utilização da terapia por exercício no tratamento da dor lombar e

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utilização da terapia por exercício no tratamento da dor lombar e
UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE MESTRADO E DOUTORADO EM FISIOTERAPIA
WENIS CAETANO DE ABREU
UTILIZAÇÃO DA TERAPIA POR EXERCÍCIO NO
TRATAMENTO DA DOR LOMBAR E PÉLVICA
GESTACIONAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
SÃO PAULO
2015
WENIS CAETANO DE ABREU
UTILIZAÇÃO DA TERAPIA POR EXERCÍCIO NO
TRATAMENTO DA DOR LOMBAR E PÉLVICA GESTACIONAL:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Defesa apresentada ao Programa de
Mestrado e Doutorado em Fisioterapia
da Universidade Cidade de São Paulo,
sob orientação da Prof.ª Dr.ª Cristina
Maria Nunes Cabral e co-orientação da
Prof.ª Dr.ª Lucíola da Cunha Menezes
Costa, como requisito para obtenção do
título de Mestre.
SÃO PAULO
2015
SUMÁRIO
Prefácio ...............................................................................................................................
i
Resumo ...............................................................................................................................
ii
Abstract ..............................................................................................................................
iii
Capítulo 1: Introdução .....................................................................................................
1
Introdução ..........................................................................................................................
2
Definição ......................................................................................................................
2
Epidemiologia ..............................................................................................................
2
Etiologia .......................................................................................................................
3
Diagnóstico ..................................................................................................................
4
Prognóstico ...................................................................................................................
5
Tratamento ...................................................................................................................
5
Justificativa e objetivos .....................................................................................................
7
Referências .........................................................................................................................
8
Capítulo 2 - Utilização da terapia por exercício no tratamento da dor lombar e
pélvica gestacional: uma revisão sistemática ..................................................................
11
Página de título ..................................................................................................................
12
Resumo ...............................................................................................................................
13
Introdução ..........................................................................................................................
14
Método ................................................................................................................................
15
Tipo de estudos ............................................................................................................
15
Tipo de participantes ....................................................................................................
15
Intervenções .................................................................................................................
15
Tipos de desfechos .......................................................................................................
16
Desfechos primários .....................................................................................................
16
Desfecho secundário ....................................................................................................
16
Estratégias de busca .....................................................................................................
16
Coleta de dados e análise .............................................................................................
16
Seleção de estudos ........................................................................................................
17
Extração de dados ........................................................................................................
17
Avaliação de viés dos estudos ......................................................................................
17
Resultados ..........................................................................................................................
18
Seleção dos estudos ......................................................................................................
18
Características dos estudos ...........................................................................................
19
Resultados da qualidade metodológica ........................................................................
21
Heterogeneidade dos estudos incluídos .......................................................................
21
Comparação dos estudos conforme o tratamento .........................................................
21
Exercícios contra não tratamento .................................................................................
21
Exercícios contra intervenção mínima ou cuidados usuais ..........................................
22
Exercícios contra outro tipo de tratamento ..................................................................
22
Discussão ............................................................................................................................
40
Conclusão ...........................................................................................................................
43
Referências .........................................................................................................................
44
Capítulo 3 - Considerações finais .....................................................................................
47
Considerações finais ..........................................................................................................
48
Anexos ................................................................................................................................
49
Apêndice A - busca eletrônica .....................................................................................
50
Normas de publicação da Revista Brasileira de Fisioterapia - Instruções aos autores
58
i
PREFÁCIO
Esta defesa de mestrado aborda uma revisão sistemática acerca das terapias por
exercício utilizadas para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Ela é dividida em
três capítulos, que podem ser lidos independentemente, sendo que para cada capítulo há uma
lista independente de referências. O Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia da
Universidade Cidade de São Paulo permite incluir artigos publicados, aceitos ou submetidos
para publicação em seu formato de publicação ou submissão no corpo do exemplar da defesa.
O capítulo 1 é uma introdução à dissertação, fornecendo uma visão geral da literatura
sobre a dor lombar e pélvica gestacional. O capítulo 2 tem por objetivo revisar
sistematicamente as evidências de estudos controlados aleatorizados que abordem a terapia
por exercício na dor, incapacidade, recuperação e saúde geral em mulheres com dor lombar e
pélvica gestacional. Este documento está apresentado conforme as exigências da Revista
Brasileira de Fisioterapia, em que será submetido para publicação. As normas de publicação
da mesma se encontram em anexo ao final da defesa. O capítulo 3 consiste nas considerações
finais e as implicações clínicas da pesquisa.
ii
RESUMO
Esta defesa de mestrado objetiva revisar de maneira sistemática as evidências de
estudos controlados aleatorizados acerca das terapias por exercício na dor, incapacidade,
recuperação e saúde geral de mulheres com dor lombar e pélvica gestacional. Diversas
revisões já abordaram tal assunto, porém não revisaram exclusivamente as terapias por
exercícios para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. O capítulo 2 descreve o
método utilizado para avaliar sistematicamente os estudos controlados aleatorizados de dor
lombar e pélvica gestacional. Foram considerados apenas ensaios controlados aleatorizados,
com claro desenho metodológico e métodos apropriados de aleatorização. As participantes
deveriam ser portadoras de dor lombar e pélvica gestacional, independente do período
gestacional. Foram incluídos estudos que utilizaram quaisquer terapias por exercícios para o
tratamento da dor lombar e pélvica gestacional, comparada com o não tratamento, intervenção
mínima, lista de espera, placebo, quaisquer outros tipos de tratamentos conservadores ou
outros tipos de exercícios. Para tal, a descrição da terapia dos estudos precisa sugerir que o
principal componente dos mesmos são os exercícios. Os desfechos analisados foram dor,
incapacidade, melhora global ou recuperação percebida e qualidade de vida relacionada à
saúde. Os estudos foram analisados por dois avaliadores independentes e o risco de viés foi
analisado com base nos critérios estabelecidos pela escala PEDro. Foram encontrados 384
estudos, dos quais 20 estudos foram incluídos para análise final. Com base nos dados
captados dos estudos incluídos para esta revisão sistemática, não é possível afirmar a
superioridade dos exercícios para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional em
comparação com o não tratamento, com a intervenção mínima e cuidados usuais, e com
outros exercícios. Faz-se necessário a publicação de estudos de melhor qualidade
metodológica para fundamentar a utilização dos exercícios para o tratamento de mulheres
portadoras de tal condição.
iii
ABSTRACT
The objective of this study is to systematically review the evidence about exercise
therapy in pain, disability, recovery and general health of pregnant women with lumbar and
pelvic pain. Several revisions have addressed this subject, but they did not revise exclusively
the exercise therapy for the treatment of lumbar and pelvic pain. Chapter 2 describes the
method used to assess systematically randomized controlled trials. We considered only
randomized controlled trials, with appropriate methodological design of randomization
methods. The participants should present lumbar and pelvic pain, regardless of the gestational
period. We included studies that used any exercise therapy for the treatment of lumbar and
pelvic pain, compared with no treatment, minimal intervention, waiting list, placebo, any
other conservative treatments or other types of exercises. The description of the studies should
suggest that the main component were the exercises. The outcome measures were pain,
disability, global improvement or perceived recovery and quality of life related to health. The
studies were analyzed by two independent assessors and the risk of bias was assessed based
on the criteria established by the PEDro scale. We found 384 studies, of which 20 studies
were included for final analysis. Based on the data obtained from the studies included in this
systematic review, we can not affirm the superiority of exercises for the treatment of lumbar
and pelvic pain compared with no treatment, with minimal intervention and usual care, and
other exercises. The publication of studies with better methodological quality is necessary to
support the use of exercise for the treatment of women with this condition.
1
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
2
INTRODUÇÃO
Definição
Segundo as diretrizes europeias de diagnóstico e tratamento da dor lombar e pélvica
gestacional, três tipos de dor podem ser referidas durante a gravidez: dor lombar, dor pélvica e
dor lombopélvica1. A dor lombar é caracterizada pela sensibilidade dolorosa e desconforto
localizados entre a décima segunda costela e as pregas glúteas, podendo ou não vir
acompanhada de irradiação para os membros inferiores2, 3. A dor pélvica gestacional é a dor
situada na região das articulações sacroilíacas, entre a espinha ilíaca póstero-superior e a
prega glútea, que pode irradiar para a região perineal e/ou para os membros inferiores e
provocar instabilidades articulares3-9. A dor lombopélvica gestacional é assim considerada
quando não há distinção entre a dor lombar ou pélvica gestacional1. Existe um grande número
de termos que indicam a presença de dor lombar e pélvica gestacional 1, 4, incluindo: dor
lombar, dor pélvica, dor lombopélvica, dor pélvica posterior, síndrome da cintura pélvica,
instabilidade pélvica, dor lombossacral e insuficiência pélvica1, 2, 10. A falta de uniformização
das definições gera uma variedade de estudos de incidência e prevalência de dor lombar ou
pélvica gestacional, dificultando a comparação dos resultados2,
10
. Sendo assim, para este
estudo será utilizado o termo genérico de dor lombar e pélvica gestacional, considerando as
definições supracitadas de dor lombar, dor pélvica e dor lombopélvica gestacional.
Epidemiologia
Ainda que comum durante a gestação, não há um consenso quanto à incidência e a
prevalência da dor lombar e pélvica gestacional. Prevalência se refere ao número de casos de
uma doença existentes em determinada população em um período de tempo, mensurando a
porção de indivíduos acometidos pela doença em determinado momento. Incidência é a
quantidade de novos casos de uma doença em dado período do tempo em uma população
exposta ao adoecimento no início da observação11, 12. As diretrizes europeias de diagnóstico e
tratamento da dor lombar e pélvica gestacional indicam que a incidência e a prevalência
pontual da dor lombar e pélvica gestacional são de 20% das gestantes, na qual 5% apresentam
graves problemas dolorosos8. Alguns autores relatam uma variação da incidência durante a
gestação entre 4% e 76%3, 8, 10. Essa grande variação se deve ao fato de alguns estudos serem
prospectivos e outros serem retrospectivos. Outros problemas para tal variação são as
3
diferentes definições, a falta de localização correta da dor e as formas de realização do
diagnóstico2, 8, 10.
A dor lombar gestacional é uma das complicações mais comuns durante o período
gestacional3,
6, 7, 9, 13-17
. A dor lombar é quatro vezes mais frequente em mulheres grávidas
quando comparada às não grávidas15, apresentando exacerbação no final do dia7, 14. A dor
pélvica gestacional é quatro vezes mais comum que a dor lombar gestacional10, podendo
haver recorrência na gestação subsequente em até 85% dos casos2.
A dor lombar e pélvica gestacional provoca grande impacto econômico, visto que é
considerada uma das principais causas de incapacidade e absenteísmo durante o período da
gestação4, 18. A dor lombopélvica é a mais severa e incapacitante, o que gera mais licenças por
doença19. É um problema mundial, independente das condições socioeconômicas dos países20,
21
. Trata-se de um sintoma clínico preocupante em países escandinavos, pois o número de
licenças médicas é considerável, representando a maioria das causas de licenças entre
gestantes nesses países3, 6, 13, 22. Em média, as licenças tendem a durar mais de 15 dias22. Outro
estudo constatou que a dor lombar acarreta 37% de licença médica, e a dor pélvica representa
72% das licenças, por um período aproximado de 12 a 15 semanas23. O número de licenças
médicas também é elevado entre as mulheres suecas2, tanto que em 1991, 21% das grávidas
estavam de licença por dor lombar com duração média de 7,5 semanas. O relatório do
Conselho Nacional de Seguros Sociais da Suécia publicado em 1995 constatou que, das
mulheres puerperais no ano de 1992, 72% precisaram de licença por doença em algum
período gestacional, sendo que 10% destas devido à dor lombar gestacional16.
Visto a alta prevalência e incidência de dor lombar e pélvica gestacional, faz-se
necessário medidas de intervenção efetivas para o problema em questão.
Etiologia
Não há um fator de risco único e dominante para o desenvolvimento e para o curso da
dor lombar e pélvica gestacional23. Consideram-se como fatores de risco para o surgimento da
dor lombar e pélvica gestacional: presença de dor lombar antes da gestação1, 8, 22, dor lombar
nas últimas gestações2, 8, índice de massa corporal elevado2,
coluna1, aumento do diâmetro abdominal1,
23
20, 23
, aumento de carga na
, disfunções musculares1,
23
, nulíparas20, fetos
muito pesados1, 2, 23, possuir histórico de tabagismo e de trabalhos extenuantes8, histórico de
hipermobilidade1, 2, 20, 23 e amenorreia2, 14. A dor lombar e pélvica gestacional é duas vezes
mais comum nas mulheres que apresentaram dor lombar nas gestações anteriores, e as
mulheres mais jovens apresentam maior risco para o desenvolvimento da dor lombar
4
gestacional2, 14. Além disso, a dor lombar também possui relação com gestações gemelares
devido ao aumento do diâmetro abdominal2. Alguns estudos1,
20
sugerem que o uso de
contraceptivos orais pode estar envolvido com o desenvolvimento da dor lombar gestacional,
entretanto, não foram encontrados estudos clínicos que comprovem tal afirmação, assim como
o aumento da concentração de relaxina1, causando frouxidão ligamentar24. A dor lombar pode
