Nilsson S, Axelsson O. Water-gymnastics reduced the intensity of back/low back pain in pregnant women. Acta Obstet Gynecol Scand. 1999;78(3):180-5. 14. Martins RF, Pinto e Silva JL. Treatment of pregnancy-related lumbar and pelvic girdle pain by the yoga method: a randomized controlled study. J Altern Complement Med. 2014;20(1):24-31. 45 15. Nilsson-Wikmar L, Holm K, Oijerstedt R, Harms-Ringdahl K. Effect of three different physical therapy treatments on pain and activity in pregnant women with pelvic girdle pain: a randomized clinical trial with 3, 6, and 12 months follow-up postpartum. Spine (Phila Pa 1976). 2005;30(8):850-6. 16. Garshasbi A, Faghih Zadeh S. The effect of exercise on the intensity of low back pain in pregnant women. Int J Gynaecol Obstet. 2005;88(3):271-5. 17. Dumas GA, Reid JG, Wolfe LA, Griffin MP, McGrath MJ. Exercise, posture, and back pain during pregnancy. Clin Biomech (Bristol, Avon). 1995;10(2):98-103. 18. Meher S, Duley L. Exercise or other physical activity for preventing pre-eclampsia and its complications. Cochrane Database Syst Rev. 2006(2):CD005942. 19. Ceysens G, Rouiller D, Boulvain M. Exercise for diabetic pregnant women. Cochrane Database Syst Rev. 2006(3):CD004225. 20. Leung RW, Li JF, Leung MK, Fung BK, Fung LC, Tai SM, et al. 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Specific muscle stabilizing as home exercises for persistent pelvic girdle pain after pregnancy: a randomized, controlled clinical trial. J Rehabil Med. 2010;42(10):929-35. 25. Nascimento SL, Surita FG, Cecatti JG. Physical exercise during pregnancy: a systematic review. Curr Opin Obstet Gynecol. 2012;24(6):387-94. 26. Ee CC, Manheimer E, Pirotta MV, White AR. Acupuncture for pelvic and back pain in pregnancy: a systematic review. Am J Obstet Gynecol. 2008;198(3):254-9. 27. Stuge B, Hilde G, Vollestad N. Physical therapy for pregnancy-related low back and pelvic pain: a systematic review. Acta Obstet Gynecol Scand. 2003;82(11):983-90. 28. Waller B, Lambeck J, Daly D. Therapeutic aquatic exercise in the treatment of low back pain: a systematic review. Clin Rehabil. 2009;23(1):3-14. 29. Shiwa SR, Costa LO, Costa Lda C, Moseley A, Hespanhol Junior LC, Venancio R, et al. Reproducibility of the Portuguese version of the PEDro Scale. Cad Saude Publica. 2011;27(10):2063-8. 30. Beyaz EA, Özcan E, Ketenci A, Beyaz MM. The effectiveness of pregnancy rehabilitation: effects on low back pain and calf cramps during pregnancy and pregnancy outcome. Nobel Medicus. 2011;7(2):67-74. 46 31. Haugland KS, Rasmussen S, Daltveit AK. Group intervention for women with pelvic girdle pain in pregnancy. A randomized controlled trial. Acta Obstet Gynecol Scand. 2006;85(11):1320-6. 32. Morkved S, Salvesen KA, Schei B, Lydersen S, Bo K. Does group training during pregnancy prevent lumbopelvic pain? A randomized clinical trial. Acta Obstet Gynecol Scand. 2007;86(3):276-82. 33. Dumas GA, Reid JG, Wolfe LA, Griffin MP, McGrath MJ. Exercise, posture, and back pain during pregnancy. Part 2. Exercise and back pain. Clin Biomech (Bristol, Avon). 1995;10(2):104-9. 34. R M, J S. Tratamento da lombalgia e dor pélvica posterior na gestação por um método de exercícios. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005;5(27):275-82. 35. Kordi R, Abolhasani M, Rostami M, Hantoushzadeh S, Mansournia MA, VasheghaniFarahani F. Comparison between the effect of lumbopelvic belt and home based pelvic stabilizing exercise on pregnant women with pelvic girdle pain; a randomized controlled trial. J Back Musculoskelet Rehabil. 2013;26(2):133-9. 36. Ostgaard HC, Zetherstrom G, Roos-Hansson E, Svanberg B. Reduction of back and posterior pelvic pain in pregnancy. Spine (Phila Pa 1976). 1994;19(8):894-900. 37. Suputtitada A, Wacharapreechanont T, Chaisayan P. Effect of the "sitting pelvic tilt exercise" during the third trimester in primigravidas on back pain. J Med Assoc Thai. 2002;85 Suppl 1:S170-9. 38. Eggen MH, Stuge B, Mowinckel P, Jensen KS, Hagen KB. Can supervised group exercises including ergonomic advice reduce the prevalence and severity of low back pain and pelvic girdle pain in pregnancy? A randomized controlled trial. Phys Ther. 2012;92(6):78190. 39. V G, M O, A F. Lombalgia durante a gestação: eficácia do tratamento com Reeducação Postural Global (RPG). Fisioterapia e Pesquisa. 2011;2(18):164-70. 40. Miquelutti MA, Cecatti JG, Makuch MY. Evaluation of a birth preparation program on lumbopelvic pain, urinary incontinence, anxiety and exercise: a randomized controlled trial. BMC Pregnancy Childbirth. 