Curso de Ordenamento -- Trabalho
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Curso de Ordenamento -- Trabalho
Trabalho final de Curso de Ordenamento do Território, Montijo 2013 Notas de apresentação Nelson Filipe Patriarca 1) PERMISSAS Acesso a esta zona e possibilidade de intervir na mesma 2) Vantagens competitivas do Montijo Assente numa área metropolitana, o Montijo está muito perto da capital, tem bons acessos, não congestionados, vias de comunicação internas para distribuir trânsito para qualquer ponto do país, uma ligação facilitada ao rio e uma vasta capacidade para receber visitantes. 3) Desafios / Problema Sem um monumento, evento ou celebração que motive a existência de movimentos regulares de visitantes, o turismo na cidade é algo incipente e sem histórico de grande capacidade de atração de visitantes. 4) A proposta Propõe-se uma ideia assente em algumas grandes vertentes - geração de notoriedade à cidade/concelho - reconversão urbanística de uma antiga zona industrial - criação de um cluster turistico ligado aos eventos e animação musical A regeneração de uma antiga zona industrial, ainda assim muito próxima do centro da cidade e dos principais serviços, permitirá melhorar o ambiente urbano, tornando a zona, e a cidade, mais atrativa para todos (visitantes e residentes). A proposta permite também devolver mais uma parte da cidade ao usufruto dos cidadãos. A recuperação da área será assente numa parceria ao nível de eventos e noutra ao nível imobiliário (ex: Mainside que dinamiza a LX Factory, em Lisboa), especializado na área dos media e dos eventos. No fundo é usar o entretenimento como fator chave de atracção de visitantes e profissionais ao Montijo. A proposta encerra o perímetro entre as rua 1ºde Dezembro, Diogo Rodrigues, Belavista e Barosa (use map) e assentará numa estrutura fixa, preparada para receber espetáculos musicais ao ar livre, até 35 mil pessoas, assim como a recuperação parcial de alguns dos antigos edifícios para áreas de serviços e habitação. A parte imobiliária procurará criar e atrair empresas e profissionais relacionadas com o universo media e musical, com criação de short term appartments, salas de ensaio, estúdio de gravação, open areas para empresas de new media e escritórios tradicionais partilhados. Paralelamente serão também criados espaços de restauração, music clubs e pontos de ligação ao rio, como pequenos ancoradouros, prolongamento da ciclovia atual, zonas de estacionamento e uma zona de passeio marítimo. No fundo abre-se mais uma parte do rio à cidade do Montijo. A parte de eventos deve envolver uma das três grandes empresas nacionais, todas com forte experiência nestes mercados e bons contactos internacionais. Esta empresa, em parceria com o Municipio, assumiria um compromisso nunca inferior a 10 anos, de manutenção de 2 eventos anuais na área da música que trouxessem ao Montijo entre 25 a 30 mil pessoas cada (eventos de 2 ou 3 dias). Em complemento deveriam ser realizados mais 6 a 8 eventos de média dimensão, capazes de gerar 3 a 5 mil pessoas. Seriam envolvidas entidades institucionais como a PSP, os Bombeiros e o Hospital do Montijo, assim como outras entidades privadas, nomeadamente na área da hotelaria e restauração. Paralelamente seria desenvolvido um programa de desenvolvimento musical no concelho, em parceria com a entidade promotora ou terceiros, que leve o ensino musical e sua prática a dois níveis básicos: pré-escolar e 1ºciclo do ensino básico. As receitas geradas com estes eventos (de forma direta e indireta) permitiriam a progressiva requalificação de toda a área em causa, sendo o ganho o municipio ao nível da qualificação do espaço público, da melhoria das condições de uma outra parte cidade, assim como o aumento de receitas indiretas. A notoriedade do municipio é conseguida com a promoção dos espetáculos e da parte imobiliária e com a progressiva associação do Montijo ao contexto musical. Também benificiará o município com a fixação de alguns empregos e com algum aumento do comércio local. O ganho financeiro dos grandes eventos pode medir-se pelo valor gasto por cada visitante em espaços comerciais locais, assim como pelas licenças emitidas para venda ambulante e outras. Assumindo que cada evento trará 25 mil pessoas, estamos a falar de um potencial de visitas de 50 mil pessoas. Assumindo que, cada uma gastará em média 10€ na cidade, estamos a considerar potênciais receitas de 500.000€ Este valor pode ser alargado através do esforço desenvolver com a Associação de Comerciantes, que poderá criar carteiras de vouchers com descontos que motivem o visitante a usá-los, aumentando assim a receita bruta por visitante. Ao nível turistico estamos a falar de short break stay, com dois tipos de situações: eventos pontuais: hit and go (benef´icio eventual para serviços e restauração) eventos mais alargados: podem requerer alojamento, mesmo com a proximidade de Lx Com o progressivo crescimento dos eventos, estima-se que 10% dos visitantes sejam internacionais (circuitos de turismo musical, já atingidos com o Festival Optimus Alive), nomeadamente Inglaterra, Espanha, Holanda, França e Alemanha Especialmente estes internacionais e todos os que sejam de um raio superior a 70/100kms do Montijo vão necessitar de alojamento, transporte, restauração e serviços Os eventos funcionam como elementos de atracção de pessoas, devendo o município desenvolver estratégias que permitam a divulgação e visita de alguns destes novos visitantes aos pontos de interesse da cidade e do concelho, podendo criar inclusivé circuitos ligados ás visitas enológicas e outras. Possibilita também a criação de apps para smartphones com informação sobre os eventos, incluíndo em cada uma delas informações e shortcuts sobre o Montijo e as ofertas nas mais variadas áreas. Requer investimento temporal, humano e financeiro, da parte do município, embora os ganhos diretos e indiretos os possam cobrir no médio prazo.