também ser explicada por fatores psicossociais23, como a ansiedade6 e a depressão20.
Ademais, o aumento da lordose lombar também pode estar envolvido com o desenvolvimento
da dor lombar e pélvica gestacional, pois ocorrem alterações posturais para equilibrar o peso
anterior do corpo em relação ao centro de gravidade, inclinando a pelve e aumentando a
tensão na região lombopélvica3, 25, 26, devido a um encurtamento da musculatura paravertebral
e estiramento excessivo dos músculos abdominais. Tais mudanças comprometem a resistência
e a estabilidade pélvica3, predispondo a perda do equilíbrio e aumentando o risco de quedas24.
Todavia, segundo as diretrizes europeias em dor lombar gestacional, há consenso de que o
peso, a altura, o tabagismo, a idade, o intervalo de tempo desde a última gravidez e o uso de
pílulas anticoncepcionais não são fatores de risco para o surgimento da dor lombar e pélvica
gestacional8.
Diagnóstico
Respostas álgicas positivas são referidas por mulheres acometidas por episódios de dor
lombar e pélvica gestacional mediante determinados testes diagnósticos5. Recomenda-se fazer
mapas de referência de dor2,
4, 8
, de maneira a identificar a localização da dor mediante a
marcação de um desenho das partes anterior e posterior do corpo da coluna lombar até os
membros inferiores2-4, 8, 27, 28.
Alguns testes específicos são recomendados, tais como: teste de elevação ativa da perna
reta, teste de provocação de dor pélvica posterior1, 8, 19, 27, 29, teste de Gaenslen8, 19, palpação
bilateral dos ligamentos sacroilíacos dorsais, provocação de dor na sínfise púbica pelo teste de
Trendelenburg modificado, teste Faber Patrick e palpação da sínfise púbica8,
29
. Sugere-se
também a realização de testes de força e de dor isométrica bilateral de adutores da coxa27,
teste de distração ilíaca e teste de impulso sacral19.
Portanto, a utilização de métodos combinados tem sido comum para a realização do
diagnóstico. Alguns exemplos são: inspeção da postura ortostática associada à inclinação
pélvica, à palpação dos ligamentos e músculos e dos testes de provocação de dor lombar e na
sínfise púbica. O teste que apresenta mais confiabilidade para provocar dor na região lombar é
5
o Faber Patrick, enquanto para a sínfise púbica tem-se a palpação da sínfise púbica e o teste
de Trendelenburg modificado8.
Prognóstico
Considerada um relevante problema de saúde, a dor lombar gestacional pode se tornar
crônica e levar a incapacidade22. Os sintomas surgem pouco antes do final do primeiro
trimestre da gestação, com tendência a aumentar com o decorrer do período gestacional, com
determinados movimentos e com alguns exercícios físicos3, 7, 14, 21. Normalmente as gestantes
adotam padrões anormais de atividade muscular para aliviar a dor, sobrecarregando a
musculatura e as articulações, provocando aumento da dor no final da gestação30. O quadro
doloroso provoca efeito negativo sobre as atividades diárias13, 21, 29-31 de caminhar, levantar,
deitar-se em decúbito dorsal e mudança de decúbito no leito, subida de escadas, exercícios
físicos, tarefas domésticas, vida sexual, qualidade do sono, lazer e relações pessoais21, 30, 31. A
dor pélvica gestacional também apresenta sintomas que tendem a maximizar com a
progressão da gestação3, 5-9.
Embora seja vista como dor transitória e com tendência a diminuição após o parto22, a
dor lombar e pélvica gestacional pode persistir por três semanas após o parto19. Há mulheres
que referem dor durante os três primeiros meses após o parto4, que tende a persistir por um
ano após o parto1, 4, 32, embora consta em outro estudo uma incidência de persistência da dor
em 40% dos casos em um período de 18 meses pós-parto22. Além disso, pode persistir por até
seis anos após o parto em 7% das mulheres33. Tais mulheres necessitam de acompanhamento
e tratamento especiais4.
Tratamento
Os tratamentos mais utilizados para a redução da dor lombar e pélvica gestacional,
recomendados pelas diretrizes europeias em dor lombar e pélvica gestacional, são os
exercícios específicos de estabilização pélvica, acupuntura8,
30
e hidroginástica8. Outras
intervenções também já foram utilizadas: outros tipos de exercícios, massagens, tratamentos
individualizados, mobilizações, manipulações, informações, eletroterapia, travesseiros e
cintos pélvicos, fixadores externos, cirurgias e injeções8. Entretanto, não existem estudos
consistentes e significativos que evidenciam a utilização de algumas das terapias
supramencionadas para a prevenção e o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional.
Dentre elas: mobilizações, manipulações, travesseiros e cintos pélvicos. Não se recomendam
6
também o uso da eletroterapia, de fixadores externos e de cirurgias, pois não foram
encontrados estudos na área8.
Há também a utilização da terapia craniossacral, porém com redução do quadro
doloroso apenas no período da manhã. Assim, mais estudos precisam ser realizados para
recomendar como tratamento para a dor lombar e pélvica gestacional34. Já foi utilizado
também a reeducação postural global (RPG), contribuindo para as limitações funcionais
oriundas da gestação31. O tratamento através do método yoga também é usado e há relatos de
que seja mais eficaz para a redução da dor lombopélvica em comparação com orientações
posturais35. É utilizado também tratamento através da manipulação osteopática, que reduz a
dor e melhora a funcionalidade de gestantes com dor lombar e pélvica36. Recomendam-se
também as informações, desde que sejam multiprofissionais. Também são recomendadas a
hidroginástica8 e a acupuntura8, 29, 30, 33, embora sejam necessários estudos mais aprofundados
e com melhor qualidade metodológica por falta de evidências mais concretas8, 30, 33.
Segundo as diretrizes do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas para o
exercício durante a gestação, uma completa avaliação deve ser realizada antes que um
programa de exercícios seja iniciado, sendo recomendado todo o pré-natal de rotina. Assim,
atenção deve ser dada ao tipo e à intensidade do exercício, sua duração e a frequência das
sessões. Adicionalmente deve-se dar atenção a progressão da intensidade dos exercícios ao
longo do tempo24. De acordo com as diretrizes europeias em dor lombar e pélvica gestacional,
os programas de intervenção mediante treinamento físico e aconselhamento individual para
dor lombar e pélvica gestacional reduzem a intensidade dolorosa, o número de licenças
médicas e os custos com a saúde, assim como auxiliam na promoção da saúde das gestantes 8.
Porém, seguindo as diretrizes canadenses para reeducação postural de mulheres com dor
lombar e pélvica gestacional, os exercícios regulares ainda não produzem efeitos
significativos para enfatizar que são benéficos para a postura e para os ajustes posturais26.
Os exercícios durante a gestação minimizam a dor e melhoram a qualidade de vida das
mulheres durante o período gestacional e após o parto3, 37. Ocorre restauração da biomecânica
lombopélvica, estabilizando tal região, melhorando a postura e a função muscular, pois gera
fortalecimento da musculatura paravertebral e abdominal3, 13. Devido a redução da frouxidão
das articulações sacroilíacas3, os efeitos são mais significativos sobre a flexibilidade da coluna
vertebral, reduzindo significativamente a sensibilidade dolorosa13. Portanto, os programas de
tratamento que incluem exercícios específicos de estabilização são recomendados pelas
diretrizes europeias em dor lombar e pélvica gestacional8, 30. As evidências são significativas,
sobretudo em relação à utilização dos exercícios individualizados. As massagens são
7
recomendadas como adjuvante dos programas de tratamento que incluem exercícios
específicos de estabilização lombopélvica, nunca como terapia única. Todavia, é sabido que
os exercícios efetuados no ambiente aquático são benéficos para as gestantes pois, além de
reduzir a dor na segunda metade da gestação16, reduzem o tempo de licenças médicas5, 16.
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS
Vários estudos já foram publicados, mas ainda há entre eles uma grande quantidade de
nomenclaturas e definições acerca da dor lombar e pélvica gestacional. Há limitações
diagnósticas e ainda há estudos discrepantes quanto a localização exata da dor, dificultando a
comparação dos resultados8. Existem muitas revisões sistemáticas que relatam terapias por
exercício físico para gestantes com complicações pré-natais portadoras de dor lombar e
pélvica gestacional, como a pré-eclâmpsia38 e o diabetes gestacional39, visto que são comuns
durante o período gestacional. Algumas revisões sistemáticas e outros estudos incluem em
seus desfechos a continuidade da dor após o período gestacional40, enquanto outros se referem
apenas ao tratamento da dor lombar e pélvica gestacional após o parto41-44, e ainda há estudos
realizados durante o parto45. Quanto as terapias fisioterapêuticas para o tratamento da dor
lombar e pélvica gestacional, observa-se uma variável quantidade de estudos. Assim,
considerando que não foram encontradas revisões sistemáticas publicadas até o presente
momento que avaliem apenas os efeitos de terapias por exercícios físicos no tratamento da dor
lombar e pélvica gestacional que atendam aos padrões metodológicos atuais, e que tenham
incluído apenas pacientes durante o período gestacional, o objetivo do presente estudo é
revisar sistematicamente as evidências de estudos controlados aleatorizados acerca da
efetividade da terapia por exercício na dor, incapacidade, recuperação e saúde geral de
mulheres com dor lombar e pélvica gestacional.
8
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11
CAPÍTULO 2
UTILIZAÇÃO DA TERAPIA POR EXERCÍCIO NO TRATAMENTO DA
DOR LOMBAR E PÉLVICA GESTACIONAL: UMA REVISÃO
SISTEMÁTICA
12
UTILIZAÇÃO DA TERAPIA POR EXERCÍCIO NO TRATAMENTO DA DOR
LOMBAR E PÉLVICA GESTACIONAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
EXERCISE THERAPY IN THE TREATMENT OF LUMBAR AND PELVIC PAIN
DURING PREGNANCY: A SYSTEMATIC REVIEW
Título resumido: Exercícios para dor lombar e pélvica gestacional
Running title: Exercises for lumbar and pelvic pain during pregnancy
WENIS CAETANO DE ABREU1, LUCÍOLA DA CUNHA MENEZES COSTA1, FELIPE
RIBEIRO CABRAL FAGUNDES1, CRISTINA MARIA NUNES CABRAL1*
Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia, Universidade Cidade de São Paulo – São
Paulo SP – Brasil
* Autor correspondente: (011) 2178-1565, Rua Cesário Galeno 448/475, São Paulo, CEP:
03071-000, Tatuapé, SP; [email protected]
Palavras-chaves: exercício; tratamento; dor lombar; dor pélvica; gestação
Keywords: exercise; treatment; low back pain; pelvic pain; pregnancy
13
RESUMO
Introdução: Durante o período gestacional três dores podem ser distinguidas: dor lombar, dor
pélvica e dor lombopélvica. Os tratamentos mais utilizados e recomendados para essas dores
são exercícios específicos de estabilização lombopélvica, acupuntura e hidroginástica. Até o
presente momento não há revisões sistemáticas que avaliem apenas os efeitos das terapias por
exercício físico no tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Objetivo: Revisar
sistematicamente as evidências de estudos controlados aleatorizados acerca da terapia por
exercício na dor, incapacidade, recuperação e saúde geral em mulheres com dor lombar e
pélvica gestacional. Métodos: Buscas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE,
EMBASE, CINAHL, CENTRAL e PEDro em fevereiro de 2014. Algumas palavras-chave
utilizadas foram: “randomized controlled trial”, “dorsalgia”, “back pain”, “low back pain”,
“exercise”, “physical exercise” e “exercise therapy”. Apenas estudos controlados
aleatorizados de mulheres com dor lombar e pélvica gestacional foram selecionados, cujo
tratamento foi baseado em terapias por exercícios, sem restrições ao idioma de publicação.
Resultados: Os estudos elegíveis encontrados nas bases de dados totalizaram 384. Tendo os
critérios de elegibilidade como base, foram elegíveis 57 estudos para leitura de texto
completo, dos quais 20 foram incluídos para a análise. Baseando-se nos dados captados dos
estudos incluídos nessa pesquisa, não se pode confirmar que os exercícios são superiores ao
não tratamento, à intervenção mínima e aos cuidados usuais, e à outros exercícios para o
tratamento da dor lombar e pélvica gestacional. Estudos com melhor qualidade metodológica
precisam ser realizados para fundamentar tal afirmação.
Palavras chave: Dor lombar; dor pélvica; terapia por exercício; tratamento
14
INTRODUÇÃO
Mulheres durante o período gestacional podem referir três tipos de dor: dor lombar, dor
pélvica e dor lombopélvica1. Considera-se como dor lombar gestacional a dor localizada entre
a última costela e as pregas glúteas, e pode ou não irradiar para a região dos membros
inferiores2, 3. Localizada nas articulações sacroilíacas, precisamente entre a espinha ilíaca
póstero-superior e a prega glútea, a dor pélvica gestacional também pode irradiar para os
membros inferiores, além da irradiação para a região perineal3-8. Quando não se consegue
realizar distinção entre a dor lombar e pélvica gestacional, a dor é considerada lombopélvica
gestacional1.
Diversas intervenções já foram avaliadas para o tratamento da dor lombar e pélvica
gestacional. Porém, ainda não há estudos que apresentem fortes evidências para a utilização
de mobilizações, manipulações, travesseiros e cintos pélvicos na prevenção e no tratamento
de tal condição física. Não é recomendada também a utilização da eletroterapia, visto que não
foram encontrados estudos na área7. As informações são recomendadas, desde que sejam
multiprofissionais. As massagens também são recomendadas, desde que façam parte de
programas de tratamento que incluem exercícios específicos de estabilização, nunca como
terapia única7, 9. A hidroterapia7 e a acupuntura7,
10-12
também são recomendadas, porém
estudos mais aprofundados e com melhor qualidade metodológica precisam ser realizados por
falta de evidências mais concretas7, 11, 12, embora sabe-se que os exercícios aquáticos reduzem
a intensidade da dor na segunda metade da gestação13 e o tempo de licenças médicas das
gestantes5, 13. Também é referido na literatura o uso do método yoga como tratamento para a
dor lombar e pélvica gestacional. Tal método tende a ser mais eficaz para minimizar a dor
lombopélvica em comparação com orientações posturais14.
Os exercícios e os programas de tratamento que incluem exercícios específicos de
estabilização são recomendados7, pois minimizam a dor e melhoram a qualidade de vida das
mulheres durante a gravidez e após o parto3, 15. Evidências significativas foram encontradas,
principalmente no que tange à utilização de exercícios individualizados7. Esses exercícios
restauram a biomecânica lombopélvica, melhorando a função muscular e a postura das
gestantes3, 16. São significativos sobre a flexibilidade da coluna vertebral e sobre o quadro
doloroso16, pois reduzem a frouxidão das articulações sacroilíacas3. Porém, de acordo com as
diretrizes canadenses, não foram encontrados efeitos significativos dos exercícios sobre a
postura e sobre os ajustes posturais, que consequentemente influenciam no quadro doloroso
devido ao aumento da lordose lombar17.
15
Existem várias revisões sistemáticas sobre o tratamento da dor lombar e pélvica
gestacional. Porém, algumas incluem pacientes com complicações pré-natais, como a préeclâmpsia18 e o diabetes gestacional19, além de exercícios realizados durante20 e após o
parto21-25. A maioria das revisões sistemáticas sobre exercícios para o tratamento dessa
condição apresenta evidências limitadas para a redução da dor e baixa qualidade
metodológica26, não atendendo aos padrões metodológicos atuais27. Além disso, a
heterogeneidade dos estudos não permite dizer que as terapias são potencialmente benéficas
para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional28. Portanto, considerando que não
foram encontradas revisões sistemáticas publicadas até o presente momento que avaliem
apenas as terapias por exercícios físicos no tratamento da dor lombar e pélvica gestacional,
exclusivamente durante o período da gestação, e que atendam aos padrões metodológicos
atuais, o objetivo deste estudo é revisar de forma sistemática as evidências de estudos
controlados aleatorizados a respeito da efetividade da terapia por exercício na dor,
incapacidade, recuperação e saúde geral em mulheres portadoras de dor lombar e pélvica
gestacional.
MÉTODO
Tipo de estudos
Foram incluídos neste estudo apenas ensaios controlados aleatorizados, com desenho
metodológico claramente explicado e métodos apropriados de aleatorização. Os estudos em
que o tipo de alocação foi baseado em métodos passíveis de viés não foram elegíveis para a
inclusão (por exemplo, alocação por data de nascimento).
Tipo de participantes
Mulheres grávidas em qualquer período da gravidez com queixa de dor lombar ou
pélvica.
Intervenções
Qualquer terapia por exercício usada no tratamento da dor lombar ou pélvica
gestacional comparada com não tratamento, intervenção mínima, lista de espera, placebo ou
qualquer outro tipo de tratamento conservador.
Foram considerados na revisão apenas estudos cujos delineamentos utilizados sugerem
que o principal componente dos mesmos foram os exercícios.
16
Tipos de desfechos
Foram avaliados os seguintes desfechos: dor, incapacidade, recuperação e saúde geral,
além dos efeitos adversos para a mãe, recém-nascido ou ambos, caso tenham sido descritos
pelos autores.
Desfechos primários