2013;13:154. 41. Sedaghati P, Ziaee V, Ardjmand A. The effect of an ergometric training program on pregnants weight gain and low back pain Gazzetta Medica Italiana Archivio per le Scienze Mediche. 2007;166(6):209-13. 42. Stafne SN, Salvesen KA, Romundstad PR, Stuge B, Morkved S. Does regular exercise during pregnancy influence lumbopelvic pain? A randomized controlled trial. Acta Obstet Gynecol Scand. 2012;91(5):552-9. 43. Peterson CD, Haas M, Gregory WT. A pilot randomized controlled trial comparing the efficacy of exercise, spinal manipulation, and neuro emotional technique for the treatment of pregnancy-related low back pain. 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As exclusões e inclusões dos estudos foram feitas com base na avaliação de dois avaliadores independentes, sendo que quando houve dúvidas em incluir/excluir um estudo, um terceiro avaliador foi responsável pelo desempate. O ponto principal desta revisão sistemática é a busca nas bases de dados. Algumas dificuldades foram encontradas, pois alguns artigos não estão indexados na PubMed. Alguns dados não foram analisados, pois não foram apresentados nos estudos e outros não foram fornecidos pelos autores ao serem contatados. Entretanto, as maiores limitações foram encontradas durante a análise dos artigos pelo fato de serem muito heterogêneos. Dos 384 artigos encontrados nas bases de dados pesquisadas, 20 foram incluídos para a análise final. Esses estudos compararam terapias por exercícios versus o não tratamento, os exercícios versus intervenção mínima ou cuidados usuais, e exercícios versus exercícios. Com base nos estudos, não se pode afirmar ainda que os exercícios melhoram significativamente a dor e a incapacidade em comparação com o não tratamento, com intervenção mínima e cuidados usuais, e com outros exercícios. São necessários estudos com superior qualidade metodológica para afirmar que os exercícios melhoram a dor e a incapacidade de mulheres portadoras de dor lombar e pélvica gestacional. Considerando a elevada incidência e prevalência de dor lombar e pélvica gestacional, e os problemas gerados por tal condição de saúde pública, são requeridos cuidados e estudos homogêneos e de boa qualidade metodológica. Faz-se necessário não apenas os cuidados usuais e preventivos do pré-natal, como também exercícios específicos e supervisionados para essa população, afim de controlar os sintomas dolorosos e a incapacidade durante o período gestacional 49 ANEXOS 50 APÊNDICE A - BUSCA ELETRÔNICA Estratégia de busca para a base MEDLINE 1 randomized controlled trial.pt. 2 controlled clinical trial.pt. 3 randomized.ab. 4 placebo.ab,ti. 5 drug therapy.fs. 6 randomly.ab,ti. 7 trial.ab,ti. 8 groups.ab,ti. 9 or/1-8 10 (animals not (humans and animals)).sh. 11 9 not 10 12 dorsalgia.ti,ab. 13 exp Back Pain/ 14 backache.ti,ab. 15 (lumbar adj pain).ti,ab. 16 coccyx.ti,ab. 17 coccydynia.ti,ab. 18 sciatica.ti,ab. 19 sciatic neuropathy/ 20 spondylosis.ti,ab. 21 lumbago.ti,ab. 22 exp low back pain/ 23 or/12-22 24 exp Exercise/ 25 exercis$.mp. 26 physical exercis$.mp. 27 exp Exercise Therapy/ 28 exp Exercise Movement Techniques/ 29 exp Physical Therapy Modalities/ 30 McKenzie.mp. 31 Alexander.mp. 51 32 William.mp. 33 feldenkrais.mp. 34 exp Yoga/ 35 exp Recreation/ 36 or/24-35 37 exp Alexander Disease/ 38 exp Williams Syndrome/ 39 37 or 38 40 36 not 39 41 exp Physical Fitness/ 42 40 or 41 43 exp Pregnancy/ 44 exp Pregnancy Complications/ 45 exp Maternal Health Services/ 46 Gestational.mp. [mp=title, abstract, original title, name of substance word, subject heading word, protocol supplementary concept, rare disease supplementary concept, unique identifier] 47 43 or 44 or 45 or 46 48 (animals not (humans and animals)).sh. 49 47 not 48 50 11 and 23 and 42 and 49 Estratégia de busca para a base EMBASE 1 clinical article'/exp AND [embase]/lim 2 'clinical study'/exp AND [embase]/lim 3 'clinical trial'/exp AND [embase]/lim 4 controlled study'/exp AND [embase]/lim 5 randomized controlled trial'/exp AND [embase]/lim 6 major clinical study'/exp AND [embase]/lim 7 double blind procedure'/exp AND [embase]/lim 8 multicenter study'/exp AND [embase]/lim 9 single blind procedure'/exp AND [embase]/lim 10 'phase 3 clinical trial'/exp AND [embase]/lim 11 'phase 4 clinical trial'/de AND [embase]/lim 52 12 crossover procedure'/exp AND [embase]/lim 13 'placebo'/exp AND [embase]/lim 14 1 OR 2 OR 3 OR 4 OR 5 OR 6 OR 7 OR 8 OR 9 OR 