Intensidade da dor: foram utilizados dados obtidos por meio da Escala Visual
Analógica (EVA), Escala Numérica de Dor e pelo Escore de McGill;

Incapacidade: foram extraídos os dados de estudos que utilizaram o Questionário
Roland Morris de Incapacidade ou o Índice de Incapacidade de Oswestry;

Melhora global ou recuperação percebida.
Desfecho secundário

Qualidade de vida relacionada à saúde: por meio de dados obtidos pelo SF-36
(medido pela sub-escala “estado geral de saúde”), EuroQol, estado geral de
saúde (medido em uma EVA) ou semelhante validado.
Estratégias de busca
A pesquisa eletrônica foi realizada sem limitação de idioma e de data até o dia
24/02/2014. Foram consideradas as seguintes bases de dados: Cochrane Central Register of
Controlled Trials (CENTRAL), MEDLINE, EMBASE, CINAHL e PEDro.
Foi utilizada a estratégia de busca da Cochrane Back Review Group associada a da
Cochrane Pregnancy and Childbirth Group’s Trials Register, para procurar ensaios
controlados aleatorizados em dor lombar. Foram usadas também palavras do MeSH
(Apêndice A). Ao final da seleção, uma busca manual foi realizada nas referências dos artigos
incluídos.
Coleta de dados e análise
Dois avaliadores independentes realizaram a seleção dos estudos e a extração dos dados.
Os avaliadores analisaram os critérios de elegibilidade da pesquisa, a extração dos dados, o
risco de viés e a importância clínica dos estudos. Quando não houve consenso entre os
avaliadores, um terceiro avaliador foi acionado para a resolução das divergências para todas
as fases da revisão.
17
Os avaliadores dos estudos não ficaram cegos aos autores, às publicações e às
instituições. Quando as informações dos estudos foram insuficientes para tal revisão, os
autores dos ensaios controlados aleatorizados inseridos foram contatados para o fornecimento
ou o esclarecimento de informações adicionais.
Seleção de estudos
Os resumos dos estudos foram avaliados quanto a sua adequação para a revisão. Os
estudos foram incluídos com base no delineamento dos estudos, o tipo de participantes e os
tipos de intervenções. Quando surgiram dúvidas quanto à elegibilidade do estudo, analisou-se
o texto completo do mesmo.
Tal revisão abrange textos na íntegra relevantes após avaliação independente. Foram
avaliadas somente publicações com textos completos, sendo excluídos os resumos, trabalhos
de congressos e quaisquer outras literaturas não pertinentes para a revisão. Não houve
restrição em relação ao idioma de publicação.
Extração de dados
Foram extraídos dos estudos as características dos mesmos (por exemplo, o local onde
foi desenvolvido), assim como as modalidades de recrutamento (anúncios de jornais, por
exemplo), a fonte de financiamento e o risco de viés, a população analisada e os critérios de
inclusão. Foram analisadas ainda as características da amostra (como exemplo, o número de
participantes e idade), a descrição das intervenções experimentais e controle (por exemplo, o
tipo de terapia por exercício), além das co-intervenções, os resultados obtidos e as conclusões
dos autores.
Posteriormente foram utilizados os dados quanto aos resultados primários dos estudos,
analisados pelos escores de média e desvio padrão.
Avaliação de viés dos estudos
O risco de viés dos estudos foi analisado utilizando os critérios estabelecidos pelo banco
de dados do PEDro, que compreende estudos controlados aleatorizados, revisões sistemáticas
e diretrizes para a prática clínica em Fisioterapia. Através da escala PEDro é possível saber a
qualidade metodológica dos ensaios clínicos. A escala PEDro compreende 11 critérios de
avaliação metodológica, na qual quanto mais alto o escore, melhor é a qualidade
metodológica do ensaio controlado e menor é o risco de viés29.
18
Para a avaliação da validade interna dos estudos, a escala PEDro verifica a existência de
diversos critérios, que incluem: aleatorização dos grupos, ocultação da distribuição dos
grupos, comparação inicial dos grupos, cegamento dos pacientes, terapeutas e avaliadores do
estudo, análise por intenção de tratar e adequação do período de follow-up. A
interpretabilidade é avaliada constatando a existência de comparações estatísticas entre os
grupos, além das estimativas e medidas de variabilidade29.
Uma escala de 11 itens é formada com base nos critérios supracitados. Caso um ensaio
controlado não faça referência específica a determinado critério, pontua-se como inexistente.
Um dos critérios é referente à validade externa e é relativo aos critérios de elegibilidade do
estudo. Tal critério não reflete as dimensões de qualidade ponderadas pela escala PEDro.
Assim, não é calculado na pontuação da metodologia apresentada nos resultados da busca e,
portanto, apenas 10 dos 11 itens fornecem pontuação (máximo de 10 pontos)29.
RESULTADOS
Seleção dos estudos
Foram encontrados 384 estudos controlados aleatorizados. Após a exclusão
considerando os critérios de elegibilidade, foram elegíveis 57 estudos para leitura de texto
completo, dos quais 20 foram incluídos para a análise (Figura 1). Alguns autores foram
contatados para o envio de informações pertinentes para tal pesquisa, porém não foi recebida
resposta de muitos deles30-32, nem mesmo após o envio das mensagens em outros dois
momentos. Dois autores enviaram os dados solicitados17, 33. Outros dois autores3, 8 também
enviaram os dados, porém apenas os dados de dor. Um dos autores34 que respondeu ao ser
procurado relatou que não haviam mais dados além dos já mencionados na pesquisa. Foi
realizada comutação de três artigos35-37, porém obtivemos apenas um36 deles. Não realizou-se
a comutação de outros três artigos, pois os mesmos não possuem indexação na PubMed.
Faltaram dados de outros dois artigos13, 36, pois não se encontrou o contato dos autores para a
solicitação dos dados pertinentes. Não foram encontrados estudos na busca manual.
19
Figura 1. Processo de seleção dos estudos incluídos para a análise
*ECA: Ensaio Controlado Aleatorizado
Características dos estudos
Dos 20 artigos incluídos, um estudo comparou os exercícios posturais com o não
tratamento33. Um estudo comparou os efeitos de um programa de exercícios de fortalecimento
abdominal, paravertebral e femoral com o não tratamento16. Outro estudo comparou um
programa de exercícios coletivos, contendo informações e educação ergonômica, com o não
tratamento31. Os exercícios de hidroginástica também foram comparados com o não
tratamento em outro estudo13.
20
Três estudos possibilitaram comparar um programa de exercícios com informações
sobre postura e ergonomia3, 30, 38. Um estudo comparou a eficácia de um tratamento padrão
sozinho, do tratamento padrão com a acupuntura e do tratamento padrão com exercícios de
estabilização10. Outro estudo realizou a comparação de exercícios baseados na Reeducação
Postural Global (RPG) com orientações rotineiras para o controle da dor lombar39. Comparouse também a efetividade de exercícios de alongamento ativo com as orientações médicas34. O
método yoga também foi comparado com orientações posturais (por meio de cartilhas
educativas)14. Um estudo comparou um programa de exercícios (físicos, atividades educativas
e exercícios domiciliares) com as atividades do pré-natal40. Outro estudo comparou um
programa de tratamento fisioterapêutico com as informações médicas usuais32. Há também
um estudo que compara três grupos: Back School e um programa de treinamento modificado
coletivo, Back School e um programa de treinamento modificado individual, e pré-natal usual
apenas36. Um programa de exercícios ergométricos também foi comparado com o
acompanhamento rotineiro de controle da dor lombar41. Outro estudo também realizou a
comparação de um protocolo de educação padronizada (cartilha, palestras, fitas audiovisuais e
registros diários dos exercícios) com a intervenção médica usual6. Também há a comparação
de um programa de exercícios (aeróbicos, fisioterapêuticos e domiciliares) com informações e
cuidados habituais do pré-natal42.
Em outro estudo, comparou-se três diferentes tratamentos fisioterapêuticos para dor
pélvica gestacional: um grupo de informações (sobre anatomia, postura e ergonomia), um
com informações e um programa de exercícios domiciliares de estabilização pélvica e
alongamentos, e outro grupo de informações com exercícios de estabilização com
fortalecimento15. Outro estudo também realizou a comparação de três diferentes tratamentos
para dor lombar gestacional: o grupo de exercícios (cartilha, exercícios de estabilidade lombar
e recomendações posturais), o grupo de manipulação e o grupo da técnica neuroemocional43.
Há também o estudo que comparou os efeitos da acupuntura com a fisioterapia para o
tratamento da dor lombar e pélvica gestacional8.
A Tabela 1 descreve as características dos estudos. De forma geral, os estudos incluíram
individualmente entre 34 a 958 mulheres com idade entre 22,9 e 31,1 anos, cujos tratamentos
com exercícios físicos foram realizados durante a gestação. Tais estudos incluíram
tratamentos com exercícios comparando com o não tratamento, intervenção mínima ou
cuidados usuais, ou outro tipo de tratamento. A Tabela 2 descreve os detalhes da extração de
dados dos estudos.
21
Os autores dos estudos incluídos para esta revisão sistemática não descreveram os
efeitos adversos para a mãe, para o recém-nascido, ou para ambos.
Resultados da qualidade metodológica
Em relação a qualidade metodológica dos 20 artigos analisados, apenas 7 já estavam
com os escores disponíveis na base de dados da PEDro. Os demais artigos foram avaliados
manualmente por dois avaliadores independentes. Os escores dos estudos variaram entre 1 e 8
pontos em uma escala de zero a dez pontos (Tabela 3). Todos os estudos analisados perderam
pontos no que tange às técnicas de cegamento dos sujeitos e dos terapeutas, e somente nove
estudos10, 15, 16, 30-32, 38, 39, 43 obtiveram pontuação no critério de cegamento dos avaliadores. A
média dos escores dos artigos foi de 5,45 pontos.
Heterogeneidade dos estudos incluídos
Uma heterogeneidade significativa foi encontrada nos estudos incluídos quanto as
características da população estudada, as avaliações e intervenções utilizadas e aos resultados
obtidos. As intervenções variaram quanto ao tipo de tratamento e a duração das mesmas. Os
tratamentos envolveram a utilização de programas de reabilitação coletiva e individual,
presenciais e em domicílio, aconselhamentos, informações, acupuntura, RPG, exercícios de
estabilização lombopélvica, yoga e Back School. A duração dos tratamentos também foi
muito variada: de quatro semanas a 12 meses após o parto.
Dos 20 artigos analisados, sete deles13, 30-32, 34, 36, 42 não descreveram ou não enviaram os
resultados numéricos dos desfechos analisados. Ainda considerando todos os artigos, um
deles33 avaliou o desfecho dor durante quatro semanas da gestação e em quatro meses após o
parto. Outros cinco artigos13, 15, 31, 32, 36 também acompanharam as mulheres após o parto. Um
deles38 avaliou as mulheres em quatro momentos do período gestacional. Dez3, 8, 10, 14, 16, 34, 39,
41-43
realizaram a avaliação em dois momentos da gestação. Dois estudos6,
40
realizaram a
avaliação das gestantes em três momentos da gravidez. Todavia, para esta revisão sistemática,
considerou-se apenas os dados coletados durante o período gestacional.
Comparação dos estudos conforme o tratamento
Exercícios contra não tratamento
Os artigos de exercícios versus o não tratamento totalizaram 4, cuja média de qualidade
metodológica é 5,5 pontos. Apenas um dos estudos16 recebeu pontuação de qualidade
metodológica de 7, numa escala de 10 pontos. Este estudo encontrou efeito significativo do
22
exercício sobre a intensidade da dor, assim como outro estudo13 de qualidade metodológica
inferior. Os outros dois estudos31, 33 não encontraram diferenças entre os grupos em relação a
dor. Apenas um estudo33 avaliou a incapacidade, não encontrando diferenças significativas
entre os grupos.
Exercícios contra intervenção mínima ou cuidados usuais
Os estudos de exercícios versus intervenção mínima ou cuidados usuais totalizaram 13.
A média de qualidade metodológica, seguindo a escala PEDro, foi de 5,38 pontos. Dois
estudos10, 32 obtiveram pontuação 8 na escala PEDro e três estudos3, 38, 42 obtiveram pontuação
7. Os demais estudos pontuaram abaixo desses escores.