10 OR 11 OR 12 OR 13 15 allocat* AND [embase]/lim 16 assign* AND [embase]/lim 17 blind* AND [embase]/lim 18 clinic* AND ('study'/exp OR trial) AND [embase]/lim 19 compar* AND [embase]/lim 20 control* AND [embase]/lim 21 cross*over AND [embase]/lim 22 factorial* AND [embase]/lim 23 follow*up AND [embase]/lim 24 placebo* AND [embase]/lim 25 prospectiv* AND [embase]/lim 26 random* AND [embase]/lim 27 singl* OR doubl* OR trebl* OR tripl* AND (blind* OR mask*) AND [embase]/lim 28 trial AND [embase]/lim 29 versus OR vs AND [embase]/lim 30 15 OR 16 OR 17 OR 18 OR 19 OR 20 OR 21 OR 22 OR 23 OR 24 OR 25 OR 26 OR 27 OR 28 OR 29 31 14 OR 30 32 31 AND [animals]/lim AND [embase]/lim 33 31 NOT 32 AND [embase]/lim 34 33 AND [humans]/lim AND [embase]/lim 35 dorsalgia'/exp AND [embase]/lim 36 back pain'/exp AND [embase]/lim 37 low back pain'/exp AND [embase]/lim 38 backache'/exp AND [embase]/lim 39 lumbar pain'/exp AND [embase]/lim 40 coccyx'/exp AND [embase]/lim 41 coccydynia AND [embase]/lim 42 sciatica'/exp AND [embase]/lim 43 ischialgia'/exp AND [embase]/lim 44 'spondylosis'/exp AND [embase]/lim 53 45 lumbago'/exp AND [embase]/lim 46 back disorder' AND [embase]/lim 47 'back disorders' AND [embase]/lim 48 35 OR 36 OR 37 OR 38 OR 39 OR 40 OR 41 OR 42 OR 43 OR 44 OR 45 OR 46 OR 47 49 exercise'/exp AND [embase]/lim 50 exercis* AND [embase]/lim 51 'kinesiotherapy'/exp AND [embase]/lim 52 'physical exercise'/exp AND [embase]/lim 53 exercise therapy'/exp AND [embase]/lim 54 mckenzie AND [embase]/lim 55 alexander technique'/exp AND [embase]/lim 56 alexander AND [embase]/lim 57 william AND [embase]/lim 58 feldenkrais method'/exp AND [embase]/lim 59 feldenkrais AND [embase]/lim 60 'yoga'/exp AND [embase]/lim 61 49 OR 50 OR 51 OR 52 OR 53 OR 54 OR 55 OR 56 OR 57 OR 58 OR 59 OR 60 62 alexander disease'/exp AND [embase]/lim 63 williams beuren syndrome'/exp AND [embase]/lim 64 62 OR 63 65 61 NOT 64 AND [embase]/lim 66 'fitness'/exp AND [embase]/lim 67 61 OR 66 68 'pregnancy'/exp AND [embase]/lim 69 'pregnancy disorder'/exp AND [embase]/lim 70 'pregnancy disorders' AND [embase]/lim 71 'obstetric care'/exp AND [embase]/lim 72 gestational AND [embase]/lim 73 pregnan* AND [embase]/lim 74 68 OR 69 OR 70 OR 71 OR 72 OR 73 75 74 AND [animals]/lim AND [embase]/lim 76 74 NOT 75 AND [embase]/lim 77 76 AND [humans]/lim AND [embase]/lim 78 34 AND 48 AND 67 AND 77 54 Estratégia de busca para a base CINAHL 1 MH Clinical Trials+ 2 “randomi?ed controlled trial*” 3 clinical W3 trial 4 double-blind 5 single-blind 6 triple-blind 7 1 or 2 or 3 or 4 or 5 or 6 8 MH Placebo Effect 9 MH Placebos 10 placebo* 11 random* 12 8 or 9 or 10 or 11 13 MH Random Sample 14 MH Study Design+ 15 latin square 16 MH Comparative Studies 17 MH Evaluation Research+ 18 MH Prospective Studies+ 19 13 or 14 or 15 or 16 or 17 or 18 20 follow-up stud* 21 followup stud* 22 control* 23 prospectiv* 24 volunteer* 25 20 or 21 or 22 or 23 or 24 26 7 or 12 or 19 or 25 27 MH Animals 28 26 NOT 27 29 “dorsalgia” 30 MH Back Pain+ 31 MH Low Back Pain 32 “backache” 55 33 lumbar W1 pain 34 lumbar N5 pain 35 29 or 30 or 31 or 32 or 33 or 34 36 MH Coccyx 37 MH Sciatica 38 “sciatica” 39 “coccyx” 40 “coccydynia” 41 MH Lumbar Vertebrae 42 lumbar N2 vertebra 43 36 or 37 or 38 or 39 or 40 or 41 or 42 44 MH Thoracic Vertebrae 45 MH Spondylolisthesis 46 MH Spondylolysis 47 “lumbago” 48 44 or 45 or 46 or 47 49 35 or 43 or 48 50 MH Exercise+ 51 MH Physical Activity 52 MH Physical Fitness+ 53 MH Physical Therapy+ 54 MH Therapeutic Exercise+ 55 McKenzie 56 MH Structural-Functional-Movement Integration+ 57 MH Alexander Technique 58 MH Feldenkrais Method 59 “yoga” 60 MH Yoga 61 MH Recreation+ 62 50 or 51 or 52 or 53 or 54 or 55 or 56 or 57 or 58 or 59 or 60 or 61 63 Pregnancy 64 Pregnancy Complications 65 Maternal Health Services 66 PREGNANCY DISORDER* 56 67 OBSTETRIC CARE 68 pregnan* 69 Gestational 70 63 or 64 or 65 or 66 or 67 or 68 or 69 71 MH Animals 72 70 NOT 71 73 28 and 49 and 62 and 72 Estratégia de busca para a base CENTRAL 1. randomized controlled trial.pt. 2. controlled clinical trial.pt. 3. randomized.ab. 4. placebo.ab,ti. 5. drug therapy.fs. 6. randomly.ab,ti. 7. trial.ab,ti. 8. groups.ab,ti. 9. or/1-8 10. (animals not (humans and animals)).sh. 11. 