Um estudo32 com boa qualidade metodológica, comparando exercícios fisioterapêuticos
com o tratamento obstétrico usual, constatou que o uso da fisioterapia deixa as gestantes
menos propensas a relatarem dor e melhora a funcionalidade das mesmas. Outro estudo42,
com escore 7 na escala PEDro, encontrou resultados conflitantes. Segundo os autores, não há
diferenças significantes entre os grupos de fisioterapia e cuidados usuais do pré-natal para a
dor e incapacidade. Em contrapartida, outro estudo30, com escore de 4 pontos, relata que um
programa de reabilitação reduz a dor no grupo de exercícios e piora no grupo de cuidados
usuais. Outro estudo36 comparou o tratamento com Back School, associado a um programa de
treinamento modificado para dor lombar e pélvica gestacional. Os autores encontraram
resultados significativos para a melhora da dor, porém tal estudo recebeu escore de 1 ponto na
escala PEDro.
Exercícios contra outro tipo de exercício
Os estudos incluídos que compararam exercícios com outros exercícios totalizaram 3
artigos. A média de qualidade metodológica dos mesmos foi de 5,66 pontos. Apenas um
estudo43 recebeu escore 7 numa pontuação de 10 pontos. Os autores de tal estudo compararam
os exercícios com manipulações e técnicas neuroemocionais. Constatou-se melhora
significativa da dor nos grupos de exercícios e manipulação. Além disso, os três grupos
obtiveram melhora clínica significativa da incapacidade. Por outro lado, o estudo de NilssonWikmar et al (2005)15, pontuado em 6 na escala PEDro, comparando exercícios
supervisionados com exercícios domiciliares, não encontrou diferenças estatisticamente
significantes entre os grupos na melhora da dor e da incapacidade.
23
Tabela 1. Características dos estudos
Exercícios x Não tratamento
Autores (ano)
Participantes
Intervenção
Momentos de avaliação
Dumas et al (1995)33
N: 94
GE: exercícios aeróbicos, ginástica e relaxamento, sessões
de 1 hora, 4 semanas durante a gravidez e 4 meses após o
parto
4 semanas durante a gravidez e
4 meses após o parto
GE: 33; Média de idade (anos):
28,8 (3,6)
Garshasbi e Zadeh
(2005)16
GC: 61; Média de idade (anos):
29,8 (3,2)
GC: permaneceu sedentário e não se envolveu em qualquer
forma de exercícios
N: 212
GE: programa de exercícios três vezes por semana; durante
12 semanas
GE: 107; Média de idade (anos):
26,3 (4,8)
Antes e depois de 12 semanas
GC: não foi realizada intervenção
GC: 105; Média de idade (anos):
26,5 (4,4).
Haugland et al
(2006)31
Kihlstrand et al
(1999)13
N: 958
GE: 275; Média de idade (anos):
28,9 (4,49)
GE: programa educativo em grupos de no máximo 5
gestantes; sessões de 2 horas, uma vez por semana em 4
semanas consecutivas
GC: 285; Média de idade (anos):
28,9 (4,41)
GC: não foi realizada intervenção
N: 258
GE: exercícios aquáticos, entre 17 e 20 sessões, 1 vez na
semana e 1 hora de duração
GE: 129; Média de idade (anos): 28
GC: 129; Média de idade (anos): 29
Antes e após 6 e 12 meses pósparto
15-18 semanas, 34 semanas e 1
semana pós-parto
GC: Não há relatos no artigo
Exercícios x Intervenção mínima ou cuidados usuais
Autores (ano)
Participantes
Intervenção
Momentos de avaliação
24
Beyaz et al (2011)30
N: 36
GE: 15; Média de idade (anos):
24,53 (3,22)
GE: programa de reabilitação e exercícios, 3 vezes por
semana, a cada outro dia, até a 37ª semana de gestação
Dados não enviados pelos
autores
GC: treinamento teórico e informações na maternidade
GC: 21; Média de idade (anos):
25,19 (3,51)
Eggen et al (2012)38
N: 257
GE: exercícios supervisionados e tratamento padrão
GE: 129; Média de idade (anos):
30,6 (4,8)
GC: apenas tratamento padrão
Na 24ª, 28ª, 32ª e 36ª semanas
de gestação
GC: 128; Média de idade (anos): 30
(4,8)
Elden et al (2005)10
N: 386
G1: tratamento padrão com aconselhamentos e informações
G1: 130; Média de idade (anos):
30,8 (4,8)
G2: tratamento padrão e acupuntura, 6 sessões de 30
minutos durante 6 semanas
G2: 125; Média de idade (anos):
30,6 (4)
G3: tratamento padrão com exercícios de estabilização, 6
sessões de 1 hora durante 6 semanas
Antes e depois de 6 semanas
G3: 131; Média de idade (anos): 30
(4)
Gil et al (2011)39
N: 34
GE: sessões de RPG durante oito semanas consecutivas.
Duração de 40 minutos
GE:17; Média de idade (anos): 29
GC: Orientações de rotina para controle da dor
Antes e depois de 8 sessões
(5,2)
GC: 17; Média de idade (anos):
23,7 (3,9)
Kluge et al (2011)
3
N: 50
GE: 26; Média de idade (anos): 27
GE: informações verbais e um programa de exercícios em
folheto. Aulas semanais durante 10 semanas. Duração de
Antes e depois de 10 semanas
de tratamento
25
(20 a 32)
30 a 45 minutos.
GC: 24; Média de idade (anos): 29
GC: apenas informações verbais
(21 a 39)
Martins e Silva
(2005)34
N: 69
GE: 33; Média de idade (anos): não
relatado
GE: exercícios posturais e alongamentos. Sessões de 1
hora, durante 8 semanas
Antes e depois de 8 sessões
GC: apenas recomendações médicas
GC: 36: Média de idade (anos): não
relatado
Martins e Silva
(2013)14
N: 60
GE: 30; Média de idade (anos): 26
(24 a 30)
GC: 30; Média de idade (anos): 23
(17 a 29)
Miquelutti et al
(2013)40
N: 197
GE: 97; Média de idade (anos):
22,9 (4,6)
GE: exercícios orientados pelo método yoga. Duração de
10 semanas 10 sessões, 1 vez por semana, durante 1 hora
cada
Antes e após 10
semanas/sessões
GC: orientações e panfleto educativo
GE: Exercícios físicos, atividade educativas e instruções
sobre exercícios domiciliares
GC: Atividades educativas do pré-natal e informações
Com até 30 semanas de
gestação; entre 31 e 36
semanas de gestação; a partir
da 37 semana de gestação
GC: 100; Média de idade (anos):
22,9 (5,1)
Mørkved et al
(2007)32
N: 301
GE: 148; Média de idade (anos): 28
(5,3)
GC: 153; Média de idade (anos):
26,9 (3,9)
GE: treinamento fisioterapêutico durante 1 hora, uma vez
por semana durante 12 semanas
GC: Informações usuais do obstetra ou do clínico geral
Na 20ª e na 36ª semana de
gestação; 3 meses após o parto
26
Ostgaard et al (1994)36
N: 407
G1: 145; Média de idade (anos):
não relatado
G2: 123; Média de idade (anos):
não relatado
Grupo A: Back School e um programa de treinamento
modificado. Duas sessões de 45 minutos
Grupo B: Back School e um programa de treinamento
modificado. Individual e 5 sessões de 30 minutos
Antes, na 36ª semana
gestacional, 8 semanas após o
parto
GC: Apenas pré-natal usual
G3: 139; Média de idade (anos):
não relatado
Sedaghati et al
(2007)41
N: 90
GE: 40; Média de idade (anos):
23,28 (2,52)
GE: programa de exercícios de aquecimento, aeróbicos e
relaxamento; 1 hora de duração, durante 8 semanas
Antes e depois de 8 semanas
GC: apenas acompanhamento de rotina
GC: 50; Média de idade (anos):
23,26 (4,23)
Shim et al (2007)6
N: 56
GE: 29; Média de idade (anos):
28,1 (2,9)
GC: 27; Média de idade (anos):
28,6 (3,2)
Stafne et al (2012)42
N: 855
GE: 429; Média de idade (anos):
30,5 (4,4)
GC: 426; Média de idade (anos):
30,4 (4,3)
GE: programa padronizado: panfleto, palestra, fita
audiovisual para demonstrar o exercício e registro de
exercício diário; sessões de 45 minutos, 5 a 7 vezes
semanais
Antes (17-22 semanas de
gestação), após 6 e após 12
semanas
GC: apenas rotina médica
GE: programa de exercícios fisioterapêuticos; 12 semanas
de exercícios aeróbicos e de fortalecimento com duração de
1 hora
Antes (18 a 22 semanas de
gestação) e depois (32 a 36
semanas de gestação)
GC: informações e cuidados habituais do pré-natal
Exercícios x Outro tipo de exercício
Autores (ano)
Participantes
Intervenção
Momentos de avaliação
Nilsson-Wikmar et al
N: 118
Grupo 1: protocolo de educação padronizada: panfleto,
Antes (de 35 a 38 semanas de
27
(2005)15
G1: 40; Média de idade (anos): 28,4
(3,9)
palestra, fita audiovisual para demonstração dos exercícios
diários
G2: 41; Média de idade (anos): 29,5
(3,3)
Grupo 2: informações; programa de exercícios domiciliares
G3: 37; Média de idade (anos): 29,7
(5,4)
Peterson et al (2012)43
N: 57
G1: 22; Média de idade (anos): 28,7
(5,1)
G2: 15; Média de idade (anos): 31,1
(4,2)
gestação); 6 e 12 meses após o
parto
Grupo 3: grupo de exercícios e informações, baseado em
um programa de treinamento, 2 vezes na semana
Grupo 1: de exercícios, livreto e recomendações posturais.
Duração de 15 minutos domiciliares, 5 vezes na semana.
Antes e após 8 sessões
Grupo 2: grupo de manipulações
Grupo 3: técnica neuroemocional
G3: 20; Média de idade (anos): 29,7
(5,5)
Wedenberg et al
(2000)8
N: 60
GE: 30; Média de idade (anos):
28,4 (21 a 36)
GC: 30; Média de idade (anos):
29,4 (22 a 36)
GE: acupuntura, 3 vezes por semana durante as primeiras 2
semanas. Em seguida, 2 vezes por semana, totalizando 10
tratamentos em 1 mês, de 30 minutos cada
Dor antes e depois
GC: fisioterapia, 1 ou 2 vezes na semana, totalizando 10
tratamentos dentro de 6-8 semanas de 50 minutos cada
*GE: Grupo de Exercícios; GC: Grupo Controle; G1: Grupo 1; G2: Grupo 2; G3: Grupo 3; RPG: Reeducação Postural Global
Tabela 2. Detalhes da extração dos dados dos estudos, em médias e desvio-padrão
Exercícios x Não tratamento
Autores (ano)
Antes do tratamento
Após o tratamento
Dumas et al (1995)33
GE: RSPL: 1,42 (1,44); LF: 1,17 GE: RSPL: 0,87 (1,34); LF: 1,09
Resultados
Não houve diferença significativa entre os grupos quanto a dor
28
(0,27)
(0,11)
e quanto a incapacidade
GC: RSPL: 1,81 (1,99); LF:
1,22 (0,27)
GC: RSPL: 1,6 (1,8); LF: 1,11
(0,21)
Garshasbi e Zadeh
(2005)16
GE: KEBK: 23,6 (18,09)
GE: KEBK: 30,48 (15,46)
GC: KEBK: 31,63 (20)
GC: KEBK: 33 (20,39)
Haugland et al
(2006)31
Não descrevem os valores
Não descrevem os valores
Não há diferenças entre os grupos em relação a dor
Kihlstrand et al
(1999)13
Não descrevem os valores
Não descrevem os valores
Houve redução da dor e das licenças por doença no grupo de
exercícios
Efeito significativo na intensidade da dor
Exercícios x Intervenção mínima ou cuidados usuais
Autores (ano)
Antes do tratamento
Após o tratamento
Resultados
Beyaz et al (2011)30
Não descrevem os valores
Não descrevem os valores
A gravidade da dor reduz no grupo de exercícios e aumenta
significativamente no grupo controle
Eggen et al (2012)38
GE: Escala numérica (dor
lombar): 38 (29,5)
GE: Escala numérica (dor lombar):
44 (42,7)
Os exercícios coletivos supervisionados não reduzem a
prevalência de dor lombar e pélvica gestacional
GC: Escala numérica (dor
lombar): 37 (28,9)
GC: Escala numérica (dor lombar):
49 (45,8)
GE: Escala numérica (dor
pélvica): 24 (18,6)
GE: Escala numérica (dor pélvica):
52 (50,5)
GC: Escala numérica (dor
pélvica): 22 (17,2)
GC: Escala numérica (dor pélvica):
55 (51,4)
GE: RMDQ: 0,7 (0,5 a 0,9)
GE: RMDQ: 2,8 (2,1 to 3,6)
GC: RMDQ: 0,8 (0,5 a 1,1)
GC: RMDQ: 3 (2,3 to 3,9)
29
Elden et al (2005)10
G1: VAS manhã: 22 (13 a 43)
G1: VAS manhã: 18 (9 a 37)
G1: VAS noite: 60 (4 a 73)
G1: VAS noite: 45 (21 a 68)
G2: VAS manhã: 23 (15 a 44)
G2: VAS manhã: 15 (7 a 29)
G2: VAS noite: 65 (47 a 76)
G2: VAS noite: 31 (12 a 58)
G3: VAS manhã: 23 (13 a 41)
G3: VAS manhã: 27 (12 a 58)
G3: VAS noite: 63 (49 a 75)
G3: VAS noite: 58 (40 a 74)
GE: VAS: 5,2 (1,5)
GE: VAS: 0,9 (1,3)
GC: VAS: 5,8 (1,2)
GC: VAS: 7 (1,4)
GE: RMDQ: 7,1 (5)
GE: RMDQ: 2,3 (2,9)
GC: RMDQ: 9,5 (4,5)
GC: RMDQ: 13,8 (3,8)
GE: VAS: 30,0 (3 a 47)
GE: VAS: 18,5 (0 a 40)
GC: VAS: 31 (9 a 54)
GC: VAS: 33 (5 a 50)
GE: RMDQ: 71 (5 a 143)
GE: RMDQ: 39,5 (0 a 135)
GC: RMDQ: 77,5 (16 a 142)
GC: RMDQ: 77 (4 a 140)
Martins e Silva
(2005)34
Não descrevem os valores
Não descrevem os valores
Diminuição significativa da dor no grupo de exercícios
Martins e Silva
(2013)14
GE: VAS: 6 (5 a 7)
GE: VAS: 0 (0 a 1)
Redução significativa da dor no grupo de exercícios
GC: VAS: 7 (5 a 8)
GC: VAS: 4,5 (1 a 7,5)
Miquelutti et al
(2013)40
GE: VAS lombar: 4,7 (2,7)
GE: VAS lombar: 5,1 (2,3)
GE: VAS pélvica: 3,8 (2,1)
GE: VAS pélvica: 5,5 (2,9)
GC: VAS lombar: 4,5 (2,2)
GC: VAS lombar: 4,8 (2,5)
Gil et al (2011)39
Kluge et al (2011)3
Exercícios de estabilização como complemento ao tratamento
padrão. Acupuntura é superior aos exercícios de estabilização
Diferença significativa entre os grupos, com menor
intensidade de dor no grupo de exercícios. Redução da
incapacidade no grupo de exercícios e aumento no grupo
controle
Mudanças significativas na intensidade da dor e na
incapacidade do grupo de exercícios; sem alterações
significativas no grupo controle
Não houve diferença entre os grupos em relação a prevalência
e a intensidade da dor lombopélvica
30
GC: VAS pélvica: 4,7 (2,4)
GC: VAS pélvica: 5,9 (2,8)