9 not 10 12. dorsalgia.ti,ab. 13. exp Back Pain/ 14. backache.ti,ab. 15. (lumbar adj pain).ti,ab. 16. coccyx.ti,ab. 17. coccydynia.ti,ab. 18. sciatica.ti,ab. 19. sciatic neuropathy/ 20. spondylosis.ti,ab. 21. lumbago.ti,ab. 22. exp low back pain/ 23. or/12-22 24. exp Exercise/ 57 25. exercis$.mp. 26. physical exercis$.mp. 27. exp Exercise Therapy/ 28. exp Exercise Movement Techniques/ 29. exp Physical Therapy Modalities/ 30. McKenzie.mp. 31. Alexander.mp. 32. William.mp. 33. feldenkrais.mp. 34. exp Yoga/ 35. exp Recreation/ 36. or/24-35 37. exp Alexander Disease/ 38. exp Williams Syndrome/ 39. 37 or 38 40. 36 not 39 41. exp Physical Fitness/ 42. 40 or 41 43. exp Pregnancy/ 44. exp Pregnancy Complications/ 45. exp Maternal Health Services/ 46. Gestational.mp. [mp=title, abstract, original title, name of substance word, subject heading word, protocol supplementary concept, rare disease supplementary concept, unique identifier] 47. 43 or 44 or 45 or 46 48. (animals not (humans and animals)).sh. 49. 47 not 48 50. 11 and 23 and 42 and 49 Estratégia de busca para a base PEDro 1. Abstract & Title: Pregnan* Body Part: lumbar spine, sacro-iliac joint or pelvis 58 NORMAS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA INSTRUÇÕES AOS AUTORES Escopo e política O Brazilian Journal of Physical Therapy (BJPT) publica artigos originais de pesquisa cujo objeto básico de estudo refere-se ao campo de atuação profissional da Fisioterapia e Reabilitação, veiculando estudos clínicos, básicos ou aplicados sobre avaliação, prevenção e tratamento das disfunções de movimento. O conselho editorial do BJPT se compromete a publicar investigação científica de excelência, de diferentes áreas do conhecimento. O BJPT publica os seguintes tipos de estudo, cujo conteúdo deve manter vinculação direta com o escopo e com as áreas descritas pela revista: a) Estudos experimentais: estudos que investigam efeito (s) de uma ou mais intervenções em desfechos diretamente vinculados ao escopo e áreas do BJPT. Estudos experimentais incluem estudos do tipo experimental de caso único, quasi-experimental e ensaio clínico. A Organização Mundial de Saúde define ensaio clínico como "qualquer estudo que aloca prospectivamente participante ou grupos de seres humanos em uma ou mais intervenções relacionadas à saúde para avaliar efeito(s) em desfecho(s) em saúde". Sendo assim, qualquer estudo que tem como objetivo analisar o efeito de uma determinada intervenção é considerado como ensaio clínico. Ensaios clínicos incluem estudos de caso único, séries de casos (único grupo, sem um grupo controle de comparação), ensaios controlados não aleatorizados e ensaios controlados aleatorizados. Estudos do tipo ensaio controlado aleatorizado devem seguir as recomendações do CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials), que estão disponíveis em: http://www.consort- statement.org/consort-statement/overview0/. Neste site, o autor deve acessar o CONSORT 2010 checklist, o qual deve ser preenchido e encaminhado juntamente com o manuscrito. Todo manuscrito ainda deverá conter o CONSORT Statement 2010 Flow Diagram. A partir de 2014, todo processo de submissão de estudos experimentais deverá atender a essa recomendação. b) Estudos observacionais: estudos que investigam relação (ões) entre variáveis de interesse relacionadas ao escopo e áreas do BJPT, sem manipulação direta (ex: intervenção). Estudos observacionais incluem estudos transversais, de coorte e caso-controle. 59 c) Estudos qualitativos: estudos cujo foco refere-se à compreensão das necessidades, motivações e comportamentos humanos. O objeto de um estudo qualitativo é pautado pela análise aprofundada de uma unidade ou temática, que incluem opiniões, atitudes, motivações e padrões de comportamento sem quantificação. Estudos qualitativos incluem pesquisa documental e estudo etnográfico. d) Estudos de revisão de literatura: estudos que realizam análise e/ou síntese da literatura de tema relacionado ao escopo e áreas do BJPT. Estudos de revisão narrativa crítica ou passiva só serão considerados quando solicitados a convite dos editores. Manuscritos de revisão sistemática que incluem metanálise terão prioridades em relação aos demais estudos de revisão sistemática. Aqueles que apresentam quantidade insuficiente de artigos selecionados e/ou artigos de baixa qualidade e que não apresentam conclusão assertiva e válida sobre o tema não serão considerados para a análise de revisão por pares. e) Estudos metodológicos: estudos centrados no desenvolvimento e/ou avaliação das propriedades psicométricas e características clinimétricas de instrumentos de avaliação. Incluem também estudos que objetivam a tradução e/ou adaptação transcultural de questionários estrangeiros para o português do Brasil. No caso de estudos de tradução/adaptação de testes, é obrigatório anexar ao processo de submissão a autorização dos autores para a tradução e/ou adaptação do instrumento original. No endereço http://www.equator-network.org/resource-centre/library-of-health- research-reporting, pode ser encontrada a lista completa dos guidelines disponíveis para cada tipo de estudo, por exemplo, o STROBE (STrengthening the Reporting of OBservational studies in Epidemiology) para estudos observacionais, o COREQ (Consolidated Criteria For Reporting Qualitative Research) para estudos qualitativos, o PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) para revisões sistemáticas e metanálises e o GRRAS (Guidelines for Reporting Reliability and Agreement Studies) para estudos de confiabilidade. Sugerimos que os autores verifiquem esses guidelines e atendam ao checklist correspondente antes de submeterem seus manuscritos. Estudos que relatam resultados eletromiográficos devem seguir o Standards for Reporting EMG Data, recomendados pela ISEK - International Society of Electrophysiology and Kinesiology (http://www.isek-online.org/standards_emg.html). 60 Aspectos éticos e legais A submissão do manuscrito ao BJPT implica que o trabalho na íntegra ou parte(s) dele não tenha sido publicado em outra fonte ou veículo de comunicação e que não esteja sob consideração para publicação em outro periódico. O uso de iniciais, nomes ou números de registros hospitalares dos pacientes deve ser evitado. Um paciente não poderá ser identificado por fotografias, exceto com consentimento expresso, por escrito, acompanhando o trabalho original no momento da submissão. Estudos realizados em humanos devem estar de acordo com os padrões éticos e com o devido consentimento livre e esclarecido dos participantes conforme Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (Brasil), que trata do Código de Ética para Pesquisa em Seres Humanos e, para autores fora do Brasil, devem estar de acordo com Comittee on Publication Ethics (COPE). Para os experimentos em animais, considerar as diretrizes internacionais (por exemplo, a do Committee for Research and Ethical Issues of the International Association for the Study of Pain, publicada em PAIN, 16:109-110, 1983). Para as pesquisas em humanos e em animais, deve-se incluir, no manuscrito, o número do parecer de aprovação pela Comissão de Ética em Pesquisa. O estudo deve ser devidamente registrado no Conselho Nacional de Saúde do Hospital ou Universidade ou no mais próximo de sua região. Reserva-se ao BJPT o direito de não publicar trabalhos que não obedeçam às normas legais e éticas para pesquisas em seres humanos e para os experimentos em animais. Para os ensaios clínicos, serão aceitos qualquer registro que satisfaça o Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas, ex.http://clinicaltrials.gov/ e/ou http://anzctr.org.au/. A lista completa de todos os registros de ensaios clínicos pode ser encontrada no seguinte endereço: http://www.who.int/ictrp/network/primary/en/index.html. A partir de 01/01/2014 o BJPT adotará efetivamente a política sugerida pela Sociedade Internacional de Editores de Revistas em Fisioterapia e exigirá na submissão do manuscrito o registro prospectivo, ou seja, ensaios clínicos que iniciaram recrutamento a partir dessa data deverão registrar o estudo ANTES do recrutamento do primeiro paciente. Para os estudos que iniciaram recrutamento até31/12/2013 o BJPT aceitará o seu registro ainda que de forma retrospectiva. 61 Critérios de autoria O BJPT recebe, para submissão, manuscritos com até seis (6) autores. A política de autoria do BJPT pauta-se nas diretrizes para a autoria do Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas exigidos para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomédicos (www.icmje.org), as quais afirmam que "a autoria deve ser baseada em 1) contribuições substanciais para a concepção e desenho, ou aquisição de dados, ou análise e interpretação dos dados; 2) redação do artigo ou revisão crítica do conteúdo intelectual e 3) aprovação final da versão a ser publicada." As condições 1, 2 e 3 deverão ser todas contempladas. Aquisição de financiamento, coleta de dados e/ou análise de dados ou supervisão geral do grupo de pesquisa, por si só, não justificam autoria e deverão ser reconhecidas nos agradecimentos. Os conceitos contidos nos manuscritos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Todo material publicado torna-se propriedade do BJPT, que passa