Mørkved et al (2007)32 Não descrevem os valores
Não descrevem os valores
O grupo de exercícios é menos propenso a relatar dor. Não
houve diferença entre os grupos em relação as licenças
médicas. Grupo de exercícios com melhor funcionalidade
Ostgaard et al (1994)36
Não descrevem os valores
Não descrevem os valores
Houve redução significativa da dor no grupo de exercícios
Sedaghati et al
(2007)41
GE: QUEBEC: 20,43 (7,25)
GE: QUEBEC: 21,23 (7,29)
GC: QUEBEC: 21,88 (7,06)
GC: QUEBEC: 27,7 (5,65)
Não houve aumento da dor no grupo de exercícios, porém
houve no grupo controle
Shim et al (2007)6
GE: VAS: 5,82 (2,43)
GE: VAS: 4,21 (2,55)
GC: VAS: 5,29 (2,09)
GC: VAS: 5,67 (2,18)
GE: ODI: 42,55 (13,53)
GE: ODI: 41,66 (17,15)
GC: ODI: 36,44 (12,14)
GC: ODI: 43,41 (14,75)
Não descrevem os valores
Não descrevem os valores
Stafne et al (2012)42
A dor no grupo de exercícios foi significativamente menor
que no controle. Não houve diferenças estatisticamente
significativas na incapacidade e no nível de ansiedade entre os
grupos
Não houve diferenças entre os grupos em relação a
intensidade da dor
Exercícios x Outro tipo de exercício
Autores (ano)
Antes do tratamento
Após o tratamento
Resultados
Nilsson-Wikmar et al
(2005)15
G1: VAS: 49 (8 a 77)
G1: VAS: 5 (0 a 78)
G2: VAS: 46 (1 a 100)
G2: VAS: 11 (0 a 62)
Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os
grupos em relação à dor e ao índice de atividade total
G3: VAS: 47 (5 a 95)
G3: VAS: 16 (0 a 74)
G1: DRI: 41 (1 a 78)
G1: DRI: 8 (2 a 34)
G2: DRI: 38 (1 a 86)
G2: DRI: 10 (0 a 69)
G3: DRI: 40 (7 a 72)
G3: DRI: 12 (2 a 62)
31
Peterson et al (2012)43
Wedenberg et al
(2000)8
G1: VAS: 3,9 (1,5)
G1: VAS: 2,4 (1,8)
Grupo de exercícios e terapia manipulativa espinhal tiveram
melhora clinicamente significativa na dor. Os três grupos
tiveram melhora clinicamente significativa da incapacidade
G2: VAS: 3,5 (1,1)
G2: VAS: 1,9 (1,7)
G3: VAS: 3,2 (1,4)
G3: VAS: 2,4 (1,6)
G1: RMDQ: 10,7 (4,9)
G1: RMDQ: 6,1 (5,9)
G2: RMDQ: 8,7 (4,1)
G2: RMDQ: 4,1 (4,3)
G3: RMDQ: 9,3 (3,7)
G3: RMDQ: 5,7 (4,7)
GE: VAS manhã: 3,4 (2,11)
GE: VAS manhã: 0,86 (0,87)
GC: VAS manhã: 3,65 (2,84)
GC: VAS manhã: 2,32 (2,31)
GE: VAS noite: 7,38 (1,68)
GE: VAS noite: 1,68 (1,89)
GC: VAS noite: 6,56 (2,51)
GC: VAS noite: 4,47 (2,61)
Não descrevem dados de
incapacidade
Não descrevem dados de
incapacidade
Dor no grupo acupuntura foi significativamente menor que o
de fisioterapia. No grupo fisioterapia a dor foi estatisticamente
significante a noite. A incapacidade foi significativamente
menor no grupo acupuntura
*GE: Grupo de exercícios; GC: Grupo controle; G1: Grupo 1; G2: Grupo 2; G3: Grupo 3; RSPL: Escala de classificação de dor Leavitt; LF:
Limitação funcional; KEBK: Questionário de dor KEBK; RMDQ: Questionário Roland-Morris de incapacidade; VAS: Escala visual analógica;
QUEBEC: Escala de incapacidade de dor lombar; ODI: Índice de Incapacidade Oswestry; DRI: Índice de Deficiência
Tabela 3. Avaliação da qualidade metodológica pela escala PEDro
Autores (ano)
Itens da Escala PEDro
1
2
3
4
5
6
7
Pontuação na
Escala PEDro
8
9
10
11
1
0
1
1
Exercícios x Não tratamento
Dumas et al
1
0
0
1
0
0
0
4/10*
32
(1995)33
Garshasbi et al
(2005)16
1
1
1
1
0
0
1
1
0
1
1
7/10
Haugland et al
(2006)31
1
1
1
1
0
0
1
0
0
1
0
5/10*
Kihlstrand et al
(1999)13
1
1
1
1
0
0
0
1
0
1
1
6/10
Exercícios x Intervenção mínima ou cuidados usuais
Beyaz et al (2011)30
1
0
0
1
0
0
1
1
1
0
0
4/10*
Eggen et al (2012)38
1
1
1
1
0
0
1
1
0
1
1
7/10*
Elden et al (2005)10
1
1
1
1
0
0
1
1
1
1
1
8/10
Gil et al (2011)39
1
1
0
1
0
0
1
1
0
1
1
6/10
Kluge et al (2011)3
1
1
1
1
0
0
0
1
1
1
1
7/10*
Martins e Silva
(2005)34
1
1
0
0
0
0
0
0
0
1
0
2/10
Martins e Silva
(2013)14
1
1
1
1
0
0
0
0
0
1
1
5/10*
Miquelutti et al
(2013)40
1
1
1
1
0
0
0
0
1
1
1
6/10*
Mørkved et al
(2007)32
1
1
1
1
0
0
1
1
1
1
1
8/10*
Ostgaard et al
(1994)36
1
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
1/10
33
Sedaghati et al
(2007)41
0
1
0
1
0
0
0
1
0
1
1
5/10
Shim et al (2007)6
1
0
0
1
0
0
0
1
0
1
1
4/10*
Stafne et al (2012)42
1
1
1
1
0
0
0
1
1
1
1
7/10*
Exercícios x Outro tipo de exercício
Nilsson-Wikmar et
al (2005)15
1
0
0
1
0
0
1
1
1
1
1
6/10*
Peterson et al
(2012)43
1
0
1
1
0
0
1
1
1
1
1
7/10*
Wedenberg et al
(2000)8
0
1
1
1
0
0
0
0
0
1
0
4/10*
Legenda: 1: Critério de elegibilidade; 2: Distribuição aleatória; 3: Alocação secreta; 4: Indicadores prognósticos semelhantes no início do
tratamento; 5: Cegamento de sujeitos; 6: Cegamento de terapeutas; 7: Cegamento de avaliadores; 8: Follow-up > 85%; 9: Análise por intenção de
tratamento; 10: Descrição estatística inter-grupos; 11: Presença de medidas de precisão e variabilidade; 1: sim; 0: não. Os estudos cujas
pontuações finais estão marcados com um asterisco (*) não foram pontuados segundo os avaliadores da base de dados PEDro, e sim por consenso
dos avaliadores desta pesquisa.
Tabela 4. Desfechos avaliados pelos estudos e diferença entre as médias
Autores (ano)
Desfecho e Instrumento de avaliação
Diferença entre as médias (IC=95%)
Exercícios x Não tratamento
Dumas et al (1995)33
Dor: Diário da dor (0-5); RSPL (13 palavras descritas)
Dor 17-24 semanas: 0,14 (-0,99 a 1,27)
Incapacidade: Questionário de Bergquist-Ullman e
Larson (3 pontos)
Dor 25-33 semanas: -0,31 (-1,42 a 0,80)
Dor 33-42 semanas: -0,62 (-1,71 a 0,47)
34
Dor 43+ semanas: 0,83 (-0,02 a 1,68)
Incapacidade: 17-24 semanas: 0,05 (-0,09 a 0,19)
Incapacidade: 25-33 semanas: 0 (-0,18 a 0,18)
Incapacidade: 33-42 semanas: -0,16 (-0,34 a 0,02)
Incapacidade: 43+ semanas: 0,02 (-0,07 a 0,11)
Garshasbi e Zadeh
(2005)16
Dor: KEBK (1-4)
Dor antes do exercício: 8,03 (2,87 a 13,19)
Haugland et al
(2006)31
Dor: VAS (0-10)
Dados não fornecidos pelos autores
Kihlstrand et al
(1999)13
Dor: Escala numérica (0-10)
E-mail dos autores não encontrado
Dor após o exercício: 2,52 (-2,37 a 7,41)
Exercícios x Intervenção mínima ou cuidados usuais
Beyaz et al (2011)30
Dor: VAS
Dados não fornecidos pelos autores
Eggen et al (2012)38
Dor: Escala numérica (0-10);
Dor pélvica baseline: -2 (-6,4 a 2,4)
Incapacidade: Questionário Roland-Morris;
Dor lombar baseline: -1 (-8,17 a 6,17)
Qualidade de vida: Survey (SF- 8): Componente físico
(PCS) e mental (MCS)
Dor pélvica 24ª: 6 (-1,64 a 13,64)
Dor lombar 24ª: -2 (-9,83 a 5,83)
Dor pélvica 28ª: 4 (-5,49 a 13,49)
Dor lombar 28ª: 6 (-3,7 a 15,7)
Dor pélvica 32ª: 0 (-11,46 a 11,46)
Dor lombar 32ª: 19 (8,78 a 29,22)
Dor pélvica 36ª: 3 (-10,87 a 16,87)
35
Dor lombar 36ª: 5 (-7,06 a 17,06)
Incapacidade 24ª:-0,9 (-1,9 a 0,0)
Incapacidade 28ª: -0,9 (-2,1 a 0,3)
Incapacidade 32ª: -1,6 (-2,9 a 0,3)
Incapacidade 36ª: -0,7 (2,1 a 0,7)
PCS baseline: -2,6 (-4,75 a -0,45)
MCS baseline: 0,7 (-1,45 a 2,85)
PCS 24ª: -0,5 (-2,63 a 1,63)
MCS 24ª: 0,2 (-1,82 a 2,22)
PCS 28ª: -0,9 (-3,15 a 1,35)
MCS 28ª: 1,5 (-0,46 a 3,46)
PCS 32ª: -2,2 (-4,53 a 0,13
MCS 32ª: 0,5 (-1,46 a 2,46)
PCS 36ª: -1,2 (-3,64 a 1,24)
MCS 36ª: 0,8 (-1,46 a 3,06)
Elden et al (2005)10
Dor: VAS (0-100)
Dor manhã: S−ACU: 12 (5.9 a 17.3)
Recuperação percebida
S−SE: 9 (1.7 a 12.8)
ACU-SE: -3 (-7,8 a 0,3)
Dor a tarde: S−ACU: 27 (13.3 a 29.5)
S−SE: 13 (2.7 a 17.5)
36
ACU−SE: −14 (−18.1 a −3.3)
Gil et al (2011)
39
Dor: VAS (0-10)
Incapacidade: Questionário Roland-Morris
Kluge et al (2011)3
Dor: 5,9 (5,0 a 6,7)
Incapacidade: 2,21 (1,75 a 2,67)
Dor: Escala numérica (0-10)
Dor antes: 3,75 (-3,55 a 11,05)
Incapacidade: Questionário Roland-Morris modificado
Dados de incapacidade ausentes
Martins e Silva
(2005)34
Dor: VAS (0-10)
Dados não fornecidos pelos autores
Martins e Silva
(2013)14
Dor: VAS (0-10)
Dor inicial grupo yoga: 6 (5 a 7)
Dor final grupo yoga: 0 (0 a 1)
Dor inicial grupo postura: 7 (5 a 8)
Dor final grupo postura: 4,5 (1 a 7,5)
Miquelutti et al
(2013)40
Dor: VAS (0-10)
Dor lombar 30ª: -0,2 (-0,89 a 0,49)
Dor lombar 31-36ª: 0 (-0,68 a 0,68)
Dor lombar 37ª: -0,3 (-0,98 a 0,38)
Dor pélvica 30ª: 0,9 (0,27 a 1,53)
Dor pélvica 31-36ª: 0,5 (-0,2 a 1,2)
Dor pélvica 37ª: 0,4 (-0,4 a 1,2)
Mørkved et al
(2007)32
Dor: Desenho do corpo; VAS (0-100)
Incapacidade: Índice de Deficiência (DRI)
Dados não fornecidos pelos autores
Ostgaard et al
(1994)36
Dor: VAS (1-10)
E-mail dos autores não encontrado
37
Sedaghati et al
(2007)41
Dor: QUEBEC (0-100)
Dor antes: 1,45 (-1,56 a 4,46)
Shim et al (2007)6
Dor: VAS (0-10)
Dor baseline: -0,53 (-1,75 a 0,69)
Incapacidade: Questionário de Incapacidade Oswestry
Dor 6 semanas: -0,42 (-1,68 a 0,84)
Dor depois: -6,47 (-9,18 a -3,76)
Dor 12 semanas: 1,46 (0,18 a 2,74)
Incapacidade baseline: -6,11 (-13,02 a 0,80)
Incapacidade 6 semanas: -6,41 (-13,99 a 1,17)
Incapacidade 12 semanas: 1,75 (-6,85 a 10,35)
Stafne et al (2012)42
Dor: VAS (0-100)
Dor manhã: 0,5 (-3,1 a 4,1)
Incapacidade: Índice de incapacidade Rating (DRI)
Dor noite: -0,2 (-4,6 a 4,2)
Incapacidade: -1,2 (-4,5 a 2,1)
Exercícios x Outro tipo de exercício
Nilsson-Wikmar et
al (2005)15
Dor: VAS (0-100); Desenho de dor
Grupo informação - Dor no presente:
Incapacidade: DRI
Até 38 semanas: -5 (-72 a 72)
De 38 semanas ao parto: 44 (-8 a 94)
Grupo informação - Dor acentuada:
Até 38 semanas: -4 (-56 a 62)
De 38 semanas ao parto: 7 (-11 a 57)
Grupo informação - capacidade total de atividade:
Até 38 semanas: -21 (-72 a 26)
38
De 38 semanas ao parto: 56 (16–84)
Grupo exercícios iniciais - Dor no presente:
Até 38 semanas: -6 (-81 a 79)
De 38 semanas ao parto: 60 (-29 a 94)
Grupo exercícios iniciais - Dor acentuada:
Até 38 semanas: -6 (-81 a 23)
De 38 semanas ao parto: 14 (-15 a 59)
Grupo exercícios iniciais - capacidade total de atividade:
Até 38 semanas: -23 (-61 a 24)
De 38 semanas ao parto: 56 (-6 a 87)
Grupo exercícios clínicos - Dor no presente:
Até 38 semanas: 1 (-65 a 73)
De 38 semanas ao parto: 43 (-15 a 87)
Grupo exercícios clínicos - Dor acentuada:
Até 38 semanas: -1 (-32 a 30)
De 38 semanas ao parto: 7 (-2 a 30)
Grupo exercícios clínicos - capacidade total de atividade:
Até 38 semanas: -25 (-61 a 28)
De 38 semanas ao parto: 51 (14 a 88)
Peterson et al
(2012)43
Dor: Escala numérica (0-10)
Dor
39
Incapacidade: Questionário Roland-Morris
Ex2 vs NET −0.1 (−1.1, 1.0)
Ex2 vs SMT −0.5 (−1.8, 0.7)
SMT2 vs NET 0.5 (−0.7, 1.6)
Incapacidade
Ex2 vs NET: −0.3 (−3.7, 3.0)
Ex2 vs SMT −2.0 (−5.6, 1.6)
SMT2 vs NET 1.6 (−1.5, 4.8)
Wedenberg et al
(2000)8
Dor: VAS (0-10)
Dor manhã antes: 0,25 (-1,04 a 1,54)
Incapacidade: Índice de Deficiência (0 – sem
incapacidade; 10 – máxima deficiência)
Dor manhã depois: 1,46 (0,56 a 2,36)
Dor noite antes: -0,82 (-1,92 a 0,28)
Dor noite depois: 2,79 (1,61 a 3,97)
Dados de incapacidade não recebidos
* RSPL: Escala de classificação de dor Leavitt; KEBK: Questionário de dor KEBK; VAS: Escala Visual Analógica; PCS: Componente físico;
MCS: Componente mental; S: Grupo padrão; ACU: Grupo acupuntura; SE: Grupo exercício de estabilização; QUEBEC: Escala de incapacidade
de dor lombar; DRI: Índice de Deficiência; EX: Grupo de exercício; NET: Técnica Neuroemocional; SMT: Terapia Manipulativa
40
DISCUSSÃO
Esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar as evidências de estudos controlados
aleatorizados acerca da efetividade de terapias baseadas por exercícios no controle da dor, da
incapacidade, da recuperação e da saúde geral de mulheres portadoras de dor lombar e pélvica
gestacional. Considerando a intervenção baseada em exercícios versus o não tratamento, não é
possível afirmar a superioridade da mesma, já que apenas dois estudos13, 16 observaram efeito
significativo do exercício sobre a dor, sendo apenas um deles16 de alta qualidade
metodológica. Ao comparar as terapias por exercícios com a intervenção mínima e com os
cuidados usuais, alguns estudos3,
10, 32, 38, 42
apresentaram boa qualidade metodológica.
Entretanto, não se pode afirmar a superioridade dos exercícios, visto que os resultados são
conflitantes. Também não se pode afirmar a superioridade dos exercícios ao comparar com
outros tipos de exercícios, visto que apenas um estudo43 chegou a conclusões a favor dos
exercícios.
O estudo de Mørkved et al (2007)32, incluído nesta revisão sistemática, comparou os
exercícios fisioterapêuticos com o tratamento obstétrico usual. Os autores chegaram a
conclusão de que os exercícios fisioterapêuticos deixam as gestantes menos propensas a
relatarem dor, além de melhorar a funcionalidade das mesmas. Entretanto, considerando a
heterogeneidade dos estudos e a qualidade metodológica dos mesmos, não é possível afirmar
que a fisioterapia produz efeito significativo para o tratamento da dor lombar e pélvica
gestacional. Estudos futuros precisam atender às normas metodológicas atuais. A revisão
sistemática de Stuge et al (2003)27 também avaliou a eficácia das intervenções
fisioterapêuticas para a prevenção e para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional.
Porém, não encontraram diferenças na intensidade dolorosa e na incapacidade a favor das
intervenções fisioterapêuticas. Os autores também alertam para a baixa qualidade
metodológica e para a heterogeneidade dos estudos incluídos.
Comparando os exercícios com intervenção mínima ou cuidados usuais, Elden et al
(2005)10, analisando apenas o desfecho dor, observaram melhora da dor com os exercícios de
estabilização lombopélvica, embora encontrando resultados superiores no grupo de
acupuntura. Resultados semelhantes também foram relatados na revisão sistemática de
Pennick e Young (2007)44. Segundo os autores, a acupuntura é superior aos exercícios para a
redução da dor lombar e pélvica gestacional no período noturno, sendo também mais eficaz
do que a fisioterapia para o tratamento de tal condição. Todavia, os autores atentam para as
limitações metodológicas dos estudos incluídos, fazendo-se necessário analisar os resultados
41
com cautela. Estes resultados corroboram com a revisão sistemática de Ee et al (2008)26, que
também relataram a superioridade da acupuntura em relação ao tratamento padrão isolado e a
fisioterapia. Porém, os autores também consideram as evidências limitadas, relatando a
necessidade de ensaios controlados aleatorizados adicionais de alta qualidade metodológica
para apoiar a utilização da acupuntura para o tratamento da dor lombar e pélvica gestacional.
O estudo de Kihlstrand et al (1999)13, incluído na presente revisão sistemática,
investigou os efeitos da terapia aquática para o tratamento de mulheres portadoras de dor
lombar e pélvica gestacional. Segundo os autores, embora a dor aumente com o progredir da
gestação, tende a diminuir significativamente na segunda metade da gravidez. Os resultados
obtidos pela revisão sistemática de Waller et al (2009)28 foram diferentes desta revisão. De
acordo com os autores, embora a hidroterapia tenha efeito benéfico, não apresentou
superioridade em relação à outras intervenções. Pennick e Young (2007)44 encontraram
resultados favoráveis em relação a terapia aquática ao comparar seus efeitos com o pré-natal
usual. Porém os autores atentam para analisar os resultados com cautela, visto as limitações
metodológicas dos estudos incluídos para a revisão.
Dos vinte estudos incluídos nesta revisão sistemática, todos avaliaram dor e/ou
incapacidade em seus desfechos, o que é normal, visto as queixas relatadas por mulheres
durante o período gestacional. Por outro lado, apenas um estudo38 avaliou o desfecho
qualidade de vida e outro10 avaliou a recuperação percebida. Tais desfechos também são
importantes durante a avaliação dessa população, visto os efeitos da gestação na qualidade de
vida e na saúde geral de mulheres portadoras de dor lombar e pélvica gestacional.
Para a análise da qualidade metodológica dos estudos incluídos nesta revisão
sistemática considerou-se a escala PEDro. A escala é composta de 11 critérios de avaliação,
dos quais 10 deles são contabilizados na pontuação final. Entretanto, quando se tratam de
ensaios controlados aleatorizados referentes a intervenções baseadas em exercícios, apenas 8
critérios podem ser pontuados. Os outros 2 critérios são referentes ao cegamento do terapeuta
e do paciente. Considerando que se tratam de exercícios, não é possível realizar o cegamento
do terapeuta e do paciente. Assim, a pontuação máxima dos estudos é de 8 pontos. Dos
estudos incluídos na presente revisão sistemática, apenas 10%10, 32 receberam a pontuação 8 e
25%3, 16, 38, 42, 43 dos mesmos receberam 7 pontos. Nos demais estudos6, 8, 13-15, 30, 31, 34, 36, 39-41,
45
, pode-se considerar que a qualidade metodológica foi moderada ou baixa, o que
compromete o nível de evidência dos resultados e a possível contribuição dos mesmos na
prática clínica. Essa observação sobre a baixa qualidade metodológica dos estudos que
42
avaliam o efeito de terapias no tratamento da dor lombar e pélvica gestacional também foi
realizada por outros autores26, 27, 44.
43
CONCLUSÃO
Considerando que apenas um estudo com boa qualidade metodológica encontrou efeitos
benéficos do exercício na intensidade da dor, não é possível confirmar a superioridade dos
exercícios em relação ao não tratamento para o tratamento da dor lombar e pélvica
gestacional. São necessários mais estudos para considerar tal afirmativa. Os estudos que
comparam os exercícios com intervenção mínima e com os cuidados usuais apresentam
resultados conflitantes. Portanto, não se pode afirmar que os exercícios são superiores para a
melhora da dor e da incapacidade de mulheres portadoras de dor lombar e pélvica gestacional.
Também não é possível considerar que os exercícios melhoram a dor e a incapacidade de
mulheres com tal condição quando comparados com outros exercícios. Estudos mais
aprofundados precisam ser realizados, pois apenas um estudo chegou a conclusões a favor dos
exercícios.
44
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47
CAPÍTULO 3
CONSIDERAÇÕES FINAIS
48
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar as evidências de estudos controlados
aleatorizados que abordaram terapias por exercícios para o tratamento da dor lombar e pélvica
gestacional. Houve preocupação por parte de todos os pesquisadores envolvidos neste estudo,
de modo que todos os cuidados foram tomados durante o processo de análise dos estudos
selecionados nas bases de dados. As exclusões e inclusões dos estudos foram feitas com base
na avaliação de dois avaliadores independentes, sendo que quando houve dúvidas em
incluir/excluir um estudo, um terceiro avaliador foi responsável pelo desempate.
O ponto principal desta revisão sistemática é a busca nas bases de dados. Algumas
dificuldades foram encontradas, pois alguns artigos não estão indexados na PubMed. Alguns
dados não foram analisados, pois não foram apresentados nos estudos e outros não foram
fornecidos pelos autores ao serem contatados. Entretanto, as maiores limitações foram
encontradas durante a análise dos artigos pelo fato de serem muito heterogêneos.
Dos 384 artigos encontrados nas bases de dados pesquisadas, 20 foram incluídos para a
análise final. Esses estudos compararam terapias por exercícios versus o não tratamento, os
exercícios versus intervenção mínima ou cuidados usuais, e exercícios versus exercícios. Com
base nos estudos, não se pode afirmar ainda que os exercícios melhoram significativamente a
dor e a incapacidade em comparação com o não tratamento, com intervenção mínima e
cuidados usuais, e com outros exercícios. São necessários estudos com superior qualidade
metodológica para afirmar que os exercícios melhoram a dor e a incapacidade de mulheres
portadoras de dor lombar e pélvica gestacional.
Considerando a elevada incidência e prevalência de dor lombar e pélvica gestacional, e
os problemas gerados por tal condição de saúde pública, são requeridos cuidados e estudos
homogêneos e de boa qualidade metodológica. Faz-se necessário não apenas os cuidados
usuais e preventivos do pré-natal, como também exercícios específicos e supervisionados para
essa população, afim de controlar os sintomas dolorosos e a incapacidade durante o período
gestacional
49
ANEXOS
50
APÊNDICE A - BUSCA ELETRÔNICA
Estratégia de busca para a base MEDLINE
1
randomized controlled trial.pt.
2
controlled clinical trial.pt.
3
randomized.ab.
4
placebo.ab,ti.
5
drug therapy.fs.
6
randomly.ab,ti.
7
trial.ab,ti.
8
groups.ab,ti.
9
or/1-8
10 (animals not (humans and animals)).sh.
11 9 not 10
12 dorsalgia.ti,ab.
13 exp Back Pain/
14 backache.ti,ab.
15 (lumbar adj pain).ti,ab.
16 coccyx.ti,ab.
17 coccydynia.ti,ab.
18 sciatica.ti,ab.
19 sciatic neuropathy/
20 spondylosis.ti,ab.
21 lumbago.ti,ab.
22 exp low back pain/
23 or/12-22
24 exp Exercise/
25 exercis$.mp.
26 physical exercis$.mp.
27 exp Exercise Therapy/
28 exp Exercise Movement Techniques/
29 exp Physical Therapy Modalities/
30 McKenzie.mp.
31 Alexander.mp.
51
32 William.mp.
33 feldenkrais.mp.
34 exp Yoga/
35 exp Recreation/
36 or/24-35
37 exp Alexander Disease/
38 exp Williams Syndrome/
39 37 or 38
40 36 not 39
41 exp Physical Fitness/
42 40 or 41
43 exp Pregnancy/
44 exp Pregnancy Complications/
45 exp Maternal Health Services/
46 Gestational.mp. [mp=title, abstract, original title, name of substance word, subject
heading word, protocol supplementary concept, rare disease supplementary concept,
unique identifier]
47 43 or 44 or 45 or 46
48 (animals not (humans and animals)).sh.
49 47 not 48
50 11 and 23 and 42 and 49
Estratégia de busca para a base EMBASE
1
clinical article'/exp AND [embase]/lim
2
'clinical study'/exp AND [embase]/lim
3
'clinical trial'/exp AND [embase]/lim
4
controlled study'/exp AND [embase]/lim
5
randomized controlled trial'/exp AND [embase]/lim
6
major clinical study'/exp AND [embase]/lim
7
double blind procedure'/exp AND [embase]/lim
8
multicenter study'/exp AND [embase]/lim
9
single blind procedure'/exp AND [embase]/lim
10 'phase 3 clinical trial'/exp AND [embase]/lim
11 'phase 4 clinical trial'/de AND [embase]/lim
52
12 crossover procedure'/exp AND [embase]/lim
13 'placebo'/exp AND [embase]/lim
14 1 OR 2 OR 3 OR 4 OR 5 OR 6 OR 7 OR 8 OR 9 OR 10 OR 11 OR 12 OR 13
15 allocat* AND [embase]/lim
16 assign* AND [embase]/lim
17 blind* AND [embase]/lim
18 clinic* AND ('study'/exp OR trial) AND [embase]/lim
19 compar* AND [embase]/lim
20 control* AND [embase]/lim
21 cross*over AND [embase]/lim
22 factorial* AND [embase]/lim
23 follow*up AND [embase]/lim
24 placebo* AND [embase]/lim
25 prospectiv* AND [embase]/lim
26 random* AND [embase]/lim
27 singl* OR doubl* OR trebl* OR tripl* AND (blind* OR mask*) AND [embase]/lim
28 trial AND [embase]/lim
29 versus OR vs AND [embase]/lim
30 15 OR 16 OR 17 OR 18 OR 19 OR 20 OR 21 OR 22 OR 23 OR 24 OR 25 OR 26 OR 27
OR 28 OR 29
31 14 OR 30
32 31 AND [animals]/lim AND [embase]/lim
33 31 NOT 32 AND [embase]/lim
34 33 AND [humans]/lim AND [embase]/lim
35 dorsalgia'/exp AND [embase]/lim
36 back pain'/exp AND [embase]/lim
37 low back pain'/exp AND [embase]/lim
38 backache'/exp AND [embase]/lim
39 lumbar pain'/exp AND [embase]/lim
40 coccyx'/exp AND [embase]/lim
41 coccydynia AND [embase]/lim
42 sciatica'/exp AND [embase]/lim
43 ischialgia'/exp AND [embase]/lim
44 'spondylosis'/exp AND [embase]/lim
53
45 lumbago'/exp AND [embase]/lim
46 back disorder' AND [embase]/lim
47 'back disorders' AND [embase]/lim
48 35 OR 36 OR 37 OR 38 OR 39 OR 40 OR 41 OR 42 OR 43 OR 44 OR 45 OR 46 OR 47
49 exercise'/exp AND [embase]/lim
50 exercis* AND [embase]/lim
51 'kinesiotherapy'/exp AND [embase]/lim
52 'physical exercise'/exp AND [embase]/lim
53 exercise therapy'/exp AND [embase]/lim
54 mckenzie AND [embase]/lim
55 alexander technique'/exp AND [embase]/lim
56 alexander AND [embase]/lim
57 william AND [embase]/lim
58 feldenkrais method'/exp AND [embase]/lim
59 feldenkrais AND [embase]/lim
60 'yoga'/exp AND [embase]/lim
61 49 OR 50 OR 51 OR 52 OR 53 OR 54 OR 55 OR 56 OR 57 OR 58 OR 59 OR 60
62 alexander disease'/exp AND [embase]/lim
63 williams beuren syndrome'/exp AND [embase]/lim
64 62 OR 63
65 61 NOT 64 AND [embase]/lim
66 'fitness'/exp AND [embase]/lim
67 61 OR 66
68 'pregnancy'/exp AND [embase]/lim
69 'pregnancy disorder'/exp AND [embase]/lim
70 'pregnancy disorders' AND [embase]/lim
71 'obstetric care'/exp AND [embase]/lim
72 gestational AND [embase]/lim
73 pregnan* AND [embase]/lim
74 68 OR 69 OR 70 OR 71 OR 72 OR 73
75 74 AND [animals]/lim AND [embase]/lim
76 74 NOT 75 AND [embase]/lim
77 76 AND [humans]/lim AND [embase]/lim
78 34 AND 48 AND 67 AND 77
54
Estratégia de busca para a base CINAHL
1
MH Clinical Trials+
2
“randomi?ed controlled trial*”
3
clinical W3 trial
4
double-blind
5
single-blind
6
triple-blind
7
1 or 2 or 3 or 4 or 5 or 6
8
MH Placebo Effect
9
MH Placebos
10 placebo*
11 random*
12 8 or 9 or 10 or 11
13 MH Random Sample
14 MH Study Design+
15 latin square
16 MH Comparative Studies
17 MH Evaluation Research+
18 MH Prospective Studies+
19 13 or 14 or 15 or 16 or 17 or 18
20 follow-up stud*
21 followup stud*
22 control*
23 prospectiv*
24 volunteer*
25 20 or 21 or 22 or 23 or 24