a reservar os direitos autorais. Portanto, nenhum material publicado no BJPT poderá ser reproduzido sem a permissão, por escrito, dos editores. Todos os autores de artigos submetidos deverão assinar um termo de transferência de direitos autorais, que entrará em vigor a partir da data de aceite do trabalho. Os editores poderão analisar, em caso de excepcionalidade, solicitação para submissão de manuscrito que exceda 6 (seis) autores. Os critérios para a análise incluem o tipo de estudo, potencial para citação, qualidade e complexidade metodológica, entre outros. Nestes casos excepcionais, a contribuição de cada autor, deve ser explicitada ao final do texto, após os agradecimentos e logo antes das referências, conforme orientações do "International Committee of Medical Journal Editors" e das "Diretrizes" para Integridade na atividade científica, amplamente divulgadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizes). Forma e apresentação do manuscrito O BJPT considera a submissão de manuscritos com até 3.500 palavras (excluindo-se página de título, resumo, referências, tabelas, figuras e legendas). Informações contidas em anexo(s) serão computadas no número de palavras permitidas. O manuscrito deve ser escrito preferencialmente em inglês. Quando a qualidade da redação em inglês comprometer a análise e avaliação do conteúdo do manuscrito, os autores serão informados. Recomenda-se que os manuscritos submetidos em inglês venham acompanhados de certificação de revisão por serviço profissional deediting and proofreading. Tal certificação 62 deverá ser anexada à submissão. Sugerimos os seguintes serviços abaixo, não excluindo outros: American Journal Experts (http://www.journalexperts.com); Scribendi (www.scribendi.com); Nature Publishing Groups Language Editing (https://languageediting.nature.com/login). Antes do corpo do texto do manuscrito deve-se incluir uma página de título e identificação, palavras-chave e o abstract/resumo. No final do manuscrito inserir as referências, tabelas, figuras e anexos. Título e identificação O título do manuscrito não deve ultrapassar 25 palavras e deve apresentar o máximo de informações sobre o trabalho. Preferencialmente, os termos utilizados no título não devem constar na lista de palavras-chave. A página de identificação do manuscrito deve conter os seguintes dados: Título completo e título resumido com até 45 caracteres, para fins de legenda nas páginas impressas; Autores: nome e sobrenome de cada autor em letras maiúsculas, sem titulação, seguidos por número sobrescrito (expoente), identificando a afiliação institucional/vínculo (unidade/instituição/cidade/estado/país). Para mais de um autor, separar por vírgula; Autor de correspondência: indicar o nome, endereço completo, e-mail e telefone do autor de correspondência, o qual está autorizado a aprovar as revisões editoriais e complementar demais informações necessárias ao processo; Palavras-chaves: termos de indexação ou palavras-chave (máximo seis) em português e em inglês. Abstract/Resumo Uma exposição concisa, que não exceda 250 palavras em um único parágrafo, em português (Resumo) e em inglês (Abstract), deve ser escrita e colocada logo após a página de título. Referências, notas de rodapé e abreviações não definidas não devem ser usadas no Resumo/Abstract. O Resumo e o Abstract devem ser apresentados em formato estruturado. 63 Introdução Deve-se informar sobre o objeto investigado devidamente problematizado, explicitar as relações com outros estudos da área e apresentar justificativa que sustente a necessidade do desenvolvimento do estudo, além de especificar o(s) objetivo(s) do estudo e hipótese(s), caso se aplique. Método Descrição clara e detalhada dos participantes do estudo, dos procedimentos de coleta, transformação/redução e análise dos dados de forma a possibilitar reprodutibilidade do estudo. O processo de seleção e alocação dos participantes do estudo deverá estar organizado em fluxograma, contendo o número de participantes em cada etapa, bem como as características principais (ver modelo fluxograma CONSORT). Quando pertinente ao tipo de estudo deve-se apresentar cálculo que justifique adequadamente o tamanho do grupo amostral utilizado no estudo para investigação do(s) efeito(s). Todas as informações necessárias para estimativa e justificativa do tamanho amostral utilizado no estudo devem constar no texto de forma clara. Resultados Devem ser apresentados de forma breve e concisa. Resultados pertinentes devem ser reportados utilizando texto e/ou tabelas e/ou figuras. Não se devem duplicar os dados constantes em tabelas e figuras no texto do manuscrito. Discussão O objetivo da discussão é interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos já existentes e disponíveis na literatura, principalmente àqueles que foram indicados na Introdução. Novas descobertas devem ser enfatizadas com a devida cautela. Os dados apresentados nos métodos e/ou nos resultados não devem ser repetidos. Limitações do estudo, implicações e aplicação clínica para as áreas de Fisioterapia e Reabilitação deverão ser explicitadas. Referências O número recomendado é de 30 referências, exceto para estudos de revisão da literatura. Deve-se evitar que sejam utilizadas referências que não sejam acessíveis internacionalmente, como teses e monografias, resultados e trabalhos não publicados e comunicação pessoal. As 64 referências devem ser organizadas em sequência numérica de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto, seguindo os Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Jornais Biomédicos, elaborados pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas – ICMJE. Os títulos de periódicos devem ser escritos de forma abreviada, de acordo com a List of Journals do Index Medicus. As citações das referências devem ser mencionadas no texto em números sobrescritos (expoente), sem datas. A exatidão das informações das referências constantes no manuscrito e sua correta citação no texto são de responsabilidade do(s) autor(es). Exemplos: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html. Tabelas, Figuras e Anexos As tabelas e figuras são limitadas a cinco (5) no total. Os anexos serão computados no número de palavras permitidas no manuscrito. Em caso de tabelas, figuras e anexos já publicados, os autores deverão apresentar documento de permissão assinado pelo autor ou editores no momento da submissão. Para artigos submetidos em língua portuguesa, a(s) versão (ões) em inglês da(s) tabela(s), figura(s) e anexo(s) e suas respectivas legendas deverão ser anexados no sistema como documento suplementar. Tabelas: devem incluir apenas os dados imprescindíveis, evitando-se tabelas muito longas (máximo permitido: uma página, tamanho A4, em espaçamento duplo), devem ser numeradas, consecutivamente, com algarismos arábicos e apresentadas no final do texto. Não se recomendam tabelas pequenas que possam ser descritas no texto. Alguns resultados simples são mais bem apresentados em uma frase e não em uma tabela. Figuras: devem ser citadas e numeradas, consecutivamente, em arábico, na ordem em que aparecem no texto. Informações constantes nas figuras não devem repetir dados descritos em tabela(s) ou no texto do manuscrito. O título e a(s) legenda(s) devem tornar as tabelas e figuras compreensíveis, sem necessidade de consulta ao texto. Todas as legendas devem ser digitadas em espaço duplo, e todos os símbolos e abreviações devem ser explicados. Letras em caixa-alta (A, B, C, etc.) devem ser usadas para identificar as partes individuais de figuras múltiplas. 65 Se possível, todos os símbolos devem aparecer nas legendas; entretanto, símbolos para identificação de curvas em um gráfico podem ser incluídos no corpo de uma figura, desde que não dificulte a análise dos dados. As figuras coloridas serão publicadas apenas na versão online. Em relação à arte final, todas as figuras devem estar em alta resolução ou em sua versão original. Figuras de baixa qualidade não serão aceitas e podem resultar em atrasos no processo de revisão e publicação. Agradecimentos: devem incluir declarações de contribuições importantes, especificando sua natureza. Os autores são responsáveis pela obtenção da autorização das pessoas/instituições nomeadas nos agradecimentos. Submissão eletrônica A submissão dos manuscritos deverá ser efetuada por via eletrônica no site http://www.scielo.br/rbfis. Os artigos submetidos e aceitos em português serão traduzidos para o inglês por tradutores do BJPT, e os artigos submetidos e aceitos em inglês, caso necessário, serão encaminhados aos revisores de inglês do BJPT para revisão final. É de responsabilidade dos autores a eliminação de todas as informações (exceto na página do título e identificação) que possam identificar a origem ou autoria do artigo. Ao submeter um manuscrito para publicação, os autores devem inserir no sistema os dados dos autores e ainda inserir como documento(s) suplementar (es): 1. Carta de encaminhamento do material; 