26 7 or 12 or 19 or 25
27 MH Animals
28 26 NOT 27
29 “dorsalgia”
30 MH Back Pain+
31 MH Low Back Pain
32 “backache”
55
33 lumbar W1 pain
34 lumbar N5 pain
35 29 or 30 or 31 or 32 or 33 or 34
36 MH Coccyx
37 MH Sciatica
38 “sciatica”
39 “coccyx”
40 “coccydynia”
41 MH Lumbar Vertebrae
42 lumbar N2 vertebra
43 36 or 37 or 38 or 39 or 40 or 41 or 42
44 MH Thoracic Vertebrae
45 MH Spondylolisthesis
46 MH Spondylolysis
47 “lumbago”
48 44 or 45 or 46 or 47
49 35 or 43 or 48
50 MH Exercise+
51 MH Physical Activity
52 MH Physical Fitness+
53 MH Physical Therapy+
54 MH Therapeutic Exercise+
55 McKenzie
56 MH Structural-Functional-Movement Integration+
57 MH Alexander Technique
58 MH Feldenkrais Method
59 “yoga”
60 MH Yoga
61 MH Recreation+
62 50 or 51 or 52 or 53 or 54 or 55 or 56 or 57 or 58 or 59 or 60 or 61
63 Pregnancy
64 Pregnancy Complications
65 Maternal Health Services
66 PREGNANCY DISORDER*
56
67 OBSTETRIC CARE
68 pregnan*
69 Gestational
70 63 or 64 or 65 or 66 or 67 or 68 or 69
71 MH Animals
72 70 NOT 71
73 28 and 49 and 62 and 72
Estratégia de busca para a base CENTRAL
1.
randomized controlled trial.pt.
2.
controlled clinical trial.pt.
3.
randomized.ab.
4.
placebo.ab,ti.
5.
drug therapy.fs.
6.
randomly.ab,ti.
7.
trial.ab,ti.
8.
groups.ab,ti.
9.
or/1-8
10. (animals not (humans and animals)).sh.
11. 9 not 10
12. dorsalgia.ti,ab.
13. exp Back Pain/
14. backache.ti,ab.
15. (lumbar adj pain).ti,ab.
16. coccyx.ti,ab.
17. coccydynia.ti,ab.
18. sciatica.ti,ab.
19. sciatic neuropathy/
20. spondylosis.ti,ab.
21. lumbago.ti,ab.
22. exp low back pain/
23. or/12-22
24. exp Exercise/
57
25. exercis$.mp.
26. physical exercis$.mp.
27. exp Exercise Therapy/
28. exp Exercise Movement Techniques/
29. exp Physical Therapy Modalities/
30. McKenzie.mp.
31. Alexander.mp.
32. William.mp.
33. feldenkrais.mp.
34. exp Yoga/
35. exp Recreation/
36. or/24-35
37. exp Alexander Disease/
38. exp Williams Syndrome/
39. 37 or 38
40. 36 not 39
41. exp Physical Fitness/
42. 40 or 41
43. exp Pregnancy/
44. exp Pregnancy Complications/
45. exp Maternal Health Services/
46. Gestational.mp. [mp=title, abstract, original title, name of substance word, subject
heading word, protocol supplementary concept, rare disease supplementary concept,
unique identifier]
47. 43 or 44 or 45 or 46
48. (animals not (humans and animals)).sh.
49. 47 not 48
50. 11 and 23 and 42 and 49
Estratégia de busca para a base PEDro
1.
Abstract & Title: Pregnan*
Body Part: lumbar spine, sacro-iliac joint or pelvis
58
NORMAS DE PUBLICAÇÃO DA REVISTA BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Escopo e política
O Brazilian Journal of Physical Therapy (BJPT) publica artigos originais de pesquisa
cujo objeto básico de estudo refere-se ao campo de atuação profissional da Fisioterapia e
Reabilitação, veiculando estudos clínicos, básicos ou aplicados sobre avaliação, prevenção e
tratamento das disfunções de movimento.
O conselho editorial do BJPT se compromete a publicar investigação científica de
excelência, de diferentes áreas do conhecimento.
O BJPT publica os seguintes tipos de estudo, cujo conteúdo deve manter vinculação
direta com o escopo e com as áreas descritas pela revista:
a) Estudos experimentais: estudos que investigam efeito (s) de uma ou mais
intervenções em desfechos diretamente vinculados ao escopo e áreas do BJPT. Estudos
experimentais incluem estudos do tipo experimental de caso único, quasi-experimental e
ensaio clínico.
A Organização Mundial de Saúde define ensaio clínico como "qualquer estudo que
aloca prospectivamente participante ou grupos de seres humanos em uma ou mais
intervenções relacionadas à saúde para avaliar efeito(s) em desfecho(s) em saúde". Sendo
assim, qualquer estudo que tem como objetivo analisar o efeito de uma determinada
intervenção é considerado como ensaio clínico. Ensaios clínicos incluem estudos de caso
único, séries de casos (único grupo, sem um grupo controle de comparação), ensaios
controlados não aleatorizados e ensaios controlados aleatorizados. Estudos do tipo ensaio
controlado aleatorizado devem seguir as recomendações do CONSORT (Consolidated
Standards
of
Reporting
Trials),
que
estão
disponíveis
em: http://www.consort-
statement.org/consort-statement/overview0/.
Neste site, o autor deve acessar o CONSORT 2010 checklist, o qual deve ser preenchido
e encaminhado juntamente com o manuscrito. Todo manuscrito ainda deverá conter o
CONSORT Statement 2010 Flow Diagram. A partir de 2014, todo processo de submissão de
estudos experimentais deverá atender a essa recomendação.
b) Estudos observacionais: estudos que investigam relação (ões) entre variáveis de
interesse relacionadas ao escopo e áreas do BJPT, sem manipulação direta (ex: intervenção).
Estudos observacionais incluem estudos transversais, de coorte e caso-controle.
59
c) Estudos qualitativos: estudos cujo foco refere-se à compreensão das necessidades,
motivações e comportamentos humanos. O objeto de um estudo qualitativo é pautado pela
análise aprofundada de uma unidade ou temática, que incluem opiniões, atitudes, motivações
e padrões de comportamento sem quantificação. Estudos qualitativos incluem pesquisa
documental e estudo etnográfico.
d) Estudos de revisão de literatura: estudos que realizam análise e/ou síntese da
literatura de tema relacionado ao escopo e áreas do BJPT. Estudos de revisão narrativa crítica
ou passiva só serão considerados quando solicitados a convite dos editores. Manuscritos de
revisão sistemática que incluem metanálise terão prioridades em relação aos demais estudos
de revisão sistemática. Aqueles que apresentam quantidade insuficiente de artigos
selecionados e/ou artigos de baixa qualidade e que não apresentam conclusão assertiva e
válida sobre o tema não serão considerados para a análise de revisão por pares.
e) Estudos metodológicos: estudos centrados no desenvolvimento e/ou avaliação das
propriedades psicométricas e características clinimétricas de instrumentos de avaliação.
Incluem também estudos que objetivam a tradução e/ou adaptação transcultural de
questionários estrangeiros para o português do Brasil. No caso de estudos de
tradução/adaptação de testes, é obrigatório anexar ao processo de submissão a autorização dos
autores para a tradução e/ou adaptação do instrumento original.
No
endereço http://www.equator-network.org/resource-centre/library-of-health-
research-reporting, pode ser encontrada a lista completa dos guidelines disponíveis para cada
tipo de estudo, por exemplo, o STROBE (STrengthening the Reporting of OBservational
studies in Epidemiology) para estudos observacionais, o COREQ (Consolidated Criteria For
Reporting Qualitative Research) para estudos qualitativos, o PRISMA (Preferred Reporting
Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) para revisões sistemáticas e metanálises e
o GRRAS (Guidelines for Reporting Reliability and Agreement Studies) para estudos de
confiabilidade.
Sugerimos
que
os
autores
verifiquem
esses guidelines e
atendam
ao checklist correspondente antes de submeterem seus manuscritos.
Estudos que relatam resultados eletromiográficos devem seguir o Standards for
Reporting EMG Data, recomendados pela ISEK - International Society of Electrophysiology
and Kinesiology (http://www.isek-online.org/standards_emg.html).
60
Aspectos éticos e legais
A submissão do manuscrito ao BJPT implica que o trabalho na íntegra ou parte(s) dele
não tenha sido publicado em outra fonte ou veículo de comunicação e que não esteja sob
consideração para publicação em outro periódico.
O uso de iniciais, nomes ou números de registros hospitalares dos pacientes deve ser
evitado. Um paciente não poderá ser identificado por fotografias, exceto com consentimento
expresso, por escrito, acompanhando o trabalho original no momento da submissão.
Estudos realizados em humanos devem estar de acordo com os padrões éticos e com o
devido consentimento livre e esclarecido dos participantes conforme Resolução 196/96 do
Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (Brasil), que trata do Código de Ética
para Pesquisa em Seres Humanos e, para autores fora do Brasil, devem estar de acordo
com Comittee on Publication Ethics (COPE).
Para os experimentos em animais, considerar as diretrizes internacionais (por exemplo,
a do Committee for Research and Ethical Issues of the International Association for the Study
of Pain, publicada em PAIN, 16:109-110, 1983).
Para as pesquisas em humanos e em animais, deve-se incluir, no manuscrito, o número
do parecer de aprovação pela Comissão de Ética em Pesquisa. O estudo deve ser devidamente
registrado no Conselho Nacional de Saúde do Hospital ou Universidade ou no mais próximo
de sua região.
Reserva-se ao BJPT o direito de não publicar trabalhos que não obedeçam às normas
legais e éticas para pesquisas em seres humanos e para os experimentos em animais.
Para os ensaios clínicos, serão aceitos qualquer registro que satisfaça o Comitê
Internacional
de
Editores
de
Revistas
Médicas,
ex.http://clinicaltrials.gov/ e/ou http://anzctr.org.au/. A lista completa de todos os registros de
ensaios
clínicos
pode
ser
encontrada
no
seguinte
endereço: http://www.who.int/ictrp/network/primary/en/index.html.
A partir de 01/01/2014 o BJPT adotará efetivamente a política sugerida pela Sociedade
Internacional de Editores de Revistas em Fisioterapia e exigirá na submissão do manuscrito o
registro prospectivo, ou seja, ensaios clínicos que iniciaram recrutamento a partir dessa data
deverão registrar o estudo ANTES do recrutamento do primeiro paciente. Para os estudos que
iniciaram recrutamento até31/12/2013 o BJPT aceitará o seu registro ainda que de forma
retrospectiva.
61
Critérios de autoria
O BJPT recebe, para submissão, manuscritos com até seis (6) autores. A política de
autoria do BJPT pauta-se nas diretrizes para a autoria do Comitê Internacional de Editores de
Revistas Médicas exigidos para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomédicos
(www.icmje.org), as quais afirmam que "a autoria deve ser baseada em 1) contribuições
substanciais para a concepção e desenho, ou aquisição de dados, ou análise e interpretação
dos dados; 2) redação do artigo ou revisão crítica do conteúdo intelectual e 3) aprovação final
da versão a ser publicada." As condições 1, 2 e 3 deverão ser todas contempladas. Aquisição
de financiamento, coleta de dados e/ou análise de dados ou supervisão geral do grupo de
pesquisa, por si só, não justificam autoria e deverão ser reconhecidas nos agradecimentos.
Os conceitos contidos nos manuscritos são de responsabilidade exclusiva dos autores.
Todo material publicado torna-se propriedade do BJPT, que passa a reservar os direitos
autorais. Portanto, nenhum material publicado no BJPT poderá ser reproduzido sem a
permissão, por escrito, dos editores. Todos os autores de artigos submetidos deverão assinar
um termo de transferência de direitos autorais, que entrará em vigor a partir da data de aceite
do trabalho.
Os editores poderão analisar, em caso de excepcionalidade, solicitação para submissão
de manuscrito que exceda 6 (seis) autores. Os critérios para a análise incluem o tipo de
estudo, potencial para citação, qualidade e complexidade metodológica, entre outros. Nestes
casos excepcionais, a contribuição de cada autor, deve ser explicitada ao final do texto, após
os agradecimentos e logo antes das referências, conforme orientações do "International
Committee of Medical Journal Editors" e das "Diretrizes" para Integridade na atividade
científica, amplamente divulgadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) (http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizes).
Forma e apresentação do manuscrito
O BJPT considera a submissão de manuscritos com até 3.500 palavras (excluindo-se
página de título, resumo, referências, tabelas, figuras e legendas). Informações contidas em
anexo(s) serão computadas no número de palavras permitidas.
O manuscrito deve ser escrito preferencialmente em inglês. Quando a qualidade da
redação em inglês comprometer a análise e avaliação do conteúdo do manuscrito, os autores
serão informados.
Recomenda-se que os manuscritos submetidos em inglês venham acompanhados de
certificação de revisão por serviço profissional deediting and proofreading. Tal certificação
62
deverá ser anexada à submissão. Sugerimos os seguintes serviços abaixo, não excluindo
outros:

American Journal Experts (http://www.journalexperts.com);

Scribendi (www.scribendi.com);

Nature
Publishing
Groups
Language
Editing
(https://languageediting.nature.com/login).
Antes do corpo do texto do manuscrito deve-se incluir uma página de título e
identificação, palavras-chave e o abstract/resumo. No final do manuscrito inserir as
referências, tabelas, figuras e anexos.
Título e identificação
O título do manuscrito não deve ultrapassar 25 palavras e deve apresentar o máximo de
informações sobre o trabalho. Preferencialmente, os termos utilizados no título não devem
constar na lista de palavras-chave.
A página de identificação do manuscrito deve conter os seguintes dados:

Título completo e título resumido com até 45 caracteres, para fins de legenda nas
páginas impressas;

Autores: nome e sobrenome de cada autor em letras maiúsculas, sem titulação,
seguidos por número sobrescrito (expoente), identificando a afiliação
institucional/vínculo (unidade/instituição/cidade/estado/país). Para mais de um
autor, separar por vírgula;

Autor de correspondência: indicar o nome, endereço completo, e-mail e telefone
do autor de correspondência, o qual está autorizado a aprovar as revisões
editoriais e complementar demais informações necessárias ao processo;

Palavras-chaves: termos de indexação ou palavras-chave (máximo seis) em
português e em inglês.
Abstract/Resumo
Uma exposição concisa, que não exceda 250 palavras em um único parágrafo, em
português (Resumo) e em inglês (Abstract), deve ser escrita e colocada logo após a página de
título. Referências, notas de rodapé e abreviações não definidas não devem ser usadas no
Resumo/Abstract. O Resumo e o Abstract devem ser apresentados em formato estruturado.
63
Introdução
Deve-se informar sobre o objeto investigado devidamente problematizado, explicitar as
relações com outros estudos da área e apresentar justificativa que sustente a necessidade do
desenvolvimento do estudo, além de especificar o(s) objetivo(s) do estudo e hipótese(s), caso
se aplique.
Método
Descrição clara e detalhada dos participantes do estudo, dos procedimentos de coleta,
transformação/redução e análise dos dados de forma a possibilitar reprodutibilidade do
estudo. O processo de seleção e alocação dos participantes do estudo deverá estar organizado
em fluxograma, contendo o número de participantes em cada etapa, bem como as
características principais (ver modelo fluxograma CONSORT).
Quando pertinente ao tipo de estudo deve-se apresentar cálculo que justifique
adequadamente o tamanho do grupo amostral utilizado no estudo para investigação do(s)
efeito(s). Todas as informações necessárias para estimativa e justificativa do tamanho
amostral utilizado no estudo devem constar no texto de forma clara.
Resultados
Devem ser apresentados de forma breve e concisa. Resultados pertinentes devem ser
reportados utilizando texto e/ou tabelas e/ou figuras. Não se devem duplicar os dados
constantes em tabelas e figuras no texto do manuscrito.
Discussão
O objetivo da discussão é interpretar os resultados e relacioná-los aos conhecimentos já
existentes e disponíveis na literatura, principalmente àqueles que foram indicados na
Introdução. Novas descobertas devem ser enfatizadas com a devida cautela. Os dados
apresentados nos métodos e/ou nos resultados não devem ser repetidos. Limitações do estudo,
implicações e aplicação clínica para as áreas de Fisioterapia e Reabilitação deverão ser
explicitadas.
Referências
O número recomendado é de 30 referências, exceto para estudos de revisão da literatura.
Deve-se evitar que sejam utilizadas referências que não sejam acessíveis internacionalmente,
como teses e monografias, resultados e trabalhos não publicados e comunicação pessoal. As
64
referências devem ser organizadas em sequência numérica de acordo com a ordem em que
forem mencionadas pela primeira vez no texto, seguindo os Requisitos Uniformizados para
Manuscritos Submetidos a Jornais Biomédicos, elaborados pelo Comitê Internacional de
Editores de Revistas Médicas – ICMJE.
Os títulos de periódicos devem ser escritos de forma abreviada, de acordo com a List of
Journals do Index Medicus. As citações das referências devem ser mencionadas no texto em
números sobrescritos (expoente), sem datas. A exatidão das informações das referências
constantes no manuscrito e sua correta citação no texto são de responsabilidade do(s)
autor(es).
Exemplos: http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html.
Tabelas, Figuras e Anexos
As tabelas e figuras são limitadas a cinco (5) no total. Os anexos serão computados no
número de palavras permitidas no manuscrito. Em caso de tabelas, figuras e anexos já
publicados, os autores deverão apresentar documento de permissão assinado pelo autor ou
editores no momento da submissão.
Para artigos submetidos em língua portuguesa, a(s) versão (ões) em inglês da(s)
tabela(s), figura(s) e anexo(s) e suas respectivas legendas deverão ser anexados no sistema
como documento suplementar.

Tabelas: devem incluir apenas os dados imprescindíveis, evitando-se tabelas
muito longas (máximo permitido: uma página, tamanho A4, em espaçamento
duplo), devem ser numeradas, consecutivamente, com algarismos arábicos e
apresentadas no final do texto. Não se recomendam tabelas pequenas que
possam ser descritas no texto. Alguns resultados simples são mais bem
apresentados em uma frase e não em uma tabela.

Figuras: devem ser citadas e numeradas, consecutivamente, em arábico, na
ordem em que aparecem no texto. Informações constantes nas figuras não devem
repetir dados descritos em tabela(s) ou no texto do manuscrito. O título e a(s)
legenda(s) devem tornar as tabelas e figuras compreensíveis, sem necessidade de
consulta ao texto. Todas as legendas devem ser digitadas em espaço duplo, e
todos os símbolos e abreviações devem ser explicados. Letras em caixa-alta (A,
B, C, etc.) devem ser usadas para identificar as partes individuais de figuras
múltiplas.
65
Se possível, todos os símbolos devem aparecer nas legendas; entretanto, símbolos para
identificação de curvas em um gráfico podem ser incluídos no corpo de uma figura, desde que
não dificulte a análise dos dados. As figuras coloridas serão publicadas apenas na versão
online. Em relação à arte final, todas as figuras devem estar em alta resolução ou em sua
versão original. Figuras de baixa qualidade não serão aceitas e podem resultar em atrasos no
processo de revisão e publicação.

Agradecimentos: devem incluir declarações de contribuições importantes,
especificando sua natureza. Os autores são responsáveis pela obtenção da
autorização das pessoas/instituições nomeadas nos agradecimentos.
Submissão eletrônica
A submissão dos manuscritos deverá ser efetuada por via eletrônica no
site http://www.scielo.br/rbfis. Os artigos submetidos e aceitos em português serão traduzidos
para o inglês por tradutores do BJPT, e os artigos submetidos e aceitos em inglês, caso
necessário, serão encaminhados aos revisores de inglês do BJPT para revisão final.
É de responsabilidade dos autores a eliminação de todas as informações (exceto na
página do título e identificação) que possam identificar a origem ou autoria do artigo.
Ao submeter um manuscrito para publicação, os autores devem inserir no sistema os
dados dos autores e ainda inserir como documento(s) suplementar (es):
1. Carta de encaminhamento do material;
2. Declaração de responsabilidade de conflitos de interesse;
3. Declaração de transferência de direitos autorais assinada por todos os autores;
4. Demais documentos, se apropriados (ex. permissão para publicar figuras, parte
de material já publicado, checklist etc).
Modalidade de Submissão Special Track
Excepcionalmente
o
BJPT
poderá
receber
e
avaliar
manuscritos
na
modalidade special track, sujeito à avaliação adicional do caráter de inovação. Nessa
modalidade, os manuscritos deverão ter sido submetidos, mas recusados por outros periódicos
indexados no Journal Citation Reports (JCR). Essa modalidade irá considerar as revisões
realizadas por outra revista, o que poderá reduzir o tempo para publicação, caso o manuscrito
tenha mérito. Os manuscritos submetidos em special track serão avaliados com o mesmo
rigor de uma nova submissão, inclusive quanto ao aspecto de inovação do conteúdo. Para ser
submetido em special track, o manuscrito deve estar em conformidade com o Escopo e
66
Política Editorial do BJPT, estar de acordo com as instruções (Forma e preparação do
manuscrito) e atender aos seguintes requisitos:

O periódico internacional para o qual o manuscrito foi submetido anteriormente
deve ter fator de impacto JCR superior a 1.5;

O manuscrito deve ter passado por processo completo de revisão por pares no
outro periódico. Não serão aceitos manuscritos recusados em revisão inicial dos
editores;
A submissão special track deve incluir: a) manuscrito com alterações em destaque
(highlight); b) respostas ponto a ponto sobre os comentários dos avaliadores; c) carta
informando o nome e índice de impacto do periódico a que foi enviado anteriormente,
apresentando argumentos para justificar a possível publicação no BJPT e explicitando,
quando for o caso, os aspectos não atendidos referentes aos pareceres e/ou decisão editorial do
periódico internacional; d) a resposta oficial do outro periódico (cartas dos avaliadores e do
editor com a revisão detalhada) deve ser enviada por e-mail, SEM EDIÇÃO, por parte dos
autores ou seja, o e-mail de resposta deve ser Forwarded (encaminhado) para o BJPT ([email protected]) na íntegra; e) demais informações solicitadas pelo BJPT.
Processo de revisão
Os manuscritos submetidos que atenderem às normas estabelecidas e que se
apresentarem em conformidade com a política editorial do BJPT serão encaminhados para os
editores de área, que farão a avaliação inicial do manuscrito e enviarão ao editor chefe a
recomendação ou não de encaminhamento para revisão por pares. Os critérios utilizados para
análise inicial do editor de área incluem: originalidade, pertinência, relevância clínica e
métodos. Os manuscritos que não apresentarem mérito ou não se enquadrarem na política
editorial serão rejeitados na fase de pré-análise, mesmo quando o texto e a qualidade
metodológica estiverem adequados. Dessa forma, o manuscrito poderá ser rejeitado com base
apenas na recomendação do editor de área, sem necessidade de novas avaliações, não
cabendo, nesses casos, recurso ou reconsideração.
Os manuscritos selecionados na pré-análise serão submetidos à avaliação de
especialistas, que trabalharão de forma independente. Os avaliadores permanecerão anônimos
aos autores, assim como os autores não serão identificados pelos avaliadores. Os editores
coordenarão as informações entre os autores e avaliadores, cabendo-lhes a decisão final sobre
quais artigos serão publicados com base nas recomendações feitas pelos avaliadores e editores
de área.
67
Quando aceitos para publicação, os artigos estarão sujeitos a pequenas correções ou
modificações que não alterem o estilo do autor. Quando recusados, os artigos serão
acompanhados de justificativa do editor. Após publicação do artigo ou processo de revisão
encerrado, os arquivos e documentação referentes ao processo de revisão serão eliminados.
Áreas do conhecimento
1. Fisiologia, Cinesiologia e Biomecânica; 2. Cinesioterapia/recursos terapêuticos; 3.
Desenvolvimento, aprendizagem, controle e comportamento motor; 4. Ensino, Ética,
Deontologia e História da Fisioterapia; 5. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções
cardiovasculares e respiratórias; 6. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções do
envelhecimento; 7. Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções musculoesqueléticas; 8.
Avaliação, prevenção e tratamento das disfunções neurológicas; 9. Avaliação, prevenção e
tratamento nas condições da saúde da mulher; 10. Ergonomia/Saúde no trabalho.