2. Declaração de responsabilidade de conflitos de interesse; 3. Declaração de transferência de direitos autorais assinada por todos os autores; 4. Demais documentos, se apropriados (ex. permissão para publicar figuras, parte de material já publicado, checklist etc). Modalidade de Submissão Special Track Excepcionalmente o BJPT poderá receber e avaliar manuscritos na modalidade special track, sujeito à avaliação adicional do caráter de inovação. Nessa modalidade, os manuscritos deverão ter sido submetidos, mas recusados por outros periódicos indexados no Journal Citation Reports (JCR). Essa modalidade irá considerar as revisões realizadas por outra revista, o que poderá reduzir o tempo para publicação, caso o manuscrito tenha mérito. Os manuscritos submetidos em special track serão avaliados com o mesmo rigor de uma nova submissão, inclusive quanto ao aspecto de inovação do conteúdo. Para ser submetido em special track, o manuscrito deve estar em conformidade com o Escopo e 66 Política Editorial do BJPT, estar de acordo com as instruções (Forma e preparação do manuscrito) e atender aos seguintes requisitos: O periódico internacional para o qual o manuscrito foi submetido anteriormente deve ter fator de impacto JCR superior a 1.5; O manuscrito deve ter passado por processo completo de revisão por pares no outro periódico. Não serão aceitos manuscritos recusados em revisão inicial dos editores; A submissão special track deve incluir: a) manuscrito com alterações em destaque (highlight); b) respostas ponto a ponto sobre os comentários dos avaliadores; c) carta informando o nome e índice de impacto do periódico a que foi enviado anteriormente, apresentando argumentos para justificar a possível publicação no BJPT e explicitando, quando for o caso, os aspectos não atendidos referentes aos pareceres e/ou decisão editorial do periódico internacional; d) a resposta oficial do outro periódico (cartas dos avaliadores e do editor com a revisão detalhada) deve ser enviada por e-mail, SEM EDIÇÃO, por parte dos autores ou seja, o e-mail de resposta deve ser Forwarded (encaminhado) para o BJPT ([email protected]) na íntegra; e) demais informações solicitadas pelo BJPT. Processo de revisão Os manuscritos submetidos que atenderem às normas estabelecidas e que se apresentarem em conformidade com a política editorial do BJPT serão encaminhados para os editores de área, que farão a avaliação inicial do manuscrito e enviarão ao editor chefe a recomendação ou não de encaminhamento para revisão por pares. Os critérios utilizados para análise inicial do editor de área incluem: originalidade, pertinência, relevância clínica e métodos. Os manuscritos que não apresentarem mérito ou não se enquadrarem na política editorial serão rejeitados na fase de pré-análise, mesmo quando o texto e a qualidade metodológica estiverem adequados. Dessa forma, o manuscrito poderá ser rejeitado com base apenas na recomendação do editor de área, sem necessidade de novas avaliações, não cabendo, nesses casos, recurso ou reconsideração. Os manuscritos selecionados na pré-análise serão submetidos à avaliação de especialistas, que trabalharão de forma independente. Os avaliadores permanecerão anônimos aos autores, assim como os autores não serão identificados pelos avaliadores. Os editores coordenarão as informações entre os autores e avaliadores, cabendo-lhes a decisão final sobre quais artigos serão publicados com base nas recomendações feitas pelos avaliadores e editores de área. 67 Quando aceitos para publicação, os artigos estarão sujeitos a pequenas correções ou modificações que não alterem o estilo do autor. Quando recusados, os artigos serão acompanhados de justificativa do editor. Após publicação do artigo ou processo de revisão encerrado, os arquivos e documentação referentes ao processo de revisão serão eliminados. Áreas do conhecimento 1. Fisiologia, Cinesiologia e Biomecânica; 2. Cinesioterapia/recursos terapêuticos; 3. Desenvolvimento, aprendizagem, controle e comportamento motor; 4. Ensino, Ética, Deontologia e História da Fisioterapia; 5. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções cardiovasculares e respiratórias; 6. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções do envelhecimento; 7. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções musculoesqueléticas; 8. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções neurológicas; 9. Avaliação, prevenção e tratamento nas condições da saúde da mulher; 10. Ergonomia/Saúde no trabalho.